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COLÉGIO ESTADUAL JOÃO XXIII ENSINO MÉDIO Mamborê Paraná PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Dezembro / 2010

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Paraná · 4.4.2.4 Gincana de Integração ..... 70 4.4.2.5 Feira da Bondade ... ATOS ADMINISTRATIVOS..... 98 ANEXOS ... no qual está inserido um

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COLÉGIO ESTADUAL JOÃO XXIII – ENSINO MÉDIO

Mamborê – Paraná

PROJETO

POLÍTICO

PEDAGÓGICO

Dezembro / 2010

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SUMÁRIO

Nossa Escola ............................................................................................................................................... 01 Mandamentos da Serenidade – João XXIII ................................................................................................ 02 Apresentação .............................................................................................................................................. 03 1.IDENTIFICAÇÃO...................................................................................................................................... 04

1.1 Localização ............................................................................................................. 04 1.2 Brasão do Colégio..................................................................................................... 05 1.3 Bandeira do Colégio.................................................................................................. 05 1.4 Site do Colégio ......................................................................................................... 06 1.5 Crachá de Identificação de Funcionários .................................................................. 06 1.6 Aspectos Históricos da Escola .................................................................................. 06 1.7 Espaço Físico............................................................................................................. 08 1.8 Oferta de Cursos e Turmas ........................................................................................ 09 1.9 Caracterização da População...................................................................................... 10 1.9.1 Caracterização dos Alunos e Pais ............................................................. 10 1.9.2 Perfil Sócio-Econômico-Educacional ...................................................... 10 2. MARCO SITUACIONAL ......................................................................................................................... 12

2.1 Diagnóstico da Realidade Educacional..................................................................... 12 2.2 Encaminhamento Metodológico ................................................................................ 12 2.3 Descrição da Realidade Atual ................................................................................... 13 2.3.1 Realidade Mundial e Brasileira .............................................................................. 13 2.3.2 Realidade do Estado do Paraná ............................................................................ 14 2.3.3 Realidade do Município de Mamborê .................................................................. 15 2.3.4 O Colégio Estadual João XXIII na realidade Mamboreense ............................. 16 2.4 Reflexão Teórico Prática das Contradições e Conflitos presentes na Prática Docente .................................................................................................................... 17

3. MARCO CONCEITUAL ...................... ................................................................................................... 20

3.1 Pressupostos Filosóficos........... ............................................................................... 20 3.2 Princípios Norteadores da Educação Nacional......................................................... 21 3.3 Mundo ....................................................................................................................... 22 3.4 Sociedade ................................................................................................................. 22 3.5 Homem ..................................................................................................................... 23 3.6 Gestão Escolar ......................................................................................................... 24 3.7 Educação e Ciências ................................................................................................ 25 3.8 Ciências e Tecnologia ............................................................................................... 26 3.9 Cultura e Multiculturalismo ........................................................................................ 28 3.10 Educação do Campo .............................................................................................. 31 3.11 Cultura Afrobrasileira e Indígena ............................................................................ 31 3.12 Desafios Educacionais Contemporâneos ............................................................... 33 3.13 Formação continuada ............................................................................................. 35 3.14 Concepção Curricular, Ensino e Aprendizagem ..................................................... 36 3.14.1 O Curriculo e suas Determinações ........................................................ 36 3.14.2 Ensino e Aprendizagem: a função da mediação.................................... 37 3.15 Organização do Trabalho Pedagógico .................................................................. 39 3.16 Formação para o Mundo do Trabalho .................................................................... 40 3.17 Inclusão .................................................................................................................. 41 3.18 Diversidade ............................................................................................................. 42 3.19 Avaliação ................................................................................................................ 43 3.19.1 Concepção ............................................................................................ 43 3.19.2 Objetivos ............................................................................................... 45 3.19.3 Metodologia ........................................................................................... 46 3.19.4 Recuperação de Estudo ........................................................................ 47 3.19.5 Progressão Parcial ................................................................................ 48 3.20 Articulando com a Familia ...................................................................................... 49 4. MARCO OPERACIONAL ........................................................................................................................ 50

4.1 Gestão Democrática .................................................................................................. 50 4.1.1 Conselho Escolar ..................................................................................... 50 4.1.2 Grêmio Estudantil ..................................................................................... 51 4.1.3 Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF ............................. 52

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4.1.4 Conselho de Classe .................................................................................. 54 4.2 O Papel Específico dos Profissionais da Educação ................................................... 55 4.2.1 Docentes ................................................................................................... 55 4.2.2 Professor Pedagogo .................................................................................. 56 4.2.3 Profissionais da Educação ........................................................................ 57 4.2.3.1 Agente Educacional I ............................................................... 58 4.2.3.2 Agente Educacional II .............................................................. 59 4.3 Organização do Trabalho Pedagógico ..................................................................... 61 4.3.1 Proposta Pedagógica Curricular .............................................................. 61 4.3.2 Plano de Trabalho Docente ..................................................................... 64 4.3.3 Formação Continuada ............................................................................. 65 4.3.4 Inclusão .................................................................................................... 65 4.3.5 Qualificação do Equipamentos e Espaços ............................................... 66 4.4 Atividades de Enriquecimento Curricular ................................................................... 66 4.4.1 Viva a Escola ............................................................................................ 66 4.4.1.1 Anjos Seresteiros .................................................................... 67 4.4.1.2 Semeando a Leitura ................................................................ 67 4.4.1.3 Jogos Esportivos: um caminho para a coordenação e Socialização ........................................................................... 67 4.4.1.4 Prevenção de uso de drogas .................................................. 67 4.4.2 Outros ....................................................................................................... 68 4.4.2.1 Festa do Campo ...................................................................... 69 4.4.2.2 FESARTE – Festival de Arte Estudantil .................................. 69 4.4.2.3 Agenda 21 ............................................................................... 69 4.4.2.4 Gincana de Integração ............................................................ 70 4.4.2.5 Feira da Bondade .................................................................... 70 4.4.2.6 Dança ...................................................................................... 71 4.4.2.7 Feira Cultural e Científica ........................................................ 72 4.4.2.8 Projeto Repensar, Reciclar e Criar .......................................... 72 4.4.2.9 Escola de Pais ......................................................................... 73 4.4.2.10 Educação Fiscal .................................................................... 74 4.4.2.11 Tecnologia Educacional ......................................................... 75 4.4.2.12 Semana Literária..................................................................... 76 4.4.2.13 Programa Saúde – Doação de Sangue ................................. 76 4.4.2.14 Renascer do Civismo ............................................................. 77 4.4.2.15 Escolha Profissional .............................................................. 77 4.4.2.16 Projeto de receitas caseiras: pães e produtos de limpeza.. 77 4.4.2.17 Jogos Intersalas ..................................................................... 78 4.4.2.18 Fórum de Discussão Permanente ......................................... 78 4.4.2.19 Equipe Multidisciplinar ........................................................... 79 4.5 Plano de Ação do Estabelecimento de Ensino .......................................................... 79 5. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ................................ 96

6. REFERÊNCIAS ....................................................................................................................................... 96

7. ATOS ADMINISTRATIVOS ..................................................................................................................... 98

ANEXOS ...................................................................................................................................................... 99

Anexo 1 – Proposta Pedagógica Curricular .................................................................................. 99 Anexo 2 - Matriz Curricular – Manhã ............................................................................................ 100 Matriz Curricular – Tarde ........................................................................................................... 101 Matriz Curricular – Noite ............................................................................................................ 102 Anexo 3 – Cópia da Ata de Aprovação do PPP ............................................................................. 103

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*Nossa Escola

A escola é para ser lembrada, vivida e amada.

Pois é o caminho da vida, é a nossa estrada.

Nela nos formamos cidadãos, sujeitos de profissão.

Por ela passam gerações, 50 anos de dedicação.

A escola é a Nossa Pátria, uma etapa de muitos sonhos e ambição,

Ambição pelo saber. Temos o direito de aprender.

E nela encontramos tudo isso, que nos é dado com muito prazer.

Se bem aproveitado irá sempre florescer.

Pois ela é um botãozinho que lá fora irá crescer.

Temos o dever de conservá-la, para outros que hão de vir.

Também possam desfrutá-la.

Essa é a Nossa História, a história de nossa vida.

Que sempre será lembrada, que sempre será escrita com muita alegria.

É claro! Com muitas transformações, pois dela saíram multidões,

Pessoas bem sucedidas, e a cada ano que passa, chegam melhores.

Com muitas histórias, a serem desenvolvidas.

Vamos tratá-la bem. Guardar no fundo do coração.

É um modo de querer bem a quem tanto nos ensinou o que é educação.

João XXIII é de todos, é a nossa família, nossa escola querida.

Que nunca será esquecida, por seu devido nome, João XXIII.

* Esta poesia foi escrita pela aluna Joice Fister Machado no ano de comemoração do Cinqüentenário e

elaboração deste PPP.

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MANDAMENTOS DA SERENIDADE – PAPA JOÃO XXIII

1. Só por hoje tratarei de viver exclusivamente este meu dia, sem resolver os problemas da minha

vida, de uma só vez.

2. Só por hoje terei o máximo cuidado no meu relacionamento com os outros. Serei delicado no meu

agir, não criticando ninguém, não buscando disciplinar ninguém, senão a mim mesmo.

3. Só por hoje me sentirei feliz com a certeza de ter sido criado para ser feliz não só no outro

mundo, mas também neste.

4. Só por hoje me adaptarei às circunstâncias, sem pretender que todas as circunstâncias se

adaptem aos meus desejos.

5. Só por hoje dedicarei dez minutos do meu tempo a uma boa leitura, lembrando-me: assim como é

preciso comer para sustentar meu corpo, também a leitura é necessária para alimentar a vida da

minha alma.

6. Só por hoje praticarei uma boa ação, sem contá-la a ninguém.

7. Só por hoje farei uma coisa que não gosto e, se for ofendido nos meus sentimentos, procurarei

que ninguém o saiba.

8. Só por hoje farei uma agenda completa do meu dia. Talvez não a execute perfeitamente. Mas me

resguardarei de duas calamidades: pressa e indecisão.

9. Só por hoje ficarei bem firme na fé, acreditando que a Divina Providência se ocupa de mim, como

se apenas eu existisse no mundo, ainda que as circunstâncias manifestem o contrário.

10 Só por hoje não terei medo de nada. Em particular, não terei medo de apreciar o que é belo e não

terei medo de crer na bondade.

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APRESENTAÇÃO

“Sonho que se sonha só, é só um sonho que se sonha só, sonho que se sonha junto é realidade”.

O presente Projeto expressa os anseios e desejos da comunidade escolar João

XXIII, baseando-se na etimologia da palavra projeto: projectus, que significa lançar-

se para diante, assim pretende-se com este lançar sementes, sonhos, desejos.

Não sonhos inatingíveis, mas sonhos pensados, pois o homem é o único animal

capaz de projetar em sua mente a sua ação. Sonhos são planos, uma escola nunca

é fixa no tempo e no espaço, é condicionante e condicionada às questões sociais.

O Projeto Político Pedagógico visa explicitar claramente o diagnóstico da escola e

partir deste definir as concepções, crenças e convicções que nortearão o currículo e

atividades escolares. Deve constituir-se na práxis1, ou seja, na unidade entre a

atividade teórica e atividade prática, não pode reduzir-se a atividade teórica porque

em si não transforma a realidade e nem à prática por si mesma pois não existe sem

um mínimo de teoria que a norteie.

Que tem como objetivos específicos fazer um diagnóstico da realidade sócio-

econômica-educacional dos alunos, professores e comunidade; Analisar os dados e

baseado nos mesmos tomar decisões; Fazer um levantamento de concepções

teóricas progressistas de mundo, sociedade, homem, cultura, educação, ciência,

tecnologia, currículo, avaliação, gestão e aprendizagem, discutir em reuniões para

definir os rumos da escola; Registrar todos os dados no projeto para nortear a práxis

pedagógica da escola; Princípios Filosóficos do Trabalho Escolar e Princípios

norteadores da educação.

1 Utilizamos práxis aqui tomando a conceituação colocada por MARX, apud PIMENTA (2002, P.86): [...] é a

atitude (teórico-prática) humana de transformação da natureza e da sociedade. Não basta conhecer e interpretar o

mundo (teórico), é preciso transformá-lo (práxis).

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1 IDENTIFICAÇÃO

1.1 Localização

Colégio: COLÉGIO ESTADUAL JOÃO XXIII – ENSINO MÉDIO

Rua Pirai, 781

Caixa Postal 125

Fone/Fax (44) 3568-1122

e-mail: [email protected] ou [email protected]

CEP: 87.340-000

Código: 0497

Município: Mamborê

Código: 1410

Dependência Administrativa: Estadual

NRE: Campo Mourão

Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná

Autorização de funcionamento do estabelecimento: Resolução 7758/1984

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NUCLEO REGIONAL DE CAMPO MOURÃO

COLÉGIO ESTADUAL JOÃO XXIII – ENSINO MÉDIO

Rua Pirai, 781 – Centro

Fone/Fax (44) 3568-1122

CEP: 87.340-000 - Caixa Postal 125

e-mail: [email protected]

MAMBORÊ - PARANÁ

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Reconhecimento do estabelecimento: Resolução no 6.245/84

Reconhecimento do Curso: Resolução 3467/1987

Renovação do Reconhecimento do Curso: Resolução 2978/2008

Parecer do NRE de Aprovação do Regimento Escolar no 020/2008-SEF

Distância do Colégio do NRE: 35 km

Local: Urbana

1.2 Brasão do Colégio

O Brasão do Colégio é um triângulo isósceles simbolizando a estabilidade, no qual

está inserido um livro aberto com uma pena e na borda superior do livro o Globo

terrestre simbolizando a construção do conhecimento na História da Humanidade.

1.3 Bandeira do Colégio

A Bandeira Oficial do Colégio é composta de 3 faixas no sentido horizontal, de

mesma largura, sendo as duas externas de cor amarela e a central de cor branca. A

cor amarela tirada da bandeira do Vaticano, devido o nome do Colégio, e a cor

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branca simbolizando a Paz. No centro um triângulo eqüilátero de fundo branco

simbolizando a estabilidade, no qual está inserido um livro aberto, uma pena. Na

parte superior do livro o desenho do Globo Terrestre simbolizando a construção do

conhecimento na História da Humanidade. Na parte inferior do triângulo o nome do

Colégio e o grau de ensino.

1.4 Site do Colégio

O Colégio possui o site oficial mantido pela SEED, o qual é atualizado

constantemente, divulgando nossa estrutura e o nosso dia a dia. Endereço:

http://www.mmrjoao.seed.pr.gov.br.

1.5 Crachá de Identificação dos funcionários

O crachá é utilizado para identificação dos funcionários e sua função dentro do

estabelecimento.

1.6 Aspectos Históricos da escola

A história do atual Colégio Estadual João XXIII – Ensino Médio, do Município de

Mamborê, Estado do Paraná confunde-se com a dos pioneiros aqui chegados, que

naquela época já se preocupavam com o ensino de seus filhos. Relato de pessoas

que estudaram naquela época e que futuramente foram professoras neste

estabelecimento de ensino, Mamborê pertencia à Pitanga.

No ano de 1947, Campo Mourão emancipou-se de Pitanga e a Vila Mamborê

passou a pertencer a Campo Mourão. As primeiras professoras Estaduais

transferidas para Mamborê foram: Odila Braz Portugal e Lenira de Lima, ambas de

Pitanga e Wanda Richer Radecki, de Guarapuava.

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Em nossos registros oficiais, existem atas de exames realizados em 1948, quando o

nosso Colégio, era Escola Isolada de Mamburê.

Nos anos de 1952 a 1953 foi construída a primeira ala do atual prédio.

Em 1955, pelo Decreto 16.122 do Poder Executivo-Governo do Estado e publicado

em Diário Oficial do dia 12 de março de 1955, foi criado o Grupo Escolar de 1a a 4a

classe da localidade de Mamborê.

No período de 1956 à 1961, o Grupo Escolar de Mamborê, teve como a primeira

Diretora a Sra. Ione Therezinha Martins. De lá para cá, passaram pela Direção deste

estabelecimento, 12 Professoras.

A partir de 28 de julho de 1960 aconteceu a emancipação política do Município.

O nome João XXIII nasceu durante reuniões de professores em 1967, que sentiram

a necessidade de um nome para a sua escola. Vários nomes surgiram, mas todos

foram unânimes com o nome João XXIII, Papa que havia sido muito querido pelas

pessoas. A partir daí, o Colégio passou a ser chamado de Grupo Estadual João

XXIII.

Em 1969 foi fundada a Associação de Pais e Professores de Mamborê.

Em 1976 a APP do Grupo Escolar João XXIII passou a denominar-se Associação de

Pais e Professores Ney Amintas de Barros Braga.

Em 1978 foi aprovado o funcionamento do ensino médio de 2o Grau pela Resolução

1716/78 da Secretaria de Estado da Educação.

Em 1979, iniciou-se o 2o Grau com vida própria, pois até então o mesmo era

extensão do Colégio Estadual “João de Oliveira Gomes” de Campo Mourão. Pelo

Parecer 069/79 de 07 de Março de 1979, foi aprovado o Projeto de Implantação do

Ensino de 2o Grau apresentado pelo Colégio de Mamborê, nas Habilitações: Básica

em Administração e Plena em Magistério.

Em 1984 foi autorizado o funcionamento do Curso de 2o Grau – Regular -

Propedêutico.

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Em 1987 houve o Reconhecimento do Curso de 2o Grau – Educação Geral no

Colégio Estadual João XXIII – Ensino de 1o e 2o Graus.

Em 1988 foi iniciada a construção do atual Ginásio de Esportes no nosso Colégio.

Em 1989 foi apresentada a Bandeira Oficial da Escola.

Em 1989 foi autorizado o funcionamento de uma Classe Especial, na área de

Deficiência Mental.

Em Dezembro de 1992 foram escolhidos os primeiros Membros do Conselho Escolar

que iriam começar a atuar em 1993.

1993 foi fundado o Grêmio Estudantil, que em 09/03/95 foi denominado Grêmio

Estudantil Elizabete das Neves Fernandes Teixeira.

Em 2000 cessa em definitivo as atividades do Ensino Fundamental de 1a a 4a Séries,

e o estabelecimento passa a denominar-se Colégio Estadual João XXIII – Ensino

Médio.

Em 2004 o Colégio passou oferecer o Ensino no período vespertino.

Em 2010 passa a ser Ensino Médio regular em Blocos de Disciplinas Semestrais,

regulamentado pelo Regimento Escolar.

1.7 Espaço Físico

O Colégio Estadual João XXIII – Ensino Médio está situado no perímetro urbano da

cidade de Mamborê, Estado do Paraná, na quadra no 045, utilizando uma área total

de 8.500 m2, compreendendo os lotes nos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 16, e fração dos lotes 7 e

15 Transcritos sob nº 35.811, no livro 3-R de Transcrição das Transmissões do

Registro de Imóveis 1º Oficio da Comarca de Campo Mourão-PR (6.000m2) e os

lotes 8, 14 e fração dos lotes nº 7 e 15 Transcritos sob nº 35.810, no livro 3-R de

Transcrição das Transmissões do Registro de Imóveis 1º Ofício da Comarca de

Campo Mourão-PR (2.500m2) da quadra nº 045, com a fachada para a Rua Piraí, ao

lado direito pela Av. Augusto Mendes dos Santos e ao lado esquerdo pela Av. Abel

Desidério de Araújo.

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Possui uma área construída de 2.764,71m2, que corresponde à 33% da área total,

formada de 03 blocos térreos em paralelo, um Mini auditório e Biblioteca e uma

Quadra de Esportes.

Os 03 blocos térreos compreendem:

Salas de aula: 10

Cozinha: 1

Dispensa: 1

Lavanderia: 1

Laboratório de Química, Física e Biologia: 1

Refeitórios (improvisados): 1

Laboratório de Informática - Paraná Digital: 1

Laboratório de Informática – Proinfo: 1

Sala de Professores:1

Sala da Direção: 1

Sala de Orientação: 1

Sala de Hora Atividade: 1

Sala do Grêmio Estudantil: 1

Almoxarifado: 2

Cantina: 1

Vestiário masculino: 1

Sanitários para alunas: 2

Sanitários para alunos: 1

Sanitário para professoras: 1

Sanitário para professor: 1

Na área não construída existem duas salas ecológicas e um bosque.

1.8 Oferta de Cursos e Turmas

Modalidade de Ensino:

a. Ensino Médio por blocos

b. Curso Técnico em Secretariado, na modalidade à Distância.

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Turno de Funcionamento:

Matutino, Vespertino e Noturno.

1.9 Caracterização da população

1.9.1 Caracterização dos Pais e Alunos

A caracterização da clientela escolar varia conforme o turno, em relação as

condições sócio-econômicas, e também tem características comuns que a

identificam como grupo e em relação ao Estado e País.

No período da manhã a porcentagem de alunos da zona rural predomina alunos do

campo, conforme definição recebida do NRE: tanto os que habitam na zona rural e

urbana a renda vêm do campo, também freqüentam alunos da zona urbana que

possuem em sua maioria uma situação financeira estável e são mantidos pela sua

família não necessitando trabalhar para complementar a renda familiar.

É o período em que a escola possui o maior número de turmas e alunos.

No período da tarde a totalidade de alunos residem na zona urbana, uma

porcentagem trabalha para complementação da renda familiar. É o período em que

a escola possui o menor número de turmas.

No período da noite predominam alunos residentes na zona urbana, trabalhadores,

que complementam a renda familiar ou que são pais e mães de família sendo que, a

sua renda é a principal para manutenção familiar. Neste período a escola possui 04

turmas é turno em que há maior ocorrência de evasão e repetência.

1.9.2 Perfil Sócio-Econômico Educacional

Foram aplicados 494 questionários para levantamento do perfil sócio-econômico-

educacional, dos quais passamos a relatar neste momento a análise dos dados

tabulados:

Religião predominante: católica, 89,3%; evangélicos, 10%; e 0,7 outros ou que não

declararam. A maioria dos que declararam possuir uma religião dizem ser

praticantes da mesma, 93,68%.

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44,22% dos alunos declararam trabalhar. A renda familiar predominante é até 3

salários mínimos, 50%; até 1 salário mínimo 21%; até 6 salários mínimos 18%;

acima de 6 salários mínimos 11%. Somando-se as faixas salariais de até 1 salário

mínimo e até 3 salários mínimo, teremos 71% do nosso alunado.

Veremos nos dados do município que 41% da população mamboreense vive abaixo

da linha da pobreza, segundo parâmetros do Banco Mundial, com menos de um

dólar diário. Temos consciência de que o processo escolar é bastante seletivo ainda

em nossa sociedade liberal capitalista e que a escola contribui para esta seletividade

educacional e social. Portanto os que chegam no Ensino Médio possuem ainda uma

condição de vida proporcionalmente melhor do que a média da população.

Quanto a escolaridade dos pais ficaram assim distribuídos os índices: Pais: 5,8%

analfabetos, 48,17% com 1º grau incompleto, 8,9% com 2º grau incompleto, 12,15%

com 1º grau completo, 15,19% com 2º grau completo, 3,25% com Curso Superior,

1,41% com Pós-graduação, 5,66% não responderam. Mães: 7% analfabetas,

50,40% com 1º grau incompleto, 5,07% com 2º grau incompleto, 12,15% com 1º

grau completo, 19,44% com 2º grau completo, 3,45% com Curso Superior, 1,22%

com Pós-graduação, 1,42% não responderam.

Pode-se observar que a maioria da porcentagem concentra-se em 1º grau

incompleto, seguindo-se a 2º grau completo e 1º grau completo, as mães tem

ligeiramente um grau de escolaridade melhor que o dos pais, seguindo a tendência

nacional. Analisa-se pelos índices que o grau de escolaridade familiar vem

ascendendo, comparativamente de uma geração para outra.

Quanto a profissão ou atividade exercida pelos pais e mães ficou assim distribuído:

Predominantemente os pais declararam-se agricultores, cerca de 30% e um índice

de 50% de mães declararam-se do lar. As demais profissões/atividades declaradas

ficaram muito pulverizadas, destacando-se uma boa porcentagem de mães

professoras, pais comerciantes e pedreiros e após essas, destacou-se os índices

tanto de pais e mães que se declararam aposentados. Percebe-se pelas

atividades/ocupações declaradas que uma grande maioria de pais trabalha no

mercado informal, temporário ou subempregos também conhecidos por bicos.

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Como o grau de escolaridade geralmente está inter-relacionado à ocupação no

mercado de trabalho, não seria de se esperar resultado muito diferente, pois a maior

faixa está concentrada em 1º grau incompleto. Também se relacionando o resultado

dos questionários à pesquisa feita sobre o município que apresenta economia

predominantemente agrícola e comércio e indústria incipientes, percebe-se as

profissões ocupações ligadas a essas áreas. Quanto a análise realizada no ato

situacional sobre as causas de evasão podemos percebê-las, em parte, ligadas a

falta de perspectiva de vida e emprego oferecidas pelo município.

2 MARCO SITUACIONAL

2.1 Diagnóstico da Realidade Educacional

Conforme análise dos dados quantitativos fornecidos pela Secretaria da Escola

percebe-se que o número de alunos matriculados tem diminuído ano a ano,

principalmente no período noturno; a taxa de evasão varia conforme o turno sendo

maior no período noturno, nos dois períodos a taxa está em decréscimo, devido

esforços da escola descritos no ato situacional. A taxa de aprovação no período

matutino e vespertino é significativa, onde a maioria dos alunos apresenta êxito na

aprendizagem. No período noturno, os índices apresentam-se menores que no

diurno devido a especificidades da clientela trabalhadora.

2.2 Encaminhamento Metodológico

Para realização do diagnóstico ou ato situacional, procedeu-se a seguinte

metodologia: com os pais foram realizadas reuniões por série, no período noturno,

as quais contaram com a presença de 134 pais, nestas reuniões foram realizadas as

questões, da seguinte forma: foi explicado o que é projeto político pedagógico e

porque se encontravam ali, para contribuir na sua construção coletiva, a reunião foi

conduzida pela direção geral, vice-direção e equipe pedagógica as quais realizaram

as perguntas em forma de conversa, bate-papo informal, de forma que todos

pudessem expor suas idéias, um integrante da equipe pedagógica fez o papel de

relator, descrevendo na íntegra as considerações dos pais.

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Para os professores foi distribuído um questionário, o qual a princípio deveria ter

sido respondido individualmente, porém por decisão coletiva dos docentes foi

respondido em grupos por afinidade aleatória, alguns que não estavam na escola no

dia em que foi distribuído entregaram individualmente. Em grupo leram as questões,

discutiram as respostas e um relator por grupo escreveu e entregou a equipe

pedagógica.

Para os alunos das terceiras séries foi distribuído um questionário, para ser

respondido individualmente, devido possuírem melhor conhecimento da escola e seu

funcionamento. Para os alunos das primeiras e segundas séries foram utilizado

outro procedimento: as pedagogas da escola passaram de turma em turma, foram

fazendo as perguntas do anexo 3 as quais foram respondidas coletivamente e um

professor ou aluno fizeram o papel de relatores, sendo então um relatório por turma.

Todos os questionários e/ou relatórios foram lidos e analisados pela equipe

pedagógica que os utilizou como ponto de partida, prática social inicial, para

discussão nas reuniões e grupos de estudos de elaboração do Projeto Político

pedagógico e para elaboração desse texto.

2.3 Descrição da Realidade Atual

2.3.1 Realidade Mundial e Brasileira

A sociedade mundial e brasileira hoje, principalmente nos países ocidentais

capitalistas, apresenta-se com forte competitividade, individualista, excludente, típica

do sistema econômico vigente. Nesta sociedade predomina a falta de humanismo,

de respeito ao outro e às instituições sociais, com preconceito, racismo e com

grandes índices de violência, falta de perspectivas , desprovida de valores éticos e

morais, com corrupção na política e desigualdades sócio-econômicas. Sobre os

valores detectou-se o predomínio do “ter” sobre o “ser determinando os

comportamentos e relações entre pessoas e coisas, o imediatismo e falta de

planejamento e perspectivas futuras. As desigualdades sociais foram atribuídas a

pouca participação do povo nas decisões, à eleição de políticos corruptos, falta de

conhecimento dos direitos e deveres, divisão injusta de rendas. Também foram

apontados como problemas na sociedade atual a desvalorização dos idosos,

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desestruturação familiar, falta de acesso das camadas populares ao esporte, cultura

e artes.

Verifica-se que a sociedade brasileira por ter se deixado a ser envolvida por

programas assistenciais populares imediatistas, tornando-se alienados, não tendo

consciência da situação que se encontram, deixando de participar e tomar decisões

no processo eletivo.

2.3.2 Realidade do Estado do Paraná

O Estado do Paraná caracteriza-se como um dos mais ricos e desenvolvidos da

Federação, porém tem uma grande concentração de rendas na mão de poucos que

dominam os meios de produção, sejam eles no meio rural ou urbano, gerando

exclusão e desigualdades sociais. O estado tem predomínio econômico de produção

agrícola e agro-industrial, porém a concentração da população se dá no meio

urbano.

No campo, principalmente na nossa região, há preponderância de grandes

propriedades agrícolas de monocultura de soja e trigo para exportação, fato este que

gerou o êxodo rural, reduzindo assim o número dos pequenos produtores e da

diversificação de culturas, gerando o desemprego e subemprego no campo. Há

utilização de alta tecnologia no plantio e colheita e maquinários de última geração

que dispensam quase que totalmente a mão-de-obra e os poucos postos são

reservados a empregados com um mínimo de escolaridade e qualificação que

dominem técnicas de plantio, colheita, armazenamento, saibam operar maquinários

agrícolas e aplicar defensivos. Aliás, também nisso o Estado do Paraná se destaca:

como um dos estados que utiliza maior quantidade de defensivos e agrotóxicos no

Brasil, impactando assim a fauna e flora naturais e também a água e o solo.

A produção de soja em grão no Brasil é de 51.919.440 toneladas, das quais

21.301.418 na Região Sul, 11.009.946 no Paraná. A produção de trigo em grão no

Brasil é de 6.153.500 toneladas, das quais 5.770.853, na Região Sul, 3.203.327 no

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Estado do Paraná. 2 O Estado faz jus ao adjetivo de Celeiro da Nação, em termos de

produção agrícola.

Existem hoje algumas iniciativas, ainda que esparsas, incluindo iniciativas oficiais do

Governo do Estado, por meio de suas Secretarias de Agricultura e Trabalho e Ação

Social, da revalorização do pequeno agricultor e agricultor familiar, promovendo o

incentivo à diversificação de culturas, associativismo para empreendimentos rurais

de forma a gerar renda, postos de ocupação e qualidade de vida no campo. Existe

na nossa região e município também a pecuária bovina de corte e de leite, ovina e

suína e também pouca iniciativas na área de avicultura e sericultura. Todas essas

atividades, devido a reestruturação produtiva, necessitam utilizar novas tecnologias

e atingir padrões de qualidade aceitos pelas grandes empresas exportadoras.

Na área da educação nota-se avanços significativos: Livro Didático para todos os

níveis gratuitamente, Programa Paraná Digital, Capacitação Continuada para

Profissionais da Educação, Implementação do Sistema SERE , CRTs disponibilizado

em todos os NREs e manutenção do Fundo Rotativo, distribuição de materiais e

equipamentos do mobiliário em geral e tecnológico. Possibilitou a criação de uma

página na Internet: Dia-a-dia educação, enriquecendo o acesso de pesquisas de

todos os profissionais, bem como a possibilidade de participação dos mesmos

através de suas criações. Distribuição de acervos bibliográficos para professores,

fornecimento de materiais de laboratório, dentre outros.

O Estado do Paraná tem uma bela característica de congregar várias raças e etnias

e credos que convivem harmonicamente nas diferentes regiões.

2.3.3 Realidade do Município de Mamborê

O município de Mamborê possui uma população em 2010 de 13.968 habitantes 3

caracteriza-se por uma economia basicamente agrícola com altos índices de

produtividade e que gera uma boa arrecadação de impostos para o porte do

município.

2 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Agropecuária, Produção Agrícola Municipal 2003.

3 Fonte: IBGE, População estimada para 2010

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O modelo de economia adotado desde os anos de 1970 com a mecanização e

monocultura, e também porque o município possui comércio e indústria incipientes o

que proporciona pouca geração de emprego e renda e poucas perspectivas de vida

para a maioria da população de menor poder aquisitivo.

O município conta com uma Biblioteca Pública, um Centro Cultural, Estádios e

Ginásios Poli esportivos, Academia de Atividades Físicas, Clubes e Associações

Recreativas, Cooperativa de Materiais Recicláveis, Parque Industrial, Centro de

Aprendizagem (CAR), Projeto Arte e Vida que atende crianças e adolescentes do

município e Centro de Atendimento as Famílias (CRAS). Os alunos que desejam

cursar o Ensino Superior dirigem-se a Campo Mourão que possui três instituições de

Ensino Superior, das quais duas públicas e uma particular, além de Educação

Superior à Distância. O Município também oferece Ensino Superior através da UEM,

Pós-Graduação e Pós-Médio a Distância através do ITDE.

2.3.4 O Colégio Estadual João XXIII na realidade Mamboreense

O Colégio João XXIII é o único a oferecer Ensino Médio dentro do perímetro urbano

de Mamborê, recebe alunos oriundos da comunidade rural e urbana, central e

periférica, e alguns fazem opção de estudarem em Escolas particulares de Campo

Mourão, cidade pólo, próxima.

O papel da escola nesta realidade é de formação para o mundo do trabalho, ou seja,

a ação do homem no mundo, numa perspectiva, humanista gramsciana, pois não

visa a formação para uma ocupação específica, mas, oferecer uma formação geral,

científico-tecnológica-humanista.

Caracteriza-se como um espaço de encontro e socialização da juventude

mamboreense, local onde pode ter acesso ao saber científico e cultural,

historicamente acumulado. Além das atividades curriculares clássicas, de acordo

com a definição de Saviani, em Pedagogia Histórico-Crítica: primeira aproximações,

a escola oferece em período regular ou de contraturno, acesso a vários projetos

dentre eles teatro, canto, dança e atividades esportivas com acesso à todos que

tiverem interesse. A escola também participa do Programa Viva a Escola com quatro

Projetos.

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Oferece também, em várias ocasiões no decorrer do ano, participação em eventos

cívicos, culturais e científicos promovidos pela escola tais como Feira Cultural e

Científica, sendo que um dos temas trabalhados “Doação de Sangue” passa ser

implantado como um Programa de Saúde da escola; Feira da Bondade – atividade

de ação social, solidariedade e protagonismo juvenil; Festa do Campo – retomando

os costumes e tradições populares; Semana Literária – conhecimento e produção

de poesias, objetivando o incentivo a leitura; Sessão Cívica – semanal; Gincana

Estudantil de Integração – realizada todo início de ano com intuito de receber e

integrar os alunos; FESARTE – Festival de Arte Estudantil; Participação dos alunos

nas Reuniões da Câmara de Vereadores por turma, Participação no Grêmio

Estudantil Elizabete Fernandes; Jogos Intersalas; Participação em eventos

municipais, regionais e estaduais de esportes, cultura e Federais tais como: ENEM,

Olimpíadas de Matemática, Física e Astronomia e outras que venham a ser

oferecidas; Projeto permanente de Reciclagem de Lixo. Participações variadas na

vida do município em campanhas de conscientização da população, censos,

pesquisas, etc.

Durante o ano é realizada a Escola de Pais com o objetivo de maior participação dos

pais, para discutir e refletir sobre temas que são sugeridos pelos pais.

A escola desenvolve um trabalho de conscientização e preservação do Patrimônio

Público.

2.4 Reflexão Teórico-Prática das Contradições e Conflitos Presentes na

Prática Docente

Nas discussões com os professores e funcionários indagamos a respeito o que

precisa mudar na escola, ao que responderam que há necessidade de mudanças

nas práticas pedagógicas e na forma de avaliação. Quanto às mudanças individuais

e coletivas pensam que há necessidade de comprometimento do grupo com as

decisões tomadas quanto as mudanças necessárias, que se adote um linha de

trabalho e que todos cumpram com a sua parte.

Avalia-se que já existem condições mínimas de trabalho na escola, porém é um

desejo coletivo de que os Laboratórios de Biologia, Física, Química e Informática

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possam ficar em condições de uso, possuindo equipamentos e reagentes em

quantidade suficiente para pesquisas e trabalhos e laboratoristas.

As análises feitas sobre o tema democratização do conhecimento, demonstram que

não há muita clareza ou unanimidade sobre o assunto, alguns afirmam que a

democratização trouxe problemas em relação a disciplina e outros que a

democratização é necessária para formação de espíritos críticos e para a escola

pública visto receber uma clientela bastante diversificada.

A maioria afirma que já discutiram sobre metodologias de ensino em cursos de

capacitação, reuniões pedagógicas e conselhos de classe, enquanto outros dizem

nunca ter conhecimento sobre o assunto ou que não houve paradas específicas na

escola para debate deste tema.

Quanto ao livro didático a maioria posiciona-se à favor visto que é um dos únicos

materiais que o aluno de classe popular da escola pública tem acesso, considera um

apoio importante ao trabalho.

Em relação à avaliação embora seja consenso a necessidade de mudança analisam

que as práticas da escola ainda são tradicionais centradas em provas e que também

procuram levar em conta as atividades do dia-a-dia.

Quando questionados sobre a indisciplina, os professores atribuem à

desestruturação familiar, problemas sociais e a má interpretação do Estatuto da

Criança e do Adolescente (ECA) a liberação exagerada e falta de limites, refletindo-

se em problemas na escola. Consideram justa e legítima preocupação da escola

com a disciplina, visto que sem ela afirmam que não há possibilidade de

concretização de uma prática pedagógica competente e coerente.

A formação inicial dos professores e funcionários no geral é boa dentro do mínimo

exigido para função, quanto aos professores especificamente, todos possuem no

mínimo especialização.

A formação continuada é realizada por meio de grupos de estudos por área do

conhecimento e também de assuntos gerais que abrangem a prática pedagógica,

utiliza-se também o Conselho de Classe e Hora-atividade para estudos específicos

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ou análise de metodologias de ensino ou avaliação que melhorem o aproveitamento

escolar.

As relações de trabalho na escola em geral são amigáveis e respeitosas com cada

qual cumprindo suas tarefas e nos momentos em que se faz necessário, tais como

eventos, projetos, feiras, todos os segmentos trabalham em conjunto.

Um dos problemas que afeta a qualidade do trabalho na escola é a alta rotatividade

de professores contratados temporários, professores que têm suas aulas “picadas”

em diversas escolas, professores com excesso de carga horária. Os professores

contratados não criam uma identidade com a escola e seu projeto político

pedagógico, o mesmo acontece com aqueles que tem suas aulas dividas por

diversas escolas.

A participação dos pais e da comunidade na escola é representativa, demonstrada

por meio do Conselho Escolar, Associação de Pais, Mestres e Funcionários e nas

atividades desenvolvidas pela escola, cita-se como exemplo, reuniões, Escola de

Pais, feiras e festas.

O Colégio a partir do ano 2009 passa a participar do Programa Viva a Escola, que é

oferecido pela SEED, como atividades pedagógicas de complementação curricular.

Além destes, a escola mantém outros Projetos com parcerias com professores e

comunidade escolar como, por exemplo, o Programa Anjos da Escola.

O critério de distribuição das turmas se faz por turno, por idade, levando-se em

conta observações do Conselho de Classe e dos Pedagogos de forma que os

alunos possam avançar na aprendizagem. Durante o ano, são realizados

remanejamentos de forma a adequar o aluno na turma que melhor lhe convém,

utilizando-se inclusive mudanças de turnos, nestes casos sempre os pais ou

responsáveis são comunicados do motivo pelo qual a medida está sendo tomada,

levando-se em consideração o aproveitamento escolar.

Percebe-se ainda algumas contradições entre a teoria que fundamenta as Diretrizes

Curriculares e os objetivos maiores de construção de um homem crítico, criativo e

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transformador, em relação a prática desenvolvida tanto na metodologia adotada

quanto em relação às práticas avaliativas dos professores.

A evasão escolar constitui-se num problema que atinge mais a classe trabalhadora

do período noturno, não estando somente ao alcance da escola resolvê-lo, visto

estar condicionado a determinantes econômicos e sociais.

Conforme pesquisa realizada no colégio para detectar as causas da evasão, foram

expostos pelos alunos os seguintes motivos: gravidez na adolescência; casamento

(os maridos não permitem a freqüência à escola); distância da residência em relação

a escola; dependência química, pessoal ou familiar; envolvimento com delitos ou

atos criminosos resultando ou não em detenção; mudança para outros municípios ou

estados em busca de emprego; dificuldade em conciliar o trabalho, vida particular e

os estudos, número excessivo de faltas; opção pelo supletivo devido ser mais rápido

e concentrado. A escola busca conter a evasão com várias ações tais como visitas

às famílias ou local de trabalho dos alunos; palestras; gincanas e projetos; oferta de

merenda escolar; torneio estudantil; festas; orientação individual pelas pedagogas;

encaminhamento ao Conselho Tutelar por reiteradas faltas; reuniões com os pais;

adequações das práticas pedagógicas e metodologias de avaliação;

3 MARCO CONCEITUAL

O marco conceitual do Projeto Político Pedagógico busca expressar as concepções

que o nortearão: de mundo, sociedade, homem, trabalho, educação e cultura,

ciência, tecnologia, função social da escola, ensino/aprendizagem e avaliação. Os

conceitos aqui expressos definem as visões do coletivo da escola, das necessidades

sociais da comunidade, definidos em reuniões próprias, pesquisados nas teorias

contemporâneas e progressistas, relativas aos pressupostos e na legislação

educacional vigente.

3.1 Pressupostos Filosóficos

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As Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná baseiam-se na filosofia marxista e

histórico-dialética, a escola adota a mesma convicta de que são as ideais para

serem praticadas em virtude da sociedade e sujeitos que se deseja construir.

3.2 Princípios Norteadores da Educação Nacional

Os princípios norteadores da educação nacional constam na Constituição Federal

de 1988, Art. 206, LDB 9.394/96, Título II, Art. 2º e 3º, todos os incisos.

De acordo com os princípios norteadores a educação é direito de todos os cidadãos

e dever do Estado e da família, inspirada nos ideais de solidariedade humana, tem

por objetivo o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da

cidadania e sua qualificação para o trabalho, compreendendo o trabalho como

principio educativo, pois é através dele que compreendemos a função social da

escola, nos mantemos vivos, produzimos a riqueza e nossa própria existência.

Para todas as escolas esses princípios são relevantes e para a escola pública mais

ainda porque deixa claro a educação como direito de todos e dever constitucional do

Estado e da família, constitui-se num preceito importantíssimo para o acesso e

permanência na escola, definindo papéis.

A seguir transcreve-se na íntegra os princípios:

I. Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II. Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o

pensamento, a arte e o saber;

III. Pluralismo de idéias e concepções pedagógicas;

IV. Respeito a liberdade e apreço à tolerância;

V. coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;

VI. gratuidade do ensino público, conforme LDB 9.394/96 e Constituição

Federal;

VII. valorização do profissional da educação escolar ;

VIII. gestão democrática do ensino público, conforme LDB 9.394/96 e

Constituição Federal e legislção do Sistema Estadual de Ensino;

IX. Garantia de padrão de qualidade;

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X. Valorização da experiência extra-escolar;

XI. Vinculação entre educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.

3.3 Mundo

Tem-se uma concepção de mundo em constante transformação, construído por

todos os seres humanos, no qual deve ocorrer uma busca permanente de inclusão,

superação de discriminações, com ética, valorização da vida e do ambiente natural e

social.

3.4 Sociedade

Deseja-se uma sociedade mais justa igualitária, na qual todos sejam respeitados em

seus direitos básicos de acesso a saúde, educação, cultura, lazer, moradia, trabalho.

Uma sociedade mais ética no seu sentido etimológico do grego ethos segundo

definição de Leonardo Boff:

Ethos com e pequeno significa a morada, o abrigo permanente, seja dos animais (estábulo), seja dos seres humanos (casa). [...] A morada o enraiza na realidade, dá-lhe segurança e permite a ele sentir-se bem no mundo. Ela não é, de antemão, dada pela natureza, mas tem de ser construída pela atividade humana. Eis a obra da cultura. A morada deve ser cuidada e continuamente retrabalhada, enfeitada e melhorada. [...] Ethos se traduz, então, por ética. É uma realidade da ordem dos fins: viver bem, morar bem. (BOFF, 2003, P.28)

Ele também nos explica que ethos com E grande significa os costumes, o conjunto

de valores, os hábitos consagrados pela tradição cultural de um povo.

Segundo desejo expresso por pais, alunos e professores deseja-se uma sociedade

na qual o sujeito aja com princípios, que não roube, não desvie recursos públicos,

não faça promessas vãs, que não aja oportunisticamente tentando auferir vantagens

pessoais em detrimento do coletivo. Também uma sociedade que seja boa e

habitável por todos.

Paulo Freire em Pedagogia da Esperança nos fala sobre a importância de termos

esperança, de acreditarmos sempre que sonhar e lutar por um mundo melhor é

possível:

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É que a “democratização da sem-vergonhice que vem tomando conta do país, o desrespeito à coisa pública, a impunidade se aprofundaram e se generalizaram tanto que a nação começou a se pôr de pé, a protestar. Os jovens e adolescentes também, vêm às ruas, criticam, exigem seriedade e transparência. O povo grita contra os testemunhos de desfaçatez. As praças públicas de novo se enchem. Há uma esperança, não importa que nem sempre audaz, nas esquinas das ruas no corpo de cada uma e de cada um de nós. É como se a maioria da nação fosse tomada por incontida necessidade de vomitar em face de tamanha desvergonha. (FREIRE, 1992, p.10)

Nos diz que, acreditar que a esperança sozinha transforma o mundo seria

ingenuidade, mas que também não podemos prescindir da esperança e que esta

deve ancorar-se na prática.

3.5 Homem

Para um mundo e sociedade melhores, precisamos de homens conscientes de seu

poder de decisão e ação no mundo, que se percebam enquanto sujeitos e objetos,

inseridos em uma cultura e sociedade das quais herda valores e problemas mas que

pode e deve ser transformada por força de sua vontade e trabalho, material e

imaterial.

Retomamos a leitura de três linhas psicológicas básicas, para que o grupo tivesse

oportunidade de conhecer a concepção de Homem nas correntes: Neobehavorismo

de Skinner, Construtivismo de Piaget e Sócio-interacionismo de Vigotsky e em cada

uma delas a concepção de homem. No Neobehavorismo pudemos perceber o

homem enquanto objeto treinável e adaptável ao mundo por meio do

condicionamento operante, no Construtivismo o homem como construtor do

conhecimento significativo e no sócio-interacionismo o homem inserido numa cultura

e sociedade, sujeito e objeto de sua história social e individual. Além destas, os

pressupostos da concepção problematizadora e libertadora de Paulo Freire que

coloca o homem como um ser em busca de sua vocação ontológica: humanizar-se.

Após leitura e exposição das correntes aceita-se que o homem é construtor de

conhecimentos significativos, inserido numa sociedade e cultura, historicamente

situado, em busca de sua humanização e adota-se os pressupostos destas

correntes, rejeita-se a corrente comportamentalista de condicionamento operante

bem como o ideário inatista de que o homem já nasce predestinado

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hereditariamente pois a mesma desvaloriza a capacidade de quem aprende e de

quem ensina. Enfatizando a Educação do Campo, percebe-se este homem inserido

no campo e valoriza-se seu trabalho e construção de saberes.

3.6 Gestão Escolar

A Gestão democrática na escola deve promover a participação coletiva, não apenas

das pessoas que delas fazem parte, mas sim envolver a comunidade escolar.

De acordo com Souza et.al (2005, p. 17) gestão democrática é um processo político

através do qual as pessoas na escola discutem, deliberam e planejam, solucionam

problemas e os acompanham e avaliam as ações voltadas ao desenvolvimento da

própria escola. Portanto, esta deva estar sustentada no diálogo e na alteridade,

tendo como base a participação efetiva de todos os segmentos da comunidade

escolar, garantindo, assim, o amplo acesso às informações aos sujeitos da escola.

Para que a gestão democrática aconteça de maneira efetiva, é necessária a

existência de uma política organizada para o mesmo fim. As instâncias colegiadas

que se fazem presentes na escola fortalecem a gestão na tomada de decisão e

reivindicação, podem defender mais efetivamente seus direitos com relação ao

ensino. A gestão democrática implica uma tomada de decisão coletiva na

organização e planejamentos, e este é a construção do Projeto Político Pedagógico,

do Regimento Escolar, do Plano de Ação e do Plano de Trabalho Docente, sendo

necessário um rigor teórico para que se possa ter uma organização escolar.

O desafio de transformar a escola num espaço onde se vivencia a plenitude da

democracia implica a construção de uma política pública que contemple a

participação efetiva dos diversos atores sociais do universo escolar – diretores,

professores, alunos, pais e comunidade – na formulação e na implementação da

gestão democrática. Esse processo deve acontecer de maneira harmoniosa. Mas

não pode pretender que a união em torno da democracia dentro dos colégios elimine

conflitos ou divergências. Eles são parte intrínseca dessa construção e devem ser

enfrentados.

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Somente com estruturas gestoras fortalecidas, poderão consolidar princípios,

métodos, práticas e relações de gestão tanto eficientes quanto democráticas. Isso

possibilitará uma nova relação de poder dentro dos estabelecimentos de ensino que

será essencial para a construção de um projeto escolar comprometido com a

qualidade, no qual questões como repetência contará com a participação de todos

os atores envolvidos, esses, com base nas possibilidades disponíveis em sua

realidade, buscarão soluções conjuntas para os problemas.

Outro benefício advindo de gestão democrática é a ampliação da presença da

escola em sua comunidade, de modo que possa intervir para a melhoria da

realidade social, econômica e cultural da região.

A participação do estudante na escola deve ser estimulada ao máximo, para tanto, é

fundamental o fortalecimento dos grêmios estudantis, como representatividade

legítima dos alunos e de interlocução com outros partícipes da escola, até mesmo

sobre os projetos pedagógicos e sobre a utilização racional dos recursos. Assim, a

noção de democracia estará nascendo dentro de cada estudante a partir de seu

próprio cotidiano dentro do ambiente escolar.

As eleições são fatores indispensáveis para a construção da democracia, apesar de

não serem suficientes para assegurá-las. São várias as opções sobre quem será

esse gestor, indo do mais tradicional, o diretor, e passando por outras alternativas,

tais como APMFS, Conselho Escolar e Grêmio Estudantil, que contemplam ampla

participação dos sujeitos envolvidos.

A docência é elemento fundamental no processo, é preciso superar a incômoda

divisão de trabalho bem como os limites das relações hierárquicas, os quais, apesar

de necessários para a administração da escola, não facilitam o processo de

construção democrática, afinal, todos devem se sentir responsáveis em igual escala

para que se sintam estimulados a participar.

3.7 Educação e Ciências

A educação se torna um instrumento poderoso de capacitação num contexto em que

se desejam transformações na sociedade, e indivíduos capazes para realizá-las.

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Tomamos do texto de Saviani (1999) Da natureza e especificidade da Educação as

considerações necessárias para conceituarmos educação e especialmente a

educação escolar.

Saviani (1999) nos explica que o homem diferentemente dos outros animais que

apenas adaptam-se à natureza precisa retirar intencionalmente desta, por meio do

trabalho, seus meios de subsistência. Expõe que ao produzir artefatos para atender

as suas necessidades, ao longo da história da humanidade, o homem cria também o

mundo das idéias, da cultura, das artes, dos valores. Cria, portanto, objetos

materiais e não materiais. A educação está entre as criações não materiais da qual

se utiliza para transmitir o acervo de conhecimentos acumulados. Explana que

existem, segundo os gregos, três tipos de conhecimento: Doxa, Sofhia e Episteme.

Doxa – conhecimento do senso comum, popular, baseado na opinião; Sofhia –

conhecimento adquirido pela experiência, ao longo da vida, dos sábios, dos mais

velhos; Episteme – conhecimento científico.

Portanto, pode-se compreender que o que justifica a existência da escola e para o

qual foi criada é o conhecimento científico, pois os outros conhecimentos podem ser

adquiridos em outras instâncias que não a escolar.

Tanto Saviani como Paulo Freire em várias de suas obras nos apresentam a

educação como imprescindível à emancipação humana, Vigotsky vai ainda mais

fundo, designando a educação fator de humanização, pois, segundo ele, só pode

designar-se humano aquele que participa e compreende a vida de seu tempo.

Enquanto, escola pública temos ainda um compromisso muito maior, pois a escola

constitui-se como espaço – único muitas vezes – de acesso ao saber científico e

sistematizado das classes populares. Parafraseando ainda Saviani, para libertação é

preciso dominar o que os dominantes dominam.

3.8 Ciências e Tecnologia

Vários autores hoje discutem como a Ciência e a Tecnologia têm trazido ao homem

enormes benefícios bem como transformado o mundo de maneira agressiva,

tomaremos de Sagan (ano) algumas considerações importantes:

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A Ciência e a Tecnologia têm salvo bilhões de vidas, melhorando o bem-estar de muitas mais, ligado o planeta numa união lentamente anastomosamente – e ao mesmo tempo mudando o mundo de tal forma que muitas pessoas já não se sentem em casa na Terra. Criamos uma gama de nossos males: difíceis de ver, difíceis de entender, problemas que não podem ser resolvidos imediatamente - e que, sem dúvida, não poderão ser solucionados sem desafiarmos aqueles que detêm o poder. (Sagan, 1998, p. 80)

É um alerta importante e que nos faz pensar no papel da ciência e da tecnologia no

mundo contemporâneo. Para onde estamos indo? Qual o nosso porto? Devemos

pensar que o conhecimento produzido deve ser para a melhoria da qualidade de

vida de todo planeta e não para exaustão e destruição dos recursos naturais e

criação de distâncias sociais e econômicas cada vez maiores entre classes sociais e

países.

Segundo texto produzido pelos professores em grupo, a C&T trouxeram benefícios

nos campos da medicina, conservação e produção de alimentos na modernização

das cidades e das atividades rurais, por outro lado, os benefícios geraram outros

problemas com relação à destinação do lixo, produção de material bélico, poluição

dos rios, sonora, efeito estufa, aparecimento de bactérias e vírus cada vez mais

resistentes. Acentuados problemas sociais com a miséria que se alastra4..

Ainda segundo os professores a educação deve fornecer os instrumentos

necessários para se refletir e intervir de modo consciente no mundo de modo a não

causar a extinção da própria raça humana.

A ciência não pode ser ensinada como algo pronto e acabado, eco de pensamentos

já pensados e que apenas precisamos repetir. É necessário se questionar a serviço

de quem estão hoje a ciência e a tecnologia (C&T), dar oportunidades no ambiente

escolar para a pesquisa e produção de novos conhecimentos, a condução de

saberes para resolução de problemas do cotidiano, da realidade natural e social.

É preciso discutir quais os benefícios e malefícios trazidos pela C&T, percebê-las em

nosso meio ambiente: nos transgênicos, nas células tronco, na inseminação artificial,

nos meios de comunicação, na produção de alimentos e remédios, etc.

4 Utiliza-se no decorrer do texto caracteres em itálico para transcrever na íntegra a fala de professores, alunos ou

pais nas reuniões para elaboração do PPP.

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Pois segundo nossos mestres a C&T estão a serviço da classe dominante e podem

se tornar uma arma contra a própria espécie humana. Utilizando-nos de um texto de

Rubem Alves refletiu-se sobre os rumos da ciência hoje:

Não só os poetas: C. Wright Mills, um sociólogo sábio, comparou nossa civilização a uma galera que navega pelos mares. Nos porões estão os remadores. Remam com precisão cada vez maior. A cada dia recebem remos novos, mais perfeitos. O ritmo das remadas se acelera. Sabem tudo sobre a ciência do remar. A galera navega cada vez mais rápido. Mas, perguntados sobre o porto do destino, respondem os remadores: “O Porto não nos importa. O que importa é a velocidade com que navegamos. [...] C. Wright Mills ussou essa metáfora para descrever nossa civilização por meio de uma imagem plástica: multiplicam-se os meios técnicos e científicos a nosso dispor, que fazem com que as mudanças sejam cada vez mais rápidas; mas não temos idéia alguma de “para onde” navegamos. (ALVES, 1999, p. 75).

A ciência e tecnologia fazem parte de nossas vidas hoje, porém precisamos saber

para onde navegamos, onde pretendemos chegar. Os conhecimentos e

instrumentos produzidos pelo conhecimento humano devem estar direcionados para

melhoria de qualidade de vida do planeta, para a construção de uma sociedade mais

justa e aqui retomamos a necessidade de ética planetária defendida por Leonardo

Boff.

A escola deve incluir em sua tarefa a disseminação da compreensão da ciência

enquanto construção humana com um propósito definido: a preservação e a

melhoria da qualidade de vida de todos os seres vivos do planeta e de seus recursos

naturais, renováveis e não renováveis.

3.9 Cultura e Multiculturalismo

Sem os homens certamente não haveria cultura, mas, de forma semelhante e muito significativamente, sem cultura não haveria homens.

(Clifford Geertz)

Ao elaborar um Projeto Político Pedagógico (PPP), necessita-se definir uma

concepção de cultura que permeará as atividades educacionais. Após explanação

de definições de cultura, pesquisadas pela equipe pedagógica, professores em

grupo descreveram como será a concepção que norteará o PPP da escola a mesma

está descrita e fundamentada nas linhas que se seguem.

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O conceito de Cultura é entendido como criação humana historicamente constituída.

Essa criação refere-se tanto à produção das condições materiais de existência

quanto à organização política, econômica e social, bem como à produção de

símbolos, de representações e significados, resultantes das práticas sociais. Tais

práticas, por sua vez, são mediadoras das relações sociedade-natureza e

produtoras de saberes que se manifestam nas dimensões técnico-científica,

filosófica e artística do conhecimento.

A cultura é o modo de ver, sentir, ter, conviver, expressar emoções e relações de um

povo.

Trabalhou-se com alguns conceitos de cultura, pesquisados em Geertz (1989) para

uma maior clareza de definição da palavra: o modo de vida global de um povo; o

legado social que o indivíduo adquire do seu grupo; uma forma de pensar, sentir e

acreditar; uma abstração do comportamento; uma teoria, elaborada pelo

antropólogo, teoria sobre a forma pela qual um grupo de pessoas se comporta

realmente; um celeiro de aprendizagem em comum; um conjunto de orientações

padronizadas para os problemas recorrentes; comportamento aprendido; um

mecanismo para regulamentação normativa de comportamento; um conjunto de

técnicas para se ajustar tanto ao ambiente externo como em relação aos outros

homens.

Conforme conceito desenvolvido por Geertz (1989): “O homem é um animal

amarrado a teias de significados que ele mesmo teceu,” a cultura são teias e na sua

análise, portanto, a cultura não pode ser interpretada como não como uma ciência

experimental em busca de leis, mas como uma ciência interpretativa, à procura do

significado.

Segundo Dermeval Saviani (1999): a Cultura caracteriza-se por todas as ações do

homem sobre a natureza, transformando-a e adaptando-a as suas necessidades.

A cultura apresenta características peculiares: deve ser pública; ter significados

socialmente estabelecidos; manifesta-se por meio de símbolos (arte, religião,

ideologia, ciência, lei, moralidade, senso comum); é direito; coloca os cidadãos em

situação de equidade; é cumulativa e dinâmica.

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Em se tratando de vida social, a cultura (significação) está em toda parte. Todas as

nossas ações sejam na esfera do trabalho, das relações conjugais, da produção

econômica ou artística, do sexo, da religião, das formas de dominação e de

solidariedade, tudo nas sociedades humanas é constituída segundo os códigos e as

convenções simbólicas a que denominamos “cultura”.

Definiu-se pelos professores que uma das funções da escola é a difusão das

diversas culturas para que o indivíduo possa compreendê-las e respeitá-las.

Para reflexão sobre o multiculturalismo, utilizou-se do texto de Resende (1998) in

Veiga e Resende do livro Escola: espaço do Projeto Político-Pedagógico. Neste

texto a autora define multiculturalismo como reconhecimento da diversidade e ao

mesmo tempo intervencionismo entre diferentes culturas.

Resende argumenta que a cultura dominante de determinados grupos sociais é

transmitida na escola, muitas vezes como a única e correta, levando a justificação

de discriminações e desvalorização da diversidade cultural dos povos.

A escola ao longo de sua história tem evidenciado uma monocultura que se expressa pela intransigência e pela impermeabilidade em relação tanto às realidades diversas como ao multifacetado mundo das crianças e dos adolescentes. [...] Os espaços culturais têm se constituído em freqüentes focos de luta, de diferenças e de disputas de poder absolutamente desiguais não em sua essência, isto é, não se voltando às diferenças absolutas, mas àquelas relativas a certos aspectos ou certas combinações de alguns deles, como, por exemplo, o político, o racial, o religioso, de gênero, de classe social, entre outros (RESENDE, 1998, p. 34, 35)

Os professores identificaram a necessidade do respeito às diferenças no espaço

escolar. Levou-se ainda em conta a necessária observação de que uma escola para

constituir-se como um espaço democrático, não basta ter eleições para diretor, é

preciso ter autonomia para uma gestão participativa e construção de sua própria

identidade. Denuncia que muitas vezes mudanças são anunciadas em pacotes,

porém não se operacionalizam devido a resistências e até falta de compreensão das

mesmas. O respeito a diversidade deve se dar no cotidiano das relações escolares.

Superando preconceitos de toda ordem e também o pensamento de uma cultura

hegemônica.

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3.10 Educação do Campo

Definindo a construção de uma identidade e o respeito a cultura local em que a

economia do Município baseia-se na agricultura e pecuária, sendo que um grande

número de alunos estão ligados a zona rural. O Colégio como integrante de uma

educação valoriza o povo do campo, onde os conhecimentos precisam ser levados

em consideração, constituindo-se um ponto de partida das práticas pedagógicas da

Escola do Campo.

Valorizar o campo como espaço importante, não apenas no âmbito econômico, mas

também no social, cultural e natural. É relevante ressaltar que campo e cidade são

espaços inter-relacionados, um depende do outro, por isso o campo deve ser

valorizado tanto quanto o urbano, pois as pessoas que vivem no campo têm direito a

uma educação, que deve ser pensada desde o seu lugar e com a sua participação

vinculada a sua cultura e as suas necessidades humanas e sociais.

Portanto devemos contribuir para alta afirmação da identidade do homem do campo,

no sentido da valorização do seu trabalho, da sua história, dos seus conhecimentos,

de sua relação com a natureza envolvendo questões relativas a preservação e

conservação do meio ambiente, numa atitude de recriação de sua própria história.

Cabe a escola desmistificar o campo como espaço onde se produz apenas para

exportação, destituindo-o como território onde as pessoas não produzem em grande

escala, e também como escola do campo trabalhando na perspectiva da valorização

do campo como espaço de sobrevivência familiar praticando alternativas como

turismo, lazer, pequenas culturas etc.

3.11 Cultura Afrobrasileira e Indígena

A Lei nº 11.645, de 10 de março de 2008, altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro

de 1996, modificada pela Lei 10.639 de 09 de janeiro de 2003,que estabelece as

diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de

Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena".

Que implica reconhecimento, justiça e iguais direitos sociais, civis, culturais e

econômicos, bem como valorização da diversidade daquilo que distingue os negros

e indígenas dos outros grupos que compõem a população brasileira. Requer

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também que se conheça a sua história e cultura apresentadas, explicadas,

buscando-se especificamente desconstruir o mito da democracia racial na sociedade

brasileira.

Ainda requer a adoção de políticas educacionais e de estratégias pedagógicas de

valorização da diversidade, a fim de superar a desigualdade étnico-racial presente

na educação escolar brasileira, nos diferentes níveis de ensino.

Assim sendo, a educação das relações étnico-raciais impõe aprendizagens entre

brancos e negros, trocas de conhecimentos, quebra de desconfianças, projeto

conjunto para construção de uma sociedade justa, igual, equânime.

Combater o racismo, trabalhar pelo fim da desigualdade social e racial, empreender

reeducação das relações étnico-raciais não são tarefas exclusivas da escola. As

formas de discriminação de qualquer natureza não têm o seu nascedouro na escola,

porém o racismo, as desigualdades e discriminações correntes na sociedade

perpassam por ali. Para que as instituições de ensino desempenhem a contento o

papel de educar, é necessário que se constituam em espaço democrático de

produção e divulgação de conhecimentos e de posturas que visam a uma sociedade

justa. A escola tem papel preponderante para eliminação das discriminações e para

emancipação dos grupos discriminados, ao proporcionar acesso aos conhecimentos

científicos, a registros culturais diferenciados, à conquista de racionalidade que rege

as relações sociais e raciais, a conhecimentos avançados, indispensáveis para

consolidação e concerto das nações como espaços democráticos e igualitários.

A História e cultura afro brasileira, africana e indígena deve ser discutido como

expressão histórica, política e econômica da realidade.

Tais conteúdos não se constituem como temas transversais, pois não são assuntos a serem esporadicamente trabalhados na forma de projetos ou apenas durante dias específicos como o Dia da Consciência Negra, são, sim, conforme indicam nossas Diretrizes, conteúdos que devem ser trabalhados em todas as disciplinas da matriz curricular e assim devem estar contemplados no Projeto Político-Pedagógico de cada instituição de ensino (PARANÁ, 2006: p.7).

Que deverá estar sendo conduzido pelos princípios:

À igualdade básica de pessoa humana como sujeito de direitos;

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À compreensão de que a sociedade é formada por pessoas que pertencem a

grupos étnico-raciais distintos, que possuem cultura e história próprias,

igualmente valiosas e que em conjunto constroem, na nação brasileira, sua

história;

Ao conhecimento e à valorização da história dos povos africanos e da cultura

afro-brasileira na construção histórica e cultural brasileira;

À superação da indiferença, injustiça e desqualificação com que os negros, os

povos indígenas e também as classes populares às quais os negros, no geral,

pertencem, são comumente tratados;

Análise crítica, objetivando eliminar conceitos, idéias, comportamentos

veiculados pela ideologia do branqueamento, pelo mito da democracia racial,

que tanto mal fazem a negros e brancos;

À busca, da parte de pessoas, em particular de professores não

familiarizados com a análise das relações étnico-raciais e sociais com o

estudo de história e cultura afro-brasileira e indígena, de informações e

subsídios que lhes permitam formular concepções não baseadas em

preconceitos e construir ações respeitosas;

Ao diálogo, via fundamental para entendimento entre diferentes, com a

finalidade de negociações, tendo em vista objetivos comuns; visando a uma

sociedade justa.

3.12 Desafios Educacionais Contemporâneos

Os Desafios Educacionais Contemporâneos, os quais têm uma historicidade ligada

ao papel e à cobrança da sociedade civil organizada, em especial dos movimentos

sociais.

Ao situar o currículo (PARANÁ, 2008 p 6) como um produto histórico, resultado de

um conjunto de forças sociais, políticas e pedagógicas que expressam e organizam

os saberes que circunstanciam as práticas escolares na formação dos sujeitos que,

por sua vez, são também históricos e sociais. Ou seja, o currículo deve oferecer, não

somente vias para compreender tanto os saberes nele inseridos, como também, os

movimentos contraditórios pelos quais a sociedade vem enfrentando e de que forma

os sujeitos se inserem neles.

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Nesta perspectiva de currículo, hoje, enquanto marcos legais (exemplo: Lei 10639/03 trata sobre obrigatoriedade do ensino da História e cultura afro brasileira e africana – Lei 11645/08, trata sobre obrigatoriedade do ensino da História e cultura afro brasileira, africana e indígena - ECA, Estatuto do Idoso, entre outros) têm uma historicidade ligada ao papel e à cobrança da sociedade civil organizada, em especial dos movimentos sociais. Esta pressão histórica da sociedade na condução destas discussões também resulta em acordos internacionais firmados pelos países signatários, a exemplo do acordo Conferência Mundial de Combate ao Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Discriminações Correlatas. (2001). Esta historicidade ajuda a compreender por que algumas demandas ganham força de lei e outras não. (PARANÁ, 2008, p 12)

Porém a SEED ressalta que a escola não dá conta de tudo, mas de forma

consciente e fundamentada pode e deve fazer o exercício de discutir sobre estes

desafios, entendendo-os na mesma perspectiva do conteúdo escolar: na perspectiva

da historicidade, da concreticidade e da totalidade, indo para além de

representações ingênuas, idealistas e estereotipadas da realidade.

Os Desafios Educacionais Contemporâneos: Educação Ambiental; Prevenção ao

uso indevido de drogas; Relações Étnico-Raciais; Sexualidade; Violência na escola

devem ser contemplados a partir das dimensões históricas, sociais, políticas e

econômicas de leituras, pesquisas, debates e outras estratégia pertinentes, que

deverão ser contemplados no Plano de Trabalho Docente, como parte do conteúdo

e buscar os fundamentos conceituais, entendo-o nas dimensões históricas, sociais,

políticas e econômicas, suscitando a busca por suportes concretos, dada a

compreensão dos mesmos em sua concretude.

Os desafios educacionais contemporâneos devem ser trabalhados de forma

dialética, portanto devem ser discutidos como expressões históricas, políticas e

econômicas da realidade. Estas serão acompanhadas pela equipe multidisciplinar,

esta é constituída por representantes de todas as instâncias das escolas, cuja

incumbência será pautar e refletir sobre ações pedagógicas que contribuam para o

fortalecimento da Educação das Relações Etnicorraciais e para o Ensino de História

e Cultura Africana, Afrobrasileira e Indígena. É uma estratégia para refletir e superar

as manifestações e atitudes de preconceito e discriminação raciais, ainda existentes

nas escolas a partir dos sujeitos que historicamente não são contemplados nos seus

direitos dentro do processo de educação formal.

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3.13 Formação Continuada

A formação continuada é um dos princípios da gestão democrática, para garantir

que a formação continuada aconteça é necessário ofertar encontros coletivos e

periódicos, a partir das necessidades apontadas pelos trabalhadores em educação,

previstos em calendário e realizados, preferencialmente, na própria escola onde

atuam, tendo como objetivo a reflexão sobre as múltiplas dimensões da prática

educativa.

Para que se possa efetivar a Formação continuada na escola a escola incentiva que

o professor participe da construção de Folhas, que oportuniza o professor a escrever

a sua prática. A participar do Ambiente de Aprendizagem Colaborativo onde o

professor pesquisa e disponibiliza diferentes recursos para aprofundar seus estudos.

Como também a participara dos grupos de estudos onde os profissionais da

educação podem estabelecer uma relação entre a teoria e pratica. Além de

incentivar e apoiar o professor para participar do Programa de Desenvolvimento

Educacional (PDE) que tem como objetivo que o professor busque conhecimento,

este oferece o Grupo de Trabalho em Rede, assim professor PDE pode partilhar,

contribuir e receber contribuições a partir de seu projeto de estudo.

A hora atividade também é um espaço de formação continuada, e segundo o art. 3°

da Lei Estadual n° 13807, de 30/09/2002 é o período em que o professor

desempenha funções da docência, reservado a estudos, planejamento, reunião

pedagógica, atendimento à comunidade escolar, preparação das aulas, avaliação

dos alunos e outras correlatas, devendo ser cumprida integralmente no local do

exercício, portanto a lei evidencia o caráter exclusivamente pedagógico da hora-

atividade, a qual não deve somente destinada às atividades práticas docentes, mas,

também, à realização de estudos teóricos. Neste momento cabe à equipe

pedagógica coordenar as atividades coletivas e acompanhar as atividades

individuais a serem desenvolvidas durante a hora-atividade e cabe à direção

sistematizar o quadro e a distribuição da hora-atividade, que deverá constar em

edital, permitindo o seu acompanhamento e informando à comunidade escolar da

disponibilidade de horário de atendimento do professor aos alunos e pais.” Também

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é de responsabilidade do diretor do estabelecimento de ensino a distribuição e a

verificação do cumprimento da hora-atividade.

3.14 Concepção Curricular, Ensino e Aprendizagem

3.14.1 O Currículo e suas Determinações

O Currículo na Pedagogia Histórico-Crítica é concebido como o conjunto das

atividades nucleares desenvolvidas pela escola no qual deve-se diferenciar o que é

principal do que é secundário, o curricular, do extra-curricular.

Conforme já explicitado anteriormente, mas vale a pena reafirmar: o principal no

currículo é a transmissão/assimilação do conhecimento científico, filosófico, artístico

construído historicamente pela humanidade define-se esta como a tarefa principal da

escola e do currículo.

Saviani em Pedagogia Histórico-Crítica: primeiras aproximações e diversos outros

autores explicam que o espaço/tempo escolares devem ser bem organizados para

que se alcance tal objetivo e que a escola não pode transformar-se numa instituição

onde vários outros profissionais vendem e anunciam seus produtos bem como

agência de assistencialismo.

Segundo definição de Moreira e Silva (1995), o currículo não é elemento neutro,

inocente e atemporal, está ligado as determinações sociais do seu tempo, e a

preocupação principal do mesmo não pode reduzir-se ao “como” e sim ao “por que”

organizamos o conhecimento escolar, vejamos:

Nessa perspectiva, o currículo é considerado um artefato social e cultural. Isso significa que ele é colocado na moldura mais ampla de suas determinações sociais, de sua história, de sua produção contextual. O currículo não é um elemento inocente e neutro de transmissão desinteressada do conhecimento social. O currículo está implicado em relações de poder, o currículo transmite visões sociais particulares e interessadas, o currículo produz identidades individuais e sociais particulares. O currículo não é um elemento transcendente e atemporal _ ele tem uma história , vinculada a formas específicas e contingentes de organização da sociedade e da educação. (MOREIRA e SILVA, 1995, p 8)

O currículo está, portanto em constante construção e revisão, não se limita à

listagem de conteúdos como muitas vezes já foi interpretado no senso comum

escolar, está em função das concepções definidas neste Projeto Político Pedagógico

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e deve objetivar a construção de um determinado homem, inserido na sociedade na

qual é sujeito e objeto nas relações sociais.

Não pode em hipótese alguma servir para transmissão/reprodução da sociedade

vigente prestando-se a atuar como aparelho ideológico de estado e de reprodução

das relações sociais e econômicas assimétricas, deve sim contribuir para desvelar e

compreender o mundo onde está inserido e participar de sua transformação.

3.14.2 Ensino e Aprendizagem: a função da mediação

Além de compreender “o que” e “porque” deve transmitir, a escola necessita buscar

as formas mais adequadas de transmitir esse conhecimento, buscando para tal,

apoio na Psicologia e Didática para definir sua concepção de ensino, de

aprendizagem e de desenvolvimento.

Saber como o conhecimento se processa é de vital importância à escola e aos

educadores, pois baseado em como se pensa que se processa o conhecimento e

como o aluno aprende pode-se definir os encaminhamentos metodológicos das

disciplinas.

As Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná estão apoiadas na Psicologia Social

de Vigostski, no Sócio-Interacionismo, no materialismo dialético e na Pedagogia

Histórico-Crítica. Conforme estas concepções o conhecimento é mediado pelo

social. O professor não ensina apenas o conteúdo, mas também a forma como o

aluno entra em contato com o conteúdo pela própria forma que ensina.

O ensino é o processo através do qual o saber é sistematizado e transmitido ao

aluno, realiza a mediação do saber difuso, parcial, desarticulado do educando e o

saber científico.

A aprendizagem é o processo de organização do conhecimento pelo aluno e a

incorporação/assimilação de conhecimentos à sua prática social; instrumentalização

dos educandos para a compreensão, elaboração de uma visão de mundo mais

articulada. Inicia-se antes da aprendizagem escolar. Segundo esta concepção a

inteligência não se desenvolve naturalmente, é histórica, aprendida na relação com

o outro. Por isso a mediação do professor é tão valorizada. Eis o ponto em que as

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teorias de Vigotsky e Piaget se diferenciam, pois para Vigotsky aprendizagem gera

desenvolvimento. Explica-nos por meio das zonas de desenvolvimento assim

divididas: os seres humanos possuem durante a vida duas zonas de

desenvolvimento, a real e a potencial ou proximal5. A Zona de Desenvolvimento Real

(ZDR), é tudo aquilo que se consegue realizar sozinho, sem auxílio de uma outra

pessoa, pode ser um fazer prático ou o domínio de um conhecimento. A Zona de

Desenvolvimento Potencial (ZDP) é o que podemos realizar de forma teórica ou

prática, com o auxílio de alguém mais experiente: pai, mãe, professores ou colegas.

A ação do ensino/aprendizagem se dá na ZDP por meio da ação intencional e

organizada do professor em sala de aula ou outros espaços onde possa ocorrer a

construção dos conceitos científicos.

Para corroborar o argumento utiliza-se do livro Uma Didática para pedagogia

Histórico-Crítica de João Luiz Gasparin (2002, p.59), o qual cita Vigotsky (2001a,

p.224):

O curso do desenvolvimento do conceito científico nas ciências sociais transcorre sob as condições do processo educacional, que constitui uma forma original de colaboração sistemática entre o pedagogo e a criança, colaboração essa em cujo processo ocorre o amadurecimento das funções psicológicas superiores da criança com o auxílio e a participação do adulto [...] a essa colaboração original entre a criança e o adulto – momento central do processo educativo paralelamente ao fato de que os conhecimentos são transmitidos a criança em um sistema – deve-se o amadurecimento precoce dos conceitos científicos e o fato de que o nível de desenvolvimento desses conceitos entra na zona das possibilidades imediatas em relação aos conceitos espontâneos, abrindo-lhes caminho e sendo uma espécie de propedêutica do seu desenvolvimento.

Como podemos perceber o papel de mediação do professor é muito importante para

o desenvolvimento do educando, gerando sempre novas zonas de desenvolvimento,

pois Vigotsky nos diz que um psicólogo deve estar atento não somente àquelas

funções já maduras do desenvolvimento psicológico como também aquelas em

maturação nas quais o professor tal qual um jardineiro poderá agir, observando

aquelas árvores que já dão flores e também aquelas que semeia e cuida para

desencadear novas floradas.

Vigotsky, 2001a, p. 333 e 334 apud Gasparin, 2002, p.86:

5 Encontramos tanto os termos Zona de Desenvolvimento Real e Zona de Desenvolvimento Potencial ou

Proximal como também nas últimas traduções, diretamente do russo, Zona de Desenvolvimento Atual e Zona de

Desenvolvimento Imediato (termos utilizados por Gasparin, 2002)

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A pedagogia deve orientar-se não no ontem mas no amanhã do desenvolvimento da criança. Só então ela conseguirá desencadear no curso da aprendizagem aqueles processos de desenvolvimento que atualmente se encontram na zona de desenvolvimento imediato. [...] a aprendizagem só é boa quando está à frente do desenvolvimento. Neste caso, ela motiva e desencadeia para a vida toda uma série de funções que se encontravam em fase de amadurecimento e na zona de desenvolvimento imediato [grifos de Gasparin].

Para Vygotsky (1995) “a aprendizagem é um processo histórico, fruto de uma

relação mediada e possibilita um processo interno, ativo e interpessoal.” O

conhecimento é, portanto, fruto de uma relação mediada entre o sujeito que

aprende, o sujeito que ensina e o objeto do conhecimento. Os processos de

produção do conhecimento permitem, ao aluno, sair do papel de passividade e fazer

parte dessa relação, através do desenvolvimento de suas funções psicológicas

superiores, entre elas a linguagem6.

Esta defesa da dimensão política da educação, da indissociabilidade entre o ensino

e aprendizagem, entre o fazer e o pensar, do movimento dialético7 de apropriação

do conhecimento que possibilite compreender o real em suas contradições, são

algumas das muitas defesas da abordagem histórico-cultural.

Portanto, o maior desafio é estabelecer uma proposta de ensino que reconheça e

valorize práticas culturais de tais sujeitos sem perder de vista o conhecimento

historicamente produzido, que constitui patrimônio de todos.

3.15 Organização do Trabalho Pedagógico

Planejar o ensino é algo muito amplo e abrange a elaboração, execução e avaliação

de planos de ensino. A organização do trabalho pedagógico na escola pública

envolve, então, a elaboração do Projeto Político-Pedagógico, do qual decorrem a

Proposta Pedagógica Curricular, o Plano de Trabalho Docente e o Plano de Ação da

Escola, todos regulamentados pelo Regimento Escolar.

Com o entendimento de que o trabalho docente deve ser repensado

constantemente, no sentido de atender às necessidades de aprendizagem dos

6 Ver texto SFORNI. 7 Indica-se a leitura de SAVIANI, D. AS CONCEPÇÕES PEDAGÓGICAS NA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO

BRASILEIRA. Texto elaborado no âmbito do projeto de pesquisa “O espaço acadêmico da pedagogia no Brasil”, financiado

pelo CNPq, para o “projeto 20 anos do Histedbr”. Campinas, 25 de agosto de 2005.

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estudantes, expostas pelo processo de ensino/ aprendizagem/avaliação, há que se

ter garantido, na Hora-Atividade, o espaço para que os docentes possam se

reunir e discutir o próprio trabalho, problematizando-o, como uma forma de

aperfeiçoamento. A Hora-Atividade é o período reservado para a formação dos

docentes, por meio da realização de estudos. planejamento, elaboração dos meios

para melhoria da aprendizagem. O trabalho coletivo deve ser priorizado, também,

nas demais reuniões pedagógicas, previamente planejadas, de modo a possibilitar a

construção de uma prática pedagógica que, envolvendo professores, direção, equipe

pedagógica e agentes educacionais, aponte para uma mesma direção, ou seja, um

ensino de qualidade.

O pedagogo responde pela mediação, organização, integração e articulação do

trabalho pedagógico. A Equipe pedagógica deve garantir a efetivação de um projeto

de escola que cumpra com sua função política, pedagógica e social. Portanto, o

pedagogo deverá dar suporte teórico-metodológico ao trabalho docente com relação

aos aspectos da prática pedagógica que ocorre nos estabelecimentos de ensino.

Registra-se aqui a intenção de que os profissionais da educação da escola se

empenharão em conhecer e desenvolver metodologias que propiciem o

desenvolvimento dos educandos, buscando atualizar-se em capacitações contínuas

e aplicar os conhecimentos em seus planejamentos e práticas cotidianas.

3.16 Formação para o Mundo do Trabalho

Conforme já especificado no ato situacional, o Colégio João XXIII, forma para o

mundo do trabalho numa vertente clássico humanista gramsciana, a qual visa uma

preparação geral com sólida fundamentação teórica como é proposto na LDB, Art.

36, fazendo uma inter-relação entre os conteúdos científicos e tecnológicos, não visa

preparação profissional específica, sendo esta uma tarefa específica da Educação

Profissional. Levará em conta as especificidades regionais referentes a Educação do

Campo, valorizando o trabalho no campo como muito importante para produção de

alimentos para a cidade de modo que se compreenda a incorporação da ciência e

tecnologia no cotidiano rural.

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A especificidade do Ensino Médio, como uma etapa da Educação Básica, não o

afasta nem o dissocia da vida e do mundo do trabalho, mas não deve submetê-lo

aos interesses do mercado. As relações de trabalho na sociedade capitalista

separam o trabalho da criação, de maneira que com a incorporação da ciência e das

técnicas nos modos de produção contemporâneo houve uma alienação do

trabalhador, que não pode mais se identificar com o produto do seu trabalho. Assim

temos como utopia de recuperar a unidade original do trabalho como processo

criativo.

3.17 Inclusão

Uma temática que não pode deixar de ser abordada no projeto escolar é a inclusão.

A princípio define-se de que inclusão a escola está falando: a escola dispõe-se a

enfrentar o desafio da inclusão em sua múltiplas facetas, inclusão social das classes

menos favorecidas, cultural e economicamente, dos afro-brasileiros, de gênero, dos

diferentes cultos, crenças religiosas e alunos com necessidades educacionais

especiais, sendo necessário se criar mecanismos que permitam, com sucesso, que

o educando se integre educacionalmente, socialmente e emocionalmente com seus

colegas, professores, com os objetos do conhecimento e da cultura, dessa forma

promovendo um processo de inclusão responsável e cidadã.

A escola deve assegurar a todos os alunos inclusive àqueles que apresentam

Deficiência, Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD) e Altas

Habilidades/Superdotação, atendidos pela Educação Especial uma educação

escolar que propicie respostas educacionais. O aluno com necessidades

educacionais especiais deve ser inserido, preferencialmente, na escola regular com

currículo adaptado para atender às suas necessidades individuais e as

necessidades gerais da classe. A rede regular de ensino deve prever a rede de

apoio à inclusão, no espaço físico da escola ou em espaços o mais próximos

possível da mesma, onde o aluno receba o atendimento educacional especializado

(AEE) sempre que necessário.

Para tanto, essa processo demanda uma reorganização do trabalho escolar e a

ajuda mútua entre os profissionais, com a disposição para dialogar, compartilhar

experiências e produzir novas práticas.

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A partir da contribuição da teoria sócio-histórica que defende que toda criança e

juvem podem aprender, a partir das diferentes relações entre os sujeitos com seu

grupo social, mediadas pela ação de colegas e adultos mais experientes, portanto

caberá a escola oportunizar espaço privilegiado para a experiência cultural,

ampliando o conhecimento e assim possibilitando novos conhecimentos. Assim,

deverá também disponibilizar de recursos técnicos mediadores existententes,

criando novas possibilidades para o desenvolvimento cultural, valorizando e

integrando socialmente.

A partir da Lei de Diretrizes e Bases, e reforçada pelo Ministério da Educação e

Cultura defende que para atender a diversidade dos alunos com necessidades

especiais é necessário que realizar adaptações curriculares, podemos dizer que As

Adaptações Curriculares de Pequeno Porte (Adaptações Não Significativas) são

modificações promovidas no currículo, pelo professor, de forma a permitir e

promover a participação produtiva dos alunos que apresentam necessidades

especiais no processo de ensino e aprendizagem, na escola regular, juntamente

com seus colegas. São denominadas de Pequeno Porte (Não Significativas) porque

sua implementação encontra-se no âmbito de responsabilidade e de ação exclusivos

do professor, não exigindo autorização, nem dependendo de ação de qualquer outra

instância superior, nas áreas política, administrativa, e/ou técnica.

Portanto, a escola como o professor em seu Plano de Trabalho deverá pensar na

organização do espaço e dos aspectos físicos da sala de aula; na seleção, a

adaptação e a utilização de equipamentos e mobiliários de forma a favorecer a

aprendizagem de todos os alunos; no planejamento das estratégias de ensino que

pretende adotar em função dos objetivos pedagógicos e conseqüentes conteúdos a

serem abordados; na pluralidade metodológica tanto para o ensino como para a

avaliação, na flexibilização da temporalidade, favorecendo os melhores níveis de

comunicação e de interação do aluno com as pessoas com os quais convive na

comunidade escolar e a participação do aluno nas atividades escolares;

3.18 Diversidade

Através da política do Departamento da Diversidade que define o atendimento a

todos os sujeitos que, historicamente, encontravam-se excluídos do processo de

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escolarização e/ou da pauta das políticas educacionais. Destacamos, aqui, as

populações do campo, faxinalenses, agricultores familiares, trabalhadores rurais

temporários, quilombolas, acampados, assentados, ribeirinhos, ilhéus, negras e

negros, povos indígenas, jovens, adultos e idosos não alfabetizados, pessoas

lésbicas, gays, travestis e transexuais. Bem como, assumiu a continuidade das

discussões etnicorraciais.

Cabe então a escola identificar e reconhecer os diferentes sujeitos (educadores e

educandos) e os condicionantes sociais que determinam o sucesso ou o fracasso

escolar, de forma que possa criar mecanismos de enfrentamento aos diversos

preconceitos existentes e para que possa garantir o direito ao acesso e a

permanência com qualidade no processo educacional. Assumindo o compromisso

político e social de garantir a todas e todos o direito ao acesso à escolarização e ao

saber sistematizado historicamente.

3.19 Avaliação

3.19.1 Concepção

Partindo do pressuposto de que a escola deseja e está adotando em seu Projeto

Político Pedagógico uma concepção pedagógica que leve a uma prática

transformadora a avaliação é compreendida como parte deste processo.

Pretende-se adotar uma avaliação dentro das disposições orientadas como regras

comuns ao Ensino Fundamental e Médio previstas na LDB 9.394/96 Art. 24, Inciso

V, e Deliberação Nº 007/99, sendo contínua, cumulativa, formativa e diagnóstica,

com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos. A escola está

assumindo um compromisso de ir para além de momentos pontuais de avaliação,

tais quais: semana de prova, simulados, recuperação apenas de instrumentos, entre

outros. Ocorre que, muitas vezes, ao se discutir avaliação, discute-se nota e não o

que ela deveria expressar, ou seja, o que se ensinou e o que se aprendeu. É o

ensino-aprendizagem em seus condicionantes que deve pautar a avaliação na

escola.

Conforme Luckesi (2002) avaliar significa atribuir um juízo de valor sobre

manifestações relevantes da realidade, deve contribuir para formação do educando

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enquanto cidadão crítico e participativo e por isso não pode ser meramente

classificatória, mas um instrumento que o professor utiliza para perceber o quanto o

aluno aprendeu ou não do conhecimento que deveria ser assimilado, para possíveis

retomadas.

Segundo Haydt (1994) nosso conceito de avaliação está ligado a uma concepção

mais ampla de educação, vejamos:

O conceito de avaliação da aprendizagem está ligado a uma concepção pedagógica mais ampla, isto é, a uma visão de educação. Ele depende, portanto da postura filosófica adotada. Além disso, a forma de encarar e realizar a avaliação reflete a atitude do professor em sua interação com a classe, bem como suas relações com o aluno. [...] um professor autoritário e inseguro poderá ver na avaliação uma arma de tortura ou punição [...]. [...] um profissional sério e responsável, seguro de sua prática docente [...] tenderá a encarar a avaliação como um forma de diagnóstico dos avanços e dificuldades dos alunos e como indicador para o replanejamento de seu trabalho docente. (HAYDT, 1994, p. 287)

Historicamente, no Brasil, a avaliação, conforme Luckesi (2002) teve influências

primeiramente da Pedagogia Jesuítica que foi a primeira educação formal do país,

na qual orientavam em seu Ratio Studiorum8 que educadores e alunos não deveriam

ser amigos de novidades, sendo assim devido ser uma fase em que a Igreja

buscava reunificar sua hegemonia contra as novidades da Reforma, utilizava em seu

método de avaliação a repetição perfeita do que havia sido ensinado, fosse ela na

forma oral, arguição, ou na forma escrita.

Posteriormente temos a influência da Didática Magna de Comenius que orientava

que “o medo era uma ferramenta muito boa para auxiliar a aprendizagem”. Temos aí

a explicação de como a repetição, memorização e o medo vêm sendo empregados

como sinônimo de avaliação no Brasil, demonstrando uma concepção arcaica, mas

comumente utilizada em nossas escolas.

A Pedagogia Burguesa, Liberal ou Neoliberal, utiliza a avaliação como mecanismo

de controle e seletividade social de forma a definir os quadros de comando e os

quadros de comandados, de bem sucedidos e mal sucedidos, psicologicamente e

socialmente.

8 O Ratio Studiorum, segundo definição de Guiraldelli Jr. (1994, p.20) foi o plano de estudos da Companhia de

Jesus, publicado em 1599)

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Assim como Luckesi e Haydt, que a avaliação não tem um papel ingênuo ou neutro

dentro da sociedade e que sua consequências vão para além da sala de aula e da

escola. Pode ser um instrumento de emancipação das classes populares que

frequentam a escola pública ou atuar como ferramenta frenadora do

desenvolvimento, contribuindo para exclusão social e cristalização da sociedade

capitalista e competitiva.

Nos dias atuais na educação pretende-se haver relação entre o dito, o pretendido e

o feito devendo ser conduzido pela coerência entre a concepção de avaliação, a

efetivação do processo de ensino aprendizagem e a definição adequada dos

critérios de avaliação. Os critérios de avaliação do conteúdo, ou seja, da disciplina

são decorrentes da intencionalidade do trabalho de cada professor em relação aos

seus objetivos e aos seus conteúdos e, portanto, ao seu plano de trabalho docente.

Logo, esses critérios são definidos pelo professor da série e da disciplina. Isto não

significa, de forma alguma, que não devam ser discutidos, também, coletivamente

com o objetivo de estabelecer uma relação interdisciplinar.

3.19.2 Objetivos

Para superação de um modelo de avaliação na qual ainda predomina a

memorização e decoreba e momentos pontuais (dias de provas), pretende-se

adotar na escola um modelo de avaliação que permita ao aluno avançar na

aprendizagem e ao professor analisar suas práticas, levando em conta toda a

produção dos alunos.

Tendo em vista que a nota não é um fim em si mesmo, mas tem o objetivo de

diagnosticar o que se aprendeu ou não, e assim proceder a retomada dos

conteúdos, ou seja a recuperação de estudo e consequentemente a nota. Compor

nota, portanto, é uma responsabilidade do professor, sobre a qual está toda uma

compreensão da concepção de avaliação, de ensino-aprendizagem, bem como da

própria educação.

Segundo Paulo Freire, “avaliar é um ato em que “A” e “B” avaliam juntos uma prática”.

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Pensando assim percebemos a avaliação enquanto diagnóstica e enquanto

processo, pois a avaliação avalia ao mesmo tempo professores e alunos,

subsidiando a tomada de decisões pelos professores e equipe pedagógica,

possibilitando o desenvolvimento do educando.

3.19.3 Metodologia

Partindo da idéia que a função social da escola é a de promover o acesso aos

conhecimentos socialmente produzidos pela humanidade a fim de possibilitar ao

educando condições de emancipação humana. A avaliação não pode ser vista ou

analisada fora do contexto do trabalho de ensino e aprendizagem, fora da

organização curricular. Ela é ação constituinte desse trabalho e dessa organização.

Por isso é que não há sentido num processo avaliativo que não seja contínuo,

portanto, a avaliação deve ser emancipadora o que implica em garantir o acesso ao

conhecimento por parte do aluno e avaliá-lo durante todo esse processo de

apropriação do saber.

Deve-se avaliar o desenvolvimento da aprendizagem, de modo que a avaliação

auxilie o educando no seu desenvolvimento pessoal e na apropriação dos conteúdos

significativos. Definindo-a como um procedimento sistemático e compreensivo em

que utilizam se múltiplas estratégias, tais como: Provas Objetivas, Dissertativas e

Orais; Seminários, Trabalhos em Grupo, Debates, Relatórios Coletivos ou

Individuais, Pesquisas, Trabalhos Individuais ou em Grupos, Observações, Auto-

Avaliação, Participação em Projetos e Atividades que façam parte do Plano de Ação

Anual da Escola, ou seja, deve ser um conjunto de estratégias destinadas à melhoria

da qualidade do ensino.

A avaliação dentro do Plano de Trabalho Docente deve estar em consonância com o

Sistema de Avaliação definido pelo coletivo da escola, sistematizado nos

documentos que compõe a organização do trabalho escolar, expressos na Proposta

Pedagógica Curricular.

O professor, portanto, ao elaborar o seu Plano de Trabalho Docente deve considerar

a avaliação como parte do processo de ensino e aprendizagem. A mesma deve ser

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realizada em função dos conteúdos e ser coerente com os pressupostos e

metodologias da disciplina.

Nesse sentido, no Livro Registro de Classe deverão ser contempladas e registradas

todas as atividades avaliativas e de recuperação de estudos asseguradas ao aluno

pela legislação, em acordo com os documento produzidos coletivamente pela

escola.

3.19.4 Recuperação de Estudo

Na escola para todos é permitido ter dificuldades, só não é permitido que se renuncie à busca de uma solução, de uma convivência ou de uma gestão dessas dificuldades.

Lino de Macedo

A recuperação de estudos deve ser ofertada dentro das 800 horas,

simultânea/concomitante ou de estudos com valor proporcional ao bloco de

conteúdos previstos no Plano de Trabalho Docente. O registro deve estar

acompanhado do conteúdo que foi retomado. A recuperação deve ser ofertada de

maneira integral, oportunizando o aluno sanar o aproveitamento escolar insuficiente,

possibilitando a apreensão dos conteúdos básicos e/ou previstos.

Como podemos verificar na Deliberação 007/99 em seu capitulo II, artigos 10 a 13

discorre sobre a Recuperação de Estudos:

Art. 10. O aluno cujo aproveitamento escolar for insuficiente poderá obter a aprovação mediante recuperação de estudos, proporcionados obrigatoriamente pelo estabelecimento. Parágrafo Único- A proposta de recuperação de estudos deverá indicar a área de estudos e os conteúdos da disciplina em que o aproveitamento do alunos foi considerado insuficiente. Art. 11. A recuperação é um dos aspectos da aprendizagem no seu desenvolvimento contínuo, pela qual o aluno, com aproveitamento insuficiente, dispõe de condições que lhe possibilitem a apreensão de conteúdos básicos. § 1º - o processo de recuperação deverá ser descrito no regimento escolar. (...) Art. 12. O estabelecimento de ensino deverá proporcionar recuperação de estudos, preferencialmente concomitante ao período letivo, assegurando as condições pedagógicas definidas no Artigo 1º desta Deliberação. Art. 13. A recuperação de estudos deverá constituir um conjunto integrado ao processo de ensino, além de se adequar às dificuldades dos alunos. Parágrafo Único – A recuperação de estudos realizada durante o ano letivo será considerada para efeito de documentação escolar.

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No início do ano letivo o professor de cada disciplina aplica atividades de verificação

para diagnosticar o patamar de conhecimento individual do aluno procurando assim

agilizar o atendimento das dificuldades apresentadas.

Ofertamos Adaptações Curriculares de Pequeno Porte, constituindo pequenos

ajustes na programação e no contexto natural da sala de aula que objetivam ajustar

a programação curricular às condições do educando com necessidades

educacionais especiais respaldadas no P.P.P.

Para que ocorra a Recuperação de Estudos é necessário o acompanhamento do

professor, sendo fundamental a compreensão de que a aprendizagem ocorre a partir

da existência, pela mediação das pessoas por meio das relações sociais, tendo claro

que todos os sujeitos são singulares, únicos, com características diferenciadas e,

portanto, cada um se apropria do conhecimento de acordo com suas

especificidades. Não somos iguais, sendo assim, a aprendizagem passa a ser um

processo individual.

A recuperação de estudos, portanto concomitante ao processo letivo, tem por lógica

pedagógica recuperar os conteúdos não apropriados e não os instrumentos de

avaliação. Ou seja, os diferentes instrumentos de avaliação serão vias para perceber

os conteúdos que não foram apreendidos e que deverão ser retomados no processo

de recuperação de estudos. Este processo ocorre concomitante de de duas formas:

com a retomada do conteúdo a partir do diagnóstico oferecido pelos instrumentos de

avaliação e na reavaliação do conteúdo já "reexplicado" em sala. Progressão Parcial

O peso da recuperação de estudos deve ser proporcional aos da avaliação, ou seja,

se o processo vai de 0 a 100% de apreensão, diagnóstico e retomada dos

conteúdos, a recuperação não será um “adendo” a nota , E terá peso de 0 a 100%.

3.19.5 Progressão Parcial

A escola oferta matricula com progressão parcial, descrita em seu Regimento, ao

aluno que não obtiver a média exigida em até uma disciplina, desde que possua

condições mínimas de acompanhamento, decididas em Conselho de Classe. É

permitido cursar a série subseqüente concomitantemente às disciplinas na qual

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reprovou. As Dependências ou Adaptações podem ser presenciais ou não

presenciais, conforme disponibilidade do aluno. Quando da impossibilidade do aluno

freqüentar a disciplina em horário regular será oferecido plano de estudos especiais

o qual será registrado em relatório que deverá integrar a pasta individual do aluno.

3.20 Articulando com a família

O atendimento aos alunos que apresentam alguma defasagem de aprendizagem ou

problemas de relacionamento recebe acompanhamento da Equipe Pedagógica e

Direção da seguinte forma: os pais são comunicados por meio de bilhetes,

telefonemas a se fazerem presentes na escola para receberem orientações,

promovendo a articulação entre a família, estudantes e professores. Os casos em

que os pais não comparecem à escola recebem visitas da Equipe Pedagógica. As

situações mais graves podem ser encaminhadas ao Conselho Escolar e Tutelar para

apoio à escola na solução dos problemas. Além disso, podem ser encaminhados a

outros profissionais da área de saúde e/ou educacional: psicólogos, fonoaudiólogos,

neurologistas, psiquiatras, psicopedagogos.

A todos os pais, independente da situação do aluno é encaminhado semestralmente

o boletim de freqüência e rendimento escolar.

A escola periodicamente oferece reuniões, palestras, assembléias, festividades nas

quais os pais são convidados como participantes e organizadores.

Considerando a importância de participação da família no processo educativo

escolar oferecemos a Escola de Pais onde os mesmos são matriculados e vêm para

junto com a Direção, Equipe Pedagógica e Professores discutir temas cotidianos.

Queiramos ou não, os pais e as escolas compartilham a mesma empreitada de

educar, a parceria com os pais pode contribuir se conhecerem as regras e se

dedicarem a tal tarefa cooperativa.

Neste Projeto os pais terão oportunidade para colocarem seus anseios, dúvidas,

críticas e sugestões, outros temas de interesse dos pais ou de acordo com as

necessidades surgidas podem ser apresentadas nessas reuniões, conscientizando-

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se, assim, a família sobre seu relacionamento com os filhos, principalmente na difícil

fase da adolescência.

4 - MARCO OPERACINAL

4.1 Gestão Democrática

Para que a gestão democrática e participativa se efetive, faz-se necessário a

participação de todos os segmentos da escola de forma organizada e eqüitativa,

pois segundo Ferreira (2000) a mesma não se efetiva via decreto é preciso garantir

canais de participação.

Os canais de participação são o Conselho Escolar, o Grêmio Estudantil, a APMF,

Conselho de Classe, não podem, sob o ponto de vista de Ferreira (2000) ser

considerados apêndices do executivo ou desobrigação do poder público.

Martins (2004, p. 39) nos orienta que toda gerência e ações pedagógicas

necessitam ser emanadas das necessidades reais da comunidade escolar e para

defender este ponto de vista, utiliza-se de uma citação de Arroyo, 1979, p. 44:

Democratização da administração não significa eliminar a presença do Estado nos serviços públicos, mas busacar mecanismos para submeter as decisões do estado ao debate e ao controle pela opinião pública, pais, grupos e partidos. (ARROYO, 1979, p. 44)

Passaremos a descrever as funções de cada segmento para clareza do que

representam no espaço escolar

4.1.1 Conselho Escolar

O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza consultiva, deliberativa e

fiscal, com o objetivo de colaborar na elaboração e implementação do Projeto

Político Pedagógico da escola. Participa da elaboração de critérios relativos a ação,

organização, funcionamento d escola e relacionamento com a comunidade, nos

limites da legislação em vigor e compatíveis com as diretrizes e política educacional

traçadas pela Secretaria de Estado da Educação. O Conselho Escolar tem por

finalidade representar e promover a articulação entre os vários segmentos

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organizados da sociedade e os setores da Escola, a fim de garantir a eficiência e a

qualidade do seu funcionamento.

O conselho escolar não tem finalidade e/ou vínculo político-partidário, religioso,

racial, étnico ou de qualquer outra natureza, a não ser aquela que diz respeito

diretamente à atividade educativa da escola, prevista no seu Projeto Político-

Pedagógico.

Os membros do Conselho Escolar não poderão receber qualquer tipo de

remuneração ou benefício pela participação no colegiado, por se tratar de órgão sem

fins lucrativos.

O Conselho Escolar é regido por estatuto específico no qual estão arroladas a forma

de constituição, atribuições e funcionamento.

4.1.2 Grêmio Estudantil

O Grêmio Estudantil, na escola, deve se constituir em uma política de incentivo a

gestão democrática. Nessa perspectiva, é preciso situar a participação dos alunos

no debate político, social, financeiro e pedagógico da escola. Portanto, tomar o

Grêmio Estudantil como política de valorização e incentivo à gestão democrática vai

ao encontro de duas conquistas históricas: a formação de Grêmios Estudantis em

todas as escolas públicas estaduais e a participação efetiva de seus alunos nos

processos de tomada de decisões da escola.

O Grêmio Estudantil Elizabete Fernandes é uma entidade que visa congregar todos

os estudantes do Ensino Médio do Colégio, foi fundado em 1994, é livre e

independente, subordinada unicamente ao conjunto de estudantes, rege-se por

estatuto próprio. Tem por objetivo representar condignamente o corpo discente;

defender os interesses individuais e coletivos dos alunos do colégio; incentivar a

cultura literária, artística e desportiva de seus membros; promover a cooperação

entre administradores, funcionários, professores e alunos no trabalho escolar

buscando seus aprimoramentos.

Realizar intercâmbio e colaboração de caráter cultural e educacional com outras

instituições educacionais, assim como a filiação às entidades gerais UMES (União

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Municipal dos Estudantes Secundaristas), UPES (União Paranaense dos Estudantes

Secundaristas) e UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas). Lutar pela

democracia permanente na Escola, através do direito de participação nos fóruns

internos de deliberação da Escola.

4.1.3 Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF

A Associação de Pais, Mestres e Funcionários deve ter a preocupação para além

do caráter arrecadador de taxas, junto à população para garantir a manutenção da

escola, hoje, tem sim a preocupação de estar junto com a direção no trabalho

pedagógico, assim garantindo um ensino de qualidade e que esteja de encontro com

a necessidade da comunidade. Assim realizando Assembleia com os pais e

informando sobre o trabalho que a escola vem realizando, como também buscando

a participação efetiva da mesma.

A APMF é um órgão de representação dos Pais, Mestres e Funcionários do

Estabelecimento de Ensino, não possui caráter político-partidário, religioso, racial e

nem fins lucrativos, não são remunerados os seus Dirigentes e Conselheiros, é

constituído por prazo determinado.

Os objetivos da APMF são:

I- Discutir, no seu âmbito de ação, sobre ações de assistência ao

educando, de aprimoramento do ensino e integração família – escola –

comunidade, enviando sugestões, em consonância com a Proposta

Pedagógica, para apreciação do Conselho Escolar e equipe-pedagógica-

administrativa;

II- Prestar assistência aos educandos, professores e funcionários,

assegurando-lhes melhores condições de eficiência escolar, em

consonância com a Proposta Pedagógica do Estabelecimento de Ensino;

III- Buscar a integração dos segmentos da sociedade organizada, no contexto

escolar, discutindo a política educacional, visando sempre a realidade

dessa comunidade;

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IV- Proporcionar condições ao educando para participar de todo o processo

escolar, estimulando sua organização em Grêmio Estudantil com o apoio

da APMF e do Conselho Escolar;

V- Representar os reais interesses da comunidade escolar, contribuindo,

dessa forma, para a melhoria da qualidade do ensino, visando uma escola

pública, gratuita e universal;

VI- Promover o entrosamento entre pais, alunos, professores e funcionários e

toda a comunidade, através de atividades socioeducativas e culturais e

desportivas, ouvido o Conselho Escolar;

VII- Gerir e administrar os recursos financeiros próprios e os que lhes forem

repassados através de convênios, de acordo com as prioridades

estabelecidas em reunião conjunta com o Conselho Escolar, com registro

em livro ata;

VIII- Colaborar com a manutenção e conservação do prédio escolar e suas

instalações, conscientizando sempre a comunidade sobre a importância

desta ação.

Compete à APMF:

I- Acompanhar o desenvolvimento da Proposta Pedagógica, sugerindo as

alterações que julgar necessárias ao Conselho Escolar do Estabelecimento

de Ensino, para deferimento ou não;

II- Observar as disposições legais e regulamentares vigentes, inclusive

Resoluções emanadas da Secretaria de Estado da Educação, no que

concerne à utilização das dependências da Unidade Escolar para a

realização de eventos próprios do Estabelecimento de Ensino;

III- Estimular a criação e o desenvolvimento de atividades para pais, alunos,

professores, funcionários, assim como para a comunidade, após análise do

Conselho Escolar;

IV- Promover palestras, conferências e grupos de estudos envolvendo pais,

professores, alunos, funcionários e comunidade, a partir de necessidades

apontadas por esses segmentos, podendo ou não ser emitido certificado,

de acordo com os critérios da SEED;

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V- Colaborar, de acordo com as possibilidades financeiras da entidade, com

as necessidades dos alunos comprovadamente carentes;

VI- Convocar, através de edital e envio de comunicado, a todos os integrantes

da comunidade escolar, com no mínimo 2 (dois) dias úteis de

antecedência, para a Assembléia Geral Ordinária, e com no mínimo 1 (um)

dia útil para a Assembléia Geral Extraordinária, em horário compatível com

o da maioria da comunidade escolar, com pauta claramente definida na

convocatória;

VII- Reunir-se com o Conselho Escolar para definir o destino dos recursos

advindos de convênios públicos mediante a elaboração de planos de

aplicação, bem como reunir-se para a prestação de contas desses

recursos, com registro em ata;

VIII- Apresentar balancete semestral aos integrantes da comunidade escolar,

através de editais e em Assembléia Geral;

IX- Mobilizar a comunidade escolar, na perspectiva de sua organização

enquanto órgão representativo, para que esta comunidade expresse suas

expectativas e necessidades; As demais atribuições e atividades constam

do estatuto que rege seu funcionamento.

4.1.4 Conselho de Classe

O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa

em assuntos didático-pedagógicos, com objetivo de avaliar a apropriação dos

conteúdos curriculares, estabelecidos no Projeto Político Pedagógico da escola,

refletir a relação professor/aluno e analisar a prática pedagógica, na busca de

alternativas que garantam a efetivação do processo ensino e aprendizagem.

O nosso Regimento Escolar prevê que haverá tantos Conselhos de Classes quantas

forem as turmas do estabelecimento de ensino e será realizado em diferentes

etapas:

- O Professor Pedagogo conduzirá uma análise da turma juntamente com os alunos,

onde estes apresentarão os pontos negativos e positivos da turma; analisarão o

desempenho de suas conquistas e suas dificuldades, compreendendo a sua

participação no processo de escolarização.

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- O professor receberá uma ficha que deverá ser preenchida na sua hora atividade.

Nesta o professor analisará o desempenho de cada aluno, refletindo o trabalho

pedagógico. Após o preenchimento da ficha, esta será entregue a equipe

pedagógica.

- A equipe pedagógica descreverá o perfil da turma com resultado obtido dos

professores e alunos, este será apresentado no Conselho de Classe em dia

específico previsto em Calendário Escolar, onde será definido as linhas de ação.

- Logo após os responsáveis serão comunicados sobre o rendimento e freqüência

escolar de seus filhos, tendo a oportunidade de conhecerem a prática pedagógica, e

mesmo de acompanharem e orientarem o desenvolvimento de seus filhos.

- O Professor pedagogo repassará aos professores na hora atividade o resultado

estatístico, referente a sua disciplina, para que juntos, analisem a prática

pedagógica buscando caminhos para a melhoria do processo ensino-aprendizagem.

- Conselho de Classe tem por finalidade estudar e interpretar os dados da

aprendizagem na sua relação com o trabalho do professor, na direção do processo

ensino-aprendizagem, proposto pela Proposta Pedagógica Curricular e Plano de

Trabalho Docente; acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos

alunos; analisar os resultados da aprendizagem na relação com o desempenho da

turma, com a organização dos conteúdos e o encaminhamento metodológico; utilizar

procedimentos que assegurem a comparação com parâmetros indicados pelos

conteúdos necessários de ensino, evitando a comparação dos alunos entre si. As

demais atribuições e composição constam do Regimento Escolar.

4.2 O Papel Específico dos Profissionais da Educação:

4.2.1 Docentes

Compete ao Corpo Docente elaborar juntamente com a Equipe Pedagógica e

Instâncias Colegiadas o Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de Ensino,

em consonância com as diretrizes pedagógicas nacionais e da Secretaria de Estado

da Educação.

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Cabe aos docentes elaborar e cumprir a Proposta Pedagógica Curricular e o Plano

de Trabalho Docente, segundo o Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de

ensino; zelar pelo Processo Ensino Aprendizagem dos alunos, oferecendo-lhes

oportunidades de recuperação de estudos, conforme definido no Projeto Político

Pedagógico da Escola e na legislação educacional vigente; ministrar os dias letivos

e horas-aula estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados

ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional; colaborar com as

atividades de articulação da escola com as famílias e comunidade; assegurar que no

âmbito escolar, não ocorra tratamento discriminatório de cor, raça, sexo, religião e

classe social; manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus

colegas, alunos, pais e diversos segmentos da comunidade escolar.

4.2.2 Professor Pedagogo

Define-se Professor Pedagogo o profissional que assessora e coordena as

atividades pedagógicas e de planejamento escolar subsidiando a Direção, Docentes,

Discentes e Instâncias Colegiadas. Deve possuir formação específica para função

que ocupa, ou seja deve ser formado em Curso de Pedagogia, conforme orienta o

Art. 64 da LDB 9.394/96.

De acordo com Iria Brzezinski (2002), citando o Documento da ANFOPE, o

pedagogo é o educador que:

Domina determinado conteúdo técnico, científico e pedagógico, que traduz o compromisso ético e político com os interesses da maioria da população brasileira; (e que).

É capaz de perceber as relações existentes entre as atividades educacionais e a totalidade das reações sociais, econômicas, políticas e culturais em que o processo educacional ocorre, sendo capaz de atuar, como agente de transformação da realidade em que se insere, assumindo, assim, seu compromisso histórico. (Comissão nacional, 1983, p.7, apud, BRZEZINSKI, 2002, p.200)

Compete ao mesmo coordenar e articular a elaboração e efetivação do Projeto

Político Pedagógico da Escola de acordo com as Diretrizes Nacionais e Estaduais e

tendências educacionais progressistas. Seu trabalho deve priorizar sempre a

aprendizagem do aluno e a educação de qualidade, direcionando seus esforços para

que se efetivem.

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Seu trabalho compreende: coordenação e organização do trabalho pedagógico

escolar; formação ética e para cidadania, orientação à família; encaminhamentos

relacionados à saúde física e mental dos alunos; encaminhamento dos estagiários

tanto professores quanto pedagogos, no âmbito do estabelecimento de ensino e

acompanhar o Processo Ensino Aprendizagem.

4.2.3 Profissionais da Educação

Os funcionários do colégio têm sob a responsabilidade os serviços técnico-

administrativos, de limpeza e manutenção. Atuam em diversos setores tais como:

Secretaria, Biblioteca, Cantina, Cozinha, Lavanderia. Ocupam-se da limpeza,

manutenção e conservação dos recursos físicos, equipamentos, merenda escolar e

áreas livres como pátio, calçadas, gramados, jardins.

Cuidam do registro e arquivamento da documentação escolar e atendimento ao

público na secretaria, cantina, biblioteca e via telefone.

O trabalho técnico-administrativo no ambiente escolar volta-se também para um

trabalho educativo, inclusive há a defesa de que todos os que trabalham em escolas

sejam designados trabalhadores em educação e não somente os professores.

Compreende-se hoje que a educação não-formal, diferentemente da informal,

porque possui uma intencionalidade, constitui-se também em docência e não se

restringe à sala de aula.

Os funcionários contribuem para educação do corpo discente na medida que, ao

atenderem suas necessidades de segurança, cuidados, higiene, alimentação e

informações, atendem prontamente e com civilidade, orientam quanto aos cuidados

com o patrimônio público e materiais escolares. Quanto aos cuidados com o meio

ambiente natural e construído, quanto ao cumprimento de deveres com horário e

uniforme, fornecem informações à respeito de cadastramentos, inscrições, eventos,

colaboram na coleta e divulgação de dados sobre a clientela escolar e seu

aproveitamento, entre outros.

Os funcionários participam das discussões e decisões sobre o Projeto Político

Pedagógico, do Conselho Escolar e APMF, da Agenda 21 Escolar, colaboram nos

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eventos festivos, culturais e científicos do colégio. São sujeitos participativos e não

apenas prestadores de serviços agindo mecanicamente no cumprimento de tarefas

técnico-burocráticas.

4.2.3.1 Agente Educacional I

A partir da Lei Complementar 123, de 09 DE SETEMBRO DE 2008, que institui o

Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos do Quadro dos Funcionários da

Educação Básica (QFEB) da Rede Pública Estadual do Paraná ficou determinado

que a função do agente Educacional I é:

Zelar pelo ambiente escolar, preservando, valorizando e integrando o ambiente

físico escolar; executar atividades de manutenção e limpeza, tais como: varrer,

encerar, lavar salas, banheiros, corredores, pátios, quadras e outros espaços

utilizados pelos estudantes, profissionais docentes e não docentes da educação,

conforme a necessidade de cada espaço; lavar, passar e realizar pequenos

consertos em roupas e materiais; utilizar aspirador ou similares e aplicar produtos

para limpeza e conservação do mobiliário escolar; abastecer máquinas e

equipamentos, efetuando limpeza periódica para garantir a segurança e

funcionamento dos equipamentos existentes na escola; efetuar serviços de

embalagem, arrumação, remoção de mobiliário, garantindo acomodação necessária

aos turnos existentes na escola; disponibilizar lixeiras em todos os espaços da

escola, preferencialmente, garantindo a coleta seletiva de lixo, orientando os

usuários – alunos ou outras pessoas que estejam na escola para tal; coletar o lixo

diariamente, dando ao mesmo o destino correto; executar serviços internos e

externos, conforme demanda apresentada pela escola; racionalizar o uso de

produtos de limpeza, bem como zelar pelos materiais como vassouras, baldes,

panos, espanadores, etc.; comunicar com antecedência à direção da escola sobre a

falta de material de limpeza, para que a compra seja providenciada; abrir, fechar

portas e janelas nos horários estabelecidos para tal, garantindo o bom andamento

do estabelecimento de ensino e o cumprimento do horário de aulas ou outras

atividades da escola; guardar sob sua responsabilidade as chaves da instituição,

quando for o caso, ou deixar as chaves nos locais previamente estabelecidos; zelar

pela segurança das pessoas e do patrimônio, realizando rondas nas dependências

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da instituição, atentando para eventuais anormalidades, bem como identificando

avarias nas instalações e solicitando, quando necessário, atendimento policial, do

corpo de bombeiros, atendimento médico de emergência devendo, obrigatoriamente,

comunicar as ocorrências à chefia imediata; controlar o movimento de pessoas nas

dependências do estabelecimento de ensino, cooperando com a organização das

atividades desenvolvidas na unidade escolar; encaminhar ou acompanhar o público

aos diversos setores da escola, conforme necessidade; acompanhar os alunos em

atividades extra classe quando solicitado; preencher relatórios relativos a sua rotina

de trabalho; participar de cursos, capacitações, reuniões, seminários ou outros

encontros correlatos às funções exercidas ou sempre que convocado; agir como

educador na construção de hábitos de preservação e manutenção do ambiente

físico , do meio-ambiente e do patrimônio escolar; efetuar outras tarefas correlatas

às ora descritas; preparar a alimentação escolar sólida e líquida observando os

princípios de higiene, valorizando a cultura alimentar local, programando e

diversificando a merenda escolar; responsabilizar-se pelo acondicionamento e

conservação dos insumos recebidos para a preparação da alimentação escolar;

verificar a data de validade dos alimentos estocados, utilizando-os em data própria,

a fim de evitar o desperdício e a inutilização dos mesmos; atuar como educador

junto à comunidade escolar, mediando e dialogando sobre as questões de higiene,

lixo e poluição, do uso da água como recurso natural esgotável, de forma a contribuir

na construção de bons hábitos alimentares e ambientais; organizar espaços para

distribuição da alimentação escolar e fazer a distribuição da mesma, incentivando os

alunos a evitar o desperdício; acompanhar os educandos em atividades

extracurriculares e extraclasse quando solicitado; realizar chamamento de

emergência de médicos, bombeiros, policiais, quando necessário, comunicando o

procedimento à chefia imediata; preencher relatórios relativos a sua rotina de

trabalho; comunicar ao(à) diretor(a) , com antecedência, a falta de algum

componente necessário à preparação da alimentação escolar, para que o mesmo

seja adquirido; efetuar outras tarefas correlatas às ora descritas.

4.2.3.2 Agente Educacional II

A partir da Lei Complementar 123, de 09 DE SETEMBRO DE 2008, que institui o

Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos do Quadro dos Funcionários da

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Educação Básica (QFEB) da Rede Pública Estadual do Paraná ficou determinado

que a função do agente Educacional I é:

Realizar atividades administrativas e de secretaria da instituição escolar onde

trabalha; auxiliar na administração do estabelecimento de ensino, atuando como

educador e gestor dos espaços e ambientes de comunicação e tecnologia; manter

em dia a escrituração escolar: boletins estatísticos; redigir e digitar documentos em

geral e redigir e assinar atas; receber e expedir correspondências em geral,

juntamente com a direção da escola; emitir e assinar, juntamente com o diretor,

históricos e transferências escolares; classificar, protocolar e arquivar documentos;

prestar atendimento ao público, de forma pronta e cordial; atender ao telefone;

prestar orientações e esclarecimentos ao público em relação aos procedimentos e

atividades desenvolvidas na unidade escolar; lavrar termos de abertura e

encerramento de livros de escrituração; manter atualizados dados funcionais de

profissionais docentes e não docentes do estabelecimento de ensino; manter

atualizada lista telefônica com os números mais utilizados no contexto da escola;

comunicar à direção fatos relevantes no dia-a-dia da escola; manter organizado e

em local acessível o conjunto de legislação atinente ao estabelecimento de ensino;

executar trabalho de mecanografia e de reprografia; acompanhar os alunos, quando

solicitado, em atividades extraclasse ou extracurriculares; participar de reuniões

escolares sempre que necessário; participar de eventos de capacitação sempre que

solicitado; manter organizado o material de expediente da escola; comunicar

antecipadamente à direção sobre a falta de material de expediente para que os

procedimentos de aquisição dos mesmos sejam realizados; executar outras

atividades correlatas às ora descritas; catalogar e registrar livros, fitas, DVD, fotos,

textos, CD; registrar todo material didático existente na biblioteca, nos laboratórios

de ciências e de informática; manter a organização da biblioteca, laboratório de

ciências e informática; restaurar e conservar livros e outros materiais de leitura;

atender aos alunos e professores, administrando o acervo e a manutenção do banco

de dados; zelar pelo controle e conservação dos documentos e equipamentos da

Biblioteca; conservar, conforme orientação do fabricante, materiais existentes nos

laboratórios de informática e de ciências; reproduzir material didático através de

cópias reprográficas ou arquivos de imagem e som em vídeos, “slides”, CD e DVD;

registrar empréstimo de livros e materiais didáticos; organizar agenda para utilização

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de espaços de uso comum; zelar pelas boas condições de uso de televisores e

outros aparelhos disponíveis nas salas de aula; zelar pelo bom uso de murais,

auxiliando na sua organização, agir como educador, buscando a ampliação do

conhecimento do educando, facilitada pelo uso dos recursos disponíveis na escola;

quando solicitado; participar das capacitações propostas pela SEED ou outras de

interesse da unidade escolar; decodificar e mediar o uso dos recursos pedagógicos

e tecnológicos na prática escolar; executar outras atividades correlatas às ora

descritas.

4.3 Organização do Trabalho Pedagógico

4.3.1 Proposta Pedagógica Curricular

A Proposta Pedagógica Curricular do Colégio Estadual João XXIII – EM (Anexo 1) é

resultado de amplos estudos e discussões coletivas, com o princípio teórico de

oferecer conhecimentos aos alunos para formação necessária no enfrentamento da

realidade social, econômica e política do seu tempo, assim garantindo que a escola

cumpra seu papel social e político.

Dependendo uma proposta que assume os princípios das Diretrizes Curriculares do

Estado do Paraná, propõe um currículo que mantenha um diálogo entre os

conhecimentos sistematizados e os conhecimentos do cotidiano, assim,

possibilitando um trabalho pedagógico que aponte uma direção de totalidade do

conhecimento e sua relação com o contexto social.

As Propostas Pedagógicas Curriculares se legitimam no Regimento Escolar e é um

documento do Projeto Político Pedagógico ofertando assim um ensino de qualidade,

calçado em normas e leis vigentes, questões discutidas pelos profissionais da

educação do estabelecimento de ensino.

A proposta pedagógica deve ser construída e organizada de acordo com a Matriz

Curricular (anexo 2) os Professores com o apoio da Direção e Professores

Pedagogos pensam, repensam e constroem uma Proposta Pedagógica Curricular,

que anseia apresentar mais que um arcabouço de documentos, pronto e acabado,

mas uma direção, um caminho onde construir e reconstruir está em cada passo, em

cada pegada, trilhada por vários protagonistas presentes nesta comunidade escolar.

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É preciso enfrentar o desafio de superar a dicotomia estrutural que vem marcando

historicamente a educação do Ensino Médio, portanto construir um currículo que

ofereça uma formação pluridimensional, para além do humanismo clássico e da

profissionalização, mas sim que possibilite ao estudante condições tanto de inserir

no mundo do trabalho, quanto continuar seus estudos, contribuindo assim para a

superação das desigualdades geradas pela sociedade.

Paulo Freire (2000) nos diz que é na condição de seres transformadores que

percebemos que a nossa possibilidade de nos adaptar não esgota em nós o nosso

estar no mundo. É porque podemos transformar o mundo, que estamos com ele e

com outros.9

Pensando assim, a proposta deve ter uma concepção de conhecimento, presente

nos conteúdos de todas as disciplinas, que envolva as dimensões científicas,

artísticas e filosóficas do conhecimento e que ofereça ao estudante uma formação

ampla, porém rigorosa e necessária para o enfrentamento da realidade social,

econômica e política. Que seja capaz de compreender seu tempo histórico e nele

agir com consciência e criticidade.

Isso pressupõe e exige interdependência e diálogo entre as disciplinas, onde ao

selecionarem os conteúdos, a partir dos conteúdos estruturantes apresentados,

foram analisados criticamente, pensando nas transformações sociais, culturais,

econômicas e políticas emergentes. Compreendendo que cada disciplina não está

fechada em si mesma, ou seja, que cada disciplina tem sua especificidade e que

tratam de objetos que são comuns entre si, era preciso pensar de como esses

conteúdos poderiam contribuir para que o conhecimento tenha significado para o

aluno, para que aquilo que lhe parece sem sentido seja problematizado e aprendido,

sem perder sua dimensão pedagógica.

Com isso entendemos que todo conteúdo deve estar contextualizado, ou seja, o

conhecimento é construído historicamente, para tanto é necessário de conceitos

teóricos precisos e claros voltados para a abordagem das experiências sociais dos

sujeitos históricos produtores do conhecimento.

9 FREIRE, Paulo. Pedagogia da indignação e outros escritos. 6

ª ed. São Paulo: Editora UNESP, 2000, p.33

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Como afirma Freire (2005) não posso de maneira alguma, nas minhas relações

político-pedagógicas com os grupos populares, desconsiderar seu saber de

experiência feito. Sua explicação do mundo de que faz parte a compreensão de sua

própria presença no mundo. 10

Para isso foi preciso considerar as dimensões formadoras do sujeito, ou seja, um

estudante que faz parte de um tempo histórico específico, que sofre influências dos

movimentos e das determinações deste tempo vivido. Nesta perspectiva observa-se

e reforça-se as necessidades de apresentar os saberes escolares de um ponto de

vista questionador, contextualizado, numa perspectiva interdisciplinar, quebrando a

rigidez que a legitimidade social e o estatuto da verdade dá a eles.

Tornando-se necessário analisar a diversidade sócio-étnico-cultural, Valente (2005)

nos afirma que aprender com outras experiências, os seus acertos e os seus erros,

nos ajudará a evitar armadilhas perigosas que poderá impedir que percamos tempo

seguindo por atalhos que na realidade nos afastam cada vez mais de uma

sociedade democrática, de cidadãos livres e conscientes,11 essa diversidade implica

práticas pedagógicas diferenciadas que devem ser trabalhadas com as diferenças

de modo de reconhecê-las e valorizá-las para que os educandos possam falar e ser

ouvidos, para tanto é preciso estabelecer diálogos pedagógicos mais interculturais,

mais reflexivos e menos excludentes, como diz Freire (2005), Qualquer

discriminação é imoral e lutar contra ela é um dever por mais que se reconheça a

força dos condicionamentos a enfrentar.12

Neste contexto foi preciso repensar à questão da inclusão no espaço escolar sendo

necessário contemplar nesta proposta orientações acerca da avaliação,

flexibilização e adaptações curriculares, de modo a contemplar a participação de

todos os alunos, considerando seus conhecimentos prévios, suas necessidades

lingüísticas diferenciadas e o contexto social.

10

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. 31ª Ed.. São Paulo: Paz e

Terra, 2005, p. 81 11

VALENTE, Ana Lúcia. Educação e diversidade cultural: Um desafio da atualidade. São Paulo: Moderna,

2005, p. 109 12

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. 31ª ed. São Paulo: Paz e

Terra. 2005, p. 60

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Como afirma Luchesi (2005), avaliar um aluno com dificuldades é criar a base do

modo como incluí-lo dentro do círculo da aprendizagem; o diagnóstico permite a

decisão de direcionar ou redicionar aquilo ou aquele que está precisando de ajuda.13

Por fim vale dizer que esta Proposta Pedagógica Curricular revela o desejo de

superar o dualismo vivido pelo Ensino Médio, caminhando na direção e no caminho

de uma formação educacional que seja transformadora.

Cabe aqui pensar nas palavras de Freire (2000): Reconhecer que o sistema atual

não inclui a todos não basta. É necessário precisamente por causa deste

reconhecimento lutar contra ele e não assumir a posição fatalista forjada pelo próprio

sistema e de acordo com a qual “nada há que fazer, a realidade é assim mesmo”...

de que necessitamos é o desafio da capacidade criadora e à curiosidade que nos

caracterizam como seres humanos.14

4.3.2 Plano de Trabalho Docente

O Plano de Trabalho Docente é documento obrigatório, contribuindo para o

desenvolvimento da Proposta Pedagógica Curricular e seu cumprimento deve estar

em consonância com os princípios norteadores das Políticas Educacionais da

SEED, Diretrizes Curriculares e com Legislação vigente.

O Plano de Trabalho Docente deve ser organizado individualmente por série e

disciplina, semestralmente, sendo que as especificações de cada turma deverá ser

registrado no Livro Registro de Classe. O Professor deverá entregar uma cópia para

a Escola.

É acompanhado pela Equipe Pedagógica, através de estudos e orientações

orientadas. Quando se verifica o baixo rendimento escolar dos alunos, retoma-se o

planejamento em reuniões e ou Hora Atividade. A hora-atividade é agrupada por

disciplina favorecendo o estudo e a troca de experiências docentes.

13

LUCHESI, Cipriano C. Avaliação da Aprendizagem Escolar. 17ª ed. São Paulo: Cortez. 2005, p. 173

14 FREIRE, Paulo. Pedagogia da indignação e outros escritos. 6

ª ed. São Paulo: Editora UNESP, 2000, p.123-4

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4.3.3 Formação Continuada

Será promovida no decorrer do ano letivo por meio de palestras, reuniões, grupos de

estudos, conselhos de classe, e hora-atividade, participação em cursos/eventos.

Visa a melhoria do trabalho de professores, equipe pedagógica e funcionários em

função dos objetivos e metas propostos no Projeto Político Pedagógico. Atualmente,

devido a gestão democrática compartilhada, envolve-se todos os segmentos,

inclusive alunos e pais em reuniões dos colegiados, reuniões pedagógicas, fóruns.

Existem reuniões específicas por segmento como, por exemplo: para as APMFs e

Grêmios Estudantis. Os fóruns e seminários envolvem toda a comunidade escolar

4.3.4 Inclusão

Para que a inclusão ocorra em nossa escola os professores reunidos em grupo

relacionaram algumas práticas que devem se efetivar:

Conhecer, identificar e analisar as condições de desempenho do aluno e

respeitar a diversidade seja ela cultural, religiosa, de gênero;

Garantir a dignidade humana e luta para eliminação de diferenças e injustiças

ligadas a questões de exclusão por motivo de classe ou culto religioso, gênero ou

necessidades especiais;

Assegurar a todos o acesso a informação e conhecimento de qualidade;

Capacitação continuada aos profissionais da educação;

Salas com menor número de alunos para que se possa dar atendimento

individualizado aos que possuem maior dificuldade;

Conscientização e estudo para entender os alunos para aceitar a diversidade e

auxiliar os colegas que possuam dificuldades ou deficiências;

Solicitar a implantação de Salas de Recurso também no Ensino Médio;

Encaminhamento de alunos a profissionais da área de saúde e educação para

que recebam atendimento especializado.

Adequação de metodologia conforme a necessidade do aluno.

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4.3.5 Qualificação dos Equipamentos e Espaços

A Biblioteca, Auditório, Laboratórios, Salas de Aula, Pátios com bancos e mesas

para estudos, Quadras Esportivas, Materiais Didáticos e Recursos Áudio visuais,

devem ser utilizados como ferramentas e espaços pedagógicos, voltados para as

metas expressas no P.P.P.

O acervo e orientações da biblioteca necessitam estar voltados para a pesquisa e

desenvolvimento do gosto pela leitura e pelo saber.

Os laboratórios são espaços privilegiados para práticas, experiências, relação

teoria/prática, produção de novos saberes nas áreas de Química, Física e Biologia.

Os materiais didáticos e equipamentos devem ser utilizados no planejamento de

cada disciplina visando enriquecimento das práticas e melhor aprendizagem dos

alunos, nunca como passatempo ou preenchimento de tempo livres e sim com fins

didático-pedagógicos.

As quadras esportivas e pátios servem para atividades diversas: culturais,

esportivas, artísticas, de confraternização.

4.4 Atividades de Enriquecimento Curricular

4.4.1 Viva a Escola

O Programa Viva a Escola amparada pela Resolução 3683/2008 e Instrução nº

17/2008 – SUED/SEED, nas quais se encontra determinado que a elaboração das

atividades deva ser realizada pelo coletivo escolar, considerando as necessidades

pedagógicas e sociais dos alunos e da escola.

As atividades devem contemplar a complementação curricular, embora tenham

como base as Diretrizes Curriculares Estaduais, não podem partir da iniciativa

individual do professor, mais sim do coletivo da escola que compreende todos os

segmentos da Comunidade Escolar. Não devem ter o caráter de anexo, nem de

ação isolada, mas apresentar uma interrelação entre as atividades e a concepção

das disciplinas.

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4.4.1.1 Anjos Seresteiros

É um projeto já consolidado, existente desde 2003, reconhecido pela comunidade

escolar e mamboreense, conhecido inclusive a nível estadual, devido divulgações na

imprensa estadual e participação em ventos estaduais como o FERA.

Consiste num projeto de canto o qual objetiva canalizar a energia dos jovens,

transformando-a em energia positiva, levando-os a descobrir ou desenvolver seus

talentos musicais, possibilita a integração entre a escola e comunidade por meio das

serestas, o resgate de valores humanos e artísticos, fomentar o espírito de equipe,

conscientizar o aluno de suas capacidades.

4.4.1.2 Semeando a Leitura

Este tem como objetivo construir com o aluno a descoberta pelo prazer da leitura.

Ressalta-se a necessidade do desenvolvimento deste projeto mediante a

problemática da desvalorização da leitura tanto nos espaços sociais quanto no

espaço familiar. Portanto a presente proposta prtende incentivar os alunos a gostar

de ler e criar o hábito pela leitura, desenvolvendo sua sensibilidade e o gosto

artístico, como também ampliar a maneira de ver e entender o mundo.

4.4.1.3 Jogos Esportivos: um caminho para a coordenação e

socialização

Este projeto tem como objetivo compreender o esporte como um espaço de lazer, de

aprimoramento da saúde e de integração com o grupo, através das modalidades

esportivas: basquete, futsal, volibol e handebol. As atividades desenvolvidas não

terão apenas o objetivo de trabalhar as regras socialmente construídas, ou seja,

profissional, mas sim oportunizar aos alunos criarem novas estratégias e técnicas.

4.4.1.4 Prevenção de uso de droga

Enfrentar os desafios que a vida moderna impõe à sociedade e, consequentemente,

à escola é uma das prioridades da educação hoje em dia, pois decorrem daí uma

série de fatores que comprometem o ensino-aprendizagem e a função da escola de

auxiliar na formação do educando. e da educanda.

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Diante desta constatação não se pode ignorar que um dos principais desafios

educacionais contemporâneos é o uso de drogas lícitas e ilícitas. E que cada vez

mais esta problemática torna-se presente em nossa escola que tem como clientela o

adolescente do ensino médio, tão influenciável e vivendo um período de buscas e

necessidade de auto-afirmação.

Conforme registros nos Cadernos Temáticos da SEED, é importante destacar que

tratar sobre a problemática das drogas implica considerar que as mesmas estiveram,

estão e, ao que tudo indica estarão presentes no cotidiano social e cultural da

humanidade, sendo representadas, por vezes, através de rituais de pajelança,

cerimônias religiosas, usos medicinais, recreacionais, abusivos, entre outros. Além

disso, estudos demonstram a disseminação de novas drogas sintéticas, a

permissividade e incentivo a outras, a precocidade do uso e a associação das

mesmas com atos violentos, mortes precoces, tragédias no trânsito ,dificuldade de

relacionamento e aprendizagem.. Assim sendo, percebe-se o quanto o assunto é

polêmico, complexo e desafiador, sobretudo ao ser abordado no campo educacional.

Portanto, faz-se necessário uma abordagem mais atuante e significativa em relação

à drogadiçâo, envolvendo ao mesmo tempo pais, alunos, comunidade, educadores,

poderes públicos, entidades representativas da sociedade civil, através de debates,

fórum permanente, estudos, discussões, palestras e campanhas de

esclarecimento. Portanto, tem como objetivo estudar e discutir o enfrentamento e

prevenção ao uso indevido de drogas lícitas e ilícitas.

4.4.2 Outros

O Colégio Estadual João XXIII acredita que através da realização de projetos extra-

classe que além de promover a integração escola e comunidade, oportuniza ao

jovem educando a desenvolver atitudes de compromisso social com sua

comunidade, tornando-se co-responsável pelo seu desenvolvimento físico, social,

cultural e intelectual. Portanto desenvolve diferentes projetos em horário de contra-

turno com a coordenação de professores voluntários da própria instituição e

instrutores. As despesas necessárias de cada projeto são custeadas com recursos

da APMF e Anjos da Escola. Cada projeto desenvolvido tem seu plano de ação,

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estes são apresentados a equipe pedagógica para avaliação e ao conselho escolar

para validação.

4.4.2.1 Festa do Campo

Tem como objetivo geral Discutir e subsidiar a construção de uma política de

educação do campo que respeite a diversidade cultural e as diferentes experiências

de educação em desenvolvimento. Onde a comunidade partilha de uma festa do

campo com produtos produzidos pelo município.

4.4.2.2 FESARTE – Festival de Arte Estudantil

O FESARTE, “Festival de Arte Estudantil”, está em sua 4ª Edição, é uma promoção

do Colégio Estadual “João XXIII” – Ensino Médio destinada a estudantes de escolas

convidadas da rede pública Municipal/Estadual e escolas particulares de Ensino

Regular.

Neste evento há apresentações nas modalidades de Canto, Dança, Teatro e

artesanal; em paralelo, as escolas podem expor no saguão da Casa da Cultura,

peças de Artesanato ou Artes Plásticas; o evento será coordenado por Comissões

Organizadoras anuais, as quais organizam o evento e regulamento. Objetiva revelar

valores artísticos existentes nos estudantes dos Estabelecimentos de Ensino

Públicos Municipais/Estaduais ou Particulares; promover a valorização de

manifestações artísticas e culturais entre os estudantes; desenvolver o gosto pelas

artes e cultura; facilitar a integração entre a comunidade estudantil; promover uma

mostra de talentos estudantis em artes nas modalidades já citadas..

4.4.2.3 Agenda 21

O meio ambiente hoje é uma preocupação que ultrapassa fronteiras e limites

geográficos atingindo todos os povos. As mudanças climáticas, a preocupação com

a falta de água no planeta, a excessiva geração de resíduos sólidos, a falta de

acesso a saneamento básico e saúde são apenas alguns dos problemas comuns

que podemos citar.

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No ano de 1992, no Brasil ocorre a Conferência Internacional para o Meio Ambiente

mais conhecida como Rio-92, nesta conferência foi elaborado um documento com o

nome de Agenda 21, no qual existem vinte e uma recomendações para os países

membros sobre os cuidados com o meio ambiente natural e socialmente construído.

Além da Agenda 21 global cada município tem envidado esforços na construção da

Agenda 21 Local visando agir localmente, resolvendo os problemas ambientais

regionalizados.

A Agenda 21 Escolar tem por meio buscar levantar os problemas ambientais

ocorridos no ambiente escolar bem como as suas possíveis soluções de forma que o

aluno aprendendo a analisar e resolver as questões ambientais na escola estará na

verdade crescendo enquanto cidadão responsável com atitudes ecologicamente

corretas que, pretende-se, possam extrapolar os muros escolares, envolvendo a

família e a comunidade e que sirva para que possa assumir atitudes corretas com

relação ao meio ambiente.

Portanto, na elaboração da Agenda 21 deve-se manter um diálogo a partir de quatro

eixos: preservação do patrimônio público; saúde; lixo e água, e apartir do

levantamento dos problemas existentes, deve se elaborar estratégias de ação.

4.4.2.4 Gincana de Integração

Evento recreativo e cultural desenvolvido todo início de ano objetivando a integração

dos alunos que chegam para o primeiro ano aos alunos dos segundos e terceiros

anos. São elaboradas provas recreativas e culturais e sorteadas turmas de vários

anos - no período diurno, incluindo o matutino e vespertino - para que por meio do

cumprimento das mesmas os alunos, professores e funcionários desenvolvam o

espírito de equipe, união e solidariedade em torno de uma causa comum.

4.4.2.5 Feira da Bondade

Trata-se de um projeto de ação e educação para cidadania em prol da comunidade.

Objetiva desenvolver nos alunos o comprometimento com o bem-estar da

comunidade escolar e local, o espírito solidário, a construção de uma sociedade

mais solidária e justa, arrecadar produtos não perecíveis (roupas, calçados,

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utensílios domésticos) e oferecê-los à comunidade à preços simbólicos. Este projeto

realiza-se desde 2003 também, já conhecido e reconhecido pela comunidade local

que participa efetivamente do evento tanto com doações como na compra dos

produtos. A renda da feira é revertida em benefício da escola na aquisição de

materiais didáticos. É realizada anualmente.

4.4.2.6 Dança

É definido como manifestação instintiva do ser humano. Antes de polir a pedra e

construir abrigos, os homens já se movimentavam ritmicamente para se aquecer e

comunicar.

Considerando a mais antiga das artes, a dança é também a única que dispensa

materiais e ferramentas. Ela só depende do corpo e da vitalidade humana para

cumprir sua função enquanto instrumento de afirmação dos sentimentos e

experiências subjetivas do homem.

Dança, em sentido geral, é a arte de mover o corpo segundo a relação entre tempo

e espaço, estabelecida graças a um ritmo e a composição coreográfica.

O projeto de dança desenvolvido na escola cumpre vários objetivos entre eles a

criação de um espaço dentro da escola para que os alunos possam expressar-se

por meio da dança, fato este que contribui para o desenvolvimento emocional, físico,

psicológico, interpessoal e intrapessoal. Visa um maior incentivo para a permanência

do aluno na escola, contribuindo para a diminuição dos índices de evasão.

O Colégio oferta diversas modalidades de dança como: moderna, de salão,

folclóricas, jazz, coreográficas.

Estas são oferecidas no decorrer do ano letivo, conforme disponibilidade e interesse

de professores e alunos. As apresentações acontecem nos eventos escolares:

científicos, culturais, artísticos e esportivos. Quando solicitados apresentam-se no

município e eventos diversos.

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4.4.2.7 Feira Cultural e Científica

A Feira Científica e Cultural é um evento de realização anual, desenvolvido desde

1986. Durante todos esses anos os objetivos e forma de aplicação têm sido

atualizados conforme as necessidades dos alunos, escola e tendências

pedagógicas.

Envolve toda comunidade escolar e todas as disciplinas da matriz curricular na sua

consecução. O projeto é desenvolvido do 1º ao 4º bimestre, cumprindo etapas

distintas de organização/elaboração. Objetiva desenvolver nos alunos a capacidade

de organização em grupos, cooperação, responsabilidade, dedicação, interação com

os professores, colegas e com a comunidade; apropriação de métodos científicos,

conhecimentos científicos, técnicos, humanísticos e atualidades; aprender a

desenvolver pesquisas significativas utilizando métodos científicos; aprender a

redigir um artigo científico.

Em relação aos professores incentivar que sejam pesquisadores permanentes,

orientadores e instigadores da pesquisa, produtores de conhecimento, participantes

junto a comunidade.

Em relação a Gestão Democrática objetiva abrir a escola à comunidade por meio de

parcerias e no dia da Feira, apresentar-se como um ambiente inovador,

transformador e participativo; consolidar-se como um espaço de participação de

todos os segmentos escolares.

4.4.2.8 Projeto Repensar, Reciclar e Criar

A educação ambiental surge como um conjunto de atos educativos que procuram

despertar no aluno, atitudes que o levam a agir e integrar na problemática ambiental.

O Projeto Repensar, Reciclar e Criar é composto por atividades que despertam a

observação, estimulam o espírito crítico e promovem o conhecimento, procurando

sensibilizar os alunos para as questões relacionadas com o ambiente, fazendo com

que os mesmos possam reaproveitar materiais de forma criativa, que aprendam a

transformar material reciclável e reutilizável, como por exemplo, caixas de leite e

garrafas pet que darão origem a flores e vasos ornamentais. O lixo pode se

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transformar em utilidade, despertando a criatividade e noção do belo, além disso, a

adoção de um modo de pensar como atitudes movidas pelo próprio desejo e não por

ordens alheias de preservar o meio em que se vive.

4.4.2.9 Escola de Pais

Tem por finalidade aprimorar a formação dos pais, ajudando-os a melhor exercerem

suas funções educativas na família e na sociedade. Seu trabalho representa um

aprendizado em ação, isto é pretende atingir os pais enquanto educadores, para

conscientizá-los de sua responsabilidade na formação de seus filhos, para que

encontrem soluções alternativas para os problemas que os afligem.

A necessidade de melhor planejar as atividades da escola vem a cada ano

crescendo, e em função disso surge a importância de um trabalho cooperativo com a

família dos educandos. O que torna primordial na educação de qualidae, pois pais e

escola compartilham da mesma empreitada de educar. E um não pode fazer o

serviço pelo outro. Somando esforços podem contribuir tanto para a educação

familiar quanto para a educação escolar.

Objetivos: Destacar a importância da família em união à escola; Compreender o

papel dos pais e da escola na educação; Possibilitar a integração entre família e

escola; Discutir problemáticas como: drogadição, relacionamento familiar,

sexualidade, escolha profissional, etc.;

A Escola de Pais será desenvolvida no decorrer do ano letivo, com encontros

mensais, temas pré determinados de interesse dos pais ou de acordo com as

necessidades surgidas durante os encontros. O trabalho será coordenado por

professores, Direção e Equipe Pedagógica. A dinâmica dos encontros é baseada no

diálogo e com estratégias diversificadas como: debates, dinâmicas de grupo,

painéis, slides, textos entre outras.

Considerando essencial o encontro entre pais e escola o Colégio Estadual João

XXIII – E.M. é cenário deste projeto onde os protagonistas, pais e professores, tem

um espaço para reflexão e discussão de problemáticas atuais assim como situações

do dia a dia.

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4.4.2.10 Educação Fiscal

É aprovado em julho de 1997 o CONFAZ (Conselho Nacional de Política

Fazendária) que implementa o programa nacional de conscientização tributária que

visa despertar a prática da cidadania.

O Estado do Paraná em março de 1999 adere ao PNEF – Programa Nacional de

Educação Fiscal, também como resposta as necessidades urgentes do mundo

globalizado, onde aspectos econômicos são cada vez mais voltados a produção de

bens, gerando uma sociedade cada vez mais exigente e competitiva.

Assim sendo torna-se emergente a discussão desta Educação Fiscal como

mecanismo de esclarecimento quanto a função do estado em arrecadar impostos e

o cidadão de pagá-los. Mas para além dessa função inicial insere-se este tema

como uma verificação do que é arrecadado e de como é investido, para um melhor

desenvolvimento econômico e social.

Havendo assim uma participação de fato legítima, onde por meio desta relação

busca-se as prioridades para que o país se desenvolva e gere condição mais digna.

Diante do acima exposto, o Colégio lançando mão deste tema continuará abordando

de maneira mais específica a necessidade de refletir tais princípios buscando uma

consciência mais cidadã quanto a participação de todos na busca de conhecer os

tributos que paga por meio de impostos na busca de conhecer e de como estes

recursos públicos são geridos, cabendo a cada cidadão a melhor gerência destes

recursos e uma consciência quanto a votar naqueles que irão administrar os

recursos públicos.

A Educação Fiscal de certa forma já é um tema desenvolvido nas disciplinas como

História, Filosofia, Sociologia, Matemática que visam sensibilizar o educando ao

exercício da cidadania. Assim sendo, deseja-se buscar condições apropriadas para

este tema Educação Fiscal seja desenvolvido, trabalhado de maneira mais

específica não apenas nas disciplinas mas como tema gerador de projetos.

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4.4.2.11 Tecnologia Educacional

Conforme o item ciência e tecnologia já abordado neste P.P.P., ambas têm

proporcionado quando conduzidas adequadamente transformações significativas no

mundo. Em se tratando da tecnologia que está presente em nosso cotidiano e que,

portanto deve ser utilizada no contexto escolar, trazendo benefícios no processo

ensino aprendizagem.

Hoje se dispõem de vários recursos tecnológicos presentes na escola como a TV,

vídeo, aparelho de som, retroprojetor, máquina fotográfica, computador, internet e

outros disponíveis para tornar o espaço escolar mais dinâmico, pois tais recursos

podem viabilizar a troca entre professor, informação e aluno.

De acordo com Almeida em seu texto Tecnologias para a gestão democrática

ressalta: “Nessa perspectiva, a concepção de gestão educacional assume um

significado abrangente, democrático e transformador, que supera e relatiniza o

conceito de administração escolar, embora não o despreze, porque ele constitui uma

das dimensões da gestão escolar voltada à compreensão da escola como espaço de

conflitos de relações interpessoais, de negociação entre interesses coletivos e

projetos pessoais para a construção do Projeto Político Pedagógico da escola; de

democratização dos processos e produtos de saberes, no acompanhamento de suas

atividades, na identificação e articulação entre competências, habilidades e talentos

das pessoas que atuam na escola, com vistas à resolução de suas problemáticas”.

Diante do acima exposto, cabe lembrar que os recursos tecnológicos não anulam,

nem torna menos importante o professor pelo contrário pode ser um facilitador da

aprendizagem. Cabe a cada profissional da educação superar este mito ousando

conhecer e operacionalizar os recursos tecnológicos como instrumento de trabalho,

visando uma prática pedagógica mais eficiente.

A superação do mito implica em estratégias pedagógicas de aproximação do

professor a essas novas tecnologias que podem ser viabilizadas por meio de grupos

de estudos e oficinas práticas que auxiliarão dia a dia a melhoria das atividades

escolares.

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O colégio já dispõe e utiliza os recursos tecnológicos citados anteriormente e busca

adquirir outros para que cada professor em sua disciplina e na interdisciplinaridade

esteja enriquecendo suas aulas, os alunos utilizam tais recursos e tem disponível

por meio de agendamento não apenas o computador mas também a internet para

auxilia-los em suas pesquisas.

4.4.2.12 Semana Literária

Tem como objetivo estimular o interesse dos educandos pela leitura e

conseqüentemente pela escrita. Desenvolver com os alunos atividades que

despertem seu interesse pela leitura de textos literários, a partir da leitura estética e

de atividades de pré-leitura, da leitura-descoberta e de atividades de pós leitura.

Levando o educando a perceber os diversos tipos de leitura.

4.4.2.13 Programa Saúde – Doação de sangue

Sabendo que o Brasil necessita diariamente de 5.500 bolsas de sangue. O Colégio

Estadual João XXIII a partir deste ano transforma o projeto doação de sangue que

era realizado na Feira Cultural e Cientifica em um PROGRAMA DE SAÚDE:

DOAÇÃO DE SANGUE

O programa trata da DOAÇÃO DE SANGUE e os avanços no campo da

Hemoterapia, fazendo da doação um procedimento seguro e de caráter humanitário.

Coloca a questão da importância da conscientização para que as pessoas doem

sangue voluntariamente. Mostra detalhadamente a segurança do processo de

doação, indicando qual o intervalo entre as doações que deve ser diferenciado para

homens e mulheres.

Para participar do programa os doadores interessados devem preencher uma ficha

de inscrição e fazer a doação ou apresentar um doador, quando houver campanha

de coleta.

Doar sangue pode ser considerado um gesto simples de pessoas dispostas a ajudar

o próximo, contribuir para a cura de enfermos. Quando doado para aquele que não

conhecemos pode ser considerado um ato de profundo humanismo e respeito ao

próximo.

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4.4.2.14 Renascer do Civismo

Sabendo da importância e da necessidade de sensibilizar a nossa comunidade

escolar a cultivar o amor e o respeito a sua Pátria, é proporcionado aos mesmos

diferentes atividades, tais como: participar das reuniões da Câmara Municipal,

Sessão Cívica, respeito e conservação do Patrimônio Público e da compreensão de

respeitar os direitos e deveres de cada cidadão.

4.4.2.15 Escolha Profissional

A escolha profissional é uma das decisões mais importantes que as pessoas tomam

em suas vidas, sendo que ansiedades e indefinições tomam conta deste momento.

Portanto este projeto tem como objetivo levar o educando a pensar sobre suas

escolhas, através de diferentes atividades: visitas a instituições do Ensino

Universitário, a Feira da Profissão e parceria com psicólogos da região.

4.4.2.16 Projeto de receitas caseiras: pães e produtos de limpeza

Nos dias atuais é importante planejar o orçamento doméstico, principalmente em

nosso município onde são escassas as oportunidades de trabalho. As constantes

inovações fazem com que hajam gastos compulsivos, além dos indispensáveis a

sobrevivência. Entre estes gastos, um elevado percentual é destinado à alimentação

e produtos de limpeza. Neste sentido é desenvolvido em nossa escola, o Projeto de

Receitas Caseiras – Pães e Produtos de limpeza, em contraturno, coordenados por

Professoras e colaboração de pessoas Voluntárias, com o intuito de ensinar os

alunos a utilizar receitas de domínio público, na fabricação caseira destes produtos.

No transcorrer do Projeto, os alunos aprendem cuidados higiênicos na fabricação

dos pães e da manipulação dos componentes químicos na produção dos materiais

de limpeza, com utilização de roupas adequadas, luvas, máscaras e gorros até o

envasamento e rotulagem.

Ao final, é feito uma degustação dos pães e demonstração prática da utilização de

todos os produtos de limpeza, para orientá-los no manuseio e evitar desperdício,

bem como, o comparativo de custos.

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4.4.2.17 Jogos intersalas

Este evento esportivo tem como objetivo recreativo e a integração dos alunos São

organizados campeonatos nos três períodos, para que os alunos desenvolvam o

espírito de equipe, união e solidariedade.

4.4.2.18 Fórum de Discussão Permanente

O Fórum é um local de encontro visando a construção de alternativas que respeite

os direitos humanos universais, embasado no respeito à diversidade, através de

uma democracia participativa, por relações igualitárias e pacíficas entre as pessoas,

etnias, gêneros e povos,condenando todas as formas de dominação.

A proposta pedagógica do Fórum de Estudo e Discussões terá como objetivo reunir

a comunidade escolar, de forma participativa, com a finalidade de discutir assuntos

pertinentes às demandas e aos desafios sociais enfrentados pela escola e pela

comunidade, tais como: drogadição, violência, indisciplina e evasão.

O Fórum poderá ser organizado: pelo profissional da educação que propôs o fórum

ou, no caso deste se vincular ao Programa Viva a Escola, a organização fica a cargo

do profissional designado pela escola; levantamento das entidades representativas

existentes sem pré-julgamentos, para que se possa alargar a participação popular;

A comissão deverá acompanhar todas as etapas do Fórum e designadas a cada

encontro; os participantes não devem deliberar assuntos por voto, ou aclamação,

mas sim como defensores de idéias, propostas e alternativas a serem

encaminhadas aos setores competentes para avaliação formal, garantindo a todos o

direito à voz; semanalmente, no caso de fórum ligado ao Programa Viva a Escola,

por quatro horas, em ambiente escolar, em horários previamente agendados e

divulgados caso haja dificuldade para reunir os participantes em dois;

A comissão deverá se reunir mensalmente, ou conforme organização da escola,

caso o fórum seja estabelecido sem ligação ao Programa Viva a Escola; composição

dos trabalhos sugere-se que haja a elaboração de um cronograma onde constem

estudos de textos previamente selecionados;

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Deverá ter uma comissão, constituída por indicação do plenário com a finalidade de

produzir estudos sobre os desafios sociais específicos enfrentados pela comunidade

escolar. A comissão poderá elaborar relatórios que serão assinados por seus

membros e submetidos à apreciação de todos os participantes;

Sempre que a comissão organizar uma atividade deverá elaborar relatórios

bimestrais de avaliação do desenvolvimento dos trabalhos e encaminhados à equipe

pedagógica do estabelecimento de ensino, visando o acompanhamento e

redimensionamento das discussões caso necessário; no caso de fórum vinculado ao

Programa Viva a Escola, a elaboração de relatórios é obrigatória.

4.4.2.19 Equipe Multidisciplinar

A equipe Multidisciplinar deverá ser constituída com amparo na Resolução n°. 3399 /

2010 – GS/SEED. A Equipe Multidisciplinar é uma instância de organização do

trabalho escolar, preferencialmente coordenadas pela equipe pedagógica, e

instituídas por Instrução da SUED/SEED, de acordo com o disposto no art. 8º da

Deliberação nº 04/06 – CEE/PR, com a finalidade de orientar e auxiliar o

desenvolvimento das ações relativas à Educação das Relações Étnico-Raciais e ao

Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena, ao longo do período

letivo.

A Equipe Multidisciplinar se constituem por meio da articulação das disciplinas da

Base Nacional Comum, em consonância com as Diretrizes Curriculares Estaduais da

Educação Básica e Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações

Etnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, com

vistas a tratar da História e Cultura da África, dos Africanos, Afrodescendentes e

Indígenas no Brasil, na perspectiva de contribuir para que o aluno negro e indígena

mire-se positivamente, pela valorização da história de seu povo, da cultura, da

contribuição para o país e para a humanidade.

4.5 Plano de Ação do Estabelecimento de Ensino

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Eixo Tópicos Discussão Problemas Levantados Ações da Escola Cronograma Responsáveis

Gestão

Democrática

Conselho Escolar

Dificuldade em reunir os

Membros do Conselho

dentro do turno em que

o aluno está

matriculado, quando

apresentam problemas

pedagógicos/indisciplina

Pouco conhecimento

dos Conselheiros sobre

o seu papel no

Conselho Escolar

Marcar as reuniões

preferencialmente no

horário que possa conciliar

a participação de maior

número de participantes

Ter momentos de estudo

sobre o papel do Conselho

Escolar

Reunião

Mensal

Reunião

Extraordinária

Conselho

Escolar

NRE

SEED

Grêmio Estudantil

Falta de conhecimento

do papel social e

político

Promover palestras,

seminários

Intercâmbios

Reunião

Mensal

Reunião

Extraordinária

Grêmio

Estudantil

Equipe

Pedagógica

Direção

Agentes

Educacionais

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NRE

SEED

APMF

Conhecimento do papel

da APMF

Reuniões de estudo para

conhecer e entender o

papel da APMF na escola

Reunião

Mensal

Reunião

Extraordinária

Comunidade

Escolar

Direção

Agentes

Educacionais

SEED

NRE

Equipe

Pedagógica

Conselho de Classe

Ainda retrata as

dificuldades do aluno,

sem alternativa de

melhoria

Dificuldade de retorno

após conselho

Material para estudo

Formação continuada

Acompanhamento na hora

atividade

Conforme

Calendário

Escolar

Extraordinário

quando

necessário

Direção

Equipe

pedagógica

81

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Proposta

Pedagógica

Curricular

Plano de Trabalho

Docente

Dificuldade de

entendimento do PTD

na organização do

trabalho

Dificuldade da equipe

em acompanhar e

orientar o trabalho

Não retomada na hora

atividade

Procurar concentrar maior

número de professores na

Hora Atividade

Formação continuada

Quando

necessário

Professores

Equipe

Pedagógica

Direção

Avaliação

Muito ligada a

mensuração

Desvinculada do

processo

ensino/aprendizagem

Formação continuada

Estudo na Hora Atividade

Semana

Pedagógica

Reuniões

Pedagógicas

Hora Atividade

Professores

Direção

Equipe

Pedagógica

NRE

SEED

82

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Inclusão

Aceitar as diferenças

Dificuldade em entender

a adaptação curricular

Formação continuada

Grupo de estudos

Semana

Pedagógica

Reuniões

Pedagógicas

Hora Atividade

Professores

Direção

Equipe

Pedagógica

NRE

SEED

Formação

Continuada

Grupo de Estudo

Professores com mais

de uma escola

Hora atividade

concentrada

Lotação em uma única

escola

Hora Atividade Direção

Equipe

Pedagógica

NRE

SEED

Hora Atividade

Reunir os professores

para o trabalho coletivo

Utilização do tempo

como formação

continuada

Concentrar Hora Atividade

por disciplina

Montar cronograma de

estudo

Na montagem

do horário das

aulas

Reuniões

pedagógicas

Direção

Equipe

Pedagógica

NRE

83

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Reunião Pedagógica

Rotatividade de

professores dificulta o

trabalho coletivo

O trabalho em duas

escolas

Lotação de professores em

uma única escola

Reuniões pedagógicas das

escolas em dias diferentes

Conforme

calendário e

quando se

fizer

necessário

Direção

Equipe

Pedagógica

NRE

Semana Pedagógica

Rotatividade de

professo dificulta o

trabalho coletivo

O trabalho em duas

escolas

Quadro não completo

no início do ano letivo

Lotação de professores em

uma única escola

Reuniões pedagógicas das

escolas em dias diferentes

Conforme

calendário

NRE

SEED

GTR

Tempo disponível

Conhecer os recursos

Maior incentivo para

realização do GTR

Acompanhar

divulgação

sites oficiais

NRE

SEED

PROFESSORES

84

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E

FUNCIONÁRIOS

PDE Poucos professores

integrados ao programa

Maior número de vagas Acompanhar

divulgação

sites oficiais

SEED

Qualificação

dos Espaços e

Equipamentos

Biblioteca

Espaço pequeno para

leitura

Falta de informatização

para catalogação do

acervo e controle de

empréstimos.

Pouco utilizado para

leitura

Ampliação do espaço

Aquisição software

Programas e Projetos para

incentivo a leitura

Durante o ano APMF

DIREÇÃO

PROFESSORES

FUNCIONÁRIOS

NRE

SEED

Atividades de

Enriquecimento

Curricular

Viv

a E

sco

la

Esporte

Entendimento do

esporte enquanto lazer

e aprimoramento da

Saúde

Acompanhamento e

orientação da equipe

pedagógica

Calendário

Escolar

DIREÇÃO

EQUIPE

PEDAGÓGICA

Professor

coordenador

do projeto

85

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Leitura

Incutir o hábito da

leitura

Participação dos alunos

Promover e incentivar o

hábito da leitura

Calendário

Escolar

DIREÇÃO

EQUIPE

PEDAGÓGICA

Professor

coordenador

do projeto

Canto

Profissional habilitado

em música

Participação dos alunos

Incentivar a participação

dos alunos

Calendário

Escolar

DIREÇÃO

EQUIPE

PEDAGÓGICA

Professor

coordenador

do projeto

Drogadição

Envolvimento de alunos

com drogas lícitas e

ilícitas.

Baixo rendimento

Indisciplina

Estudo permanente

Escola de Pais

Visitas a Centros de Apoio

Participação da

comunidade

Calendário

Escolar

DIREÇÃO

EQUIPE

PEDAGÓGICA

Professor

coordenador

do projeto

86

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Ou

tras A

çõ

es

Festa do Campo

Envolvimento dos pais Convite, divulgação e

incentivo a participação

dos pais

Plano de Ação DIREÇÃO

EQUIPE

PEDAGÓGICA

PROFESSORES

FUNCIONÁRIOS

ALUNOS

APMF

CONSELHO

ESCOLAR

GRÊMIO

ESTUDANTIL

87

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FESARTE

Espaço físico Agendamento Casa da

Cultura

Plano de Ação DIREÇÃO

EQUIPE

PEDAGÓGICA

PROFESSORES

FUNCIONÁRIOS

ALUNOS

APMF

CONSELHO

ESCOLAR

GRÊMIO

ESTUDANTIL

88

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Evasão Escolar

Alunos trabalhadores

Alunos em situação de

riscos: drogadição,

prostituição

Ficha Fica

Maior acompanhamento

pela Equipe Pedagógica

Ano todo DIREÇÃO

EQUIPE

PEDAGOGICA

PROFESSORES

APMF

CONSELHO

ESCOLAR

NRE

CONSELHO

TUTELAR

89

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Gincana de

Integração

Participação efetiva

Compromisso e

responsabilidade

Dividir em duas etapas:

cultural e esportiva

Incentivar participação de

todos

Plano de Ação DIREÇÃO

EQUIPE

PEDAGÓGICA

PROFESSORES

FUNCIONÁRIOS

ALUNOS

APMF

CONSELHO

ESCOLAR

GRÊMIO

ESTUDANTIL

90

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Feira da

Bondade

Arrecadação Conscientizar sobre a

importância da

solidariedade

Plano de Ação DIREÇÃO

EQUIPE

PEDAGÓGICA

PROFESSORES

FUNCIONÁRIOS

ALUNOS

APMF

CONSELHO

ESCOLAR

GRÊMIO

ESTUDANTIL

91

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Feira Científica

e Cultural

Envolvimento dos

alunos

Compromisso dos

professores

Incentivo

Momentos de estudo

específico

Depoimentos

Visitas a Feiras de outras

escolas

Plano de Ação DIREÇÃO

EQUIPE

PEDAGÓGICA

PROFESSORES

FUNCIONÁRIOS

ALUNOS

APMF

CONSELHO

ESCOLAR

GRÊMIO

ESTUDANTIL

NRE

92

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Projeto Repensar, Reciclar e Criar

Envolvimento de

professores e alunos

Incentivar

Palestras

Estudo de casos

Visitas

Plano de Ação DIREÇÃO

EQUIPE

PEDAGÓGICA

PROFESSORES

FUNCIONÁRIOS

ALUNOS

APMF

CONSELHO

ESCOLAR

GRÊMIO

ESTUDANTIL

NRE

93

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Educação Fiscal

Envolvimento de

Professores e alunos

Incentivar

Estudos

Pesquisas

Plano de Ação DIREÇÃO

EQUIPE

PEDAGÓGICA

PROFESSORES

FUNCIONÁRIOS

ALUNOS

APMF

CONSELHO

ESCOLAR

GRÊMIO

ESTUDANTIL

NRE

ACIMAM

94

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Escola de Pais

Pouca participação dos

pais

Promover encontros

mensais

Conscientização dos pais

em reuniões

Plano de Ação DIREÇÃO

EQUIPE

PEDAGÓGICA

PROFESSORES

FUNCIONÁRIOS

ALUNOS

APMF

CONSELHO

ESCOLAR

GRÊMIO

ESTUDANTIL

Fórum/Rede de

Proteção

Conscientização da

participação

Fórum permanente de

discussão

Organizar uma comissão

Criar estatuto próprio

Plano de Ação Comissão

Comunidade

escolar

95

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5 - ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO

PEDAGÓGICO

O Projeto Político Pedagógico será avaliado anualmente na Semana Pedagógica,

por representantes de todos os segmentos escolares: Conselho Escolar, Grêmio

Estudantil, Professores, Alunos, Funcionários e Equipe Pedagógica.

Serão revistas as metas, meios e resultados e implementadas mudanças e

alterações, se necessário.

6. - REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini de: Tecnologias para a gestão democrática. CCEAD PUC - Rio de Janeiro.

ALVES, Rubem. Entre a ciência e a sapiência: o dilema da educação. São Paulo: Edições Loyola, 1999.

BOFF, Leonardo. Ethos Mundial. Rio de Janeiro: Sextante, 2003.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Senado Federal, Brasília: 2001.

BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Ministério do Bem-Estar Social. Imprensa Oficial. S/D.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases Nacional, LDB 9.394/96. Senado Federal, Brasília: 2004.

BRASIL. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras providências. In: Brasil. Ministério da Educação. Diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana. Brasília: MEC/Secretaria Especial de Políticas de Promoção de Igualdade Racial/ Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. 2004.

BRASIL. LEI Nº. 11.645, DE 10 de março de 2008 inclui no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena, seguidas das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das relações étnico-raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena.

96

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BRRZEZINSKI, Íria. Pedagogia, Pedagogos e Formação de Professores. 4. Ed. Campinas, SP: Papirus, 2002.

CRUZ, Carlos Henrique Carrilho. Conselho de Classe e Participação. Revista da Educação AEC. Ano 24, nº 94, janeiro/março, 1995. P. 111 – 136.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. DICIONÁRIO AURÉLIO ESCOLAR DA LÍNGUA PORTUGUESA. 1. Ed. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1988.

FERREIRA, Naura S. Carapeto (Org.). Gestão Democrática da Educação: atuais tendências, novos desafios. 2. Ed. São Paulo: Cortez, 2000.

FREIRE, Paulo Freire. Pedagogia da Esperança: um reencontro com a pedagogia do oprimido. Notas: Ana Maria Araújo Freire. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.

FREIRE, Paulo Freire. Pedagogia do Oprimido. 17ª. Ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

FREIRE, Paulo Freire. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro, RJ: Editora Guanabara Koogan S.A., 1989.

HAYDT, Regina Célia C. Curso de Didática Geral. São Paulo, SP: Ática, 1994.

LUCKESI, Cipriano C. Avaliação da Aprendizagem Escolar. 14. Ed. São Paulo: Cortez, 2002.

MOREIRA, Antonio Flávio e SILVA, Tomaz Tadeu (Orgs.). Currículo, Cultura e Sociedade. Trad. Maria Apª. Baptista. 2. Ed. São Paulo: Cortez, 1995.

PAIVA, Angela. A orientação educacional faz pulsar o coração da escola. Jornal Mundo Jovem, Ano XLII, nº 362, novembro de 2005.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Orientações para a Organização da Semana Pedagógica julho/2008. Disponível em < http://www.pedagogia.seed.pr.gov.br/arquivos/File/semanas_pedagogicas/sem_ped_jul_2008.pdf> Acesso em 20 jan. 2010

PARANÁ. SEED. SUED. Departamento de Ensino Fundamental. História e cultura afro-brasileira e africana: educando para as relações étnico-raciais Paraná. Curitiba: SEED-PR, 2006.

PARANÁ. SEED. SUED. Orientações para a organização da semana pedagógica, Curitiba: SEED-PR, 2008.

PIMENTA, Selma Garrido. O Estágio na Formação de Professores: unidade teoria e prática? 5. Ed. São Paulo: Cortez, 2002.

97

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SANTOS, Raimundo Gabino dos: PNEF – Programa Nacional de Educação Fiscal; NRE-Campo Mourão-PR.

SAVIANI, Dermeval in NOUGUEIRA, Adriano (Org.). Ciência para quem? Formação científica para que?: a formação do professor conforme desafios regionais. Petrópolis, RJ: Vozes, 1999.

SOUZA, Ângelo Ricardo de; et. Al. Gestão Democrática. [2005]. Disponível em: <http://64.233.163.132/search?q=cache:UQ0pbxndbGMJ:www.sismmac.org.br/admin/uploads/arq_down/Gestao_Democratica.ppt+Gest%C3%A3o+Democr%C3%A1tica+que+%C3%A9+um+processo+pol%C3%ADtico+atrav%C3%A9s+do+qual+as+pessoas+na+escola+discutem,+deliberam+e+planejam&cd=5&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br&lr=lang_pt> Acesso em: 26 set 2009.

VEIGA, Ilma P. A. (Org.) Projeto Político Pedagógico da escola: uma construção possível. 17ª. ed. Campinas, SP: Papirus, 1995.

VEIGA, Ilma P. A. e REZENDE, Lúcia M. G. de. (Orgs.) Escola: espaço do projeto político pedagógico. 7ª. ed. Campinas, SP: Papirus, 1998.

7. - ATOS ADMINISTRATIVOS

CONSELHO ESCOLAR – Ato Administrativo no 164/2009 de 13 de agosto de 2009.

APMF: Alteração do Estatuto da APM Ney Amintas de Barros Braga do Colégio

Estadual João XXIII – EM, para APMF-Associação de Pais, Mestres e

Funcionários do Colégio Estadual João XXIII, em 15 de Setembro de 2004. Ofício

do Distribuidor e Anexos – Comarca de Mamborê-PR. – Registrado no Livro no 2 às

fls. 061, sob o no 322/04 em 20 de Setembro de 2004. Registro de Títulos e

Documentos – Comarca de Mamborê-PR, Apontado sob no 7.538, Registrado sob no

148, do Livro A-02 de Pessoas Jurídicas em 20 de Setembro de 2004. CNPJ:

00.735.046/0001-59

GRÊMIO ESTUDANTIL – Estatuto Registrado no Registro de Títulos e Documentos

da Comarca de Mamborê – Paraná, Apontado sob no 3.258, Registrada sob no 039

do Livro A-1 de Pessoa Jurídica em 08/03/1995. CNPJ: 01.566.338/0001-78

Regimento Escolar: Parecer 020/208 de 31 de Janeiro de 2008.

Renovação Reconhecimento do Curso: Resolução 2978/08 de 04/07/2008.

98

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ANEXOS

Anexo 1 Proposta Pedagógica Curricular

APRESENTAÇÃO

A Proposta Pedagógica Curricular do Colégio Estadual João XXIII – EM é resultado

de amplos estudos e discussões coletivas, com o princípio teórico de oferecer

conhecimentos aos alunos para formação necessária no enfrentamento da realidade

social, econômica e política do seu tempo, assim garantindo que a escola cumpra

seu papel social e político.

Dependendo um proposta que assume os princípios das Diretrizes Curriculares do

Estado do Paraná, propõe um currículo que mantenha um diálogo entre os

conhecimentos sistematizados e os conhecimentos do cotidiano, assim,

possibilitando um trabalho pedagógico que aponte uma direção de totalidade do

conhecimento e sua relação com o contexto social.

As Propostas Pedagógicas Curriculares se legitimam no Regimento Escolar e é um

documento do Projeto Político Pedagógico ofertando assim um ensino de qualidade,

calçado em normas e leis vigentes, questões discutidas pelos profissionais da

educação do estabelecimento de ensino.

99

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Anexo 2 Matriz Curricular

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO NÚCLEO REGIONAL DE CAMPO MOURÃO

COLÉGIO ESTADUAL JOÃO XXIII – ENSINO MÉDIO Rua Piraí, 781 – Centro

Fone/fax: (44) 3568-1122

CEP 87340-000 – Cx. Postal 125

E-mail: [email protected]

MAMBORÊ - PARANÁ

MATRIZ CURRICULAR ÚNICA – ENSINO MÉDIO POR BLOCOS DE

DISCIPLINAS SEMESTRAIS

NÚCLEO 05 – CAMPO MOURÃO MUNICÍPIO: 1410 – MAMBORÊ

ESTAB.: 00497 – JOÃO XXIII, C E – E MÉDIO ENT MANTEN: GOV. DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 0010 – ENSINO MÉDIO TURNO: MANHÃ ANO IMPLANT: 2011 – SIMULTÂNEA

MODULO: 20 SEMANAS

DISCIPLINAS

SÉRIE 1 1 2 2 3 3

BLOCO 1 2 1 2 1 2

BNC

ARTE 4 4 4

BIOLOGIA 4 4 4

EDUCAÇÃO FÍSICA 4 4 4

FILOSOFIA 3 3 3

FISICA 4 4 4

GEOGRAFIA 4 4 4

HISTÓRIA 4 4 4

LÍNGUA PORTUGUESA 6 6 6

MATEMÁTICA 6 6 6

QUIMICA 4 4 4

SOCIOLOGIA 3 3 3

BNC SUB-TOTAL 21 25 21 25 21 25

PD L.E.M. INGLES 4 4 4

L.E.M. ESPANHOL* 4 4 4

PD SUB-TOTAL 8 8 8

TOTAL GERAL 29 25 29 25 29 25

* Disciplina de matrícula facultativa no CELEM, ministrada em turno contrário.

Mamborê, 10 de Novembro de 2010

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO NÚCLEO REGIONAL DE CAMPO MOURÃO

COLÉGIO ESTADUAL JOÃO XXIII – ENSINO MÉDIO Rua Piraí, 781 – Centro

Fone/fax: (44) 3568-1122

CEP 87340-000 – Cx. Postal 125

E-mail: [email protected]

MAMBORÊ - PARANÁ

MATRIZ CURRICULAR ÚNICA – ENSINO MÉDIO POR BLOCOS DE

DISCIPLINAS SEMESTRAIS

NÚCLEO 05 – CAMPO MOURÃO MUNICÍPIO: 1410 – MAMBORÊ

ESTAB.: 00497 – JOÃO XXIII, C E – E MÉDIO ENT MANTEN: GOV. DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 0010 – ENSINO MÉDIO TURNO: TARDE ANO IMPLANT: 2011 – SIMULTÂNEA

MODULO: 20 SEMANAS

DISCIPLINAS

SÉRIE 1 1 2 2 3 3

BLOCO 1 2 1 2 1 2

BNC ARTE 4 4 4

BIOLOGIA 4 4 4

EDUCAÇÃO FÍSICA 4 4 4

FILOSOFIA 3 3 3

FISICA 4 4 4

GEOGRAFIA 4 4 4

HISTÓRIA 4 4 4

LÍNGUA PORTUGUESA 6 6 6

MATEMÁTICA 6 6 6

QUIMICA 4 4 4

SOCIOLOGIA 3 3 3

BNC SUB-TOTAL 21 25 21 25 21 25

PD L.E.M. INGLES 4 4 4

L.E.M. ESPANHOL* 4 4 4

PD SUB-TOTAL 8 8 8

TOTAL GERAL 29 25 29 25 29 25

* Disciplina de matrícula facultativa no CELEM, ministrada em turno contrário.

Mamborê, 10 de Novembro de 2010

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO NÚCLEO REGIONAL DE CAMPO MOURÃO

COLÉGIO ESTADUAL JOÃO XXIII – ENSINO MÉDIO Rua Piraí, 781 – Centro

Fone/fax: (44) 3568-1122

CEP 87340-000 – Cx. Postal 125

E-mail: [email protected]

MAMBORÊ - PARANÁ

MATRIZ CURRICULAR ÚNICA – ENSINO MÉDIO POR BLOCOS DE

DISCIPLINAS SEMESTRAIS

NÚCLEO 05 – CAMPO MOURÃO MUNICÍPIO: 1410 – MAMBORÊ

ESTAB.: 00497 – JOÃO XXIII, C E – E MÉDIO ENT MANTEN: GOV. DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 0010 – ENSINO MÉDIO TURNO: NOITE ANO IMPLANT: 2011 – SIMULTÂNEA

MODULO: 20 SEMANAS

DISCIPLINAS

SÉRIE 1 1 2 2 3 3

BLOCO 1 2 1 2 1 2

BNC ARTE 4 4 4

BIOLOGIA 4 4 4

EDUCAÇÃO FÍSICA 4 4 4

FILOSOFIA 3 3 3

FISICA 4 4 4

GEOGRAFIA 4 4 4

HISTÓRIA 4 4 4

LÍNGUA PORTUGUESA 6 6 6

MATEMÁTICA 6 6 6

QUIMICA 4 4 4

SOCIOLOGIA 3 3 3

BNC SUB-TOTAL 21 25 21 25 21 25

PD L.E.M. INGLES 4 4 4

L.E.M. ESPANHOL* 4 4 4

PD SUB-TOTAL 8 8 8

TOTAL GERAL 29 25 29 25 29 25

* Disciplina de matrícula facultativa no CELEM, ministrada em turno contrário.

Mamborê, 10 de Novembro de 2010

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Anexo 3

Cópia da Ata de aprovação do PPP

ATA Nº 09/2010

ATA DE APROVAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DO COLÉGIO ESTADUAL JOÃO XXIII- E.M., DO MUNICIPIO DE

MAMBORÊ.

Aos nove dias do mês de dezembro de dois mil e dez, às dezenove e trinta horas, na Sala Helena Kolody do Colégio Estadual João XXIII – Ensino Médio, do Município de Mamborê, Estado do Paraná, reuniram-se os Membros do Conselho Escolar, para análise e aprovação das alterações e atualizações do Projeto Político Pedagógico – PPP. Primeiramente o Professor Arnaldo Antonio Barszcz, Diretor do Colégio agradeceu a presença de todos e falou da importância e necessidade desta atualização do nosso Projeto Político Pedagógico-PPP, tendo em vista várias mudanças ocorridas no Colégio desde a aprovação do PPP em vigência. Falou também que o PPP será inserido no Portal. Em seguida a Professora Rosangela Sabakeviski, fez a leitura do PPP, abrindo espaço para questionamentos. Ao final da leitura, alguns Membros do Conselho Escolar fizeram mais alguns comentários, porém, nada que alterasse a atual descrição. Terminada as discussões, o novo Projeto Político Pedagógico foi colocado em votação, tendo sido aprovado por unanimidade. Nada mais havendo a ser tratado, foi lavrada a presente ata, que vai assinada pelos presentes.

Mamborê, 09 de Dezembro de 2010

Segue assinatura dos presentes

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