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COL EST ANTONIO GARCEZ NOVAES ARAPONGAS-PARANÁ ARAPONGAS-PARANÁ PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO “FLAMBOYANT” 2007

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias · autoriza o funcionamento e muda a denominação do Estabelecimento para Escola “Antonio Garcez Novaes” – Ensino de 1º grau, através

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COL EST ANTONIO GARCEZ NOVAES

ARAPONGAS-PARANÁARAPONGAS-PARANÁ

PROJETOPOLÍTICO

PEDAGÓGICO

“FLAMBOYANT”

2007

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Precisamos contribuir para criar A escola que é aventura, que marcha,

que não tem medo do risco,por isso que recusa o imobilismo.

A escola em que se pensa, em que se atua, em que se cria, em que se fala,

em que se ama, se adivinhaa escola que apaixonadamente,

diz sim à VIDA.

Paulo Freire

ÍNDICE

I BASE LEGAL 003

II JUSTIFICATIVA 004

III APRESENTAÇÃO 005

IV INTRODUÇÃO 006

V OBJETIVOS 022

VI MARCO SITUACIONAL 023

VII MARCO CONCEITUAL 029

VIII MARCO OPERACIONAL 047

XIX PROPOSTA CURRICULAR NO ENSINO BÁSICO-ENS. FUND. 063

X- PROPOSTA CURRICULAR NO ENSINO BÁSICO-ENS. MÉDIO 132

XI PROJETOS INTERDISCIPLINARES 232

XII DETERMINAÇÕES GERAIS 237

XIII REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 237

XIV MATRIZ CURRICULAR-ENSINO FUNDAMENTAL REGULAR 239

XV MATRIZ CURRICULAR – ENSINO MÉDIO 240

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I-BASE LEGAL

Lei n.º 9394/96- MEC / CNE

Lei nº 9475/97- CNE

Resolução n.º 03/98- CEB/CNE

Resolução n.º 3794/04- SEED

Deliberação n.º 007/99- CEE

Deliberação n.º 014/99- CEE

Deliberação n.º 016/99- CEE

Processo nº 560/99 – Indicação nº 004/99- CEE

Parecer nº 05/97- CEB/CNE

Parecer nº 15/98- CEB/CNE

Decreto Federal nº 3298 que regulamenta a Lei nº 7853

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II-JUSTIFICATIVA.

Conforme disposição legal prevista na Lei de Diretrizes e Bases da

Educação, artigo 12, inciso I, é incumbência da escola elaborar e executar a

sua proposta pedagógica, atendendo as diferenças culturais regionais e locais,

às políticas de apoio, à implementação de inovações e especificidades de cada

modalidade de ensino.

Considerando as constantes modificações sócio-econômicas e

tecnológicas de nossa época, faz-se necessário à implementação permanente

do presente projeto junto à comunidade escolar, para que este se constitua ato

intencional e diversificado de ações que contribuam para formação do cidadão.

Um outro aspecto relevante é o fato de que o Projeto Político

Pedagógico deve refletir a realidade e as ações da escola, tanto no sentido

amplo como no restrito, ações essas que devem ser pensadas e repensadas

dia-a-dia, buscando o compromisso ético e político dos envolvidos no processo

educativo.

Certamente, não existem receitas prontas, ou caminhos prontos a trilhar,

o caminho se faz ao andar, e o andar é coletivo, participativo e democrático. A

consciência de mudança deve brotar dos anseios de se almejar um futuro

melhor, mais fraterno e solidário, ultrapassando os limites muitas vezes

impostos pela realidade histórico-social vigente. Este Projeto Político

Pedagógico tem como anseio enfrentar com determinação as desigualdades

sociais que acarretam a exclusão.

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III-APRESENTAÇÃO

Quando a comunidade escolar se envolve nas discussões e decisões da

escola, compreendendo com transparência o funcionamento da mesma, ela

terá condições de buscar caminhos para melhorar a qualidade de ensino.

Essa participação deve ser coletiva e democrática assegurando os

interesses da maioria, respeitando também as minorias e é condição essencial

para a democratização das relações de poder no âmbito escolar.

Além disso, aos responsáveis por essa gestão democrática cabe

promover a criação e a sustentação de um ambiente para a formação do

educando, desenvolvendo-lhe o sentido de cidadania.

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IV-INTRODUÇÃO

O Projeto Político Pedagógico foi criado em 1992, respondendo a uma

exigência do Estado, considerando a proposta da “Escola Cidadã” de Demerval

Saviani.

Em 1993, postos os marcos, os eixos que norteariam o nosso trabalho,

iniciamos a construção coletiva do Projeto Político Pedagógico, denominado

em nossa comunidade desde 1998, “Projeto Flamboyant”.

Tarefa nada fácil para uma escola que nasceu, cresceu e viveu durante

longo período, dominada pelo consenso de uma prática tradicionalista e

fragmentada.

Ao longo desses treze anos, incertezas, tropeços e desafios ocorreram,

mas a dada um dos problemas surgidos, buscamos respostas através do

diálogo, da coletividade e principalmente da união. Transformamos os

obstáculos em possibilidades e promovemos a concretização dos objetivos e

finalidades estimadas por toda a equipe escolar, democraticamente.

Elaborado o Projeto Político Pedagógico, sua existência não encerra o

processo, nem acarreta resultado final. Ao contrário, sempre faz reiniciar a

discussão no meio-termo entre “envolvimento e criatividade crítica”, “avaliação

e aperfeiçoamento”.

É neste contexto que a cada ano realimentamos, ou seja,

implementamos o presente documento, buscando, com total transparência,

ouvir toda a comunidade envolvida no processo educativo, seus anseios, numa

abordagem teórico-prática-metodológica, onde as ações desenvolvidas,

propiciem uma práxis coerente, democrática e colaborativa.

Desta forma, estaremos desafiados a lutar por uma escola pública de

qualidade, onde o educando no ambiente escolar possa desde cedo construir e

exercer sua cidadania.

IV-a- Identificação

O Colégio Estadual “Antonio Garcez Novaes – Ensino Fundamental e

Médio, com sede próprio, está localizado à Rua Perdizes nº 910 – Centro, CEP

86.701.420, Telefone/Fax- (xx) 43-3252-6225 e (xx) 43-3252-3834.

7

Este Estabelecimento de Ensino tem como Entidade Mantenedora o

Governo do Estado do Paraná, administrado pela Secretaria de Estado da

Educação, com sede na Avenida Água Verde, nº 1.682, Curitiba – Paraná, nos

termos da Legislação em vigor pelo Regimento Escolar.

IV- b- Aspectos históricos importantes

O Ginásio Comercial Estadual iniciou seu funcionamento anexo ao

Colégio Comercial de Arapongas, através do Decreto nº 7.602 de 16/11/67 e

que altera a denominação para Ginásio Estadual de Arapongas. Passa a

denominar-se Ginásio “Antonio Garcez Novaes”, através do Decreto nº

16.684/69 de 03/10/69, publicado no Diário Oficial de 06/10/69. O Decreto nº

2.435, de 26 de outubro de 1976, publicado no Diário Oficial de 29/10/76,

autoriza o funcionamento e muda a denominação do Estabelecimento para

Escola “Antonio Garcez Novaes” – Ensino de 1º grau, através da Resolução nº

3.037 de 15/12/81, publicada no Diário Oficial de 12/01/82.

A Escola Estadual “Antonio Garcez Novaes – Ensino de 1º grau, através

da Resolução 315/88, publicada em 03/02/1988, passa a denominar-se Colégio

Estadual “Antonio Garcez Novaes” – Ensino de 1º e 2º graus. No Diário Oficial

de 07/05/1991, foi publicada a Resolução nº 1.546/91, que reconheceu o 2º

grau, curso Auxiliar / Técnico em Contabilidade.

Através da Resolução nº 4.394/96, firma o Termo de Adesão ao

“Programa Expansão Melhoria e Inovação no Ensino Médio do Paraná –

PROEM, no qual se compromete a implantar a partir do início de 1998, o Curso

de Educação Geral de Segundo Grau.

A partir de 1997 houve a implantação do Projeto PAI-S ( Correção de

Fluxo ), Resolução 1553/97, extinto em 1999.

A implantação adicional do Curso de 2º grau – Educação Geral, de

forma gradativa, deu-se através do Parecer nº 460/98, CEF de 12/03/98, e

Resolução nº 836/98 de 20/03/98 – CEE.

Através do Parecer nº 100/98 de 01/10/98, e de acordo com a

Deliberação nº 003/98, muda-se a nomenclatura do Estabelecimento para

Colégio Estadual “Antonio Garcez Novaes” – Ensino Fundamental e Médio.

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Através da Resolução nº 3733/2000, publicada no Diário Oficial de

02/02/2001, passa a ser reconhecido o Curso Ensino Médio deste

estabelecimento.

IV-c- Organização do espaço físico

Conforme se pode visualizar na planta baixa deste estabelecimento o

terreno apresenta uma boa distribuição de área. O ambiente é agradável,

arborizado propício e adequado para uma boa aprendizagem.

O colégio atualmente conta com 13 salas de aula com número de

carteiras suficientes para a demanda. Biblioteca virtual com um parque

instalado de hardware e software condizentes com o ensino ora proposto e

uma rede de 21 computadores interligados, contando com Internet banda larga,

utilizando com a tecnologia da Brasil Telecom ADSL Turbo 300 e 08

impressoras. A escola por estar no Projeto de Inclusão Digital da SEED

receberá ainda para 2006, 20 computadores em rede e terá a possibilidade de

utilizar a rede de fibra ótica da Copel para acesso à Internet.Quanto ao acervo

bibliográfico este poderia ser ampliado e atualizado. Possui ainda, um

laboratório de ciências físicas e biológicas equipados com conjuntos de

reagentes, vidrarias e equipamentos e uma sala de reunião com vídeo, DVD, 1

computador com placa de TV ligado a TV 29 polegadas para uso dos

professores e alunos.

O estabelecimento é carente de uma cozinha e um refeitório, visto que a

atual é inadequada para o atendimento quantitativo da clientela

A quadra esportiva coberta está dentro dos padrões para as práticas

esportivas, entretanto necessita de urgente reforma no telhado e no espaço

interno. A quadra externa precisa de reparos emergenciais.

A limpeza é realizada diariamente tornando o ambiente limpo e

agradável.

Os banheiros e toda a parte administrativa estão em boas condições.

Para maior segurança faz-se necessário que se coloque grades nos

muros em frente à escola.

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IV-d-Oferta de cursos/modalidades

O Estabelecimento de Ensino tem por finalidade atendendo ao disposto

nas Constituições Federal e Estadual e na Lei de Diretrizes e Bases da

Educação 9394/96, ministrar o Ensino Fundamental (5ª à 8ª séries) e o Ensino

Médio (1ª à 3ª séries), observadas em cada caso, a legislação e as normas

especificadamente aplicáveis. São ofertados nos períodos matutino, vespertino

e noturno.

OBS: A matriz está anexada no final.

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IV-e- Quadro de Pessoal

Atualmente o Colégio Estadual Antonio Garcez Novaes – Ensino Fund. e

Médio, conta com os seguintes profissionais.

1- Equipe Administrativa

2- Equipe Pedagógica

3- Equipe de Apoio/Técnico Administrativo

4- Corpo Docente

5- Equipe de Apoio/ Auxiliar de Serviços Gerais

1.1– Equipe Administrativa

1.1.1 – Direção: Ivanilde Gouveia Canassa

- 2º Grau

- Superior – Letras Anglo-Portuguesa

Pós Graduação: Especialização em Metodologia do Ensino

Especialização em Administração, Supervisão e Orientação

Educacional

1.1.2 – Direção Auxiliar:Gerson Vizoni

- 2º Grau

- Superior – Física

1.1.3 – Secretária:Sueli Garcia Segura Bertoni

- 2º Grau

- Superior – Letras Anglo-Portuguesa / Pedagogia

- Pós Graduação - Especialização em Administração, Supervisão e Orientação

Educacional

1.2– Equipe Pedagógica

1.2.1 – Valdenice Maria Quintaneiro Ribeiro

11

- 2º Grau

- Superior – Ciências Sociais - Pedagogia

- Pós Graduação - Complementação em História, Administração, Supervisão e

Orientação Educacional, História dos Movimentos Sociais no Brasil e

Especialização em Aconselhamento Familiar

1.2.2 – Sandra Regina Schell de Moraes

- 2º Grau

- Superior – Letras Anglo-Portuguesa, Direito e Pedagogia em Orientação

Educacional

- Pós Graduação – Esp. em Didática e Metodologia do Ensino;

Esp. Em Dto Civil e Cto Processual Civil

1.2.3– Judith Muller da Silva

- 2º Grau

- Superior – Pedagogia

- Pós Graduação – Especialização em Psicopedagogia

1.2.4 – Aliete Freire Moreira

- 2º Grau

- Superior – Pedagogia

- Pós Graduação – Administração, Supervisão e Orientação

1.2.5 - Maria de Fátima da Costa

2º Grau

Superior – Ciências Econômicas – Bacharel em Administração-

Pós-Graduação- Esquema I e II

1.3– Equipe de Apoio/ Téc.Administrativa

1.3.1 – Olga Bastos Delazari

- 2º Grau

- Superior – Ciências Sociais

12

- Pós Graduação – Especialização em Educação Infantil

1.3.2 – Rosa Harume Hirata

- 2º Grau

- Superior – Matemática

- Pós Graduação – Especialização em Didática e Metodologia do Ensino

1.3.3 – Laurindo Augusto de Hércule

- 2º Grau

- Superior – Letras Anglo-Portuguesa

- Pós Graduação- Especialização em Língua Inglesa - Ensino

1.3.4 – Dirce Vieira Galassi

- 2º Grau

1.3.5– Edson Luis Schmall Moreira

- 2º Grau

- Superior – Ciências Econômicas

- Pós Graduação- Análise de Sistemas

1.3.9 – Nair Carmona Martinez Salvador

- 2º Grau

- Superior – Matemática

- Pós Graduação – Metodologia do Ensino

1.3.7– Lucirlei Ferdinandi

- 2º Grau

- Superior – Química e Pedagogia

- Pós Graduação- Didática Fundamentos Teóricos

1.3.8– Juraci Baratela Nascimento

2º Grau

Superior – Ciências Sociais – Pedagogia

Pós- Graduação: Administração Escolar, Supervisão e Orientação educacional

13

1.3.9 Rosana Galiciani de Paula

2º Grau

Superior – Matemática

1.3.10- Osvanilda Custódio

2º Grau

Superior: Letras – Anglo Portuguesa

1.3– Corpo Docente – Ensino Fundamental

1.4.1 Lúcia de Jesus Coutinho Bezerra

-2º Grau

-Superior – Letras Anglo-Portuguesa

-Pós-Graduação: Gestão Escolar, Supervisão e Orientação

1.4.2 – Marilza da silva Molina

2º Grau

Superior – Letras Anglo- Portuguesa

Pós-Graduação: Curso em especialização em Didática e Metodologia do

Ensino

1.4.3- Lílian Fernandes de Oliveira Santos

2º Grau

Superior- letras Anglo- portuguesa

1.4.4 – Vera Lúcia Canassa

2º Grau

Superior- letras Anglo – Portuguesa

Pós – Graduação

1.4.5 – Viviane Aparecida Nunes Vieira

2º Grau

Superior – letras Anglo- Portuguesa

Pós- Graduação

14

1.4.6 – Laura Leiko Ide

-2º Grau

-Superior –Matemática

-Pós-Graduação: Especialista em Ensino da Matemática

1.4.7 – Acir Carvalho de Castro

2º Grau

-Superior – Matemática e Engenharia Civil

-Pós-Graduação: Curso de Especialização em Didática e Metodologia do

Ensino

1.4.8 – Rosana Maria Ferro

-2º Grau

-Superior – Matemática

-Pós-Graduação: Didática do Ensino da Matemática

1.4.9 – Elisângela Cristina Perugini Mázaro

-2º Grau

-Superior – Matemática

-Pós-Graduação: Curso de Especialização em Didática e Metodologia de

Ensino

1.4.10 – Adriana Martins de Campos

-2º Grau

-Superior – Matemática

-Pós-Graduação: Didática e Metodologia de Ensino

1.4.11 – Maria de Fátima Pereira

-2º Grau

-Superior – Matemática

-Pós-Graduação: Administração, Supervisão e Orientação Educacional

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1.4.12 – Cláudio da Silva Ribeiro

-2º Grau

-Superior – Ciências/Matemática

-Pós-Graduação: Curso de Especialização em Didática e Metodologia do

Ensino

1.4.13 – Aparecida Martins

-2º Grau

-Superior – Ciências e Matemática

-Pós-Graduação: Especialização em Didática e Metodologia do Ensino

1.4.14 – Maria Rosângela de Oliveira Bonin

-2º Grau

-Superior – Ciências/ Química

-Pós-Graduação: Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

1.4.15 – Ebis Benits

-2º Grau

-Superior – Ciências Sociais e Pedagogia

-Pós-Graduação: Especialização em Didática – Fundamentos Teóricos

1.4.16 – Cristiano Schinwelski

-2º Grau

-Superior – Filosofia, Pedagogia

-Pós-Graduação: Filosofia, Hist. do Pensamento Brasileiro

-Mestrado – Filosofia-Ética

1.4.17- Estela Maris Dutra

2º Grau

Superior: Geografia

Pós: Ensino de Geografia – Especialização

1.4.18 -Juliana Cristina Locomann

2º grau

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Superior – Geografia

Pós- Graduação: Organização do Espaço e Meio Ambiente

1.4.19- Leandro Antonio Lorençatto

2º Grau

Superior: História

Pós- Graduação : Metodologia do ensino da História e Doc~encia do Ensino

Superior

1.4.20– José Campassi Júnior

-2º Grau

-Superior – Educação Física

-Pós-Graduação: Fundamentos Teóricos da Prática Pedagógica

1.4.21– Moisés Vicente dos Santos

-2º Grau

-Superior - Educação Física

-Pós-Graduação: Especialização em Ciências do Basquetebol e Voleibol

– 1.4.22 – Maria Cristina Tomazini

-2º Grau

-Superior – Educação Física

-Pós-Graduação: Educação Física Escolar

1.4.23– Melissa Carrasco Ceconello

-2º Grau

-Superior –Educação Artística

-Pós-Graduação: Psicopedagogia Institucional

1.4.24 - Patrícia Midori Sawamura

2º Grau

Superior: Educação Artística

Pós- Graduação

17

1.4.25 -Claudia Regina Cabral Spinatto

2º Grau

Superior- Educação Artística

1.4.26- Mirian Silvia de Ávila

-2º Grau

-Superior – Letras Anglo-Portuguesa

-Pós-Graduação: Especialização e Metodologia do Ensino da Língua Inglesa

1.4.27– Ieda Santos Borges

-2º Grau

-Superior – Letras Anglo-Portuguesa

-Pós-Graduação: Literatura Brasileira – Modernismo Brasileiro

1.4.28– Rosiane Andréia Matesco

-2º Grau

-Superior – Letras Anglo-Portuguesa

-Pós-Graduação: Especialização em Língua Portuguesa

Especialização em Didática e Metodologia do Ensino

1.4.29 – Cleusa Lopes Lemos Okuyama

2º Grau – Magistério

Superior: Pedagogia religiosa – Letras Anglo- Portuguesa

Pós-Graduação especialista em Educação religiosa

1.5- Corpo Docente – Ensino Médio

1.5.1 – Nair Silva da Silveira

-2º Grau

-Superior – Letras Anglo-Portuguesa

-Pós-Graduação: Administração, Supervisão e Orientação Educacional

1.5.2– Laura Leiko Ide

-2º Grau

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-Superior – Matemática

-Pós-Graduação: Especialista em Ensino de Matemática

1.5.3 – Rosana Maria Ferro

-2º Grau

-Superior – Matemática

-Pós-Graduação: Didática do Ensino da Matemática

1.5.4– Elisângela Cristina Perugini Mázaro

-2º Grau

-Superior – Matemática

-Pós-Graduação: Curso de Especialização em Didática e Metodologia de

Ensino.

1.5.5 – José de Almeida

2º Grau Técnico em Contabilidade

Superior- Matemática

1.5.6– Onilse Karoleski

-2º Grau

-Superior – Geografia

-Pós-Graduação: Metodologia do Ensino –Aprendizagem da Geografia no

Processo Educativo

1.5.7– Cristiano Schinwelski

-2º Grau

-Superior – Filosofia, Pedagogia

-Pós-Graduação: Filosofia, História do Pensamento Brasileiro

1.5.8 – Leandro Antonio Lorençatto

2º Grau

Superior- História

Pós- Graduação: metodologia do Ensino de História

Docência do Ensino Superior

19

1.5.9 – Cinthya Palma

2º Grau

Superior: Ciências Sociais e História

Pós- Graduação: estudos de problemas Brasileiros

1.5.10– José Campassi Júnior

-2º Grau

-Superior – Educação Física

-Pós-Graduação: Fundamentos Teóricos da Prática Pedagógica

1.5.11– Moisés Vicente dos Santos

-2º Grau

-Superior – Educação Física

-Pós-Graduação: Ciências do Basquetebol e Voleibol

1.5.12 – Melissa Carrasco Ceconello

-2º Grau

-Superior – Educação Artística

-Pós-Graduação: Pisicopedagogia

1.5.13– José Timóteo de Gouvea

-2º Grau

-Superior –Química

-Pós-Graduação: Metodologia do Ensino Superior

1.5.14– Cristina Rosangela Paulatti dos Santos

-2º Grau

-Superior –Química

-Pós-Graduação: Didática e Metodologia do Ensino

1.5.15- Deise Cristina Nasser dos Santos

-2º Grau

-Superior – Matemática

-Pós-Graduação: Educação Matemática

20

1.5.16– Gerson Vizoni

-2º Grau

-Superior – Física

1.5.17– Maria Rosangela de Oliveira Bonin

-2º Grau

-Superior – Ciências, Química

-Pós-Graduação: Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

1.5.18– Eliane Baroneza Fantin

-2º Grau

-Superior – Agronomia e Biologia

-Pós-Graduação: Curso de Especialização em Didática e Metodologia do

Ensino

1.5.19- Lílian Amanda Baggio

Grau

Superior: Ciências – Habilitação Biologia

Pós- Graduação: Biologia e Anatomia Humana e suas Relações com o Meio

Ambiente.

1.5.20 -Paulo José Zanetti

2º Grau: Laboratorista de Análises Clínicas

Superior: Ciências Sociais

1.5.21 Mirian Silvia de Ávila

-2º Grau

-Superior – Letras Anglo-Portuguesa

-Pós-Graduação: Especialização em Língua Portuguesa

1.5.22– Rosiane Andréia Matesco

-2º Grau

-Superior – Letras Anglo Portuguesa

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-Pós-Graduação: Especialização em Língua Portuguesa e Especialização em

Didática e Metodologia do Ensino

1.5.23– Raquel de Sousa Galian

-2º Grau

-Superior – Filosofia

-Pós-Graduação: Gestão Escolar, Supervisão e Orientação Educacional

1.5.24– Manoel Simões Neto

-2º Grau

-Superior – Filosofia

-Pós-Graduação: Filosofia Contemporânea, aspectos Éticos e Políticos

1.5.25– Onilse Karoleski

-2º Grau

-Superior – Geografia

-Pós-Graduação: Didática e Metodologia da Geografia

1.6- Equipe de Apoio/ Auxiliar de Serviços Gerais

1.6.1 – Luzia Carlos Magalhães Luciano

-1º Grau – 1ª a 4ª série

1.6.2 – Ana Aparecida da Costa

1º grau – 5ª a 8ª série completa

1.6.3 – Hildegart Erna da Silva

1º grau – 5ª a 8ª série completa

1.6.4 – Maria Norma Greghi Dias

1º grau – 1ª a 4ª série

22

V- OBJETIVOS

V-a- Geral: Construir coletivamente o trabalho na escola fundamentado numa

prática inclusiva, democrática e de justiça social, onde as ações possam ser

implementadas no cotidiano escolar objetivando a qualidade de ensino.

V-b-.Objetivos específicos:

• Assegurar momentos que promovam reflexões e discussões

permanentes e coletivas a respeito das políticas pedagógicas que

norteiam o Projeto Político Pedagógico;

• Favorecer a aproximação da comunidade escolar por meio de

realização de palestras e encontros conscientizando-os sobre temas

relativos ao Projeto Político Pedagógico, Regimento Escolar, Estatuto

da Criança e do Adolescente, Avaliação, entre outros de relevância;

• Possibilitar aos professores o acesso às Tecnologias, promovendo

através de grupos de estudo e reuniões pedagógicas, capacitação

que favoreça o desenvolvimento de trabalhos pedagógicos, na sua

atuação docente visando sua formação continuada, a fim de

preencher os requisitos estabelecidos no Marco Operacional;

• Propiciar aos educandos um ensino de qualidade, onde sejam

repassados os conteúdos significativos para sua formação integral,

em consonância com as políticas educacionais vigentes, porém,

trabalhados com criatividade, tornando sua aprendizagem prazerosa,

diminuindo assim, os índices da evasão e repetência;

• Preparar o educando para a sua inserção na sociedade, como

cidadão, capaz de atuar na realidade local, nacional e mundial,

contribuindo para que no meio social se torne cada vez mais justo e

fraterno;

• Aprimorar a preparação científica dos alunos, sua capacidade de

utilizar diferentes tecnologias, o desenvolvimento de técnicas de

pesquisa, a capacidade de aprender a aprender, criar e formular

novos conhecimentos, com autonomia;

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• Intensificar a participação de todos os segmentos nas atividades

realizadas pelo Colégio para que haja articulação e integração da

comunidade escolar.

VI- MARCO SITUACIONAL

VI-a- Descrição da realidade brasileira, do Estado, do Município e da

escolar

Pensar a realidade brasileira exige uma reflexão histórica, para que

através da educação possamos minimizar os efeitos de séculos de injustiças

sociais, resquícios de um passado escravista que juntou ao longo da história,

uma legião de pobres, aumentando ainda mais as desigualdades e as

injustiças sociais.

Há mais de uma década a humanidade vive sob a hegemonia política e

ideológica do neoliberalismo: processo intercultural, mundialização, aldeia

global... parecem as palavras de ordem para caracterizar a época histórica em

que vivemos. O capitalismo, responsável por inúmeras diferenças entre os

homens, desenvolveu e desenvolve a indústria de massa, gerada de grande

homogeneização, apagando diferenças e padronizando estilos de vida.

Consumismo, competição permanente, enriquecimento rápido aparecem como

os grandes objetivos do presente.

O Brasil não poderia ficar à margem da história mundial e das

conseqüências, nem sempre positivas desse processo cujo modelo sócio-

econômico é representado pelo crescente número de excluídos e pela contínua

concentração de renda. A educação, sempre considerada como prioridade

pelos órgãos governamentais, continua sendo elitista, onde os menos

favorecidos lutam por uma escola pública mais eficiente e por um acesso à

Universidade democrática e menos excludente.

Vivemos hoje em um país em que os 10% mais ricos da população

apropriam-se aproximadamente de 50% da renda. A educação formal reflete

essa realidade apresentando uma média de 10,7 anos de estudo para a

população mais rica e os 10% mais pobres não atingem em média, 4 anos de

estudo.

24

O caminho para vencermos qualquer forma de exclusão seria pela

implementação de políticas públicas estruturantes.

A história da educação do Paraná não está dissociada da educação

brasileira. Mesmo sendo um estado considerado desenvolvido

economicamente, no que tange à educação, estamos buscando soluções para

deficiências designadas aos alunos das camadas populares, ausência e

rotatividade de professores e funcionários nas escolas, problemas de

transporte escolar, falta de estrutura física adequada, bibliotecas

desatualizadas e com acervos insuficientes, falta de materiais didáticos

pedagógicos para os professores desenvolverem seu trabalho com qualidade.

Mesmo com o programa de formação continuada adotado pela SEED,

há que se investir no aprofundamento de estudos e pesquisas dos

trabalhadores em educação, no que se refere a sua participação em cursos de

Pós-Graduação Lato e Strictu Sensu, além da implantação do piso salarial que

assegure a isonomia e a valorização desse profissional.

Há que se considerar ainda, que no Paraná nos últimos anos, deu-se

prioridade ao Ensino Fundamental, enquanto o Ensino Médio causa

preocupação, quando este apresenta elevado índice de evasão e baixo

rendimento escolar.

O município de Arapongas é responsável pelo ensino de 1ª à 4ª séries

do Ensino Fundamental, sendo que apenas três escolas estaduais atendem

esta demanda. Na época da municipalização, em meados de 1997, o município

não dispunha de condições econômicas, físicas e humanas para dar suporte a

uma educação de qualidade. Com o decorrer dos anos a municipalização,

gradativamente, tornou-se benéfica, isto porque, o governo municipal investiu

os recursos destinados à educação em melhoria da qualidade do ensino.

Em termos de educação progressista, para a maioria dos educadores

desse estabelecimento de ensino, ainda há obscuridades, necessitando de

estudos e aprofundamentos. A freqüente mudança no quadro funcional dificulta

sua vivência, tornando a prática pedagógica ainda mais difícil, uma vez que

estes não se envolvem na linha filosófica da escola, comprometendo-se pouco

com as políticas adotadas pela mesma.

25

Outro fator relevante é a avaliação que se manifesta muitas vezes pela

atitude autoritária e a utilização do quantitativo sobre o qualitativo tornando o

discurso desvinculado da prática.

Nos encontros de formação destinados a discussões sobre os trabalhos

das disciplinas, verifica-se que o tempo é insuficiente, limitando a troca de

idéias entre disciplinas afins, refletindo assim, na interdisciplinaridade que

apesar de todas as tentativas, ainda não é trabalhada na sua totalidade.

A evasão é extremamente preocupante no que tange ao período

noturno. Os motivos são diversos e por mais projetos e metodologias

diferenciadas que se utilize, o problema ainda persiste. As causas são diversas

entre elas a necessidade do trabalho, o cansaço físico, desânimo, o transporte

escolar e o fato de muitos morarem distante da escola, além do namoro. Na

verdade é visível que para o aluno qualquer motivo é suficiente para que ele

desista, uma vez que há pouco empenho da família em manter seu filho na

escola.

Atualmente a escola desenvolve projetos nas diferentes áreas,

estendidos a comunidade, onde se resgatam os valores cívicos, morais,

culturais, sociais, étnicos e éticos, entretanto faz-se necessário um avanço no

sentido de resgatar os valores do ser humano. Para isto, necessitamos de

suporte técnico, principalmente para o atendimento de alunos com

necessidades especiais, dando suporte para a inclusão.

Por fim, apesar de todas as dificuldades encontradas em várias

pesquisas realizadas, no decorrer do processo, verificou-se um grau de

satisfação de toda a comunidade escolar, expressa na participação efetiva em

eventos e atividades escolares.

VI.b- Análise crítica-reflexiva

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação, 9394/96, é indubitavelmente

um dos maiores avanços na definição de ações para o desenvolvimento da

educação brasileira nos últimos anos.

Entretanto profissionais do ensino e o próprio governo federal

reconhecem que ainda há muito trabalho pela frente para universalizar o

acesso à educação e melhorar a qualidade do aprendizado.

26

No Paraná a construção do Plano Estadual de Educação proporcionou a

todos os educadores um amplo debate e a garantia de um documento que será

transformado em lei, visando à melhoria da qualidade do ensino público em

nosso estado, durante uma década.

É preciso que o governo após toda essa construção saia do discurso

para incentivar o avanço do ensino na prática. É emergencial que se arregace

as mangas para se colocar em prática o projeto de inclusão social, de

valorização dos profissionais e o investimento na melhora da qualidade de

laboratórios, bibliotecas e equipamentos em salas de aula.

É evidente que a educação é dever da família e do estado, conforme

dispõe a LDB e tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu

preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. É

obvio que houve um acréscimo de alunos matriculados, mas é necessário mais

do que isso para garantir a formação da cidadania. As escolas precisam além

do aumento do número de alunos, de boa infra-estrutura e os professores

necessitam de melhores salários e condições de trabalho.

Na verdade melhorar a educação é transformar o cidadão e dar um

passo para as mudanças econômicas e sociais do país.

VI-c- Perfil da população atendida

‘A situação sócio-econômica dos alunos atendidos é bem diversificado,

contudo a grande maioria provém de famílias assalariadas, apresentando as

seguintes características:

Aproximadamente 90% dos alunos moram com suas respectivas

famílias, destes 30% dos alunos são filhos de pais separados;

Grande parte possue casa própria, sendo assim mudam com pouca

freqüência;

Por residirem longe da escola, a maioria vem de ônibus, bicicleta ou

outro tipo de locomoção;

Cerca de 75% dos alunos do noturno trabalham como empregados;

Tipo de Serviços: (variados)

27

Vendedor;

Programador;

Motorista;

Carregador;

Babá;

Doméstica;

Recepcionista;

Costureira;

Auxiliar de Serviços Gerais;

Marceneiro;

Pintor;

Padeiro;

Office Boy;

Eletricista;

Zona Azul;

Auxiliar de Enfermagem;

Supermercado;

Industria;

Comércio.

Motivos que Dificultam o Estudo.

Às vezes saem tarde do serviço;

Querem dedicar-se mais aos estudos, mas não lhes sobra tempo;

espaço de tempo de trabalho e horário das aulas é insuficiente para

assistirem a 1ª aula;

Chegam atrasados;

De vez em quando fazem hora extra;

Cansaço.

28

Motivos que os Fazem Estudar.

Imposição dos Pais;

Vontade própria;

Melhor trabalho;

Concluir Ensino Médio;

Arrumar um outro emprego;

Necessidade;

Valorização profissional;

Incentivo da família;

Conscientização da importância do estudo;

Futuro melhor;

Atualização;

Fazer melhores opções;

Mudança do sítio para a cidade;

Mercado de trabalho competitivo;

Dificuldade para arrumar emprego.

Motivos da Opção Por Esta Escola.

Perto de casa;

Perto do trabalho;

Gostou;

Indicação;

Adora;

Vem com os colegas;

Mais disciplinada;

Único que encontrou vaga;

Melhor aproveitamento;

Professores excelentes;

Dedicados;

Escola organizada;

29

Boa clientela;

Localidade;

Escola de qualidade.

VII- MARCO CONCEITUAL

VII.a-Concepções

VII.a.1-Concepção de sociedade

Vive-se um momento de profundas transformações. Não se sabe ao

certo para onde se caminha e nem qual o caminho a trilhar. A sociedade atual

encontra-se em profunda crise, na qual somos remetidos a repensar nossos

valores e atitudes.

Nesse contexto incerto, o papel do profissional da educação precisa ser

repensado. Segundo Gadotti (1998), faz-se mister que o professor se assuma

enquanto um profissional do humano, social e político, tomando partido e não

sendo omisso, neutro, mas sim definindo para si de qual lado está, ou se está a

favor dos oprimidos ou contra eles. Posicionando-se então este profissional

não mais neutro, pode ascender à sociedade usando a educação como

instrumento de luta, levando a população a uma consciência crítica que supere

o senso comum, todavia não o desconsiderando.

Nessa perspectiva, entende-se que o povo de posse desse saber mais

elaborado poderá vir a ter condições de se proteger contra a exploração das

classes dominantes se organizando para a construção de uma sociedade

melhor, menos excludente, e realmente democrática. Não se pode esperar que

tal organização brote espontaneamente, mas sim por meio da educação que

pode caminhar lado a lado com a prática política do povo. Sendo assim, o

profissional da educação assume aqui um papel sobretudo político.

Educadores e educadoras precisam engajar-se social e politicamente,

percebendo as possibilidades da ação social e cultural na luta pela

transformação das estruturas opressivas da sociedade classista. Para isso,

antes de tudo necessitam conhecer a sociedade em que atuam, e o nível

social, econômico e cultural de seus alunos e alunas.

30

Precisam entender também que, analisando dialeticamente, não há

conhecimento absoluto, pois tudo está em constante transformação. Usando os

dizeres de Gadotti (1998), «todo saber traz consigo sua própria superação».

Portanto, não há saber nem ignorância absoluta: há apenas uma relativização

do saber ou da ignorância. Por isso, educadores e educadoras não podem se

colocar na posição de ser superiores, que ensinam um grupo de ignorantes,

mas sim, na posição humilde daqueles que comunicam um saber relativo a

outros que também possuem um saber relativo.

Como educadores engajados em um processo de transformação social,

necessita-se que esses profissionais acreditem na educação e que sem ela

nenhuma transformação profunda se realizará.

É preciso confiar nessas mudanças e esperar o inesperado, pois como

nos diz Edgar Morin (2001, p. 92):

“Na história, temos visto com freqüência, infelizmente, que o possível se

torna impossível e podemos pressentir que as mais ricas possibilidades

humanas permanecem ainda impossíveis de se realizar. Mas vimos também

que o inesperado torna-se possível e se realiza; vimos com freqüência que o

improvável se realiza mais do que o provável; saibamos, então, esperar o

inesperado e trabalhar pelo improvável”.

No entanto, como professores e professoras se vêem frente a essas

questões? Que espaço reserva para discutir suas funções sociais? Será que no

seu dia-a dia, entre uma escola e outra, fazem tal reflexão ou acabam

sucumbindo ao sistema, mergulhando num fazer sem fim? A sociedade e a

escola têm valorizado os profissionais da educação, ou, como nos aponta

Arroyo (2202, p. 9), vêem esses como «um apêndice, um recurso preparado,

ou despreparado?».

VII.a.2-Concepção de mundo

O mundo enquanto uma dimensão histórico - cultural e portanto

inacabado, encontra-se em uma relação permanente com o ser humano,

igualmente inacabado, que transformando o mundo, sofre os efeitos de sua

própria transformação.

31

O que importa, portanto, à educação é a problematização do mundo do

trabalho, das obras, dos produtos, das idéias, das convicções, das aspirações,

dos mitos, da arte, da ciência, enfim o mundo da cultura e da história que,

resultando das relações ser humano, mundo, desafia o próprio ser humano a

constantemente rever suas ações sobre a realidade na perspectiva de

humanizá-la.

É preciso desenvolver no aluno uma posição de engajamento,

compromisso e participação que o sensibilize para a sua dimensão humana.

O ser humano é um ser de práxis, da ação e da reflexão, portanto um

sujeito cognoscente. Um ser inacabado e único, curioso em relação ao mundo.

Contudo, sua plenitude ocorre na própria intersubjetividade na comunicação

entre os sujeitos a propósito do objeto a ser conhecido.

Assim, o humano, imagem e semelhança de Deus, com Ele dá

continuidade à obra da criação. Sem a relação comunicativa entre sujeitos

cognoscentes desapareceria o próprio sentido e significado do conhecimento.

Portanto, o ser humano é um corpo consciente, capaz de conhecer a

realidade, interagindo com os seus iguais. Neste contexto, inteligência

significará muito mais que um ato solitário. Implica cada um tornar-se melhor,

contudo em nome de propósitos cada vez mais solidários e criativos.

Vivemos numa sociedade em que os homens privilegiam alguns

princípios e idéias que nos desafiam a constantemente refletir e repensar o

cotidiano. Portanto, o processo de conscientização sempre se realiza em seres

humanos concretos, inseridos em estruturas sociais, políticas e econômicas.

Contudo, a escola tem uma efetiva participação na medida em que

inclui, em seus conteúdos curriculares a dimensão humanística, técnica

científica e política-social, colabora também quando se preocupa em

desenvolver no aluno uma liderança mais criativa e solidária, inserindo este

aluno no mundo real e complexo, fazendo-o compreender que as mudanças

estruturais também necessitam da participação dele.

A educação preconizada na escola quer ser coerente com as

concepções de homem, mundo e sociedade aqui anunciadas. Por isto, todo

esforço no sentido da manipulação do homem para que simplesmente saiba

fazer determinada função, sem reflexão deve ser combatido, pois saber fazer

sem reflexão, sem o resgate de valores e atitudes sugere a existência de uma

32

realidade sem evolução, o que significa subtrair do homem a sua possibilidade

de ser criativo, inovador, com direito de transformar o já existente para algo

bem melhor, achando soluções para eventuais problemas e saber tomar

decisões frente às diversas situações que terão que ser enfrentadas no mundo

atual.

É preciso definir ações educacionais inseridas neste contexto, pois

defendemos a idéia de que a escola não é o lugar para domesticar ninguém,

mas é um espaço especial para a construção da CIDADANIA.

VII.a.3-Concepção de homem

O homem deve ser considerado intrinsecamente um ser de relação.

Constata-se que atualmente se vive um novo momento em que a sociedade

civil deve-se preparar para responder à institucionalização da participação

repensando sua atuação como indutora de mudanças da “nova cultura política

popular”.

Faz-se necessário um trabalho efetivo, onde se sinta o prazer e a

alegria. Esse trabalho se conquista através do coletivo, que possibilita uma

compreensão democrática de convivência, onde se constrói o mundo. Para isto

é necessário que na prática o ser humano se despoje de seu orgulho,

prepotência e vaidade, a fim de se aceitar, em todos os aspectos, percebendo-

se como ser livre, com direitos, deveres e possibilidades, mesmo que com

convicções, idéias crenças e disposições diferenciadas das demais. “É

necessário que aprendamos a desenvolver a comunicação intercultural dado

que não podemos trabalhar juntos com nossas diferenças, se não as

preservarmos e respeitarmos” (Ferreira, 2000 p.15).

Somente a participação efetiva pode oferecer a oportunidade de

enriquecimento a todos que têm o privilégio de conviver com os outros

humanos que são lição e exemplo de vida sempre, do que se deve e o que não

se deve fazer.

VII.a.4-Concepção de educação/escola

Denomina-se escola o estabelecimento público ou privado onde se

ministra o ensino coletivo, ou seja, escola é o local onde se transmite o saber e

33

princípios filosóficos, éticos e morais que são fundamentais para a

compreensão do papel da escola dentro da sociedade.

Algumas tendências pedagógicas influem na formação do cidadão e por

isso necessitam de constantes reflexões, portanto para que a escola cumpra

seu compromisso, ela deve repensar sua prática pedagógica, buscando

sempre novas estratégias de ensino, partindo do concreto, realizando

atividades que contemplem as necessidades do aluno.

Nesta visão apegar-se no que já deu certo, por vezes traz em si um

certo conforto que faz com que toda tentativa de mudança seja vista com

temeridade. Na atualidade a sociedade encontra-se em meio a profundas

transformações. Em vista das tecnologias, da rapidez de acesso às

informações, dentre outros fatores, a superação das idéias hoje concebidas

como apropriadas, amanhã são questionadas. Essas questões trazem consigo

um certo desconforto e uma necessidade de rever sempre os conceitos.

A educação é um processo tipicamente humano que possui uma

especificidade humana de formar cidadãos através dos conteúdos “não

materiais” que são as idéias, teorias, valores, conteúdos e estes vão influir

decisivamente na vida de cada um.

É imprescindível que esta nova escola refaça a educação, crie

condições objetivas para que esta educação realmente seja democrática e

possível, crie uma alternativa pedagógica que favoreça o aparecimento de um

novo tipo de pessoas, solidárias, preocupadas em superar o individualismo

criado pela exploração do trabalho. Esse novo projeto, essa nova alternativa,

não poderá ser elaborado nos gabinetes dos tecnoburocratas da educação.

Não virá em forma de lei nem reforma. Se ela for possível amanhã é somente

porque, hoje, ela está sendo pensada pelos educadores que se reeducam

juntos. Essa reeducação dos educadores já começou. Ela é possível e

necessária e será construída através de um Projeto Político Pedagógico

Autônomo, forte e compromissada.

VII.a.5-Concepção de conhecimento

Sendo o conhecimento um processo humano, histórico, incessante, de

busca de compreensão, de organização, de transformação do mundo vivido e

34

sempre provisório, tem origem na prática do homem e nos processos de

transformação da natureza. E, também, uma ação humana atrelada ao desejo

de saber. Só o homem, por ser pensante, pode ser sujeito: somente ele pode

desejar a mudança, porque só a ele lhe falta à plenitude.

O que possibilita a construção do conhecimento, nesse momento de

aventura em busca do novo, é sem dúvida o reconhecimento de que somos

seres falantes. É nesse movimento que se instaura o desejo de aprender.

Respeitar a caminhada de cada sujeito de um determinado grupo é uma

aprendizagem necessária e fundamental numa vivência dentro de uma

perspectiva interdisciplinar, sendo necessário eliminar as barreiras que se

criam entre as pessoas para o estabelecimento de uma dialógica.

Uma atitude interdisciplinar estabelece uma nova relação entre currículo,

conteúdos e realidade. Nesta linha de pensamento o que se pretende é

ressaltar as contribuições e trocas que vão além da integração dos conteúdos

das diferentes áreas de conhecimento, o que implica na reorganização

curricular, ou seja, trocas generalizadas de informações e críticas, através de

uma relação de reciprocidade e de mutualidade contribuindo para uma

reorganização do meio científico e institucional a serviço da sociedade e do

homem.

VII.a.6-Concepção de ensino

O ensino deve ser de qualidade levando-se em consideração o

educando e o contexto social em que o mesmo está inserido. É necessário

observa-se o nível em que esses se encontram e não daquele em que o

educador julga em que deveriam estar, ou seja, partindo do conhecido para o

desconhecido.

Os conteúdos a serem trabalhados em sala de aula devem possibilitar a

continuidade e busca pelo saber. Neste aspecto para que haja a continuidade o

educador deve propiciar a participação dos educandos, a sua expressão e

através dela ter elementos para a interação significativa. Se, ao contrário, o

educador mantiver o monopólio da palavra e das atividades em sala de aula,

será impossível ocorrer a continuidade, daí ocorreria uma educação bancária

da qual o professor seria o detentor do saber e o aluno o receptor.

35

O ensino-aprendizagem é uma via de mão dupla, aluno e professor

caminhando para o crescimento e a construção de um conhecimento

significativo.

VII.a.7-Concepção de aprendizagem

Para que uma aprendizagem ocorra, é necessário que ela seja

significativa, o que exige que seja vista como a compreensão de significados,

relacionando-os às experiências anteriores e vivências pessoais dos

aprendizes, permitindo a formulação de problemas desafiantes que incentivem

o aprender mais, o estabelecimento de diferentes tipos de relações entre fatos,

objetos, acontecimentos, noções e conceitos, desencadeando modificações de

comportamentos e contribuindo para a utilização do que é aprendido em

diferentes situações.

Esta aprendizagem não se relaciona única e exclusivamente a aspectos

cognitivos dos sujeitos envolvidos no processo, mas também está relacionada

com suas referências pessoais, sociais e afetivas. Nesse sentido, afeto e

cognição, razão e emoção se compõe em uma perfeita interação para atualizar

e reforçar, romper e ajustar, desejar ou repelir novas relações, novos

significados na relação, novos significados na rede de conceitos de que

aprende.

Por esse motivo, a aprendizagem não ocorre da mesma forma e no

mesmo momento para todos, mas interferem nesse processo as diferenças

individuais, o perfil de cada um, as diversas maneiras que as pessoas têm para

aprender.

VII.a.8- Concepção de Ciências

Na história da sociedade humana está integrada a história da ciência,

portanto a Ciência é uma construção humana coletiva da qual participam a

imaginação, a intuição e a emoção. A Ciência além de ser um acervo de

conhecimentos, também constitui um modo de pensar, de chegar a conclusões

coerentes a partir de premissas, de questionar preconceitos e, de estimular o

equilíbrio entre novas idéias e as já estabelecidas.A comunidade científica

36

sofre influência do contexto social, histórico e econômico em que está inserida.

Então, fazer ciências exige escolhas e responsabilidades humanas, e como

toda construção humana, o conhecimento científico está em permanente

transformação: as afirmações científicas são provisórias e nunca podem ser

aceitas como completas e definitivas. As teorias são elaborações de modelos

com os quais os cientistas interpretam o mundo, buscando o entendimento e a

explicação racional da natureza, para nele intervir.

No programa para o ensino de ciências, deve-se levar em conta

circunstâncias filosóficas, políticas, econômicas e socioculturais típicas de cada

cultura. Objetivando o ensino para o trabalho cooperativo e a aquisição de

ferramentas de análise, de compreensão e de expressão, possibilitando o

acesso à informação necessária para embasar decisões conscientes e

autônomas, típicas da cidadania que se deseja para todos.

A ciência constitui-se de um conhecimento especializado-diferente do

senso comum e por isso exerce poderosos impactos na vida das pessoas,

sendo assim, deve atender às necessidades cotidianas das pessoas comuns e

alargar seus horizontes e sua imaginação.

Ciência e Tecnologia são vivenciadas pelas pessoas de modo

automático e imediato, no mundo contemporâneo a presença crescente das

linguagens científicas e a chamada alfabetização científico-tecnológica é só o

ponto de partida de uma formação que deve se completar ao longo da

educação básica, para garantir a cada pessoa a condição de se comunicar,

oralmente e por escrito, por meio da linguagem científica. Isso significa fazer

uso apropriado de termos e símbolos científicos, assim como de gráficos,

diagramas e equações para descrever e interpretar situações, elaborar

argumentos e proposições, em temas de interesse científico e tecnológico, de

caráter, pessoal, profissional ou social.Além do significado vocabular, é preciso

compreender o contexto em que cada expressão se encontra, e as linguagens

da ciência são encontradas em grande variedade de contextos e em diferentes

modalidades.Desta forma, o conhecimento científico é cada vez mais

necessário para os cidadãos comuns, que já fazem uso instrumental dele,

direta ou indiretamente, em seu dia-a-dia, constituindo-se em um importante

instrumento para resolver problemas reais através de permanente

questionamento e investigação.

37

VII.a.9-Concepção de Cultura

A Cultura é “a vida total de um povo, a herança social que o indivíduo

adquire de seu grupo. Ou pode ser considerada a parte do ambiente que o

próprio homem criou”.(Clyde Kluckhohn, Antropologia - um espelho para o

homem, p.28).

Para o antrpólogo Bronislaw Malinovski, a Cultura compreende

“artefatos, bens, processos técnicos, idéias, hábitos e valores herdados”.

“Cultura é a herança que o grupo social transmite a seus membros

através da aprendizagem e da convivência social”.(Nelson Piletti, Sociologia da

Educação, p.52).

Pérsio Santos (Introdução à Sociologia) mostra que ‘ a cultura de uma

sociedade é transmitida das gerações adultas às gerações mais jovens pela

educação. Educar pois, é transmitir aos indivíduos os valores, os

conhecimentos, as técnicas, o modo de viver, enfim, a cultura do grupo”.

Podemos dizer, portanto, que cada povo tem sua cultura própria, e que

todas as pessoas vivem dentro de uma determinada cultura. A cultura abrange

a maneira de viver, de agir, pensar e sentir de um povo. A aquisição e a

perpetuação da cultura são um processo social, resultante da aprendizagem,

onde cada geração transmite às novas gerações o patrimônio cultural que

recebeu de seus antepassados, como herança social.

A produção cultural da espécie humana é um documento vivo da história

da humanidade.A cultura não sempre a mesma. Apresenta formas e

características diferentes no tempo e no espaço.

A história da cultura brasileira retrata a assimilação, automática ou não,

transformadora ou não, da cultura universal às camadas e classes sociais do

País, mesmo se sabendo que a cultura se apresenta bastante diversificada.

A cultura, vista como modelo de viver dos brasileiros, como modo de

pensar, sentir e agir dessa população espalhadas pelas regiões brasileiras não

está alheia às tradições colonial do País, nem às especificidades de uma

Revolução Industrial.

Desde a sua origem, a burguesia preocupou-se com a transmissão de

seus conhecimentos a seus pares.Surgem as Instituições, como as

Universidades, as Academias e as ordens profissionais e com o passar dos

38

séculos e com o processo de escolarização, a cultura dessa elite burguesa

desenvolveu-se e especializou-se com a tecnologia. Essa cultura de elite foi se

distanciando da maioria da população, mais próxima da cultura popular, do

senso comum, que hoje está expressa no folclore, constituindo uma visão de

mundo e de vida que sobrevive nas crenças, lendas, religiões e festas

populares e que esconde uma sabedoria viva por trás de sua aparência

primitiva e lúdica para as elites. Com o processo da Industrialização, o

incessante desenvolvimento da tecnologia, cada vez mais sofisticadas

principalmente nos meios de comunicação, passou na atingir um grande

número de pessoas, dando origem à cultura de massa, que é transmitida de

maneira industrializada para um público generalizado, de diferentes camadas

socioeconômicas, formando então, um enorme mercado de consumidores, a

chamada sociedade de consumo.

Nessa perspectiva, cabe a educação escolar, se engajar no esforço para

que a cultura popular e de massa sejam expressas em termos eruditos,

fazendo com que sejam comuns e possam captar a essência do processo

cultural, enquanto modo de vida historicamente determinado pela produção da

existência concreta dos homens, porque as culturas diversificam-se e mostram

os múltiplos aspectos assumidos pela vida humana.

“Como afirma “Saviani” a mediação da escola, instituição especializada

para operar a passagem do saber espontâneo ao saber sistematizado, da

cultura popular à cultura erudita; assume um papel político fundamental.”

Diante da necessidade de conscientização das diversidades culturais,

cabe à escola a função de contemplar nos seus programas e projetos temas

relacionados as culturas populares de forma a atingir a produção de uma

cultura erudita,respeitando e valorizando a diversidade cultural inerente à

sociedade democrática.

VII. a.10- Concepção de Trabalho

O trabalho é condição de existência do ser humano, sem o qual ninguém

vive. Mas, o trabalho, em vez de ser um meio de escravização, precisa ser

sempre mais um fator de realização e de libertação do ser humano: é através

39

do trabalho que o homem pode transformar o mundo e construir uma

sociedade mais justa.

A preparação para o trabalho e para o exercício da cidadania constitui

objetivos do ensino básico, e como tal, não podem estar ausentes da sala de

aula.

Pérsio Santos (Introdução à Sociologia) define trabalho como atividade

desenvolvida pelo ser humano, seja ela física ou mental, desde que tenham

como resultado a obtenção de bens e serviços.

Segundo o sentido histórico, o trabalho existe para satisfazer as

necessidades humanas, desde as mais complexas, como lazer e de crença,

necessidades físicas e espirituais.

Quando nos referimos ao trabalho, pode-se falar deste em todos os

Períodos Históricos, no Feudalismo, no escravismo da Idade Média, das

relações Capitalistas de produção e nas relações de poder da sociedade que

prevalecem até hoje. Isso inclui o desemprego e o subemprego que preocupam

principalmente os jovens que precisam incorporar-se ao mercado de trabalho.

Com a Divisão Social do Trabalho, educação e trabalho são elementos

do processo de construção da cidadania capitalista. O trabalho é um meio

necessário para a conquista da cidadania. É através do trabalho que o

indivíduo recebe a parcela que tem direito nas relações sociais, o seu salário,

tornando real a sua condição de cidadão.

Na escola a divisão do trabalho será realizada a partir da atuação dos

profissionais da educação que deverão compartilhar do conhecimento, como

construção histórica, e da sua interação com o educando, que através de

questionamentos, indagações, caminhará para a construção de um novo

conhecimento e assim, ser capaz de entender o viver em sociedade e capaz

também de propor transformações e de sentir-se co-autor das produções

humanas, das condições existentes, dos recursos disponíveis, dos problemas

a serem equacionados, da interação entre os diferentes fatores que afetam a

qualidade do serviço prestado pela escola. O trabalho enquanto práxis humana

refere-se a um processo educativo de entendimento de um trabalho não

material, predominantemente intelectual, qualificado e, portanto, intencional,

envolvendo formas de organização necessária para a formação do ser humano

40

Assim sendo, “É preciso mostrar aos alunos que o trabalho e a vida

deles são uma parte do trabalho e da vida do País.” ( Anton Makarenko).

VII.a.11- Concepção de Cidadania

A Cidadania é exercida por cidadãos. “Cidadão é um indivíduo que tem

consciência de seus direitos e deveres e participa ativamente de todas as

questões da sociedade... A idéia de cidadania ativa é ser alguém que cobra,

propõe e pressiona o tempo todo.O cidadão precisa ter consciência do seu

poder” ( Betinho).

Para o educador Dermeval Saviani ser cidadão significa ter direitos e

deveres: “ Cidadão é, pois, aquele que está capacitado a participar da vida da

cidade e, extensivamente, da vida da sociedade”. Para o cientista político

Norberto Bobbio, “ O direito do cidadão é a conversão universal, em direito

positivo, dos direitos do ser humano.

Como termo legal, cidadania é mais uma identificação do que uma ação,

como termo político, cidadania significa compromisso ativo, responsabilidade,

significa fazer a diferença na sua comunidade, na sua sociedade, no seu País.

No seu livro – Cidadão de Papel – Gilberto Dimenstein – escreve

“Cidadania é o direito de ter uma idéia e expressá-la. É poder votar em quem

quiser sem constrangimento.É processar um médico que comete um erro. É

devolver um produto estragado e receber o dinheiro de volta. É o direito de ser

negro sem ser discriminado, de praticar uma religião ser perseguido. Há

detalhes que parecem insignificantes, mas revelam estágios de

cidadania:respeitar o sinal vermelho no trânsito, não jogar papel na rua, não

destruir telefones públicos. Por trás desse comportamento está o respeito à

coisa pública”.

Numa sociedade, sujeitos saudáveis poderão sentir que cuidando de si

mesmos e cuidando dos outros e do que pertence aos outros, irão iniciar um

processo afetivo caracterizados pelo surgimento do “nós”, entidade que

engloba todos os sujeitos de uma mesma sociedade numa comunidade. O

desejo de cuidar de si, do outro e de nós desperta em sujeitos saudáveis a

noção de solidariedade e de cidadania.

A cidadania representa as crenças, os valores e as significações

socialmente estabelecidas e aceitas que servirão de mediação entre os

41

indivíduos e o Estado e permitirão a convivência dos indivíduos dentro do

espaço social delimitado. Ela tem uma dimensão histórico-social, portanto, é

resultado de uma construção histórica, e, nela, estão incorporados os valores e

as significações que são inerentes ao povo ao qual ela pertence.

A humanidade vive, hoje, um momento de sua história marcado por

grandes transformações, decorrentes sobretudo, do avanço tecnológico, nas

diversas esferas de sua existência. Esta nova condição exige um

redimensionamento de todas as práticas mediadoras de sua realidade

histórica, quais sejam o trabalho, a sociabilidade e a cultura simbólica. Espera-

se, pois, da educação, como mediação dessas práticas, que se torne, para

enfrentar o grande desafio do terceiro milênio, investimento sistemático nas

forças construtivas dessas práticas, de modo a contribuir mais eficazmente na

construção da cidadania, tornando-se fundamentalmente educação do homem

social.

São tarefa e desafio da escola assumir efetivamente, em parceria com

os pais (família em geral), a função de proporcionar aos alunos oportunidades

de evoluir como seres humanos. Para isso, seu trabalho pedagógico e

educacional é cuidar da sua formação, fazendo-os cumprir regras, impondo-lhe

limites, e acima de tudo acreditando que os jovens têm capacidade de suportar

frustrações. A escola realiza tais funções? Sabemos como é complicada esta

tarefa. Os momentos de afetividade vividos na escola são fundamentais para a

formação de personalidades sadias e capazes de aprender. Enfim, a escola,

não deve ser só um lugar de aprendizagem, mas também, um campo de ação

no qual haverá continuidade da vida afetiva, desempenhando o papel de

parceria na formação de um indivíduo completo, sadio e capaz de exercer sua

cidadania.

Angel Pino in ( Boff SEVERINO A J., ZALUARA e outros 1992,p.15-25),

consideram que “o conceito de cidadania traduz ao mesmo tempo, um direito e

o exercício desse direito. Sem este, aquele é uma mera fórmula.” Portanto, a

educação como um dos principais instrumentos de formação da cidadania,

deve ser entendida como a concretização dos direitos que permitem ao

indivíduo, sua inserção na sociedade.

Segundo Martins, a cidadania e a democracia são processos e a

cidadania exige instituições, mediações e comportamentos próprios,

42

constituindo-se na criação de espaços sociais de luta na definição de

instituições permanentes para expressão política e define como Cidadania

Ativa – aquela que institui o cidadão como portador de direitos e deveres, mas

essencialmente criador de direitos, de abrir espaços de participação. Confirma

ainda, que a cidadania requer a consciência clara sobre o papel de educação e

as novas exigências colocadas para a escola que , como instituição para o

ensino – a educação formal – pode ser um lócus excelente para a construção

da cidadania.

VII. a.12- Concepção de avaliação

A avaliação é uma constante pertencente, de modo geral a toda nossa

vida, de modo particular aos processos de aprendizagem. Os momentos

específicos denominados de “avaliação” são oportunidades instrumentais de

diagnóstico, são, portanto, situações privilegiadas de aprendizagem.

Assim, a forma apropriada de avaliação é importante. Deve-se avaliar

tudo, o tempo todo, pois a nota é um demonstrativo relativo de diagnóstico, por

isso, todos os momentos de avaliação deverão estar acompanhados de

diálogos sobre o processo e o instrumento de avaliação.

VII. b-Princípio

VII. b.1Gestão democrática e os instrumentos de Ação colegiada

Conforme dispõe a Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9394/96,

artigo 14, incisos I, e II, observa-se princípios da gestão democrática do ensino

público na educação básica, quais sejam:

I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto

pedagógico da escola;

II - participação das comunidades escolar e local em conselhos

escolares ou equivalentes.

43

Estes princípios e outros abaixo descritos significam um repensar, refletir

e incorporar novas idéias e formas democráticas de práticas educativas, numa

perspectiva emancipatória e transformadora de educação.

Educação é direito de todo o cidadão assegurado na Carta Magna. É

necessário, portanto, que se garanta o acesso e a permanência qualificada na

escola pública, gratuitamente, universal e de qualidade.

O desafio que aponta no sentido de uma gestão democrática é o

estabelecimento de uma administração colegiada, onde se respeite às

decisões coletivas o respeito às minorias e às diferenças raciais, étnicas e de

gênero, além das políticas de inclusão educacional e social, tarefa que este

estabelecimento vem ao longo dos anos desenvolvendo gradativamente

através da participação colegiada de sua comunidade.

Aspecto de grande relevância para a família Garcez é a valorização dos

profissionais da educação, pois a dignidade profissional deve iniciar dentro da

escola, é aqui que os educadores passam a maior parte do seu tempo. A

formação continuada dos trabalhadores da educação é primordial nos dias

atuais, sendo assim, na medida do possível, este estabelecimento oferta

encontros coletivos periódicos, partindo das necessidades apontadas, grupos

de estudo para reflexões, reuniões pedagógicas, além de oportunizar a

liberação das atividades escolares desses trabalhadores, quando requisitados

pelo NRE, ou SEED para sua capacitação pessoal.

No que tange aos instrumentos de Ação Colegiada cita-se:

• Conselho-Escolar;

• APMF;

• Conselho de Classe;

• Grêmio Estudantil

VII. b.2-Currículo

Por currículo entende-se segundo Alba “se entende a síntese de

elementos culturais (conhecimentos, valores, costumes, crenças, hábitos) que

conformam uma proposta político-educativa pensada e impulsionada por

diversos grupos e setores sociais cujos interesses são diversos e

44

contraditórios, ainda que alguns tendam a ser dominantes ou hegemônicos, e

outros tendam a opor-se e resistir a tal dominação ou hegemonia”.

O currículo, necessariamente, implica uma interação entre sujeitos que

têm um mesmo objetivo e a opção por um referencial teórico que o sustente,

não devendo ser instrumento neutro, nem tão pouco separado do contexto

social.

O processo educacional deve buscar novas formas de organização

curricular visando a redução do isolamento e a fragmentação entre as

diferentes disciplinas curriculares, procurando agrupá-las num todo mais

amplo.

VII.b.3 Critérios de Organização de turmas.

Este critério organizacional obedecerá a Resolução n 864/2001-SEED, sendo o

número de 35 e o máximo de 40 alunos por turmas.

O estabelecimento manterá o Ensino Fundamental e Médio de freqüência

mista, organizadas em regime seriado, nos turnos matutino, vespertino e

noturno.

O Ensino Fundamental será organizado de 5ª à 8ª séries, no período matutino

e vespertino e o Ensino Médio de 1ª a 3ª séries no período matutino e noturno.

Cada série terá a duração de 1 (um ano) e carga horária de 800 (oitocentas)

horas, conforme disposição legal.

VII.b.4-Avaliação:

Instrumentos:

• Ficha Qualitativa- meio utilizado para se observar o aspecto

qualitativo sobre o quantitativo, utilizada diariamente nas práticas

desenvolvidas dentro e fora da sala de aula;

• Pesquisas e trabalhos relativos aos conteúdos bimestrais que serão

posteriormente utilizados nas avaliações;

• Seminários, mini-aulas, debates, oficinas;

• Avaliações.

45

Registros:-

• Livro de chamada;

• Ficha avaliativa;

• Controle interno do Professor.

Recuperação:-

Para que seja detectada sua necessidade é realizado feed back a cada

conteúdo trabalhado. A recuperação é paralela, realizada no decorrer do

bimestre, com retomada dos conteúdos não assimilados pelos alunos. Muitas

vezes, os professores utilizam-se do sistema de monitoria, ou seja, alunos sem

dificuldades auxiliam alunos com dificuldades.

Comunicação dos resultados

Para os alunos:-

• Professores repassam todas as avaliações decorridas durante o

bimestre para os mesmos dentro de sala de aula solicitando a

assinatura dos pais;

• Equipe pedagógica a cada final de bimestre repassa os resultados do

Conselho de Classe, em sala de aula, de cada disciplina, para que

todos tomem ciência de sua situação individual e também do coletivo

da turma;

Para os pais:-

• É realizado bimestralmente o repasse de notas via assinatura de

boletins e para os alunos com dificuldades, os pais são convidados a

comparecer individualmente, a fim de se discutir estratégias de ações

para reversão do quadro.

VII.c-Avaliação

VII.c.1-Do ensino/aprendizagem

46

A avaliação da aprendizagem é tema merecedor de destaque uma vez

ser considerada a grande vilã do insucesso escolar em qualquer nível de

ensino que se pretenda analisar.

É incontestável sua relevância como mecanismo de obtenção de

informações úteis acerca de resultados alcançados pelo sistema educacional, a

fim de que ofereça subsídios para se tomar novas decisões. É por meio da

avaliação que investiga-se os efeitos de ações operacionalizadas nos diversos

níveis de ensino, servindo como instrumento decisivo para elaboração de

políticas e ações de melhorias, sinalizando para caminhos que devem ser

percorridos, a fim de garantir a qualidade de ensino.

Entretanto para que realmente isto ocorra, ou seja, para que se promova

as mudanças almejadas, a avaliação precisa ser assumida de modo a

favorecer o desenvolvimento do processo escolar, possibilitando a sua

reorganização com vistas à solução das dificuldades detectadas na aquisição e

construção do conhecimento.

Nesta visão, segundo PARO (2001, pág.39) “a avaliação deverá ser

assumida como tomada de decisões suficientes e satisfatórias para que o

educando possa avançar no seu processo de aprendizagem”. Assim a

avaliação passa a ser um instrumento de diagnóstico da real situação dos

educandos, buscando os encaminhamentos adequados e necessários para

que o educando efetivamente possa aprender.

LUCKESI (2003,) afirma que a avaliação da aprendizagem escolar

auxiliará o educador e educando na busca de crescimento. Neste contexto o

doutrinador ressalta ainda que (pág. 171) “a Avaliação é um ato amoroso”, pois

permitirá ao educando ser incluído no seu encaminhamento de aprendizagem

com qualidade, além do que, ao mesmo tempo o inclui também, entre os “bem

sucedidos”, devido ao fato de que esse sucesso deverá ser construído ao longo

de todo o processo ensino-aprendizagem.

Fica evidente a necessidade de se buscar o entendimento do valor e das

implicações da avaliação, no sentido de viabilizar a consecução de uma

proposta mais humanizadora para o ensino.

Considerando que o objetivo maior da avaliação é diagnosticar os

problemas e subsidiar tomadas de decisão é preciso romper com paradigmas

tradicionais que a caracterizam como impositiva, amedrontadora e seletiva.

47

Sendo assim, que transformações são necessárias para romper este

paradigma?

VII.c.2-Da escola

Ao se pensar nessas transformações, há que se considerar, em primeiro

plano, que isso só será possível se o professor atuar orientando o trabalho de

reflexão dos alunos, no que tange às dificuldades encontradas durante o

processo harmonizando o trabalho desenvolvido pelos alunos em sala de aula.

Deve o professor organizar eventos externos que favoreçam e estimulem o

progresso individual e grupal dos alunos, reorientado as ações necessárias a

um processo de ensino e aprendizagem efetivo.

A avaliação deve ser caracterizada numa abordagem mais

contemporânea e passível de ser utilizada em sala de aula. A escola não pode

mais permitir ser desinteressante, resistente às inovações, mantendo o quadro

de passividade, é preciso que haja um novo toque, neste toque relações ricas

que agucem a curiosidade, interação, interesse e exploração da diversidade. A

realidade do mundo atual leva a concluir que para se conviver e interagir é

necessário à capacidade de negociação, deliberação e argumentação e que a

escola precisa desenvolver essas capacidades para formação de indivíduos

autônomos.

Tarefa nada fácil e que exige muita reflexão, mas é aqui no interior da

escola, através da apropriação do conhecimento e na construção dos saberes

que os profissionais da educação instrumentalizarão os sujeitos a compreender

e analisar de forma crítica a realidade social e assim promoverão ações

transformadoras. A avaliação como parte deste processo educativo objetiva

também essa instrumentalização, além da promoção e inclusão do educando.

Assim, os educadores deste estabelecimento em consonância com a

Lei de Diretrizes e Bases da Educação, artigo 24 e Deliberação 007/99; que

prevê uma avaliação diagnóstica, formativa, cumulativa e contínua

constantemente debate o tema, refletindo sua prática pedagógica, procurando

fazer preponderar o aspecto qualitativo sobre o quantitativo, transformando

suas ações no contexto escolar de sala de aula, auxiliando o aluno a construir

48

e entender seu processo de aprendizagem e conseqüente formação

profissional e de cidadania.

VIII- MARCO OPERACIONAL

O Colégio Estadual Antonio Garcez Novaes trabalha com respeito,

reconhecendo às diferenças e buscando o regime colaborativo para minimizar

as necessidades existentes, oportunizando a inserção do aluno no mundo,

procurando formar cidadãos críticos e transformadores.

Optamos por uma ação pedagógica em práticas democráticas, onde

todas as pessoas envolvidas participem das decisões, atuando conjuntamente.

Desta forma visamos oportunizar ações coletivas que poderão influir na

transformação da sociedade.

Buscamos uma educação que considere o educando, não como efeito

da ação do educador, mas sim, como agente do processo educativo, senhor de

suas idéias, capaz de ter iniciativa própria, conhecedor de seus direitos e

obrigações, da realidade que o cerca, capaz de ampliar sempre mais sua visão

de sociedade e de mundo.

Assumimos uma educação que apresente vários caminhos e deixe

liberdade de opção ao educando. Em que os conteúdos apreendidos sejam

apresentados de forma interdisciplinar e que tenham relação concreta com o

cotidiano. Que concebe o homem como ser que orienta sua vida segundo

valores éticos, morais e cristãos.

Defendemos uma educação que se construa sobre a contribuição das

várias ciências, em contínuo desenvolvimento, que deverão ser criticadas e

aperfeiçoadas a cada dia. Neste sentido é renovadora, pois faz diferente a

construção do novo.

Por fim, sonhamos e lutamos por uma educação livre, democrática, justa

e forte, que seja ativa e participativa e principalmente que torne possível a

articulação dos interesses coletivos sobre os anseios individuais.

VIII-a- Linhas de ação

49

• Incentivar e abrir espaços para que aconteçam os grupos de estudos

entre os professores da mesma disciplina e disciplinas afins,

principalmente para discutir itens pertinentes a prática avaliativa,

buscando critérios e instrumentos que permitam o educador agir com

consciência e refletidamente, marcado por decisões claras e

explícitas do que está fazendo e para onde caminha o resultado de

sua ação.

• Buscar a promoção integral dos alunos dando-lhes estímulos para

diminuir o índice de evasão e repetência.

• Adequar o Colégio com infra-estrutura física, material e de Recursos

Humanos, necessários para o desenvolvimento dos projetos

pedagógicos e administrativos com vistas a atingir os objetivos

elaborados.

• Reunir a APM, Corpo Docente, Técnico - Administrativo, Pedagógico

e Grêmio Estudantil, para eleger as prioridades buscando

alternativas para execução das mesmas.

• Criar mecanismos de incentivo para utilização do Portal Dia-a-dia-

educação;

• Planejar com antecedência as atividades de ensalamento, calendário

de aulas, calendário administrativo, calendário das atividades extra

classe, distribuição de salas, professor/aluno para que o ano letivo se

inicie regularmente.

• Manter a gestão democrática através do fortalecimento da A.P.M.,

Conselho Escolar e do Grêmio Estudantil.

• Efetivar a integração dos pais e da comunidade com o Colégio,

permitindo-lhes em todos os momentos o direito de voz.

50

• Manter um quadro de pessoal, suficiente para atender de forma

eficiente e com qualidade, alunos, pais e comunidade.

• Evitar ao máximo a rotatividade do quadro funcional.

• Prezar pela capacitação permanente de todo o quadro funcional do

estabelecimento, através de regime colaborativo com Instituições

vinculadas à Educação, proporcionando que a formação continuada

seja caracterizada, principalmente, pela oferta de encontros coletivos

e periódicos, a partir das necessidades apontadas pelos

trabalhadores em educação, devendo ser realizados na própria

escola, tendo como objetivo a reflexão sobre múltiplas dimensões da

prática educativa.

• Promover cursos profissionalizantes, educativos e informativos,

abertos a toda comunidade escolar, obedecendo todas as diretrizes

estabelecidas, e em especial pleitear a implantação de cursos de

Educação Profissional de nível técnico, com qualidade.

• Fortalecer ainda mais a integração Escola/Empresa e Entidades de

Classe, com vistas à melhoria da qualificação profissional e

cidadania do aluno e sua integração ao mercado de trabalho através

dos programas:

*Estágio Remunerado através do C.I.E.E.

*Regime de colaboração com a Zig informática e UNOPAR

• Buscar o desenvolvimento espiritual do aluno.

• Resgatar o civismo.

• Prezar pela ética, pela moral e bons costumes em todo o ambiente

escolar.

51

• Promover eventos culturais, esportivos, sociais e científicos visando

à satisfação da comunidade.

• Interagir junto aos órgãos estaduais, municipais e da comunidade

para:

• *Prover a efetiva manutenção física do prédio escolar.

• *Buscar melhorias nos ambientes comuns aos alunos, como quadra

de esportes, biblioteca, cantina, e principalmente pleitear a

construção do refeitório, da cozinha, colocação de grades na frente

da escola, calçamento da praça do Flambloyant, jardinagem da

frente da escola, instalação de portão eletrônico na lateral da escola,

entre outras que a comunidade entender necessária.

• *Proceder discussões, debates e tomar decisões conjuntas com

vistas a objetivar, da melhor forma possível, a segurança aos alunos

e funcionários, bem como do prédio e suas instalações.

• Ampliar a intranet do estabelecimento com a implantação da fibra

ótica da Copel, tendo em vista o Projeto da SEED.

• Modernização da intranet já existente na escola, a qual abrange a

biblioteca virtual, os ambientes pedagógicos e administrativos.

• Adquirir um Data Show, a fim de aprimoramento dos recursos

tecnológicos.

• Apoiar e estimular o trabalho dos pedagogos para que sejam

elementos de suporte na busca dos objetivos estabelecidos neste

PPP.

• Colaborar para a execução dos projetos já desenvolvidos na escola,

quais sejam:

Amostra Cultural Geral (Semana Cultural)

52

Português - Cidadania -Preservação do patrimônio escolar

-valores

-Jogos Florais (preparação)

-noite de autógrafos

-2ª Amostra -(textos, poesias)

-jornal

Inglês - Principais datas Comemorativas em Inglês

Artes - Painés, Datas Comemorativas, Convites, Teatro, Amostra Cultural

(novembro)

Educação Física - -Dança (coreografia para serem apresentadas

nos eventos e Jogos Florais)

Esportes (Jogos Escolares e Interclasses)

Xadrez (Cristina / Campassi ) – CLUBE DO

XADREZ

História - Resgate Histórico do Col. Garcez, culminando no

aniversário da escola 16/11/67- 39 anos

Datas Comemorativas (parte Histórica) – Destacar as de

relevante valor

Geografia - Astronomia – (Inscrever os alunos de 5ª série na Jornada

de astronomia )

Ecologia (nascente, hidrografia, relevo, poluição, etc)

Ciências - Meio Ambiente - Jardinagem (horta e plantas medicinais)

Astronomia – (Inscrever os alunos de 5ª série na Jornada

de astronomia )

Matemática- Maratona

Para Ensino Fundamental – Xadrez

53

Física/Química - Laboratório - Experimentos

Obs: Física deverá trabalhar Astronomia ( AMOSTRA CULTURAL)

Biologia - Educação Sexual (HIV, Doenças Sexualmente Transmissíveis,

Drogas, Sexualidade)

Obs: Os alunos do Ensino Médio deverão trabalhar integrados com os alunos

do Ensino Fundamental.

AMOSTRA CULTURAL

Filosofia - Ética - Resgate de Valores

Química – AMOSTRA CULTURAL

Outros :

*Música (seleção para trabalhar em sala)

*Palestras e Visitações (motivação)

Obs: Ensino Médio - Vocação Profissional

*Rádio - Recreio e o Jornal (patrocínio)

*Nivelamento - De caráter obrigatório em todas as séries (o professor

determina o tempo necessário encerrando com uma avaliação)

*Civismo: uma vez por semana no pátio. (Hinos)

• Propor a criação e a execução de outros projetos que envolvam:

*Reforço Escolar / recuperação

*Evasão escolar

*Hora-Atividade

*Simulados envolvendo todas as disciplinas

54

*Integração da Família na Escola (divulgação dos resultados, gráficos, chá para

mães, palestras orientativas, entre outras).

*Temáticas relativas à Educação Contemporânea.

*Projetos específicos para o 3º ano do Ensino Médio – Mural Informativo,

escolha das profissões, escolha do Garoto e Garota Garcez.

• Manter uma gestão financeira transparente, com planejamento anual,

e tendo sua execução alicerçada nas normas estabelecidas pelo

Tribunal de Contas do Estado Paraná, e a Lei de Responsabilidade

Fiscal.

• Cumprir e fazer cumprir o regimento escolar, as legislações

pertinentes, bem como, as determinações e orientações dos órgãos

superiores.

VIII-b- Organização interna da escola

Direção e Direção auxiliar: São os responsáveis pela efetivação da gestão

democrática na escola. Partindo da premissa que só através desta prática é

que se promove a construção de uma escola de qualidade, a proposta de

trabalho dos gestores deste estabelecimento está centrada no desenvolvimento

da aprendizagem, na formação do cidadão, no incentivo a formação continuada

dos educadores, na inovação de novas propostas pedagógicas e na criação e

implementação dos projetos a serem desenvolvidos.

Além disso, a direção deve gerenciar os recursos humanos, financeiros e

físicos – prédio, materiais didáticos e equipamento.

Secretaria: A secretaria presta atendimento ao público, expedição,

recebimento, escrituração, registro e arquivamento de documentos do colégio,

do aluno, do professor e dos funcionários, em consonância com as normas

estabelecidas no Regimento Escolar.

Equipe Técnico-Pedagógica: Este colégio conta com uma Equipe habilitada e

preparada, que acompanha passo a passo o trabalho dos professores e

55

alunos, auxiliando-os no processo ensino-aprendizagem. Procura manter o

bom relacionamento com toda a Comunidade Educativa, priorizando o

atendimento aos alunos e às famílias, através de ações participativas e

democráticas.

Analista de Sistema: Este profissional presta suporte técnico operacional na

implantação de novos programas, atualização de softwares, criação de

relatórios específicos com dados retirados do SERE, acompanhamento e

treinamento individualizado para os professores que utilizam o sistema de

provas da escola, manutenção e atualização do hardware da escola, enfim,

responde por toda a área de informática da escola.

Docentes: Os educadores, em nosso estabelecimento, são todos habilitados,

conscientes de sua profissão, sendo articuladores do processo de ensino-

aprendizagem. Assumem um papel importante na vida do aluno e da

Comunidade Educativa, pela sua competência profissional e presença amiga e

assídua. Procuram despertar no aluno o interesse pelo estudo e, também,

relacionar o conhecimento com a vida.

Funcionários: Estes trabalhadores executam funções primordiais para o bom

funcionamento da escola, como a limpeza do prédio, segurança, alimentação,

entre outras. São muito valorizados por toda a comunidade escolar.l

Bibliotecária: A escola é deficiente desta função, entretanto para suprir esta

necessidade funcionárias do administrativo executam esta atividade. Em nosso

estabelecimento além da biblioteca convencional, temos também, a virtual.

VIII-c- Relações entre o administrativo e o pedagógico

Embora haja especificidades quanto ao trabalho desses dois segmentos, há

uma grande relação entre os mesmos, para que se configure a gestão

democrática e o ensino aprendizagem, uma vez que não deve haver

fragmentação no âmbito escolar. Sendo assim se propõe:

56

• Grupos de trabalho com reuniões periódicas, encarregados de

buscar soluções para entender problemas de natureza pedagógica,

bem como para trocar experiências entre as áreas;

• Reuniões bimestrais buscando alternativas para os problemas de

ordem social e pedagógica;

• Encontros Pedagógicos semestralmente para busca de soluções

pedagógicas, e também a avaliação do rendimento curricular e

atuação docente;

• Atuação dinâmica e constante da Equipe Pedagógica nos Conselhos

de Classe, tomando conhecimento dos problemas existentes e

colocando em discussão as propostas para melhoria, bem como

supervisionando sua aplicação prática;

• Acompanhamento do Sistema de avaliação para avaliar o

desempenho docente e discente e também os índices de evasão e

repetência;

• Assessoria da Equipe pedagógica quanto à apropriação do

conhecimento do educando, verificando a distribuição dos conteúdos

na avaliação;

• Acompanhamento dos índices de evasão e repetência estando em

constante debate com professores e direção, buscando propostas

para a sua diminuição;

• Incentivo constante à integração escola-comunidade, proporcionando

atividades de natureza sócio-cultural, cívica e desportiva;

• Coordenação das Diretrizes Pedagógicas emanadas da Secretaria

de Estado da Educação;

• Incentivo à realização de Projetos para a melhoria da qualidade de

ensino;

• Acessoria ao professor no processo de seleção de livros didáticos,

apostilas e demais materiais essenciais para o bom desenvolvimento

das aulas;

• Recuperação de estudos, reforço em contra-turno e projetos

especiais para alunos com dificuldades e/ou em defasagem;

• Práticas inovadoras para estimular avanços;

57

• Divulgação e demonstração de todo material pedagógico disponível

no colégio, além de momentos com troca de experiências entre os

professores e também com professores de outros estabelecimentos

de ensino;

• Formação e capacitação de professores através de: seminários,

fóruns, cursos, palestras, assembléias, grupos de estudos, reuniões,

entre outros, visando a melhoria da prática pedagógica.

VIII-d- Papel das instâncias colegiadas

Conselho-Escolar

Tem sua implantação Lei 6021 de 28/12/94, tendo por finalidade efetivar

a Gestão Escolar, na forma de colegiado, promovendo a articulação entre os

segmentos da comunidade escolar e os setores da escola, constituindo-se no

órgão máximo de direção, sendo ele de natureza deliberativa , consultiva e

fiscal.

Atuação e representação do Conselho Escolar visará ao interesse maior

dos alunos e sua ação estará articulada nos profissionais que atuam na escola,

preservada a especificidade de cada área de atuação.

Os Conselhos Escolares não existem apenas por definições legais, mais

sim, à medida que as pessoas se dispõem a contribuir para o grupo,

constituindo um espaço de inclusão para desenvolver a confiança social e

igualdade política.

Seu papel é de extrema importância uma vez que apresenta

procedimentos de co-responsabilidade no processo educativo. HORA (1994)

diz “que o acesso à educação escolar é um dos instrumentos de construção de

uma sociedade democrática, na proporção em que a escola universaliza o

saber sistematizado, fundamental para o exercício pleno da cidadania”. Fazer

da escola um espaço para com a comunidade é uma opção política de caráter

transformador e, nela, o Conselho Escolar tem papel garantido, o que não

58

dispensa a necessidade de reflexão permanente e de divulgação ampla dos

obstáculos e das potencialidades que se apresentam.

APMF

A associação de Pais, Mestre e Funcionários devem atuar como um

“elo” entre o Estabelecimento de Ensino e a Comunidade Escolar,

representado de forma significativa os reais interesses de cada segmento (pais,

professores e funcionários). Deve demonstra, de forma transparente, o que se

espera da Gestão. Para tanto, cada membro precisa ser participativo,

consciente e engajado em sua função.

Não pode a Associação limitar-se a gerenciar promoções e recursos ou

mesmo gastos e necessidades materiais.

Cabe a APMF acompanhar o desenvolvimento da Proposta Pedagógica,

buscar a integração, visar a realidade da comunidade em que está inserida,

assegurar melhores condições de eficiência escolar e também administrar/gerir

recursos financeiros.

Enquanto Associação deve comprometer-se primordial da entidade

educacional: o aluno e seu aprendizado. Necessita buscar meios para

promover uma educação de qualidade, voltada para a cidadania, para a

profissionalização, para o alcance dos objetivos da instituição em sua função

de educar, de aperfeiçoar e, conseqüentemente, de estimular o educando na

busca do conhecimento, de bons valores e de uma vida produtiva.

Conselho de Classe

Os Conselhos de Classe deverão possibilitar a inter-relação de

profissionais e alunos, propiciar o debate sobre o processo de ensino e de

aprendizagem, favorecer a integração e seqüência dos conteúdos curriculares

de cada série/classe e orientar o processo de gestão do ensino, tornando-se

uma importante instância de reflexão da escola.

É constituído por professores, equipe pedagógica, direção e

representante de alunos. É realizado bimestralmente, registrado em livro

próprio. Tem caráter decisivo e está diretamente ligado ao desenvolvimento da

59

aprendizagem dos alunos. Sua função é a de propor mudanças, revendo

situações de baixo rendimento escolar, novas alternativas pedagógicas e

formas de avaliação além de estratégias que possibilitem o avanço e o

desenvolvimento do educando, garantindo melhorias na qualidade de ensino.

Grêmio Estudantil

A lei federal nº 7.398, de 04/11/85, no seu Artigo 1º, assegura a

organização de Grêmio Estudantil como entidades autônomas representativas

dos interesses dos estudantes secundaristas, com finalidades educacionais,

culturais, cívicas, desportivas e sociais.

O Grêmio Estudantil é um órgão composto somente de estudantes. Ele

deve estar sempre preocupado em tornar realidade às aspirações da maioria

daqueles que estudam num estabelecimento de ensino. É geralmente

composto por uma diretoria eleita pelos estudantes que deverá trabalhar com

diversos departamentos através de uma gestão colegiada..

A organização, o funcionamento e as atividades dos Grêmios serão

estabelecidas nos seus estatutos, aprovados em assembléia geral do corpo

discente de cada estabelecimento de ensino público, convocada para esse fim

( Art. 1º, § 2º da referida lei ).

O diretor da escola da rede estadual de ensino deverá no sentido de

colaborar com a organização dos Grêmios, propiciar aos alunos, condições de

realização de reuniões para a formação de comissões pró-grêmio, bem como,

respeitadas as normas disciplinares da escola, permitindo o acesso de tais

comissões às salas de aulas e o uso das dependências para informes

esclarecimentos das finalidades do Grêmio.

O objetivo do Grêmio é o de representar o corpo discente defendendo os

interesses individuais e coletivos, incentivando as culturas literárias, artísticas e

desportivas de toda a comunidade escolar.

Por fim o Grêmio deve levar à frente as lutas dos estudantes pela

melhoria do ensino, por um tratamento mais digno, democrático participando

das lutas mais gerais que os movimentos sociais realizam.

60

INCLUSÃO

O processo de inclusão é eminente à nossa sociedade pois, antes

de ser desafio educacional é um desafio social.

Deve-se entender inclusão não apenas em relação aos

deficientes físicos ou mentais, que possuam limitações físicas, sensoriais ou

déficits intelectuais, mas em relação à aqueles que não atingem as

expectativas de aprendizagem e avaliação da escola em decorrência das

condições econômicas e culturais desfavoráveis.

Para que tal atendimento seja efetuado de forma adequada e

satisfatória, é necessário que o Estado, mantenedor do ensino público no

Paraná, forneça material físico (sala de recursos, centro de atendimento

especializado, prédio equipado com rampas, barras de segurança, banheiros

adequados) e humano ( atendimento psicológico, psiquiátrico, profissional

intérprete, instrutor surdo, cursos para os docentes do ensino regular e

relacionamento entre famílias e escola).

Ao professor, agente direto deste processo, cabe o acolhimento,

flexibilização do conteúdo, da metodologia e avaliação como também, ser o

mediador do convívio harmonioso da socialização deste aluno.

Ressalta-se a importância da inclusão digital onde integra de

maneira orgânica um conjunto de equipamentos disponibilizados para as

escolas, a produção de conteúdos utilizando diferentes mídias e a

disseminação de seu uso pelos professores.

HORA- ATIVIDADE

A hora-atividade é o período reservado a estudos, planejamento

e avaliação, incluído na carga de trabalho, sendo destinada para planejamento,

reuniões pedagógicas, correção de tarefas dos alunos, estudos e reflexões

sobre os conteúdos curriculares e ações, projetos e propostas metodológicas,

trocas de experiências, atendimento de alunos e pais e outros assuntos

educacionais de interesse dos professores. È um tempo onde o professor

pensa e repensa sua atividade realizada.

61

Deve-se propor, como melhor estratégia de trabalho, a

organização coletiva da hora-atividade, mas compreende-se a necessidade de

garantir a autonomia do professor e a sua individualidade. O planejamento,

execução, acompanhamento e avaliação da hora-atividade, é de

responsabilidade do conjunto de professores, sob a orientação, supervisão e

acompanhamento da equipe pedagógica ou do diretor da escola; no que

compreende o quadro de distribuição da hora-atividade deve estar exposto em

edital na escola.

Considerando a importância da hora-atividade no

desenvolvimento profissional das práticas pedagógicas, sugerimos a ampliação

da mesma.

62

63

COLÉGIO ESTADUAL ANTONIO GARCEZ NOVAES – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO- ARAPONGAS- PRN.R.E. APUCARANA - PR

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR NO ENSINO BÁSICO

MODALIDADE: ENSINO FUNDAMENTAL

DISCIPLINAS:

CIENCIASEDUCAÇÃO ARTÍSTICA

EDUCAÇÃO FÍSICAENSINO RELIGIOSO

GEOGRAFIAHISTÓRIA

LINGUA PORTUGUESAMATEMÁTICA

LINGUA ESTRANGRIRA - INGLÊS

2007

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – 2007

I IDENTIFICAÇÃO

DISCIPLINA: CIÊNCIAS

MODALIDADE: ENSINO FUNDAMENTAL

PROFESSORES:

Cláudio da Silva Ribeiro

Aparecida Martins

Maria Rosangela de Oliveira Bonin

1 - Apresentação Geral da Disciplina

A disciplina de ciências foi inserida no currículo em 1931 a partir da

Reforma Francisco Campos, pelo decreto 19890/ 31.Essa reforma foi

complementada por Gustavo Capanema em 1942 que dividiu a estrutura em

dois ciclos: Ginasial, com duração de quatro anos; e o clássico e científico de

três anos.

Na década de 50 o ensino das verdades clássicas através dos métodos

tradicionais foi substituído pela valorização dos conteúdos espontâneos,

enaltecendo experiência pela experiência. A educação da América Latina foi

influenciada pela reforma no sistema de ensino ocorrido nos EUA. Essa

reforma visava a formação de nossos cientistas, uma vez que, o lançamento do

satélite artificial parecia uma ameaça a supremacia dos EUA.

O desenvolvimento industrial no Brasil, ocorrido na década de 60,

induziu o Estado a rever seu sistema educacional que passou a ter

64

preocupação com a formação de mão - de - obra técnico - científica para

atender as necessidades do mercado e do desenvolvimento econômico dopais.

Entre 1968 e 1961 houve a reforma educacional no Brasil, incentivados

pela ajuda financeira e assistência técnica oferecidas pela Agência Norte -

Americana para o Desenvolvimento Internacional ( Usaid ). A partir daí

modificou - se a estruturado ensino primários e médios, que passou a

denominar-se, respectivamente, de primeiro grau, com oito anos, básicos e

obrigatório e de segundo grau. Surge a disciplina "Iniciação à Ciências" em

todas a séries do primeiro grau.

O aumento da produção industrial desencadeou um grave problema

social - a degradação do meio ambiente. A esse fato, juntou -se relação do

desenvolvimento científico - tecnológico às guerras ampliando - se a discussão

sobre suas influências na sociedade e os efeitos nela provocadas.

O período de transição entre o modelo ditatorial e a democracia no Brasil

ocorrida na década de 80, influenciou o ensino de Ciências que, numa tentativa

ingênua e superficial, reorganizou seu currículo para atender os temas

relacionados com as causas e conseqüências das atividades ligas a industriam

e à agricultura voltadas à prática social.

Os anos 90 foram marcados pela globalização e uma filosofia

neoliberalista, levando a escola repensar seu papel na formação de um

cidadão crítico, participativo e transformador. Implantou -se o Currículo Básico

para a Escola Pública do Estado do Paraná que buscava responder às

necessidades sociais e históricas do Brasil deste período. Sua proposta

baseava-se em três eixos norteadores: Noções de Astronomia; Transformação

e Interação da Matéria e Energia; Saúde: Melhoria da Qualidade de Vida.

A partir da lei 9394/ 96 que estabeleceu as Diretrizes e Bases para a

Educação Nacional, o ensino de Ciências no Currículo Básico perdeu força, por

não apresentar subsídio teórico - metodológicos suficientes para explicitar as

preocupações quanto aos resultados das ações do homem sobre a natureza.

A escola perdeu o caráter de espaço social e transformador e passou a ser

entendida como empresa, conforme o modelo neoliberal de educação.

A partir de 1996 é divulgada e amplamente distribuída nas escolas os

PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais). A proposta do PCN para o ensino

de Ciências estabelecia que todas as disciplinas tratassem de temas como

65

saúde, sexualidade e meio ambiente, antes restrito à disciplina de Ciências. Os

conteúdos específicos ficaram em segundo plano, à margem do processo

pedagógico e, geralmente eram tratados na forma de projetos extracurriculares.

Os PCNs-Ciências Naturais tinha como eixos temáticos: Terra e

Universo; Vida e Ambiente; Ser Humano e Saúde; Tecnologia e Sociedade.

Embora apresentassem uma visão mais articulada dos conteúdos, havia uma

limitação do trabalho do professor para abordar uma educação globalizada,

perdendo de vista as características e necessidades regionais.

A partir da reformulação da política educacional do Estado em

2003,institui-se o currículo escolar como eixo fundante da escola.As Diretrizes

Curriculares para a Educação Básica buscam levar o corpo decente a uma

reflexão da sua prática, incentivando sua formação através de grupos de

estudo, seminários estaduais, simpósios, cadernos pedagógicos, criação do

Portal dia-a-dia Educação, Fera, projeto Com Ciência e Jogos Escolares,

levando a escola a uma maior interação com a comunidade.

Tendo em vista a inclusão a História e Cultura afro-brasileira e Africana

nos currículos da Educação foi contemplada com a lei 10.639/03 que garante

os direitos dos cidadãos afro-brasileiros e seus descendentes.

1.1 Concepção de Disciplina de Ciências

A disciplina de Ciências constitui um conjunto de conhecimentos necessários

para compreender e explicar os fenômenos da natureza e suas interferências

no mundo. Por isso, estabelece relações entre os diferentes conhecimentos

físicos, químicos e biológicos, em cujos cenários estão os problemas reais, a

prática social. Pode-se dizer que esse olhar para o objeto de estudo torna-se

mais amplo e privilegia as relações e as realidades em estudo (SANTOS, 2005,

p.58).

Pautado nessa concepção, o processo de ensino e aprendizagem de

Ciências valoriza a dúvida, a contradição, a diversidade e a divergência, o

questionamento das certezas e incertezas, e faz superar o tratamento curricular dos

conteúdos por eles mesmos, de modo a dar prioridade à sua função social.

66

A Ciência e uma construção humana e coletiva. Como toda construção

humana, o conhecimento cientifica esta em permanente transformação. As

afirmações cientificas são provisórias e nunca podem ser aceitas como

completas e definidas.

O ensino de Ciências deve atender as necessidades cotidianas das pessoas

comuns e, ao mesmo tempo alargar seus horizontes e suas criatividade. Busca

– se então, um ensino de ciências como investigação, levando os alunos a

serem capazes, cada vez mais, de construir conhecimentos sobre a natureza

mais próximos do conhecimento cientifico que de senso comum. De qualquer

forma, procura – se como ponto inicial para o ensino - aprendizagem de

Ciências os problemas com as quais os alunos se defrontam.

2 – OBJETIVOS

- O ensino de Ciências deverá então se organizar de forma que, ao final do

ensino fundamental, os alunos tenham desenvolvido as seguintes capacidades:

- Compreender a natureza como um todo dinâmico e o ser humano, em

sociedade, como agente de transformação do mundo em que vive, em relação

essencial com os demais seres vivos e outros componentes do ambiente;

- Compreender a Ciência como um processo de produção de conhecimentos e

uma atividade humana, história, associada a aspectos de ordem social,

econômica, política e cultural;

- Identificar relações entre conhecimento científico (ciência), produção de

tecnologia (tecnologia) e condições de vida (sociedade), no mundo de hoje e

em sua evolução histórica, compreendendo a tecnologia como meio de suprir

as necessidades humanas, adquirindo juízo sobre riscos e benefícios de

práticas científicas - tecnológicas;

- Compreender as saúdes pessoais, sociais e ambientais como bens

individuais e coletivos que devem ser promovidos pela ação de diferentes

agentes;Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas

reais a partir de elementos da ciência, colocando em práticos conceitos,

procedimentos e atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar;

- Saber utilizar conceitos científicos básicos, associados à energia, matéria,

transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida;

67

- Saber combinar leituras, observações, experimentações e registros para

coletas de dados, comparação entre explicações, organização, comunicação e

discussão de fatos e informações;

- Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica e cooperativa

para a construção coletiva do conhecimento;

- Desenvolver responsabilidade, solidariedade, a autonomia, e o respeito ao

bem comum, incentivando postura crítica, participativa e ética face às novas

tecnologias.

- Construir conhecimentos mínimos necessários para que os indivíduos se

sintam alfabetizados cientifica e tecnologicamente, proporcionando o

desenvolvimento de um postura critica e reflexiva frente às descobertas e

aos fatos científicos do mundo real.

-

- 3- Conteúdos por série/ano

-

- 5ª série

- - Inter-relações entre os seres vivos e o ambiente;

- - Água no ecossistema;

- - Ar no ecossistema;

- - Solo no ecossistema.

- 6ª série

- - Biodiversidade - características básicas dos seres vivos;

- - Níveis de organização dos seres vivos - organização celular;

- - Biodiversidade - classificação e adaptações morfofisiológicas.

- 7ª série

- - Doenças, infecções, intoxicações e defesas do organismo;

- - Corpo humano como um todo integrado.

- 8ª série

- - Poluição e contaminação do ar, da água e do solo;

- - Transformação da matéria e da energia;

- - Astronomia e Astronáutica;

68

- - Segurança no trânsito.

-

4- METODOLOGIA

O ensino de Ciências busca instrumentalizar o educando para entender

a interação existente entre o mundo físico e social, coordenar informações,

posicionar-se diante delas e construir seus conhecimentos. Desta forma, deve

possibilitar ao sujeito a capacidade de situar-se no mundo participando de

forma ativa na sociedade.

Nesta perspectiva conduziremos o processo ensino/aprendizagem com

as seguintes metodologias:

• Observações e experimentações;

• Fontes textuais (jornais, revistas, livros, internet);

• Programas de televisão e vídeo;

• Saber vivencial de profissionais especialistas, através de palestras e

entrevistas;

• Aulas expositivas e dialogadas;

• Trabalhos e dinâmicas em grupos;

• Jogos, debates e dramatizações;

• Passeios ecológicos e informativos;

• Painéis e mostras de trabalhos;

• Leitura e interpretação de textos.

• Teatro, música e poesia.

Para o desenvolvimento das atividades os professores poderão utilizar os

mais variados recursos pedagógicos.

Os conteúdos específicos serão trabalhados de forma a considerar as

relações entre os conhecimentos físicos, químicos e biológicos, a prática

social, o mundo natural (ciência), o mundo construído pelo ser humano

(tecnologia) e seu cotidiano (sociedade).

5– AVALIAÇÃO

69

A avaliação é um processo continuo, diagnóstico, sistemático, funcional,

orientador e integral.

– Continua e sistemática, logo deve ser constante e planejada,

possibilitando ao professor, por meio de uma interação diária com os

alunos, contribuições para verificar em que medida os alunos se

apropriaram dos conteúdos específicos permitindo, se necessário, a sua

recuperação ;

– Funcional, porque verifica se os objetivos previstos estão sendo

cumpridos;

– Orientadora, pois permite aos alunos conhecer erros e corrigi-los;

– Integral, pois considera o aluno como um todo, ou seja, não apenas os

aspectos cognitivos, mas igualmente os comportamentais e as

habilidades psicomotoras.

Cada instrumento de avaliação possui suas vantagens e desvantagens,

cabendo ao professor a escolha mais adequada. Por meio de cada

instrumento avaliativo, o aluno pode expressar os avanços na

aprendizagem porque interpreta, produz, discute, relaciona, analisa,

justifica, posiciona-se e argumenta, defende o próprio ponto de vista. Sendo

eles: prova oral e escrita, auto-avaliação, trabalhos de pesquisas, painéis,

debates, grupos de estudo, feira de ciências, seminários, simpósios, fóruns,

trabalho integrado, experimentos, textos diversos, participação.

É imprescindível a coerência entre o planejamento das ações

pedagógicas do professor, o encaminhamento metodológico e o processo

avaliativo para que os critérios de avaliação estejam ligados aos processos

de ensino aprendizagem quanto:

- O aluno, e ou a turma, compreende a necessária relação entre os

conhecimentos físicos, químicos e biológicos para a explicação dos

fenômenos naturais envolvidos neste conteúdo específico;

- De que forma o aluno se apropriou deste conhecimento científico;

- O aluno, e ou a turma, consegue relacionar os aspectos sociais,

políticos, econômicos, éticos e históricos envolvidos.

6- BIBLIOGRAFIA

70

– Apostila de Biologia – Albino Fonseca

– Apostila sobre Orientação Curricular Preliminares – Ciências

– Parâmetros Curriculares Nacionais. Ministério da Educação e do

Desporto. Terceiro e Quarto Ciclos do ensino Fundamental. Brasília,

1998.

– VALLE, Cecília. Ciências. Positivo.

– Diretrizes Curriculares de Educação de Ciências para o Ensino

Fundamental.

– Diretrizes Curriculares de Educação Especial

– Diretrizes Curriculares de Educação do Campo

– Coleção Ciência, novo pensar /Demétrio Gowdak,Eduardo Martins.- -

São Paulo,FTD,2002.

71

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – 2007

I – IDENTIFICAÇÃO

DISCIPLINA: ARTE / ARTES

MODALIDADE: ENSINO FUNDAMENTAL

PROFESSORES

Melissa Carrasco Ceconello

Patrícia Midori Sawamura

Cláudia Spínatto Bordinhão

II – APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Toda a obra de Arte é de alguma maneira feita duas vezes.

Pelo criador e pelo espectador, ou melhor,

pela sociedade à qual pertence o espectador.

Pierre Bourdieu, 1986.

A interação entre conhecimento estético, conhecimento artístico e

conhecimento contextualizado são de fundamental importância dentro do

trabalho docente, servindo como proposta para o desenvolvimento e

articulação entre as quatro áreas de Arte (Artes visuais, teatro, música e

dança).

Dentro do conhecimento estético usamos o conhecimento teorizado

sobre a arte, produzido pela arte e as ciências humanas como a filosofia,

sociologia, psicologia, antropologia e literatura.

72

Através do conhecimento artístico usufruímos o fazer artístico e do

processo criativo servindo como formas de organização e estruturação do

trabalho artístico.

No conhecimento contextualizado prima-se pelo conhecimento estético e

artístico do aluno e da comunidade em que está inserido através do resultado

de experiências sociais e sua relação com o conhecimento sistematizado em

arte.

73

III – OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

Pretende-se viabilizar a aquisição de conhecimentos teórico-prático que possibilitem ao educando a percepção, a leitura e a

interpretação de signos verbais e não-verbais presentes na arte e suas diferentes áreas.

Através da cultura identificar sua identidade, herança cultural e diversidade, perceber e interpretar a cultura de massa e

industria cultural, que atende as diferentes intenções de comunicação.

IV – CONTEÚDOS

Conteúdos

Estruturantes

Elementos

Básicos

Conteúdos Específicos

Artes Visuais – ponto, linha, forma, cores, texturas, luz e sombra, volume, ritmo, composição

bidimensional e tridimensional, simetria, arte figurativa e arte abstrata, história em quadrinhos,

superfície, proporção, perspectiva.

Dança – danças folclóricas e movimentos corporais, coreografias improvisadas, espaço – nível de

altura, dinâmica (ritmo e inter-relacionamento), fluxo de movimentos.

Música – manifestações musicais folclóricas (cantigas, trava-línguas), elementos sonoros – timbre,

intensidade, altura e ritmo, instrumentos musicais – corda, sopro, percussão, etc, formação da

música brasileira (história da música).

Teatro – elementos da ação dramática - história, personagens, espaço cênico; jogos teatrais –

improvisação, mímicas, etc; espaço cênico – cenário, sonoplastia, iluminação; criação de fantoches,

expressão corporal, origem da máscara e confecção (máscaras africanas); improvisação teatral.

Produções

Artísticas

Artes Visuais – composições de trabalhos bidimensionais e tridimensionais

Dança – composições coreográficas; improvisações coreográficas.

Música – composições, improvisações e interpretações musicais.

75

76

V – METODOLOGIA

Do ponto de vista metodológico, o ensino da Arte priorizará a interação

da percepção, identificação, do gerir, da forma de organização e interpretação

de signos verbais e não-verbais manifestos nos bens culturais materiais e

imateriais.

Buscar-se-á formas originais e interdisciplinares de expressar idéias com

o grupo, promovendo observações, experimentações, discussões e análises

para que se possa entrar em contato, não só com as formas e linguagens

técnicas, mas também com idéias e reflexões propostas pelas diferentes

linguagens artísticas.

Devemos contemplar na metodologia do ensino da arte, três momentos

da organização pedagógica o sentir e perceber, que são as formas de

apreciação e apropriação, o trabalho artístico, que é a prática criativa, o

conhecimento, que fundamenta e possibilita ao aluno um sentir / perceber e

um trabalho artístico mais sistematizado, direcionando o aluno a formação de

conceitos artísticos.

Entende-se que aprender arte envolve não apenas uma atividade de

produção artística, mas também compreender o que faz e o que os outros

fazem pelo desenvolvimento da percepção estética, no contato com o

fenômeno artístico, visto como objeto de cultura na história, política e social e

com o conjunto das relações.

Sabe-se que ao fazer e conhecer arte, o aluno percorre os trajetos da

aprendizagem que proporcionam conhecimentos específicos sobre sua relação

com o mundo. Tal percepção possibilita leituras da realidade, permitindo uma

reflexão mais ampla a respeito da sociedade em que o sujeito está inserido e

de outras com as quais ele estabelece relações.

VI - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação deverá ser diagnosticada por ser referência do professor

para planejar as aulas e avaliar os alunos; e processual por pertencer a todos

os momentos da prática pedagógica. Segundo a LDB a avaliação é contínua e

cumulativa do desempenho do aluno, visando os aspectos qualitativos sobre os

quantitativos durante todo o ano letivo.

A avaliação deverá ser criadora de estratégias que possibilitem o

entrelaçamento do conceito com a construção cultural, deverá ser feita através

da observação e registro, sem parâmetros comparativos entre alunos por meio

de provas escritas e orais, auto-avaliação dos alunos, seminários, atividades

práticas, obedecendo a proposta do projeto político da escola.

A escola deve procurar garantir aos seus alunos a produção do saber

científico historicamente acumulado, sem esquecer as experiências de vida e a

realidade social daqueles a quem deve educar. Este aspecto tem um mérito de

elevar o nível de consciência crítica dos alunos e de introduzi-los na atualidade

histórico social de sua época, possibilitando-lhes uma atuação consistente e

competente na transformação da sociedade.

A avaliação é um ato social em que a sala de aula e a escola devem

refletir o funcionamento de uma comunidade de indivíduos pensantes e

responsáveis, que conhecem sua posição em relação a outras comunidades.

VII -BIBLIOGRAFIA

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da Educação. São Paulo: Moderna,

1987.

AZEVEDO, F. de. A cultura brasileira. 5ª edição, revista e ampliada. São

Paulo: Melhoramentos, editora da USP, 1971.

BARBOSA, A. M. (org.) Inquietações e mudanças no ensino da arte. São

Paulo: Cortez, 2002.

BENJAMIM, T. Walter. Magia e técnica, arte e política. Obras escolhidas.

Vol.1. São Paulo: Brasiliense, 1985.

BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte. São Paulo: Ática, 1991.

BRASIL. Leis, decretos, etc. Lei nº 9394/93: Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional, LDB. Brasília, 1996.

DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO

BÁSICA DO ESTADO DO PARANÁ..

DUARTE JUNIOR, J.F. Fundamentos estéticos da educação. 4ª ed.

Campinas, SP: Papirus, 1993.

DUARTE JUNIOR, J.F. Por que arte educação? 8ª ed. Campinas, SP:

Papirus, 1996.

78

FERREIRA, A. B.H. Dicionário Aurélio básico da língua portuguesa. Rio de

Janeiro: Nova Fronteira, 1995.

PROENÇA, Graça. História da Arte. Editora Ática, 1995.

OSTROWER, Fayga. Universos da arte. Campus, 1997.

PEIXOTO, Maria Inês Hamann. Arte e grande público: à distância a ser

extinta. Campinas: Autores Associados, 2003. (Coleção polêmicas do nosso

tempo, 84).

PENTEADO, José de Arruda. Comunicação Visual e Expressão. Ed.

Nacional, 1998.

SCHAFER, M. O ouvido pensante. São Paulo: Brasiliense, 1987.

Enciclopédia – A arte nos Séculos. Abril Cultural

CADERNOS TEMÁTICOS: Inserção dos conteúdos de história e cultura

afro-brasileira nos currículos escolares / Paraná. Secretaria de Estado da

Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino

Fundamental. Curitiba : SEED-Pr, 2005.

HANSEBALG, Ricardo. Raça e gênero nos sistema de ensino: os limites das

políticas universalistas na educação. Brasília. 2002.

79

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR 2007

I-IDENTIFICAÇÃO

DISCIPLINA: EDUCAÇÃO FÍSICA

MODALIDADE: ENSINO FUNDAMENTAL

PROFESSORES:

Moisés Vicente dos Santos

José Campassi Junior

Maria Cristina Tomazini

Osny Mathias Hoffmann

1. APRESENTAÇÄO GERAL DA DISCIPLINA.

A Educação Física, passou e passa por uma transformação, desde que foi

constituída (Rui Barbosa – 1882), até os dias atuais. As tendências da

disciplina, conforme seu momento histórico, foram, HIGIENISTA – (formação

de homens saudáveis), MILITARISTA – (formação para servir a Pátria),

PEDAGOGISTA – (Proj. Educativo), COMPETITIVISTA – (formação de

atletas), POPULAR – (trabalhadores passaram a influenciar a prática de

atividades lúdicas). Nestas mudanças, conferiu-se a educação Física

características que a reconhecia a partir de uma proposta biológica e

fisiológica, onde o desenvolvimento físico e motor (aptidão física) eram

entendidos como capazes de promover uma educação integral do ser humano,

sem dar, porém, significado as ações culturalmente produzidas ao longo da

história.

Por ser a Educação Física uma disciplina que tem como objeto de estudo

a cultura corporal de movimento, como tal, devemos provocar nos educandos

reflexões sobre o significado do que é “seu corpo” no mundo moderno, através

de suas manifestações diferenciadas. Neste sentido, dá-se importância os

signos sociais que se expressam por meio do preconceito social, da

sexualidade, da diferenciação ente gêneros, da violência, da exacerbação, da

vaidade, do excesso de consumo, etc.

80

Diante destas considerações a educação Física, possibilita ao educando

“um pensar” crítico sobre suas experiências corporais, bem como os princípios

e valores inerentes ao ser humano.

2- OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA DE EDUÇÁO FÍSICA

• Fazer do educando um cidadão crítico, sujeito as ações e movimentos,

consciente que o corpo age, brinca, aperfeiçoa, dança, segue modelos,

adoece, socializa-se.

• Intensificar a compreensão do aluno(a), sobre a diversidade, cultural em

termos corporais, onde possa respeitar as diferenças.

• Vivenciar e explorar sua corporalidade por meio de atividades e

experiências orientados pelo professor.

• Superar na Educação Física o caráter de mera atividade de “prática pela

prática”.

• Adotar hábitos saudáveis de higiene, alimentação e atividades corporais,

refletindo sobre sua própria saúde e da comunidade.

• Conhecer e discutir o papel da “mídia”, na sua vida: saúde, beleza,

consumismo, preconceitos, etc.

• Organizar e interferir no especo, bem como reivindicar locais adequados

para atividades físicas e lazer, em busca de uma melhor qualidade de

vida.

• Conhecer, valorizar e respeitar pluralidade cultural de um povo.

• Proporcionar atividades ao educando, de modo que ele possa dar

continuidade a esta aprendizagem no seu dia a dia.

3-CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• A EXPRESSIVIDADE CORPORAL.

-O corpo como construção histórico-social;

-Conhecimento do corpo;

-Manifestações esportivas;

81

-Manifestações ginásticas;

-Origens, brincadeiras e brinquedos;

-Manifestações estéticas-corporais na dança e teatro;

-lutas.

• MANIFESTAÇÕES ESPORTIVAS

-Fundamentos técnicos;

-Regras;

-Origem dos diferentes esportes e sua mudança na história;

-Esporte como fenômeno de massa;

-Jogo;

-Análise crítica das regras;

-O sentido da competição esportiva;

-Modelo da sociedade que os produzem;

-Influência nos esportes dos diferentes modelos da sociedade;

-Possibilidade dos esportes como atividade corporal;

-Práticas esportivas: esportes com e sem materiais e equipamentos.

• MANIFESTAÇÕES GINÁSTICAS

-Origem da ginástica e sua mudança no tempo;

-Diferentes tipos de ginástica;

-Princípios básicos de diferentes ginásticas;

-Cultura da rua, cultura do circo, malabares, acrobacia, etc.

-Práticas ginásticas.

• JOGOS, BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS

-A construção coletiva de jogos e brincadeiras;

-Por que brincamos?

-Oficina de construção de brinquedos;

-Brinquedos e brincadeiras tradicionais, brinquedos cantados, rodas e

cirandas;

-Diferentes manifestações e tipos de jogos;

-Jogos e brincadeiras com ou sem materiais;

-Diferenças entre jogos e esportes.

• DANÇA E TEATRO

-A dança e o teatro como possibilidade de manifestação corporal;

-Diferentes tipos de dança;

-Por que dançamos;

82

-Danças tradicionais e folclóricas;

-Danças populares e Afro-brasileiras

-Desenvolvimento de formas corporais rítmico-expressivas;

-Mímica, imitação e representação;

-Expressão corporal com e sem matérias.

-História e cultura dos temas desenvolvidos.

ELEMENTOS ARTICULADORES

< O corpo que brinca e aprende= manifestações lúdicas

< O desenvolvimento corporal e construção da saúde

< A relação do corpo com o mundo do trabalho

TEMAS SOCIAIS CONTEMPORÂNEOS

• Ética

• Cultura da paz

• Sexualidade

• Prevenção de entorpecentes

• Meio ambiente

• Cidadania

• A mídia

• O corpo

• A saúde

• O lazer

• A diversidade (Étnico-racial, sexual, indígena, alunos portadores de

necessidades especiais)

5ª- SÉRIE

*Postura Corporal

*Histórico e origem dos diferentes esportes

*Jogos e brincadeiras com e sem material

*Jogos intelectivos - iniciação (dama, xadrez...)

*Manifestações lúdicas

*Jogos e brincadeiras: tradicionais, cantadas, rodas.

*Oficina de brinquedos

83

*Diferentes tipos de ginástica

*Histórico e origem da ginástica

*Ginástica como preparação para outras atividades

*Movimentos acrobáticos (rolamentos, roda e parada de mão.....)

*Fundamentos básicos, jogos pré-desportivos.

*Danças

*Expressão corporal e ritmo

*Noções básicas de higiene e saúde

6ª- SÉRIE

Fundamentos e características dos diferentes esportes –teoria

*Jogos e brincadeiras com e sem material

*Diferença entre jogos e esportes

*Manifestações lúdicas

*Diferentes tipos de ginásticas

*Definição de esporte, tática e regras básicas.

*Fundamentos básicos, jogos pré-desportivos.

*Dança populares e tradicionais

*Manifestações teatrais

*Prática esportivas

*O sentido da competição esportiva

*O corpo como sujeito e vítima da violência

*Cultura da rua

7ª- SÉRIE

*Diferença entre jogos e esporte

*Jogos intelectivos (xadrez, dama...).

*Ritmo e movimento

*Iniciação coreográfica

*Expressão corporal coreografada e interpretativa

*Jogos propriamente ditos

*Regras atualizadas

*Importância da atividade física

*Cultura circense

*Cultura popular

*Controle de freqüência cardíaca

*Consumo de oxigênio durante a atividade física

84

*Produção de energia através dos alimentos

8ª SÉRIE

*Temas sociais contemporâneos: ética, cultura da paz, sexualidade, prevenção

de entorpecentes, meio ambiente, cidadania.

*Aprimoramento dos fundamentos dos esportes – táticas e regras

*Jogos intelectivos (Damas, xadrez...).

*Atividades aeróbicas e anaeróbicas

*Apreciação e montagem de dança e lutas

*Esporte como fenômeno de massa

*Ginástica.

4- ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Tanto na aprendizagem quanto no ensino da Educação Física, o método é

um processo que associa a dinâmica da sala de aula à intenção da prática do

aluno para uma maior compreensão da realidade, fazendo-o formular conceitos

próprios a partir dos temas apresentados.

Discutir, previamente, sobre o que, como, quando e por que tal ação é

importante, provocando no aluno(a), a reflexão, formulando sua opinião,

interpretação e explicação sobre o que está acontecendo, com base nos

objetivos pautados.

A ação pedagógica da Educação Física, pode ser variada, tornando os

conteúdos mais interessantes e significativos, utilizando recursos dos mais

diversos, onde o aluno passa a perceber a inter-relação entre o conhecimento

crítico-teórico e volta novamente para a prática social concreta.

Na metodologia crítico-superadora, o conhecimento é transmitido,

levando-se em conta o momento político, histórico, econômico e social em que

está inserido, seguindo as estratégias, práticas sociais, problematização,

instrumentalização, cartase e retorno à prática social.

A PRÁTICA SOCIAL caracteriza-se como uma preparação (aluno) para a

construção do conhecimento escolar.

A PROBLEMATIZAÇÃO trata do desafio, é o momento em que a prática

social é colocada em questão, analisada e interrogada.

85

A INSTRUMENTALIZAÇÃO é o caminho por meio do qual o conteúdo

sistematizado é colocado à disposição dos alunos para que assimilem e o

recriem, ao incorporá-lo, transforme-lo em instrumentos de construção pessoal

e profissional (Gasparim, 2002 pg 53).

A CARTASE é a fase em que o educando sistematiza e manifesta o que

assimilou.

O RETORNO Á PRÁTICA SOCIAL é o ponto de chegada do processo

pedagógico na perspectiva histórico-crítica.

5- AVALIAÇÃO

O processo de avaliação da disciplina de educação física, individual ou

coletiva, será contínua, incluindo o aluno(a) como participante e contribuindo

para o desenvolvimento da responsabilidade e compreensão na construção do

conhecimento teórico e prático. No decorrer das aulas, o conteúdo

programado pode ser reavaliado e alterado de acordo com as dificuldades

encontradas nas avaliações que foram feitas, para melhor aproveitamento do

educando.

Será uma avaliação diagnóstica num processo contínuo que servirá para

requisitar o processo desenvolvido para identificar lacunas na aprendizagem,

bem como planejar e propor outros encaminhamentos que vise a superação

das dificuldades constatadas nas diversas manifestações corporais,

evidenciadas nas brincadeiras, jogos e brinquedos, manifestações ginásticas,

manifestações esportivas, danças e teatro.

6. BIBIOGRAFIA

BRACHT, Valter, A CONSTITUIÇÃO DAS TEORIAS PEDAGÓGICAS DA

EDUCAÇÃO FÍSICA. CADERNOS CEDES, V.19 N.48. CAMPINAS, 1999.

PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EEUCAÇÃO. CURRÍCULO BÁSICO

PARA A ESCOLA PÚBLICA DO ESTADO DO PARANÁ. CURITIBA-

SEED,1990.

86

PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO.

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO. DIRETRIZES CURRICULARES

DA EDUCAÇÃO FÍSICA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL. CURITIBA-

2006.

INTRODUÇÃO ÀS DIRETRIZES CURRICULARES. Prof. Yvelise F.S. Arco-

Verde (Org.) Curitiba-Pr.

DIVERSIDADE E PERTINÊNCIA NA CONSTRUÇÃO CURRICULAR –

MARCOS CORDIOLLI

87

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR 2007

I-IDENTIFICAÇÃO

DISCIPLINA: ENSINO RELIGIOSO

MODALIDADE: ENSINO FUNDAMENTAL

PROFESSORES:

Cleuza Lopes de Lemos

1-APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Art. 5º. Inciso VI da Constituição Brasileira diz:

É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo

assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a

proteção aos locais de cultos e suas liturgias.

Em 2002 o Conselho Estadual de Educação do Paraná aprovou a

deliberação 03/02 que regulamenta o Ensino Religioso nas Escolas Públicas do

Sistema Estadual do Estado do Paraná.

Os Professores, aqueles que ministram as aulas de Ensino Religioso

passaram a ser envolvidos num processo de formação continuada voltada a

legitimação da disciplina na rede pública estadual. Por meio dos Simpósios

realizados em 2004 e 2005 os Professores participaram das discussões da

elaboração das diretrizes curriculares do Ensino Religioso.

Em 10/02/2006 o C.E.E Conselho Estadual de Educação aprovou a

Deliberação nº. 01/06 que visa instruir novas normas para o Ensino Religioso

no Sistema Estadual do Ensino do Paraná.

2-OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

Visa analisar e compreender o sagrado como cerne da experiência

religiosa do cotidiano que nos contextualiza no universo cultural, vivenciar os

conceitos fundamentais da vida, através da materialidade fenomênica, lógica

88

simbólica e reconhecimento dos textos sagrados. Assim sendo, no espaço

escolar justifica-se este estudo por fazer parte do processo civilizador da

humanidade.

3-CONTEÚDO POR SÉRIES/ANOS

Partem da própria vida, dos questionamentos do universo vivencial

do aluno.

O conteúdo aparece como conseqüência natural da necessidade de

complementar os valores do meio em que esta inserido.

Os valores religiosos serão apresentados de maneira gradual e

natural.

4-CONTEÚDO ESTRUTURANTES

CONTEUDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS ESPECIFICOS

SAGRADO

SIMBOLO TEXTO

SAGRADO

PAISAGEM

RELIGIOSA

89

5º Série

- Respeito à Diversidade Religiosa

- Lugares Sagrados

- Textos Orais e Escritos Sagrados

- Organizações Religiosas

6º Série

- Universo Simbólico Religioso

- Ritos

- Festas Religiosas

- Vida e Morte

5-CONTEÚDOS COMPLEMENTARES DE ENSINO RELIGIOSO

5º SÉRIE

90

ON

TE

UD

OS

ES

TR

UT

UR

AN

TE

S

PA

ISA

GE

M R

ELI

GIO

SA

SIM

BO

LO

TE

XT

O R

ELI

GIO

SO

O Ensino Religioso na Escola Publica

- Orientações Legais

- Objetivos

- Principais diferenças entre as aulas de Religião e o Ensino

Religioso como disciplina Escolar.

I RESPEITO À DIVERSIDADE RELIGIOSA

Instrumentos legais que visam assegurar a liberdade religiosa.

- Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira:

respeito à liberdade religiosa.

- Direito a professar a fé e liberdade de opinião e expressão.

- Direito a liberdade de reunião e associação pacíficas.

- Direitos Humanos e sai vinculação com o Sagrado.

II LUGARES SAGRADOS

Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares de peregrinação,

de reverencia, de culto,de identidade, principais praticas de expressão do

sagrado nestes locais.

- Lugares da natureza: Rios. Lagos. Montanhas, grutas, cachoeiras,

etc.

- Lugares construídos: Templos, Cidades sagradas, etc.

III TEXTOS ORAIS E ESCRITOS SAGRADOS

Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escrita pelas

diferentes culturas religiosas.

- Literatura oral e escrita (cantos, narrativas, poemas, orações, etc.)

Exemplos: Vedas – Hinduismo, Escrituras Bahá’is – Fé Bahá’I, Tradições

Orais Africanas, Afro-brasileiras e Ameríndias, Alcorão – Islamismo, etc.

IV ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS

As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos organizados

institucionalmente. Serão tratadas como conteúdos, destacando-se as

suas principais características de organização, estrutura e dinâmica

social dos sistemas religiosos que expressam as diferentes formas de

compreensão e de relações com o sagrado.

- Fundadores e/ ou Lideres Religiosos

- Estruturas Hierárquicas

Exemplos de Organizações Religiosas Mundiais e Regionais:

Budismo(Sidarta Gautama), Confucionismo(Confúcio), Espiritismo (Allan

Kardec), Taoísmo(Lao Tse), Etc.

91

6º SÉRIE

92

CO

NT

EU

DO

S E

ST

RU

TU

RA

NT

ES

PA

ISA

GE

M R

ELI

GIO

SA

SIM

BO

LO

TE

XT

O R

ELI

GIO

SO

I UNIVERSO SIMBÓLICO RELIGIOSO

- Nos Ritos

- Nos Mitos

- No cotidiano

Exemplos: Arquitetura Religiosa, Mantras, Parâmetros, Objetos, Etc.

II RITOS

São práticas celebrativas das tradições/manifestações religiosas,

formadas por um conjunto de rituais. Podem ser compreendidos como a

recapitulação de um acontecimento sagrado anterior, é imitação, serve à

memória e à preservação da identidade de diferentes

tradições/manifestações religiosas a possibilidades futuras a partir de

transformações presentes.

- Ritos de passagem

- Mortuários

- Propiciatórios

- Outros

Exemplos: Dança (Xire) – Candomblé, Kiki (kaingang - ritual

fúnebre), Via Sacra, Festejo indígena de colheita, Etc.

III FESTAS RELIGIOSAS

São os eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, com

objetivos diversos: confraternização, rememoração dos símbolos,

períodos ou datas importantes.

- Peregrinações, festas familiares, festas nos templos, datas

comemorativas.

Exemplos: Festa do Dente Sagrado (Budismo), ramada (Islâmica),

Kuarup (Indigna), Festa de Iemanjá (Afro-brasileira), Pessach (Judaísmo),

Etc.

IV VIDA E MORTE

As respostas elaboradas pára vida além da morte nas diversas tradições/

manifestações religiosas e sua relação com o sagrado.

- O sentido da vida nas tradições/ manifestações religiosas

- Reencarnação

- Ressurreição – ato de voltar a vida

- Além da morte

- Ancestralidade - a vida dos antepassados – espíritos dos

antepassados se tornam presentes

- Outras interpretações.

93

6-ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

A opção foi feita pelo método dialético, o qual explicita os diferentes

aspectos da realidade, possibilitando ao educando assumir um posicionamento

consciente e coerente, onde o mesmo expresse relação respeitosa com os

colegas de classe que tem opções religiosas diferentes da sua. Sendo feito

exercício de interiorização levando o mesmo a caminhar dentro de se e refletir

sobre sua vida.

Sendo que o conteúdo a ser tratado nas aulas de Ensino Religioso

contribuirá para superar o preconceito à ausência ou à presença de qualquer

crença religioso; para questionar toda forma de proselitismo, e para aprofundar

o respeito a qualquer expressão do sagrado. Contribuindo para construir o

conhecimento religioso e favorecer o conhecimento religioso e a formação

integral dos alunos levando respeito e o convívio com o diferente.

7-CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Por trabalhar ao nível de experiência de vida pessoal, solicita formas

particulares de avaliação e não assume caráter classificatório, mas deve ter

função diagnóstica. Isto significa que a avaliação em Ensino Religioso

contempla sempre a auto avaliação do educando. O processo avaliativo é

identificar em que medida os conteúdos passam a ser referenciais para a

compreensão das manifestações do sagrado pelos educados.

8-BIBLIOGRAFIA:

-Costella, Domenico. O fundamento epistemológico do Ensino Religioso

-Diretrizes Curriculares para Educação Religiosa-Assintec

-Eliade, Mircea. O sagrado e o profano: religiões . São Paulo: Editora

Moderna Ltda,1992.

-Macedo, Carmem Cinira. Imagem do eterno:religiões no Brasil. São

Paulo:Editora Moderna Ltda, 1989.

94

-Mendonça, Francisco. Kozel, Salete (orgs.). Elementos de epistemologia da

geografia contemporânea. Curitiba:Editora UFPR.2002.

-Textos de Apoio- Faxinal do Céu- Agosto de 2004. Seminário de Ensino

Religioso.

-Diretrizes Curriculares da Rede de Educação Básica do Estado do

Paraná-SEED

95

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR- 2007

I-IDENTIFICAÇÃO

DISCIPLINA: GEOGRAFIA

MODALIDADE: ENSINO FUNDAMENTAL

PROFESSORES:

Ebes Benits

Estela Maris Dutra

Juliana Cristina Locomann

I – APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A Geografia é uma ciência que tem por objetivo estudar o espaço

geográfico – resultado da inter-relação entre objetos e ações.

Para a compreensão desse espaço geográfico essa ciência/disciplina possui

um quadro conceitual de referência: lugar, paisagem, território, redes, região,

sociedade e natureza.

Assim promove uma análise espacial sob a abordagem natural histórica,

econômica, cultural e política. Levando em consideração as diferentes formas

de organização do espaço, nas escalas local, regional, nacional e mundial.

II – OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA

A Geografia, como disciplina escolar, deve contribuir para a

formação e integração do cidadão que conhece pó seu papel no interior da

sociedade e que, participa dos movimentos promovidos por esta. Nesse

sentido, a Geografia colabora para a formação de um jovem que certamente, já

possui uma capacidade de abstração maior e, portanto, pode realizar

generalizações mais elaboradas e consistentes tornando-se mais conscientes

dos problemas e situações de vida pelo qual irá enfrentar.

96

III – CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

O objeto de estudos da Geografia é o Espaço Geográfico e deve

estar relacionados com os principais conceitos.

Esta diretriz tomou como conceito de conteúdo estruturante,

saberes relacionados a alguns dos campos de estudos de ciência,

considerados básicos e fundamentais para a compreensão de seu objeto de

estudo no ambiente da Educação Básica. A partir destes, derivam-se os

conteúdos específicos que compõem o trabalho pedagógico e a relação de

ensino e aprendizagem no cotidiano escolar.

Assim, nesta proposta de Diretriz Curricular, o objeto de estudo,

sua composição conceitual e os conteúdos estruturantes da Geografia no

Ensino Básico, para atual o período, estão relacionados nos eixos a seguir:

1 – A Dimensão Econômica da Produção do Espaço

- os setores da economia

- sistemas de circulação de mercadorias, pessoas, capitais e informações

- sistemas de produção industrial

- agroindústria

- globalização

- acordos e blocos econômicos

- economia e desigualdade social

- dependência tecnológica

- entre outros...

2 – Geopolítica

- blocos econômicos

- formação dos Estados Nacionais

- globalização

- desigualdade dos países: Norte X Sul

- recursos energéticos

- Guerra Fria

- conflitos mundiais

97

- políticas ambientais

- órgãos internacionais

- neoliberalismo

- biopirataria

- meio ambiente e desenvolvimento

- Estado, Nação e Território

- movimentos sociais

- terrorismo

- narcotráfico

- Entre outros...

3 – Dimensões Socioambiental

- as eras geológicas

- os movimentos da Terra no Universo e suas influências (rotação e translação)

- as rochas e minerais

- o ambiente urbano e rural

- movimentos sócio ambientais

- classificação, fenômenos atmosféricos e mudanças climáticas

- rios e bacias hidrográficas

- sistemas de energias

- circulação e poluição atmosférica

- desmatamento

- chuva ácida

- buraco na camada de ozônio

- efeito estufa (aquecimento global)

- ocupação de áreas irregulares

- desigualdade social e problemas ambientais

- entre outros

4 – A Dinâmica Cultural Demográfica

- o êxodo rural

- urbanização e favelização

- fatores e tipos de migração e imigração e suas influências no Espaço

Geográfico

- histórias das migrações mundiais

98

- estrutura etária

- formações e conflitos étnico-religiosos e raciais

- consumo e consumismo

- movimentos sociais

- meios de comunicação

- estudos dos gêneros (masculino, feminino, entre outros...)

- a identidade nacional e processo de globalização

- História e cultura Afro-brasileira e Africana

- entre outros...

IV – METODOLOGIA

A discussão acerca do ensino de Geografia inicia-se pelas

reflexões epistemológicas do seu objeto de estudo. Muitas foram as

denominações propostas para esse objeto, hoje entendido como o Espaço

Geográfico e sua composição conceitual básica - lugar, paisagem, região,

território, natureza, sociedade, entre outros.

Cabe hoje, ao ensino de Geografia, abordar as relações de poder

que constituem territórios nas mais variadas escalas, desde as que

delimitam os micro espaços urbanos, como os territórios do tráfico, da

prostituição ou da segregação sócio-econômica, até os internacionais e

globais.

As teorias críticas da Geografia, adotadas nestas diretrizes,

procuram entender a sociedade em seus aspectos sociais, econômicos,

culturais e políticos e nas relações que estabelece com a natureza para a

produção do espaço geográfico.

A geografia é uma ciência que se ocupa da análise da formação

das diversas configurações espaciais, distinguindo-se das demais

ciências na medida em que se preocupa com localização de processos

espaciais. Realiza, portanto o estudo da sociedade pela organização

espacial.

Todo conteúdo, ao ser trabalhado, deve levar em conta sua

conexão, ligação com os outros fatos, fenômenos e conteúdos que lhes

dizem respeito.

99

Diante das ações metodológicas, não se deve discutir em que

ordem se trabalhará: se primeiro o meio físico e depois o humano ou

inverso. Devemos trabalhar, na medida do possível, a sociedade, a

economia, a política, a natureza de forma articulada, considerando, que

cada conceito geográfico se constitui em diferentes momentos históricos,

em função das transformações sociais, políticos e econômicas.

O estudo da Geografia, considerado como método interdisciplinar,

pode constituir um elo entre as disciplinas da área das Ciências Humanas

e suas tecnologias, para isso, utilizará uma diversidade de métodos,

produzindo novos documentos e mentalidades sobre determinado espaço

ou fenômeno espacial.

A interação com o meio será questão fundamental para procurar

respostas nos elementos visíveis e invisíveis da paisagem, que será

buscado através de documentos escritos em representações gráficas,

através de pesquisa orientada, onde o estudante tenha condições de

realizar, desde que bem assessorado pelo professor, que determinará as

bases do trabalho, bem como os métodos e recursos necessários às

diferentes formas de trabalhar, para que o aluno obtenha sucesso em

seus estudos.

Outras estratégias poderão ser utilizadas na medida do possível

de acordo com as necessidades surgidas no decorrer das aulas.

A aula de campo é um rico encaminhamento metodológico para

que o aluno analise a área em estudo, partindo de uma realidade local, bem

delimitada para uma investigação de sua constituição histórica e das relações

que estabelece com outros lugares próximos ou distantes. Ressalta-se que a

aula de campo não pode se limitar apenas à visita ao local desejado, pois esta

deve ser planejada e contextualizada antes, durante e depois, buscando

sempre fortalecer a relação entre teoria e prática na relação professor/aluno e

garantindo uma melhor compreensão do tema abordado.

Serão utilizados filmes, trechos de filmes, programas de

reportagens e imagens em geral (fotografias, slides, charges, ilustrações) para

a contextualização dos conteúdos da Geografia dando dessa forma ao recurso

áudio visual, o papel de problematizador, estimulador para pesquisas mais

aprofundadas sobre os assuntos que, podem desvelar preconceitos e leituras

rasas, ideológicas ou estereotipadas sobre os lugares e povos.

100

O uso de imagens não animadas (fotografias, pôsteres, cartões-

postais, outdoors) auxiliarão o trabalho com a formação de conceitos

geográficos, diferenciando paisagem de espaço e, dependendo da abordagem

dada ao conteúdo, desenvolverá os conceitos de região, território e lugar. Para

isso a imagem será ponto de partida para as atividades de observação e

descrição detalhadas da mesma até abordar os aspectos históricos,

econômicos, sociais, culturais, naturais da paisagem em estudo.

O estudo da Cartografia deverá proporcionar que os estudantes

sejam capazes de interpretações, problematizações e análises críticas dos

mapas e seus conteúdos, indo além das utilizações dos mesmos como mero

instrumentos de localização dos eventos e acidentes geográficos.

Atualmente, depois de três décadas de renovação, com o

crescimento de problemas como os conflitos étnicos, a questão ambiental, os

movimentos terroristas, as crises financeiras, etc, consolida-se a certeza de

que a Geografia é uma disciplina fundamental para compreensão do mundo

contemporâneo nas escalas local, nacional e mundial.

V – AVALIAÇÃO

A avaliação é uma das etapas mais importantes do

processo de ensino-aprendizagem. Ela deve acompanhar a aprendizagem dos

alunos e o trabalho pedagógico do professor, para que ambos percebam seu

grau de envolvimento no processo e o acompanhamento de sua dinâmica.

A avaliação é um processo que deve estar articulado com

os conteúdos estruturantes, os conceitos geográficos, o objeto de estudo, as

categorias espaço-tempo, a relação sociedade-natureza e as relações de

poder, contemplado a escala local e global e vice-versa.

Deve ser diagnóstica e contínua, pois considera-se que os

alunos possuem ritmos e processos de aprendizagens diferentes, dessa forma

apontará as dificuldades e possibilitará que a intervenção pedagógica aconteça

a todo o tempo. Em lugar de avaliar apenas por meio de provas, o professor

deverá utilizar instrumentos de avaliação que contemplem diferentes práticas

pedagógicas, tais como: leitura e interpretação de fotos, imagens, diferentes

tipos de mapas, pesquisas bibliográficas, aulas de campo ou laboratório,

construção de maquetes, projeto, debates, vídeos, seminários, etc.

101

Por tudo que foi exposto, destaca-se ainda, que a proposta

avaliativa deve estar bem clara para os alunos, ou seja, que saibam como eles

serão avaliados em cada atividade proposta. Além disso, deve ser um processo

não-linear de construções e reconstruções, assentando na interação e na

relação dialógica que acontece entre os sujeitos do processo professor e

alunos.

VI – BIBLIOGRAFIA

BRASIL, Diretrizes Curriculares de Geografia para Ensino Médio.Secretaria

de Estado da Educação.Curitiba. Julho/2006

102

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR- 2007

I- IDENTIFICAÇÃO

DISCIPLINA: HISTÓRIA

MODALIDADE: ENSINO FUNDAMENTAL

PROFESSORES:

Leandro Antonio Lorençatto

Cinthia Palma

Fernando Antonio Santiago

1.OBJETIVO GERAL

Desenvolver o senso critico e social do aluno diante dos

problemas que envolvem a sociedade atual e seu papel em todo o contexto

social com clareza de seus direitos e deveres como cidadão, através dos

conteúdos críticos dessa disciplina.

2. OBJETIVO ESPECÍFICO

• Identificar relações sociais no seu próprio grupo de

convívio, na localidade, na região e no pais, e outras

manifestações estabelecidas em outros tempos e espaços.

• Situar acontecimentos históricos e localizá-los em uma

multiplicidade de tempo.

• Conhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos,

em diversos tempos e espaços, em suas manifestações

culturais, econômicas, políticas e sociais, reconhecendo

semelhanças e diferenças entre eles, continuidades e

descontinuidades, conflitos e contradições sociais.

103

• Dominar procedimentos de pesquisa escolar e de produção

de texto, aprendendo a observar e colher informações de

diferentes paisagens e registros escritos, iconografias,

sonoros e materiais.

• Valorizar o direito de cidadania dos indivíduos, dos grupos e

dos povos como condição de efetivo fortalecimento da

democracia, mantendo-se o respeito às diferenças e a luta

contra as desigualdades.

• Identificar que a atuação do cidadão, respaldado nos

conhecimentos históricos, servira como processo de

mudança para uma história, que atendera as necessidades

pessoais e dos grupos sociais, frente ao mundo globalizado.

• Valorizar o direito de cidadania dos indivíduos, dos grupos e

dos povos como condição de efetivo fortalecimento da

democracia, mantendo-se o respeito às diferenças e a luta

contra as desigualdades.

• Reconhecer que as historias individuais são partes

integrantes de histórias coletivas.

• Perceber que a história é a forma mais direta de o homem

recuperar a liberdade, que ela é feita pelo homem, que

pode construir e reinventar o futuro.

• Conhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos,

em diversos tempos e espaços, em suas manifestações

culturais, econômicas, políticas e sociais, reconhecendo

semelhanças e diferenças entre eles, continuidades e

descontinuidades, conflitos e contradições sociais.O

cidadão como ser histórico é um indivíduo que pode agir

com maior autonomia, flexibilidade e que deve Ter

habilidade para resolver problemas, produzir identidades

individuais e sociais ajustadas ao clima ideológico e

econômico do novo mundo globalizado e neoliberal.

3.CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

104

• Dimensão Política ( a dimensão política está relacionada a questão do

poder) Poder este entendido de forma mais ampla que apenas a relação

entre o Estado e os sujeitos, mais também o estudo dos micro-poderes

presentes no cotidiano, além, dos personagens estudados pela história

tradicional, deve-se dar ênfase ao sujeito comum da história a partir do

estudo de espaços e relações sociais pautadas pelas relações de poder.

• Dimensão Econômico Social ( trata as relações sociais para além dos

denominados modos de produção e dos modelos fechados, onde os

papéis, a priori, já foram determinados em função do capital. Visa por

exemplo, uma abordagem da história vista de baixo, dando voz aos

excluídos, indo além das fontes oficias. Deve-se compreender que as

experiências dos diferentes sujeitos se constroem a partir das relações

inter-classes)

• Dimensão Cultural ( permite conhecer os conjuntos de significados que

os homens conferem a sua realidade para explicar o mundo, valoriza a

diversidade das sociedades humanas, desmistifica a dicotomia cultura

popular X erudita, trabalha com o conceito de circularidade cultural,

entende que as representações são construídas, geram práticas que

estas, por sua vez, podem gerar novas representações)

4.CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

5ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESPECIFICOS: CONTEÚDOS COMPLEMENTARS:

• Produção do conhecimento

histórico.

• Articulação com outras áreas do

conhecimento, inserção da história

antropológica no Brasil.

• Povos indígenas no Brasil e no

Paraná.

• A conquista e a expansão dos

europeus.

• Formação da sociedade brasileira e

americana.

• A humanidade e a História.

• Surgimento, desenvolvimento da

humanidade e as grandes

migrações.

• Primeiras civilizações na América.

• As primeiras civilizações na África,

Europa e a Ásia.

• Península Ibérica nos séculos XIV

e XV: sociedade, cultura e política.

• Os reinos e sociedade africana e os

contatos com a Europa.

105

• Diáspora Africana.

6ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESPECIFICOS: CONTEÚDOS

COMPLEMENTARES:

• Expansão e Consolidação do

território e colonização paranaense.

• Movimento de Contestação e

Separatista brasileiro.

• Chegada da família real ao Brasil.

• O processo de Independência do

Brasil.

• Consolidação dos estados

nacionais europeus e Reforma

Pombalina.

• Independência das treze colônias

Inglesas da América do Norte.

• Diáspora Africana.

• Revolução Francesa.

• Invasão napoleônica na Península

Ibérica.

• O processo de Independência das

Américas.

7ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESPECIFICOS: CONTEÚDOS COMPLEMENTARES:

• A construção da Nação.

• A Guerra do Paraguai e o processo

de abolição da escravidão do

Brasil.

• Os primeiros anos da República.

• Revolução Industrial e relações de

trabalho (XIX e XX).

• Colonização da África e da Ásia.

• Guerra Civil e Imperialista

estadunidense.

• Carnaval na América Latina:

entrudo, murga e candomblé.

• Questão Agrária na América latina.

• Primeira Guerra Mundial.

• Revolução Russa.

8ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESPECIFICOS: CONTEÚDOS COMPLEMENTARES:

• A semana de 22 e o repensar da • Crise de 29.

106

nacionalidade.

• A Era Vargas e a Revolução de 30.

• Populismo no Brasil e na América

Latina.

• Construção do Paraná Moderno.

• O Regime Militar no Paraná e no

Brasil.

• Paraná e o Brasil no contexto atual.

• Ascensão dos regimes totalitários

na Europa.

• Movimentos populares na América

Latina.

• Segunda Guerra Mundial.

• Independência das colônias afro-

asiaticas.

• Guerra Fria.

• Guerra Fria e os Regimes Militares

na América Latina.

5.ENCAMINHAMENTO METODOLOGICO

Para o ensino da história com a finalidade de criar um ser social e

cidadão, serão criadas situações de ensino para os alunos estabelecerem

relações entre o presente e o passado, o particular e o geral, as ações

individuais e coletivas, os interesses específicos de grupo e as articulações

sociais, segundo as seguintes ações metodológicas:

• Valorizar o saber assitematico, saber quais suas idéias,

opiniões duvidas e/ou hipóteses sobre o tema em debate.

• Através de pesquisas propor novos questionamentos, obter

novas informações, promover trabalhos interdisciplinares.

• Desenvolver atividades com diferentes fontes de informação

(livros, jornais, revistas, filmes, fotografias, objetos).

• Ensinar procedimentos de pesquisa, consulta de fontes

bibliográficas de documentos

• Propor aos alunos que organizem sua próprias soluções e

estratégias de intervenções na realidade.

• Apresentação de trabalhos através de seminários.

• Solicitar resumos orais e escritos ou em forma de produção

de textos, imagens, gráficos , murais, exposições, a fim de

estimular a criatividade do aluno.

107

• Contar com a ajuda da Internet, biblioteca da escola e

outras fontes disponíveis no ambiente da escola.

• Elaborar e desenvolver e participar de projetos

interdisciplinares.

Estes procedimentos didáticos e estratégicos serão utilizados

no decorrer das atividades escolares, alternadamente, de acordo com a

necessidade dos temas propostos em cada aula.

6.AVALIAÇÃO

A avaliação terá função diagnostica, partir de critérios decorrentes da

forma pela qual o ser humano aprende a realidade e de como agir sobre ela.

No processo de avaliação é importante considerar o conhecimento

prévio, as hipóteses e os domínios dos alunos e relaciona-los com as

mudanças que ocorrem no processo de ensino e aprendizagem. A avaliação

não deve mensurar simplesmente fatos ou conceitos assimilados.

Para que a avaliação tenha realmente um caráter diagnostico,

seguiremos os seguintes critérios:

• Verificar se os alunos reconhecem as relações entre a

sociedade, cultura e a natureza, no presente e no passado.

• Constatar e reconhecer as diferenças e semelhanças entre

relações de trabalho construídas no presente e no passado.

• Reconhecer a diversidade de documentos históricos.

• Fazer com que os alunos sintam-se cidadão, participativo

do processo histórico e com possibilidade de reinventar a

história.

Seguindo os critérios mencionados, a avaliação se realizará através de

provas escritas e orais, pesquisas, atividades individuais ou em grupos dos

alunos, relatórios, sínteses, experiências, seminários, projetos, cartazes,

exposição de trabalhos elaborados, num processo continuo e permanente,

somativo, cumulativo e diagnóstico.

7.BIBLIOGRAFIA

108

BORGES, Vavy Pacheco – O que é História – Brasiliense – Coleção primeiros

passos 18ª edição, 1993, São Paulo.

CAMPOS, Raymundo – História – Atual.

COTRIM, Gilberto – História e Consciência do Brasil e do Mundo – Ed.

Saraiva.

APOSTILA. Globalização e o ensino de História – Editora Scipione – eventos

exclusivo.

PILETTI, Nelson; PILETTI, Claudino História e Vida Integrada

PILETTI, Nelson. Toda História. Ática

COTRIM, Gilberto – Saber e Fazer HISTÓRIA- História Geral e do Brasil – Ed.

Saraiva

DCE – Diretrizes Currriculares da Rede Pública da Educação Básica do

Estado do Paraná. Curitiba, 2006

109

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR 2007

I – IDENTIFICAÇÃO

DISCIPLINA: Língua Portuguesa

MODALIDADE: ENSINO FUNDAMENTAL

PROFESSORES:

Marilza da Silva Molina

Viviane Aparecida Nunes

Vera Lúcia Canassa

Lúcia deJesus Coutinho

Lílian Fernandes de Oliveira

II – APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A Língua Portuguesa, enquanto disciplina escolar passou a integrar os

currículos brasileiros somente nas últimas décadas do século XIX, depois de há

muito organizado o sistema de ensino. Contudo, a preocupação com a

formação do professor desta disciplina teve início apenas nos anos 30 do

século XX.

Depois de institucionalizada como disciplina as primeiras práticas de

ensino moldavam-se ao ensino do Latim, para os poucos que tinham acesso a

uma escolarização mais prolongada. Tratava-se de um ensino eloqüente,

retórico, imitativo, elitista e ornamental.

Em meados do século XVIII, o Marquês de Pombal torna obrigatório o

ensino da Língua Portuguesa em Portugal e no Brasil. Em 1837, o estudo da

Língua Portuguesa foi incluído no currículo sob as formas das disciplinas

Gramática, Retórica e Poética, abrangendo esta última, a Literatura. Somente

no século XIX, o conteúdo gramatical ganhou a denominação de Português e,

em 1871, foi criado, no Brasil, por decreto imperial o cargo de professor de

Português.

110

O ensino de Língua Portuguesa manteve a sua característica elitista até

meados do século XX, quando iniciou-se, no Brasil, a partir de 1967, “um

processo de ´democratização’ do ensino, com a ampliação de vagas,

eliminação dos chamados de admissão, entre outros fatores [...].”

A Lei 5692/71 amplia e aprofunda esta vinculação dispondo que o

ensino devia estar voltado a qualificação para o trabalho. Desse vínculo

decorreu, para o ensino, a instituição de uma pedagogia tecnicista que, na

Língua Portuguesa, estava pautada nas teorias da comunicação, com um viés

mais pragmático e utilitário do que com o aprimoramento das capacidades

lingüísticas do falante, passou então a denominar-se Comunicação e

Expressão, nas quatro primeiras séries e Comunicação em Língua Portuguesa,

nas quatro últimas séries.

Durante a década de 1970 e até os primeiros anos da década de 1980, o

ensino de Língua Portuguesa pautava-se então, em exercícios estruturais,

técnicas de redação e treinamento de habilidades de leitura.

No que tange ao ensino da Literatura restringiu-se ao então segundo

grau, com abordagens estruturalistas ou historiográficas do texto literário.

O ensino de Língua Portuguesa e Literatura requerem novos

posicionamentos em relação às práticas de ensino, seja pela discussão crítica

dessas práticas, seja pelo envolvimento direto dos professores na construção

de alternativas.

III – OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

• Empregar a língua oral em diferentes situações de uso,

sabendo adequá-la a cada contexto e interlocutor, descobrindo

as intenções que estão implícitas nos discursos do cotidiano e

posicionando-se diante dos mesmos;

• Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas

realizadas por meio de práticas sociais, considerando-se os

interlocutores, os seus objetivos, o assunto tratado, os

gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura;

• Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos,

atualizando o gênero e tipo de texto, assim como os

elementos gramaticais empregados na sua organização;

111

• Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade

de pensamento crítico e a sensibilidade estética dos alunos,

propiciando através da Literatura, a constituição de um espaço

dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho com as

práticas da oralidade, da leitura e da escrita;

• Propiciar o contato com a cultura afro-brasileira e africana,

ressaltando a contribuição dada à nação brasileira e a

valorização da diversidade étnico-racial.

IV – CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso

Os conteúdos serão aplicados nas práticas da oralidade, leitura e

escrita. A fala, a leitura e a escrita deverão ser trabalhadas juntas, já que uma

atividade possibilita a outra e vice-versa, permeadas pela análise lingüística.

LÍNGUA PORTUGUESA – ANÁLISE LINGÜÍSTICA

Conteúdos decorrentes da produção oral em função da reflexão e do

uso: a prática da análise lingüística na oralidade

• Materialidade fônica dos textos poéticos

• Reconhecimento das diferentes possibilidades de uso da

língua

• Recursos lingüísticos próprios da oralidade

• As variedades lingüísticas e a adequação da linguagem ao

contexto de uso: diferentes registros, grau de formalidade em

relação à fala e à escrita

• Aspectos formais e estruturais do texto.

Conteúdos decorrentes da leitura em função da reflexão e do uso: a

prática da análise lingüística na leitura

• Organização do plano textual: conteúdo veiculado, possíveis

interlocutores, assunto forte, papéis sociais representados,

intencionalidade e valor estético.

• Diferentes vozes presentes no texto.

112

• Reconhecimento e importância dos elementos coesivos e

marcadores de discurso para a progressão textual,

encadeamento das idéias e para a coerência do texto,

incluindo o estudo, a análise e a importância contextual de

conteúdos gramaticais na organização do texto:

o A importância e função das conjunções no conjunto do

texto e seus efeitos de sentido.

o Expressividade dos nomes e função referencial no texto

(substantivos, adjetivos, advérbios) e efeitos de sentido.

o O uso do artigo como recurso referencial e expressivo

em função da intencionalidade do conteúdo textual.

o Papel sintático e estilístico dos pronomes na

organização, retomada e seqüenciação do texto.

• Valor sintático e estilístico dos tempos verbais em função dos

propósitos do texto, estilo composicional e natureza do gênero

discursivo.

• Relações semânticas que as preposições e os numerais

estabelecem no texto.

• A pontuação como recurso sintático e estilístico em função dos

efeitos de sentido, entonação e ritmo, intenção, significação e

objetivos do texto.

Conteúdos decorrentes da produção escrita em função da reflexão e do

uso: a prática da análise lingüística na escrita

Conteúdo relacionado à norma padrão em função do aprimoramento das

práticas discursivas, tendo em vista o uso e o princípio da regularidade:

concordância verbal e nominal, regência verbal e nominal, acentuação, crase,

ortografia, pontuação, tempos verbais.

• Elementos de coesão e coerência na constituição textual,

incluindo os conteúdos relacionados aos aspectos semânticos

e léxicos: sinônimos, antônimos, polissemia, nominalizações,

hiperonímia.

• Elementos composicionais formais e estruturais dos diferentes

gêneros discursivos.

113

• Leitura e produção de tipologias textuais: texto literário, de

imprensa, de divulgação de ordem do relatar, lúdicos, gráfico

visual, instrucional, descritivo, publicitário, correspondência,

midiático, entre outros.

• Análise lingüística será empregada de acordo com os textos

estudados e ou produzidos pelos alunos considerando não

somente a gramática normativa, mas também a descritiva e a

internalizada no processo de Língua Portuguesa.

• A Lei n.º 10.639/2003, que trata das Relações Étnico-Raciais e

a História da Cultura Afro-Brasileira e Africanas na escola,

será trabalhada através de ações que propiciem o contato com

a cultura africana e afro-descendente, culminando em

exposições de obras literárias de escritores negros que se

destacam como Cruz e Souza, Lima Barreto, Machado de

Assis, Solano Trindade e os escritores atuais, procurando

destacar a contribuição do povo negro à cultura nacional.

• A fala : fonemas, ritmo, rimas, escandir versos, sonorização e

harmonia. Clareza ( nas idéias vocabular, consistência

argumentativa , análise do discurso, contribuição que a cultura

afro e indígena trouxeram ( para adequação vocabular.

• Leitura: Conhecimento prévio, sentido ao sentido, diálogo

discursivo intertextual , interação dos textos mediáticos com

os literários, diversidade de textos e entonação ( leitura verbal

e não verbal).

• Escrita: Conteúdos decorrentes da produção escrita em

função da reflexão e do uso;

1. elementos de coesão e coerência;

2. aspectos semânticos e léxicos;

3. produção de tipologias textuais;

114

4. concordância verbal e nominal, regência verbal e nominal,

acentuação, crase, ortografias, pontuação, tempos verbais.

V – METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O ensino da Língua Portuguesa segue os princípios de interação,

baseando-se ns Diretrizes Curriculares apresentando maneiras possíveis de se

trabalhar atendendo assim a uma perspectiva sociointeracionista, baseado nas

teorias de Bakhtin.

Dessa forma, busca-se trabalhar a clareza de objetivos dos seus

conteúdos estruturantes e encaminhamentos necessários para uma prática

contextualizada e significativa para o aluno, considerando que a sala de aula é

um laboratório onde muitas coisas podem acontecer.

A prática de ensino está baseada na oralidade, leitura e escrita e análise

lingüística sendo necessário trabalhar com temas a partir de leituras e estudos

de diferentes tipologias textuais, aproveitando o conhecimento intuitivo de

maneira a despertar o interesse, utilizando assim estratégias com o propósito

de atingir uma meta determinada visando à interdisciplinaridade e à

contextualização.

VI – CRITERIO DE AVALIAÇÃO

O processo de avaliação será contextualizado dentro da realidade sócio-

econômica e cultural que cerca, para que esta seja alicerçada n vida do

cidadão e suas necessidades que englobam a expressão oral, escrita, leitura e

interpretação textual, como as produções orais e escritas, análise lingüística

abrangendo a oralidade, a leitura e a escrita dentro de situações reais e/ou

criadas em sala de aula.

Serão avaliadas as práticas da oralidade, onde se considerará a

participação nos diálogos, relatos e discussões e a clareza que o aluno mostrar

ao expor suas idéias através da fluência.

115

Na prática da leitura, o professor avaliará as estratégias que os alunos

empregaram no decorrer da mesma, a compreensão do texto lido e o seu

posicionamento diante do tema.

Em relação à escrita, será importante ressaltar a qualidade e a

adequação de um texto, os elementos lingüísticos utilizados nas produções dos

alunos e precisam ser avaliados em uma prática reflexiva e contextualizada.

Considerando que alguns alunos apresentar dificuldade de

aprendizagem acentuada poderão ser utilizados diferentes métodos avaliativos

que respeitem seu ritmo e suas limitações.

De acordo com a Lei 10.436 de 24 de abril de 2002, em se tratando do

aluno com deficiência auditiva, deve-se respeitar sua primeira língua

( LIBRAS) que apresenta uma forma de funcionamento cognitivo diferenciado

ou podendo também ser avaliado em LIBRAS , com auxílio de intérprete.

Quanto ao aluno com deficiência visual, a avaliação deverá ser

diferenciada quanto ao tempo necessário na realização das atividades,

quantidade de exercícios, bem como, oferecer a mesma forma ampliada em

Braille ou oralmente.

Sendo assim, buscaremos em todas as oportunidades, instrumentos de

avaliação que produzam a interação entre professor e aluno em relações de

crescimento e aquisição de conhecimentos que levem nossos educandos a

transformar o meio em que vivem . Dessa forma a avaliação será cumulativa,

periódica e diagnóstica.

VII – BIBLIOGRAFIA

DCEs Língua Portuguesa/Literatura – EF e EM

Cadernos Temáticos História da Cultura Afro- Brasileira e Africana –

LEI nº. 0639/03

Livro didático adotado pela escola.

116

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR 2007

I-DENTIFICAÇÃO

DISCIPLINA: MATEMÁTICA

MODALIDADE: ENSINO FUNDAMENTAL

PROFESSORES:

Elisangela Cristina Perugini Mazaro

Rosana Maria Ferro

Maria de Fátima Pereira

Acir Carvalho de Castro

Adriana Martins de Campos

Laura Leiko Ide

I – APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

O Ensino Fundamental tem como objetivo a formação básica do

cidadão mediante: o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como

meios básicos o domínio da leitura, da escrita e do cálculo, o desenvolvimento

da capacidade de aprendizagem, habilidades e a formação de atitudes e

valores.

A Ciência Matemática veio se desenvolvendo desde os tempos

antigos juntamente com os processos econômicos e culturais, buscando

acompanhar as necessidades de cada época. Assim também a própria

disciplina sofreu transformações para atender às exigências sociais.

II - JUSTIFICATIVA

117

Hoje a Matemática é uma das mais importantes ferramentas da

sociedade moderna. Apropriar-se dos conceitos e procedimentos matemáticos

básicos contribui para a formação do futuro cidadão, que se engajará no

mundo do trabalho, das relações sociais, culturais e políticas.

Para exercer plenamente a cidadania, é preciso saber contar,

comparar, medir, calcular, resolver problemas, construir estratégias, comprovar

e justificar resultados, argumentar logicamente, conhecer formas geométricas,

organizar, analisar e interpretar criticamente as informações, localizar e

representar.

Perceber isso é compreender o mundo à nossa volta e poder

atuar nele. É preciso que o saber informal, cultural, se incorpore ao trabalho

matemático escolar, diminuindo a distância entre a Matemática da escola e a

Matemática da vida.

III – OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

O ensino de Matemática do ensino fundamental deve levar o

aluno a:

Adotar uma atitude positiva em relação à Matemática, ou

seja, desenvolver sua capacidade de “fazer matemática”

construindo conceitos e procedimentos para resolver

problemas.

Aumentar sua auto-estima e perseverança na busca de

soluções para um problema.

Pensar logicamente, relacionar idéias estimulando sua

curiosidade, seu espírito de investigação e sua criatividade.

Observar sistematicamente a presença da Matemática no

dia-a-dia.

Representar as idéias matemáticas escrevendo e

representando de várias maneiras (com números, tabelas,

gráficos, diagramas e outros);

Propiciar o respeito mútuo, a cooperação, o trabalho

individual e em grupo e a confiança levando em

consideração valores éticos, morais, estéticos e humanos

associados aos conteúdos qualitativos e quantitativo.

118

IV - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

NNÚMEROÚMERO, O, OPERAÇÕESPERAÇÕES EE Á ÁLGEBRALGEBRA

PPROPÕEROPÕE--SESE OO ESTUDOESTUDO DOSDOS NÚMEROSNÚMEROS, , TENDOTENDO COMOCOMO METAMETA PRIMORDIALPRIMORDIAL, , NONO CAMPOCAMPO DADA

ARITMÉTICAARITMÉTICA, , AA RESOLUÇÃORESOLUÇÃO DEDE PROBLEMASPROBLEMAS EE AA INVESTIGAÇÃOINVESTIGAÇÃO DEDE SITUAÇÕESSITUAÇÕES CONCRETASCONCRETAS

RELACIONADASRELACIONADAS AOAO CONCEITOCONCEITO DEDE QUANTIDADEQUANTIDADE EE COMCOM OO COTIDIANOCOTIDIANO DOSDOS ALUNOSALUNOS..

Medidas

Propõe-se o uso das medidas como elemento de ligação entre os

conteúdos de numeração e os conteúdos de geometria; a idéia principal é a de

que medir é comparar.

Geometria

Propõe-se a partir da realidade explorar o espaço para situar-se nele e

analisa-lo, percebendo os objetos neste espaço para poder representá-los,

através da construção de formas e medições.

Tratamento da Informação

Propõe-se o uso de conceitos e métodos para coletar, organizar,

interpretar e analisar dados, que permitem ler e compreender uma realidade,

trabalhando temas atuais como cultura afro e meio ambiente.

Conteúdos Estruturantes e seus Desdobramentos de 5ª série

Números, Operações e Álgebra

Números Naturais (história e outras numerações)

Conjuntos numéricos

Expressões numéricas

Resolução de problemas envolvendo as quatro operações.

Noções de incógnita e de variável (termo desconhecido)

Potenciação

Radiação

Múltiplos e Divisores

Frações

119

Números Decimais

Medidas

Medidas de tempo

A reta numerada

Medidas de comprimento

Medidas de capacidade

Medidas de Massa

Operações com medidas mistas

Geometria

Noções fundamentais da Geometria ( ângulos, polígonos e

circunferência )

Simetria

Perímetro e área de figuras planas

Tratamento de Informação

Noções de Estatística

Gráficos e tabelas

Conteúdos Estruturantes e seus Desdobramentos de 6ª série

Números, Operações e Álgebra

Números Inteiros

Operações com números inteiros

Números Racionais

Operações com racionais

Equações do 1º Grau

Razão e Proporção

Porcentagem

Medidas

Ângulos

A reta numerada (números inteiros e números racionais)

120

Medidas de comprimento

Geometria

Polígonos

perímetro e área

Tratamento da Informação

Tabelas e gráficos

Conteúdos Estruturantes e seus Desdobramentos de 7ª série

Números, Operações e Álgebra

Conjuntos Numéricos ( N, Z, Q, I ).

Números Reais

Potenciação

Raiz quadrada exata e aproximada

Expressões Algébricas

Operações com polinômios

Produtos Notáveis

Fatoração

Equações de 1º Grau

Sistemas de equações do 1º Grau

Medidas

Ângulos e Medidas de comprimento

Geometria

Polígonos e Diagonais

Estudo dos triângulos e quadriláteros

Tratamento da Informação

Tabelas e gráficos

Conteúdos Estruturantes e seus Desdobramentos de 8ª série

Números, Operações e Álgebra

Potenciação

Notação Científica

Radicais

Equação do 2º Grau: completa e incompleta

Problemas envolvendo equações do 2º grau

121

Relação entre raízes e coeficientes

Porcentagem e Juros simples

Medidas

Área e perímetro de figuras planas

Geometria

Teorema de Tales

Semelhança

Teorema de Pitágoras

Relações Métricas nos Triângulos Retângulos

Tratamento da Informação

Estatística e Probabilidade

V – METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Para que o ensino da Matemática contribua para a formação

global do aluno, a qual tem como objetivo maior à conquista da cidadania, é

fundamental explorar temas que de fato encontrem na matemática uma

ferramenta indispensável para serem compreendidos. Assim, o aluno percebe

a real necessidade dessa ciência para sua vida.

Os conteúdos que serão explorados juntamente com as

atividades propostas permitirão que o professor aborde aspectos da vida do

aluno ligados a outras áreas de conhecimento, como também questões sociais

da atualidade, por exemplo, cultura afro e meio ambiente.

Os temas serão abordados, sempre que possível, por meio de

situações reais que valorizem o conhecimento prévio do aluno, estimulando-o a

agir reflexivamente e privilegiando a criatividade e a autonomia na busca de

soluções para os mais diversos problemas.

O mundo está em constante mudança, dado o grande e rápido

desenvolvimento da tecnologia. Máquinas de calcular, computadores, Internet e

outros são assuntos do dia-a-dia. A tecnologia da sociedade contemporânea

deve ser utilizada na escola como recurso didático. A calculadora, por exemplo,

utilizada no momento certo e com objetivos bem definidos, pode ser uma

excelente ferramenta, é bom lembrar que tão importante quanto realizar

cálculos corretamente é saber elaborar estratégias de resolução para os

122

problemas propostos. As pesquisas liberam os alunos dos cálculos,

conseguindo se concentrar melhor nos dados.

A proposta do trabalho é ampliar as experiências do professor e

dos alunos, para que, na exploração das idéias, possam, além de desenvolver

a capacidade de pensar e inventar, fazer do processo de ensino algo dotado de

significado e alegria.

VII – CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA

Na avaliação o resultado não é o único elemento que deve ser

contemplado e sim instrumento para fornecer informações sobre como está

sendo realizado o processo ensino-aprendizagem como um todo, tanto para o

professor conhecer e analisar o resultado do seu trabalho, como para o aluno

verificar seu desempenho.

A avaliação deve ser vista como um diagnóstico contínuo e

dinâmico tornando-se um instrumento fundamental para repensar e reformular

os métodos, que realmente o aluno aprenda.

Portanto, é preciso avaliar o poder matemático, ou seja, sua

capacidade de usar a informação para raciocinar, pensar criativamente e para

formular problemas, resolvê-los e refletir corretamente sobre eles.

Sendo assim, a avaliação deve analisar até que ponto os alunos

integraram e deram sentido à informação, se conseguem aplicá-los em

situações que requeiram raciocínio e pensamento criativo e que são capazes

de utilizar a Matemática para comunicar idéias em suas tomadas de decisões.

A avaliação deve ocorrer ao longo do processo do ensino e da

aprendizagem, de modo a propiciar aos alunos múltiplas possibilidades de

expressar e aprofundar a sua visão do conteúdo trabalhado.

VI- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

- GIOVANNI, José Rui, Benedito Castruci, José Rui Giovanni Júnior. A

Conquista da Matemática: A mais nova; São Paulo: FTD, 2002

- DANTE, Luiz Roberto. Tudo é Matemática – 1ª Edição – São Paulo:

Ed.Ática, 2004.

123

- IEZZI, Gelson; DOLCE, Osvaldo; MACHADO, Antonio. Matemática e

realidade. São Paulo: Atual Editora, 2000.

- SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO – Diretrizes Curriculares

da Educação Fundamental: Matemática. Curitiba – Pr., 2005

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR -2007

I-IDENTIFICAÇÃO:

DISCIPLINA: LINGUA INGLESA

MODALIDADE: ENSINO FUNDAMENTAL

PROFESSORES:

Ieda Santos Borges

Lílian Fernandes de Oliveira

Miriam Sílvia de Ávila

Rosiani Andréia Matesco

1-APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA

MODERNA.

O ensino das línguas estrangeiras modernas começa a ser valorizadoO ensino das línguas estrangeiras modernas começa a ser valorizado

depois da chegada da família real portuguesa ao Brasil, em 1808.depois da chegada da família real portuguesa ao Brasil, em 1808.

Em 1837, o Colégio Pedro II, primeiro em nível secundário no Brasil,

apresentava em seu currículo sete anos de francês, cinco de inglês e três de

alemão. Em 1916, com a publicação de Cours de Lingüistic Génerele por

Ferdinand Saussure, inauguram-se os estudos da linguagem em caráter

científico, sendo a língua objeto de estudo para a Lingüística.

124

Em 1942, a Reforma Capanema atribui ao ensino secundário um

caráter patriótico e as línguas privilegiadas são o francês, o inglês e o

espanhol, que é introduzido no lugar do alemão.

Após a Segunda Guerra Mundial, a dependência econômica e cultural

do Brasil, em relação aos Estados Unidos, intensificou-se e, com isso, a

necessidade de aprender inglês tornou-se cada vez maior.

Como tentativa de rompimento com a hegemonia de um único idioma

ensinado nas escolas, criou-se, em 1982, o Centro de Línguas Estrangeiras, no

Colégio Estadual do Paraná que, posteriormente, expandiu-se em todo o

Estado.

Em 1996, a Lei das Diretrizes e Bases (LDB) da Educação Nacional,

nº 9394, determinou a oferta obrigatória de pelo menos uma Língua

Estrangeira Moderna, escolhida pela comunidade escolar, no Ensino

Fundamental. Com relação ao Ensino Médio, a Lei determina que seja incluída

uma Língua estrangeira moderna como disciplina obrigatória, e uma segunda,

em caráter optativo, dependendo das disponibilidades da instituição.

Uma das argumentações utilizadas para justificar a pluralidade da oferta

de Línguas Estrangeiras é que sua aprendizagem propicia um espaço de

reflexão sobre a língua como “discurso e prática social”, de forma a refletir os

sentidos oferecidos pelas múltiplas culturas inseridas em cada sociedade.

Por outro lado, se considerarmos que a expansão de uma Língua

Estrangeira é também a expansão de um conjunto de discursos ideológicos, é

fundamental observar se o ensino dessa segunda língua corrobora para a

perpetuação de idéias, de dominação ou emancipação. O ensino de língua

estrangeira deve garantir que os alunos não se tornem consumidores passíveis

de cultura e de conhecimento, e sim, criadores ativos.

Assim sendo, a aprendizagem de uma língua estrangeira adquire um

caráter político como forma de ação para transformar o mundo. Nessa

perspectiva, a responsabilidade do ensino da língua estrangeira amplia-se e

exige uma reflexão ampla do educador sobre o modo como se ensina e para

que se esteja ensinando. Somente assim haverá uma apropriação crítica e

histórica do conhecimento para uma maior compreensão da realidade sócio-

cultural do aluno, tornando-o um agente transformador e democrático do seu

ambiente de convívio.

125

2. OBJETIVOS GERAIS.

O Ensino Fundamental deve ser voltado para a formação básica de

cidadão, além de fornecer subsídios para se progredir no trabalho e estudos

posteriores, possibilitando a apropriação de conhecimento da “Língua

Estrangeira” com uma compreensão crítica da sociedade, tornando-os mais

conscientes, críticos.

Ensinar e aprender línguas são aprender as percepções de mundo e

maneiras de construírem sentidos; é formar subjetividades, independentemente

do grau de proficiência atingido. O ensino de língua estrangeira amplia as

perspectivas de o aluno ver o mundo, avaliarem os paradigmas já existentes e

cria novas possibilidades de construir sentidos do e no mundo.

A língua estrangeira será trabalhada de maneira a proporcionar a

inclusão social, o desenvolvimento da consciência do papel das línguas na

sociedade; o reconhecimento da diversidade cultural e o processo de

construção das identidades transformadoras.

O contato com os diversos tipos textuais, manifestados em forma de

diferentes linguagens inseridas no mundo globalizado, busca ampliar a

compreensão de várias culturas; ativar procedimentos interpretativos, tornando

possível a construção de significados, aumentando as possibilidades de

entendimento de mundo do aluno como um instrumento de comunicação

universal para contribuir na transformação e crescimento do cidadão.

Assim, ao final do Ensino Fundamental, espera-se que o aluno seja

capaz de :

• Usar a língua estrangeira em situações de comunicação oral e

escrita;

• - Vivenciar formas de participação que possibilitem

estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;

• - Compreender que os significados são sociais e

historicamente construídos e passiveis de transformação na

prática social;

• - Conscientizar sobre o papel das línguas na sociedade,

possibilitando o acesso à informação, ao conhecimento e o

entendimento do mundo;

• - Compreender a diversidade lingüística cultural;

126

• - Ativar procedimentos interpretativos proporcionando a

construção de significados e possibilidades para que o aluno

entenda o mundo e contribua para a transformação da

sociedade.

3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E ESPECÍFICOS.

A língua, entendida como interação verbal e produtora de sentidos,

marcada por relações pragmáticas e contextuais de poder, terá como

conteúdo estruturante: o “discurso” como “prática social”, realizada por meio

das práticas discursivas que envolvem, a compreensão auditiva, a leitura de

mundo, a escrita nas múltiplas formas e a interação verbal como processo

comunicativo.

O trabalho com diferentes gêneros textuais deve levar o aluno a

perceber a gama de discursos existentes nos mais variados contextos, bem

como, as vozes que permeiam as relações sociais e as relações de poder. É

preciso que os níveis de organização lingüística sirvam para a compreensão

da linguagem, na produção escrita, oral, verbal e não verbal.

Entretanto, os conteúdos específicos para o Ensino Fundamental,

por série, serão desdobrados a partir de textos (verbais e não-verbais),

considerando seus elementos lingüístico-discursivos (fonético-fonológicos,

léxico-semânticos e sintáticos), manifestados nas práticas discursivas (leitura,

escrita, oralidade e compreensão auditiva). Portanto, os textos escolhidos para

o trabalho pedagógico definirão os conteúdos estruturantes, bem como as

práticas discursivas a serem trabalhadas.

Diante da dificuldade de estabelecer os conteúdos por série, considerando a

diversidade de textos em circulação na sociedade e a especificidade do

tratamento da língua estrangeira na prática pedagógica, cumpre estabelecer

alguns critérios norteadores para o ensino de Língua Estrangeira, já que os

conteúdos estruturantes estão pautados no “discurso”, pois estes serão

conseqüentes e inerentes aos textos trabalhados.

A Lei nº 10.639/03, que trata das Relações Étnico-Raciais e História e

Cultura Afro-Brasileira e Africana na escola, será trabalhado através de ações

que propiciem o contato com a cultura africana e afro-descendente, dentro da

Língua Inglesa, culminando em exposições de obras literárias de escritores

127

negros, documentários, filmes com temáticas sobre o racismo e preconceito,

costumes e hábitos, procurando destacar a contribuição da cultura dos povos

negros, falantes da língua inglesa.

A princípio, é preciso levar em conta o processo de continuidade, ou seja,

a “manutenção de uma progressão entre as séries, considerando as

especificidades da língua estrangeira ofertadas, as condições de trabalho

existentes na escola, o projeto político-pedagógico, a articulação com as

demais disciplinas do currículo e o perfil dos alunos” (DCE: 2006, p. 37).

Ao se trabalhar os textos, propõe-se uma análise lingüístico-discursivos

dos elementos não só de natureza lingüística, mas, principalmente, os de fins

educativos, visando a abordagem de assuntos polêmicos, adequados à faixa

etária, conforme os interesses dos alunos. Vale ressaltar a importância de se

trabalhar os diversos tipos de texto, com diferentes graus de complexidade da

estrutura lingüística.

Propõe-se a participação do aluno na escolha temática dos textos, visto

que um dos objetivos é possibilitar a participação do mesmo, permitindo,

assim, a construção de relações entre ações individuais e coletivas. A prática

de tal experiência permite que os alunos compreendam os interesses do

grupo e escolham conteúdos mais significativos promovendo a participação de

todos. alunos.

Vale atentar para a escolha de textos que não priorizem uma “visão

monolítica e estereotipada de cultura” (p. 38). Assim, os conteúdos poderão

dar ao aluno indicativos para perceber os avanços nos estudos, na medida em

que forem baseados no planejamento estabelecidos entre professores ao longo

do ano.

É importante destacar que os conteúdos gramaticais serão definidos a partir

das escolhas temáticas e textuais, enfatizando o conteúdo e não a forma. O

uso do texto é fundamental para o desenvolvimento da compreensão da leitura,

da escrita, da oralidade e da compreensão auditiva. Além disso, o texto será

enriquecido por músicas, filmes, debates, pesquisas, jogos, teatros, danças

entre outros.

Serão observados os diferentes níveis de aprendizagem e bagagem de

conteúdos diagnosticados no início do ano, bem como será dada especial

atenção ao Ensino Noturno, considerando suas peculiaridades.

128

4. METODOLOGIA.

O que sustenta este documento é uma abordagem que valoriza a

escola como um espaço social, responsável pela apropriação crítica e histórica

do conhecimento enquanto instrumento de compreensão da realidade social e

da atuação crítica e democrática para a transformação da realidade. A

escolarização tem o compromisso de prover aos alunos meios necessários

para que não apenas assimilem o saber enquanto resultado, mas apreendam o

processo de sua produção, bem como as tendências de sua transformação.

Assim, a proposta metodológica a ser trabalhada, possibilita a

análise e reflexão sobre os fenômenos Lingüísticos e culturais como

realizações discursivas, as quais se revelam na/pela história dos sujeitos que

fazem parte deste processo.

As reflexões discursivas e ideológicas dependem de uma interação

primeira com o texto. Isto não representa privilegiar a prática da leitura em

detrimento às demais no trabalho em sala de aula, visto que na interação com

o texto, há uma simultânea utilização de todas as práticas discursivas: leitura,

escrita, oralidade e compreensão auditiva. É nesta abordagem que leitura,

escrita, oralidade e compreensão auditiva se interagem. Texto e leitura são

indissociáveis. Referem-se às estratégias de compreensão, discussão,

organização e produção de textos, bem como ao contexto social, aos papéis

que leitores e escritores exercem em seus grupos sociais e seus propósitos.

A proposta do L.E.M no Ensino Fundamental considera a leitura como

interação entre os múltiplos textos e ocorre na relação entre o leitor, texto,

autor e outros leitores. A leitura ancorada numa perspectiva crítica promove a

construção e a percepção de mundo do sujeito leitor, tornando-o capaz de

criar significados e sentidos que contribuam para uma maior compreensão

diante do texto. Esse processo de construção de sentido, apoiado na bagagem

cultural e com acesso permanente a língua inglesa, são fundamentais para a

prática social do cidadão e interpretação dos discursos de sua comunidade.

Os conhecimentos lingüísticos serão trabalhados dependendo do

grau de conhecimento dos alunos e estarão voltados para a interação que

tenha por finalidade o uso efetivo da linguagem e não a memorização de

conceitos. Serão selecionados a partir dos erros resultantes das atividades e

da dificuldade dos alunos.

129

Ao trabalhar com as diferentes culturas, é importante que o aluno, ao

contrastar a sua cultura com a do outro, perceba-se como sujeito histórico-

crítico e socialmente constituído e, assim, elabore a consciência da própria

identidade. Em relação à escrita, não podemos esquecer que ela deve ser

vista como uma atividade interacional e significativa.

Os tipos de textos publicitários, jornalísticos, literários, informativos,

de opinião, etc serão abordados pelo professor, visando não só a

compreensão lingüística, mas a prática discursiva. Aprendemos a moldar

nossa fala às formas textuais. Os textos literários serão apresentados aos

alunos de modo que provoquem reflexão e façam com que os percebam como

uma prática social de um determinado contexto sociocultural particular.

Se não existissem as múltiplas linguagens e se não as dominássemos, tendo

que criá-los pela primeira vez no processo da fala, a comunicação verbal seria

quase impossível (Bakhtin, 1998).

O objetivo da Língua Inglesa será o de proporcionar ao aluno a

possibilidade de interagir com a infinita variedade discursiva presente nas

diversas práticas sociais. O ensino de língua estrangeira estará articulado com

as demais disciplinas do currículo, objetivando relacionar os vários

conhecimentos. Isso não significa obrigatoriamente, desenvolver projetos

envolvendo inúmeras disciplinas, mas fazer com que o aluno perceba que

conteúdos com disciplinas distintas podem, muitas vezes, estar relacionados

entre si.

Essa proposta metodológica apóia-se no uso de livros didáticos

escolhidos pelo corpo docente de Língua Inglesa tais como: Let's Speak

English, Steps, Read, Read Practical English, Take your time, Insights Into

Englisk e outros. Além desse material, serão utilizados dicionários, textos

variados (de revistas e jornais, visuais e não visuais) vídeos, DVDs, fitas de

áudio, CD-ROM, Internet e outros materiais pedagógicos.

O professor engajado nessa proposta metodológica pode promover

uma reflexão, juntamente com o aluno, de forma a desvendar os valores

subjacentes, abordando criticamente uma leitura do mundo e, ao mesmo

tempo, levá-lo a contemplar a diversidade regional e cultural.

5- AVALIAÇÃO.

130

A avaliação está profundamente relacionada com o processo de ensino

e, portanto, deve ser entendida como mais um momento em que o aluno

aprende. É um elemento de reflexão continua do professor sobre sua prática

educativa e revela aos alunos suas dificuldades, progressos e possibilidades.

A avaliação deve fornecer dados sobre o desenvolvimento das

capacidades do educando e o grau de desenvolvimento intelectual,

aplicabilidade dos objetivos de conhecimentos ensinados que orientarão os

ajustes e intervenções pedagógicas visando à aprendizagem da forma mais

adequada para o aluno.

A relevância e a adequação dos conteúdos está atrelada, ainda, às

características psicossociais dos alunos, capacidade para estabelecer relações

entre os conteúdos, às necessidades de seu dia-a-dia e com o contexto

cultural.

Além disso, é importante nesse processo o feedback das avaliações

aos alunos com os devidos comentários, para que eles possam entender o

processo de aprendizagem e, assim, buscar a superação das suas

dificuldades.

As informações obtidas através da avaliação devem revelar os

resultados da aprendizagem para que essa possa fluir em bases consistentes,

apoiando-se em conhecimentos teóricos que necessitam ser solidificados.

O papel da avaliação é diagnosticar o avanço do conhecimento,

caracterizando-se como um processo contínuo de comprometimento com o

saber cientifico cultural e social.

Nesse sentido, é necessário que o professor tenha uma visão de

conjunto no processo de avaliação levando em conta que:

- Para que um processo de aprendizagem seja efetivo, ele deve

contemplar a avaliação diagnóstica, contínua, formativa e

reflexiva;

- O processo de ensino-aprendizagem do conteúdo deve

contemplar o acompanhamento metodológico e avaliativo;

- Na avaliação contínua, é necessário que o professor e os alunos

analisem quanto e como conseguiram aproximar-se dos objetivos

propostos;

131

- O registro e a observação do desempenho do aluno devem ser

feitos pelo professor de forma contínua e reflexiva;

- A avaliação pressupõe um clima de cooperação e confiança entre

professor e aluno, o que favorece a prática de auto-avaliação

entre ambos;

- As aprendizagens dos alunos devem ser consideradas como

parâmetros para realimentação dos encaminhamentos adotados.

Nessa proposta avaliativa, a língua é concebida como prática social e

discursiva. A avaliação formativa, na sua condição contínua e diagnóstica deve

ser privilegiada, a fim de promover a análise e reflexão no encaminhamento

das intervenções pedagógicas.

A avaliação de determinado dado de produção em língua estrangeira

considera o erro como efeito da própria prática, ou seja, o vê como resultado

do processo de aquisição de uma nova língua. Portanto, na avaliação o erro

precisa ser visto como um passo para que a aprendizagem se efetive e não

como um entrave no processo. É preciso lembrar que o processo de

aprendizagem não é linear, não acontece da mesma forma e, ao mesmo

tempo, para diferentes pessoas. Cabe ao professor, avaliar, priorizar o

processo de crescimento do aluno e não apenas mensurar o conhecimento por

ele alcançado.

A avaliação servirá, além de aferir a aprendizagem do aluno, fazer

com que o professor repense a sua metodologia e planeje as suas aulas de

acordo com as necessidades de seus alunos. E, através dela, é possível

perceber quais são os conhecimentos lingüísticos, discursivos, sócio-

pragmáticos ou culturais – e as práticas – leitura, escrita, oralidade e

compreensão auditiva – que ainda não foram suficientemente trabalhadas e

que precisam ser abordadas mais exaustivamente para garantir a efetiva

interação do aluno com os discursos em língua estrangeira.

Assim, para a avaliação serão utilizadas as provas objetivas e

discursivas: leitura de textos de diversos gêneros textuais, debates, seminários,

interpretações de textos, diálogos orais e escritos, elaboração de narrações,

dissertações, resumos, poesias, trabalhos individuais e em grupos, músicas,

teatros filmes, jogos e outras atividades

132

Para que essa avaliação aconteça com êxito, faz-se necessário

que a mesma deixe de ser utilizada, segundo Luckesi (2005, p. 166) como

“recurso de autoridade e assuma papel de auxiliadora (grifo nosso) do

crescimento”.

6. BIBLIOGRAFIA.

ALMEIDA FILHO, José Carlos P. de Almeida (Org.) O Professor de Língua

Estrangeira em Formação. 2ª ed. Campinas: Pontes, 2005.

CASSELA, Figueiredo L. Let's Speak English. Ed. Ática, 1995.

BRASIL. Lei - n° 10639, 09 de Janeiro de 2003. Parecer do Conselho Nacional

de Educação. Cadernos Temáticos História da Cultura Afro-brasileira e

Africana. Ministério da Educação – Ministério Nacional de Educação, 2004.

KELLER, Vitória. Steps. Ibep, 1997.

LEFFA.Vilson J. A Interação na Aprendizagem das Línguas. Ed.Pelotas:

Educat 2006.

_____________ . Professor de Línguas Estrangeiras: construindo a profissão.

Ed. EDUCAT. Pelotas. 2006

MARQUES, Amadeu; Read, Read Practical English. Ed. Ática, 1997 Ensino

de Língua Inglês: reflexões e experiências.

MÜLLER, Simone Sargento Vera (Orgs.). O Ensino do Inglês como Língua

Estrangeira: estudos e reflexões. Editora Apirs: Porto Alegre. 2004.

PAIVA,Vera Lúcia Menezes de Oliveira e. 3ª ed. Campinas: Pontes, 2005.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna para a

Educação Básica, Secretaria do Estado do Paraná – Superintendência da

Educação, Curitiba-Pr., 2006.

ROCHA, Ana Luiza; Take your time. Rocha, Ed.Moderna, 1996.

ROLIN, Mirian- Insights Into Englisk. FTD, 1998.

SARMENTO, S. MULLER, V. (orgs.) O Ensino de Inglês como Língua

Estrangeira: Estudos Reflexões. Porto Alegre: APIRS, 2004.

WIDDOWSON,H.G. O Ensino de Línguas para a Comunicação. 2ª ed.

Campinas: Pontes, 2005.

133

COLÉGIO ESTADUAL ANTONIO GARCÊZ NOVAES – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO- ARAPONGAS- PR

N.R.E. APUCARANA - PR

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR NO ENSINO BÁSICO

MODALIDADE: ENSINO MÉDIO

DISCIPLINAS:

ARTEBIOLOGIA

EDUCAÇÃO FÍSICAFÍSICA

GEOGRAFIAHISTÓRIA

LÍNGUA PORTUGUESA/ LITERATURAMATEMÁTICA

QUÍMICAFILOSOFIA

LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS

SOCIOLOGIA

2007134

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – 2007

I – IDENTIFICAÇÃO

DISCIPLINA: ARTES

MODALIDADE: ENSINO MÉDIO

PROFESSORES:

135

Melissa Carrasco Ceconello

II – APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

“Toda a obra de Arte é se alguma maneira feita duas vezes”.

Pelo criador e pelo espectador, ou melhor,

pela sociedade à qual pertence o espectador.”

Pierre Bourdieu, 1986.

A interação entre conhecimento estético, conhecimento artístico e

conhecimento contextualizado são de fundamental importância dentro do

trabalho docente, servindo como proposta para o desenvolvimento e

articulação entre as quatro áreas de Arte (Artes visuais, teatro, música e

dança).

Dentro do conhecimento estético usamos o conhecimento teorizado

sobre a arte, produzido pela arte e as ciências humanas como a filosofia,

sociologia, psicologia, antropologia e literatura.

Através do conhecimento artístico usufruímos o fazer artístico e do

processo criativo servindo como formas de organização e estruturação do

trabalho artístico.

No conhecimento contextualizado prima-se pelo conhecimento estético e

artístico do aluno e da comunidade em que está inserido através do resultado

de experiências sociais e sua relação com o conhecimento sistematizado em

arte.

III – OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

Pretende-se viabilizar a aquisição de conhecimentos teórico-práticos que

possibilitem ao educando a percepção, a leitura e a interpretação de signos

verbais e não-verbais presentes na arte e suas diferentes áreas.

Através de a cultura identificar sua identidade, herança cultural e

diversidade, perceber e interpretar a cultura de massa e industria cultural, que

atende as diferentes intenções de comunicação.

136

IV – CONTEÚDOS

Conteúdos

Estruturante

s

Elementos

Formais

Conteúdos Específicos

Artes Visuais – ponto, linha, forma, cores, texturas, luz e sombra, volume, ritmo, composição

bidimensional e tridimensional, simetria, arte figurativa e arte abstrata, história em quadrinhos,

superfície, proporção, perspectiva.

Dança – danças folclóricas e movimentos corporais, coreografias improvisadas, espaço – nível de

altura, dinâmica (ritmo e inter-relacionamento), fluxo de movimentos.

Música – manifestações musicais folclóricas(cantigas, trava-línguas), elementos sonoros – timbre,

intensidade, altura e ritmo, instrumentos musicais – corda, sopro, percussão, etc, formação da

música brasileira(história da música).

Teatro – elementos da ação dramática - história, personagens, espaço cênico; jogos teatrais –

improvisação, mímicas, etc; espaço cênico – cenário, sonoplastia, iluminação; criação de fantoches,

expressão corporal, origem da máscara e confecção(máscaras africanas); improvisação teatral.

Composição

Artes Visuais – composições de trabalhos bidimensionais e tridimensionais

Dança – composições coreográficas; improvisações coreográficas.

Música – composições, improvisações e interpretações musicais.

138

139

V – Metodologia

Do ponto de vista metodológico, o ensino da Arte priorizará a interação

da percepção, identificação, do gerir, da forma de organização e interpretação

de signos verbais e não-verbais manifestos nos bens culturais materiais e

imateriais.

Buscar-se-á formas originais e interdisciplinares de expressar idéias

com o grupo, promovendo observações, experimentações, discussões e

análises para que se possa entrar em contato, não só com as formas e

linguagens técnicas, mas também com idéias e reflexões propostas pelas

diferentes linguagens artísticas.

Devemos contemplar na metodologia do ensino da arte, três momentos

da organização pedagógica o sentir e perceber, que são as formas de

apreciação e apropriação, o trabalho artístico, que é a prática criativa, o

conhecimento, que fundamenta e possibilita ao aluno um sentir / perceber e

um trabalho artístico mais sistematizado, direcionando o aluno a formação de

conceitos artísticos.

Entende-se que aprender arte envolve não apenas uma atividade de

produção artística, mas também compreender o que faz e o que os outros

fazem pelo desenvolvimento da percepção estética, no contato com o

fenômeno artístico, visto como objeto de cultura na história, política e social e

com o conjunto das relações.

Sabe-se que ao fazer e conhecer arte, o aluno percorre os trajetos da

aprendizagem que proporcionam conhecimentos específicos sobre sua relação

com o mundo. Tal percepção possibilita leituras da realidade, permitindo uma

reflexão mais ampla a respeito da sociedade em que o sujeito está inserido e

de outras com as quais ele estabelece relações.

VI - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação deverá ser diagnosticada por ser referência do professor

para planejar as aulas e avaliar os alunos; e processual por pertencer a todos

os momentos da prática pedagógica. Segundo a LDB a avaliação é contínua e

cumulativa do desempenho do aluno, visando os aspectos qualitativos sobre os

quantitativos durante todo o ano letivo.

A avaliação deverá ser criadora de estratégias que possibilitem o

entrelaçamento do conceito com a construção cultural, deverá ser feita através

da observação e registro, sem parâmetros comparativos entre alunos por meio

de provas escritas e orais, auto-avaliação dos alunos, seminários, atividades

práticas, obedecendo a proposta do projeto político da escola.

A escola deve procurar garantir aos seus alunos a produção do saber

científico historicamente acumulado, sem esquecer as experiências de vida e a

realidade social daqueles a quem deve educar. Este aspecto tem um mérito de

elevar o nível de consciência crítica dos alunos e de introduzi-los na atualidade

histórico social de sua época, possibilitando-lhes uma atuação consistente e

competente na transformação da sociedade.

A avaliação é um ato social em que a sala de aula e a escola devem

refletir o funcionamento de uma comunidade de indivíduos pensantes e

responsáveis, que conhecem sua posição em relação a outras comunidades.

VII -BIBLIOGRAFIA

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da Educação. São Paulo: Moderna,

1987.

AZEVEDO, F. de, A cultura brasileira. 5ª edição, revista e ampliada. São

Paulo: Melhoramentos, editora da USP, 1971.

BARBOSA, A. M. (org.) Inquietações e mudanças no ensino da arte. São

Paulo: Cortez, 2002.

BENJAMIM, T. Walter. Magia e técnica, arte e política. Obras escolhidas.

Vol.1. São Paulo: Brasiliense, 1985.

BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte. São Paulo: Ática, 1991.

BRASIL. Leis, decretos, etc. Lei nº 9394/93: Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional, LDB. Brasília, 1996.

DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA

DO ESTADO DO PARANÁ..

DUARTE JUNIOR, J.F. Fundamentos estéticos da educação. 4ª ed.

Campinas, SP: Papirus, 1993.

141

DUARTE JUNIOR, J.F. Por que arte educação? 8ª ed. Campinas, SP:

Papirus, 1996.

FERREIRA, A. B.H. Dicionário Aurélio básico da língua portuguesa. Rio de

Janeiro: Nova Fronteira, 1995.

PROENÇA, Graça. História da Arte Editora .Ática, 1995.

OSTROWER, Fayga. Universos da arte. Campus, 1997.

PEIXOTO, Maria Inês Hamann. Arte e grande público: a distância a ser

extinta. Campinas: Autores Associados, 2003. (Coleção polêmicas do nosso

tempo, 84).

PENTEADO, José de Arruda. Comunicação Visual e Expressão. Ed.

Nacional, 1998.

SCHAFER, M. O ouvido pensante. São Paulo: Brasiliense, 1987.

Enciclopédia – A arte nos Séculos. Abril Cultural.

CADERNOS TEMÁTICOS: Inserção dos conteúdos de história e cultura

afro-brasileira nos currículos escolares / Paraná. Secretaria de Estado da

Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino

Fundamental. Curitiba : SEED-Pr, 2005.

HANSEBALG, Ricardo. Raça e gênero nos sistema de ensino: os limites das

políticas universalistas na educação. Brasília. 2002.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO: ARTE Ensino médio: Arte /

vários autores. – Curitiba: SEED-PR, 2006.-336p.

142

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR- 2007

I-IDENTIFICAÇÃO

DISCIPLINA: BIOLOGIA

MODALIDADE ENSINO MÉDIO

PROFESSORES:

Eliane Baroneza Fantin

Maria Rosangêla de Oliveira Bonin

Liliam Amanda baggio

1- JUSTIFICATIVA

“ ... precisa-se quebrar o mito do “ acaso da descoberta” e do “ cientista genial”

na pesquisa e do “cientista em miniatura” na escola.” ( FREIRE-MAIA, 1990)

A Biologia, como parte do processo de construção científica deve ser

entendida e compreendida como processo de produção do próprio

desenvolvimento humano e determinada pelas necessidades materiais deste

em cada momento histórico. Sofrendo a influência das exigências do meio

social e das ingerências econômicas dele decorrentes ao mesmo tempo em

que nelas interfere.

È objetivo de estudo da Biologia o fenômeno vida em toda a sua

diversidade de manifestação, assim como as ciências a Biologia não é um

saber neutro, mas sim, um conjunto de fatos científicos socialmente produzidos

numa sociedade historicamente determinada. Com crescente valorização do

conhecimento e a capacidade de inovar exige pessoas capazes de aprender

continuamente. Para tanto, a Biologia deve permitir a compreensão dos

avanços tecnológicos, considerando a Bioética, a diversidade cultural, ética-

racial e o desenvolvimento sustentável, visando bens coletivos priorizando a

conservação da vida e do ambiente, usufruindo sem destruir

Portanto, com o ensino da disciplina de Biologia no Ensino Médio, visa

desenvolver no educando o conhecimento científico e tecnológico objetivando

uma postura crítica, reflexiva e investigadora, com autonomia de pensamento e

ação, formação de hábitos e atitudes em relação ao meio ambiente,

143

desenvolvimento sustentável e ética científica. E ainda fazer com que ele

reconheça o ser humano como agente de transformações intencionais por ele

produzidas em seu ambiente,sabendo que todo conhecimento científico

produzido é fruto do estudo e tecnologias de cada época histórica.

2-CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

A Organização dos seres vivos: Deve-se ampliar a discussão para a

comparação das características anatômicas e comportamentais dos seres,

realizando discussões entre os critérios usados desde Linné até a atualidade

com a introdução da análise genômica, propiciando a compreensão sobre

como o pensamento humano, partindo da compreensão de mundo imutável,

chegou ao modelo de mundo em constante mudança.

Os mecanismos biológicos deve basear-se na análise dos

conhecimentos biológicos sob uma perspectiva fragmentada, conhecendo-se

as partes, pois este conhecimento isoladamente, é insuficiente para permitir ao

aluno compreender as relações que se estabelecem entre os diversos

mecanismos para manutenção da vida. É importante que o professor considere

o aprofundamento, a especialização, o conhecimento objetivo como ponto de

partida para que se possa compreender os sistemas vivos como fruto da

interação entre seus elementos constituintes e da interação deste sistema com

os demais componentes do seu meio.

Biodiversidade: Pretende-se caracterizar a diversidade da vida como um

conjunto de processos organizados e integrados, quer no nível de uma célula,

de um indivíduo, ou, ainda , de organismos no seu meio. Fundamenta-se na

superação das concepções alternativas do aluno com a aproximação das

concepções científicas, procurando compreender os conceitos da genética, da

evolução e da ecologia, como forma de explicar a diversidade dos seres vivos.

Implicações dos Avanços Biológicos: Garantir a reflexão sobre as

implicações dos avanços biológicos para o desenvolvimento da sociedade.

Deve-se utilizar a metodologia da problematização, partindo do princípio da

provocação e mobilização do aluno na busca por conhecimentos necessários

para resolução de problemas. Estes problemas relacionam os conteúdos da

144

Biologia ao cotidiano do aluno para eu ele busque compreender e atuar na

sociedade de forma crítica.

* - Organização dos seres vivos

-Origem da vida

-Níveis de organização dos seres vivos

-Características dos seres vivos:

• Classificação

• Regras de nomenclatura

• Vírus

-Classificação em reinos: Monera ,Protista, Fungi e Animal:

-Filos do Reino Animal: Espongiários, Cnidários, Platelmintos,

Nematelmintos, Anelídeos, Artrópodes, Moluscos, Equinodermos e Cordados

- Reino Plantae

* Mecanismos Biológicos

-Histórico da Biologia Celular

-Composição química da célula

-Membrana plasmática

-Organelas citoplasmáticas

-Material nuclear

-Divisão celular: mitose e meiose

-Reprodução

-Gametogênese animal

-Embriologia

-Anexos embrionários

-Hereditariedade

-Conceitos utilizados em Genética

-Heredogramas

-1ªLei de Mendel

-2ªLei de Mendel

-Sistemas Sangüíneos; ABO, Rh, e MN

145

-Determinação genética do sexo

-Anomalias cromossômicas

-Interação Gênica

-Herança Quantitativa

* Biodiversidade

-Conceitos ecológicos

-Cadeia e teia alimentar

-Fluxo de matéria e energia

-Ciclos biogeoquímicos

-Relações ecológicas

-Equilíbrio ecológico

-Desequilíbrio ambientais

-Noções de evolução:

-Teorias de Lamarck e Darwin

-Evidências evolutivas

* Implicações dos Avanços Biológicos no Fenômeno Vida

Orientação Sexual

Remédios, vacinas

Saúde e doenças

Armamento biológico

Melhoramento genético

Controle biológico de pragas

Preservação ambiental e recursos

Projeto genoma

Células tronco

Transgênicos

Terapia gênica

Engenharia Genética

Biotecnologias

146

3-METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Segundo GASPARIN (2002); e SAVIANI (1997); o ensino dos conteúdos

específicos de Biologia apontam para as seguintes estratégias de ensino:

- Prática social: caracteriza-se por ser o ponto de partida onde se

observa o senso comum dos alunos a respeito do conteúdo a ser

trabalhado.

- Problematização: fase de detecção e apontamento das questões

que precisam ser resolvidas.

- Instrumentalização: e a apresentação sistematizada dos

conteúdos.

- Catarse: é a fase em que o aluno confronta o conhecimento

adquirido com o problema em questão.

- Retorno à prática social: É o retorno ao ponto de partida, mas

agora com um saber concreto e pensado de maior clareza e

compreensão voltado para o âmbito social.

Compreendendo a proposta dos Conteúdos Estruturantes o professor em suas

aulas pode contemplar os mais variados recursos como:

• Exposição oral feita pelo professor, acompanhado de discussões onde o

aluno emita opiniões, levante hipóteses e construa novos

conhecimentos.

• Pesquisas, entrevistas, relatórios, resolução de atividades que explorem

a interpretação de gráficos, mapas e charges.

• Debates em grupos e seminários

• Aulas práticas

• Visitas de estudo para buscar informações em outros ambientes

As aulas de Biologia devem, segundo LIBÂNEO,(1983) propiciar ao

educando a compreensão da prática social, pois revelam a realidade

concreta de forma crítica e explicitam as possibilidades de atuação dos

sujeitos no processo de transformação desta realidade.

Dessa forma visa-se a formação de um cidadão crítico, reflexivo e atuante

em seu meio.

4-AVALIAÇÃO:

147

A avaliação é um instrumento cuja finalidade prática é obter informações

necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para nela interferir

e reformular os processos de aprendizagem, é indispensável uma vez que

permite ao professor recolher, analisar e julgar dados sobre a prática

pedagógica e ao mesmo tempo verificar a qualidade do desempenho de seu

trabalho.

A avaliação deve ser: diagnóstica, diária e contínua, onde se analisa a

participação do aluno em sala de aula e interesse nas atividades propostas

pelo professor.

Toda avaliação deve ser registrada também, através de testes objetivos

e subjetivos, pesquisas , relatórios, empenho e criatividade.

5- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FREIRE-MAIA, N. A ciência por dentro. Petrópolis: Vozes, 1990.

MINISTÉRIO DA EUCAÇÃO. Parâmetros Curriculares Nacionais-

Ensino Médio 3. Brasília, 1999.

Orientações metodológicas para o ensino de Biologia Positivo. Posigraf.

Curitiba, 2002.

PAULINO,W.R. Biologia- novo Ensino Médio. Ática , São Paulo: 2003.

MACHADO. S. Biologia – de olho no mundo do trabalho. Scipione. São

Paulo, 2003

GASPARIN,J.L.Uma didática para a pedagogia histórico-crítica.

Campinas: Autores Associados, 2002.

SAVIANI, D. Pedagogia histórico- crítica: primeiras aproximações.

Campinas/ SP: Autores Associados , 1997.

SEED, GOVERNO DO PARANÁ. Diretrizes curriculares de Biologia.

Curitiba. 2006

SEED, GOVERNO DO PARANÁ. Como Trabalhar a Lei.10.639/2003

e as Diretrizes Curriculares para a Educação das relações Étnico-raciais e

História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola. Curitiba. 2006

SANTOS,C.H.V. et al. Biología Ensino Médio. SEED, Curitiba, 2006.

148

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – 2007

I-IDENTIFICAÇÃO

DISCIPLINA: EDUCAÇÃO FÍSICA

MODALIDADE: ENSINO MÉDIO

PROFESSORES:

Moisés Vicente dos Santos

José Campassi Junior

Maria Cristina Tomazini

Osny Mathias Hoffmann

1. APRESENTAÇÄO GERAL DA DISCIPLINA.

1.1 - A educação física, foi instituída no ano de 1882, após um projeto

denominado, reforma do ensino primário. Rui Barbosa emitiu um parecer que

entre outras conclusões afirmou a importância da ginástica, elevando-a em

categoria e autoridade com as demais disciplinas. desde então ela vem

sofrendo transformações, influências por vários segmentos como instituições

médicas, militares, políticas bem como por modelos pedagógicos. mais

recentemente a promulgação da lei 5692/71, tornou-se obrigatória nas escolas

e passou a ter uma legislação específica, integrando a mesma como atividade

escolar regular e obrigatória no currículo de todos os cursos e sistemas de

ensino.

1.2 - A educação física é a área do conhecimento que propicia ao aluno a

cultura corporal do movimento e todas as implicações que essa cultura provoca

, como o lado emocional, de lazer, manutenção e melhoria da qualidade de

vida, relações interpessoais e sociais de uma forma mais abrangente.

diante dessas considerações a educação física deve possibilitar uma reflexão a

respeito da sua prática, levar o educando a uma leitura crítica das relações

sociais que se apresentam na sociedade e manifesta-se nas práticas

desenvolvidas no fazer pedagógico, interpretando as relações que o cercam e

149

exercitando o respeito humano, bem como os princípios e valores inerentes ao

ser humano.

2- OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA DE EDUÇÁO FÍSICA

< propiciar ao aluno uma visão crítica do mundo e da sociedade na qual está

inserido..

< expor o campo de intervenção da educação física, para além das abordagens

centradas na motricidade.

< construir os conteúdos elencados no currículo de maneira que sejam

relevantes e estejam de acordo com a capacidade cognoscitiva do aluno.

< adicionar a inclusão.

< superar da educação física o caráter de mera atividade de “prática pela

prática”.

< demonstrar a potencialização das formas de expressão do corpo.

a- Do contato corporal e o necessário respeito mútuo que este reclama

b- Do grupo em estabelecer critérios que contemplem todos os participantes

c- Do respeito por aqueles que de alguma forma, não conseguem realizar o

que foi proposto pelo próprio grupo, levando a reflexão das formas já

naturalizadas de preconceitos, sobre a domesticação e violência em

relação ao corpo.

< utilizar da leitura e da produção de textos que auxiliem o aluno a formar

conceitos próprios a partir de seu entendimento da realidade bem como relatá-

los com clareza e coerência, relacionando os referenciais trabalhados nas

aulas de educação física e associando-os às outras áreas do conhecimento,

partindo de análises próximas e suas relações com o mundo globalizado.

< aplicar aos alunos o direito e o acesso à prática esportiva que privilegie o

coletivo.

3-CONTEÚDOS

3.1 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ESPORTES

Fundamentos técnicos

150

Regras

Táticas

Jogo

Análise crítica das regras

Origem e história

Para que e quem servem

Modelo de sociedade que os produziram

Incorporação pela sociedade brasileira

Influência nos esportes dos diferentes modelos de sociedade

O esporte enquanto fenômeno social

O esporte na Sociedade capitalista

Profissionalização do esporte

JOGOS

Análise das relações sociais

Proposta de desafios

Compreensão de regras e normas de convivência social

Análise crítica de novas regras

GINÁSTICA

Possibilitar ao aluno reconhecer as possibilidades de seu corpo, afastando-

se da ginástica competitiva, com movimentos obrigatórios, presos à técnica

da repetição.

O papel da Mídia

Ginástica geral

Ginástica esportivizada (Olímpica e Rítmica).

DANÇA

Problematizar a erotização da dança

Manifestação da cultura milenar

Históricos e a espiritualidade das danças

Ritmo

Danças em geral

Danças folclóricas

151

Danças populares e Afro-brasileiras

Consciência corporal

Relação histórico-social dos movimentos folclóricos

Análise crítica dos costumes

História e cultura dos temas desenvolvidos

LUTAS

História

Papel cultural

Lutas ocidentais e orientais

Para que e a quem servem

3.2-ELEMENTOS ARTICULADORES

O corpo que brinca e aprende= manifestações lúdicas

O desenvolvimento corporal e construção da saúde

A relação do corpo com o mundo do trabalho

O lazer como elemento essencial à promoção da qualidade de vida

A diversidade étnico-racial e sua relação com o conhecimento do mundo

esportivo

A mídia e sua influência no esporte-espetáculo

1º ANO

• Alimentação saudável e obesidade.

• Aspectos históricos e sociais do esporte e jogos.

• Atividades físicas e saúde, suas relações, mitos e verdades.

• Definição de lazer.

• Táticas e sistemas do esporte.

• Jogos locais (Colégio) e regionais(dentro do município).

• Esporte como fenômeno global.

• O corpo como objetivo de trabalho, sacrifício e violência.

• Jogos cooperativos.

• Primeiros socorros. Noções básicas de atendimento em:

Acidentes – trânsito e caseiros

Hemorragias

152

Pequenas fraturas e luxações

• Dança como reflexos dos diversos aspectos culturais dos povos.

• Técnicas de relaxamento e alongamento.

• Jogos intelectivos.

2º ANO

• Envelhecer com saúde.

• Jogos esportivos, amadorismo e profissionalismo.

• Ginástica de acadêmica (FITNES): modismo e exagero.

• Strees e auto-estima.

• Lazer e seus benefícios para saúde e bem estar.

• O corpo visto como lazer estético.

• Suplementação esportiva e o uso de anabolizante.

• Cálculo do IMC (Índice de massa corporal) e gasto calórico.

• Lutas regionais.

• Técnicas de relaxamento e alongamento.

• Noções de organização esportiva.

• Jogos intelectivos.

• Primeiros Socorros – noções básicas de atendimento em:

Desmaios

Choques elétricos e térmicos

Asfixia

Queimaduras

3º ANO

• Competições esportivas.

• Produção de energia através dos alimentos e a fisiologia dessa

produção.

• Distúrbios alimentares.

• Danças contemporâneas.

• A influência da mídia no esporte.

• Aspectos culturais do teatro, dança e expressões e movimentos.

• Jogos esportivos amadorismo e profissionalismo.

• Ginástica de acadêmica (FITNES): modismo e exagero.

153

• Técnicas de relaxamento e alongamento.

• Noções de organização esportiva.

• Jogos intelectivos

• Primeiros socorros – noções básicas de atendimento em:

Parada Cardio-Respiratória

Picadas de animais peçonhentos e insetos.

4- ENCAMINAMENTO METODOLÓGICO

Na metodologia crítico-superadora, o conhecimento é transmitido, levando-se

em conta o momento político, histórico, econômico e social em que está

inserido, seguindo as estratégias= prática social, problematização,

instrumentalização, catarse e retorno à prática social.

A PRÁTICA SOCIAL caracteriza-se como uma preparação (aluno) para a

construção do conhecimento escolar.

A PROBLEMATIZAÇÃO trata do desafio, é o momento em que a prática social

é colocada em questão, analisada e interrogada.

A INSTRUMENTALIZAÇÃO é o caminho por meio do qual o conteúdo

sistematizado é colocado à disposição dos alunos para que assimilem e o

recriem, ao incorpora-lo, transformem-no em instrumento de construção

pessoal e profissional (Gasparim, 2002,p.53).

A CARTASE é a fase em que o educando sistematiza e manifesta o que

assimilou.

O RETORNO A PRATICA SOCIAL é o ponto de chegada do processo

pedagógico na perspectiva histórico-crítica.

5. AVALIAÇÃO

O processo de avaliação estará vinculado à ação educativa que poderá

ser individual ou coletiva, continua, permanente, cumulativa, traduzida em forma de

notas que serão registradas no livro de classe (PPP).

Será uma avaliação diagnóstica num processo contínuo que servirá para

revisitar o processo desenvolvido para identificar lacunas na aprendizagem,

bem como planejar e propor outros encaminhamentos que visem a superação

154

das dificuldades constatadas nas diversas manifestações corporais,

evidenciadas nas = brincadeiras, jogos, ginásticas, esportes e danças.

6.-BIBIOGRAFIA

BRACHT, VALTER, A CONSTITUIÇÃO DAS TEORIAS PEDAGÓGICAS DA

EDUCAÇÃO FÍSICA. CADERNOS CEDES, V.19 N.48. CAMPINAS,1999.

PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. CURRÍCULO BÁSICO

PARA A ESCOLA PÚBLICA DO ESTADO DO PARANÁ.

CURITIBA,SEED,1990.

PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO.

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO. DIRETRIZES CURRICULARES

DA EDUCAÇÃO FÍSICA PARA O ENSINO MÉDIO. VERSÃO

PRELIMINAR, JULHO 2006.

INTRODUÇÃO ÀS DIRETRIZES CURRICULARES. PROF. YVELISE F.S.

ARCO-VERDE (ORG.) CURITIBA-PR.

155

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR- 2007

I-IDENTIFICAÇÃO

DISCIPLINA: FÍSICA

MODALIDADE:ENSINO MÉDIO

PROFESSORES:

Deise C. Nasser

José de Almeida

Gerson Visoni

1- JUSTIFICATIVA

A Física representa uma produção cultural, construída pelas relações

sociais. É a parte da ciência que estuda os fenômenos da natureza, despertando o

espírito crítico do educando, levando-o a questionar, refletir e estudar o mundo que o

rodeia, preparando-o para o exercício da cidadania e ao trabalho.

É uma ciência voltada ao desenvolvimento tecnológico e social,

portanto torna-se indispensável a compreensão de suas leis e da sua história,

para uma melhor compreensão do meio em que vivemos.

O ensino da Física terá um significado real quando a aprendizagem

partir das idéias e fenômenos que façam parte do contexto do aluno,

possibilitando analisar o senso comum e fortalecer os conceitos científicos na

sua experiência de vida. Também é preciso que o mesmo entenda a relação

existente entre o desenvolvimento dessa ciência com o conseqüente progresso

tecnológico.

156

O ensino de Física deve estar voltado para a formação de jovens,

independente da sua escolaridade futura. Deve possibilitar aos jovens adquirir

instrumentos para a vida, para raciocinar, para compreender as causas e

razões das coisas, para exercer seus direitos, para cuidar da sua saúde, para

participar das discussões em que estão envolvidos, para atuar, para

transformar, enfim, para realizar-se, para viver. Sendo assim, uma educação

para a cidadania.

A Física, portanto, atua como um campo estruturado de

conhecimentos que permite a compreensão dos fenômenos físicos que cercam

o nosso mundo macroscópico e microscópico. O universo como objeto de

estudo da Física: sua evolução, suas transformações e as interações que se

apresentam, auxiliando no desenvolvimento do cidadão.

Eixos norteadores da disciplina: Movimento: espaço, tempo e

massa; Termodinâmica: calor e energia; Eletromagnetismo: carga elétrica,

pólos magnéticos, campos.

2- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

O estudo da Física se baseia na s três Teorias Unificadoras, a saber:

• O estudo dos Movimentos, a mecânica de Newton, unificou a

Estática, a Dinâmica e a Astronomia (séc. XVII);

• A Termodinâmica unificou os conhecimentos sobre gases,

pressão, temperatura e calor (séc. XIX);

• A Teoria Eletromagnética unificou o Magnetismo, a

Eletricidade e a Óptica (séc. XIX).

2.1 Movimentos

A – Conceitos Fundamentais:

• Sistemas de unidades;

• Notação científica.

B – Cinemática Escalar e Vetorial:

157

• Conceitos fundamentais;

• Movimentos;

• Velocidade escalar e Vetorial;

• Aceleração;

• Tipos de Movimentos.

C – Dinâmica:

• Princípios Fundamentais: força e equilíbrio;

• As Leis de Newton;

• Energia;

• Conservação da quantidade de movimento.

2.2 T2.2 TERMODINÂMICAERMODINÂMICA

A - Conceitos fundamentais:

• Calor;

• Temperatura;

• Propagação de calor.

B – Termodinâmica:

• Efeito de transferência de energia;

• Máquinas térmicas.

2.3 E2.3 ELETROMAGNETISMOLETROMAGNETISMO

A – Óptica Geométrica e Física

B – Eletrostática

C – Eletrodinâmica

D – Eletromagnetismo

E – Física Moderna

Baseado na Lei 10639/03, deverão ser contemplados tópicos sobre

as contribuições dos povos africanos e de seus descendentes para os avanços

da ciência e da tecnologia.

158

3- METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O planejamento do trabalho de sala de aula é a base da construção

do processo de ensino e de aprendizagem. Têm-se a possibilidade de fazer

exatamente o ponto de partida e o ponto de chegada de cada tema abordado

no Curso.

Sendo o ensino e a aprendizagem um processo ativo e coletivo,

deve estar baseado nas interações aluno – aluno, aluno – professor, professor

– aluno. É necessário considerar o mundo vivencial dos alunos, sua realidade

próxima ou distante, os objetivos e fenômenos com que se movem sua

curiosidade.

Os recursos que poderão ser utilizados são: aulas expositivas sobre

os temas centrais, trabalho de campo com observações, no caso da

Astronomia: usos de vídeo; sites da internet; jornais com temas abordando

notícias científicas; aulas práticas; interpretações de textos; resoluções de

problemas e exercícios.

4- AVALIAÇÃO

O resultado, a observação e a concepção do conhecimento devem

ser diagnosticados durante avaliação. A avaliação deve ser um processo

contínuo e cumulativo, levando-se em conta os pressupostos teóricos da

disciplina.

A avaliação se caracteriza como um processo que objetiva explicitar

o grau de compreensão da realidade, emergentes na construção do conceito.

Isto ocorre com o confronto de textos, trabalhos em grupo, avaliações escritas,

experimentações, feiras de ciências, participação em eventos, etc., servindo

também para que o professor avalie seu próprio trabalho.

159

5- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS5- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GREF. Física 1/ 2/ 3. EDUSP: 1991.

MENEZES, L.C. A Matéria. São Paulo, SBF, 2005.

PARANÁ/SEED. Diretrizes Curriculares de Física para a Educação Básica

do Estado do Paraná, SEED: 2006.

PARANÁ/SEED. Programa Expansão, Melhoria e Inovação no Ensino

Médio – Documento elaborado para elaboração do projeto. Curitiba: SEED,

1994.

160

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR- 2007

I-IDENTIFICAÇÃO

DISCIPLINA: GEOGRAFIA

MODALIDADE: ENSINO MÉDIO

PROFESSORES:

Estela Maris Dutra

Juliana Cristina Locomann

I – APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A Geografia é uma ciência que tem por objetivo estudar o

espaço geográfico – resultado da inter-relação entre objetos e ações.

Para a compreensão desse espaço geográfico essa ciência/disciplina possui

um quadro conceitual de referência: lugar, paisagem, território, redes, região,

sociedade e natureza.

Assim promove uma análise espacial sob a abordagem natural histórica,

econômica, cultural e política. Levando em consideração as diferentes formas

de organização do espaço, nas escalas local, regional, nacional e mundial.

II – OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA

A Geografia, como disciplina escolar, deve contribuir para a

formação e integração do cidadão que conhece pó seu papel no interior da

sociedade e que, participa dos movimentos promovidos por esta. Nesse

sentido, a Geografia colabora para a formação de um jovem que certamente, já

possui uma capacidade de abstração maior e, portanto, pode realizar

generalizações mais elaboradas e consistentes tornando-se mais conscientes

dos problemas e situações de vida pelo qual irá enfrentar.

161

III – CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

O objeto de estudos da Geografia é o Espaço Geográfico e

deve estar relacionados com os principais conceitos.

Esta diretriz tomou como conceito de conteúdo

estruturante, saberes relacionados a alguns dos campos de estudos de ciência,

considerados básicos e fundamentais para a compreensão de seu objeto de

estudo no ambiente da Educação Básica. A partir destes, derivam-se os

conteúdos específicos que compõem o trabalho pedagógico e a relação de

ensino e aprendizagem no cotidiano escolar.

Assim, nesta proposta de Diretriz Curricular, o objeto de

estudo, sua composição conceitual e os conteúdos estruturantes da Geografia

no Ensino Básico, para atual o período, estão relacionados nos eixos a seguir:

1 – A Dimensão Econômica da Produção do Espaço

- os setores da economia

- sistemas de circulação de mercadorias, pessoas, capitais e informações

- sistemas de produção industrial

- agroindústria

- globalização

- acordos e blocos econômicos

- economia e desigualdade social

- dependência tecnológica

- entre outros...

2 – Geopolítica

- blocos econômicos

- formação dos Estados Nacionais

- globalização

- desigualdade dos países: Norte X Sul

- recursos energéticos

- Guerra Fria

- conflitos mundiais

162

- políticas ambientais

- órgãos internacionais

- neoliberalismo

- biopirataria

- meio ambiente e desenvolvimento

- Estado, Nação e Território

- movimentos sociais

- terrorismo

- narcotráfico

- Entre outros...

3 – Dimensão Socioambiental

- as eras geológicas

- os movimentos da Terra no Universo e suas influências (rotação e translação)

- as rochas e minerais

- o ambiente urbano e rural

- movimentos sócioambientais

- classificação, fenômenos atmosféricos e mudanças climáticas

- rios e bacias hidrográficas

- sistemas de energias

- circulação e poluição atmosférica

- desmatamento

- chuva ácida

- buraco na camada de ozônio

- efeito estufa (aquecimento global)

- ocupação de áreas irregulares

- desigualdade social e problemas ambientais

- entre outros

4 – A Dinâmica Cultural Demográfica

- o êxodo rural

- urbanização e favelização

- fatores e tipos de migração e imigração e suas influências no Espaço

Geográfico

- histórias das migrações mundiais

163

- estrutura etária

- formações e conflitos étnico-religiosos e raciais

- consumo e consumismo

- movimentos sociais

- meios de comunicação

- estudos dos gêneros (masculino, feminino, entre outros...)

- a identidade nacional e processo de globalização

- História e cultura Afro-brasileira e Africana

- entre outros...

IV – METODOLOGIA

A discussão acerca do ensino de Geografia inicia-se pelas

reflexões epistemológicas do seu objeto de estudo. Muitas foram as

denominações propostas para esse objeto, hoje entendido como o Espaço

Geográfico e sua composição conceitual básica - lugar, paisagem, região,

território, natureza, sociedade, entre outros.

Cabe hoje, ao ensino de Geografia, abordar as relações de poder que

constituem territórios nas mais variadas escalas, desde as que delimitam os

micro espaços urbanos, como os territórios do tráfico, da prostituição ou da

segregação sócio-econômica, até os internacionais e globais.

As teorias críticas da Geografia, adotadas nestas diretrizes, procuram

entender a sociedade em seus aspectos sociais, econômicos, culturais e

políticos e nas relações que estabelece com a natureza para a produção do

espaço geográfico.

A geografia é uma ciência que se ocupa da análise da

formação das diversas configurações espaciais, distinguindo-se das

demais ciências na medida em que se preocupa com localização de

processos espaciais. Realiza, portanto o estudo da sociedade pela

organização espacial.

Todo conteúdo, ao ser trabalhado, deve levar em

conta sua conexão, ligação com os outros fatos, fenômenos e conteúdos

que lhes dizem respeito.

Diante das ações metodológicas, não se deve discutir

em que ordem se trabalhará: se primeiro o meio físico e depois o humano

164

ou inverso. Devemos trabalhar, na medida do possível, a sociedade, a

economia, a política, a natureza de forma articulada, considerando, que

cada conceito geográfico se constitui em diferentes momentos históricos,

em função das transformações sociais, políticos e econômicas.

O estudo da Geografia, considerado como método

interdisciplinar, pode constituir um elo entre as disciplinas da área das

Ciências Humanas e suas tecnologias, para isso, utilizará uma

diversidade de métodos, produzindo novos documentos e mentalidades

sobre determinado espaço ou fenômeno espacial.

A interação com o meio será questão fundamental

para procurar respostas nos elementos visíveis e invisíveis da paisagem,

que será buscado através de documentos escritos em representações

gráficas, através de pesquisa orientada, onde o estudante tenha

condições de realizar, desde que bem assessorado pelo professor, que

determinará as bases do trabalho, bem como os métodos e recursos

necessários às diferentes formas de trabalhar, para que o aluno obtenha

sucesso em seus estudos.

Outras estratégias poderão ser utilizadas na medida do

possível de acordo com as necessidades surgidas no decorrer das aulas.

A aula de campo é um rico encaminhamento metodológico

para que o aluno analise a área em estudo, partindo de uma realidade local,

bem delimitada para uma investigação de sua constituição histórica e das

relações que estabelece com outros lugares próximos ou distantes. Ressalta-

se que a aula de campo não pode se limitar apenas à visita ao local desejado,

pois esta deve ser planejada e contextualizada antes, durante e depois,

buscando sempre fortalecer a relação entre teoria e prática na relação

professor/aluno e garantindo uma melhor compreensão do tema abordado.

Serão utilizados filmes, trechos de filmes, programas de

reportagens e imagens em geral (fotografias, slides, charges, ilustrações) para

a contextualização dos conteúdos da Geografia dando dessa forma ao recurso

áudio visual, o papel de problematizador, estimulador para pesquisas mais

aprofundadas sobre os assuntos que, podem desvelar preconceitos e leituras

rasas, ideológicas ou estereotipadas sobre os lugares e povos.

O uso de imagens não animadas (fotografias, posters,

cartões-postais, outdoors) auxiliarão o trabalho com a formação de conceitos

165

geográficos, diferenciando paisagem de espaço e, dependendo da abordagem

dada ao conteúdo, desenvolverá os conceitos de região, território e lugar. Para

isso a imagem será ponto de partida para as atividades de observação e

descrição detalhadas da mesma até abordar os aspectos históricos,

econômicos, sociais, culturais, naturais da paisagem em estudo.

O estudo da Cartografia deverá proporcionar que os

estudantes sejam capazes de interpretações, problematizações e análises

críticas dos mapas e seus conteúdos, indo além das utilizações dos mesmos

como mero instrumentos de localização dos eventos e acidentes geográficos.

Atualmente, depois de três décadas de renovação, com o

crescimento de problemas como os conflitos étnicos, a questão ambiental, os

movimentos terroristas, as crises financeiras, etc, consolida-se a certeza de

que a Geografia é uma disciplina fundamental para compreensão do mundo

contemporâneo nas escalas local, nacional e mundial.

V – AVALIAÇÃO

A avaliação é uma das etapas mais importantes do

processo de ensino-aprendizagem. Ela deve acompanhar a aprendizagem dos

alunos e o trabalho pedagógico do professor, para que ambos percebam seu

grau de envolvimento no processo e o acompanhamento de sua dinâmica.

A avaliação é um processo que deve estar articulado com

os conteúdos estruturantes, os conceitos geográficos, o objeto de estudo, as

categorias espaço-tempo, a relação sociedade-natureza e as relações de

poder, contemplado a escala local e global e vice-versa.

Deve ser diagnóstica e contínua, pois considera-se que os

alunos possuem ritmos e processos de aprendizagens diferentes, dessa forma

apontará as dificuldades e possibilitará que a intervenção pedagógica aconteça

a todo o tempo. Em lugar de avaliar apenas por meio de provas, o professor

deverá utilizar instrumentos de avaliação que contemplem diferentes práticas

pedagógicas, tais como: leitura e interpretação de fotos, imagens, diferentes

tipos de mapas, pesquisas bibliográficas, aulas de campo ou laboratório,

construção de maquetes, projeto, debates, vídeos, seminários, etc.

166

Por tudo que foi exposto, destaca-se ainda, que a proposta

avaliativa deve estar bem clara para os alunos, ou seja, que saibam como eles

serão avaliados em cada atividade proposta. Além disso, deve ser um processo

não-linear de construções e reconstruções, assentando na interação e na

relação dialógica que acontece entre os sujeitos do processo professor e

alunos.

VI – BIBLIOGRAFIA

BRASIL, Diretrizes Curriculares de Geografia para Ensino Médio.Secretaria de

Estado da Educação.Curitiba. Julho/2006

167

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – 2007

I- IDENTIFICAÇÃO

DISCIPLINA: HISTÓRIA

MODALIDADE: EDUCAÇÃO BÁSICA

PROFESSORES:

Leandro Antonio Lorençatto

Cinthia Palma

Fernando Antonio Santiago

Cristiano Schimwelski

II – APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A partir da primeira metade do século XIX houve a preocupação

de criar uma genealogia ou história da nação, porém, com base numa matriz

curricular nitidamente eurocêntricas, partindo da Antigüidade clássica como

berço do cristianismo, da formação das nações européias: desde as primeiras

monarquias à história política e biográfica moderna e contemporânea. O ensino

enfatizava a história política de Portugal e sua relação com o Brasil.

Em linhas gerais, o ensino de história ao longo da República

Velha tendeu a se voltar mais para o estudo da história política européia e

brasileira, desconsiderando os movimentos de resistência popular. Refletindo

assim a política da República das Oligarquias, na qual a questão social foi

tratada como caso de polícia.

Já nas décadas de 1930 e 1940, em pleno momento de forte intervenção do

Estado varguista em todos os setores da sociedade brasileira, difundiu-se a

tese da “democracia racial” expressa principalmente em programas e livros

didáticos de ensino de História. Esta tese, proposta por alguns intérpretes da

obra histórica de Gilberto Freire, defendia que na constituição sócio-genética

do povo brasileiro predominava a miscigenação e a ausência de preconceitos

raciais e étnicos.

168

No pós-guerra e no contexto da democratização do país

(1945-1960), com o fim da ditadura Vargas, a disciplina de história passou a

ser novamente objeto de debates quanto as suas finalidades e relevância na

formação política dos alunos. Vale lembrar que foi também um período muito

rico na produção historiográfica, na esteira da década 30 e 40, de se pensar o

Brasil, presente nos estudos de Celso Furtado, que levantou a questão dos

ciclos econômicos.

Como vivíamos sob a política nacional-desenvolvimentista de

Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek e João Goulart, o ensino tende também

aos estudos históricos da economia brasileira, no entanto, transmitindo de

forma reducionista e mecânica a análise dos ciclos econômicos do açúcar,

mineração e do café. No entanto, a história factual, linear e política herdada do

século XIX ainda se mantinham presente nas escolas, pois estas ficaram

gradualmente mais acessíveis aos filhos dos trabalhadores a partir da década

de 1960.

Neste momento discutido acima, podemos considerar, contudo, um avanço,

mesmo tímido, a entrada em cena do povo brasileiro no ensino da história. Pois

o contexto era de grande mobilização e de organização social através do

sindicalismo, das ligas camponesas, do movimento estudantil e das camadas

médias urbanas, em torno das reformas sociais propostas. Mesmo assim, em

linhas gerais o ensino ainda continuava tradicional, factual e linear.

Com a deflagração e institucionalização da ditadura militar a

partir de 1964, houve uma grande retração da organização social fruto da

repressão e da censura. Neste momento, o povo foi retirado da cena política

brasileira, e o ensino de história, que tímida e pontualmente, procurava

contrapor-se ao tradicionalismo foi contido pela ideologia militar da ordem, do

civismo, e da segurança nacional no contexto maniqueísta da guerra fria. Em

decorrência disto várias reformas educacionais foram implementadas com um

caráter tecnicista, em conformidade com a inserção do Brasil na divisão

internacional do trabalho da década de 60 e 70 enquanto economia primário-

exportadora. Nesse sentido, a partir da década de 1970, o ensino de história e

de geografia foi preterido em nome da implementação da generalidade dos

Estudos Sociais, bem como de uma formação profissional superficial, que

acabou causando fortes prejuízos na formação dos alunos. O ensino de

Estudos Sociais e de Educação Moral e Cívica (EMC) enfatizava o estudo via

169

círculos concêntricos (do local para o universal), a história patriótica,

tradicional, excluindo o aprofundamento dos conflitos de classes sociais, ao

longo da História Geral e do Brasil, principalmente mais recente.

A partir da década 80, com a derrubada política da ditadura

militar e o início do processo de redemocratização da sociedade brasileira, o

ensino de Estudos Sociais, que já era radicalmente contestado na década

anterior, tanto pela academia, quanto pela sociedade organizada, passa

lentamente a ser substituído pela instituição da disciplina de História. Esta

procurando aproximar o ensino da investigação histórica com o universo da

sala de aula.

Posteriormente à segunda metade da década de 1980 e anos

1990 crescem os debates em torno das reformas democráticas na área

educacional, que acabam estimulando propostas de revisões no ensino de

História, contrárias às tendências eurocêntricas, factuais, cívicas e positivistas

do tradicionalismo na área. Essa discussão entre a academia de História e o

ensino foi resultado da restauração das liberdades individuais e coletivas no

país, levando à produção diferenciada tanto de materiais didáticos,

paradidáticos e principalmente de novas propostas curriculares na área.

Propostas estas, como o Currículo Básico do Ensino Fundamental e

particularmente de História para o Ensino Médio do Paraná, embasadas

claramente na pedagogia histórico-crítica dos conteúdos desenvolvida por

Demerval Saviani entre outros, a partir da sua interpretação do materialismo

histórico e dialético.

Nesse contexto, a proposta curricular de História para o

Ensino Médio apontava para a organização dos conteúdos, a partir do estudo

da formação do capitalismo no mundo ocidental e a inserção do Brasil neste

quadro, de forma integrada. A disposição mantinha, contudo, a linearidade e a

cronologia através de um recorte histórico voltado ao aluno (a) que na sua

grande maioria, entendia-se, já estava incorporado ao mundo do trabalho.

Objetivando o aluno (a) compreender a formação social do capitalismo

ocidental e intervir na sua realidade, enfim tornando-se um sujeito histórico.

Em 1997, os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino

Médio (PCNEM), especificamente o de História, apesar de serem impostos ao

sistema escolar nacional e paranaense, por uma política educativa baseada no

ideário neoliberal, tiveram o mérito de incorporar na sua proposta curricular a

170

abordagem referente à Nova História. E, mais especificamente à Nova História

Cultural, valorizando, assim, problemáticas referentes ao cotidiano, à memória,

à cultura voltada para as práticas culturais e identidades coletivas e individuais.

Contudo, ao tentar articular estes elementos históricos com as competências e

habilidades da Área de Ciências Humanas, os PCNEM entram em contradição,

pois apontam para que a disciplina seja somente um instrumento de uma

interdisciplinaridade sem uma história nem referenciais teóricos definidos,

causando o esvaziamento de seus conceitos e conteúdos. Além disso, os

conceitos históricos estão desarticulados entre si fazendo com que o ensino de

História, nestes moldes, perca, em boa medida, o seu caráter de produção do

conhecimento histórico realizada por sujeitos sociais (alunos [as] e professores

[as]).

A partir de 2003 e 2004, propõe-se como uma crítica e uma

busca da superação em relação à proposta advinda dos PCNEM, pois ele

entende que o conhecimento histórico é selecionado e construído na relação

entre as experiências sociais dos sujeitos (acontecimentos, comportamentos,

apropriações) e as estruturas sócio-históricas, a partir da utilização rigorosa de

conceitos historiográficos no processo de investigação que permitam

compreender os espaços de atuação social destes agentes históricos.

Entenda-se que este rigor deve estimular a criação de novas significações ou

sentidos no universo da disciplina de História através da produção de

narrativas históricas.

Através da formação continuada oferecida pela SEED, e por

meio das Diretrizes Curriculares da Rede Pública da Educação Básica para o

Ensino de História que propõe essa nova visão do contexto histórico buscando

uma reflexão das dimensões políticas, econômicas, culturais e sociais, bem

como relações de trabalho, de poder e relações culturais.

Essa reflexão nos levou a elaborar essa proposta incluindo a Lei

10.639/03, que torna obrigatório o ensino da Cultura Afro e também a Lei

13.381/01, onde torna obrigatórios os conteúdos de História do Paraná.

III – OBJETIVO GERAL

171

O objetivo de ensino de História no Ensino Fundamental é facilitar aos

alunos a compreender e a apreender as formas de produção desses

conhecimentos através da abordagem dos conteúdos estruturantes dessa

disciplina. Partindo do princípio de que a História é um conhecimento

construído socialmente, que tem como objeto de estudo os processos

históricos construídos pelas ações e pelas suas relações humanas no trabalho,

na sua Dimensão Política, Dimensão Econômico-social e Dimensão Cultural.

Com ênfase em contextos mais amplos tendo como base a construção das

noções de tempo e temporalidades.

IV- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Dimensão Política ( a dimensão política está relacionada a questão do

poder) Poder este entendido de forma mais ampla que apenas a relação

entre o Estado e os sujeitos, mais também o estudo dos micro-poderes

presentes no cotidiano, além, dos personagens estudados pela história

tradicional, deve-se dar ênfase ao sujeito comum da história a partir do

estudo de espaços e relações sociais pautadas pelas relações de poder.

• Dimensão Econômico Social ( trata as relações sociais para além dos

denominados modos de produção e dos modelos fechados, onde os

papéis, a priori, já foram determinados em função do capital. Visa por

exemplo, uma abordagem da história vista de baixo, dando voz aos

excluídos, indo além das fontes oficias. Deve-se compreender que as

experiências dos diferentes sujeitos se constroem a partir das relações

inter-classes)

• Dimensão Cultural ( permite conhecer os conjuntos de significados que

os homens conferem a sua realidade para explicar o mundo, valoriza a

diversidade das sociedades humanas, desmistifica a dicotomia cultura

popular X erudita, trabalha com o conceito de circularidade cultural,

entende que as representações são construídas, geram práticas que

estas, por sua vez, podem gerar novas representações)

• Relações de Trabalho (Este conteúdo permite aprofundar a

compreensão das relações no mundo contemporâneo, como estas se

172

configuram e como o mundo do trabalho se constitui em diferentes

períodos históricos, considerando os conflitos de classe e intra-classes).

• Relações de Poder (Este conteúdo estruturante permite ao aluno

aprofundar a compreensão sobre como as relações de poder

encontram-se em todos os espaços sociais, e também permite

identificar, localizar as arenas decisórias e os mecanismos que a

constituíram).

• Relações culturais (Este conteúdo estruturante permite ao aluno

reconhecer a si e aos outros como construtores de uma cultura comum,

compreendendo a especificidade de cada sociedade e as relações entre

elas. E, ainda, entender como se constituíram as experiências culturais

dos sujeitos ao longo do tempo, detectando as permanências e

mudanças nas diversas tradições e costumes sócias)

V – METODOLOGIA

Será privilegiada a História do Brasil, estabelecendo relações com a

História Regional e, com outros contextos e espaços (África, América, Ásia e

Europa),rompendo com a visão quadripartide da História e articulando os

conteúdos estruturantes: Dimensão Econômico-social, Dimensão Política e

Dimensão Cultural, criando situações de ensino para os alunos estabelecerem

relações entre o passado e o presente, o particular e o geral, as ações

individuais e coletivas, os interesses específicos e de grupo e as articulações

sociais, seguindo as seguintes ações metodológicas:

Através de pesquisas, propor novos questionamentos, obter novas

informações, promover trabalhos interdisciplinares;

Desenvolver atividades com diferentes fontes de informações ( livros,

jornais, revistas, filmes, fotografias, objetos);

Ensinar procedimentos de pesquisa, consulta de fontes bibliográficas

de documentos;

Apresentação de trabalhos através de seminários;

Solicitar resumos orais e escritos ou em forma de produção de textos,

imagens, gráficos, murais, maquetes, exposições, a fim de estimular a

criatividade do aluno;

173

Contar com a ajuda da biblioteca da escola e outras fontes disponíveis

no ambiente escolar;

Debater questões do cotidiano e suas relações com o contexto mais

amplo.

VI - AVALIAÇÃO

A avaliação da aprendizagem está associada ao Projeto Político

Pedagógico de cada escola. No entanto, entende-se como coerente, dentro

desta concepção de Diretriz Curricular, que a avaliação seja colocada a serviço

da aprendizagem, isto é, que venha a subsidiá-la e não constituí-la como um

elemento externo. Em outras palavras, refutam-se aqui avaliações de caráter

classificatório, autoritário e desvinculado dos conteúdos e concepções

pedagógicas, em que a mesma venha retratar e consolidar um modelo

excludente de escola e de sociedade, que se quer superar.

Para que a avaliação tenha realmente um caráter diagnóstico,

seguiremos os seguintes critérios:

- Verificar se os alunos reconhecem as relações entre a sociedade, a cultura

e a natureza, no presente e no passado;

- Constatar e reconhecer as diferenças e semelhanças entre as relações de

trabalho construídas no presente e no passado;

- Reconhecer a diversidade de documentos históricos.

Segundo os critérios mencionados, a avaliação não só envolverá provas

escritas e orais, mas também, pesquisas, atividades individuais ou em grupo,

relatórios, sínteses, seminários, num processo contínuo e permanente,

somativo, cumulativo e diagnóstico, para que possa retratar com finalidade o

desenvolvimento da aprendizagem do aluno.

VII – BIBLIOGRAFIA

ABREU, Marta; SOIHET, Rachel (orgs.). Ensino de história: conceitos,

temáticas e metodologias. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2003.

ANDERSON, Perry. Linhagens do Estado Absolutista. São Paulo:

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História e cultura afro-brasileira e africana nos currículos escolares.

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da nação”. São Paulo: Hucitec, 1997.

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Janeiro: Paz e Terra, 1993.

ELIAS, Norbert. O processo civilizador: uma história dos costumes. V. 1. São

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_____. O processo civilizador: formação do Estado e da civilização. V. 2. São

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FERRO, Marc. A manipulação da história no ensino e nos meios de

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FONSECA, Thais Nivia de Lima e. História e ensino de história. Belo

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GINSBURG, Carlo. O queijo e os vermes. São Paulo: Companhia das Letras,

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HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro:

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HARTOG, François. Os antigos, o passado e o presente. Brasília: Unb, 2003.

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Revolução Inglesa de 1640. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.

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HOBSBAWN, Eric; RANGER, Terence. A invenção das tradições. Rio de

Janeiro: Paz e Terra, 2002.

CADERNOS TEMÁTICOS-LEI Nº 10.639/03-A inserção dos conteúdos de

História e culturais.

DCE – Diretrizes Currriculares da Rede Pública da Educação Básica do

Estado do Paraná. Curitiba, 2006

177

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – 2007

I- IDENTIFICAÇÃO

DISCIPLINA: HISTÓRIA

MODALIDADE : ENSINO MÉDIO

PROFESSORES;

Leandro Antonio Lorençatto

Cinthia Palma

Cristiano Schimwelski

2. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A partir da primeira metade do século XIX houve a preocupação

de criar uma genealogia ou história da nação, porém, com base numa matriz

curricular nitidamente eurocêntricas, partindo da Antigüidade clássica como

berço do cristianismo, da formação das nações européias: desde as primeiras

monarquias à história política e biográfica moderna e contemporânea. O ensino

enfatizava a história política de Portugal e sua relação com o Brasil.

Em linhas gerais, o ensino de história ao longo da República

Velha tendeu a se voltar mais para o estudo da história política européia e

brasileira, desconsiderando os movimentos de resistência popular. Refletindo

assim a política da República das Oligarquias, na qual a questão social foi

tratada como caso de polícia.

Já nas décadas de 1930 e 1940, em pleno momento de forte intervenção do

Estado varguista em todos os setores da sociedade brasileira, difundiu-se a

tese da “democracia racial” expressa principalmente em programas e livros

178

didáticos de ensino de História. Esta tese, proposta por alguns intérpretes da

obra histórica de Gilberto Freire, defendia que na constituição sócio-genética

do povo brasileiro predominava a miscigenação e a ausência de preconceitos

raciais e étnicos.

No pós-guerra e no contexto da democratização do país

(1945-1960), com o fim da ditadura Vargas, a disciplina de história passou a

ser novamente objeto de debates quanto as suas finalidades e relevância na

formação política dos alunos. Vale lembrar que foi também um período muito

rico na produção historiográfica, na esteira da década 30 e 40, de se pensar o

Brasil, presente nos estudos de Celso Furtado, que levantou a questão dos

ciclos econômicos.

Como vivíamos sob a política nacional-desenvolvimentista de

Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek e João Goulart, o ensino tende também

aos estudos históricos da economia brasileira, no entanto, transmitindo de

forma reducionista e mecânica a análise dos ciclos econômicos do açúcar,

mineração e do café. No entanto, a história factual, linear e política herdada do

século XIX ainda se mantinham presente nas escolas, pois estas ficaram

gradualmente mais acessíveis aos filhos dos trabalhadores a partir da década

de 1960.

Neste momento discutido acima, podemos considerar, contudo, um avanço,

mesmo tímido, a entrada em cena do povo brasileiro no ensino da história. Pois

o contexto era de grande mobilização e de organização social através do

sindicalismo, das ligas camponesas, do movimento estudantil e das camadas

médias urbanas, em torno das reformas sociais propostas. Mesmo assim, em

linhas gerais o ensino ainda continuava tradicional, factual e linear.

Com a deflagração e institucionalização da ditadura militar a

partir de 1964, houve uma grande retração da organização social fruto da

repressão e da censura. Neste momento, o povo foi retirado da cena política

brasileira, e o ensino de história, que tímida e pontualmente, procurava

contrapor-se ao tradicionalismo foi contido pela ideologia militar da ordem, do

civismo, e da segurança nacional no contexto maniqueísta da guerra fria. Em

decorrência disto várias reformas educacionais foram implementadas com um

caráter tecnicista, em conformidade com a inserção do Brasil na divisão

internacional do trabalho da década de 60 e 70 enquanto economia primário-

exportadora. Nesse sentido, a partir da década de 1970, o ensino de história e

179

de geografia foi preterido em nome da implementação da generalidade dos

Estudos Sociais, bem como de uma formação profissional superficial, que

acabou causando fortes prejuízos na formação dos alunos. O ensino de

Estudos Sociais e de Educação Moral e Cívica (EMC) enfatizava o estudo via

círculos concêntricos (do local para o universal), a história patriótica,

tradicional, excluindo o aprofundamento dos conflitos de classes sociais, ao

longo da História Geral e do Brasil, principalmente mais recente.

A partir da década 80, com a derrubada política da ditadura

militar e o início do processo de redemocratização da sociedade brasileira, o

ensino de Estudos Sociais, que já era radicalmente contestado na década

anterior, tanto pela academia, quanto pela sociedade organizada, passa

lentamente a ser substituído pela instituição da disciplina de História. Esta

procurando aproximar o ensino da investigação histórica com o universo da

sala de aula.

Posteriormente à segunda metade da década de 1980 e anos

1990 crescem os debates em torno das reformas democráticas na área

educacional, que acabam estimulando propostas de revisões no ensino de

História, contrárias às tendências eurocêntricas, factuais, cívicas e positivistas

do tradicionalismo na área. Essa discussão entre a academia de História e o

ensino foi resultado da restauração das liberdades individuais e coletivas no

país, levando à produção diferenciada tanto de materiais didáticos,

paradidáticos e principalmente de novas propostas curriculares na área.

Propostas estas, como o Currículo Básico do Ensino Fundamental e

particularmente de História para o Ensino Médio do Paraná, embasadas

claramente na pedagogia histórico-crítica dos conteúdos desenvolvida por

Demerval Saviani entre outros, a partir da sua interpretação do materialismo

histórico e dialético.

Nesse contexto, a proposta curricular de História para o

Ensino Médio apontava para a organização dos conteúdos, a partir do estudo

da formação do capitalismo no mundo ocidental e a inserção do Brasil neste

quadro, de forma integrada. A disposição mantinha, contudo, a linearidade e a

cronologia através de um recorte histórico voltado ao aluno (a) que na sua

grande maioria, entendia-se, já estava incorporado ao mundo do trabalho.

Objetivando o aluno (a) compreender a formação social do capitalismo

ocidental e intervir na sua realidade, enfim tornando-se um sujeito histórico.

180

Em 1997, os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino

Médio (PCNEM), especificamente o de História, apesar de serem impostos ao

sistema escolar nacional e paranaense, por uma política educativa baseada no

ideário neoliberal, tiveram o mérito de incorporar na sua proposta curricular a

abordagem referente à Nova História. E, mais especificamente à Nova História

Cultural, valorizando, assim, problemáticas referentes ao cotidiano, à memória,

à cultura voltada para as práticas culturais e identidades coletivas e individuais.

Contudo, ao tentar articular estes elementos históricos com as competências e

habilidades da Área de Ciências Humanas, os PCNEM entram em contradição,

pois apontam para que a disciplina seja somente um instrumento de uma

interdisciplinaridade sem uma história nem referenciais teóricos definidos,

causando o esvaziamento de seus conceitos e conteúdos. Além disso, os

conceitos históricos estão desarticulados entre si fazendo com que o ensino de

História, nestes moldes, perca, em boa medida, o seu caráter de produção do

conhecimento histórico realizada por sujeitos sociais (alunos [as] e professores

[as]).

A partir de 2003 e 2004, propõe-se como uma crítica e uma

busca da superação em relação à proposta advinda dos PCNEM, pois ele

entende que o conhecimento histórico é selecionado e construído na relação

entre as experiências sociais dos sujeitos (acontecimentos, comportamentos,

apropriações) e as estruturas sócio-históricas, a partir da utilização rigorosa de

conceitos historiográficos no processo de investigação que permitam

compreender os espaços de atuação social destes agentes históricos.

Entenda-se que este rigor deve estimular a criação de novas significações ou

sentidos no universo da disciplina de História através da produção de

narrativas históricas.

Através da formação continuada oferecida pela SEED, e por

meio das Diretrizes Curriculares da Rede Pública da Educação Básica para o

Ensino de História que propõe essa nova visão do contexto histórico buscando

uma reflexão das dimensões políticas, econômicas, culturais e sociais, bem

como relações de trabalho, de poder e relações culturais.

Essa reflexão nos levou a elaborar essa proposta incluindo a Lei

10.639/03, que torna obrigatório o ensino da Cultura Afro e também a Lei

13.381/01, onde torna obrigatório os conteúdos de História do Paraná.

181

3.OBJETIVO GERAL

O objetivo de ensino de História no Ensino Fundamental é facilitar aos

alunos a compreender e a apreender as formas de produção desses

conhecimentos através da abordagem dos conteúdos estruturantes dessa

disciplina. Partindo do princípio de que a História é um conhecimento

construído socialmente, que tem como objeto de estudo os processos

históricos construídos pelas ações e pelas suas relações humanas no trabalho,

na sua Dimensão Política, Dimensão Econômico-social e Dimensão Cultural.

Com ênfase em contextos mais amplos tendo como base a construção das

noções de tempo e temporalidades.

4.CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Dimensão Política ( a dimensão política está relacionada a questão do

poder) Poder este entendido de forma mais ampla que apenas a relação

entre o Estado e os sujeitos, mais também o estudo dos micro-poderes

presentes no cotidiano, além, dos personagens estudados pela história

tradicional, deve-se dar ênfase ao sujeito comum da história a partir do

estudo de espaços e relações sociais pautadas pelas relações de poder.

• Dimensão Econômico Social ( trata as relações sociais para além dos

denominados modos de produção e dos modelos fechados, onde os

papéis, a priori, já foram determinados em função do capital. Visa por

exemplo, uma abordagem da história vista de baixo, dando voz aos

excluídos, indo além das fontes oficias. Deve-se compreender que as

experiências dos diferentes sujeitos se constroem a partir das relações

inter-classes)

• Dimensão Cultural ( permite conhecer os conjuntos de significados que

os homens conferem a sua realidade para explicar o mundo, valoriza a

diversidade das sociedades humanas, desmistifica a dicotomia cultura

popular X erudita, trabalha com o conceito de circularidade cultural,

entende que as representações são construídas, geram práticas que

estas, por sua vez, podem gerar novas representações)

• Relações de Trabalho (Este conteúdo permite aprofundar a

compreensão das relações no mundo contemporâneo, como estas se

182

configuram e como o mundo do trabalho se constitui em diferentes

períodos históricos, considerando os conflitos de classe e intra-classes).

• Relações de Poder (Este conteúdo estruturante permite ao aluno

aprofundar a compreensão sobre como as relações de poder

encontram-se em todos os espaços sociais, e também permite

identificar, localizar as arenas decisórias e os mecanismos que a

constituíram).

• Relações culturais (Este conteúdo estruturante permite ao aluno

reconhecer a si e aos outros como construtores de uma cultura comum,

compreendendo a especificidade de cada sociedade e as relações entre

elas. E, ainda, entender como se constituíram as experiências culturais

dos sujeitos ao longo do tempo, detectando as permanências e

mudanças nas diversas tradições e costumes sócias)

5. METODOLOGIA

Será privilegiada a História do Brasil, estabelecendo relações com a

História Regional e, com outros contextos e espaços (África, América, Ásia e

Europa),rompendo com a visão quadripartide da História e articulando os

conteúdos estruturantes: Dimensão Econômico-social, Dimensão Política e

Dimensão Cultural, criando situações de ensino para os alunos estabelecerem

relações entre o passado e o presente, o particular e o geral, as ações

individuais e coletivas, os interesses específicos e de grupo e as articulações

sociais, seguindo as seguintes ações metodológicas:

Através de pesquisas, propor novos questionamentos, obter novas

informações, promover trabalhos interdisciplinares;

Desenvolver atividades com diferentes fontes de informações ( livros,

jornais, revistas, filmes, fotografias, objetos);

Ensinar procedimentos de pesquisa, consulta de fontes bibliográficas

de documentos;

Apresentação de trabalhos através de seminários;

183

Solicitar resumos orais e escritos ou em forma de produção de textos,

imagens, gráficos, murais, maquetes, exposições, a fim de estimular a

criatividade do aluno;

Contar com a ajuda da biblioteca da escola e outras fontes disponíveis

no ambiente escolar;

Debater questões do cotidiano e suas relações com o contexto mais

amplo.

6.AVALIAÇÃO

A avaliação da aprendizagem está associada ao Projeto Político

Pedagógico de cada escola. No entanto, entende-se como coerente, dentro

desta concepção de Diretriz Curricular, que a avaliação seja colocada a serviço

da aprendizagem, isto é, que venha a subsidiá-la e não constituí-la como um

elemento externo. Em outras palavras, refutam-se aqui avaliações de caráter

classificatório, autoritário e desvinculado dos conteúdos e concepções

pedagógicas, em que a mesma venha retratar e consolidar um modelo

excludente de escola e de sociedade, que se quer superar.

Para que a avaliação tenha realmente um caráter diagnóstico,

seguiremos os seguintes critérios:

- Verificar se os alunos reconhecem as relações entre a sociedade, a cultura

e a natureza, no presente e no passado;

- Constatar e reconhecer as diferenças e semelhanças entre as relações de

trabalho construídas no presente e no passado;

- Reconhecer a diversidade de documentos históricos.

Segundo os critérios mencionados, a avaliação não só envolverá provas

escritas e orais, mas também, pesquisas, atividades individuais ou em grupo,

relatórios, sínteses, seminários, num processo contínuo e permanente,

somativo, cumulativo e diagnóstico, para que possa retratar com finalidade o

desenvolvimento da aprendizagem do aluno.

7.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

184

ABREU, Marta; SOIHET, Rachel (orgs.). Ensino de história: conceitos,

temáticas e metodologias. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2003.

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América Latina. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura; São Paulo: EDUSP,

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História e culturais.

DCE – Diretrizes Currriculares da Rede Pública da Educação Básica do

Estado do Paraná. Curitiba, 2006

187

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

I – IDENTIFICAÇÃO

DISCIPLINA: Língua Portuguesa

MODALIDADE: Ensino Médio

PROFESSORES:

Marilza da Silva Molina

Lucia de Jesus Coutinho

Viviane Aparecida Nunes

Nair da Silva Silveira

II – APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A Língua Portuguesa, enquanto disciplina escolar passou a integrar os

currículos brasileiros somente nas últimas décadas do século XIX, depois de há

muito organizado o sistema de ensino. Contudo, a preocupação com a

formação do professor desta disciplina teve início apenas nos anos 30 do

século XX.

Depois de institucionalizada como disciplina as primeiras práticas de

ensino moldavam-se ao ensino do Latim, para os poucos que tinham acesso a

uma escolarização mais prolongada. Tratava-se de um ensino eloqüente,

retórico, imitativo, elitista e ornamental.

Em meados do século XVIII, o Marquês de Pombal torna obrigatório o

ensino da Língua Portuguesa em Portugal e no Brasil. Em 1837, o estudo da

Língua Portuguesa foi incluído no currículo sob as formas das disciplinas

Gramática, Retórica e Poética, abrangendo esta última, a Literatura. Somente

no século XIX, o conteúdo gramatical ganhou a denominação de Português e,

188

em 1871, foi criado, no Brasil, por decreto imperial o cargo de professor de

Português.

O ensino de Língua Portuguesa manteve a sua característica elitista até

meados do século XX, quando iniciou-se, no Brasil, a partir de 1967, “um

processo de ´democratização’ do ensino, com a ampliação de vagas,

eliminação dos chamados de admissão, entre outros fatores [...].”

A Lei 5692/71 amplia e aprofunda esta vinculação dispondo que o

ensino devia estar voltado a qualificação para o trabalho. Desse vínculo

decorreu, para o ensino, a instituição de uma pedagogia tecnicista que, na

Língua Portuguesa, estava pautada nas teorias da comunicação, com um viés

mais pragmático e utilitário do que com o aprimoramento das capacidades

lingüísticas do falante, passou então a denominar-se Comunicação e

Expressão, nas quatro primeiras séries e Comunicação em Língua Portuguesa,

nas quatro últimas séries.

Durante a década de 1970 e até os primeiros anos da década de 1980, o

ensino de Língua Portuguesa pautava-se então, em exercícios estruturais,

técnicas de redação e treinamento de habilidades de leitura.

No que tange ao ensino da Literatura restringiu-se ao então segundo

grau, com abordagens estruturalistas ou historiográficas do texto literário.

O ensino de Língua Portuguesa e Literatura requerem novos

posicionamentos em relação às práticas de ensino, seja pela discussão crítica

dessas práticas, seja pelo envolvimento direto dos professores na construção

de alternativas.

III – OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

• Empregar a língua oral em diferentes situações de uso,

sabendo adequá-la a cada contexto e interlocutor, descobrindo

as intenções que estão implícitas nos discursos do cotidiano e

posicionando-se diante dos mesmos;

• Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas

realizadas por meio de práticas sociais, considerando-se os

interlocutores, os seus objetivos, o assunto tratado, os

gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura;

189

• Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos,

atualizando o gênero e tipo de texto, assim como os

elementos gramaticais empregados na sua organização;

• Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade

de pensamento crítico e a sensibilidade estética dos alunos,

propiciando através da Literatura, a constituição de um espaço

dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho com as

práticas da oralidade, da leitura e da escrita;

• Propiciar o contato com a cultura afro-brasileira e africana,

ressaltando a contribuição dada à nação brasileira e a

valorização da diversidade étnico-racial.

IV – Conteúdo Estruturante: Discurso

Os conteúdos serão aplicados nas práticas da oralidade, leitura e

escrita. A fala, a leitura e a escrita deverão ser trabalhadas juntas, já que uma

atividade possibilita a outra e vice-versa, permeadas pela análise lingüística.

• Debates, discussões, transmissão, contação de histórias,

declamação de poemas, representação teatral, propaganda

(linguagem publicitária), intertextualidade ( = autores e obras), Lei

10639/2003 ( contribuição dada à nação brasileira e à valorização

étnico-racial).

• Autonomia dos textos dos alunos diante de sua produção

literária.

LÍNGUA PORTUGUESA – ANÁLISE LINGÜÍSTICA

Conteúdos decorrentes da produção oral em função da reflexão e

do uso: a prática da análise lingüística na oralidade

• Materialidade fônica dos textos poéticos

• Reconhecimento das diferentes possibilidades de uso da

língua

• Recursos lingüísticos próprios da oralidade

• As variedades lingüísticas e a adequação da linguagem ao

contexto de uso: diferentes registros, grau de formalidade em

relação à fala e à escrita

190

• Aspectos formais e estruturais do texto.

Conteúdos decorrentes da leitura em função da reflexão e do uso: a

prática da análise lingüística na leitura

• Organização do plano textual: conteúdo veiculado, possíveis

interlocutores, assunto forte, papéis sociais representados,

intencionalidade e valor estético.

• Diferentes vozes presentes no texto.

• Reconhecimento e importância dos elementos coesivos e

marcadores de discurso para a progressão textual,

encadeamento das idéias e para a coerência do texto,

incluindo o estudo, a análise e a importância contextual de

conteúdos gramaticais na organização do texto:

o A importância e função das conjunções no conjunto do

texto e seus efeitos de sentido.

o Expressividade dos nomes e função referencial no texto

(substantivos, adjetivos, advérbios) e efeitos de sentido.

o O uso do artigo como recurso referencial e expressivo

em função da intencionalidade do conteúdo textual.

o Papel sintático e estilístico dos pronomes na

organização, retomada e seqüenciação do texto.

• Valor sintático e estilístico dos tempos verbais em função dos

propósitos do texto, estilo composicional e natureza do gênero

discursivo.

• Relações semânticas que as preposições e os numerais

estabelecem no texto.

• A pontuação como recurso sintático e estilístico em função dos

efeitos de sentido, entonação e ritmo, intenção, significação e

objetivos do texto.

Conteúdos decorrentes da produção escrita em função da reflexão

e do uso: a prática da análise lingüística na escrita

Conteúdo relacionado à norma padrão em função do aprimoramento das

práticas discursivas, tendo em vista o uso e o princípio da regularidade:

191

concordância verbal e nominal, regência verbal e nominal, acentuação, crase,

ortografia, pontuação, tempos verbais.

• Elementos de coesão e coerência na constituição textual,

incluindo os conteúdos relacionados aos aspectos semânticos

e léxicos: sinônimos, antônimos, polissemia, nominalizações,

hiperonímia.

• Elementos composicionais formais e estruturais dos diferentes

gêneros discursivos.

• Leitura e produção de tipologias textuais: texto literário, de

imprensa, de divulgação de ordem do relatar, lúdicos, gráfico

visual, instrucional, descritivo, publicitário, correspondência,

midiático, entre outros.

• Análise lingüística será empregada de acordo com os textos

estudados e ou produzidos pelos alunos considerando não

somente a gramática normativa, mas também a descritiva e a

internalizada no processo de Língua Portuguesa.

• A Lei n.º 1039/2003, que trata das Relações Étnico-Raciais e a

História da Cultura Afro-Brasileira e Africanas na escola, será

trabalhada através de ações que propiciem o contato com a

cultura africana e afro-descendente, culminando em

exposições de obras literárias de escritores negros que se

destacam como Cruz e Souza, Lima Barreto, Machado de

Assis, Solano Trindade e os escritores atuais, procurando

destacar a contribuição do povo negro à cultura nacional.

V – METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O ensino da Língua Portuguesa segue os princípios de interação,

baseando-se ns Diretrizes Curriculares apresentando maneiras possíveis de se

trabalhar atendendo assim a uma perspectiva sociointeracionista, baseado nas

teorias de Bakhtin.

192

Dessa forma, busca-se trabalhar a clareza de objetivos dos seus

conteúdos estruturantes e encaminhamentos necessários para uma prática

contextualizada e significativa para o aluno, considerando que a sala de aula é

um laboratório onde muitas coisas podem acontecer.

A prática de ensino está baseada na oralidade, leitura e escrita e análise

lingüística sendo necessário trabalhar com temas a partir de leituras e estudos

de diferentes tipologias textuais, aproveitando o conhecimento intuitivo de

maneira a despertar o interesse, utilizando assim estratégias com o propósito

de atingir uma meta determinada visando à interdisciplinaridade e à

contextualização.

O trabalho a ser realizado em literatura deve ter como alicerce o fato de

provocar o aluno a estabelecer relações entre os textos selecionados e o

contexto. Isto nos leva a acreditar na capacidade cognitiva de nossos alunos.

A partir do estudo do texto, abordagem do contexto histórico

apresentação das demais obras do autor e estudo das características do estilo

da época encontrada no texto.

VI – CRITERIO DE AVALIAÇÃO

O processo de avaliação será contextualizado dentro da realidade sócio-

econômica e cultural que cerca, para que esta seja alicerçada n vida do

cidadão e suas necessidades que englobam a expressão oral, escrita, leitura e

interpretação textual, como as produções orais e escritas, análise lingüística

abrangendo a oralidade, a leitura e a escrita dentro de situações reais e/ou

criadas em sala de aula.

Sendo assim, buscaremos em todas as oportunidades, instrumentos de

avaliação que produzam a interação entre professor e aluno em relações de

crescimento e aquisição de conhecimentos que levem nossos educandos a

transformar o meio em que vivem . Dessa forma a avaliação será cumulativa,

periódica e diagnóstica.

VII – BIBLIOGRAFIA

DCEs Língua Portuguesa/Literatura – EF e EM

193

Cadernos Temáticos História da Cultura Afro- Brasileira e Africana – Lei

n. 10639/03

Livro didático Carlos Alberto Faraco

Livro Didático Público e outros

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – 2007

I- IDENTIFICAÇÃO

DISCIPLINA: MATEMÁTICA

MODALIDADE: ENSINO MÉDIO

PROFESSORES:

Rosana Maria ferro

Acir Carvalho de Castro

Elisangela Cristina Perugini

Laura Leiko Ide

1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISICIPLINA

A matemática surgiu da necessidade do homem interferir na sua realidade,

seja ela social, econômica, afetiva, cultural etc. Isso garantiu uma utilidade

prática por muitos anos, seguida por uma fase de grande sistematização que

teve seu auge na Grécia com “Os elementos” de Euclides.

Na seqüência a matemática passou por um período de grande progresso

científico. Dentro os destaques citamos: Descartes, Leibniz e Newton. Por volta

de 1850, surgiram as primeiras geometrias não euclidianas, o que serviu de

base para futuras teorias científicas (teoria da relatividade), apesar de um

excessivo formalismo, levando a matemática a ser vista como uma verdade

absoluta.

194

No início do século XX surgiu movimentos como o construtivista e a

tendência sócio-cultural que não foram bem recebidas. Na década de 50

predominou a chamada “matemática moderna”, que se caracterizou pela forma

expositiva, centrada no professor e com alunos reproduzindo fielmente o que

foi exposto.

Com o fracasso da matemática moderna toma corpo a tendência de

disponibilizar aos alunos de classes menos favorecidas a escola tradicional, a

chamada tendência sócioetnocultural.

Nos dias atuais a matemática é vista como uma ciência essencial para o

desenvolvimento da humanidade. Porém, nota-se que a maioria dos conteúdos

são desinteressantes para o aluno e sem uma aplicação imediata. O ensino

centrado em conteúdos fragmentados e sem significado, leva os alunos a não

estruturarem seus pensamentos.

É claro que a abstração não está presente apenas em

matemática e sim nas várias áreas da ciência fazendo parte do processo.

Assim precisamos na medida do possível utilizar no ensino da matemática a

sua aplicabilidade. Essa aplicação depende principalmente do contexto que se

está inserido.

Como educadores devemos contribuir com a formação crítica

de nossos alunos, intervindo entre os conhecimentos matemáticos abstratos e

os conhecimentos matemáticos aplicáveis.

É importante a demonstração matemática, através de teoremas

e métodos que levam os nossos alunos a compreensão da sua aplicabilidade,

porém não devemos exigir o rigor dessas abstrações.

Nossa sociedade exige uma informação globalizada, então a

matemática não deve ser vista como um instrumento de forma isolada nas

outras áreas da ciência, mas sim, “ser inserida num contexto mais amplo:

auxílio importante na formação de capacidades” (Adilson Longem - autor

Coleção Nova Didática Matemática - Ensino Médio).

É através da história das civilizações que os primitivos

conhecimentos matemáticos vieram compor a Matemática de hoje. As idéias

eram provenientes de observações dentro das condições humanas de

reconhecer configurações físicas e geométricas, compararem formas,

tamanhos e quantidades.

195

Enfim, devido à necessidade de se romper com as atuais

práticas pedagógicas e propor novas teorias e metodologias que levem o aluno

a compreender conceitos, estabelecer relações e resolver problemas.

2. OBJETIVOS GERAIS

- COMPREENDER CONCEITOS, PROCEDIMENTOS E

ESTRATÉGIAS MATEMÁTICAS QUE PERMITAM AO ALUNO PROSSEGUIR

NA SUA FORMAÇÃO;

- APLICAR CONHECIMENTOS MATEMÁTICOS NA RESOLUÇÃO

DE DIVERSAS SITUAÇÕES, BUSCANDO ASSIM DESENVOLVER A

CONSCIÊNCIA CRÍTICA A FORMAÇÃO DE UM ALUNO CRÍTICO E

SOLIDÁRIO;

- DESENVOLVER A CAPACIDADE DE RACIOCÍNIO E A

CONSCIÊNCIA CRÍTICA DE FORMA QUE PERMITA A INTERPRETAÇÃO DO

MUNDO E SUAS RELAÇÕES SOCIAIS;

- ESTABELECER CONEXÕES ENTRE OS CONTEÚDOS

MATEMÁTICOS E DELES PARA COM OUTRAS ÁREAS DO CONHECIMENTO

- UTILIZAR TECNOLOGIAS EXISTENTES PARA QUE O ALUNO

TENHA APROPRIAÇÕES TANTO DAS GENERALIZAÇÕES, DAS LINGUAGENS

ASSIM COMO DA INTERPRETAÇÃO QUE ELA EXERCE NESSA ÁREA.

O ENSINO DA MATEMÁTICA OBJETIVA-SE PELA

TRANSFORMAÇÃO LEGÍTIMA DA SOCIEDADE, PARA O AVANÇO DO

CONHECIMENTO DOS HOMENS.

3 – CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Números e Álgebra

A matemática não possui apenas aplicação

prática, mas também desenvolve a abstração. Essa

abstração, ao longo da história, recebe o nome de

196

álgebra e sofre influências egípcia, babilônica, pré-

diofantica, chinesa, hindu, árabe, entre outras. Cada

cultura expressa a álgebra de sua maneira, porém todas

a utilizam para resolver problemas de alta complexidade.

O conhecimento algébrico não pode ser concebido como conceito

de variável ou conceito de incógnita, isso ocorre quando no seu

desenvolvimento e dado grande atenção na manipulação de regras e macetes,

deixando de lado sua significação.

Paralelo a álgebra os conteúdos estruturantes apresentam os

números. Presentes desde tempos remotos, ela surge da necessidade do

homem contar a natureza. Lentamente surgem símbolos para representar a

contagem e que foram evoluindo até chegar a um sistema de numeração.

Funções

É um instrumento que pode ser utilizado em várias áreas do

conhecimento humano, modelando situações que passam a ser resolvidas pela

matemática. O conceito de funções leva o aluno a constatar regularidades e

generalizações, desenvolvendo a capacidade de leitura e interpretação de

linguagem.

GGEOMETRIASEOMETRIAS

A observação de formas geométricas na natureza, influencio o

desenvolvimento do homem. Os povos mais antigos utilizavam a geometria na

medição de terrenos, construções de canais para irrigação e construções como

as pirâmides no Egito.

O conhecimento geométrico recebe grande desenvolvimento

quando Euclides sistematizou todo o conhecimento acumulado pela

humanidade através de axiomas e teoremas. Essa sistematização influencia a

geometria até o século XVII, quando surge a geometria analítica que passa a

resolver problemas complexos na área da astronomia e da mecânica.

No final do século XVIII uma nova maneira de conceber o

conhecimento geométrico e apresentado por Lobachevsky, Riemann e outros.

Surgia assim a geometria não euclidiana que derruba conceitos, até então

imutáveis, da geometria de Euclides.

197

Nos dias atuais, a geometria deve ser trabalhada de forma a

contemplar a aritmética e a álgebra. Ela deve permitir que o aluno desenvolva a

percepção visual, o raciocínio e a linguagem geométrica.

Tratamento da Informação

Ao longo do desenvolvimento humano, o homem busca resolver

problemas através de leituras críticas de fatos e da interpretação de

informações coletadas através de gráficos, tabelas, indicadores e na ocorrência

de eventos.

Com a estatística é possível, quantificar, qualificar, selecionar,

analisar e contextualizar informações, incorporando-as ao dia a dia. A

probabilidade apresenta a possibilidade ao aluno de ter várias visões de um

mesmo problema, sem a exatidão tradicional. A matemática financeira surge

como conteúdo com a idéia de auxiliar nas decisões pessoais e da sociedade

em geral.

Hoje, o momento vivido, caracteriza-se pela grande quantidade de

informação, pela rapidez e facilidade com que ela é absorvida pelos alunos.

Portanto o espírito crítico e a capacidade de analise é fundamental para

tomada de decisões.

Propõe-se o uso de conceitos e métodos para coletar,

organizar, interpretar e analisar dados, que permitem ler e compreender uma

realidade.

4 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E SEUS DESDOBRAMENTOS

NNÚMEROSÚMEROS EE Á ÁLGEBRALGEBRA

Conjuntos dos números reais

Noções de Números Complexos

Matrizes

Determinantes

Sistemas Lineares

Polinômios

GGEOMETRIAEOMETRIA

198

Geometria Plana

Geometria Espacial

Geometria Analítica

Noções Básicas de Geometria Não-euclidiana

FFUNÇÕESUNÇÕES

Função Afim

Função Quadrática

Função Exponencial

Função Logarítmica

Função Trigonométrica

Função Modular

Progressão Aritmética

Progressão Geométrica

Tratamento de Informação

Análise Combinatória

Estatística

Probabilidade

Matemática Financeira

Binômio de Newton

5 METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Ainda hoje, mesmo com a globalização e interdisciplinaridade

as aulas de matemática muitas vezes não envolvem o pensamento matemático

participativo do aluno.

Desejando que o aluno construa o conhecimento, é importante

propor situações, questões que levem o aluno a reflexão, questionamento

permitindo a compreensão, estabelecendo uma relação entre o conhecimento

do aluno e aquele a ser construído.

199

As aulas de matemática devem desenvolver através de uma

dinâmica reflexiva, estimulando o aluno a questionamento e o professor a

busca de melhoria do desenvolvimento dos procedimentos matemáticos

desse aluno.

O docente deve partir dos inter-relacionamentos e articulações

entre os conceitos de cada conteúdo específico, garantindo, através das

tendências da modelagem, etnomatemática, resolução de problemas, uso das

tecnologias e história da Matemática o crescimento de possibilidades da

aprendizagem sem fragmentações, levanto a autoconfiança, bem como dar

importância a inclusão, seja de caráter cultural, étnico, social, cognitivo, entre

outros.

Essas tendências fundamentaram a prática docente, onde uma

completará a outra, pois todas têm um único fim, aprendizagem.

As atividades no desenvolvimento desse processo de aprendizagem levam o

professor a ser um condutor, motivador e nos trabalhos individuais ou de grupos,

levando o aluno a compreensão dos vários temas interessantes hoje buscando suas

aplicações na melhoria da vida, na sua valorização e uma compreensão duradoura do

saber matemático.

A prática docente, de acordo com cada conteúdo poderá utilizar de diversas

abordagens, como:

- Resolução de Problemas: Não consiste na resolução automática de

exercícios, mas, questões desafiadoras que levem o aluno a buscar várias

alternativas que almejam soluções;

- Etnomatematica : As manifestações matemáticas são percebidas através

de diferentes teorias e práticas que emergem dos ambientes culturais;

- Modelagem Matemática: Busca a problematização de situações do

cotidiano, transformando problemas reais em problemas matemáticos;

- Mídias Tecnológicas: Os recursos tecnológicos, sejam eles os softwares,

a televisão, as calculadoras, a internet, entre outros, favorecem as

experimentações matemáticas, potencializando formas de resolução de

problemas;

200

- História da Matemática : Não se trata de apenas retratar curiosidades ou

um conjunto de biografias de matemáticos famosos, mas sim, vincular a

matemática aos fatos sociais e políticos e as circunstâncias históricas para

melhor compreender seus conceitos.

6– CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A educação matemática tem como meta a incorporação do

conhecimento objetivando que o aluno seja capaz de superar as dificuldades,

permitindo a interpretação e a compreensão do mundo, pois o homem faz uso

da matemática independente do conhecimento escolar, nas mais diversas

atividades humanas.

Dessa forma a avaliação deve ser planejada como parte do

processo ensino aprendizagem, permitindo utilizar-se de entrevistas,

observações, discussões, trabalhos em grupos, maquetes, construções de

material facilitador da aprendizagem matemática, resolução com cálculos de

atividades aplicativas, integração da abstração quando possível com o

cotidiano e caso contrário, saber que por muitas vezes a abstração é presente

nas várias áreas científicas.

A avaliação fará parte integrante do processo do ensino

aprendizagem permitindo continuidade ou uma nova abordagem, com

alternativas na forma de encaminhar a aprendizagem como um todo.

Então a avaliação contemplará os diferentes momentos do

ensino da matemática com oportunidade de análise pedagógica da

metodologia utilizada e através de erros constatados, possibilitar o aluno novas

formas de estudo, ou seja, avaliação será instrumento de medida na aquisição

de conhecimento, tornando o aluno responsável e interessado pelo que deve

aprender.

Antes de mais nada, a avaliação deverá ser uma orientação

para o professor, como ponto de partida, para a continuidade de sua prática,

docente levando o aluno a organizar suas idéias, relacionar conceitos e

tomar decisões, ou seja, contínua diversificada considerando não somente

uma formação matemática dirigida para o desenvolvimento social intelectual

201

do aluno, como também seu esforço individual, sua cooperação com os

colegas, a construção de sua personalidade.

Assim quanto mais o professor diversificar a avaliação e

conseguir interpretá-la como um meio para analisar se juntamente com os

alunos está conseguindo alcançar os objetivos propostos, mais ele se

aproximará de um novo tipo de avaliação que leva em conta os sonhos e

projetos dos alunos, até mesmo a auto-avaliação.

A recuperação paralela acontecerá quando se fizer necessária,

baseada na revisão dos conteúdos que o aluno não se apropriou e será através

de teste escrito e/ou oral, trabalhos ou pesquisas.

7 -REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARRETO, Benigno; Silva, Claudino – Matemática. São Paulo: Ed. FTD

DANTE, Luis Roberto – Matemática: Contexto e Aplicações – Volume

Único –São Paulo: Ática, 2000

GUELI, Oscar - Matemática série Brasil - 1ª edição - São Paulo: Ed.

Ática, 2003

LONGEN, Adilson, Matemática- Coleção Nova Didática - Ensino

Médio - 1ª edição Curitiba: Ed.Positivo, 2004

MARCONDES, C; Gentil N; Greco S - Matemática - São Paulo:

Ed.Ática, 2000

MARCONDES, Carlos Alberto dos Santos; Gentil, Nelson;

Greco, Sérgio Emílio - Matemática - Novo Ensino Médio - Volume Único -

São Paulo: Àtica, 2003.

PAIVA, Manoel – Matemática - 2ª edição - São Paulo: Ed.Moderna

SANTOS, C.H. Matemática: In Kuenzer. A.Z.(org) - Ensino Médio:

construindo uma proposta para os que vivem do trabalho - São

Paulo: Cortez, 2002

202

SEED - Diretrizes Curriculares da Rede Pública de

Educação Básica do Estado do Paraná - Matemática,

Curitiba, 2006

YOSSEF, Antonio Nicolau; Soares, Elizabeth; Fernandez, Vicente Paz –

Matemática de olho no mundo do trabalho - Ensino Médio - Volume

Único – São Paulo: Scipione, 2005

WALTER, Spinelli; Souza, M. Helena S. - Matemática Comercial e

Financeira Volume Único - São Paulo: Ática, 1998

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR- 2007

I- IDENTIFICAÇÃO

DISCIPLINA: QUÍMICA

MODALIDADE: ENSINO MEDIO

PROFESSORES:

José Timóteo de Gouvêa

Cristina Rosangela Paulati dos Santos

Cristina R. P Branco

1.JUSTIFICATIVA

No decorrer da história, o ser humano, a partir de suas necessidades

buscou desenvolver métodos para conhecer e dominar a ciência.

203

Conheceu a extração, produção e tratamento de metais através dos

alquimistas, que buscavam o elixir da vida eterna e a pedra filosofal, com isso

experimentaram e descobriram novas substâncias.

NO SÉCULO XVIII POR LAVOISIER, DEU INÍCIO À

FASE MODERNA DESSA CIÊNCIA. A QUÍMICA GANHOU NÃO SÓ UMA

LINGUAGEM UNIVERSAL, MAS TAMBÉM CONCEITOS FUNDAMENTAIS.

Os conhecimentos e as práticas dessa ciência estão presentes no nosso

cotidiano, através da procura de novos produtos nas novas áreas específicas

surgidas nos últimos anos: biotecnologia, química fina, pesquisas direcionadas

para oferta de alimentos e medicamentos.

Deve-se tirar a idéia de uma química voltada apenas para o mercado de

trabalho ou para a indústria. Cabe ao professor criar situações de

aprendizagem de modo que o aluno pense mais criticamente sobre o mundo,

reflita sobre as razões dos problemas, discuta aspectos sócio-científicos, ou

seja, questões ambientais, políticas, econômicas, éticas, sociais e culturais

relativas à ciência e tecnologia, fazendo com que o educando eleve a

capacidade de compreensão desses fatos, articulando com a vida em

sociedade e seja um cidadão consciente e participativo.

Os conteúdos estruturantes inter-relacionam-se, devem permear todas as

séries e contemplar a lei 10.639/03, referente à “história e cultura afro-brasileira e

africana”.

MATÉRIA E SUA NATUREZA

• Estuda os aspectos macroscópicos e microscópicos da matéria, a essência da

matéria e caracteriza-se pelo “trabalho” com modelos e representações.

Conteúdos Específicos:

• Estrutura da matéria

• Substância, misturas e métodos de separação

• Fenômenos físicos e químicos

• Estrutura atômica; distribuição eletrônica

• Tabela periódica

• Ligações químicas

204

• Funções químicas

• Radioatividade

BIOGEOQUÍMICA

• caracterizado pelas interações existentes entre a hidrosfera, litosfera e atmosfera.

Conteúdos Específicos:

• Soluções

• Termoquímica

• Cinética química

• Equilíbrio químico

QUÍMICA SINTÉTICA

• Caracteriza-se pela síntese de novos materiais: produtos farmacêuticos, indústria

alimentícia (conservantes, acidulantes, aromatizantes, edulcorantes), fertilizantes,

agrotóxicos

• Avanços tecnológicos, obtenção e produção de materiais artificiais que podem

substituir os naturais

Conteúdos Específicos:

• Química do carbono

• Funções oxigenadas

• Polímeros

• Funções nitrogenadas

• Isomeria

205

2.METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O PROCESSO PEDAGÓGICO DEVE PARTIR DO CONHECIMENTO

PRÉVIO DOS ESTUDANTES, NO QUAL SE INCLUEM AS IDÉIAS

PRECONCEBIDAS SOBRE O CONHECIMENTO DA QUÍMICA, OU AS

CONCEPÇÕES ESPONTÂNEAS, A PARTIR DAS QUAIS SERÁ ELABORADO

UM CONCEITO CIENTÍFICO.

ESSAS INTERAÇÕES PODEM SE DAR AUXILIADAS POR

RECURSOS COMO LEITURA DE TEXTOS DIVERSIFICADOS (JORNAIS,

REVISTAS, LIVROS DIDÁTICOS, LIVRO DIDÁTICO PÚBLICO, RÓTULO DE

PRODUTOS, BULAS, ETC) COMO ELEMENTO MOTIVADOR PARA A

APRENDIZAGEM DA QUÍMICA CONTRIBUINDO PARA A CRIAÇÃO DO

HÁBITO DA LEITURA.

UTILIZAÇÃO DE MATERIAL ÁUDIO-VISUAL, SITES

DISPONÍVEIS NA INTERNET, DEMONSTRAÇÕES EXPERIMENTAIS,

PROPICIANDO AOS ALUNOS UMA REFLEXÃO SOBRE A TEORIA E A

PRÁTICA, VISANDO A CONSTRUÇÃO E ELABORAÇÃO DOS CONCEITOS.

SERÃO DESENVOLVIDOS ALGUNS TEMAS QUE CONTEMPLEM

AS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA E

AFRICANA.

3. AVALIAÇÃO

A avaliação não possui uma finalidade em si mesma, mas deve subsidiar

e redirecionar as ações no processo ensino-aprendizagem, tendo em vista garantir a

qualidade do processo educacional.

Diversas atividades vivenciadas podem tornar-se atividades de avaliação.

Nesse entendimento, deve ser concebida de forma processual e formativa. Assim,

deve ser contínua, diagnóstica e diversificada nas suas formas de aplicação.

Em química, o principal critério da avaliação é a formação de conceitos

científicos.

206

Por isso, ao invés de avaliar apenas por meio de provas, o professor deve

usar instrumentos de avaliação que contemplem várias formas de expressão dos

alunos, como: leitura e interpretação de textos, produção de textos, leitura e

interpretação da tabela periódica, pesquisas bibliográficas, relatórios de aulas em

laboratório, apresentação de seminários, entre outros.

4.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BRASIL. DIRETRIZES CURRICULARES DE QUÍMICA PARA O

ENSINO MÉDIO. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO.

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO. CURITIBA. JULHO 2006.

INTRODUÇÃO ÀS DIRETRIZES CURRICULARES – PROFA.

DRA. YVELISE FREITAS DE SOUZA ARCO-VERDE

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR-2007

I-IDENTIFICAÇÃO

DISCIPLINA: FILOSOFIA

MODALIDADE: ENSINO MÉDIO

PROFESSORES:

Raquel de Sousa Galian

Manoel Simões Neto

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A filosofia é um modo de pensar, é uma postura diante do mundo. A filosofia

não é um conjunto de conhecimentos prontos, um sistema acabado, fechado em si

mesmo. É, antes de tudo, uma prática de vida que procura pensar os acontecimentos

207

além de sua pura aparência. Assim, ela pode se voltar para qualquer objeto. Neste

sentido, pode pensar a ciência, seus valores, métodos, seus mitos; pode pensar a ética e

a religião; a arte; a política; pode pensar o próprio homem em sua vida cotidiana. Até

mesmo uma história em quadrinhos ou uma canção popular podem ser objeto de

reflexão filosófica. Diz-se que a filosofia incomoda certos indivíduos e instituições

porque questiona o modo de ser das pessoas, das culturas, do mundo. Isto é, questiona a

prática política, cientifica, técnica, ética, econômica, cultural e artística.

Desse modo, compreender importância do ensino da filosofia no ensino médio é

entendê-la como um conhecimento cuja especificidade contribui para a formação do

aluno. Cabe a ela indagar a realidade, refletir sobre as questões que são fundamentais

para os homens, em cada época.

A filosofia torna possível ao homem compreender a significação do mundo, da

cultura, da história: o sentido das criações humanas nas artes, na ciência, e na política.

Possibilita uma compreensão do homem e do mundo que incita o indivíduo à não se

deixar levar pela submissão às idéias dominantes e aos poderes estabelecidos. Permite

engendrar o abandono da ingenuidade e dos preconceitos do senso comum.

Por isso, o ensino da filosofia não pode ser simplesmente ser considerado

apenas na dimensão da transmissão de determinada ordem de conhecimentos. Quando

se ensina filosofia, ensina-se a filosofar, a executar análise de conceitos e idéias (bem

como recriá-los), dos métodos e das teorias, das doutrinas morais e políticas, a refletir

sobre os princípios do conhecimento, as normas de ação e regras da criação; justamente

para alcançar em cada um desses domínios, o grau do discernimento fundamental e

fundamentado, como resultado crítico da reflexão.

A reflexão filosófica não é, pois, qualquer reflexão, mas rigorosa, sistemática e

deve sempre pensar o problema em relação à totalidade, para alcançar a radicalidade do

problema, isto é, ir à sua raiz. Esta é a preocupação ao se instituir a disciplina de

filosofia no ensino médio: a busca pela reflexão filosófica, para que ao elaborar seus

próprios conceitos, os alunos possam compreender e atuar em sua realidade.

A reflexão filosófica dirige-se ao pensar, buscando o entendimento sobre a

capacidade, a finalidade para conhecer e agir para não aceitar o que antes não tiver sido

investigado e compreendido.

208

Tendo a tarefa de reflexão e de crítica da estrutura social, a partir da tomada de

consciência de nossos problemas e das principais questões elaboradas pela história do

pensamento filosófico – mediante a linha condutora dos conteúdos estruturantes

propostos na diretriz curricular de filosofia do estado do paraná – é possível que

filosofia cumpra seu papel de reflexão teórico-crítica de problemas que são colocados

pelas próprias relações humanas com a natureza e com o momento histórico em que nos

encontramos.

Portanto, ao ser ensinada, com tempo e conteúdo adequado para fazê-lo, estará

cumprindo sua função básica de sistematização do pensamento, principalmente como

reflexão crítica do conhecimento, da moral, da política, das artes e outras áreas do saber

humano, cuja base são conceitos e categorias de pensamento e não apenas idéias

fragmentadas.

Assim, é necessário deixar claro que a filosofia enquanto disciplina curricular do

ensino médio, deve se desenvolver sobre as bases de um conteúdo cuja especificidade

não pode ser relegado a segundo plano, a saber, os conceitos e problemas

historicamente desenvolvidos no corpo da própria filosofia, bem como a

problematização, a investigação e a criação de conceitos.

Neste sentido, o ensino de filosofia “não se dá no vazio, no indeterminado, na

generalidade, na individualidade isolada, mas requer dos estudantes compromisso

consigo mesmos, com o outro e com o mundo.” (diretriz curricular, julho 2006,).

Mediante a prática do debate, do diálogo democrático, para além da reflexão

solitária, pode-se tentar esperar alguma saída para a “crise” ético-politica em que

estamos mergulhados. Questionar seus fundamentos, sua legitimidade é tarefa da

reflexão filosófica, através de um debate respeitoso apoiado nos princípios éticos

universais do respeito e da solidariedade. De que forma? Através de uma especificidade

que se concretiza “na relação do estudante com os problemas suscitados, na busca de

soluções nos textos filosóficos por meio da investigação, enfim, no trabalho em direção

à criação de conceitos.” (diretriz, p. 18).

OBJETIVOS GERAIS:

209

• Contribuir para a compreensão dos elementos que interferem no

processo social através da busca do esclarecimento dos universos que

tecem a existência humana: trabalho, relações sociais e cultura

simbólica.

• Contribuir para a aquisição de conhecimento da própria atividade

pensante, que permite contribuir-lhe na forma de valor de julgamento

ético-moral.

• Formar o hábito da reflexão sobre a própria experiência possibilitando

a formação de juízos de valor autônomos que subsidiem a conduta do

sujeito dentro da escola e fora dela.

• Desenvolver o senso de liberdade e responsabilidade na sociedade em

que vive, considerando a escola como parte da vida do aluno.

• Desenvolver procedimentos próprios do pensamento crítico, apreensão

de conceitos, argumentação e problematização.

• Articular teorias filosóficas e o tratamento de temas e problemas

científicos, tecnológicos éticos e políticos, sócio-culturais com as

vivências pessoais.

ESPECÍFICOS:

• Oportunizar momentos que facilitem o pensar e o pensar sobre o

pensar;

• Trabalhar com textos que incluam termos e conceitos cotidianos que

facilitem a interação no contexto social;

• Debater questões contemporâneas que facilitem a compreensão da

realidade;

• Realizar atividades que levem o aluno a perceber a multiplicidade de

pontos de vista e articulações possíveis entre os mesmos;

• Estimular a atitude de respeito mútuo e cidadania participativa;

• Ler textos filosóficos de modo significativo;

210

• Ler, de modo filosófico, textos de diferentes estruturas e registros;

• Elaborar por escrito o que foi apropriado de modo reflexivo;

• Debater, tomando uma posição, defendendo-a argumentativamente e

mudando de posição face a argumentos mais consistentes.

• Articular conhecimentos filosóficos e diferentes conteúdos e modos

discursivos nas Ciências Naturais e Humanas, nas Artes e em outras

produções culturais.

• Contextualizar os conhecimentos filosóficos, tanto no plano de sua

origem específica quanto em outros planos: o pessoal-biográfico, o

entorno sócio-político, histórico e cultural; o horizonte da sociedade

científico-tecnológica.

• CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Mito e Filosofia

Mito e filosofia: o nascimento da filosofia

na Grécia

Mitos contemporâneos

Do senso comum ao pensamento

filosófico

A filosofia e o conhecimento de si

211

Teoria do Conhecimento

O fundamento do conhecimento

O valor do conhecimento

A extensão do conhecimento

O critério de verdade

Distorções do conhecimento

Ética

Autonomia e Heteronomia

Descentração do indivíduo e o

reconhecimento do outro

As várias dimensões da Liberdade (ética,

econômica, política)

Liberdade e determinismo

A bioética

Ideologia e Alienação moral

O individualismo contemporâneo e a

recusa do outro

Ètica ecidadania na sociedade

tecnológica

Filosofia Política

Poder e força

A ágora e a assembléia: igualdade nas

leis e no direito à palavra

Democracia direta: formas

contemporâneas possíveis de

participação da sociedade civil

Os totalitarismos de direita e esquerda

Fundamentalismos religiosos e a política

212

contemporânea

Filosofia da Ciência

Características do método científico

O mito da neutralidade científica

A tecnologia a serviço de objetivos

humanos e os riscos da tecnocracia

Estética

Criatividade

Os diversos tipos de valor e funções da

arte

A arte como forma de conhecer o mundo

Estética e desenvolvimento da

sensibilidade e da imaginação

Estética de si

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICOENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Tendo em vista os objetivos propostos para o Ensino Médio, a

saber, a contribuição para a formação do caráter, do raciocínio crítico e

criativo, cujo resultado é em ultima instância a cidadania participativa, as

práticas pretendidas na disciplina de Filosofia serão no sentido de levar o

aluno a questionar sua realidade, analisar, comparar, decidir, planejar e

expor idéias, bem como ouvir e respeitar as de outrem. Dessa forma, as

atividades nas aulas ocorrerão conforme o tema a ser tratado exigir: aulas

expositivas (com abertura ao debate), estudo e reflexão de textos de

caráter filosófico – ou que possam dar margem à reflexão de cunho

filosófico – redação e apresentação de trabalhos, bem como atividades de

213

pesquisa. Dessa forma, cremos estar caminhando em direção ao

desenvolvimento de valores importantes para a formação do estudante do

ensino médio: espírito crítico e criativo, solidariedade, responsabilidade e

compromisso pessoal.

AVALIAÇÃO:

A avaliação ocorrerá no sentido de contribuir tanto para o professor,

possibilitando avaliar a própria prática, como para o desenvolvimento do

aluno; permitindo-lhe perceber seu próprio crescimento e sua contribuição

para a coletividade, mediante a criação de conceitos. Será, portanto, de

caráter diagnóstico e somativo (em caráter de zero a dez), conforme o

desempenho individual e/ou coletivo. Serão adotados como instrumentos,

além da auto-avaliação:

• Textos produzidos pelos alunos;

• Participação em sala de aula;

• Atividades e exercícios realizados em classe ou extraclasse,

pesquisa em laboratório de informática;

• Testes escritos;

• Apresentação dos temas (oral ou escrita) em estudo;

• Registro das aulas, conforme a necessidade;

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia. 4ª ed. São Paulo: Martins

Fontes, 2000.

_________. História da Filosofia. Lisboa: Editorial Presença, 1970.

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires.

Filosofando: Introdução à filosofia. 2ª ed. São Paulo: Moderna, 1993.

214

BUZZI, Arcângelo. Filosofia para principiantes: a existência humana no

mundo. 6ª ed. Petrópolis: Vozes, 1997.

CHÂTELET, F. História da Filosofia, idéias e doutrinas – o século XX. Rio

de Janeiro: Zahar, s/d, 8 vol.

CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1995.

CORDI, Cassiano et all. Para Filosofar. São Paulo: Scipione,2000.

COTRIM, Gilberto. Fundamentos de Filosofia. São Paulo: Saraiva, 2005.

DEPARTAMENTO DE ENSINO MÉDIO. Diretriz Curricular de Filosofia.

Curitiba: julho, 2006.

FOLSCHEID, Dominique; WUNEMBURGER, Jean-Jacques. Metodologia

Filosófica. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

LALANDE, André. Vocabulário técnico e crítico de Filosofia. 3ª ed. São

Paulo: Martins Fontes, 1999.

NOVA CULTURAL. Coleção Os Pensadores. São Paulo, 1999.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR -2007

I-IDENTIFICAÇÃO

DISCIPLINA: LINGUA INGLESA - LEM

MODALIDADE: ENSINO MÉDIO

PROFESSORES:

Ieda Santos Borges

Lílian Fernandes de Oliveira

Miriam Sílvia de Ávila

Rosiani Andréia Matesco

215

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA

MODERNA.

O ensino das línguas estrangeiras modernas começa a ser

valorizado depois da chegada da família real portuguesa ao Brasil, em 1808.

Em 1837, o Colégio Pedro II, primeiro em nível secundário no Brasil,

apresentava em seu currículo sete anos de francês, cinco de inglês e três de

alemão. Em 1916, com a publicação de Cours de Lingüistic Génerele por

Ferdinand Saussure, inauguram-se os estudos da linguagem em caráter

científico, sendo a língua objeto de estudo para a Lingüística.

Em 1942, a Reforma Capanema atribui ao ensino secundário um

caráter patriótico e as línguas privilegiadas são o francês, o inglês e o

espanhol, que é introduzido no lugar do alemão.

Após a Segunda Guerra Mundial, a dependência econômica e

cultural do Brasil, em relação aos Estados Unidos, intensificou-se e, com isso,

a necessidade de aprender inglês tornou-se cada vez maior.

Como tentativa de rompimento com a hegemonia de um único idioma

ensinado nas escolas, criou-se, em 1982, o Centro de Línguas Estrangeiras, no

Colégio Estadual do Paraná que, posteriormente, expandiu-se em todo o

Estado.

Em 1996, a Lei das Diretrizes e Bases (LDB) da Educação Nacional,

nº 9394, determinou no Ensino Fundamental a oferta obrigatória de pelo menos

de uma Língua Estrangeira Moderna, escolhida pela comunidade escolar. Em

relação ao Ensino Médio, a Lei determina que seja incluída uma Língua

estrangeira moderna como disciplina obrigatória, e uma segunda, em caráter

optativo, dependendo das disponibilidades da instituição.

Uma das argumentações utilizadas para justificar a pluralidade da

oferta de Línguas Estrangeiras é que sua aprendizagem propicia um espaço de

reflexão sobre a língua como “discurso e prática social”, de forma a refletir os

sentidos oferecidos pelas múltiplas culturas inseridas em cada sociedade.

Por outro lado, se considerarmos que a expansão de uma Língua

Estrangeira é também a expansão de um conjunto de discursos ideológicos, é

fundamental observar se o ensino dessa segunda língua corrobora para a

perpetuação de idéias, de dominação ou emancipação. O ensino de língua

216

estrangeira deve garantir que os alunos não se tornem consumidores passíveis

de cultura e de conhecimento, e sim, criadores ativos. Assim sendo, a

aprendizagem de uma língua estrangeira adquire um caráter político como

forma de ação para transformar o mundo. Nessa perspectiva, a

responsabilidade do ensino da língua estrangeira amplia-se e exige uma

reflexão ampla do educador sobre o modo como se ensina e para que se está

ensinando. Somente assim haverá uma apropriação crítica e histórica do

conhecimento para uma maior compreensão da realidade sócio-cultural do

aluno, tornando-o um agente transformador e democrático do seu ambiente de

convívio.

2. OBJETIVOS GERAIS.

Ensinar e aprender línguas são, também, ensinar e aprender

percepções de mundo e maneiras de construir sentidos; é formar

subjetividades, independentemente do grau de proficiência atingido. O ensino

de língua estrangeira amplia as perspectivas de ver o mundo, de avaliar os

paradigmas já existentes e cria novas possibilidades de construir sentidos do e

no mundo.

A língua estrangeira será trabalhada de maneira a proporcionar a

inclusão social, o desenvolvimento da consciência do papel das línguas na

sociedade; o reconhecimento da diversidade cultural e o processo de

construção das identidades transformadoras.

O contato com os múltiplos gêneros textuais, manifestados em forma

de diferentes linguagens inseridas no mundo globalizado, busca ampliar a

compreensão de várias culturas; ativar procedimentos interpretativos, tornando

possível a construção de significados, aumentando as possibilidades de

entendimento de mundo do aluno como um instrumento de comunicação

universal para contribuir na transformação e crescimento do cidadão.

Assim, ao final do Ensino Médio, espera-se que o aluno seja capaz

de :

- Usar a língua estrangeira em situações de comunicação oral e

escrita;

217

- Vivenciar formas de participação que possibilitem estabelecer

relações entre ações individuais e coletivas;

- Compreender que os significados são sociais e historicamente

construídos e passiveis de transformação na prática social;

- Conscientizar sobre o papel das línguas na sociedade,

possibilitando o acesso à informação, ao conhecimento e o entendimento do

mundo;

- Compreender a diversidade lingüística cultural;

- Ativar procedimentos interpretativos proporcionando a construção

de significados e possibilidades para que o aluno entenda o mundo e contribua

para a transformação da sociedade.

3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E ESPECÍFICOS.

A língua, entendida como interação verbal e produtora de sentidos,

marcada por relações pragmáticas e contextuais de poder, terá como

conteúdo estruturante: o “discurso” como “prática social”, realizada por meio

das práticas discursivas que envolvem, a compreensão auditiva, a leitura de

mundo, a escrita nas múltiplas formas e a interação verbal como processo

comunicativo.

O trabalho com diferentes gêneros textuais deve levar o aluno a

perceber a gama de discursos existentes nos mais variados contextos, bem

como, as vozes que permeiam as relações sociais e as relações de poder. É

preciso que os níveis de organização lingüística sirvam para a compreensão

da linguagem, na produção escrita, oral, verbal e não verbal.

Entretanto, os conteúdos específicos para o Ensino Médio, por série,

serão desdobrados a partir de textos (verbais e não-verbais), considerando

seus elementos lingüístico-discursivos (fonético-fonológicos, léxico-semânticos

e sintáticos), manifestados nas práticas discursivas (leitura, escrita, oralidade e

compreensão auditiva). Portanto, os textos escolhidos para o trabalho

pedagógico definirão os conteúdos estruturantes, bem como as práticas

discursivas a serem trabalhadas.

Diante da dificuldade de estabelecer os conteúdos por série,

considerando a diversidade de textos em circulação na sociedade e a

especificidade do tratamento da língua estrangeira na prática pedagógica,

218

cumpre estabelecer alguns critérios norteadores para o ensino de Língua

Estrangeira, já que os conteúdos estruturantes estão pautados no “discurso”,

pois estes serão conseqüentes e inerentes aos textos trabalhados.

A Lei nº 10.639/03, que trata das Relações Étnico-Raciais e História

e Cultura Afro-Brasileira e Africana na escola, será trabalhado através de ações

que propiciem o contato com a cultura africana e afro-descendente, dentro da

Língua Inglesa, culminando em exposições de obras literárias de escritores

negros, documentários, filmes com temáticas sobre o racismo e preconceito,

costumes e hábitos, procurando destacar a contribuição da cultura dos povos

negros, falantes da língua inglesa.

A princípio, é preciso levar em conta o processo de continuidade, ou

seja, a “manutenção de uma progressão entre as séries, considerando as

especificidades da língua estrangeira ofertadas, as condições de trabalho

existentes na escola, o projeto político-pedagógico, a articulação com as

demais disciplinas do currículo e o perfil dos alunos” (DCE: 2006, p. 37).

Ao se trabalhar os textos, propõe-se uma análise lingüístico-

discursivos dos elementos não só de natureza lingüística, mas,

principalmente, os de fins educativos, visando a abordagem de assuntos

polêmicos, adequados à faixa etária, conforme os interesses dos alunos. Vale

ressaltar a importância de se trabalhar os diversos tipos de texto, com

diferentes graus de complexidade da estrutura lingüística.

Propõe-se a participação do aluno na escolha temática dos textos,

visto que um dos objetivos é possibilitar a participação do mesmo, permitindo,

assim, a construção de relações entre ações individuais e coletivas. A prática

de tal experiência permite que os alunos compreendam os interesses do

grupo e escolham conteúdos mais significativos promovendo a participação de

todos. alunos.

Vale atentar para a escolha de textos que não priorizem uma “visão

monolítica e estereotipada de cultura” (p. 38). Assim, os conteúdos poderão

dar ao aluno indicativos para perceber os avanços nos estudos, na medida em

que forem baseados no planejamento estabelecidos entre professores ao longo

do ano.

É importante destacar que os conteúdos gramaticais serão definidos a

partir das escolhas temáticas e textuais, enfatizando o conteúdo e não a forma.

O uso do texto é fundamental para o desenvolvimento da compreensão da

219

leitura, da escrita, da oralidade e da compreensão auditiva. Além disso, o texto

será enriquecido por músicas, filmes, debates, pesquisas, jogos, teatros,

danças entre outros.

Serão observados os diferentes níveis de aprendizagem e bagagem

de conteúdos diagnosticados no início do ano, bem como será dada especial

atenção ao Ensino Noturno, considerando suas peculiaridades.

4. METODOLOGIA.

O que sustenta este documento é uma abordagem que valoriza a

escola como um espaço social, responsável pela apropriação crítica e histórica

do conhecimento enquanto instrumento de compreensão da realidade social e

da atuação crítica e democrática para a transformação da realidade. A

escolarização tem o compromisso de prover aos alunos meios necessários

para que não apenas assimilem o saber enquanto resultado, mas apreendam o

processo de sua produção, bem como as tendências de sua transformação.

Assim, a proposta metodológica a ser trabalhada, possibilita a

análise e reflexão sobre os fenômenos Lingüísticos e culturais como

realizações discursivas, as quais se revelam na/pela história dos sujeitos que

fazem parte deste processo.

As reflexões discursivas e ideológicas dependem de uma interação

primeira com o texto. Isto não representa privilegiar a prática da leitura em

detrimento às demais no trabalho em sala de aula, visto que na interação com

o texto, há uma simultânea utilização de todas as práticas discursivas: leitura,

escrita, oralidade e compreensão auditiva. É nesta abordagem que leitura,

escrita, oralidade e compreensão auditiva se interagem. Texto e leitura são

indissociáveis. Referem-se às estratégias de compreensão, discussão,

organização e produção de textos,bem como ao contexto social, aos papéis

que leitores e escritores exercem em seus grupos sociais e seus propósitos.

A proposta do Ensino de L.E.M. considera a leitura como interação

entre os múltiplos textos e ocorre na relação entre o leitor, texto, autor e

outros leitores. A leitura ancorada numa perspectiva crítica promove a

construção e a percepção de mundo do sujeito leitor, tornando-o capaz de

criar significados e sentidos que contribuam para uma maior compreensão

diante do texto. Esse processo de construção de sentido, apoiado na bagagem

220

cultural e com acesso permanente a língua inglesa, são fundamentais para a

prática social do cidadão e interpretação dos discursos de sua comunidade.

Os conhecimentos lingüísticos serão trabalhados dependendo do

grau de conhecimento dos alunos e estarão voltados para a interação que

tenha por finalidade o uso efetivo da linguagem e não a memorização de

conceitos. Serão selecionados a partir dos erros resultantes das atividades e

da dificuldade dos alunos.

Ao trabalhar com as diferentes culturas, é importante que o aluno, ao

contrastar a sua cultura com a do outro, perceba-se como sujeito histórico-

crítico e socialmente constituído e, assim, elabore a consciência da própria

identidade. Em relação à escrita, não podemos esquecer que ela deve ser

vista como uma atividade sócio-interacional, ou seja, significativa.

Os Gêneros do discurso organizam nossa fala da mesma maneira

que dispõem as formas gramaticais. Aprendemos a moldar nossa fala às

formas do gênero. Se não existissem gêneros e se não os dominássemos,

tendo que criá-los pela primeira vez no processo da fala, a comunicação verbal

seria quase impossível (Bakhtin, 1998). Portanto, é fundamental que se

apresente ao aluno textos em diferentes gêneros textuais, mas sem categorizá-

los. O objetivo será o de proporcionar ao aluno a possibilidade de interagir com

a infinita variedade discursiva presente nas diversas práticas sociais.

Apresentar ao aluno textos pertencentes a vários gêneros: publicitários,

jornalísticos, literários, informativos, de opinião, etc., ressaltando as suas

diferenças estruturais e funcionais, a sua autoria, bem como o caráter do

público a que se destina e, sobretudo, aproveitar o conhecimento que ele já

tem das suas experiências com a língua materna, é imprescindível.

Os textos literários serão apresentados aos alunos de modo que

provoquem reflexão e façam com que os percebam como uma prática social de

um determinado contexto socio-cultural particular.

O ensino de língua estrangeira estará articulado com as demais

disciplinas do currículo, objetivando relacionar os vários conhecimentos. Isso

não significa obrigatoriamente, desenvolver projetos envolvendo inúmeras

disciplinas, mas fazer com que o aluno perceba que conteúdos com disciplinas

distintas podem, muitas vezes, estar relacionados entre si.

Essa proposta metodológica apóia-se no uso do livro didático

“Língua Estrangeira Moderna – Espanhol e Inglês”, Ensino Médio, da

221

Secretaria de Estado da Educação, elaborado pelos professores da Rede

Pública de Ensino em 2006. Além desse material, serão utilizados outros livros

paradidáticos tais como: Compact English Book, volume único e Inglês de

Olho no Mundo do Trabalho, volume único, bem como dicionários, textos

variados (de revistas e jornais, visuais e não visuais) vídeos, DVDs, fitas de

áudio, CD-ROM, Internet e outros materiais pedagógicos.

O professor engajado nessa proposta metodológica pode promover

uma reflexão, juntamente com o aluno, de forma a desvendar os valores

subjacentes, abordando criticamente uma leitura do mundo e, ao mesmo

tempo, levá-lo a contemplar a diversidade regional e cultural.

5. AVALIAÇÃO.

A avaliação está profundamente relacionada com o processo de

ensino e, portanto, deve ser entendida como mais um momento em que o

aluno aprende. É um elemento de reflexão continua do professor sobre sua

prática educativa e revela aos alunos suas dificuldades, progressos e

possibilidades.

A avaliação deve fornecer dados sobre o desenvolvimento das

capacidades do educando e o grau de desenvolvimento intelectual,

aplicabilidade dos objetivos de conhecimentos ensinados que orientarão os

ajustes e intervenções pedagógicas visando à aprendizagem da forma mais

adequada para o aluno.

A relevância e a adequação dos conteúdos está atrelada, ainda, às

características psicossociais dos alunos, capacidade para estabelecer

relações entre os conteúdos, às necessidades de seu dia-a-dia e com o

contexto cultural.

Além disso, é importante nesse processo o feedback das avaliações

aos alunos com os devidos comentários, para que eles possam entender o

processo de aprendizagem e, assim, buscar a superação das suas

dificuldades.

As informações obtidas através da avaliação devem revelar os

resultados da aprendizagem para que essa possa fluir em bases consistentes,

apoiando-se em conhecimentos teóricos que necessitam ser solidificados.

222

O papel da avaliação é diagnosticar o avanço do conhecimento,

caracterizando-se como um processo contínuo de comprometimento com o

saber cientifico, cultural e social.

Nesse sentido, é necessário que o professor tenha uma visão de

conjunto no processo de avaliação levando em conta que:

- Para que um processo de aprendizagem seja efetivo, ele deve

contemplar a avaliação diagnóstica, contínua, formativa e

reflexiva;

- O processo de ensino-aprendizagem do conteúdo deve

contemplar o acompanhamento metodológico e avaliativo;

- Na avaliação contínua, é necessário que o professor e os alunos

analisem quanto e como conseguiram aproximar-se dos objetivos

propostos;

- O registro e a observação do desempenho do aluno devem ser

feitos pelo professor de forma contínua e reflexiva;

- A avaliação pressupõe um clima de cooperação e confiança entre

professor e aluno, o que favorece a prática de auto-avaliação

entre ambos;

- As aprendizagens dos alunos devem ser consideradas como

parâmetros para realimentação dos encaminhamentos adotados.

Nessa proposta avaliativa, a língua é concebida como prática social e

discursiva. A avaliação formativa, na sua condição contínua e diagnóstica deve

ser privilegiada, a fim de promover a análise e reflexão no encaminhamento

das intervenções pedagógicas.

A avaliação de determinado dado de produção em língua estrangeira

considera o erro como efeito da própria prática, ou seja, o vê como resultado

do processo de aquisição de uma nova língua. Portanto, na avaliação o erro

precisa ser visto como um passo para que a aprendizagem se efetive e não

como um entrave no processo. É preciso lembrar que o processo de

aprendizagem não é linear, não acontece da mesma forma e, ao mesmo

tempo, para diferentes pessoas. Cabe ao professor, avaliar, priorizar o

processo de crescimento do aluno e não apenas mensurar o conhecimento por

ele alcançado.

223

A avaliação servirá, além de aferir a aprendizagem do aluno, fazer

com que o professor repense a sua metodologia e planeje as suas aulas de

acordo com as necessidades de seus alunos. E, através dela, é possível

perceber quais são os conhecimentos lingüísticos, discursivos, sócio-

pragmáticos ou culturais – e as práticas – leitura, escrita, oralidade e

compreensão auditiva – que ainda não foram suficientemente trabalhadas e

que precisam ser abordadas mais exaustivamente para garantir a efetiva

interação do aluno com os discursos em língua estrangeira.

Assim, para a avaliação serão utilizadas as provas objetivas e

discursivas: leitura de textos de diversos gêneros textuais, debates,

seminários, interpretações de textos, diálogos orais e escritos, elaboração de

narrações, dissertações, resumos, poesias, trabalhos individuais e em grupos,

músicas, teatros, filmes, jogos e outras atividades

Para que essa avaliação aconteça com êxito, faz-se necessário que

a mesma deixe de ser utilizada, segundo Luckesi (2005, p. 166) como

“recurso de autoridade e assuma papel de auxiliadora (grifo nosso) do

crescimento”.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.

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em Formação. 2ª Edição. Campinas: Pontes, 2005.

AUN, Eliana; MORAES, Maria Clara Prete de; SANSANOVIC, Neuza

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Língua Estrangeira em Formação. 2ª Edição. Campinas: Pontes, 2005.

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FERRARI, Mariza Tiemann; RUBIN, Sarah G.; Inglês, de olho no mundo do

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PAIVA, Vera Lúcia Menezes de Oliveira e. Ensino de Língua Inglês: reflexões e

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PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna para a

Educação Básica, Secretaria do Estado do Paraná – Superintendência da

Educação, Curitiba-Pr., 2006.

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SARMENTO, S. MULLER, V. (Orgs.) O Ensino de Inglês como Língua

Estrangeira: Estudos Reflexões. Porto Alegre: APIRS, 2004.

WIDDOWSON, H.G. O Ensino de Línguas para a Comunicação. 2ª Edição.

Campinas: Pontes, 2005.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR -2007

I-IDENTIFICAÇÃO

DISCIPLINA: SOCIOLOGIA

MODALIDADE: ENSINO MÉDIO

PROFESSORES:

Paulo José Zanetti

Cinthia Palma

1-APRESENTAÇAO GERAL DA DICIPLINA

226

O objeto de estudo da disciplina são as relações sócias decorrentes das

mudanças estruturais impostas pela formação do modo de produção capitalista.

Essas relações materializam-se nas diversas instâncias sócias: instituições

Sociais, movimentos sócias, praticas e culturais, as quais devem ser estudadas em

sua especificidade e historicidade. Hoje, embora já consolidado, o sistema capitalista

não cessa a sua dinâmica, assumindo inéditas formas de produção, distribuição e

opressão, o que implica em novas formas de olhar, compreender e atuar socialmente.

A concepção da disciplina é a de uma Sociologia Crítica, mas os seus

conteúdos fundamentam-se em teorias com diferentes tradições sociológicas:

os clássicos, a saber Karl Marx, Émile Durkheim e Max Weber.

Contemporaneamente, Antonio Gramsci, Pierre Bourdieu, Florestan

Fernandes entre outros, também buscarem responder as questões surgidas

nos diferentes contextos das sociedades, pensando as relações sócias,

políticas e sócias.

É a tarefa primordial do conhecimento sociológico explicitar e explicar

plomematicas sócias concretas e contextualizadas, desconstruindo pré-noções

e pré-conceitos que sempre dificultam o desenvolvimento da autonomia

intelectual e ações políticas direcionais à transformação social.

2-OBJETIVOS:

- Desnaturalização das ações que se estabelecem na sociedade –

percepção de que a realidade social é histórica e socialmente construída;

- Inserção do aluno como sujeito social que compreende a sua

realidade imediata, mas que também percebe o que se estabelece além dela;

- Questionamento quanto a existência de verdades absolutas, sejam

elas na compreensão comum do cotidiano ou na construção da ciência.

Este conteúdo articula os conceitos de direitos do direito,

cidadania e movimentos socias, pois na analise dos direitos deve- se

considerar que esses foram sendo inscritos nas leis, lentamente, ou foram

sendo conquistados pela pressão dos que não tinham direitos.

São os direitos que definem a cidadania, ou seja, a possibilidade de

sermos indivíduos atuantes com direitos e deveres. Mas os direitos só se

tornam plenos, e portanto, elementos de cidadania, se forem exercidos no

cotidiano das ações das pessoas.

227

Por isso a vinculação desta temática com movimentos sociais. Estes

têm sua existência vinculada à criação de novos direitos ou no sentido de valer

os que já estão na lei

Conceitos de direito, cidadania e movimentos estudantis, movimentos

conservadores, outras formas de participação e organização na sociedade

3-METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

- Aprender a pensar sobre a sociedade em que vivemos, e a agir

nas diversas instâncias sociais, implica antes de tudo numa atitude ativa e

participativa. O ensino da Sociologia pressupõe metodologia que coloquem o

aluno como sujeito de seu aprendizado, não importa se o encaminhamento

seja a leitura, o debate, a pesquisa de campo, ou analise de filme, imagens ou

charges, mas importa que o aluno esteja constantemente provocado a

relacionar a teoria com o vivido, a rever conhecimentos e a reconstruir

coletivamente novos saberes.

4-CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECIFICOS DE DISCIPLINA:

- O processo de avaliação no âmbito do ensino da Sociologia deve

perpassar todas as atividades relacionadas à disciplina e ser pensada e

elaborada de forma transparente e coletiva, ou seja seus critérios devem ser

discutidos por todos os envolvidos na disciplina.

-A apreensão de alguns conceitos básicos da ciência

articulados com a pratica social, a capacidade de argumentação

fundamentada teoricamente, a clareza e coerência na exposição das idéias,

seja no texto oral ou escrito, são alguns critérios possíveis de serem verificados

no decorrer do ano letivo.

- A mudança na forma de olhar pra os problemas sociais assim como a

iniciativa e a autonomia para tomar atitudes diferenciais e criativas que rompam

com a acomodação e o senso comum, ao dados que informarão aos

professores , o alcance e a importância de seu trabalho no cotidiano de seus

alunos

- As formas de avaliação em Sociologia acompanham as praticas de

ensino e da aprendizagem disciplina.

228

- Reflexão crítica nos debates, que acompanham os textos ou filmes,

participação nas pesquisas de campo, produção de textos.

- Devem demonstrar a capacidade de articulação entre teoria e prática.

Podem ser diferentes formas, desde que se tenha como perspectiva ao

seleciona-las, a clareza dos objetivos que se pretende atingir, no sentido da

apreensão, compreensão e reflexão dos conteúdos pelo aluno.

- Por fim, entendemos que não só o aluno mas também os professores e a

instituição escolar devem constantemente se auto-avaliarem em suas

dimensões praticas e discursivas e principalmente em seus princípios políticos

com a qualidade e a democracia.

5-BIBLIOGRAFIA:

MEUCCI, Simoni. A Institucionalização da Sociologia no Brasil: os

primeiros manuais e cursos. Campinas ; Ed. UNICAMP, 2000.

MORAES, Amaury César. GUIMARÃES, Elizabeth da Fonseca.

OLIVEIRA, Pérsio Santos – Introdução à Sociologia. Ática – SP – 2000.

TOMAZI, Nelson Dácio, Orientações Curriculares de Ensino Médio-

Sociologia- MEC-SEB- Departamento de Políticas de Ensino Médio, 2000.

Diretrizes Curriculares de Sociologia para o Ensino Médio.

Livre Didático Público para o Ensino Médio- Secretaria do Estado da Educação

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR- 2007

I-IDENTIFICAÇÃO

DISCIPLINA: BIOLOGIA

MODALIDADE ENSINO MÉDIO

PROFESSORES:

Eliane Baroneza Fantin

Maria Rosangêla de Oliveira Bonin

Liliam Amanda baggio

229

1- JUSTIFICATIVA

“ ... precisa-se quebrar o mito do “ acaso da descoberta” e do “ cientista genial”

na pesquisa e do “cientista em miniatura” na escola.” ( FREIRE-MAIA, 1990)

A Biologia, como parte do processo de construção científica deve ser

entendida e compreendida como processo de produção do próprio

desenvolvimento humano e determinada pelas necessidades materiais deste

em cada momento histórico. Sofrendo a influência das exigências do meio

social e das ingerências econômicas dele decorrentes ao mesmo tempo que

nelas interfere.

È objetivo de estudo da Biologia o fenômeno vida em toda a sua

diversidade de manifestação, assim como as ciências a Biologia não é um

saber neutro, mas sim, um conjunto de fatos científicos socialmente

produzidos numa sociedade historicamente determinada. Com crescente

valorização do conhecimento e a capacidade de inovar exige pessoas capazes

de aprender continuamente. Para tanto, a Biologia deve permitir a

compreensão dos avanços tecnológicos, considerando a Bioética, a

diversidade cultural, ética-racial e o desenvolvimento sustentável, visando bens

coletivos priorizando a conservação da vida e do ambiente, usufruindo sem

destruir

Portanto, com o ensino da disciplina de Biologia no Ensino Médio, visa

desenvolver no educando o conhecimento científico e tecnológico objetivando

uma postura crítica, reflexiva e investigadora, com autonomia de pensamento e

ação, formação de hábitos e atitudes em relação ao meio ambiente,

desenvolvimento sustentável e ética científica. E ainda fazer com que ele

reconheça o ser humano como agente de transformações intencionais por ele

produzidas em seu ambiente,sabendo que todo conhecimento científico

produzido é fruto do estudo e tecnologias de cada época histórica.

2-CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

A Organização dos seres vivos: Deve-se ampliar a discussão para a

comparação das características anatômicas e comportamentais dos seres,

230

realizando discussões entre os critérios usados desde Linné até a atualidade

com a introdução da análise genômica, propiciando a compreensão sobre

como o pensamento humano, partindo da compreensão de mundo imutável,

chegou ao modelo de mundo em constante mudança.

Os mecanismos biológicos deve basear-se na análise dos

conhecimentos biológicos sob uma perspectiva fragmentada, conhecendo-se

as partes, pois este conhecimento isoladamente, é insuficiente para permitir ao

aluno compreender as relações que se estabelecem entre os diversos

mecanismos para manutenção da vida. É importante que o professor considere

o aprofundamento, a especialização, o conhecimento objetivo como ponto de

partida para que se possa compreender os sistemas vivos como fruto da

interação entre seus elementos constituintes e da interação deste sistema com

os demais componentes do seu meio.

Biodiversidade: Pretende-se caracterizar a diversidade da vida como um

conjunto de processos organizados e integrados, quer no nível de uma célula,

de um indivíduo, ou, ainda , de organismos no seu meio. Fundamenta-se na

superação das concepções alternativas do aluno com a aproximação das

concepções científicas, procurando compreender os conceitos da genética, da

evolução e da ecologia, como forma de explicar a diversidade dos seres vivos.

Implicações dos Avanços Biológicos: Garantir a reflexão sobre as

implicações dos avanços biológicos para o desenvolvimento da sociedade.

Deve-se utilizar a metodologia da problematização, partindo do princípio da

provocação e mobilização do aluno na busca por conhecimentos necessários

para resolução de problemas. Estes problemas relacionam os conteúdos da

Biologia ao cotidiano do aluno para eu ele busque compreender e atuar na

sociedade de forma crítica.

* - Organização dos seres vivos

-Origem da vida

-Níveis de organização dos seres vivos

-Características dos seres vivos:

231

• Classificação

• Regras de nomenclatura

• Vírus

-Classificação em reinos: Monera ,Protista, Fungi e Animal:

-Filos do Reino Animal: Espongiários, Cnidários, Platelmintos,

Nematelmintos, Anelídeos, Artrópodes, Moluscos, Equinodermos e Cordados

- Reino Plantae

* Mecanismos Biológicos

-Histórico da Biologia Celular

-Composição química da célula

-Membrana plasmática

-Organelas citoplasmáticas

-Material nuclear

-Divisão celular: mitose e meiose

-Reprodução

-Gametogênese animal

-Embriologia

-Anexos embrionários

-Hereditariedade

-Conceitos utilizados em Genética

-Heredogramas

-1ªLei de Mendel

-2ªLei de Mendel

-Sistemas Sangüíneos; ABO, Rh, e MN

-Determinação genética do sexo

-Anomalias cromossômicas

-Interação Gênica

-Herança Quantitativa

* Biodiversidade

-Conceitos ecológicos

-Cadeia e teia alimentar

-Fluxo de matéria e energia

232

-Ciclos biogeoquímicos

-Relações ecológicas

-Equilíbrio ecológico

-Desequilíbrio ambientais

-Noções de evolução:

-Teorias de Lamarck e Darwin

-Evidências evolutivas

* Implicações dos Avanços Biológicos no Fenômeno Vida

Orientação Sexual

Remédios, vacinas

Saúde e doenças

Armamento biológico

Melhoramento genético

Controle biológico de pragas

Preservação ambiental e recursos

Projeto genoma

Células tronco

Transgênicos

Terapia gênica

Engenharia Genética

Biotecnologias

3-METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Segundo GASPARIN (2002); e SAVIANI (1997); o ensino dos conteúdos

específicos de Biologia apontam para as seguintes estratégias de ensino:

- Prática social: caracteriza-se por ser o ponto de partida onde se

observa o senso comum dos alunos a respeito do conteúdo a ser

trabalhado.

- Problematização: fase de detecção e apontamento das questões

que precisam ser resolvidas.

- Instrumentalização: e a apresentação sistematizada dos

conteúdos.

233

- Catarse: é a fase em que o aluno confronta o conhecimento

adquirido com o problema em questão.

- Retorno à prática social: É o retorno ao ponto de partida, mas

agora com um saber concreto e pensado de maior clareza e

compreensão voltado para o âmbito social.

Compreendendo a proposta dos Conteúdos Estruturantes o professor em suas

aulas pode contemplar os mais variados recursos como:

• Exposição oral feita pelo professor, acompanhado de discussões onde o

aluno emita opiniões, levante hipóteses e construa novos

conhecimentos.

• Pesquisas, entrevistas, relatórios, resolução de atividades que explorem

a interpretação de gráficos, mapas e charges.

• Debates em grupos e seminários

• Aulas práticas

• Visitas de estudo para buscar informações em outros ambientes

As aulas de Biologia devem, segundo LIBÂNEO,(1983) propiciar ao

educando a compreensão da prática social, pois revelam a realidade

concreta de forma crítica e explicitam as possibilidades de atuação dos

sujeitos no processo de transformação desta realidade.

Dessa forma visa-se a formação de um cidadão crítico, reflexivo e atuante

em seu meio.

4-AVALIAÇÃO:

A avaliação é um instrumento cuja finalidade prática é obter informações

necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para nela interferir e

reformular os processos de aprendizagem, é indispensável uma vez que permite ao

professor recolher, analisar e julgar dados sobre a prática pedagógica e ao mesmo tempo

verificar a qualidade do desempenho de seu trabalho.

A avaliação deve ser: diagnóstica, diária e contínua, onde se analisa a

participação do aluno em sala de aula e interesse nas atividades propostas

pelo professor.

234

Toda avaliação deve ser registrada também, através de testes objetivos

e subjetivos, pesquisas , relatórios, empenho e criatividade.

5- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FREIRE-MAIA, N. A ciência por dentro. Petrópolis: Vozes, 1990.

MINISTÉRIO DA EUCAÇÃO. Parâmetros Curriculares Nacionais-

Ensino Médio 3. Brasília, 1999.

Orientações metodológicas para o ensino de Biologia Positivo. Posigraf.

Curitiba, 2002.

PAULINO,W.R. Biologia- novo Ensino Médio. Ática , São Paulo: 2003.

MACHADO. S. Biologia – de olho no mundo do trabalho. Scipione. São

Paulo, 2003

GASPARIN,J.L.Uma didática para a pedagogia histórico-crítica.

Campinas: Autores Associados, 2002.

SAVIANI, D. Pedagogia histórico- crítica: primeiras aproximações.

Campinas/ SP: Autores Associados , 1997.

SEED, GOVERNO DO PARANÁ. Diretrizes curriculares de Biologia.

Curitiba. 2006

SEED, GOVERNO DO PARANÁ. Como Trabalhar a Lei.10.639/2003

e as Diretrizes Curriculares para a Educação das relações Étnico-raciais e

História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola. Curitiba. 2006

SANTOS,C.H.V. et al. Biología Ensino Médio. SEED, Curitiba, 2006.

PROJETO DIA INTERNACIONAL DA MULHER – 08 DE MARÇO

TÍTULO: DIA INTERNACIONAL DA MULHER.

SÉRIES ENVOLVIDAS:

Ensino Médio: 2ªs A,B,C e 3°ano C

JUSTIFICATIVA:

O referido projeto tem por finalidade homenagear as mulheres

que convivem na escola e também conscientizar todas as

pessoas sobre as lutas, conquistas e a valorização do sexo

feminino através dos tempos.

OBJETIVOS:

Homenagear as professoras, as auxiliares

administrativo;auxiliares dos serviços gerais; pedagogas e alunas;

235

Resgatar na comunidade escolar a importância dos valores morais e da

dignidade feminina.

RECURSOS:

Jornais; revistas;textos mimeografados;; fitilhos; bombons; balas;

painéis; kami (tnt); banner; faixa;

METOLOGIA:

A professora trabalha com textos informativos e de revistas para

conscientizar os alunos sobre o respeito que deve ser dedicada às

mulheres e para que as mulheres também se dêem ao respeito. Depois

serão redigidas e selecionadas pelos alunos mensagens que serão

coladas nos bombons e balas devendo as mesmas ser distribuída no dia

08 de março para o grupo feminino do Colégio. Serão confeccionados

cartazes, painéis, faixas e banner. Neste dia, o professor Francisco lerá

o texto abaixo para professoras e funcionários.

CRONOGRAMA:

20 de fevereiro de 2006 a 08 de março de 2006.

AVALIAÇÃO:

Será realizada através da realização das atividades.

ABRANGÊNCIA: Comunidade Escolar

PROFESSOR RESPONSÁVEL: Onilse Karoleski

PROJETO DIA MUNDIAL DA ÁGUA – 22 DE MARÇO

TÍTULO: DIA MUNDIAL DA ÁGUA

SÉRIES ENVOLVIDAS:

7ªs séries matutino e vespertino.

JUSTIFICATIVA:

Em todas as partes do planeta discute-se as questões ambientais

e recursos naturais. Sabemos que a água é vital para

sobrevivência de todos os seres vivos. Sendo assim, o projeto

visa conscientizar a comunidade sobre a necessidade de

economizar e preservar os recursos hídricos existentes para que

no futuro a vida possa continuar.

OBJETIVOS:

236

Desenvolver nos alunos hábitos para economizar água;

Conscientizar os alunos sobre a preservação das matas ciliares para

proteção dos córregos e rios.

Divulgar para a comunidade conceitos que conscientizem a

população sobre a necessidade de proteger nossos recursos hídricos;

METODOLOGIA:

Serão realizados trabalhos de fundamentação teórica sobre o

assunto com explanação do professor, pesquisas realizadas pelos

alunos, apresentação dos trabalhos realizados pelos grupos;

elaborar resumo para confecção de panfletos;painéis e

panfletagem na comunidade.

CRONOGRAMA:

06 DE março 2006 a 24 de março de 2006.

AVALIAÇÃO:

Será realizada durante a elaboração dos trabalhos;

ABRANGÊNCIA:

Comunidade escolar e bairro onde está inserida a escola.

PROFESSOR RESPONSÁVEL:

Cláudio S.Ribeiro

PROJETO EDUCAÇÃO ARTÍSTICA –ARTE – LÍNGUA PORTUGUESA

TÍTULO: CARNAVAL

SÉRIES:

6ªs Séries A,B,C,D: 7ªs A,B,C,D; 2ªS C;

JUSTIFICATIVA:

Diante da aproximação da festa de Carnaval que acontecerá nos

dias 25,26,27 e 28 de fevereiro, necessário se faz, uma

conscientização sobre as origens dessa festa como também

sobre as fantasias que são usadas nesta festa.

OBJETIVOS:

Resgatar as marchinhas carnavalescas;

237

Conscientizar os alunos que participam do Carnaval para uma diversão

saudável;

Confeccionar cartazes e máscaras.

RECURSOS:

Jornais, livro, revistas, murais, folhas, sulfite, lápis de cor,

giz de cera, tinta guache, farinha de trigo.

METODOLOGIA:

A professora de Educação Artística trabalhará com as marchinhas

carnavalescas, confecção de cartazes, máscaras, painéis, enquanto a

professora de Língua Portuguesa, trabalhará com textos informativos

sobre o Carnaval, letras de músicas ( marchinhas ).

CRONOGRAMA:

13 de fevereiro a 24 de fevereiro de 2006.

AVALIAÇÃO:

Através da confecção de painéis, máscaras, interpretação de textos.

ABRANGÊNCIA:

Comunidade Escolar.

PROFESSORES RESPONSÁVEIS:

Andréia G. Cirqueira e Vera Lúcia L. Guiselli

PROJETO PÁSCOA

TÍTULO: PÁSCOA SOLIDÁRIA

SÉRIES ENVOLVIDAS:

Toda comunidade escolar períodos diurno e noturno.

JUSTIFICATIVA:

Os quarenta dias pós-carnaval é um período de preparação para

a Páscoa, na qual nos voltamos mais para Deus e os irmãos,

onde vivemos momentos de oração e solidariedade. Assim

sendo, decidimos compartilhar, nossa Páscoa com reflexões que

levam a comunhão com Deus e dividir o pão com as famílias mais

carentes da comunidade escolar.

OBJETIVOS:

Desenvolver o espírito de solidariedade em nossa comunidade escolar;

238

Conscientizar nossos alunos sobre o Sentido da Páscoa para os

Cristãos, assim como, para os Judeus.

RECURSOS:

Papel sulfite, cartolinas, painéis, alimentos não perecíveis.

METODOLOGIA:

O projeto será desenvolvido seguindo as seguintes etapas:

Todos os professores da História, Geografia, Sociologia e Filosofia, deverão

pedir pesquisas sobre o Sentido da Páscoa para os Cristãos, com também o sentido

histórico,;

Sociologia e Filosofia e Geografia do Ensino Fundamental e Médio:

localização dos povos em todas as séries. Os professores de Educação Artística e

Artes montarão painéis com os Símbolos Pascais e cartazes; Língua portuguesa,

trabalharão textos sobre solidariedade e amor ao próximo; professoras de

Matemática, contribuirão com momentos de reflexão com professores e alunos nos

dias 11 e 12 de abril convidando pastores e padres para reflexões.

As pedagogas serão responsáveis junto com o Grêmio Estudantil pela

arrecadação e distribuição de alimentos para as famílias carentes.

As cestas serão distribuídas dia 13 de abril de 2006.

CRONOGRAMA:

03 A 13 DE ABRIL DE 2006

AVALIAÇÃO:

Acontecerá em todas os momentos do desenrolar do projeto através da

observação e apreciação das atividades que serão desenvolvidas.

ABRANGÊNCIA:

COMUNIDADE ESCOLAR

RESPONSÁVEIS:

Pedagogos, grêmio estudantil, professores.

239

X-DETERMINAÇÕES GERAIS

Este Projeto Político Pedagógico norteará todas as ações do Colégio

para o ano de 2006. Será implementado anualmente de acordo com as

necessidades apontadas pelo coletivo escolar, sempre em consonância com a

filosofia da escola e políticas educacionais vigentes.

X-REFERÊNCIAS

ALVARENGA, G.M. Avaliação: o saber na transformação do fazer.

Londrina:NEPAE, 2002.

240

ARROYO, Miguel G. (2002): Ofício de mestre: imagens e auto-imagens, 6.ª

ed., Rio de Janeiro, Editora Vozes.

BORDENAVE. J. D.; PEREIRA, Estratégias de Ensino e Aprendizagem. 12ª

ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1991.

BRANDÃO, ZAIA (org). A crise dos Paradigmas e a Educação. 6 ed, São

Paulo, Cortez.

FREIRE, P. Política e Educação: ensaios. São Paulo: Cortez, 1995.

FREIRE, P. Ética, Utopia e Educação. Rio de Janeiro, Vozes, 1999.

GADOTTI, Moacir (1998): Pedagogia da práxis, 2.ª ed., São Paulo, Cortez.

GANDIN, D. A Prática do planejamento participativo: e em outras

instituições, grupos e movimentos dos campos, cultural, social, político,

religioso e governamental. Petrópolis: Vozes, 1994.

http://www.pucsp.br/paulofreire/cadernoporto09.htm

KUENZER, Acácia, CALAZANS. Julieta, GARCIA, Walter. Planejamento e

Educação no Brasil. São Paulo: Cortez, 1990

LIBANEO, José Carlos. Didática: São Paulo, 1994.PADILHA, Paulo Roberto.

Planejamento Dialógico: como construir o Projeto Político-Pedagógico na

escola. São Paulo: Cortez/IPF, 2001.

LUCKESI, C.C. Avaliação da Aprendizagem Escolar. São Paulo, Vozes,

1994.

PARO, V. H. Reprovação escolar: renúncia à educação. São Paulo: Xamã,

2001.

PERRENOUD, Philippe. Avaliação: da excelência à regulação das

aprendizagens – entre duas lógicas. Porto Alegre; Artmed, 1999.

PERRENOUD, P. Dez novas competências para ensinar. Trad. Patrícia C.

Ramos. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.

241

RESENDE, E. O livro das Competências. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2000.

SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. Campinas:

Autores Associados, 1997.

SEVERINO, Antônio Joaquim (2001): «Identidade e tarefas da filosofia da

educação», in Educação, sujeito e história, São Paulo, Olho D’água.

VASCONCELOS, Celso dos S. Planejamento: Projeto de Ensino

Aprendizagem e Projeto Político-Pedagógico, 7ª ed. São Paulo, Liberdade

2000.

ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

MATRIZ CURRICULAR – ENSINO FUNDAMENTAL REGULAR 5ª à 8ª

SÉRIE

NRE:- APUCARANA MUNICÍPIO:- ARAPONGASESTABELECIMENTO:- COL EST ANTONIO GARCEZ NOVAES, E F M

ENTIDADE MANTENEDORA:- GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁCURSO:- 4000 ENSINO FUND 5/8 SER TURNO:- MAT - VESPANO DE IMPLANTAÇÃO:- 2006

SIMULTÂNEAMÓDULO:- 40 SEMANAS

CARGA HORÁRIA:- 3266 HORAS

242

BA

SE

NA

CIO

NA

LC

OM

UM

DISCIPLINASSÉRIES

5ª 6ª 7ª 8ª

TOTAL

H/AHORAS

CIÊNCIAS 3 3 3 4 520 433

EDUCAÇÃO ARTÍSTICA 2 2 2 2 320 267

EDUCAÇÃO FÍSICA 3 3 3 3 480 400

ENSINO RELIGIOSO * 1 1 - - - -

GEOGRAFIA 3 3 4 3 520 433

HISTÓRIA 3 3 3 3 480 400

LÍNGUA PORTUGUESA 4 4 4 4 640 533

MATEMÁTICA 4 4 4 4 640 533

SUB-TOTAL 22 22 23 23

P D.LÍNGUA ESTRANGEIRA

**2 2 2 2 320 267

SUB-TOTAL 2 2 2 2 320 267

TOTAL GERAL EM HORA/AULA 24 24 25 25 3920 3266

TOTAL GERAL EM HORAS

*OFERTA OBRIGATÓRIA E DE MATRÍCULA FACULTATIVA, NÃO

COMPUTADA NAS 800 HORAS.

DATA DE EMISSÃO:- 06/11/2006

ASSINATURA DO CHEFE DO N.R.E

ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NRE:- APUCARANA MUNICÍPIO:- ARAPONGASESTABELECIMENTO:- COL EST ANTONIO GARCEZ NOVAES, E F M

ENTIDADE MANTENEDORA:- GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁCURSO:- ENSINO MÉDIO TURNO:- MATUTINO/NOTURNOANO DE IMPLANTAÇÃO:- 2006 MÓDULO:- 40 SEMANASREGIME:- Seriado IMPLANTAÇÃO:- SimultâneaCARGA HORÁRIA:- 2.500

243

BA

SE

NA

CIO

NA

LC

OM

UM

DISCIPLINAS1ª

série

série

série

Total

H/AHoras

ARTE - 2 2 160 133

BIOLOGIA 3 2 2 280 233

EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2 240 200

FÍSICA 3 2 2 280 233

GEOGRAFIA 2 2 2 240 200

HISTÓRIA 2 2 2 240 200

LÍNGUA

PORTUGUESA/LITERATURA4 3 4 480 400

MATEMÁTICA 4 4 3 480 400

QUÍMICA 3 2 2 280 233

SUB-TOTAL 23 21 21 2600

P D

FILOSOFIA - 2 - 80 67

L.E.M. - * 2 2 2 240 200

SOCIOLOGIA - - 2 80 67

SUB-TOTAL 2 4 4 400 333

TOTAL GERAL EM HORA/AULA 25 25 25 3000 2500

TOTAL GERAL EM HORAS 833 833 833 2500

NOTA:- MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDBEN nº 9394/96

DATA DE EMISSÃO:- 06/112006

_________________________________

ASSINATURA DO CHEFE DO N.R.E

244

245