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COLÉGIO ESTADUAL PROFA. RENI CORREIA GAMPER – EMPN.
PROJETO
POLÍTICO
PEDAGÓGICO
MANOEL RIBAS
2017
COLÉGIO ESTADUAL PROFA. RENI CORREIA GAMPER – EMPN
PROJETO:- reúne propostas de ação a serem executadas durante determinado período de
tempo, é intencional, com compromisso definidos coletivamente.
POLÍTICO:- envolve formação de cidadãos.
PEDAGÓGICO:- define e organiza as atividades e os projetos educativos necessários ao
processo ensino-aprendizagem.
MANOEL RIBAS
2017
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ...................................... 4
1.1 LOCALIZAÇÃO E DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA .............................................. 5
1.2 ASPECTOS HISTÓRICOS DA INSTITUIÇÃO ................................................................ 6
1.3 CARACTERIZAÇÃO DO ATENDIMENTO NA INSTITUIÇÃO E QUANTIDADE DE
ESTUDANTES .......................................................................................................................... 8
1.4 ESTRUTURAS FÍSICAS, MATERIAIS E ESPAÇOS PEDAGÓGICOS ....................... 10
1.5 RECURSOS HUMANOS ................................................................................................. 14
1.5.1 Direção, Direção - Auxiliar e Equipe Pedagógica .................................................. 14
1.5.2 Corpo Docente ........................................................................................................... 14
1.5.3 Equipe Administrativa ............................................................................................. 16
1.6 INSTÂNCIAS COLEGIADAS .......................................................................................... 16
1.6.1 Grêmio Estudantil ..................................................................................................... 19
1.6.2 Conselho de Classe .................................................................................................... 20
2.0 DIAGNÓSTICO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO (MARCO SITUACIONAL) ..... 24
2.1 GESTÃO ESCOLAR ......................................................................................................... 24
2.2 ENSINO-APRENDIZAGEM ..................................................................................... 25
2.2.1 Plano de Trabalho Docente ...................................................................................... 25
2.2.2 Avaliação .................................................................................................................... 26
2.2.3 Conselho de Classe .................................................................................................... 32
2.2.4 Registros da Prática Pedagógica ............................................................................. 34
2.3 ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO AO PÚBLICO-ALVO DA
EDUCAÇÃO ESPECIAL ........................................................................................................ 36
2.4 ARTICULAÇÃO ENTRE AS ETAPAS DE ENSINO ..................................................... 36
2.5 ARTICULAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO COM OS PAIS E/OU
RESPONSÁVEIS ..................................................................................................................... 38
2.6 FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO ................... 39
2.7 ACOMPANHAMENTO E REALIZAÇÃO DA HORA-ATIVIDADE ........................... 40
2.8 ORGANIZAÇÃO DO TEMPO, ESPAÇO PEDAGÓGICO E CRITÉRIOS DE
ORGANIZAÇÃO DAS TURMAS .......................................................................................... 41
2.8.1 Ensino Médio ............................................................................................................. 43
2.8.2 Educação Profissional ............................................................................................... 45
2.8.3 Programa de Ampliação de Jornada ...................................................................... 50
2.8.4 CELEM ...................................................................................................................... 51
2.8.5 Programa Geração Atitude ...................................................................................... 51
2.8.6 Programa Saúde na Escola ...................................................................................... 52
2.8.7 Biblioteca ................................................................................................................... 53
2.8.8 Laboratórios .............................................................................................................. 54
2.9 ÍNDÍCES DE APROVEITAMENTO ESCOLAR (INDICADORES EXTERNOS E
INTERNOS) ABANDONO/EVASÃO E RELAÇÃO IDADE/ANO ..................................... 54
2.9.1 Indicadores Externos ................................................................................................ 55
2.9.2 Indicadores Internos ................................................................................................ 59
2.9.3 Programa de Combate ao Abandono Escolar (PCAE/SERP) .............................. 60
2.9.4 Prevenção ao uso de Álcool e outras Drogas e Enfrentamento às Violências na
Instituição de Ensino ......................................................................................................... 61
2.10 RELAÇÃO ENTRE PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO E DISCENTES ................... 63
3.0 FUNDAMENTOS TEÓRICOS (MARCO CONCEITUAL) ..................................... 65
3.1 EDUCAÇÃO, HOMEM (INFÂNCIA, ADOLESCÊNCIA, JUVENTUDE, ADULTO E
IDOSO), MUNDO, SOCIEDADE E CIDADANIA ................................................................ 67
3.2 FORMAÇÃO HUMANA INTEGRAL, CULTURAL, TRABALHO E ESCOLA .......... 69
3.3 GESTÃO ESCOLAR, CURRÍCULO, CUIDAR E EDUCAR .......................................... 70
3.4 ENSINO-APRENDIZAGEM, ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO,
CONHECIMENTO, AVALIAÇÃO, TECNOLOGIA ............................................................. 74
3.5 TEMPO E ESPAÇO PEDAGÓGICO, EDUCAÇÃO INCLUSIVA E DIVERSIDADE .. 76
3.6 FORMAÇÃO CONTINUADA .......................................................................................... 77
3.7 EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS ...................................................................... 78
3.8 VIOLÊNCIAS, O USO DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS NO ÂMBITO ESCOLAR
.................................................................................................................................................. 78
4.0 PLANEJAMENTO (MARCO OPERACIONAL) ....................................................... 82
4.1 CALENDÁRIO ESCOLAR ............................................................................................... 84
4.2 AÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS ............................................................................. 84
4.2.1 PROEMI .................................................................................................................... 85
4.2.2 CELEM – Espanhol .................................................................................................. 87
4.2.3 Brigada Escolar – Defesa Civil ................................................................................ 88
Estudantes do Ensino Médio e o Curso de Formação de Docentes. .............................. 94
4.3 AÇÕES REFERENTES À FLEXIBILIZAÇÃO CURRICULAR ..................................... 94
4.3.1 SAREH - Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar ............. 94
4.3.2 Flexibilização Curricular na Educação Especial ................................................... 96
4.3.3 Atendimento à Diversidade ...................................................................................... 97
4.3.4 História e Cultura Afro-Brasileira e dos Povos Indígenas (Lei Federal n.º
10.639/2003 e Lei Federal n.º 11.645/2008) ...................................................................... 98
5.0 LEGISLAÇÃO ARTICULADA AO CURRÍCULO ................................................... 100
6.0 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO
PEDAGÓGICO .................................................................................................................... 102
7.0 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL ................................................................................ 103
8.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................... 104
9.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 106
4
APRESENTAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual “Prof.ª Ren Correia Gamper”
– Ensino Médio Profissional e Normal, reflete as intenções, os objetivos, as metas e os ideais
da instituição escolar, Com articulação e participação de todos os sujeitos do processo
educativo para construir uma visão global da realidade e dos compromissos coletivos, pois
alicerça o trabalho pedagógico enquanto construção do conhecimento, portanto, nunca está
pronto e acabado. Oportuniza a identificação, explicitação e análise dos problemas e
soluções, necessidades e avanços presentes na realidade social, política, econômica, cultural,
educacional e suas influências nas práticas educativas da instituição Foi pautado em cima de
grandes reflexões sobre as finalidades da instituição, o seu papel social, a definição de
caminhos pedagógicos e ações que serão executadas por toda a comunidade escolar, já que a
sua construção teve o apoio da Gestão Escolar, APMF, Conselho Escolar, Professores e
Funcionários. É um documento de suma importância, pois reflete a realidade da instituição,
sendo um clarificador da ação educativa em sua totalidade. Sua finalidade é assegurar e
fundamentar todo o funcionamento do Colégio, sua estrutura física funcional e também
pedagógica, assim como dar garantia e legitimidade para que “a instituição seja palco de
inovações, investigações e grandes ações fundamentadas num referencial teórico
metodológico que permita a construção de sua identidade e exerça seu direito à diferença, à
singularidade, à transparência, à solidariedade e à participação” (Veiga, 1996) O Projeto
Político Pedagógico envolve a composição dos documentos: Proposta Pedagógica, Regimento
Escolar, APMF e Conselho Escolar, Planos de Ação da Escola e o Plano de Trabalho
Docente.
5
1.0 IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO
1.1 LOCALIZAÇÃO E DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA
Colégio Estadual Prof.ª Reni Correia Gamper – Ensino Médio, Profissional e Normal.
Código da Instituição: 00401
Endereço: Rua 1.º de Maio, 454 – Centro CEP.: 85.260-000.
Telefone/Fax: (43) 3435-1203 e (43) 3435-2519
E-mail: [email protected]
Município: Manoel Ribas – Pr Código do Município: 1460
NRE.: Ivaiporã Código do NRE.:016 Código do INEP: 41039157
Dependência administrativa:
( X ) Estadual ( ) Municipal ( ) Conveniada ( ) Privada
Localização: ( X ) urbana ( ) rural
Oferta de Ensino:
( ) Educação Infantil ( ) Ensino Fundamental Anos Iniciais
(X) Ensino Médio ( ) Educação Profissional Integrada de Nível Técnico
( X ) Educação Profissional Subsequente de Nível Técnico
( ) Educação Profissional Integrada a EJA – PROEJA
( ) Educação de Jovens e Adultos ( ) Educação especial
( X ) Formação de Docente da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em
Nível Médio, na modalidade Normal.
Ato de Autorização de Funcionamento da instituição:
Resolução n.º 1176/81 DOE de 17/06/1981
Ato de Credenciamento para a oferta de Educação Básica:
Resolução 4734/16 DOE de 27/19/2016
Parecer do NRE de aprovação do Regimento Escolar e Projeto Político Pedagógico n.º
_________ de ___/ ___/ ________
Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná
6
1.2 ASPECTOS HISTÓRICOS DA INSTITUIÇÃO
O Colégio Estadual Prof.ª Reni Correia Gamper – Ensino Médio, Profissional e
Normal, passou por várias transformações desde sua origem, de acordo com o crescimento e
evolução da população de nossa cidade, que desde 1956 tornou-se município.
Em 1940 – Foi contratada pela Intervenção Federal do Paraná, a Professora Reni
Correia Gamper, para reger a Escola Isolada de Campina Alta, sendo esta a primeira
instituição a dar origem ao atual Colégio, bem como Campina Alta foi o primeiro nome desta
cidade.
Em 1946 – A partir deste ano a instituição escolar passou a denominar-se Escola
Isolada da Colônia Manoel Ribas.
Em 1947 – Passou a denominar-se Escola Isolada da Vila Manoel Ribas.
Em 1958 – Através do Decreto nº 16.768/58, de 16 de maio de 1958 ocorreu nova
mudança e então passou para a denominação de: Grupo Escolar “Professora Reni Correia
Gamper”; em homenagem a primeira professora contratada em 1940, ocasião da criação da
primeira Escola neste Município.
Em 1981 – Pela resolução nº 1.176/81, de 17 de junho de 1981, o Grupo Escolar
passou denominar-se: Escola Estadual “Profª. Reni Correia Gamper” – Ensino de 1º Grau, por
ocasião da implantação da Lei 5.692/71.
Em 1983 – Pela Resolução nº 4.368/83, de 30 de dezembro de 1983, com a
Estadualização do Colégio Municipal “Costa e Silva”, ficou autorizado o funcionamento do
Ensino de 2º Grau Regular, no local onde funcionava as séries iniciais e a Escola passou a
denominar-se: Colégio Estadual Profª Reni Correia Gamper – Ensino de 1º e 2º Graus. Com
esta Resolução ficou autorizado a funcionar os cursos nas habilitações de Magistério e
Técnico em Contabilidade. Nos anos de:
1989 – Reconhecimento
1992 – Credenciamento.
Em 1993 – O colégio passa a denominar-se: Colégio Estadual Profª Reni Correia
Gamper – Ensino de 2º Grau, devido à municipalização do Ensino de 1ª à 4ª séries. Houve
também a implantação do Curso de Educação Geral – Preparação Universal, através da
Resolução nº 5.503/93 de 07/10/93. No ano de 1995 – Reconhecimento do Curso de
Educação Geral – Resolução nº 4.121/95 de 31/10/95 DOE – 20/11/95.
Em 1998 – Com adesão ao PROEM (Programa de Expansão, Melhoria e Inovação
do Ensino Médio), foi elaborado o Projeto de Implantação do Curso Pós-Médio/Técnico em
7
Informática e, a partir deste ano as habilitações: Magistério e Auxiliar/Técnico em
Contabilidade passam à extinção gradativa.
Em 1999 – Pela Resolução nº 103/99 - DOE - 03/02/99 foi autorizado o
funcionamento do Curso Técnico em Informática, de Nível Médio. Também, foi implantada a
Nova Proposta Curricular nas 1as séries do Ensino Médio e, o Colégio passou a denominar-se:
Colégio Estadual Profª Reni Correia Gamper – Ensino Médio e Profissional.
Em 2006 – foi autorizado o funcionamento do Curso de Formação de Docentes da
Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em Nível Médio, na
Modalidade Normal – Integrado, através da Resolução 122/06 de 25/01/06 e do Curso de
Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em
Nível Médio, na Modalidade Normal Subsequente, através da Resolução 124/06 de 25/01/06
Em 2016 – foi renovado o Credenciamento para a oferta da Educação Básica,
através da Resolução 4734/2016, DOE de 27/10/2016.
– em decorrência dessas autorizações o estabelecimento passou a denominar-se Colégio
Estadual Profª Reni Correia Gamper – Ensino Médio, Profissional e Normal.
2017 – Implantação do Registro de Classe on – line (RCO).
Na evolução histórica do prédio deste Colégio, podemos registrar o seguinte:
iniciou-se e m 1940 com o trabalho da primeira professora nomeada, com apenas uma sala de
aula feita de madeira roliça (pau-a-pique) como chamam. Mais tarde, foi construída em
madeira sendo posteriormente ampliada, permanecendo com quatro salas até 1965. Neste ano,
no Governo de Paulo Pimentel em convênio com a Prefeitura Municipal construíram de
alvenaria um prédio com 3 (três) salas de aula e a construção parou por falta de verbas.
Em 1968, a FUNDEPAR construiu mais duas salas de aula, ficando a instituição
com cinco salas, uma pequena dependência administrativa e dois sanitários.
A partir daí, esta instituição foi sendo ampliada, para atender a demanda escolar, sempre com
recursos Estaduais, Municipais e com a colaboração da APMF.
Diretores Oficiais do Colégio:
Além dos Diretores provisórios, este Colégio teve os seguintes Diretores oficiais:
Emilia Fabrício G. Anunziato: – 1960;
Osvaldina Meurer Cremer: – 1960 a 1968;
Arlete Buratto: – 1968 a 1969;
Luiz Alberto Boing: – 1969 a 1971;
Cibília Hainoz Kobill: – 1971 a 1989;
Mara Regina Titericz: – 01 de janeiro de 1990 a 31 de dezembro de 1995;
Eliane Lúcia Zanela Cortes: – 01 de janeiro de 1996 a 31 de dezembro de 1997;
8
Pedro Estevão da Silva: - 01 de Janeiro de 1998 a dezembro de 2000;
Marli Merico Kauling Walecki: – 01/01/2001 a 31/12/2001;
Elizabethe Gheller dos Santos: – 01/01/2002 a 01/10/2003;
Pedro Estevão da Silva: - 01/10/2003 a 2005;
Pedro Estevão da Silva: - 2006 e 2008;
Pedro Estevão da Silva: - Reeleito para 2009 a 2011;
Pedro Estevão da Silva: - Reeleito para 2012 a 2014;
Pedro Estevão da Silva: - Prorrogação para 2015;
Pedro Estevão da Silva: - Reeleito para 2016 a 2017.
Altevir dos Santos:- 2017 a 2019
1.3 CARACTERIZAÇÃO DO ATENDIMENTO NA INSTITUIÇÃO E QUANTIDADE DE
ESTUDANTES
“Nada é fixo para aquele que alternadamente pensa e sonha”.
(Bachelard, 19911, p.91)
O grande compromisso da instituição escolar é oferecer uma educação de
qualidade, conscientizando o jovem da importância da formação estudantil para suas vidas.
Durante a caminhada do Ensino Médio procuramos trabalhar noções de se viver em
sociedade, preparando-os para enfrentar os desafios do mundo moderno, acompanhando os
avanços tecnológicos e científicos que evoluem rapidamente na atualidade, o que contribui
para seu crescimento pessoal, social e profissional, tornando-o mais justo e humano, visando a
superação dos problemas e dificuldades enfrentados por todos os envolvidos com o processo
ensino-aprendizagem.
O alvo principal do Projeto Político Pedagógico é o estudante, portanto, seus
objetivos, condição socioeconômica e cultural, colaboram como princípios norteadores para
organizar um trabalho direcionado ao perfil que o estudante apresenta, procurando atender
suas necessidades e anseios para o pleno exercício da cidadania, tornando-o um cidadão
consciente, responsável, autônomo e transformador da sociedade onde está inserido,
praticando ações voltadas ao bem comum. Cabe ao corpo docente e equipe gestora fazer com
que as propostas em prol dos estudantes sejam colocadas em prática, de maneira a garantir seu
acesso e permanência na instituição, promovendo o sucesso na sua vida escolar.
O Colégio Estadual Prof.ª Reni Correia Gamper – Ensino Médio, Profissional Normal,oferta:
9
CURSO TURNO SÉRIE TURMA N.º COR/RAÇA GÊNERO
ENSINO
MÉDIO
MANHÃ
1.ª A 39 35 BRANCOS
4 PARDOS 20 FEM.
19 MASC.
1.ª B 42
26 BRANCOS
15 PARDOS
1 NEGRA
25 FEM.
17 MASC.
2.ª A 29 24 BRANCOS
5 PARDOS
7 FEM.
22 MASC.
2.ª B 24 20 BRANCOS
4 PARDOS
10 FEM.
14 MASC.
3.ª A 31 23 BRANCOS
8 PARDOS
21 FEM.
10 MASC.
3.ª B 32 29 BRANCOS
3 PARDOS
15 FEM.
3 PARDOS
TARDE
1.ª C 28
15 BRANCOS
12 PARDOS
1 NEGRA
11 FEM.
17 MASC.
2.ª C 17 6 BRANCOS
11 PARDOS
10 FEM.
7 MASC.
3.ª C 14 10 BRANCOS
4 PARDOS
9 FEM.
5 MASC.
NOITE
1.ª D 31 19 BRANCOS
12 PARDOS
14 FEM.
17 MASC.
2.ª D 28 17 BRANCOS
11 PARDOS
9 FEM.
19 MASC.
3.ª D 45 36 BRANCOS
9 PARDOS
15 FEM.
30 PARDOS
FORMAÇÃO
DE
DOCENTES
MANHÃ
2.ª
A
22
15 BRANCOS
3 PARDOS
4 INDIG.
21 FEM.
1 MASC.
3.ª A 22 20 BRANCOS
2 PARDOS
20 FEM.
2 MASC.
4.ª A 15 12 BRANCOS
3 PARDOS
12 FEM.
3 MASC.
NOITE 3.ª B 16
16 INDÍG.
4 FEM.
12 MASC.
CELEM TARDE
1.ª A 31
30 BRNCOS
1 PARDOS
21 FEM.
10 MASC.
2.ª A 10 9 BRANCOS
1 PARDO
9 FEM.
1 MASC.
TÉCNICO
EM
INFORMÁTI-
CA
NOITE 2.ª A 20
16 BRANCOS
4 PARDOS
10 FEM.
10 MASC.
TEC. EM
ENFERMA-
GEM
NOITE
2.ª A 27
20 BRANCOS
6 PARDOS
1 INDÍG.
22 FEM.
5 MASC.
4.ª A 30 22 BRANCOS
8 PARDOS
29 FEM.
1 MASC.
TOTAL 573
Fonte: SERE Obs.: Os indígenas são da tribo Kaingang.
10
1.4 ESTRUTURAS FÍSICAS, MATERIAIS E ESPAÇOS PEDAGÓGICOS
O Colégio Estadual Professora Reni Correia Gamper – Ensino Médio,
Profissional e Normal possui treze salas de aula, cozinha, secretaria, sala de direção,
biblioteca, laboratório de enfermagem, laboratório de informática – PROINFO, sala da equipe
pedagógica, sala da direção auxiliar, sala dos professores, sala pedagógica (para o Curso de
Formação de Docentes), banheiros masculinos, banheiros femininos e um banheiro para os
professores e funcionários, pátio coberto e uma quadra de esportes coberta.
Mais do que ferramentas e aparatos que poderão “animar” e/ou ilustrar a
apresentação de conteúdos, o uso da mídia Web, televisiva e impressa mobiliza novas formas
de ver, ler e escrever o mundo.
A comunidade escolar tem acesso à internet disponível no laboratório de
informática – PROINFO, e em alguns computadores na biblioteca, que funciona com
agendamento de horário, evitando transtornos, na realização de estudos complementares:
pesquisas individuais, pesquisas direcionadas, digitações, capacitações ofertadas pelo NRE e
SEED, cursos on-line, na hora atividade os professores utilizam para preparação de aulas e
acessar o Portal Dia a Dia Educação (páginas, links, downloads) para utilização na TV
pendrive e projetores em salas de aulas.
Atualmente, os professores das disciplinas de Química, Física, Biologia e
Matemática, quando precisam realizar experimentos para facilitar a assimilação de conteúdos,
agendam os recursos materiais pertinentes a aula, que se encontram no Laboratório (pequeno
espaço improvisado para armazená-los) e na hora atividade providencia a remoção e limpeza
dos mesmos, para utilizá-los em sala.
Os Laboratórios de Física, Química, Biologia e Matemática, construídos com
verbas do Brasil Profissionalizante, que contribuirão na melhoria do desenvolvimento dos
conteúdos, permitindo a vivência prática dos mesmos, a contextualização e valorização do
aspecto qualitativo do ensino encontram-se fechados aguardando a liberação.
O direito de aprender se concretiza quando conseguimos desenvolver nos
estudantes um conjunto de competências definidas pela própria Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional como aquelas necessárias à inserção no mundo da prática social e do
trabalho. Para desenvolver essas competências a instituição escolar deve e precisa ter tudo
bem planejado.
O planejamento escolar é elaborado de forma democrática e participativa, pois
pretende instituir e contribuir nos processos desenvolvidos na instituição de ensino. As ações
11
planejadas devem ser elaboradas de maneira a deixar bem claro os objetivos, os meios para a
execução dos mesmos, bem como os critérios de avaliação da qualidade do trabalho que se
realiza. Para enriquecer ainda mais a exploração dos conteúdos, os professores poderão se
utilizar de vários recursos materiais, em todas as disciplinas.
Relação de Materiais e Equipamentos:
Unid. Materiais/Equipamentos
01 Modelo Anatômico – Digestivo
01 Modelo Anatômico – Esqueleto Articulado
01 Manequim simulador de Recém nascido
20 Sólidos geométricos em acrílico
01 Banho Maria
01 Water OD
01 Garrafa de Van Dorn
01 Salinômetro
01 Conj. Aquário/terrário/Minhocário
01 Estufa Incubadora
01 Microscópio Trinoculor c/câmara
01 Microscópio Estereoscópio
01 Agitador Magnético
01 Balança digital
01 Manta aquecedora balão 250 ml
01 Bastão de vidro 6 x 300 mm
01 Copo Becker vidro 250ml
01 Erlenmeyer de vidro 250 ml
01 Funil de vidro 150 ml
01 Funil de separação 250 ml
01 Pipeta de vidro graduada 10 ml.
10 Atlas do Brasil
01 Balança de plataforma
01 Estadiômetro portátil
20 Dicionários- espanhol x português
01 Brinquedoteca kit com 20 itens
30 Dicionários – inglês x português
30 Kit jogos de xadrez – peças oficiais
01 Jogo quest família
01 Jogo quest Junior
05 Trenas 30 m.
02 Cronômetros
20 Transferidores de plástico
02 Mesa para ping pong
01 Kit tênis de mesa
12
02 Kit Frescobol
12 Tesouras médias
05 Pistolas – cilicone
01 Jogo Imagem e Ação 1
01 Jogo Imagem e Ação 2
01 Nebulizador
01 Balança digital portátil
01 Cuba redonda de inox
01 Bomba de vácuo
01 Estufa esterilizadora reg. Até 200c
01 Kit Ferramentas e Correlatos
01 Multímetro Digital Simples
01 Multímetro Digital Avançado
01 Eletricidade e Eletrônica – Recursos
01 Kit eletricidade e eletrônica – Componentes – Conduteste
03 Multímetro digital tipo alicate
01 Equipamento com acessórios para Eletrostática
01 Balança de prato
01 Régua de aço
01 Balança digital
03 Dinamômetro tubular 5 Newton
02 Dinamômetro tubular 10 Newton
01 Paquímetro Universal
01 Conjunto de massa e ganchos
02 Sensores para queda de corpos
02 Cronômetro Digital
01 Sensor fotoelétrico
01 Trilho de ar linear
01 Colchão de ar superficial
01 Mesa de forças
01 Looping
01 Cj. para estudos cinematográfico
01 Espectroscópio manual
02 Homogeneizador portátil
02 Fogareiro
01 Bússola a óleo com mira
01 Planetário
29 Banners de Biologia
40 Flautas doce soprano
20 Colchonetes
01 Relógio didático
13
01 Kit tangram de madeira
01 Jogo alfabeto silábico 372 peças
01 Jogo dominó associação de ideias 28 peças
01 Jogo formar palavras 60 palavras
01 Jogo sequência lógica 16 peças
01 Jogo de memória c/ antônimos
01 Conjunto de barras de medidas
01 Conjunto de Blocos lógicos c/ 48 peças
01 Conjunto de números e sinais c/ 40 peças
01 Dominó educativo da multiplicação e subtração
01 Conjunto dourado 611 peças em madeira.
03 Globos terrestres de plástico
08 TVs nas salas da Ensino Médio
06 Projetores multimídias fixados em salas
A Biblioteca com acervo de aproximadamente onze (11.000) livros - ótima
estrutura de acolhimento - livre acesso às estantes, empréstimo de livros para os estudantes
ficarem de posse por até 30 dias, computadores com internet, que atende, prioritariamente os
estudantes, por agendamento, exclusivamente para pesquisas e trabalhos escolares. Os
funcionários da biblioteca possibilitam a toda comunidade escolar a livre escolha de obras
literárias e auxiliam nas pesquisas. Os professores desempenham importante papel na
conscientização de que ler é, compreender melhor o mundo, orientando e estimulando
atividades para que se formalizem hábitos de leitura espontâneas e prazerosas para promoção
efetiva da aprendizagem.
O acesso às tecnologias de informação e comunicação, ampliam as
transformações sociais e uma série de mudanças na construção do conhecimento. Frente a este
cenário de desenvolvimento tecnológico o Laboratório de Informática - PROINFO atende ao
Curso Técnico em Informática – Subsequente e nos períodos vagos oferta possibilidades de
pesquisas para os demais estudantes e professores.
O Laboratório de Enfermagem equipado com todos os materiais necessários ao
ensino-aprendizagem, como por exemplo: bonecos simulando o corpo humano (RN e Adulto)
para a inserção de sondas, cateteres, aplicação de medicações – intramusculares, endovenosas
e subcutâneas; seringas, agulhas, esfignomanômetros; estetoscópios; aspirador de secreções,
leito hospitalar, inclusive com projetor permanente.
14
Sala Pedagógica, espaço para os estudantes e professores das disciplinas
específicas do Curso de Formação de Docente, com vários materiais didáticos, muitos deles
confeccionados pelos (as) próprios (as) estudantes.
Sala de Jogos equipada com mesa para a prática do esporte Tênis de Mesa, vários
jogos de tabuleiro e demais equipamentos já relacionados nos materiais/equipamentos.
1.5 RECURSOS HUMANOS
1.5.1 Direção, Direção - Auxiliar e Equipe Pedagógica
NOME VÍNC.
TURNO FUNÇÃO
M T N
Altevir dos Santos QPM X X Diretor
Leonice Maria Back Piaceski QPM X Diretora Auxiliar
Astrogilda Baran dos Santos QPM X X Pedagoga
Albertina Soethe Ricken QPM X Pedagoga
Maria Aparecida Wilke QPM X Pedagoga
Rozângela Zarpellon Siqueira QPM X Pedagoga
1.5.2 Corpo Docente
NOME
VÍNC
TURNO
GRADUAÇÃO M T N
Agatha Willemann Machado QPM X X X Biologia
Angélica de M. V. P. de Oliveira REPR X Interprete/Libras
Antonia Marques Vieira REPR X X Enfermagem
Auria Nack REPR X X Biologia
Bruno Cezar S. Esser REPR X Biologia
Carla Elizangela H. de O. Schmitz QPM X X X Arte/Ed. Especial
Caroline M. G. Takashima REPR X X X Enfermagem
Claudia Regina Cayres Vieira QPM X X X Educação Física
Clóvis Silvestre Moraes REPR X X X Enfermagem
Daniela Macias Nogueira QPM X X Biologia/Química
15
Diomara Nack Bariviera QPM X X X Pedagogia
Edithe Maria Heinzen Piaceski QPM X X História
Fabiana da Silva Daniel REPR X Letras/Espanhol
Gilberto Delai Filho REPR X X Enfermagem
Gisele Chimilouski REPR X X História/Sociologia
Janice Braga Stopassol REPR X X Pedagoga
Jocelino Sidor REPR X X Matemática
Joice Oliari Ballmann QPM X X Física
Juliane Cassol de Freitas QPM X X X Letras Português/Inglês
Katyleen Elisangela Michls QPM X X X Letras Português/Inglês
Leonice Henkemeier REPR X X Matemática
Leonice Maria Back Piaceski QPM X Letras /Inglês
Lia Mara Leal de Souza QPM X X X História/Filosofia
Lucélia Rigo QPM X X História
Lucíola Silveira Fedel QPM X X X Letras /Inglês
Luzia Gallo Antunes QPM X X Pedagogia
Magda Marques da Silva Soethe QPM X X X Geografia
Maria Lucia Piaceski QPM X X X Matemátia/Física
Maristela Martire Bossoni QPM X X História
Marlene Piaceski Holovati QPM X X X Letras/Literatura
Mônica Cardoso Rolim REPR X Enfermagem
Paula Andréia Domingos QPM X X X Educação Física
Paulo Bariviera Filho QPM X Historia/Sociologia
Poliane Eloyze Tostes da Silva REPR X X X Enfermagem
Vagner Alexandre Borges QPM X X X Física/Química
Valdenete Stadim Vandresen REPR X Pedagogia
Valéria Dalila L. Ronque REPR X X X Sociologia
Valdinei Fogaça Andreacci QPM X X X Ciências/Matemática
Valdir Lopes Viana REPR X Enfermagem
Vitória Kauling de Carli QPM X X Ciências/Matemática
Vladismara Psych Martins QPM X Processamento de Dados
Willian Loch REPR X ADM
16
1.5.3 Equipe Administrativa
NOME VÍNC. TURNO C/H FORMAÇÃO FUNÇÃO
M T N
Dulce D. da S. Ferreira QFEB X X 40 Adm. Empresas Ag. Ed. I
Dulce Esser Mazurok QFEB X X 40 Gest. Ambiental Ag. Ed. I
Inês Ghizone QFEB X X 40 Adm. Empresas Ag. Ed. II
Joelma A. S. Cordeiro READ X X 40 Adm. Empresas Ag. Ed. II
José Flávio Kobill QPPE X X 40 Ens. Médio Ag. Ed. I
José Lino Acordi READ X X 40 Gest. Ambiental Ag. Ed. II
Lilian Pchek QFEB X X 40 História Ag. Ed. II
Marcilete S. Teixeira QFEB X X 40 ADM Ag. Ed. II
Maria Esser Dmenjon QFEB X X 40 Infraestrutura Ag. Ed. I
Natália C.dos S. da Silva QFEB X X 40 G. Ambiental Ag. I
Osmar Osmair de Castro QFEB X X 40 Infraestrutura Ag.Ed. I
Terezinha Becker Kafka QFEB X X 40 Infraestrutura Ag. Ed. I
Terezinha Dircksen QFEB X X 40 História Ag. Ed. I
Zenaide R. Padilha QFEB X X 40 Infraestrutura Ag. Ed. I
1.6 INSTÂNCIAS COLEGIADAS
No Colégio Estadual Prof.ª Reni Correia Gamper – Ensino Médio, Profissional e
Normal, a administração da educação valoriza e considera as instâncias imediatamente
responsáveis e parceiras pelo provimento dos serviços educacionais à população. No caso da
instituição escolar pública, é de particular importância dar atenção à maneira como se
estrutura essa instância em termos da distribuição do poder e da autoridade em seu interior.
Na estrutura formal da instituição escolar pública está quase ausente a previsão de
relações humanas horizontais, de solidariedade e cooperação entre as pessoas, observando-se,
em vez disso, a ocorrência de uma ordenação em que prevalecem relações hierárquicas, pois o
mais alto posto desta hierarquia é ocupado pelo diretor. Esta condição lhe dá a autoridade e
também a incumbência de prestar contas das atividades pelas quais é responsável. Assim,
independente de sua vontade o diretor acaba assumindo o papel de responder pela instituição
escolar, perante os órgãos estabelecidos pela legislação. Entretanto, a verdadeira participação
da população se dá nas decisões que se tomam nas eleições dos dirigentes escolares. Seria
17
ideal uma participação mais efetiva da comunidade escolar em todas as instâncias colegiadas,
em especial, aquelas mais próximas da população, onde se concretizam os serviços e que haja
prestação de todos os atos envolvendo as instâncias.
No Colégio Estadual Prof.ª Reni Correia Gamper – EMPN, as instâncias
colegiadas estão constituídas, seguindo a legislação enviada pela SEED/PR, após a
constituição das mesmas a documentação necessária de cada membro eleito é enviada aos
órgãos competentes. Essas instâncias colegiadas são: o Conselho Escolar, a Associação de
Pais e Mestres e Funcionários, Grêmio Estudantil e o Conselho de Classe, sendo que cada
uma tem sua função específica.
1.6.1 O Conselho Escolar
Além de seu caráter normativo, assume também outras atividades de caráter
executivo, deliberativo e fiscalizador. Além de participar da elaboração do Regimento
Escolar, do Projeto Político Pedagógico e da aplicação dos recursos da instituição escolar, o
Conselho Escolar também fornece assessoramento e delibera sobre os assuntos pedagógicos
administrativos da escola. O Conselho Escolar representa uma iniciativa que vem
contribuindo para o desenvolvimento de uma cultura participativa no âmbito da instituição
escolar. A eleição para a escolha dos membros do Conselho Escolar é realizada a cada biênio,
poderá ocorrer mediante voto secreto, por aclamação ou outro procedimento desde que haja a
aprovação dos componentes.
Na década de 1990, para atender a exigência da Constituição Federal, que havia
sido promulgada há dois anos, presenciou-se uma verdadeira explosão de criação de
conselhos em todo o Brasil, dentre eles a obrigatoriedade da implantação dos conselhos
escolares.
Os conselhos escolares são órgãos colegiados compostos por representantes das
comunidades escolar e local, que têm como atribuição deliberar sobre questões político-
pedagógicas, administrativas e financeiras no âmbito da instituição. Cabe aos conselhos,
também, analisar as ações e os meios empregados para o cumprimento das finalidades da
instituição. Seu papel é extremamente importante quando lembramos que o conselho escolar
tem como função contribuir cada vez mais para que a escola cumpra sua função de educar,
construir a democracia e a cidadania participativas, realizar um processo de aprendizagem
significativo, respeitar e valorizar o saber e a cultura do estudante e da comunidade, usar
significativamente o tempo pedagógico e ser democrático.
18
O Conselho Escolar deve ser o porta-voz junto à comunidade geral sobre a
proposta educativa e os encaminhamentos realizados para combater eventuais problemas e
desafios que encontram no desenvolvimento da educação escolar.
De maneira geral, os conselhos escolares têm as seguintes características:
a)- formação plural: permite a participação de pessoas de qualquer crença religiosa, etnia,
filiação partidária, convicção filosófica, contanto, assim, com a representação dos vários
atores que constituem a sociedade brasileira;
b) natureza deliberativa: quando decidem sobre o Projeto Político Pedagógico e outros
assuntos da instituição, aprovam encaminhamentos de problemas, garantem a elaboração de
normas internas da instituição sobre questões referentes ao seu funcionamento nos aspectos
pedagógico, administrativo ou financeiro.
c) natureza consultiva: quando têm um caráter de assessoramento, analisando as questões
encaminhadas pelos diversos segmentos da instituição e apresentando sugestões ou soluções,
que poderão ou não ser acatadas pela direção das unidades escolares.
d) função fiscalizadora: quando acompanham a execução das ações pedagógicas,
administrativas e financeiras, avaliando e garantindo o cumprimento das normas das
instituições e a qualidade social do cotidiano escolar.
e) função mobilizadora: quando promovem a participação, de forma integrada, dos segmentos
representativos da instituição e da comunidade local em diversas atividades, contribuindo
assim para a efetivação da democracia participativa e para a melhoria da qualidade social da
educação.
f) representação do Estado e da sociedade civil: os conselhos devem ser compostos por
conselheiros, representantes do Estado e da sociedade civil.
Um colegiado ou conselho escolar atuante expressa o desenvolvimento de uma
cultura democrática e participativa. Os conselhos escolares, ao assumirem a função de
estimular e desencadear uma contínua realização e avaliação do Projeto Político Pedagógico
das instituições, acompanhando e interferindo nas estratégias de ação, contribuem
decisivamente para a criação de um novo cotidiano escolar, no qual a escola e a comunidade
se identificam no enfrentamento não só dos desafios escolares imediatos, mas dos graves
problemas sociais vividos na realidade brasileira.
Alguns conselheiros não se sentem preparados e fazem parte do Conselho Escolar
apenas porque alguém lhes disse que era "apenas para participar de reuniões e assinar
documentos", isso pode ser solucionado com cursos online que a SEED oferece.
19
A direção da nossa instituição quando precisa reunir os membros do Conselho
Escolar, procura o melhor horário para favorecer a participação de todos, pois o quórum é
importante e necessário nas decisões para o bom desenvolvimento das atividades em
benefício dos estudantes.
1.6.2 Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF)
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários, importante instância colegiada tem
como meta promover a integração entre família e a instituição escolar, fazendo com que a
participação da família no âmbito escolar seja mais significativa para o estudante e para a
instituição. Embora não seja fácil, é necessário conscientizar a comunidade escolar de que ela
é co-responsável pelo processo educacional e que cabe a ela colaborar com o processo
educacional e preocupar-se em participar da instituição a fim de assegurar uma educação
gratuita e de qualidade para sua própria comunidade, também é de sua responsabilidade
fiscalizar a educação, mas é fundamental também participar do processo de ação coletiva no
interior das instituições.
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários deverá exercer a função de
sustentadora jurídica das verbas públicas recebidas pela instituição, com a participação dos
pais no seu cotidiano em cumplicidade com a administração. Para que haja perfeito
entrosamento a Equipe Diretiva deve dar abertura para que os pais possam opinar, reivindicar
e compreender a relevância de seu papel na instituição de ensino.
A participação de pais, mestres e funcionários por meio da APMF resultará em
autonomia da instituição, favorecendo a participação de todos na tomada de decisões no que
se refere às atividades curriculares e culturais.
É preciso enfrentar o desafio urgente e necessário de democratizar realmente a
instituição educativa, trazer o estudante e sua família para o interior da instituição de ensino,
propiciando também a democratização de sua permanência.
1.6.1 Grêmio Estudantil
A organização estudantil é a instância onde se cultiva gradativamente o interesse
do (a) estudante, para além da sala de aula.A consciência dos direitos individuais vem
acoplada à ideia de que estes se conquistam numa participação social e solidária. É notório
20
que se a auto-organização dos estudantes não se tornou uma prática, as oportunidades de êxito
ficam minimizadas.
No Colégio Estadual Professora Reni Correia Gamper – EMPN, em 2014 foi
realizado um trabalho de divulgação sobre o Grêmio Estudantil, com materiais recebidos do
NRE. Os estudantes do período noturno cogitaram a ideia de se organizarem, mas não se
consolidou.
Neste ano letivo, a Direção do Colégio aprofundou o conhecimento dos alunos,
empenhando seu apoio. Foi exposto sobre o Estatuto do Grêmio Estudantil, que
possivelmente será fundado antes do término do ano letivo, pois alguns estudantes estão
interessados. Nossas alunas participaram, acompanhadas de uma professora, do seminário
“Grêmio Estudantil” em Ivaiporã, realizado pelo Núcleo Regional de Educação.
1.6.2 Conselho de Classe
O Conselho de Classe é um órgão de reflexão, análise e avaliação do trabalho
pedagógico e tem por objeto o estudo do processo ensino-aprendizagem que é o eixo central.
Em nossa instituição o Conselho de Classe desempenha o papel de avaliação dos
estudantes e de auto-avaliação das práticas pedagógicas, com o objetivo de diagnosticar a
razão das dificuldades dos estudantes, e apontar as mudanças necessárias nos
encaminhamentos pedagógicos para superar tais dificuldades. Nas reuniões do Conselho de
Classe estamos sempre atentos aos problemas levantados pelos professores, especialmente
aqueles que requerem apoio pedagógico, numa tentativa de amenizar as dificuldades,
continuamente.
Importante salientar que a gestão democrática citada na LDB 9394/96 garante à
equipe gestora e aos professores o direito de estabelecer os critérios, finalidades e objetivos de
seu Conselho de Classe. Em nossa instituição de ensino todo Conselho de Classe é lavrado
em Ata, no livro próprio e realizado em três momentos: Pré-Conselho, Conselho de Classe e
Pós-Conselho: o Pré-Conselho consiste na reunião por turma, coordenado pela equipe
pedagógica, sempre que possível com a presença da direção, que ocorre ao final de cada
trimestre, na semana que antecede os Conselhos de Classe, o (a) coordenador (a) procura
traçar um perfil amplo da turma, enumerando pontos positivos e negativos de modo geral,
incentivando a turma com palavras de sucesso e que se espera o esforço de todos para evitar
decepções. Em outro momento direciona o comportamento prejudicial à turma, direcionando-
se aos que a turma destaca como: conversadores, indisciplinados, desatentos, conversamos pra
21
verificar se existem fatos externos que prejudicam o bom andamento das aulas, por exemplo,
se as aulas são interrompidas seguidamente com irrelevâncias, ou estudantes de outras turmas
que atrapalham, precisamos assegurar o direito de participação nas aulas, etc. É importante
que juntos busquem soluções para os pontos negativos da turma, frisando que as soluções
propostas serão levadas para análise no Conselho Escolar. Muito importante observar que não
há espaço no Pré-Conselho de Classe, para questões que envolvam o relacionamento de
discentes com professores. O Conselho de Classe é uma instância colegiada de natureza
consultiva e deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, fundamentado no Projeto Político
Pedagógico e no Regimento escolar. É o momento em que os professores, equipe pedagógica
e direção se reúnem para discutir, avaliar as ações educacionais e indicar alternativas que
busquem garantir a efetivação do processo de ensino e aprendizagem dos estudantes.
A finalidade do conselho de classe é diagnosticar problemas e apontar soluções
tanto em relação aos estudantes e turmas, é um espaço de análises, reflexão e avaliação do
trabalho pedagógico. O Conselho de Classe pode ser convocado extraordinariamente, só pela
direção quando julgar necessário para resolver problemas esporádicos de algum (a) estudante,
mas normalmente os conselhos acontecem no final de cada bimestre ou trimestre, conforme a
organização do Calendário Escolar, onde são discutidos encaminhamentos pedagógicos, notas
e comportamento de estudantes. São inúmeras as vantagens do Conselho de Classe,
destacaremos as principais:
Facilita a compreensão dos fatos com a exposição de diversos pontos de vista;
Permite a avaliação da eficácia dos métodos utilizados;
Possibilita a análise do currículo;
Promove a troca de ideias para tomada de decisões rumo à melhoria do processo
ensino-aprendizagem;
Favorece a integração entre professores.
Os membros participantes do Conselho de Classe devem utilizar-se de meios para
chegar a um consenso da equipe em relação: a)- às avaliações de desenvolvimento dos
estudantes, considerando as singularidades de comportamentos, aprendizagens e histórias de
vida de cada um; b)- às intervenções necessárias para melhorar o processo ensino-
aprendizagem das turmas e dos estudantes, individualmente. c)- promove uma visão mais
correta, adequada e abrangente do papel da avaliação no processo ensino-aprendizagem; d)-
valoriza a observação do progresso individual dos estudantes, aula a aula, bem como seu
comportamento cognitivo, afetivo e social; e) reconhece o valor da história de vida dos
22
estudantes, tanto no que se refere a seu passado distante quanto próximo (período a ser
avaliado); f)- incentiva a auto-análise e auto-avaliação dos profissionais de ensino; g)- prevê
mudanças tanto na prática diária de cada docente como também no Plano de Trabalho
Docente e na dinâmica escolar, sempre que necessário; g)-traça metas para que as mudanças
sugeridas sejam efetivamente realizadas. No Pós-Conselho momento em que serão efetivadas
as ações do conselho de classe, pois as discussões e tomadas de decisões deverão sempre estar
respaldadas em critérios qualitativos como: avanços obtidos pelo estudante na aprendizagem,
o trabalho realizado pelos professores para que melhore o aproveitamento escolar,
providências para que haja mudanças na metodologia de trabalho utilizada pelos professores,
as questões estruturadas na avaliação escrita, os critérios e instrumentos de avaliação utilizada
pelos docentes e outros. Após as decisões do colegiado, a equipe gestora, principalmente os
(as) pedagogos (as) através da Ata concretizam suas anotações, certificando-se que não fique
nenhuma proposição dos professores sem atendimento, cabe à equipe a organização,
articulação e acompanhamento das atividades como: conversa com os estudantes, em
separado, para conscientizá-lo; auxiliá-los com atividade extraclasse, desde que seja com
discrição; conversa com familiares buscando compreender o comportamento ou defasagem
apresentada pelo discente; apoio aos professores com metodologia diferenciada, levando em
consideração a fragmentação e da burocratização do processo de trabalho pedagógico,
procurando a superação das barreiras, revendo as relações pedagógicas, contribuindo para o
desenvolvimento e organização do trabalho pedagógico.
No conselho de classe final são analisadas as intervenções educacionais realizadas,
caso o estudante não tenha alcançado a média mínima, será discutido sobre as práticas, seu
desenvolvimento e aproveitamento escolar, se ocorreram avanços, o Conselho de Classe é
soberano para provação pelo Conselho de Classe.
1.7 PERFIL DA COMUNIDADE ESCOLAR
A população de Manoel Ribas é formada por moradores da área rural, proprietários de
terras, onde seus filhos trabalham desde a infância e geralmente, são tidas como herança. Os
moradores da área urbana do município, normalmente são proprietários de casas de comércio
e/ou empregados, funcionários públicos municipais ou estaduais, profissionais liberais e
bancários; mas uma grande parcela de jovens quando termina o Ensino Médio, vão procurar
em centros maiores empregos e/ou cursar o Ensino Superior. Nosso município não possui
uma demanda de empregos para todos, muitos desses jovens que correm atrás de um futuro
23
melhor, acabam constituindo família, não retornando mais para cá. Então, pode-se dizer que a
maioria da população de jovens, encontra sua realização ou ocupação econômica, nas cidades
alvos, principalmente Curitiba e Joinville.
Quanto à continuação dos estudos atualmente este panorama está mudando, pois
em nosso município possui um Polo da Universidade do Norte do Paraná – Ensino conectado
à Distância, que oferta alguns cursos que são frequentados por uma parcela de nossos
estudantes, após a conclusão do Ensino Médio e por pessoas da comunidade, que ainda não
tinham tido oportunidade de cursar Ensino Superior.
Outras opções de cursos de Ensino Superior são as faculdades das cidades
vizinhas - Ivaiporã, Pitanga e Guarapuava – que atendem uma grande parcela de jovens do
nosso município.
Os jovens que, por um motivo ou outro, não ingressam em Cursos Superiores e,
continuam residindo em Manoel Ribas, acabam se matriculando nos Cursos Técnicos
Profissionalizantes oferecidos pelo próprio Colégio, o que proporciona aos mesmos uma
preparação em nível técnico para ingresso no mundo do trabalho.
Sendo uma cidade de pequeno porte, a maior parte de sua economia provém da
agricultura e da pecuária, temos também algumas indústrias instaladas na periferia da cidade,
que exploram madeira de fonte renovável e laticínios. As famílias apresentam médio e baixo
poder aquisitivo, com exceção dos agricultores que investem na terra seus rendimentos,
grande parte dos habitantes da área urbana estão cadastrados em Programas Sociais.
Devido à falta de opções, mesmo aqueles que possuem maior poder aquisitivo,
têm dificuldades de acesso ao lazer e à cultura.
Pela importância socialmente atribuída à instituição escolar, pela peculiaridade de
seu papel, torna-se um espaço no qual os estudantes questionam dúvidas, angústias,
descobertas, as quais são acolhidas e trabalhadas de forma a ampliar o campo no qual
constroem suas identidades e projetos.
O Colégio Estadual Prof.ª Reni Correia Gamper – Ensino Médio, Profissional e
Normal acompanha as políticas educacionais da SEED/PR que proporciona melhores
condições de trabalho, capacitação continuada favorecendo atualizações curriculares e
metodologias adequadas à realidade do contexto escolar com profissionais comprometidos,
buscando acompanhar as frequentes mudanças sociais, econômicas e culturais.
24
2.0 DIAGNÓSTICO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO (MARCO SITUACIONAL)
A instituição escolar é uma organização que, em complemento às famílias, tem a
missão de formar, instruir e desenvolver conhecimentos. Na complexidade do contexto atual,
as instituições escolares estão inseridas em uma sociedade que sofre constantes
transformações que influenciam cada vez mais a educação espontânea, substituindo-a por uma
educação intencional no ambiente urbano. Como o Colégio Estadual Professora Reni Correia
Gamper – Ensino Médio Profissional e Normal, localiza-se num município onde as atividades
agropecuárias prevalecem, enfrentam diversos problemas, isso pode ser explicado pelas
transformações ocorridas no campo tecnológico, que tem permitido um aprimoramento das
técnicas de produção, com emprego de implementos agrícolas cada vez mais modernos e
sofisticados, que consegue um nível de produção maior com emprego de menos mão-de-obra,
fato esse que tem contribuído para o êxodo rural. Ao residir na área rural alguns estudantes
tem dificuldades para vir estudar, principalmente em dias chuvosos, porque em vários pontos
do município as estradas rurais não são cascalhadas, para amenizar o prejuízo educacional,
devido às faltas, os professores abordam os conteúdos, novamente.
2.1 GESTÃO ESCOLAR
A gestão escolar implica num processo de participação coletiva, em todos os
segmentos da instituição escolar, sua efetivação se dá principalmente pela união da gestão
administrativa e gestão pedagógica e que as ações da gestão escolar são todas para gerir a
instituição, empregando todos os esforços para atingir objetivos estabelecidos pelo coletivo
escolar, a qualidade da educação. A gestão da nossa instituição escolar busca, criativamente
várias formas de incentivar os professores, os estudantes e os familiares a se sentirem
motivados a participar do processo ensino-aprendizagem, conscientizando a comunidade
escolar que gestão democrática não se resume na implementação do processo de escolha de
dirigentes escolares, é necessário a colaboração expressiva das instâncias colegiadas, pois no
interior das instituições escolares ocorrem situações que ajudam na efetivação de ações da
gestão escolar.
A gestão pedagógica se consolida com a promoção da integração entre a família e
a instituição escolar, fazendo com que sua participação no âmbito escolar seja significativa e
co-responsável pelo processo educacional, participando assiduamente na promoção do ensino-
aprendizagem, com certeza assegurará uma educação gratuita e de qualidade que beneficiará a
25
comunidade em que está inserida. A gestão escolar favorece o uso comum e democrático do
espaço físico, dos recursos, equipamentos, materiais e biblioteca, para desenvolvimento
educacional dos estudantes. A gestão escolar entende que as instâncias colegiadas são
importantes na colaboração e na busca de alternativas para a superação dos problemas
pedagógicos e administrativos da instituição. A principal função da gestão escolar é de
organizar todos os elementos que, direta ou indiretamente, influenciam no trabalho
pedagógico, ou seja, os aspectos ligados aos profissionais da educação e suas funções, aos
espaços e aos recursos, garantindo a legalidade de todas as ações.
Dentro da instituição escolar podemos constituir instâncias colegiadas que ajudem
na efetivação da democracia, que façam parte do Projeto Político Pedagógico da instituição
escolar, conhecer e construir a concepção educacional que orienta a prática pedagógica.
2.2 ENSINO-APRENDIZAGEM
Além do material de apoio pedagógico utilizado no processo educativo que
interferem no processo de ensino-aprendizagem, as dificuldades de aprendizagem detectadas,
são utilizadas como reflexões aos professores na sua forma de ensinar e, principalmente que
metodologia precisará ser utilizada para diminuir as dificuldades existentes, e que ações
pedagógicas poderão ser empregadas para contribuir no aproveitamento dos estudantes.
O Colégio Estadual Professora Reni Correia Gamper – Ensino Médio,
Profissional e Normal tem como principal meta o êxito escolar dos nossos estudantes, visando
aumentar seus horizontes culturais, oportunizando a eles a participação em Eventos Culturais,
Olimpíadas Brasileira de Matemática e de Língua Portuguesa, do Simulado preparado pela
instituição para as terceiras séries e incentivo para a participação do ENEM, cuja inscrição
poderá ser realizada na própria instituição.
2.2.1 Plano de Trabalho Docente
O Plano de Trabalho Docente é elaborado de forma participativa e coletiva, os
professores se reúnem por disciplina e por série, a priori se faz uma reflexão das observações
realizadas no ano anterior, se levanta as dificuldades da sequência dos conteúdos, quando
existe, é o momento de adequação para favorecer o ensino-aprendizagem. A forma de
organização segue as orientações das DCEs: capa de identificação; justificativa; conteúdos
estruturantes, básicos e específicos; abordagem teórico-metodológica; critérios de avaliação e
26
de recuperação, recursos didáticos e referências. A Legislação vigente estabelece que o PTD
deve estar articulada ao currículo escolar da Educação Básica, e ser cumprida pelas
instituições de ensino no âmbito do currículo escolar, como ação didático-pedagógica e/ou
expressa na Proposta Pedagógica Curricular/Plano de Curso, em consonância com a
organização teórico-metodológica definida, conforme etapa e modalidade de ensino ofertada
pela instituição escolar: Ensino Médio: inclusive: Curso de Formação de Docentes da
Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em Nível Médio, na modalidade
Normal.
Após a realização dos mesmos os professores entregam uma cópia para ser
arquivada na instituição, a qual a equipe pedagógica utiliza para acompanhar o Registro de
Classe on-line e se os conteúdos e metodologias propostas estão sendo registradas com
fidelidade. Quando se planeja uma atividade, principalmente no uso dos diversos ambientes
escolares (biblioteca, laboratórios, sala de vídeo, quadras esportivas), faz necessário um
agendamento prévio do uso destes ambientes escolares, para aproveitamento do tempo
escolar.
2.2.2 Avaliação
É realizada de forma diversificada, pois devemos pensar em todos os tipos de
estudantes que possuímos, uns tem mais facilidade na avaliação subjetiva, outros nas
objetivas, outros na análise de tiras ou textos, para que a avaliação atenda sua meta.
Um dos aspectos mais complexos e polêmicos em educação é a avaliação da
aprendizagem, sua complexidade decorre do fato de que não pode ser vista descontextualizada
da prática pedagógica.
A avaliação serve para alimentar, sustentar e orientar a prática docente, pois a
mesma é um ato pedagógico, sendo, portanto, parte integrante do processo de ensino-
aprendizagem, não pode ser vista como uma etapa isolada, nem um princípio ou um objetivo
em si, mas como um meio de verificar se houve a construção do conhecimento.
O princípio básico da avaliação e da recuperação de estudos é o respeito à
diversidade de características, de necessidade e ritmos de aprendizagem de cada estudante.
Na avaliação processual deve-se considerar o conhecimento prévio do estudante,
levar em conta o que o mesmo já conhece, pois a avaliação subsidia o professor com
elementos para uma reflexão contínua sobre a sua prática. Todo professor inicialmente deverá
fazer uma avaliação investigativa, pois a mesma o instrumentalizará para que possa por em
27
prática seu planejamento de forma adequada às características dos estudantes, sendo nesse
momento que o professor vai obter informações sobre o que ele já sabe a respeito de
determinados conteúdos e o nível de profundidade em que devem ser abordados.
Por parte do professor a avaliação tem como função diagnosticar processos e
dificuldades no que se refere à aprendizagem, medindo dessa forma a proficiência do
estudante e, para que o professor, de posse dessas informações possa auxiliá-lo, retomando o
conteúdo, empregando novos métodos permitindo que ele possa apropriar-se do
conhecimento.
Conforme Hoffmann:
“Avaliação significa ação provocativa do professor, desafiando o educando a refletir
sobre as situações vividas, a formular e reformular hipóteses, encaminhando-se a um
saber enriquecido.” (HOFFMANN: 1994, p. 58).
A avaliação do desempenho do estudante e de seu rendimento escolar será
contínuo, cumulativo e de observação, com prevalência dos aspectos qualitativos e os
resultados serão expressos em notas de 0,0 (zero) a 10,0 (dez), organizada em trimestres,
distribuída em três ou mais oportunidades avaliativas por disciplina. Poderão ser utilizados
como instrumentos avaliativos: avaliações escritas, orais, pesquisas, apresentações de
seminários, atividades experimentais, produção de texto, pesquisa bibliográfica, trabalho em
grupo (diferentes atividades: escritas, orais, construção de maquetes, gráficos, painéis, e
outras). O professor deve estabelecer critérios ao avaliar e apresentá-los aos estudantes,
conscientizando-os, para que participem com interesse e responsabilidade da avaliação de seu
próprio progresso. O educador deve se autoavaliar, utilizando o resultado aos quais seus
estudantes atingiram, para modificar e/ou melhorar sua prática pedagógica, portanto avaliação
é uma apreciação qualitativa sobre os dados relevantes da realidade, a fim de tomar decisões
sobre o quê fazer, numa visão crítica, através de análise cuidadosa que forneça subsídios para
um novo planejamento.
O Curso de Formação de Docente e o CELEM - Espanhol são organizados em
trimestres e seguirão o mesmo processo de avaliação e recuperação do Ensino Médio. Após o
professor verificar que a aprendizagem não ocorreu de forma satisfatória, imediatamente se
utilizará de novas metodologias para a retomada dos conteúdos e aplicará a recuperação de
acordo com os critérios estabelecidos no Plano de Trabalho Docente, de cada disciplina.
Conforme as normas da SEED será a recuperação concomitante, para evitar a defasagem nos
conteúdos que serão trabalhados sequencialmente. Independentemente do nível de
28
apropriação de conhecimentos, conforme consta no Regimento Escolar da Instituição, como
segue:
1º - Art. 154 – Os estudantes do Ensino Médio, do Curso de Formação de Docentes e o
CELEM - Espanhol, que apresentarem frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento)
do total de horas letivas e média anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada
disciplina, serão considerados aprovados ao final do ano letivo, de acordo com a seguinte
fórmula.
MA = 1º T + 2º T + 3º T
3
MA = Média Anual;
1º T = Nota do Primeiro Trimestre;
2º T = Nota do Segundo Trimestre;
3º T = Nota do Terceiro Trimestre;
Parágrafo Único – Poderão ser promovidos por Conselho de Classe os estudantes que
demonstrarem apropriação dos conteúdos mínimos essenciais e que demonstrem condições de
dar continuidade de estudos nas séries/anos seguintes;
2º - Art. 140 – Os estudantes do Ensino Médio, de Formação de Docentes e CELEM –
Espanhol, serão considerados retidos no final do ano letivo quando apresentarem:
I. frequência inferior a 75% do total de horas letivas, independentemente do
aproveitamento escolar;
II. frequência superior a 75% do total de horas letivas e média inferior a 6,0 (seis
vírgula zero).
2.2.2.1 Do Processo de Classificação
A Classificação no Ensino Médio é o procedimento que a instituição de ensino
adota para posicionar o discente na etapa de estudos compatível com a idade, experiência e
desenvolvimento adquirido por meios formais, podendo ser realizada:
por promoção, para discentes que cursaram, com aproveitamento, a série/ano
anterior, na própria instituição;
por transferência, para os discentes procedentes de outras instituições de ensino,
do país ou do exterior, considerando a classificação da instituição de origem;
29
independente da escolarização anterior, mediante avaliação para posicionar o
discente na série/ano, disciplina compatível ao seu grau de desenvolvimento e
experiência, adquiridos por meios formais ou informais.
A Classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, exigindo as
seguintes ações para resguardar os direitos dos estudantes, das instituições e dos profissionais:
organizar comissão formada por docentes, equipe pedagógica e direção da
instituição escolar para efetivar o processo;
proceder a avaliação diagnóstica, documentada pelo docente ou equipe
pedagógica;
comunicar ao discente e/ou responsável a respeito do processo a ser iniciado, para
obter o respectivo consentimento;
arquivar Atas, avaliações, trabalhos ou outros instrumentos utilizados;
registrar os resultados no Histórico Escolar do Estudante;
O estudante, após o processo de Classificação nas disciplinas do Ensino Médio, de
acordo com o percentual de carga horária avançada, terá as seguintes quantidades de registros
de notas:
1)- Língua Portuguesa e Matemática, o discente classificado com:
a)- 25% (vinte e cinco por cento), deverá ter 4 (quatro) registros de notas;
b)- 50% (cinquenta por cento) deverá ter 3 (três) registros de notas;
c)- 75% (setenta e cinco), deverá ter 2 (dois) registros de notas;
2)- Geografia, História, Biologia, Língua Estrangeira Moderna-Inglês, Química e
Física, o discente classificado com:
a)- 25% (vinte e cinco por cento), deverá ter 3 (três) registros de notas;
b)- 50% (cinquenta por cento) deverá ter 2 (dois) registros de notas;
c)- 75% (setenta e cinco), deverá ter 1 (um) registro de notas;
3)-Arte, Filosofia, Sociologia, Educação Física, o discente classificado com:
a)- 25% (vinte e cinco por cento), deverá ter 2 (dois) registros de notas;
b)- 50% (cinquenta por cento) deverá ter 1 (um) registro de notas;
c)- 75% (setenta e cinco), deverá ter 1 (um) registro de notas;
No Curso de Educação Profissional, nível Médio, a classificação será efetuada por
promoção e por transferência para a mesma habilitação.
30
§ Único – É vedada a Classificação, independentemente da escolarização anterior,
para série/ano, semestre, períodos posteriores, considerando a necessidade do domínio de
conteúdos para a formação em Educação Profissional.
2.2.2.2 Do Processo de Reclassificação
A Reclassificação é um processo pedagógico que se concretiza através da
avaliação do estudante matriculado e com frequência na série/ano/disciplina(s) sob
responsabilidade da instituição de ensino que, considerando as normas curriculares,
encaminha o estudante à etapa de estudos/carga horária da(s) disciplina(s) compatível com a
experiência e desempenho escolar demonstrados, independente do que registre o seu
Histórico.
O processo de Reclassificação poderá ser aplicado como verificação da
possibilidade de avanço em qualquer série/ano/carga horária da(s) disciplina(s) da etapa da
Educação Básica, quando devidamente demonstrada pelo estudante sendo vedada a
reclassificação para a conclusão do Ensino Médio.
A equipe pedagógica e os docentes da instituição de ensino, quando constatar a
possibilidade de avanço de aprendizagem, apresentado por um discente devidamente
matriculado e com frequência na série/ano/disciplina(s), deverá notificar o Núcleo Regional
de Educação para que este proceda a devida orientação e acompanhamento do processo de
Reclassificação, quanto aos preceitos legais, éticos e das normas que o fundamentam.
a)- A equipe pedagógica deverá comunicar o discente e seus pais ou responsáveis
legais, quando menos de idade, com a devida antecedência para fins de de ciência, orientando
o início do processo de Reclassificação.
b)- Os discentes, quando maior, ou seus responsáveis, poderão solicitar
Reclassificação, facultando à equipe pedagógica e docentes definir procedimentos e
providências.
c)- Cabe à Comissão, constituída pela equipe pedagógica e docentes da
instituição, elaborar relatório circunstanciado, referente ao processo de Reclassificação,
anexando os documentos que registrem procedimentos avaliativos realizados, para que sejam
arquivados na Pasta Individual do discente.
d)- O discente reclassificado deve ser acompanhado pela equipe pedagógica,
durante 2 (dois) anos, ou pelo tempo de permanência na instituição, quanto aos resultados de
aprendizagem.
31
e)- A instituição de ensino poderá Reclassificar somente os discentes
matriculados, após os mesmos terem cursado, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) do
total da carga horária definida no Ensino Médio.
§ Único – Fica vedada a Reclassificação na disciplina de Língua Espanhola
Ofertada no Ensino Médio.
O processo de Reclassificação, poderá posicionar o educando, em 25% (vinte e
cinco por cento), 50% (cinquenta por cento) da carga horária total no Ensino Médio.
O educando tendo cursado 25% (vinte e cinco por cento) e avançado em 25%
(vinte e cinco por cento), o educando deverá cursar ainda 50% (cinquenta por cento) da carga
horária total e obter as seguintes quantidades de registros de notas:
a)- nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, o discente deverá ter 4
(quatro) registros de notas;
b)- nas disciplinas de Geografia, História, Biologia, Língua Estrangeira Moderna-
Inglês, Química e Física, o discente deverá ter 3 (três) registros de notas;
c)- nas disciplinas de Arte, Filosofia, Sociologia, Educação Física, o discente
deverá ter 2 (dois) registros de notas;
O educando tendo cursado 25% (vinte e cinco por cento) e avançando em 50%
(cinquenta por cento), o educando deverá cursar ainda 25% (vinte e cinco por cento da carga
horária total e obter as seguintes quantidades de registros de notas:
a)- nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, o discente deverá ter 3
(três) registros de notas;
b)- nas disciplinas de Geografia, História, Biologia, Língua Estrangeira Moderna-
Inglês, Química e Física, o discente deverá ter 2 (dois) registros de notas;
c)- nas disciplinas de Arte, Filosofia, Sociologia, Educação Física, o discente
deverá ter 2 (dois) registros de notas;
§ Único – Tendo o educando cursado 25% (vinte e cinco por cento) ou mais da
carga horária do Ensino Médio, após a reclassificado, deverá cursar ainda, para a conclusão da
disciplina, obrigatoriamente, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) do total da carga
horária.
O resultado do processo de Reclassificação será registrado em Ata que integrará a
Pasta Individual do educando.
O resultado final do processo de Reclassificação realizado pela instituição de
ensino será registrado no Relatório Final, a ser encaminhado à Secretaria de Estado da
Educação.
32
É vedada a Reclassificação para a etapa inferior à anteriormente cursada e aos
cursos da Educação Profissional, de nível médio.
2.2.2.3 Da Adaptação
A adaptação de estudos de disciplinas é atividade didático-pedagógica
desenvolvida sem prejuízo das atividades previstas na Proposta Pedagógica Curricular, para
que o discente possa seguir o novo Currículo.
A adaptação de estudos far-se-á pela Base Nacional Comum, mas até a conclusão
do Curso, o discente deverá ter cursado, pelo menos, uma Língua Estrangeira Moderna.
A adaptação de estudos será realizada durante o período letivo.
A efetivação do processo de adaptação será de responsabilidade da equipe
pedagógica e docente, que deve especificar as adaptações a que o discente está sujeito,
elaborando um plano próprio, flexível e adequado ao discente.
§ Único – Ao final do processo de adaptação, será elaborada Ata de resultados, os
quais serão registrados no Histórico Escolar do estudante e no Relatório Final.
É vedada a adaptação de disciplinas nos Cursos de Educação Profissional Técnica
de nível Médio.
2.2.3 Conselho de Classe
O Conselho de Classe é órgão colegiado de natureza consultiva, deliberativa em
assuntos didático-pedagógicos, fundamentado no Projeto Político Pedagógico e no Regimento
Escolar. É o momento em que professores e equipe gestora se reúnem para discutir as ações
educacionais e indicar alternativas que busquem garantir a efetivação do processo ensino-
aprendizagem dos estudantes.
É um órgão colegiado que analisa, discute e delibera sobre todo o processo de
ensino-aprendizagem, desde a organização do trabalho escolar, o planejamento, a execução, a
avaliação dos estudantes e o re-planejamento. Neste espaço interdisciplinar de estudo são
tomadas muitas decisões sobre o trabalho pedagógico desenvolvido na instituição, se
discutem objetivos de ensino a serem alcançados, uso de metodologias e estratégias de ensino,
critérios de seleção de conteúdos curriculares, projetos coletivos de ensino-aprendizagem,
formas, critérios e instrumentos de avaliação utilizados para o conhecimento do estudante,
formas de acompanhamento dos estudantes em seu percurso, critérios para a apreciação do
33
desempenho dos estudantes, elaboração de fichas de registro do desempenho do estudante,
para o acompanhamento no decorrer do ano e para informações aos pais, formas de
relacionamento com a família, propostas curriculares alternativas para estudantes com
dificuldades específicas, adaptações curriculares para estudantes portadores de necessidades
educativas especiais, propostas de organização dos estudos complementares. O objetivo do
conselho de classe é o ensino e suas relações com a avaliação da aprendizagem, mais do que
decidir se os estudantes serão aprovados ou não, trata-se de uma autoavaliação do trabalho
realizado no decorrer do ano letivo, pelos docentes.
Este trabalho investigativo/transformador prevê a definição da avaliação, análise
dos resultados, temas levantados e metas de solução a serem seguidas. Para a avaliação do
rendimento escolar, é feita uma estatística da avaliação quantitativa dos estudantes, extraída
dos boletins, nas disciplinas de cada série, representados em gráficos com o objetivo de dar
condições aos professores, direção e equipe pedagógica, em visualizar os percentuais do
aproveitamento, bem como a situação panorâmica, vertical e horizontal, da condição de
aprendizagem dos estudantes por disciplina e por turma. Momento em que todos os
envolvidos no processo se posicionam frente ao diagnóstico e definem em conjunto as
proposições que favoreçam o ensino-aprendizagem.
A instituição contempla o Conselho de Classe organizado em três momentos: Pré-
Conselho, Conselho de Classe e Pós-Conselho. Pré-conselho: levantamento de dados do
processo ensino-aprendizagem e disponibilização aos professores para análise comparativa do
desempenho dos estudantes, das observações, dos encaminhamentos didático-metodológicos
realizados e outros, de forma a dar agilidade ao Conselho de Classe. Nesta instituição o pré-
conselho acontece como intermediário permanente, porque sempre que há um caso de
indisciplina, defasagem de conteúdos, de assiduidade ou qualquer situação que necessite a
interferência, o professor recorre a equipe pedagógica. O esforço é no sentido de amenizar as
dificuldades, apoiando pedagogicamente o estudante para que haja conquistas, se possível
sanando-as antes do Conselho de Classe. Destaca-se também a importância da comunicação
com os familiares, que nos apoiam e acompanham seus filhos, colaborando para sua
evolução. Quando isso não ocorre às atitudes são idealizadas no próprio Conselho de Classe.
Pós-conselho: momento em que as ações previstas no Conselho de Classe são efetivadas.
As discussões e tomadas de decisões devem estar respaldadas em critérios qualitativos como:
os avanços obtidos pelo estudante na aprendizagem, o trabalho realizado pelo professor para
que o estudante melhore a aprendizagem, a metodologia de trabalho utilizada pelo professor,
o desempenho do estudante em todas as disciplinas, o acompanhamento do estudante no ano
34
seguinte, as situações de inclusão, as questões estruturais, os critérios e instrumentos de
avaliação utilizados pelos docentes e outros. Cabe à equipe gestora a organização, articulação
e acompanhamento de todo o processo do Conselho de Classe, bem como a mediação das
discussões que deverão favorecer o desenvolvimento das práticas pedagógicas.
2.2.4 Registros da Prática Pedagógica
Um dos principais registros da prática pedagógica se dá através do Registro de
Classe on-line, especificando o trabalho desenvolvido na sala de aula, levando em
consideração o desenvolvimento dos conteúdos, coincidindo com o estabelecido no Plano
Trabalho Docente, as avaliações desenvolvidas no decorrer do trimestre. As demais práticas
ocorridas na instituição são lavradas em atas, em livro específico para cada assunto: Ata do
Conselho de Classe, Ata de Eleição e de Reunião da Associação de Pais, Mestres e
Funcionários (APMF), do Conselho Escolar, Livro Ponto, Pasta com documentação pessoal e
de escolarização de cada professor e funcionários, Livro de Termo de Posse e Exercício para
os professores QPM, Livro de protocolo, Livro de chegada atrasada e outro para saída
antecipada para os discentes. Procura-se registrar o máximo possível do que acontece na
instituição, se necessário ter embasamento para alguma argumentação, caso a comunidade
escolar queira se interar das atividades desenvolvidas na instituição.
O Registro de Classe on-line é documento oficial em nossa instituição a partir do
início do ano letivo de 2017, de responsabilidade de todos os profissionais da educação.
Compete aos Docentes: registrar a freqüência a cada aula ministrada, selecionar os conteúdos
iniciando pelos estruturantes e básicos; registrar os conteúdos específicos e as metodologias
empregadas; selecionar os conteúdos que serão avaliados; registrar o número de avaliações
parciais, de acordo com a quantidade escolhida pelo colegiado; caso o resultado seja nulo ou o
estudante não tenha comparecido, o professor deverá registrar 0,0 (zero vírgula zero); o
campo Avaliação é destinado ao registro das avaliações processuais (trabalhos, provas,
atividades, etc) realizadas no período letivo (bimestral, trimestral, semestral, etapas, etc);
registrar nota da Recuperação paralela concomitante em campo próprio, registrando 0,0 (zero
vírgula zero) para os estudantes que não compareceram ou não quiseram participar.
Os registros a serem efetuados no sistema RCO pelas instituições deverão ser
feitos conforme orientação da CDE/SERE/DITEC para garantir a integridade e a veracidade
das informações sobre a vida escolar dos estudantes.
35
A direção, secretaria e a equipe pedagógica possuem suas responsabilidades
relacionadas aos documentos pertinentes à Implantação do Registro de Classe on-line.
A equipe pedagógica tem a responsabilidade de acompanhar os registros de
conteúdos e das avaliações parciais. Nossa instituição tem o Calendário Escolar organizado
em trimestres, portanto no final de cada trimestre o (a) pedagogo (a) do turno de emitir o
Parecer.
Observação: nos casos de Adaptação/Dependência de estudantes constarão no
Registro de Classe on-line da disciplina matriculada para registro de freqüência, conteúdo e
avaliação.
A equipe pedagógica colabora com os professores em todos os aspectos
pedagógicos, nas orientações do registro da Deliberação 02/02 do CEE, no Registro de Classe
on-line, na elaboração do PTD, na providência das xérox de avaliações, bem como no
acompanhamento pedagógico aos estudantes com defasagem acentuada, sempre convidamos
os pais para torná-los cientes e solicitarmos o apoio no sentido de acompanhar seus filhos na
realização das tarefas escolares, tentando pelo menos diminuir razoavelmente suas
dificuldades. Após várias conversas do professor com a turma, se ainda persistir a indisciplina
de alguns, o professor o convida para ter uma conversa reservada, continuando o problema o
professor solicitará que a equipe pedagógica realize o atendimento aos estudantes
desinteressados ou indisciplinados, conversando com os mesmos.
A equipe pedagógica relembra os deveres dos discentes expostos na apresentação
do Regimento Escolar, a cumplicidade, interação e colaboração para com os professores e
com os seus colegas de classe, enfatizamos a necessidade do aproveitamento pedagógico em
seu próprio benefício, pois tudo que se aprende, poderá ser útil no seu cotidiano. Anotamos o
atendimento dos estudantes em fichas específicas, controlamos em ficha própria os
telefonemas que realizamos aos familiares. Acompanhamento em ficha específica o controle
dos trabalhos de atendimento domiciliar aos estudantes amparados pela Lei 6.202/75 e 1.044/
69. A instituição possui um livro para registro de chegada atrasada e outro para saídas
antecipadas, quando o estudante é menor de idade, entra-se em contato com a família que
autoriza a saída, o registro é realizado, o (a) estudante assina, para posteriormente sair da
instituição, algumas vezes a família vem buscar.
As pedagogas são responsáveis pelo recebimento dos trabalhos realizados pelos
estudantes amparados por Atestados Médicos, pela entrega aos professores, após a correção
destes, devolvem à equipe pedagógica que repassa a nota à secretaria que anotará na Ficha
Individual.
36
2.3 ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO AO PÚBLICO-ALVO DA
EDUCAÇÃO ESPECIAL
No Colégio Estadual Prof.ª Reni Correia Gamper – EMPN, possuímos o
atendimento educacional especializado para uma estudante do Técnico em Informática, de
uma profissional tradutora Intérprete de Libras, dando-lhe condições de acompanhar o ensino-
aprendizagem. Esse atendimento, sem dúvida vem se somar aos demais esforços que se
desenvolve na instituição para concretização da inclusão escolar. Seguimos a Política
Nacional de Educação Especial que destaca o Atendimento Educacional Especializado –
AEE, muito importante porque o estudante recebe assistência continuada, de profissionais
qualificados, com pós-graduação específica e capacitação, contribuindo cada vez mais na
valorização do processo de ensino-aprendizagem e contribuindo com a permanência dos
estudantes na instituição.
A instituição tem sua estrutura física adequada para receber estudantes portadores
de necessidades educacionais especiais de forma que podem circular com facilidade nas
dependências do Colégio, principalmente ao banheiro.
2.4 ARTICULAÇÃO ENTRE AS ETAPAS DE ENSINO
O Colégio Estadual “Prof.ª Reni Correia Gamper” - Ensino Médio, Profissional e
Normal, dá atenção até mesmo de antes efetuar a matrícula, quando acontece algum evento na
instituição, se faz questão de convidar as instituições para realizar a visita aos diferentes
trabalhos realizados pelos estudantes, sob a orientação dos professores, dos quais podemos
destacar: a Feira do Saber, Feira de Educação Profissional, bem como as atividades culturais
apresentadas pelos Projetos desenvolvidos na instituição.
Os estudantes das 1.ªs séries do Ensino Médio, recebem um acolhimento pessoal e
intelectual de forma diferenciada, na primeira semana são acompanhados por alguém da
equipe gestora que lhes apresenta toda a instituição, explicando-lhes a incumbência dos
profissionais de cada repartição. Após alguns dias de aula, a equipe pedagógica conversa com
os professores para conhecer as condições educacionais dos novos estudantes, primeiramente
conversamos em particular com os discentes para conscientizá-los das metas da instituição,
aguardamos algum tempo e se perdurar as mesmas condições, a equipe pedagógica realiza um
trabalho de sondagem com o intuito de conhecer os diferentes níveis de aprendizagem dos
37
diversos sujeitos inseridos na primeira série do Ensino Médio, após este levantamento, a
equipe conversa com os professores, para posteriormente iniciar um trabalho pedagógico
individual, paralelo para procurar sanar defasagens de alguns estudantes.
Se as dificuldades são mais acentuadas, chamamos a família para saber dos fatos e
nos apoiar na realização das atividades que serão enviadas para casa. O Regimento Escolar é
repassado no início de todo ano letivo por alguém da gestão escolar, é um momento de
explicar as normas que deverão ser seguidas por todas as pessoas que frequentam a
instituição, sempre explicamos o porquê que a entrada de estranhos só acontece com prévia
autorização, para evitar os convites aos amigos para ir até eles em horário de aula. O celular e
demais equipamentos não pedagógicos são proibidos, conforme a Lei Estadual, os pais são
comunicados por escrito, tomam ciência, assinam e devolvem para arquivarmos, caso haja
insistência por parte do discente, a família será convidada a vir ao colégio buscar o aparelho
do
2.5 ARTICULAÇÃO ENTRE DIRETORES, PEDAGOGOS, PROFESSORES, AGENTES
EDUCACIONAIS I E II
No Colégio Estadual prof.ª Reni Correia Gamper – EMPN, no início de cada ano
letivo acontece uma reunião com todos os profissionais, na qual o Diretor dá as boas vindas e
detalha todas as metas e objetivos, pelas quais cada um será responsável. Quando acontece
alteração no quadro de funcionários, há apresentações e designação de atividades. Se
acontecer alguma mudança ou algo que precise melhorar, acontece uma reunião na qual
direção explica aos funcionários que serão envolvidos na nova incumbência, para não deixar
nada a desejar no desempenho das funções e na organização escolar.
A equipe gestora preocupa-se com a organização do trabalho pedagógico e do
ambiente escolar para recepção dos professores no início do ano letivo.
O ambiente da instituição escolar é harmonioso, todos procuram trabalhar e
manter uma relação de respeito, amizade e colaboração.
Os professores, direção, equipe pedagógica e funcionários, esforçam-se para
promover e manter um relacionamento cooperativo de trabalho, principalmente no que diz
respeito aos planos e estratégias para uma educação de qualidade. Fica evidente que todos os
profissionais da educação procuram oferecer atendimento prioritário aos estudantes.
Quanto à participação dos pais, sempre se fazem presentes quando solicitados
para reuniões e eventos. No início do ano letivo se faz uma reunião com os pais dos
38
estudantes das primeiras séries, após os cumprimentos da direção, apresenta-se um vídeo de
motivação, de exemplificação, nesta oportunidade a direção, direção auxiliar e alguém da
equipe a convite da direção, expõe o funcionamento da instituição, os direitos e deveres dos
estudantes, deixam algum tempo livre para as perguntas que são respondidas pelo diretor ou
diretor auxiliar. Os pais são conscientizados que se precisarem vir ao Colégio durante o ano
letivo, que fiquem à vontade, que serão bem recebidos, pois são integrantes desta
Comunidade Escolar.
2.5 ARTICULAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO COM OS PAIS E/OU
RESPONSÁVEIS
A gestão escolar da instituição deve buscar, criativamente, várias formas de
incentivar os pais e/ou responsáveis a sentirem-se motivados a participar das instâncias
colegiadas, visitar a instituição, pois servirá de apoio aos gestores e ao próprio estudante, que
ao sentir o interesse dos seus pais, também apresentarão maior compromisso com o ensino-
aprendizagem, na convivência com os colegas, professores e equipe gestora.
O envolvimento dos familiares se dá amistosamente, através de reuniões para
demonstrar os objetivos da instituição em prol de seus filhos, informar como acontecem as
atividades no cotidiano, para apresentar as principais normas que os estudantes precisam
respeitar, para agradecer o empenho e apoio aos apelos da instituição escolar. São
apresentados através de slides às dependências, equipamentos, materiais didáticos e a
biblioteca, enfim o que temos para incrementar o ensino-aprendizagem.
No início de cada ano letivo os pais dos estudantes da 1.ª série são convidados
para uma reunião, momento em que o diretor e diretor auxiliar apresentam as metas da
instituição escolar, comenta-se sobre o Regimento Escolar, o que se exige dos professores
para que haja uma educação de qualidade, que é a principal preocupação desta instituição. É
cobrado comportamento exemplar de seus filhos, pois sabemos que formação, orientação,
educação familiar vem de berço e acreditamos que os senhores querem ser bem representados
pelos seus filhos. A educação escolar é de responsabilidade dos profissionais da educação,
que contamos com professores responsáveis, máxima formação que tem o respaldo e apoio da
gestão escolar.
Sempre que ocorre Mostra Cultural, Feira do Saber ou Oficinas dos Cursos
Profissionalizantes, os pais ou responsáveis são convidados a visitar a exposição dos trabalhos
39
confeccionados e explicados pelos estudantes no momento que os visitantes se aproximam do
local onde está acontecendo o evento.
Percebe-se que a comunidade escolar fica à vontade quando em visitação à instituição em
contato com os gestores, professores e estudantes.
2.6 FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO
A formação Continuada dos Profissionais da Educação é uma opção para a
melhoria da qualidade do ensino, dentro do contexto educacional contemporâneo. Segundo
Freire, “Ninguém nasce educador ou marcado para ser educador. A gente se faz educador, a
gente se forma, como educador, permanentemente, na prática e na reflexão da prática”.
FREIRE, (1991:58).
Ao perceber a formação continuada com reflexão que permeia a prática, o
educador se manterá atualizado, atuante no seu espaço histórico, crescendo no saber e na
responsabilidade.
O Colégio Estadual Professora Reni Correia Gamper – Ensino Médio,
Profissional e Normal, procura incentivar os professores e funcionários da instituição para que
sempre participem de cursos, seminários, palestras, pois entendemos que a formação
continuada, além de reforçar ou proporcionar os fundamentos e conhecimentos da disciplina e
da função de cada um, mantêm os profissionais atualizados quanto aos progressos, inovações
e exigências dos tempos modernos. A era da comunicação trouxe mudanças de
comportamentos pessoais e sociais das pessoas, exigindo uma reflexão sobre o papel da
educação, da instituição e do professor. Atualmente os professores precisam estar qualificados
para acompanhar a evolução das tecnologias e desempenhar o papel de mediador crítico entre
essas novas tecnologias e os estudantes, orientando-os nas pesquisas pela internet, em
download de filmes e composição de trabalhos com slides, para favorecer a compreensão dos
conteúdos propostos.
A Secretaria de Estado da Educação juntamente com os Núcleos Regionais de
Educação, oferecem capacitação através da Semana Pedagógica que acontece no primeiro e
segundo semestres, nas oficinas do Curso Formação em Ação, no PDE, na Equipe
Multidisciplinar e no GTR que é opcional, mas o docente que se propõem a participar, mesmo
sendo on-line, as trocas de experiências acontecem e muito se acrescenta no desenvolvimento
cultural.
40
A Equipe Multidisciplinar reuni-se para discutir sobre temas contemporâneos e
interessantes, após realizar o relatório é enviado ao NRE, e o participante é contemplado com
a certificação reconhecida na Progressão.
A instituição de hoje requer um profissional crítico, reflexivo, empreendedor e
com um comportamento mais politizado e dinâmico.
A formação continuada é uma forma deliberativa e organizada de crescimento
profissional. Os professores participam da Formação Continuada no primeiro e segundo
semestres do ano letivo, de cursos de capacitação, reuniões pedagógicas e grupos de estudo,
onde adquirem novos conhecimentos educativos, novas metodologias de ensino e dessa forma
contribuem para a formação daqueles que são e serão os educadores das atuais e futuras
gerações.
Os professores como profissionais, devem conhecer os conteúdos que vão ensinar,
proporcionando o desenvolvimento intelectual, social e afetivo do educando, dessa forma a
formação continuada deve ser vista como uma proposta voltada para a qualificação do
professor, tendo como meta a melhoria de sua prática docente, precisa ser tomada como um
processo constante estando sempre interligada com as atividades e práticas profissionais que
estão sendo desenvolvidas dentro da instituição.
A formação continuada é realizada com todos os agentes envolvidos na educação,
através de: Itinerantes, Semanas Pedagógicas, Pró-funcionário, Jornada pedagógica,
Seminários, Simpósios, Oficinas, Fóruns, Congressos, Equipe Multidisciplinar, etc.
2.7 ACOMPANHAMENTO E REALIZAÇÃO DA HORA-ATIVIDADE
No Colégio Estadual Professora Reni Correia Gamper – Ensino Médio,
Profissional e Normal a hora-atividade é baseada na Instrução 008/2015 – SEED/SUED.
Neste espaço de tempo os docentes, normalmente preparando os conteúdos a serem
trabalhados, corrigindo as avaliações, trocando experiências, informando-se sobre o
comportamento de determinados educandos, relatam as metodologias empregadas no
atendimento dos mesmos para obter êxito. Digitam no RCO as médias de cada avaliação, bem
como as respectivas notas da Recuperação. No final de cada trimestre as pedagogas dão o
visto, para a Secretaria migrar para o SERE. Quando o Laboratório do PROINFO está ocioso
os professores aproveitam para digitar atividades diferenciadas, avaliações e para pesquisar na
internet servindo de complementação das informações. O acompanhamento da hora-atividade
se dá através do Livro Ponto, em conjunto com as aulas.
41
A distribuição da hora atividade dos professores segue as normas contidas em
legislação vigente, priorizando – se: o coletivo de professores que atuam na mesma área de
conhecimento e/ou módulos; o coletivo dos professores que atuam na(s) mesma(s) turma(s),
série(s), etapa(s) do ciclo ou ano (s) dos diferentes níveis e modalidades de ensino.
A hora/atividade dos professores é uma conquista merecida pelos mesmos, pois os
ajuda no preparo e correção das atividades realizadas em sala de aula, para que os professores
realizem grupo de estudo, troca de experiências, pesquisas de aprofundamento, preparação
das aulas, das avaliações e outras atividades correlatas ao seu compromisso.
Para o desenvolvimento de práticas pedagógicas eficientes, com articulação de
conteúdos de modo que se efetue o processo de ensino-aprendizagem são empregados os
recursos didáticos pedagógicos disponíveis no Colégio e selecionados pelo professor como
recurso facilitador para melhor compreensão dos conteúdos pelos estudantes: TV pen drive,
sala de multimídia, laboratórios de informática – PROINFO, materiais ou equipamentos de
laboratório, para ser utilizados em aulas de Matemática, Física, Química e Biologia,
Laboratório de Enfermagem, Biblioteca e outros.
A discussão continuada e coletiva deve acontecer por meio de reuniões
pedagógicas mensais por disciplinas e áreas do conhecimento, com o intuito de trocar
experiências e refletir na própria prática aperfeiçoando-a para melhorar a contextualização dos
conhecimentos, preparação de materiais, pesquisas, dentre outros que se fizerem necessários
para o desenvolvimento das aulas. Durante o Conselho de Classe e na hora-atividade do
professor, são discutidas as principais dificuldades de aprendizagem dos estudantes para o
planejamento de aulas e práticas pedagógicas que possam enriquecer o processo de ensino.
2.8 ORGANIZAÇÃO DO TEMPO, ESPAÇO PEDAGÓGICO E CRITÉRIOS DE
ORGANIZAÇÃO DAS TURMAS
A gestão da instituição favorece o uso comum e democrático do espaço físico, dos
recursos, equipamentos, materiais e biblioteca, pois o que se possui está voltado para
aprendizagem dos estudantes. Para evitar transtornos, os espaços de uso comum são
agendados num cronograma para evitar coincidência de turmas no mesmo horário.
Procuramos envolver os pais e toda comunidade escolar, mantendo um contato direto e
amistoso através: de reuniões para informar, discutir e decidir assuntos relacionados à
instituição; na promoção de eventos; da comunicação frequente entre pais e professores.
42
É necessário investirmos na formação continuada de professores e funcionários e,
especialmente na formação dos futuros profissionais da educação, para que a curto e médio
prazo, possam construir conhecimentos, realizar pesquisas e desenvolver suas práticas
pedagógicas a partir de um diálogo sempre aberto às novas metodologias e concepções
educacionais.
Vivemos numa sociedade marcada pelo uso de tecnologias e essas tecnologias se
transformam rapidamente em hábitos, necessidades, formas de pensar, de obter informações e
de comunicar-se. A instituição conta com acesso à internet wifi, para facilitar aos professores,
equipe pedagógica que possuem notebook, possui ainda 40 (quarenta) computadores com
acesso à internet, sete impressoras a toner e uma impressora a jato de tinta para apoio ao
ensino - aprendizagem.
O horário de funcionamento do Colégio Estadual Professora Reni Correia Gamper
– Ensino Médio, Profissional e Normal, obedece à Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, para cumprir a carga mínima exigida de 800 (oitocentas) horas, distribuídas por um
número de 200 (duzentos) dias letivos. A instituição funciona no período matutino: das 7:45
às 12 h; vespertino: das 13 h às 17:15 h e noturno: das 19 h às 23 horas. Com relação à carga
horária, sempre que se faz necessário, há projeto de complementação de carga horária para o
comprimento das oitocentas horas.
Para a composição das turmas é considerado o horário de ônibus, pois temos uma
grande clientela que reside na área rural, trabalhadores do campo, que acabam tendo
prioridade nos horários, frequentando o período noturno e diurno. Fazem uso do transporte
escolar, que se torna na maioria das vezes, inviável em dias de chuva, para aqueles que
moram distante do asfalto e que na época de plantio e colheita faltam às aulas; porque a
prioridade é o trabalho. Têm como perspectiva constituir família e dar continuidade ao
trabalho dos pais nas terras recebidas como herança; o atendimento prioritário é pelo fato da
nossa instituição ser a única que oferece o Ensino Médio.
A distribuição de aulas é realizada seguindo o que estabelece a Legislação
Vigente da Secretaria Estadual da Educação, de acordo com a classificação enviada pela
mesma, sob a responsabilidade do Núcleo Regional de Educação, de acompanhar a
distribuição, assegurando que o professor de cargo efetivo, de acordo com sua classificação e
observado a compatibilidade de turno e horário, tenha acesso às aulas disponíveis.
O espaço escolar está organizado de modo a propiciar um ambiente acolhedor e
que reflita a concepção metodológica adotada pelo professor e pela instituição.
43
A entrada e saída dos estudantes, segue o estabelecido no Regimento Escolar, que
é apresentado a todas as turmas no início de cada ano letivo. O recreio é um curto espaço de
tempo, que é destinado para servir a merenda escolar aos estudantes, para a realização das
necessidades fisiológicas, lavar as mãos e beber água.
2.8.1 Ensino Médio
O Ensino Médio visa proporcionar aos estudantes domínio do conhecimento,
parte-se do pressuposto que o ser humano é histórico e dialético, isto é, que é resultado de um
processo histórico conduzido por ele mesmo e que, ao longo de sua história, produziu e
acumulou uma gama enorme de conhecimentos. Esse conhecimento produzido deve ser
considerado um patrimônio coletivo que precisa ser socializado. Nesse sentido, a instituição
passa a ter uma função social de garantir a todos o acesso aos conhecimentos historicamente
legitimados como importantes e fundamentais para o convívio em sociedade.
A integração entre a instituição e a comunidade se dá no dia-a-dia, as vezes
esporadicamente ou em eventos promovidos pela instituição escolar, tais como: reuniões,
palestras, encontros, exposições, feiras, shows, jogos escolares e também conversas informais
com pais e/ou responsáveis pelos estudantes.
O Ensino Médio tem o calendário organizado trimestralmente, de acordo com as
normas previstas na Legislação em vigor de cada curso e, conforme matrizes curriculares.
Para ser um lugar de educação ampla, onde se ensina o prazer na busca do conhecimento e
onde se usam todas as capacidades dos estudantes para o ensino-aprendizagem, a instituição
procura ter uma ampla parceria com os pais. E para ajudar a formar cidadãos deve assumir a
responsabilidade de ser uma referência na comunidade. Precisa-se preparar neste sentido, para
que todos os envolvidos com a educação comprometam-se a desenvolver seu papel dentro de
uma coordenação e unificação.
As turmas são heterogêneas formadas por estudantes da área urbana e rural
possibilitando as trocas de experiências das realidades distintas e tornando o processo ensino-
aprendizagem mais dinâmico.
O desenvolvimento cognitivo não é um processo previsível, universal ou linear,
ao contrário, ele é construído no contexto, na interação com a aprendizagem. Na sala de aula,
o professor assume o papel de mediador do conhecimento. O papel do professor é de provocar
nos estudantes avanços que não ocorrem espontaneamente, e, nesta intervenção, cria conflitos
44
que geram novos estímulos na busca incessante de aprimorar conhecimentos já estruturados,
tidos como verdades prontas e acabadas.
O papel do professor mediador é, no ambiente escolar, o de atuar com o objetivo
de desenvolver as funções psicológicas superiores. Esta atuação se concretiza através de
intervenções intencionais que explicitarão os sistemas conceituais e permitirão aos estudantes
a aquisição de conhecimentos sistematizados. O estudante e o conhecimento se relacionam
através da interação social, isto é, da atividade conjunta mediada. A produção do
conhecimento é um ato coletivo, o conhecimento não existe sozinho, está sempre impregnado
em algo humano (pessoa, livro, aparelho, meio sociocultural) reflete as formas de produção e
as relações de uma determinada sociedade.
No Ensino Médio os professores procuram levar em consideração no trabalho
escolar o conhecimento do educando (conhecimento do senso comum que o educando possui
sobre determinado assunto), relativos ao conteúdo, com o conhecimento científico, a ser
trabalhado de forma a possibilitar a re-elaboração pelo educando do seu conhecimento inicial,
o qual possibilitará novo conhecimento. A instituição tem por meta considerar as
potencialidades dos estudantes e a importância da concretização dos conceitos teóricos
(identificação dos conceitos em situações reais concretas) para que se possa avançar o
conhecimento inicial do estudante a ser permeado pelo conhecimento científico. No Ensino
Médio devemos ter como pressuposto o professor como mediador das interações práticas-
teóricas-práticas; considerar a sua prática como “um” dos espaços de produção do
conhecimento, e não o único.
Compreender que a realidade exige uma abordagem interdisciplinar, pois ela se
forma a partir da articulação dialética dos diferentes conhecimentos produzidos pelas
diferentes ciências. O trabalho interdisciplinar contribui para a inserção crítica do educando
em sua própria realidade e cria condições objetivas para a realização de um novo espaço de
apropriação do conhecimento não mais de forma fragmentada, e sim na sua totalidade. Assim,
nesse processo pedagógico, todos são considerados capazes de aprender através das interações
sociais, onde o educando possa ser desafiado a apropriar-se de conhecimentos científicos
significativos, abandonando a cultura da repetição de conceitos já elaborados e apropriados,
pois, aprender implica em apropriar-se de algo novo.
Além da participação dos estudantes em Concursos vestibulares ditos
convencionais, participam do PAS/UEM, Processo de Avaliação Seriada da UEM –
Universidade Estadual de Maringá – por esse processo o discente matriculado na 1ª série do
Ensino Médio realiza uma prova no final de cada uma das séries do Ensino Médio. A
45
pontuação acumulada nessas provas pode classificá-lo a uma vaga na Universidade. O
Colégio fez adesão ao PAS/UEM em 2009, onde muitos estudantes de primeira série foram
classificados e estão se preparando para as próximas etapas. Os conteúdos selecionados pela
UEM para as provas são organizados pelos professores de cada disciplina em seu Plano de
Trabalho Docente.
Quanto à participação no ENEM – Exame nacional do Ensino Médio, o Colégio
faz as inscrições dos estudantes utilizando o Laboratório de Informática – PROINFO, sob a
orientação de um Professor laboratorista, para assegurar-lhes a efetiva inscrição e ao mesmo
tempo incentivá-los a realizar as provas não só para o Ingresso em Universidades que utilizam
as médias do ENEM, mas também, para autoavaliação e preparação para as provas de
concursos vestibulares diversos.
Além disso, em dias chuvosos, os estudantes do campo têm dificuldades de acesso
à instituição devido à distância e estradas não asfaltadas. Essas ausências são compensadas
pelo professor na retomada de conteúdos.
2.8.2 Educação Profissional
Os Cursos de Educação Profissional, com exceção do Curso de Formação de
Docente, são na forma Subsequente, os Cursos de Enfermagem e Informática. Sendo que
Informática está organizado em três semestres letivos (300 dias letivos), o Curso Técnico em
Enfermagem subsequente, organizado em quatro semestres (400 dias letivos) calendário
escolar próprio e organizado bimestralmente.
2.8.2.1 Curso Formação de Docentes na Forma Integrada
O Curso de Formação de Docentes a Educação Infantil e dos Anos Iniciais do
Ensino Fundamental, em Nível Médio, na Modalidade Normal – Integrado, perfazendo 4.800
(quatro mil e oitocentas) horas/aula, perfazendo um total de 4.000 (quatro mil horas/relógio).
Este Curso segue o calendário organizado em trimestres e a avaliação é a descrita no PPP e no
Regimento Escolar.
A Autorização de Funcionamento aconteceu pela Resolução 122/06 e Parecer
763/05, o Reconhecimento pela Resolução 3.680/07 e Parecer 529/07.
O Curso funciona em regime presencial no período da manhã, (2ª, 3ª e 4ª séries) e
no período noturno (apenas a 3.ª série – iniciada em 2015), conforme Matriz Curricular. O
46
Estágio Supervisionado do Curso de Formação de Docentes – Integrado é desenvolvido nas
instituições que oferecem as séries iniciais do Ensino Fundamental Municipal e Particular.
Estes Estágios são orientados e avaliados pelo Professor Supervisor de Estágio, Professor
Coordenador do Curso, Professor Coordenador de Estágio e Professor Docente da Turma.
Antes da realização do Estágio nas instituições escolares do Ensino Fundamental
(séries iniciais e educação infantil), os estudantes deste Curso apresentam aulas para uma
banca constituída pelo professor de Estágio, Coordenador do Curso, Coordenador de Estágio,
Equipe Pedagógica do Colégio, Direção e/ou Direção Auxiliar.
2.8.2.2 Curso Técnico em Enfermagem na forma Subsequente
Autorização de funcionamento: Resolução 1405/09 e Parecer 83/2009, o Curso
Técnico em Enfermagem do Colégio Estadual Professora Reni Correia Gamper- Ensino
Médio, Profissional e Normal e a proposta de formar os estudantes Técnicos em Enfermagem,
em cidadãos críticos, reflexivos, responsáveis, criativos e comprometidos com as questões
sociais e políticas, participantes ativos na busca de uma qualidade de vida mais justa e digna
para toda a sociedade. É desenvolvido através de aulas teóricas e práticas, realizado em sala
de aula e laboratório de enfermagem, altamente equipado e com estágios nos hospitais
conveniados.
As aulas práticas são desenvolvidas no laboratório de Enfermagem com a
orientação do Professor da disciplina e supervisão e apoio do Professor laboratorista que
perfaz uma carga horária de 10 horas semanais no laboratório, para preparação do material e
organização do mesmo para o melhor desempenho das práticas previstas no Laboratório.
O curso iniciou em fevereiro de 2009, hoje conta com uma turma, totalizando 32 estudantes,
e com 80% dos professores especialistas. A formação profissionalizante do Colégio Estadual
Professora Reni Correia Gamper- Ensino Médio, Profissional e Normal prioriza princípios,
ética e humanização.
A fim de associar teoria e prática no primeiro ano, o estudante inicia seus estágios
nos serviços de saúde de Manoel Ribas e região, atuando nas Unidades Básicas de Saúde e
Hospital Municipal, em grupos de 06 estudantes acompanhados do professor orientador de
Estágio.
O campo de estágios é diversificado e os principais locais de aprendizado são:
Hospital Municipal Santo Antonio, Centro de Saúde do Município de Manoel Ribas; Hospital
Municipal Dr. Pietrobon do Município de Nova Tebas; Hospital Bom Jesus do Município de
47
Ivaiporã e Centro de Triagem do Vale do Ivaí do Município de Jandaia do Sul. No 4º
Semestre, o estudante terá uma experiência pré-profissional, com uma grande carga horária
(700 horas) de Estágio Supervisionado, no qual atua desenvolvendo todas as atividades de um
Técnico em Enfermagem. Durante o 4.º Semestre o estudante desenvolve o TCC –Trabalho
de Conclusão de Curso – com a orientação do Professor e da Coordenação de Curso e Estágio.
O TCC é apresentado a uma banca composta de Profissionais da área de Enfermagem, equipe
técnico-pedagógica do Colégio e Equipe da Direção.
No calendário de atividades estão diversos eventos, fórum de Estudantes, feira de
saúde e projetos comunitários como o projeto “Viver Bem” que está sendo realizado por
estudantes orientados pelos Professores e pela Coordenadora do Curso, com objetivo de
prevenir o câncer de mama.
Os docentes do Colégio Estadual professora Reni Correia Gamper, adotam um
método que liberta os estudantes para a imaginação, a análise e a ação, integrando-os à
comunidade e ao vasto campo de trabalho em diferentes níveis de assistência, tendo como
principal objetivo a prevenção, qualidade de vida e humanização.
O curso Técnico em Enfermagem deste Colégio é dirigido a cidadãos que amam
seu próximo, valorizando e respeitando em sua totalidade e dignidade, que busquem
capacitação e fundamentação teórica e científica contínua para prestar uma assistência
sistematizada, individualizada e humanizada, voltada para a prevenção, promoção e
reabilitação da saúde.
2.8.2.3 Curso Técnico em Informática na forma Subsequente
Autorização e Reconhecimento do Curso: Resolução 1824/05 e parecer 254/05.
Renovação de Reconhecimento: parecer 352/08 e Resolução 2485/08. Sabemos que a
tecnologia vem se desenvolvendo de forma avassaladora, principalmente a partir dos anos
noventa, transformando as relações das sociedades, dos mercados, das políticas e acima de
tudo as relações pessoais.
Frente a essa nova ordem, o Colégio Estadual Profª Reni Correia Gamper
implantou a partir do ano de 1998, o Curso Técnico em Informática para atender a demanda
municipal, regional e nacional, pois é sabido que nos próximos cinco anos, cem mil vagas
ficarão em aberto no Brasil por falta de profissionais capacitados.
Na perspectiva de oferecer uma educação de qualidade, a Direção, Coordenação
do Curso, Equipe Pedagógica e Professores buscam a formação de jovens que consigam
48
estabelecerem-se como sujeitos históricos, capaz de enfrentar a realidade cotidiana desses
novos tempos, produzindo novos conhecimentos, valores e cultura para transformar a sua
realidade com ações criativas. Os materiais ou equipamentos que contribuem para
dinamização das aulas de informática ou demais cursos quando estão ociosos, são:
Unid. Materiais/Equipamentos
40 Computadores
04 Notebook
O5 Projetor diebold acoplado
06 Projetores Data Show
06 Impressoras
03 TV Pendrive
02 Receptadores Para TV – Parabólica
04 Aparelhos de Som
02 Aparelhos DVD
01 Quadro branco
01 Tela para projeção de slides
Os Cursos Técnicos são organizados por semestres e/ou etapas com dois
bimestres cada. A avaliação é uma prática pedagógica que está diretamente ligada ao processo
de ensino – aprendizagem, ao desempenho e rendimento escolar do estudante. A avaliação
tem a função de diagnosticar o nível de apropriação de conhecimento pelo estudante. A
avaliação será contínua, cumulativa, somatória, prevalecendo os aspectos qualitativos sobre os
quantitativos. Os resultados serão expressos em notas de 0,0 (zero) a 10,0 (dez), organizada
em bimestres, deverão ser ofertadas três ou mais avaliações em cada disciplina, poderá ser
através de: avaliações escritas, orais, pesquisas, apresentação de trabalhos, workshop,
excursões e visitações à feira de negócios e desenvolvimento de oficinas relacionadas aos
conteúdos trabalhados. Após a avaliação percebendo-se que os conteúdos não foram
compreendidos, o professor fará a retomada utilizando novas metodologias, objetivando que o
estudante assimile os conteúdos e apresente melhoria na Recuperação Concomitante.
Durante o desenvolvimento do período de curso os estudantes serão estimulados a
realizarem pesquisas orientadas, bem como utilizar-se das normas da ABNT, com
apresentação para a turma e ao professor. No final do Curso os estudantes apresentarão um
49
Trabalho de Conclusão de Curso, com um assunto específico para cada estudante, a pesquisa
será nas normas da ABNT, o trabalho será orientado por um dos professores da turma e a
apresentação será para uma Banca composta pela Direção, Direção-Auxiliar, Coordenador do
Curso e Coordenador de Estágio, os Professores, Pedagoga e os demais estudantes da turma.
Art. 154. Do Regimento Escolar. Nos Cursos Técnicos Subsequentes ao Ensino Médio, a
média semestral (MS) em cada componente curricular será obtida pela média aritmética dos 2
(dois) bimestres letivos, de acordo com a seguinte fórmula:
MS = B1+B2
2
MS = Média Semestral
B1 = Nota do 1º bimestre
B2 = Nota do 2º bimestre.
O estudante que não obtiver a média igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero)
entrará para Conselho de Classe, no qual será feita uma análise de toda vida escolar do
estudante, suas melhorias e/ou progressos no processo de ensino-aprendizagem, participação
ativa nas aulas e durante o processo de recuperação de conteúdos, sempre priorizando os
dados qualitativos aos quantitativos do processo de ensino.
O Colégio Estadual Professora Reni Correia Gamper – Ensino Médio Profissional
e Normal, objetiva sempre estar em coerência com os princípios e recomendações das normas
nacionais. O rendimento mínimo exigido pela instituição é a média 6,0 (seis vírgula zero) por
disciplina.
A recuperação de estudos se caracteriza por estudos proporcionados aos
estudantes com dificuldades de aprendizagem e cujo rendimento escolar foi insatisfatório. A
recuperação de estudos será proporcionada de forma concomitante ao processo ensino-
aprendizagem é oferecida a todos os estudantes que desejarem melhorar seu desempenho.
Esta recuperação será planejada pelo professor, constituindo-se em um conjunto integrado ao
processo de ensino, além de se adequar às dificuldades do estudante. Será realizada através de
atividades diversas, fazendo com que o estudante realmente consiga compreender e sanar suas
dificuldades com relação ao conteúdo. Para aferição do bimestre, entre a nota da avaliação e
da recuperação, prevalecerá a nota maior.
Para ser considerado aprovado, o estudante deverá apresentar frequência igual ou
superior a 75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária do período letivo e média
anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero), resultante da média aritmética dos trimestres,
50
nas respectivas disciplinas. Não atingindo a média exigida, o estudante será submetido à
análise do Conselho de Classe, o qual analisará se o mesmo terá condições para dar
procedimento aos estudos, caso contrário o mesmo será considerado reprovado.
2.8.3 Programa de Ampliação de Jornada
2.8.3.1 Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo (Futsal)
Objetivos:
a) propiciar aos estudantes da rede estadual de ensino o acesso à prática esportiva em diversas
modalidades com vistas ao pleno desenvolvimento das habilidades específicas, levando em
consideração a idade cronológica dos estudantes;
b) promover a descoberta e o desenvolvimento de talentos esportivos no âmbito da instituição
de ensino da rede pública estadual;
c) possibilitar a formação de equipes esportivas para a participação nos Jogos Escolares do
Paraná e outros eventos similares.
- Organização didático-pedagógica das Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo
(AETE)
a) As Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo estão organizadas em modalidades
coletivas, atendendo as fases de aprendizagem:
Fase 1- Iniciação (fundamentos básicos das modalidades esportivas);
Fase 2 – Intermediária (aperfeiçoamento dos aspectos técnicos e táticos);
Fase 3 – Avançada (aprofundamento dos aspectos técnicos e táticos).
b) as modalidades individuais e/ou coletivas escolhidas deverão estar de acordo com o
Regulamento dos Jogos Escolares do Paraná – A instituição oferta Futsal.
c) a organização do trabalho pedagógico nas AETE deverá ser implementada, atendendo as
fases de aprendizagem em cada modalidade esportiva: coletivas e/ou individuais.
- Funcionamento das Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo
a) as Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo (AETE), quando desenvolvidas em
modalidades coletivas, deverão conter número mínimo de 20 (vinte) e número máximo de 25
(vinte e cinco) estudantes por turma, e nas modalidades individuais, com número mínimo de
10 (dez) e máximo de 25 (vinte e cinco) estudantes, considerando as fases de aprendizagem;
b) para as modalidades coletivas as turmas deverão ser constituídas por estudantes do mesmo
sexo, nas categorias A e B;
51
c) é vedada a constituição de turmas mistas para os esportes da modalidade coletiva;
d) a carga horária diária é de, no máximo, duas horas-aula sendo duas vezes por semana no
turno complementar: manhã, tarde ou noite e, excepcionalmente, em turno intermediário (das
17h às 19h); totalizando uma carga horária semanal de quatro horas-aula distribuídas de
segunda à sexta feira;
e) poderão participar das AETE estudantes do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, todos
regularmente matriculados na mesma instituição de ensino;
f) a instituição de ensino que ofertar as AETE deverá, obrigatoriamente, participar dos Jogos
Escolares do Paraná.
2.8.4 CELEM
A finalidade do CELEM é oportunizar o estudo de mais uma Língua Estrangeira
Moderna, além da que é contemplada na Matriz Curricular. Na instituição escolar, é ofertado
Espanhol, no período vespertino, com 160 horas anuais, nos níveis: P1 e P2, os quais
constituem o nível básico. A avaliação é a mesma utilizada no Ensino Médio, conforme
Regimento Escolar e Projeto Político Pedagógico.
2.8.5 Programa Geração Atitude
O Programa Geração Atitude é uma política pública estadual, instituída pela Lei
Estadual 18.763/16, publicada em 26 de abril de 2016, tendo como parceiros o Tribunal de
Justiça do Estado do Paraná, Ministério Público do Estado do Paraná, Secretaria de Estado da
educação e Assessoria Especial para Assuntos de Políticas Públicas para a Juventude.
O Programa “Geração Atitude” é um programa ligado ao Movimento Paraná Sem
Corrupção, que tem o objetivo de apoiar a formação cidadã de estudantes paranaenses,
promovendo a cidadania, a participação e o protagonismo juvenil.
Todas as ações do programa buscam disseminar informações e despertar o
interesse dos jovens para temas como: Cidadania, Democracia, Política, Eleições, Voto
Consciente, funcionamento do Ministério Público, dos Poderes Judiciário, Executivo e
Legislativo, entre outros.
O que se espera é que os estudantes, compreendendo melhor esses assuntos,
possam tornar-se transformadores da realidade, participando de discussões importantes
envolvendo a instituição, o bairro, a cidade, o Estado e o país, passando a atuar como
protagonistas de suas próprias histórias.
52
Etapas
O Geração Atitude será desenvolvido em três etapas:
a) Geração na Instituição:- Promotores de Justiça, em conjunto com as equipes pedagógicas
das instituições escolares, desenvolverão iniciativas como: palestras encontros com a
comunidade, concursos culturais, debates, passeatas, entre outras ações. As atividades terão
como foco a formação para a cidadania. Aos professores caberá trabalhar o conceito do Guia
do Cidadão com seus discentes. Aos promotores de Justiça, uma intervenção presencial na
instituição escolar, complementando e fortalecendo o trabalho iniciado em sala de aula pelos
professores.
b) Caravana da Cidadania:- Concurso que vai destacar trinta e duas melhores idéias para
mudar o Paraná, apresentadas por estudantes e professores da rede Pública Estadual de
Ensino, em forma de Projeto Lei. Os autores dos melhores projetos, que serão selecionados
pela SEED, receberão como prêmio uma viagem a Curitiba. Onde visitarão os pontos
turísticos da capital e as sedes do Ministério Público do Paraná e dos Três Poderes: Executivo,
Legislativo e Judiciário. O objetivo é possibilitar aos estudantes que conheçam os
representantes dos órgãos públicos e as lideranças políticas do Estado.
c) Gincana da Cidadania:- Programa televisivo que será gravado e veiculado pela TV Sinal,
para promover uma gincana entre instituições escolares, abordando temas ligados ao Guia do
Cidadão e a conhecimentos gerais. Divididos em três blocos, o programa terá como base uma
competição cultural entre as instituições escolares, com perguntas, respostas e desafios. O
intuito é despertar o interesse dos jovens a temas ligados à cidadania e incentivar a consulta
ao conteúdo Guia do Cidadão.
2.8.6 Programa Saúde na Escola
O Programa Saúde na Escola, instituído pelo Decreto Presidencial n.º 6.286/2007,
surgiu como uma política intersetorial entre os Ministérios da Saúde e da Educação.
O PSE tem a finalidade de contribuir para a formação integral das/dos estudantes
da rede pública de Educação Básica por meio de ações de prevenção, e atenção à saúde. As
ações do PSE, em todas as dimensões, devem estar inseridas no projeto político-pedagógico
da Instituição de Ensino.
As 12 ações do Programa Saúde na Escola
As Instituições de Ensino no decorrer do ano poderá escolher uma ou mais ações e
elaborar trabalhos que possam contribuir para a melhoria e qualidade de vida dos/das
53
estudantes. Educação em Saúde na Instituição escolar significa a formação de atitudes e
valores que levam o escolar à práticas conducentes à saúde. Deve estar presente em todos os
aspectos da vida escolar e integrada à educação global.
Ações de combate ao mosquito Aedes aegypti;
Promoção da segurança alimentar e nutricional e da alimentação saudável;
Direito sexual e reprodutivo e prevenção de DST/AIDS;
Prevenção ao uso de álcool, tabaco, crack, e outras drogas;
Promoção da Cultura de Paz, Cidadania e Direitos Humanos;
Promoção das práticas Corporais, da Atividade Física e do lazer nas instituições
escolares;
Prevenção das violências e dos acidentes;
Identificação de educandos com possíveis sinais de agravos de doenças em
eliminação;
Promoção e avaliação de Saúde bucal e aplicação tópica de flúor;
Verificação da situação vacinal;
Promoção da saúde auditiva e identificação de educandos com possíveis sinais de
alteração;
Promoção da saúde ocular e identificação de educandos com possíveis sinais de
alteração.
2.8.7 Biblioteca
A Biblioteca com acervo de aproximadamente onze (11.000) livros - ótima
estrutura de acolhimento - livre acesso às estantes, empréstimo de livros para os estudantes
ficarem de posse por até 30 dias, computadores com internet, que atende, prioritariamente os
estudantes, por agendamento, exclusivamente para pesquisas e trabalhos escolares. Os
funcionários da biblioteca possibilitam a toda comunidade escolar a livre escolha de obras
literárias e auxiliam nas pesquisas. Os professores desempenham importante papel na
conscientização de que ler é, compreender melhor o mundo, orientando e estimulando
atividades para que se formalizem hábitos de leitura espontâneas e prazerosas para promoção
efetiva da aprendizagem.
54
2.8.8 Laboratórios
Frente ao cenário de desenvolvimento tecnológico o Laboratório de Informática -
PROINFO atende ao Curso Técnico em Informática – Subsequente e nos períodos vagos
oferta possibilidades de pesquisas para os demais estudantes e professores.
O acesso às tecnologias de informação e comunicação, ampliam as
transformações sociais e uma série de mudanças na construção do conhecimento.
O Laboratório de Enfermagem equipado com todos os materiais necessários ao
ensino-aprendizagem, como por exemplo: bonecos simulando o corpo humano (RN e Adulto)
para a inserção de sondas, cateteres, aplicação de medicações – intramusculares, endovenosas
e subcutâneas; seringas, agulhas, esfignomanômetros; estetoscópios; aspirador de secreções,
leito hospitalar, inclusive com projetor permanente.
2.9 ÍNDÍCES DE APROVEITAMENTO ESCOLAR (INDICADORES EXTERNOS E
INTERNOS) ABANDONO/EVASÃO E RELAÇÃO IDADE/ANO
Pensar na qualidade da educação reflete na formação de cidadãos aptos a
enfrentarem os desafios do futuro. O que torna essencial conhecer as potencialidades
encontradas na instituição de ensino, bem como, as dificuldades e obstáculos que se
apresentarão no processo de ensino-aprendizagem pertinente à realidade vivenciada no chão
da instituição.
Com um bom conjunto de indicadores tem-se, de forma simples e acessível, um
quadro de sinais que possibilita identificar as falhas do ensino-aprendizagem em instituição de
ensino, de forma que todos tomem conhecimento e tenham condições de discutir e decidir as
prioridades de ação para melhorá-lo. Vale lembrar que esta luta é de responsabilidade de toda
a comunidade: pais, mães, professores, diretores, alunos, funcionários, conselheiros tutelares,
órgãos públicos, universidades, enfim, toda pessoa ou instituição que se relaciona e se
mobiliza por sua qualidade. Educação é um assunto de interesse público, mas está
principalmente no compromisso e mobilização da comunidade escolar para refletir, discutir e
agir pela melhoria da qualidade da educação.
Não existe uma forma única para o uso dos Indicadores da Qualidade na
Educação, este é um instrumento flexível, que pode ser usado de acordo com a criatividade e
a experiência de cada instituição. É importante o engajamento de todos, pois se o educando
55
perceber que um membro está desinteressado, corre-se o risco de inviabilizar as ações.
Precisamos providenciar os materiais necessários e disponibilizá-los para garantirmos êxito na
melhoria da qualidade educacional. Sempre que terminar a aplicação de ações ou projetos,
devemos avaliar para detectar os itens que devem ser melhorados. Envolver e incentivar os
discentes, demonstrando que são eles o público alvo de nossas ações, para que haja respaldo e
interesse dos mesmos. Para tanto, é muito importante contarmos com indicadores externos e
internos que sirvam como diagnóstico para subsidiar nossas ações, dos quais podemos
destacar como:
2.9.1 Indicadores Externos
SAEP (Sistema de Avaliação da Educação Básica do Paraná) se configura como
uma importante política pública de avaliação da educação, capaz de monitorar a qualidade do
ensino e da aprendizagem e ainda permitir a instituição uma análise criteriosa dos níveis de
apropriação de conhecimentos que os estudantes estão alcançando nas disciplinas de Língua
Portuguesa e Matemática com a educação oferecida na Instituição de Ensino.
O SAEP dispõe de uma Matriz de Referência composta por um conjunto de
descritores que explicitam dois pontos básicos do que se pretende avaliar: o conteúdo
programático a ser avaliado em cada período de escolarização e o nível de operação mental
necessário para a realização de determinadas tarefas. Tais descritores são selecionados para
compor a matriz, considerando-se aquilo que pode ser avaliado por meio de um teste de
múltipla escolha, cujos itens implicam a seleção de uma resposta em um conjunto dado de
respostas possíveis.
Essa ferramenta além de proporcionar um diagnóstico da aprendizagem, permite
uma análise detalhada do padrão de desempenho de cada estudante, além de estabelecer
relações do estágio alcançado pela instituição em relação à proficiência alcançado no Estado,
no Núcleo Regional de Educação, no Município e na Instituição.
Os dados coletados na avaliação do SAEP são analisados pelo coletivo escolar
propiciando o debate e a busca de soluções para uma contínua melhora na qualidade da
educação ofertada pela instituição escolar. Apesar de diagnosticarmos um percentual de
estudantes com grau de proficiência abaixo do básico, ao confrontarmos as médias desta
instituição com as médias alcançadas pelas demais instituições do Estado, bem como as do
Núcleo Regional de Educação, é possível observar que o colégio possui média superior a
maioria das instituições avaliadas, o que serviu como parâmetro para ser considerado como
56
instituição modelo das ações do PAD (Plano de Ações Descentralizadas), o qual tinha o
objetivo de partilhar as ações exitosas das instituições de maior com as de menor
desempenho.
Os dados coletados por este indicador nas disciplinas de Língua Portuguesa e
Matemática na instituição estão expressos nas tabelas abaixo.
57
58
ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) é uma prova elaborada pelo
Ministério da Educação para verificar o domínio de competências e habilidades dos
estudantes que concluirão o Ensino Médio.
59
Em Ciências Humanas e suas Tecnologias traz questões sobre as disciplinas de
História, Geografia, Filosofia e Sociologia; a de Ciências da Natureza e suas Tecnologias
cobra conhecimentos de Química, Física e Biologia; Linguagens, Códigos e suas
Tecnologias envolvem questões de Língua Portuguesa, Literatura, Língua Estrangeira (Inglês
ou Espanhol), Arte, Educação Física; a prova de Matemática e suas Tecnologias têm questões
de Matemática (Geometria e Álgebra). A Redação testa cinco competências: “Demonstrar
domínio da norma padrão da língua escrita”; “Selecionar, relacionar, organizar e interpretar
informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista”; “Elaborar
proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos”;
“Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da
argumentação”; e “Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando
os direitos humanos”.
Os resultados do ENEM auxiliam estudantes, pais, professores, diretores das
instituições e gestores educacionais nas reflexões sobre o aprendizado no Ensino Médio,
podendo servir como subsídio para o estabelecimento de estratégias em favor da melhoria da
qualidade da educação. Quando disponibilizados por instituição, os resultados agregados das
proficiências médias possibilitam a análise pela comunidade escolar e pelas famílias, para que
se percebam os avanços e desafios a serem enfrentados.
Neste indicador podemos considerar que a instituição possui média considerável,
observando que no ano de 2014 obteve a média - 485,9 sendo convidada a participar do
evento que ocorreu no auditório do campus Apucarana da Universidade Tecnológica Federal
do Paraná (UTFPR) de Solenidade de Premiação e Certificação das 15 Melhores Instituições
Estaduais e 15 Melhores Instituições Privadas da Regional Apucarana e 12 Melhores
Instituições (estaduais/privadas) da Regional Ivaiporã, levando em consideração o
desempenho junto ao Exame Nacional do Ensino Médio 2014 (Enem 2014).
2.9.2 Indicadores Internos
O Diagnóstico é a etapa mais importante de todo planejamento, pois representa o
momento em que os planejadores se defrontam com a realidade que pretendem alterar. Afinal,
um planejamento existe para modificar uma situação. O principal objetivo do diagnóstico é
ajudar a instituição a conhecer a situação presente e, a cada momento, tentar identificar os
principais problemas e desafios a serem superados. E para que ele reflita bem essa realidade,
precisa ser elaborado com a participação de toda a comunidade escolar.
60
De nada adianta os professores passarem um bimestre (trimestre) inteiro
avaliando, se tais dados não servirem para a reflexão nas reuniões pedagógicas e conselhos de
classe, o que possibilita deixar de lado as queixas de muitos professores, em prol da busca por
soluções para os problemas que prejudicam o processo de ensino-aprendizagem.
2.9.3 Programa de Combate ao Abandono Escolar (PCAE/SERP)
O problema do abandono aos estudos e da evasão é uma preocupação constante da
instituição, quando a equipe gestora não percebe a ausência do estudante, nossos professores
são responsáveis em passar o nome daqueles que atingiram cinco faltas, a equipe pedagógica
entra em contato com familiares ou responsáveis, para noticiar a ausência e levantar os
motivos das mesmas. Na maioria das vezes verificamos que houve negligência por parte dos
familiares ou responsáveis que não comunicaram à instituição da mudança ocorrida que levou
ao abandono, portanto há conivência.
Os estudantes que abandonam as aulas num ano e retornam no seguinte, geram
outro problema preocupante que é a distorção idade e série. Entre os motivos que levam ao
abandono, normalmente são: a necessidade de entrar no mercado de trabalho, a falta de
interesse pela vida escolar, dificuldades de aprendizado que podem acontecer no percurso
escolar, doenças crônicas, falta de incentivo dos pais, mudanças de endereço e outros. Para
serem minimizados, alguns desses problemas dependem de ações do poder público. Outros,
contudo, podem ser solucionado com iniciativas educacionais, oportunizados pela própria
instituição, pois somos responsáveis em assegurar as condições de ensino-aprendizagem,
mesmo persistindo tivemos 10% de abandono no Ensino Médio, principalmente do período
noturno.
Nossas ações são simples, mas intensas, além de telefonar, em alguns casos,
visitamos o estudante em sua casa, conversamos com os que estão frequentando, para
identificarem também a falta de determinado colega, para juntos resgatá-los para o ambiente
escolar. Algum sucesso é alcançado, em outros é fracasso, na maioria das vezes com a
concordância familiar ou dos responsáveis.
Acreditamos no funcionamento da Rede, porque teremos apoiadores de maior
relevância a serviço do combate ao abandono. A dinâmica funcionará sempre na observação
da frequência dos estudantes, as quais serão acompanhadas pelos professores que ao constatar
ausência do mesmo por cinco dias consecutivos ou sete dias alternados durante dois meses
(60 dias), comunica a equipe pedagógica utilizando o Controle Interno de Faltas Injustificadas
61
(anexo I), que investiga junto aos pais ou responsáveis legais através da “Busca Ativa”, que
possibilitem o seu retorno imediato à instituição, anotando todos os contatos realizados no
Formulário de Notificação Obrigatória de Estudante Ausente (anexo III).
A equipe pedagógica, Direção e Conselho escolar então, verificarão o motivo pelo
qual o discente está ausente das atividades escolares, buscando viabilizar o retorno deste
estudante para a instituição, motivando-o para garantir sua permanência no sistema
educacional, com acompanhamento em todas as suas necessidades e dificuldades visando o
sucesso deste no âmbito da instituição. Caso o estudante retorne às suas atividades normais, o
Diretor dará o ciente no Anexo I, que será arquivado.
Esgotados estes recursos, o discente ainda continua afastado de suas atividades
escolares, inclusive através da Busca Ativa, a equipe diretiva acionará a Rede de Proteção
Social da Criança e do Adolescente (Anexo V), que este órgão tome as medidas previstas em
Lei, e informará os encaminhamentos, através de ofício, à instituição. Todo o preenchimento
dos Formulários serão arquivados, na instituição, seguindo as orientações do passo a passo do
Programa Estadual de Combate ao Abandono Escolar do Governo do Estado do Paraná.
A Rede de Proteção envolve a ação de várias/áreas governamentais ou não, que
visam atuar em questões sociais de extrema complexidade, definindo estratégias para a
prevenção, atendimento e fomento de políticas públicas para crianças e adolescentes em
situação de risco.
A instituição escolar integra a Rede de Proteção e tem a responsabilidade, junto
aos outros agentes da rede, de identificar, notificar, atender e manter a atitude vigilante, de
acordo com a necessidade e gravidade do caso, com a proposição de ações preventivas.
Além da área da educação (instituição escolar), também fazem parte da Rede de
Proteção as áreas da saúde, da assistência social e da segurança pública que por meio de seus
atores, articulam ações no sentido de combater a violência contra a criança e o adolescente,
bem como garantir os seus direitos.
2.9.4 Prevenção ao uso de Álcool e outras Drogas e Enfrentamento às Violências na
Instituição de Ensino
O Colégio Estadual Prof.ª Reni Correia Gamper – EMPN desenvolve atividades
de prevenção ao uso de álcool e outras drogas no propósito de conscientizar, sobre como é
importante a prevenção ao uso/consumo de álcool, tabaco e outras drogas, bem como suas
respectivas consequências nas esferas biopsicossociais, de forma clara e objetiva.
62
São demonstradas as características do usuário de substâncias psicoativas, pois altera a função
cerebral e temporariamente muda a percepção, o humor, o comportamento, a consciência e
sua utilização contínua pode desenvolver uma doença chamada dependência. Daí a
importância de uma atuação preventiva com vistas a evitar a doença e promover a saúde.
Deixamos bem claro que não existe um modelo de programa de prevenção
predefinido, eles precisam estar adequados à realidade local, aos anseios e à cultura da
comunidade na qual estão inseridos. Quando é visível o uso das mesmas, a direção conversa
em particular demonstrando preocupação e amizade, motivo que está alertando o estudante
para não cair numa consequência caso retorne a ingerir álcool ou consumir outras drogas.
Nossa estratégia de prevenção é de comum acordo com o corpo docente, que se
preocupa, observa em sala de aula, quando necessário conversa com a direção e expõe as
atitudes, a equipe gestora somam esforços para trabalha-las, reforçando a autoestima e a
autoconfiança, a proposta é atuar antes que os problemas se instalem e se tornem crônicos. Os
professores desenvolvem a abordagem, demonstram através de pesquisa, slides e palestras, os
males que as drogas lícitas e ilícitas causam, os estudantes confeccionam cartazes, quadro
mural que são expostos no saguão da instituição.
Diante de um quadro de violência no âmbito escolar, faz-se necessário refletir
acerca de possibilidades de proteção aos adolescentes e enfrentamento ao fenômeno. O
desenvolvimento de fortes vínculos entre pais e filhos, uma disciplina fundamentada no
exercício do diálogo, adoção de políticas para a escola como um todo, currículos que
incentivam o desenvolvimento de atitudes e comportamentos não violentos e não
discriminatórios são alguns dos fatores que tendem a proteger os adolescentes da violência
escolar.
O enfrentamento da violência escolar, além de considerar dados sobre sua
magnitude, também perpassa pela compreensão do contexto social que a produziu,
considerando os fatos e a representação que ela adquire para as pessoas, familiares e
comunidades que interagem neste contexto. Neste sentido, objetivou-se, descrever e analisar
como ocorre o processo de enfrentamento da violência escolar na perspectiva dos diferentes
atores que compõem o cotidiano de uma comunidade escolar.
Na nossa instituição por se localizar em cidade do interior ou pelo fato de
trabalharmos o Regimento Escolar com nossos estudantes, e a maioria das famílias serem
conscientizadas das normas que seus filhos deverão seguir, raramente ocorrem violências no
ambiente escolar.
63
2.10 RELAÇÃO ENTRE PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO E DISCENTES
No relacionamento entre os professores com os estudantes, busca-se estabelecer
conhecimento mútuo, no decorrer do ano letivo, conservando um clima de amizade, respeito e
interesse. O (a) professor (a) é o principal responsável para conquistar e conservar na sala de
aula a capacidade de ouvir, refletir e discutir o nível de compreensão dos estudantes e de
aproveitamento entre o seu conhecimento e o dos estudantes. O professor deve buscar educar
para as mudanças, para a autonomia, para a liberdade, trabalhando o lado positivo dos
estudantes e para formar um cidadão consciente de suas obrigações e de suas
responsabilidades perante a sociedade. Os professores devem instigar seus estudantes a
desejarem uma aprendizagem, quando se aproveita o conhecimento da sua realidade para
mesclar com os conteúdos que fazem parte do Plano de Trabalho Docente, sempre que
possível na explanação oral dialogada.
A intervenção do professor em sala de aula tem a função de qualificar o trabalho
do estudante e, ao mesmo tempo, possibilitar ao professor compreender como o estudante está
construindo seus conhecimentos.
Para o bom funcionamento de uma instituição é necessário que sejam
estabelecidas normas de convívio. O Regimento Escolar desta instituição escolar estabelece
os direitos e deveres que deverão ser respeitados por todos os integrantes.
No Colégio Estadual Prof.ª Reni Correia Gamper, as normas de convívio são
apresentadas em todas as turmas e turnos, sempre no início de cada ano letivo, nas reuniões
com pais, para conscientizá-los das normas que seus filhos seguem na instituição. Aos
professores são repassados na primeira reunião pedagógica de cada ano. As normas são
levadas a sério e com muita cobrança, sempre que surgem situações de descuido, relapso de
descumprimento, os professores conversam com os discentes, não sendo solucionado, tendo o
estudante desrespeitado novamente as normas, o (a) professor (a) encaminha-o para a equipe
pedagógica, que primeiramente conversa para relembrá-lo sobre o conhecimento que o
mesmo possui sobre o Regimento Escolar, no que se refere em direitos e deveres, isto na
primeira vez. Quando acontece reincidência, registra-se em uma ficha própria onde se relata o
acontecido em sala de aula e a atribuição que o estudante terá enquanto estiver ausente da sala
de aula.
O ambiente escolar propicia um bom relacionamento entre os profissionais da
educação, pois é visível a respeitabilidade e igualdade entre todos. Percebe-se que quando é
necessário, os professores, a equipe gestora e os funcionários colaboram no momento de
64
servir a merenda escolar. Todos procuram desempenhar da melhor forma sua função, esse
trabalho coletivo faz a diferença no atendimento e no bom exemplo que os estudantes
contemplam.
65
3.0 FUNDAMENTOS TEÓRICOS (MARCO CONCEITUAL)
“Não basta conhecer o mundo. É preciso
transformá-lo”.
(Skinner)
A visão que se tem de mundo e de homem desde o finalzinho do século XX e
início do século XXI, é que experimentamos uma profunda transformação, sem precedentes
na história mundial, imersa na revolução técnico-científica e no irreversível processo de
globalização, com seus aspectos positivos e negativos, que afetam todas as esferas da vida, os
padrões de trabalho, as relações sociais e da família, acima de tudo, a educação.
É preciso através da educação, construir uma sociedade que opte pelo respeito e
defenda os direitos individuais e sociais da pessoa e favoreça o exercício da cidadania,
estimulando as relações democráticas e participativas, assegurando a liberdade de associação
e organização.
A construção de uma “sociedade livre, justa e solidária” (Constituição Brasileira
de 1.998, Art. 3, I) se baseia na dignidade da pessoa e no exercício de sua organização e
participação nas estruturas sociais. Assim sendo, a pessoa é desafiada a comprometer-se, a dar
sua contribuição, para construir uma sociedade na qual os valores da justiça, fraternidade e da
participação sejam respeitados e assumidos. Uma sociedade provocadora de um processo
sociocultural consciente, livre, criativo, responsável e participativo, voltado para a realidade e
orientado para a valorização do homem.
Quando falamos em conhecimento, podemos então deduzir que,
aprendizagem é o processo pelo qual o indivíduo adquire informações, habilidades, atitudes e
valores a partir de seu contato com a realidade, com o meio ambiente e com as pessoas.
A fundamentação teórica nos é dada por Vygotsky, para ele a ideia de
aprendizado inclui a interdependência dos indivíduos envolvidos no processo ensino-
aprendizagem, isto é, a relação entre aquele que aprende e o que ensina. Em outras palavras, o
aprendizado ocorre na interação social. Ele dá relevante importância ao papel do outro no
desenvolvimento dos indivíduos, pois considera que um indivíduo só se desenvolve em
relação ao ambiente cultural em que vive com o suporte de seu grupo de iguais.
Nessa visão Vygotskiana, cabe ao educador o papel de interventor, desafiador,
mediador e provocador de situações que levem os estudantes a aprenderem a aprender. O
trabalho didático deve, portanto, propiciar a construção do conhecimento pelo estudante.
66
A atividade docente é sistemática, científica e intencional, na medida em que toma
objetivamente (conhecer) o seu objeto (ensinar mais e aprender), sendo a principal função do
professor, a mediação e a transformação, formando um cidadão consciente que seja capaz e
suficiente de exercer a democracia, contextualizando seus conhecimentos com a realidade e
vivências da sociedade, tendo em vista as contradições sociais presentes na sociedade
brasileira: injustiça social, violência, criminalidade, corrupção, desemprego, falta de
consciência ecológica, violação de direitos, deterioração de serviços públicos, dilapidação do
patrimônio social, falta de respeito etc., que só se fazem agravar com o passar dos tempos.
A aprendizagem precisa ser uma experiência bem sucedida, para que o estudante
construa uma representação de si mesmo como alguém capaz de aprender.
O processo de avaliação numa perspectiva democrática tem que superar o ato de
medir quantitativamente resultados esperados, o que acaba sempre por confundir o mais
importante com o mais mensurável.
A avaliação é parte integrante da aprendizagem, boas atividades pedagógicas
devem prever formas de avaliar continuamente o desempenho dos estudantes e recuperar as
dificuldades assim que elas surgem.
O Currículo expressa uma intencionalidade da concepção de educação escolar.
Visa a seleção de conteúdos e práticas pedagógicas diferenciadas para a formação integral do
cidadão, tornando-o um sujeito transformador da sociedade, apropriando-se de conhecimentos
históricos, científicos, culturais, filosóficos, artísticos, ou seja, conteúdos universais que
devem ser socializados para todos, além de atividades curriculares que complementam a
formação do educando como: CELEM, Jogos Escolares, Gincana Cultural e outros projetos
que contribuem para o sucesso do ensino-aprendizagem.
Os conteúdos organizados dentro do currículo devem propiciar condições para o
acompanhamento das novas mudanças e avanços científicos e tecnológicos que a globalização
trouxe e que é um processo irreversível, mas passível de mudanças, adequação e adaptação.
Desta forma tudo o que faz parte do currículo precisa estar em consonância com o novo
mundo e a realidade local de cada comunidade escolar.
A instituição enquanto acolhedora das diversidades existentes, procura extirpar
todo tipo de preconceito e discriminação, valorizando a identidade cultural do estudante,
contribuindo para a socialização da mesma e o favorecimento de uma vida com maior
satisfação individual e melhor convivência social.
67
3.1 EDUCAÇÃO, HOMEM (INFÂNCIA, ADOLESCÊNCIA, JUVENTUDE, ADULTO E
IDOSO), MUNDO, SOCIEDADE E CIDADANIA
A Educação, em sentido amplo, representa tudo àquilo que pode ser feito para
desenvolver o ser humano e, no sentido estrito, representa a instrução e o desenvolvimento de
competências e habilidades. A educação vai se desenvolvendo através de situações
presenciadas e experiências vividas por cada indivíduo ao longo da sua vida.
O conceito dado pelo art. 1º da Lei nº 9394 de 1996 - Lei de Diretrizes e Bases - tornou mais
abrangente tal definição ao dizer que a educação abrange os processos formativos que se
desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino
e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações
culturais.
A educação é de suma importância para a transformação da realidade e
dependendo do ponto de vista, vai se trilhando um caminho para o aperfeiçoamento do ser
humano e como este pode conviver melhor com o outro.
A Lei nº 8.069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) representou uma
mudança de paradigma na área da infância e da adolescência, estes passaram a ser
considerados como “sujeitos de direitos” e não mais como “menores” que eram vistos como
objetos da ação do Poder Público.
Pensar a infância e a adolescência nessa nova perspectiva significa reconhecer que
nessa fase da vida os indivíduos se encontram em pleno desenvolvimento biopsicossocial e
que, portanto, necessitam de atendimento e cuidados especiais para se desenvolverem
plenamente.
Tanto a criança quanto o adolescente são sujeitos de direitos e a educação é um de
seus direitos fundamentais. Portanto, a educação, prática social que oportuniza a experiência
com o conhecimento científico e a cultura, precisa garantir a construção e a apropriação de
conhecimentos produzidos pela humanidade, ao longo de sua história e eleitos como mais
significativos para serem trabalhados na instituição. Esses conhecimentos devem ser
articulados aos conceitos cotidianos formulados pelas vivências práticas e pelas relações do
mundo vivido.
O homem é um ser em processo permanente de autoconhecimento e crescimento,
que transforma e é transformado. Participante, ativo na construção da história e do
conhecimento devendo ser solidário nas relações com a natureza, com seus semelhantes, na
68
busca constante da harmonia consigo e com o mundo, procurando construir uma sociedade de
justiça e igualdade.
A sociedade é um espaço de interação humana na qual se reflete a maneira de ser,
agir e pensar de um povo. Para que haja uma boa convivência, deve-se primar pela
solidariedade, fraternidade, justiça, igualdade de direitos e liberdade de expressão. Enfim, a
sociedade deve ser um espaço em que se pregue a diversidade, concebendo-a como parte da
condição humana.
A Lei 10.741 de 03 de outubro de 2003, dispõe sobre a instituição do Estatuto do
Idoso, assegurando os direitos das pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, e
atribuindo à família, à comunidade, à sociedade a ao Poder Público, o dever de efetivar, com
absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte,
ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência
familiar e comunitária.
O Colégio Estadual Professora Reni Correia Gamper – Ensino Médio,
Profissional e Normal, trata como sua função social produzir conhecimentos e criar relações
positivas e democráticas entre os sujeitos envolvidos no processo educativo, para que a
instituição seja efetivamente uma instituição cidadã, que priorize o acesso, permanência e
sucesso dos estudantes, primando pela cidadania.
A cidadania contribui para a construção da identidade, já que, dentre outros
aspectos, valorizam a pessoa, o ambiente o patrimônio, criando a sua própria identidade entre
os demais cidadãos e o país, visando cumprimento de deveres e a conscientização de direitos,
valorizando-se como pessoa, aprendendo a valorizar o outro, o ambiente, o patrimônio
histórico-cultural brasileiro a instituição como espaço para conhecer o país em que nasceram e
vivem os brasileiros, identificando as características físicas, históricas, antropológicas e
culturais do país, tomando consciência dos problemas locais, estaduais e do Brasil.
Construir uma nação livre, soberana e solidária onde o exercício da cidadania não
se constitua privilégio de uns poucos, mas direito de todos deve ser a grande meta a ser
perseguida por todos os segmentos da instituição.
A construção da cidadania envolve um processo de formação de consciência
pessoal e social, de reconhecimento desse processo em termos de direitos e deveres. A
realização se faz através das lutas contra as discriminações, da abolição das barreiras
existentes entre indivíduos e contra as opressões e os tratamentos desiguais, isto é, pela
extensão das mesmas condições de acesso às políticas públicas e pela participação de todos na
tomada de decisões. É condição essencial da cidadania, reconhecer que a emancipação
69
depende fundamentalmente do interessado uma vez que, quando a desigualdade é somente
confrontada na arena pública, reina a tutela sobre a sociedade, fazendo-a dependente dos
serviços públicos.
O perfil da cidadania e trabalho almejado pela instituição é de que o estudante
tenha um ideal e deseje a construção de uma sociedade mais igualitária, aprenda a respeitar as
necessidades individuais e o trabalho cooperativo valorizando a localidade em que mora
sabendo aproveitar os recursos existentes na comunidade como também criando e inovando
medidas tecnológicas em sua propriedade, sendo uma pessoa criativa e com ampla visão do
mundo que o rodeia.
A Instituição procura meios de atuações diversas no que se refere ao conteúdo,
utiliza técnicas de estudo dirigidas em recursos tecnológicos tais como, a televisão e técnicas
audiovisuais, procura desenvolver a reflexão e aproveita as experiências existentes buscando
favorecer o fluxo de informações dentro e fora da instituição, realizando, visitas, pesquisas,
palestras, debates e excursões.
3.2 FORMAÇÃO HUMANA INTEGRAL, CULTURAL, TRABALHO E ESCOLA
A formação humana integral depende de muitos fatores, dentre eles podemos
afirmar como primordial que é aonde tudo começa – a família.
A cultura é entendida como um conjunto de comportamentos, saberes e saber
fazer característico de um grupo humano ou de uma sociedade dada, sendo essas atividades
adquiridas através de um processo de aprendizagem, transmitidas ao conjunto de seus
membros. Desse modo, os membros da comunidade farão as mesmas coisas, do mesmo
modo, terão as mesmas técnicas e terão saberes e comportamentos semelhantes.
Por isso a instituição procura valorizar o multiculturalismo existente na variedade
de culturas no espaço escolar. A instituição precisa possibilitar o cultivo dos bens e aspectos
culturais que caracterizam determinadas regiões, tem a possibilidade de ampliar seu universo
de conhecimento, de melhorar o nível de compreensão sobre o mundo, de integrar-se nele de
modo mais eficaz e produtivo, levando em conta a diversidade cultural e o compromisso da
instituição com o resgate da mesma.
Conforme Freire:
“Na história de sua cultura, o ser humano atinge o ontem, reconhece o hoje e
descobre o amanhã. O homem existe no tempo e no espaço, tem consciência,
está dentro, está fora, herda, incorpora, modifica, não está preso a um tempo,
a um hoje, permanente, está aberto ao diálogo”. (FREIRE, 1996 p.49).
70
O trabalho dignifica o homem, promove sua realização, sua formação inicia - se
na família e desenvolve-se na instituição escolar, com as oportunidades que lhes são
oferecidas e das atitudes que são cobradas, preparando o estudante para o trabalho.
3.3 GESTÃO ESCOLAR, CURRÍCULO, CUIDAR E EDUCAR
A exigência do caráter democrático da gestão escolar decorre de vários fatores,
entre eles, a especificidade da educação escolar, decorre do próprio sentido e razão de ser da
instituição. A função de garantir educação básica de qualidade a todos os cidadãos, não se
realiza sem que haja um trabalho compartilhado e, portanto, uma gestão democrática. A
instituição é o espaço social especializado da formação humana. Esta formação implica em
sua essencialidade, respeito às diferenças e autonomia.
O contexto sócio histórico, a evolução do processo produtivo e da base das
relações entre as pessoas, grupos e povos exige cada vez mais o caráter democrático da gestão
da instituição. A inserção humana na produção está em profunda transformação que afeta,
inclusive a forma da relação entre as pessoas nela envolvidas. O conhecimento, como base
material das relações, amplia tanto a exigência como as possibilidades e condições da Gestão.
Segundo Aranha:
(…) a questão do diálogo, do clima de troca e cumplicidade se fazem
importante numa escola radicalmente democrática. Reconhecer os docentes
como sujeitos do processo de ensino-aprendizagem, como educadores em
toda a dimensão do termo, é essencial. Mas, reconhecê-los também como
gestores ou co-gestores do seu trabalho é a linha divisória entre uma
mudança real ou fictícia no interior das escolas. ARANHA (2005, p. 81).
Sentir-se parte integrante da instituição, participando efetivamente de tudo o que
cerca a instituição, faz com que o professor possa ter mais consciência do seu papel, perceba-
se não como unidade da instituição, mas como integrante de uma grande equipe que trabalha
coletivamente por um único objetivo: a educação. Dessa forma, o professor conseguirá sentir
o seu trabalho mais dinâmico, integrante de um processo juntamente com os demais
professores, trocando experiências, sendo auxiliado na solução de problemas e na diversidade
de sua realidade.
71
Na gestão escolar deve haver compreensão da administração escolar e esforços
coletivos para implementos dos fins da educação, assim como a compreensão e aceitação do
princípio de que a educação é um processo de emancipação humana.
A gestão escolar está vinculada aos mecanismos legais e institucionais e à
coordenação de atitudes que propõe a participação social, no planejamento e elaboração de
políticas educacionais, na tomada de decisões, na escolha do uso de recursos e prioridade de
aquisição, na execução das resoluções colegiadas, nos períodos de avaliação da instituição e
da política educacional. Com a política de universalização do ensino, deve-se estabelecer
como prioridade educacional a democratização do ingresso e permanência dos (das)
estudantes na instituição, assim como a garantia social da educação.
A gestão escolar da educação é, ao mesmo tempo, transparência e impessoalidade,
autonomia e participação, liderança e trabalho coletivo, representatividade e competência.
Através de um planejamento participativo, desde o momento do diagnóstico,
passando pelo estabelecimento de diretrizes, objetivos e metas, execução e avaliação, a
instituição pode desenvolver projetos específicos de interesse da comunidade escolar.
A gestão democrática da instituição significa, portanto, a conjunção entre
instrumentos formais como a eleição de diretor, Conselho Escolar e práticas efetivas de
participação que conferem a cada instituição sua singularidade, articuladas em um sistema de
ensino que igualmente promova a participação nas políticas educacionais mais amplas.
O Currículo Escolar deve contemplar a cultura local de nossos estudantes, não
pode ficar alheio às diversas identidades socioculturais que contracenam no cenário escolar. O
currículo deve representar por igual os interesses, as necessidades, os objetivos, as formas de
pensamento, expressão e comportamento dos diferentes grupos que constituem o mosaico
cultural das nossas instituições.
O Colégio Estadual Professora Reni Correia Gamper – Ensino Médio,
Profissional e Normal, procura manter a cultura local, fazendo com que os estudantes
valorizem e preservem os valores históricos e culturais da localidade onde reside. Também se
deve levar até os estudantes o conhecimento da cultura de outras etnias, de outros povos para
que possam compreender de forma mais clara a sociedade em que estão inseridos, incentivar a
participação política e social sendo esta uma meta a ser almejada, pelo fato da maioria dos
estudantes descendentes de italianos e alemães apresentarem características individualistas.
Cabe às metodologias empregadas pela instituição mudar esta mentalidade e
atitudes, incentivando aos estudantes à participação, sendo na criação do Grêmio Estudantil e
aprendendo a reivindicar necessidades da comunidade coletivamente, que tenham
72
conhecimento dos seus direitos e deveres. A instituição, em parceria com os pais procura
manter os estudantes no local, garantindo a eles o acesso à instituição até que concluam o
Ensino Médio. Assim, decidiu-se em trabalhar temas direcionados às “Noções de
Desenvolvimento Sustentável” para que os estudantes adquiram conhecimentos variados, e
possam se manter na área rural.
O currículo da instituição segue orientações das Diretrizes Estaduais de Ensino. A
flexibilidade do currículo acontece de acordo com as mudanças econômicas e sociais pelas
quais o país atravessa, onde prevê adaptações e assegura aos estudantes, oportunidades de
enfrentar, seguramente o mundo globalizado em que se encontra inserido.
O currículo é o projeto que determina os objetivos da educação escolar e propõe
um plano de ação adequado para a consecução dos objetivos propostos. Supõe selecionar, de
tudo aquilo que é possível ensinar, o que vai se ensinar num entorno educativo concreto. O
currículo especifica o que, como e quando ensinar e, o que, como e quando avaliar e deve ser
planejado e desenvolvido por séries e por disciplinas, de acordo com as experiências e a
realidade dos estudantes.
A Educação Básica é direito universal e alicerce indispensável para a capacidade
de exercer em plenitude o direto à cidadania. É o tempo, o espaço e o contexto em que o
sujeito aprende a constituir e reconstituir a sua identidade, em meio a transformações
corporais, afetivo-emocionais, sócio-emocionais, cognitivas e socioculturais, respeitando e
valorizando as diferenças. Liberdade e pluralidade tornam-se, portanto, exigências do projeto
educacional.
Da aquisição plena desse direito depende a possibilidade de exercitar todos os
demais direitos, definidos na Constituição, no ECA, na legislação ordinária e nas inúmeras
disposições legais que consagram as prerrogativas do cidadão brasileiro.
Somente um ser educado terá condição efetiva de participação social, ciente e
consciente de seus direitos e deveres civis, sociais, políticos, econômicos e éticos.
Nessa perspectiva, é oportuno e necessário considerar as dimensões do educar e
do cuidar, em sua inseparabilidade, buscando recuperar, para a função social da Educação
Básica, a sua centralidade, que é o estudante. Cuidar e educar iniciam-se na Educação Infantil,
ações destinadas a crianças a partir de zero ano, que devem ser estendidas ao Ensino
Fundamental, Médio e posteriores. Cuidar e educar significa compreender que o direito à
educação parte do princípio da formação da pessoa em sua essência humana.
Trata-se de considerar o cuidado no sentido profundo do que seja acolhimento de
todos - crianças, adolescentes, jovens e adultos - com respeito e, com atenção adequada, de
73
estudantes com deficiência, jovens e adultos defasados na relação idade-escolaridade,
indígenas, afrodescendentes, quilombolas e povos do campo.
Educar exige cuidado; cuidar é educar, envolvendo para: acolher, ouvir, encorajar,
apoiar, no sentido de desenvolver o aprendizado de pensar e agir, cuidar de si, do outro, da
escola, da natureza, da água, do Planeta. Educar é, enfim, enfrentar o desafio de lidar com
gente, isto é, com criaturas tão imprevisíveis e diferentes quanto semelhantes, ao longo de
uma existência inscrita na teia das relações humanas, neste mundo complexo. Educar com
cuidado significa aprender a amar sem dependência, desenvolver a sensibilidade humana na
relação de cada um consigo, com o outro e com tudo o que existe, com zelo, ante uma
situação que requer cautela em busca da formação humana plena.
A responsabilidade por sua efetivação exige corresponsabilidade: de um lado, a
responsabilidade estatal na realização de procedimentos que assegurem o disposto nos incisos
VII e VIII, do artigo 12 e VI do artigo 13, da LDB; de outro, a articulação com a família, com
o Conselho Tutelar, com o juiz competente da Comarca, com o representante do Ministério
Público e com os demais segmentos da sociedade. Para que isso se efetive, torna-se exigência,
também, a co-responsabilidade exercida pelos profissionais da educação, necessariamente
articulando a escola com as famílias e a comunidade.
Nota-se que apenas pelo cuidado não se constrói a educação e as dimensões que a
envolvem como projeto transformador e libertador. A relação entre cuidar e educar se
concebe mediante interiorização consciente de eixos norteadores, que remetem experiência
fundamental do valor, que influencia significativamente a definição da conduta, no percurso
cotidiano escolar. Não de um valor pragmático e utilitário de educação, mas do valor
intrínseco àquilo que deve caracterizar os comportamentos de seres humanos, que respeitam a
si mesmos, aos outros, à circunstância social e ao ecossistema.
Valor este fundamentado na ética e na estética, que rege a convivência do
indivíduo no coletivo, que pressupõe relações de cooperação e solidariedade e de respeito à
liberdade. Cuidado, por sua própria natureza, inclui duas significações básicas, intimamente
ligadas entre si: a primeira consiste na atitude de solicitude e de atenção para com o outro; a
segunda é de inquietação, sentido de responsabilidade, isto é, de cogitar, pensar, manter
atenção, mostrar interesse, revelar atitude de desvelo, sem perder a ternura (Boff, 1999, p. 91),
compromisso com a formação do sujeito livre e independente daqueles que o estão gerando
como ser humano capaz de conduzir o seu processo formativo, com autonomia e ética.
Cuidado é, pois, um princípio que norteia a atitude, o modo prático de realizar-se,
de viver e conviver no mundo. Por isso, na escola, o processo educativo não comporta uma
74
atitude parcial, fragmentada, recortada da ação humana, baseada somente numa racionalidade
estratégico procedimental. Inclui ampliação das dimensões constitutivas do trabalho
pedagógico, mediante verificação das condições de aprendizagem apresentadas pelo estudante
e busca de soluções junto à família, aos órgãos do poder público, a diferentes segmentos da
sociedade. Seu horizonte de ação abrange a vida humana em sua globalidade é essa concepção
de educação integral que deve orientar a organização da escola, o conjunto de atividades nela
realizadas, bem como as políticas sociais que se relacionam com as práticas educacionais. Em
cada criança, adolescente, jovem ou adulto, há uma criatura humana em formação e, nesse
sentido, cuidar e educar são, ao mesmo tempo, princípios e atos que orientam e dão sentido
aos processos de ensino- aprendizagem e de construção da pessoa humana em suas múltiplas
dimensões.
A educação brasileira precisa assumir com urgência o desfio de propor e lutar por
uma instituição de ensino emancipadora e libertadora.
3.4 ENSINO-APRENDIZAGEM, ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO,
CONHECIMENTO, AVALIAÇÃO, TECNOLOGIA
É preciso que os educadores se percebam como organizadores de situações
didáticas e de atividades que tenham sentido para os estudantes, envolvendo-os e, ao mesmo
tempo, gerando aprendizagens fundamentais; o educando deve ser considerado como um
sujeito que sabe criticar e receber críticas e capaz de refletir em relação a si e aos sujeitos
inseridos em determinado contexto social, fazendo parte do mundo em movimento, podendo
então ser considerado como um agente de transformação social.
O principal objetivo do Colégio Estadual Professora Reni Correia Gamper –
Ensino Médio Profissional e Normal é elevar o nível do ensino-aprendizagem e que a maior
parte do tempo do estudante seja gasto com atividades que possibilitem essa aprendizagem.
Esses objetivos serão atingidos através do desenvolvimento de “habilidades”,
aproveitando as informações que os estudantes absorvem dos meios de comunicação escritos
e televisivos, de seu ambiente e do ambiente escolar.
O conceito de alfabetização baseia-se no ensino do sistema alfabético de escrita,
ou seja, capacidade de decodificar os sinais gráficos e codificar os sinais de fala, mas além de
ensinar e aprender as habilidades de codificação e decodificação é necessário o domínio
desses conhecimentos para o uso nas práticas sociais de leitura e escrita, a partir disso surge o
termo “alfabetização e letramento”.
75
Segundo o caderno Pró Letramento do Ministério da Educação:
“Letramento é, pois, o resultado da ação de ensinar ou de aprender a ler e escrever, bem como
resultado da ação de usar essas habilidades em práticas sociais, é o estado ou condição que
adquire um grupo social ou indivíduo como consequência de ter-se apropriado da língua
escrita e de ter-se inserido no mundo organizado diferentemente: a cultura escrita.” (Fascículo
1, 2007, p.11).
Aprender a ler e escrever e fazer uso dessa leitura e escrita é transformar o
indivíduo contribuindo para o desenvolvimento humano. É desenvolvê-lo em vários aspectos:
social, cultural, cognitivo, lingüístico, entre outros. Uma boa prática pedagógica que
contemple de forma articulada e paralela a alfabetização e o letramento, pois os
conhecimentos adquiridos pelos estudantes em uma área contribuem para o desenvolvimento
em outra.
Se almejarmos que o estudante, ao final de sua escolaridade elementar, possua os
instrumentos necessários, “conhecimento” para compreender, elaborar e expressar a visão de
um mundo mais articulado será com domínio de um conhecimento que dê conta de explicar a
parte, articulando-a com o todo, que iremos dar a qualidade ao ensino.
O processo de desenvolvimento do ser humano caracteriza-se por ser contínuo,
entendendo-se por toda a vida do indivíduo. A instituição, ao tomar para si o objetivo de
formar cidadãos capazes de atuar com competência e dignidade na sociedade, buscará eleger,
como objeto de ensino, conteúdos que estejam em consonância com as questões sociais que
marcam cada momento, valorizando a cultura de seu grupo ao mesmo tempo em que busca
ultrapassar seus limites, proporcionando ao educando, pertencente aos diferentes grupos
sociais, o acesso ao saber.
O indivíduo não é um ser somente em desenvolvimento psicológico, mas um ser
real. Isso lhe fornece possibilidades, de transformação de si próprio, desta forma, torna-se
mais adequado pensarmos o processo em termos das transformações sucessivas que o
caracterizam.
Os estudantes não contam exclusivamente com o contexto escolar para a
construção de conhecimento sobre conteúdos considerados escolares, a mídia, a família, a
Igreja, os amigos, são também fontes de influência educativa que incidem sobre o processo de
construção de significado desses conteúdos. Essas influências sociais normalmente somam-se
ao processo de aprendizagem escolar. O conhecimento é apontado por especialistas como
recurso controlador e fator de produção decisivo de inserção social. É preciso ter em vista a
formação de estudantes para o desenvolvimento de suas capacidades, em função de novos
76
saberes que produzem e que demandam um novo tipo de profissional, que participe da
transformação da sociedade.
Em síntese não é a aprendizagem que deve potencializar o ensino, mas sim o
ensino que deve potencializar a aprendizagem.
3.5 TEMPO E ESPAÇO PEDAGÓGICO, EDUCAÇÃO INCLUSIVA E DIVERSIDADE
Assim como na vida, nainstituição, bem como qualquer outra instituição social,
ocorre diversas práticas de organização do tempo e do espaço como forma de ordenamento
das relações estabelecidas entre diferentes atores e suas práticas. A organização do tempo e
dos espaços impõe regras, valores e condutas que são interiorizadas pelos sujeitos envolvidos
no processo educacional. Configura-se em um conjunto de normas que definem
conhecimentos a ensinar e um conjunto de práticas que permitem a transmissão de
conhecimentos e incorporação desses comportamentos: normas e práticas coordenadas, com
finalidades que podem variar segundo épocas.
A organização da nossa instituição é seriada com Calendário Escolar anual,
organizado em trimestres para o Ensino Médio, Formação de Docentes, CELEM, para
Educação Inclusiva e Programas de Ampliação de Jornada. Calendário Escolar anual
organizado em bimestres para a Educação Profissional. O Calendário Escolar está constituído
de 200 dias letivos e 800 horas, duração de 50 minutos cada aula. A sala de aula tem em
média 48 metros quadrados, as carteiras organizadas em fileiras, com pequena mesa na frente
para o professor (a), quadro de giz à frente, e alguns necessitando de reparos, projetores de
multimídia. Todo o espaço do Colégio encontra-se murado oferecendo segurança à
Comunidade Escolar.
A temporalidade e espacialidade interferem diretamente na formação dos modos
de pensar e agir das pessoas. A instituição impõe hábitos de pontualidade, ordem,
aproveitamento e disciplina, dependendo de como usa o tempo, e organiza o espaço escolar se
concebe a educação. Essas organizações são categorias construídas histórica e culturalmente,
portanto sofrem interferências e modificações, dependendo do contexto e da época, pois
influenciam diretamente nos resultados da ação educativa.
Na instituição a Educação Inclusiva tem papel importantíssimo, pois aos
estudantes atendidos, são acompanhados por profissionais qualificados, o papel dos
professores é de mediador das ações que desenvolvem práticas no contexto escolar. Várias
reflexões são realizadas e na visão dos professores é que se devem valorizar as diversidades
77
dos estudantes portadores de necessidades especiais. Destacamos como grande importância a
parceria do Estado e a formação dos professores para a realização do atendimento educacional
especializado. A participação dos professores é essencial em todo trabalho educacional no
qual se busca êxito, no trabalho com a educação inclusiva isso se torna primordial.
No contexto educacional a valorização da diversidade, da identidade e diferenças
devem se fundamentar no respeito. As políticas públicas tornaram-se mais claras e exigentes
na última década, apesar de em 2004 o MEC criar uma Secretaria exclusiva para discutir e
amparar as temáticas sobre diversidades dos diferentes públicos. Repassando às Secretarias de
Estado da Educação a incumbência de incluir nos currículos escolares. Para isso, a SEED
editou e distribuiu às instituições de ensino do Paraná os Cadernos Temáticos sobre: Relações
étnico-raciais, Meio-ambiente, História e cultura afro-brasileira e indígena, Educação do
Campo, Educação Indígena, Direitos Humanos, entre outros, e os profissionais da educação
intensificam as atividades da melhor maneira para tornar nossa realidade solidária, amena e da
paz.
3.6 FORMAÇÃO CONTINUADA
A Formação Continuada no Calendário Escolar segue o previsto na deliberação 02/02 do
Conselho Estadual de Educação. Estas formações aos profissionais da educação têm
colaborado para a atualização e para titulação na Progressão prevista no Plano de Cargos e
Carreira. Seria importante que alguns assuntos pertinentes ao cotidiano escolar fossem
estudados, como: as teorias pedagógicas que fundamentam a educação brasileira; estudar o
Projeto Político Pedagógico e o Regimento Escolar da instituição; oportunizar a reflexão
sobre os fundamentos teórico-metodológicos como suporte para a ação do professor; discutir
as políticas públicas voltadas para a formação de professores incorporando sugestões de
formação continuada; propor estratégias de articulação entre a formação inicial e a formação
continuada de professores; propor situações que incentivem a reflexão e a construção do
conhecimento como processo dinâmico e contínuo de formação profissional. A Formação
Continuada destina-se a qualificar os diferentes profissionais que atuam nas instituições
escolares públicas do Estado e, fornecerá instrumentos para a participação e atuação das
Equipes Pedagógicas na melhoria da gestão democrática através do conhecimento e
envolvimento com as instâncias colegiadas e com a apropriação do programa PDE das
instituições escolares e sua ferramenta aplicativa - o PDE.
78
3.7 EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS
A concretização da educação em direitos humanos nas Instituições de Ensino
torna-se factível na medida em que este espaço estimule, proponha, apoie e elabore propostas
de natureza artístico-cultural que visem ao combate de toda forma de preconceito, de
intolerância e de discriminação no espaço escolar. Valorizar as diversas manifestações
culturais, de cunho artístico, religioso e desportivo dos variados grupos que compõem a
sociedade brasileira pode ser uma das formas de a instituição contribuir para a efetivação da
cultura dos direitos humanos.
No planejamento de ensino o Colégio Estadual Professora Reni Correia Gamper –
Ensino Médio, Profissional e Normal, procura dar ênfase na educação em direitos humanos
levando em consideração conteúdos e atividades que visem desenvolver nos adolescentes
atitudes, condutas e ações que favoreçam e fortaleçam comportamentos cooperativos,
dialógicos e participativos. A instituição procura privilegiar o exercício do diálogo como
forma de resolver pequenos conflitos e de ajustar pontos de vistas distintos. Ao negociar, no
grupo, a adequação do seu ponto de vista, os estudantes tomam contato com outras formas de
pensar, de sentir e de agir, levando-os a relativizarem seu próprio pensamento acerca do
problema em questão, desenvolvendo o espírito de cooperação e de solidariedade entre eles
mediante fortalecimento de atitudes de respeito ao colega e ao bem comum.
A realização da Educação em Direitos Humanos na instituição só será possível,
mediante esforço de articulação entre gestores, professores, estudantes e comunidade, em
torno de uma ação integradora que vise efetivação de mecanismos de promoção e proteção
dos direitos humanos. A instituição, no desenvolvimento de sua função social de formação do
cidadão, procura favorecer o clima de respeito à diversidade e de tolerância, exercitar práticas
democráticas, dialogar com os educandos, levar em consideração as formas de pensar, agir e
sentir - elementos imprescindíveis ao bom desempenho do professor que vise construir uma
cultura de direitos humanos. Também constitui um componente curricular importante
proporcionar ao educando estudos e pesquisas sobre violações de direitos humanos na
instituição ou fora dela, bem como acerca de uma cultura de paz e de cidadania.
3.8 VIOLÊNCIAS, O USO DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS NO ÂMBITO ESCOLAR
O tema da violência escolar tem sido uma preocupação de diversos segmentos
sociais, sendo tratados em debates nas Instituições de Ensino Superior, nos Conselhos de
79
Direitos da Criança e do Adolescente, Conselhos Tutelares, Ministério Público, Juizados da
Infância e Juventude e nos últimos anos está presente de forma reincidente na mídia. De
forma geral, os adolescentes consideram que o Brasil é um país violento e apontam como
algumas razões para isso a desigualdade social, o uso de drogas e a banalização dos episódios
de violência no cotidiano. Outra dimensão apontada é a da violência da instituição: esta se
apresentaria na forma da discriminação (por sexo, raça, bullyng, condição social, opção
sexual, padrões de beleza).
É necessário que ações de prevenção ao uso de drogas sejam realizadas nos
diferentes âmbitos da sociedade, é uma prioridade cada vez mais debatida no mundo atual.
O consumo de drogas lícitas e ilícitas está atrelado a problemas sociais críticos,
como violência, defasagem escolar e a crescente busca por poderio econômico, gerando um
círculo que estimula a busca por um poder aquisitivo rápido e fácil. Além das consequências
geradas para a sociedade existem aquelas que se direcionam ao indivíduo em si, aquele que
consome drogas, delas não recebe retorno considerado favorável, por atingirem sua
capacidade intelectual e social. O consumo do álcool e do cigarro, apesar de serem drogas
lícitas, também está ligado a fatores preocupantes, visto que, este tipo de drogas tem certo
amparo por parte da sociedade, o Governo do Estado do Paraná já demonstrou preocupação
no que se refere a este fator, conforme apresentado por Basílio e Garcia no Caderno Temático
de Prevenção ao Uso Indevido de Drogas:
[...] Essa ampla variação de modos de relacionamento com o álcool
implicam um grande desafio para as autoridades responsáveis pela
elaboração das políticas públicas de saúde em todo o mundo (Kingdon,
1995). Afinal, o que se deve fazer para controlar os problemas gerados por
uma substância que ao mesmo tempo em que traz dados alarmantes de
prejuízos para a saúde pública, por outro lado está associada a pontos que
estão arraigados em nossas culturas? [...] (GOVERNO DO ESTADO DO
PARANÁ, 2008, pg. 83).
Considerando que o elevado consumo de drogas cresce a cada dia, é necessário
que sejam realizadas ações de conscientização. A instituição possui papel importante na
formação do cidadão, por conta disso, é uma porta aberta para a busca da prevenção e
conscientização acerca do uso de drogas, que ajuda o educando a optar em favor de uma vida
mais saudável.
O objetivo da instituição é de trabalhar pedagogicamente, envolvendo ações
preventivas permanentes e integradas ao currículo, no decorrer de todo o ano letivo e não
apenas em determinado período ou alguma data específica. Neste sentido, há a necessidade de
se inserir o assunto sobre drogas tanto lícitas, quanto ilícitas, no currículo escolar dentro das
80
diversas disciplinas da educação básica. Visto que o assunto enquadra-se no âmbito dos temas
transversais propostos nas Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná (2008) e, por ser um
tema com engajamento em várias áreas e disciplinas da educação pode, portanto, ser
trabalhado e desenvolvido de diferentes formas dentro de cada disciplina e de acordo com a
seriação dos estudantes.
O Colégio Estadual Professora Reni Correia Gamper – Ensino Médio,
Profissional e Normal, procura trabalhar com o objetivo de superar a violência com
ênfase na interação escolar e comunitária. Busca, desta forma, resgatar o espaço
coletivo dentre os seus, de maneira a desenvolver a consciência de limites e
responsabilidades, possibilidades e crescimento em direção a uma convivência
socialmente construtiva. Na nossa realidade não constatamos os tipos de violência
acima citados, pois a maioria dos nossos estudantes tem uma boa estrutura familiar, se
respeitam e convivem de forma harmoniosa. Mesmo assim a instituição proferiu
palestra em conjunto com a Polícia Militar local, abordando os diversos tipos de
violência para que os estudantes tenham conhecimento do que acontece em outras
localidades. Caso a instituição venha a diagnosticar algum tipo de violência já temos
determinadas algumas medidas, visando diminuir e combater a violência no ambiente
escolar, tais como: diagnosticar o tipo de violência, encaminhar a Equipe Pedagógica,
convocação dos pais ou responsáveis, quando necessário, buscar parceria junto ao
Conselho Tutelar e demais órgãos citados anteriormente, conforme a gravidade da
situação, procurar auxílio junto ao órgão de Assistência Social do município.
3.9 EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Quanto à Educação Ambiental, entende-se que é um processo participativo, onde
o educando assume o papel de elemento central do processo de ensino-aprendizagem
pretendido, participando ativamente no diagnóstico dos problemas ambientais e busca de
soluções, sendo preparado como agente transformador, através do desenvolvimento de
habilidades e formação de atitudes, através de uma conduta ética, condizente ao exercício da
cidadania.
A instituição é um espaço social onde o estudante dará sequência ao seu processo
de socialização. O que se faz, se diz e se valoriza, representa um exemplo daquilo que a
sociedade deseja e aprova. Comportamentos ambientalmente corretos devem ser incorporados
na prática, no cotidiano da vida escolar, contribuindo para a formação de cidadãos
81
responsáveis. É fundamental que cada estudante desenvolva as suas potencialidades e adote
posturas pessoais e comportamentos sociais construtivos, colaborando para a construção de
uma sociedade socialmente justa, em um ambiente saudável. Os conteúdos ambientais devem
permear todas as disciplinas do currículo e estar de acordo com a realidade da comunidade,
dessa forma a instituição estará ajudando o estudante ter uma visão integral do mundo em que
vive.
É necessário relacionar a educação com vida do estudante com seu meio e sua
comunidade, almejando que, por meio da Educação Ambiental, leve à mudança de
comportamento pessoal, de atitudes e valores, propiciando que realmente se identifiquem
como parte integrante da natureza, percebendo a importância de suas atitudes como elemento
fundamental para uma ação criativa, responsável e respeitosa em relação ao ambiente.
O Colégio Estadual Professora Reni Correia Gamper – Ensino Médio,
Profissional e Normal, procura trabalhar com uma Educação Ambiental diferenciada e que,
através de atividades planejadas tem como objetivo desenvolver o respeito ao ambiente
natural, o trabalho cooperativo, a iniciativa e o despertar de atitudes novas, dessa forma estará
contribuindo com a valorização do patrimônio cultural e natural local, ajudando aos
estudantes a construírem uma consciência global das questões relativas à proteção do meio
ambiente.
Os problemas levantados pelas disciplinas abordam:
1. Noções de desenvolvimento sustentável;
2. Proteger o ambiente e a saúde (higiene pessoal, discriminação e valores);
3. Lixo.
A instituição também tem como objetivo mobilizar a Comunidade Escolar com
uma Educação Ambiental que nos faça perceber o meio ambiente, nosso corpo, as florestas,
os animais, as águas, o ar e a terra, nossa instituição, nossa rua e também as relações que
estabelecemos com outras pessoas e outras culturas.
O trabalho coletivo em prol da defesa e valorização da comunidade e proteção dos
rios, saúde e preservação, tende a incentivar o trabalho voluntário utilizando espaços públicos
para reuniões e palestras e também um caminho para as pessoas participarem dos problemas e
soluções da instituição e da comunidade.
82
4.0 PLANEJAMENTO (MARCO OPERACIONAL)
Cientes da responsabilidade pelo processo de ensino-aprendizagem e para que
possamos contribuir na edificação de uma instituição pública de qualidade, estamos
empenhados no resgate da função social da mesma, priorizando o ato de ensinar, com o
compromisso de levar os estudantes para além do senso comum e chegar ao conhecimento
mais elaborado sobre a realidade. Considerando que este direito de acesso ao conhecimento
deverá tomar como referência as peculiaridades/necessidades dos sujeitos e a produção de sua
cultura, como via de acesso aos conhecimentos culturais, universais, científicos, artísticos e
filosóficos.
A instituição educa para a vida, ensina aos estudantes o que eles precisam para ser
cidadão que analise, decida, planeje, exponha suas ideias e ouça a dos outros.
A formação continuada dos educadores é prioridade, para um fazer pedagógico
integrado com a realidade social através do conhecimento, tendo como compromisso fazer da
instituição pública um espaço democrático de construção, expressando valores e posições
diferenciadas sobre os aspectos culturais, políticos e econômicos, tomando o trabalho como
princípio educativo através do conhecimento o que possibilitará a compreensão das
contradições da sociedade capitalista, seus processos de exclusão e exploração das relações de
trabalho e instrumentalizar o sujeito para agir de forma consciente sobre sua prática social no
sentido de cumprir seus direitos.
Baseando-se no conceito de que:
“... as disciplinas escolares não são herméticas, fechadas em si, mas, a partir
de suas especialidades, chamam umas às outras e, em conjunto ampliam a
abordagem dos conteúdos de modo que se busque cada vez mais, a
totalidade, numa prática pedagógica que leve em conta as dimensões
científica, filosófica e artística”. DCE da Educação Básica (2008, p. 29).
Cada disciplina contextualizará os interesses políticos, econômicos e sociais que
interferirão na seleção de conteúdos e nas práticas de ensino trabalhadas na educação básica.
A opção pelos conteúdos de ensino sempre corresponderá a uma intencionalidade, seja para a
emancipação dos sujeitos de sua condição histórica de dominação, de discriminação ou
exclusão social, seja para pensar num projeto social maior que possibilitará o reconhecimento,
a identidade e a inclusão destes sujeitos que fazem a história.
Os profissionais estão em constante aprimoramento, participando das
capacitações, aperfeiçoamentos e eventos culturais e esportivos promovidos pela SEED, pelo
NRE e município; também possuem a sua disposição, além de livros didáticos e
83
paradidáticos, a digitação, xérox diversas, avaliações escritas e/ou qualquer material referente
ao desenvolvimento de suas aulas. Terão também, total acesso à Internet disponível no
Laboratório de Informática - PROINFO, para pesquisas, digitações e preparo de aulas para
TV pendrive. Sendo assim nossos estudantes têm acesso ás aulas mais atrativas e
contextualizadas, oferecendo grandes facilidades na exposição de conteúdos, trazendo
melhorias da qualidade do processo de ensino-aprendizagem.
Segundo Blasco:
... o sucesso da atividade pedagógica com o uso de multimídia depende da
nossa compreensão sobre o universo que está inserido o nosso aluno, mais
conhecida atualmente como a cultura do zapiing e do clip. Há um
encantamento pelas músicas, vídeos do you tube, apresentações de
mensagens por e-mail, conversas no MSN; é a chamada cultura do
espetáculo, onde as sensações são privilegiadas. (BLASCO, 2006, p.28)
Desta forma, o autor considera necessário passar antes pelas emoções para chegar
às construções lógicas.
Como profissionais da educação desejamos que a instituição proporcione aos
estudantes a formação necessária para o desenvolvimento de suas potencialidades, visando
auto realização, preparação para o exercício da cidadania e prosseguimento dos estudos, tendo
como base o pleno resgate da grande importância do papel da família respeitando a dignidade
e o direito de todos na instituição e na comunidade com uma equipe comprometida e dinâmica
que procura concentrar esforços no que faz. Para tanto, será necessário valorizar a ordem e a
limpeza, conquistando e garantindo serviços educacionais da melhor qualidade para os
estudantes, buscando soluções inovadoras que proporcionem bons resultados ao trabalho
escolar.
Como complemento deste trabalho, buscaremos melhorar ainda mais os resultados
que já são positivos no desempenho da instituição escolar no boletim do Exame Nacional do
Ensino Médio (ENEM) que, a maioria dos nossos estudantes participam, e do PAS UEM –
Programa de Avaliação Seriada, ofertado pela Universidade Estadual de Maringá.
A Instituição Pública de Qualidade que desejamos tem na sua inovação sua mola
propulsora. Os profissionais que colaboram para tornar realidade esta pretensão orgulham-se
dos resultados obtidos, sobretudo daqueles que têm a sua origem no reconhecimento dos
estudantes, ex-estudantes e pais, exprimindo o quanto a instituição e seus professores
marcaram suas conquistas e realizações. No entanto, sendo conscientes que estes resultados
podem ser melhores.
84
Tudo na vida pode ser imitado, copiado, simulado, menos o toque humano, a
indispensável Dimensão da Qualidade em Serviços; este é o diferencial da instituição que
queremos.
4.1 CALENDÁRIO ESCOLAR
O Calendário Escolar aprovado pelo Núcleo Regional de Educação de acordo com
o disposto encaminhando pela Secretaria de Estado da Educação está fundamentado na Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional n.º 9394/96 no inciso I, do art. 24, o qual determina
carga horária mínima anual de oitocentas (800) horas, distribuídas por um mínimo de
duzentos (200) dias efetivo trabalho escolar a serem cumpridos por todas as instituições de
ensino que ofertam a Educação Básica, e também, que: “o controle de frequência fica a cargo
da escola, conforme o disposto no Regimento Escolar e nas normas do respectivo sistema de
ensino, exigida a frequência mínima de setenta e cinco por cento do total de horas letivas para
aprovação” (LDB, Art. 24 inciso VI).
Considerando o disposto na Deliberação 02/02 do Conselho Estadual de Educação
será garantida aos profissionais da Educação a Formação Continuada. Semana Pedagógica,
Planejamento e Replanejamento no decorrer do ano letivo.
É de responsabilidade da equipe diretiva, pedagógica, docentes, Agentes
Educacionais I e II da instituição de ensino cumprir e fazer cumprir o Calendário Escolar no
que se refere aos dias letivos e à carga horária.
4.2 AÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS
De acordo com o Plano de Metas do Governo do Paraná, foi instituída uma
agenda para discutir e efetivar a implantação da oferta de Educação em Tempo Integral,
ampliando a jornada escolar, mediante atividades que oportunizem aprendizagens
significativas, organizadas em turno complementar, com respaldo na Constituição Federal,
artigos 205, 206 e 207; no Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei nº 9089/90; LDB
9394/96, artigos 34 e 87; PNE, Lei 10.172/01; Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da
Educação e de Valorização dos Profissionais da Educação, Lei nº 11.494/07 e Resolução
CNE/CEB nº 7/10.
85
4.2.1 PROEMI
O Programa Ensino Médio Inovador, instituído pela Portaria nº 971, de
09/10/2009, integra as ações do Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE, como
estratégia do Governo Federal para induzir a reestruturação dos currículos do Ensino Médio,
compreendendo que as ações propostas vão sendo incorporadas ao currículo das instituições,
ampliando o tempo dos estudantes na instituição e a diversidade de práticas pedagógicas,
atendendo às necessidades e expectativas dos estudantes do Ensino Médio, com o objetivo de
melhorar a oferta do Ensino Médio a partir do redesenho curricular.
Os projetos de reestruturação curricular possibilitam o desenvolvimento de
atividades integradoras que articulam as dimensões do trabalho, da ciência, da cultura e da
tecnologia, contemplando as diversas áreas do conhecimento.
Ações que articulem o conhecimento da vida dos estudantes e suas expectativas
considerando suas especificidades dos trabalhadores, tanto urbano como do campo, de
comunidades indígenas, quilombolas, dentre outras. Focando na leitura e letramento como
elemento de interpretação e ampliação da visão de mundo.
A instituição está ligada ao processo de modernização e como instituição
educativa às necessidades do processo, de hábitos civilizados que correspondem a vida social
e, a isto também está ligado o papel político da educação escolar enquanto formação para a
cidadania, formação do cidadão.
As práticas pedagógicas que serão trabalhadas neste contexto envolverão todas as
disciplinas da matriz curricular da instituição, cada qual com sua autonomia e
responsabilidade disciplinar.
Pode ser o currículo um importante elemento constitutivo da organização
escolar e um instrumento a serviço do professor e da comunidade escolar para avaliar, situar
os obstáculos e vislumbrar as possibilidades da realidade escolar: os recursos disponíveis
(humanos, materiais e financeiros), enfim os fatores externos e internos que condicionam a
seleção e organização dos conteúdos curriculares, tendo como pano de fundo as grandes
questões sociais contemporâneas. Procurou-se reduzir o isolamento entre as diferentes
disciplinas curriculares, agrupando-as, na medida do possível, num todo mais amplo,
priorizando conhecimentos e competências de tipo geral, que são pré-requisito tanto para a
inserção mais precoce no mundo do trabalho quanto para a continuidade dos estudos, entre os
quais se destaca a capacidade de continuar aprendendo, priorizando estratégias de ensino
diversificadas que mobilizam menos a memória e mais o raciocínio e outras competências
cognitivas superiores, bem como potencializem a interação entre professor e estudante para a
86
construção de conhecimentos coletivos, sendo ele flexível e tendo em vista a melhoria da
qualidade do ensino.
O professor precisa conhecer e analisar as diferentes dificuldades de cada
estudante, respeitar a diversidade cultural e proporcionar atividades que incentivem o
estudante a resolver e enfrentar os problemas da vida, dessa forma a relação estabelecida entre
professor e estudante se caracteriza pela seleção de conteúdos, organização didática para
facilitar a aprendizagem do estudante e a exposição onde o professor demonstrará seus
conteúdos. O professor não deve se preocupar somente com o conhecimento através da
absorção de informações, mas também pelo processo de construção da cidadania do
estudante. Para isso o professor deve entender que ele é o facilitador da aprendizagem e estar
aberto às novas experiências, procurando compreender, também, os sentimentos e os
problemas de seus estudantes.
A instituição é um lugar onde ocorre a construção de tipos específicos de
conhecimento, é aí que a ação docente se configura como uma atividade humana
transformadora.
O Colégio Estadual Professora Reni Correia Gamper – Ensino Médio,
Profissional e Normal, procura oportunizar espaços efetivos para que os estudantes
desenvolvam as competências básicas para a vida, ou seja, a competência social, competência
relacional, competência produtiva e competência cognitiva. Como educadores desta
instituição, temos consciência de que na sociedade atual os estudantes precisam enfrentar
desafios e tomar decisões sobre suas escolhas para que suas interações com outros sujeitos,
objetos e situações sejam resultado de uma reflexão própria.
A qualidade da intervenção do professor em sala de aula se transforma a partir do
momento em que ele leva em consideração que aprendizagem é um processo contínuo, no
qual a informação passa a ser conhecimento, quando o indivíduo percebe o significado do
conhecido e o relaciona às novas aprendizagens.
Enfim, a proposta curricular do Colégio Estadual Professora Reni Correia Gamper
– Ensino Médio, Profissional e Normal, relaciona teoria e prática, valoriza seus saberes e
favorece ao educando o domínio dos conhecimentos científicos tecnológicos contemporâneos,
necessários à compreensão do mundo social moderno, no qual está inserido.
O contexto no qual o estudante está inserido é um dos melhores recursos, isso
enriquece a prática pedagógica porque coloca os problemas como ponto de partida para a
construção de conhecimento e valoriza o que os estudantes já construíram, incentivando-os a
aprender a partir do que já sabem numa relação dialética com o conhecimento.
87
Em relação à coerência entre os conteúdos trabalhados nos anos finais com os
conteúdos que serão abordados no Ensino Médio, a organização do trabalho pedagógico deve
estar ligada ao sentido atribuído à instituição e sua função social que confere ao educar o
sentido de compreensão de mundo em que a adolescente vive, por meio do trabalho
pedagógico com os conhecimentos de que vão, aos poucos, se apropriando pelos interesses e
desejos que geram, sendo necessário que não haja rupturas na passagem dos anos finais para
os anos iniciais do Ensino Médio, mas continuidade dos processos de aprendizagem iniciados
anteriormente, preocupando-se com a melhor forma de abordagens aos temas propostos para
os enfrentamentos educacionais contemporâneos.
4.2.2 CELEM – Espanhol
O funcionamento do curso é de acordo com o Calendário do Ensino Médio,
organizado trimestralmente. O CELEM tem desenvolvimento curricular de acordo com a
metodologia de ensino e a avaliação empregada é a mesma do Ensino Médio e Formação de
Docentes. A carga horária anual é de 160 h/a, tem a duração de 02 (dois) anos.
O estudo de LEM – Espanhol com funcionamento através do CELEM tem suas
práticas pedagógicas norteadas através dos gêneros textuais e, para seu desenvolvimento
conta com o apoio de livros didáticos, TV pendrive, DVD, vídeos diversos, livros
paradidáticos, dicionários, Internet e outros. A ementa da disciplina e conteúdos estão
compatíveis aos das DCEs. Este curso tem os seguintes objetivos específicos: conscientizar
aos estudantes sobre a importância de aprender a Língua Espanhola para interagir em
comunidades que falam a mesma; ler textos com entonação e expressividade, resolver
situações-problemas na Língua Espanhola; ouvir, ler, falar e escrever utilizando elementos
discursivos de diferentes gêneros textuais. Em nossa instituição escolar são ofertados os
níveis: básico P1 e P2 no turno da tarde.
O Sistema de Avaliação que contempla o CELEM - Espanhol, é o mesmo do
Ensino Médio, ou seja, o discente deve apresentar frequência mínima de 75% (setenta e cinco
por cento) do total de horas letivas e média anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) em
cada disciplina, para ser considerado aprovado ao final do ano letivo, de acordo com a
seguinte fórmula.
MA = 1º T + 2º T + 3º T
3
MA = Média Anual;
88
1º T = Nota do Primeiro Trimestre;
2º T = Nota do Segundo Trimestre;
3º T = Nota do Terceiro Trimestre;
Parágrafo Único – Poderão ser promovidos por Conselho de Classe os estudantes que
demonstrarem apropriação dos conteúdos mínimos essenciais e que demonstrem condições de
dar continuidade de estudos nas séries/anos seguintes;
2º - Art. 140 – Os estudantes do CELEM – Espanhol, serão considerados retidos no final do
ano letivo quando apresentarem:
I. frequência inferior a 75% do total de horas letivas, independentemente do
aproveitamento escolar;
II. frequência superior a 75% do total de horas letivas e média inferior a 6,0 (seis
vírgula zero).
4.2.3 Brigada Escolar – Defesa Civil
O Programa da Brigada Escolar - Defesa Civil na Escola, visa construir uma
cultura de prevenção, com a formação dos brigadistas escolares e adequar a edificação escolar
às normas de prevenção contra incêndio e pânico, promovendo a conscientização e
capacitação da comunidade escolar para ações mitigadoras e de enfrentamento de eventos
danosos, naturais ou antropogênicos, bem como o enfrentamento de situações emergenciais
no interior da instituição, garantindo a segurança de todos com capacitação e treinamento,
com duas simulações anuais previstas no calendário escolar.
As Brigadas Escolares visam a proteção e segurança, mantendo a comunidade
escolar em prontidão para enfrentar situações de risco, promovendo treinamentos pautados em
boas práticas nacionais e internacionais, compondo um grupo de servidores para atuação
emergencial e instalando equipamentos básicos que possam apoiar eventuais ações
emergenciais na instituição.
Por meio do Plano de Abandono Escolar e de suas situações o Programa
vislumbra a preparação de todos que frequentam o ambiente escolar para atuar de modo
seguro numa situação em que haja a necessidade de saída emergencial da edificação escolar,
chegando a níveis de segurança comparáveis aos dos países mais desenvolvidos.
A eficiência de um abandono da edificação é fator tão importante que, muitas
vezes, acaba por determinar as perdas humanas, notadamente em edifícios de vários
89
pavimentos e locais de reunião de públicos, tais como hospitais, creches, instituições
escolares, centros de eventos, entre outros. O Plano de Abandono deve ser acionado em caso
de incêndios, ameaça de bomba ou outras situações de risco, se nos apropriarmos das
orientações das Brigadas Escolares, estaremos preparados para eventualidade de risco no
ambiente escolar e também na sociedade caso venha a ocorrer uma situação de riscos e nos
estivermos no local do perigo.
O conhecimento dos passos, que os profissionais da educação e estudantes devem
saber para o Abandono Escolar é de suma importância, pois numa situação de risco todos
saberão o que fazer e consequentemente ninguém correrá risco de acidentar-se ou atrapalhar a
saída do local e a chegada em segurança ao Ponto de Encontro.
O Plano de Abandono Escolar é de responsabilidade da direção, com apoio dos
Brigadistas, se constituindo em um planejamento da sistemática adequada à realidade da
nossa instituição escolar. A realidade desse plano é a saída emergencial, de maneira
organizada e segura de todos os ocupantes da edificação escolar, colocando-os em um local
igualmente seguro.
Para a eficácia do Plano de Abandono é necessário conhecer com antecipação a
Planta de Emergência, que nos dará as orientações por onde sair. Devemos evidenciar, seja
em cartazes ou aviso em cada sala de aula o sinal combinado para iniciarmos um Plano de
Abandono em caso de: incêndio, explosão e risco de vazamento de gás, desabamento,
deslizamento, acidente de grande vulto, entre outros.
4.2.4 Programas Desenvolvidos na Instituição de Ensino em turno complementar
4.2.4.1 Permanente
O Programa de Ampliação de Jornada, assume como política pública as
Atividades Pedagógicas de Complementação Curricular, contempladas na Proposta
Pedagógica Curricular (PPC), relativas aos possíveis recortes do conteúdo disciplinar. Isso
implica numa seleção de atividades organizadas em núcleos de conhecimentos que venham ao
encontro as necessidades da instituição, com o objetivo de:
a) dar condições para que os profissionais da educação, os estudantes da Rede Pública
Estadual e a comunidade escolar desenvolvam diferentes atividades pedagógicas em turno
complementar, na instituição de ensino ao qual estão vinculados;
90
b) viabilizar o acesso, a permanência e a participação dos estudantes da Rede Pública Estadual
em atividades pedagógicas de seu interesse, oferecidas pela instituição de ensino onde estão
vinculados;
c) possibilitar maior integração na comunidade escolar ao realizar Atividades Pedagógicas de
Complementação Curricular, de modo a promover a interação entre estudantes, professores e
comunidade.
Os projetos desenvolvidos pela instituição seguem as orientações dispostas na
Orientação Nº 022/2015 – DEB/SEED, contemplando todos os Campos de Integração
Curricular, em: Aprofundamento da Aprendizagem: Língua Portuguesa e Matemática;
Tecnologia da Informação, da Comunicação e Uso de Mídias: Informática e Tecnologia da
Informação; Mundo do trabalho preparatório para o vestibular e Iniciação Científica – Clube
de Ciências.
a) Aprofundamento da Aprendizagem: Língua Portuguesa e Matemática: em Língua
Portuguesa temos por objetivo o desenvolvimento educacional dos sujeitos envolvidos através
do contato com o conhecimento e os equipamentos sociais e culturais existentes na instituição
ou no território em que está situada. Constitui-se de atividades integradas ao Currículo
Escolar, que oportuniza a aprendizagem que visam ampliação da formação dos discentes. Ao
planejar as ações buscou dar oportunidade de aprimoramento dos conhecimentos necessários
ao bom desempenho no vestibular, no ENEM e para suas vidas profissionais. A concepção
teórico-metodológica que adotamos para a disciplina segue os pressupostos do Círculo de
Bakhtin, onde o discurso enquanto prática social norteará o trabalho com os conteúdos de
leitura, oralidade e escrita, visando os conhecimentos lingüísticos e discursivos dos alunos,
para que eles possam compreender os discursos que os cercam e tenham condições de
interagir com esses discursos. Neste sentido, será propiciado aos estudantes a prática, a leitura
de textos, a discussão, a leitura de textos complementares das esferas sociais (jornalística,
literária, publicitária, digital, midiática, etc.). Conforme propõe as DCEs, ensinar a língua
materna requer que considere os aspectos sociais e históricos em que o sujeito está inserido.
Em Matemática os conteúdos trabalhados estão amparados na DCEs, procurando a
aplicabilidade dos mesmos que contemplem a preparação para o vestibular, ENEM, ou
concursos públicos que os discentes possam vir participar. Procuramos levar em consideração
a vivência dos estudantes e seu aprimoramento com atividades pedagógicas que contribuam
para analisar fatos atuais.
b) Tecnologia da Informação, da Comunicação e Uso de Mídias: as Atividades
Complementar Curricular em turno complementar, busca oferecer aos discentes
91
oportunidades de aprimoramento dos conhecimentos para o vestibular e ENEM. Com a
pretensão de aplicar as tecnologias da comunicação e da informação na instituição, no
trabalho e em outros contextos relevantes para o seu cotidiano. As ações deste Programa de
Atividade Complementar Curricular em turno complementar serão direcionadas no sentido de
atender as especialidades do grupo de estudantes participantes da atividade complementar
permanente, buscando contemplar os conteúdos necessários para aprimoramento do saber
escolar e outros saberes necessários para a vida profissional.
c) Mundo do Trabalho preparatório para o vestibular: Pretende-se através de uma
atividade organizada oferecer aos discentes um conhecimento mais amplo dos conteúdos
básicos, propostos no currículo do Ensino Médio da Rede Pública Estadual Paranaense. Serão
desenvolvidos através de estudos dirigidos, empregando diversas fontes de recursos para o
estudo das provas de vestibulares e do ENEM disponíveis nos sites das Universidades e do
INEP. Além disso, serão discutidos e analisados os temas, como: a questão das cotas sociais e
o PROUNI das Universidades do Brasil, procuraremos desenvolver a contextualização
histórica e/ou sociológica das obras literárias.
d) Iniciação Científica – Clube de Ciências: neste campo de integração curricular terá
como objeto de estudo o fenômeno vida. Sendo assim os conteúdos a serem ensinados, se
constituem em saberes de grande amplitude identificando e considerando fundamentais para a
compreensão de seu objeto de estudo e ensino e, quando for o caso, suas áreas de estudo
como uma construção histórica e atrelado a uma concepção política de educação. Dentro deste
pensamento o conhecimento científico passou por vários estágios: o Teocentrismo, o
Descritivo, o Mecanicista, o Evolutivo e a Manipulação genética.
4.2.5 Projetos Desenvolvidos na Instituição em 2017
4.2.5.1 Projeto de Complementação de Carga Horária
A Deliberação 02/02 do Conselho Estadual da Educação orienta a Formação
Continuada no Calendário Escolar e o projeto de complementação de carga horária, para
atingir oitocentas horas e duzentos dias letivos, cumpridos com atividades escolares com
discentes e docentes. Todos os anos após levantamento da carga horária que a instituição
deverá complementar, trocamos idéias com os professores, chegando-se num consenso do
tema. Neste ano letivo estaremos trabalhando os conteúdos sobre Combate a Dengue, com
ampla interdisciplinaridade, notando-se interesse e participação. As metodologias empregadas
92
serão: palestra, conscientização simultânea, pesquisa na web, bibliográficas e pesquisa de
campo, confecção de cartazes, apresentação de slides, produção de textos e paródias,
confecção dos mosquitos Aedes egypti,com exposição no saguão do Colégio e distribuição de
panfletos.
4.2.5.2 Projeto Parlamento Jovem
Apresentação
A cidadania é um direito que deve ser praticada, pois quem a pratica mais
contribui para o desenvolvimento da nação. Dizer que alguém é cidadão é afirmar que o
indivíduo está apto a participar das decisões públicas de um país. Quando o cidadão se engaja
na política, o faz com um grande idealismo, o que incomoda muito aos políticos que possuem
vícios revoltantes, pois deveriam ser eleitos para defender o povo, se houvesse bom senso.
Podemos no futuro ter representantes que sejam conscientes, se a educação promover projetos
ousados que envolva nossos estudantes, orientando-os a participar do Grêmio Estudantil, que
podemos afirmar é uma iniciação para a cidadania e participação como cidadão consciente.
Entender política como uma construção de consensos e entendimentos entre
pessoas ou grupos sociais diversos, é ter posicionamento político para participar de diálogo,
mediação ou negociação para harmonizar interesses, no intuito de atender às necessidades do
povo, buscando sempre o equilíbrio, contudo há necessidade de reflexão e discussão de forma
a minimizar algum impacto negativo na vida das pessoas envolvidas.
Justificativa
Atualmente há uma desvinculação do poder central na organização das
comunidades humanas. Na expressão “Cultura de Massa” usada pelo poder econômico, do
capital industrial e financeiro, domina o sentido da produção, circulação e consumo daquilo
que se compreende como cultura. Esses conceitos quase sempre foram formatados por grupos
dominantes. Não há cultura dominante, mas formações culturais permitidas pelo momento
histórico e se articula aos estilos de vida social caracterizada pela condição social do
indivíduo e a relação que existe ou se efetua outros sujeitos reproduzidas por povos.
A educação se dá em um processo longo da vida e a possibilidade da construção
de um conhecimento inserido na realidade, que nos leva com esse projeto buscar promover a
93
discussão política dentro da instituição de ensino, incentivando nossos estudantes a adotarem
uma postura de cidadão consciente. Os estudantes escolhem os candidatos, que irão elaborar
propostas de trabalho, que os partidos trabalharão, para que as mesmas sejam analisadas e
debatidas profundamente com a sociedade (demais estudantes).
Objetivo Geral
Promover a educação política dos estudantes, conscientizando-os ao exercício da
cidadania e ao voto responsável.
Objetivos Específicos
- Estimular o envolvimento dos jovens nas diferentes esferas de organização social;
- Reivindicar melhorias, propondo ações e até mesmo leis, por meio da “iniciativa popular”;
- Compreender que o cidadão deve participar da gestão pública sempre que puder;
- Participar dos organismos escolares de representação estudantil;
- Possibilitar aos estudantes do Ensino Médio e Formação de Docentes, a vivência do
processo democrático.
Metodologia
O projeto ficará sob a coordenação das professoras de Filosofia, que trabalharão
os conteúdos sobre política e cidadania. Serão fundados cinco partidos PVS, PLRD, PELICE,
PEPC PSVC, aos quais se filiarão três discentes de cada turma. Em seguida terá a convenção
pra escolher os candidatos. O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná fornecerá assessoria de
conteúdo no que se refere aos temas pertinentes ao projeto. O Cartório Eleitoral fornecerão o
título de eleitor, semelhantes aos utilizados pelos eleitores, instalarão as urnas eletrônicas,
com os dados da eleição do eleitor do futuro.
O preparo para a participação política, a capacidade de opinar, discutir,
questionar, intervir e participar nas decisões que afetam a vida do país como princípio para
cidadania, chamamos de “política”. Os estudantes visualizarão na Constituição Brasileira de
1988 os Artigos 5.º, 6.º e 14.º, para se assegurar dos direitos dos cidadãos brasileiros.
94
Público Alvo
Estudantes do Ensino Médio e o Curso de Formação de Docentes.
Cronograma
DATA ATIVIDADES
01 a 08 de agosto Palestra com a Juíza e Promotora de Justiça
02 a 15 de agosto Filiação Partidária
Segunda quinzena de
Agosto
Desenvolvimento das atividades pela professoras.
Novembro Realização da eleição.
Avaliação
A avaliação se dará através de observação direta, pelas professoras de Filosofia,
será avaliada a participação individual e coletiva, o comportamento na convivência, no
crescimento e no desenvolvimento das ações pertinentes ao projeto.
4.3 AÇÕES REFERENTES À FLEXIBILIZAÇÃO CURRICULAR
4.3.1 SAREH - Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar
O SAREH - serviço de atendimento à rede de escolarização hospitalar, instituído
com a finalidade de prestar atendimento educacional público aos estudantes da Educação
Básica, em seus diferentes níveis e modalidades de ensino que se encontram impossibilitados
de frequentar as aulas por motivo de tratamento de saúde. Terão direito ao atendimento
hospitalar os estudantes impossibilitados de frequentar a instituição escolar por estarem
realizando tratamento de saúde, e que necessitam de continuidade em seu processo de
escolarização e manutenção do vínculo com o ambiente escolar.
O Programa SAREH está sendo ofertado em entidade hospitalar que firmou o
Termo de Convênio com a SEED. Nessas entidades conveniadas haverá pelo menos um
professor pedagogo para dar atendimento pedagógico aos estudantes internados, mediante a
liberação do médico que estiver realizando o atendimento ao mesmo.
A entidade conveniada comunicará ao (a) pedagogo (a) a existência da Liberação
médica para o atendimento de escolarização hospitalar do estudante.
95
O pedagogo, de posse da liberação médica, informará o professor que irá realizar
o atendimento ao estudante nas entidades conveniadas. Os mesmos farão contato com o NRE
solicitando as atividades a partir da Proposta Pedagógica Hospitalar, em consonância com o
Plano de Trabalho Docente do professor, encaminhado pela escola na qual o estudante
encontra-se matriculado. O professor à disposição da entidade hospitalar deverá registrar os
conteúdos e as informações sobre o atendimento durante todo o período em que o aluno
encontrar-se internado e encaminhar o parecer ao (a) pedagogo (a) responsável.
O pedagogo, de posse do parecer, deverá arquivá-lo na entidade conveniada;
quando da alta do aluno, os (as) professores (as) elaborarão pareceres em duas vias,
arquivando uma das vias na entidade conveniada e entregando a outra via à família,
juntamente com a Ficha Individual do estudante, anexando as atividades realizadas no
período, para que sejam entregues na instituição de ensino em que o estudante encontra-se
regularmente matriculado.
A instituição de ensino, de posse da documentação – Ficha Individual e Pareceres
Avaliativos, fará o registro no Livro de Registro de Classe o resultado das avaliações que
foram aplicadas ao estudante no período de internamento, arquivando na Pasta Individual do
estudante, na instituição escolar onde estiver matriculado.
O Colégio Prof.ª Reni Correia Gamper – Ensino Médio, Profissional e Normal,
presta assistência escolar às estudantes amparadas pela Lei 6.202/75; a gestante entrega o
Atestado Médico para a Pedagoga do turno que frequenta, para que a mesma solicite dos
professores as atividades escolares de todas as disciplinas, da série em que esteja matriculada.
A pedagoga comunica a família para vir apanhar as atividades e explica-lhes se a aluna
encontrar dificuldades na realização das atividades, a família se comunicará com a instituição
escolar que providenciará uma maneira de prestar auxílio, em domicílio, na realização das
atividades. A gestante tem direito a dezesseis semanas de licença gestacional, sendo que a
família será o contato com a instituição. Tendo realizado as atividades, as mesmas devem ser
levadas para a pedagoga, que será a responsável em entregá-las aos professores, mediante
assinatura na ficha de controle, para proceder a correção e transcrição da média no Livro
Registro de Classe. Após a verificação a pedagoga entregará à Secretária que transcreverá na
Ficha Individual.
Conforme o Decreto-Lei N.º 1.044 de 21 de outubro de 1969, considerando que a
Constituição assegura a todos o direito à educação; considerando que condições de saúde
nem sempre permitem frequência do educando à escola, na proporção mínima exigida em lei,
embora se encontrando o aluno em condições de aprendizagem. A Lei 1044/69, assegura em
96
seu Art. 1.º que são considerados merecedores de tratamento excepcional os estudantes de
qualquer nível de ensino, portadores de afecções congênitas ou adquiridas, infecções
traumatismos ou outras condições mórbidas, determinando distúrbios agudos, caracterizados
por:
a)- incapacidade física relativa, incompatível com a frequência aos trabalhos escolares,
desde que se verifique a conservação das condições intelectuais e emocionais necessárias para
o prosseguimento da atividade escolar em novos molde;.
b)- ocorrência isolada ou esporádica;
c)- verificando-se entre outros, casos de síndromes hemorrágicas (tais como a
hemofilia), asma, cardite, pericardites, afecções osteoarticulares submetidas a correções
ortopédicas, afecções reumáticas, etc.
Atribuir a esses estudantes, como compensação da ausência às aulas, exercícios
domiciliares com acompanhamento da instituição escolar, sempre compatíveis com seu estado
de saúde e as possibilidades da instituição.
Dependerá o regime de exceção estabelecido neste Decreto Lei, de laudo médico
elaborado por autoridade oficial do sistema educacional.
Será da competência do Diretor da instituição a solicitação do regime de exceção,
à autoridade oficial, que fornecerá o Atestado Médico.
Havendo o entendimento que o regime de exceção do estudante poderá
desempenhar atividades escolares, as mesmas serão providenciadas pela pedagoga do turno,
apanhará todas as atividades enviará ao estudante, através de familiares.
O Decreto-Lei n.º 715 de 30 de julho de 1969, altera dispositivo da Lei do Serviço
Militar n.º 4.375 de 17 de agosto de 1964. Dispõe sobre justificação das faltas para estudante
em prestação de serviço militar. Deverá apresentará uma Declaração fornecida pelo Órgão das
Forças Armadas ao qual o Militar/Estudante presta serviço. A avaliação será agendada com os
Professores através da Equipe Pedagógica da instituição de ensino, Também é de direito do
estudante/militar a realização da recuperação, conforme previsto na Deliberação 07/99 e no
Regimento Escolar.
4.3.2 Flexibilização Curricular na Educação Especial
De acordo com o Documento de Política Estadual de Educação Especial na
Perspectiva da Inclusão (DEEIN- Paraná),
97
...“numa sociedade plural e democrática, a inclusão escolar representa um
amadurecimento da política educacional. Trazer a diversidade humana que
está na sociedade para dentro do espaço escolar significa democratizar esse
espaço, tornando-o mais humanizado e representativo dos diferentes
segmentos que compõem o heterogêneo social (DEEIN, 2008, pág. 1).
A Lei Federal 9.394/96 abriu novas perspectivas para a Educação Especial e a lei
10.172/01 – Plano Nacional de Educação determina a inclusão dos estudantes portadores de
necessidades especiais em classes comuns e, considera que a educação especial não pode mais
ser vista como um sistema paralelo ao sistema comum, mas sim fazer parte dele como um
conjunto de recursos pedagógicos e de apoio que facilite a aprendizagem de todos.
O Colégio Estadual Professora Reni Correia Gamper- Ensino Médio, Profissional
e Normal está adequado para receber estudantes com necessidades especiais, garantindo o
ingresso, permanência e sucesso do educando e entende que o aprendizado de estudante com
necessidades especiais deve ocorrer, preferencialmente, na rede regular de ensino em conjunto
com os demais estudantes, em todos os níveis de ensino, variando o apoio especializado que
cada estudante deverá receber. Nesta perspectiva, entendemos que o desenvolvimento de
sistemas educacionais inclusivos no qual as instituições devem acolher todas as crianças,
independente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas e outras,
representam a possibilidade de combater a exclusão e responder as especificidades dos
estudantes.
A Educação Inclusiva é, acima de tudo, um projeto pedagógico de democratização
de acesso a todos, independente de etnia, credo, cor, origem, sexualidade, comprometido com
a transformação político social, com qualidade de ensino e de vida de nossos estudantes.
Para contribuirmos com a inclusão foi necessário reestruturação, tanto fisicamente
quanto em relação aos currículos escolares para que, dessa forma, estejamos preparados para
trabalhar com a diversidade e incluir as pessoas com necessidades especiais, apoiando e
incentivando a capacitação dos profissionais da educação, para que tenham segurança para
trabalhar com a inclusão dos estudantes.
4.3.3 Atendimento à Diversidade
É a instituição escolar um dos locais onde o cenário da diversidade se desdobra
marcando a vida social brasileira. Contudo, a história do Brasil deixou claro que os
colonizadores fizeram com que a sua cultura dominasse aniquilando as outras manifestações
culturais, com objetivo de manter o poder centralizador. Para que se consiga uma mudança
98
expressiva no ensino e umas revoluções culturais exigiram-se uma articulação entre os
currículos e uma política educacional comunitária.
Diante da diversidade de culturas é de competência do professor ter claro os
objetivos e resultados que pretende alcançar com uma atividade para que os estudantes
tenham as mesmas oportunidades, mas com estratégias diferentes.
4.3.4 História e Cultura Afro-Brasileira e dos Povos Indígenas (Lei Federal n.º
10.639/2003 e Lei Federal n.º 11.645/2008)
A Lei 10.639/2003, que torna obrigatório o ensino de História da Cultura Afro-
brasileira nas instituições de ensino, como educadores, não podemos nos acomodar e
continuar com uma única referência teórica, apenas uma cultura de formação do povo
brasileiro, que é a cultura branca europeia. Os estudantes precisam tomar conhecimento de
que nosso país tem outras matrizes Étnico-Raciais na sua formação. Dessa forma, se práticas
pedagógicas relacionadas à cultura afro-brasileira e africana cujo objetivo é inserir este
conhecimento aos estudantes desta instituição, sendo que a maioria, são descendentes de
europeus. Este conteúdo será ministrado de forma interdisciplinar, acrescentando um
desenvolvimento cultural e pessoal aos educandos, para que os mesmos possam avaliar sua
própria cultura em relação aos preconceitos que a comunidade, por ventura, possa ter e com
isso colaborem para a valorização de determinada cultura, não como pior ou melhor, mas sim
diferente.
Posteriormente observou-se que havia necessidade de acrescentar a história e
cultura dos povos indígenas, pois a população brasileira é resultante da miscigenação de três
raças: indígena, branca e negra. Sendo aprovada a Lei 11.645/2008, que intitulou: História e
Cultura Afrobrasileira, Africana e Indígenas, tornando obrigatório ministrar conteúdos no
âmbito de todo o currículo escolar os conteúdos da cultura africana e indígena. Dessa forma,
entendemos que, tanto a cultura indígena quanto a Cultura Afro-brasileira têm muito a
contribuir na busca de um mundo melhor para a humanidade. E partindo da igualdade, da
diferença e da parceria que podemos criar o novo. Esse novo só poderá ser criado se a
sociedade nacional oferecer a oportunidade aos povos de mostrarem a sua capacidade e
competência de gerenciar seu próprio destino. Enfim, trata-se de construir também novas
concepções de entender o outro dentro da sua potencialidade individual e coletiva. Os
conteúdos trabalhados devem ser registrados no Livro de Registro de Classe, com as
metodologias empregadas e as atividades realizadas.
99
Os profissionais da educação comprometidos com a transformação social, buscam
continuamente estratégias que ressaltem o cotidiano dos estudantes para, a partir da realidade
constatada, construir os saberes escolares que poderão surgir no decorrer da conversação em
uma aula, surgindo temas que sejam relativos a cultura dos africanos e/ou indígenas, ampliar
as discussões para a exploração de novos conteúdos que repensem as relações étnico-raciais,
discriminação racial, à superação da indiferença , da injustiça, discriminação e
desqualificação com que os negros, os indígenas e também as classes populares às quais os
negros, no geral, pertencem, procurando valorizar sua contribuição na formação da
população e o desenvolvimento econômico do Brasil.
100
5.0 LEGISLAÇÃO ARTICULADA AO CURRÍCULO
Legislação vigente que deve estar articulada ao currículo escolar nas etapas e
modalidades de ensino da Educação Básica.
Leis Federais Descrição
Constituição da República
Federativa do Brasil – 1988
Cap. III, seção I, art. 206, inciso VI, estabelece a Gestão
Democrática.
Constituição da República
Federativa do Brasil – 1988
Art. 5.º- X e XXVIII – Direito de Imagem.
N.º 8.096/1990 Estatuto da Criança e do Adolescente.
N.º 9.394/96 – LDBEN
Art.12, inciso I, Incumbência de “ elaboração e execução da
proposta pedagógica”.
Art. 13, inciso I, determina que os docentes incumbir-se-ão de
participar da elaboração da Proposta Pedagógica.
Art.14, inciso I, determina a “participação dos profissionais da
educação na elaboração do PPP da Instituição”.
N.º 17- Portaria Normativa
Interministerial
Programa Mais Educação.
N.º 9.503/97 Educação para o Trânsito.
N.º 9795/99 e a Estadual n.º
17.505/2013
Educação Ambiental.
N.º 10.436/2002 LIBRAS – Inclusão nos Cursos de Magistério, Fonoaudiologia
e Formação de Educação Especial.
N.º 10.639/2003 Incluir no Currículo “História e Cultura Afro-Brasileira”.
N.º 11.645/2008
Inclui os povos indígenas: “História e Cultura Afro-Brasileira e
dos Povos Indígenas”.
N.º 11.684/2008 Filosofia e Sociologia como disciplinas obrigatórias no Ensino
Médio.
N.º 11.947/2009
Atendimento à alimentação escolar e do Programa Dinheiro
Direto na Instituição.
N.º 12.319/2010 Regulamenta a Profissão de Tradutor.
Diretrizes Curriculares Nacionais
Art. 19 – Cada Etapa de Ensino é delimitada por sua finalidade,
seus princípios, objetivos e diretrizes educacionais na
101
inseparabilidade do cuidar e educar.
LDBEN/1996 Art. 23 e 24 – Legislação vigente sobre o Calendário Escolar.
N.º 7.037/2009 Del. 02/2015 CEE. Educação em Direitos Humanos.
Nº 10.741/2003 e Estadual n.º
17.858/2013
Estatuto do Idoso – educação para o envelhecimento.
N.º 11.343/2006 Prevenção ao Uso Indevido de Drogas.
N.º 11.733/1997 e 11.734/1997 Educação Sexual e Prevenção à AIDS e DST.
N.º 11.525/2007 Enfrentamento à Violência contra a Criança e o Adolescente e
seus Direitos.
N.º 11.769/2008 Música obrigatória na disciplina de Arte.
Leis Estaduais Descrição
N.º 17.335/2012 Combate ao Bullyng
N.º 18.118/14 Proibição do uso de Aparelhos/Equipamentos eletrônicos
durante as aulas.
N.º 17.650/2013 Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência
– PROERD.
N.º 18.419/2015 Estatuto da Pessoa com Deficiência.
Instrução n.º 008/2015 –
SEED/SUED
Hora-atividade para favorecer o trabalho coletivo dos
professores, de forma concentrada.
N.º 10.639/2003 - implementada
pela n.º 11.645/2008
Equipe Multidisciplinar – espaço de debates, estratégias e de
ações pedagógicas.
Instrução n.º 010/2013 CELEM – Níveis ofertados.
N.º 17.858/2013 Estatuto do Idoso.
N.º13.146/2015 Inclusão escolar.
N.º 13.881/2001 Conteúdos de História do Paraná na disciplina de História.
N.º 18.424/2015 Instituição do Programa Brigada Escolar.
Parecer 130/2010 Cadernos de Expectativas de Aprendizagem.
Resolução N.º 07/2010 CNE/CEB Educação Fiscal
Decreto n.º 1.143/99 e Portaria n.º
413/2002
Educação Tributária
N.º 18.447/2015 Lei Maria da Penha.
102
6.0 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO
PEDAGÓGICO
A avaliação do Projeto Político Pedagógico se faz necessária para conhecer a
realidade escolar e buscar compreender criticamente as causas da existência de problemas,
bem como buscar alternativas e estratégias, objetivando o sucesso do ensino-aprendizagem.
Acompanhar e avaliar o Projeto Político Pedagógico é avaliar os resultados da
própria organização do trabalho pedagógico.
O Projeto Político Pedagógico será avaliado no decorrer do ano letivo de 2016
e nos demais anos letivos, modificando o que se fizer necessário com relação às necessidades
da instituição e interesses da comunidade escolar. Todos os envolvidos na construção do
Projeto Político Pedagógico se comprometem com os resultados da organização do trabalho
pedagógico. A avaliação deve portanto, ser democrática respeitando as opiniões e o ponto de
vista dos membros envolvidos, favorecer o desenvolvimento da capacidade de apropriar os
conhecimentos científicos, sociais e tecnológicos.
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7.0 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
A avaliação institucional deverá ser realizada anualmente envolvendo todos os
segmentos da comunidade escolar.
O objetivo é avaliar ações pedagógicas desenvolvidas na instituição e identificar
possíveis problemas e ações para soluções dos mesmos.
A responsabilidade por sua consecução é atribuída aos sujeitos participantes da
instituição. É utilizada nos processos de Renovação de Cursos.
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8.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao elaborarmos o Projeto Político Pedagógico tivemos a oportunidade de
participar e compreender melhor o funcionamento da instituição, conhecer com mais
profundidade a realidade do ambiente que trabalhamos. É um momento importantíssimo para
intensificar o envolvimento e acompanhamento da educação ofertada, influenciando de
maneira efetiva no funcionamento da instituição e no resultado da qualidade de ensino. O PPP
é um documento que retrata a realidade da nossa comunidade escolar, dando-nos uma visão
real da instituição, uma vez que dará suporte para um trabalho que precisa ser coletivo.
Contudo, é preciso deixar claro que nenhum PPP fará milagre e, para isso, antes
de tudo, a instituição toma as decisões após as discussões coletivas, por isso entende-se que o
Projeto Político Pedagógico é um instrumento que deve ser executado, consultado e avaliado
constantemente, pois ele deverá ser a fonte de inspiração na construção de meios e
instrumentos que sejam efetivos no desenvolvimento do trabalho escolar, interferindo
positivamente no plano de ação do professor, da equipe pedagógica, e das Entidades
Democráticas, valorizando as discussões com a comunidade em seus diferentes segmentos. O
Projeto Político Pedagógico deve garantir que a organização e a gestão sejam orientadas numa
perspectiva sistêmica, ou seja, cada segmento da escola se reconheça e reconheça seu trabalho
como parte da escola, construída de forma coletiva e com bases em objetivos comuns.
Com a participação consciente e responsável de todos, escola e comunidade,
poderemos construir uma escola democrática que terá competência para formar cidadãos
transformadores de sua realidade. Através da gestão democrática busca-se alcançar a
qualidade de ensino submetendo todas as atividades escolares às finalidades da educação. Isso
exige participação e co-responsabilidade pelos resultados. Este tipo de gestão compreende a
participação efetiva dos vários segmentos da comunidade escolar nos processos decisórios da
escola através dos órgãos colegiados. Nesse sentido, constata-se a importância dos órgãos
colegiados na construção coletiva do projeto político pedagógico, criando-se condições para
uma relação mais assertiva entre escola e comunidade. O planejamento coletivo com a
participação dos Conselhos Escolares traz a possibilidade de melhoria da qualidade do ensino,
pois cria condições de um currículo baseado na realidade local e de um maior
comprometimento de todos os agentes envolvidos no processo educacional. A gestão
democrática é um processo de construção coletiva que está diretamente ligada ao sucesso do
estudante na aprendizagem. É um processo que não está pronto e nem acabado. Há ainda
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muitas barreiras a serem superadas. Porém, sem a predisposição à mudança a gestão
democrática será apenas um detalhe.
106
9.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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