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COL EST ANTONIO GARCEZ NOVAES
ARAPONGAS-PARANÁARAPONGAS-PARANÁ
PROJETOPOLÍTICO
PEDAGÓGICO
“FLAMBOYANT”
2007
2
Precisamos contribuir para criar A escola que é aventura, que marcha,
que não tem medo do risco,por isso que recusa o imobilismo.
A escola em que se pensa, em que se atua, em que se cria, em que se fala,
em que se ama, se adivinhaa escola que apaixonadamente,
diz sim à VIDA.
Paulo Freire
ÍNDICE
I BASE LEGAL 003
II JUSTIFICATIVA 004
III APRESENTAÇÃO 005
IV INTRODUÇÃO 006
V OBJETIVOS 022
VI MARCO SITUACIONAL 023
VII MARCO CONCEITUAL 029
VIII MARCO OPERACIONAL 047
XIX PROPOSTA CURRICULAR NO ENSINO BÁSICO-ENS. FUND. 063
X- PROPOSTA CURRICULAR NO ENSINO BÁSICO-ENS. MÉDIO 132
XI PROJETOS INTERDISCIPLINARES 232
XII DETERMINAÇÕES GERAIS 237
XIII REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 237
XIV MATRIZ CURRICULAR-ENSINO FUNDAMENTAL REGULAR 239
XV MATRIZ CURRICULAR – ENSINO MÉDIO 240
3
I-BASE LEGAL
Lei n.º 9394/96- MEC / CNE
Lei nº 9475/97- CNE
Resolução n.º 03/98- CEB/CNE
Resolução n.º 3794/04- SEED
Deliberação n.º 007/99- CEE
Deliberação n.º 014/99- CEE
Deliberação n.º 016/99- CEE
Processo nº 560/99 – Indicação nº 004/99- CEE
Parecer nº 05/97- CEB/CNE
Parecer nº 15/98- CEB/CNE
Decreto Federal nº 3298 que regulamenta a Lei nº 7853
4
II-JUSTIFICATIVA.
Conforme disposição legal prevista na Lei de Diretrizes e Bases da
Educação, artigo 12, inciso I, é incumbência da escola elaborar e executar a
sua proposta pedagógica, atendendo as diferenças culturais regionais e locais,
às políticas de apoio, à implementação de inovações e especificidades de cada
modalidade de ensino.
Considerando as constantes modificações sócio-econômicas e
tecnológicas de nossa época, faz-se necessário à implementação permanente
do presente projeto junto à comunidade escolar, para que este se constitua ato
intencional e diversificado de ações que contribuam para formação do cidadão.
Um outro aspecto relevante é o fato de que o Projeto Político
Pedagógico deve refletir a realidade e as ações da escola, tanto no sentido
amplo como no restrito, ações essas que devem ser pensadas e repensadas
dia-a-dia, buscando o compromisso ético e político dos envolvidos no processo
educativo.
Certamente, não existem receitas prontas, ou caminhos prontos a trilhar,
o caminho se faz ao andar, e o andar é coletivo, participativo e democrático. A
consciência de mudança deve brotar dos anseios de se almejar um futuro
melhor, mais fraterno e solidário, ultrapassando os limites muitas vezes
impostos pela realidade histórico-social vigente. Este Projeto Político
Pedagógico tem como anseio enfrentar com determinação as desigualdades
sociais que acarretam a exclusão.
5
III-APRESENTAÇÃO
Quando a comunidade escolar se envolve nas discussões e decisões da
escola, compreendendo com transparência o funcionamento da mesma, ela
terá condições de buscar caminhos para melhorar a qualidade de ensino.
Essa participação deve ser coletiva e democrática assegurando os
interesses da maioria, respeitando também as minorias e é condição essencial
para a democratização das relações de poder no âmbito escolar.
Além disso, aos responsáveis por essa gestão democrática cabe
promover a criação e a sustentação de um ambiente para a formação do
educando, desenvolvendo-lhe o sentido de cidadania.
6
IV-INTRODUÇÃO
O Projeto Político Pedagógico foi criado em 1992, respondendo a uma
exigência do Estado, considerando a proposta da “Escola Cidadã” de Demerval
Saviani.
Em 1993, postos os marcos, os eixos que norteariam o nosso trabalho,
iniciamos a construção coletiva do Projeto Político Pedagógico, denominado
em nossa comunidade desde 1998, “Projeto Flamboyant”.
Tarefa nada fácil para uma escola que nasceu, cresceu e viveu durante
longo período, dominada pelo consenso de uma prática tradicionalista e
fragmentada.
Ao longo desses treze anos, incertezas, tropeços e desafios ocorreram,
mas a dada um dos problemas surgidos, buscamos respostas através do
diálogo, da coletividade e principalmente da união. Transformamos os
obstáculos em possibilidades e promovemos a concretização dos objetivos e
finalidades estimadas por toda a equipe escolar, democraticamente.
Elaborado o Projeto Político Pedagógico, sua existência não encerra o
processo, nem acarreta resultado final. Ao contrário, sempre faz reiniciar a
discussão no meio-termo entre “envolvimento e criatividade crítica”, “avaliação
e aperfeiçoamento”.
É neste contexto que a cada ano realimentamos, ou seja,
implementamos o presente documento, buscando, com total transparência,
ouvir toda a comunidade envolvida no processo educativo, seus anseios, numa
abordagem teórico-prática-metodológica, onde as ações desenvolvidas,
propiciem uma práxis coerente, democrática e colaborativa.
Desta forma, estaremos desafiados a lutar por uma escola pública de
qualidade, onde o educando no ambiente escolar possa desde cedo construir e
exercer sua cidadania.
IV-a- Identificação
O Colégio Estadual “Antonio Garcez Novaes – Ensino Fundamental e
Médio, com sede próprio, está localizado à Rua Perdizes nº 910 – Centro, CEP
86.701.420, Telefone/Fax- (xx) 43-3252-6225 e (xx) 43-3252-3834.
7
Este Estabelecimento de Ensino tem como Entidade Mantenedora o
Governo do Estado do Paraná, administrado pela Secretaria de Estado da
Educação, com sede na Avenida Água Verde, nº 1.682, Curitiba – Paraná, nos
termos da Legislação em vigor pelo Regimento Escolar.
IV- b- Aspectos históricos importantes
O Ginásio Comercial Estadual iniciou seu funcionamento anexo ao
Colégio Comercial de Arapongas, através do Decreto nº 7.602 de 16/11/67 e
que altera a denominação para Ginásio Estadual de Arapongas. Passa a
denominar-se Ginásio “Antonio Garcez Novaes”, através do Decreto nº
16.684/69 de 03/10/69, publicado no Diário Oficial de 06/10/69. O Decreto nº
2.435, de 26 de outubro de 1976, publicado no Diário Oficial de 29/10/76,
autoriza o funcionamento e muda a denominação do Estabelecimento para
Escola “Antonio Garcez Novaes” – Ensino de 1º grau, através da Resolução nº
3.037 de 15/12/81, publicada no Diário Oficial de 12/01/82.
A Escola Estadual “Antonio Garcez Novaes – Ensino de 1º grau, através
da Resolução 315/88, publicada em 03/02/1988, passa a denominar-se Colégio
Estadual “Antonio Garcez Novaes” – Ensino de 1º e 2º graus. No Diário Oficial
de 07/05/1991, foi publicada a Resolução nº 1.546/91, que reconheceu o 2º
grau, curso Auxiliar / Técnico em Contabilidade.
Através da Resolução nº 4.394/96, firma o Termo de Adesão ao
“Programa Expansão Melhoria e Inovação no Ensino Médio do Paraná –
PROEM, no qual se compromete a implantar a partir do início de 1998, o Curso
de Educação Geral de Segundo Grau.
A partir de 1997 houve a implantação do Projeto PAI-S ( Correção de
Fluxo ), Resolução 1553/97, extinto em 1999.
A implantação adicional do Curso de 2º grau – Educação Geral, de
forma gradativa, deu-se através do Parecer nº 460/98, CEF de 12/03/98, e
Resolução nº 836/98 de 20/03/98 – CEE.
Através do Parecer nº 100/98 de 01/10/98, e de acordo com a
Deliberação nº 003/98, muda-se a nomenclatura do Estabelecimento para
Colégio Estadual “Antonio Garcez Novaes” – Ensino Fundamental e Médio.
8
Através da Resolução nº 3733/2000, publicada no Diário Oficial de
02/02/2001, passa a ser reconhecido o Curso Ensino Médio deste
estabelecimento.
IV-c- Organização do espaço físico
Conforme se pode visualizar na planta baixa deste estabelecimento o
terreno apresenta uma boa distribuição de área. O ambiente é agradável,
arborizado propício e adequado para uma boa aprendizagem.
O colégio atualmente conta com 13 salas de aula com número de
carteiras suficientes para a demanda. Biblioteca virtual com um parque
instalado de hardware e software condizentes com o ensino ora proposto e
uma rede de 21 computadores interligados, contando com Internet banda larga,
utilizando com a tecnologia da Brasil Telecom ADSL Turbo 300 e 08
impressoras. A escola por estar no Projeto de Inclusão Digital da SEED
receberá ainda para 2006, 20 computadores em rede e terá a possibilidade de
utilizar a rede de fibra ótica da Copel para acesso à Internet.Quanto ao acervo
bibliográfico este poderia ser ampliado e atualizado. Possui ainda, um
laboratório de ciências físicas e biológicas equipados com conjuntos de
reagentes, vidrarias e equipamentos e uma sala de reunião com vídeo, DVD, 1
computador com placa de TV ligado a TV 29 polegadas para uso dos
professores e alunos.
O estabelecimento é carente de uma cozinha e um refeitório, visto que a
atual é inadequada para o atendimento quantitativo da clientela
A quadra esportiva coberta está dentro dos padrões para as práticas
esportivas, entretanto necessita de urgente reforma no telhado e no espaço
interno. A quadra externa precisa de reparos emergenciais.
A limpeza é realizada diariamente tornando o ambiente limpo e
agradável.
Os banheiros e toda a parte administrativa estão em boas condições.
Para maior segurança faz-se necessário que se coloque grades nos
muros em frente à escola.
9
IV-d-Oferta de cursos/modalidades
O Estabelecimento de Ensino tem por finalidade atendendo ao disposto
nas Constituições Federal e Estadual e na Lei de Diretrizes e Bases da
Educação 9394/96, ministrar o Ensino Fundamental (5ª à 8ª séries) e o Ensino
Médio (1ª à 3ª séries), observadas em cada caso, a legislação e as normas
especificadamente aplicáveis. São ofertados nos períodos matutino, vespertino
e noturno.
OBS: A matriz está anexada no final.
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IV-e- Quadro de Pessoal
Atualmente o Colégio Estadual Antonio Garcez Novaes – Ensino Fund. e
Médio, conta com os seguintes profissionais.
1- Equipe Administrativa
2- Equipe Pedagógica
3- Equipe de Apoio/Técnico Administrativo
4- Corpo Docente
5- Equipe de Apoio/ Auxiliar de Serviços Gerais
1.1– Equipe Administrativa
1.1.1 – Direção: Ivanilde Gouveia Canassa
- 2º Grau
- Superior – Letras Anglo-Portuguesa
Pós Graduação: Especialização em Metodologia do Ensino
Especialização em Administração, Supervisão e Orientação
Educacional
1.1.2 – Direção Auxiliar:Gerson Vizoni
- 2º Grau
- Superior – Física
1.1.3 – Secretária:Sueli Garcia Segura Bertoni
- 2º Grau
- Superior – Letras Anglo-Portuguesa / Pedagogia
- Pós Graduação - Especialização em Administração, Supervisão e Orientação
Educacional
1.2– Equipe Pedagógica
1.2.1 – Valdenice Maria Quintaneiro Ribeiro
11
- 2º Grau
- Superior – Ciências Sociais - Pedagogia
- Pós Graduação - Complementação em História, Administração, Supervisão e
Orientação Educacional, História dos Movimentos Sociais no Brasil e
Especialização em Aconselhamento Familiar
1.2.2 – Sandra Regina Schell de Moraes
- 2º Grau
- Superior – Letras Anglo-Portuguesa, Direito e Pedagogia em Orientação
Educacional
- Pós Graduação – Esp. em Didática e Metodologia do Ensino;
Esp. Em Dto Civil e Cto Processual Civil
1.2.3– Judith Muller da Silva
- 2º Grau
- Superior – Pedagogia
- Pós Graduação – Especialização em Psicopedagogia
1.2.4 – Aliete Freire Moreira
- 2º Grau
- Superior – Pedagogia
- Pós Graduação – Administração, Supervisão e Orientação
1.2.5 - Maria de Fátima da Costa
2º Grau
Superior – Ciências Econômicas – Bacharel em Administração-
Pós-Graduação- Esquema I e II
1.3– Equipe de Apoio/ Téc.Administrativa
1.3.1 – Olga Bastos Delazari
- 2º Grau
- Superior – Ciências Sociais
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- Pós Graduação – Especialização em Educação Infantil
1.3.2 – Rosa Harume Hirata
- 2º Grau
- Superior – Matemática
- Pós Graduação – Especialização em Didática e Metodologia do Ensino
1.3.3 – Laurindo Augusto de Hércule
- 2º Grau
- Superior – Letras Anglo-Portuguesa
- Pós Graduação- Especialização em Língua Inglesa - Ensino
1.3.4 – Dirce Vieira Galassi
- 2º Grau
1.3.5– Edson Luis Schmall Moreira
- 2º Grau
- Superior – Ciências Econômicas
- Pós Graduação- Análise de Sistemas
1.3.9 – Nair Carmona Martinez Salvador
- 2º Grau
- Superior – Matemática
- Pós Graduação – Metodologia do Ensino
1.3.7– Lucirlei Ferdinandi
- 2º Grau
- Superior – Química e Pedagogia
- Pós Graduação- Didática Fundamentos Teóricos
1.3.8– Juraci Baratela Nascimento
2º Grau
Superior – Ciências Sociais – Pedagogia
Pós- Graduação: Administração Escolar, Supervisão e Orientação educacional
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1.3.9 Rosana Galiciani de Paula
2º Grau
Superior – Matemática
1.3.10- Osvanilda Custódio
2º Grau
Superior: Letras – Anglo Portuguesa
1.3– Corpo Docente – Ensino Fundamental
1.4.1 Lúcia de Jesus Coutinho Bezerra
-2º Grau
-Superior – Letras Anglo-Portuguesa
-Pós-Graduação: Gestão Escolar, Supervisão e Orientação
1.4.2 – Marilza da silva Molina
2º Grau
Superior – Letras Anglo- Portuguesa
Pós-Graduação: Curso em especialização em Didática e Metodologia do
Ensino
1.4.3- Lílian Fernandes de Oliveira Santos
2º Grau
Superior- letras Anglo- portuguesa
1.4.4 – Vera Lúcia Canassa
2º Grau
Superior- letras Anglo – Portuguesa
Pós – Graduação
1.4.5 – Viviane Aparecida Nunes Vieira
2º Grau
Superior – letras Anglo- Portuguesa
Pós- Graduação
14
1.4.6 – Laura Leiko Ide
-2º Grau
-Superior –Matemática
-Pós-Graduação: Especialista em Ensino da Matemática
1.4.7 – Acir Carvalho de Castro
2º Grau
-Superior – Matemática e Engenharia Civil
-Pós-Graduação: Curso de Especialização em Didática e Metodologia do
Ensino
1.4.8 – Rosana Maria Ferro
-2º Grau
-Superior – Matemática
-Pós-Graduação: Didática do Ensino da Matemática
1.4.9 – Elisângela Cristina Perugini Mázaro
-2º Grau
-Superior – Matemática
-Pós-Graduação: Curso de Especialização em Didática e Metodologia de
Ensino
1.4.10 – Adriana Martins de Campos
-2º Grau
-Superior – Matemática
-Pós-Graduação: Didática e Metodologia de Ensino
1.4.11 – Maria de Fátima Pereira
-2º Grau
-Superior – Matemática
-Pós-Graduação: Administração, Supervisão e Orientação Educacional
15
1.4.12 – Cláudio da Silva Ribeiro
-2º Grau
-Superior – Ciências/Matemática
-Pós-Graduação: Curso de Especialização em Didática e Metodologia do
Ensino
1.4.13 – Aparecida Martins
-2º Grau
-Superior – Ciências e Matemática
-Pós-Graduação: Especialização em Didática e Metodologia do Ensino
1.4.14 – Maria Rosângela de Oliveira Bonin
-2º Grau
-Superior – Ciências/ Química
-Pós-Graduação: Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
1.4.15 – Ebis Benits
-2º Grau
-Superior – Ciências Sociais e Pedagogia
-Pós-Graduação: Especialização em Didática – Fundamentos Teóricos
1.4.16 – Cristiano Schinwelski
-2º Grau
-Superior – Filosofia, Pedagogia
-Pós-Graduação: Filosofia, Hist. do Pensamento Brasileiro
-Mestrado – Filosofia-Ética
1.4.17- Estela Maris Dutra
2º Grau
Superior: Geografia
Pós: Ensino de Geografia – Especialização
1.4.18 -Juliana Cristina Locomann
2º grau
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Superior – Geografia
Pós- Graduação: Organização do Espaço e Meio Ambiente
1.4.19- Leandro Antonio Lorençatto
2º Grau
Superior: História
Pós- Graduação : Metodologia do ensino da História e Doc~encia do Ensino
Superior
1.4.20– José Campassi Júnior
-2º Grau
-Superior – Educação Física
-Pós-Graduação: Fundamentos Teóricos da Prática Pedagógica
1.4.21– Moisés Vicente dos Santos
-2º Grau
-Superior - Educação Física
-Pós-Graduação: Especialização em Ciências do Basquetebol e Voleibol
– 1.4.22 – Maria Cristina Tomazini
-2º Grau
-Superior – Educação Física
-Pós-Graduação: Educação Física Escolar
1.4.23– Melissa Carrasco Ceconello
-2º Grau
-Superior –Educação Artística
-Pós-Graduação: Psicopedagogia Institucional
1.4.24 - Patrícia Midori Sawamura
2º Grau
Superior: Educação Artística
Pós- Graduação
17
1.4.25 -Claudia Regina Cabral Spinatto
2º Grau
Superior- Educação Artística
1.4.26- Mirian Silvia de Ávila
-2º Grau
-Superior – Letras Anglo-Portuguesa
-Pós-Graduação: Especialização e Metodologia do Ensino da Língua Inglesa
1.4.27– Ieda Santos Borges
-2º Grau
-Superior – Letras Anglo-Portuguesa
-Pós-Graduação: Literatura Brasileira – Modernismo Brasileiro
1.4.28– Rosiane Andréia Matesco
-2º Grau
-Superior – Letras Anglo-Portuguesa
-Pós-Graduação: Especialização em Língua Portuguesa
Especialização em Didática e Metodologia do Ensino
1.4.29 – Cleusa Lopes Lemos Okuyama
2º Grau – Magistério
Superior: Pedagogia religiosa – Letras Anglo- Portuguesa
Pós-Graduação especialista em Educação religiosa
1.5- Corpo Docente – Ensino Médio
1.5.1 – Nair Silva da Silveira
-2º Grau
-Superior – Letras Anglo-Portuguesa
-Pós-Graduação: Administração, Supervisão e Orientação Educacional
1.5.2– Laura Leiko Ide
-2º Grau
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-Superior – Matemática
-Pós-Graduação: Especialista em Ensino de Matemática
1.5.3 – Rosana Maria Ferro
-2º Grau
-Superior – Matemática
-Pós-Graduação: Didática do Ensino da Matemática
1.5.4– Elisângela Cristina Perugini Mázaro
-2º Grau
-Superior – Matemática
-Pós-Graduação: Curso de Especialização em Didática e Metodologia de
Ensino.
1.5.5 – José de Almeida
2º Grau Técnico em Contabilidade
Superior- Matemática
1.5.6– Onilse Karoleski
-2º Grau
-Superior – Geografia
-Pós-Graduação: Metodologia do Ensino –Aprendizagem da Geografia no
Processo Educativo
1.5.7– Cristiano Schinwelski
-2º Grau
-Superior – Filosofia, Pedagogia
-Pós-Graduação: Filosofia, História do Pensamento Brasileiro
1.5.8 – Leandro Antonio Lorençatto
2º Grau
Superior- História
Pós- Graduação: metodologia do Ensino de História
Docência do Ensino Superior
19
1.5.9 – Cinthya Palma
2º Grau
Superior: Ciências Sociais e História
Pós- Graduação: estudos de problemas Brasileiros
1.5.10– José Campassi Júnior
-2º Grau
-Superior – Educação Física
-Pós-Graduação: Fundamentos Teóricos da Prática Pedagógica
1.5.11– Moisés Vicente dos Santos
-2º Grau
-Superior – Educação Física
-Pós-Graduação: Ciências do Basquetebol e Voleibol
1.5.12 – Melissa Carrasco Ceconello
-2º Grau
-Superior – Educação Artística
-Pós-Graduação: Pisicopedagogia
1.5.13– José Timóteo de Gouvea
-2º Grau
-Superior –Química
-Pós-Graduação: Metodologia do Ensino Superior
1.5.14– Cristina Rosangela Paulatti dos Santos
-2º Grau
-Superior –Química
-Pós-Graduação: Didática e Metodologia do Ensino
1.5.15- Deise Cristina Nasser dos Santos
-2º Grau
-Superior – Matemática
-Pós-Graduação: Educação Matemática
20
1.5.16– Gerson Vizoni
-2º Grau
-Superior – Física
1.5.17– Maria Rosangela de Oliveira Bonin
-2º Grau
-Superior – Ciências, Química
-Pós-Graduação: Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
1.5.18– Eliane Baroneza Fantin
-2º Grau
-Superior – Agronomia e Biologia
-Pós-Graduação: Curso de Especialização em Didática e Metodologia do
Ensino
1.5.19- Lílian Amanda Baggio
2º
Grau
Superior: Ciências – Habilitação Biologia
Pós- Graduação: Biologia e Anatomia Humana e suas Relações com o Meio
Ambiente.
1.5.20 -Paulo José Zanetti
2º Grau: Laboratorista de Análises Clínicas
Superior: Ciências Sociais
1.5.21 Mirian Silvia de Ávila
-2º Grau
-Superior – Letras Anglo-Portuguesa
-Pós-Graduação: Especialização em Língua Portuguesa
1.5.22– Rosiane Andréia Matesco
-2º Grau
-Superior – Letras Anglo Portuguesa
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-Pós-Graduação: Especialização em Língua Portuguesa e Especialização em
Didática e Metodologia do Ensino
1.5.23– Raquel de Sousa Galian
-2º Grau
-Superior – Filosofia
-Pós-Graduação: Gestão Escolar, Supervisão e Orientação Educacional
1.5.24– Manoel Simões Neto
-2º Grau
-Superior – Filosofia
-Pós-Graduação: Filosofia Contemporânea, aspectos Éticos e Políticos
1.5.25– Onilse Karoleski
-2º Grau
-Superior – Geografia
-Pós-Graduação: Didática e Metodologia da Geografia
1.6- Equipe de Apoio/ Auxiliar de Serviços Gerais
1.6.1 – Luzia Carlos Magalhães Luciano
-1º Grau – 1ª a 4ª série
1.6.2 – Ana Aparecida da Costa
1º grau – 5ª a 8ª série completa
1.6.3 – Hildegart Erna da Silva
1º grau – 5ª a 8ª série completa
1.6.4 – Maria Norma Greghi Dias
1º grau – 1ª a 4ª série
22
V- OBJETIVOS
V-a- Geral: Construir coletivamente o trabalho na escola fundamentado numa
prática inclusiva, democrática e de justiça social, onde as ações possam ser
implementadas no cotidiano escolar objetivando a qualidade de ensino.
V-b-.Objetivos específicos:
• Assegurar momentos que promovam reflexões e discussões
permanentes e coletivas a respeito das políticas pedagógicas que
norteiam o Projeto Político Pedagógico;
• Favorecer a aproximação da comunidade escolar por meio de
realização de palestras e encontros conscientizando-os sobre temas
relativos ao Projeto Político Pedagógico, Regimento Escolar, Estatuto
da Criança e do Adolescente, Avaliação, entre outros de relevância;
• Possibilitar aos professores o acesso às Tecnologias, promovendo
através de grupos de estudo e reuniões pedagógicas, capacitação
que favoreça o desenvolvimento de trabalhos pedagógicos, na sua
atuação docente visando sua formação continuada, a fim de
preencher os requisitos estabelecidos no Marco Operacional;
• Propiciar aos educandos um ensino de qualidade, onde sejam
repassados os conteúdos significativos para sua formação integral,
em consonância com as políticas educacionais vigentes, porém,
trabalhados com criatividade, tornando sua aprendizagem prazerosa,
diminuindo assim, os índices da evasão e repetência;
• Preparar o educando para a sua inserção na sociedade, como
cidadão, capaz de atuar na realidade local, nacional e mundial,
contribuindo para que no meio social se torne cada vez mais justo e
fraterno;
• Aprimorar a preparação científica dos alunos, sua capacidade de
utilizar diferentes tecnologias, o desenvolvimento de técnicas de
pesquisa, a capacidade de aprender a aprender, criar e formular
novos conhecimentos, com autonomia;
23
• Intensificar a participação de todos os segmentos nas atividades
realizadas pelo Colégio para que haja articulação e integração da
comunidade escolar.
VI- MARCO SITUACIONAL
VI-a- Descrição da realidade brasileira, do Estado, do Município e da
escolar
Pensar a realidade brasileira exige uma reflexão histórica, para que
através da educação possamos minimizar os efeitos de séculos de injustiças
sociais, resquícios de um passado escravista que juntou ao longo da história,
uma legião de pobres, aumentando ainda mais as desigualdades e as
injustiças sociais.
Há mais de uma década a humanidade vive sob a hegemonia política e
ideológica do neoliberalismo: processo intercultural, mundialização, aldeia
global... parecem as palavras de ordem para caracterizar a época histórica em
que vivemos. O capitalismo, responsável por inúmeras diferenças entre os
homens, desenvolveu e desenvolve a indústria de massa, gerada de grande
homogeneização, apagando diferenças e padronizando estilos de vida.
Consumismo, competição permanente, enriquecimento rápido aparecem como
os grandes objetivos do presente.
O Brasil não poderia ficar à margem da história mundial e das
conseqüências, nem sempre positivas desse processo cujo modelo sócio-
econômico é representado pelo crescente número de excluídos e pela contínua
concentração de renda. A educação, sempre considerada como prioridade
pelos órgãos governamentais, continua sendo elitista, onde os menos
favorecidos lutam por uma escola pública mais eficiente e por um acesso à
Universidade democrática e menos excludente.
Vivemos hoje em um país em que os 10% mais ricos da população
apropriam-se aproximadamente de 50% da renda. A educação formal reflete
essa realidade apresentando uma média de 10,7 anos de estudo para a
população mais rica e os 10% mais pobres não atingem em média, 4 anos de
estudo.
24
O caminho para vencermos qualquer forma de exclusão seria pela
implementação de políticas públicas estruturantes.
A história da educação do Paraná não está dissociada da educação
brasileira. Mesmo sendo um estado considerado desenvolvido
economicamente, no que tange à educação, estamos buscando soluções para
deficiências designadas aos alunos das camadas populares, ausência e
rotatividade de professores e funcionários nas escolas, problemas de
transporte escolar, falta de estrutura física adequada, bibliotecas
desatualizadas e com acervos insuficientes, falta de materiais didáticos
pedagógicos para os professores desenvolverem seu trabalho com qualidade.
Mesmo com o programa de formação continuada adotado pela SEED,
há que se investir no aprofundamento de estudos e pesquisas dos
trabalhadores em educação, no que se refere a sua participação em cursos de
Pós-Graduação Lato e Strictu Sensu, além da implantação do piso salarial que
assegure a isonomia e a valorização desse profissional.
Há que se considerar ainda, que no Paraná nos últimos anos, deu-se
prioridade ao Ensino Fundamental, enquanto o Ensino Médio causa
preocupação, quando este apresenta elevado índice de evasão e baixo
rendimento escolar.
O município de Arapongas é responsável pelo ensino de 1ª à 4ª séries
do Ensino Fundamental, sendo que apenas três escolas estaduais atendem
esta demanda. Na época da municipalização, em meados de 1997, o município
não dispunha de condições econômicas, físicas e humanas para dar suporte a
uma educação de qualidade. Com o decorrer dos anos a municipalização,
gradativamente, tornou-se benéfica, isto porque, o governo municipal investiu
os recursos destinados à educação em melhoria da qualidade do ensino.
Em termos de educação progressista, para a maioria dos educadores
desse estabelecimento de ensino, ainda há obscuridades, necessitando de
estudos e aprofundamentos. A freqüente mudança no quadro funcional dificulta
sua vivência, tornando a prática pedagógica ainda mais difícil, uma vez que
estes não se envolvem na linha filosófica da escola, comprometendo-se pouco
com as políticas adotadas pela mesma.
25
Outro fator relevante é a avaliação que se manifesta muitas vezes pela
atitude autoritária e a utilização do quantitativo sobre o qualitativo tornando o
discurso desvinculado da prática.
Nos encontros de formação destinados a discussões sobre os trabalhos
das disciplinas, verifica-se que o tempo é insuficiente, limitando a troca de
idéias entre disciplinas afins, refletindo assim, na interdisciplinaridade que
apesar de todas as tentativas, ainda não é trabalhada na sua totalidade.
A evasão é extremamente preocupante no que tange ao período
noturno. Os motivos são diversos e por mais projetos e metodologias
diferenciadas que se utilize, o problema ainda persiste. As causas são diversas
entre elas a necessidade do trabalho, o cansaço físico, desânimo, o transporte
escolar e o fato de muitos morarem distante da escola, além do namoro. Na
verdade é visível que para o aluno qualquer motivo é suficiente para que ele
desista, uma vez que há pouco empenho da família em manter seu filho na
escola.
Atualmente a escola desenvolve projetos nas diferentes áreas,
estendidos a comunidade, onde se resgatam os valores cívicos, morais,
culturais, sociais, étnicos e éticos, entretanto faz-se necessário um avanço no
sentido de resgatar os valores do ser humano. Para isto, necessitamos de
suporte técnico, principalmente para o atendimento de alunos com
necessidades especiais, dando suporte para a inclusão.
Por fim, apesar de todas as dificuldades encontradas em várias
pesquisas realizadas, no decorrer do processo, verificou-se um grau de
satisfação de toda a comunidade escolar, expressa na participação efetiva em
eventos e atividades escolares.
VI.b- Análise crítica-reflexiva
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação, 9394/96, é indubitavelmente
um dos maiores avanços na definição de ações para o desenvolvimento da
educação brasileira nos últimos anos.
Entretanto profissionais do ensino e o próprio governo federal
reconhecem que ainda há muito trabalho pela frente para universalizar o
acesso à educação e melhorar a qualidade do aprendizado.
26
No Paraná a construção do Plano Estadual de Educação proporcionou a
todos os educadores um amplo debate e a garantia de um documento que será
transformado em lei, visando à melhoria da qualidade do ensino público em
nosso estado, durante uma década.
É preciso que o governo após toda essa construção saia do discurso
para incentivar o avanço do ensino na prática. É emergencial que se arregace
as mangas para se colocar em prática o projeto de inclusão social, de
valorização dos profissionais e o investimento na melhora da qualidade de
laboratórios, bibliotecas e equipamentos em salas de aula.
É evidente que a educação é dever da família e do estado, conforme
dispõe a LDB e tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. É
obvio que houve um acréscimo de alunos matriculados, mas é necessário mais
do que isso para garantir a formação da cidadania. As escolas precisam além
do aumento do número de alunos, de boa infra-estrutura e os professores
necessitam de melhores salários e condições de trabalho.
Na verdade melhorar a educação é transformar o cidadão e dar um
passo para as mudanças econômicas e sociais do país.
VI-c- Perfil da população atendida
‘A situação sócio-econômica dos alunos atendidos é bem diversificado,
contudo a grande maioria provém de famílias assalariadas, apresentando as
seguintes características:
Aproximadamente 90% dos alunos moram com suas respectivas
famílias, destes 30% dos alunos são filhos de pais separados;
Grande parte possue casa própria, sendo assim mudam com pouca
freqüência;
Por residirem longe da escola, a maioria vem de ônibus, bicicleta ou
outro tipo de locomoção;
Cerca de 75% dos alunos do noturno trabalham como empregados;
Tipo de Serviços: (variados)
27
Vendedor;
Programador;
Motorista;
Carregador;
Babá;
Doméstica;
Recepcionista;
Costureira;
Auxiliar de Serviços Gerais;
Marceneiro;
Pintor;
Padeiro;
Office Boy;
Eletricista;
Zona Azul;
Auxiliar de Enfermagem;
Supermercado;
Industria;
Comércio.
Motivos que Dificultam o Estudo.
Às vezes saem tarde do serviço;
Querem dedicar-se mais aos estudos, mas não lhes sobra tempo;
espaço de tempo de trabalho e horário das aulas é insuficiente para
assistirem a 1ª aula;
Chegam atrasados;
De vez em quando fazem hora extra;
Cansaço.
28
Motivos que os Fazem Estudar.
Imposição dos Pais;
Vontade própria;
Melhor trabalho;
Concluir Ensino Médio;
Arrumar um outro emprego;
Necessidade;
Valorização profissional;
Incentivo da família;
Conscientização da importância do estudo;
Futuro melhor;
Atualização;
Fazer melhores opções;
Mudança do sítio para a cidade;
Mercado de trabalho competitivo;
Dificuldade para arrumar emprego.
Motivos da Opção Por Esta Escola.
Perto de casa;
Perto do trabalho;
Gostou;
Indicação;
Adora;
Vem com os colegas;
Mais disciplinada;
Único que encontrou vaga;
Melhor aproveitamento;
Professores excelentes;
Dedicados;
Escola organizada;
29
Boa clientela;
Localidade;
Escola de qualidade.
VII- MARCO CONCEITUAL
VII.a-Concepções
VII.a.1-Concepção de sociedade
Vive-se um momento de profundas transformações. Não se sabe ao
certo para onde se caminha e nem qual o caminho a trilhar. A sociedade atual
encontra-se em profunda crise, na qual somos remetidos a repensar nossos
valores e atitudes.
Nesse contexto incerto, o papel do profissional da educação precisa ser
repensado. Segundo Gadotti (1998), faz-se mister que o professor se assuma
enquanto um profissional do humano, social e político, tomando partido e não
sendo omisso, neutro, mas sim definindo para si de qual lado está, ou se está a
favor dos oprimidos ou contra eles. Posicionando-se então este profissional
não mais neutro, pode ascender à sociedade usando a educação como
instrumento de luta, levando a população a uma consciência crítica que supere
o senso comum, todavia não o desconsiderando.
Nessa perspectiva, entende-se que o povo de posse desse saber mais
elaborado poderá vir a ter condições de se proteger contra a exploração das
classes dominantes se organizando para a construção de uma sociedade
melhor, menos excludente, e realmente democrática. Não se pode esperar que
tal organização brote espontaneamente, mas sim por meio da educação que
pode caminhar lado a lado com a prática política do povo. Sendo assim, o
profissional da educação assume aqui um papel sobretudo político.
Educadores e educadoras precisam engajar-se social e politicamente,
percebendo as possibilidades da ação social e cultural na luta pela
transformação das estruturas opressivas da sociedade classista. Para isso,
antes de tudo necessitam conhecer a sociedade em que atuam, e o nível
social, econômico e cultural de seus alunos e alunas.
30
Precisam entender também que, analisando dialeticamente, não há
conhecimento absoluto, pois tudo está em constante transformação. Usando os
dizeres de Gadotti (1998), «todo saber traz consigo sua própria superação».
Portanto, não há saber nem ignorância absoluta: há apenas uma relativização
do saber ou da ignorância. Por isso, educadores e educadoras não podem se
colocar na posição de ser superiores, que ensinam um grupo de ignorantes,
mas sim, na posição humilde daqueles que comunicam um saber relativo a
outros que também possuem um saber relativo.
Como educadores engajados em um processo de transformação social,
necessita-se que esses profissionais acreditem na educação e que sem ela
nenhuma transformação profunda se realizará.
É preciso confiar nessas mudanças e esperar o inesperado, pois como
nos diz Edgar Morin (2001, p. 92):
“Na história, temos visto com freqüência, infelizmente, que o possível se
torna impossível e podemos pressentir que as mais ricas possibilidades
humanas permanecem ainda impossíveis de se realizar. Mas vimos também
que o inesperado torna-se possível e se realiza; vimos com freqüência que o
improvável se realiza mais do que o provável; saibamos, então, esperar o
inesperado e trabalhar pelo improvável”.
No entanto, como professores e professoras se vêem frente a essas
questões? Que espaço reserva para discutir suas funções sociais? Será que no
seu dia-a dia, entre uma escola e outra, fazem tal reflexão ou acabam
sucumbindo ao sistema, mergulhando num fazer sem fim? A sociedade e a
escola têm valorizado os profissionais da educação, ou, como nos aponta
Arroyo (2202, p. 9), vêem esses como «um apêndice, um recurso preparado,
ou despreparado?».
VII.a.2-Concepção de mundo
O mundo enquanto uma dimensão histórico - cultural e portanto
inacabado, encontra-se em uma relação permanente com o ser humano,
igualmente inacabado, que transformando o mundo, sofre os efeitos de sua
própria transformação.
31
O que importa, portanto, à educação é a problematização do mundo do
trabalho, das obras, dos produtos, das idéias, das convicções, das aspirações,
dos mitos, da arte, da ciência, enfim o mundo da cultura e da história que,
resultando das relações ser humano, mundo, desafia o próprio ser humano a
constantemente rever suas ações sobre a realidade na perspectiva de
humanizá-la.
É preciso desenvolver no aluno uma posição de engajamento,
compromisso e participação que o sensibilize para a sua dimensão humana.
O ser humano é um ser de práxis, da ação e da reflexão, portanto um
sujeito cognoscente. Um ser inacabado e único, curioso em relação ao mundo.
Contudo, sua plenitude ocorre na própria intersubjetividade na comunicação
entre os sujeitos a propósito do objeto a ser conhecido.
Assim, o humano, imagem e semelhança de Deus, com Ele dá
continuidade à obra da criação. Sem a relação comunicativa entre sujeitos
cognoscentes desapareceria o próprio sentido e significado do conhecimento.
Portanto, o ser humano é um corpo consciente, capaz de conhecer a
realidade, interagindo com os seus iguais. Neste contexto, inteligência
significará muito mais que um ato solitário. Implica cada um tornar-se melhor,
contudo em nome de propósitos cada vez mais solidários e criativos.
Vivemos numa sociedade em que os homens privilegiam alguns
princípios e idéias que nos desafiam a constantemente refletir e repensar o
cotidiano. Portanto, o processo de conscientização sempre se realiza em seres
humanos concretos, inseridos em estruturas sociais, políticas e econômicas.
Contudo, a escola tem uma efetiva participação na medida em que
inclui, em seus conteúdos curriculares a dimensão humanística, técnica
científica e política-social, colabora também quando se preocupa em
desenvolver no aluno uma liderança mais criativa e solidária, inserindo este
aluno no mundo real e complexo, fazendo-o compreender que as mudanças
estruturais também necessitam da participação dele.
A educação preconizada na escola quer ser coerente com as
concepções de homem, mundo e sociedade aqui anunciadas. Por isto, todo
esforço no sentido da manipulação do homem para que simplesmente saiba
fazer determinada função, sem reflexão deve ser combatido, pois saber fazer
sem reflexão, sem o resgate de valores e atitudes sugere a existência de uma
32
realidade sem evolução, o que significa subtrair do homem a sua possibilidade
de ser criativo, inovador, com direito de transformar o já existente para algo
bem melhor, achando soluções para eventuais problemas e saber tomar
decisões frente às diversas situações que terão que ser enfrentadas no mundo
atual.
É preciso definir ações educacionais inseridas neste contexto, pois
defendemos a idéia de que a escola não é o lugar para domesticar ninguém,
mas é um espaço especial para a construção da CIDADANIA.
VII.a.3-Concepção de homem
O homem deve ser considerado intrinsecamente um ser de relação.
Constata-se que atualmente se vive um novo momento em que a sociedade
civil deve-se preparar para responder à institucionalização da participação
repensando sua atuação como indutora de mudanças da “nova cultura política
popular”.
Faz-se necessário um trabalho efetivo, onde se sinta o prazer e a
alegria. Esse trabalho se conquista através do coletivo, que possibilita uma
compreensão democrática de convivência, onde se constrói o mundo. Para isto
é necessário que na prática o ser humano se despoje de seu orgulho,
prepotência e vaidade, a fim de se aceitar, em todos os aspectos, percebendo-
se como ser livre, com direitos, deveres e possibilidades, mesmo que com
convicções, idéias crenças e disposições diferenciadas das demais. “É
necessário que aprendamos a desenvolver a comunicação intercultural dado
que não podemos trabalhar juntos com nossas diferenças, se não as
preservarmos e respeitarmos” (Ferreira, 2000 p.15).
Somente a participação efetiva pode oferecer a oportunidade de
enriquecimento a todos que têm o privilégio de conviver com os outros
humanos que são lição e exemplo de vida sempre, do que se deve e o que não
se deve fazer.
VII.a.4-Concepção de educação/escola
Denomina-se escola o estabelecimento público ou privado onde se
ministra o ensino coletivo, ou seja, escola é o local onde se transmite o saber e
33
princípios filosóficos, éticos e morais que são fundamentais para a
compreensão do papel da escola dentro da sociedade.
Algumas tendências pedagógicas influem na formação do cidadão e por
isso necessitam de constantes reflexões, portanto para que a escola cumpra
seu compromisso, ela deve repensar sua prática pedagógica, buscando
sempre novas estratégias de ensino, partindo do concreto, realizando
atividades que contemplem as necessidades do aluno.
Nesta visão apegar-se no que já deu certo, por vezes traz em si um
certo conforto que faz com que toda tentativa de mudança seja vista com
temeridade. Na atualidade a sociedade encontra-se em meio a profundas
transformações. Em vista das tecnologias, da rapidez de acesso às
informações, dentre outros fatores, a superação das idéias hoje concebidas
como apropriadas, amanhã são questionadas. Essas questões trazem consigo
um certo desconforto e uma necessidade de rever sempre os conceitos.
A educação é um processo tipicamente humano que possui uma
especificidade humana de formar cidadãos através dos conteúdos “não
materiais” que são as idéias, teorias, valores, conteúdos e estes vão influir
decisivamente na vida de cada um.
É imprescindível que esta nova escola refaça a educação, crie
condições objetivas para que esta educação realmente seja democrática e
possível, crie uma alternativa pedagógica que favoreça o aparecimento de um
novo tipo de pessoas, solidárias, preocupadas em superar o individualismo
criado pela exploração do trabalho. Esse novo projeto, essa nova alternativa,
não poderá ser elaborado nos gabinetes dos tecnoburocratas da educação.
Não virá em forma de lei nem reforma. Se ela for possível amanhã é somente
porque, hoje, ela está sendo pensada pelos educadores que se reeducam
juntos. Essa reeducação dos educadores já começou. Ela é possível e
necessária e será construída através de um Projeto Político Pedagógico
Autônomo, forte e compromissada.
VII.a.5-Concepção de conhecimento
Sendo o conhecimento um processo humano, histórico, incessante, de
busca de compreensão, de organização, de transformação do mundo vivido e
34
sempre provisório, tem origem na prática do homem e nos processos de
transformação da natureza. E, também, uma ação humana atrelada ao desejo
de saber. Só o homem, por ser pensante, pode ser sujeito: somente ele pode
desejar a mudança, porque só a ele lhe falta à plenitude.
O que possibilita a construção do conhecimento, nesse momento de
aventura em busca do novo, é sem dúvida o reconhecimento de que somos
seres falantes. É nesse movimento que se instaura o desejo de aprender.
Respeitar a caminhada de cada sujeito de um determinado grupo é uma
aprendizagem necessária e fundamental numa vivência dentro de uma
perspectiva interdisciplinar, sendo necessário eliminar as barreiras que se
criam entre as pessoas para o estabelecimento de uma dialógica.
Uma atitude interdisciplinar estabelece uma nova relação entre currículo,
conteúdos e realidade. Nesta linha de pensamento o que se pretende é
ressaltar as contribuições e trocas que vão além da integração dos conteúdos
das diferentes áreas de conhecimento, o que implica na reorganização
curricular, ou seja, trocas generalizadas de informações e críticas, através de
uma relação de reciprocidade e de mutualidade contribuindo para uma
reorganização do meio científico e institucional a serviço da sociedade e do
homem.
VII.a.6-Concepção de ensino
O ensino deve ser de qualidade levando-se em consideração o
educando e o contexto social em que o mesmo está inserido. É necessário
observa-se o nível em que esses se encontram e não daquele em que o
educador julga em que deveriam estar, ou seja, partindo do conhecido para o
desconhecido.
Os conteúdos a serem trabalhados em sala de aula devem possibilitar a
continuidade e busca pelo saber. Neste aspecto para que haja a continuidade o
educador deve propiciar a participação dos educandos, a sua expressão e
através dela ter elementos para a interação significativa. Se, ao contrário, o
educador mantiver o monopólio da palavra e das atividades em sala de aula,
será impossível ocorrer a continuidade, daí ocorreria uma educação bancária
da qual o professor seria o detentor do saber e o aluno o receptor.
35
O ensino-aprendizagem é uma via de mão dupla, aluno e professor
caminhando para o crescimento e a construção de um conhecimento
significativo.
VII.a.7-Concepção de aprendizagem
Para que uma aprendizagem ocorra, é necessário que ela seja
significativa, o que exige que seja vista como a compreensão de significados,
relacionando-os às experiências anteriores e vivências pessoais dos
aprendizes, permitindo a formulação de problemas desafiantes que incentivem
o aprender mais, o estabelecimento de diferentes tipos de relações entre fatos,
objetos, acontecimentos, noções e conceitos, desencadeando modificações de
comportamentos e contribuindo para a utilização do que é aprendido em
diferentes situações.
Esta aprendizagem não se relaciona única e exclusivamente a aspectos
cognitivos dos sujeitos envolvidos no processo, mas também está relacionada
com suas referências pessoais, sociais e afetivas. Nesse sentido, afeto e
cognição, razão e emoção se compõe em uma perfeita interação para atualizar
e reforçar, romper e ajustar, desejar ou repelir novas relações, novos
significados na relação, novos significados na rede de conceitos de que
aprende.
Por esse motivo, a aprendizagem não ocorre da mesma forma e no
mesmo momento para todos, mas interferem nesse processo as diferenças
individuais, o perfil de cada um, as diversas maneiras que as pessoas têm para
aprender.
VII.a.8- Concepção de Ciências
Na história da sociedade humana está integrada a história da ciência,
portanto a Ciência é uma construção humana coletiva da qual participam a
imaginação, a intuição e a emoção. A Ciência além de ser um acervo de
conhecimentos, também constitui um modo de pensar, de chegar a conclusões
coerentes a partir de premissas, de questionar preconceitos e, de estimular o
equilíbrio entre novas idéias e as já estabelecidas.A comunidade científica
36
sofre influência do contexto social, histórico e econômico em que está inserida.
Então, fazer ciências exige escolhas e responsabilidades humanas, e como
toda construção humana, o conhecimento científico está em permanente
transformação: as afirmações científicas são provisórias e nunca podem ser
aceitas como completas e definitivas. As teorias são elaborações de modelos
com os quais os cientistas interpretam o mundo, buscando o entendimento e a
explicação racional da natureza, para nele intervir.
No programa para o ensino de ciências, deve-se levar em conta
circunstâncias filosóficas, políticas, econômicas e socioculturais típicas de cada
cultura. Objetivando o ensino para o trabalho cooperativo e a aquisição de
ferramentas de análise, de compreensão e de expressão, possibilitando o
acesso à informação necessária para embasar decisões conscientes e
autônomas, típicas da cidadania que se deseja para todos.
A ciência constitui-se de um conhecimento especializado-diferente do
senso comum e por isso exerce poderosos impactos na vida das pessoas,
sendo assim, deve atender às necessidades cotidianas das pessoas comuns e
alargar seus horizontes e sua imaginação.
Ciência e Tecnologia são vivenciadas pelas pessoas de modo
automático e imediato, no mundo contemporâneo a presença crescente das
linguagens científicas e a chamada alfabetização científico-tecnológica é só o
ponto de partida de uma formação que deve se completar ao longo da
educação básica, para garantir a cada pessoa a condição de se comunicar,
oralmente e por escrito, por meio da linguagem científica. Isso significa fazer
uso apropriado de termos e símbolos científicos, assim como de gráficos,
diagramas e equações para descrever e interpretar situações, elaborar
argumentos e proposições, em temas de interesse científico e tecnológico, de
caráter, pessoal, profissional ou social.Além do significado vocabular, é preciso
compreender o contexto em que cada expressão se encontra, e as linguagens
da ciência são encontradas em grande variedade de contextos e em diferentes
modalidades.Desta forma, o conhecimento científico é cada vez mais
necessário para os cidadãos comuns, que já fazem uso instrumental dele,
direta ou indiretamente, em seu dia-a-dia, constituindo-se em um importante
instrumento para resolver problemas reais através de permanente
questionamento e investigação.
37
VII.a.9-Concepção de Cultura
A Cultura é “a vida total de um povo, a herança social que o indivíduo
adquire de seu grupo. Ou pode ser considerada a parte do ambiente que o
próprio homem criou”.(Clyde Kluckhohn, Antropologia - um espelho para o
homem, p.28).
Para o antrpólogo Bronislaw Malinovski, a Cultura compreende
“artefatos, bens, processos técnicos, idéias, hábitos e valores herdados”.
“Cultura é a herança que o grupo social transmite a seus membros
através da aprendizagem e da convivência social”.(Nelson Piletti, Sociologia da
Educação, p.52).
Pérsio Santos (Introdução à Sociologia) mostra que ‘ a cultura de uma
sociedade é transmitida das gerações adultas às gerações mais jovens pela
educação. Educar pois, é transmitir aos indivíduos os valores, os
conhecimentos, as técnicas, o modo de viver, enfim, a cultura do grupo”.
Podemos dizer, portanto, que cada povo tem sua cultura própria, e que
todas as pessoas vivem dentro de uma determinada cultura. A cultura abrange
a maneira de viver, de agir, pensar e sentir de um povo. A aquisição e a
perpetuação da cultura são um processo social, resultante da aprendizagem,
onde cada geração transmite às novas gerações o patrimônio cultural que
recebeu de seus antepassados, como herança social.
A produção cultural da espécie humana é um documento vivo da história
da humanidade.A cultura não sempre a mesma. Apresenta formas e
características diferentes no tempo e no espaço.
A história da cultura brasileira retrata a assimilação, automática ou não,
transformadora ou não, da cultura universal às camadas e classes sociais do
País, mesmo se sabendo que a cultura se apresenta bastante diversificada.
A cultura, vista como modelo de viver dos brasileiros, como modo de
pensar, sentir e agir dessa população espalhadas pelas regiões brasileiras não
está alheia às tradições colonial do País, nem às especificidades de uma
Revolução Industrial.
Desde a sua origem, a burguesia preocupou-se com a transmissão de
seus conhecimentos a seus pares.Surgem as Instituições, como as
Universidades, as Academias e as ordens profissionais e com o passar dos
38
séculos e com o processo de escolarização, a cultura dessa elite burguesa
desenvolveu-se e especializou-se com a tecnologia. Essa cultura de elite foi se
distanciando da maioria da população, mais próxima da cultura popular, do
senso comum, que hoje está expressa no folclore, constituindo uma visão de
mundo e de vida que sobrevive nas crenças, lendas, religiões e festas
populares e que esconde uma sabedoria viva por trás de sua aparência
primitiva e lúdica para as elites. Com o processo da Industrialização, o
incessante desenvolvimento da tecnologia, cada vez mais sofisticadas
principalmente nos meios de comunicação, passou na atingir um grande
número de pessoas, dando origem à cultura de massa, que é transmitida de
maneira industrializada para um público generalizado, de diferentes camadas
socioeconômicas, formando então, um enorme mercado de consumidores, a
chamada sociedade de consumo.
Nessa perspectiva, cabe a educação escolar, se engajar no esforço para
que a cultura popular e de massa sejam expressas em termos eruditos,
fazendo com que sejam comuns e possam captar a essência do processo
cultural, enquanto modo de vida historicamente determinado pela produção da
existência concreta dos homens, porque as culturas diversificam-se e mostram
os múltiplos aspectos assumidos pela vida humana.
“Como afirma “Saviani” a mediação da escola, instituição especializada
para operar a passagem do saber espontâneo ao saber sistematizado, da
cultura popular à cultura erudita; assume um papel político fundamental.”
Diante da necessidade de conscientização das diversidades culturais,
cabe à escola a função de contemplar nos seus programas e projetos temas
relacionados as culturas populares de forma a atingir a produção de uma
cultura erudita,respeitando e valorizando a diversidade cultural inerente à
sociedade democrática.
VII. a.10- Concepção de Trabalho
O trabalho é condição de existência do ser humano, sem o qual ninguém
vive. Mas, o trabalho, em vez de ser um meio de escravização, precisa ser
sempre mais um fator de realização e de libertação do ser humano: é através
39
do trabalho que o homem pode transformar o mundo e construir uma
sociedade mais justa.
A preparação para o trabalho e para o exercício da cidadania constitui
objetivos do ensino básico, e como tal, não podem estar ausentes da sala de
aula.
Pérsio Santos (Introdução à Sociologia) define trabalho como atividade
desenvolvida pelo ser humano, seja ela física ou mental, desde que tenham
como resultado a obtenção de bens e serviços.
Segundo o sentido histórico, o trabalho existe para satisfazer as
necessidades humanas, desde as mais complexas, como lazer e de crença,
necessidades físicas e espirituais.
Quando nos referimos ao trabalho, pode-se falar deste em todos os
Períodos Históricos, no Feudalismo, no escravismo da Idade Média, das
relações Capitalistas de produção e nas relações de poder da sociedade que
prevalecem até hoje. Isso inclui o desemprego e o subemprego que preocupam
principalmente os jovens que precisam incorporar-se ao mercado de trabalho.
Com a Divisão Social do Trabalho, educação e trabalho são elementos
do processo de construção da cidadania capitalista. O trabalho é um meio
necessário para a conquista da cidadania. É através do trabalho que o
indivíduo recebe a parcela que tem direito nas relações sociais, o seu salário,
tornando real a sua condição de cidadão.
Na escola a divisão do trabalho será realizada a partir da atuação dos
profissionais da educação que deverão compartilhar do conhecimento, como
construção histórica, e da sua interação com o educando, que através de
questionamentos, indagações, caminhará para a construção de um novo
conhecimento e assim, ser capaz de entender o viver em sociedade e capaz
também de propor transformações e de sentir-se co-autor das produções
humanas, das condições existentes, dos recursos disponíveis, dos problemas
a serem equacionados, da interação entre os diferentes fatores que afetam a
qualidade do serviço prestado pela escola. O trabalho enquanto práxis humana
refere-se a um processo educativo de entendimento de um trabalho não
material, predominantemente intelectual, qualificado e, portanto, intencional,
envolvendo formas de organização necessária para a formação do ser humano
40
Assim sendo, “É preciso mostrar aos alunos que o trabalho e a vida
deles são uma parte do trabalho e da vida do País.” ( Anton Makarenko).
VII.a.11- Concepção de Cidadania
A Cidadania é exercida por cidadãos. “Cidadão é um indivíduo que tem
consciência de seus direitos e deveres e participa ativamente de todas as
questões da sociedade... A idéia de cidadania ativa é ser alguém que cobra,
propõe e pressiona o tempo todo.O cidadão precisa ter consciência do seu
poder” ( Betinho).
Para o educador Dermeval Saviani ser cidadão significa ter direitos e
deveres: “ Cidadão é, pois, aquele que está capacitado a participar da vida da
cidade e, extensivamente, da vida da sociedade”. Para o cientista político
Norberto Bobbio, “ O direito do cidadão é a conversão universal, em direito
positivo, dos direitos do ser humano.
Como termo legal, cidadania é mais uma identificação do que uma ação,
como termo político, cidadania significa compromisso ativo, responsabilidade,
significa fazer a diferença na sua comunidade, na sua sociedade, no seu País.
No seu livro – Cidadão de Papel – Gilberto Dimenstein – escreve
“Cidadania é o direito de ter uma idéia e expressá-la. É poder votar em quem
quiser sem constrangimento.É processar um médico que comete um erro. É
devolver um produto estragado e receber o dinheiro de volta. É o direito de ser
negro sem ser discriminado, de praticar uma religião ser perseguido. Há
detalhes que parecem insignificantes, mas revelam estágios de
cidadania:respeitar o sinal vermelho no trânsito, não jogar papel na rua, não
destruir telefones públicos. Por trás desse comportamento está o respeito à
coisa pública”.
Numa sociedade, sujeitos saudáveis poderão sentir que cuidando de si
mesmos e cuidando dos outros e do que pertence aos outros, irão iniciar um
processo afetivo caracterizados pelo surgimento do “nós”, entidade que
engloba todos os sujeitos de uma mesma sociedade numa comunidade. O
desejo de cuidar de si, do outro e de nós desperta em sujeitos saudáveis a
noção de solidariedade e de cidadania.
A cidadania representa as crenças, os valores e as significações
socialmente estabelecidas e aceitas que servirão de mediação entre os
41
indivíduos e o Estado e permitirão a convivência dos indivíduos dentro do
espaço social delimitado. Ela tem uma dimensão histórico-social, portanto, é
resultado de uma construção histórica, e, nela, estão incorporados os valores e
as significações que são inerentes ao povo ao qual ela pertence.
A humanidade vive, hoje, um momento de sua história marcado por
grandes transformações, decorrentes sobretudo, do avanço tecnológico, nas
diversas esferas de sua existência. Esta nova condição exige um
redimensionamento de todas as práticas mediadoras de sua realidade
histórica, quais sejam o trabalho, a sociabilidade e a cultura simbólica. Espera-
se, pois, da educação, como mediação dessas práticas, que se torne, para
enfrentar o grande desafio do terceiro milênio, investimento sistemático nas
forças construtivas dessas práticas, de modo a contribuir mais eficazmente na
construção da cidadania, tornando-se fundamentalmente educação do homem
social.
São tarefa e desafio da escola assumir efetivamente, em parceria com
os pais (família em geral), a função de proporcionar aos alunos oportunidades
de evoluir como seres humanos. Para isso, seu trabalho pedagógico e
educacional é cuidar da sua formação, fazendo-os cumprir regras, impondo-lhe
limites, e acima de tudo acreditando que os jovens têm capacidade de suportar
frustrações. A escola realiza tais funções? Sabemos como é complicada esta
tarefa. Os momentos de afetividade vividos na escola são fundamentais para a
formação de personalidades sadias e capazes de aprender. Enfim, a escola,
não deve ser só um lugar de aprendizagem, mas também, um campo de ação
no qual haverá continuidade da vida afetiva, desempenhando o papel de
parceria na formação de um indivíduo completo, sadio e capaz de exercer sua
cidadania.
Angel Pino in ( Boff SEVERINO A J., ZALUARA e outros 1992,p.15-25),
consideram que “o conceito de cidadania traduz ao mesmo tempo, um direito e
o exercício desse direito. Sem este, aquele é uma mera fórmula.” Portanto, a
educação como um dos principais instrumentos de formação da cidadania,
deve ser entendida como a concretização dos direitos que permitem ao
indivíduo, sua inserção na sociedade.
Segundo Martins, a cidadania e a democracia são processos e a
cidadania exige instituições, mediações e comportamentos próprios,
42
constituindo-se na criação de espaços sociais de luta na definição de
instituições permanentes para expressão política e define como Cidadania
Ativa – aquela que institui o cidadão como portador de direitos e deveres, mas
essencialmente criador de direitos, de abrir espaços de participação. Confirma
ainda, que a cidadania requer a consciência clara sobre o papel de educação e
as novas exigências colocadas para a escola que , como instituição para o
ensino – a educação formal – pode ser um lócus excelente para a construção
da cidadania.
VII. a.12- Concepção de avaliação
A avaliação é uma constante pertencente, de modo geral a toda nossa
vida, de modo particular aos processos de aprendizagem. Os momentos
específicos denominados de “avaliação” são oportunidades instrumentais de
diagnóstico, são, portanto, situações privilegiadas de aprendizagem.
Assim, a forma apropriada de avaliação é importante. Deve-se avaliar
tudo, o tempo todo, pois a nota é um demonstrativo relativo de diagnóstico, por
isso, todos os momentos de avaliação deverão estar acompanhados de
diálogos sobre o processo e o instrumento de avaliação.
VII. b-Princípio
VII. b.1Gestão democrática e os instrumentos de Ação colegiada
Conforme dispõe a Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9394/96,
artigo 14, incisos I, e II, observa-se princípios da gestão democrática do ensino
público na educação básica, quais sejam:
I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto
pedagógico da escola;
II - participação das comunidades escolar e local em conselhos
escolares ou equivalentes.
43
Estes princípios e outros abaixo descritos significam um repensar, refletir
e incorporar novas idéias e formas democráticas de práticas educativas, numa
perspectiva emancipatória e transformadora de educação.
Educação é direito de todo o cidadão assegurado na Carta Magna. É
necessário, portanto, que se garanta o acesso e a permanência qualificada na
escola pública, gratuitamente, universal e de qualidade.
O desafio que aponta no sentido de uma gestão democrática é o
estabelecimento de uma administração colegiada, onde se respeite às
decisões coletivas o respeito às minorias e às diferenças raciais, étnicas e de
gênero, além das políticas de inclusão educacional e social, tarefa que este
estabelecimento vem ao longo dos anos desenvolvendo gradativamente
através da participação colegiada de sua comunidade.
Aspecto de grande relevância para a família Garcez é a valorização dos
profissionais da educação, pois a dignidade profissional deve iniciar dentro da
escola, é aqui que os educadores passam a maior parte do seu tempo. A
formação continuada dos trabalhadores da educação é primordial nos dias
atuais, sendo assim, na medida do possível, este estabelecimento oferta
encontros coletivos periódicos, partindo das necessidades apontadas, grupos
de estudo para reflexões, reuniões pedagógicas, além de oportunizar a
liberação das atividades escolares desses trabalhadores, quando requisitados
pelo NRE, ou SEED para sua capacitação pessoal.
No que tange aos instrumentos de Ação Colegiada cita-se:
• Conselho-Escolar;
• APMF;
• Conselho de Classe;
• Grêmio Estudantil
VII. b.2-Currículo
Por currículo entende-se segundo Alba “se entende a síntese de
elementos culturais (conhecimentos, valores, costumes, crenças, hábitos) que
conformam uma proposta político-educativa pensada e impulsionada por
diversos grupos e setores sociais cujos interesses são diversos e
44
contraditórios, ainda que alguns tendam a ser dominantes ou hegemônicos, e
outros tendam a opor-se e resistir a tal dominação ou hegemonia”.
O currículo, necessariamente, implica uma interação entre sujeitos que
têm um mesmo objetivo e a opção por um referencial teórico que o sustente,
não devendo ser instrumento neutro, nem tão pouco separado do contexto
social.
O processo educacional deve buscar novas formas de organização
curricular visando a redução do isolamento e a fragmentação entre as
diferentes disciplinas curriculares, procurando agrupá-las num todo mais
amplo.
VII.b.3 Critérios de Organização de turmas.
Este critério organizacional obedecerá a Resolução n 864/2001-SEED, sendo o
número de 35 e o máximo de 40 alunos por turmas.
O estabelecimento manterá o Ensino Fundamental e Médio de freqüência
mista, organizadas em regime seriado, nos turnos matutino, vespertino e
noturno.
O Ensino Fundamental será organizado de 5ª à 8ª séries, no período matutino
e vespertino e o Ensino Médio de 1ª a 3ª séries no período matutino e noturno.
Cada série terá a duração de 1 (um ano) e carga horária de 800 (oitocentas)
horas, conforme disposição legal.
VII.b.4-Avaliação:
Instrumentos:
• Ficha Qualitativa- meio utilizado para se observar o aspecto
qualitativo sobre o quantitativo, utilizada diariamente nas práticas
desenvolvidas dentro e fora da sala de aula;
• Pesquisas e trabalhos relativos aos conteúdos bimestrais que serão
posteriormente utilizados nas avaliações;
• Seminários, mini-aulas, debates, oficinas;
• Avaliações.
45
Registros:-
• Livro de chamada;
• Ficha avaliativa;
• Controle interno do Professor.
Recuperação:-
Para que seja detectada sua necessidade é realizado feed back a cada
conteúdo trabalhado. A recuperação é paralela, realizada no decorrer do
bimestre, com retomada dos conteúdos não assimilados pelos alunos. Muitas
vezes, os professores utilizam-se do sistema de monitoria, ou seja, alunos sem
dificuldades auxiliam alunos com dificuldades.
Comunicação dos resultados
Para os alunos:-
• Professores repassam todas as avaliações decorridas durante o
bimestre para os mesmos dentro de sala de aula solicitando a
assinatura dos pais;
• Equipe pedagógica a cada final de bimestre repassa os resultados do
Conselho de Classe, em sala de aula, de cada disciplina, para que
todos tomem ciência de sua situação individual e também do coletivo
da turma;
Para os pais:-
• É realizado bimestralmente o repasse de notas via assinatura de
boletins e para os alunos com dificuldades, os pais são convidados a
comparecer individualmente, a fim de se discutir estratégias de ações
para reversão do quadro.
VII.c-Avaliação
VII.c.1-Do ensino/aprendizagem
46
A avaliação da aprendizagem é tema merecedor de destaque uma vez
ser considerada a grande vilã do insucesso escolar em qualquer nível de
ensino que se pretenda analisar.
É incontestável sua relevância como mecanismo de obtenção de
informações úteis acerca de resultados alcançados pelo sistema educacional, a
fim de que ofereça subsídios para se tomar novas decisões. É por meio da
avaliação que investiga-se os efeitos de ações operacionalizadas nos diversos
níveis de ensino, servindo como instrumento decisivo para elaboração de
políticas e ações de melhorias, sinalizando para caminhos que devem ser
percorridos, a fim de garantir a qualidade de ensino.
Entretanto para que realmente isto ocorra, ou seja, para que se promova
as mudanças almejadas, a avaliação precisa ser assumida de modo a
favorecer o desenvolvimento do processo escolar, possibilitando a sua
reorganização com vistas à solução das dificuldades detectadas na aquisição e
construção do conhecimento.
Nesta visão, segundo PARO (2001, pág.39) “a avaliação deverá ser
assumida como tomada de decisões suficientes e satisfatórias para que o
educando possa avançar no seu processo de aprendizagem”. Assim a
avaliação passa a ser um instrumento de diagnóstico da real situação dos
educandos, buscando os encaminhamentos adequados e necessários para
que o educando efetivamente possa aprender.
LUCKESI (2003,) afirma que a avaliação da aprendizagem escolar
auxiliará o educador e educando na busca de crescimento. Neste contexto o
doutrinador ressalta ainda que (pág. 171) “a Avaliação é um ato amoroso”, pois
permitirá ao educando ser incluído no seu encaminhamento de aprendizagem
com qualidade, além do que, ao mesmo tempo o inclui também, entre os “bem
sucedidos”, devido ao fato de que esse sucesso deverá ser construído ao longo
de todo o processo ensino-aprendizagem.
Fica evidente a necessidade de se buscar o entendimento do valor e das
implicações da avaliação, no sentido de viabilizar a consecução de uma
proposta mais humanizadora para o ensino.
Considerando que o objetivo maior da avaliação é diagnosticar os
problemas e subsidiar tomadas de decisão é preciso romper com paradigmas
tradicionais que a caracterizam como impositiva, amedrontadora e seletiva.
47
Sendo assim, que transformações são necessárias para romper este
paradigma?
VII.c.2-Da escola
Ao se pensar nessas transformações, há que se considerar, em primeiro
plano, que isso só será possível se o professor atuar orientando o trabalho de
reflexão dos alunos, no que tange às dificuldades encontradas durante o
processo harmonizando o trabalho desenvolvido pelos alunos em sala de aula.
Deve o professor organizar eventos externos que favoreçam e estimulem o
progresso individual e grupal dos alunos, reorientado as ações necessárias a
um processo de ensino e aprendizagem efetivo.
A avaliação deve ser caracterizada numa abordagem mais
contemporânea e passível de ser utilizada em sala de aula. A escola não pode
mais permitir ser desinteressante, resistente às inovações, mantendo o quadro
de passividade, é preciso que haja um novo toque, neste toque relações ricas
que agucem a curiosidade, interação, interesse e exploração da diversidade. A
realidade do mundo atual leva a concluir que para se conviver e interagir é
necessário à capacidade de negociação, deliberação e argumentação e que a
escola precisa desenvolver essas capacidades para formação de indivíduos
autônomos.
Tarefa nada fácil e que exige muita reflexão, mas é aqui no interior da
escola, através da apropriação do conhecimento e na construção dos saberes
que os profissionais da educação instrumentalizarão os sujeitos a compreender
e analisar de forma crítica a realidade social e assim promoverão ações
transformadoras. A avaliação como parte deste processo educativo objetiva
também essa instrumentalização, além da promoção e inclusão do educando.
Assim, os educadores deste estabelecimento em consonância com a
Lei de Diretrizes e Bases da Educação, artigo 24 e Deliberação 007/99; que
prevê uma avaliação diagnóstica, formativa, cumulativa e contínua
constantemente debate o tema, refletindo sua prática pedagógica, procurando
fazer preponderar o aspecto qualitativo sobre o quantitativo, transformando
suas ações no contexto escolar de sala de aula, auxiliando o aluno a construir
48
e entender seu processo de aprendizagem e conseqüente formação
profissional e de cidadania.
VIII- MARCO OPERACIONAL
O Colégio Estadual Antonio Garcez Novaes trabalha com respeito,
reconhecendo às diferenças e buscando o regime colaborativo para minimizar
as necessidades existentes, oportunizando a inserção do aluno no mundo,
procurando formar cidadãos críticos e transformadores.
Optamos por uma ação pedagógica em práticas democráticas, onde
todas as pessoas envolvidas participem das decisões, atuando conjuntamente.
Desta forma visamos oportunizar ações coletivas que poderão influir na
transformação da sociedade.
Buscamos uma educação que considere o educando, não como efeito
da ação do educador, mas sim, como agente do processo educativo, senhor de
suas idéias, capaz de ter iniciativa própria, conhecedor de seus direitos e
obrigações, da realidade que o cerca, capaz de ampliar sempre mais sua visão
de sociedade e de mundo.
Assumimos uma educação que apresente vários caminhos e deixe
liberdade de opção ao educando. Em que os conteúdos apreendidos sejam
apresentados de forma interdisciplinar e que tenham relação concreta com o
cotidiano. Que concebe o homem como ser que orienta sua vida segundo
valores éticos, morais e cristãos.
Defendemos uma educação que se construa sobre a contribuição das
várias ciências, em contínuo desenvolvimento, que deverão ser criticadas e
aperfeiçoadas a cada dia. Neste sentido é renovadora, pois faz diferente a
construção do novo.
Por fim, sonhamos e lutamos por uma educação livre, democrática, justa
e forte, que seja ativa e participativa e principalmente que torne possível a
articulação dos interesses coletivos sobre os anseios individuais.
VIII-a- Linhas de ação
49
• Incentivar e abrir espaços para que aconteçam os grupos de estudos
entre os professores da mesma disciplina e disciplinas afins,
principalmente para discutir itens pertinentes a prática avaliativa,
buscando critérios e instrumentos que permitam o educador agir com
consciência e refletidamente, marcado por decisões claras e
explícitas do que está fazendo e para onde caminha o resultado de
sua ação.
• Buscar a promoção integral dos alunos dando-lhes estímulos para
diminuir o índice de evasão e repetência.
• Adequar o Colégio com infra-estrutura física, material e de Recursos
Humanos, necessários para o desenvolvimento dos projetos
pedagógicos e administrativos com vistas a atingir os objetivos
elaborados.
• Reunir a APM, Corpo Docente, Técnico - Administrativo, Pedagógico
e Grêmio Estudantil, para eleger as prioridades buscando
alternativas para execução das mesmas.
• Criar mecanismos de incentivo para utilização do Portal Dia-a-dia-
educação;
• Planejar com antecedência as atividades de ensalamento, calendário
de aulas, calendário administrativo, calendário das atividades extra
classe, distribuição de salas, professor/aluno para que o ano letivo se
inicie regularmente.
• Manter a gestão democrática através do fortalecimento da A.P.M.,
Conselho Escolar e do Grêmio Estudantil.
• Efetivar a integração dos pais e da comunidade com o Colégio,
permitindo-lhes em todos os momentos o direito de voz.
50
• Manter um quadro de pessoal, suficiente para atender de forma
eficiente e com qualidade, alunos, pais e comunidade.
• Evitar ao máximo a rotatividade do quadro funcional.
• Prezar pela capacitação permanente de todo o quadro funcional do
estabelecimento, através de regime colaborativo com Instituições
vinculadas à Educação, proporcionando que a formação continuada
seja caracterizada, principalmente, pela oferta de encontros coletivos
e periódicos, a partir das necessidades apontadas pelos
trabalhadores em educação, devendo ser realizados na própria
escola, tendo como objetivo a reflexão sobre múltiplas dimensões da
prática educativa.
• Promover cursos profissionalizantes, educativos e informativos,
abertos a toda comunidade escolar, obedecendo todas as diretrizes
estabelecidas, e em especial pleitear a implantação de cursos de
Educação Profissional de nível técnico, com qualidade.
• Fortalecer ainda mais a integração Escola/Empresa e Entidades de
Classe, com vistas à melhoria da qualificação profissional e
cidadania do aluno e sua integração ao mercado de trabalho através
dos programas:
*Estágio Remunerado através do C.I.E.E.
*Regime de colaboração com a Zig informática e UNOPAR
• Buscar o desenvolvimento espiritual do aluno.
• Resgatar o civismo.
• Prezar pela ética, pela moral e bons costumes em todo o ambiente
escolar.
51
• Promover eventos culturais, esportivos, sociais e científicos visando
à satisfação da comunidade.
• Interagir junto aos órgãos estaduais, municipais e da comunidade
para:
• *Prover a efetiva manutenção física do prédio escolar.
• *Buscar melhorias nos ambientes comuns aos alunos, como quadra
de esportes, biblioteca, cantina, e principalmente pleitear a
construção do refeitório, da cozinha, colocação de grades na frente
da escola, calçamento da praça do Flambloyant, jardinagem da
frente da escola, instalação de portão eletrônico na lateral da escola,
entre outras que a comunidade entender necessária.
• *Proceder discussões, debates e tomar decisões conjuntas com
vistas a objetivar, da melhor forma possível, a segurança aos alunos
e funcionários, bem como do prédio e suas instalações.
• Ampliar a intranet do estabelecimento com a implantação da fibra
ótica da Copel, tendo em vista o Projeto da SEED.
• Modernização da intranet já existente na escola, a qual abrange a
biblioteca virtual, os ambientes pedagógicos e administrativos.
• Adquirir um Data Show, a fim de aprimoramento dos recursos
tecnológicos.
• Apoiar e estimular o trabalho dos pedagogos para que sejam
elementos de suporte na busca dos objetivos estabelecidos neste
PPP.
• Colaborar para a execução dos projetos já desenvolvidos na escola,
quais sejam:
Amostra Cultural Geral (Semana Cultural)
52
Português - Cidadania -Preservação do patrimônio escolar
-valores
-Jogos Florais (preparação)
-noite de autógrafos
-2ª Amostra -(textos, poesias)
-jornal
Inglês - Principais datas Comemorativas em Inglês
Artes - Painés, Datas Comemorativas, Convites, Teatro, Amostra Cultural
(novembro)
Educação Física - -Dança (coreografia para serem apresentadas
nos eventos e Jogos Florais)
Esportes (Jogos Escolares e Interclasses)
Xadrez (Cristina / Campassi ) – CLUBE DO
XADREZ
História - Resgate Histórico do Col. Garcez, culminando no
aniversário da escola 16/11/67- 39 anos
Datas Comemorativas (parte Histórica) – Destacar as de
relevante valor
Geografia - Astronomia – (Inscrever os alunos de 5ª série na Jornada
de astronomia )
Ecologia (nascente, hidrografia, relevo, poluição, etc)
Ciências - Meio Ambiente - Jardinagem (horta e plantas medicinais)
Astronomia – (Inscrever os alunos de 5ª série na Jornada
de astronomia )
Matemática- Maratona
Para Ensino Fundamental – Xadrez
53
Física/Química - Laboratório - Experimentos
Obs: Física deverá trabalhar Astronomia ( AMOSTRA CULTURAL)
Biologia - Educação Sexual (HIV, Doenças Sexualmente Transmissíveis,
Drogas, Sexualidade)
Obs: Os alunos do Ensino Médio deverão trabalhar integrados com os alunos
do Ensino Fundamental.
AMOSTRA CULTURAL
Filosofia - Ética - Resgate de Valores
Química – AMOSTRA CULTURAL
Outros :
*Música (seleção para trabalhar em sala)
*Palestras e Visitações (motivação)
Obs: Ensino Médio - Vocação Profissional
*Rádio - Recreio e o Jornal (patrocínio)
*Nivelamento - De caráter obrigatório em todas as séries (o professor
determina o tempo necessário encerrando com uma avaliação)
*Civismo: uma vez por semana no pátio. (Hinos)
• Propor a criação e a execução de outros projetos que envolvam:
*Reforço Escolar / recuperação
*Evasão escolar
*Hora-Atividade
*Simulados envolvendo todas as disciplinas
54
*Integração da Família na Escola (divulgação dos resultados, gráficos, chá para
mães, palestras orientativas, entre outras).
*Temáticas relativas à Educação Contemporânea.
*Projetos específicos para o 3º ano do Ensino Médio – Mural Informativo,
escolha das profissões, escolha do Garoto e Garota Garcez.
• Manter uma gestão financeira transparente, com planejamento anual,
e tendo sua execução alicerçada nas normas estabelecidas pelo
Tribunal de Contas do Estado Paraná, e a Lei de Responsabilidade
Fiscal.
• Cumprir e fazer cumprir o regimento escolar, as legislações
pertinentes, bem como, as determinações e orientações dos órgãos
superiores.
VIII-b- Organização interna da escola
Direção e Direção auxiliar: São os responsáveis pela efetivação da gestão
democrática na escola. Partindo da premissa que só através desta prática é
que se promove a construção de uma escola de qualidade, a proposta de
trabalho dos gestores deste estabelecimento está centrada no desenvolvimento
da aprendizagem, na formação do cidadão, no incentivo a formação continuada
dos educadores, na inovação de novas propostas pedagógicas e na criação e
implementação dos projetos a serem desenvolvidos.
Além disso, a direção deve gerenciar os recursos humanos, financeiros e
físicos – prédio, materiais didáticos e equipamento.
Secretaria: A secretaria presta atendimento ao público, expedição,
recebimento, escrituração, registro e arquivamento de documentos do colégio,
do aluno, do professor e dos funcionários, em consonância com as normas
estabelecidas no Regimento Escolar.
Equipe Técnico-Pedagógica: Este colégio conta com uma Equipe habilitada e
preparada, que acompanha passo a passo o trabalho dos professores e
55
alunos, auxiliando-os no processo ensino-aprendizagem. Procura manter o
bom relacionamento com toda a Comunidade Educativa, priorizando o
atendimento aos alunos e às famílias, através de ações participativas e
democráticas.
Analista de Sistema: Este profissional presta suporte técnico operacional na
implantação de novos programas, atualização de softwares, criação de
relatórios específicos com dados retirados do SERE, acompanhamento e
treinamento individualizado para os professores que utilizam o sistema de
provas da escola, manutenção e atualização do hardware da escola, enfim,
responde por toda a área de informática da escola.
Docentes: Os educadores, em nosso estabelecimento, são todos habilitados,
conscientes de sua profissão, sendo articuladores do processo de ensino-
aprendizagem. Assumem um papel importante na vida do aluno e da
Comunidade Educativa, pela sua competência profissional e presença amiga e
assídua. Procuram despertar no aluno o interesse pelo estudo e, também,
relacionar o conhecimento com a vida.
Funcionários: Estes trabalhadores executam funções primordiais para o bom
funcionamento da escola, como a limpeza do prédio, segurança, alimentação,
entre outras. São muito valorizados por toda a comunidade escolar.l
Bibliotecária: A escola é deficiente desta função, entretanto para suprir esta
necessidade funcionárias do administrativo executam esta atividade. Em nosso
estabelecimento além da biblioteca convencional, temos também, a virtual.
VIII-c- Relações entre o administrativo e o pedagógico
Embora haja especificidades quanto ao trabalho desses dois segmentos, há
uma grande relação entre os mesmos, para que se configure a gestão
democrática e o ensino aprendizagem, uma vez que não deve haver
fragmentação no âmbito escolar. Sendo assim se propõe:
56
• Grupos de trabalho com reuniões periódicas, encarregados de
buscar soluções para entender problemas de natureza pedagógica,
bem como para trocar experiências entre as áreas;
• Reuniões bimestrais buscando alternativas para os problemas de
ordem social e pedagógica;
• Encontros Pedagógicos semestralmente para busca de soluções
pedagógicas, e também a avaliação do rendimento curricular e
atuação docente;
• Atuação dinâmica e constante da Equipe Pedagógica nos Conselhos
de Classe, tomando conhecimento dos problemas existentes e
colocando em discussão as propostas para melhoria, bem como
supervisionando sua aplicação prática;
• Acompanhamento do Sistema de avaliação para avaliar o
desempenho docente e discente e também os índices de evasão e
repetência;
• Assessoria da Equipe pedagógica quanto à apropriação do
conhecimento do educando, verificando a distribuição dos conteúdos
na avaliação;
• Acompanhamento dos índices de evasão e repetência estando em
constante debate com professores e direção, buscando propostas
para a sua diminuição;
• Incentivo constante à integração escola-comunidade, proporcionando
atividades de natureza sócio-cultural, cívica e desportiva;
• Coordenação das Diretrizes Pedagógicas emanadas da Secretaria
de Estado da Educação;
• Incentivo à realização de Projetos para a melhoria da qualidade de
ensino;
• Acessoria ao professor no processo de seleção de livros didáticos,
apostilas e demais materiais essenciais para o bom desenvolvimento
das aulas;
• Recuperação de estudos, reforço em contra-turno e projetos
especiais para alunos com dificuldades e/ou em defasagem;
• Práticas inovadoras para estimular avanços;
57
• Divulgação e demonstração de todo material pedagógico disponível
no colégio, além de momentos com troca de experiências entre os
professores e também com professores de outros estabelecimentos
de ensino;
• Formação e capacitação de professores através de: seminários,
fóruns, cursos, palestras, assembléias, grupos de estudos, reuniões,
entre outros, visando a melhoria da prática pedagógica.
VIII-d- Papel das instâncias colegiadas
Conselho-Escolar
Tem sua implantação Lei 6021 de 28/12/94, tendo por finalidade efetivar
a Gestão Escolar, na forma de colegiado, promovendo a articulação entre os
segmentos da comunidade escolar e os setores da escola, constituindo-se no
órgão máximo de direção, sendo ele de natureza deliberativa , consultiva e
fiscal.
Atuação e representação do Conselho Escolar visará ao interesse maior
dos alunos e sua ação estará articulada nos profissionais que atuam na escola,
preservada a especificidade de cada área de atuação.
Os Conselhos Escolares não existem apenas por definições legais, mais
sim, à medida que as pessoas se dispõem a contribuir para o grupo,
constituindo um espaço de inclusão para desenvolver a confiança social e
igualdade política.
Seu papel é de extrema importância uma vez que apresenta
procedimentos de co-responsabilidade no processo educativo. HORA (1994)
diz “que o acesso à educação escolar é um dos instrumentos de construção de
uma sociedade democrática, na proporção em que a escola universaliza o
saber sistematizado, fundamental para o exercício pleno da cidadania”. Fazer
da escola um espaço para com a comunidade é uma opção política de caráter
transformador e, nela, o Conselho Escolar tem papel garantido, o que não
58
dispensa a necessidade de reflexão permanente e de divulgação ampla dos
obstáculos e das potencialidades que se apresentam.
APMF
A associação de Pais, Mestre e Funcionários devem atuar como um
“elo” entre o Estabelecimento de Ensino e a Comunidade Escolar,
representado de forma significativa os reais interesses de cada segmento (pais,
professores e funcionários). Deve demonstra, de forma transparente, o que se
espera da Gestão. Para tanto, cada membro precisa ser participativo,
consciente e engajado em sua função.
Não pode a Associação limitar-se a gerenciar promoções e recursos ou
mesmo gastos e necessidades materiais.
Cabe a APMF acompanhar o desenvolvimento da Proposta Pedagógica,
buscar a integração, visar a realidade da comunidade em que está inserida,
assegurar melhores condições de eficiência escolar e também administrar/gerir
recursos financeiros.
Enquanto Associação deve comprometer-se primordial da entidade
educacional: o aluno e seu aprendizado. Necessita buscar meios para
promover uma educação de qualidade, voltada para a cidadania, para a
profissionalização, para o alcance dos objetivos da instituição em sua função
de educar, de aperfeiçoar e, conseqüentemente, de estimular o educando na
busca do conhecimento, de bons valores e de uma vida produtiva.
Conselho de Classe
Os Conselhos de Classe deverão possibilitar a inter-relação de
profissionais e alunos, propiciar o debate sobre o processo de ensino e de
aprendizagem, favorecer a integração e seqüência dos conteúdos curriculares
de cada série/classe e orientar o processo de gestão do ensino, tornando-se
uma importante instância de reflexão da escola.
É constituído por professores, equipe pedagógica, direção e
representante de alunos. É realizado bimestralmente, registrado em livro
próprio. Tem caráter decisivo e está diretamente ligado ao desenvolvimento da
59
aprendizagem dos alunos. Sua função é a de propor mudanças, revendo
situações de baixo rendimento escolar, novas alternativas pedagógicas e
formas de avaliação além de estratégias que possibilitem o avanço e o
desenvolvimento do educando, garantindo melhorias na qualidade de ensino.
Grêmio Estudantil
A lei federal nº 7.398, de 04/11/85, no seu Artigo 1º, assegura a
organização de Grêmio Estudantil como entidades autônomas representativas
dos interesses dos estudantes secundaristas, com finalidades educacionais,
culturais, cívicas, desportivas e sociais.
O Grêmio Estudantil é um órgão composto somente de estudantes. Ele
deve estar sempre preocupado em tornar realidade às aspirações da maioria
daqueles que estudam num estabelecimento de ensino. É geralmente
composto por uma diretoria eleita pelos estudantes que deverá trabalhar com
diversos departamentos através de uma gestão colegiada..
A organização, o funcionamento e as atividades dos Grêmios serão
estabelecidas nos seus estatutos, aprovados em assembléia geral do corpo
discente de cada estabelecimento de ensino público, convocada para esse fim
( Art. 1º, § 2º da referida lei ).
O diretor da escola da rede estadual de ensino deverá no sentido de
colaborar com a organização dos Grêmios, propiciar aos alunos, condições de
realização de reuniões para a formação de comissões pró-grêmio, bem como,
respeitadas as normas disciplinares da escola, permitindo o acesso de tais
comissões às salas de aulas e o uso das dependências para informes
esclarecimentos das finalidades do Grêmio.
O objetivo do Grêmio é o de representar o corpo discente defendendo os
interesses individuais e coletivos, incentivando as culturas literárias, artísticas e
desportivas de toda a comunidade escolar.
Por fim o Grêmio deve levar à frente as lutas dos estudantes pela
melhoria do ensino, por um tratamento mais digno, democrático participando
das lutas mais gerais que os movimentos sociais realizam.
60
INCLUSÃO
O processo de inclusão é eminente à nossa sociedade pois, antes
de ser desafio educacional é um desafio social.
Deve-se entender inclusão não apenas em relação aos
deficientes físicos ou mentais, que possuam limitações físicas, sensoriais ou
déficits intelectuais, mas em relação à aqueles que não atingem as
expectativas de aprendizagem e avaliação da escola em decorrência das
condições econômicas e culturais desfavoráveis.
Para que tal atendimento seja efetuado de forma adequada e
satisfatória, é necessário que o Estado, mantenedor do ensino público no
Paraná, forneça material físico (sala de recursos, centro de atendimento
especializado, prédio equipado com rampas, barras de segurança, banheiros
adequados) e humano ( atendimento psicológico, psiquiátrico, profissional
intérprete, instrutor surdo, cursos para os docentes do ensino regular e
relacionamento entre famílias e escola).
Ao professor, agente direto deste processo, cabe o acolhimento,
flexibilização do conteúdo, da metodologia e avaliação como também, ser o
mediador do convívio harmonioso da socialização deste aluno.
Ressalta-se a importância da inclusão digital onde integra de
maneira orgânica um conjunto de equipamentos disponibilizados para as
escolas, a produção de conteúdos utilizando diferentes mídias e a
disseminação de seu uso pelos professores.
HORA- ATIVIDADE
A hora-atividade é o período reservado a estudos, planejamento
e avaliação, incluído na carga de trabalho, sendo destinada para planejamento,
reuniões pedagógicas, correção de tarefas dos alunos, estudos e reflexões
sobre os conteúdos curriculares e ações, projetos e propostas metodológicas,
trocas de experiências, atendimento de alunos e pais e outros assuntos
educacionais de interesse dos professores. È um tempo onde o professor
pensa e repensa sua atividade realizada.
61
Deve-se propor, como melhor estratégia de trabalho, a
organização coletiva da hora-atividade, mas compreende-se a necessidade de
garantir a autonomia do professor e a sua individualidade. O planejamento,
execução, acompanhamento e avaliação da hora-atividade, é de
responsabilidade do conjunto de professores, sob a orientação, supervisão e
acompanhamento da equipe pedagógica ou do diretor da escola; no que
compreende o quadro de distribuição da hora-atividade deve estar exposto em
edital na escola.
Considerando a importância da hora-atividade no
desenvolvimento profissional das práticas pedagógicas, sugerimos a ampliação
da mesma.
62
63
COLÉGIO ESTADUAL ANTONIO GARCEZ NOVAES – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO- ARAPONGAS- PRN.R.E. APUCARANA - PR
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR NO ENSINO BÁSICO
MODALIDADE: ENSINO FUNDAMENTAL
DISCIPLINAS:
CIENCIASEDUCAÇÃO ARTÍSTICA
EDUCAÇÃO FÍSICAENSINO RELIGIOSO
GEOGRAFIAHISTÓRIA
LINGUA PORTUGUESAMATEMÁTICA
LINGUA ESTRANGRIRA - INGLÊS
2007
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – 2007
I IDENTIFICAÇÃO
DISCIPLINA: CIÊNCIAS
MODALIDADE: ENSINO FUNDAMENTAL
PROFESSORES:
Cláudio da Silva Ribeiro
Aparecida Martins
Maria Rosangela de Oliveira Bonin
1 - Apresentação Geral da Disciplina
A disciplina de ciências foi inserida no currículo em 1931 a partir da
Reforma Francisco Campos, pelo decreto 19890/ 31.Essa reforma foi
complementada por Gustavo Capanema em 1942 que dividiu a estrutura em
dois ciclos: Ginasial, com duração de quatro anos; e o clássico e científico de
três anos.
Na década de 50 o ensino das verdades clássicas através dos métodos
tradicionais foi substituído pela valorização dos conteúdos espontâneos,
enaltecendo experiência pela experiência. A educação da América Latina foi
influenciada pela reforma no sistema de ensino ocorrido nos EUA. Essa
reforma visava a formação de nossos cientistas, uma vez que, o lançamento do
satélite artificial parecia uma ameaça a supremacia dos EUA.
O desenvolvimento industrial no Brasil, ocorrido na década de 60,
induziu o Estado a rever seu sistema educacional que passou a ter
64
preocupação com a formação de mão - de - obra técnico - científica para
atender as necessidades do mercado e do desenvolvimento econômico dopais.
Entre 1968 e 1961 houve a reforma educacional no Brasil, incentivados
pela ajuda financeira e assistência técnica oferecidas pela Agência Norte -
Americana para o Desenvolvimento Internacional ( Usaid ). A partir daí
modificou - se a estruturado ensino primários e médios, que passou a
denominar-se, respectivamente, de primeiro grau, com oito anos, básicos e
obrigatório e de segundo grau. Surge a disciplina "Iniciação à Ciências" em
todas a séries do primeiro grau.
O aumento da produção industrial desencadeou um grave problema
social - a degradação do meio ambiente. A esse fato, juntou -se relação do
desenvolvimento científico - tecnológico às guerras ampliando - se a discussão
sobre suas influências na sociedade e os efeitos nela provocadas.
O período de transição entre o modelo ditatorial e a democracia no Brasil
ocorrida na década de 80, influenciou o ensino de Ciências que, numa tentativa
ingênua e superficial, reorganizou seu currículo para atender os temas
relacionados com as causas e conseqüências das atividades ligas a industriam
e à agricultura voltadas à prática social.
Os anos 90 foram marcados pela globalização e uma filosofia
neoliberalista, levando a escola repensar seu papel na formação de um
cidadão crítico, participativo e transformador. Implantou -se o Currículo Básico
para a Escola Pública do Estado do Paraná que buscava responder às
necessidades sociais e históricas do Brasil deste período. Sua proposta
baseava-se em três eixos norteadores: Noções de Astronomia; Transformação
e Interação da Matéria e Energia; Saúde: Melhoria da Qualidade de Vida.
A partir da lei 9394/ 96 que estabeleceu as Diretrizes e Bases para a
Educação Nacional, o ensino de Ciências no Currículo Básico perdeu força, por
não apresentar subsídio teórico - metodológicos suficientes para explicitar as
preocupações quanto aos resultados das ações do homem sobre a natureza.
A escola perdeu o caráter de espaço social e transformador e passou a ser
entendida como empresa, conforme o modelo neoliberal de educação.
A partir de 1996 é divulgada e amplamente distribuída nas escolas os
PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais). A proposta do PCN para o ensino
de Ciências estabelecia que todas as disciplinas tratassem de temas como
65
saúde, sexualidade e meio ambiente, antes restrito à disciplina de Ciências. Os
conteúdos específicos ficaram em segundo plano, à margem do processo
pedagógico e, geralmente eram tratados na forma de projetos extracurriculares.
Os PCNs-Ciências Naturais tinha como eixos temáticos: Terra e
Universo; Vida e Ambiente; Ser Humano e Saúde; Tecnologia e Sociedade.
Embora apresentassem uma visão mais articulada dos conteúdos, havia uma
limitação do trabalho do professor para abordar uma educação globalizada,
perdendo de vista as características e necessidades regionais.
A partir da reformulação da política educacional do Estado em
2003,institui-se o currículo escolar como eixo fundante da escola.As Diretrizes
Curriculares para a Educação Básica buscam levar o corpo decente a uma
reflexão da sua prática, incentivando sua formação através de grupos de
estudo, seminários estaduais, simpósios, cadernos pedagógicos, criação do
Portal dia-a-dia Educação, Fera, projeto Com Ciência e Jogos Escolares,
levando a escola a uma maior interação com a comunidade.
Tendo em vista a inclusão a História e Cultura afro-brasileira e Africana
nos currículos da Educação foi contemplada com a lei 10.639/03 que garante
os direitos dos cidadãos afro-brasileiros e seus descendentes.
1.1 Concepção de Disciplina de Ciências
A disciplina de Ciências constitui um conjunto de conhecimentos necessários
para compreender e explicar os fenômenos da natureza e suas interferências
no mundo. Por isso, estabelece relações entre os diferentes conhecimentos
físicos, químicos e biológicos, em cujos cenários estão os problemas reais, a
prática social. Pode-se dizer que esse olhar para o objeto de estudo torna-se
mais amplo e privilegia as relações e as realidades em estudo (SANTOS, 2005,
p.58).
Pautado nessa concepção, o processo de ensino e aprendizagem de
Ciências valoriza a dúvida, a contradição, a diversidade e a divergência, o
questionamento das certezas e incertezas, e faz superar o tratamento curricular dos
conteúdos por eles mesmos, de modo a dar prioridade à sua função social.
66
A Ciência e uma construção humana e coletiva. Como toda construção
humana, o conhecimento cientifica esta em permanente transformação. As
afirmações cientificas são provisórias e nunca podem ser aceitas como
completas e definidas.
O ensino de Ciências deve atender as necessidades cotidianas das pessoas
comuns e, ao mesmo tempo alargar seus horizontes e suas criatividade. Busca
– se então, um ensino de ciências como investigação, levando os alunos a
serem capazes, cada vez mais, de construir conhecimentos sobre a natureza
mais próximos do conhecimento cientifico que de senso comum. De qualquer
forma, procura – se como ponto inicial para o ensino - aprendizagem de
Ciências os problemas com as quais os alunos se defrontam.
2 – OBJETIVOS
- O ensino de Ciências deverá então se organizar de forma que, ao final do
ensino fundamental, os alunos tenham desenvolvido as seguintes capacidades:
- Compreender a natureza como um todo dinâmico e o ser humano, em
sociedade, como agente de transformação do mundo em que vive, em relação
essencial com os demais seres vivos e outros componentes do ambiente;
- Compreender a Ciência como um processo de produção de conhecimentos e
uma atividade humana, história, associada a aspectos de ordem social,
econômica, política e cultural;
- Identificar relações entre conhecimento científico (ciência), produção de
tecnologia (tecnologia) e condições de vida (sociedade), no mundo de hoje e
em sua evolução histórica, compreendendo a tecnologia como meio de suprir
as necessidades humanas, adquirindo juízo sobre riscos e benefícios de
práticas científicas - tecnológicas;
- Compreender as saúdes pessoais, sociais e ambientais como bens
individuais e coletivos que devem ser promovidos pela ação de diferentes
agentes;Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas
reais a partir de elementos da ciência, colocando em práticos conceitos,
procedimentos e atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar;
- Saber utilizar conceitos científicos básicos, associados à energia, matéria,
transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida;
67
- Saber combinar leituras, observações, experimentações e registros para
coletas de dados, comparação entre explicações, organização, comunicação e
discussão de fatos e informações;
- Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica e cooperativa
para a construção coletiva do conhecimento;
- Desenvolver responsabilidade, solidariedade, a autonomia, e o respeito ao
bem comum, incentivando postura crítica, participativa e ética face às novas
tecnologias.
- Construir conhecimentos mínimos necessários para que os indivíduos se
sintam alfabetizados cientifica e tecnologicamente, proporcionando o
desenvolvimento de um postura critica e reflexiva frente às descobertas e
aos fatos científicos do mundo real.
-
- 3- Conteúdos por série/ano
-
- 5ª série
- - Inter-relações entre os seres vivos e o ambiente;
- - Água no ecossistema;
- - Ar no ecossistema;
- - Solo no ecossistema.
- 6ª série
- - Biodiversidade - características básicas dos seres vivos;
- - Níveis de organização dos seres vivos - organização celular;
- - Biodiversidade - classificação e adaptações morfofisiológicas.
- 7ª série
- - Doenças, infecções, intoxicações e defesas do organismo;
- - Corpo humano como um todo integrado.
- 8ª série
- - Poluição e contaminação do ar, da água e do solo;
- - Transformação da matéria e da energia;
- - Astronomia e Astronáutica;
68
- - Segurança no trânsito.
-
4- METODOLOGIA
O ensino de Ciências busca instrumentalizar o educando para entender
a interação existente entre o mundo físico e social, coordenar informações,
posicionar-se diante delas e construir seus conhecimentos. Desta forma, deve
possibilitar ao sujeito a capacidade de situar-se no mundo participando de
forma ativa na sociedade.
Nesta perspectiva conduziremos o processo ensino/aprendizagem com
as seguintes metodologias:
• Observações e experimentações;
• Fontes textuais (jornais, revistas, livros, internet);
• Programas de televisão e vídeo;
• Saber vivencial de profissionais especialistas, através de palestras e
entrevistas;
• Aulas expositivas e dialogadas;
• Trabalhos e dinâmicas em grupos;
• Jogos, debates e dramatizações;
• Passeios ecológicos e informativos;
• Painéis e mostras de trabalhos;
• Leitura e interpretação de textos.
• Teatro, música e poesia.
Para o desenvolvimento das atividades os professores poderão utilizar os
mais variados recursos pedagógicos.
Os conteúdos específicos serão trabalhados de forma a considerar as
relações entre os conhecimentos físicos, químicos e biológicos, a prática
social, o mundo natural (ciência), o mundo construído pelo ser humano
(tecnologia) e seu cotidiano (sociedade).
5– AVALIAÇÃO
69
A avaliação é um processo continuo, diagnóstico, sistemático, funcional,
orientador e integral.
– Continua e sistemática, logo deve ser constante e planejada,
possibilitando ao professor, por meio de uma interação diária com os
alunos, contribuições para verificar em que medida os alunos se
apropriaram dos conteúdos específicos permitindo, se necessário, a sua
recuperação ;
– Funcional, porque verifica se os objetivos previstos estão sendo
cumpridos;
– Orientadora, pois permite aos alunos conhecer erros e corrigi-los;
– Integral, pois considera o aluno como um todo, ou seja, não apenas os
aspectos cognitivos, mas igualmente os comportamentais e as
habilidades psicomotoras.
Cada instrumento de avaliação possui suas vantagens e desvantagens,
cabendo ao professor a escolha mais adequada. Por meio de cada
instrumento avaliativo, o aluno pode expressar os avanços na
aprendizagem porque interpreta, produz, discute, relaciona, analisa,
justifica, posiciona-se e argumenta, defende o próprio ponto de vista. Sendo
eles: prova oral e escrita, auto-avaliação, trabalhos de pesquisas, painéis,
debates, grupos de estudo, feira de ciências, seminários, simpósios, fóruns,
trabalho integrado, experimentos, textos diversos, participação.
É imprescindível a coerência entre o planejamento das ações
pedagógicas do professor, o encaminhamento metodológico e o processo
avaliativo para que os critérios de avaliação estejam ligados aos processos
de ensino aprendizagem quanto:
- O aluno, e ou a turma, compreende a necessária relação entre os
conhecimentos físicos, químicos e biológicos para a explicação dos
fenômenos naturais envolvidos neste conteúdo específico;
- De que forma o aluno se apropriou deste conhecimento científico;
- O aluno, e ou a turma, consegue relacionar os aspectos sociais,
políticos, econômicos, éticos e históricos envolvidos.
6- BIBLIOGRAFIA
70
– Apostila de Biologia – Albino Fonseca
– Apostila sobre Orientação Curricular Preliminares – Ciências
– Parâmetros Curriculares Nacionais. Ministério da Educação e do
Desporto. Terceiro e Quarto Ciclos do ensino Fundamental. Brasília,
1998.
– VALLE, Cecília. Ciências. Positivo.
– Diretrizes Curriculares de Educação de Ciências para o Ensino
Fundamental.
– Diretrizes Curriculares de Educação Especial
– Diretrizes Curriculares de Educação do Campo
– Coleção Ciência, novo pensar /Demétrio Gowdak,Eduardo Martins.- -
São Paulo,FTD,2002.
71
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – 2007
I – IDENTIFICAÇÃO
DISCIPLINA: ARTE / ARTES
MODALIDADE: ENSINO FUNDAMENTAL
PROFESSORES
Melissa Carrasco Ceconello
Patrícia Midori Sawamura
Cláudia Spínatto Bordinhão
II – APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Toda a obra de Arte é de alguma maneira feita duas vezes.
Pelo criador e pelo espectador, ou melhor,
pela sociedade à qual pertence o espectador.
Pierre Bourdieu, 1986.
A interação entre conhecimento estético, conhecimento artístico e
conhecimento contextualizado são de fundamental importância dentro do
trabalho docente, servindo como proposta para o desenvolvimento e
articulação entre as quatro áreas de Arte (Artes visuais, teatro, música e
dança).
Dentro do conhecimento estético usamos o conhecimento teorizado
sobre a arte, produzido pela arte e as ciências humanas como a filosofia,
sociologia, psicologia, antropologia e literatura.
72
Através do conhecimento artístico usufruímos o fazer artístico e do
processo criativo servindo como formas de organização e estruturação do
trabalho artístico.
No conhecimento contextualizado prima-se pelo conhecimento estético e
artístico do aluno e da comunidade em que está inserido através do resultado
de experiências sociais e sua relação com o conhecimento sistematizado em
arte.
73
III – OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Pretende-se viabilizar a aquisição de conhecimentos teórico-prático que possibilitem ao educando a percepção, a leitura e a
interpretação de signos verbais e não-verbais presentes na arte e suas diferentes áreas.
Através da cultura identificar sua identidade, herança cultural e diversidade, perceber e interpretar a cultura de massa e
industria cultural, que atende as diferentes intenções de comunicação.
IV – CONTEÚDOS
Conteúdos
Estruturantes
Elementos
Básicos
Conteúdos Específicos
Artes Visuais – ponto, linha, forma, cores, texturas, luz e sombra, volume, ritmo, composição
bidimensional e tridimensional, simetria, arte figurativa e arte abstrata, história em quadrinhos,
superfície, proporção, perspectiva.
Dança – danças folclóricas e movimentos corporais, coreografias improvisadas, espaço – nível de
altura, dinâmica (ritmo e inter-relacionamento), fluxo de movimentos.
Música – manifestações musicais folclóricas (cantigas, trava-línguas), elementos sonoros – timbre,
intensidade, altura e ritmo, instrumentos musicais – corda, sopro, percussão, etc, formação da
música brasileira (história da música).
Teatro – elementos da ação dramática - história, personagens, espaço cênico; jogos teatrais –
improvisação, mímicas, etc; espaço cênico – cenário, sonoplastia, iluminação; criação de fantoches,
expressão corporal, origem da máscara e confecção (máscaras africanas); improvisação teatral.
Produções
Artísticas
Artes Visuais – composições de trabalhos bidimensionais e tridimensionais
Dança – composições coreográficas; improvisações coreográficas.
Música – composições, improvisações e interpretações musicais.
75
V – METODOLOGIA
Do ponto de vista metodológico, o ensino da Arte priorizará a interação
da percepção, identificação, do gerir, da forma de organização e interpretação
de signos verbais e não-verbais manifestos nos bens culturais materiais e
imateriais.
Buscar-se-á formas originais e interdisciplinares de expressar idéias com
o grupo, promovendo observações, experimentações, discussões e análises
para que se possa entrar em contato, não só com as formas e linguagens
técnicas, mas também com idéias e reflexões propostas pelas diferentes
linguagens artísticas.
Devemos contemplar na metodologia do ensino da arte, três momentos
da organização pedagógica o sentir e perceber, que são as formas de
apreciação e apropriação, o trabalho artístico, que é a prática criativa, o
conhecimento, que fundamenta e possibilita ao aluno um sentir / perceber e
um trabalho artístico mais sistematizado, direcionando o aluno a formação de
conceitos artísticos.
Entende-se que aprender arte envolve não apenas uma atividade de
produção artística, mas também compreender o que faz e o que os outros
fazem pelo desenvolvimento da percepção estética, no contato com o
fenômeno artístico, visto como objeto de cultura na história, política e social e
com o conjunto das relações.
Sabe-se que ao fazer e conhecer arte, o aluno percorre os trajetos da
aprendizagem que proporcionam conhecimentos específicos sobre sua relação
com o mundo. Tal percepção possibilita leituras da realidade, permitindo uma
reflexão mais ampla a respeito da sociedade em que o sujeito está inserido e
de outras com as quais ele estabelece relações.
VI - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação deverá ser diagnosticada por ser referência do professor
para planejar as aulas e avaliar os alunos; e processual por pertencer a todos
os momentos da prática pedagógica. Segundo a LDB a avaliação é contínua e
cumulativa do desempenho do aluno, visando os aspectos qualitativos sobre os
quantitativos durante todo o ano letivo.
A avaliação deverá ser criadora de estratégias que possibilitem o
entrelaçamento do conceito com a construção cultural, deverá ser feita através
da observação e registro, sem parâmetros comparativos entre alunos por meio
de provas escritas e orais, auto-avaliação dos alunos, seminários, atividades
práticas, obedecendo a proposta do projeto político da escola.
A escola deve procurar garantir aos seus alunos a produção do saber
científico historicamente acumulado, sem esquecer as experiências de vida e a
realidade social daqueles a quem deve educar. Este aspecto tem um mérito de
elevar o nível de consciência crítica dos alunos e de introduzi-los na atualidade
histórico social de sua época, possibilitando-lhes uma atuação consistente e
competente na transformação da sociedade.
A avaliação é um ato social em que a sala de aula e a escola devem
refletir o funcionamento de uma comunidade de indivíduos pensantes e
responsáveis, que conhecem sua posição em relação a outras comunidades.
VII -BIBLIOGRAFIA
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da Educação. São Paulo: Moderna,
1987.
AZEVEDO, F. de. A cultura brasileira. 5ª edição, revista e ampliada. São
Paulo: Melhoramentos, editora da USP, 1971.
BARBOSA, A. M. (org.) Inquietações e mudanças no ensino da arte. São
Paulo: Cortez, 2002.
BENJAMIM, T. Walter. Magia e técnica, arte e política. Obras escolhidas.
Vol.1. São Paulo: Brasiliense, 1985.
BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte. São Paulo: Ática, 1991.
BRASIL. Leis, decretos, etc. Lei nº 9394/93: Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional, LDB. Brasília, 1996.
DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO
BÁSICA DO ESTADO DO PARANÁ..
DUARTE JUNIOR, J.F. Fundamentos estéticos da educação. 4ª ed.
Campinas, SP: Papirus, 1993.
DUARTE JUNIOR, J.F. Por que arte educação? 8ª ed. Campinas, SP:
Papirus, 1996.
78
FERREIRA, A. B.H. Dicionário Aurélio básico da língua portuguesa. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 1995.
PROENÇA, Graça. História da Arte. Editora Ática, 1995.
OSTROWER, Fayga. Universos da arte. Campus, 1997.
PEIXOTO, Maria Inês Hamann. Arte e grande público: à distância a ser
extinta. Campinas: Autores Associados, 2003. (Coleção polêmicas do nosso
tempo, 84).
PENTEADO, José de Arruda. Comunicação Visual e Expressão. Ed.
Nacional, 1998.
SCHAFER, M. O ouvido pensante. São Paulo: Brasiliense, 1987.
Enciclopédia – A arte nos Séculos. Abril Cultural
CADERNOS TEMÁTICOS: Inserção dos conteúdos de história e cultura
afro-brasileira nos currículos escolares / Paraná. Secretaria de Estado da
Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino
Fundamental. Curitiba : SEED-Pr, 2005.
HANSEBALG, Ricardo. Raça e gênero nos sistema de ensino: os limites das
políticas universalistas na educação. Brasília. 2002.
79
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR 2007
I-IDENTIFICAÇÃO
DISCIPLINA: EDUCAÇÃO FÍSICA
MODALIDADE: ENSINO FUNDAMENTAL
PROFESSORES:
Moisés Vicente dos Santos
José Campassi Junior
Maria Cristina Tomazini
Osny Mathias Hoffmann
1. APRESENTAÇÄO GERAL DA DISCIPLINA.
A Educação Física, passou e passa por uma transformação, desde que foi
constituída (Rui Barbosa – 1882), até os dias atuais. As tendências da
disciplina, conforme seu momento histórico, foram, HIGIENISTA – (formação
de homens saudáveis), MILITARISTA – (formação para servir a Pátria),
PEDAGOGISTA – (Proj. Educativo), COMPETITIVISTA – (formação de
atletas), POPULAR – (trabalhadores passaram a influenciar a prática de
atividades lúdicas). Nestas mudanças, conferiu-se a educação Física
características que a reconhecia a partir de uma proposta biológica e
fisiológica, onde o desenvolvimento físico e motor (aptidão física) eram
entendidos como capazes de promover uma educação integral do ser humano,
sem dar, porém, significado as ações culturalmente produzidas ao longo da
história.
Por ser a Educação Física uma disciplina que tem como objeto de estudo
a cultura corporal de movimento, como tal, devemos provocar nos educandos
reflexões sobre o significado do que é “seu corpo” no mundo moderno, através
de suas manifestações diferenciadas. Neste sentido, dá-se importância os
signos sociais que se expressam por meio do preconceito social, da
sexualidade, da diferenciação ente gêneros, da violência, da exacerbação, da
vaidade, do excesso de consumo, etc.
80
Diante destas considerações a educação Física, possibilita ao educando
“um pensar” crítico sobre suas experiências corporais, bem como os princípios
e valores inerentes ao ser humano.
2- OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA DE EDUÇÁO FÍSICA
• Fazer do educando um cidadão crítico, sujeito as ações e movimentos,
consciente que o corpo age, brinca, aperfeiçoa, dança, segue modelos,
adoece, socializa-se.
• Intensificar a compreensão do aluno(a), sobre a diversidade, cultural em
termos corporais, onde possa respeitar as diferenças.
• Vivenciar e explorar sua corporalidade por meio de atividades e
experiências orientados pelo professor.
• Superar na Educação Física o caráter de mera atividade de “prática pela
prática”.
• Adotar hábitos saudáveis de higiene, alimentação e atividades corporais,
refletindo sobre sua própria saúde e da comunidade.
• Conhecer e discutir o papel da “mídia”, na sua vida: saúde, beleza,
consumismo, preconceitos, etc.
• Organizar e interferir no especo, bem como reivindicar locais adequados
para atividades físicas e lazer, em busca de uma melhor qualidade de
vida.
• Conhecer, valorizar e respeitar pluralidade cultural de um povo.
• Proporcionar atividades ao educando, de modo que ele possa dar
continuidade a esta aprendizagem no seu dia a dia.
3-CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• A EXPRESSIVIDADE CORPORAL.
-O corpo como construção histórico-social;
-Conhecimento do corpo;
-Manifestações esportivas;
81
-Manifestações ginásticas;
-Origens, brincadeiras e brinquedos;
-Manifestações estéticas-corporais na dança e teatro;
-lutas.
• MANIFESTAÇÕES ESPORTIVAS
-Fundamentos técnicos;
-Regras;
-Origem dos diferentes esportes e sua mudança na história;
-Esporte como fenômeno de massa;
-Jogo;
-Análise crítica das regras;
-O sentido da competição esportiva;
-Modelo da sociedade que os produzem;
-Influência nos esportes dos diferentes modelos da sociedade;
-Possibilidade dos esportes como atividade corporal;
-Práticas esportivas: esportes com e sem materiais e equipamentos.
• MANIFESTAÇÕES GINÁSTICAS
-Origem da ginástica e sua mudança no tempo;
-Diferentes tipos de ginástica;
-Princípios básicos de diferentes ginásticas;
-Cultura da rua, cultura do circo, malabares, acrobacia, etc.
-Práticas ginásticas.
• JOGOS, BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS
-A construção coletiva de jogos e brincadeiras;
-Por que brincamos?
-Oficina de construção de brinquedos;
-Brinquedos e brincadeiras tradicionais, brinquedos cantados, rodas e
cirandas;
-Diferentes manifestações e tipos de jogos;
-Jogos e brincadeiras com ou sem materiais;
-Diferenças entre jogos e esportes.
• DANÇA E TEATRO
-A dança e o teatro como possibilidade de manifestação corporal;
-Diferentes tipos de dança;
-Por que dançamos;
82
-Danças tradicionais e folclóricas;
-Danças populares e Afro-brasileiras
-Desenvolvimento de formas corporais rítmico-expressivas;
-Mímica, imitação e representação;
-Expressão corporal com e sem matérias.
-História e cultura dos temas desenvolvidos.
ELEMENTOS ARTICULADORES
< O corpo que brinca e aprende= manifestações lúdicas
< O desenvolvimento corporal e construção da saúde
< A relação do corpo com o mundo do trabalho
TEMAS SOCIAIS CONTEMPORÂNEOS
• Ética
• Cultura da paz
• Sexualidade
• Prevenção de entorpecentes
• Meio ambiente
• Cidadania
• A mídia
• O corpo
• A saúde
• O lazer
• A diversidade (Étnico-racial, sexual, indígena, alunos portadores de
necessidades especiais)
5ª- SÉRIE
*Postura Corporal
*Histórico e origem dos diferentes esportes
*Jogos e brincadeiras com e sem material
*Jogos intelectivos - iniciação (dama, xadrez...)
*Manifestações lúdicas
*Jogos e brincadeiras: tradicionais, cantadas, rodas.
*Oficina de brinquedos
83
*Diferentes tipos de ginástica
*Histórico e origem da ginástica
*Ginástica como preparação para outras atividades
*Movimentos acrobáticos (rolamentos, roda e parada de mão.....)
*Fundamentos básicos, jogos pré-desportivos.
*Danças
*Expressão corporal e ritmo
*Noções básicas de higiene e saúde
6ª- SÉRIE
Fundamentos e características dos diferentes esportes –teoria
*Jogos e brincadeiras com e sem material
*Diferença entre jogos e esportes
*Manifestações lúdicas
*Diferentes tipos de ginásticas
*Definição de esporte, tática e regras básicas.
*Fundamentos básicos, jogos pré-desportivos.
*Dança populares e tradicionais
*Manifestações teatrais
*Prática esportivas
*O sentido da competição esportiva
*O corpo como sujeito e vítima da violência
*Cultura da rua
7ª- SÉRIE
*Diferença entre jogos e esporte
*Jogos intelectivos (xadrez, dama...).
*Ritmo e movimento
*Iniciação coreográfica
*Expressão corporal coreografada e interpretativa
*Jogos propriamente ditos
*Regras atualizadas
*Importância da atividade física
*Cultura circense
*Cultura popular
*Controle de freqüência cardíaca
*Consumo de oxigênio durante a atividade física
84
*Produção de energia através dos alimentos
8ª SÉRIE
*Temas sociais contemporâneos: ética, cultura da paz, sexualidade, prevenção
de entorpecentes, meio ambiente, cidadania.
*Aprimoramento dos fundamentos dos esportes – táticas e regras
*Jogos intelectivos (Damas, xadrez...).
*Atividades aeróbicas e anaeróbicas
*Apreciação e montagem de dança e lutas
*Esporte como fenômeno de massa
*Ginástica.
4- ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Tanto na aprendizagem quanto no ensino da Educação Física, o método é
um processo que associa a dinâmica da sala de aula à intenção da prática do
aluno para uma maior compreensão da realidade, fazendo-o formular conceitos
próprios a partir dos temas apresentados.
Discutir, previamente, sobre o que, como, quando e por que tal ação é
importante, provocando no aluno(a), a reflexão, formulando sua opinião,
interpretação e explicação sobre o que está acontecendo, com base nos
objetivos pautados.
A ação pedagógica da Educação Física, pode ser variada, tornando os
conteúdos mais interessantes e significativos, utilizando recursos dos mais
diversos, onde o aluno passa a perceber a inter-relação entre o conhecimento
crítico-teórico e volta novamente para a prática social concreta.
Na metodologia crítico-superadora, o conhecimento é transmitido,
levando-se em conta o momento político, histórico, econômico e social em que
está inserido, seguindo as estratégias, práticas sociais, problematização,
instrumentalização, cartase e retorno à prática social.
A PRÁTICA SOCIAL caracteriza-se como uma preparação (aluno) para a
construção do conhecimento escolar.
A PROBLEMATIZAÇÃO trata do desafio, é o momento em que a prática
social é colocada em questão, analisada e interrogada.
85
A INSTRUMENTALIZAÇÃO é o caminho por meio do qual o conteúdo
sistematizado é colocado à disposição dos alunos para que assimilem e o
recriem, ao incorporá-lo, transforme-lo em instrumentos de construção pessoal
e profissional (Gasparim, 2002 pg 53).
A CARTASE é a fase em que o educando sistematiza e manifesta o que
assimilou.
O RETORNO Á PRÁTICA SOCIAL é o ponto de chegada do processo
pedagógico na perspectiva histórico-crítica.
5- AVALIAÇÃO
O processo de avaliação da disciplina de educação física, individual ou
coletiva, será contínua, incluindo o aluno(a) como participante e contribuindo
para o desenvolvimento da responsabilidade e compreensão na construção do
conhecimento teórico e prático. No decorrer das aulas, o conteúdo
programado pode ser reavaliado e alterado de acordo com as dificuldades
encontradas nas avaliações que foram feitas, para melhor aproveitamento do
educando.
Será uma avaliação diagnóstica num processo contínuo que servirá para
requisitar o processo desenvolvido para identificar lacunas na aprendizagem,
bem como planejar e propor outros encaminhamentos que vise a superação
das dificuldades constatadas nas diversas manifestações corporais,
evidenciadas nas brincadeiras, jogos e brinquedos, manifestações ginásticas,
manifestações esportivas, danças e teatro.
6. BIBIOGRAFIA
BRACHT, Valter, A CONSTITUIÇÃO DAS TEORIAS PEDAGÓGICAS DA
EDUCAÇÃO FÍSICA. CADERNOS CEDES, V.19 N.48. CAMPINAS, 1999.
PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EEUCAÇÃO. CURRÍCULO BÁSICO
PARA A ESCOLA PÚBLICA DO ESTADO DO PARANÁ. CURITIBA-
SEED,1990.
86
PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO.
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO. DIRETRIZES CURRICULARES
DA EDUCAÇÃO FÍSICA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL. CURITIBA-
2006.
INTRODUÇÃO ÀS DIRETRIZES CURRICULARES. Prof. Yvelise F.S. Arco-
Verde (Org.) Curitiba-Pr.
DIVERSIDADE E PERTINÊNCIA NA CONSTRUÇÃO CURRICULAR –
MARCOS CORDIOLLI
87
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR 2007
I-IDENTIFICAÇÃO
DISCIPLINA: ENSINO RELIGIOSO
MODALIDADE: ENSINO FUNDAMENTAL
PROFESSORES:
Cleuza Lopes de Lemos
1-APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Art. 5º. Inciso VI da Constituição Brasileira diz:
É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo
assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a
proteção aos locais de cultos e suas liturgias.
Em 2002 o Conselho Estadual de Educação do Paraná aprovou a
deliberação 03/02 que regulamenta o Ensino Religioso nas Escolas Públicas do
Sistema Estadual do Estado do Paraná.
Os Professores, aqueles que ministram as aulas de Ensino Religioso
passaram a ser envolvidos num processo de formação continuada voltada a
legitimação da disciplina na rede pública estadual. Por meio dos Simpósios
realizados em 2004 e 2005 os Professores participaram das discussões da
elaboração das diretrizes curriculares do Ensino Religioso.
Em 10/02/2006 o C.E.E Conselho Estadual de Educação aprovou a
Deliberação nº. 01/06 que visa instruir novas normas para o Ensino Religioso
no Sistema Estadual do Ensino do Paraná.
2-OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Visa analisar e compreender o sagrado como cerne da experiência
religiosa do cotidiano que nos contextualiza no universo cultural, vivenciar os
conceitos fundamentais da vida, através da materialidade fenomênica, lógica
88
simbólica e reconhecimento dos textos sagrados. Assim sendo, no espaço
escolar justifica-se este estudo por fazer parte do processo civilizador da
humanidade.
3-CONTEÚDO POR SÉRIES/ANOS
Partem da própria vida, dos questionamentos do universo vivencial
do aluno.
O conteúdo aparece como conseqüência natural da necessidade de
complementar os valores do meio em que esta inserido.
Os valores religiosos serão apresentados de maneira gradual e
natural.
4-CONTEÚDO ESTRUTURANTES
CONTEUDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS ESPECIFICOS
SAGRADO
SIMBOLO TEXTO
SAGRADO
PAISAGEM
RELIGIOSA
89
5º Série
- Respeito à Diversidade Religiosa
- Lugares Sagrados
- Textos Orais e Escritos Sagrados
- Organizações Religiosas
6º Série
- Universo Simbólico Religioso
- Ritos
- Festas Religiosas
- Vida e Morte
5-CONTEÚDOS COMPLEMENTARES DE ENSINO RELIGIOSO
5º SÉRIE
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O Ensino Religioso na Escola Publica
- Orientações Legais
- Objetivos
- Principais diferenças entre as aulas de Religião e o Ensino
Religioso como disciplina Escolar.
I RESPEITO À DIVERSIDADE RELIGIOSA
Instrumentos legais que visam assegurar a liberdade religiosa.
- Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira:
respeito à liberdade religiosa.
- Direito a professar a fé e liberdade de opinião e expressão.
- Direito a liberdade de reunião e associação pacíficas.
- Direitos Humanos e sai vinculação com o Sagrado.
II LUGARES SAGRADOS
Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares de peregrinação,
de reverencia, de culto,de identidade, principais praticas de expressão do
sagrado nestes locais.
- Lugares da natureza: Rios. Lagos. Montanhas, grutas, cachoeiras,
etc.
- Lugares construídos: Templos, Cidades sagradas, etc.
III TEXTOS ORAIS E ESCRITOS SAGRADOS
Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escrita pelas
diferentes culturas religiosas.
- Literatura oral e escrita (cantos, narrativas, poemas, orações, etc.)
Exemplos: Vedas – Hinduismo, Escrituras Bahá’is – Fé Bahá’I, Tradições
Orais Africanas, Afro-brasileiras e Ameríndias, Alcorão – Islamismo, etc.
IV ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS
As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos organizados
institucionalmente. Serão tratadas como conteúdos, destacando-se as
suas principais características de organização, estrutura e dinâmica
social dos sistemas religiosos que expressam as diferentes formas de
compreensão e de relações com o sagrado.
- Fundadores e/ ou Lideres Religiosos
- Estruturas Hierárquicas
Exemplos de Organizações Religiosas Mundiais e Regionais:
Budismo(Sidarta Gautama), Confucionismo(Confúcio), Espiritismo (Allan
Kardec), Taoísmo(Lao Tse), Etc.
91
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I UNIVERSO SIMBÓLICO RELIGIOSO
- Nos Ritos
- Nos Mitos
- No cotidiano
Exemplos: Arquitetura Religiosa, Mantras, Parâmetros, Objetos, Etc.
II RITOS
São práticas celebrativas das tradições/manifestações religiosas,
formadas por um conjunto de rituais. Podem ser compreendidos como a
recapitulação de um acontecimento sagrado anterior, é imitação, serve à
memória e à preservação da identidade de diferentes
tradições/manifestações religiosas a possibilidades futuras a partir de
transformações presentes.
- Ritos de passagem
- Mortuários
- Propiciatórios
- Outros
Exemplos: Dança (Xire) – Candomblé, Kiki (kaingang - ritual
fúnebre), Via Sacra, Festejo indígena de colheita, Etc.
III FESTAS RELIGIOSAS
São os eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, com
objetivos diversos: confraternização, rememoração dos símbolos,
períodos ou datas importantes.
- Peregrinações, festas familiares, festas nos templos, datas
comemorativas.
Exemplos: Festa do Dente Sagrado (Budismo), ramada (Islâmica),
Kuarup (Indigna), Festa de Iemanjá (Afro-brasileira), Pessach (Judaísmo),
Etc.
IV VIDA E MORTE
As respostas elaboradas pára vida além da morte nas diversas tradições/
manifestações religiosas e sua relação com o sagrado.
- O sentido da vida nas tradições/ manifestações religiosas
- Reencarnação
- Ressurreição – ato de voltar a vida
- Além da morte
- Ancestralidade - a vida dos antepassados – espíritos dos
antepassados se tornam presentes
- Outras interpretações.
93
6-ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A opção foi feita pelo método dialético, o qual explicita os diferentes
aspectos da realidade, possibilitando ao educando assumir um posicionamento
consciente e coerente, onde o mesmo expresse relação respeitosa com os
colegas de classe que tem opções religiosas diferentes da sua. Sendo feito
exercício de interiorização levando o mesmo a caminhar dentro de se e refletir
sobre sua vida.
Sendo que o conteúdo a ser tratado nas aulas de Ensino Religioso
contribuirá para superar o preconceito à ausência ou à presença de qualquer
crença religioso; para questionar toda forma de proselitismo, e para aprofundar
o respeito a qualquer expressão do sagrado. Contribuindo para construir o
conhecimento religioso e favorecer o conhecimento religioso e a formação
integral dos alunos levando respeito e o convívio com o diferente.
7-CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Por trabalhar ao nível de experiência de vida pessoal, solicita formas
particulares de avaliação e não assume caráter classificatório, mas deve ter
função diagnóstica. Isto significa que a avaliação em Ensino Religioso
contempla sempre a auto avaliação do educando. O processo avaliativo é
identificar em que medida os conteúdos passam a ser referenciais para a
compreensão das manifestações do sagrado pelos educados.
8-BIBLIOGRAFIA:
-Costella, Domenico. O fundamento epistemológico do Ensino Religioso
-Diretrizes Curriculares para Educação Religiosa-Assintec
-Eliade, Mircea. O sagrado e o profano: religiões . São Paulo: Editora
Moderna Ltda,1992.
-Macedo, Carmem Cinira. Imagem do eterno:religiões no Brasil. São
Paulo:Editora Moderna Ltda, 1989.
94
-Mendonça, Francisco. Kozel, Salete (orgs.). Elementos de epistemologia da
geografia contemporânea. Curitiba:Editora UFPR.2002.
-Textos de Apoio- Faxinal do Céu- Agosto de 2004. Seminário de Ensino
Religioso.
-Diretrizes Curriculares da Rede de Educação Básica do Estado do
Paraná-SEED
95
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR- 2007
I-IDENTIFICAÇÃO
DISCIPLINA: GEOGRAFIA
MODALIDADE: ENSINO FUNDAMENTAL
PROFESSORES:
Ebes Benits
Estela Maris Dutra
Juliana Cristina Locomann
I – APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Geografia é uma ciência que tem por objetivo estudar o espaço
geográfico – resultado da inter-relação entre objetos e ações.
Para a compreensão desse espaço geográfico essa ciência/disciplina possui
um quadro conceitual de referência: lugar, paisagem, território, redes, região,
sociedade e natureza.
Assim promove uma análise espacial sob a abordagem natural histórica,
econômica, cultural e política. Levando em consideração as diferentes formas
de organização do espaço, nas escalas local, regional, nacional e mundial.
II – OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA
A Geografia, como disciplina escolar, deve contribuir para a
formação e integração do cidadão que conhece pó seu papel no interior da
sociedade e que, participa dos movimentos promovidos por esta. Nesse
sentido, a Geografia colabora para a formação de um jovem que certamente, já
possui uma capacidade de abstração maior e, portanto, pode realizar
generalizações mais elaboradas e consistentes tornando-se mais conscientes
dos problemas e situações de vida pelo qual irá enfrentar.
96
III – CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
O objeto de estudos da Geografia é o Espaço Geográfico e deve
estar relacionados com os principais conceitos.
Esta diretriz tomou como conceito de conteúdo estruturante,
saberes relacionados a alguns dos campos de estudos de ciência,
considerados básicos e fundamentais para a compreensão de seu objeto de
estudo no ambiente da Educação Básica. A partir destes, derivam-se os
conteúdos específicos que compõem o trabalho pedagógico e a relação de
ensino e aprendizagem no cotidiano escolar.
Assim, nesta proposta de Diretriz Curricular, o objeto de estudo,
sua composição conceitual e os conteúdos estruturantes da Geografia no
Ensino Básico, para atual o período, estão relacionados nos eixos a seguir:
1 – A Dimensão Econômica da Produção do Espaço
- os setores da economia
- sistemas de circulação de mercadorias, pessoas, capitais e informações
- sistemas de produção industrial
- agroindústria
- globalização
- acordos e blocos econômicos
- economia e desigualdade social
- dependência tecnológica
- entre outros...
2 – Geopolítica
- blocos econômicos
- formação dos Estados Nacionais
- globalização
- desigualdade dos países: Norte X Sul
- recursos energéticos
- Guerra Fria
- conflitos mundiais
97
- políticas ambientais
- órgãos internacionais
- neoliberalismo
- biopirataria
- meio ambiente e desenvolvimento
- Estado, Nação e Território
- movimentos sociais
- terrorismo
- narcotráfico
- Entre outros...
3 – Dimensões Socioambiental
- as eras geológicas
- os movimentos da Terra no Universo e suas influências (rotação e translação)
- as rochas e minerais
- o ambiente urbano e rural
- movimentos sócio ambientais
- classificação, fenômenos atmosféricos e mudanças climáticas
- rios e bacias hidrográficas
- sistemas de energias
- circulação e poluição atmosférica
- desmatamento
- chuva ácida
- buraco na camada de ozônio
- efeito estufa (aquecimento global)
- ocupação de áreas irregulares
- desigualdade social e problemas ambientais
- entre outros
4 – A Dinâmica Cultural Demográfica
- o êxodo rural
- urbanização e favelização
- fatores e tipos de migração e imigração e suas influências no Espaço
Geográfico
- histórias das migrações mundiais
98
- estrutura etária
- formações e conflitos étnico-religiosos e raciais
- consumo e consumismo
- movimentos sociais
- meios de comunicação
- estudos dos gêneros (masculino, feminino, entre outros...)
- a identidade nacional e processo de globalização
- História e cultura Afro-brasileira e Africana
- entre outros...
IV – METODOLOGIA
A discussão acerca do ensino de Geografia inicia-se pelas
reflexões epistemológicas do seu objeto de estudo. Muitas foram as
denominações propostas para esse objeto, hoje entendido como o Espaço
Geográfico e sua composição conceitual básica - lugar, paisagem, região,
território, natureza, sociedade, entre outros.
Cabe hoje, ao ensino de Geografia, abordar as relações de poder
que constituem territórios nas mais variadas escalas, desde as que
delimitam os micro espaços urbanos, como os territórios do tráfico, da
prostituição ou da segregação sócio-econômica, até os internacionais e
globais.
As teorias críticas da Geografia, adotadas nestas diretrizes,
procuram entender a sociedade em seus aspectos sociais, econômicos,
culturais e políticos e nas relações que estabelece com a natureza para a
produção do espaço geográfico.
A geografia é uma ciência que se ocupa da análise da formação
das diversas configurações espaciais, distinguindo-se das demais
ciências na medida em que se preocupa com localização de processos
espaciais. Realiza, portanto o estudo da sociedade pela organização
espacial.
Todo conteúdo, ao ser trabalhado, deve levar em conta sua
conexão, ligação com os outros fatos, fenômenos e conteúdos que lhes
dizem respeito.
99
Diante das ações metodológicas, não se deve discutir em que
ordem se trabalhará: se primeiro o meio físico e depois o humano ou
inverso. Devemos trabalhar, na medida do possível, a sociedade, a
economia, a política, a natureza de forma articulada, considerando, que
cada conceito geográfico se constitui em diferentes momentos históricos,
em função das transformações sociais, políticos e econômicas.
O estudo da Geografia, considerado como método interdisciplinar,
pode constituir um elo entre as disciplinas da área das Ciências Humanas
e suas tecnologias, para isso, utilizará uma diversidade de métodos,
produzindo novos documentos e mentalidades sobre determinado espaço
ou fenômeno espacial.
A interação com o meio será questão fundamental para procurar
respostas nos elementos visíveis e invisíveis da paisagem, que será
buscado através de documentos escritos em representações gráficas,
através de pesquisa orientada, onde o estudante tenha condições de
realizar, desde que bem assessorado pelo professor, que determinará as
bases do trabalho, bem como os métodos e recursos necessários às
diferentes formas de trabalhar, para que o aluno obtenha sucesso em
seus estudos.
Outras estratégias poderão ser utilizadas na medida do possível
de acordo com as necessidades surgidas no decorrer das aulas.
A aula de campo é um rico encaminhamento metodológico para
que o aluno analise a área em estudo, partindo de uma realidade local, bem
delimitada para uma investigação de sua constituição histórica e das relações
que estabelece com outros lugares próximos ou distantes. Ressalta-se que a
aula de campo não pode se limitar apenas à visita ao local desejado, pois esta
deve ser planejada e contextualizada antes, durante e depois, buscando
sempre fortalecer a relação entre teoria e prática na relação professor/aluno e
garantindo uma melhor compreensão do tema abordado.
Serão utilizados filmes, trechos de filmes, programas de
reportagens e imagens em geral (fotografias, slides, charges, ilustrações) para
a contextualização dos conteúdos da Geografia dando dessa forma ao recurso
áudio visual, o papel de problematizador, estimulador para pesquisas mais
aprofundadas sobre os assuntos que, podem desvelar preconceitos e leituras
rasas, ideológicas ou estereotipadas sobre os lugares e povos.
100
O uso de imagens não animadas (fotografias, pôsteres, cartões-
postais, outdoors) auxiliarão o trabalho com a formação de conceitos
geográficos, diferenciando paisagem de espaço e, dependendo da abordagem
dada ao conteúdo, desenvolverá os conceitos de região, território e lugar. Para
isso a imagem será ponto de partida para as atividades de observação e
descrição detalhadas da mesma até abordar os aspectos históricos,
econômicos, sociais, culturais, naturais da paisagem em estudo.
O estudo da Cartografia deverá proporcionar que os estudantes
sejam capazes de interpretações, problematizações e análises críticas dos
mapas e seus conteúdos, indo além das utilizações dos mesmos como mero
instrumentos de localização dos eventos e acidentes geográficos.
Atualmente, depois de três décadas de renovação, com o
crescimento de problemas como os conflitos étnicos, a questão ambiental, os
movimentos terroristas, as crises financeiras, etc, consolida-se a certeza de
que a Geografia é uma disciplina fundamental para compreensão do mundo
contemporâneo nas escalas local, nacional e mundial.
V – AVALIAÇÃO
A avaliação é uma das etapas mais importantes do
processo de ensino-aprendizagem. Ela deve acompanhar a aprendizagem dos
alunos e o trabalho pedagógico do professor, para que ambos percebam seu
grau de envolvimento no processo e o acompanhamento de sua dinâmica.
A avaliação é um processo que deve estar articulado com
os conteúdos estruturantes, os conceitos geográficos, o objeto de estudo, as
categorias espaço-tempo, a relação sociedade-natureza e as relações de
poder, contemplado a escala local e global e vice-versa.
Deve ser diagnóstica e contínua, pois considera-se que os
alunos possuem ritmos e processos de aprendizagens diferentes, dessa forma
apontará as dificuldades e possibilitará que a intervenção pedagógica aconteça
a todo o tempo. Em lugar de avaliar apenas por meio de provas, o professor
deverá utilizar instrumentos de avaliação que contemplem diferentes práticas
pedagógicas, tais como: leitura e interpretação de fotos, imagens, diferentes
tipos de mapas, pesquisas bibliográficas, aulas de campo ou laboratório,
construção de maquetes, projeto, debates, vídeos, seminários, etc.
101
Por tudo que foi exposto, destaca-se ainda, que a proposta
avaliativa deve estar bem clara para os alunos, ou seja, que saibam como eles
serão avaliados em cada atividade proposta. Além disso, deve ser um processo
não-linear de construções e reconstruções, assentando na interação e na
relação dialógica que acontece entre os sujeitos do processo professor e
alunos.
VI – BIBLIOGRAFIA
BRASIL, Diretrizes Curriculares de Geografia para Ensino Médio.Secretaria
de Estado da Educação.Curitiba. Julho/2006
102
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR- 2007
I- IDENTIFICAÇÃO
DISCIPLINA: HISTÓRIA
MODALIDADE: ENSINO FUNDAMENTAL
PROFESSORES:
Leandro Antonio Lorençatto
Cinthia Palma
Fernando Antonio Santiago
1.OBJETIVO GERAL
Desenvolver o senso critico e social do aluno diante dos
problemas que envolvem a sociedade atual e seu papel em todo o contexto
social com clareza de seus direitos e deveres como cidadão, através dos
conteúdos críticos dessa disciplina.
2. OBJETIVO ESPECÍFICO
• Identificar relações sociais no seu próprio grupo de
convívio, na localidade, na região e no pais, e outras
manifestações estabelecidas em outros tempos e espaços.
• Situar acontecimentos históricos e localizá-los em uma
multiplicidade de tempo.
• Conhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos,
em diversos tempos e espaços, em suas manifestações
culturais, econômicas, políticas e sociais, reconhecendo
semelhanças e diferenças entre eles, continuidades e
descontinuidades, conflitos e contradições sociais.
103
• Dominar procedimentos de pesquisa escolar e de produção
de texto, aprendendo a observar e colher informações de
diferentes paisagens e registros escritos, iconografias,
sonoros e materiais.
• Valorizar o direito de cidadania dos indivíduos, dos grupos e
dos povos como condição de efetivo fortalecimento da
democracia, mantendo-se o respeito às diferenças e a luta
contra as desigualdades.
• Identificar que a atuação do cidadão, respaldado nos
conhecimentos históricos, servira como processo de
mudança para uma história, que atendera as necessidades
pessoais e dos grupos sociais, frente ao mundo globalizado.
• Valorizar o direito de cidadania dos indivíduos, dos grupos e
dos povos como condição de efetivo fortalecimento da
democracia, mantendo-se o respeito às diferenças e a luta
contra as desigualdades.
• Reconhecer que as historias individuais são partes
integrantes de histórias coletivas.
• Perceber que a história é a forma mais direta de o homem
recuperar a liberdade, que ela é feita pelo homem, que
pode construir e reinventar o futuro.
• Conhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos,
em diversos tempos e espaços, em suas manifestações
culturais, econômicas, políticas e sociais, reconhecendo
semelhanças e diferenças entre eles, continuidades e
descontinuidades, conflitos e contradições sociais.O
cidadão como ser histórico é um indivíduo que pode agir
com maior autonomia, flexibilidade e que deve Ter
habilidade para resolver problemas, produzir identidades
individuais e sociais ajustadas ao clima ideológico e
econômico do novo mundo globalizado e neoliberal.
3.CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
104
• Dimensão Política ( a dimensão política está relacionada a questão do
poder) Poder este entendido de forma mais ampla que apenas a relação
entre o Estado e os sujeitos, mais também o estudo dos micro-poderes
presentes no cotidiano, além, dos personagens estudados pela história
tradicional, deve-se dar ênfase ao sujeito comum da história a partir do
estudo de espaços e relações sociais pautadas pelas relações de poder.
• Dimensão Econômico Social ( trata as relações sociais para além dos
denominados modos de produção e dos modelos fechados, onde os
papéis, a priori, já foram determinados em função do capital. Visa por
exemplo, uma abordagem da história vista de baixo, dando voz aos
excluídos, indo além das fontes oficias. Deve-se compreender que as
experiências dos diferentes sujeitos se constroem a partir das relações
inter-classes)
• Dimensão Cultural ( permite conhecer os conjuntos de significados que
os homens conferem a sua realidade para explicar o mundo, valoriza a
diversidade das sociedades humanas, desmistifica a dicotomia cultura
popular X erudita, trabalha com o conceito de circularidade cultural,
entende que as representações são construídas, geram práticas que
estas, por sua vez, podem gerar novas representações)
4.CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
5ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESPECIFICOS: CONTEÚDOS COMPLEMENTARS:
• Produção do conhecimento
histórico.
• Articulação com outras áreas do
conhecimento, inserção da história
antropológica no Brasil.
• Povos indígenas no Brasil e no
Paraná.
• A conquista e a expansão dos
europeus.
• Formação da sociedade brasileira e
americana.
• A humanidade e a História.
• Surgimento, desenvolvimento da
humanidade e as grandes
migrações.
• Primeiras civilizações na América.
• As primeiras civilizações na África,
Europa e a Ásia.
• Península Ibérica nos séculos XIV
e XV: sociedade, cultura e política.
• Os reinos e sociedade africana e os
contatos com a Europa.
105
• Diáspora Africana.
6ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESPECIFICOS: CONTEÚDOS
COMPLEMENTARES:
• Expansão e Consolidação do
território e colonização paranaense.
• Movimento de Contestação e
Separatista brasileiro.
• Chegada da família real ao Brasil.
• O processo de Independência do
Brasil.
• Consolidação dos estados
nacionais europeus e Reforma
Pombalina.
• Independência das treze colônias
Inglesas da América do Norte.
• Diáspora Africana.
• Revolução Francesa.
• Invasão napoleônica na Península
Ibérica.
• O processo de Independência das
Américas.
7ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESPECIFICOS: CONTEÚDOS COMPLEMENTARES:
• A construção da Nação.
• A Guerra do Paraguai e o processo
de abolição da escravidão do
Brasil.
• Os primeiros anos da República.
• Revolução Industrial e relações de
trabalho (XIX e XX).
• Colonização da África e da Ásia.
• Guerra Civil e Imperialista
estadunidense.
• Carnaval na América Latina:
entrudo, murga e candomblé.
• Questão Agrária na América latina.
• Primeira Guerra Mundial.
• Revolução Russa.
8ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESPECIFICOS: CONTEÚDOS COMPLEMENTARES:
• A semana de 22 e o repensar da • Crise de 29.
106
nacionalidade.
• A Era Vargas e a Revolução de 30.
• Populismo no Brasil e na América
Latina.
• Construção do Paraná Moderno.
• O Regime Militar no Paraná e no
Brasil.
• Paraná e o Brasil no contexto atual.
• Ascensão dos regimes totalitários
na Europa.
• Movimentos populares na América
Latina.
• Segunda Guerra Mundial.
• Independência das colônias afro-
asiaticas.
• Guerra Fria.
• Guerra Fria e os Regimes Militares
na América Latina.
5.ENCAMINHAMENTO METODOLOGICO
Para o ensino da história com a finalidade de criar um ser social e
cidadão, serão criadas situações de ensino para os alunos estabelecerem
relações entre o presente e o passado, o particular e o geral, as ações
individuais e coletivas, os interesses específicos de grupo e as articulações
sociais, segundo as seguintes ações metodológicas:
• Valorizar o saber assitematico, saber quais suas idéias,
opiniões duvidas e/ou hipóteses sobre o tema em debate.
• Através de pesquisas propor novos questionamentos, obter
novas informações, promover trabalhos interdisciplinares.
• Desenvolver atividades com diferentes fontes de informação
(livros, jornais, revistas, filmes, fotografias, objetos).
• Ensinar procedimentos de pesquisa, consulta de fontes
bibliográficas de documentos
• Propor aos alunos que organizem sua próprias soluções e
estratégias de intervenções na realidade.
• Apresentação de trabalhos através de seminários.
• Solicitar resumos orais e escritos ou em forma de produção
de textos, imagens, gráficos , murais, exposições, a fim de
estimular a criatividade do aluno.
107
• Contar com a ajuda da Internet, biblioteca da escola e
outras fontes disponíveis no ambiente da escola.
• Elaborar e desenvolver e participar de projetos
interdisciplinares.
Estes procedimentos didáticos e estratégicos serão utilizados
no decorrer das atividades escolares, alternadamente, de acordo com a
necessidade dos temas propostos em cada aula.
6.AVALIAÇÃO
A avaliação terá função diagnostica, partir de critérios decorrentes da
forma pela qual o ser humano aprende a realidade e de como agir sobre ela.
No processo de avaliação é importante considerar o conhecimento
prévio, as hipóteses e os domínios dos alunos e relaciona-los com as
mudanças que ocorrem no processo de ensino e aprendizagem. A avaliação
não deve mensurar simplesmente fatos ou conceitos assimilados.
Para que a avaliação tenha realmente um caráter diagnostico,
seguiremos os seguintes critérios:
• Verificar se os alunos reconhecem as relações entre a
sociedade, cultura e a natureza, no presente e no passado.
• Constatar e reconhecer as diferenças e semelhanças entre
relações de trabalho construídas no presente e no passado.
• Reconhecer a diversidade de documentos históricos.
• Fazer com que os alunos sintam-se cidadão, participativo
do processo histórico e com possibilidade de reinventar a
história.
Seguindo os critérios mencionados, a avaliação se realizará através de
provas escritas e orais, pesquisas, atividades individuais ou em grupos dos
alunos, relatórios, sínteses, experiências, seminários, projetos, cartazes,
exposição de trabalhos elaborados, num processo continuo e permanente,
somativo, cumulativo e diagnóstico.
7.BIBLIOGRAFIA
108
BORGES, Vavy Pacheco – O que é História – Brasiliense – Coleção primeiros
passos 18ª edição, 1993, São Paulo.
CAMPOS, Raymundo – História – Atual.
COTRIM, Gilberto – História e Consciência do Brasil e do Mundo – Ed.
Saraiva.
APOSTILA. Globalização e o ensino de História – Editora Scipione – eventos
exclusivo.
PILETTI, Nelson; PILETTI, Claudino História e Vida Integrada
PILETTI, Nelson. Toda História. Ática
COTRIM, Gilberto – Saber e Fazer HISTÓRIA- História Geral e do Brasil – Ed.
Saraiva
DCE – Diretrizes Currriculares da Rede Pública da Educação Básica do
Estado do Paraná. Curitiba, 2006
109
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR 2007
I – IDENTIFICAÇÃO
DISCIPLINA: Língua Portuguesa
MODALIDADE: ENSINO FUNDAMENTAL
PROFESSORES:
Marilza da Silva Molina
Viviane Aparecida Nunes
Vera Lúcia Canassa
Lúcia deJesus Coutinho
Lílian Fernandes de Oliveira
II – APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Língua Portuguesa, enquanto disciplina escolar passou a integrar os
currículos brasileiros somente nas últimas décadas do século XIX, depois de há
muito organizado o sistema de ensino. Contudo, a preocupação com a
formação do professor desta disciplina teve início apenas nos anos 30 do
século XX.
Depois de institucionalizada como disciplina as primeiras práticas de
ensino moldavam-se ao ensino do Latim, para os poucos que tinham acesso a
uma escolarização mais prolongada. Tratava-se de um ensino eloqüente,
retórico, imitativo, elitista e ornamental.
Em meados do século XVIII, o Marquês de Pombal torna obrigatório o
ensino da Língua Portuguesa em Portugal e no Brasil. Em 1837, o estudo da
Língua Portuguesa foi incluído no currículo sob as formas das disciplinas
Gramática, Retórica e Poética, abrangendo esta última, a Literatura. Somente
no século XIX, o conteúdo gramatical ganhou a denominação de Português e,
em 1871, foi criado, no Brasil, por decreto imperial o cargo de professor de
Português.
110
O ensino de Língua Portuguesa manteve a sua característica elitista até
meados do século XX, quando iniciou-se, no Brasil, a partir de 1967, “um
processo de ´democratização’ do ensino, com a ampliação de vagas,
eliminação dos chamados de admissão, entre outros fatores [...].”
A Lei 5692/71 amplia e aprofunda esta vinculação dispondo que o
ensino devia estar voltado a qualificação para o trabalho. Desse vínculo
decorreu, para o ensino, a instituição de uma pedagogia tecnicista que, na
Língua Portuguesa, estava pautada nas teorias da comunicação, com um viés
mais pragmático e utilitário do que com o aprimoramento das capacidades
lingüísticas do falante, passou então a denominar-se Comunicação e
Expressão, nas quatro primeiras séries e Comunicação em Língua Portuguesa,
nas quatro últimas séries.
Durante a década de 1970 e até os primeiros anos da década de 1980, o
ensino de Língua Portuguesa pautava-se então, em exercícios estruturais,
técnicas de redação e treinamento de habilidades de leitura.
No que tange ao ensino da Literatura restringiu-se ao então segundo
grau, com abordagens estruturalistas ou historiográficas do texto literário.
O ensino de Língua Portuguesa e Literatura requerem novos
posicionamentos em relação às práticas de ensino, seja pela discussão crítica
dessas práticas, seja pelo envolvimento direto dos professores na construção
de alternativas.
III – OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
• Empregar a língua oral em diferentes situações de uso,
sabendo adequá-la a cada contexto e interlocutor, descobrindo
as intenções que estão implícitas nos discursos do cotidiano e
posicionando-se diante dos mesmos;
• Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas
realizadas por meio de práticas sociais, considerando-se os
interlocutores, os seus objetivos, o assunto tratado, os
gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura;
• Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos,
atualizando o gênero e tipo de texto, assim como os
elementos gramaticais empregados na sua organização;
111
• Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade
de pensamento crítico e a sensibilidade estética dos alunos,
propiciando através da Literatura, a constituição de um espaço
dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho com as
práticas da oralidade, da leitura e da escrita;
• Propiciar o contato com a cultura afro-brasileira e africana,
ressaltando a contribuição dada à nação brasileira e a
valorização da diversidade étnico-racial.
IV – CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso
Os conteúdos serão aplicados nas práticas da oralidade, leitura e
escrita. A fala, a leitura e a escrita deverão ser trabalhadas juntas, já que uma
atividade possibilita a outra e vice-versa, permeadas pela análise lingüística.
LÍNGUA PORTUGUESA – ANÁLISE LINGÜÍSTICA
Conteúdos decorrentes da produção oral em função da reflexão e do
uso: a prática da análise lingüística na oralidade
• Materialidade fônica dos textos poéticos
• Reconhecimento das diferentes possibilidades de uso da
língua
• Recursos lingüísticos próprios da oralidade
• As variedades lingüísticas e a adequação da linguagem ao
contexto de uso: diferentes registros, grau de formalidade em
relação à fala e à escrita
• Aspectos formais e estruturais do texto.
Conteúdos decorrentes da leitura em função da reflexão e do uso: a
prática da análise lingüística na leitura
• Organização do plano textual: conteúdo veiculado, possíveis
interlocutores, assunto forte, papéis sociais representados,
intencionalidade e valor estético.
• Diferentes vozes presentes no texto.
112
• Reconhecimento e importância dos elementos coesivos e
marcadores de discurso para a progressão textual,
encadeamento das idéias e para a coerência do texto,
incluindo o estudo, a análise e a importância contextual de
conteúdos gramaticais na organização do texto:
o A importância e função das conjunções no conjunto do
texto e seus efeitos de sentido.
o Expressividade dos nomes e função referencial no texto
(substantivos, adjetivos, advérbios) e efeitos de sentido.
o O uso do artigo como recurso referencial e expressivo
em função da intencionalidade do conteúdo textual.
o Papel sintático e estilístico dos pronomes na
organização, retomada e seqüenciação do texto.
• Valor sintático e estilístico dos tempos verbais em função dos
propósitos do texto, estilo composicional e natureza do gênero
discursivo.
• Relações semânticas que as preposições e os numerais
estabelecem no texto.
• A pontuação como recurso sintático e estilístico em função dos
efeitos de sentido, entonação e ritmo, intenção, significação e
objetivos do texto.
Conteúdos decorrentes da produção escrita em função da reflexão e do
uso: a prática da análise lingüística na escrita
Conteúdo relacionado à norma padrão em função do aprimoramento das
práticas discursivas, tendo em vista o uso e o princípio da regularidade:
concordância verbal e nominal, regência verbal e nominal, acentuação, crase,
ortografia, pontuação, tempos verbais.
• Elementos de coesão e coerência na constituição textual,
incluindo os conteúdos relacionados aos aspectos semânticos
e léxicos: sinônimos, antônimos, polissemia, nominalizações,
hiperonímia.
• Elementos composicionais formais e estruturais dos diferentes
gêneros discursivos.
113
• Leitura e produção de tipologias textuais: texto literário, de
imprensa, de divulgação de ordem do relatar, lúdicos, gráfico
visual, instrucional, descritivo, publicitário, correspondência,
midiático, entre outros.
• Análise lingüística será empregada de acordo com os textos
estudados e ou produzidos pelos alunos considerando não
somente a gramática normativa, mas também a descritiva e a
internalizada no processo de Língua Portuguesa.
• A Lei n.º 10.639/2003, que trata das Relações Étnico-Raciais e
a História da Cultura Afro-Brasileira e Africanas na escola,
será trabalhada através de ações que propiciem o contato com
a cultura africana e afro-descendente, culminando em
exposições de obras literárias de escritores negros que se
destacam como Cruz e Souza, Lima Barreto, Machado de
Assis, Solano Trindade e os escritores atuais, procurando
destacar a contribuição do povo negro à cultura nacional.
• A fala : fonemas, ritmo, rimas, escandir versos, sonorização e
harmonia. Clareza ( nas idéias vocabular, consistência
argumentativa , análise do discurso, contribuição que a cultura
afro e indígena trouxeram ( para adequação vocabular.
• Leitura: Conhecimento prévio, sentido ao sentido, diálogo
discursivo intertextual , interação dos textos mediáticos com
os literários, diversidade de textos e entonação ( leitura verbal
e não verbal).
• Escrita: Conteúdos decorrentes da produção escrita em
função da reflexão e do uso;
1. elementos de coesão e coerência;
2. aspectos semânticos e léxicos;
3. produção de tipologias textuais;
114
4. concordância verbal e nominal, regência verbal e nominal,
acentuação, crase, ortografias, pontuação, tempos verbais.
V – METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O ensino da Língua Portuguesa segue os princípios de interação,
baseando-se ns Diretrizes Curriculares apresentando maneiras possíveis de se
trabalhar atendendo assim a uma perspectiva sociointeracionista, baseado nas
teorias de Bakhtin.
Dessa forma, busca-se trabalhar a clareza de objetivos dos seus
conteúdos estruturantes e encaminhamentos necessários para uma prática
contextualizada e significativa para o aluno, considerando que a sala de aula é
um laboratório onde muitas coisas podem acontecer.
A prática de ensino está baseada na oralidade, leitura e escrita e análise
lingüística sendo necessário trabalhar com temas a partir de leituras e estudos
de diferentes tipologias textuais, aproveitando o conhecimento intuitivo de
maneira a despertar o interesse, utilizando assim estratégias com o propósito
de atingir uma meta determinada visando à interdisciplinaridade e à
contextualização.
VI – CRITERIO DE AVALIAÇÃO
O processo de avaliação será contextualizado dentro da realidade sócio-
econômica e cultural que cerca, para que esta seja alicerçada n vida do
cidadão e suas necessidades que englobam a expressão oral, escrita, leitura e
interpretação textual, como as produções orais e escritas, análise lingüística
abrangendo a oralidade, a leitura e a escrita dentro de situações reais e/ou
criadas em sala de aula.
Serão avaliadas as práticas da oralidade, onde se considerará a
participação nos diálogos, relatos e discussões e a clareza que o aluno mostrar
ao expor suas idéias através da fluência.
115
Na prática da leitura, o professor avaliará as estratégias que os alunos
empregaram no decorrer da mesma, a compreensão do texto lido e o seu
posicionamento diante do tema.
Em relação à escrita, será importante ressaltar a qualidade e a
adequação de um texto, os elementos lingüísticos utilizados nas produções dos
alunos e precisam ser avaliados em uma prática reflexiva e contextualizada.
Considerando que alguns alunos apresentar dificuldade de
aprendizagem acentuada poderão ser utilizados diferentes métodos avaliativos
que respeitem seu ritmo e suas limitações.
De acordo com a Lei 10.436 de 24 de abril de 2002, em se tratando do
aluno com deficiência auditiva, deve-se respeitar sua primeira língua
( LIBRAS) que apresenta uma forma de funcionamento cognitivo diferenciado
ou podendo também ser avaliado em LIBRAS , com auxílio de intérprete.
Quanto ao aluno com deficiência visual, a avaliação deverá ser
diferenciada quanto ao tempo necessário na realização das atividades,
quantidade de exercícios, bem como, oferecer a mesma forma ampliada em
Braille ou oralmente.
Sendo assim, buscaremos em todas as oportunidades, instrumentos de
avaliação que produzam a interação entre professor e aluno em relações de
crescimento e aquisição de conhecimentos que levem nossos educandos a
transformar o meio em que vivem . Dessa forma a avaliação será cumulativa,
periódica e diagnóstica.
VII – BIBLIOGRAFIA
DCEs Língua Portuguesa/Literatura – EF e EM
Cadernos Temáticos História da Cultura Afro- Brasileira e Africana –
LEI nº. 0639/03
Livro didático adotado pela escola.
116
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR 2007
I-DENTIFICAÇÃO
DISCIPLINA: MATEMÁTICA
MODALIDADE: ENSINO FUNDAMENTAL
PROFESSORES:
Elisangela Cristina Perugini Mazaro
Rosana Maria Ferro
Maria de Fátima Pereira
Acir Carvalho de Castro
Adriana Martins de Campos
Laura Leiko Ide
I – APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O Ensino Fundamental tem como objetivo a formação básica do
cidadão mediante: o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como
meios básicos o domínio da leitura, da escrita e do cálculo, o desenvolvimento
da capacidade de aprendizagem, habilidades e a formação de atitudes e
valores.
A Ciência Matemática veio se desenvolvendo desde os tempos
antigos juntamente com os processos econômicos e culturais, buscando
acompanhar as necessidades de cada época. Assim também a própria
disciplina sofreu transformações para atender às exigências sociais.
II - JUSTIFICATIVA
117
Hoje a Matemática é uma das mais importantes ferramentas da
sociedade moderna. Apropriar-se dos conceitos e procedimentos matemáticos
básicos contribui para a formação do futuro cidadão, que se engajará no
mundo do trabalho, das relações sociais, culturais e políticas.
Para exercer plenamente a cidadania, é preciso saber contar,
comparar, medir, calcular, resolver problemas, construir estratégias, comprovar
e justificar resultados, argumentar logicamente, conhecer formas geométricas,
organizar, analisar e interpretar criticamente as informações, localizar e
representar.
Perceber isso é compreender o mundo à nossa volta e poder
atuar nele. É preciso que o saber informal, cultural, se incorpore ao trabalho
matemático escolar, diminuindo a distância entre a Matemática da escola e a
Matemática da vida.
III – OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
O ensino de Matemática do ensino fundamental deve levar o
aluno a:
Adotar uma atitude positiva em relação à Matemática, ou
seja, desenvolver sua capacidade de “fazer matemática”
construindo conceitos e procedimentos para resolver
problemas.
Aumentar sua auto-estima e perseverança na busca de
soluções para um problema.
Pensar logicamente, relacionar idéias estimulando sua
curiosidade, seu espírito de investigação e sua criatividade.
Observar sistematicamente a presença da Matemática no
dia-a-dia.
Representar as idéias matemáticas escrevendo e
representando de várias maneiras (com números, tabelas,
gráficos, diagramas e outros);
Propiciar o respeito mútuo, a cooperação, o trabalho
individual e em grupo e a confiança levando em
consideração valores éticos, morais, estéticos e humanos
associados aos conteúdos qualitativos e quantitativo.
118
IV - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
NNÚMEROÚMERO, O, OPERAÇÕESPERAÇÕES EE Á ÁLGEBRALGEBRA
PPROPÕEROPÕE--SESE OO ESTUDOESTUDO DOSDOS NÚMEROSNÚMEROS, , TENDOTENDO COMOCOMO METAMETA PRIMORDIALPRIMORDIAL, , NONO CAMPOCAMPO DADA
ARITMÉTICAARITMÉTICA, , AA RESOLUÇÃORESOLUÇÃO DEDE PROBLEMASPROBLEMAS EE AA INVESTIGAÇÃOINVESTIGAÇÃO DEDE SITUAÇÕESSITUAÇÕES CONCRETASCONCRETAS
RELACIONADASRELACIONADAS AOAO CONCEITOCONCEITO DEDE QUANTIDADEQUANTIDADE EE COMCOM OO COTIDIANOCOTIDIANO DOSDOS ALUNOSALUNOS..
Medidas
Propõe-se o uso das medidas como elemento de ligação entre os
conteúdos de numeração e os conteúdos de geometria; a idéia principal é a de
que medir é comparar.
Geometria
Propõe-se a partir da realidade explorar o espaço para situar-se nele e
analisa-lo, percebendo os objetos neste espaço para poder representá-los,
através da construção de formas e medições.
Tratamento da Informação
Propõe-se o uso de conceitos e métodos para coletar, organizar,
interpretar e analisar dados, que permitem ler e compreender uma realidade,
trabalhando temas atuais como cultura afro e meio ambiente.
Conteúdos Estruturantes e seus Desdobramentos de 5ª série
Números, Operações e Álgebra
Números Naturais (história e outras numerações)
Conjuntos numéricos
Expressões numéricas
Resolução de problemas envolvendo as quatro operações.
Noções de incógnita e de variável (termo desconhecido)
Potenciação
Radiação
Múltiplos e Divisores
Frações
119
Números Decimais
Medidas
Medidas de tempo
A reta numerada
Medidas de comprimento
Medidas de capacidade
Medidas de Massa
Operações com medidas mistas
Geometria
Noções fundamentais da Geometria ( ângulos, polígonos e
circunferência )
Simetria
Perímetro e área de figuras planas
Tratamento de Informação
Noções de Estatística
Gráficos e tabelas
Conteúdos Estruturantes e seus Desdobramentos de 6ª série
Números, Operações e Álgebra
Números Inteiros
Operações com números inteiros
Números Racionais
Operações com racionais
Equações do 1º Grau
Razão e Proporção
Porcentagem
Medidas
Ângulos
A reta numerada (números inteiros e números racionais)
120
Medidas de comprimento
Geometria
Polígonos
perímetro e área
Tratamento da Informação
Tabelas e gráficos
Conteúdos Estruturantes e seus Desdobramentos de 7ª série
Números, Operações e Álgebra
Conjuntos Numéricos ( N, Z, Q, I ).
Números Reais
Potenciação
Raiz quadrada exata e aproximada
Expressões Algébricas
Operações com polinômios
Produtos Notáveis
Fatoração
Equações de 1º Grau
Sistemas de equações do 1º Grau
Medidas
Ângulos e Medidas de comprimento
Geometria
Polígonos e Diagonais
Estudo dos triângulos e quadriláteros
Tratamento da Informação
Tabelas e gráficos
Conteúdos Estruturantes e seus Desdobramentos de 8ª série
Números, Operações e Álgebra
Potenciação
Notação Científica
Radicais
Equação do 2º Grau: completa e incompleta
Problemas envolvendo equações do 2º grau
121
Relação entre raízes e coeficientes
Porcentagem e Juros simples
Medidas
Área e perímetro de figuras planas
Geometria
Teorema de Tales
Semelhança
Teorema de Pitágoras
Relações Métricas nos Triângulos Retângulos
Tratamento da Informação
Estatística e Probabilidade
V – METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Para que o ensino da Matemática contribua para a formação
global do aluno, a qual tem como objetivo maior à conquista da cidadania, é
fundamental explorar temas que de fato encontrem na matemática uma
ferramenta indispensável para serem compreendidos. Assim, o aluno percebe
a real necessidade dessa ciência para sua vida.
Os conteúdos que serão explorados juntamente com as
atividades propostas permitirão que o professor aborde aspectos da vida do
aluno ligados a outras áreas de conhecimento, como também questões sociais
da atualidade, por exemplo, cultura afro e meio ambiente.
Os temas serão abordados, sempre que possível, por meio de
situações reais que valorizem o conhecimento prévio do aluno, estimulando-o a
agir reflexivamente e privilegiando a criatividade e a autonomia na busca de
soluções para os mais diversos problemas.
O mundo está em constante mudança, dado o grande e rápido
desenvolvimento da tecnologia. Máquinas de calcular, computadores, Internet e
outros são assuntos do dia-a-dia. A tecnologia da sociedade contemporânea
deve ser utilizada na escola como recurso didático. A calculadora, por exemplo,
utilizada no momento certo e com objetivos bem definidos, pode ser uma
excelente ferramenta, é bom lembrar que tão importante quanto realizar
cálculos corretamente é saber elaborar estratégias de resolução para os
122
problemas propostos. As pesquisas liberam os alunos dos cálculos,
conseguindo se concentrar melhor nos dados.
A proposta do trabalho é ampliar as experiências do professor e
dos alunos, para que, na exploração das idéias, possam, além de desenvolver
a capacidade de pensar e inventar, fazer do processo de ensino algo dotado de
significado e alegria.
VII – CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
Na avaliação o resultado não é o único elemento que deve ser
contemplado e sim instrumento para fornecer informações sobre como está
sendo realizado o processo ensino-aprendizagem como um todo, tanto para o
professor conhecer e analisar o resultado do seu trabalho, como para o aluno
verificar seu desempenho.
A avaliação deve ser vista como um diagnóstico contínuo e
dinâmico tornando-se um instrumento fundamental para repensar e reformular
os métodos, que realmente o aluno aprenda.
Portanto, é preciso avaliar o poder matemático, ou seja, sua
capacidade de usar a informação para raciocinar, pensar criativamente e para
formular problemas, resolvê-los e refletir corretamente sobre eles.
Sendo assim, a avaliação deve analisar até que ponto os alunos
integraram e deram sentido à informação, se conseguem aplicá-los em
situações que requeiram raciocínio e pensamento criativo e que são capazes
de utilizar a Matemática para comunicar idéias em suas tomadas de decisões.
A avaliação deve ocorrer ao longo do processo do ensino e da
aprendizagem, de modo a propiciar aos alunos múltiplas possibilidades de
expressar e aprofundar a sua visão do conteúdo trabalhado.
VI- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- GIOVANNI, José Rui, Benedito Castruci, José Rui Giovanni Júnior. A
Conquista da Matemática: A mais nova; São Paulo: FTD, 2002
- DANTE, Luiz Roberto. Tudo é Matemática – 1ª Edição – São Paulo:
Ed.Ática, 2004.
123
- IEZZI, Gelson; DOLCE, Osvaldo; MACHADO, Antonio. Matemática e
realidade. São Paulo: Atual Editora, 2000.
- SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO – Diretrizes Curriculares
da Educação Fundamental: Matemática. Curitiba – Pr., 2005
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR -2007
I-IDENTIFICAÇÃO:
DISCIPLINA: LINGUA INGLESA
MODALIDADE: ENSINO FUNDAMENTAL
PROFESSORES:
Ieda Santos Borges
Lílian Fernandes de Oliveira
Miriam Sílvia de Ávila
Rosiani Andréia Matesco
1-APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
MODERNA.
O ensino das línguas estrangeiras modernas começa a ser valorizadoO ensino das línguas estrangeiras modernas começa a ser valorizado
depois da chegada da família real portuguesa ao Brasil, em 1808.depois da chegada da família real portuguesa ao Brasil, em 1808.
Em 1837, o Colégio Pedro II, primeiro em nível secundário no Brasil,
apresentava em seu currículo sete anos de francês, cinco de inglês e três de
alemão. Em 1916, com a publicação de Cours de Lingüistic Génerele por
Ferdinand Saussure, inauguram-se os estudos da linguagem em caráter
científico, sendo a língua objeto de estudo para a Lingüística.
124
Em 1942, a Reforma Capanema atribui ao ensino secundário um
caráter patriótico e as línguas privilegiadas são o francês, o inglês e o
espanhol, que é introduzido no lugar do alemão.
Após a Segunda Guerra Mundial, a dependência econômica e cultural
do Brasil, em relação aos Estados Unidos, intensificou-se e, com isso, a
necessidade de aprender inglês tornou-se cada vez maior.
Como tentativa de rompimento com a hegemonia de um único idioma
ensinado nas escolas, criou-se, em 1982, o Centro de Línguas Estrangeiras, no
Colégio Estadual do Paraná que, posteriormente, expandiu-se em todo o
Estado.
Em 1996, a Lei das Diretrizes e Bases (LDB) da Educação Nacional,
nº 9394, determinou a oferta obrigatória de pelo menos uma Língua
Estrangeira Moderna, escolhida pela comunidade escolar, no Ensino
Fundamental. Com relação ao Ensino Médio, a Lei determina que seja incluída
uma Língua estrangeira moderna como disciplina obrigatória, e uma segunda,
em caráter optativo, dependendo das disponibilidades da instituição.
Uma das argumentações utilizadas para justificar a pluralidade da oferta
de Línguas Estrangeiras é que sua aprendizagem propicia um espaço de
reflexão sobre a língua como “discurso e prática social”, de forma a refletir os
sentidos oferecidos pelas múltiplas culturas inseridas em cada sociedade.
Por outro lado, se considerarmos que a expansão de uma Língua
Estrangeira é também a expansão de um conjunto de discursos ideológicos, é
fundamental observar se o ensino dessa segunda língua corrobora para a
perpetuação de idéias, de dominação ou emancipação. O ensino de língua
estrangeira deve garantir que os alunos não se tornem consumidores passíveis
de cultura e de conhecimento, e sim, criadores ativos.
Assim sendo, a aprendizagem de uma língua estrangeira adquire um
caráter político como forma de ação para transformar o mundo. Nessa
perspectiva, a responsabilidade do ensino da língua estrangeira amplia-se e
exige uma reflexão ampla do educador sobre o modo como se ensina e para
que se esteja ensinando. Somente assim haverá uma apropriação crítica e
histórica do conhecimento para uma maior compreensão da realidade sócio-
cultural do aluno, tornando-o um agente transformador e democrático do seu
ambiente de convívio.
125
2. OBJETIVOS GERAIS.
O Ensino Fundamental deve ser voltado para a formação básica de
cidadão, além de fornecer subsídios para se progredir no trabalho e estudos
posteriores, possibilitando a apropriação de conhecimento da “Língua
Estrangeira” com uma compreensão crítica da sociedade, tornando-os mais
conscientes, críticos.
Ensinar e aprender línguas são aprender as percepções de mundo e
maneiras de construírem sentidos; é formar subjetividades, independentemente
do grau de proficiência atingido. O ensino de língua estrangeira amplia as
perspectivas de o aluno ver o mundo, avaliarem os paradigmas já existentes e
cria novas possibilidades de construir sentidos do e no mundo.
A língua estrangeira será trabalhada de maneira a proporcionar a
inclusão social, o desenvolvimento da consciência do papel das línguas na
sociedade; o reconhecimento da diversidade cultural e o processo de
construção das identidades transformadoras.
O contato com os diversos tipos textuais, manifestados em forma de
diferentes linguagens inseridas no mundo globalizado, busca ampliar a
compreensão de várias culturas; ativar procedimentos interpretativos, tornando
possível a construção de significados, aumentando as possibilidades de
entendimento de mundo do aluno como um instrumento de comunicação
universal para contribuir na transformação e crescimento do cidadão.
Assim, ao final do Ensino Fundamental, espera-se que o aluno seja
capaz de :
• Usar a língua estrangeira em situações de comunicação oral e
escrita;
• - Vivenciar formas de participação que possibilitem
estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;
• - Compreender que os significados são sociais e
historicamente construídos e passiveis de transformação na
prática social;
• - Conscientizar sobre o papel das línguas na sociedade,
possibilitando o acesso à informação, ao conhecimento e o
entendimento do mundo;
• - Compreender a diversidade lingüística cultural;
126
• - Ativar procedimentos interpretativos proporcionando a
construção de significados e possibilidades para que o aluno
entenda o mundo e contribua para a transformação da
sociedade.
3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E ESPECÍFICOS.
A língua, entendida como interação verbal e produtora de sentidos,
marcada por relações pragmáticas e contextuais de poder, terá como
conteúdo estruturante: o “discurso” como “prática social”, realizada por meio
das práticas discursivas que envolvem, a compreensão auditiva, a leitura de
mundo, a escrita nas múltiplas formas e a interação verbal como processo
comunicativo.
O trabalho com diferentes gêneros textuais deve levar o aluno a
perceber a gama de discursos existentes nos mais variados contextos, bem
como, as vozes que permeiam as relações sociais e as relações de poder. É
preciso que os níveis de organização lingüística sirvam para a compreensão
da linguagem, na produção escrita, oral, verbal e não verbal.
Entretanto, os conteúdos específicos para o Ensino Fundamental,
por série, serão desdobrados a partir de textos (verbais e não-verbais),
considerando seus elementos lingüístico-discursivos (fonético-fonológicos,
léxico-semânticos e sintáticos), manifestados nas práticas discursivas (leitura,
escrita, oralidade e compreensão auditiva). Portanto, os textos escolhidos para
o trabalho pedagógico definirão os conteúdos estruturantes, bem como as
práticas discursivas a serem trabalhadas.
Diante da dificuldade de estabelecer os conteúdos por série, considerando a
diversidade de textos em circulação na sociedade e a especificidade do
tratamento da língua estrangeira na prática pedagógica, cumpre estabelecer
alguns critérios norteadores para o ensino de Língua Estrangeira, já que os
conteúdos estruturantes estão pautados no “discurso”, pois estes serão
conseqüentes e inerentes aos textos trabalhados.
A Lei nº 10.639/03, que trata das Relações Étnico-Raciais e História e
Cultura Afro-Brasileira e Africana na escola, será trabalhado através de ações
que propiciem o contato com a cultura africana e afro-descendente, dentro da
Língua Inglesa, culminando em exposições de obras literárias de escritores
127
negros, documentários, filmes com temáticas sobre o racismo e preconceito,
costumes e hábitos, procurando destacar a contribuição da cultura dos povos
negros, falantes da língua inglesa.
A princípio, é preciso levar em conta o processo de continuidade, ou seja,
a “manutenção de uma progressão entre as séries, considerando as
especificidades da língua estrangeira ofertadas, as condições de trabalho
existentes na escola, o projeto político-pedagógico, a articulação com as
demais disciplinas do currículo e o perfil dos alunos” (DCE: 2006, p. 37).
Ao se trabalhar os textos, propõe-se uma análise lingüístico-discursivos
dos elementos não só de natureza lingüística, mas, principalmente, os de fins
educativos, visando a abordagem de assuntos polêmicos, adequados à faixa
etária, conforme os interesses dos alunos. Vale ressaltar a importância de se
trabalhar os diversos tipos de texto, com diferentes graus de complexidade da
estrutura lingüística.
Propõe-se a participação do aluno na escolha temática dos textos, visto
que um dos objetivos é possibilitar a participação do mesmo, permitindo,
assim, a construção de relações entre ações individuais e coletivas. A prática
de tal experiência permite que os alunos compreendam os interesses do
grupo e escolham conteúdos mais significativos promovendo a participação de
todos. alunos.
Vale atentar para a escolha de textos que não priorizem uma “visão
monolítica e estereotipada de cultura” (p. 38). Assim, os conteúdos poderão
dar ao aluno indicativos para perceber os avanços nos estudos, na medida em
que forem baseados no planejamento estabelecidos entre professores ao longo
do ano.
É importante destacar que os conteúdos gramaticais serão definidos a partir
das escolhas temáticas e textuais, enfatizando o conteúdo e não a forma. O
uso do texto é fundamental para o desenvolvimento da compreensão da leitura,
da escrita, da oralidade e da compreensão auditiva. Além disso, o texto será
enriquecido por músicas, filmes, debates, pesquisas, jogos, teatros, danças
entre outros.
Serão observados os diferentes níveis de aprendizagem e bagagem de
conteúdos diagnosticados no início do ano, bem como será dada especial
atenção ao Ensino Noturno, considerando suas peculiaridades.
128
4. METODOLOGIA.
O que sustenta este documento é uma abordagem que valoriza a
escola como um espaço social, responsável pela apropriação crítica e histórica
do conhecimento enquanto instrumento de compreensão da realidade social e
da atuação crítica e democrática para a transformação da realidade. A
escolarização tem o compromisso de prover aos alunos meios necessários
para que não apenas assimilem o saber enquanto resultado, mas apreendam o
processo de sua produção, bem como as tendências de sua transformação.
Assim, a proposta metodológica a ser trabalhada, possibilita a
análise e reflexão sobre os fenômenos Lingüísticos e culturais como
realizações discursivas, as quais se revelam na/pela história dos sujeitos que
fazem parte deste processo.
As reflexões discursivas e ideológicas dependem de uma interação
primeira com o texto. Isto não representa privilegiar a prática da leitura em
detrimento às demais no trabalho em sala de aula, visto que na interação com
o texto, há uma simultânea utilização de todas as práticas discursivas: leitura,
escrita, oralidade e compreensão auditiva. É nesta abordagem que leitura,
escrita, oralidade e compreensão auditiva se interagem. Texto e leitura são
indissociáveis. Referem-se às estratégias de compreensão, discussão,
organização e produção de textos, bem como ao contexto social, aos papéis
que leitores e escritores exercem em seus grupos sociais e seus propósitos.
A proposta do L.E.M no Ensino Fundamental considera a leitura como
interação entre os múltiplos textos e ocorre na relação entre o leitor, texto,
autor e outros leitores. A leitura ancorada numa perspectiva crítica promove a
construção e a percepção de mundo do sujeito leitor, tornando-o capaz de
criar significados e sentidos que contribuam para uma maior compreensão
diante do texto. Esse processo de construção de sentido, apoiado na bagagem
cultural e com acesso permanente a língua inglesa, são fundamentais para a
prática social do cidadão e interpretação dos discursos de sua comunidade.
Os conhecimentos lingüísticos serão trabalhados dependendo do
grau de conhecimento dos alunos e estarão voltados para a interação que
tenha por finalidade o uso efetivo da linguagem e não a memorização de
conceitos. Serão selecionados a partir dos erros resultantes das atividades e
da dificuldade dos alunos.
129
Ao trabalhar com as diferentes culturas, é importante que o aluno, ao
contrastar a sua cultura com a do outro, perceba-se como sujeito histórico-
crítico e socialmente constituído e, assim, elabore a consciência da própria
identidade. Em relação à escrita, não podemos esquecer que ela deve ser
vista como uma atividade interacional e significativa.
Os tipos de textos publicitários, jornalísticos, literários, informativos,
de opinião, etc serão abordados pelo professor, visando não só a
compreensão lingüística, mas a prática discursiva. Aprendemos a moldar
nossa fala às formas textuais. Os textos literários serão apresentados aos
alunos de modo que provoquem reflexão e façam com que os percebam como
uma prática social de um determinado contexto sociocultural particular.
Se não existissem as múltiplas linguagens e se não as dominássemos, tendo
que criá-los pela primeira vez no processo da fala, a comunicação verbal seria
quase impossível (Bakhtin, 1998).
O objetivo da Língua Inglesa será o de proporcionar ao aluno a
possibilidade de interagir com a infinita variedade discursiva presente nas
diversas práticas sociais. O ensino de língua estrangeira estará articulado com
as demais disciplinas do currículo, objetivando relacionar os vários
conhecimentos. Isso não significa obrigatoriamente, desenvolver projetos
envolvendo inúmeras disciplinas, mas fazer com que o aluno perceba que
conteúdos com disciplinas distintas podem, muitas vezes, estar relacionados
entre si.
Essa proposta metodológica apóia-se no uso de livros didáticos
escolhidos pelo corpo docente de Língua Inglesa tais como: Let's Speak
English, Steps, Read, Read Practical English, Take your time, Insights Into
Englisk e outros. Além desse material, serão utilizados dicionários, textos
variados (de revistas e jornais, visuais e não visuais) vídeos, DVDs, fitas de
áudio, CD-ROM, Internet e outros materiais pedagógicos.
O professor engajado nessa proposta metodológica pode promover
uma reflexão, juntamente com o aluno, de forma a desvendar os valores
subjacentes, abordando criticamente uma leitura do mundo e, ao mesmo
tempo, levá-lo a contemplar a diversidade regional e cultural.
5- AVALIAÇÃO.
130
A avaliação está profundamente relacionada com o processo de ensino
e, portanto, deve ser entendida como mais um momento em que o aluno
aprende. É um elemento de reflexão continua do professor sobre sua prática
educativa e revela aos alunos suas dificuldades, progressos e possibilidades.
A avaliação deve fornecer dados sobre o desenvolvimento das
capacidades do educando e o grau de desenvolvimento intelectual,
aplicabilidade dos objetivos de conhecimentos ensinados que orientarão os
ajustes e intervenções pedagógicas visando à aprendizagem da forma mais
adequada para o aluno.
A relevância e a adequação dos conteúdos está atrelada, ainda, às
características psicossociais dos alunos, capacidade para estabelecer relações
entre os conteúdos, às necessidades de seu dia-a-dia e com o contexto
cultural.
Além disso, é importante nesse processo o feedback das avaliações
aos alunos com os devidos comentários, para que eles possam entender o
processo de aprendizagem e, assim, buscar a superação das suas
dificuldades.
As informações obtidas através da avaliação devem revelar os
resultados da aprendizagem para que essa possa fluir em bases consistentes,
apoiando-se em conhecimentos teóricos que necessitam ser solidificados.
O papel da avaliação é diagnosticar o avanço do conhecimento,
caracterizando-se como um processo contínuo de comprometimento com o
saber cientifico cultural e social.
Nesse sentido, é necessário que o professor tenha uma visão de
conjunto no processo de avaliação levando em conta que:
- Para que um processo de aprendizagem seja efetivo, ele deve
contemplar a avaliação diagnóstica, contínua, formativa e
reflexiva;
- O processo de ensino-aprendizagem do conteúdo deve
contemplar o acompanhamento metodológico e avaliativo;
- Na avaliação contínua, é necessário que o professor e os alunos
analisem quanto e como conseguiram aproximar-se dos objetivos
propostos;
131
- O registro e a observação do desempenho do aluno devem ser
feitos pelo professor de forma contínua e reflexiva;
- A avaliação pressupõe um clima de cooperação e confiança entre
professor e aluno, o que favorece a prática de auto-avaliação
entre ambos;
- As aprendizagens dos alunos devem ser consideradas como
parâmetros para realimentação dos encaminhamentos adotados.
Nessa proposta avaliativa, a língua é concebida como prática social e
discursiva. A avaliação formativa, na sua condição contínua e diagnóstica deve
ser privilegiada, a fim de promover a análise e reflexão no encaminhamento
das intervenções pedagógicas.
A avaliação de determinado dado de produção em língua estrangeira
considera o erro como efeito da própria prática, ou seja, o vê como resultado
do processo de aquisição de uma nova língua. Portanto, na avaliação o erro
precisa ser visto como um passo para que a aprendizagem se efetive e não
como um entrave no processo. É preciso lembrar que o processo de
aprendizagem não é linear, não acontece da mesma forma e, ao mesmo
tempo, para diferentes pessoas. Cabe ao professor, avaliar, priorizar o
processo de crescimento do aluno e não apenas mensurar o conhecimento por
ele alcançado.
A avaliação servirá, além de aferir a aprendizagem do aluno, fazer
com que o professor repense a sua metodologia e planeje as suas aulas de
acordo com as necessidades de seus alunos. E, através dela, é possível
perceber quais são os conhecimentos lingüísticos, discursivos, sócio-
pragmáticos ou culturais – e as práticas – leitura, escrita, oralidade e
compreensão auditiva – que ainda não foram suficientemente trabalhadas e
que precisam ser abordadas mais exaustivamente para garantir a efetiva
interação do aluno com os discursos em língua estrangeira.
Assim, para a avaliação serão utilizadas as provas objetivas e
discursivas: leitura de textos de diversos gêneros textuais, debates, seminários,
interpretações de textos, diálogos orais e escritos, elaboração de narrações,
dissertações, resumos, poesias, trabalhos individuais e em grupos, músicas,
teatros filmes, jogos e outras atividades
132
Para que essa avaliação aconteça com êxito, faz-se necessário
que a mesma deixe de ser utilizada, segundo Luckesi (2005, p. 166) como
“recurso de autoridade e assuma papel de auxiliadora (grifo nosso) do
crescimento”.
6. BIBLIOGRAFIA.
ALMEIDA FILHO, José Carlos P. de Almeida (Org.) O Professor de Língua
Estrangeira em Formação. 2ª ed. Campinas: Pontes, 2005.
CASSELA, Figueiredo L. Let's Speak English. Ed. Ática, 1995.
BRASIL. Lei - n° 10639, 09 de Janeiro de 2003. Parecer do Conselho Nacional
de Educação. Cadernos Temáticos História da Cultura Afro-brasileira e
Africana. Ministério da Educação – Ministério Nacional de Educação, 2004.
KELLER, Vitória. Steps. Ibep, 1997.
LEFFA.Vilson J. A Interação na Aprendizagem das Línguas. Ed.Pelotas:
Educat 2006.
_____________ . Professor de Línguas Estrangeiras: construindo a profissão.
Ed. EDUCAT. Pelotas. 2006
MARQUES, Amadeu; Read, Read Practical English. Ed. Ática, 1997 Ensino
de Língua Inglês: reflexões e experiências.
MÜLLER, Simone Sargento Vera (Orgs.). O Ensino do Inglês como Língua
Estrangeira: estudos e reflexões. Editora Apirs: Porto Alegre. 2004.
PAIVA,Vera Lúcia Menezes de Oliveira e. 3ª ed. Campinas: Pontes, 2005.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna para a
Educação Básica, Secretaria do Estado do Paraná – Superintendência da
Educação, Curitiba-Pr., 2006.
ROCHA, Ana Luiza; Take your time. Rocha, Ed.Moderna, 1996.
ROLIN, Mirian- Insights Into Englisk. FTD, 1998.
SARMENTO, S. MULLER, V. (orgs.) O Ensino de Inglês como Língua
Estrangeira: Estudos Reflexões. Porto Alegre: APIRS, 2004.
WIDDOWSON,H.G. O Ensino de Línguas para a Comunicação. 2ª ed.
Campinas: Pontes, 2005.
133
COLÉGIO ESTADUAL ANTONIO GARCÊZ NOVAES – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO- ARAPONGAS- PR
N.R.E. APUCARANA - PR
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR NO ENSINO BÁSICO
MODALIDADE: ENSINO MÉDIO
DISCIPLINAS:
ARTEBIOLOGIA
EDUCAÇÃO FÍSICAFÍSICA
GEOGRAFIAHISTÓRIA
LÍNGUA PORTUGUESA/ LITERATURAMATEMÁTICA
QUÍMICAFILOSOFIA
LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS
SOCIOLOGIA
2007134
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – 2007
I – IDENTIFICAÇÃO
DISCIPLINA: ARTES
MODALIDADE: ENSINO MÉDIO
PROFESSORES:
135
Melissa Carrasco Ceconello
II – APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
“Toda a obra de Arte é se alguma maneira feita duas vezes”.
Pelo criador e pelo espectador, ou melhor,
pela sociedade à qual pertence o espectador.”
Pierre Bourdieu, 1986.
A interação entre conhecimento estético, conhecimento artístico e
conhecimento contextualizado são de fundamental importância dentro do
trabalho docente, servindo como proposta para o desenvolvimento e
articulação entre as quatro áreas de Arte (Artes visuais, teatro, música e
dança).
Dentro do conhecimento estético usamos o conhecimento teorizado
sobre a arte, produzido pela arte e as ciências humanas como a filosofia,
sociologia, psicologia, antropologia e literatura.
Através do conhecimento artístico usufruímos o fazer artístico e do
processo criativo servindo como formas de organização e estruturação do
trabalho artístico.
No conhecimento contextualizado prima-se pelo conhecimento estético e
artístico do aluno e da comunidade em que está inserido através do resultado
de experiências sociais e sua relação com o conhecimento sistematizado em
arte.
III – OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Pretende-se viabilizar a aquisição de conhecimentos teórico-práticos que
possibilitem ao educando a percepção, a leitura e a interpretação de signos
verbais e não-verbais presentes na arte e suas diferentes áreas.
Através de a cultura identificar sua identidade, herança cultural e
diversidade, perceber e interpretar a cultura de massa e industria cultural, que
atende as diferentes intenções de comunicação.
136
Conteúdos
Estruturante
s
Elementos
Formais
Conteúdos Específicos
Artes Visuais – ponto, linha, forma, cores, texturas, luz e sombra, volume, ritmo, composição
bidimensional e tridimensional, simetria, arte figurativa e arte abstrata, história em quadrinhos,
superfície, proporção, perspectiva.
Dança – danças folclóricas e movimentos corporais, coreografias improvisadas, espaço – nível de
altura, dinâmica (ritmo e inter-relacionamento), fluxo de movimentos.
Música – manifestações musicais folclóricas(cantigas, trava-línguas), elementos sonoros – timbre,
intensidade, altura e ritmo, instrumentos musicais – corda, sopro, percussão, etc, formação da
música brasileira(história da música).
Teatro – elementos da ação dramática - história, personagens, espaço cênico; jogos teatrais –
improvisação, mímicas, etc; espaço cênico – cenário, sonoplastia, iluminação; criação de fantoches,
expressão corporal, origem da máscara e confecção(máscaras africanas); improvisação teatral.
Composição
Artes Visuais – composições de trabalhos bidimensionais e tridimensionais
Dança – composições coreográficas; improvisações coreográficas.
Música – composições, improvisações e interpretações musicais.
138
V – Metodologia
Do ponto de vista metodológico, o ensino da Arte priorizará a interação
da percepção, identificação, do gerir, da forma de organização e interpretação
de signos verbais e não-verbais manifestos nos bens culturais materiais e
imateriais.
Buscar-se-á formas originais e interdisciplinares de expressar idéias
com o grupo, promovendo observações, experimentações, discussões e
análises para que se possa entrar em contato, não só com as formas e
linguagens técnicas, mas também com idéias e reflexões propostas pelas
diferentes linguagens artísticas.
Devemos contemplar na metodologia do ensino da arte, três momentos
da organização pedagógica o sentir e perceber, que são as formas de
apreciação e apropriação, o trabalho artístico, que é a prática criativa, o
conhecimento, que fundamenta e possibilita ao aluno um sentir / perceber e
um trabalho artístico mais sistematizado, direcionando o aluno a formação de
conceitos artísticos.
Entende-se que aprender arte envolve não apenas uma atividade de
produção artística, mas também compreender o que faz e o que os outros
fazem pelo desenvolvimento da percepção estética, no contato com o
fenômeno artístico, visto como objeto de cultura na história, política e social e
com o conjunto das relações.
Sabe-se que ao fazer e conhecer arte, o aluno percorre os trajetos da
aprendizagem que proporcionam conhecimentos específicos sobre sua relação
com o mundo. Tal percepção possibilita leituras da realidade, permitindo uma
reflexão mais ampla a respeito da sociedade em que o sujeito está inserido e
de outras com as quais ele estabelece relações.
VI - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação deverá ser diagnosticada por ser referência do professor
para planejar as aulas e avaliar os alunos; e processual por pertencer a todos
os momentos da prática pedagógica. Segundo a LDB a avaliação é contínua e
cumulativa do desempenho do aluno, visando os aspectos qualitativos sobre os
quantitativos durante todo o ano letivo.
A avaliação deverá ser criadora de estratégias que possibilitem o
entrelaçamento do conceito com a construção cultural, deverá ser feita através
da observação e registro, sem parâmetros comparativos entre alunos por meio
de provas escritas e orais, auto-avaliação dos alunos, seminários, atividades
práticas, obedecendo a proposta do projeto político da escola.
A escola deve procurar garantir aos seus alunos a produção do saber
científico historicamente acumulado, sem esquecer as experiências de vida e a
realidade social daqueles a quem deve educar. Este aspecto tem um mérito de
elevar o nível de consciência crítica dos alunos e de introduzi-los na atualidade
histórico social de sua época, possibilitando-lhes uma atuação consistente e
competente na transformação da sociedade.
A avaliação é um ato social em que a sala de aula e a escola devem
refletir o funcionamento de uma comunidade de indivíduos pensantes e
responsáveis, que conhecem sua posição em relação a outras comunidades.
VII -BIBLIOGRAFIA
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da Educação. São Paulo: Moderna,
1987.
AZEVEDO, F. de, A cultura brasileira. 5ª edição, revista e ampliada. São
Paulo: Melhoramentos, editora da USP, 1971.
BARBOSA, A. M. (org.) Inquietações e mudanças no ensino da arte. São
Paulo: Cortez, 2002.
BENJAMIM, T. Walter. Magia e técnica, arte e política. Obras escolhidas.
Vol.1. São Paulo: Brasiliense, 1985.
BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte. São Paulo: Ática, 1991.
BRASIL. Leis, decretos, etc. Lei nº 9394/93: Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional, LDB. Brasília, 1996.
DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA
DO ESTADO DO PARANÁ..
DUARTE JUNIOR, J.F. Fundamentos estéticos da educação. 4ª ed.
Campinas, SP: Papirus, 1993.
141
DUARTE JUNIOR, J.F. Por que arte educação? 8ª ed. Campinas, SP:
Papirus, 1996.
FERREIRA, A. B.H. Dicionário Aurélio básico da língua portuguesa. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 1995.
PROENÇA, Graça. História da Arte Editora .Ática, 1995.
OSTROWER, Fayga. Universos da arte. Campus, 1997.
PEIXOTO, Maria Inês Hamann. Arte e grande público: a distância a ser
extinta. Campinas: Autores Associados, 2003. (Coleção polêmicas do nosso
tempo, 84).
PENTEADO, José de Arruda. Comunicação Visual e Expressão. Ed.
Nacional, 1998.
SCHAFER, M. O ouvido pensante. São Paulo: Brasiliense, 1987.
Enciclopédia – A arte nos Séculos. Abril Cultural.
CADERNOS TEMÁTICOS: Inserção dos conteúdos de história e cultura
afro-brasileira nos currículos escolares / Paraná. Secretaria de Estado da
Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino
Fundamental. Curitiba : SEED-Pr, 2005.
HANSEBALG, Ricardo. Raça e gênero nos sistema de ensino: os limites das
políticas universalistas na educação. Brasília. 2002.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO: ARTE Ensino médio: Arte /
vários autores. – Curitiba: SEED-PR, 2006.-336p.
142
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR- 2007
I-IDENTIFICAÇÃO
DISCIPLINA: BIOLOGIA
MODALIDADE ENSINO MÉDIO
PROFESSORES:
Eliane Baroneza Fantin
Maria Rosangêla de Oliveira Bonin
Liliam Amanda baggio
1- JUSTIFICATIVA
“ ... precisa-se quebrar o mito do “ acaso da descoberta” e do “ cientista genial”
na pesquisa e do “cientista em miniatura” na escola.” ( FREIRE-MAIA, 1990)
A Biologia, como parte do processo de construção científica deve ser
entendida e compreendida como processo de produção do próprio
desenvolvimento humano e determinada pelas necessidades materiais deste
em cada momento histórico. Sofrendo a influência das exigências do meio
social e das ingerências econômicas dele decorrentes ao mesmo tempo em
que nelas interfere.
È objetivo de estudo da Biologia o fenômeno vida em toda a sua
diversidade de manifestação, assim como as ciências a Biologia não é um
saber neutro, mas sim, um conjunto de fatos científicos socialmente produzidos
numa sociedade historicamente determinada. Com crescente valorização do
conhecimento e a capacidade de inovar exige pessoas capazes de aprender
continuamente. Para tanto, a Biologia deve permitir a compreensão dos
avanços tecnológicos, considerando a Bioética, a diversidade cultural, ética-
racial e o desenvolvimento sustentável, visando bens coletivos priorizando a
conservação da vida e do ambiente, usufruindo sem destruir
Portanto, com o ensino da disciplina de Biologia no Ensino Médio, visa
desenvolver no educando o conhecimento científico e tecnológico objetivando
uma postura crítica, reflexiva e investigadora, com autonomia de pensamento e
ação, formação de hábitos e atitudes em relação ao meio ambiente,
143
desenvolvimento sustentável e ética científica. E ainda fazer com que ele
reconheça o ser humano como agente de transformações intencionais por ele
produzidas em seu ambiente,sabendo que todo conhecimento científico
produzido é fruto do estudo e tecnologias de cada época histórica.
2-CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
A Organização dos seres vivos: Deve-se ampliar a discussão para a
comparação das características anatômicas e comportamentais dos seres,
realizando discussões entre os critérios usados desde Linné até a atualidade
com a introdução da análise genômica, propiciando a compreensão sobre
como o pensamento humano, partindo da compreensão de mundo imutável,
chegou ao modelo de mundo em constante mudança.
Os mecanismos biológicos deve basear-se na análise dos
conhecimentos biológicos sob uma perspectiva fragmentada, conhecendo-se
as partes, pois este conhecimento isoladamente, é insuficiente para permitir ao
aluno compreender as relações que se estabelecem entre os diversos
mecanismos para manutenção da vida. É importante que o professor considere
o aprofundamento, a especialização, o conhecimento objetivo como ponto de
partida para que se possa compreender os sistemas vivos como fruto da
interação entre seus elementos constituintes e da interação deste sistema com
os demais componentes do seu meio.
Biodiversidade: Pretende-se caracterizar a diversidade da vida como um
conjunto de processos organizados e integrados, quer no nível de uma célula,
de um indivíduo, ou, ainda , de organismos no seu meio. Fundamenta-se na
superação das concepções alternativas do aluno com a aproximação das
concepções científicas, procurando compreender os conceitos da genética, da
evolução e da ecologia, como forma de explicar a diversidade dos seres vivos.
Implicações dos Avanços Biológicos: Garantir a reflexão sobre as
implicações dos avanços biológicos para o desenvolvimento da sociedade.
Deve-se utilizar a metodologia da problematização, partindo do princípio da
provocação e mobilização do aluno na busca por conhecimentos necessários
para resolução de problemas. Estes problemas relacionam os conteúdos da
144
Biologia ao cotidiano do aluno para eu ele busque compreender e atuar na
sociedade de forma crítica.
* - Organização dos seres vivos
-Origem da vida
-Níveis de organização dos seres vivos
-Características dos seres vivos:
• Classificação
• Regras de nomenclatura
• Vírus
-Classificação em reinos: Monera ,Protista, Fungi e Animal:
-Filos do Reino Animal: Espongiários, Cnidários, Platelmintos,
Nematelmintos, Anelídeos, Artrópodes, Moluscos, Equinodermos e Cordados
- Reino Plantae
* Mecanismos Biológicos
-Histórico da Biologia Celular
-Composição química da célula
-Membrana plasmática
-Organelas citoplasmáticas
-Material nuclear
-Divisão celular: mitose e meiose
-Reprodução
-Gametogênese animal
-Embriologia
-Anexos embrionários
-Hereditariedade
-Conceitos utilizados em Genética
-Heredogramas
-1ªLei de Mendel
-2ªLei de Mendel
-Sistemas Sangüíneos; ABO, Rh, e MN
145
-Determinação genética do sexo
-Anomalias cromossômicas
-Interação Gênica
-Herança Quantitativa
* Biodiversidade
-Conceitos ecológicos
-Cadeia e teia alimentar
-Fluxo de matéria e energia
-Ciclos biogeoquímicos
-Relações ecológicas
-Equilíbrio ecológico
-Desequilíbrio ambientais
-Noções de evolução:
-Teorias de Lamarck e Darwin
-Evidências evolutivas
* Implicações dos Avanços Biológicos no Fenômeno Vida
Orientação Sexual
Remédios, vacinas
Saúde e doenças
Armamento biológico
Melhoramento genético
Controle biológico de pragas
Preservação ambiental e recursos
Projeto genoma
Células tronco
Transgênicos
Terapia gênica
Engenharia Genética
Biotecnologias
146
3-METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Segundo GASPARIN (2002); e SAVIANI (1997); o ensino dos conteúdos
específicos de Biologia apontam para as seguintes estratégias de ensino:
- Prática social: caracteriza-se por ser o ponto de partida onde se
observa o senso comum dos alunos a respeito do conteúdo a ser
trabalhado.
- Problematização: fase de detecção e apontamento das questões
que precisam ser resolvidas.
- Instrumentalização: e a apresentação sistematizada dos
conteúdos.
- Catarse: é a fase em que o aluno confronta o conhecimento
adquirido com o problema em questão.
- Retorno à prática social: É o retorno ao ponto de partida, mas
agora com um saber concreto e pensado de maior clareza e
compreensão voltado para o âmbito social.
Compreendendo a proposta dos Conteúdos Estruturantes o professor em suas
aulas pode contemplar os mais variados recursos como:
• Exposição oral feita pelo professor, acompanhado de discussões onde o
aluno emita opiniões, levante hipóteses e construa novos
conhecimentos.
• Pesquisas, entrevistas, relatórios, resolução de atividades que explorem
a interpretação de gráficos, mapas e charges.
• Debates em grupos e seminários
• Aulas práticas
• Visitas de estudo para buscar informações em outros ambientes
As aulas de Biologia devem, segundo LIBÂNEO,(1983) propiciar ao
educando a compreensão da prática social, pois revelam a realidade
concreta de forma crítica e explicitam as possibilidades de atuação dos
sujeitos no processo de transformação desta realidade.
Dessa forma visa-se a formação de um cidadão crítico, reflexivo e atuante
em seu meio.
4-AVALIAÇÃO:
147
A avaliação é um instrumento cuja finalidade prática é obter informações
necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para nela interferir
e reformular os processos de aprendizagem, é indispensável uma vez que
permite ao professor recolher, analisar e julgar dados sobre a prática
pedagógica e ao mesmo tempo verificar a qualidade do desempenho de seu
trabalho.
A avaliação deve ser: diagnóstica, diária e contínua, onde se analisa a
participação do aluno em sala de aula e interesse nas atividades propostas
pelo professor.
Toda avaliação deve ser registrada também, através de testes objetivos
e subjetivos, pesquisas , relatórios, empenho e criatividade.
5- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FREIRE-MAIA, N. A ciência por dentro. Petrópolis: Vozes, 1990.
MINISTÉRIO DA EUCAÇÃO. Parâmetros Curriculares Nacionais-
Ensino Médio 3. Brasília, 1999.
Orientações metodológicas para o ensino de Biologia Positivo. Posigraf.
Curitiba, 2002.
PAULINO,W.R. Biologia- novo Ensino Médio. Ática , São Paulo: 2003.
MACHADO. S. Biologia – de olho no mundo do trabalho. Scipione. São
Paulo, 2003
GASPARIN,J.L.Uma didática para a pedagogia histórico-crítica.
Campinas: Autores Associados, 2002.
SAVIANI, D. Pedagogia histórico- crítica: primeiras aproximações.
Campinas/ SP: Autores Associados , 1997.
SEED, GOVERNO DO PARANÁ. Diretrizes curriculares de Biologia.
Curitiba. 2006
SEED, GOVERNO DO PARANÁ. Como Trabalhar a Lei.10.639/2003
e as Diretrizes Curriculares para a Educação das relações Étnico-raciais e
História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola. Curitiba. 2006
SANTOS,C.H.V. et al. Biología Ensino Médio. SEED, Curitiba, 2006.
148
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – 2007
I-IDENTIFICAÇÃO
DISCIPLINA: EDUCAÇÃO FÍSICA
MODALIDADE: ENSINO MÉDIO
PROFESSORES:
Moisés Vicente dos Santos
José Campassi Junior
Maria Cristina Tomazini
Osny Mathias Hoffmann
1. APRESENTAÇÄO GERAL DA DISCIPLINA.
1.1 - A educação física, foi instituída no ano de 1882, após um projeto
denominado, reforma do ensino primário. Rui Barbosa emitiu um parecer que
entre outras conclusões afirmou a importância da ginástica, elevando-a em
categoria e autoridade com as demais disciplinas. desde então ela vem
sofrendo transformações, influências por vários segmentos como instituições
médicas, militares, políticas bem como por modelos pedagógicos. mais
recentemente a promulgação da lei 5692/71, tornou-se obrigatória nas escolas
e passou a ter uma legislação específica, integrando a mesma como atividade
escolar regular e obrigatória no currículo de todos os cursos e sistemas de
ensino.
1.2 - A educação física é a área do conhecimento que propicia ao aluno a
cultura corporal do movimento e todas as implicações que essa cultura provoca
, como o lado emocional, de lazer, manutenção e melhoria da qualidade de
vida, relações interpessoais e sociais de uma forma mais abrangente.
diante dessas considerações a educação física deve possibilitar uma reflexão a
respeito da sua prática, levar o educando a uma leitura crítica das relações
sociais que se apresentam na sociedade e manifesta-se nas práticas
desenvolvidas no fazer pedagógico, interpretando as relações que o cercam e
149
exercitando o respeito humano, bem como os princípios e valores inerentes ao
ser humano.
2- OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA DE EDUÇÁO FÍSICA
< propiciar ao aluno uma visão crítica do mundo e da sociedade na qual está
inserido..
< expor o campo de intervenção da educação física, para além das abordagens
centradas na motricidade.
< construir os conteúdos elencados no currículo de maneira que sejam
relevantes e estejam de acordo com a capacidade cognoscitiva do aluno.
< adicionar a inclusão.
< superar da educação física o caráter de mera atividade de “prática pela
prática”.
< demonstrar a potencialização das formas de expressão do corpo.
a- Do contato corporal e o necessário respeito mútuo que este reclama
b- Do grupo em estabelecer critérios que contemplem todos os participantes
c- Do respeito por aqueles que de alguma forma, não conseguem realizar o
que foi proposto pelo próprio grupo, levando a reflexão das formas já
naturalizadas de preconceitos, sobre a domesticação e violência em
relação ao corpo.
< utilizar da leitura e da produção de textos que auxiliem o aluno a formar
conceitos próprios a partir de seu entendimento da realidade bem como relatá-
los com clareza e coerência, relacionando os referenciais trabalhados nas
aulas de educação física e associando-os às outras áreas do conhecimento,
partindo de análises próximas e suas relações com o mundo globalizado.
< aplicar aos alunos o direito e o acesso à prática esportiva que privilegie o
coletivo.
3-CONTEÚDOS
3.1 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ESPORTES
Fundamentos técnicos
150
Regras
Táticas
Jogo
Análise crítica das regras
Origem e história
Para que e quem servem
Modelo de sociedade que os produziram
Incorporação pela sociedade brasileira
Influência nos esportes dos diferentes modelos de sociedade
O esporte enquanto fenômeno social
O esporte na Sociedade capitalista
Profissionalização do esporte
JOGOS
Análise das relações sociais
Proposta de desafios
Compreensão de regras e normas de convivência social
Análise crítica de novas regras
GINÁSTICA
Possibilitar ao aluno reconhecer as possibilidades de seu corpo, afastando-
se da ginástica competitiva, com movimentos obrigatórios, presos à técnica
da repetição.
O papel da Mídia
Ginástica geral
Ginástica esportivizada (Olímpica e Rítmica).
DANÇA
Problematizar a erotização da dança
Manifestação da cultura milenar
Históricos e a espiritualidade das danças
Ritmo
Danças em geral
Danças folclóricas
151
Danças populares e Afro-brasileiras
Consciência corporal
Relação histórico-social dos movimentos folclóricos
Análise crítica dos costumes
História e cultura dos temas desenvolvidos
LUTAS
História
Papel cultural
Lutas ocidentais e orientais
Para que e a quem servem
3.2-ELEMENTOS ARTICULADORES
O corpo que brinca e aprende= manifestações lúdicas
O desenvolvimento corporal e construção da saúde
A relação do corpo com o mundo do trabalho
O lazer como elemento essencial à promoção da qualidade de vida
A diversidade étnico-racial e sua relação com o conhecimento do mundo
esportivo
A mídia e sua influência no esporte-espetáculo
1º ANO
• Alimentação saudável e obesidade.
• Aspectos históricos e sociais do esporte e jogos.
• Atividades físicas e saúde, suas relações, mitos e verdades.
• Definição de lazer.
• Táticas e sistemas do esporte.
• Jogos locais (Colégio) e regionais(dentro do município).
• Esporte como fenômeno global.
• O corpo como objetivo de trabalho, sacrifício e violência.
• Jogos cooperativos.
• Primeiros socorros. Noções básicas de atendimento em:
Acidentes – trânsito e caseiros
Hemorragias
152
Pequenas fraturas e luxações
• Dança como reflexos dos diversos aspectos culturais dos povos.
• Técnicas de relaxamento e alongamento.
• Jogos intelectivos.
2º ANO
• Envelhecer com saúde.
• Jogos esportivos, amadorismo e profissionalismo.
• Ginástica de acadêmica (FITNES): modismo e exagero.
• Strees e auto-estima.
• Lazer e seus benefícios para saúde e bem estar.
• O corpo visto como lazer estético.
• Suplementação esportiva e o uso de anabolizante.
• Cálculo do IMC (Índice de massa corporal) e gasto calórico.
• Lutas regionais.
• Técnicas de relaxamento e alongamento.
• Noções de organização esportiva.
• Jogos intelectivos.
• Primeiros Socorros – noções básicas de atendimento em:
Desmaios
Choques elétricos e térmicos
Asfixia
Queimaduras
3º ANO
• Competições esportivas.
• Produção de energia através dos alimentos e a fisiologia dessa
produção.
• Distúrbios alimentares.
• Danças contemporâneas.
• A influência da mídia no esporte.
• Aspectos culturais do teatro, dança e expressões e movimentos.
• Jogos esportivos amadorismo e profissionalismo.
• Ginástica de acadêmica (FITNES): modismo e exagero.
153
• Técnicas de relaxamento e alongamento.
• Noções de organização esportiva.
• Jogos intelectivos
• Primeiros socorros – noções básicas de atendimento em:
Parada Cardio-Respiratória
Picadas de animais peçonhentos e insetos.
4- ENCAMINAMENTO METODOLÓGICO
Na metodologia crítico-superadora, o conhecimento é transmitido, levando-se
em conta o momento político, histórico, econômico e social em que está
inserido, seguindo as estratégias= prática social, problematização,
instrumentalização, catarse e retorno à prática social.
A PRÁTICA SOCIAL caracteriza-se como uma preparação (aluno) para a
construção do conhecimento escolar.
A PROBLEMATIZAÇÃO trata do desafio, é o momento em que a prática social
é colocada em questão, analisada e interrogada.
A INSTRUMENTALIZAÇÃO é o caminho por meio do qual o conteúdo
sistematizado é colocado à disposição dos alunos para que assimilem e o
recriem, ao incorpora-lo, transformem-no em instrumento de construção
pessoal e profissional (Gasparim, 2002,p.53).
A CARTASE é a fase em que o educando sistematiza e manifesta o que
assimilou.
O RETORNO A PRATICA SOCIAL é o ponto de chegada do processo
pedagógico na perspectiva histórico-crítica.
5. AVALIAÇÃO
O processo de avaliação estará vinculado à ação educativa que poderá
ser individual ou coletiva, continua, permanente, cumulativa, traduzida em forma de
notas que serão registradas no livro de classe (PPP).
Será uma avaliação diagnóstica num processo contínuo que servirá para
revisitar o processo desenvolvido para identificar lacunas na aprendizagem,
bem como planejar e propor outros encaminhamentos que visem a superação
154
das dificuldades constatadas nas diversas manifestações corporais,
evidenciadas nas = brincadeiras, jogos, ginásticas, esportes e danças.
6.-BIBIOGRAFIA
BRACHT, VALTER, A CONSTITUIÇÃO DAS TEORIAS PEDAGÓGICAS DA
EDUCAÇÃO FÍSICA. CADERNOS CEDES, V.19 N.48. CAMPINAS,1999.
PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. CURRÍCULO BÁSICO
PARA A ESCOLA PÚBLICA DO ESTADO DO PARANÁ.
CURITIBA,SEED,1990.
PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO.
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO. DIRETRIZES CURRICULARES
DA EDUCAÇÃO FÍSICA PARA O ENSINO MÉDIO. VERSÃO
PRELIMINAR, JULHO 2006.
INTRODUÇÃO ÀS DIRETRIZES CURRICULARES. PROF. YVELISE F.S.
ARCO-VERDE (ORG.) CURITIBA-PR.
155
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR- 2007
I-IDENTIFICAÇÃO
DISCIPLINA: FÍSICA
MODALIDADE:ENSINO MÉDIO
PROFESSORES:
Deise C. Nasser
José de Almeida
Gerson Visoni
1- JUSTIFICATIVA
A Física representa uma produção cultural, construída pelas relações
sociais. É a parte da ciência que estuda os fenômenos da natureza, despertando o
espírito crítico do educando, levando-o a questionar, refletir e estudar o mundo que o
rodeia, preparando-o para o exercício da cidadania e ao trabalho.
É uma ciência voltada ao desenvolvimento tecnológico e social,
portanto torna-se indispensável a compreensão de suas leis e da sua história,
para uma melhor compreensão do meio em que vivemos.
O ensino da Física terá um significado real quando a aprendizagem
partir das idéias e fenômenos que façam parte do contexto do aluno,
possibilitando analisar o senso comum e fortalecer os conceitos científicos na
sua experiência de vida. Também é preciso que o mesmo entenda a relação
existente entre o desenvolvimento dessa ciência com o conseqüente progresso
tecnológico.
156
O ensino de Física deve estar voltado para a formação de jovens,
independente da sua escolaridade futura. Deve possibilitar aos jovens adquirir
instrumentos para a vida, para raciocinar, para compreender as causas e
razões das coisas, para exercer seus direitos, para cuidar da sua saúde, para
participar das discussões em que estão envolvidos, para atuar, para
transformar, enfim, para realizar-se, para viver. Sendo assim, uma educação
para a cidadania.
A Física, portanto, atua como um campo estruturado de
conhecimentos que permite a compreensão dos fenômenos físicos que cercam
o nosso mundo macroscópico e microscópico. O universo como objeto de
estudo da Física: sua evolução, suas transformações e as interações que se
apresentam, auxiliando no desenvolvimento do cidadão.
Eixos norteadores da disciplina: Movimento: espaço, tempo e
massa; Termodinâmica: calor e energia; Eletromagnetismo: carga elétrica,
pólos magnéticos, campos.
2- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
O estudo da Física se baseia na s três Teorias Unificadoras, a saber:
• O estudo dos Movimentos, a mecânica de Newton, unificou a
Estática, a Dinâmica e a Astronomia (séc. XVII);
• A Termodinâmica unificou os conhecimentos sobre gases,
pressão, temperatura e calor (séc. XIX);
• A Teoria Eletromagnética unificou o Magnetismo, a
Eletricidade e a Óptica (séc. XIX).
2.1 Movimentos
A – Conceitos Fundamentais:
• Sistemas de unidades;
• Notação científica.
B – Cinemática Escalar e Vetorial:
157
• Conceitos fundamentais;
• Movimentos;
• Velocidade escalar e Vetorial;
• Aceleração;
• Tipos de Movimentos.
C – Dinâmica:
• Princípios Fundamentais: força e equilíbrio;
• As Leis de Newton;
• Energia;
• Conservação da quantidade de movimento.
2.2 T2.2 TERMODINÂMICAERMODINÂMICA
A - Conceitos fundamentais:
• Calor;
• Temperatura;
• Propagação de calor.
B – Termodinâmica:
• Efeito de transferência de energia;
• Máquinas térmicas.
2.3 E2.3 ELETROMAGNETISMOLETROMAGNETISMO
A – Óptica Geométrica e Física
B – Eletrostática
C – Eletrodinâmica
D – Eletromagnetismo
E – Física Moderna
Baseado na Lei 10639/03, deverão ser contemplados tópicos sobre
as contribuições dos povos africanos e de seus descendentes para os avanços
da ciência e da tecnologia.
158
3- METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O planejamento do trabalho de sala de aula é a base da construção
do processo de ensino e de aprendizagem. Têm-se a possibilidade de fazer
exatamente o ponto de partida e o ponto de chegada de cada tema abordado
no Curso.
Sendo o ensino e a aprendizagem um processo ativo e coletivo,
deve estar baseado nas interações aluno – aluno, aluno – professor, professor
– aluno. É necessário considerar o mundo vivencial dos alunos, sua realidade
próxima ou distante, os objetivos e fenômenos com que se movem sua
curiosidade.
Os recursos que poderão ser utilizados são: aulas expositivas sobre
os temas centrais, trabalho de campo com observações, no caso da
Astronomia: usos de vídeo; sites da internet; jornais com temas abordando
notícias científicas; aulas práticas; interpretações de textos; resoluções de
problemas e exercícios.
4- AVALIAÇÃO
O resultado, a observação e a concepção do conhecimento devem
ser diagnosticados durante avaliação. A avaliação deve ser um processo
contínuo e cumulativo, levando-se em conta os pressupostos teóricos da
disciplina.
A avaliação se caracteriza como um processo que objetiva explicitar
o grau de compreensão da realidade, emergentes na construção do conceito.
Isto ocorre com o confronto de textos, trabalhos em grupo, avaliações escritas,
experimentações, feiras de ciências, participação em eventos, etc., servindo
também para que o professor avalie seu próprio trabalho.
159
5- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS5- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GREF. Física 1/ 2/ 3. EDUSP: 1991.
MENEZES, L.C. A Matéria. São Paulo, SBF, 2005.
PARANÁ/SEED. Diretrizes Curriculares de Física para a Educação Básica
do Estado do Paraná, SEED: 2006.
PARANÁ/SEED. Programa Expansão, Melhoria e Inovação no Ensino
Médio – Documento elaborado para elaboração do projeto. Curitiba: SEED,
1994.
160
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR- 2007
I-IDENTIFICAÇÃO
DISCIPLINA: GEOGRAFIA
MODALIDADE: ENSINO MÉDIO
PROFESSORES:
Estela Maris Dutra
Juliana Cristina Locomann
I – APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Geografia é uma ciência que tem por objetivo estudar o
espaço geográfico – resultado da inter-relação entre objetos e ações.
Para a compreensão desse espaço geográfico essa ciência/disciplina possui
um quadro conceitual de referência: lugar, paisagem, território, redes, região,
sociedade e natureza.
Assim promove uma análise espacial sob a abordagem natural histórica,
econômica, cultural e política. Levando em consideração as diferentes formas
de organização do espaço, nas escalas local, regional, nacional e mundial.
II – OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA
A Geografia, como disciplina escolar, deve contribuir para a
formação e integração do cidadão que conhece pó seu papel no interior da
sociedade e que, participa dos movimentos promovidos por esta. Nesse
sentido, a Geografia colabora para a formação de um jovem que certamente, já
possui uma capacidade de abstração maior e, portanto, pode realizar
generalizações mais elaboradas e consistentes tornando-se mais conscientes
dos problemas e situações de vida pelo qual irá enfrentar.
161
III – CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
O objeto de estudos da Geografia é o Espaço Geográfico e
deve estar relacionados com os principais conceitos.
Esta diretriz tomou como conceito de conteúdo
estruturante, saberes relacionados a alguns dos campos de estudos de ciência,
considerados básicos e fundamentais para a compreensão de seu objeto de
estudo no ambiente da Educação Básica. A partir destes, derivam-se os
conteúdos específicos que compõem o trabalho pedagógico e a relação de
ensino e aprendizagem no cotidiano escolar.
Assim, nesta proposta de Diretriz Curricular, o objeto de
estudo, sua composição conceitual e os conteúdos estruturantes da Geografia
no Ensino Básico, para atual o período, estão relacionados nos eixos a seguir:
1 – A Dimensão Econômica da Produção do Espaço
- os setores da economia
- sistemas de circulação de mercadorias, pessoas, capitais e informações
- sistemas de produção industrial
- agroindústria
- globalização
- acordos e blocos econômicos
- economia e desigualdade social
- dependência tecnológica
- entre outros...
2 – Geopolítica
- blocos econômicos
- formação dos Estados Nacionais
- globalização
- desigualdade dos países: Norte X Sul
- recursos energéticos
- Guerra Fria
- conflitos mundiais
162
- políticas ambientais
- órgãos internacionais
- neoliberalismo
- biopirataria
- meio ambiente e desenvolvimento
- Estado, Nação e Território
- movimentos sociais
- terrorismo
- narcotráfico
- Entre outros...
3 – Dimensão Socioambiental
- as eras geológicas
- os movimentos da Terra no Universo e suas influências (rotação e translação)
- as rochas e minerais
- o ambiente urbano e rural
- movimentos sócioambientais
- classificação, fenômenos atmosféricos e mudanças climáticas
- rios e bacias hidrográficas
- sistemas de energias
- circulação e poluição atmosférica
- desmatamento
- chuva ácida
- buraco na camada de ozônio
- efeito estufa (aquecimento global)
- ocupação de áreas irregulares
- desigualdade social e problemas ambientais
- entre outros
4 – A Dinâmica Cultural Demográfica
- o êxodo rural
- urbanização e favelização
- fatores e tipos de migração e imigração e suas influências no Espaço
Geográfico
- histórias das migrações mundiais
163
- estrutura etária
- formações e conflitos étnico-religiosos e raciais
- consumo e consumismo
- movimentos sociais
- meios de comunicação
- estudos dos gêneros (masculino, feminino, entre outros...)
- a identidade nacional e processo de globalização
- História e cultura Afro-brasileira e Africana
- entre outros...
IV – METODOLOGIA
A discussão acerca do ensino de Geografia inicia-se pelas
reflexões epistemológicas do seu objeto de estudo. Muitas foram as
denominações propostas para esse objeto, hoje entendido como o Espaço
Geográfico e sua composição conceitual básica - lugar, paisagem, região,
território, natureza, sociedade, entre outros.
Cabe hoje, ao ensino de Geografia, abordar as relações de poder que
constituem territórios nas mais variadas escalas, desde as que delimitam os
micro espaços urbanos, como os territórios do tráfico, da prostituição ou da
segregação sócio-econômica, até os internacionais e globais.
As teorias críticas da Geografia, adotadas nestas diretrizes, procuram
entender a sociedade em seus aspectos sociais, econômicos, culturais e
políticos e nas relações que estabelece com a natureza para a produção do
espaço geográfico.
A geografia é uma ciência que se ocupa da análise da
formação das diversas configurações espaciais, distinguindo-se das
demais ciências na medida em que se preocupa com localização de
processos espaciais. Realiza, portanto o estudo da sociedade pela
organização espacial.
Todo conteúdo, ao ser trabalhado, deve levar em
conta sua conexão, ligação com os outros fatos, fenômenos e conteúdos
que lhes dizem respeito.
Diante das ações metodológicas, não se deve discutir
em que ordem se trabalhará: se primeiro o meio físico e depois o humano
164
ou inverso. Devemos trabalhar, na medida do possível, a sociedade, a
economia, a política, a natureza de forma articulada, considerando, que
cada conceito geográfico se constitui em diferentes momentos históricos,
em função das transformações sociais, políticos e econômicas.
O estudo da Geografia, considerado como método
interdisciplinar, pode constituir um elo entre as disciplinas da área das
Ciências Humanas e suas tecnologias, para isso, utilizará uma
diversidade de métodos, produzindo novos documentos e mentalidades
sobre determinado espaço ou fenômeno espacial.
A interação com o meio será questão fundamental
para procurar respostas nos elementos visíveis e invisíveis da paisagem,
que será buscado através de documentos escritos em representações
gráficas, através de pesquisa orientada, onde o estudante tenha
condições de realizar, desde que bem assessorado pelo professor, que
determinará as bases do trabalho, bem como os métodos e recursos
necessários às diferentes formas de trabalhar, para que o aluno obtenha
sucesso em seus estudos.
Outras estratégias poderão ser utilizadas na medida do
possível de acordo com as necessidades surgidas no decorrer das aulas.
A aula de campo é um rico encaminhamento metodológico
para que o aluno analise a área em estudo, partindo de uma realidade local,
bem delimitada para uma investigação de sua constituição histórica e das
relações que estabelece com outros lugares próximos ou distantes. Ressalta-
se que a aula de campo não pode se limitar apenas à visita ao local desejado,
pois esta deve ser planejada e contextualizada antes, durante e depois,
buscando sempre fortalecer a relação entre teoria e prática na relação
professor/aluno e garantindo uma melhor compreensão do tema abordado.
Serão utilizados filmes, trechos de filmes, programas de
reportagens e imagens em geral (fotografias, slides, charges, ilustrações) para
a contextualização dos conteúdos da Geografia dando dessa forma ao recurso
áudio visual, o papel de problematizador, estimulador para pesquisas mais
aprofundadas sobre os assuntos que, podem desvelar preconceitos e leituras
rasas, ideológicas ou estereotipadas sobre os lugares e povos.
O uso de imagens não animadas (fotografias, posters,
cartões-postais, outdoors) auxiliarão o trabalho com a formação de conceitos
165
geográficos, diferenciando paisagem de espaço e, dependendo da abordagem
dada ao conteúdo, desenvolverá os conceitos de região, território e lugar. Para
isso a imagem será ponto de partida para as atividades de observação e
descrição detalhadas da mesma até abordar os aspectos históricos,
econômicos, sociais, culturais, naturais da paisagem em estudo.
O estudo da Cartografia deverá proporcionar que os
estudantes sejam capazes de interpretações, problematizações e análises
críticas dos mapas e seus conteúdos, indo além das utilizações dos mesmos
como mero instrumentos de localização dos eventos e acidentes geográficos.
Atualmente, depois de três décadas de renovação, com o
crescimento de problemas como os conflitos étnicos, a questão ambiental, os
movimentos terroristas, as crises financeiras, etc, consolida-se a certeza de
que a Geografia é uma disciplina fundamental para compreensão do mundo
contemporâneo nas escalas local, nacional e mundial.
V – AVALIAÇÃO
A avaliação é uma das etapas mais importantes do
processo de ensino-aprendizagem. Ela deve acompanhar a aprendizagem dos
alunos e o trabalho pedagógico do professor, para que ambos percebam seu
grau de envolvimento no processo e o acompanhamento de sua dinâmica.
A avaliação é um processo que deve estar articulado com
os conteúdos estruturantes, os conceitos geográficos, o objeto de estudo, as
categorias espaço-tempo, a relação sociedade-natureza e as relações de
poder, contemplado a escala local e global e vice-versa.
Deve ser diagnóstica e contínua, pois considera-se que os
alunos possuem ritmos e processos de aprendizagens diferentes, dessa forma
apontará as dificuldades e possibilitará que a intervenção pedagógica aconteça
a todo o tempo. Em lugar de avaliar apenas por meio de provas, o professor
deverá utilizar instrumentos de avaliação que contemplem diferentes práticas
pedagógicas, tais como: leitura e interpretação de fotos, imagens, diferentes
tipos de mapas, pesquisas bibliográficas, aulas de campo ou laboratório,
construção de maquetes, projeto, debates, vídeos, seminários, etc.
166
Por tudo que foi exposto, destaca-se ainda, que a proposta
avaliativa deve estar bem clara para os alunos, ou seja, que saibam como eles
serão avaliados em cada atividade proposta. Além disso, deve ser um processo
não-linear de construções e reconstruções, assentando na interação e na
relação dialógica que acontece entre os sujeitos do processo professor e
alunos.
VI – BIBLIOGRAFIA
BRASIL, Diretrizes Curriculares de Geografia para Ensino Médio.Secretaria de
Estado da Educação.Curitiba. Julho/2006
167
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – 2007
I- IDENTIFICAÇÃO
DISCIPLINA: HISTÓRIA
MODALIDADE: EDUCAÇÃO BÁSICA
PROFESSORES:
Leandro Antonio Lorençatto
Cinthia Palma
Fernando Antonio Santiago
Cristiano Schimwelski
II – APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A partir da primeira metade do século XIX houve a preocupação
de criar uma genealogia ou história da nação, porém, com base numa matriz
curricular nitidamente eurocêntricas, partindo da Antigüidade clássica como
berço do cristianismo, da formação das nações européias: desde as primeiras
monarquias à história política e biográfica moderna e contemporânea. O ensino
enfatizava a história política de Portugal e sua relação com o Brasil.
Em linhas gerais, o ensino de história ao longo da República
Velha tendeu a se voltar mais para o estudo da história política européia e
brasileira, desconsiderando os movimentos de resistência popular. Refletindo
assim a política da República das Oligarquias, na qual a questão social foi
tratada como caso de polícia.
Já nas décadas de 1930 e 1940, em pleno momento de forte intervenção do
Estado varguista em todos os setores da sociedade brasileira, difundiu-se a
tese da “democracia racial” expressa principalmente em programas e livros
didáticos de ensino de História. Esta tese, proposta por alguns intérpretes da
obra histórica de Gilberto Freire, defendia que na constituição sócio-genética
do povo brasileiro predominava a miscigenação e a ausência de preconceitos
raciais e étnicos.
168
No pós-guerra e no contexto da democratização do país
(1945-1960), com o fim da ditadura Vargas, a disciplina de história passou a
ser novamente objeto de debates quanto as suas finalidades e relevância na
formação política dos alunos. Vale lembrar que foi também um período muito
rico na produção historiográfica, na esteira da década 30 e 40, de se pensar o
Brasil, presente nos estudos de Celso Furtado, que levantou a questão dos
ciclos econômicos.
Como vivíamos sob a política nacional-desenvolvimentista de
Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek e João Goulart, o ensino tende também
aos estudos históricos da economia brasileira, no entanto, transmitindo de
forma reducionista e mecânica a análise dos ciclos econômicos do açúcar,
mineração e do café. No entanto, a história factual, linear e política herdada do
século XIX ainda se mantinham presente nas escolas, pois estas ficaram
gradualmente mais acessíveis aos filhos dos trabalhadores a partir da década
de 1960.
Neste momento discutido acima, podemos considerar, contudo, um avanço,
mesmo tímido, a entrada em cena do povo brasileiro no ensino da história. Pois
o contexto era de grande mobilização e de organização social através do
sindicalismo, das ligas camponesas, do movimento estudantil e das camadas
médias urbanas, em torno das reformas sociais propostas. Mesmo assim, em
linhas gerais o ensino ainda continuava tradicional, factual e linear.
Com a deflagração e institucionalização da ditadura militar a
partir de 1964, houve uma grande retração da organização social fruto da
repressão e da censura. Neste momento, o povo foi retirado da cena política
brasileira, e o ensino de história, que tímida e pontualmente, procurava
contrapor-se ao tradicionalismo foi contido pela ideologia militar da ordem, do
civismo, e da segurança nacional no contexto maniqueísta da guerra fria. Em
decorrência disto várias reformas educacionais foram implementadas com um
caráter tecnicista, em conformidade com a inserção do Brasil na divisão
internacional do trabalho da década de 60 e 70 enquanto economia primário-
exportadora. Nesse sentido, a partir da década de 1970, o ensino de história e
de geografia foi preterido em nome da implementação da generalidade dos
Estudos Sociais, bem como de uma formação profissional superficial, que
acabou causando fortes prejuízos na formação dos alunos. O ensino de
Estudos Sociais e de Educação Moral e Cívica (EMC) enfatizava o estudo via
169
círculos concêntricos (do local para o universal), a história patriótica,
tradicional, excluindo o aprofundamento dos conflitos de classes sociais, ao
longo da História Geral e do Brasil, principalmente mais recente.
A partir da década 80, com a derrubada política da ditadura
militar e o início do processo de redemocratização da sociedade brasileira, o
ensino de Estudos Sociais, que já era radicalmente contestado na década
anterior, tanto pela academia, quanto pela sociedade organizada, passa
lentamente a ser substituído pela instituição da disciplina de História. Esta
procurando aproximar o ensino da investigação histórica com o universo da
sala de aula.
Posteriormente à segunda metade da década de 1980 e anos
1990 crescem os debates em torno das reformas democráticas na área
educacional, que acabam estimulando propostas de revisões no ensino de
História, contrárias às tendências eurocêntricas, factuais, cívicas e positivistas
do tradicionalismo na área. Essa discussão entre a academia de História e o
ensino foi resultado da restauração das liberdades individuais e coletivas no
país, levando à produção diferenciada tanto de materiais didáticos,
paradidáticos e principalmente de novas propostas curriculares na área.
Propostas estas, como o Currículo Básico do Ensino Fundamental e
particularmente de História para o Ensino Médio do Paraná, embasadas
claramente na pedagogia histórico-crítica dos conteúdos desenvolvida por
Demerval Saviani entre outros, a partir da sua interpretação do materialismo
histórico e dialético.
Nesse contexto, a proposta curricular de História para o
Ensino Médio apontava para a organização dos conteúdos, a partir do estudo
da formação do capitalismo no mundo ocidental e a inserção do Brasil neste
quadro, de forma integrada. A disposição mantinha, contudo, a linearidade e a
cronologia através de um recorte histórico voltado ao aluno (a) que na sua
grande maioria, entendia-se, já estava incorporado ao mundo do trabalho.
Objetivando o aluno (a) compreender a formação social do capitalismo
ocidental e intervir na sua realidade, enfim tornando-se um sujeito histórico.
Em 1997, os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino
Médio (PCNEM), especificamente o de História, apesar de serem impostos ao
sistema escolar nacional e paranaense, por uma política educativa baseada no
ideário neoliberal, tiveram o mérito de incorporar na sua proposta curricular a
170
abordagem referente à Nova História. E, mais especificamente à Nova História
Cultural, valorizando, assim, problemáticas referentes ao cotidiano, à memória,
à cultura voltada para as práticas culturais e identidades coletivas e individuais.
Contudo, ao tentar articular estes elementos históricos com as competências e
habilidades da Área de Ciências Humanas, os PCNEM entram em contradição,
pois apontam para que a disciplina seja somente um instrumento de uma
interdisciplinaridade sem uma história nem referenciais teóricos definidos,
causando o esvaziamento de seus conceitos e conteúdos. Além disso, os
conceitos históricos estão desarticulados entre si fazendo com que o ensino de
História, nestes moldes, perca, em boa medida, o seu caráter de produção do
conhecimento histórico realizada por sujeitos sociais (alunos [as] e professores
[as]).
A partir de 2003 e 2004, propõe-se como uma crítica e uma
busca da superação em relação à proposta advinda dos PCNEM, pois ele
entende que o conhecimento histórico é selecionado e construído na relação
entre as experiências sociais dos sujeitos (acontecimentos, comportamentos,
apropriações) e as estruturas sócio-históricas, a partir da utilização rigorosa de
conceitos historiográficos no processo de investigação que permitam
compreender os espaços de atuação social destes agentes históricos.
Entenda-se que este rigor deve estimular a criação de novas significações ou
sentidos no universo da disciplina de História através da produção de
narrativas históricas.
Através da formação continuada oferecida pela SEED, e por
meio das Diretrizes Curriculares da Rede Pública da Educação Básica para o
Ensino de História que propõe essa nova visão do contexto histórico buscando
uma reflexão das dimensões políticas, econômicas, culturais e sociais, bem
como relações de trabalho, de poder e relações culturais.
Essa reflexão nos levou a elaborar essa proposta incluindo a Lei
10.639/03, que torna obrigatório o ensino da Cultura Afro e também a Lei
13.381/01, onde torna obrigatórios os conteúdos de História do Paraná.
III – OBJETIVO GERAL
171
O objetivo de ensino de História no Ensino Fundamental é facilitar aos
alunos a compreender e a apreender as formas de produção desses
conhecimentos através da abordagem dos conteúdos estruturantes dessa
disciplina. Partindo do princípio de que a História é um conhecimento
construído socialmente, que tem como objeto de estudo os processos
históricos construídos pelas ações e pelas suas relações humanas no trabalho,
na sua Dimensão Política, Dimensão Econômico-social e Dimensão Cultural.
Com ênfase em contextos mais amplos tendo como base a construção das
noções de tempo e temporalidades.
IV- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• Dimensão Política ( a dimensão política está relacionada a questão do
poder) Poder este entendido de forma mais ampla que apenas a relação
entre o Estado e os sujeitos, mais também o estudo dos micro-poderes
presentes no cotidiano, além, dos personagens estudados pela história
tradicional, deve-se dar ênfase ao sujeito comum da história a partir do
estudo de espaços e relações sociais pautadas pelas relações de poder.
• Dimensão Econômico Social ( trata as relações sociais para além dos
denominados modos de produção e dos modelos fechados, onde os
papéis, a priori, já foram determinados em função do capital. Visa por
exemplo, uma abordagem da história vista de baixo, dando voz aos
excluídos, indo além das fontes oficias. Deve-se compreender que as
experiências dos diferentes sujeitos se constroem a partir das relações
inter-classes)
• Dimensão Cultural ( permite conhecer os conjuntos de significados que
os homens conferem a sua realidade para explicar o mundo, valoriza a
diversidade das sociedades humanas, desmistifica a dicotomia cultura
popular X erudita, trabalha com o conceito de circularidade cultural,
entende que as representações são construídas, geram práticas que
estas, por sua vez, podem gerar novas representações)
• Relações de Trabalho (Este conteúdo permite aprofundar a
compreensão das relações no mundo contemporâneo, como estas se
172
configuram e como o mundo do trabalho se constitui em diferentes
períodos históricos, considerando os conflitos de classe e intra-classes).
• Relações de Poder (Este conteúdo estruturante permite ao aluno
aprofundar a compreensão sobre como as relações de poder
encontram-se em todos os espaços sociais, e também permite
identificar, localizar as arenas decisórias e os mecanismos que a
constituíram).
• Relações culturais (Este conteúdo estruturante permite ao aluno
reconhecer a si e aos outros como construtores de uma cultura comum,
compreendendo a especificidade de cada sociedade e as relações entre
elas. E, ainda, entender como se constituíram as experiências culturais
dos sujeitos ao longo do tempo, detectando as permanências e
mudanças nas diversas tradições e costumes sócias)
•
V – METODOLOGIA
Será privilegiada a História do Brasil, estabelecendo relações com a
História Regional e, com outros contextos e espaços (África, América, Ásia e
Europa),rompendo com a visão quadripartide da História e articulando os
conteúdos estruturantes: Dimensão Econômico-social, Dimensão Política e
Dimensão Cultural, criando situações de ensino para os alunos estabelecerem
relações entre o passado e o presente, o particular e o geral, as ações
individuais e coletivas, os interesses específicos e de grupo e as articulações
sociais, seguindo as seguintes ações metodológicas:
Através de pesquisas, propor novos questionamentos, obter novas
informações, promover trabalhos interdisciplinares;
Desenvolver atividades com diferentes fontes de informações ( livros,
jornais, revistas, filmes, fotografias, objetos);
Ensinar procedimentos de pesquisa, consulta de fontes bibliográficas
de documentos;
Apresentação de trabalhos através de seminários;
Solicitar resumos orais e escritos ou em forma de produção de textos,
imagens, gráficos, murais, maquetes, exposições, a fim de estimular a
criatividade do aluno;
173
Contar com a ajuda da biblioteca da escola e outras fontes disponíveis
no ambiente escolar;
Debater questões do cotidiano e suas relações com o contexto mais
amplo.
VI - AVALIAÇÃO
A avaliação da aprendizagem está associada ao Projeto Político
Pedagógico de cada escola. No entanto, entende-se como coerente, dentro
desta concepção de Diretriz Curricular, que a avaliação seja colocada a serviço
da aprendizagem, isto é, que venha a subsidiá-la e não constituí-la como um
elemento externo. Em outras palavras, refutam-se aqui avaliações de caráter
classificatório, autoritário e desvinculado dos conteúdos e concepções
pedagógicas, em que a mesma venha retratar e consolidar um modelo
excludente de escola e de sociedade, que se quer superar.
Para que a avaliação tenha realmente um caráter diagnóstico,
seguiremos os seguintes critérios:
- Verificar se os alunos reconhecem as relações entre a sociedade, a cultura
e a natureza, no presente e no passado;
- Constatar e reconhecer as diferenças e semelhanças entre as relações de
trabalho construídas no presente e no passado;
- Reconhecer a diversidade de documentos históricos.
Segundo os critérios mencionados, a avaliação não só envolverá provas
escritas e orais, mas também, pesquisas, atividades individuais ou em grupo,
relatórios, sínteses, seminários, num processo contínuo e permanente,
somativo, cumulativo e diagnóstico, para que possa retratar com finalidade o
desenvolvimento da aprendizagem do aluno.
VII – BIBLIOGRAFIA
ABREU, Marta; SOIHET, Rachel (orgs.). Ensino de história: conceitos,
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CADERNOS TEMÁTICOS-LEI Nº 10.639/03-A inserção dos conteúdos de
História e culturais.
DCE – Diretrizes Currriculares da Rede Pública da Educação Básica do
Estado do Paraná. Curitiba, 2006
177
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – 2007
I- IDENTIFICAÇÃO
DISCIPLINA: HISTÓRIA
MODALIDADE : ENSINO MÉDIO
PROFESSORES;
Leandro Antonio Lorençatto
Cinthia Palma
Cristiano Schimwelski
2. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A partir da primeira metade do século XIX houve a preocupação
de criar uma genealogia ou história da nação, porém, com base numa matriz
curricular nitidamente eurocêntricas, partindo da Antigüidade clássica como
berço do cristianismo, da formação das nações européias: desde as primeiras
monarquias à história política e biográfica moderna e contemporânea. O ensino
enfatizava a história política de Portugal e sua relação com o Brasil.
Em linhas gerais, o ensino de história ao longo da República
Velha tendeu a se voltar mais para o estudo da história política européia e
brasileira, desconsiderando os movimentos de resistência popular. Refletindo
assim a política da República das Oligarquias, na qual a questão social foi
tratada como caso de polícia.
Já nas décadas de 1930 e 1940, em pleno momento de forte intervenção do
Estado varguista em todos os setores da sociedade brasileira, difundiu-se a
tese da “democracia racial” expressa principalmente em programas e livros
178
didáticos de ensino de História. Esta tese, proposta por alguns intérpretes da
obra histórica de Gilberto Freire, defendia que na constituição sócio-genética
do povo brasileiro predominava a miscigenação e a ausência de preconceitos
raciais e étnicos.
No pós-guerra e no contexto da democratização do país
(1945-1960), com o fim da ditadura Vargas, a disciplina de história passou a
ser novamente objeto de debates quanto as suas finalidades e relevância na
formação política dos alunos. Vale lembrar que foi também um período muito
rico na produção historiográfica, na esteira da década 30 e 40, de se pensar o
Brasil, presente nos estudos de Celso Furtado, que levantou a questão dos
ciclos econômicos.
Como vivíamos sob a política nacional-desenvolvimentista de
Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek e João Goulart, o ensino tende também
aos estudos históricos da economia brasileira, no entanto, transmitindo de
forma reducionista e mecânica a análise dos ciclos econômicos do açúcar,
mineração e do café. No entanto, a história factual, linear e política herdada do
século XIX ainda se mantinham presente nas escolas, pois estas ficaram
gradualmente mais acessíveis aos filhos dos trabalhadores a partir da década
de 1960.
Neste momento discutido acima, podemos considerar, contudo, um avanço,
mesmo tímido, a entrada em cena do povo brasileiro no ensino da história. Pois
o contexto era de grande mobilização e de organização social através do
sindicalismo, das ligas camponesas, do movimento estudantil e das camadas
médias urbanas, em torno das reformas sociais propostas. Mesmo assim, em
linhas gerais o ensino ainda continuava tradicional, factual e linear.
Com a deflagração e institucionalização da ditadura militar a
partir de 1964, houve uma grande retração da organização social fruto da
repressão e da censura. Neste momento, o povo foi retirado da cena política
brasileira, e o ensino de história, que tímida e pontualmente, procurava
contrapor-se ao tradicionalismo foi contido pela ideologia militar da ordem, do
civismo, e da segurança nacional no contexto maniqueísta da guerra fria. Em
decorrência disto várias reformas educacionais foram implementadas com um
caráter tecnicista, em conformidade com a inserção do Brasil na divisão
internacional do trabalho da década de 60 e 70 enquanto economia primário-
exportadora. Nesse sentido, a partir da década de 1970, o ensino de história e
179
de geografia foi preterido em nome da implementação da generalidade dos
Estudos Sociais, bem como de uma formação profissional superficial, que
acabou causando fortes prejuízos na formação dos alunos. O ensino de
Estudos Sociais e de Educação Moral e Cívica (EMC) enfatizava o estudo via
círculos concêntricos (do local para o universal), a história patriótica,
tradicional, excluindo o aprofundamento dos conflitos de classes sociais, ao
longo da História Geral e do Brasil, principalmente mais recente.
A partir da década 80, com a derrubada política da ditadura
militar e o início do processo de redemocratização da sociedade brasileira, o
ensino de Estudos Sociais, que já era radicalmente contestado na década
anterior, tanto pela academia, quanto pela sociedade organizada, passa
lentamente a ser substituído pela instituição da disciplina de História. Esta
procurando aproximar o ensino da investigação histórica com o universo da
sala de aula.
Posteriormente à segunda metade da década de 1980 e anos
1990 crescem os debates em torno das reformas democráticas na área
educacional, que acabam estimulando propostas de revisões no ensino de
História, contrárias às tendências eurocêntricas, factuais, cívicas e positivistas
do tradicionalismo na área. Essa discussão entre a academia de História e o
ensino foi resultado da restauração das liberdades individuais e coletivas no
país, levando à produção diferenciada tanto de materiais didáticos,
paradidáticos e principalmente de novas propostas curriculares na área.
Propostas estas, como o Currículo Básico do Ensino Fundamental e
particularmente de História para o Ensino Médio do Paraná, embasadas
claramente na pedagogia histórico-crítica dos conteúdos desenvolvida por
Demerval Saviani entre outros, a partir da sua interpretação do materialismo
histórico e dialético.
Nesse contexto, a proposta curricular de História para o
Ensino Médio apontava para a organização dos conteúdos, a partir do estudo
da formação do capitalismo no mundo ocidental e a inserção do Brasil neste
quadro, de forma integrada. A disposição mantinha, contudo, a linearidade e a
cronologia através de um recorte histórico voltado ao aluno (a) que na sua
grande maioria, entendia-se, já estava incorporado ao mundo do trabalho.
Objetivando o aluno (a) compreender a formação social do capitalismo
ocidental e intervir na sua realidade, enfim tornando-se um sujeito histórico.
180
Em 1997, os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino
Médio (PCNEM), especificamente o de História, apesar de serem impostos ao
sistema escolar nacional e paranaense, por uma política educativa baseada no
ideário neoliberal, tiveram o mérito de incorporar na sua proposta curricular a
abordagem referente à Nova História. E, mais especificamente à Nova História
Cultural, valorizando, assim, problemáticas referentes ao cotidiano, à memória,
à cultura voltada para as práticas culturais e identidades coletivas e individuais.
Contudo, ao tentar articular estes elementos históricos com as competências e
habilidades da Área de Ciências Humanas, os PCNEM entram em contradição,
pois apontam para que a disciplina seja somente um instrumento de uma
interdisciplinaridade sem uma história nem referenciais teóricos definidos,
causando o esvaziamento de seus conceitos e conteúdos. Além disso, os
conceitos históricos estão desarticulados entre si fazendo com que o ensino de
História, nestes moldes, perca, em boa medida, o seu caráter de produção do
conhecimento histórico realizada por sujeitos sociais (alunos [as] e professores
[as]).
A partir de 2003 e 2004, propõe-se como uma crítica e uma
busca da superação em relação à proposta advinda dos PCNEM, pois ele
entende que o conhecimento histórico é selecionado e construído na relação
entre as experiências sociais dos sujeitos (acontecimentos, comportamentos,
apropriações) e as estruturas sócio-históricas, a partir da utilização rigorosa de
conceitos historiográficos no processo de investigação que permitam
compreender os espaços de atuação social destes agentes históricos.
Entenda-se que este rigor deve estimular a criação de novas significações ou
sentidos no universo da disciplina de História através da produção de
narrativas históricas.
Através da formação continuada oferecida pela SEED, e por
meio das Diretrizes Curriculares da Rede Pública da Educação Básica para o
Ensino de História que propõe essa nova visão do contexto histórico buscando
uma reflexão das dimensões políticas, econômicas, culturais e sociais, bem
como relações de trabalho, de poder e relações culturais.
Essa reflexão nos levou a elaborar essa proposta incluindo a Lei
10.639/03, que torna obrigatório o ensino da Cultura Afro e também a Lei
13.381/01, onde torna obrigatório os conteúdos de História do Paraná.
181
3.OBJETIVO GERAL
O objetivo de ensino de História no Ensino Fundamental é facilitar aos
alunos a compreender e a apreender as formas de produção desses
conhecimentos através da abordagem dos conteúdos estruturantes dessa
disciplina. Partindo do princípio de que a História é um conhecimento
construído socialmente, que tem como objeto de estudo os processos
históricos construídos pelas ações e pelas suas relações humanas no trabalho,
na sua Dimensão Política, Dimensão Econômico-social e Dimensão Cultural.
Com ênfase em contextos mais amplos tendo como base a construção das
noções de tempo e temporalidades.
4.CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• Dimensão Política ( a dimensão política está relacionada a questão do
poder) Poder este entendido de forma mais ampla que apenas a relação
entre o Estado e os sujeitos, mais também o estudo dos micro-poderes
presentes no cotidiano, além, dos personagens estudados pela história
tradicional, deve-se dar ênfase ao sujeito comum da história a partir do
estudo de espaços e relações sociais pautadas pelas relações de poder.
• Dimensão Econômico Social ( trata as relações sociais para além dos
denominados modos de produção e dos modelos fechados, onde os
papéis, a priori, já foram determinados em função do capital. Visa por
exemplo, uma abordagem da história vista de baixo, dando voz aos
excluídos, indo além das fontes oficias. Deve-se compreender que as
experiências dos diferentes sujeitos se constroem a partir das relações
inter-classes)
• Dimensão Cultural ( permite conhecer os conjuntos de significados que
os homens conferem a sua realidade para explicar o mundo, valoriza a
diversidade das sociedades humanas, desmistifica a dicotomia cultura
popular X erudita, trabalha com o conceito de circularidade cultural,
entende que as representações são construídas, geram práticas que
estas, por sua vez, podem gerar novas representações)
• Relações de Trabalho (Este conteúdo permite aprofundar a
compreensão das relações no mundo contemporâneo, como estas se
182
configuram e como o mundo do trabalho se constitui em diferentes
períodos históricos, considerando os conflitos de classe e intra-classes).
• Relações de Poder (Este conteúdo estruturante permite ao aluno
aprofundar a compreensão sobre como as relações de poder
encontram-se em todos os espaços sociais, e também permite
identificar, localizar as arenas decisórias e os mecanismos que a
constituíram).
• Relações culturais (Este conteúdo estruturante permite ao aluno
reconhecer a si e aos outros como construtores de uma cultura comum,
compreendendo a especificidade de cada sociedade e as relações entre
elas. E, ainda, entender como se constituíram as experiências culturais
dos sujeitos ao longo do tempo, detectando as permanências e
mudanças nas diversas tradições e costumes sócias)
•
5. METODOLOGIA
Será privilegiada a História do Brasil, estabelecendo relações com a
História Regional e, com outros contextos e espaços (África, América, Ásia e
Europa),rompendo com a visão quadripartide da História e articulando os
conteúdos estruturantes: Dimensão Econômico-social, Dimensão Política e
Dimensão Cultural, criando situações de ensino para os alunos estabelecerem
relações entre o passado e o presente, o particular e o geral, as ações
individuais e coletivas, os interesses específicos e de grupo e as articulações
sociais, seguindo as seguintes ações metodológicas:
Através de pesquisas, propor novos questionamentos, obter novas
informações, promover trabalhos interdisciplinares;
Desenvolver atividades com diferentes fontes de informações ( livros,
jornais, revistas, filmes, fotografias, objetos);
Ensinar procedimentos de pesquisa, consulta de fontes bibliográficas
de documentos;
Apresentação de trabalhos através de seminários;
183
Solicitar resumos orais e escritos ou em forma de produção de textos,
imagens, gráficos, murais, maquetes, exposições, a fim de estimular a
criatividade do aluno;
Contar com a ajuda da biblioteca da escola e outras fontes disponíveis
no ambiente escolar;
Debater questões do cotidiano e suas relações com o contexto mais
amplo.
6.AVALIAÇÃO
A avaliação da aprendizagem está associada ao Projeto Político
Pedagógico de cada escola. No entanto, entende-se como coerente, dentro
desta concepção de Diretriz Curricular, que a avaliação seja colocada a serviço
da aprendizagem, isto é, que venha a subsidiá-la e não constituí-la como um
elemento externo. Em outras palavras, refutam-se aqui avaliações de caráter
classificatório, autoritário e desvinculado dos conteúdos e concepções
pedagógicas, em que a mesma venha retratar e consolidar um modelo
excludente de escola e de sociedade, que se quer superar.
Para que a avaliação tenha realmente um caráter diagnóstico,
seguiremos os seguintes critérios:
- Verificar se os alunos reconhecem as relações entre a sociedade, a cultura
e a natureza, no presente e no passado;
- Constatar e reconhecer as diferenças e semelhanças entre as relações de
trabalho construídas no presente e no passado;
- Reconhecer a diversidade de documentos históricos.
Segundo os critérios mencionados, a avaliação não só envolverá provas
escritas e orais, mas também, pesquisas, atividades individuais ou em grupo,
relatórios, sínteses, seminários, num processo contínuo e permanente,
somativo, cumulativo e diagnóstico, para que possa retratar com finalidade o
desenvolvimento da aprendizagem do aluno.
7.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
184
ABREU, Marta; SOIHET, Rachel (orgs.). Ensino de história: conceitos,
temáticas e metodologias. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2003.
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HOBSBAWN, Eric; RANGER, Terence. A invenção das tradições. Rio de
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CADERNOS TEMÁTICOS-LEI Nº 10.639/03-A inserção dos conteúdos de
História e culturais.
DCE – Diretrizes Currriculares da Rede Pública da Educação Básica do
Estado do Paraná. Curitiba, 2006
187
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
I – IDENTIFICAÇÃO
DISCIPLINA: Língua Portuguesa
MODALIDADE: Ensino Médio
PROFESSORES:
Marilza da Silva Molina
Lucia de Jesus Coutinho
Viviane Aparecida Nunes
Nair da Silva Silveira
II – APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Língua Portuguesa, enquanto disciplina escolar passou a integrar os
currículos brasileiros somente nas últimas décadas do século XIX, depois de há
muito organizado o sistema de ensino. Contudo, a preocupação com a
formação do professor desta disciplina teve início apenas nos anos 30 do
século XX.
Depois de institucionalizada como disciplina as primeiras práticas de
ensino moldavam-se ao ensino do Latim, para os poucos que tinham acesso a
uma escolarização mais prolongada. Tratava-se de um ensino eloqüente,
retórico, imitativo, elitista e ornamental.
Em meados do século XVIII, o Marquês de Pombal torna obrigatório o
ensino da Língua Portuguesa em Portugal e no Brasil. Em 1837, o estudo da
Língua Portuguesa foi incluído no currículo sob as formas das disciplinas
Gramática, Retórica e Poética, abrangendo esta última, a Literatura. Somente
no século XIX, o conteúdo gramatical ganhou a denominação de Português e,
188
em 1871, foi criado, no Brasil, por decreto imperial o cargo de professor de
Português.
O ensino de Língua Portuguesa manteve a sua característica elitista até
meados do século XX, quando iniciou-se, no Brasil, a partir de 1967, “um
processo de ´democratização’ do ensino, com a ampliação de vagas,
eliminação dos chamados de admissão, entre outros fatores [...].”
A Lei 5692/71 amplia e aprofunda esta vinculação dispondo que o
ensino devia estar voltado a qualificação para o trabalho. Desse vínculo
decorreu, para o ensino, a instituição de uma pedagogia tecnicista que, na
Língua Portuguesa, estava pautada nas teorias da comunicação, com um viés
mais pragmático e utilitário do que com o aprimoramento das capacidades
lingüísticas do falante, passou então a denominar-se Comunicação e
Expressão, nas quatro primeiras séries e Comunicação em Língua Portuguesa,
nas quatro últimas séries.
Durante a década de 1970 e até os primeiros anos da década de 1980, o
ensino de Língua Portuguesa pautava-se então, em exercícios estruturais,
técnicas de redação e treinamento de habilidades de leitura.
No que tange ao ensino da Literatura restringiu-se ao então segundo
grau, com abordagens estruturalistas ou historiográficas do texto literário.
O ensino de Língua Portuguesa e Literatura requerem novos
posicionamentos em relação às práticas de ensino, seja pela discussão crítica
dessas práticas, seja pelo envolvimento direto dos professores na construção
de alternativas.
III – OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
• Empregar a língua oral em diferentes situações de uso,
sabendo adequá-la a cada contexto e interlocutor, descobrindo
as intenções que estão implícitas nos discursos do cotidiano e
posicionando-se diante dos mesmos;
• Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas
realizadas por meio de práticas sociais, considerando-se os
interlocutores, os seus objetivos, o assunto tratado, os
gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura;
189
• Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos,
atualizando o gênero e tipo de texto, assim como os
elementos gramaticais empregados na sua organização;
• Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade
de pensamento crítico e a sensibilidade estética dos alunos,
propiciando através da Literatura, a constituição de um espaço
dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho com as
práticas da oralidade, da leitura e da escrita;
• Propiciar o contato com a cultura afro-brasileira e africana,
ressaltando a contribuição dada à nação brasileira e a
valorização da diversidade étnico-racial.
IV – Conteúdo Estruturante: Discurso
Os conteúdos serão aplicados nas práticas da oralidade, leitura e
escrita. A fala, a leitura e a escrita deverão ser trabalhadas juntas, já que uma
atividade possibilita a outra e vice-versa, permeadas pela análise lingüística.
• Debates, discussões, transmissão, contação de histórias,
declamação de poemas, representação teatral, propaganda
(linguagem publicitária), intertextualidade ( = autores e obras), Lei
10639/2003 ( contribuição dada à nação brasileira e à valorização
étnico-racial).
• Autonomia dos textos dos alunos diante de sua produção
literária.
LÍNGUA PORTUGUESA – ANÁLISE LINGÜÍSTICA
Conteúdos decorrentes da produção oral em função da reflexão e
do uso: a prática da análise lingüística na oralidade
• Materialidade fônica dos textos poéticos
• Reconhecimento das diferentes possibilidades de uso da
língua
• Recursos lingüísticos próprios da oralidade
• As variedades lingüísticas e a adequação da linguagem ao
contexto de uso: diferentes registros, grau de formalidade em
relação à fala e à escrita
190
• Aspectos formais e estruturais do texto.
Conteúdos decorrentes da leitura em função da reflexão e do uso: a
prática da análise lingüística na leitura
• Organização do plano textual: conteúdo veiculado, possíveis
interlocutores, assunto forte, papéis sociais representados,
intencionalidade e valor estético.
• Diferentes vozes presentes no texto.
• Reconhecimento e importância dos elementos coesivos e
marcadores de discurso para a progressão textual,
encadeamento das idéias e para a coerência do texto,
incluindo o estudo, a análise e a importância contextual de
conteúdos gramaticais na organização do texto:
o A importância e função das conjunções no conjunto do
texto e seus efeitos de sentido.
o Expressividade dos nomes e função referencial no texto
(substantivos, adjetivos, advérbios) e efeitos de sentido.
o O uso do artigo como recurso referencial e expressivo
em função da intencionalidade do conteúdo textual.
o Papel sintático e estilístico dos pronomes na
organização, retomada e seqüenciação do texto.
• Valor sintático e estilístico dos tempos verbais em função dos
propósitos do texto, estilo composicional e natureza do gênero
discursivo.
• Relações semânticas que as preposições e os numerais
estabelecem no texto.
• A pontuação como recurso sintático e estilístico em função dos
efeitos de sentido, entonação e ritmo, intenção, significação e
objetivos do texto.
Conteúdos decorrentes da produção escrita em função da reflexão
e do uso: a prática da análise lingüística na escrita
Conteúdo relacionado à norma padrão em função do aprimoramento das
práticas discursivas, tendo em vista o uso e o princípio da regularidade:
191
concordância verbal e nominal, regência verbal e nominal, acentuação, crase,
ortografia, pontuação, tempos verbais.
• Elementos de coesão e coerência na constituição textual,
incluindo os conteúdos relacionados aos aspectos semânticos
e léxicos: sinônimos, antônimos, polissemia, nominalizações,
hiperonímia.
• Elementos composicionais formais e estruturais dos diferentes
gêneros discursivos.
• Leitura e produção de tipologias textuais: texto literário, de
imprensa, de divulgação de ordem do relatar, lúdicos, gráfico
visual, instrucional, descritivo, publicitário, correspondência,
midiático, entre outros.
• Análise lingüística será empregada de acordo com os textos
estudados e ou produzidos pelos alunos considerando não
somente a gramática normativa, mas também a descritiva e a
internalizada no processo de Língua Portuguesa.
• A Lei n.º 1039/2003, que trata das Relações Étnico-Raciais e a
História da Cultura Afro-Brasileira e Africanas na escola, será
trabalhada através de ações que propiciem o contato com a
cultura africana e afro-descendente, culminando em
exposições de obras literárias de escritores negros que se
destacam como Cruz e Souza, Lima Barreto, Machado de
Assis, Solano Trindade e os escritores atuais, procurando
destacar a contribuição do povo negro à cultura nacional.
V – METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O ensino da Língua Portuguesa segue os princípios de interação,
baseando-se ns Diretrizes Curriculares apresentando maneiras possíveis de se
trabalhar atendendo assim a uma perspectiva sociointeracionista, baseado nas
teorias de Bakhtin.
192
Dessa forma, busca-se trabalhar a clareza de objetivos dos seus
conteúdos estruturantes e encaminhamentos necessários para uma prática
contextualizada e significativa para o aluno, considerando que a sala de aula é
um laboratório onde muitas coisas podem acontecer.
A prática de ensino está baseada na oralidade, leitura e escrita e análise
lingüística sendo necessário trabalhar com temas a partir de leituras e estudos
de diferentes tipologias textuais, aproveitando o conhecimento intuitivo de
maneira a despertar o interesse, utilizando assim estratégias com o propósito
de atingir uma meta determinada visando à interdisciplinaridade e à
contextualização.
O trabalho a ser realizado em literatura deve ter como alicerce o fato de
provocar o aluno a estabelecer relações entre os textos selecionados e o
contexto. Isto nos leva a acreditar na capacidade cognitiva de nossos alunos.
A partir do estudo do texto, abordagem do contexto histórico
apresentação das demais obras do autor e estudo das características do estilo
da época encontrada no texto.
VI – CRITERIO DE AVALIAÇÃO
O processo de avaliação será contextualizado dentro da realidade sócio-
econômica e cultural que cerca, para que esta seja alicerçada n vida do
cidadão e suas necessidades que englobam a expressão oral, escrita, leitura e
interpretação textual, como as produções orais e escritas, análise lingüística
abrangendo a oralidade, a leitura e a escrita dentro de situações reais e/ou
criadas em sala de aula.
Sendo assim, buscaremos em todas as oportunidades, instrumentos de
avaliação que produzam a interação entre professor e aluno em relações de
crescimento e aquisição de conhecimentos que levem nossos educandos a
transformar o meio em que vivem . Dessa forma a avaliação será cumulativa,
periódica e diagnóstica.
VII – BIBLIOGRAFIA
DCEs Língua Portuguesa/Literatura – EF e EM
193
Cadernos Temáticos História da Cultura Afro- Brasileira e Africana – Lei
n. 10639/03
Livro didático Carlos Alberto Faraco
Livro Didático Público e outros
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – 2007
I- IDENTIFICAÇÃO
DISCIPLINA: MATEMÁTICA
MODALIDADE: ENSINO MÉDIO
PROFESSORES:
Rosana Maria ferro
Acir Carvalho de Castro
Elisangela Cristina Perugini
Laura Leiko Ide
1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISICIPLINA
A matemática surgiu da necessidade do homem interferir na sua realidade,
seja ela social, econômica, afetiva, cultural etc. Isso garantiu uma utilidade
prática por muitos anos, seguida por uma fase de grande sistematização que
teve seu auge na Grécia com “Os elementos” de Euclides.
Na seqüência a matemática passou por um período de grande progresso
científico. Dentro os destaques citamos: Descartes, Leibniz e Newton. Por volta
de 1850, surgiram as primeiras geometrias não euclidianas, o que serviu de
base para futuras teorias científicas (teoria da relatividade), apesar de um
excessivo formalismo, levando a matemática a ser vista como uma verdade
absoluta.
194
No início do século XX surgiu movimentos como o construtivista e a
tendência sócio-cultural que não foram bem recebidas. Na década de 50
predominou a chamada “matemática moderna”, que se caracterizou pela forma
expositiva, centrada no professor e com alunos reproduzindo fielmente o que
foi exposto.
Com o fracasso da matemática moderna toma corpo a tendência de
disponibilizar aos alunos de classes menos favorecidas a escola tradicional, a
chamada tendência sócioetnocultural.
Nos dias atuais a matemática é vista como uma ciência essencial para o
desenvolvimento da humanidade. Porém, nota-se que a maioria dos conteúdos
são desinteressantes para o aluno e sem uma aplicação imediata. O ensino
centrado em conteúdos fragmentados e sem significado, leva os alunos a não
estruturarem seus pensamentos.
É claro que a abstração não está presente apenas em
matemática e sim nas várias áreas da ciência fazendo parte do processo.
Assim precisamos na medida do possível utilizar no ensino da matemática a
sua aplicabilidade. Essa aplicação depende principalmente do contexto que se
está inserido.
Como educadores devemos contribuir com a formação crítica
de nossos alunos, intervindo entre os conhecimentos matemáticos abstratos e
os conhecimentos matemáticos aplicáveis.
É importante a demonstração matemática, através de teoremas
e métodos que levam os nossos alunos a compreensão da sua aplicabilidade,
porém não devemos exigir o rigor dessas abstrações.
Nossa sociedade exige uma informação globalizada, então a
matemática não deve ser vista como um instrumento de forma isolada nas
outras áreas da ciência, mas sim, “ser inserida num contexto mais amplo:
auxílio importante na formação de capacidades” (Adilson Longem - autor
Coleção Nova Didática Matemática - Ensino Médio).
É através da história das civilizações que os primitivos
conhecimentos matemáticos vieram compor a Matemática de hoje. As idéias
eram provenientes de observações dentro das condições humanas de
reconhecer configurações físicas e geométricas, compararem formas,
tamanhos e quantidades.
195
Enfim, devido à necessidade de se romper com as atuais
práticas pedagógicas e propor novas teorias e metodologias que levem o aluno
a compreender conceitos, estabelecer relações e resolver problemas.
2. OBJETIVOS GERAIS
- COMPREENDER CONCEITOS, PROCEDIMENTOS E
ESTRATÉGIAS MATEMÁTICAS QUE PERMITAM AO ALUNO PROSSEGUIR
NA SUA FORMAÇÃO;
- APLICAR CONHECIMENTOS MATEMÁTICOS NA RESOLUÇÃO
DE DIVERSAS SITUAÇÕES, BUSCANDO ASSIM DESENVOLVER A
CONSCIÊNCIA CRÍTICA A FORMAÇÃO DE UM ALUNO CRÍTICO E
SOLIDÁRIO;
- DESENVOLVER A CAPACIDADE DE RACIOCÍNIO E A
CONSCIÊNCIA CRÍTICA DE FORMA QUE PERMITA A INTERPRETAÇÃO DO
MUNDO E SUAS RELAÇÕES SOCIAIS;
- ESTABELECER CONEXÕES ENTRE OS CONTEÚDOS
MATEMÁTICOS E DELES PARA COM OUTRAS ÁREAS DO CONHECIMENTO
- UTILIZAR TECNOLOGIAS EXISTENTES PARA QUE O ALUNO
TENHA APROPRIAÇÕES TANTO DAS GENERALIZAÇÕES, DAS LINGUAGENS
ASSIM COMO DA INTERPRETAÇÃO QUE ELA EXERCE NESSA ÁREA.
O ENSINO DA MATEMÁTICA OBJETIVA-SE PELA
TRANSFORMAÇÃO LEGÍTIMA DA SOCIEDADE, PARA O AVANÇO DO
CONHECIMENTO DOS HOMENS.
3 – CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Números e Álgebra
A matemática não possui apenas aplicação
prática, mas também desenvolve a abstração. Essa
abstração, ao longo da história, recebe o nome de
196
álgebra e sofre influências egípcia, babilônica, pré-
diofantica, chinesa, hindu, árabe, entre outras. Cada
cultura expressa a álgebra de sua maneira, porém todas
a utilizam para resolver problemas de alta complexidade.
O conhecimento algébrico não pode ser concebido como conceito
de variável ou conceito de incógnita, isso ocorre quando no seu
desenvolvimento e dado grande atenção na manipulação de regras e macetes,
deixando de lado sua significação.
Paralelo a álgebra os conteúdos estruturantes apresentam os
números. Presentes desde tempos remotos, ela surge da necessidade do
homem contar a natureza. Lentamente surgem símbolos para representar a
contagem e que foram evoluindo até chegar a um sistema de numeração.
Funções
É um instrumento que pode ser utilizado em várias áreas do
conhecimento humano, modelando situações que passam a ser resolvidas pela
matemática. O conceito de funções leva o aluno a constatar regularidades e
generalizações, desenvolvendo a capacidade de leitura e interpretação de
linguagem.
GGEOMETRIASEOMETRIAS
A observação de formas geométricas na natureza, influencio o
desenvolvimento do homem. Os povos mais antigos utilizavam a geometria na
medição de terrenos, construções de canais para irrigação e construções como
as pirâmides no Egito.
O conhecimento geométrico recebe grande desenvolvimento
quando Euclides sistematizou todo o conhecimento acumulado pela
humanidade através de axiomas e teoremas. Essa sistematização influencia a
geometria até o século XVII, quando surge a geometria analítica que passa a
resolver problemas complexos na área da astronomia e da mecânica.
No final do século XVIII uma nova maneira de conceber o
conhecimento geométrico e apresentado por Lobachevsky, Riemann e outros.
Surgia assim a geometria não euclidiana que derruba conceitos, até então
imutáveis, da geometria de Euclides.
197
Nos dias atuais, a geometria deve ser trabalhada de forma a
contemplar a aritmética e a álgebra. Ela deve permitir que o aluno desenvolva a
percepção visual, o raciocínio e a linguagem geométrica.
Tratamento da Informação
Ao longo do desenvolvimento humano, o homem busca resolver
problemas através de leituras críticas de fatos e da interpretação de
informações coletadas através de gráficos, tabelas, indicadores e na ocorrência
de eventos.
Com a estatística é possível, quantificar, qualificar, selecionar,
analisar e contextualizar informações, incorporando-as ao dia a dia. A
probabilidade apresenta a possibilidade ao aluno de ter várias visões de um
mesmo problema, sem a exatidão tradicional. A matemática financeira surge
como conteúdo com a idéia de auxiliar nas decisões pessoais e da sociedade
em geral.
Hoje, o momento vivido, caracteriza-se pela grande quantidade de
informação, pela rapidez e facilidade com que ela é absorvida pelos alunos.
Portanto o espírito crítico e a capacidade de analise é fundamental para
tomada de decisões.
Propõe-se o uso de conceitos e métodos para coletar,
organizar, interpretar e analisar dados, que permitem ler e compreender uma
realidade.
4 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E SEUS DESDOBRAMENTOS
NNÚMEROSÚMEROS EE Á ÁLGEBRALGEBRA
Conjuntos dos números reais
Noções de Números Complexos
Matrizes
Determinantes
Sistemas Lineares
Polinômios
GGEOMETRIAEOMETRIA
198
Geometria Plana
Geometria Espacial
Geometria Analítica
Noções Básicas de Geometria Não-euclidiana
FFUNÇÕESUNÇÕES
Função Afim
Função Quadrática
Função Exponencial
Função Logarítmica
Função Trigonométrica
Função Modular
Progressão Aritmética
Progressão Geométrica
Tratamento de Informação
Análise Combinatória
Estatística
Probabilidade
Matemática Financeira
Binômio de Newton
5 METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Ainda hoje, mesmo com a globalização e interdisciplinaridade
as aulas de matemática muitas vezes não envolvem o pensamento matemático
participativo do aluno.
Desejando que o aluno construa o conhecimento, é importante
propor situações, questões que levem o aluno a reflexão, questionamento
permitindo a compreensão, estabelecendo uma relação entre o conhecimento
do aluno e aquele a ser construído.
199
As aulas de matemática devem desenvolver através de uma
dinâmica reflexiva, estimulando o aluno a questionamento e o professor a
busca de melhoria do desenvolvimento dos procedimentos matemáticos
desse aluno.
O docente deve partir dos inter-relacionamentos e articulações
entre os conceitos de cada conteúdo específico, garantindo, através das
tendências da modelagem, etnomatemática, resolução de problemas, uso das
tecnologias e história da Matemática o crescimento de possibilidades da
aprendizagem sem fragmentações, levanto a autoconfiança, bem como dar
importância a inclusão, seja de caráter cultural, étnico, social, cognitivo, entre
outros.
Essas tendências fundamentaram a prática docente, onde uma
completará a outra, pois todas têm um único fim, aprendizagem.
As atividades no desenvolvimento desse processo de aprendizagem levam o
professor a ser um condutor, motivador e nos trabalhos individuais ou de grupos,
levando o aluno a compreensão dos vários temas interessantes hoje buscando suas
aplicações na melhoria da vida, na sua valorização e uma compreensão duradoura do
saber matemático.
A prática docente, de acordo com cada conteúdo poderá utilizar de diversas
abordagens, como:
- Resolução de Problemas: Não consiste na resolução automática de
exercícios, mas, questões desafiadoras que levem o aluno a buscar várias
alternativas que almejam soluções;
- Etnomatematica : As manifestações matemáticas são percebidas através
de diferentes teorias e práticas que emergem dos ambientes culturais;
- Modelagem Matemática: Busca a problematização de situações do
cotidiano, transformando problemas reais em problemas matemáticos;
- Mídias Tecnológicas: Os recursos tecnológicos, sejam eles os softwares,
a televisão, as calculadoras, a internet, entre outros, favorecem as
experimentações matemáticas, potencializando formas de resolução de
problemas;
200
- História da Matemática : Não se trata de apenas retratar curiosidades ou
um conjunto de biografias de matemáticos famosos, mas sim, vincular a
matemática aos fatos sociais e políticos e as circunstâncias históricas para
melhor compreender seus conceitos.
6– CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A educação matemática tem como meta a incorporação do
conhecimento objetivando que o aluno seja capaz de superar as dificuldades,
permitindo a interpretação e a compreensão do mundo, pois o homem faz uso
da matemática independente do conhecimento escolar, nas mais diversas
atividades humanas.
Dessa forma a avaliação deve ser planejada como parte do
processo ensino aprendizagem, permitindo utilizar-se de entrevistas,
observações, discussões, trabalhos em grupos, maquetes, construções de
material facilitador da aprendizagem matemática, resolução com cálculos de
atividades aplicativas, integração da abstração quando possível com o
cotidiano e caso contrário, saber que por muitas vezes a abstração é presente
nas várias áreas científicas.
A avaliação fará parte integrante do processo do ensino
aprendizagem permitindo continuidade ou uma nova abordagem, com
alternativas na forma de encaminhar a aprendizagem como um todo.
Então a avaliação contemplará os diferentes momentos do
ensino da matemática com oportunidade de análise pedagógica da
metodologia utilizada e através de erros constatados, possibilitar o aluno novas
formas de estudo, ou seja, avaliação será instrumento de medida na aquisição
de conhecimento, tornando o aluno responsável e interessado pelo que deve
aprender.
Antes de mais nada, a avaliação deverá ser uma orientação
para o professor, como ponto de partida, para a continuidade de sua prática,
docente levando o aluno a organizar suas idéias, relacionar conceitos e
tomar decisões, ou seja, contínua diversificada considerando não somente
uma formação matemática dirigida para o desenvolvimento social intelectual
201
do aluno, como também seu esforço individual, sua cooperação com os
colegas, a construção de sua personalidade.
Assim quanto mais o professor diversificar a avaliação e
conseguir interpretá-la como um meio para analisar se juntamente com os
alunos está conseguindo alcançar os objetivos propostos, mais ele se
aproximará de um novo tipo de avaliação que leva em conta os sonhos e
projetos dos alunos, até mesmo a auto-avaliação.
A recuperação paralela acontecerá quando se fizer necessária,
baseada na revisão dos conteúdos que o aluno não se apropriou e será através
de teste escrito e/ou oral, trabalhos ou pesquisas.
7 -REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARRETO, Benigno; Silva, Claudino – Matemática. São Paulo: Ed. FTD
DANTE, Luis Roberto – Matemática: Contexto e Aplicações – Volume
Único –São Paulo: Ática, 2000
GUELI, Oscar - Matemática série Brasil - 1ª edição - São Paulo: Ed.
Ática, 2003
LONGEN, Adilson, Matemática- Coleção Nova Didática - Ensino
Médio - 1ª edição Curitiba: Ed.Positivo, 2004
MARCONDES, C; Gentil N; Greco S - Matemática - São Paulo:
Ed.Ática, 2000
MARCONDES, Carlos Alberto dos Santos; Gentil, Nelson;
Greco, Sérgio Emílio - Matemática - Novo Ensino Médio - Volume Único -
São Paulo: Àtica, 2003.
PAIVA, Manoel – Matemática - 2ª edição - São Paulo: Ed.Moderna
SANTOS, C.H. Matemática: In Kuenzer. A.Z.(org) - Ensino Médio:
construindo uma proposta para os que vivem do trabalho - São
Paulo: Cortez, 2002
202
SEED - Diretrizes Curriculares da Rede Pública de
Educação Básica do Estado do Paraná - Matemática,
Curitiba, 2006
YOSSEF, Antonio Nicolau; Soares, Elizabeth; Fernandez, Vicente Paz –
Matemática de olho no mundo do trabalho - Ensino Médio - Volume
Único – São Paulo: Scipione, 2005
WALTER, Spinelli; Souza, M. Helena S. - Matemática Comercial e
Financeira Volume Único - São Paulo: Ática, 1998
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR- 2007
I- IDENTIFICAÇÃO
DISCIPLINA: QUÍMICA
MODALIDADE: ENSINO MEDIO
PROFESSORES:
José Timóteo de Gouvêa
Cristina Rosangela Paulati dos Santos
Cristina R. P Branco
1.JUSTIFICATIVA
No decorrer da história, o ser humano, a partir de suas necessidades
buscou desenvolver métodos para conhecer e dominar a ciência.
203
Conheceu a extração, produção e tratamento de metais através dos
alquimistas, que buscavam o elixir da vida eterna e a pedra filosofal, com isso
experimentaram e descobriram novas substâncias.
NO SÉCULO XVIII POR LAVOISIER, DEU INÍCIO À
FASE MODERNA DESSA CIÊNCIA. A QUÍMICA GANHOU NÃO SÓ UMA
LINGUAGEM UNIVERSAL, MAS TAMBÉM CONCEITOS FUNDAMENTAIS.
Os conhecimentos e as práticas dessa ciência estão presentes no nosso
cotidiano, através da procura de novos produtos nas novas áreas específicas
surgidas nos últimos anos: biotecnologia, química fina, pesquisas direcionadas
para oferta de alimentos e medicamentos.
Deve-se tirar a idéia de uma química voltada apenas para o mercado de
trabalho ou para a indústria. Cabe ao professor criar situações de
aprendizagem de modo que o aluno pense mais criticamente sobre o mundo,
reflita sobre as razões dos problemas, discuta aspectos sócio-científicos, ou
seja, questões ambientais, políticas, econômicas, éticas, sociais e culturais
relativas à ciência e tecnologia, fazendo com que o educando eleve a
capacidade de compreensão desses fatos, articulando com a vida em
sociedade e seja um cidadão consciente e participativo.
Os conteúdos estruturantes inter-relacionam-se, devem permear todas as
séries e contemplar a lei 10.639/03, referente à “história e cultura afro-brasileira e
africana”.
MATÉRIA E SUA NATUREZA
• Estuda os aspectos macroscópicos e microscópicos da matéria, a essência da
matéria e caracteriza-se pelo “trabalho” com modelos e representações.
Conteúdos Específicos:
• Estrutura da matéria
• Substância, misturas e métodos de separação
• Fenômenos físicos e químicos
• Estrutura atômica; distribuição eletrônica
• Tabela periódica
• Ligações químicas
204
• Funções químicas
• Radioatividade
BIOGEOQUÍMICA
• caracterizado pelas interações existentes entre a hidrosfera, litosfera e atmosfera.
Conteúdos Específicos:
• Soluções
• Termoquímica
• Cinética química
• Equilíbrio químico
QUÍMICA SINTÉTICA
• Caracteriza-se pela síntese de novos materiais: produtos farmacêuticos, indústria
alimentícia (conservantes, acidulantes, aromatizantes, edulcorantes), fertilizantes,
agrotóxicos
• Avanços tecnológicos, obtenção e produção de materiais artificiais que podem
substituir os naturais
Conteúdos Específicos:
• Química do carbono
• Funções oxigenadas
• Polímeros
• Funções nitrogenadas
• Isomeria
205
2.METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O PROCESSO PEDAGÓGICO DEVE PARTIR DO CONHECIMENTO
PRÉVIO DOS ESTUDANTES, NO QUAL SE INCLUEM AS IDÉIAS
PRECONCEBIDAS SOBRE O CONHECIMENTO DA QUÍMICA, OU AS
CONCEPÇÕES ESPONTÂNEAS, A PARTIR DAS QUAIS SERÁ ELABORADO
UM CONCEITO CIENTÍFICO.
ESSAS INTERAÇÕES PODEM SE DAR AUXILIADAS POR
RECURSOS COMO LEITURA DE TEXTOS DIVERSIFICADOS (JORNAIS,
REVISTAS, LIVROS DIDÁTICOS, LIVRO DIDÁTICO PÚBLICO, RÓTULO DE
PRODUTOS, BULAS, ETC) COMO ELEMENTO MOTIVADOR PARA A
APRENDIZAGEM DA QUÍMICA CONTRIBUINDO PARA A CRIAÇÃO DO
HÁBITO DA LEITURA.
UTILIZAÇÃO DE MATERIAL ÁUDIO-VISUAL, SITES
DISPONÍVEIS NA INTERNET, DEMONSTRAÇÕES EXPERIMENTAIS,
PROPICIANDO AOS ALUNOS UMA REFLEXÃO SOBRE A TEORIA E A
PRÁTICA, VISANDO A CONSTRUÇÃO E ELABORAÇÃO DOS CONCEITOS.
SERÃO DESENVOLVIDOS ALGUNS TEMAS QUE CONTEMPLEM
AS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA E
AFRICANA.
3. AVALIAÇÃO
A avaliação não possui uma finalidade em si mesma, mas deve subsidiar
e redirecionar as ações no processo ensino-aprendizagem, tendo em vista garantir a
qualidade do processo educacional.
Diversas atividades vivenciadas podem tornar-se atividades de avaliação.
Nesse entendimento, deve ser concebida de forma processual e formativa. Assim,
deve ser contínua, diagnóstica e diversificada nas suas formas de aplicação.
Em química, o principal critério da avaliação é a formação de conceitos
científicos.
206
Por isso, ao invés de avaliar apenas por meio de provas, o professor deve
usar instrumentos de avaliação que contemplem várias formas de expressão dos
alunos, como: leitura e interpretação de textos, produção de textos, leitura e
interpretação da tabela periódica, pesquisas bibliográficas, relatórios de aulas em
laboratório, apresentação de seminários, entre outros.
4.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BRASIL. DIRETRIZES CURRICULARES DE QUÍMICA PARA O
ENSINO MÉDIO. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO.
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO. CURITIBA. JULHO 2006.
INTRODUÇÃO ÀS DIRETRIZES CURRICULARES – PROFA.
DRA. YVELISE FREITAS DE SOUZA ARCO-VERDE
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR-2007
I-IDENTIFICAÇÃO
DISCIPLINA: FILOSOFIA
MODALIDADE: ENSINO MÉDIO
PROFESSORES:
Raquel de Sousa Galian
Manoel Simões Neto
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A filosofia é um modo de pensar, é uma postura diante do mundo. A filosofia
não é um conjunto de conhecimentos prontos, um sistema acabado, fechado em si
mesmo. É, antes de tudo, uma prática de vida que procura pensar os acontecimentos
207
além de sua pura aparência. Assim, ela pode se voltar para qualquer objeto. Neste
sentido, pode pensar a ciência, seus valores, métodos, seus mitos; pode pensar a ética e
a religião; a arte; a política; pode pensar o próprio homem em sua vida cotidiana. Até
mesmo uma história em quadrinhos ou uma canção popular podem ser objeto de
reflexão filosófica. Diz-se que a filosofia incomoda certos indivíduos e instituições
porque questiona o modo de ser das pessoas, das culturas, do mundo. Isto é, questiona a
prática política, cientifica, técnica, ética, econômica, cultural e artística.
Desse modo, compreender importância do ensino da filosofia no ensino médio é
entendê-la como um conhecimento cuja especificidade contribui para a formação do
aluno. Cabe a ela indagar a realidade, refletir sobre as questões que são fundamentais
para os homens, em cada época.
A filosofia torna possível ao homem compreender a significação do mundo, da
cultura, da história: o sentido das criações humanas nas artes, na ciência, e na política.
Possibilita uma compreensão do homem e do mundo que incita o indivíduo à não se
deixar levar pela submissão às idéias dominantes e aos poderes estabelecidos. Permite
engendrar o abandono da ingenuidade e dos preconceitos do senso comum.
Por isso, o ensino da filosofia não pode ser simplesmente ser considerado
apenas na dimensão da transmissão de determinada ordem de conhecimentos. Quando
se ensina filosofia, ensina-se a filosofar, a executar análise de conceitos e idéias (bem
como recriá-los), dos métodos e das teorias, das doutrinas morais e políticas, a refletir
sobre os princípios do conhecimento, as normas de ação e regras da criação; justamente
para alcançar em cada um desses domínios, o grau do discernimento fundamental e
fundamentado, como resultado crítico da reflexão.
A reflexão filosófica não é, pois, qualquer reflexão, mas rigorosa, sistemática e
deve sempre pensar o problema em relação à totalidade, para alcançar a radicalidade do
problema, isto é, ir à sua raiz. Esta é a preocupação ao se instituir a disciplina de
filosofia no ensino médio: a busca pela reflexão filosófica, para que ao elaborar seus
próprios conceitos, os alunos possam compreender e atuar em sua realidade.
A reflexão filosófica dirige-se ao pensar, buscando o entendimento sobre a
capacidade, a finalidade para conhecer e agir para não aceitar o que antes não tiver sido
investigado e compreendido.
208
Tendo a tarefa de reflexão e de crítica da estrutura social, a partir da tomada de
consciência de nossos problemas e das principais questões elaboradas pela história do
pensamento filosófico – mediante a linha condutora dos conteúdos estruturantes
propostos na diretriz curricular de filosofia do estado do paraná – é possível que
filosofia cumpra seu papel de reflexão teórico-crítica de problemas que são colocados
pelas próprias relações humanas com a natureza e com o momento histórico em que nos
encontramos.
Portanto, ao ser ensinada, com tempo e conteúdo adequado para fazê-lo, estará
cumprindo sua função básica de sistematização do pensamento, principalmente como
reflexão crítica do conhecimento, da moral, da política, das artes e outras áreas do saber
humano, cuja base são conceitos e categorias de pensamento e não apenas idéias
fragmentadas.
Assim, é necessário deixar claro que a filosofia enquanto disciplina curricular do
ensino médio, deve se desenvolver sobre as bases de um conteúdo cuja especificidade
não pode ser relegado a segundo plano, a saber, os conceitos e problemas
historicamente desenvolvidos no corpo da própria filosofia, bem como a
problematização, a investigação e a criação de conceitos.
Neste sentido, o ensino de filosofia “não se dá no vazio, no indeterminado, na
generalidade, na individualidade isolada, mas requer dos estudantes compromisso
consigo mesmos, com o outro e com o mundo.” (diretriz curricular, julho 2006,).
Mediante a prática do debate, do diálogo democrático, para além da reflexão
solitária, pode-se tentar esperar alguma saída para a “crise” ético-politica em que
estamos mergulhados. Questionar seus fundamentos, sua legitimidade é tarefa da
reflexão filosófica, através de um debate respeitoso apoiado nos princípios éticos
universais do respeito e da solidariedade. De que forma? Através de uma especificidade
que se concretiza “na relação do estudante com os problemas suscitados, na busca de
soluções nos textos filosóficos por meio da investigação, enfim, no trabalho em direção
à criação de conceitos.” (diretriz, p. 18).
OBJETIVOS GERAIS:
209
• Contribuir para a compreensão dos elementos que interferem no
processo social através da busca do esclarecimento dos universos que
tecem a existência humana: trabalho, relações sociais e cultura
simbólica.
• Contribuir para a aquisição de conhecimento da própria atividade
pensante, que permite contribuir-lhe na forma de valor de julgamento
ético-moral.
• Formar o hábito da reflexão sobre a própria experiência possibilitando
a formação de juízos de valor autônomos que subsidiem a conduta do
sujeito dentro da escola e fora dela.
• Desenvolver o senso de liberdade e responsabilidade na sociedade em
que vive, considerando a escola como parte da vida do aluno.
• Desenvolver procedimentos próprios do pensamento crítico, apreensão
de conceitos, argumentação e problematização.
• Articular teorias filosóficas e o tratamento de temas e problemas
científicos, tecnológicos éticos e políticos, sócio-culturais com as
vivências pessoais.
ESPECÍFICOS:
• Oportunizar momentos que facilitem o pensar e o pensar sobre o
pensar;
• Trabalhar com textos que incluam termos e conceitos cotidianos que
facilitem a interação no contexto social;
• Debater questões contemporâneas que facilitem a compreensão da
realidade;
• Realizar atividades que levem o aluno a perceber a multiplicidade de
pontos de vista e articulações possíveis entre os mesmos;
• Estimular a atitude de respeito mútuo e cidadania participativa;
• Ler textos filosóficos de modo significativo;
210
• Ler, de modo filosófico, textos de diferentes estruturas e registros;
• Elaborar por escrito o que foi apropriado de modo reflexivo;
• Debater, tomando uma posição, defendendo-a argumentativamente e
mudando de posição face a argumentos mais consistentes.
• Articular conhecimentos filosóficos e diferentes conteúdos e modos
discursivos nas Ciências Naturais e Humanas, nas Artes e em outras
produções culturais.
• Contextualizar os conhecimentos filosóficos, tanto no plano de sua
origem específica quanto em outros planos: o pessoal-biográfico, o
entorno sócio-político, histórico e cultural; o horizonte da sociedade
científico-tecnológica.
• CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Mito e Filosofia
Mito e filosofia: o nascimento da filosofia
na Grécia
Mitos contemporâneos
Do senso comum ao pensamento
filosófico
A filosofia e o conhecimento de si
211
Teoria do Conhecimento
O fundamento do conhecimento
O valor do conhecimento
A extensão do conhecimento
O critério de verdade
Distorções do conhecimento
Ética
Autonomia e Heteronomia
Descentração do indivíduo e o
reconhecimento do outro
As várias dimensões da Liberdade (ética,
econômica, política)
Liberdade e determinismo
A bioética
Ideologia e Alienação moral
O individualismo contemporâneo e a
recusa do outro
Ètica ecidadania na sociedade
tecnológica
Filosofia Política
Poder e força
A ágora e a assembléia: igualdade nas
leis e no direito à palavra
Democracia direta: formas
contemporâneas possíveis de
participação da sociedade civil
Os totalitarismos de direita e esquerda
Fundamentalismos religiosos e a política
212
contemporânea
Filosofia da Ciência
Características do método científico
O mito da neutralidade científica
A tecnologia a serviço de objetivos
humanos e os riscos da tecnocracia
Estética
Criatividade
Os diversos tipos de valor e funções da
arte
A arte como forma de conhecer o mundo
Estética e desenvolvimento da
sensibilidade e da imaginação
Estética de si
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICOENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Tendo em vista os objetivos propostos para o Ensino Médio, a
saber, a contribuição para a formação do caráter, do raciocínio crítico e
criativo, cujo resultado é em ultima instância a cidadania participativa, as
práticas pretendidas na disciplina de Filosofia serão no sentido de levar o
aluno a questionar sua realidade, analisar, comparar, decidir, planejar e
expor idéias, bem como ouvir e respeitar as de outrem. Dessa forma, as
atividades nas aulas ocorrerão conforme o tema a ser tratado exigir: aulas
expositivas (com abertura ao debate), estudo e reflexão de textos de
caráter filosófico – ou que possam dar margem à reflexão de cunho
filosófico – redação e apresentação de trabalhos, bem como atividades de
213
pesquisa. Dessa forma, cremos estar caminhando em direção ao
desenvolvimento de valores importantes para a formação do estudante do
ensino médio: espírito crítico e criativo, solidariedade, responsabilidade e
compromisso pessoal.
AVALIAÇÃO:
A avaliação ocorrerá no sentido de contribuir tanto para o professor,
possibilitando avaliar a própria prática, como para o desenvolvimento do
aluno; permitindo-lhe perceber seu próprio crescimento e sua contribuição
para a coletividade, mediante a criação de conceitos. Será, portanto, de
caráter diagnóstico e somativo (em caráter de zero a dez), conforme o
desempenho individual e/ou coletivo. Serão adotados como instrumentos,
além da auto-avaliação:
• Textos produzidos pelos alunos;
• Participação em sala de aula;
• Atividades e exercícios realizados em classe ou extraclasse,
pesquisa em laboratório de informática;
• Testes escritos;
• Apresentação dos temas (oral ou escrita) em estudo;
• Registro das aulas, conforme a necessidade;
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia. 4ª ed. São Paulo: Martins
Fontes, 2000.
_________. História da Filosofia. Lisboa: Editorial Presença, 1970.
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires.
Filosofando: Introdução à filosofia. 2ª ed. São Paulo: Moderna, 1993.
214
BUZZI, Arcângelo. Filosofia para principiantes: a existência humana no
mundo. 6ª ed. Petrópolis: Vozes, 1997.
CHÂTELET, F. História da Filosofia, idéias e doutrinas – o século XX. Rio
de Janeiro: Zahar, s/d, 8 vol.
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1995.
CORDI, Cassiano et all. Para Filosofar. São Paulo: Scipione,2000.
COTRIM, Gilberto. Fundamentos de Filosofia. São Paulo: Saraiva, 2005.
DEPARTAMENTO DE ENSINO MÉDIO. Diretriz Curricular de Filosofia.
Curitiba: julho, 2006.
FOLSCHEID, Dominique; WUNEMBURGER, Jean-Jacques. Metodologia
Filosófica. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
LALANDE, André. Vocabulário técnico e crítico de Filosofia. 3ª ed. São
Paulo: Martins Fontes, 1999.
NOVA CULTURAL. Coleção Os Pensadores. São Paulo, 1999.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR -2007
I-IDENTIFICAÇÃO
DISCIPLINA: LINGUA INGLESA - LEM
MODALIDADE: ENSINO MÉDIO
PROFESSORES:
Ieda Santos Borges
Lílian Fernandes de Oliveira
Miriam Sílvia de Ávila
Rosiani Andréia Matesco
215
1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
MODERNA.
O ensino das línguas estrangeiras modernas começa a ser
valorizado depois da chegada da família real portuguesa ao Brasil, em 1808.
Em 1837, o Colégio Pedro II, primeiro em nível secundário no Brasil,
apresentava em seu currículo sete anos de francês, cinco de inglês e três de
alemão. Em 1916, com a publicação de Cours de Lingüistic Génerele por
Ferdinand Saussure, inauguram-se os estudos da linguagem em caráter
científico, sendo a língua objeto de estudo para a Lingüística.
Em 1942, a Reforma Capanema atribui ao ensino secundário um
caráter patriótico e as línguas privilegiadas são o francês, o inglês e o
espanhol, que é introduzido no lugar do alemão.
Após a Segunda Guerra Mundial, a dependência econômica e
cultural do Brasil, em relação aos Estados Unidos, intensificou-se e, com isso,
a necessidade de aprender inglês tornou-se cada vez maior.
Como tentativa de rompimento com a hegemonia de um único idioma
ensinado nas escolas, criou-se, em 1982, o Centro de Línguas Estrangeiras, no
Colégio Estadual do Paraná que, posteriormente, expandiu-se em todo o
Estado.
Em 1996, a Lei das Diretrizes e Bases (LDB) da Educação Nacional,
nº 9394, determinou no Ensino Fundamental a oferta obrigatória de pelo menos
de uma Língua Estrangeira Moderna, escolhida pela comunidade escolar. Em
relação ao Ensino Médio, a Lei determina que seja incluída uma Língua
estrangeira moderna como disciplina obrigatória, e uma segunda, em caráter
optativo, dependendo das disponibilidades da instituição.
Uma das argumentações utilizadas para justificar a pluralidade da
oferta de Línguas Estrangeiras é que sua aprendizagem propicia um espaço de
reflexão sobre a língua como “discurso e prática social”, de forma a refletir os
sentidos oferecidos pelas múltiplas culturas inseridas em cada sociedade.
Por outro lado, se considerarmos que a expansão de uma Língua
Estrangeira é também a expansão de um conjunto de discursos ideológicos, é
fundamental observar se o ensino dessa segunda língua corrobora para a
perpetuação de idéias, de dominação ou emancipação. O ensino de língua
216
estrangeira deve garantir que os alunos não se tornem consumidores passíveis
de cultura e de conhecimento, e sim, criadores ativos. Assim sendo, a
aprendizagem de uma língua estrangeira adquire um caráter político como
forma de ação para transformar o mundo. Nessa perspectiva, a
responsabilidade do ensino da língua estrangeira amplia-se e exige uma
reflexão ampla do educador sobre o modo como se ensina e para que se está
ensinando. Somente assim haverá uma apropriação crítica e histórica do
conhecimento para uma maior compreensão da realidade sócio-cultural do
aluno, tornando-o um agente transformador e democrático do seu ambiente de
convívio.
2. OBJETIVOS GERAIS.
Ensinar e aprender línguas são, também, ensinar e aprender
percepções de mundo e maneiras de construir sentidos; é formar
subjetividades, independentemente do grau de proficiência atingido. O ensino
de língua estrangeira amplia as perspectivas de ver o mundo, de avaliar os
paradigmas já existentes e cria novas possibilidades de construir sentidos do e
no mundo.
A língua estrangeira será trabalhada de maneira a proporcionar a
inclusão social, o desenvolvimento da consciência do papel das línguas na
sociedade; o reconhecimento da diversidade cultural e o processo de
construção das identidades transformadoras.
O contato com os múltiplos gêneros textuais, manifestados em forma
de diferentes linguagens inseridas no mundo globalizado, busca ampliar a
compreensão de várias culturas; ativar procedimentos interpretativos, tornando
possível a construção de significados, aumentando as possibilidades de
entendimento de mundo do aluno como um instrumento de comunicação
universal para contribuir na transformação e crescimento do cidadão.
Assim, ao final do Ensino Médio, espera-se que o aluno seja capaz
de :
- Usar a língua estrangeira em situações de comunicação oral e
escrita;
217
- Vivenciar formas de participação que possibilitem estabelecer
relações entre ações individuais e coletivas;
- Compreender que os significados são sociais e historicamente
construídos e passiveis de transformação na prática social;
- Conscientizar sobre o papel das línguas na sociedade,
possibilitando o acesso à informação, ao conhecimento e o entendimento do
mundo;
- Compreender a diversidade lingüística cultural;
- Ativar procedimentos interpretativos proporcionando a construção
de significados e possibilidades para que o aluno entenda o mundo e contribua
para a transformação da sociedade.
3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E ESPECÍFICOS.
A língua, entendida como interação verbal e produtora de sentidos,
marcada por relações pragmáticas e contextuais de poder, terá como
conteúdo estruturante: o “discurso” como “prática social”, realizada por meio
das práticas discursivas que envolvem, a compreensão auditiva, a leitura de
mundo, a escrita nas múltiplas formas e a interação verbal como processo
comunicativo.
O trabalho com diferentes gêneros textuais deve levar o aluno a
perceber a gama de discursos existentes nos mais variados contextos, bem
como, as vozes que permeiam as relações sociais e as relações de poder. É
preciso que os níveis de organização lingüística sirvam para a compreensão
da linguagem, na produção escrita, oral, verbal e não verbal.
Entretanto, os conteúdos específicos para o Ensino Médio, por série,
serão desdobrados a partir de textos (verbais e não-verbais), considerando
seus elementos lingüístico-discursivos (fonético-fonológicos, léxico-semânticos
e sintáticos), manifestados nas práticas discursivas (leitura, escrita, oralidade e
compreensão auditiva). Portanto, os textos escolhidos para o trabalho
pedagógico definirão os conteúdos estruturantes, bem como as práticas
discursivas a serem trabalhadas.
Diante da dificuldade de estabelecer os conteúdos por série,
considerando a diversidade de textos em circulação na sociedade e a
especificidade do tratamento da língua estrangeira na prática pedagógica,
218
cumpre estabelecer alguns critérios norteadores para o ensino de Língua
Estrangeira, já que os conteúdos estruturantes estão pautados no “discurso”,
pois estes serão conseqüentes e inerentes aos textos trabalhados.
A Lei nº 10.639/03, que trata das Relações Étnico-Raciais e História
e Cultura Afro-Brasileira e Africana na escola, será trabalhado através de ações
que propiciem o contato com a cultura africana e afro-descendente, dentro da
Língua Inglesa, culminando em exposições de obras literárias de escritores
negros, documentários, filmes com temáticas sobre o racismo e preconceito,
costumes e hábitos, procurando destacar a contribuição da cultura dos povos
negros, falantes da língua inglesa.
A princípio, é preciso levar em conta o processo de continuidade, ou
seja, a “manutenção de uma progressão entre as séries, considerando as
especificidades da língua estrangeira ofertadas, as condições de trabalho
existentes na escola, o projeto político-pedagógico, a articulação com as
demais disciplinas do currículo e o perfil dos alunos” (DCE: 2006, p. 37).
Ao se trabalhar os textos, propõe-se uma análise lingüístico-
discursivos dos elementos não só de natureza lingüística, mas,
principalmente, os de fins educativos, visando a abordagem de assuntos
polêmicos, adequados à faixa etária, conforme os interesses dos alunos. Vale
ressaltar a importância de se trabalhar os diversos tipos de texto, com
diferentes graus de complexidade da estrutura lingüística.
Propõe-se a participação do aluno na escolha temática dos textos,
visto que um dos objetivos é possibilitar a participação do mesmo, permitindo,
assim, a construção de relações entre ações individuais e coletivas. A prática
de tal experiência permite que os alunos compreendam os interesses do
grupo e escolham conteúdos mais significativos promovendo a participação de
todos. alunos.
Vale atentar para a escolha de textos que não priorizem uma “visão
monolítica e estereotipada de cultura” (p. 38). Assim, os conteúdos poderão
dar ao aluno indicativos para perceber os avanços nos estudos, na medida em
que forem baseados no planejamento estabelecidos entre professores ao longo
do ano.
É importante destacar que os conteúdos gramaticais serão definidos a
partir das escolhas temáticas e textuais, enfatizando o conteúdo e não a forma.
O uso do texto é fundamental para o desenvolvimento da compreensão da
219
leitura, da escrita, da oralidade e da compreensão auditiva. Além disso, o texto
será enriquecido por músicas, filmes, debates, pesquisas, jogos, teatros,
danças entre outros.
Serão observados os diferentes níveis de aprendizagem e bagagem
de conteúdos diagnosticados no início do ano, bem como será dada especial
atenção ao Ensino Noturno, considerando suas peculiaridades.
4. METODOLOGIA.
O que sustenta este documento é uma abordagem que valoriza a
escola como um espaço social, responsável pela apropriação crítica e histórica
do conhecimento enquanto instrumento de compreensão da realidade social e
da atuação crítica e democrática para a transformação da realidade. A
escolarização tem o compromisso de prover aos alunos meios necessários
para que não apenas assimilem o saber enquanto resultado, mas apreendam o
processo de sua produção, bem como as tendências de sua transformação.
Assim, a proposta metodológica a ser trabalhada, possibilita a
análise e reflexão sobre os fenômenos Lingüísticos e culturais como
realizações discursivas, as quais se revelam na/pela história dos sujeitos que
fazem parte deste processo.
As reflexões discursivas e ideológicas dependem de uma interação
primeira com o texto. Isto não representa privilegiar a prática da leitura em
detrimento às demais no trabalho em sala de aula, visto que na interação com
o texto, há uma simultânea utilização de todas as práticas discursivas: leitura,
escrita, oralidade e compreensão auditiva. É nesta abordagem que leitura,
escrita, oralidade e compreensão auditiva se interagem. Texto e leitura são
indissociáveis. Referem-se às estratégias de compreensão, discussão,
organização e produção de textos,bem como ao contexto social, aos papéis
que leitores e escritores exercem em seus grupos sociais e seus propósitos.
A proposta do Ensino de L.E.M. considera a leitura como interação
entre os múltiplos textos e ocorre na relação entre o leitor, texto, autor e
outros leitores. A leitura ancorada numa perspectiva crítica promove a
construção e a percepção de mundo do sujeito leitor, tornando-o capaz de
criar significados e sentidos que contribuam para uma maior compreensão
diante do texto. Esse processo de construção de sentido, apoiado na bagagem
220
cultural e com acesso permanente a língua inglesa, são fundamentais para a
prática social do cidadão e interpretação dos discursos de sua comunidade.
Os conhecimentos lingüísticos serão trabalhados dependendo do
grau de conhecimento dos alunos e estarão voltados para a interação que
tenha por finalidade o uso efetivo da linguagem e não a memorização de
conceitos. Serão selecionados a partir dos erros resultantes das atividades e
da dificuldade dos alunos.
Ao trabalhar com as diferentes culturas, é importante que o aluno, ao
contrastar a sua cultura com a do outro, perceba-se como sujeito histórico-
crítico e socialmente constituído e, assim, elabore a consciência da própria
identidade. Em relação à escrita, não podemos esquecer que ela deve ser
vista como uma atividade sócio-interacional, ou seja, significativa.
Os Gêneros do discurso organizam nossa fala da mesma maneira
que dispõem as formas gramaticais. Aprendemos a moldar nossa fala às
formas do gênero. Se não existissem gêneros e se não os dominássemos,
tendo que criá-los pela primeira vez no processo da fala, a comunicação verbal
seria quase impossível (Bakhtin, 1998). Portanto, é fundamental que se
apresente ao aluno textos em diferentes gêneros textuais, mas sem categorizá-
los. O objetivo será o de proporcionar ao aluno a possibilidade de interagir com
a infinita variedade discursiva presente nas diversas práticas sociais.
Apresentar ao aluno textos pertencentes a vários gêneros: publicitários,
jornalísticos, literários, informativos, de opinião, etc., ressaltando as suas
diferenças estruturais e funcionais, a sua autoria, bem como o caráter do
público a que se destina e, sobretudo, aproveitar o conhecimento que ele já
tem das suas experiências com a língua materna, é imprescindível.
Os textos literários serão apresentados aos alunos de modo que
provoquem reflexão e façam com que os percebam como uma prática social de
um determinado contexto socio-cultural particular.
O ensino de língua estrangeira estará articulado com as demais
disciplinas do currículo, objetivando relacionar os vários conhecimentos. Isso
não significa obrigatoriamente, desenvolver projetos envolvendo inúmeras
disciplinas, mas fazer com que o aluno perceba que conteúdos com disciplinas
distintas podem, muitas vezes, estar relacionados entre si.
Essa proposta metodológica apóia-se no uso do livro didático
“Língua Estrangeira Moderna – Espanhol e Inglês”, Ensino Médio, da
221
Secretaria de Estado da Educação, elaborado pelos professores da Rede
Pública de Ensino em 2006. Além desse material, serão utilizados outros livros
paradidáticos tais como: Compact English Book, volume único e Inglês de
Olho no Mundo do Trabalho, volume único, bem como dicionários, textos
variados (de revistas e jornais, visuais e não visuais) vídeos, DVDs, fitas de
áudio, CD-ROM, Internet e outros materiais pedagógicos.
O professor engajado nessa proposta metodológica pode promover
uma reflexão, juntamente com o aluno, de forma a desvendar os valores
subjacentes, abordando criticamente uma leitura do mundo e, ao mesmo
tempo, levá-lo a contemplar a diversidade regional e cultural.
5. AVALIAÇÃO.
A avaliação está profundamente relacionada com o processo de
ensino e, portanto, deve ser entendida como mais um momento em que o
aluno aprende. É um elemento de reflexão continua do professor sobre sua
prática educativa e revela aos alunos suas dificuldades, progressos e
possibilidades.
A avaliação deve fornecer dados sobre o desenvolvimento das
capacidades do educando e o grau de desenvolvimento intelectual,
aplicabilidade dos objetivos de conhecimentos ensinados que orientarão os
ajustes e intervenções pedagógicas visando à aprendizagem da forma mais
adequada para o aluno.
A relevância e a adequação dos conteúdos está atrelada, ainda, às
características psicossociais dos alunos, capacidade para estabelecer
relações entre os conteúdos, às necessidades de seu dia-a-dia e com o
contexto cultural.
Além disso, é importante nesse processo o feedback das avaliações
aos alunos com os devidos comentários, para que eles possam entender o
processo de aprendizagem e, assim, buscar a superação das suas
dificuldades.
As informações obtidas através da avaliação devem revelar os
resultados da aprendizagem para que essa possa fluir em bases consistentes,
apoiando-se em conhecimentos teóricos que necessitam ser solidificados.
222
O papel da avaliação é diagnosticar o avanço do conhecimento,
caracterizando-se como um processo contínuo de comprometimento com o
saber cientifico, cultural e social.
Nesse sentido, é necessário que o professor tenha uma visão de
conjunto no processo de avaliação levando em conta que:
- Para que um processo de aprendizagem seja efetivo, ele deve
contemplar a avaliação diagnóstica, contínua, formativa e
reflexiva;
- O processo de ensino-aprendizagem do conteúdo deve
contemplar o acompanhamento metodológico e avaliativo;
- Na avaliação contínua, é necessário que o professor e os alunos
analisem quanto e como conseguiram aproximar-se dos objetivos
propostos;
- O registro e a observação do desempenho do aluno devem ser
feitos pelo professor de forma contínua e reflexiva;
- A avaliação pressupõe um clima de cooperação e confiança entre
professor e aluno, o que favorece a prática de auto-avaliação
entre ambos;
- As aprendizagens dos alunos devem ser consideradas como
parâmetros para realimentação dos encaminhamentos adotados.
Nessa proposta avaliativa, a língua é concebida como prática social e
discursiva. A avaliação formativa, na sua condição contínua e diagnóstica deve
ser privilegiada, a fim de promover a análise e reflexão no encaminhamento
das intervenções pedagógicas.
A avaliação de determinado dado de produção em língua estrangeira
considera o erro como efeito da própria prática, ou seja, o vê como resultado
do processo de aquisição de uma nova língua. Portanto, na avaliação o erro
precisa ser visto como um passo para que a aprendizagem se efetive e não
como um entrave no processo. É preciso lembrar que o processo de
aprendizagem não é linear, não acontece da mesma forma e, ao mesmo
tempo, para diferentes pessoas. Cabe ao professor, avaliar, priorizar o
processo de crescimento do aluno e não apenas mensurar o conhecimento por
ele alcançado.
223
A avaliação servirá, além de aferir a aprendizagem do aluno, fazer
com que o professor repense a sua metodologia e planeje as suas aulas de
acordo com as necessidades de seus alunos. E, através dela, é possível
perceber quais são os conhecimentos lingüísticos, discursivos, sócio-
pragmáticos ou culturais – e as práticas – leitura, escrita, oralidade e
compreensão auditiva – que ainda não foram suficientemente trabalhadas e
que precisam ser abordadas mais exaustivamente para garantir a efetiva
interação do aluno com os discursos em língua estrangeira.
Assim, para a avaliação serão utilizadas as provas objetivas e
discursivas: leitura de textos de diversos gêneros textuais, debates,
seminários, interpretações de textos, diálogos orais e escritos, elaboração de
narrações, dissertações, resumos, poesias, trabalhos individuais e em grupos,
músicas, teatros, filmes, jogos e outras atividades
Para que essa avaliação aconteça com êxito, faz-se necessário que
a mesma deixe de ser utilizada, segundo Luckesi (2005, p. 166) como
“recurso de autoridade e assuma papel de auxiliadora (grifo nosso) do
crescimento”.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
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em Formação. 2ª Edição. Campinas: Pontes, 2005.
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Língua Estrangeira em Formação. 2ª Edição. Campinas: Pontes, 2005.
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BRASIL. Lei – n° 10639, 09 de Janeiro de 2003. Parecer do Conselho
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FERRARI, Mariza Tiemann; RUBIN, Sarah G.; Inglês, de olho no mundo do
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LEFA, Vilson J. O Ensino das Línguas Estrangeiras no Contexto Nacional.
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Ed. EDUCAT. Pelotas, 2006.
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MARQUES, Amadeu. Inglês, série Brasil; Volume único. Editora Ática: São
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MÜLLER, Simone Sargento Vera (Orgs.). O Ensino do Inglês como Língua
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PAIVA, Vera Lúcia Menezes de Oliveira e. Ensino de Língua Inglês: reflexões e
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PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna para a
Educação Básica, Secretaria do Estado do Paraná – Superintendência da
Educação, Curitiba-Pr., 2006.
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SARMENTO, S. MULLER, V. (Orgs.) O Ensino de Inglês como Língua
Estrangeira: Estudos Reflexões. Porto Alegre: APIRS, 2004.
WIDDOWSON, H.G. O Ensino de Línguas para a Comunicação. 2ª Edição.
Campinas: Pontes, 2005.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR -2007
I-IDENTIFICAÇÃO
DISCIPLINA: SOCIOLOGIA
MODALIDADE: ENSINO MÉDIO
PROFESSORES:
Paulo José Zanetti
Cinthia Palma
1-APRESENTAÇAO GERAL DA DICIPLINA
226
O objeto de estudo da disciplina são as relações sócias decorrentes das
mudanças estruturais impostas pela formação do modo de produção capitalista.
Essas relações materializam-se nas diversas instâncias sócias: instituições
Sociais, movimentos sócias, praticas e culturais, as quais devem ser estudadas em
sua especificidade e historicidade. Hoje, embora já consolidado, o sistema capitalista
não cessa a sua dinâmica, assumindo inéditas formas de produção, distribuição e
opressão, o que implica em novas formas de olhar, compreender e atuar socialmente.
A concepção da disciplina é a de uma Sociologia Crítica, mas os seus
conteúdos fundamentam-se em teorias com diferentes tradições sociológicas:
os clássicos, a saber Karl Marx, Émile Durkheim e Max Weber.
Contemporaneamente, Antonio Gramsci, Pierre Bourdieu, Florestan
Fernandes entre outros, também buscarem responder as questões surgidas
nos diferentes contextos das sociedades, pensando as relações sócias,
políticas e sócias.
É a tarefa primordial do conhecimento sociológico explicitar e explicar
plomematicas sócias concretas e contextualizadas, desconstruindo pré-noções
e pré-conceitos que sempre dificultam o desenvolvimento da autonomia
intelectual e ações políticas direcionais à transformação social.
2-OBJETIVOS:
- Desnaturalização das ações que se estabelecem na sociedade –
percepção de que a realidade social é histórica e socialmente construída;
- Inserção do aluno como sujeito social que compreende a sua
realidade imediata, mas que também percebe o que se estabelece além dela;
- Questionamento quanto a existência de verdades absolutas, sejam
elas na compreensão comum do cotidiano ou na construção da ciência.
Este conteúdo articula os conceitos de direitos do direito,
cidadania e movimentos socias, pois na analise dos direitos deve- se
considerar que esses foram sendo inscritos nas leis, lentamente, ou foram
sendo conquistados pela pressão dos que não tinham direitos.
São os direitos que definem a cidadania, ou seja, a possibilidade de
sermos indivíduos atuantes com direitos e deveres. Mas os direitos só se
tornam plenos, e portanto, elementos de cidadania, se forem exercidos no
cotidiano das ações das pessoas.
227
Por isso a vinculação desta temática com movimentos sociais. Estes
têm sua existência vinculada à criação de novos direitos ou no sentido de valer
os que já estão na lei
Conceitos de direito, cidadania e movimentos estudantis, movimentos
conservadores, outras formas de participação e organização na sociedade
3-METODOLOGIA DA DISCIPLINA:
- Aprender a pensar sobre a sociedade em que vivemos, e a agir
nas diversas instâncias sociais, implica antes de tudo numa atitude ativa e
participativa. O ensino da Sociologia pressupõe metodologia que coloquem o
aluno como sujeito de seu aprendizado, não importa se o encaminhamento
seja a leitura, o debate, a pesquisa de campo, ou analise de filme, imagens ou
charges, mas importa que o aluno esteja constantemente provocado a
relacionar a teoria com o vivido, a rever conhecimentos e a reconstruir
coletivamente novos saberes.
4-CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECIFICOS DE DISCIPLINA:
- O processo de avaliação no âmbito do ensino da Sociologia deve
perpassar todas as atividades relacionadas à disciplina e ser pensada e
elaborada de forma transparente e coletiva, ou seja seus critérios devem ser
discutidos por todos os envolvidos na disciplina.
-A apreensão de alguns conceitos básicos da ciência
articulados com a pratica social, a capacidade de argumentação
fundamentada teoricamente, a clareza e coerência na exposição das idéias,
seja no texto oral ou escrito, são alguns critérios possíveis de serem verificados
no decorrer do ano letivo.
- A mudança na forma de olhar pra os problemas sociais assim como a
iniciativa e a autonomia para tomar atitudes diferenciais e criativas que rompam
com a acomodação e o senso comum, ao dados que informarão aos
professores , o alcance e a importância de seu trabalho no cotidiano de seus
alunos
- As formas de avaliação em Sociologia acompanham as praticas de
ensino e da aprendizagem disciplina.
228
- Reflexão crítica nos debates, que acompanham os textos ou filmes,
participação nas pesquisas de campo, produção de textos.
- Devem demonstrar a capacidade de articulação entre teoria e prática.
Podem ser diferentes formas, desde que se tenha como perspectiva ao
seleciona-las, a clareza dos objetivos que se pretende atingir, no sentido da
apreensão, compreensão e reflexão dos conteúdos pelo aluno.
- Por fim, entendemos que não só o aluno mas também os professores e a
instituição escolar devem constantemente se auto-avaliarem em suas
dimensões praticas e discursivas e principalmente em seus princípios políticos
com a qualidade e a democracia.
5-BIBLIOGRAFIA:
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primeiros manuais e cursos. Campinas ; Ed. UNICAMP, 2000.
MORAES, Amaury César. GUIMARÃES, Elizabeth da Fonseca.
OLIVEIRA, Pérsio Santos – Introdução à Sociologia. Ática – SP – 2000.
TOMAZI, Nelson Dácio, Orientações Curriculares de Ensino Médio-
Sociologia- MEC-SEB- Departamento de Políticas de Ensino Médio, 2000.
Diretrizes Curriculares de Sociologia para o Ensino Médio.
Livre Didático Público para o Ensino Médio- Secretaria do Estado da Educação
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR- 2007
I-IDENTIFICAÇÃO
DISCIPLINA: BIOLOGIA
MODALIDADE ENSINO MÉDIO
PROFESSORES:
Eliane Baroneza Fantin
Maria Rosangêla de Oliveira Bonin
Liliam Amanda baggio
229
1- JUSTIFICATIVA
“ ... precisa-se quebrar o mito do “ acaso da descoberta” e do “ cientista genial”
na pesquisa e do “cientista em miniatura” na escola.” ( FREIRE-MAIA, 1990)
A Biologia, como parte do processo de construção científica deve ser
entendida e compreendida como processo de produção do próprio
desenvolvimento humano e determinada pelas necessidades materiais deste
em cada momento histórico. Sofrendo a influência das exigências do meio
social e das ingerências econômicas dele decorrentes ao mesmo tempo que
nelas interfere.
È objetivo de estudo da Biologia o fenômeno vida em toda a sua
diversidade de manifestação, assim como as ciências a Biologia não é um
saber neutro, mas sim, um conjunto de fatos científicos socialmente
produzidos numa sociedade historicamente determinada. Com crescente
valorização do conhecimento e a capacidade de inovar exige pessoas capazes
de aprender continuamente. Para tanto, a Biologia deve permitir a
compreensão dos avanços tecnológicos, considerando a Bioética, a
diversidade cultural, ética-racial e o desenvolvimento sustentável, visando bens
coletivos priorizando a conservação da vida e do ambiente, usufruindo sem
destruir
Portanto, com o ensino da disciplina de Biologia no Ensino Médio, visa
desenvolver no educando o conhecimento científico e tecnológico objetivando
uma postura crítica, reflexiva e investigadora, com autonomia de pensamento e
ação, formação de hábitos e atitudes em relação ao meio ambiente,
desenvolvimento sustentável e ética científica. E ainda fazer com que ele
reconheça o ser humano como agente de transformações intencionais por ele
produzidas em seu ambiente,sabendo que todo conhecimento científico
produzido é fruto do estudo e tecnologias de cada época histórica.
2-CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
A Organização dos seres vivos: Deve-se ampliar a discussão para a
comparação das características anatômicas e comportamentais dos seres,
230
realizando discussões entre os critérios usados desde Linné até a atualidade
com a introdução da análise genômica, propiciando a compreensão sobre
como o pensamento humano, partindo da compreensão de mundo imutável,
chegou ao modelo de mundo em constante mudança.
Os mecanismos biológicos deve basear-se na análise dos
conhecimentos biológicos sob uma perspectiva fragmentada, conhecendo-se
as partes, pois este conhecimento isoladamente, é insuficiente para permitir ao
aluno compreender as relações que se estabelecem entre os diversos
mecanismos para manutenção da vida. É importante que o professor considere
o aprofundamento, a especialização, o conhecimento objetivo como ponto de
partida para que se possa compreender os sistemas vivos como fruto da
interação entre seus elementos constituintes e da interação deste sistema com
os demais componentes do seu meio.
Biodiversidade: Pretende-se caracterizar a diversidade da vida como um
conjunto de processos organizados e integrados, quer no nível de uma célula,
de um indivíduo, ou, ainda , de organismos no seu meio. Fundamenta-se na
superação das concepções alternativas do aluno com a aproximação das
concepções científicas, procurando compreender os conceitos da genética, da
evolução e da ecologia, como forma de explicar a diversidade dos seres vivos.
Implicações dos Avanços Biológicos: Garantir a reflexão sobre as
implicações dos avanços biológicos para o desenvolvimento da sociedade.
Deve-se utilizar a metodologia da problematização, partindo do princípio da
provocação e mobilização do aluno na busca por conhecimentos necessários
para resolução de problemas. Estes problemas relacionam os conteúdos da
Biologia ao cotidiano do aluno para eu ele busque compreender e atuar na
sociedade de forma crítica.
* - Organização dos seres vivos
-Origem da vida
-Níveis de organização dos seres vivos
-Características dos seres vivos:
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• Classificação
• Regras de nomenclatura
• Vírus
-Classificação em reinos: Monera ,Protista, Fungi e Animal:
-Filos do Reino Animal: Espongiários, Cnidários, Platelmintos,
Nematelmintos, Anelídeos, Artrópodes, Moluscos, Equinodermos e Cordados
- Reino Plantae
* Mecanismos Biológicos
-Histórico da Biologia Celular
-Composição química da célula
-Membrana plasmática
-Organelas citoplasmáticas
-Material nuclear
-Divisão celular: mitose e meiose
-Reprodução
-Gametogênese animal
-Embriologia
-Anexos embrionários
-Hereditariedade
-Conceitos utilizados em Genética
-Heredogramas
-1ªLei de Mendel
-2ªLei de Mendel
-Sistemas Sangüíneos; ABO, Rh, e MN
-Determinação genética do sexo
-Anomalias cromossômicas
-Interação Gênica
-Herança Quantitativa
* Biodiversidade
-Conceitos ecológicos
-Cadeia e teia alimentar
-Fluxo de matéria e energia
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-Ciclos biogeoquímicos
-Relações ecológicas
-Equilíbrio ecológico
-Desequilíbrio ambientais
-Noções de evolução:
-Teorias de Lamarck e Darwin
-Evidências evolutivas
* Implicações dos Avanços Biológicos no Fenômeno Vida
Orientação Sexual
Remédios, vacinas
Saúde e doenças
Armamento biológico
Melhoramento genético
Controle biológico de pragas
Preservação ambiental e recursos
Projeto genoma
Células tronco
Transgênicos
Terapia gênica
Engenharia Genética
Biotecnologias
3-METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Segundo GASPARIN (2002); e SAVIANI (1997); o ensino dos conteúdos
específicos de Biologia apontam para as seguintes estratégias de ensino:
- Prática social: caracteriza-se por ser o ponto de partida onde se
observa o senso comum dos alunos a respeito do conteúdo a ser
trabalhado.
- Problematização: fase de detecção e apontamento das questões
que precisam ser resolvidas.
- Instrumentalização: e a apresentação sistematizada dos
conteúdos.
233
- Catarse: é a fase em que o aluno confronta o conhecimento
adquirido com o problema em questão.
- Retorno à prática social: É o retorno ao ponto de partida, mas
agora com um saber concreto e pensado de maior clareza e
compreensão voltado para o âmbito social.
Compreendendo a proposta dos Conteúdos Estruturantes o professor em suas
aulas pode contemplar os mais variados recursos como:
• Exposição oral feita pelo professor, acompanhado de discussões onde o
aluno emita opiniões, levante hipóteses e construa novos
conhecimentos.
• Pesquisas, entrevistas, relatórios, resolução de atividades que explorem
a interpretação de gráficos, mapas e charges.
• Debates em grupos e seminários
• Aulas práticas
• Visitas de estudo para buscar informações em outros ambientes
As aulas de Biologia devem, segundo LIBÂNEO,(1983) propiciar ao
educando a compreensão da prática social, pois revelam a realidade
concreta de forma crítica e explicitam as possibilidades de atuação dos
sujeitos no processo de transformação desta realidade.
Dessa forma visa-se a formação de um cidadão crítico, reflexivo e atuante
em seu meio.
4-AVALIAÇÃO:
A avaliação é um instrumento cuja finalidade prática é obter informações
necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para nela interferir e
reformular os processos de aprendizagem, é indispensável uma vez que permite ao
professor recolher, analisar e julgar dados sobre a prática pedagógica e ao mesmo tempo
verificar a qualidade do desempenho de seu trabalho.
A avaliação deve ser: diagnóstica, diária e contínua, onde se analisa a
participação do aluno em sala de aula e interesse nas atividades propostas
pelo professor.
234
Toda avaliação deve ser registrada também, através de testes objetivos
e subjetivos, pesquisas , relatórios, empenho e criatividade.
5- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FREIRE-MAIA, N. A ciência por dentro. Petrópolis: Vozes, 1990.
MINISTÉRIO DA EUCAÇÃO. Parâmetros Curriculares Nacionais-
Ensino Médio 3. Brasília, 1999.
Orientações metodológicas para o ensino de Biologia Positivo. Posigraf.
Curitiba, 2002.
PAULINO,W.R. Biologia- novo Ensino Médio. Ática , São Paulo: 2003.
MACHADO. S. Biologia – de olho no mundo do trabalho. Scipione. São
Paulo, 2003
GASPARIN,J.L.Uma didática para a pedagogia histórico-crítica.
Campinas: Autores Associados, 2002.
SAVIANI, D. Pedagogia histórico- crítica: primeiras aproximações.
Campinas/ SP: Autores Associados , 1997.
SEED, GOVERNO DO PARANÁ. Diretrizes curriculares de Biologia.
Curitiba. 2006
SEED, GOVERNO DO PARANÁ. Como Trabalhar a Lei.10.639/2003
e as Diretrizes Curriculares para a Educação das relações Étnico-raciais e
História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola. Curitiba. 2006
SANTOS,C.H.V. et al. Biología Ensino Médio. SEED, Curitiba, 2006.
PROJETO DIA INTERNACIONAL DA MULHER – 08 DE MARÇO
TÍTULO: DIA INTERNACIONAL DA MULHER.
SÉRIES ENVOLVIDAS:
Ensino Médio: 2ªs A,B,C e 3°ano C
JUSTIFICATIVA:
O referido projeto tem por finalidade homenagear as mulheres
que convivem na escola e também conscientizar todas as
pessoas sobre as lutas, conquistas e a valorização do sexo
feminino através dos tempos.
OBJETIVOS:
Homenagear as professoras, as auxiliares
administrativo;auxiliares dos serviços gerais; pedagogas e alunas;
235
Resgatar na comunidade escolar a importância dos valores morais e da
dignidade feminina.
RECURSOS:
Jornais; revistas;textos mimeografados;; fitilhos; bombons; balas;
painéis; kami (tnt); banner; faixa;
METOLOGIA:
A professora trabalha com textos informativos e de revistas para
conscientizar os alunos sobre o respeito que deve ser dedicada às
mulheres e para que as mulheres também se dêem ao respeito. Depois
serão redigidas e selecionadas pelos alunos mensagens que serão
coladas nos bombons e balas devendo as mesmas ser distribuída no dia
08 de março para o grupo feminino do Colégio. Serão confeccionados
cartazes, painéis, faixas e banner. Neste dia, o professor Francisco lerá
o texto abaixo para professoras e funcionários.
CRONOGRAMA:
20 de fevereiro de 2006 a 08 de março de 2006.
AVALIAÇÃO:
Será realizada através da realização das atividades.
ABRANGÊNCIA: Comunidade Escolar
PROFESSOR RESPONSÁVEL: Onilse Karoleski
PROJETO DIA MUNDIAL DA ÁGUA – 22 DE MARÇO
TÍTULO: DIA MUNDIAL DA ÁGUA
SÉRIES ENVOLVIDAS:
7ªs séries matutino e vespertino.
JUSTIFICATIVA:
Em todas as partes do planeta discute-se as questões ambientais
e recursos naturais. Sabemos que a água é vital para
sobrevivência de todos os seres vivos. Sendo assim, o projeto
visa conscientizar a comunidade sobre a necessidade de
economizar e preservar os recursos hídricos existentes para que
no futuro a vida possa continuar.
OBJETIVOS:
236
Desenvolver nos alunos hábitos para economizar água;
Conscientizar os alunos sobre a preservação das matas ciliares para
proteção dos córregos e rios.
Divulgar para a comunidade conceitos que conscientizem a
população sobre a necessidade de proteger nossos recursos hídricos;
METODOLOGIA:
Serão realizados trabalhos de fundamentação teórica sobre o
assunto com explanação do professor, pesquisas realizadas pelos
alunos, apresentação dos trabalhos realizados pelos grupos;
elaborar resumo para confecção de panfletos;painéis e
panfletagem na comunidade.
CRONOGRAMA:
06 DE março 2006 a 24 de março de 2006.
AVALIAÇÃO:
Será realizada durante a elaboração dos trabalhos;
ABRANGÊNCIA:
Comunidade escolar e bairro onde está inserida a escola.
PROFESSOR RESPONSÁVEL:
Cláudio S.Ribeiro
PROJETO EDUCAÇÃO ARTÍSTICA –ARTE – LÍNGUA PORTUGUESA
TÍTULO: CARNAVAL
SÉRIES:
6ªs Séries A,B,C,D: 7ªs A,B,C,D; 2ªS C;
JUSTIFICATIVA:
Diante da aproximação da festa de Carnaval que acontecerá nos
dias 25,26,27 e 28 de fevereiro, necessário se faz, uma
conscientização sobre as origens dessa festa como também
sobre as fantasias que são usadas nesta festa.
OBJETIVOS:
Resgatar as marchinhas carnavalescas;
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Conscientizar os alunos que participam do Carnaval para uma diversão
saudável;
Confeccionar cartazes e máscaras.
RECURSOS:
Jornais, livro, revistas, murais, folhas, sulfite, lápis de cor,
giz de cera, tinta guache, farinha de trigo.
METODOLOGIA:
A professora de Educação Artística trabalhará com as marchinhas
carnavalescas, confecção de cartazes, máscaras, painéis, enquanto a
professora de Língua Portuguesa, trabalhará com textos informativos
sobre o Carnaval, letras de músicas ( marchinhas ).
CRONOGRAMA:
13 de fevereiro a 24 de fevereiro de 2006.
AVALIAÇÃO:
Através da confecção de painéis, máscaras, interpretação de textos.
ABRANGÊNCIA:
Comunidade Escolar.
PROFESSORES RESPONSÁVEIS:
Andréia G. Cirqueira e Vera Lúcia L. Guiselli
PROJETO PÁSCOA
TÍTULO: PÁSCOA SOLIDÁRIA
SÉRIES ENVOLVIDAS:
Toda comunidade escolar períodos diurno e noturno.
JUSTIFICATIVA:
Os quarenta dias pós-carnaval é um período de preparação para
a Páscoa, na qual nos voltamos mais para Deus e os irmãos,
onde vivemos momentos de oração e solidariedade. Assim
sendo, decidimos compartilhar, nossa Páscoa com reflexões que
levam a comunhão com Deus e dividir o pão com as famílias mais
carentes da comunidade escolar.
OBJETIVOS:
Desenvolver o espírito de solidariedade em nossa comunidade escolar;
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Conscientizar nossos alunos sobre o Sentido da Páscoa para os
Cristãos, assim como, para os Judeus.
RECURSOS:
Papel sulfite, cartolinas, painéis, alimentos não perecíveis.
METODOLOGIA:
O projeto será desenvolvido seguindo as seguintes etapas:
Todos os professores da História, Geografia, Sociologia e Filosofia, deverão
pedir pesquisas sobre o Sentido da Páscoa para os Cristãos, com também o sentido
histórico,;
Sociologia e Filosofia e Geografia do Ensino Fundamental e Médio:
localização dos povos em todas as séries. Os professores de Educação Artística e
Artes montarão painéis com os Símbolos Pascais e cartazes; Língua portuguesa,
trabalharão textos sobre solidariedade e amor ao próximo; professoras de
Matemática, contribuirão com momentos de reflexão com professores e alunos nos
dias 11 e 12 de abril convidando pastores e padres para reflexões.
As pedagogas serão responsáveis junto com o Grêmio Estudantil pela
arrecadação e distribuição de alimentos para as famílias carentes.
As cestas serão distribuídas dia 13 de abril de 2006.
CRONOGRAMA:
03 A 13 DE ABRIL DE 2006
AVALIAÇÃO:
Acontecerá em todas os momentos do desenrolar do projeto através da
observação e apreciação das atividades que serão desenvolvidas.
ABRANGÊNCIA:
COMUNIDADE ESCOLAR
RESPONSÁVEIS:
Pedagogos, grêmio estudantil, professores.
239
X-DETERMINAÇÕES GERAIS
Este Projeto Político Pedagógico norteará todas as ações do Colégio
para o ano de 2006. Será implementado anualmente de acordo com as
necessidades apontadas pelo coletivo escolar, sempre em consonância com a
filosofia da escola e políticas educacionais vigentes.
X-REFERÊNCIAS
ALVARENGA, G.M. Avaliação: o saber na transformação do fazer.
Londrina:NEPAE, 2002.
240
ARROYO, Miguel G. (2002): Ofício de mestre: imagens e auto-imagens, 6.ª
ed., Rio de Janeiro, Editora Vozes.
BORDENAVE. J. D.; PEREIRA, Estratégias de Ensino e Aprendizagem. 12ª
ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1991.
BRANDÃO, ZAIA (org). A crise dos Paradigmas e a Educação. 6 ed, São
Paulo, Cortez.
FREIRE, P. Política e Educação: ensaios. São Paulo: Cortez, 1995.
FREIRE, P. Ética, Utopia e Educação. Rio de Janeiro, Vozes, 1999.
GADOTTI, Moacir (1998): Pedagogia da práxis, 2.ª ed., São Paulo, Cortez.
GANDIN, D. A Prática do planejamento participativo: e em outras
instituições, grupos e movimentos dos campos, cultural, social, político,
religioso e governamental. Petrópolis: Vozes, 1994.
http://www.pucsp.br/paulofreire/cadernoporto09.htm
KUENZER, Acácia, CALAZANS. Julieta, GARCIA, Walter. Planejamento e
Educação no Brasil. São Paulo: Cortez, 1990
LIBANEO, José Carlos. Didática: São Paulo, 1994.PADILHA, Paulo Roberto.
Planejamento Dialógico: como construir o Projeto Político-Pedagógico na
escola. São Paulo: Cortez/IPF, 2001.
LUCKESI, C.C. Avaliação da Aprendizagem Escolar. São Paulo, Vozes,
1994.
PARO, V. H. Reprovação escolar: renúncia à educação. São Paulo: Xamã,
2001.
PERRENOUD, Philippe. Avaliação: da excelência à regulação das
aprendizagens – entre duas lógicas. Porto Alegre; Artmed, 1999.
PERRENOUD, P. Dez novas competências para ensinar. Trad. Patrícia C.
Ramos. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.
241
RESENDE, E. O livro das Competências. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2000.
SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. Campinas:
Autores Associados, 1997.
SEVERINO, Antônio Joaquim (2001): «Identidade e tarefas da filosofia da
educação», in Educação, sujeito e história, São Paulo, Olho D’água.
VASCONCELOS, Celso dos S. Planejamento: Projeto de Ensino
Aprendizagem e Projeto Político-Pedagógico, 7ª ed. São Paulo, Liberdade
2000.
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
MATRIZ CURRICULAR – ENSINO FUNDAMENTAL REGULAR 5ª à 8ª
SÉRIE
NRE:- APUCARANA MUNICÍPIO:- ARAPONGASESTABELECIMENTO:- COL EST ANTONIO GARCEZ NOVAES, E F M
ENTIDADE MANTENEDORA:- GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁCURSO:- 4000 ENSINO FUND 5/8 SER TURNO:- MAT - VESPANO DE IMPLANTAÇÃO:- 2006
SIMULTÂNEAMÓDULO:- 40 SEMANAS
CARGA HORÁRIA:- 3266 HORAS
242
BA
SE
NA
CIO
NA
LC
OM
UM
DISCIPLINASSÉRIES
5ª 6ª 7ª 8ª
TOTAL
H/AHORAS
CIÊNCIAS 3 3 3 4 520 433
EDUCAÇÃO ARTÍSTICA 2 2 2 2 320 267
EDUCAÇÃO FÍSICA 3 3 3 3 480 400
ENSINO RELIGIOSO * 1 1 - - - -
GEOGRAFIA 3 3 4 3 520 433
HISTÓRIA 3 3 3 3 480 400
LÍNGUA PORTUGUESA 4 4 4 4 640 533
MATEMÁTICA 4 4 4 4 640 533
SUB-TOTAL 22 22 23 23
P D.LÍNGUA ESTRANGEIRA
**2 2 2 2 320 267
SUB-TOTAL 2 2 2 2 320 267
TOTAL GERAL EM HORA/AULA 24 24 25 25 3920 3266
TOTAL GERAL EM HORAS
*OFERTA OBRIGATÓRIA E DE MATRÍCULA FACULTATIVA, NÃO
COMPUTADA NAS 800 HORAS.
DATA DE EMISSÃO:- 06/11/2006
ASSINATURA DO CHEFE DO N.R.E
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NRE:- APUCARANA MUNICÍPIO:- ARAPONGASESTABELECIMENTO:- COL EST ANTONIO GARCEZ NOVAES, E F M
ENTIDADE MANTENEDORA:- GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁCURSO:- ENSINO MÉDIO TURNO:- MATUTINO/NOTURNOANO DE IMPLANTAÇÃO:- 2006 MÓDULO:- 40 SEMANASREGIME:- Seriado IMPLANTAÇÃO:- SimultâneaCARGA HORÁRIA:- 2.500
243
BA
SE
NA
CIO
NA
LC
OM
UM
DISCIPLINAS1ª
série
2ª
série
3ª
série
Total
H/AHoras
ARTE - 2 2 160 133
BIOLOGIA 3 2 2 280 233
EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2 240 200
FÍSICA 3 2 2 280 233
GEOGRAFIA 2 2 2 240 200
HISTÓRIA 2 2 2 240 200
LÍNGUA
PORTUGUESA/LITERATURA4 3 4 480 400
MATEMÁTICA 4 4 3 480 400
QUÍMICA 3 2 2 280 233
SUB-TOTAL 23 21 21 2600
P D
FILOSOFIA - 2 - 80 67
L.E.M. - * 2 2 2 240 200
SOCIOLOGIA - - 2 80 67
SUB-TOTAL 2 4 4 400 333
TOTAL GERAL EM HORA/AULA 25 25 25 3000 2500
TOTAL GERAL EM HORAS 833 833 833 2500
NOTA:- MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDBEN nº 9394/96
DATA DE EMISSÃO:- 06/112006
_________________________________
ASSINATURA DO CHEFE DO N.R.E
244