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1 ESCOLA ESTADUAL AFRÂNIO PEIXOTO - EF PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2010

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ESCOLA ESTADUAL AFRÂNIO PEIXOTO - EF

PROJETO POLÍTICO

PEDAGÓGICO

2010

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SUMÁRIO

1. Apresentação ..................................................................................................03

2. Identificação do Estabelecimento....................................................................04

3. Objetivos Gerais do PPP.................................................................................05

1. Marco Situacional............................................................................................08

2. Histórico da Realidade.....................................................................................08

3. Histórico da Instituição.....................................................................................08

4. Caracterização da Comunidade......................................................................09

5. Análise Crítica dos problemas.........................................................................10

6. Marco Conceitual.............................................................................................13

7. Fundamentação Teórica..................................................................................13

8. Filosofia da Escola...........................................................................................13

9. Concepção Educacional..................................................................................14

10. Princípios Norteadores da Educação..............................................................15

11. Objetivos da Escola.........................................................................................16

12. Fins Educativos...............................................................................................17

13. Diretrizes Curriculares.....................................................................................17

14. Descrição dos Fundamentos Teóricos............................................................18

15. Organização do Tempo Escolar......................................................................20

16. Organização Curricular....................................................................................20

17. Concepção Curricular......................................................................................21

18. Avaliação.........................................................................................................23

19. Marco Operacional..........................................................................................26

20. Grandes Linhas de Ação.................................................................................26

21. Papel e Participação das Instâncias Colegiadas.............................................29

22. Formação Continuada.....................................................................................29

23. Atividades Escolares.......................................................................................30

24. Qualificação dos Espaços...............................................................................31

25. Acompanhamento e Avaliação do Projeto.......................................................32

26. Referências Bibliográficas...............................................................................34

27. Anexos I ..........................................................................................................36

28. Propostas Curriculares das Disciplinas...........................................................38

29. AnexosII …......................................................................................................40

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1. APRESENTAÇÃO

Comprometidos com uma prática direcionada à compreensão da realidade

social e a construção da cidadania responsável através de um ensino que propicie

esta condição, elaboramos coletivamente o presente projeto, que apresenta todas as

atividades a serem desenvolvidas pela Escola Estadual Afrânio Peixoto – Ensino

Fundamental, de acordo com a LDB, Lei n.º 9394/96 que prevê no seu Art. 12 inciso

I, que os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns do sistema de

ensino, terão a incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica.

Este Projeto prevê as modalidades de ensino, ressaltando o ensino

fundamental de 5ª a 8ª série e a inclusão no ensino regular. Subsidia a criação de um

planejamento de trabalho consciente e eficiente rumo à assimilação dos

conhecimentos que favoreçam o exercício da cidadania, através de uma prática

educativa coerente e responsável.

O Projeto Político Pedagógico é uma construção coletiva da identidade da

Escola assegura a democracia e a qualidade do ensino para todos. Este projeto

define a concepção de homem, sociedade, conhecimento, educação, cultura,

tecnologia, ensino-aprendizagem e avaliação articulada à dimensão político-

pedagógica.

Propor um trabalho coletivo pressupõe disposição para estudos, buscando

ofertar condições que permitam aos educandos terem acesso ao conjunto de

conhecimentos sistematicamente elaborados, para isso, a comunidade escolar

procura contemplar neste projeto o desafio de um planejamento participativo que

garanta os valores culturais, artísticos e históricos próprios do contexto social.

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3 IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO

3.1 Escola: ESCOLA ESTADUAL AFRÂNIO PEIXOTO - ENSINO FUNDAMENTAL - 5ª a 8ª séries Código: Nº 00020

3.2. Rua: XV de Novembro, Nº: 306 - Centro

3.3 Fone; (43) 3556 1296

3.4 Fone/Fax: (43) 3556 1296

3.5 Município: ABATIÁ Código: 0010

3.6 Dependência Administrativa: Estadual Código : 2

3.7 N.R.E. : JACAREZINHO Código : 017

3.8 Entidade Mantenedora: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

3.9 Ato de Autorização da Escola Estadual Afrânio Peixoto – E.F. :

Resolução nº 2245/1980 Data: D.O.E. De 30/04/1981

3.10 Ato de Renovação de Reconhecimento de Curso

Resolução nº2640/1981 Data: D.O.E. De 04/12/1981

3.11 Ato Administrativo de Aprovação do Regimento Escolar:

Nº 038/2005 Data: 23/03/2005

3.12 Distância da Escola do N.R.E. : Km: 70 Km

3.13 Localização: Urbana

3.14 Site: www.aatfraniopeixoto.pr.gov.br

3.15 e-mail: [email protected]

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4 OBJETIVOS GERAIS DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

O coletivo da Escola Estadual Afrânio Peixoto, estabeleceu o presente projeto

por considerar que toda ação humana atual, precisa ser planejada e direcionada para

a construção de uma sociedade que pensa e reflete sobre suas ações e invenções e

que age, não pelo simples fazer vultuoso, mas pela primazia da qualidade.

Assim, estando a Escola inserida num contexto cultural e tecnológico

conflituoso, transitório e de busca de afirmação, é sua função propor desafios que

permitam aos educandos assumir postura crítica diante das informações

bombardeadas continuamente, a fim de construir novas formas de ver, sentir,

entender, organizar e representar o mundo.

Então, há urgência de se direcionar a aprendizagem para a compreensão

ampla de ideias e valores indispensáveis à vivência social harmoniosa, da mesma

forma é importante desenvolver habilidades cognitivas que assegurem o preparo para

acompanhar os padrões tecnológicos atuais.

Considerando este contexto, há a necessidade de planejar e registrar as ações

da Escola, em conjunto e com clareza, pois estas são atividades que norteiam o

trabalho pedagógico, estabelecendo metas e direcionamentos para as ações

educativas que formarão o cidadão consciente de seus atos, considerando que este

deve ser o resultado de um processo de debates, estudos, reflexões e tomadas de

decisões acerca da educação que se pretende. Portanto, é preciso propiciar aos

educandos meios reais e eficientes para a construção do conhecimento, a fim de que

possam avançar na capacidade de interpretar e interagir com a realidade que se vive.

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5.0 MARCO SITUACIONAL

5.1 ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR

5.1.1 MODALIDADES DE ENSINO

Ensino Fundamental - séries finais.

5.1.2 NÚMEROS

Turmas/alunos: 23 / 750

Professores: 30

Pedagogos: 05

Funcionários: 10

Diretor: 01

Diretor Auxiliar: 01

Salas de Aula: 12

5.1.3 TURNO DE FUNCIONAMENTO

A Escola funciona nos três períodos: manhã, tarde e noite., havendo 10 turmas

de manhã , 09 turmas à tarde e 04 turmas à noite.

5.1.4 AMBIENTES PEDAGÓGICOS

A Escola Estadual Afrânio Peixoto – Ensino Fundamental possui boa estrutura,

embora haja carência de alguns espaços pedagógicos, o que às vezes, limita a ação

de professores e alunos. Há 10 salas de aula que são utilizadas tanto no período da

manhã quanto à tarde e à noite são utilizadas somente 4 salas. O Estabelecimento

oferta também Sala de Apoio para as 5ª séries do período diurno, nas disciplinas de

Língua Portuguesa e Matemática.

A escola conta também com Sala de Recursos, para atendimento aos alunos

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com defasagem na aprendizagem.

A biblioteca é pequena ocupando um espaço improvisado possui acervo

pequeno, necessitando de melhorias. Há laboratório de Informática (Paraná Digital).

Atualmente contamos com uma quadra coberta e duas descobertas

favorecendo o andamento das aulas de Educação Física.

A cantina é boa, com espaço adequado para armazenamento dos alimentos,

está dentro dos padrões de higiene exigido. O refeitório, cujo espaço é suficiente para

atender os alunos em cada período.

5.2 HISTÓRICO DA REALIDADE

A Escola Estadual Afrânio Peixoto – Ensino Fundamental, situada à Rua XV de

Novembro, 306 no município de Abatiá - Estado do Paraná, constitui-se como a única

escola de ensino fundamental de 5ª a 8ª série ofertada neste município.

O município é predominantemente agrícola, constituindo-se de

aproximadamente 8.000 habitantes, sendo que a maioria dos alunos são oriundos da

zona rural ou vivem do trabalho agrícola. Por esse motivo torna-se difícil o acesso à

escola em períodos chuvosos, por dependerem do transporte escolar, que encontra

dificuldades devido às más condições das estradas e dos próprios meios de

transporte e isso acarreta problemas para o andamento da prática escolar,

prejudicando tanto os alunos da zona rural, quanto os da zona urbana, pois estes

fatores acabam dificultando o ensino e a aprendizagem.

A escola segue a política educacional adotada pelo Estado, a qual está voltada

para a formação do indivíduo como um todo, preparando-o para fazer parte de uma

sociedade mais humana, consciente e justa, desenvolvendo assim seu senso crítico,

sua consciência, em relação às suas atitudes de modo a se tornar um cidadão

atuante.

5.3 DADOS HISTÓRICOS DA INSTITUIÇÃO

A Escola Estadual Afrânio Peixoto - Ensino Fundamental, 5ª/8ª séries, código

00020, está localizada na Rua XV de Novembro, Nº 306, Centro, Fone/Fax (0XX 43)

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3556-1296, no município de Abatiá, Código 0010, Estado do Paraná, funciona em

prédio próprio construído pelo Governo do Estado em 1976, com a finalidade de

oferecer o Ensino Fundamental de 5ª/8ª série, com dependência administrativa

estadual (SEED) e jurisdicionada ao NRE de Jacarezinho, situada a 70 Km deste.

O Estabelecimento foi criado pelo Decreto Nº 5.538 de 29/12/1961 com o

nome de Ginásio Estadual de Abatiá. Em 05/09/1968 foi denominado Ginásio

Estadual Afrânio Peixoto pelo Decreto Nº 11.935, o qual funcionava apenas em turno

diurno. A partir de 1970 pela Portaria Nº 2022/70 iniciou o turno noturno. Foi

reorganizado e autorizado a funcionar pela Resolução Nº 2245/80, passando a

denominar-se Escola Estadual Afrânio Peixoto – Ensino de 1ª Grau. Foi reconhecido

o Estabelecimento e o Curso pela Resolução Nº 737/83. Com a Autorização de

funcionamento- Resolução Nº 3120/98 passou a denominar-se Escola Estadual

Afrânio Peixoto – Ensino Fundamental.

A Autorização de Funcionamento do Estabelecimento está sob a Resolução Nº

2245/80 DOE 30/04/1981. O Reconhecimento do Estabelecimento e do Curso estão

sob a Resolução Nº 2640/81 DOE 04/12/1981.

5.4 CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR

A Escola Estadual Afrânio Peixoto – Ensino Fundamental séries finais

contempla uma diversidade de alunos, pois há os que vêm da zona rural,

dependentes do transporte escolar e das intempéries climáticas para poder estudar,

há também os da zona urbana, porém filhos de trabalhadores rurais. E, uma outra

realidade são os alunos do período noturno que trabalham na zona rural e /ou em

outros setores do município.

A atividade predominante das famílias é a agricultura, portanto prevalecem os

alunos, os quais são dependentes dos benefícios dos governos Estadual e Federal,

como: Bolsa família, Vale Gás, PETI e outros, para completar a renda familiar.

5.5 PDE – ESCOLA

A Escola Estadual Afrânio Peixoto - EF apresenta um índice elevado de evasão e

reprovação devido a vários fatores. Buscando a reversão desta situação a escola aderiu

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ao Programa “PDE ESCOLA” que é um processo de planejamento estratégico

desenvolvido para a melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem.

5.6 PORTE DA ESCOLA

Atualmente a Escola Estadual Afrânio Peixoto funciona com 750 alunos

distribuídos nos três períodos, atingindo o porte 4 que é considerado um porte

médio.

5.7 REGIME ESCOLAR

A Escola Estadual Afrânio Peixoto funciona nos três turnos: manhã, tarde e

noite. As disciplinas estão distribuídas em cinco horas aulas diárias num total de 25

horas aulas semanais.

5.8 CLASSIFICAÇÃO

Classificação é o procedimento que a Escola adota para posicionar o aluno em

série, período ou etapa de estudos de acordo com a idade, experiência e

desenvolvimento adquiridos por meios formais e informais.

5.9 PROMOÇÃO

A promoção dos educandos dar-se-á mediante os resultados da avaliação,

observando a frequência e a média 6,0 (seis) mínima exigidas por Lei.

5.10 QUANTIDADE DE PROFISSIONAIS EM CADA SETOR

Equipe de Direção 02

Equipe Pedagógica 05

Administrativo 05

Serviços Gerais 07

Docentes 38

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5.11 FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS EM EDUCAÇÃO

Nome Função Vínculo Formação /Graduação /

Especialização

Adriana C. dos Reis R

Oliveira

Professora PSS Letras/Inglês – Pedagogia

Esp. Psicopedagogia;

Esp. Ed. Especial

Adriana Carvalho Ferri Professora QPM Letras Anglo - Esp. Literatura

e Língua Portuguesa

Aline dos Santos Carlos Professora PSS Letras – Port. / Inglês;

Esp. Literatura Estudo da Linguagem

Aline de Paula Nogueira Agente

Educacional II

PSS Ciências Biológicas

Esp. Auditoria e Gestão

Ambiental

Anézia Maria Soares

Ferreira

Pedagoga QPM Pedagogia / Esp. Didática e

Metodologia do Ensino

Aparecida Assolari da

Silva

Professora PSS Letras/Inglês

Esp. Estudos L. e Literários e Produção de Texto

Aparecida Donizete de

Souza

Agente

Educacional I

QFEB Ensino Fund. Incompleto

Aparecida Francisca da

Silva

Agente

Educacional I

QFEB Ensino Médio

Carla Dutra de Medeiros Professora PSS Matemática

Célia Regina Augusto Pedagoga QPM Pedagogia e Letras Inglês - Esp. Metodologia e Didática do Ensino

Cristina Alves da Silva Professora QPM Licenciatura Ciências/Hab.

Matemática – Esp. Educação

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Matemática

Débora B. Cagalli Okada Professora QPM Ciências /Hab. Biologia - Esp.

Educação em Matemática

Dulce Araujo Dantas

Professora

QPM

Letras / Franco

Esp. Metodologia da Língua Portuguesa e Literatura

Dulce Felix Lourenço Professora QPM Ciências / Hab. Biologia –

Esp. Biologia Vegetal

Edson Néia Cunha

Professor

QPM

Educação Física – Esp.

Didática Fund. Teóricos da

Prática Pedagógica

Eliana Ap. Helbel de

Almeida

Professora QPM Educação Artística -

Hab. Artes Plásticas

Elisângela U. Toginho de

Lima

Professora QPM Ciências/Hab. Matemática

Esp. Educação Especial

Elza dos Santos C. De

Mello

Professora QPM Ciências/Hab. Química - Esp.

Instrumentação no Ensino de

Química

Elzi Gonçalves Professora QPM História e Geografia;

Formação de Professor de

Ens. de 1º e 2º Graus; PDE

Érica Hosoume da Silva

Professora

QPM

Ciências Contábeis e

Matemática; Esp. Gerência

Contábil Auditoria e

Educação Especial - DM

Graciella Ferri

Professora

QPM Geografia / História -

Esp. Geografia e Meio

Ambiente

Genoveva Capellini

Agente

Educacional II

QFEB

Ciências Hab. Biologia

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Isabel Cristina F.

Demarchi

Professora PSS Letras / Inglês -

Esp. Educação Especial

João Carlos Alves

Agente

Educacional I

CLT Ensino Médio

Jucéia Aparecida Volps

Professora

QPM

História

Esp. Educação Especial

Esp. História e Historiografia:

Fenômenos Religiosos

Juscelina Batista da

Costa

Agente

Educacional I

PSS

Ensino Médio

Larúcia Oliveira Casado

de Lima

Professora QPM Letras Português / Inglês

Esp. Língua Portuguesa e Literatura

Leni Cagale Cunha Pedagoga QPM Pedagogia – Esp. Didática e

Metodologia do Ensino

Leonora Benites Professora QPM Geografia

Lilian Néia Cunha Professora QPM Ciências / Hab. Biologia –

Esp. Meio Ambiente e

Desenvolvimento Sustentável

Lucélia Aparecida Vozni Professora QPM Letras Anglo - Portuguesa

Esp. Língua Inglesa

Luzia Maria Guimarães

de Macedo

Professora QPM Ciências / Hab. Matemática

Esp. Educação Matemática e

Educação Especial

Maria Amador Rinard

Almeida

Professora QPM História/ Pedagogia - Esp.

Didática e Metodologia do

Ensino

Maria Cristina Moreno Professora QPM Letras /Anglo Portuguesa -

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do Carmo Esp. Letras e Literatura

Maria Eloiza da Cruz

Ferri

Professora

QPM

Educação Física -

Esp. Educ. Física: Atividade Física e saúde;

Esp. Educação Especial;

Esp. Gestão escolar.

Maria Inês de Oliveira Professora QPM História /Geografia -

Esp. História e Historiografia

Marlene de Paula

Nogueira

Pedagoga QPM Pedagogia- Hab. Supervisão

Esp. Didática e Metodologia

do Ensino

Mônica Raimundo

Pimentel de Oliveira

Diretora

Professora

QPM Ciências Hab. Matemática

Esp. Didática e Metodologia

do Ensino Superior.

Nilzeli Inês Jofre Secretária QFEB Ciências Biológicas

Esp. Educação Especial

Osvaldina Luciana de

Oliveira Siqueira

Professora QPM Educação Física/ Letras Port.

Esp. Educação Especial

Paulo Sivério Correa

Junior

Professor QPM Educação Física

Esp. Atividade Física, Saúde

e Esporte

Patricia Alves Rocha Professora QPM Matemática / Ciências

Esp. Matemática

Patricia Pitoli Yamagami Professora PSS História; Pedagogia.

Esp. História e Historiografia;

Esp. Educação Especial

Regina Nogueira Simões

Pedagoga QPM Pedagogia / Ciências

Esp. Didática e Metodologia do Ensino; Esp. Educação Especial;

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Esp. Psicopedagogia.

Rita Maria dos Reis Agente

Educacional I

CLT Ensino de 2º grau

Rosângela Fernandes Professora QPM História

Esp. Historia e Historiografia

Esp. Educação Inclusiva

Sandra Midori Hosoume

da Costa

Professora QPM Educação Física

Esp. Ed. Física Escolar e

Esp. Educação Especial

Sebastiana Lopes

Fernandes

Agente

Educacional I

QPPE Ensino Médio

Silvana Gomes Ferreira Professora PSS Matemática

Terezinha Andreoti

Mendes

Professora QPM Educação Artística-

Hab. Artes Plásticas

Esp. Pedagogia p/ o Ensino Religioso

Vanessa Kelly da Costa Professora PSS Ciências Biológicas

Esp. Educação Especial

Vera Lúcia Bueno Agente

Educacional I

CLT Ensino Médio

Vera Lúcia de Souza Agente

Educacional II

PSS Pedagogia

Esp. Gestão Escolar

Vivian B. Iglécias de lima Professora PSS Letras / Inglês; Artes

Esp. Língua Portuguesa;

Esp. Ed. Especial

Zelma Carvalho da Silva Agente QFEB Técnico em Administração

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Fernandes Educacional II

5. 12 PROBLEMAS EXISTENTES NA ESCOLA

5.12.1 ÍNDICE DE APROVEITAMENTO ESCOLAR

A Escola Estadual Afrânio Peixoto - E F apresenta um índice elevado de

evasão e reprovação conforme o quadro abaixo:

ANO 2007 2008 2009

EVASÃO 8,62% 9,04% 9,29%

REPROVAÇÃO 7,27% 9,06% 9,58%

5.12.2 CONTRADIÇÃO E CONFLITOS NA PRÁTICA DOCENTE

A Escola tem sua função parcialmente prejudicada, tendo em vista alguns

fatores que contribuem para a divergência do seu papel, que é o de ensinar e formar

cidadãos conscientes de sua cidadania. Muitas vezes, os obstáculos emergem da

conjuntura social, pois algumas famílias deixam as responsabilidades educacionais

somente para a escola prejudicando deste modo o andamento da mesma, e ainda o

avanço tecnológico usado apenas como entretenimento por parte dos alunos acabam

tirando a atenção para as aulas. Devido aos problemas citados, o trabalho educativo

às vezes é induzido a uma prática dissociada da teoria, não conseguindo alcançar o

objetivo proposto.

5.12.3 FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA

Os profissionais desta Escola: Equipe de Direção, Equipe Pedagógica,

Docentes e os Agentes Educacionais II possuem formação inicial (Ensino Superior e

Especialização e os Agentes Educacionais I possuem a Educacão Básica.

Todos participam de formação continuada através dos cursos ofertados pela

SEED de acordo com o seu segmento e da sua necessidade.

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5.12.4 ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E DO ESPAÇO

Quanto ao horário das disciplinas obedece as quatro horas de trabalho

previstos na LDB 9394/96, de acordo com os períodos de funcionamento. As aulas

são de 50 minutos com intervalo de 10 minutos.

Os espaços físicos estão adequados às necessidades escolares, sendo doze

salas, das quais dez são utilizadas para salas de aula e duas são utilizadas para sala

de recurso e sala de apoio.

5.12.5 MATERIAIS PEDAGÓGICOS

Há na escola uma quantidade básica de materiais pedagógicos importantes ao

desenvolvimento das aulas em todas as disciplinas.

5.12.6 RELAÇÕES HUMANAS DE TRABALHO NA ESCOLA

O relacionamento humano entre professores, funcionários, pedagogos,

direção, pais e alunos é bom, devendo estes buscar sempre o aprofundamento desta

relação com objetivo da corresponsabilidade nas atividades pedagógicas.

5.12.7 ORGANIZAÇÃO DA HORA-ATIVIDADE

Em nossa escola, a hora atividade é organizada da seguinte forma: por

disciplina, em dias específicos da semana. Uma das principais dificuldades é de

reunir alguns professores que atuam em mais de um estabelecimento,

impossibilitando assim que todos possam fazer a hora atividade nos dias

determinados. E neste caso, acabam fazendo as mesmas nos espaços entre uma

aula e outra, ficando às vezes alheios aos assuntos tratados durante a hora atividade.

5.12.8 INCLUSÃO

A Escola Estadual Afrânio Peixoto oferece atendimento educacional especial

aos alunos que necessitam deste atendimento, os mesmos estão na faixa etária entre

9 e 16 anos, matriculados de 5ª a 8ª série nos três períodos. A maioria desses alunos

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apresentam TFE (DDA, dislexia, disortografia, discalculia).

As adaptações curriculares para as necessidades educacionais são feitas em

conjunto pelos professores regentes de sala de aula, salas de recurso, equipe

pedagógica e direção. Este trabalho consiste em um atendimento diferenciado

visando a superação das dificuldades de aprendizagem e o desenvolvimento de

diferentes possibilidades dos educandos, considerando todas as especificidades e a

forma de aprender de cada aluno, utilizando intervenções pedagógicas com

instrumentos adequados para estimular esses alunos buscando compensar suas

áreas deficitárias.

5.13 GESTÃO DEMOCRÁTICA

A gestão democrática é a forma de gerir uma instituição de maneira que

possibilite participação, transparência e democracia. Para isso, a escola, prevê em

suas instâncias colegiadas, as ações escolares que concretize esta gestão.

5.13.1 CONSELHO DE CLASSE

O Conselho de Classe na escola se encontra em processo de transformação,

pois o verdadeiro sentido do Conselho de Classe ainda necessita de uma maior

compreensão e clareza das possibilidades que este oferece para que a prática

pedagógica alcance os objetivos.

Percebe-se que estamos evoluindo para a reflexão sobre a situação real de

encontrar no Conselho de Classe subsídios para auxiliar conscientemente nas

decisões. Portanto, há nos Conselhos de Classe um avanço no que diz respeito a

avaliação do aluno e das práticas pedagógicas.

5.13.2 CONSELHO ESCOLAR

O Conselho Escolar deste Estabelecimento de Ensino é atuante nas funções

que lhes são conferidas por estatuto próprio, cumprindo suas obrigações de definir e

acompanhar todas as atividades administrativas e pedagógicas da escola, de forma

democrática, numa construção coletiva e corresponsável.

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5.13.3 GRÊMIO ESTUDANTIL

Sabemos que o Grêmio Estudantil tem sua importância nos estabelecimentos

de ensino, pois contribui para a formação e o enriquecimento educacional dos

adolescentes, uma vez que socializa todas as atividades a serem realizadas

proporcionando a divulgação e a participação coletiva dos alunos numa construção

coletiva de aprendizagem. Porém, em nossa Escola, o GE não tem uma atuação

independente, pois a faixa etária de seus membros dificulta tal desenvolvimento, os

quais necessitam de acompanhamento integral em suas atividades e tomada de

decisão.

5.13.4 ASSOCIAÇÃO DE PAIS E MESTRES E FUNCIONÁRIOS

A Associação de Pais e Mestres e Funcionários (APMF) deste Estabelecimento

de Ensino, representados por seus membros, fazem cumprir suas funções para que

as atividades administrativas e pedagógicas estejam de acordo com os objetivos do

ensino e da aprendizagem propostas no Projeto Político Pedagógico, comparecendo

às reuniões colaborando nas decisões e participando das atividades escolares.

5.13.5 PARTICIPAÇÃO DOS PAIS

A participação dos pais em nossa escola, ainda não atinge a totalidade, devido

aos fatores que dificultam no cumprimento desta responsabilidade, entre eles:

trabalho, distância da escola, descompromisso para com o acompanhamento escolar

dos filhos entre outros.

5.13.6 CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE TURMAS

A distribuição de turmas é feita de acordo com o espaço físico disponível para

cada turno, sendo atribuídas todas as séries e turmas em cada período.

As turmas são organizadas com o número de alunos determinados pela SEED.

5.14 DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS

Os desafios educacionais contemporâneos enriquecem o currículo e atendem

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as necessidades sociais. São desenvolvidos em todas as disciplinas e trabalhados

em todo o ano letivo.

5.15 DIVERSIDADE

A diversidade é inevitável na Escola, respeitá-la é obrigação, portanto, os

trabalhos são direcionados para que favoreçam a boa convivência e a construção da

cidadania por meio de conhecimentos teórico-práticos que demonstrem atitudes

colaborativas e de participação entre todos os envolvidos no trabalho escolar.

6.0 MARCO CONCEITUAL

6. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA DA ESCOLA

6.1.1 FILOSOFIA DA ESCOLA

Não há como se processar uma ação pedagógica sem uma correspondente

filosofia. A filosofia sobre a educação é que dá o tom à pedagogia, garantindo-lhe a

compreensão dos valores que, hoje, direcionam a prática educacional e dos valores

que deverão orientá-la para o futuro.

A escola por meio de seu currículo, representa socialmente a dimensão

científica do conhecimento socialmente produzidos e historicamente acumulados,

pois em cada momento histórico, ela constitui uma expressão e uma resposta à

sociedade na qual está inserida. Desta forma, cabe-lhe estruturar os conhecimentos

com métodos, teorias e linguagens próprias visando explicitar a natureza das

atividades escolares, e as condições de sua transmissão / assimilação.

Assim, a escola assume a formação humana, inserida nos pressupostos da

Pedagogia Histórico-Crítica e o ponto de partida é a realidade mais ampla, onde “a

leitura crítica dessa realidade torna possível apontar novo pensar e agir pedagógicos”

(GASPARIN, 2007, p.3). Esta teoria do conhecimento na educação escolar pressupõe

trabalhar um conhecimento científico e político comprometido com a formação do

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aluno, onde não basta somente a transmissão pura e simples do conhecimento, mas,

também a assimilação ativa por parte dele.

Se a prática educativa é condicionada pela situação histórica que caracteriza a

sociedade, num espaço e tempos determinados, ela pressupõe uma proposta que

visa a manutenção ou a transformação dessa mesma sociedade. Nesta perspectiva,

cabe a escola situar uma metodologia que servirá para concretizar uma proposta de

transformação. Portanto, a ação educativa consiste em refazer-se a cada instante, o

conhecimento, numa busca contínua de respostas para os problemas que a prática

social e os conteúdos nos apresentam.

Desta forma, a Escola exerce um caráter mediador através do domínio

científico das diversas linguagens, assegurando ao aluno/cidadão potencializar suas

relações com a natureza e com a sociedade, pois, pela escola, o aluno pode

interpretar a realidade, mas, sobretudo fazer-se a si mesmo ao interagir com a

realidade de forma crítica, consciente e produtiva.

6.1.2 CONCEPÇÃO EDUCACIONAL

A educação é o processo por meio do qual os indivíduos tornam-se iguais, mas

também diferentes uns dos outros. A educação é o movimento que permite aos

homens e mulheres apropriarem-se da cultura num processo amplo de crescimento,

que não se limita à educação escolar, mas tem nesta a base para a formação de

conceitos científicos e filosóficos que direcionam a vivência do ser humano.

6.1.3 PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO

A função da escola é consolidar a educação, para isso tomamos como base os

princípios estabelecidos pela LDB 9394/96:

Art. 2º A educação, é dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de

liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno

desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua

qualificação para o trabalho; e o

Art. 3º:

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I- igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II- liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento,

a arte e o saber;

III- pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;

IV- respeito à liberdade e apreço à tolerância;

V- coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;

VI- gratuidade de ensino público em estabelecimentos oficiais;

VII- valorização do profissional da educação escolar;

VIII- gestão democrática do ensino público, na forma desta lei e da legislação dos

sistemas de ensino;

IX- garantia de padrão de qualidade;

X- valorização da experiência extra-escolar;

XI- vinculação entre educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.

De acordo com a LDB, a Escola busca garantir a transparência da liberdade

responsável e da solidariedade humana. O amadurecimento da liberdade se dá no

confronto com outras liberdades, e no respeito ao direito, à autonomia, à dignidade

de cada um, bem como de princípios que primem pelos ideais de solidariedade e

igualdade de condições para ensinar e aprender.

A escola como espaço de prática da cidadania e de direcionamento para o

exercício desta, assume que a Educação é direito de todos, o acesso a ela é livre,

portanto, delinear o atendimento às diferenças e a diversidade cultural é trabalho

coletivo que se efetiva através da gestão democrática.

O comprometimento do colegiado escolar com a Educação das Relações

Étnico- Raciais e os conteúdos de História e Cultura Afro -Brasileira e Africana no

Paraná, nos impõe desenvolver aprendizagens, trocas de conhecimentos,

combate ao racismo e discriminação étnico- cultural, valorizando a cultura e a

história dos diferentes povos que em conjunto constroem a nação brasileira.

Educar para a cidadania é uma prática política que permite dispor de

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argumentos que ajudam a transformar a realidade social, e nesse sentido, a

valorização dos profissionais da educação é imperativo, pois são eles que com

conhecimento pedagógico e cultural fazem aflorar o pluralismo de ideias e

concepções que nos permitem assumir o desafio de concretizar a educação escolar.

A consolidação da Educação, na escola, se dá pelo respeito aos princípios

assumidos, pela forma como são trabalhados os saberes escolares na construção

dos conhecimentos.

6.1.4 OBJETIVOS DA ESCOLA

As ações educativas previstas para o futuro precisam de objetivos definidos,

assim a escola se propõe a:

ofertar ensino de qualidade, adequado às características de cada educando para

que possam assumir seu papel na sociedade;

integrar os vários segmentos escolares rumo a democratização do saber,

buscando sempre a coerência entre o discurso e a prática;

respeitar e criar condições para o desenvolvimento das potencialidades

e para o atendimento às necessidades específicas;

valorizar a pluralidade cultural, considerando -a meio para aprender a viver juntos;

desenvolver a prática social da educação como um todo, com partes se articulam

e se completam;

evidenciar o caráter democrático, mediador e integrador da gestão participativa e

inclusiva, aonde todo o colegiado escolar potencializa

suas relações com a sociedade e a natureza;

contribuir para equacionar os problemas éticos na defesa da natureza e da vida;

buscar incentivos para a participação do colegiado em capacitações e grupos de

estudos;

organizar democraticamente o colegiado para que as ações se concretizem de

forma a garantir o exercício pleno da cidadania.

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6.1.5 FINS EDUCATIVOS

A escola é a instituição especializada para oferecer oportunidades

educacionais que garantam a educação básica de qualidade para todos. Portanto, é

na escola que o aluno tem acesso ao saber sistematizado, assim a prática educativa

escolar tem função de contribuir para a ampliação do conhecimento e da capacidade

de descobrir, criar e viver, transformando a realidade.

Deste modo, a Escola tem a finalidade de formar o cidadão, isto é, levá-lo a

construir conhecimentos, atitudes e valores que o torne solidário, crítico, ético e

participativo na sociedade.

6.1.6 CONCEPÇÕES NORTEADAS PELA LEI DE DIRETRIZES E BASE DA

EDUCAÇÃO NACIONAL (LDB)

Sobre a educação Básica a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

(LDB) afirma em seu Art. 22 que “a educação básica tem por finalidade desenvolver o

educando, assegurar -lhe a formação comum indispensável para o exercício da

cidadania e fornecer -lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores”.

Nesse sentido, o ensino fundamental visa ao domínio da leitura, da escrita, do

cálculo e do raciocínio, preparando o educando para a compreensão dos problemas

humanos e o acesso sistemático aos conhecimentos.

O ensino fundamental com duração mínima de nove anos, obrigatório e

gratuito na escola pública, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante

o desenvolvimento da capacidade de aprender.

A LDB define que a educação, dever da família e do Estado, inspirada nos

princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o

pleno desenvolvimento do educando, sua preparação para o exercício da cidadania e

sua qualificação para o trabalho.

Diante do que determina a LDB sobre a educação básica, o ensino

fundamental terá a incumbência de zelar pela qualidade do ensino e da

aprendizagem, garantindo o acesso e a permanência do aluno na escola para o seu

crescimento intelectual e social.

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6.1.7 DIRETRIZES CURRICULARES QUE NORTEIAM A AÇÃO DA ESCOLA

As ações educativas da Escola são norteadas pelas Diretrizes Curriculares da

Educação Básica (DCE) para o Estado do Paraná, elaboradas pela SEED com a

participação efetiva de todos os profissionais da Educação. As DCEs são documentos

que indicam os conteúdos estruturantes e básicos das disciplinas para as séries finais

do Ensino Fundamental, sistematizados através das discussões realizadas nos

encontros descentralizados, e que, deverão ser ponto de partida para a organização

das Propostas Pedagógicas Curriculares das Escolas da Rede Estadual de Ensino.

6.1.8 CONCEPÇÕES DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é o conjunto de normas que

aponta a política de atendimento aos direitos da criança e do adolescente, cujas

ações far-se-ão através de um conjunto articulados de atos governamentais e não

governamentais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

6.1.9 CONCEPÇÕES DE CAPACITAÇÕES CONTINUADAS

As capacitações são estudos para que os profissionais se tornem habilitados

ou que aprimorem sua prática pedagógica para que esta seja eficiente. As

capacitações através de grupos de estudos, reuniões técnicas, jornadas

pedagógicas, etc., enriquecem e fundamentam a prática pedagógica dando suporte

aos profissionais durante todo ano letivo.

6.1.10 CONCEPÇÃO DE HOMEM, SOCIEDADE, CULTURA, MUNDO, EDUCAÇÃO,

ESCOLA, CONHECIMENTO, TECNOLOGIA, ENSINO-APRENDIZAGEM,

CIDADANIA/ CIDADÃO

De acordo com a filosofia adotada pela escola, homem é um ser natural e

social que fala e se comunica. É um ser social, político e racional que por meio do

conhecimento pode exercer sua racionalidade e através dela agir na natureza,

transformando-a conforme o momento histórico por ele vivido na sociedade em que

está inserido. Tal sociedade é formada por um grupo de pessoas que compartilham

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propósitos, preocupações e costumes e interagem entre si formando uma

comunidade, que cultiva todos os aspectos de uma realidade social.

A cultura é o desenvolvimento intelectual do ser humano, seus costumes e

valores são aspectos que identificam uma sociedade que segue um padrão

determinado no espaço. É a cultura que direciona a visão de mundo que equilibra o

homem e o próprio mundo que é o espaço onde a ação humana se efetiva.

Educação é uma prática social, um fenômeno próprio dos seres humanos, não

muda o mundo, mas, o mundo pode ser mudado pela sua ação evidenciada na

escola, que é o espaço privilegiado para promover os conhecimentos socialmente

produzidos pela humanidade. Conhecimentos estes que buscam explicitar as

relações entre o homem e a natureza. Surge atualmente a tecnologia que deve ser

entendida como uma ferramenta sofisticada e alternativa no contexto educacional,

contribuindo para facilitar o conhecimento em todas as áreas. O ensino e a

aprendizagem necessitam que haja métodos e técnicas diferenciados para a

promoção do conhecimento indispensável ao exercício da cidadania, onde as

pessoas participam como integrantes de uma coletividade.

6.1.11 PDE- ESCOLA

O Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE Escola) é um programa que

auxilia a escola para realizar melhor o seu trabalho, assegurando que a equipe

escolar trabalhe para atingir os mesmos objetivos. Este Plano tem a intenção de

contribuir para a superação das dificuldades quanto ao desenvolvimento das

atividades educativas.

6.1.12 CONCEPÇÃO DE TEMPO E ESPAÇO

O tempo compreende o período de vivência pedagógica dos alunos no

ambiente escolar. É o tempo de aprendizagens significativas para toda a vida.

Portanto, é o período em que se processa as atividades educativas curriculares

previstas para o curso.

O espaço é o local apropriado para a elaboração e o desenvolvimento das

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atividades escolares. São as vivências escolares que constituem o espaço adequado

para as relações pedagógicas.

Assim, a vida escolar ocorre em um determinado tempo e em determinado

espaço, que devem ser valorizados para evitar o esvaziamento da prática

pedagógica.

6.1.13 CONCEPÇÃO E PRINCÍPIOS DE GESTÃO DEMOCRÁTICA

A Gestão Democrática é o princípio de corresponsabilidade na ação educativa

escolar. Esta gestão se efetiva com a consciência pedagógica sobre a administração,

demonstrada pela participação dos integrantes da escola, bem como da comunidade.

Os princípios que norteiam a gestão democrática são:

Descentralização – a administração, as decisões, as ações devem ser

elaboradas e executadas de forma não hierarquizada;

Participação – todos os envolvidos no cotidiano escolar devem participar da

gestão: professores, estudantes, funcionários, pais ou responsáveis, pessoas

que participam de projetos na escola, e toda a comunidade ao redor da escola;

Transparência – qualquer decisão e ação tomada ou implantada na escola

tem que ser de conhecimento de todos.

6.1.14 ADMINISTRAÇÃO COLEGIADA

A administração colegiada é aquela onde todos os membros da comunidade

escolar participam e se integram às decisões tomadas e às ações definidas no

Projeto Político Pedagógico, para a realização do trabalho pedagógico. Portanto,

deve-se compartilhar as ações e as tomadas de decisão por meio de trabalho

coletivo.

6.1.15 CONCEPÇÃO DE FORMAÇÃO CONTINUADA

A Formação Continuada é o momento de estudos, leitura e discussão/reflexão

entre os profissionais da educação, para que haja condições de acesso ao

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conhecimento significativo, visando a re-estruturação do trabalho pedagógico.

A formação continuada está prevista e garantida pela LDB 9394/96 em seu

Artigo 67, Inciso II “aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive com

licenciamento periódico remunerado para esse fim”.

6.1.16 CONCEPÇÃO DE HORA ATIVIDADE

É o momento destinado à preparação das aulas, elaboração do Plano de

Trabalho Docente, pesquisas, estudos, trocas de experiências entre professores da

mesma disciplina e/ou outras áreas, estudos reflexivos e orientações com os

pedagogos, atendimentos e intervenções aos alunos, correção das atividades e

avaliações, preenchimento do livro registro de classe, enfim, todos os trabalhos que

envolvam o processo de ensino e de aprendizagem.

6.1.17 CONCEPÇÃO DE PLANO DE TRABALHO DOCENTE

O Plano de Trabalho Docente é um planejamento de ações, onde se registra o

que se pensa fazer, como fazer, quando fazer, com que e com quem fazer. Implica

em registro escrito e sistematizado do planejamento do professor. A LDB 9394/96

descreve em seu Artigo 13, Incisos II e IV, que o Plano de Trabalho deve ser

elaborado pelo professor, isso justifica o termo Plano de Trabalho Docente. Na escola

ele é elaborado por conteúdos, prevendo -se todas as etapas do seu

desenvolvimento.

6.1.18 CONCEPÇÃO DE REUNIÃO PEDAGÓGICA

Reunião Pedagógica é o momento destinado ao colegiado escolar para

planejar, discutir e refletir sobre a prática pedagógica, para que os planos educativos

sejam desenvolvidos conscientemente. E ainda é espaço para estudos teóricos que

embasam a prática pedagógica de sala de aula.

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6.1.19 CONCEPÇÃO DE CONSELHO DE CLASSE

O Conselho de Classe é um órgão colegiado, uma instância avaliativa que

discute e delibera sobre os processos de ensino e aprendizagem na escola. Este,

está além de uma reunião pedagógica, pois é parte integrante do processo de

avaliação desenvolvido pela escola. É o momento privilegiado para analisar e

redefinir práticas pedagógicas que buscam oportunizar formas diferenciadas de

ensino que garantam a superação das dificuldades educativas.

6. 2 CONCEPÇÃO DO TEMPO ESCOLAR

O tempo escolar é um dos elementos da organização do trabalho pedagógico.

É determinado em calendário escolar: indica o início e o fim do período letivo, férias,

feriados, conselhos de classe, reuniões pedagógicas, entre outros.

A escola tem seu tempo escolar organizado por série, de acordo com as

resoluções e portarias emanadas da SEED.

6.3 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

A organização curricular é a distribuição hierárquica do conhecimento escolar.

Na escola, esta organização é estabelecida por disciplina, conforme determinações

da SEED.

6.4 MATRIZ CURRICULAR

Matriz Curricular é a forma organizacional das modalidades de ensino em

relação ao número de horas aula de cada disciplina constituinte do currículo escolar.

A Matriz Curricular da Escola Estadual Afrânio Peixoto para as séries finais do

ensino Fundamental (5ª a 8ª Série) constitui-se de nove disciplinas para a 5ª e 6ª

série e oito disciplinas para as demais séries, totalizando vinte e cinco horas

semanais. Na Base Nacional Comum estão as disciplinas de Arte, Ciências,

Educação Física, Ensino Religioso, Geografia, História, Língua Portuguesa e

Matemática e na Parte Diversificada está Língua Estrangeira Moderna (Inglês).

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65 RESOLUÇÃO CP Nº 1 DE 17 /06/2004 E LEI COMPLEMENTAR Nº11645/2008

A Resolução Nº 1 de 17/06/2004 e a Lei Complementar Nº 11645/2008 que

instituem as Diretrizes para a Educação das Relações Étnico Raciais e para o Ensino

de História e Cultura Afro Brasileira e Africana e Indígena são orientações, princípios

e fundamentos para o planejamento, e execução e avaliação da educação no seio da

sociedade multicultural e pluri étnica do Brasil, portanto estão inseridas na Proposta

Curricular da Escola.

6.6 LEI Nº13381/ 2001

A Lei Nº 13381/2001 diz respeito à obrigatoriedade do ensino de Geografia e

História do Paraná nas escolas estaduais, que deve ser inserido como conteúdo

específico nas disciplinas de História e Geografia.

6.7 LEI Nº 17788/2008

Dispõe sobre o estágio de estudante, que é um ato educativo escolar

supervisionado, desenvolvido no ambiente escolar como preparação para o trabalho

dos acadêmicos em curso. É regulamentado pelo Plano de Ação da Escola.

6.8 CONCEPÇÃO DE AÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS

São todas as atividades planejadas e desenvolvidas pela escola durante o

tempo escolar. Estas atividades visam enriquecer o currículo, incentivando a

participação dos alunos e o avanço nas aprendizagens.

6. 9 CONCEPÇÃO DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR

Complementação Curricular são as atividades que se desenvolvem no

ambiente escolar utilizando recortes dos conteúdos das disciplinas que compõem a

Matriz Curricular, tendo encaminhamentos metodológicos investigativos

fundamentados nas DCEs, inseridos no Projeto Político Pedagógico da Escola com o

objetivo de enriquecer a aprendizagem. A Escola Estadual Afrânio Peixoto

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desenvolve o Programa Viva a Escola vinculado à disciplina de História.

6.10 CONCEPÇÕES DE DESAFIOS EDUCACIONAIS

Os desafios educacionais contemporâneos (Sexualidade, Educação e Direitos

Humanos, Prevenção ao uso indevido de drogas, Enfrentamento a Violência, Meio

Ambiente) são temas importantes e emergentes da sociedade atual, os quais refletem

no âmbito escolar e que devem ser desenvolvidos nas disciplinas do currículo,

devendo estar inseridos no Projeto Político Pedagógico, na Proposta Pedagógica

Curricular e no Plano de Trabalho Docente.

6.11 CONCEPÇÃO DE DIVERSIDADE

Diversidade é a construção histórica, cultural e social das diferenças. Dentro

da escola percebe-se de forma clara esta diversidade: a sexualidade, a religiosidade,

as culturas, raça e cor, gênero, entre outras.

6.12 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO

Currículo é um importante elemento constitutivo da organização escolar; é um

meio de construção social do conhecimento pressupondo a sistematização da ação

educativa através de práticas produzidas em contextos concretos e dinâmicas

sociais, políticas, culturais, intelectuais e pedagógicas. É toda ação educativa.

6.12.1 RELAÇÃO ENTRE CONTEÚDO, MÉTODO, CONTEXTO SÓCIO CULTURAL

E FINS DA EDUCAÇÃO

O conteúdo e o método na escola envolvem uma busca de transformações

que intencionam minimizar problemas de ordem social, pois a escola está inserida

numa sociedade cujo modelo precisa ser questionado, pensado nos aspectos

pedagógicos e cognitivos da produção de conhecimento e também nos aspectos

sociais envolvidos.

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6.12.2 RELAÇÕES ENTRE CONCEPÇÕES DE HOMEM, MUNDO, SOCIEDADE,

EDUCAÇÃO, APRENDIZAGEM ETC. E A FINALIDADE DOS CONTEÚDOS

Sendo o homem um ser biopsicossocial que por meio do conhecimento pode

exercer sua racionalidade e através dela agir para a transformação da realidade, a

prática pedagógica deve contribuir para a formação do cidadão.

6.12.3 RESPEITO A IDENTIDADE CULTURAL DO ALUNO NA PERSPECTIVA DA

DIVERSIDADE CULTURAL

A identidade cultural diz respeito a todo tipo de histórias, memórias e vivências

que o educando possui, ou seja, é todo tipo de cultura e experiências que fazem

parte de sua própria vida, e que traz para a escola, visto que, antes de estarem

inseridos no contexto escolar, possuem uma história de vida e identidade.

6.12.4 ARTICULAÇÃO DOS SABERES DAS ÁREAS DO CONHECIMENTO, DO

ALUNO, DO CONTEXTO HISTÓRICO SOCIAL E FUNÇÃO DE MEDIAÇÃO DO

PROFESSOR

A mediação pedagógica se realiza no momento em que o professor e os

alunos estão em sala de aula e em todo o espaço escolar, é antecedida e seguida de

atitudes e ações específicas de cada parte, considerando sempre a presença dos

mediadores essenciais à aprendizagem. São vários os elementos do processo de

mediação, ente eles: as técnicas pedagógicas, a ação do professor, sua atitude

profissional, a forma de tratar os conteúdos, os relacionamentos professor/aluno e

aluno/aluno, a ligação dos mesmos com a vida real e o contexto social maior.

6.12.5 RELAÇÃO PROFESSOR - ALUNO

A relação professor-aluno baseia-se na troca de conhecimento, visto que, o

educando possui um conhecimento assistemático, e o professor como detentor e

mediador do conhecimento científico, possibilita esse processo de apropriação do

conhecimento sistematizado, buscando a formação do cidadão, ampliando sua visão

de mundo.

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6.12.6 DESENVOLVIMENTO DE UMA PRÁTICA QUE ARTICULE CONTEÚDOS E A

DINÂMICA DE UM PROCESSO EDUCATIVO QUE EMPREGUE RECURSOS

DIDÁTICOS - PEDAGÓGICOS FACILITADORES DA APRENDIZAGEM

Uma prática docente que visa a aprendizagem eficaz do educando, é aquela

que se constitui de ações didático-pedagógicas e de recursos que possibilitam a

construção do conhecimento.

6.12.7 INTERVENÇÃO DO PROFESSOR NO PROCESSO ENSINO E

APRENDIZAGEM

É a mediação feita entre os elementos (técnicas, conteúdos e metodologias)

utilizadas pelo professor para a construção do conhecimento do educando, pois desta

forma, este com o auxílio e orientação do professor, apropriam-se do conhecimento

socialmente produzidos e sistematizados para enfrentar e responder aos problemas.

A intervenção (mediação) do professor é muito importante no processo ensino

e aprendizagem, através desta o educador faz as observações necessárias e busca

compreender como se processa a aprendizagem do educando, quais suas

potencialidades e dificuldades, através de metodologias adequadas para que a

aprendizagem ocorra de fato.

6.12.8 RELAÇÃO ENTRE FORMAÇÃO CONTINUADA DO PROFESSOR E A

DINÂMICA DE SUA PRÁTICA EM SALA DE AULA

A formação continuada é fundamental para o conhecimento teórico-prático dos

professores, pois através dela, o professor fundamenta sua ação didática, autoavalia

sua prática de sala de aula e ainda se especializa em busca de sua promoção

profissional.

6.12.9 INTERDISCIPLINARIDADE E CONTEXTUALIZAÇÃO

A interdisciplinaridade é a forma mais forte de pluridisciplinaridade, aquela

onde existe realmente uma interação entre as disciplinas escolares. É uma

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concepção da divisão do saber que frisa as interdependências existentes entre as

disciplinas; e a contextualização é o ato de vincular o conhecimento a sua origem e a

sua aplicação.

6.13 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO

A avaliação é um processo pelo qual se procura identificar, aferir, investigar e

analisar as modificações do comportamento e rendimento do educando, do educador

e do sistema, confirmando se a construção do conhecimento se processou, seja este

teórico ou prático.

A avaliação do rendimento escolar é um juízo de valor sobre conteúdos

relevantes, comparados a uma mensuração respeitando as diferenças, para uma

tomada de decisão. É um processo pelo qual o professor e os alunos apreciam seu

desempenho no processo de ensino e de aprendizagem. É, portanto, o ponto de

partida e de chegada ao desenvolvimento do conhecimento.

6.13.1CONCEITO EXPRESSO NA PROPOSTA PEDAGÓGICA PARA UMA

EDUCAÇÃO EMANCIPADORA

Avalia-se para verificar a aprendizagem dos educandos, a prática dos

professores, a gestão e o currículo escolar, bem como o próprio sistema. A avaliação

também tem como pressuposto oferecer ao professor oportunidade de verificar,

continuamente se as atividades, métodos, procedimentos, recursos e técnicas que

ele utiliza estão possibilitando ao aluno alcançar os objetivos propostos.

A avaliação será eficiente e eficaz se ocorrer de forma interativa entre

professor e aluno, num processo contínuo, sistemático, compreensivo, comparativo,

cumulativo, informativo e global.

6.13.2 INDICADORES DA APRENDIZAGEM

Os indicadores da aprendizagem são os resultados apresentados pelos

educandos diante dos diversos instrumentos de avaliação utilizados pelo professor,

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bem como a mudança nas ações de aplicação do conhecimento assimilado.

6.13.3 CRITÉRIOS DE PROMOÇÃO

A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno,

aliada à apuração de sua frequência. Para a promoção do aluno, a avaliação da

aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0

(dez vírgula zero), resultado da somatória dos vários instrumentos avaliativos.

6.13.4 PERIODICIDADE DE REGISTRO DA AVALIAÇÃO

As avaliações são realizadas a partir dos conteúdos trabalhados, e a cada

instrumento avaliativo desenvolvido são registradas no Livro Registro de Classe,

fazendo-se a somatória ao final dos bimestres.

6.13.5 RESULTADO DA AVALIAÇÃO

O resultado da avaliação é a condição que possibilita ao professor diagnosticar

as necessidades de aprendizagem dos alunos, devendo este, sempre que

necessário, retomar o processo ensino e aprendizagem para melhor compreensão e

assimilação dos conteúdos.

6.14 PLANOS DE AVALIAÇÃO

6.14.1 ADAPTAÇÃO CURRICULAR

Aos alunos com necessidades educacionais especiais, dificuldades de

aprendizagem e outros similares, será emitido parecer descritivo sobre o

desenvolvimento dos alunos pelo professor de apoio ou recursos, anexando-se à

avaliação regular.

6.14.2 RECUPERAÇÃO

A recuperação de estudos é direito dos alunos independentemente do nível de

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apropriação dos conhecimentos básicos e registros de notas superiores ou inferiores

à média exigida por lei, dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo

ensino e aprendizagem.

6.14.3 CLASSIFICAÇÃO

É o procedimento que o estabelecimento de ensino adota para posicionar o

aluno em série, período ou etapa de estudo compatível com a idade, experiência e

desenvolvimento, adquiridos por meios formais ou informais.

6.14.4 RECLASSIFICAÇÃO

A reclassificação é um processo pedagógico que se concretiza através da

avaliação do aluno matriculado e com frequência na série, ano, disciplina sob a

responsabilidade do estabelecimento de ensino; que encaminha o aluno à etapa de

estudos compatível com a experiência e desempenho escolar demonstrado.

6.14.5 AVALIAÇÃO FINAL

A avaliação final é a ação avaliativa realizada ao final do ano, tendo em vista,

todas as mensurações obtidas durante o período letivo considerando a média 6,0

(seis vírgula zero) e a frequência mínima exigida (75% do total de horas letivas) em

cada disciplina, para a promoção ou certificação de conclusão, fundamentadas pela

LDB 9394/96.

6.14.6 PROCEDIMENTO DE INFORMAÇÕES AOS PAIS

As informações aos pais sobre o desempenho escolar dos seus filhos são

evidenciados através de reuniões para tratar de assuntos gerais e para entrega de

boletins, Editais emitidos pela Escola, e bilhetes informativos impressos e também no

acompanhamento espontâneo dos pais, anotações no caderno realizadas pelos

professores.

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7.0 MARCO OPERACIONAL

7.1 PLANO DE AÇÃO – GRANDES LINHAS DE AÇÃO

7.1.1 OBJETIVOS, METAS, AÇÕES ADMINISTRATIVAS, FINANCEIRAS E

POLÍTICO-PEDAGÓGICAS

Ao considerar e assumir que a escola é a instituição social que concretiza as

relações entre educação, sociedade e cidadania, sendo a principal responsável pela

formação das novas gerações, o colegiado da Escola Estadual Afrânio Peixoto –

Ensino Fundamental, estabeleceu como objetivo primordial conduzir aos educandos à

construção de um conhecimento que lhes dê base para estudos futuros, além de

fortalecer-lhes a formação intelectual e a construção de valores para o exercício da

cidadania.

A escola estabeleceu como metas oferecer conhecimentos significativos, para

serem utilizados no dia-a-dia, de forma que o educando possa melhorar o mundo em

que vive, possibilitando a ele lutar pelos seus direitos, cumprir com seu papel de

cidadão consciente, respeitando as diversidades culturais em suas relações ético -

sociais, considerando sempre as desigualdades da sociedade a qual pertence.

As ações administrativas e financeiras priorizam o bom andamento do

processo educativo. Assim a organização e a dinâmica das relações administrativas

dentro do colegiado será sempre de estabelecer a ligação entre o burocrático e o

teórico-prático do ensino e da aprendizagem, de forma coerente e consciente, ou

seja, determinando quando, onde e como as ações devem ser realizadas.

As ações político-pedagógicas dentro de uma gestão democrática é um

exercício de cidadania, e o compromisso de cada um, em cada segmento escolar

fará com que o ensinar e o aprender tenham maior significado na construção do

conhecimento. Então, cada equipe terá seu Plano de Ação conjugados num mesmo

objetivo de envolver-se, apoiar, e auxiliar as ações administrativas e pedagógicas,

compartilhando decisões e informações, buscando sempre a transparência.

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7.1.2 PDE-ESCOLA (as ações)

Inicialmente houve avaliação diagnóstica dos alunos para o desenvolvimento

das ações norteadoras do trabalho pedagógico com implantação da sistemática de

acompanhamento do desempenho dos alunos. Estão previstas reuniões mensais

para discutir as dificuldades encontradas e propostas de solução, estudos do Projeto

Político Pedagógico, realimentação da Proposta Curricular e Plano de Trabalho

Docente, aprimoramento do uso das novas tecnologias, elaborar programa de

capacitação de professores, realização de palestras com profissional docente para

abordagem de temas pedagógicos. E, ainda a aquisição de material didático-

pedagógicos para todas as disciplinas com o objetivo de estimular a aprendizagem.

7.1.3 FACILITADORES DA APRENDIZAGEM

Para efetivar as ações pedagógicas de maneira adequada, torna-se

necessário a utilização de alguns facilitadores da aprendizagem. Entre eles estão

recursos pedagógicos como: planejamento das aulas (Plano de Trabalho Docente),

metodologia diversificada, uso de materiais didático-pedagógicos, da imprensa escrita

e dos recursos áudio visuais e tecnológicos. Além destes, o embasamento teórico

dos professores, os grupos de estudos, as análises e reflexões, a auto-avaliarão

docente e discente compõem um conjunto de fatores que direta ou indiretamente

influenciam na aprendizagem, portanto são propostas como ações do colegiado

escolar.

7.1.4 DISCUSSÃO CONTINUADA E COLETIVA DA PRÓPRIA PRÁTICA

PEDAGÓGICA

As discussões e as decisões sobre a prática pedagógica na escola se efetivam

na hora atividade, em reuniões pedagógicas, nos Conselhos de Classe, nas reuniões

com outros órgãos colegiados (Conselho Escolar, APMF, Grêmio Estudantil) e nas

formações continuadas estruturadas pela SEED.

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7.1.5 INTERVENÇÃO CONSTANTE DO PROFESSOR NO PROCESSO DE

APRENDIZAGEM DO ALUNO

A aprendizagem se torna real e perceptível a partir das intervenções do

professor. É a decisão sobre o quê e para quê se realizam as intervenções que

determinam o avanço da aprendizagem. Portanto, é fundamental um Plano de

Trabalho Docente, que contemple os conteúdos escolares e as formas de intervenção

constante, principalmente quanto aos alunos que frequentam as salas de recurso e

apoio favorecendo a construção do conhecimento.

7.1.6 RELAÇÃO ENTRE FORMAÇÃO CONTINUADA DO PROFESSOR E A

DINÂMICA DE SUA PRÁTICA EM SALA DE AULA

A formação Continuada é fundamental para os professores, pois através dela

estarão se preparando e adquirindo conhecimentos para melhorar sua prática

pedagógica diária. É, portanto o conhecimento teórico-prático das capacitações que

embasam a dinâmica de sala de aula. Na escola esta formação dar-se-á com estudos

na hora atividade, em reuniões pedagógicas, nos conselhos de classe e formação

continuada.

7.1.7 MUDANÇAS SIGNIFICATIVAS A SEREM ALCANÇADAS

As mudanças significativas fazem parte do processo de construção do

conhecimento, pois, a medida em que há assimilação de saberes transforma-se o

agir, porém, isto não acontece facilmente, mudanças precisam ser desejadas,

planejadas e assumidas coletivamente. Assim, algumas transformações estão

previstas no Plano de Ação da escola, tais como: a diminuição da evasão e da

reprovação, melhoria da qualidade do ensino, bem como, o comprometimento

profissional dos docentes, equipe pedagógica e diretiva com a formação intelectual

em busca de conhecimentos teóricos que embasam a prática de sala de aula.

7.1.8 ORGANIZAÇÃO DA HORA ATIVIDADE, REUNIÕES PEDAGÓGICAS E

CONSELHO DE CLASSE

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Na Hora Atividade refletimos sobre a prática docente, tendo em vista o

aprimoramento do trabalho através de estudos que embasam novas metodologias e

técnicas. É realizado o acompanhamento dos alunos quanto as dificuldades de

aprendizagem e os problemas disciplinares. Neste momento há interação entre os

professores e equipe pedagógica, centrado no processo ensino e aprendizagem,

direcionando a atenção para orientação e coordenação junto aos mesmos. Há

seleção e organização dos conteúdos, análise e decisão sobre as diferentes formas

de organizar os espaços físicos e gestão docente, definindo-se também os

instrumentos e critérios de avaliação e as interferências necessárias para sanar as

dificuldades apresentadas na aprendizagem. E ainda, os professores preparam suas

aulas, elaboram e corrigem atividades, selecionam conteúdos e material didático

fazendo uso das tecnologias.

As reuniões pedagógicas são realizadas aos sábados, seguindo o calendário

escolar e nelas discutem-se os pontos positivos e as possibilidades para melhoria do

ensino e da aprendizagem. Há ainda reuniões extraordinárias sempre que

necessário.

Sabendo-se que a avaliação não é um fim, mas um processo onde se busca

solução para as necessidades dos alunos, o Conselho de Classe na escola

configura-se em três dimensões: o pré-conselho de classe, o conselho de classe e o

pós-conselho, na busca de meios que favoreçam o ensino e a aprendizagem.

7.1.9 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

A recuperação de estudos é concomitante ao processo de ensino, ou seja,

sempre que se observa que não houve a assimilação do conhecimento de acordo

com os objetivos propostos e ou a aprendizagem não se efetivou, torna-se

necessário a retomada destes estudos. Recupera-se a defasagem na construção do

conhecimento sistematizado, os conteúdos são novamente trabalhados, utilizando-se

de metodologias diferenciadas e novas estratégias de ensino.

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7.1.10 ENCAMINHAMENTOS DE AÇÕES CONCRETAS PARA AS DIFICULDADES

DOS ALUNOS

Após a constatação das dificuldades de aprendizagem através de diagnóstico

feito pelos professores de cada disciplina, psicólogos, equipe pedagógica e

professores especializados, os alunos são encaminhados para atendimento

específico e individualizado (Sala de Apoio ou Recurso). Este trabalho tem como

objetivo facilitar o resgate de pré-requisitos importantes ao desenvolvimento da

aprendizagem, ou ainda, buscar meios que possam fazê-los avançar até o limite de

suas possibilidades.

7.1.11 PLANO DE TRABALHO DOCENTE (RELAÇÃO ENTRE PPP, PPC E PTD)

Diante do objetivo proposto no PPP, que é de formar o cidadão consciente de

seus atos e de propiciar aos educandos meios que possibilitem a construção do

conhecimento, a elaboração da Proposta Curricular e do Plano de Trabalho Docente

está estruturada segundo os mesmos princípios filosóficos a fim de que possam, com

coerência, alcançar os objetivos de cada processo específico. Portanto, está inserido

num processo maior que objetiva a formação do educando como um todo, capaz de

interpretar o mundo, interagir e avançar seu conhecimento em busca da

transformação social.

7.1.12 DIRETRIZES PARA AVALIAÇÃO GERAL DO DESEMPENHO (DOS

DOCENTES, PEDAGOGOS, FUNCIONÁRIOS E DIRETORES).

O Plano para avaliação geral do desempenho de todo o colegiado (docentes,

funcionários, pedagogos e diretores), dar-se-á mediante a efetivação do trabalho

pedagógico, apresentados através do Conselho de Classe, reuniões pedagógicas,

resultado das avaliações, participação dos alunos e da comunidade. Neste contexto,

a autoavaliação e as análises reflexivas sobre o processo, é o meio mais indicado

para rever ações e apontar novos direcionamentos para o ensino e a aprendizagem.

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7.1.13 AÇÕES ENVOLVENDO OUTRAS INSTITUIÇÕES

A escola está inserida no Projeto Universidade sem Fronteiras (UENP – Curso

Biologia Campus Bandeirantes) que neste ano de 2010 está desenvolvendo um

trabalho na área de Ciências com o objetivo de apresentar materiais didáticos para

esta disciplina, utilizando-se de jogos interativos que propiciam a interdisciplinaridade.

7.1.14 RECURSOS FINANCEIROS

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional “ abriu espaços e

instrumentos legais de afirmação da centralidade da unidade escolar nos sistemas

educacionais”. Determina a referida lei, em seu Art. 12 que são incumbências dos

estabelecimentos de ensino “elaborar e executar sua proposta pedagógica” ( inciso I

) e “administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros” ( inciso II ).

Essas incumbências marcam a intenção da aplicabilidade destes recursos pela

unidade escolar em direção a uma proposta de qualidade do ensino.

Os recursos enviados pela SEED através do Fundo Rotativo e distribuídos em

dez parcelas, são utilizados para as necessidades básicas da escola, entre elas:

material didático, esportivos, material de limpeza, utensílios de copa e cozinha. A

escola através do Programa Escola Cidadã recebe uma verba em cinco parcelas

destinada ao complemento da merenda e outra, em duas parcelas para prestação de

serviços.

O Programa Dinheiro Direto na Escola é enviado anualmente com o objetivo

de suprir as necessidades , complementando outros recursos a fim de garantir o

atendimento da instituição.

Estes recursos são percebidos de forma positiva pela escola, pois o

atendimento do que foi determinado no Projeto Político da Escola é viabilizado em

decorrências desses recursos e que garantem a autonomia da escola, melhorando

a qualidade do ensino. As verbas do Fundo Rotativo são gerenciadas pela Direção e

o Conselho Escolar e a verba do PDDE pela Associação de Pais, Mestres e

Funcionários ( APMF ).

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7.1.15 ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA (FUNÇÕES ESPECÍFICAS DA

COMUNIDADE ESCOLAR)

A organização interna da escola estrutura-se de acordo com o Regimento

Escolar, sendo que ao Diretor compete administrar a escola em todos os aspectos,

responsabilizando-se juntamente com as instâncias colegiadas através de seus

representantes por todas as ações escolares. À equipe pedagógica compete o

desenvolvimento do trabalho voltado para o ato pedagógico devendo promover,

organizar, coordenar, orientar, intervir, participar e acompanhar todo o processo

educativo. Aos professores cabe a responsabilidade de toda ação educativa, tendo

como compromisso primordial elaborar, organizar, desenvolver, participar e assegurar

o bom desempenho do ensino e da aprendizagem.

Aos funcionários, competem desenvolver todas as atividades de sua

responsabilidade com profissionalismo, respeito e dedicação, sabendo - se que na

escola também são educadores.

7.1.16 RELAÇÕES ENTRE ASPECTOS ADMINISTRATIVOS E PEDAGÓGICOS.

(Participação e interação)

As relações entre os aspectos administrativos e pedagógicos devem estar em

consonância, pois o resultado a ser apresentado compõe um todo que assegura a

elaboração, organização, desenvolvimento e o sucesso das ações educativas

propostas no Projeto Político Pedagógico.

As boas relações entre aspectos administrativos e pedagógicos auxiliam na

solução das dificuldades que muitas vezes são vistas como problemas isolados,

porém, do ponto de vista pedagógico a responsabilidade, cabe ao coletivo o sucesso

ou insucesso do processo educativo.

7.1.18 QUALIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS PEDAGÓGICOS

A escola possui 12 salas, de tamanho médio, sendo dez, utilizadas para as

aulas, uma para a Sala de Recursos e outra para Sala de Apoio. A Biblioteca está

instalada em um espaço pequeno.

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A cantina da escola foi recentemente reformada tendo seu espaço ampliado

tanto para a cozinha quanto para a acomodação da merenda escolar.

Os banheiros foram reformados, sendo dois banheiros para os alunos

(masculino e feminino) e dois banheiros para os funcionários. Há também banheiro

adaptado para os alunos com necessidades especiais.

O laboratório de informática está instalado em uma sala grande, (antiga

biblioteca). O refeitório é coberto, com tamanho adequado para o atendimento aos

alunos.

As quadras também foram reformadas, favorecem o bom andamento das

atividades nas aulas de Educação Física.

7.1.19 FAMÍLIA E COMUNIDADE ( estratégias de articulação)

A articulação entre família e comunidade escolar se processa através dos

encontros determinados em calendário ou de acordo com a necessidade, há

reuniões extraordinárias para o acompanhamento do desempenho escolar dos

alunos, palestras sobre temas diversos, festividades, apresentações culturais e

jogos esportivos.

7.1.20 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO E A PRÁTICA DOCENTE

A escola é o lugar de concepção, realização e avaliação do projeto educativo,

portanto, necessita organizar seu trabalho pedagógico observando as características

de seus alunos. Nessa perspectiva, é fundamental que ela assuma sua

responsabilidade, buscando permanentemente a reflexão e discussão dos

problemas, na busca de alternativas viáveis à efetivação de sua intencionalidade.

A organização do trabalho pedagógico que se pretende na escola, exige a

consciência e a participação de todos, desde o momento de seu planejamento,

desenvolvendo-se em dois sentidos: o trabalho como um todo e o trabalho da sala de

aula – espaço de aprendizagem, onde se dá o encontro professor/alunos. O trabalho

como um todo é estabelecido em conjunto, com ações comuns a todos para que as

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funções educativas atinjam de forma eficiente e eficaz as suas finalidades; o trabalho

de sala de aula, que diz respeito à prática docente corresponde ao desenvolvimento

de ações pré – estabelecidas no planejamento e Plano de Trabalho Docente, em

consonância com a Proposta Curricular e as Diretrizes Curriculares buscando um

ensino de qualidade que favoreça a aquisição do conhecimento sistematizado.

7.2 REDIMENSIONAMENTO DA GESTÃO DEMOCRÁTICA

7.2.1 CONSELHO ESCOLAR

O Conselho Escolar como órgão de gestão, criado para garantir a legitimidade

das ações da escola é concebido como local de debate e tomada de decisões,

permitindo que todo o colegiado explicite seus interesses, suas reivindicações sobre

o processo educativo. Desta forma o Conselho Escolar atua auxiliando nas decisões

importantes, procurando legitimar todas as atividades escolares.

7.2.2 CONSELHO DE CLASSE

O Conselho de Classe como instância de avaliação permanente induz a

indagações sobre como saber avaliar: a quem? O quê? Como? Quando? E para

quê?, com o propósito de direcionar as discussões, para refletir sobre o processo

avaliativo, revendo as relações pedagógicas e contribuindo para alterar, quando

necessário, a organização do trabalho em sala de aula.

O Conselho de Classe da escola efetiva oportunidades de ação-reflexão, num

acompanhamento contínuo entre equipe diretiva, pedagógica e dos professores para

com a ação pedagógica.

7.2.3 GRÊMIO ESTUDANTIL

O Grêmio Estudantil como organização onde se cultiva o interesse dos alunos,

onde eles têm possibilidade de democratizar decisões e formar o sentimento de

responsabilidade para resolver problemas entre si, devendo então seus

representantes tornarem-se o elo de ligação entre a direção, a equipe pedagógica e a

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comunidade. Deste modo os alunos como atores e protagonistas exercem uma

atuação na promoção de atividades culturais, artísticas e desportivas, participam do

conselho de classe e atuam na promoção e conservação da limpeza do ambiente

escolar.

7.2.4 ELEIÇÃO DO ALUNO REPRESENTANTE DE TURMA

O aluno representante de turma sendo o elo entre a sala de aula e a

comunidade escolar, contribui para o bom andamento de todas as atividades

escolares internas e externas. São escolhidos semestralmente através de eleição

direta. Logo após, há com esses alunos a orientação sobre a função para que eles

possam desempenhar como colaboradores da escola na melhoria da aprendizagem.

7.2.5 A P M F

Como instituição auxiliar, cuja finalidade é colaborar no aprimoramento do

ensino e na integração família - escola - comunidade, portanto a APMF da escola

exerce a função de deliberar juntamente com a direção e Conselho Escolar sobre as

verbas recebidas pela escola, e desenvolve um trabalho com a família no

acompanhamento do estudo dos filhos. E também participa de atividades culturais,

palestras, reuniões que envolvem alunos, professores, funcionários ou a comunidade.

7.2.6 FORMAÇÃO CONTINUADA (definição das ações)

Considerando a realidade do ensino e as novas concepções educacionais

assumidas há necessidade da formação continuada, e esta é realizada, através das

que são propostas pela SEED determinadas em calendário, Grupos de Estudos,

reuniões pedagógicas e estudos na hora atividade, através de informações, leituras

coletivas de artigos, capítulos de livros, excertos de textos, palestras a toda

comunidade escolar, com profissionais especializados, que possam contribuir para o

desenvolvimento intelectual e comportamental de toda a comunidade.

7.4 AÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS

As ações didático-pedagógicas da escola são desenvolvidas a partir de

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eventos com a participação dos professores, alunos, pais e ou responsáveis e

comunidade em geral. Tais eventos como jogos escolares, semana cultural,

exposições dos trabalhos escolares sobre os vários temas importantes da atualidade

(questões ambientais, sociais, culturais, entre outros).

7.5 DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS E DIVERSIDADE

Os desafios educacionais contemporâneos dizem respeito à construção da

cidadania, e, uma prática educacional voltada para a realidade social, para os direitos

e responsabilidades sociais que implicam no envolvimento da comunidade escolar

em buscar através de estudos sobre a Sexualidade, Enfrentamento à Violência na

Escola, Prevenção ao uso Indevido de Drogas, Educação Ambiental História e

Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena e outros, fundamentos para construir uma

sociedade livre, justa e solidária, promovendo o bem de todos sem preconceitos de

origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Esses

temas tanto da diversidade quanto os desafios educacionais contemporâneos serão

planejados e desenvolvidos a partir da PPC das disciplinas fazendo parte dos

assuntos diários trabalhados em sala de aula.

7.6 METAS PARA OS PROGRAMAS DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR-

VIVA A ESCOLA

O Programa Viva A Escola aprovado pela educação n º 3683/2008 assume

como política, as Atividades Pedagógicas de Complementação Curricular,

contempladas na Proposta Pedagógica Curricular e desenvolvidas pelas escolas

públicas do Paraná. A Escola Estadual Afrânio Peixoto está inserida no programa

com uma proposta pedagógica vinculada à disciplina de História, cujo núcleo de

conhecimento é científico-cultural, através da atividade História e Memória.

As metas para este programa de complementação curricular na escola visam o

acesso, permanência e participação dos alunos em atividades pedagógicas de seu

interesse e a integração na comunidade escolar, além de levá-los a refletir sobre o

significado dos acontecimentos do passado e suas relações com os acontecimentos

presentes, e a participação enquanto produtores do conhecimento histórico,

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possibilitando-lhes interpretar as evidências e os conceitos históricos.

8.0 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

8.1 PLANO DE ACOMPANHAMENTO DO PPP E DE INFORMAÇÃO À

COMUNIDADE

O Projeto Político da Escola teve sua realimentação iniciada na Semana

Pedagógica de 2010, havendo nestes dias estudos e reflexões para definir novos

direcionamentos para a ação pedagógica. No entanto, o tempo não foi suficiente,

houve a necessidade de novas reuniões do colegiado para análises, debates e

decisões. Aos pedagogos compete otimizar as atividades pertinentes ao processo do

ensino e da aprendizagem.

O acompanhamento do desenvolvimento da proposta acontecerá por meio de

reuniões com todos os envolvidos (alunos, professores, equipe pedagógica, direção,

funcionários e representantes das instâncias colegiadas).

As informações à comunidade são realizadas através de editais informativos

pré-determinados para reuniões aos pais e/ou responsáveis para os esclarecimentos

sobre a proposta e sua implementação.

8.2 PARCIPAÇÂO DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS

As instâncias colegiadas (Conselho Escolar, Conselho de Classe, APMF,

Grêmio Estudantil, etc.) corresponsáveis pelo desenvolvimento do processo

educativo tem participação nas reuniões realizadas e /ou a realizar para a construção,

desenvolvimento e acompanhamento das propostas a serem implementadas.

8.3 PERIODICIDADE DO ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PPP

O período de acompanhamento e avaliação do Projeto Político da Escola,

acontece a cada bimestre, para a revisão, análise e realimentação se necessário das

ações pré determinadas com vista a melhoria do processo educativo.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente/ Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Ministério da Educação, Assessoria de Comunicação Social. Brasília: MEC, ACS, 2005.

CRUZ, C. H. C. Conselho de Classe: espaço diagnóstico da prática educativa escolar. São Paulo: Loyola, 2005.

LIBÃNEO, José Carlos. Didática. 7 ed. São Paulo: Cortez, 1997. (Coleção magistério 2º grau. Série formação do professor).

LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 18. ed. São Paulo: Cortez, 2006.

_____ Filosofia da Educação. São Paulo: Cortez, 1991. (Coleção magistério 2º grau. Série formação do professor).

GANDIN, D.; CRUZ, C. H. C. Planejamento na sala de aula. 6 ed. Petrópolis: Vozes, 2006.

NISKIER, Arnaldo. LDB. A Nova Lei da Educação . 6 ed. Rio de Janeiro: Consultor, 1996.

PARANÁ, Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Secretaria de Estado da Educação – Departamento de educação Básica. Curitiba: 2008.

SANT'ANNA, Ilza Martins. Por que avaliar?: Como avaliar?: critérios e instrumentos. 4 ed. Petrópolis: Vozes. 1995.

SAVIANI, Dermeval. Pedagogia Histórico-Crítica:as primeiras aproximações. 8 ed. São Paulo: Autores Associados,2003. (Coleção educação contemporânea).

VEIGA, Ilma Passos A (org). Escola Espaço do Projeto Político Pedagógico.4 ed. São Paulo: Papirus, 2001.

_____ Projeto Político Pedagógico da Escola: uma construção possível. 14 ed. São Paulo: Papirus s/d.

WERNECK, Hamilton. Ensinamos demais, aprendemos de menos. 19 ed. Petrópolis: 2002.

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PROPOSTA CURRICULAR DE ARTE

1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

É impossível desvincular de nossas vidas o ser, o fazer artístico, pois a história

da humanidade se fez basicamente através dos vários meios pelos quais o homem

se expressou e deixou seus primeiros registros nas cavernas.

E importante considerar a arte como fruto da percepção, da necessidade de

expressão e da manifestação da capacidade criadora humana, ela converte-se numa

síntese superior do trabalho dos sujeitos, na medida em que ela é um dos meios

pelos quais o homem supera no seu fazer, os limites da utilidade material imediata,

que ultrapassa os condicionamentos da sobrevivência física e torna-se parte

fundamental do processo de humanização, isto é, de como os seres humanos se

constroem continuamente.

A arte é criação e manifestação do poder criador do homem. Criar é

transformar e nesse processo o sujeito também se recria. Portanto, Arte como

linguagem na construção do conhecimento passa a ser compreendida como eixo de

ligação entre o conteúdo sujeito e a cultura em suas produções e manifestações

artísticas. Ao se apropriar dos elementos formais das mesmas, o sujeito torna-se

capaz de refletir, de interpretar e de posicionar diante do objetivo de e

studo.

Assim a disciplina de arte para os alunos do Ensino Fundamental deverá

estabelecer as formas de relação da arte com a sociedade numa dimensão ampliada,

enfatizando a associação desta com a cultura e a linguagem.

Desse modo, a Cultura funcionará como uma lente através da qual o aluno se

vê, se compreende se inclui, se localiza, se insere na diversidade, bem como se

relaciona, participa re- significa, enfim percebe o mundo, provocando -se para a

inauguração de novos códigos e signos, e não somente para a reprodução de

padrões estabelecidos.

Não se pode exigir que todos os alunos ajam uniformemente e respondam da

maneira que desejamos, assim é importante obter sempre varias maneiras de

expressão artística, dando a todos a oportunidade de se descobrir, se encantar e

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valorizar sua autoestima, “pois cada qual tem o seu talento”.

Todo conhecimento a ser ampliado, adquirido e assimilado necessita de

direcionamentos preestabelecidos para que se atinjam os objetivos propostos. Assim

dentro de Arte, considera-se que o aluno da educação básica deve ter acesso ao

conhecimento presente nas diferentes formas de relação da arte com a sociedade, de

acordo com a proximidade das mesmas com o seu universo com maior ou menor

ênfase, considerando a importância da arte no momento histórico vivido. As

expressões artísticas tanto desenho, quanto música e teatro, não apresentam, nada

extraordinário, são contextos que de maneira simples tornam mais natural à

aprendizagem da disciplina.

Assim, deve-se ampliar o repertorio cultural do aluno a partir de conhecimentos

estéticos, artísticos contextualizados, aproximando-o do universo cultural da

humanidade, buscando contribuir com o fortalecimento de experiências sensíveis e

criativas para as identidades artísticas, possibilitando aos educandos o acesso às

obras artísticas, música, dança, teatro e artes visuais para que os mesmos possam

familiarizar -se com as diversas formas de produção de arte.

3.CONTEÚDOS

As quatro linguagens artísticas têm um desenvolvimento histórico diferenciado

e ingressam na escola em momentos diferentes, no entanto, possuem a mesma

importância como instrumentos educativos, quando e pretende ampliar as

possibilidades da apropriação dos conteúdos em Arte durante o processo de

escolarização.

Portanto, todos os conteúdos estruturantes estão presentes nas linguagens

artísticas, desdobrando-se em conteúdos específicos em cada uma delas e serão

desenvolvidas gradativamente durante o curso.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

Altura Ritmo Arte Greco-Romana, Arte

Melodia Oriental, Arte Africana, Arte

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Duração Harmonia Medieval, Renascimento, Rap,

Tonal Tecno, Barroco, Classicismo,

Timbre Modal Romantismo, Vanguardas

Contemporânea Artísticas, Arte Engajada,

MÚSICAS Intensidade Escalas Música Serial, Música Eletrônica,

Sonoplastia Música Minimalista, Arte Popular,

Densidade Estrutura Arte Indígena, Arte Brasileira,

Gêneros: erudita, folclórica.... Arte Paranaense, Indústria

Técnicas: instrumental, vocal Cultura, Word Music, Arte

mista, improvisação... Latino-Americana

Ponto Figurativa Arte Pré-histórica, Arte no Antigo

Abstrata Egito, Arte Greco-Romana,

Linha Figura-Fundo Arte Pré-Colombiana,

Bidimensional Arte Oriental, Arte Africana,

Superfície Tridimensional Arte Medieval, Arte Bizantina,

Semelhanças Arte Romântica, Arte Gótica,

Textura Contrastes Renascimento, Barroco,

ARTES Ritmo Visual Neoclassicismo, Romantismo,

VISUAIS Volume Gêneros: Paisagem, retrato, Realismo, Impressionismo,

natureza-morta... Expressionismo, Fausismo,

Luz Técnicas:Pintura, gravura, Cubismo

escultura, arquitetura, Abstracionismo, Dadaísmo,

Cor fotografia, vídeo Construtivismo, Surrealismo,

Op-Art, Pop-art, ArteNaif,

Vanguardas artísticas, Arte Popular

Arte Indígena,

Arte Brasileira, Arte Paranaense,

Indústria Cultural, Arte Latino-Americana,

Muralismo...

Personagem (Expressões Representação Arte Greco-Romana, Arte

corporais, vocais, gestuais Text Dramático Oriental, Arte Africana, Arte

e faciais) Dramaturgia Medieval, Renascimento,

Roteiro Barroco, Neoclassicismo,

Espaço Cênico, Romantismo, Realismo,

Sonoplatia, Iluminação, Expressionismo, Vanguardas

Cenografia, Figurino, Adereços, Artísticas, Teatro Dialético,

Ação máscara, caracterização e Teatro do Oprimido, Teatro Pobre

TEATRO maquiagem Teatro Essencial, Teatro do Absuro,

Espaço Gêneros: Tragédia, Comédia, Arte Engajada,

Drama, Épico, rua, Etc Arte Popular, Arte Indígena,

Técnicas: Jogos Teatrais, Arte Brasileira, Arte Paranaense,

Enredo, Teatro Direto, Teatro

Indústria Cultural, Arte Latino-Americana...

indireto (manipulação, bonecos,

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sombras...), improvisação,

monónologo, jogos dramáticos,

direção, produção...

Movimento Eixo Arte Pré-Histórica, Arte Greco-Romana,

Corporal Dinâmica Arte Oriental, Arte Africana,

Aceleração Arte Medieval,

Tempo Ponto de Apoio Renascimento, Barroco,

Salto e queda Neoclassicismo, Romantismo,

Espaço Rotação Expressionismo, Vanguardas

ARTE Formação Artísticas, Arte Popular, Arte Indígena,

Deslocamento Arte Brasileira, Arte Paranaense,

Sonoplastia Dança Circular,

Coreografia Indústria Cultural, Dança Clássica,

Gêneros: folclóricas, de salão,

Dança Moderna, Dança Contemporânea,

étnica... Hip Hop, Arte Latino-Americana...

Técnicas: improvisação,

Coreografia...

A partir da lei 10.639/03, referente à História da Cultura Afro-Brasileira e Africana.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Artes Artistas Plásticos Influência da arte africana nas obras de

Visuais artistas contemporâneos.

Máscara, Esculturas (Argila, Madeira,

Textura, Superfície e Metal), Ornamentos, Tapeçaria, Tecelagem,

Volume. Pintura Corporal e Estamparia.

Músicas Cantores e Compositores Contribuições Artísticas da Cultura Africana

Negros na formação da Música Popular Brasileira:-

a origem do batuque, do lundu e do samba,

entre outros.

Dança Rituais das Culturas de Danças de Natureza

Matriz Africana Religiosa: Candomblé

Lúdica: Brincadeira de Roda

Funerária: Axexê

Guerreira: Congada

Dramática: Maracatu

Profana: jongo

Obs. A abordagem dos conteúdos estruturantes, pelo conhecimento pelas

práticas e a fruição artística estarão presentes em todos os momentos da prática

pedagógica, em todas as séries, considerando o grau crescente de dificuldade.

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4 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

As aulas de ensino de Arte propiciarão atividades aos estudantes para o

aprender a fazer e analisar produções artísticas e estéticas. Isso de tal maneira que

apresentem progresso em seu saber artístico e estético nas dimensões técnica,

inventiva, representacional e expressiva do mundo, afim de que os alunos

exercitarem aplicações práticas - teóricas sobre os conteúdos estéticos e artísticos.

Ao serem propostas as atividades práticas e teóricas serão observados uma

constante sintonia com o desenvolvimento das capacidades e habilidades artísticas e

estéticas que estão sendo trabalhadas. Portanto, serão organizadas atividades que

levarão a uma busca de soluções para problemas pensados a partir da realidade dos

alunos, possibilitando estabelecer uma unidade, integrando-se em um trabalho mais

efetivo de formação e desenvolvimento do aluno, pois a arte e suas múltiplas

linguagens representam um contraponto com a grande quantidade de racionalismo

existente no currículo escolar. Sem o estudo e a prática dessa disciplina, os alunos

tendem a ter uma visão restrita de si mesmo e da própria cultura. O ensino de arte

visa torna -los mais sensíveis e mais críticos e respeitando às diferenças, sendo

tolerantes e flexíveis, adaptando -se ao fato de que pessoas, culturas... são

diferentes umas das outras, e que é possível aprender com esse universo. O

conteúdo trabalhado busca o desenvolvimento do gosto artístico entre os alunos. As

aulas serão desenvolvidas considerando o:

Teorizar: que fundamenta e possibilita ao aluno perceber e apropriar da obra

artística, bem como, desenvolver um trabalho artístico para formar conceitos

artísticos.

Sentir e Perceber: que são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso

à obra de arte.

Trabalho Artístico: que é a prática criativa, o exercício com os elementos que

compõe uma obra de arte.

O trabalho em sala poderá iniciar por qualquer um desses momentos, ou pelos

três simultaneamente. Ao final das atividades, em uma ou várias aulas, espera -se

que o aluno tenha vivenciado cada um deles.

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5. AVALIAÇÃO

Ao se tratar da avaliação em Arte, é necessário referir -se ao conhecimento

específico das linguagens artísticas, tanto em suas experiências práticas quanto

conceituais (teóricos), pois avaliação consistente e fundamentada, permite ao aluno

posicionar -se em relação aos trabalhos artísticos estudados e produzidos.

A sistematização da avaliação se dará na observação e registro dos caminhos

percorridos pelo aluno em seu processo da aprendizagem, acompanhando os

avanços e dificuldades percebidas em suas criações/produções.

A fim de se obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, serão utilizados

instrumentos de verificação tais como:

Trabalhos artísticos individuais e em grupo;

Pesquisas bibliográficas e de campo;

Debates em forma de seminários e simpósios;

Provas teóricas e práticas;

Registros em forma de relatórios, gráficos, áudio-visual e outros.

Por meio desses instrumentos, o professor obterá o diagnóstico necessário

para o planejamento e o acompanhamento da aprendizagem durante o ano letivo,

visando ás seguintes expectativas de aprendizagem:

A compreensão dos elementos que estruturam e organizam a arte e sua

relação com a sociedade contemporânea;

A produção de trabalhos de arte visando à atuação do sujeito escolar em sua

realidade singular e social;

A apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte nas diversas

culturas e mídias.

Avaliar exige, acima de tudo, que se defina aonde se quer chegar, para isto se

estabelecem os critérios, para, em seguida escolherem -se os procedimentos,

inclusive aqueles referenciais a seleção dos instrumentos que serão utilizados no

processo de ensino e aprendizagem. Serão considerados como critérios:

participação, pontualidade na entrega das atividades, assiduidade, organização,

criatividade etc. Será portanto avaliado o processo de construção do cidadão para

convivência social humana.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BERTELLO, Augusta Maria. Palavra em Ação: Minimanual de Pesquisa Arte. Editora: IBEP s/d CADERNOS TEMÁTICOS: História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Lei nº 10.639/03. Curitiba: SEED, 2005. CANTELE, Bruna Renata; LEORDINA, Ângela Cantele. Arte e Linguagem Visual – 5º à 8º. Educação Artística IBEP. COTRIN, Gilberto. Educação Artística: 1º Grau Expressão Corporal – Musical – Plástica. FLEITAS, Juliana; FLEITAS, Orlando. Arte e Comunicação. Volume B. Editora: F.T.D GABRYELLE, Thayanne. A Conquista da Arte – 5º a 8º. Educação Artística S/A. ISAÍAS, Marchesi Jr., Atividades de Educação Artística. Volume 02. PARANÁ, Secretária de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de Arte: Ensino Fundamental. Curitiba, 2008. REBERVEL, Olga. Um Caminho do teatro na Escola: Série – Pensamento e ação no magistério. Editora: Scipione. VALADARES, Solange; DINIZ, Célia. Arte no Cotidiano Escolar. Volume 01 à 04. Editora: FAPI. VASCONCELOS, Thelma; NOGUEIRA, Leonardo. Reviver Nossa Arte. Editora: Scipione. XAVIER, Natália; AGNER, Alberto. Viver com Arte. Volume 01 à 04.

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PROPOSTA CURRICULAR DE CIÊNCIAS

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA A Ciência é uma atividade humana complexa, histórica e de construção

coletiva. Assim faz-se necessário ensinar Ciências porque, durante todo o

desenvolvimento da humanidade, as pessoas sempre buscaram explicar os

fenômenos que observam tentando encontrar as melhores soluções para seus

problemas. Nessa busca, a Ciência tornou-se uma das formas pelas quais as

pessoas formulam explicações, portanto é fruto do conhecimento e da criatividade

humana e está em constante aperfeiçoamento e reformulação.

O conhecimento científico é fundamental para o exercício pleno da cidadania

no mundo atual, permitindo que as ações de preservação ambiental sejam mais

eficientes e comprometidas com o futuro das espécies do planeta e com a melhoria

da qualidade de vida da população.

A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico,

que resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por

Natureza o conjunto de elementos integradores que constituem o Universo em toda

sua complexidade, devendo os educadores direcionar a aprendizagem no sentido de

interpretar racionalmente os fenômenos observados na Natureza, resultantes das

relações entre elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento,

força, campo, energia e vida.

De acordo com a DCEs, a disciplina de Ciências, tem em seus conteúdos

estruturantes, os campos de estudo que as identificam como conhecimento histórico.

Dos conteúdos estruturantes organizam-se os conteúdos básicos a serem

trabalhados por série, compostos tanto pelos assuntos mais estáveis e permanentes

da disciplina quanto pelos que se apresentam em função do movimento histórico e

das atuais relações sociais.

Esses conteúdos são articulados entre si e fundamentados nas respectivas

orientações teórico-metodológica curricular das escolas.

No ensino de Ciências, espera-se que os alunos, como membros de uma

sociedade democrática, estejam informados para participar de forma esclarecida dos

inúmeros problemas que afetam nossa vida, como: a poluição, a destruição dos

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ecossistemas perda da biodiversidade, os danos causados pelas drogas, além da

alimentação desequilibrada. Para que essas questões sejam compreendidas

adequadamente, é necessário ter algum conhecimento básico de Ciências, que

permita não só a compreensão e o acompanhamento das rápidas transformações

tecnológicas, mas desperte no aluno o espírito crítico e o estimule a questionar e

combater aos preconceitos. Assim, compreendendo que a Ciência não é um conjunto

de conhecimentos estabelecidos, mas que se modifica ao longo do tempo, buscando

sempre corrigi-los e aprimorá-los.

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES, BÁSICOS E ESPECÍFICOS 5ª série – Ensino Fundamental

Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

Astronomia

Universo Sistema Solar Movimentos terrestres

Galáxias, Movimento do Universo Os Planetas do Sistema solar, geocentrismo, heliocentrismo rotação, translação, estações do ano

Matéria Constituição da matéria Conceito, atmosfera terrestre primitiva, camadas atmosféricas, solos, rochas, minerais, água.

Sistemas Biológicos Níveis de organização Organismo, sistemas, órgãos, tecidos, células, unicelular, pluricelular, procarionte, eucarionte, autótrofo, heterótrofo.

Energia Formas de Energia Conversão de energia Transmissão de energia

Energia elétrica, energia eólica. Fontes de energia renováveis e não-renováveis. Mudanças de estado físico

Biodiversidade Organização dos seres vivos Sistemática Ecossistemas

Diversidade das espécies, extinção de espécies, comunidade, população. Classificação dos seres vivos, categorias taxonômicas, filogenia, populações; Conceito de biodiversidade, ecossistemas (dinâmica e

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Evolução dos Seres Vivos

características); Teorias evolutivas

6ª série – Ensino Fundamental

Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Básicos

Conteúdos específicos

Astronomia

Movimentos Terrestres e celestes. Astros

Eclipse do Sol, eclipse da Lua, fases da Lua, constelações, dias e noites. Constituição físico-química dos astros.

Matéria

Constituição da matéria

Composição do planeta Terra primitivo, a Terra antes do surgimento da vida, atmosfera terrestre primitiva, manto terrestre, núcleo terrestre, estrutura química da célula.

Sistemas Biológicos

Célula Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos.

Teoria celular, tipos celulares, mecanismos celulares estrutura celular, fotossíntese, reserva energética. Características gerais dos seres vivos, órgãos e sistemas animais e vegetais.

Energia

Formas de energia. Conversão de Energia. Transmissão de Energia

Energia luminosa, energia térmica. A interferência da energia luminosa nos seres vivos, sistemas ectotérmicos, sistemas endotérmicos, eletromagnetismo, conversão de energia potencial em cinética. Irradiação, sistemas de transmissão de energia.

Biodiversidade

Organização dos Seres Vivos. Sistemática. Ecossistemas.

Deriva continental, diversidade das espécies, extinção de espécies. Classificação dos seres vivos, categorias taxonômicas, filogenia, populações. Eras geológicas

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7ª série – Ensino Fundamental

Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Básicos

Conteúdos Específicos

Astronomia

Movimentos Terrestres e Celestes. Origem e evolução do Universo.

A esfera terrestre e seu sistema de coordenadas, a esfera celeste e suas coordenadas. Teorias sobre a origem do Universo (Teorias Cosmogônicas), modelos de Universo finito, modelos de Universo inflacionário, modelos de universo em expansão, a teoria da relatividade e a cosmologia moderna.

Matéria

Constituição da matéria.

Conceito de matéria , átomos, modelos atômicos, elementos químicos, íons ligações químicas, substâncias, reações químicas, funções químicas inorgânicas ácidos, bases,sais, óxidos, lei da conservação da massa, compostos orgânicos.

Sistemas Biológicos

Célula.

Histórico celular, mecanismos celulares, estrutura celular, respiração celular, fotossíntese, reserva energética.

Energia

Formas de energia.

Energia mecânica, energia térmica, energia luminosa, energia nuclear, energia elétrica, energia química, energia eólica.

Biodiversidade Evolução dos seres vivos.

Teorias evolutivas.

8ª série – Ensino Fundamental

Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Básicos

Conteúdos Específicos

Astronomia

Astros. Gravitação universal.

Estrelas planetas, planetas anões, satélites naturais, anéis meteoros, meteoritos, cometas. Leis de Kepler, leis de Newton.

Propriedades da matéria.

Massa, volume, densidade, compressibilidade, elasticidade,

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Matéria

divisibilidade, indestrubilidade, impenetrabilidade, maleabilidade, ductibilidade, flexibilidade, elasticidade, permeabilidade, condutibilidade, dureza, tenacidade, cor, brilho, sabor, textura, odor.

Sistemas Biológicos

Morfologia e fisiologia dos seres vivos. Mecanismos de herança genética.

Sistema sensorial, sistema endócrino, sistema nervoso. Noções de hereditariedade, mutação genética.

Energia

Conversão de energia. Transmissão de energia.

Sistemas semiconservativos, ciclos de matéria, electromagnetismo, movimentos, velocidade, aceleração, colisões, trabalho, potência. Irradiação, convecção, condução, sistemas de transmissão de energia, leis de Newton, máquinas simples, sistemas mecânicos, equilíbrio de forças.

Biodiversidade

Interações ecológicas.

Ciclos biogeoquímicos, relações interespecíficas, relações intraespecíficas.

3. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS Na metodologia, nós, professores nos embasamos na teoria da aprendizagem

de Ausubel que propõe que os conhecimentos prévios dos alunos sejam valorizados,

para que possam construir estruturas mentais utilizando, como meio, mapas

conceituais que permitem descobrir e redescobrir outros conhecimentos,

caracterizando, assim, uma aprendizagem prazerosa e eficaz.

A aprendizagem é muito mais significativa à medida que o novo conteúdo é

incorporado às estruturas de conhecimento de um aluno e adquire significado para

ele a partir da relação com seu conhecimento prévio.

Para haver aprendizagem significativa são necessárias duas condições. Em

primeiro lugar, o aluno precisa ter uma disposição para aprender: se o indivíduo

quiser memorizar o conteúdo arbitrária e literalmente, então a aprendizagem será

mecânica. Em segundo, o conteúdo escolar a ser aprendido tem que ser

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potencialmente significativo.

Ao selecionarmos os conteúdos a serem ensinados, organizaremos nosso

trabalho docente tendo como referências: o tempo disponível para o trabalho

pedagógico (horas/aula semanais); o Projeto Político Pedagógico da escola, os

interesses da realidade local e regional onde a escola está inserida, a análise crítica

dos livros didáticos de Ciências disponíveis e informações atualizadas sobre os

avanços da produção científica.

Na organização do plano de trabalho docente faremos reflexões a respeito das

relações a serem estabelecidas entre os conteúdos, dos recursos pedagógicos

disponíveis, das estratégias de ensino que podem ser utilizadas e das expectativas

de aprendizagem para um bom resultado final.

Em nosso ensino de Ciências, alguns aspectos serão considerados essenciais

tanto para a nossa formação quanto para nossa atividade pedagógica. Abordaremos,

assim três aspectos importantes, a saber: a história da ciência, a divulgação científica

e a atividade experimental.

Entretanto, sabemos e consideraremos outras variáveis que interferem no

processo ensino-aprendizagem de conceitos científicos, dentre elas o enraizamento

das concepções alternativas, as apropriações culturais locais ou regionais, a

concepção de ciência do professor e a qualidade de sua prática de ensino.

Utilizaremos em nossa prática para garantir o processo ensino-aprendizagem

de forma bem articulada os seguintes itens:

· recursos pedagógico-tecnológicos que enriquecem a prática docente, tais como:

livro didático, texto de jornal, revista científica, figuras, revista em quadrinhos, música,

quadro de giz, mapa (geográficos, sistemas biológicos, entre outros), globo, modelo

didático (torso, esqueleto, célula, olho, desenvolvimento embrionário, entre outros),

microscópio, lupa, jogo, televisor, computador, retroprojetor, entre outros;

· de recursos instrucionais como organogramas, mapas conceituais, mapas de

relações, diagramas V, gráficos, tabelas, infográficos, entre outros;

· de alguns espaços de pertinência pedagógica, dentre eles, feiras, laboratórios,

exposições de ciência, seminários e debates.

As aulas expositivas quando enriquecidas com as estratégias de ensino e os

recursos pedagógico-tecnológicos e instrucionais são fundamentais na prática

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docente. E, estes recursos contribuem de forma significativa para melhorar as

condições de aprendizagem aos estudantes.

Diante de todas essas considerações propõem-se alguns encaminhamentos

metodológicos que serão valorizados em nosso ensino de Ciências, tais como: a

problematização, a contextualização, a interdisciplinaridade, a pesquisa, a leitura

científica, a atividade em grupo, a observação, a atividade experimental, os recursos

e o lúdico.

4. AVALIAÇÂO A avaliação é atividade essencial do processo ensino-aprendizagem dos

conteúdos científicos e, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96 deve

ser contínua e cumulativa em relação ao desempenho do estudante, com prevalência

dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

Se a avaliação contínua e formativa visa a aprendizagem, a formação do

aluno, então essa continuidade precisa se concretizar, de fato, nas diferentes

atividades de ensino/aprendizagem que acontecem na sala de aula. Assim serão

utilizados os seguintes instrumentos:

INSTRUMENTOS A diversificação dos instrumentos de avaliação está indissociavelmente ligada

à concepção de avaliação contínua e formativa. Assim serão utilizados os seguintes

instrumentos:

2. Atividade de leitura compreensiva de textos; 3. Pesquisa bibliográfica; 4. Produção de textos; 5. Palestra e ou apresentação oral; 6. Atividades experimentais; relatórios; 7. Seminários e debates; 8. Atividades com textos literários; 9. Atividades a partir de recursos áudio -visuais; 10. Trabalhos em grupo; 11. Questões discursivas e objetivas.

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Critérios de Avaliação Neste contexto utilizaremos critérios que possibilitem avaliar os

conhecimentos dos alunos, de forma clara e adequada, na especificidade de cada

instrumento.

Ao avaliar a leitura dos alunos devemos considerar:

Houve compreensão das idéias presentes no texto, com o aluno interagindo com o

Texto por meio de questionamentos, concordâncias ou discordâncias;

O aluno, ao falar sobre o texto, expressou suas ideias com clareza e sistematizou o conhecimento de forma adequada;

Foram estabelecidas relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala de aula.

Para avaliarmos a pesquisa bibliográfica analisaremos os passos da consulta

bibliográfica se estão atendendo as orientações.

Na produção de textos considera -se- á se o aluno produziu textos atendendo

às circunstâncias de produção (gênero, interlocutor, finalidade, etc.), expressar as

ideias com clareza (coerência e coesão), adequou a linguagem às exigências do

contexto de produção, dando - lhe diferentes graus de formalidade ou informalidade,

atendendo especificidades da disciplina em termos de léxico, de estrutura, elaborar

argumentos consistentes, produziu textos respeitando o tema, estabeleceu relações

entre as partes do texto.

A apresentação oral será utilizada critérios como: conhecimento do conteúdo,

argumentos selecionados, adequação da linguagem, sequência lógica e clareza na

apresentação, criatividade no uso de recursos; sempre considerando as dificuldades

especiais apresentadas pela inclusão.

Com as atividades experimentais levaremos em consideração: a compreensão

do fenômeno experimentado, o conceito a ser construído ou já construído, a

qualidade da interação quando o trabalho se realiza em grupo, entre outras

possibilidades.

O Relatório é um conjunto de descrições e análise da atividade desenvolvida,

deve apresentar os dados ou informações coletadas, ou procedimentos

desenvolvidos, que análises foram feitas e as quais resultados obtidos considerando

os elementos do relatório.

No seminário os critérios de avaliação são: a consistência dos argumentos,

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tanto na apresentação quanto nas réplicas, a compreensão do conteúdo abordado (a

leitura compreensiva dos textos utilizados), a adequação da linguagem; a pertinência

das fontes de pesquisa, os relatos trazidos para enriquecer a apresentação e a

adequação e relevância das intervenções dos integrantes do grupo que assiste a

apresentação.

O debate nos possibilita: o uso adequado da língua portuguesa em situações

formais, o conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido no debate e a

compreensão sobre o assunto específico debatido e sua relação com o conteúdo da

disciplina.

A atividade com o texto literário possibilita: a compreensão e interpretação da

linguagem utilizada no texto, a articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas

aulas com o texto literário lido e o reconhecimento dos recursos expressivos

específicos do texto literário.

As atividades efetivadas com os recursos audiovisuais nos possibilitam avaliar,

entre outros critérios: a compreensão e interpretação da linguagem utilizada, a

articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo

apresentado pelo audiovisual e o reconhecimento dos recursos expressivos

específicos daquele recurso;

Nos trabalhos em grupo será considerado se cada aluno: demonstra os

conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de aula, na produção

coletiva de trabalhos na sala de aula ou em espaços diferenciados e compreende a

origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e sua relação com a

contemporaneidade e o seu cotidiano.

Nas questões discursivas e objetivas alguns critérios devem ser considerados:

compreensão do enunciado da questão; verificar se o aluno planejou a solução, e se

essa tentativa foi adequada.

A questão objetiva possibilita a apropriação de alguns aspectos definidos do

conteúdo; a capacidade de se utilizar de conhecimentos adquiridos.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA, Grupos de Estudos 2008, 2º Encontro,

Avaliação – um processo Intencional e Planejado.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ, Superintendência da Educação - Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental – 2008.

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO V 12 N 36 SET/DEZ 2007 - Universidade de Brasília, Programa de Pós-Graduação em Educação e Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências; Educação científica na perspectiva de letramento como prática social: funções, princípios e desafios, Wildson Luiz Pereira dos Santos. Rev. PEC, Curitiba, v.2, n.1, p.37-42, jul. 2001-jul. 2002, TEORIA DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA SEGUNDO AUSUBEL, Adriana Pelizzari, Maria de Lurdes Kriegl, Márcia Pirih Baron, Nelcy Teresinha Lubi Finck, Solange Inês Dorocinski.

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PROPOSTA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA

1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Educação Física é parte do projeto geral de escolarização e, como tal, deve

estar articulada ao Projeto Político Pedagógico, pois tem seu objeto de estudo e

ensino próprios, e trata de conhecimentos relevantes na escola. Considerando o

exposto, defende-se que as aulas de Educação Física não são apêndices das demais

disciplinas e atividades escolares, nem um momento subordinado e compensatório

para as “durezas” das aulas em sala. O compromisso do professor é com o projeto de

escolarização ali instituído, sempre em favor da formação humana.

A Educação Física tem como objeto de ensino /estudo, a Cultura Corporal,

deve ainda, ampliar a dimensão meramente motriz. Para isso, pode-se enriquecer os

conteúdos com experiências corporais das mais diferentes culturas, priorizando as

particularidades de cada comunidade. Os Conteúdos Estruturantes propostos para a

Educação Física na Educação Básica são os seguintes: Esporte; Jogos e

Brincadeiras; Ginástica; Lutas e Dança.

Sabendo-se que a Cultura Corporal é a concepção defendida na atualidade

pelas diretrizes, e que, representa as formas culturais do movimentar -se humano

historicamente produzidas pela humanidade, busca -se, assim, possibilitar aos alunos

o acesso ao conhecimento produzido pela humanidade, relacionando-o às práticas

corporais, ao contexto histórico, político, econômico e social. Isto é, ir além da ideia

de que o movimento é predominantemente um comportamento motor, mas também

histórico e social.

Nesse sentido a Educação Física se insere neste projeto com a função social

de contribuir para que os alunos se tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio

corpo, adquirir uma expressividade corporal consciente e refletir criticamente sobre

as práticas corporais, reconhecendo-se como sujeito, que é produto, mas também

agente histórico, político, social e cultural.

2 CONTEÚDO ESTRUTURANTE / CONTEÚDOS BÁSICOS / CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Os Conteúdos Estruturantes da Educação Física serão abordados em

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complexidade crescente rompendo a visão etapista de conhecimento, cuja exposição

de conteúdos pauta-se em pré-requisitos, isto porque, em cada um dos níveis de

ensino os alunos trazem consigo múltiplas experiências relativas ao conhecimento

sistematizado, que devem ser consideradas no processo de ensino/aprendizagem.

Propõe-se uma abordagem que privilegie o reconhecimento e a

ampliação da diversidade nas relações sociais. Por isso, as aulas de Educação Física

podem revelar-se excelentes oportunidades de relacionamento, convívio e respeito

entre as diferenças, de desenvolvimento de ideias e de valorização humana, para

que o outro seja considerado, serão desenvolvidas atividades com relação à Lei Nº

10.639/03 que refere a História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, a Lei Nº

11.645/08 referente à História e Cultura Afro -Brasileira e Indígena e a Lei Ambiental

Nº9795/99 referente a preservação do meio ambiente.

Assim sendo, os conteúdos básicos e específicos serão desenvolvidos de

quinta a oitava séries, respeitando assim, a amplitude, complexidade e

aprofundamento de cada série; enriquecendo os conteúdos com experiências

corporais das mais diferentes culturas, priorizando as particularidades de cada

comunidade.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

CONTEÚDO BÁSICO CONTEUDO ESPECÍFICO

ESPORTE Coletivos Futebol; voleibol; basquetebol; handebol; futsal; futvôlei.

Individuais Atletismo; natação; tênis de mesa;

Radicais Skate; rappel; rafting; treking; bungee jumping; surf e outros.

JOGOS E BRINCADEIRAS

Jogos e brincadeiras populares

amarelinha; elástico; 5 marias; caiu no poço; mãe pega; stop; bolinha de gude; bets; peteca; fito; pipa; rela; corrida de sacos; pau de sebo; perna de pau; perna de lata; raminho verde; passa anel; paulada ao cântaro; jogo do pião; jogo dos paus; queimada; polícia e ladrão; bilboquê

Brincadeiras e cantigas de roda

gato e rato; adoletá; capelinha de melão; caranguejo; atirei o pau no gato; ciranda cirandinha; escravos de jó; lenço atrás;

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dança da cadeira e outros.

Jogos de tabuleiro Dama, trilha, resta um, xadrez, kalah, ta-te-ti.

Jogos dramáticos Improvisação; imitação; mímica.

Jogos cooperativos futpar; volençol; eco-nome; tato contato; olhos de águia; cadeira livre; dança das cadeiras cooperativas; salve-se com um abraço e outros.

DANÇA Danças folclóricas fandango; quadrilha; dança de fitas; dança de São Gonçalo; frevo; samba de roda; batuque; baião; cateretê; dança do café;ciranda; carimbó;caninha verde; dança do milho entre outras.

Danças de salão valsa; merengue; forró; vanerão; samba; soltinho; xote; bolero; salsa; swing; tango.

Danças de rua break; funk; house; locking, ; ragga

Danças criativas elementos de movimento ( tempo, espaço, peso e fluência); qualidades de movimento e improvisação; atividades de expressão corporal.

Danças circulares Contemporâneas; folclóricas; sagradas.

GINÁSTICA Ginástica artística/ olímpica

solo; salto sobre o cavalo; barra fixa; argolas; paralelas; trave de equilíbrio

Ginástica rítmica Corda, arco, bola, maças; fita.

Ginástica de Condicionamento Físico

alongamentos; ginástica aeróbica; ginástica localizada; step; jump; pular corda; pilates; hidroginástica e outros.

Ginástica Circense malabares;tecido;trapézio;acrobacias; trampolim.

Ginástica Geral malabares; tecido; trapézio; acrobacias; trampolim.

LUTAS Lutas de aproximação judô; luta olímpica; jiu-jitsu; sumô

Lutas que mantêm distância

karatê; boxe; muay thai; taekwondo.

Lutas com instrumento mediador

Esgrima; kendô

Capoeira Angola; regional

Observação: Alguns conteúdos serão trabalhados com adaptações de materiais e

apresentações de imagens, devido ao fato da dificuldade de aparelhos oficiais e

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locais adequados e seguros para sua prática, mas nem por isso os alunos deixarão

de ter tal conhecimento, sempre considerando as necessidades apresentadas pela

inclusão.

3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

O professor de Educação Física tem a responsabilidade de organizar e

sistematizar o conhecimento sobre as práticas corporais, o que possibilita a

comunicação e o diálogo com diferentes culturas. No processo pedagógico, o senso

de investigação e de pesquisa pode transformar as aulas de Educação Física e

ampliar o conjunto de conhecimentos que não se esgotam nos conteúdos, nas

metodologias, nas práticas e nas reflexões. E esse mesmo conhecimento será

transmitido e discutido com o aluno, levando-se em conta o momento político,

histórico, econômico e social em que estava inserido.

Considerando, inicialmente, aquilo que o aluno traz como referência acerca do

assunto proposto, ou seja, é uma primeira leitura da realidade. Esse momento

caracteriza-se como preparação e mobilização do aluno para a construção do

conhecimento escolar.

Após o breve mapeamento daquilo que os alunos conhecem do tema, o

professor propõe um desafio remetendo-o ao cotidiano, criando um ambiente de

dúvidas sobre os conhecimentos prévios.

Posteriormente, o professor apresentará aos alunos o conteúdo sistematizado,

para que tenham condições de assimilação e recriação do mesmo, desenvolvendo

assim as atividades relativas à apreensão do conhecimento através da prática

corporal.

Finalizando a aula ou um conjunto de aulas, o professor pode solicitar aos

alunos que criem outras formas de atividades, vivenciando-as. Neste momento, é

possível também a efetivação de um diálogo que permite ao aluno avaliar o processo

de ensino-aprendizagem, transformando-se intelectual e qualitativamente em relação

a prática realizada.

Prioriza-se na prática pedagógica o conhecimento sistematizado, como

oportunidade para re-elaborar ideias, e atividades que ampliem a compreensão do

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aluno sobre os saberes produzidos pela humanidade e suas implicações para a vida.

O professor poderá de acordo com o tema proposto utilizar de recursos

tecnológicos, como a exposição de vídeos na TV Pendrive, oportunizando aos alunos

o contato com novas informações.

Propõe-se uma abordagem que privilegie o reconhecimento e a ampliação da

diversidade nas relações sociais. Por isso, as aulas de Educação Física podem

revelar-se excelentes oportunidades de relacionamento, convívio e respeito entre as

diferenças, de desenvolvimento de ideias e de valorização humana, para que o outro

seja considerado, serão desenvolvidas atividades com relação à Lei 10.639/03 que

refere-se a História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e a Lei 11.645/08 referente à

História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena.

Os Desafios Educacionais Contemporâneos (Prevenção ao uso Indevido de

Drogas, Sexualidade Humana, Educação Ambiental, Educação Fiscal e

Enfrentamento à Violência) serão desenvolvidos na medida em que forem surgindo

durante as aulas oportunidades e necessidades.

4 AVALIAÇÃO

Os critérios para a avaliação devem ser estabelecidos, considerando o

comprometimento e envolvimento dos alunos no processo pedagógico:

Comprometimento e Envolvimento: Se os alunos entregam as atividades

propostas pelo professor com zelo e prazo determinado; se houve assimilação dos

conteúdos propostos, por meio da recriação de jogos e regras; se o aluno consegue

resolver, de forma criativa, situações problemas sem desconsiderar a opinião do

outro, respeitando o posicionamento do grupo e propondo soluções para as

divergências; se os alunos se mostram envolvidos nas atividades, seja através de

participação nas atividades práticas ou realizando relatórios.

Partindo-se destes critérios, a avaliação deve se caracterizar como um

processo contínuo, permanente e cumulativo, em que o professor organizará e

reorganizará o seu trabalho, sustentado nas diversas práticas corporais como o

esporte, a dança, as lutas, os jogos e brincadeiras e a ginástica.

O professor estará avaliando em todos os momentos da aula e isso pode ser

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feito de várias formas, como diálogo em grupos, dinâmicas, jogos, registros de

atitudes e técnicas de observação, o que os alunos expressam em relação a sua

capacidade de criação, de socialização, os (pré) conceitos sobre determinados

assuntos, a escrita, o debate, o desenho e a expressão corporal.

Possibilitar aos alunos expressarem-se sobre aquilo que apreenderam, ou

mesmo o que mais lhe chamou a atenção. Ainda, é imprescindível utilizar

instrumentos que permitam aos alunos se auto-avaliarem, reconhecendo seus limites

e possibilidades, para que possam ser agentes do seu próprio processo de

aprendizagem.

Durante estes momentos de intervenção pedagógica, o professor pode utilizar-

se de outros instrumentos avaliativos, como: dinâmicas em grupos, seminários,

debates, júri simulado, (re) criação de jogos, pesquisa em grupo e individual,

pesquisa de campo, inventário do processo pedagógico, entre outros, em que os

alunos possam expressar suas opiniões aos demais colegas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BORSARI, José Roberto. Educação Física da Pré- Escola à Universidade: Planejamento, programas e conteúdos. São Paulo: EPU, 1980. BREGOLATO, Roseli Aparecida. Cultura Corporal do Esporte. São Paulo: Ícone, 2003. ( Coleção educação Física Escolar: no princípio de totalidade e na concepção histórico -crítico -social, v. 3). DARIDO, Suraya Cristina, SOUZA JUNIOR, Osmar Moreira. Para Ensinar Educação Física: possibilidades de intervenção na escola. 3 ed. São Paulo: Papirus, 2009. ESCOLA ESTADUAL AFRÂNIO PEIXOTO. Projeto Político Pedagógico. Abatiá, 2010. FUGIKAWA,Sueli Litz e outros. Educação Física. Curitiba: SEED, 2006. p. 232. (Vários autores). ? PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Educação Física - Anos Finais do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio. Curitiba: SEED, 2008. TEIXEIRA, Hudson Ventura. Educação Física e Desportos. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 1996.

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PROPOSTA CURRICULAR – ENSINO RELIGIOSO

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

O Ensino Religioso nas escolas brasileiras sempre esteve pautado no ensino do

catolicismo que expressava a proximidade do Império com a Igreja Católica. Com a

República, a nova constituição separou o Estado da Igreja, mas as aulas de religião

continuaram sendo mantidas nos currículos escolares.

A vinculação do currículo de Ensino Religioso ao Cristianismo e as práticas

catequéticas não correspondem mais ao sentido dessa disciplina na escola. Os

debates a respeito de sua permanência como disciplina escolar têm sido intensos na

busca de novos direcionamentos, pois se tornou necessário um novo enfoque, já que

a liberdade religiosa é garantida pela Constituição conforme artigo 5°, Inciso VI.

Assim, a maneira de apreender o conhecimento passa por profundas transformações

havendo uma reviravolta nas concepções da cultura ocidental.

A globalização dos meios de comunicação atinge todos os domínios da vida

humana, repercutindo também nas manifestações religiosas, nas crenças e na

própria forma de interpretar o sagrado.

Portanto, dentre os grandes desafios para o Ensino Religioso na atualidade,

destaca-se a necessária superação das tradicionais aulas religiosas, e a introdução

de conteúdos que tratem da diversidade de manifestações religiosas, dos seus ritos e

símbolos sem deixar de lado as relações culturais, sociais, políticas e econômicas de

que são impregnadas.

A partir disso, o Ensino Religioso tem como objetivo abordar os fenômenos

religiosos de forma a contribuir para a formação da cidadania e construção do

conhecimento historicamente produzido pela humanidade, promovendo a reflexão e a

informação, oportunizando aos alunos a possibilidade de interagir um com os outros

de modo respeitoso no convívio social.

A implantação Ensino Religioso segundo a Lei n° 5.492/71, deu-se em 1.972 a

partir da criação da ASSINTEC (Associação Interconfessional de Curitiba) – porém

somente em 2002 o Conselho Estadual de Educação do Paraná aprovou a

Deliberação que o instituiu como Disciplina Curricular facultativa.

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Assim, os conteúdos dessa disciplina deverão ser ministrados de maneira a

estimular a compreensão e análise das diferentes manifestações do sagrado, com

vistas à interpretação dos seus múltiplos significados, subsidiando os educandos na

compreensão de conceitos básicos no campo religioso e na forma como a sociedade

sofre inferências das tradições religiosas ou mesmo da afirmação ou negação do

sagrado.

Faz-se necessário a abordagem da História e Cultura Afro-brasileira e Africana,

levando-se em consideração a obrigatoriedade em cumprimento da Lei 10639/03 nos

currículos da Educação Básica, além do Ensino da História e cultura dos povos

indígenas do Brasil Lei 11645/08 como forma de valorizar devidamente a história

cultura e a religiosidade desses povos, buscando reparar danos que se repetem a

vários séculos , quanto as suas identidades e seus direitos.

2. OBJETIVOS GERAIS

Como todo conhecimento a ser assimilado com vistas a novos

comportamentos e produtivas ações humanas e sociais o Ensino Religioso também

estabelece objetivos a atingir, tais como:

3.8.1.1. Contribuir para o desenvolvimento do sujeito, tendo em vista a aquisição

de conhecimento, habilidades e a formação de atitudes e valores;

3.8.1.1.1.1.1.1.1. Abordar os fenômenos religiosos a fim de que contribuam para a

formação da cidadania e construção do conhecimento historicamente produzido pela

humanidade;

3.8.2. Promover ao sujeito a oportunidade de se tornar capaz de entender os

movimentos religiosos específicos de cada cultura, de modo a colaborar com a

formação da pessoa;

3.9 Possibilitar a reflexão sobre religiosidade na diversidade universal do

conhecimento humano e de suas diferentes formas de ver o sagrado;

3.10 Explicitar a experiência que perpassa as diferentes culturas expressa tanto

nas religiões mais sedimentadas, quanto em outras manifestações mais recentes;

3.11 Promover aos educandos, oportunidade de se tornarem capazes de entender

os movimentos específicos das diversas culturas, sendo o substantivo religioso um

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forte elemento de colaborações na constituição do sujeito;

3.12 Contribuir para superar a desigualdade étnico-religiosa e garantir o direito

constitucional de liberdade de crença e expressão;

3.13 Propiciar a oportunidade de identificação, de entendimento, de conhecimento,

de aprendizagem em relação às diferentes manifestações religiosas presentes na

sociedade;

3.14 Privilegiar, analisar e compreender o estudo das diferentes manifestações do

sagrado, possibilitando a analise do mesmo como cerne da experiência religiosa que

se expressa no universo cultural de diferentes grupos sociais;

3.15 Favorecer o respeito à diversidade cultural religiosa, em suas relações éticas

e sociais, fomentando medidas de repúdio a toda e qualquer forma de preconceito e

discriminação, reconhecendo a todos, como portadores de singularidades.

4. 3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

O Ensino Religioso é uma disciplina que contribui para o desenvolvimento

humano, além de possibilitar o respeito e a compreensão de que a nossa sociedade

e formada por diversas manifestações culturais e religiosas.

Assim, o conteúdo abordado, foco de estudos do Sagrado, perpassará todo

o currículo da disciplina de Ensino Religioso, de modo a permitir uma analise mais

complexa de sua presença nas diferentes manifestações religiosas, logo culturais e

sociais.

Para a disciplina de Ensino Religioso, são três os conteúdos estruturantes:

Paisagem Religiosa;

Universo Simbólico Religioso e

Textos Sagrados.

5ª série

4. Organizações Religiosas. 5. Lugares Sagrados. 6. Textos Sagrados orais ou escritos. 7. Símbolos Religiosos.

6ª série

4. Temporalidade Sagrada.

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5. Festas Religiosas. 6. Ritos. 7. Vida e Morte.

4. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

As práticas pedagógicas desenvolvidas pelo professor da Disciplina de Ensino

Religioso devem primar pelo respeito às diversas manifestações religiosas,

ampliando e valorizando o universo cultural dos alunos. Portanto, a abordagem dos

conteúdos terá como objeto de estudos o sagrado, e esta será a base a partir da qual

serão tratados os conteúdos.

A apresentação dos conteúdos específicos partirá das manifestações religiosas

ou expressões do sagrado desconhecidas ou pouco conhecidas dos alunos, para

posteriormente inserir os conteúdos mais comuns que já fazem parte do universo

cultural da comunidade.

As tradições e manifestações religiosas mais conhecidas serão objeto de

estudos ao final de cada tema trabalhado, de modo que os novos conteúdos

apreendidos de outras manifestações religiosas sirvam de referências para analisar a

aprofundar os conhecimentos já existentes ou praticados pelos alunos ou na

comunidade.

Os conteúdos das aulas não terão o compromisso de legitimar uma

manifestação do sagrado em detrimento de outra, uma vez que a escola não é lugar

de doutrinação, evangelização, de expressão de ritos, símbolos, campanhas e

celebrações.

A linguagem a ser utilizada nas aulas será a pedagógica e não a religiosa,

referente a cada expressão do sagrado, adequada ao universo escolar e as

necessidades especiais que se apresentam, tendo sempre cuidado em evitar o uso

de fontes de informações, de pesquisas comprometidas com os interesses de uma ou

outra tradição religiosa.

As atividades também visam articular o estudo com a vida cotidiana do

educando, além de se dirigir aos demais conteúdos da educação, representados nos

temas educacionais contemporâneos, sugeridos pelos Programas postos na Política

Pública Estadual.

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5. AVALIAÇÃO

Os procedimentos avaliativos a serem adotados na disciplina de Ensino

Religioso não têm a mesma orientação que a maioria das disciplinas, no que se

refere à atribuição de notas ou conceitos e não se constitui como objeto de

reprovação. O Ensino Religioso não terá registro de notas ou conceitos na

documentação escolar, pois sua matrícula é de caráter facultativo, no entanto, a

avaliação é um dos elementos integrantes do processo educativo na disciplina,

portanto, cabe ao professor utilizar-se de práticas avaliativas que permitam

acompanhar o processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno.

Os instrumentos avaliativos devem ser elaborados de forma que auxiliem o

professor a registrar o quanto os alunos se apropriaram dos conhecimentos tratados,

que passam a ser referenciais para a compreensão das manifestações do sagrado,

pelos alunos.

A apropriação dos conteúdos será observada em diferentes situações à medida

que o aluno expressa nova relação respeitosa com os colegas de classe e suas

diferentes opções religiosas, aceitando as diferenças e reconhecendo que o

fenômeno religioso é um dado da cultura e da identidade de cada grupo social e usa

conceitos adequados para referir-se às diferentes manifestações do sagrado.

Os resultados obtidos com essas informações darão elementos para que o

professor faça as necessárias intervenções no processo de ensino, retomando

aqueles conteúdos que ainda não foram apropriados pelos alunos. E ainda, a partir

do processo avaliativo dos alunos, o professor poderá também fazer sua auto-

avaliarão, que servirá de base para a continuidade de seu trabalho.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

INFORMATIVO DA ASSINTEC – Ensino Religioso. Curitiba 2006. PARANÁ, Secretaria de Estado da educação. Diretrizes Curriculares para o Ensino Religioso. Curitiba: SEED, 2008.

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PROPOSTA CURRICULAR – GEOGRAFIA

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A discussão a respeito do ensino de Geografia tem início pelas reflexões

acerca de seu objeto de estudos. Existem denominações para esse objeto,

entendidas hoje como espaço geográfico e sua composição conceitual – lugar,

paisagem, território, natureza, sociedade, entre outros. A conceituação da expressão

espaço geográfico exige esclarecimentos dependendo das correntes de pensamento

a qual está vinculada.

Assim, a tentativa de conceituar o objeto de estudo, de especificar os

conceitos básicos e de entender o agir no espaço geográfico fez com que geógrafos

de diferentes correntes de pensamento se especializassem em seus estudos,

evidenciando muitas vezes a dicotomia entre Geografia Física e Humana. Diante

disso, o conceito adotado para o objeto de estudo da Geografia e o Espaço

Geográfico, ficou entendido como o espaço produzido e apropriado pela sociedade,

composto por objetos e ações inter-relacionadas. Assim os objetos geográficos são

inseparáveis das ações humanas, mesmo sendo eles objetos naturais.

Desta forma, a espacialização dos conteúdos de ensino, bem como a

explicação das localizações relacionadas aos eventos, objetos e ações, em estudo,

são próprias do olhar geográfico sobre a realidade.

Os inúmeros educadores que têm se dedicado a definir o significado da

Geografia consideram que o ensino desta disciplina deve subsidiar os alunos a

pensar e agir criticamente, buscando elementos que permitam compreender e

explicar o mundo, cabendo a esta à função de prepará-lo para uma leitura crítica da

produção social do espaço.

A partir disso, cabe à escola, como um dos lugares onde se analisa, produz e

sistematizam conhecimentos, subsidiar o aluno no enriquecimento dos saberes, para

que seja capaz de interpretar, com olhar crítico, o mundo que o cerca. Para conseguir

esses saberes, é necessário que o professor tenha uma postura investigativa e faça

uso da pesquisa, tendo em vista sua função enquanto agente transformador do

ensino, da escola e da própria sociedade.

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A relevância do ensino de Geografia está no fato do que todos os

acontecimentos do mundo têm uma dimensão espacial onde o espaço se materializa

através do tempo histórico. Portanto, há que se empreender um ensino capaz de

fornecer aos alunos os conhecimentos específicos da geografia, com o qual ele

possa ler e interpretar criticamente o espaço, sem deixar de considerar as

adversidades das temáticas geográficas e suas diferentes formas de abordagem.

É importante ressaltar que o ensino de Geografia deve privilegiar o

reconhecimento da diversidade nas relações sociais, promovendo o convívio entre as

diferenças de desenvolvimento de ideais e de valorização humana. Desta forma, as

temáticas relacionadas à cultura afro-brasileira e indígena (Leis nº. 10.639/03 e nº.

11.645/08) e também a Educação Ambiental (Lei nº. 9795/99 que institui a Política

Nacional de Educação Ambiental) serão abordadas de forma contextualizadas e

relacionadas aos conteúdos de ensino da Geografia.

Esse contexto exige que o professor empreenda uma educação que contemple

a heterogeneidade, a diversidade, a desigualdade e a complexidade do mundo atual,

em que a velocidade dos deslocamentos dos indivíduos, instituições, informações e

capitais são uma realidade.

2. CONTEÚDOS 5ª SÉRIE /6º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

DIMENSÃO ECONÔMICA DO

ESPAÇO GEOGRÁFICO

DIMENSÃO

SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO

GEOGRÁFICO

DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO

ESPAÇO GEOGRÁFICO

Formação e transformação das paisagens naturais e

culturais. Dinâmica da Natureza e

sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção. A formação, localização,

exploração e utilização dos recursos naturais.

A distribuição espacial das atividades produtivas e a

(re) organização do espaço geográfico.

A geografia e a compreensão do mundo;

O Planeta Terra;

Os continentes, as ilhas e

os Oceanos;

O relevo e a hidrografia; clima e vegetação;

O campo e a cidade;

Atividades econômicas: extrativismo e

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DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

As relações entre campo e cidade na sociedade

capitalista. A evolução demográfica, a

distribuição espacial da população e os indicadores

estatísticos. A mobilidade populacional

e as manifestações socioespaciais da

diversidade cultural. As diversas

regionalizações do espaço geográfico.

agropecuária; indústria, comércio e prestação de

serviços.

6ª SÉRIE/ 7º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO

GEOGRÁFICO

DIMENSÃO SOCIO-AMBIENTAL DO ESPAÇO

DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO

ESPAÇO

DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

A formação,mobilidade das fronteiras e a

configuração do território brasileiro.

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo

emprego de tecnologias de exploração e

produção . As diversas regionalizações

do espaço brasileiro. As manifestações sócio-

espaciais da diversidade cultural.

Movimentos migratórios e suas motivações.

O espaço rural e a modernização da

agricultura. A formação, o crescimento

das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e

a urbanização. A distribuição espacial das

atividades produtivas, a ( re) organização do espaço geográfico.

A circulação de mão-de-

O território brasileiro.

Brasil: populacional

Brasil : campo e cidade

Brasil regiões : Norte,

Nordeste, Centro – Oeste, Sudeste e Sul

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obra,das mercadorias e das informações.

7ª SÉRIE/ 8º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

DIMENSÃO ECONÔMICA

DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

DIMENSÃO

SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

DIMENSÃO CULTURAL E

DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO

DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

. As diversas regionalizações do espaço geográfico.

. A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios dos continente

americano. . A nova ordem mundial, os territórios supra – nacionais

e o papel do Estado. . O comércio em suas implicações sócio –

espaciais. . A circulação de mão – de –

obra, do capital, das mercadorias e das

informações.

. A distribuição espacial das

atividades produtivas , a ( re) organização do espaço

geográfico . As relações entre o campo e

a cidade na sociedade capitalista.

. O espaço rural e a modernização da agricultura. . A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores

estatísticos. . Os movimentos migratórios

e suas motivações. . As manifestações sócio – espaciais da diversidade

cultural. A formação, localização,

exploração e utilização dos recursos naturais.

Geografia e regionalização do espaço.

A economia global. O continente americano.

A população e a economia da América. A América do Norte, a

América Central, a América Andina, a América Platina, a

América do Sul e as Guianas. O Brasil.

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8ª SÉRIE/ 9º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

A revolução técnico – científico - informacional e os novos arranjos no espaço da produção.

O comércio mundial e as implicações sócio – espaciais.

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.

A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores estatísticos.

As manifestações sócio – espaciais da diversidade cultural.

Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.

A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re) organização do espaço geográfico.

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias da exploração e produção.

O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial.

Países e conflitos mundiais.

Globalização e organizações mundiais.

Os continentes: Europa, África, Ásia, Oceania e as regiões polares.

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3. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

A metodologia para o ensino da Geografia deve permitir aos alunos a

apropriação dos conceitos fundamentais dessa disciplina de modo que estes

compreendam como se dá o processo de produção e transformação do espaço

geográfico. Sendo assim, os conteúdos específicos serão trabalhados de uma forma

crítica e dinâmica, interligando teoria, prática e realidade dos alunos, procurando uma

coerência dos fundamentos teóricos propostos nas Diretrizes Curriculares dessa

disciplina.

Ao abordar os conteúdos será considerado o conhecimento prévio dos alunos

de forma que o conhecimento científico supere o senso comum. Os conteúdos serão

trabalhados de forma a instigar e provocar, buscando mobilizar o aluno para o

conhecimento. Essa problematização será realizada de forma a estimular o

raciocínio, a reflexão e a crítica, de maneira que o aluno se torne sujeito do seu

processo de aprendizagem.

A contextualização dos conteúdos levará em consideração a realidade vivida

pelo aluno, buscando situá-lo historicamente e nas relações políticas, sociais e

econômicas, culturais, nas diversas escalas geográficas.

O professor conduzirá o processo ensino-aprendizagem de forma dialogada

procurando, sempre que possível, estabelecer relações interdisciplinares na

abordagem do conteúdo em estudo.

Algumas práticas pedagógicas para a disciplina de Geografia são

fundamentais para a compreensão do espaço geográfico, dos conceitos e das

relações socioespaciais, tais como: aulas de campo, recursos áudio visuais,

cartografia e a literatura. A linguagem cartográfica será trabalhada ao longo do curso

do Ensino Fundamental (séries finais) e utilizada como instrumento de leitura como

se fossem textos, passíveis de interpretação, problematização análise crítica,

proporcionando a compreensão dos fenômenos e a sua distribuição no espaço

geográfico.

O trabalho pedagógico da história e da cultura afro-brasileira e indígena será

realizado por meio de textos, imagens, mapas, abordando a questão histórica da

composição étnica e miscigenação da população brasileira; a questão político-

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econômica da distribuição espacial da população afro-descendente e indígena no

Brasil e no mundo; as contribuições das etnias indígenas e africana na construção

cultural da nação brasileira; as motivações das migrações dos povos africanos e

indígenas no tempo e no espaço; o trabalho e distribuição de renda entre essas

populações no Brasil; a configuração socioespacial do continente africano desde o

período escravista até os dias atuais.

A Educação Ambiental é uma prática educativa integrada e permanente no

desenvolvimento dos conteúdos que será abordada de forma contextualizada e a

partir das relações que estabelece com as questões políticas e econômicas. Além da

Educação Ambiental, outros Desafios Educacionais Contemporâneos como

Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal e

Enfrentamento à Violência serão desenvolvidos na medida em que forem surgindo e

de forma contextualizada.

4. AVALIAÇÃO

A avaliação deve acompanhar a aprendizagem dos alunos e direcionar o

trabalho do professor. Deve ser, portanto, uma ação contínua e reflexiva sobre o fazer

pedagógico, tendo em vista que os alunos possuem diferentes ritmos de

aprendizagem o que possibilita ao professor intervir pedagogicamente a todo o

tempo.

Sendo assim, as atividades desenvolvidas ao longo do ano letivo devem

possibilitar ao aluno a apropriação dos conteúdos e posicionamento crítico frente aos

diferentes contextos sociais. Ao avaliar deve-se considerar a mudança de

pensamento e de atitude do aluno que demonstram êxito do processo de ensino e

aprendizagem, como: a aprendizagem, a compreensão, o questionamento e a

participação dos alunos.

O resultado do processo de avaliação do ensino de Geografia deve contribuir

para a formação de um aluno crítico, que atua no meio natural e cultural e, portanto,

deve ser capaz de aceitar, rejeitar ou até mesmo transformar esse

Para isso, os principais critérios de avaliação em Geografia são: a formação

dos conceitos geográficos básicos e o entendimento das relações socioespaciais

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para compreensão e intervenção da realidade. É necessário observar se os alunos

assimilaram as relações Espaço Temporais e Sociedade Natureza para

compreender o espaço nas diversas escalas geográficas

Todos os momentos do processo ensino-aprendizagem devem ser registrados,

tanto os avanços quanto as dificuldades dos alunos. Para isso, o professor deve

diversificar os instrumentos de avaliação, ao invés de avaliar apenas através de

provas. As técnicas e os instrumentos devem possibilitar as várias formas de

expressão do aluno, como:

7. Interpretação e produção de textos de Geografia;

8. Interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas;

9. Relatórios de aula de campo;

10. Apresentação e discussão de temas em seminários;

11. Realização de pesquisas bibliográficas;

12. Construção, representação e análise do espaço através de cartazes, maquetes,

entre outros.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PARANÁ. Diretrizes Curriculares para o Ensino de Geografia. Curitiba: SEED/PR, 2008. LUCCI, Ellian Alabi; BRANCO, Anselmo Lazaro. Geografia – Homem e Espaço. São Paulo: Saraiva, 2007. MOREIRA, Igor; AURICCHIO, Elizabeth. Construindo o Espaço Geográfico. São Paulo: Ática, 2007. OBRA COLETIVA. Projeto Araribá de Geografia. São Paulo: Editora Moderna, 2007

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PROPOSTA CURRICULAR – HISTÓRIA

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA As Diretrizes Curriculares para o Ensino de História propõe que o trabalho

pedagógico desta disciplina deve dialogar com várias vertentes, recusando as

verdades prontas e definitivas e as produções historiográficas que afirmam não

existir objetividade possível em História

A contribuição mais significativa do ensino de história ao educando é

edificação da capacidade de pensar historicamente, não se trata de educar o aluno

para adaptar-se aos fenômenos históricos simplesmente, mas para sentir-se como

sujeito produtor do conhecimento histórico, como agente transformador do processo

histórico.

A história tem como objeto de estudos, os processos históricos relativos às

ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como os sentidos que os

sujeitos deram as mesmas, tendo ou não consciência dessas ações. Essas ações

produzem outras relações construindo novas ações no presente e projetos para o

futuro.

A História tem por finalidade superar os mecanismos da exclusão social e do

desrespeito aos direitos humanos. Já a finalidade do ensino de História é a formação

de um pensamento histórico a partir da produção do conhecimento, tendo por base a

consciência histórica dos sujeitos.

A aprendizagem histórica configura a capacidade dos sujeitos se orientarem

na vida e constituírem uma identidade que se dá na relação com vários sujeitos em

diversos contextos espaciais e temporais através da narrativa histórica.

A disciplina de História no currículo escolar deve oferecer um marco

referencial para que o aluno entenda os problemas sociais, perceba a importância

dos conhecimentos diários, faça uso crítico da informação para viver com plena

consciência cidadã. Esta cidadania será construída no decorrer de sua vivência

escolar, pois ele traz consigo experiências de vida e saberes que são do senso

comum que a escola deve transformar em conhecimento científico.

Portanto, o processo de ensino de História deve fazer com que o aluno

perceba que a realidade em que vive não está pronta e acabada, mas que é fruto

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das opções dos homens em sociedade, tanto no passado como no presente, bem

como deve levá-lo a ter uma visão crítica da realidade para posicionar-se diante das

diversas situações contemporâneas.

2. CONTEÚDOS 5ª Série/6º Ano

ESTRUTURANTES BÁSICOS ESPECÍFICOS

Relações de Trabalho

Relações de Poder

Relações Culturais

A experiência humana no

tempo Os sujeitos e suas

relações com o outro no tempo

As culturas locais e a cultura comum

Produção do conhecimento histórico; Articulação da História com outras áreas do conhecimento; Arqueologia no Brasil; Surgimento, desenvolvimento da humanidade e grandes migrações Povoamento da América; As primeiras civilizações na África, Europa e Ásia.

6ª Série/7º Ano

ESTRUTURANTES BÁSICOS ESPECÍFICOS

Relações de Trabalho Relações de Poder Relações Culturais

As relações de propriedade

A constituição histórica do mundo campo e do mundo da cidade

As relações entre campo e a cidade

Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade

A formação da Europa Feudal;

O mundo árabe;

As sociedades tribais da África;

China, o império da prosperidade;

As mudanças na Europa a partir do século XI;

A formação das monarquias nacionais;

Mudanças na arte e na religião;

A chegada dos europeus na América;

A formação da sociedade brasileira;

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7ª Série/8º Ano

ESTRUTURANTES BÁSICOS ESPECÍFICOS

Relações de Trabalho Relações de Poder Relações Culturais

História das relações da humanidade com o trabalho. O trabalho e a vida em sociedade. O trabalho e as contradições da modernidade. Os trabalhadores e as conquistas de direito.

O absolutismo inglês; A época do ouro no Brasil; A Revolução Industrial; As revoluções na América e na Europa; A Era Napoleônica e independência da América Espanhola; A Emancipação Política da América Portuguesa; Brasil: Primeiro e Segunda Reinado.

8ª Série/9º Ano

ESTRUTURANTES BÁSICOS ESPECÍFICOS

Relações de Trabalho Relações de Poder Relações Culturais

A constituição das instituições sociais. A formação do Estado. Sujeitos, guerras e revoluções.

A era do imperialismo; A Primeira Guerra Mundial e a Revolução Russa A crise do capitalismo e a Segunda Guerra Mundial; A Guerra Fria; A nova ordem mundial; Os primeiros anos da República no Brasil; A Era Vargas; Democracia e ditadura no Brasil.

3. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

O trabalho pedagógico com os Conteúdos Estruturantes, básicos e

específicos tem por finalidade a formação do pensamento histórico dos estudantes.

Para que isso aconteça, professor e alunos, em sala de aula e nas pesquisas

escolares, devem utilizar os métodos da investigação histórica através das

narrativas históricas desses sujeitos. Assim, os alunos poderão perceber que a

História é narrada em diferentes fontes. Por isso, o trabalho do professor deve ser

fundamentado em vários autores e suas respectivas interpretações de modo que o

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aluno entenda que não há verdade histórica absoluta, e sim que as verdades são

produzidas a partir de evidências que organizam diferentes problematizações,

promovendo uma contextualização social, política e cultural em cada momento

histórico.

Para que o objetivo ligado à aprendizagem histórica seja alcançado, o

professor deve explorar várias metodologias e considerar, na abordagem dos

conteúdos temáticos:

Múltiplos recortes temporais;

Diferentes conceitos de documento;

Múltiplos sujeitos e suas experiências, numa perspectiva de diversidade;

Formas de problematização em relação ao passado;

Condições de elaborar e compreender conceitos que permitam pensar historicamente; superação da ideia de História como verdade absoluta por meio da percepção dos tipos de consciência histórica expressas em narrativas históricas. Para que o aluno entenda como se dá a construção do conhecimento histórico, o

professor deve realizar a organização do seu trabalho pedagógico por meio: XII- do trabalho com vestígios e fontes históricas diversas; XIII- da fundamentação na historiografia; XIV- da problematização dos conteúdos; XV- essa organização deve ser estruturada por narrativas históricas produzidas

pelos sujeitos. O uso de vestígios e fontes históricas em sala de aula pode favorecer o

pensamento histórico e auxilia no desenvolvimento da autonomia intelectual do

aluno e lhe permite realizar análises críticas das sociedades através da consciência

histórica.

A proposta metodológica das Diretrizes Curriculares de História estabelece

uma divisão temporal a partir de histórias locais e nacionais. Essa nova perspectiva

permite estabelecer relações entre a sociedade brasileira e as demais, como a

indígena, a africana e a asiática. Embora a proposta seja partir das Histórias locais e

do Brasil para a História Geral, é preciso cuidar para não impor esta relação quando

as condições históricas não permitem.

O professor deve fazer uso de diferentes imagens, livros, jornais, revistas,

histórias em quadrinhos, pinturas, gravuras, museus, filmes, musicas, etc., são

documentos que podem ser transformados em materiais didáticos que contribuem

para a constituição do conhecimento histórico podendo ser aproveitados de diversas

maneiras em aula.

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4. AVALIAÇÃO

A avaliação no ensino de História tem como objetivo favorecer a busca da

coerência entre a concepção de História defendida e de práticas avaliativas que

integram o processo de ensino e de aprendizagem. Ela deve estar a serviço da

aprendizagem de todos os alunos, de modo que passe pelo conjunto as ações

pedagógicas, e não como um elemento externo a este processo.

Avaliação e aprendizado devem ser compreendidos como fenômeno

compartilhado, contínuo e diversificado, propiciando uma análise crítica das práticas

que podem ser retomadas e reorganizadas pelo professor e pelos alunos. Assim, é

importante retomar a avaliação com os alunos para que este assuma uma maior

responsabilidade pelo seu próprio aprendizado e identifique suas dificuldades

permitindo ao professor planejar e propor outros encaminhamentos para a

superação das dificuldades constatadas.

Para substituir as práticas avaliativas baseadas na memorização de conteúdos,

o professor poderá propor aos alunos:

Atividades que possibilitem a apreensão das ideias históricas dos estudantes em relação ao tema abordado;

Atividades que permitem desenvolver a capacidade de síntese e redação de uma narrativa histórica;

Atividades que permitam ao aluno expressar o desenvolvimento de ideias e conceitos históricos;

Atividade que revelem se o educando se apropriou da capacidade de leitura de documentos com linguagens contemporâneas, como: cinema, fotografia, histórias em quadrinhos, músicas e televisão, relativos ao conhecimento.

A avaliação da disciplina de História deve considera três aspectos: A investigação e a apropriação de conceitos históricos pelos estudantes; A compreensão das relações da vida humana (Conteúdos Estruturantes). O aprendizado dos conteúdos básicos/temas históricos e específicos.

Tendo em vista que esses aspectos são complementares e indissociáveis, o

professor deve recorrer a diferentes instrumentos e atividades avaliativas como:

leitura, interpretação e análise de narrativas historiográficas, mapas e documentos

históricos; produção de narrativas históricas, pesquisas bibliográficas,

sistematização de conceitos históricos, apresentação de seminários, entre outros.

Espera-se que ao final do trabalho na disciplina de História, os alunos tenham

condições de identificar processos históricos, reconhecer criticamente as relações

de poder neles existentes, bem como intervirem no mundo histórico em que vivem

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de modo a se fazerem sujeitos da própria história.

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS COTRIM, Gilberto. Saber e Fazer História. São Paulo: Saraiva, 2007. PARANÁ. Diretrizes Curriculares para o Ensino de História. Curitiba: SEED/PR, 2008. PILETTI, Nelson, PILETTI, Claudino. História e Vida – Integrada. São Paulo: Ática, 2008. OBRA COLETIVA. Projeto Araribá de História. São Paulo: Moderna, 2007. SCHMIDT, Maria Auxiliadora; CAINELLI, Marlene. Ensinar História. São Paulo: Scipione, 2006.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA

MODERNA

1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

O ensino de uma Língua Estrangeira sempre foi ofertado no Brasil desde sua

colonização, porém de acordo com a organização social houve muitas mudanças no

currículo escolar, isto devido à ascensão ou declínio do prestígio das línguas

estrangeiras em determinado momento histórico. O ensino das línguas modernas

começou a ser valorizado a partir de 1809, quando D. João VI criou as cadeiras de

Inglês e Francês, cujo objetivo era melhorar a instrução pública e atender às

demandas advindas da abertura dos portos ao comércio. Assim, o modelo de ensino

de línguas adotado desde a educação jesuítica até princípios do século XX foi a

abordagem pedagógica tradicional de raízes européias.

Com o ideal de modernidade e de construção de uma identidade nacional

houve a reforma de ensino de 1931, intitulada Francisco Campos, que estabeleceu

um diferencial no que diz respeito ao ensino de Língua Estrangeira: o Método Direto.

Esse método contemplava o ensino das habilidades orais.

A dependência econômica do Brasil em relação aos Estados Unidos

acentuou-se durante e após a 2ª Guerra Mundial, intensificando-se a necessidade

de aprender inglês e com a Lei das Diretrizes e Bases de Educação (LDB) n. 4.024

houve uma maior valorização da língua devido à expansão das demandas de

mercado de trabalho. Por conta do crescente interesse pela aprendizagem de

línguas, surgiram então mudanças significativas quanto às abordagens e métodos

de ensino. Da década de 50 até o momento atual foram inúmeros os métodos

adotados passando pelos Métodos Audiovisual e Áudio-Oral (apoiados no princípio

do behaviorismo), a Gramática Gerativa Transformacional (baseada na psicologia

cognitiva), a Abordagem Cognitiva e Construtivista (segundo as teorias de Piaget), a

Abordagem Comunicativa, além da criação dos Centros de Línguas Estrangeiras

Modernas (CELEM).

O ensino de uma Língua Estrangeira se tornou obrigatório, visando promover

a expansão social e cultural do cidadão, possibilitando a construção de sua

identidade e a compreensão de seu papel no mundo em que vive. Portanto, objetiva-

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se que os alunos analisem as questões sociais, políticas e econômicas da nova

ordem mundial, suas implicações e que desenvolvam uma consciência crítica a

respeito do papel das línguas na sociedade.

Sabendo-se assim, que a língua é construída histórica e culturalmente e está

em constante transformação, tem-se a clareza que é pelo discurso que os

educandos percebem as diferentes ideologias e as condições sociais e culturais,

possibilitando o desenvolvimento de seu pensamento crítico, assim, percebemos a

importância das aulas de Língua Estrangeira como um espaço de construção de

identidades dos alunos como cidadãos, oportunizando o desenvolvimento de sua

consciência, através de sua interação com os outros indivíduos e com os textos

trabalhados, contribuindo assim para formar alunos críticos e transformadores,

através de discussões realizadas, práticas de leitura, escrita e oralidade, levando-os

a compreenderem o papel exercido por essa língua na comunidade local e

planetária, além de incentivá-los à pesquisa e reflexão.

Ainda, possibilita a construção de significados que vão além da mera

aprendizagem da língua, uma vez que ao aprender outra língua, o aluno adquire as

percepções de mundo, pois está inserido num mundo globalizado e encontra-se

exposto às diversas manifestações de uma Língua Estrangeira, assim ao estudar

essa Língua espera-se que o aluno a use em situações de comunicação oral e

escrita; vivencie, na aula de Língua Estrangeira, formas de participação que lhe

possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas; compreenda

que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis

de transformação na prática social; tenha maior consciência sobre o papel das

línguas na sociedade; reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural,

bem como seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país; além de

aprender a atribuir significados e estabelecer entendimentos possíveis,

contemplando as relações com a cultura, a ideologia, o sujeito, desenvolvendo,

desta forma, uma consciência crítica a respeito do papel das línguas na sociedade.

Dessa maneira, os educandos poderão integrar-se ao mundo em evolução,

compreendendo que a construção de sentidos se faz coletivamente e uma vez que

os significados são sociais e historicamente construídos são, portanto, passíveis de

transformação na prática social.

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2. CONTEÚDO ESTRUTURANTE

Discurso enquanto prática social

A Língua Estrangeira propõe ensinar não apenas a língua em si, mas a

prática discursiva que a compõe na sociedade, por isso o conteúdo estruturante

trabalhado define-se como Discurso como prática social, englobando a oralidade,

leitura e escrita, bem como a diversidade de textos, os quais sejam condizentes com

a realidade e perfil dos educandos. Assim, os textos serão significativos, permitindo

o desenvolvimento crítico e facilitando o trabalho das estruturas linguístico-

discursivas de modo contextualizado, usando-se para isto, textos orais, escritos e

visuais.

No decorrer da prática de leitura, escrita, fala e compreensão auditiva,

observar-se-á o princípio da continuidade, mantendo-se assim, uma progressão

entre as séries, de modo que o educando desenvolva-se gradativamente durante o

curso, adquirindo conhecimentos significativos e interagindo discursivamente

durante as aulas.

Por sua vez, a ênfase no trabalho pedagógico está voltada para a interação

dos alunos com o discurso, levando-se em conta a abordagem crítica de leitura,

materializada com variados gêneros textuais, os quais abordarão diferentes gêneros

discursivos e temáticos, adequados à sua faixa etária, e que se referem ao objeto ou

finalidade discursiva, abordando temas polêmicos, culturais, sociais, étnico -raciais,

econômicos, esportivos, científicos, etc. incluindo os que se referem à diversidade

étnico-racial africana e indígena e sua contribuição histórica e cultural, contemplando

os interesses dos alunos, porém visando fins educativos. É por meio dos textos que

os conteúdos serão trabalhados, apresentando os diferentes graus de complexidade

da estrutura linguística presentes em cada texto estudado, bem como observando a

sua progressão através das séries.

Nesta perspectiva, o estudo de Língua Estrangeira realizar -se -á levando em

conta os elementos integradores-conhecimentos discursivos, sócio-pragmáticos,

culturais e linguísticos, os quais estarão presentes em toda a situação de interação

do aluno com a Língua Estrangeira, sendo através da escrita, leitura e oralidade,

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realizando a abordagem do discurso em sua totalidade enquanto interagem entre si

e constituem uma prática sócio-cultural.

2.1 Conteúdos Básicos de Língua Estrangeira Moderna

Como o foco está na abordagem crítica de leitura, a ênfase do trabalho

pedagógico é a interação ativa dos sujeitos com o discurso, o que dá ao aluno

condições de construir sentidos para os textos. Assim, para o desenvolvimento da

leitura trabalhar -se -á com a identificação do tema abordado, a intertextualidade e

intencionalidade dos textos, vozes sociais presentes nos textos, o léxico, coesão e

coerência, as funções das classes gramaticais nos textos, os elementos semânticos,

discurso direto e indireto, emprego de sentido denotativo e conotativo nos textos,

recursos estilísticos, marcas e variedades linguísticas, acentuação e ortografia.

Por sua vez o trabalho com a escrita estará voltado para o tema do texto, o

interlocutor, a finalidade, intencionalidade e intertextualidade do texto, condições de

produção, informatividade, vozes sociais presentes nos textos, discurso direto e

indireto, emprego de sentido denotativo e conotativo no texto, léxico, coesão e

coerência, função das classes gramaticais no texto, elementos semânticos, recursos

estilísticos, marcas e variedades linguísticas, ortografia e acentuação.

Quanto à oralidade desenvolver -se -á os elementos extralinguísticos como

entonação, pausas, gestos, etc. turnos da fala, vozes sociais presentes nos textos,

adequação do discurso ao gênero, variações e marcas linguísticas, diferenças e

semelhanças entre o discurso oral e o escrito, adequação da fala ao contexto, bem

como a pronúncia.

Considerando as disposições das Leis Nº 10639/03 e Nº 11645/08, os

conteúdos a que estas se referem estão inclusos através de textos, considerando a

abordagem crítica prevista para a disciplina.

3. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

O encaminhamento metodológico a ser usado, no decorrer das atividades,

leva em conta o desenvolvimento da criticidade do educando, através do contato

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com variados gêneros textuais e as problematizações levantadas por meio deles.

Uma vez que as aulas de Língua Estrangeira propiciam um espaço para que o aluno

construa significados, crie identidades, emita opiniões e entenda o mundo ao qual

está inserido, cabe ao professor propor debates e discussões acerca dos temas

abordados nos textos e levá-los a interagir com os mesmos através da leitura,

analisando a função do gênero estudado, sua composição, distribuição de

informações, o grau de informações presentes ali, a intertextualidade, os recursos

coesivos, a coerência, observando a linguagem escrita e visual, utilizando materiais

diversos como gráficos, fotos, figuras, quadrinhos, etc. E, ainda localizando

informações explícitas e implícitas nos textos, ampliando o vocabulário,

considerando assim, os usos heterogêneos da língua como prática sócio-cultural,

respeitando as diferenças entre culturas, crenças e valores.

No trabalho com textos literários deve-se propor atividades que colaborem

para que os alunos analisem os textos e os perceba como prática social de uma

sociedade num determinado contexto sociocultural, proporcionando ao aluno

condições para assumir uma atitude crítica e transformadora com relação aos

discursos apresentados relacionando os vários conhecimentos interdisciplinares.

Para cada texto escolhido verbal e/ou não-verbal o professor trabalhará e

explorará o gênero, aspecto cultural, variedade e análise linguística, propor

pesquisas, discussões e produções de texto. Lembrando que os conteúdos poderão

ser retomados em todas as séries, porém em diferentes graus de profundidade,

levando-se em conta o conhecimento e as dificuldades específicas, para adaptar

atividades afim de que todos trabalhem.

Para auxiliar os alunos durante a prática pedagógica é essencial que se

disponibilize recursos pedagógicos bem como se utilizem livros didáticos,

dicionários, livros paradidáticos, vídeos, DVDs, fitas de áudio, CDs, CD-ROM, TV

pendrive, TV multimídia, internet, cartazes, figuras, jogos, textos impressos ou

fotocopiados, etc., oferecendo aos alunos elementos discursivos, linguísticos, sócio-

pragmáticos e culturais para que melhorem a produção.

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4 AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser contínua, diagnóstica, formativa, reflexiva e somatória

oferecendo uma interpretação qualitativa do conhecimento construído. Nesse

sentido, constitui-se como um instrumento facilitador na busca de orientações e

intervenções pedagógicas, não se prendendo apenas ao conteúdo desenvolvido,

mas às vivências praticadas ao longo do processo, de modo que os objetivos

apresentados sejam alcançados.

Reconhecendo a avaliação como parte integrante do processo educacional, é

fundamental, que o aluno esteja envolvido neste processo, uma vez que é construtor

do conhecimento, pois seu envolvimento na construção do significado nas práticas

discursivas propiciará a base para o método avaliativo.

Instrumentos e Critérios de avaliação

Instrumentos:

4. diálogos, discussões e debates;

5. elaboração de pequenos textos;

6. pesquisas;

7. entrevistas;

8. confecção de cartazes e murais;

9. participação em jogos;apresentações, encenações e dramatizações;

10. testes e avaliações escritas.

Os alunos serão avaliados através de sua participação em diálogos,

discussões e debates acerca dos temas abordados, considerando critérios como

engajamento discursivo, apresentação das ideias com clareza e coerência, mesmo

na língua materna, leitura compreensiva de variados gêneros textuais, inferindo,

servindo-se de conhecimentos prévios, identificando a ideia principal e o tema do

texto, percebendo a intencionalidade, localizando informações explícitas e implícitas

nos textos, ampliando assim o seu léxico. Serão avaliados também considerando-se

a elaboração de pequenos textos atendendo às circunstâncias de produção,

expressando suas ideias com clareza e coerência, utilizando adequadamente os

recursos textuais e linguísticos. Nas pesquisas, levar-se-á em consideração

empenho, compreensão do tema pesquisado, organização e elaboração coerente do

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texto, nas entrevistas a coerência, a coesão e a clareza de ideias; a confecção de

cartazes e murais, deverá expressar clareza e objetividade em relação ao tema

proposto, utilizando adequadamente os recursos gráficos, textuais e linguísticos. Na

participação em jogos, considerar-se-á a promoção da sociabilização e

engajamento do grupo, o respeito às regras, bem como o desenvolvimento

habilidades cognitivas. Quando de apresentações, encenações e dramatizações,

será considerado a participação ativa, utilização consciente de expressões faciais,

corporais e gestuais, pausas e entonações entre outros elementos extralinguísticos,

respeitando os turnos da fala, assim como valorizando as apresentações dos demais

grupos, uso de instrumentos como testes e avaliações escritas, utilizando a língua

materna e a Língua Estrangeira estudada a partir de textos, promovendo assim, o

desenvolvimento dos pensamentos e ideias.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

HEWINGS, A. & MCKINNEY, C. Teaching and Learning English: a course for teachers. Oxford. Open University, 2000. PARANÁ. Educando para as Relações Étnico-Raciais II / Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretoria de Políticas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. – Curitiba: SEED – PR, 2008. ________. Concepção e Organização da Avaliação no Contexto da Concepção de Educação: instrumentos, critérios e relações existentes no processo de ensino e aprendizagem. Equipes Pedagógicas dos NRE/CGE. Curitiba, 2008 ________. Currículo Básico da Escola Pública do Paraná. Curitiba: SEED, 1990 ________. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Língua Estrangeira Moderna. Curitiba: SEED, 2008. ________. Livro Didático Público. Língua Estrangeira Moderna. Espanhol – Inglês. Ensino Médio. Curitiba: SEED, 2006 PRADO, G.V.T. Planejamento Educacional: tirando o projeto pedagógico da gaveta. Campinas: PUCCAMP, 2002. S. de Mattos Brahim, A. 2007 Sep. 28. PEDAGOGIA CRÍTICA, LETRAMENTO CRÍTICO E LEITURA CRÍTICA. Revista X [Online]1:0. Disponível: http://calvados.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/revistax/article/view/5376, acesso em 27

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de set 2007. SILVA, M. R. & COSTA, J. G. Método e Metodologia: Implicações na Prática Docente. Paraná: SEED, 2008. SPRATT, M. English for the teacher: a language development course. Cambridge

University Press, 1994.

PROPOSTA CURRICULAR - LÍNGUA PORTUGUESA

1 – APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Visivelmente percebe-se mudanças na forma de educar. O ensino da Língua

Portuguesa que até então era baseado, sobretudo no estudo gramatical, exigindo-

se o conhecimento teórico dos conceitos passa por ensinamentos onde requer uma

prática reflexiva; a linguagem passa a ser vista como um elemento de comunicação

e não de discriminação, não mais valorizada uma única linguagem padrão ou culta

como elemento de produção oral e escrita, o universo linguístico do aluno começa a

ser respeitado. Nessa perspectiva educacional, o papel primordial do ensino de

Língua Portuguesa é formar alunos, que ao final do Ensino Fundamental, sejam

competentes leitores e produtores de textos e não meros conhecedores de uma

nomenclatura gramatical específica com suas regras e exceções.

Hoje, a meta do currículo de Língua Portuguesa na educação básica é

desenvolver nos educandos um conhecimento da língua que lhes permita analisar,

interpretar e relacionar as informações recebidas, levando-os a opinar sobre fatos e

ideias e a assumirem posições críticas. Dentro dessa concepção, o ensino da língua

materna é tido como uma prática que tem a possibilidade de criar condições para

que todos os alunos desenvolvam suas capacidades e aprendam os conteúdos

necessários para construir instrumentos de compreensão da realidade e de

participação em relações sociais, políticas e culturais diversificadas e cada vez mais

amplas. Portanto, num projeto educativo comprometido com a democratização social

e cultural, faz- se necessário trabalhar a linguagem em todos os âmbitos, como

critério básico para o exercício da cidadania, pois ela como todo sistema é cultura e

comunicação, base e direcionamento para as outras áreas do saber. E na

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construção deste processo, há uma revolução de paradigmas voltados ao

atendimento de educandos com necessidades educacionais, uma vez que a

inclusão representa, na tessitura que se encontra no cotidiano das relações sociais,

possibilidades de superação, revisão na função social da escola, evidenciando a

necessidade de aprofundar estudos sob um pluralismo de perspectiva de garantia de

direitos, percebendo as possibilidades de superação do aluno e não somente suas

limitações.

Assim, aprender a língua, não significa apenas aprender as palavras e suas

combinações, mas apreender seus significados que são construídos no processo de

interação verbal, determinados pelo contexto. É na prática da linguagem, enquanto

discurso e produção social é que se dá vida à língua posta a serviço da interação

comunicativa.

Nesse sentido, entende-se que produzir linguagem significa produzir

discursos pluriculturais se valendo da existência do plurilinguismo, ou seja, a

experiência linguística do aluno se expande da linguagem usual no seu meio para as

diferentes variedades sociais. Dessa forma, mais do que ensinar aos alunos

imposições de regras clássicas da gramática normativa, faz-se necessário mostrar

os aspectos que precisam ser organizados em função das necessidades

apresentadas no momento da produção oral e escrita.

Assim, o ensino da Língua Portuguesa tem por finalidade fazer com que o

aluno chegue ao domínio aprimorando constantemente a língua falada e escrita em

situações de uso, de forma que saiba empregar adequadamente as regras

linguísticas e discursivas e não apenas capaz de reconhecê-las.

3 . CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E ESPECÍFICOS

ESTRUTURANTES

Variedades linguísticas

Gêneros textuais ou discursivos

Elementos gramaticais na construção do texto.

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ESPECÍFICOS

Leitura

Oralidade e Escrita

Tendo em vista as atuais orientações curriculares, o ensino da Língua

Portuguesa deve ser pautado em práticas docentes que permitam que o educando

tenha acesso a diferentes fontes e linguagens relativas aos temas/ assuntos e que

estes se relacionem com o universo amplo ou particular de diferentes sujeitos sociais

situados nos mais variados contextos sociais, espaciais e temporais. Essa condição

constitui-se, portanto, em princípio fundamental que pode contribuir decisivamente

para que os educandos se percebam como sujeitos sociais e construtores de

conhecimentos.

Assumindo-se a concepção de língua como prática que se efetiva nas

diferentes instâncias sociais, percebe-se que o objeto de estudo da disciplina é a

Língua e o Conteúdo Estruturante de Língua Portuguesa é o discurso, concebido

como prática social, desdobrado em três práticas: leitura, escrita e oralidade.

A língua é tomada pelo olhar analítico a partir das experiências, ou seja, a

seleção dos “conteúdos” se fará a partir da experiência e necessidade demandada

pela interação.

O ensino da Língua Portuguesa será norteado por conteúdos que estejam

voltados para a utilização da linguagem na leitura e na interpretação de textos

atendendo a diferentes propósitos comunicativos e expressivos; bem como o

reconhecimento dos diversos gêneros textuais, privilegiando-se o uso público de

linguagem (notícias, entrevistas, reportagens, editoriais, propagandas, charges, tiras,

contos, crônicas, poemas, verbetes etc).

Os conteúdos também contemplarão a identificação e realização de escolhas

de elementos linguísticos em vários níveis: na fonética (diferentes pronúncias), no

léxico (diferentes empregos de palavras), na morfologia (variações e reduções no

sistema flexional e derivacional), na sintaxe (estrutura das sentenças e

concordâncias).

A utilização dos paradigmas construídos para resolver problemas relativos à

ortografia, à acentuação e à pontuação como recurso sintático e estilístico em

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função dos efeitos e sentidos, entonação, ritmo, intenção, significado e objetivos do

texto.

Os conteúdos programáticos devem direcionar-se no sentido da prática da

oralidade, da escrita, da leitura e análise linguística, organizando os conteúdos e

as variedades linguísticas, os gêneros textuais ou discursivos incluindo os elementos

gramaticais na construção do texto elaborando assuntos que englobam a influência

da cultura Afro-brasileira e Africana na nossa sociedade, conforme determinação da

Lei Complementar nº 10.639/03 e da Lei Nº 11645/08 que discorre sobre a História e

Cultura do Povo Indígena.

Tipos de Textos

De acordo com Geraldi, o texto é o ponto de partida e de chegada no ensino

da língua. Os textos trabalhados visarão atender aos interesses dos adolescentes,

como também à evolução de interesse de cada turma e à faixa etária dos

educandos. A proposta objetiva a apresentação variada de textos de diferentes

gêneros, retirados dos mais diversos portadores: jornais, internet, revistas, folhetos,

cartazes, entre outros que levem os educandos à reflexão e ao debate sobre

questões fundamentais de natureza pessoal ou social.

O uso de textos variados permite uma compreensão maior sobre o uso e as

funções da linguagem. Além disso, permite ao educando conhecer outras maneiras

de viver e de conceber o mundo. O trabalho com a diversidade textual possibilita ao

indivíduo um posicionamento crítico diante das mais variadas situações.

Construção e sistematização da linguagem

A linguagem é o meio pelo qual o ser humano consegue expressar-se,

defender suas ideias, enfim, interagir com o outro. Assim os conteúdos a serem

trabalhados na sistematização e construção da linguagem deverão permear

situações em que o educando a utilize significativamente, garantindo-lhe os

conhecimentos necessários para que possa participar plenamente da sociedade. É

através do uso eficaz da linguagem que o indivíduo exerce sua cidadania.

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Dessa maneira, salientamos que o principal objetivo do trabalho com os

conhecimentos linguísticos é melhorar a capacidade de compreensão e expressão

dos alunos, tanto nas situações de comunicação oral quanto nas de comunicação

escrita.

Os conhecimentos linguísticos devem ser ensinados visando a levar os

alunos a entender o funcionamento da língua como um sistema de estruturas,

expandindo assim sua possibilidade de uso da linguagem e a capacidade de análise

crítica, tendo como ponto de partida seus conhecimentos prévios.

4 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

O domínio da linguagem é imprescindível para a participação efetiva no meio

social em que vivemos; portanto, simplesmente aprender a falar e a escrever não é

suficiente para que o indivíduo seja capaz de interferir e atuar na comunidade da

qual é integrante. Sabendo ouvir e escolher as palavras certas a serem utilizadas em

cada tipo de discurso e argumentar de maneira clara e segura, as pessoas trocam

informações, emitem e recebem opiniões, exercendo, assim, a cidadania. Dessa

forma, formar alunos com senso crítico aguçado e não meros espectadores do que

ocorre à sua volta, requer uma metodologia ativa e diversificada voltada ao trabalho

individual, ao trabalho coletivo, com práticas de atividades como leituras, produções,

análises e discussões de diversos tipos de textos, buscando então, desenvolver

habilidades intelectuais de reflexão, interpretação, análise, onde o educando

identifique os princípios de organização na exposição do pensamento.

Dessa maneira o encaminhamento da Língua Portuguesa terá como unidade

básica de ensino o texto, em sua grande diversidade de gêneros, levando em conta

que o mesmo coloca o aluno sempre frente a tarefas globais e complexas para

garantir a apropriação efetiva dos múltiplos aspectos envolvidos. Pois é na interação

com os variados textos e pela frequente atividade de ler e escrever que o aluno se

apropriará das especificidades que caracterizam a modalidade escrita de linguagem.

Para a prática da produção de texto serão trabalhados diferentes gêneros

textuais e tipos de texto de ampla circulação social - anúncios publicitários, textos

teatrais, bilhetes, cartas, cartazes, avisos, e-mails, notícias, editoriais, entrevistas,

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relatórios, artigos, verbetes de enciclopédia, etc. Sabendo que a leitura e a escrita

são práticas complementares, fortemente relacionadas, elas irão permitir ao aluno

construir seu conhecimento sobre os diferentes gêneros discursivos, sobre os

procedimentos mais adequados para leitura e escrita nas mais diferentes

circunstâncias de uso da linguagem, bem como ser crítico em relação ao seu

próprio texto, observando sua clareza e coerência, que será feito através de tarefas

voltadas à revisão e de re- escritura do texto. Para a eficácia de tais atividades, o

professor deverá utilizar de métodos em que seu aluno leia, leia, leia; reflita, discuta,

formule hipóteses, acumulando assim várias experiências. Podemos então dizer que

ler e escrever são duas faces de uma mesma moeda, uma não existe sem a outra.

No ensino da Língua Portuguesa não se pode descuidar da oralidade,

obviamente, não precisamos ensinar aquelas práticas que aprendemos

espontaneamente no nosso cotidiano, como as conversas informais e corriqueiras,

mas oferecer aos estudantes a oportunidade de amadurecer o falar com segurança

e fluência em situações formais. Para tanto, precisam ser desenvolvidas em sala de

aula, atividades que ofereçam o desenvolvimento das habilidades de falar e ouvir,

através de depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo aluno;

oferecer oportunidades para que se faça uso do discurso oral, onde o aluno possa

emitir opiniões, justificar ou defender seu ponto de vista, realizar atividades de

entrevistas, apresentarem resumos, dar recados, entre outras atividades de

transmissão de informações. Outras atividades para o efetivo trabalho da oralidade

podem ser estimuladas através de representações teatrais.

As práticas de oralidade são oportunidades ricas para o amadurecimento do

convívio democrático, onde em diferentes situações de escuta e de fala, o aluno

exercite as regras instituídas para as situações interativas face a face: saber ouvir,

respeitar o posicionamento do outro, mostrar polidez, saber analisar e interferir,

selecionar informações para registrá-las.

5 INSTRUMENTOS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

As atividades avaliativas nunca se esgotam em si mesmas: elas não servem

apenas para cumprir calendário e para dar nota. Elas têm de ser vistas como uma

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oportunidade de reflexão sobre o próprio processo de ensino e seus resultados,

subsidiando o professor para eventuais ajustes na programação e no (re)

encaminhamento pedagógico de conteúdos ou sua própria prática em sala de aula.

A avaliação não pode ser vista como um processo unilateral, mas dialógico,

de dinamização da aprendizagem. Não devendo ser entendida como uma forma de

julgar o sucesso ou o fracasso do aluno. O grande número de atividades a ser

apresentada ao aluno permitirá uma avaliação permanente da aprendizagem, feita a

todo momento, onde o professor pode utilizar a observação diária e instrumentos

variados, selecionados de acordo com cada conteúdo e/ou objetivo (avaliação

formativa).

Ao estabelecer critérios de avaliação no ensino de Língua Portuguesa

precisa-se ter em mente que tal qual o processo de aprendizagem, dinâmico por

natureza, a avaliação também deve ocorrer durante todo esse processo e não da

forma como se dá habitualmente, ou seja, após o fechamento de etapas de

conteúdos ministrados, fragmentando o processo de domínio das práticas sócio-

verbais. (avaliação somativa ou classificatória).

Para avaliar é preciso identificar, de fato, as aprendizagens realizadas. Para

tanto, é bom não perder de vista que um progresso relacionado a um critério

específico pode manifestar-se de diferentes formas, em diferentes alunos. Uma

mesma ação para um aluno pode indicar avanço em relação a um critério

estabelecido e, para outro, não. Por isso, além de necessitarem de indicadores, os

critérios de avaliação devem ser tomados em seu conjunto, considerados de forma

contextual e, muito mais que isso, analisados à luz dos objetivos que realmente

orientaram o ensino oferecido aos alunos.

Nessa perspectiva, a oralidade será avaliada considerando-se a participação

do aluno nos diálogos, relatos e discussões, observando a clareza na exposição das

ideias, bem como a fluência na fala, o desembaraço e argumentação, e de modo

especial, a sua capacidade de adequar o discurso/texto aos diferentes interlocutores

e situações.

Quanto à leitura, avaliar os processos utilizados pelos alunos para a

construção do sentido do texto de forma colaborativa. Esses processos são:

produção de inferências, coerência de sentido, previsão, conhecimento prévio,

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leitura de mundo, intertextualidade, expressão da subjetividade por meio do diálogo

e da interação, bem como a compreensão do texto de maneira global e não

fragmentada.

Em relação à escrita é preciso ver os textos de alunos como uma fase do

processo de produção, e não como um produto final. Assim, no ensino/

aprendizagem de diferentes variedades linguísticas, o que se almeja é que o aluno

atenda à natureza da informação ou do conteúdo veiculado; faça a coerência com o

tipo de situação em que o gênero se situa (pública, privada, corriqueira, solene, etc);

tenha clareza na exposição das ideias; saiba fazer uso dos recursos coesivos, pois é

no texto que a língua se manifesta em todos os seus aspectos, discursivos, textuais,

ortográficos e gramaticais, os elementos linguísticos utilizados nas produções dos

alunos precisam ser avaliados em uma prática reflexiva e contextualizada,

possibilitando aos educandos a compreensão desses elementos no interior do texto.

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BECHARA, E. Ensino de Gramática. Opressão? Liberdade? São Paulo: Ática, 1991

CUNHA, C. Gramática do Português Contemporâneo. Belo Horizonte: Bernardo Álvares.

DIRETRIZES CURRICULARES – LÍNGUA PORTUGUESA – SEED – PR

FÁVERO, Leonor L. KOCH, Ingedore. Linguística Textual. São Paulo: Cortez, 1988. GERALDI, João Wanderley. O texto na sala de aula. São Paulo: Ática, 1997 _________. Portos de Passagem. São Paulo: Martins Fontes, 1995. PERINI, Mário A . Sofrendo a Gramática – Ensaios sobre a linguagem. 3 ed. São Paulo: Ática, 2005

SOUZA, Cássia Leslie Garcia & CAVÉQUIA, P. Márcia. Linguagem: criação e interação – 5ª/8ª séries. São Paulo: Saraiva, 2002.

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PROPOSTA CURRICULAR DE MATEMÁTICA 1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A Matemática é uma ciência que tem ponto de conexão com todas as áreas do

conhecimento humano, sejam elas de natureza física ou social. Os conhecimentos

ao longo da história das ciências mostram que a produção teórica tem suas raízes

nos problemas que surgem na prática do dia a dia. Portanto, a Matemática produzida

por homens e mulheres na busca de soluções para problemas do cotidiano,

profissionais ou científicos, deve ser apreciada e reconhecida como parte integrante

de nossas raízes culturais.

Discussões entre educadores matemáticos do inicio do século XX já apontavam

para a necessidade de se compreender como acontecia o ensino da Matemática, de

forma que se demarcasse, nos currículos escolares, uma postura que possibilitasse

aos estudantes realizar análises, discussões, conjecturas, apropriação de conceitos

e formulação de ideias. Nesse contexto, a Educação Matemática configurou-se

como campo de estudos de modo que os professores encontraram fundamentação

teórica e metodológica para direcionar sua prática docente.

Embora o objeto de estudo da Educação Matemática, ainda se encontre em

processo de construção, pode-se dizer que ele está centrado na prática pedagógica

da Matemática, de forma a envolver-se com as relações entre o ensino, a

aprendizagem e o conhecimento matemático.

Sendo assim, se pode afirmar que os objetivos básicos da Educação

Matemática visam desenvolvê-la enquanto campo de investigação e de produção de

conhecimento – natureza científica – e a melhoria da qualidade do ensino e da

aprendizagem da Matemática – natureza pragmática. Esta é a Educação Matemática

proposta pelas Diretrizes Curriculares de Matemática para a educação básica.

O ensino da Matemática, desta forma, tratará a construção do conhecimento

matemático, por meio de uma visão histórica em que os conceitos foram

apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos, influenciando na formação do

pensamento humano e na produção de sua existência por meio das ideias e das

tecnologias.

Optar pelo ensino da Matemática no contexto da Educação Matemática envolve

falar na busca de transformações que intencionam minimizar problemas de ordem

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social, visto que esta educação se dá em uma escola que, por sua vez, está inserida

numa sociedade, cujo modelo de organização precisa ser questionado, ou seja, a

pensar nos aspectos pedagógicos e cognitivos da produção do conhecimento

matemático, mas também nos aspectos sociais envolvidos. Pensar numa prática

docente a partir da Educação Matemática, portanto, implica pensar na sociedade em

que vivemos, constituindo-se, assim, o ato de ensinar numa ação reflexiva e política.

Portanto, é necessário que o processo de ensino aprendizagem em Matemática

contribua para que o estudante tenha condições de constatar regularidades

matemáticas, generalizações e apropriação de linguagem adequada para descrever

e interpretar fenômenos ligados à Matemática e as outras áreas do conhecimento. E,

assim a partir do conhecimento matemático, seja possível formar o estudante que

analise questões sociais, políticas, econômicas e históricas, ou seja , a formação de

um individuo com autonomia, fruto da sua capacidade de pensar, raciocinar e

resolver problemas, de um ser que se apropria desse conhecimento e usa-o para ler

o mundo a sua volta e interferir positivamente nesse mundo, produzindo novos

conhecimentos.

Pela construção histórica do objeto matemático é possível identificar e

organizar alguns campos do conhecimento matemático, aqui denominados de

conteúdos estruturantes. Para o Ensino Fundamental da Rede Pública Estadual os

conteúdos estruturantes são: Números e Álgebra, Geometrias, Funções e

Tratamento da Informação.

A Educação Matemática proposta nas Diretrizes Curriculares, os objetivos

visam desenvolvê-la enquanto campo da investigação e de produção de

conhecimento – natureza cientifica – e a melhoria da qualidade do ensino e da

aprendizagem matemática fazem com que o estudante compreenda e se aproprie da

própria Matemática concebida como um conjunto de resultados, métodos,

procedimentos, algoritmos. Assim o estudante constrói, por intermédio do

conhecimento matemático, valores e atitudes de natureza diversa, visando a

formação integral do ser humano e, particularmente, do cidadão, isto é, do homem

público. Prevendo a formação de um estudante crítico, capaz de agir com

autonomia nas relações sociais.

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2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Numa prática de ensino no contexto da Educação Matemática é necessário

que a Álgebra venha a ser compreendida de forma ampla no sentido de analisar e

descrever relações em vários contextos onde se situam as abordagens

matemáticas, partindo do pensamento algébrico e dos significados que este produz.

O campo matemático mapeado pelo conceito da Álgebra é muito abrangente e

permeado pelo uso de convenções algébricas: conceito de variável, conceito de

incógnita, conhecimento de produtos notáveis, manipulação de variáveis e

operações, cálculo literal e coeficientes numéricos. O conhecimento algébrico não

pode ser concebido pelas simples manipulações automáticas desses elementos que

a compõem.

Juntamente com a Álgebra, formando um único conteúdo estruturante estão

os Números. Os Números estão presentes na vida do homem desde tempos

“remotos como os do começo da idade da pedra, o paleolítico” (STRUIK, 1997,

p.29). A passagem do estágio de coleta para o estágio de produção do alimento, por

meio da atividade agrícola, foi uma transformação fundamental e a ação do homem

sobre a natureza passou de passiva à ativa, ocorrendo progressos no conhecimento

de valores numéricos e das noções de relações espaciais. Deve-se compreender

que os números estão inseridos em contextos articulados com os conteúdos

específicos da Matemática.

A Geometria não deve ser trabalhada rigidamente separada da Aritmética e

da Álgebra. Por ser a Geometria rica em elementos que favorecem a percepção

espacial e a visualização, ela constitui um conhecimento relevante, inclusive para

outras disciplinas do conhecimento. Para Lorenzato (1995, p 7) “a geometria é a

mais eficiente conexão didático-pedagógico que a Matemática possui: ela se

interliga com a aritmética e com a álgebra porque os objetos e relações dela

correspondem aos das outras; assim sendo, conceitos, propriedades e questões

aritméticas ou algébricas podem ser clarificados pela geometria, que realiza uma

verdadeira tradução para o aprendiz”.

O ensino da Geometria deve permitir que o estudante realize leituras que

exijam a percepção, e linguagem e raciocínio geométricos, fatores estes que

influenciam diretamente na relação que envolve a construção e apropriação de

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conceitos abstratos e aqueles que se referem ao objeto geométrico em si.

O conteúdo estruturante Função é o instrumento que permeia as diversas

áreas do conhecimento, modelando matematicamente situações que, a partir de

resolução de problemas possam auxiliar as atividades humanas. Enquanto conteúdo

da disciplina de Matemática deve ser visto como uma construção histórica e

dinâmica capaz de provocar, por conta da noção de variabilidade e da possibilidade

de leituras analíticas do seu objeto de estudo e atuação em outros conteúdos

específicos da Matemática uma mobilidade às explorações matemáticas. Assim, a

partir das Funções, esta mobilidade alcança patamares ligados a modelos

geométricos e algébricos, propiciando a leitura tanto algébrica como geométrica

inserindo, assim, a noção analítica de leitura do objeto matemático.

O Tratamento da Informação é instituído conteúdo estruturante diante da

necessidade do estudante dominar um conhecimento que lhe dê condições de

realizar leituras críticas dos fatos que ocorrem em seu entorno, interpretando

informações que se expressam por meio de tabelas, gráficos, dados percentuais,

indicadores e conhecimento das possibilidades e chances de ocorrência de eventos.

Isso se revela necessário, pois vivemos um momento histórico caracterizado pela

facilidade e rapidez no acesso às informações e que exigem o desenvolvimento do

espírito crítico, e a capacidade de analisar e de tomar decisões, diante de diversas

situações da vida em sociedade.

5º SÉRIE / 6º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

AVALIAÇÃO

NÚMEROS E

ÁLGEBRA

Sistemas de numeração; Números Naturais; Múltiplos e divisores; Potenciação e radiciação; Números fracionários; Números decimais.

Conheça os diferentes sistemas de numeração; Identifique o conjunto dos números naturais, comparando e reconhecendo seus elementos; Realize operações com números naturais; Expresse matematicamente, oral ou por escrito, situações-problema que envolvam (as) operações com números naturais; Estabeleça relação de igualdade e transformação entre: fração e número decimal; fração e número misto; Reconheça o MMC e MDC entre dois ou mais números naturais; Reconheça as potências como multiplicação de mesmo fator e a radiciação como sua operação inversa; Relacione as potências e as raízes quadradas e cúbicas com padrões numéricos e geométricos.

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GRANDEZAS E MEDIDAS

Medidas de

comprimento; Medidas de massa; Medidas de área; Medidas de

volume; Medidas de tempo; Medidas de

ângulos; Sistema monetário.

Identifique o metro como unidade-padrão de medida de comprimento; Reconheça e compreenda os diversos sistemas de medidas; Opere com múltiplos e submúltiplos do quilograma; Calcule o perímetro usando unidades de medida padronizadas; Compreenda e utilize o metro cúbico como padrão de medida de volume; Realize transformações de unidades de medida de tempo envolvendo seus múltiplos e submúltiplos; Reconheça e classifique ângulos (retos, agudos e obtusos); Relacione a evolução do Sistema Monetário Brasileiro com os demais sistemas mundiais; Calcule a área de uma superfície usando unidades de medidas de superfície padronizada.

GEOMETRIA

Geometria Plana; Geometria Espacial

Reconheça e represente ponto, reta, plano, semi reta e segmento de reta;

Conceitue e classifique polígonos; Identifique corpos redondos; Identifique e relacione os elementos geométricos que

envolvem o cálculo de área e perímetro de diferentes figuras planas;

Diferencie círculo e circunferência, identificando seus elementos;

Reconheça os sólidos geométricos em sua forma planificada e seus elementos.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Dados, tabelas e gráficos;

Porcentagem.

Interprete e identifique os diferentes tipos de gráficos;gráficos e compilação de dados, sendo capaz de fazer a leitura desses recursos nas diversas formas em que se apresentam;

Resolva situações-problema que envolvam porcentagem e as relacione com os números na forma decimal e fracionária.

6º SÉRIE/ 7º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

AVALIAÇÃO

NÚMEROS E ÁLGEBRA

Números Inteiros; Números Racionais; Equação e Inequação do 1º grau; Razão e proporção; Regra de três simples.

Reconheça números inteiros em diferentes contextos; Realize operações com números inteiros; Reconheça números racionais em diferentes contextos; Realize operações com números racionais; Compreenda o princípio de equivalência da igualdade e desigualdade; Compreenda o conceito de incógnita; Utilize e interprete a linguagem algébrica para expressar valores numéricos através de incógnitas; Compreenda a razão como uma comparação entre duas grandezas numa ordem determinada e a proporção como uma igualdade entre duas razões; Reconheça sucessões de grandezas direta e inversamente proporcionais; Resolva situações-problema aplicando regra de

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três simples.

GRANDEZAS E MEDIDAS

Medidas de temperatura; Medidas de ângulos.

Compreenda as medidas de temperatura em diferentes contextos; Compreenda o conceito de ângulo; Classifique ângulos e faça uso do transferidor e esquadros para medi-los;

GEOMETRIA

Geometria Plana; Geometria Espacial; Geometrias não-euclidianas.

Classifique e construa, a partir de figuras planas, sólidos geométricos; Compreenda noções topológicas através do conceito de interior, exterior, fronteira, vizinhança, conexidade, curvas e conjuntos abertos e fechados.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Pesquisa Estatística; Média Aritmética; Moda e mediana; Juros simples.

Analise e interprete informações de pesquisas estatísticas; Leia, interprete, construa e analise gráficos; Calcule a média aritmética e a moda de dados estatísticos; Resolva problemas envolvendo cálculo de juros simples.

7º SÉRIE / 8º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

AVALIAÇÃO

NÚMEROS E ÁLGEBRA

Números Racionais e Irracionais Sistemas de Equações do 1º grau Potências Monômios e Polinômios

Produtos Notáveis.

Extraia a raiz quadrada exata e aproximada de números racionais; Reconheça números irracionais em diferentes contextos; Realize operações com números irracionais; Compreenda, identifique e reconheça o número π (pi) como um número irracional especial; Compreenda o objetivo da notação científica e sua aplicação; Opere com sistema de equações do 1º grau; Identifique monômios e polinômios e efetue suas operações; Utilize as regras de Produtos Notáveis para resolver problemas que envolvam expressões algébricas.

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GRANDEZAS E MEDIDAS

Medidas de comprimento; Medidas de área; Medidas de volume; Medidas de ângulos.

Calcule o comprimento da circunferência; Calcule o comprimento e área de polígonos e círculo; Identifique ângulos formados entre retas paralelas interceptadas por transversal. Realize cálculo de área e volume de poliedros.

GEOMETRIA

Geometria Plana; Geometria Espacial; Geometria Analítica; Geometrias não euclidianas.

Reconheça triângulos semelhantes; Identifique e some os ângulos internos de um triângulo e de polígonos regulares; Desenvolva a noção de paralelismo, trace e reconheça retas paralelas num plano; Compreenda o Sistema de Coordenadas Cartesianas, marque pontos, identifique os pares ordenados (abscissa e ordenada) e analise seus elementos sob diversos contextos; Conheça os fractais através da visualização e manipulação de materiais e discuta suas propriedades.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Gráfico e Informação;

População e amostra.

Interprete e represente dados em diferentes gráficos; Utilize o conceito de amostra para levantamento de dados.

8º SÉRIE/ 9º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES AVALIAÇÃO

NÚMEROS E ÁLGEBRA

Números Reais; Propriedades dos radicais; Equação do 2º grau; Teorema de Pitágoras; Equações Irracionais; Equações Biquadradas

Regra de Três

Composta.

Opere com expoentes fracionários; Identifique a potência de expoente fracionário como um radical e aplique as propriedades para a sua simplificação; Extraia uma raiz usando fatoração; Identifique uma equação do 2º grau na forma completa e incompleta, reconhecendo seus elementos; Determine as raízes de uma equação do 2º grau utilizando diferentes processos; Interprete problemas em linguagem gráfica e algébrica; Identifique e resolva equações irracionais; Resolva equações biquadradas através das equações do 2º grau; Utilize a regra de três composta em situações

problemas .

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GRANDEZAS E MEDIDAS

-Relações Métricas no Triângulo Retângulo;

- Trigonometria no Triângulo Retângulo.

Conheça e aplique as relações métricas e trigonométricas no triângulo retângulo; Utilize o Teorema de Pitágoras na determinação das medidas dos lados de um triângulo retângulo; Realize cálculo da superfície e volume de poliedros.

FUNÇÕES

Noção intuitiva de Função Afim. Noção intuitiva de Função Quadrática.

Expresse a dependência de uma variável em relação à outra; Reconheça uma função afim e sua representação gráfica, inclusive sua declividade em relação ao sinal da função; Relacione gráficos com tabelas que descrevem uma função; Reconheça a função quadrática e sua representação gráfica e associe a concavidade da parábola em relação ao sinal da função; Analise graficamente as funções afins; Analise graficamente as funções quadráticas.

GEOMETRIA

Geometria Plana; Geometria Espacial; Geometria Analítica; Geometrias não

euclidianas.

Verifique se dois polígonos são semelhantes, estabelecendo relações entre eles; Compreenda e utilize o conceito de semelhança de triângulos para resolver situações-problemas; Conheça e aplique os critérios de semelhança dos triângulos; Aplique o Teorema de Tales em situações problemas; Noções básicas de geometria projetiva.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Noções de Análise Combinatória Noções de Probabilidade Estatística Juros Compostos

Desenvolva o raciocínio combinatório por meio de situações-problema que envolvam contagens, aplicando o princípio multiplicativo; Descreva o espaço amostral em um experimento aleatório; Calcule as chances de ocorrência de um determinado evento;

Resolva situações-problema que envolvam cálculos de juros compostos.

3. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Educação não pode ter como objetivo a simples transmissão de informações

para o aluno, deve sim, garantir-lhe autonomia de pensamento, capacidade de tomar

iniciativa e de desenvolver o pensamento crítico para viver numa sociedade em

constante e acelerado processo de crescimento e transformação.

É fundamental acreditar que o indivíduo é capaz de construir seu próprio

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conhecimento, embora necessite nos primeiros anos de vida, de orientação de

professores, de sua família e de organização do processo de aprendizagem.

Como ensinar matemática está vinculado às reflexões da prática docente, as

tendências metodológicas elencadas e estudadas no campo da Educação

Matemática devem ser entendidas como meio que fundamentará metodologias para

a prática docente.

Resolução de Problemas: Abordar os conteúdos matemáticos a partir da

resolução de problemas, meio pelo qual, o estudante terá a oportunidade de

aplicar conhecimentos previamente adquiridos em novas situações. Na

solução de um problema, o estudante deve ter condições de buscar várias

alternativas que almejam a solução.

Etnomatemática: O papel da etnomatemática é reconhecer e registrar

questões de relevância social que produzem conhecimento matemático. Esta

tendência leva em consideração que não existe um único saber, mas vários

saberes distintos e nenhum menos importante que o outro. A etnomatemática

busca uma organização da sociedade que permite o exercício da crítica e a

análise da realidade.

Modelagem Matemática: Essa abordagem tem como pressuposto que o

ensino e a aprendizagem da Matemática pode ser potencializado quando se

problematizam situações do cotidiano. A modelagem matemática, ao mesmo

tempo em que propõe a valorização do aluno no contexto social, procura

levantar problemas que sugerem questionamentos sobre situações de vida. A

abordagem Matemática, por meio da modelagem matemática, em fenômenos

diários , sejam eles, físicos, biológicos e sociais, contribuem para análises

críticas e compreensões diversas do mundo.

Mídias Tecnológicas: Os ambientes de aprendizagem gerados por aplicativos

informáticos dinamizam os conteúdos curriculares e potencializam o processo

de ensino e da aprendizagem. O trabalho com as mídias tecnológicas insere

formas diferenciadas de ensinar e aprender, e valorizar o processo de

produção de conhecimentos.

História da Matemática: Considera-se a História da Matemática como um

elemento orientador na elaboração de atividades, na criação das situações-

problema, na fonte de busca, na compreensão e como elemento esclarecedor

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de conceitos matemáticos. Possibilitam o levantamento e a discussão das

razões para a aceitação de certos fatos, raciocínios e procedimentos por parte

do estudante.

O trabalho referente à Cultura Afro-brasileira e Africana, conforme as Leis Nº

10639/03 e Nº 11645/08, será desenvolvido em todas as séries.

4. AVALIAÇÃO CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser contínua, diagnóstica, formativa e somativa, para que

possa cumprir sua função de auxilio ao processo de ensino aprendizagem. A

avaliação que importa é aquela que é feita no processo, quando o professor

acompanha a construção do conhecimento pelo estudante, verificando os vários

estágios do seu desenvolvimento e não fazendo julgamento apenas num

determinado momento.

Avaliar o processo e não apenas o produto.

Avaliar, segundo a concepção de Educação Matemática, tem um papel de

mediação no processo de ensino e aprendizagem, cabe ao professor considerar no

contexto das práticas de avaliação encaminhamentos diversos como a observação,

a intervenção, a busca de diversos métodos avaliativos.

Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo

professore. Essas práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno:

Comunica-se matematicamente, oral ou por escrito (BURIASCO, 2004)

Compreende, por meio da leitura, o problema matemático;

Elabora um plano que possibilite a solução do problema;

Encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático;

Realiza o retrospecto da solução de um problema.

Associa a matemática com outras áreas do conhecimento;

Desenvolve a partir de suas experiências um conhecimento organizado que

proporcione a construção de seu aprendizado;

Percebe o poder da matemática na organização do pensamento envolvendo

as possibilidades, identificando estratégias de sínteses, transmissão e

interpretação de dados;

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Compreende a importância do uso da tecnologia como forma de aquisição de

conhecimentos matemáticos.

INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

A diversificação dos instrumentos de avaliação está indissociavelmente ligada

à concepção de avaliação contínua, somativa e formativa, portanto serão utilizados

os seguintes instrumentos:

Atividades de leitura compreensiva de textos;

Projeto de pesquisa bibliográfica;

Produção de texto;

Palestra/Apresentação oral;

Atividades experimentais;

Projeto de pesquisa de campo;

Relatório;

Seminário;

Atividades com textos literários;

Atividades a partir de recursos audiovisuais;

Trabalho em grupo;

Questões discursivas;

Questões objetivas.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Matemática para o Ensino Fundamental. Curitiba: SEED, 2008. ANDRINI, Alvaro, VASCONCELLOS, Maria José . Praticando a Matemática-5ª a 8ª série. São Paulo: Ed. do Brasil, 2006 DANTE, Luiz Roberto. Tudo é Matemática. São Paulo: Ed. Ática, 2007. BORDEAUX, Ana Lúcia. Matemática na Vida e na Escola. São Paulo: Editora do Brasil ,2006.