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COLÉGIO ESTADUAL PROFA. RENI CORREIA GAMPER EMPN. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO MANOEL RIBAS 2017

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO€¦ · 1.1 LOCALIZAÇÃO E DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA ... (MARCO CONCEITUAL)..... 65 3.1 EDUCAÇÃO, HOMEM (INFÂNCIA, ADOLESCÊNCIA, JUVENTUDE, ADULTO

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COLÉGIO ESTADUAL PROFA. RENI CORREIA GAMPER – EMPN

PROJETO:- reúne propostas de ação a serem executadas durante determinado período de

tempo, é intencional, com compromisso definidos coletivamente.

POLÍTICO:- envolve formação de cidadãos.

PEDAGÓGICO:- define e organiza as atividades e os projetos educativos necessários ao

processo ensino-aprendizagem.

MANOEL RIBAS

2017

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ...................................... 4

1.1 LOCALIZAÇÃO E DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA .............................................. 5

1.2 ASPECTOS HISTÓRICOS DA INSTITUIÇÃO ................................................................ 6

1.3 CARACTERIZAÇÃO DO ATENDIMENTO NA INSTITUIÇÃO E QUANTIDADE DE

ESTUDANTES .......................................................................................................................... 8

1.4 ESTRUTURAS FÍSICAS, MATERIAIS E ESPAÇOS PEDAGÓGICOS ....................... 10

1.5 RECURSOS HUMANOS ................................................................................................. 14

1.5.1 Direção, Direção - Auxiliar e Equipe Pedagógica .................................................. 14

1.5.2 Corpo Docente ........................................................................................................... 14

1.5.3 Equipe Administrativa ............................................................................................. 16

1.6 INSTÂNCIAS COLEGIADAS .......................................................................................... 16

1.6.1 Grêmio Estudantil ..................................................................................................... 19

1.6.2 Conselho de Classe .................................................................................................... 20

2.0 DIAGNÓSTICO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO (MARCO SITUACIONAL) ..... 24

2.1 GESTÃO ESCOLAR ......................................................................................................... 24

2.2 ENSINO-APRENDIZAGEM ..................................................................................... 25

2.2.1 Plano de Trabalho Docente ...................................................................................... 25

2.2.2 Avaliação .................................................................................................................... 26

2.2.3 Conselho de Classe .................................................................................................... 32

2.2.4 Registros da Prática Pedagógica ............................................................................. 34

2.3 ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO AO PÚBLICO-ALVO DA

EDUCAÇÃO ESPECIAL ........................................................................................................ 36

2.4 ARTICULAÇÃO ENTRE AS ETAPAS DE ENSINO ..................................................... 36

2.5 ARTICULAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO COM OS PAIS E/OU

RESPONSÁVEIS ..................................................................................................................... 38

2.6 FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO ................... 39

2.7 ACOMPANHAMENTO E REALIZAÇÃO DA HORA-ATIVIDADE ........................... 40

2.8 ORGANIZAÇÃO DO TEMPO, ESPAÇO PEDAGÓGICO E CRITÉRIOS DE

ORGANIZAÇÃO DAS TURMAS .......................................................................................... 41

2.8.1 Ensino Médio ............................................................................................................. 43

2.8.2 Educação Profissional ............................................................................................... 45

2.8.3 Programa de Ampliação de Jornada ...................................................................... 50

2.8.4 CELEM ...................................................................................................................... 51

2.8.5 Programa Geração Atitude ...................................................................................... 51

2.8.6 Programa Saúde na Escola ...................................................................................... 52

2.8.7 Biblioteca ................................................................................................................... 53

2.8.8 Laboratórios .............................................................................................................. 54

2.9 ÍNDÍCES DE APROVEITAMENTO ESCOLAR (INDICADORES EXTERNOS E

INTERNOS) ABANDONO/EVASÃO E RELAÇÃO IDADE/ANO ..................................... 54

2.9.1 Indicadores Externos ................................................................................................ 55

2.9.2 Indicadores Internos ................................................................................................ 59

2.9.3 Programa de Combate ao Abandono Escolar (PCAE/SERP) .............................. 60

2.9.4 Prevenção ao uso de Álcool e outras Drogas e Enfrentamento às Violências na

Instituição de Ensino ......................................................................................................... 61

2.10 RELAÇÃO ENTRE PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO E DISCENTES ................... 63

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3.0 FUNDAMENTOS TEÓRICOS (MARCO CONCEITUAL) ..................................... 65

3.1 EDUCAÇÃO, HOMEM (INFÂNCIA, ADOLESCÊNCIA, JUVENTUDE, ADULTO E

IDOSO), MUNDO, SOCIEDADE E CIDADANIA ................................................................ 67

3.2 FORMAÇÃO HUMANA INTEGRAL, CULTURAL, TRABALHO E ESCOLA .......... 69

3.3 GESTÃO ESCOLAR, CURRÍCULO, CUIDAR E EDUCAR .......................................... 70

3.4 ENSINO-APRENDIZAGEM, ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO,

CONHECIMENTO, AVALIAÇÃO, TECNOLOGIA ............................................................. 74

3.5 TEMPO E ESPAÇO PEDAGÓGICO, EDUCAÇÃO INCLUSIVA E DIVERSIDADE .. 76

3.6 FORMAÇÃO CONTINUADA .......................................................................................... 77

3.7 EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS ...................................................................... 78

3.8 VIOLÊNCIAS, O USO DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS NO ÂMBITO ESCOLAR

.................................................................................................................................................. 78

4.0 PLANEJAMENTO (MARCO OPERACIONAL) ....................................................... 82

4.1 CALENDÁRIO ESCOLAR ............................................................................................... 84

4.2 AÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS ............................................................................. 84

4.2.1 PROEMI .................................................................................................................... 85

4.2.2 CELEM – Espanhol .................................................................................................. 87

4.2.3 Brigada Escolar – Defesa Civil ................................................................................ 88

Estudantes do Ensino Médio e o Curso de Formação de Docentes. .............................. 94

4.3 AÇÕES REFERENTES À FLEXIBILIZAÇÃO CURRICULAR ..................................... 94

4.3.1 SAREH - Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar ............. 94

4.3.2 Flexibilização Curricular na Educação Especial ................................................... 96

4.3.3 Atendimento à Diversidade ...................................................................................... 97

4.3.4 História e Cultura Afro-Brasileira e dos Povos Indígenas (Lei Federal n.º

10.639/2003 e Lei Federal n.º 11.645/2008) ...................................................................... 98

5.0 LEGISLAÇÃO ARTICULADA AO CURRÍCULO ................................................... 100

6.0 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO

PEDAGÓGICO .................................................................................................................... 102

7.0 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL ................................................................................ 103

8.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................... 104

9.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 106

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4

APRESENTAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual “Prof.ª Ren Correia Gamper”

– Ensino Médio Profissional e Normal, reflete as intenções, os objetivos, as metas e os ideais

da instituição escolar, Com articulação e participação de todos os sujeitos do processo

educativo para construir uma visão global da realidade e dos compromissos coletivos, pois

alicerça o trabalho pedagógico enquanto construção do conhecimento, portanto, nunca está

pronto e acabado. Oportuniza a identificação, explicitação e análise dos problemas e

soluções, necessidades e avanços presentes na realidade social, política, econômica, cultural,

educacional e suas influências nas práticas educativas da instituição Foi pautado em cima de

grandes reflexões sobre as finalidades da instituição, o seu papel social, a definição de

caminhos pedagógicos e ações que serão executadas por toda a comunidade escolar, já que a

sua construção teve o apoio da Gestão Escolar, APMF, Conselho Escolar, Professores e

Funcionários. É um documento de suma importância, pois reflete a realidade da instituição,

sendo um clarificador da ação educativa em sua totalidade. Sua finalidade é assegurar e

fundamentar todo o funcionamento do Colégio, sua estrutura física funcional e também

pedagógica, assim como dar garantia e legitimidade para que “a instituição seja palco de

inovações, investigações e grandes ações fundamentadas num referencial teórico

metodológico que permita a construção de sua identidade e exerça seu direito à diferença, à

singularidade, à transparência, à solidariedade e à participação” (Veiga, 1996) O Projeto

Político Pedagógico envolve a composição dos documentos: Proposta Pedagógica, Regimento

Escolar, APMF e Conselho Escolar, Planos de Ação da Escola e o Plano de Trabalho

Docente.

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1.0 IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO

1.1 LOCALIZAÇÃO E DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA

Colégio Estadual Prof.ª Reni Correia Gamper – Ensino Médio, Profissional e Normal.

Código da Instituição: 00401

Endereço: Rua 1.º de Maio, 454 – Centro CEP.: 85.260-000.

Telefone/Fax: (43) 3435-1203 e (43) 3435-2519

E-mail: [email protected]

Município: Manoel Ribas – Pr Código do Município: 1460

NRE.: Ivaiporã Código do NRE.:016 Código do INEP: 41039157

Dependência administrativa:

( X ) Estadual ( ) Municipal ( ) Conveniada ( ) Privada

Localização: ( X ) urbana ( ) rural

Oferta de Ensino:

( ) Educação Infantil ( ) Ensino Fundamental Anos Iniciais

(X) Ensino Médio ( ) Educação Profissional Integrada de Nível Técnico

( X ) Educação Profissional Subsequente de Nível Técnico

( ) Educação Profissional Integrada a EJA – PROEJA

( ) Educação de Jovens e Adultos ( ) Educação especial

( X ) Formação de Docente da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em

Nível Médio, na modalidade Normal.

Ato de Autorização de Funcionamento da instituição:

Resolução n.º 1176/81 DOE de 17/06/1981

Ato de Credenciamento para a oferta de Educação Básica:

Resolução 4734/16 DOE de 27/19/2016

Parecer do NRE de aprovação do Regimento Escolar e Projeto Político Pedagógico n.º

_________ de ___/ ___/ ________

Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná

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1.2 ASPECTOS HISTÓRICOS DA INSTITUIÇÃO

O Colégio Estadual Prof.ª Reni Correia Gamper – Ensino Médio, Profissional e

Normal, passou por várias transformações desde sua origem, de acordo com o crescimento e

evolução da população de nossa cidade, que desde 1956 tornou-se município.

Em 1940 – Foi contratada pela Intervenção Federal do Paraná, a Professora Reni

Correia Gamper, para reger a Escola Isolada de Campina Alta, sendo esta a primeira

instituição a dar origem ao atual Colégio, bem como Campina Alta foi o primeiro nome desta

cidade.

Em 1946 – A partir deste ano a instituição escolar passou a denominar-se Escola

Isolada da Colônia Manoel Ribas.

Em 1947 – Passou a denominar-se Escola Isolada da Vila Manoel Ribas.

Em 1958 – Através do Decreto nº 16.768/58, de 16 de maio de 1958 ocorreu nova

mudança e então passou para a denominação de: Grupo Escolar “Professora Reni Correia

Gamper”; em homenagem a primeira professora contratada em 1940, ocasião da criação da

primeira Escola neste Município.

Em 1981 – Pela resolução nº 1.176/81, de 17 de junho de 1981, o Grupo Escolar

passou denominar-se: Escola Estadual “Profª. Reni Correia Gamper” – Ensino de 1º Grau, por

ocasião da implantação da Lei 5.692/71.

Em 1983 – Pela Resolução nº 4.368/83, de 30 de dezembro de 1983, com a

Estadualização do Colégio Municipal “Costa e Silva”, ficou autorizado o funcionamento do

Ensino de 2º Grau Regular, no local onde funcionava as séries iniciais e a Escola passou a

denominar-se: Colégio Estadual Profª Reni Correia Gamper – Ensino de 1º e 2º Graus. Com

esta Resolução ficou autorizado a funcionar os cursos nas habilitações de Magistério e

Técnico em Contabilidade. Nos anos de:

1989 – Reconhecimento

1992 – Credenciamento.

Em 1993 – O colégio passa a denominar-se: Colégio Estadual Profª Reni Correia

Gamper – Ensino de 2º Grau, devido à municipalização do Ensino de 1ª à 4ª séries. Houve

também a implantação do Curso de Educação Geral – Preparação Universal, através da

Resolução nº 5.503/93 de 07/10/93. No ano de 1995 – Reconhecimento do Curso de

Educação Geral – Resolução nº 4.121/95 de 31/10/95 DOE – 20/11/95.

Em 1998 – Com adesão ao PROEM (Programa de Expansão, Melhoria e Inovação

do Ensino Médio), foi elaborado o Projeto de Implantação do Curso Pós-Médio/Técnico em

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Informática e, a partir deste ano as habilitações: Magistério e Auxiliar/Técnico em

Contabilidade passam à extinção gradativa.

Em 1999 – Pela Resolução nº 103/99 - DOE - 03/02/99 foi autorizado o

funcionamento do Curso Técnico em Informática, de Nível Médio. Também, foi implantada a

Nova Proposta Curricular nas 1as séries do Ensino Médio e, o Colégio passou a denominar-se:

Colégio Estadual Profª Reni Correia Gamper – Ensino Médio e Profissional.

Em 2006 – foi autorizado o funcionamento do Curso de Formação de Docentes da

Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em Nível Médio, na

Modalidade Normal – Integrado, através da Resolução 122/06 de 25/01/06 e do Curso de

Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em

Nível Médio, na Modalidade Normal Subsequente, através da Resolução 124/06 de 25/01/06

Em 2016 – foi renovado o Credenciamento para a oferta da Educação Básica,

através da Resolução 4734/2016, DOE de 27/10/2016.

– em decorrência dessas autorizações o estabelecimento passou a denominar-se Colégio

Estadual Profª Reni Correia Gamper – Ensino Médio, Profissional e Normal.

2017 – Implantação do Registro de Classe on – line (RCO).

Na evolução histórica do prédio deste Colégio, podemos registrar o seguinte:

iniciou-se e m 1940 com o trabalho da primeira professora nomeada, com apenas uma sala de

aula feita de madeira roliça (pau-a-pique) como chamam. Mais tarde, foi construída em

madeira sendo posteriormente ampliada, permanecendo com quatro salas até 1965. Neste ano,

no Governo de Paulo Pimentel em convênio com a Prefeitura Municipal construíram de

alvenaria um prédio com 3 (três) salas de aula e a construção parou por falta de verbas.

Em 1968, a FUNDEPAR construiu mais duas salas de aula, ficando a instituição

com cinco salas, uma pequena dependência administrativa e dois sanitários.

A partir daí, esta instituição foi sendo ampliada, para atender a demanda escolar, sempre com

recursos Estaduais, Municipais e com a colaboração da APMF.

Diretores Oficiais do Colégio:

Além dos Diretores provisórios, este Colégio teve os seguintes Diretores oficiais:

Emilia Fabrício G. Anunziato: – 1960;

Osvaldina Meurer Cremer: – 1960 a 1968;

Arlete Buratto: – 1968 a 1969;

Luiz Alberto Boing: – 1969 a 1971;

Cibília Hainoz Kobill: – 1971 a 1989;

Mara Regina Titericz: – 01 de janeiro de 1990 a 31 de dezembro de 1995;

Eliane Lúcia Zanela Cortes: – 01 de janeiro de 1996 a 31 de dezembro de 1997;

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Pedro Estevão da Silva: - 01 de Janeiro de 1998 a dezembro de 2000;

Marli Merico Kauling Walecki: – 01/01/2001 a 31/12/2001;

Elizabethe Gheller dos Santos: – 01/01/2002 a 01/10/2003;

Pedro Estevão da Silva: - 01/10/2003 a 2005;

Pedro Estevão da Silva: - 2006 e 2008;

Pedro Estevão da Silva: - Reeleito para 2009 a 2011;

Pedro Estevão da Silva: - Reeleito para 2012 a 2014;

Pedro Estevão da Silva: - Prorrogação para 2015;

Pedro Estevão da Silva: - Reeleito para 2016 a 2017.

Altevir dos Santos:- 2017 a 2019

1.3 CARACTERIZAÇÃO DO ATENDIMENTO NA INSTITUIÇÃO E QUANTIDADE DE

ESTUDANTES

“Nada é fixo para aquele que alternadamente pensa e sonha”.

(Bachelard, 19911, p.91)

O grande compromisso da instituição escolar é oferecer uma educação de

qualidade, conscientizando o jovem da importância da formação estudantil para suas vidas.

Durante a caminhada do Ensino Médio procuramos trabalhar noções de se viver em

sociedade, preparando-os para enfrentar os desafios do mundo moderno, acompanhando os

avanços tecnológicos e científicos que evoluem rapidamente na atualidade, o que contribui

para seu crescimento pessoal, social e profissional, tornando-o mais justo e humano, visando a

superação dos problemas e dificuldades enfrentados por todos os envolvidos com o processo

ensino-aprendizagem.

O alvo principal do Projeto Político Pedagógico é o estudante, portanto, seus

objetivos, condição socioeconômica e cultural, colaboram como princípios norteadores para

organizar um trabalho direcionado ao perfil que o estudante apresenta, procurando atender

suas necessidades e anseios para o pleno exercício da cidadania, tornando-o um cidadão

consciente, responsável, autônomo e transformador da sociedade onde está inserido,

praticando ações voltadas ao bem comum. Cabe ao corpo docente e equipe gestora fazer com

que as propostas em prol dos estudantes sejam colocadas em prática, de maneira a garantir seu

acesso e permanência na instituição, promovendo o sucesso na sua vida escolar.

O Colégio Estadual Prof.ª Reni Correia Gamper – Ensino Médio, Profissional Normal,oferta:

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CURSO TURNO SÉRIE TURMA N.º COR/RAÇA GÊNERO

ENSINO

MÉDIO

MANHÃ

1.ª A 39 35 BRANCOS

4 PARDOS 20 FEM.

19 MASC.

1.ª B 42

26 BRANCOS

15 PARDOS

1 NEGRA

25 FEM.

17 MASC.

2.ª A 29 24 BRANCOS

5 PARDOS

7 FEM.

22 MASC.

2.ª B 24 20 BRANCOS

4 PARDOS

10 FEM.

14 MASC.

3.ª A 31 23 BRANCOS

8 PARDOS

21 FEM.

10 MASC.

3.ª B 32 29 BRANCOS

3 PARDOS

15 FEM.

3 PARDOS

TARDE

1.ª C 28

15 BRANCOS

12 PARDOS

1 NEGRA

11 FEM.

17 MASC.

2.ª C 17 6 BRANCOS

11 PARDOS

10 FEM.

7 MASC.

3.ª C 14 10 BRANCOS

4 PARDOS

9 FEM.

5 MASC.

NOITE

1.ª D 31 19 BRANCOS

12 PARDOS

14 FEM.

17 MASC.

2.ª D 28 17 BRANCOS

11 PARDOS

9 FEM.

19 MASC.

3.ª D 45 36 BRANCOS

9 PARDOS

15 FEM.

30 PARDOS

FORMAÇÃO

DE

DOCENTES

MANHÃ

2.ª

A

22

15 BRANCOS

3 PARDOS

4 INDIG.

21 FEM.

1 MASC.

3.ª A 22 20 BRANCOS

2 PARDOS

20 FEM.

2 MASC.

4.ª A 15 12 BRANCOS

3 PARDOS

12 FEM.

3 MASC.

NOITE 3.ª B 16

16 INDÍG.

4 FEM.

12 MASC.

CELEM TARDE

1.ª A 31

30 BRNCOS

1 PARDOS

21 FEM.

10 MASC.

2.ª A 10 9 BRANCOS

1 PARDO

9 FEM.

1 MASC.

TÉCNICO

EM

INFORMÁTI-

CA

NOITE 2.ª A 20

16 BRANCOS

4 PARDOS

10 FEM.

10 MASC.

TEC. EM

ENFERMA-

GEM

NOITE

2.ª A 27

20 BRANCOS

6 PARDOS

1 INDÍG.

22 FEM.

5 MASC.

4.ª A 30 22 BRANCOS

8 PARDOS

29 FEM.

1 MASC.

TOTAL 573

Fonte: SERE Obs.: Os indígenas são da tribo Kaingang.

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1.4 ESTRUTURAS FÍSICAS, MATERIAIS E ESPAÇOS PEDAGÓGICOS

O Colégio Estadual Professora Reni Correia Gamper – Ensino Médio,

Profissional e Normal possui treze salas de aula, cozinha, secretaria, sala de direção,

biblioteca, laboratório de enfermagem, laboratório de informática – PROINFO, sala da equipe

pedagógica, sala da direção auxiliar, sala dos professores, sala pedagógica (para o Curso de

Formação de Docentes), banheiros masculinos, banheiros femininos e um banheiro para os

professores e funcionários, pátio coberto e uma quadra de esportes coberta.

Mais do que ferramentas e aparatos que poderão “animar” e/ou ilustrar a

apresentação de conteúdos, o uso da mídia Web, televisiva e impressa mobiliza novas formas

de ver, ler e escrever o mundo.

A comunidade escolar tem acesso à internet disponível no laboratório de

informática – PROINFO, e em alguns computadores na biblioteca, que funciona com

agendamento de horário, evitando transtornos, na realização de estudos complementares:

pesquisas individuais, pesquisas direcionadas, digitações, capacitações ofertadas pelo NRE e

SEED, cursos on-line, na hora atividade os professores utilizam para preparação de aulas e

acessar o Portal Dia a Dia Educação (páginas, links, downloads) para utilização na TV

pendrive e projetores em salas de aulas.

Atualmente, os professores das disciplinas de Química, Física, Biologia e

Matemática, quando precisam realizar experimentos para facilitar a assimilação de conteúdos,

agendam os recursos materiais pertinentes a aula, que se encontram no Laboratório (pequeno

espaço improvisado para armazená-los) e na hora atividade providencia a remoção e limpeza

dos mesmos, para utilizá-los em sala.

Os Laboratórios de Física, Química, Biologia e Matemática, construídos com

verbas do Brasil Profissionalizante, que contribuirão na melhoria do desenvolvimento dos

conteúdos, permitindo a vivência prática dos mesmos, a contextualização e valorização do

aspecto qualitativo do ensino encontram-se fechados aguardando a liberação.

O direito de aprender se concretiza quando conseguimos desenvolver nos

estudantes um conjunto de competências definidas pela própria Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional como aquelas necessárias à inserção no mundo da prática social e do

trabalho. Para desenvolver essas competências a instituição escolar deve e precisa ter tudo

bem planejado.

O planejamento escolar é elaborado de forma democrática e participativa, pois

pretende instituir e contribuir nos processos desenvolvidos na instituição de ensino. As ações

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planejadas devem ser elaboradas de maneira a deixar bem claro os objetivos, os meios para a

execução dos mesmos, bem como os critérios de avaliação da qualidade do trabalho que se

realiza. Para enriquecer ainda mais a exploração dos conteúdos, os professores poderão se

utilizar de vários recursos materiais, em todas as disciplinas.

Relação de Materiais e Equipamentos:

Unid. Materiais/Equipamentos

01 Modelo Anatômico – Digestivo

01 Modelo Anatômico – Esqueleto Articulado

01 Manequim simulador de Recém nascido

20 Sólidos geométricos em acrílico

01 Banho Maria

01 Water OD

01 Garrafa de Van Dorn

01 Salinômetro

01 Conj. Aquário/terrário/Minhocário

01 Estufa Incubadora

01 Microscópio Trinoculor c/câmara

01 Microscópio Estereoscópio

01 Agitador Magnético

01 Balança digital

01 Manta aquecedora balão 250 ml

01 Bastão de vidro 6 x 300 mm

01 Copo Becker vidro 250ml

01 Erlenmeyer de vidro 250 ml

01 Funil de vidro 150 ml

01 Funil de separação 250 ml

01 Pipeta de vidro graduada 10 ml.

10 Atlas do Brasil

01 Balança de plataforma

01 Estadiômetro portátil

20 Dicionários- espanhol x português

01 Brinquedoteca kit com 20 itens

30 Dicionários – inglês x português

30 Kit jogos de xadrez – peças oficiais

01 Jogo quest família

01 Jogo quest Junior

05 Trenas 30 m.

02 Cronômetros

20 Transferidores de plástico

02 Mesa para ping pong

01 Kit tênis de mesa

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02 Kit Frescobol

12 Tesouras médias

05 Pistolas – cilicone

01 Jogo Imagem e Ação 1

01 Jogo Imagem e Ação 2

01 Nebulizador

01 Balança digital portátil

01 Cuba redonda de inox

01 Bomba de vácuo

01 Estufa esterilizadora reg. Até 200c

01 Kit Ferramentas e Correlatos

01 Multímetro Digital Simples

01 Multímetro Digital Avançado

01 Eletricidade e Eletrônica – Recursos

01 Kit eletricidade e eletrônica – Componentes – Conduteste

03 Multímetro digital tipo alicate

01 Equipamento com acessórios para Eletrostática

01 Balança de prato

01 Régua de aço

01 Balança digital

03 Dinamômetro tubular 5 Newton

02 Dinamômetro tubular 10 Newton

01 Paquímetro Universal

01 Conjunto de massa e ganchos

02 Sensores para queda de corpos

02 Cronômetro Digital

01 Sensor fotoelétrico

01 Trilho de ar linear

01 Colchão de ar superficial

01 Mesa de forças

01 Looping

01 Cj. para estudos cinematográfico

01 Espectroscópio manual

02 Homogeneizador portátil

02 Fogareiro

01 Bússola a óleo com mira

01 Planetário

29 Banners de Biologia

40 Flautas doce soprano

20 Colchonetes

01 Relógio didático

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01 Kit tangram de madeira

01 Jogo alfabeto silábico 372 peças

01 Jogo dominó associação de ideias 28 peças

01 Jogo formar palavras 60 palavras

01 Jogo sequência lógica 16 peças

01 Jogo de memória c/ antônimos

01 Conjunto de barras de medidas

01 Conjunto de Blocos lógicos c/ 48 peças

01 Conjunto de números e sinais c/ 40 peças

01 Dominó educativo da multiplicação e subtração

01 Conjunto dourado 611 peças em madeira.

03 Globos terrestres de plástico

08 TVs nas salas da Ensino Médio

06 Projetores multimídias fixados em salas

A Biblioteca com acervo de aproximadamente onze (11.000) livros - ótima

estrutura de acolhimento - livre acesso às estantes, empréstimo de livros para os estudantes

ficarem de posse por até 30 dias, computadores com internet, que atende, prioritariamente os

estudantes, por agendamento, exclusivamente para pesquisas e trabalhos escolares. Os

funcionários da biblioteca possibilitam a toda comunidade escolar a livre escolha de obras

literárias e auxiliam nas pesquisas. Os professores desempenham importante papel na

conscientização de que ler é, compreender melhor o mundo, orientando e estimulando

atividades para que se formalizem hábitos de leitura espontâneas e prazerosas para promoção

efetiva da aprendizagem.

O acesso às tecnologias de informação e comunicação, ampliam as

transformações sociais e uma série de mudanças na construção do conhecimento. Frente a este

cenário de desenvolvimento tecnológico o Laboratório de Informática - PROINFO atende ao

Curso Técnico em Informática – Subsequente e nos períodos vagos oferta possibilidades de

pesquisas para os demais estudantes e professores.

O Laboratório de Enfermagem equipado com todos os materiais necessários ao

ensino-aprendizagem, como por exemplo: bonecos simulando o corpo humano (RN e Adulto)

para a inserção de sondas, cateteres, aplicação de medicações – intramusculares, endovenosas

e subcutâneas; seringas, agulhas, esfignomanômetros; estetoscópios; aspirador de secreções,

leito hospitalar, inclusive com projetor permanente.

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Sala Pedagógica, espaço para os estudantes e professores das disciplinas

específicas do Curso de Formação de Docente, com vários materiais didáticos, muitos deles

confeccionados pelos (as) próprios (as) estudantes.

Sala de Jogos equipada com mesa para a prática do esporte Tênis de Mesa, vários

jogos de tabuleiro e demais equipamentos já relacionados nos materiais/equipamentos.

1.5 RECURSOS HUMANOS

1.5.1 Direção, Direção - Auxiliar e Equipe Pedagógica

NOME VÍNC.

TURNO FUNÇÃO

M T N

Altevir dos Santos QPM X X Diretor

Leonice Maria Back Piaceski QPM X Diretora Auxiliar

Astrogilda Baran dos Santos QPM X X Pedagoga

Albertina Soethe Ricken QPM X Pedagoga

Maria Aparecida Wilke QPM X Pedagoga

Rozângela Zarpellon Siqueira QPM X Pedagoga

1.5.2 Corpo Docente

NOME

VÍNC

TURNO

GRADUAÇÃO M T N

Agatha Willemann Machado QPM X X X Biologia

Angélica de M. V. P. de Oliveira REPR X Interprete/Libras

Antonia Marques Vieira REPR X X Enfermagem

Auria Nack REPR X X Biologia

Bruno Cezar S. Esser REPR X Biologia

Carla Elizangela H. de O. Schmitz QPM X X X Arte/Ed. Especial

Caroline M. G. Takashima REPR X X X Enfermagem

Claudia Regina Cayres Vieira QPM X X X Educação Física

Clóvis Silvestre Moraes REPR X X X Enfermagem

Daniela Macias Nogueira QPM X X Biologia/Química

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Diomara Nack Bariviera QPM X X X Pedagogia

Edithe Maria Heinzen Piaceski QPM X X História

Fabiana da Silva Daniel REPR X Letras/Espanhol

Gilberto Delai Filho REPR X X Enfermagem

Gisele Chimilouski REPR X X História/Sociologia

Janice Braga Stopassol REPR X X Pedagoga

Jocelino Sidor REPR X X Matemática

Joice Oliari Ballmann QPM X X Física

Juliane Cassol de Freitas QPM X X X Letras Português/Inglês

Katyleen Elisangela Michls QPM X X X Letras Português/Inglês

Leonice Henkemeier REPR X X Matemática

Leonice Maria Back Piaceski QPM X Letras /Inglês

Lia Mara Leal de Souza QPM X X X História/Filosofia

Lucélia Rigo QPM X X História

Lucíola Silveira Fedel QPM X X X Letras /Inglês

Luzia Gallo Antunes QPM X X Pedagogia

Magda Marques da Silva Soethe QPM X X X Geografia

Maria Lucia Piaceski QPM X X X Matemátia/Física

Maristela Martire Bossoni QPM X X História

Marlene Piaceski Holovati QPM X X X Letras/Literatura

Mônica Cardoso Rolim REPR X Enfermagem

Paula Andréia Domingos QPM X X X Educação Física

Paulo Bariviera Filho QPM X Historia/Sociologia

Poliane Eloyze Tostes da Silva REPR X X X Enfermagem

Vagner Alexandre Borges QPM X X X Física/Química

Valdenete Stadim Vandresen REPR X Pedagogia

Valéria Dalila L. Ronque REPR X X X Sociologia

Valdinei Fogaça Andreacci QPM X X X Ciências/Matemática

Valdir Lopes Viana REPR X Enfermagem

Vitória Kauling de Carli QPM X X Ciências/Matemática

Vladismara Psych Martins QPM X Processamento de Dados

Willian Loch REPR X ADM

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1.5.3 Equipe Administrativa

NOME VÍNC. TURNO C/H FORMAÇÃO FUNÇÃO

M T N

Dulce D. da S. Ferreira QFEB X X 40 Adm. Empresas Ag. Ed. I

Dulce Esser Mazurok QFEB X X 40 Gest. Ambiental Ag. Ed. I

Inês Ghizone QFEB X X 40 Adm. Empresas Ag. Ed. II

Joelma A. S. Cordeiro READ X X 40 Adm. Empresas Ag. Ed. II

José Flávio Kobill QPPE X X 40 Ens. Médio Ag. Ed. I

José Lino Acordi READ X X 40 Gest. Ambiental Ag. Ed. II

Lilian Pchek QFEB X X 40 História Ag. Ed. II

Marcilete S. Teixeira QFEB X X 40 ADM Ag. Ed. II

Maria Esser Dmenjon QFEB X X 40 Infraestrutura Ag. Ed. I

Natália C.dos S. da Silva QFEB X X 40 G. Ambiental Ag. I

Osmar Osmair de Castro QFEB X X 40 Infraestrutura Ag.Ed. I

Terezinha Becker Kafka QFEB X X 40 Infraestrutura Ag. Ed. I

Terezinha Dircksen QFEB X X 40 História Ag. Ed. I

Zenaide R. Padilha QFEB X X 40 Infraestrutura Ag. Ed. I

1.6 INSTÂNCIAS COLEGIADAS

No Colégio Estadual Prof.ª Reni Correia Gamper – Ensino Médio, Profissional e

Normal, a administração da educação valoriza e considera as instâncias imediatamente

responsáveis e parceiras pelo provimento dos serviços educacionais à população. No caso da

instituição escolar pública, é de particular importância dar atenção à maneira como se

estrutura essa instância em termos da distribuição do poder e da autoridade em seu interior.

Na estrutura formal da instituição escolar pública está quase ausente a previsão de

relações humanas horizontais, de solidariedade e cooperação entre as pessoas, observando-se,

em vez disso, a ocorrência de uma ordenação em que prevalecem relações hierárquicas, pois o

mais alto posto desta hierarquia é ocupado pelo diretor. Esta condição lhe dá a autoridade e

também a incumbência de prestar contas das atividades pelas quais é responsável. Assim,

independente de sua vontade o diretor acaba assumindo o papel de responder pela instituição

escolar, perante os órgãos estabelecidos pela legislação. Entretanto, a verdadeira participação

da população se dá nas decisões que se tomam nas eleições dos dirigentes escolares. Seria

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ideal uma participação mais efetiva da comunidade escolar em todas as instâncias colegiadas,

em especial, aquelas mais próximas da população, onde se concretizam os serviços e que haja

prestação de todos os atos envolvendo as instâncias.

No Colégio Estadual Prof.ª Reni Correia Gamper – EMPN, as instâncias

colegiadas estão constituídas, seguindo a legislação enviada pela SEED/PR, após a

constituição das mesmas a documentação necessária de cada membro eleito é enviada aos

órgãos competentes. Essas instâncias colegiadas são: o Conselho Escolar, a Associação de

Pais e Mestres e Funcionários, Grêmio Estudantil e o Conselho de Classe, sendo que cada

uma tem sua função específica.

1.6.1 O Conselho Escolar

Além de seu caráter normativo, assume também outras atividades de caráter

executivo, deliberativo e fiscalizador. Além de participar da elaboração do Regimento

Escolar, do Projeto Político Pedagógico e da aplicação dos recursos da instituição escolar, o

Conselho Escolar também fornece assessoramento e delibera sobre os assuntos pedagógicos

administrativos da escola. O Conselho Escolar representa uma iniciativa que vem

contribuindo para o desenvolvimento de uma cultura participativa no âmbito da instituição

escolar. A eleição para a escolha dos membros do Conselho Escolar é realizada a cada biênio,

poderá ocorrer mediante voto secreto, por aclamação ou outro procedimento desde que haja a

aprovação dos componentes.

Na década de 1990, para atender a exigência da Constituição Federal, que havia

sido promulgada há dois anos, presenciou-se uma verdadeira explosão de criação de

conselhos em todo o Brasil, dentre eles a obrigatoriedade da implantação dos conselhos

escolares.

Os conselhos escolares são órgãos colegiados compostos por representantes das

comunidades escolar e local, que têm como atribuição deliberar sobre questões político-

pedagógicas, administrativas e financeiras no âmbito da instituição. Cabe aos conselhos,

também, analisar as ações e os meios empregados para o cumprimento das finalidades da

instituição. Seu papel é extremamente importante quando lembramos que o conselho escolar

tem como função contribuir cada vez mais para que a escola cumpra sua função de educar,

construir a democracia e a cidadania participativas, realizar um processo de aprendizagem

significativo, respeitar e valorizar o saber e a cultura do estudante e da comunidade, usar

significativamente o tempo pedagógico e ser democrático.

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O Conselho Escolar deve ser o porta-voz junto à comunidade geral sobre a

proposta educativa e os encaminhamentos realizados para combater eventuais problemas e

desafios que encontram no desenvolvimento da educação escolar.

De maneira geral, os conselhos escolares têm as seguintes características:

a)- formação plural: permite a participação de pessoas de qualquer crença religiosa, etnia,

filiação partidária, convicção filosófica, contanto, assim, com a representação dos vários

atores que constituem a sociedade brasileira;

b) natureza deliberativa: quando decidem sobre o Projeto Político Pedagógico e outros

assuntos da instituição, aprovam encaminhamentos de problemas, garantem a elaboração de

normas internas da instituição sobre questões referentes ao seu funcionamento nos aspectos

pedagógico, administrativo ou financeiro.

c) natureza consultiva: quando têm um caráter de assessoramento, analisando as questões

encaminhadas pelos diversos segmentos da instituição e apresentando sugestões ou soluções,

que poderão ou não ser acatadas pela direção das unidades escolares.

d) função fiscalizadora: quando acompanham a execução das ações pedagógicas,

administrativas e financeiras, avaliando e garantindo o cumprimento das normas das

instituições e a qualidade social do cotidiano escolar.

e) função mobilizadora: quando promovem a participação, de forma integrada, dos segmentos

representativos da instituição e da comunidade local em diversas atividades, contribuindo

assim para a efetivação da democracia participativa e para a melhoria da qualidade social da

educação.

f) representação do Estado e da sociedade civil: os conselhos devem ser compostos por

conselheiros, representantes do Estado e da sociedade civil.

Um colegiado ou conselho escolar atuante expressa o desenvolvimento de uma

cultura democrática e participativa. Os conselhos escolares, ao assumirem a função de

estimular e desencadear uma contínua realização e avaliação do Projeto Político Pedagógico

das instituições, acompanhando e interferindo nas estratégias de ação, contribuem

decisivamente para a criação de um novo cotidiano escolar, no qual a escola e a comunidade

se identificam no enfrentamento não só dos desafios escolares imediatos, mas dos graves

problemas sociais vividos na realidade brasileira.

Alguns conselheiros não se sentem preparados e fazem parte do Conselho Escolar

apenas porque alguém lhes disse que era "apenas para participar de reuniões e assinar

documentos", isso pode ser solucionado com cursos online que a SEED oferece.

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A direção da nossa instituição quando precisa reunir os membros do Conselho

Escolar, procura o melhor horário para favorecer a participação de todos, pois o quórum é

importante e necessário nas decisões para o bom desenvolvimento das atividades em

benefício dos estudantes.

1.6.2 Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF)

A Associação de Pais, Mestres e Funcionários, importante instância colegiada tem

como meta promover a integração entre família e a instituição escolar, fazendo com que a

participação da família no âmbito escolar seja mais significativa para o estudante e para a

instituição. Embora não seja fácil, é necessário conscientizar a comunidade escolar de que ela

é co-responsável pelo processo educacional e que cabe a ela colaborar com o processo

educacional e preocupar-se em participar da instituição a fim de assegurar uma educação

gratuita e de qualidade para sua própria comunidade, também é de sua responsabilidade

fiscalizar a educação, mas é fundamental também participar do processo de ação coletiva no

interior das instituições.

A Associação de Pais, Mestres e Funcionários deverá exercer a função de

sustentadora jurídica das verbas públicas recebidas pela instituição, com a participação dos

pais no seu cotidiano em cumplicidade com a administração. Para que haja perfeito

entrosamento a Equipe Diretiva deve dar abertura para que os pais possam opinar, reivindicar

e compreender a relevância de seu papel na instituição de ensino.

A participação de pais, mestres e funcionários por meio da APMF resultará em

autonomia da instituição, favorecendo a participação de todos na tomada de decisões no que

se refere às atividades curriculares e culturais.

É preciso enfrentar o desafio urgente e necessário de democratizar realmente a

instituição educativa, trazer o estudante e sua família para o interior da instituição de ensino,

propiciando também a democratização de sua permanência.

1.6.1 Grêmio Estudantil

A organização estudantil é a instância onde se cultiva gradativamente o interesse

do (a) estudante, para além da sala de aula.A consciência dos direitos individuais vem

acoplada à ideia de que estes se conquistam numa participação social e solidária. É notório

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que se a auto-organização dos estudantes não se tornou uma prática, as oportunidades de êxito

ficam minimizadas.

No Colégio Estadual Professora Reni Correia Gamper – EMPN, em 2014 foi

realizado um trabalho de divulgação sobre o Grêmio Estudantil, com materiais recebidos do

NRE. Os estudantes do período noturno cogitaram a ideia de se organizarem, mas não se

consolidou.

Neste ano letivo, a Direção do Colégio aprofundou o conhecimento dos alunos,

empenhando seu apoio. Foi exposto sobre o Estatuto do Grêmio Estudantil, que

possivelmente será fundado antes do término do ano letivo, pois alguns estudantes estão

interessados. Nossas alunas participaram, acompanhadas de uma professora, do seminário

“Grêmio Estudantil” em Ivaiporã, realizado pelo Núcleo Regional de Educação.

1.6.2 Conselho de Classe

O Conselho de Classe é um órgão de reflexão, análise e avaliação do trabalho

pedagógico e tem por objeto o estudo do processo ensino-aprendizagem que é o eixo central.

Em nossa instituição o Conselho de Classe desempenha o papel de avaliação dos

estudantes e de auto-avaliação das práticas pedagógicas, com o objetivo de diagnosticar a

razão das dificuldades dos estudantes, e apontar as mudanças necessárias nos

encaminhamentos pedagógicos para superar tais dificuldades. Nas reuniões do Conselho de

Classe estamos sempre atentos aos problemas levantados pelos professores, especialmente

aqueles que requerem apoio pedagógico, numa tentativa de amenizar as dificuldades,

continuamente.

Importante salientar que a gestão democrática citada na LDB 9394/96 garante à

equipe gestora e aos professores o direito de estabelecer os critérios, finalidades e objetivos de

seu Conselho de Classe. Em nossa instituição de ensino todo Conselho de Classe é lavrado

em Ata, no livro próprio e realizado em três momentos: Pré-Conselho, Conselho de Classe e

Pós-Conselho: o Pré-Conselho consiste na reunião por turma, coordenado pela equipe

pedagógica, sempre que possível com a presença da direção, que ocorre ao final de cada

trimestre, na semana que antecede os Conselhos de Classe, o (a) coordenador (a) procura

traçar um perfil amplo da turma, enumerando pontos positivos e negativos de modo geral,

incentivando a turma com palavras de sucesso e que se espera o esforço de todos para evitar

decepções. Em outro momento direciona o comportamento prejudicial à turma, direcionando-

se aos que a turma destaca como: conversadores, indisciplinados, desatentos, conversamos pra

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verificar se existem fatos externos que prejudicam o bom andamento das aulas, por exemplo,

se as aulas são interrompidas seguidamente com irrelevâncias, ou estudantes de outras turmas

que atrapalham, precisamos assegurar o direito de participação nas aulas, etc. É importante

que juntos busquem soluções para os pontos negativos da turma, frisando que as soluções

propostas serão levadas para análise no Conselho Escolar. Muito importante observar que não

há espaço no Pré-Conselho de Classe, para questões que envolvam o relacionamento de

discentes com professores. O Conselho de Classe é uma instância colegiada de natureza

consultiva e deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, fundamentado no Projeto Político

Pedagógico e no Regimento escolar. É o momento em que os professores, equipe pedagógica

e direção se reúnem para discutir, avaliar as ações educacionais e indicar alternativas que

busquem garantir a efetivação do processo de ensino e aprendizagem dos estudantes.

A finalidade do conselho de classe é diagnosticar problemas e apontar soluções

tanto em relação aos estudantes e turmas, é um espaço de análises, reflexão e avaliação do

trabalho pedagógico. O Conselho de Classe pode ser convocado extraordinariamente, só pela

direção quando julgar necessário para resolver problemas esporádicos de algum (a) estudante,

mas normalmente os conselhos acontecem no final de cada bimestre ou trimestre, conforme a

organização do Calendário Escolar, onde são discutidos encaminhamentos pedagógicos, notas

e comportamento de estudantes. São inúmeras as vantagens do Conselho de Classe,

destacaremos as principais:

Facilita a compreensão dos fatos com a exposição de diversos pontos de vista;

Permite a avaliação da eficácia dos métodos utilizados;

Possibilita a análise do currículo;

Promove a troca de ideias para tomada de decisões rumo à melhoria do processo

ensino-aprendizagem;

Favorece a integração entre professores.

Os membros participantes do Conselho de Classe devem utilizar-se de meios para

chegar a um consenso da equipe em relação: a)- às avaliações de desenvolvimento dos

estudantes, considerando as singularidades de comportamentos, aprendizagens e histórias de

vida de cada um; b)- às intervenções necessárias para melhorar o processo ensino-

aprendizagem das turmas e dos estudantes, individualmente. c)- promove uma visão mais

correta, adequada e abrangente do papel da avaliação no processo ensino-aprendizagem; d)-

valoriza a observação do progresso individual dos estudantes, aula a aula, bem como seu

comportamento cognitivo, afetivo e social; e) reconhece o valor da história de vida dos

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estudantes, tanto no que se refere a seu passado distante quanto próximo (período a ser

avaliado); f)- incentiva a auto-análise e auto-avaliação dos profissionais de ensino; g)- prevê

mudanças tanto na prática diária de cada docente como também no Plano de Trabalho

Docente e na dinâmica escolar, sempre que necessário; g)-traça metas para que as mudanças

sugeridas sejam efetivamente realizadas. No Pós-Conselho momento em que serão efetivadas

as ações do conselho de classe, pois as discussões e tomadas de decisões deverão sempre estar

respaldadas em critérios qualitativos como: avanços obtidos pelo estudante na aprendizagem,

o trabalho realizado pelos professores para que melhore o aproveitamento escolar,

providências para que haja mudanças na metodologia de trabalho utilizada pelos professores,

as questões estruturadas na avaliação escrita, os critérios e instrumentos de avaliação utilizada

pelos docentes e outros. Após as decisões do colegiado, a equipe gestora, principalmente os

(as) pedagogos (as) através da Ata concretizam suas anotações, certificando-se que não fique

nenhuma proposição dos professores sem atendimento, cabe à equipe a organização,

articulação e acompanhamento das atividades como: conversa com os estudantes, em

separado, para conscientizá-lo; auxiliá-los com atividade extraclasse, desde que seja com

discrição; conversa com familiares buscando compreender o comportamento ou defasagem

apresentada pelo discente; apoio aos professores com metodologia diferenciada, levando em

consideração a fragmentação e da burocratização do processo de trabalho pedagógico,

procurando a superação das barreiras, revendo as relações pedagógicas, contribuindo para o

desenvolvimento e organização do trabalho pedagógico.

No conselho de classe final são analisadas as intervenções educacionais realizadas,

caso o estudante não tenha alcançado a média mínima, será discutido sobre as práticas, seu

desenvolvimento e aproveitamento escolar, se ocorreram avanços, o Conselho de Classe é

soberano para provação pelo Conselho de Classe.

1.7 PERFIL DA COMUNIDADE ESCOLAR

A população de Manoel Ribas é formada por moradores da área rural, proprietários de

terras, onde seus filhos trabalham desde a infância e geralmente, são tidas como herança. Os

moradores da área urbana do município, normalmente são proprietários de casas de comércio

e/ou empregados, funcionários públicos municipais ou estaduais, profissionais liberais e

bancários; mas uma grande parcela de jovens quando termina o Ensino Médio, vão procurar

em centros maiores empregos e/ou cursar o Ensino Superior. Nosso município não possui

uma demanda de empregos para todos, muitos desses jovens que correm atrás de um futuro

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melhor, acabam constituindo família, não retornando mais para cá. Então, pode-se dizer que a

maioria da população de jovens, encontra sua realização ou ocupação econômica, nas cidades

alvos, principalmente Curitiba e Joinville.

Quanto à continuação dos estudos atualmente este panorama está mudando, pois

em nosso município possui um Polo da Universidade do Norte do Paraná – Ensino conectado

à Distância, que oferta alguns cursos que são frequentados por uma parcela de nossos

estudantes, após a conclusão do Ensino Médio e por pessoas da comunidade, que ainda não

tinham tido oportunidade de cursar Ensino Superior.

Outras opções de cursos de Ensino Superior são as faculdades das cidades

vizinhas - Ivaiporã, Pitanga e Guarapuava – que atendem uma grande parcela de jovens do

nosso município.

Os jovens que, por um motivo ou outro, não ingressam em Cursos Superiores e,

continuam residindo em Manoel Ribas, acabam se matriculando nos Cursos Técnicos

Profissionalizantes oferecidos pelo próprio Colégio, o que proporciona aos mesmos uma

preparação em nível técnico para ingresso no mundo do trabalho.

Sendo uma cidade de pequeno porte, a maior parte de sua economia provém da

agricultura e da pecuária, temos também algumas indústrias instaladas na periferia da cidade,

que exploram madeira de fonte renovável e laticínios. As famílias apresentam médio e baixo

poder aquisitivo, com exceção dos agricultores que investem na terra seus rendimentos,

grande parte dos habitantes da área urbana estão cadastrados em Programas Sociais.

Devido à falta de opções, mesmo aqueles que possuem maior poder aquisitivo,

têm dificuldades de acesso ao lazer e à cultura.

Pela importância socialmente atribuída à instituição escolar, pela peculiaridade de

seu papel, torna-se um espaço no qual os estudantes questionam dúvidas, angústias,

descobertas, as quais são acolhidas e trabalhadas de forma a ampliar o campo no qual

constroem suas identidades e projetos.

O Colégio Estadual Prof.ª Reni Correia Gamper – Ensino Médio, Profissional e

Normal acompanha as políticas educacionais da SEED/PR que proporciona melhores

condições de trabalho, capacitação continuada favorecendo atualizações curriculares e

metodologias adequadas à realidade do contexto escolar com profissionais comprometidos,

buscando acompanhar as frequentes mudanças sociais, econômicas e culturais.

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2.0 DIAGNÓSTICO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO (MARCO SITUACIONAL)

A instituição escolar é uma organização que, em complemento às famílias, tem a

missão de formar, instruir e desenvolver conhecimentos. Na complexidade do contexto atual,

as instituições escolares estão inseridas em uma sociedade que sofre constantes

transformações que influenciam cada vez mais a educação espontânea, substituindo-a por uma

educação intencional no ambiente urbano. Como o Colégio Estadual Professora Reni Correia

Gamper – Ensino Médio Profissional e Normal, localiza-se num município onde as atividades

agropecuárias prevalecem, enfrentam diversos problemas, isso pode ser explicado pelas

transformações ocorridas no campo tecnológico, que tem permitido um aprimoramento das

técnicas de produção, com emprego de implementos agrícolas cada vez mais modernos e

sofisticados, que consegue um nível de produção maior com emprego de menos mão-de-obra,

fato esse que tem contribuído para o êxodo rural. Ao residir na área rural alguns estudantes

tem dificuldades para vir estudar, principalmente em dias chuvosos, porque em vários pontos

do município as estradas rurais não são cascalhadas, para amenizar o prejuízo educacional,

devido às faltas, os professores abordam os conteúdos, novamente.

2.1 GESTÃO ESCOLAR

A gestão escolar implica num processo de participação coletiva, em todos os

segmentos da instituição escolar, sua efetivação se dá principalmente pela união da gestão

administrativa e gestão pedagógica e que as ações da gestão escolar são todas para gerir a

instituição, empregando todos os esforços para atingir objetivos estabelecidos pelo coletivo

escolar, a qualidade da educação. A gestão da nossa instituição escolar busca, criativamente

várias formas de incentivar os professores, os estudantes e os familiares a se sentirem

motivados a participar do processo ensino-aprendizagem, conscientizando a comunidade

escolar que gestão democrática não se resume na implementação do processo de escolha de

dirigentes escolares, é necessário a colaboração expressiva das instâncias colegiadas, pois no

interior das instituições escolares ocorrem situações que ajudam na efetivação de ações da

gestão escolar.

A gestão pedagógica se consolida com a promoção da integração entre a família e

a instituição escolar, fazendo com que sua participação no âmbito escolar seja significativa e

co-responsável pelo processo educacional, participando assiduamente na promoção do ensino-

aprendizagem, com certeza assegurará uma educação gratuita e de qualidade que beneficiará a

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comunidade em que está inserida. A gestão escolar favorece o uso comum e democrático do

espaço físico, dos recursos, equipamentos, materiais e biblioteca, para desenvolvimento

educacional dos estudantes. A gestão escolar entende que as instâncias colegiadas são

importantes na colaboração e na busca de alternativas para a superação dos problemas

pedagógicos e administrativos da instituição. A principal função da gestão escolar é de

organizar todos os elementos que, direta ou indiretamente, influenciam no trabalho

pedagógico, ou seja, os aspectos ligados aos profissionais da educação e suas funções, aos

espaços e aos recursos, garantindo a legalidade de todas as ações.

Dentro da instituição escolar podemos constituir instâncias colegiadas que ajudem

na efetivação da democracia, que façam parte do Projeto Político Pedagógico da instituição

escolar, conhecer e construir a concepção educacional que orienta a prática pedagógica.

2.2 ENSINO-APRENDIZAGEM

Além do material de apoio pedagógico utilizado no processo educativo que

interferem no processo de ensino-aprendizagem, as dificuldades de aprendizagem detectadas,

são utilizadas como reflexões aos professores na sua forma de ensinar e, principalmente que

metodologia precisará ser utilizada para diminuir as dificuldades existentes, e que ações

pedagógicas poderão ser empregadas para contribuir no aproveitamento dos estudantes.

O Colégio Estadual Professora Reni Correia Gamper – Ensino Médio,

Profissional e Normal tem como principal meta o êxito escolar dos nossos estudantes, visando

aumentar seus horizontes culturais, oportunizando a eles a participação em Eventos Culturais,

Olimpíadas Brasileira de Matemática e de Língua Portuguesa, do Simulado preparado pela

instituição para as terceiras séries e incentivo para a participação do ENEM, cuja inscrição

poderá ser realizada na própria instituição.

2.2.1 Plano de Trabalho Docente

O Plano de Trabalho Docente é elaborado de forma participativa e coletiva, os

professores se reúnem por disciplina e por série, a priori se faz uma reflexão das observações

realizadas no ano anterior, se levanta as dificuldades da sequência dos conteúdos, quando

existe, é o momento de adequação para favorecer o ensino-aprendizagem. A forma de

organização segue as orientações das DCEs: capa de identificação; justificativa; conteúdos

estruturantes, básicos e específicos; abordagem teórico-metodológica; critérios de avaliação e

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de recuperação, recursos didáticos e referências. A Legislação vigente estabelece que o PTD

deve estar articulada ao currículo escolar da Educação Básica, e ser cumprida pelas

instituições de ensino no âmbito do currículo escolar, como ação didático-pedagógica e/ou

expressa na Proposta Pedagógica Curricular/Plano de Curso, em consonância com a

organização teórico-metodológica definida, conforme etapa e modalidade de ensino ofertada

pela instituição escolar: Ensino Médio: inclusive: Curso de Formação de Docentes da

Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em Nível Médio, na modalidade

Normal.

Após a realização dos mesmos os professores entregam uma cópia para ser

arquivada na instituição, a qual a equipe pedagógica utiliza para acompanhar o Registro de

Classe on-line e se os conteúdos e metodologias propostas estão sendo registradas com

fidelidade. Quando se planeja uma atividade, principalmente no uso dos diversos ambientes

escolares (biblioteca, laboratórios, sala de vídeo, quadras esportivas), faz necessário um

agendamento prévio do uso destes ambientes escolares, para aproveitamento do tempo

escolar.

2.2.2 Avaliação

É realizada de forma diversificada, pois devemos pensar em todos os tipos de

estudantes que possuímos, uns tem mais facilidade na avaliação subjetiva, outros nas

objetivas, outros na análise de tiras ou textos, para que a avaliação atenda sua meta.

Um dos aspectos mais complexos e polêmicos em educação é a avaliação da

aprendizagem, sua complexidade decorre do fato de que não pode ser vista descontextualizada

da prática pedagógica.

A avaliação serve para alimentar, sustentar e orientar a prática docente, pois a

mesma é um ato pedagógico, sendo, portanto, parte integrante do processo de ensino-

aprendizagem, não pode ser vista como uma etapa isolada, nem um princípio ou um objetivo

em si, mas como um meio de verificar se houve a construção do conhecimento.

O princípio básico da avaliação e da recuperação de estudos é o respeito à

diversidade de características, de necessidade e ritmos de aprendizagem de cada estudante.

Na avaliação processual deve-se considerar o conhecimento prévio do estudante,

levar em conta o que o mesmo já conhece, pois a avaliação subsidia o professor com

elementos para uma reflexão contínua sobre a sua prática. Todo professor inicialmente deverá

fazer uma avaliação investigativa, pois a mesma o instrumentalizará para que possa por em

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prática seu planejamento de forma adequada às características dos estudantes, sendo nesse

momento que o professor vai obter informações sobre o que ele já sabe a respeito de

determinados conteúdos e o nível de profundidade em que devem ser abordados.

Por parte do professor a avaliação tem como função diagnosticar processos e

dificuldades no que se refere à aprendizagem, medindo dessa forma a proficiência do

estudante e, para que o professor, de posse dessas informações possa auxiliá-lo, retomando o

conteúdo, empregando novos métodos permitindo que ele possa apropriar-se do

conhecimento.

Conforme Hoffmann:

“Avaliação significa ação provocativa do professor, desafiando o educando a refletir

sobre as situações vividas, a formular e reformular hipóteses, encaminhando-se a um

saber enriquecido.” (HOFFMANN: 1994, p. 58).

A avaliação do desempenho do estudante e de seu rendimento escolar será

contínuo, cumulativo e de observação, com prevalência dos aspectos qualitativos e os

resultados serão expressos em notas de 0,0 (zero) a 10,0 (dez), organizada em trimestres,

distribuída em três ou mais oportunidades avaliativas por disciplina. Poderão ser utilizados

como instrumentos avaliativos: avaliações escritas, orais, pesquisas, apresentações de

seminários, atividades experimentais, produção de texto, pesquisa bibliográfica, trabalho em

grupo (diferentes atividades: escritas, orais, construção de maquetes, gráficos, painéis, e

outras). O professor deve estabelecer critérios ao avaliar e apresentá-los aos estudantes,

conscientizando-os, para que participem com interesse e responsabilidade da avaliação de seu

próprio progresso. O educador deve se autoavaliar, utilizando o resultado aos quais seus

estudantes atingiram, para modificar e/ou melhorar sua prática pedagógica, portanto avaliação

é uma apreciação qualitativa sobre os dados relevantes da realidade, a fim de tomar decisões

sobre o quê fazer, numa visão crítica, através de análise cuidadosa que forneça subsídios para

um novo planejamento.

O Curso de Formação de Docente e o CELEM - Espanhol são organizados em

trimestres e seguirão o mesmo processo de avaliação e recuperação do Ensino Médio. Após o

professor verificar que a aprendizagem não ocorreu de forma satisfatória, imediatamente se

utilizará de novas metodologias para a retomada dos conteúdos e aplicará a recuperação de

acordo com os critérios estabelecidos no Plano de Trabalho Docente, de cada disciplina.

Conforme as normas da SEED será a recuperação concomitante, para evitar a defasagem nos

conteúdos que serão trabalhados sequencialmente. Independentemente do nível de

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apropriação de conhecimentos, conforme consta no Regimento Escolar da Instituição, como

segue:

1º - Art. 154 – Os estudantes do Ensino Médio, do Curso de Formação de Docentes e o

CELEM - Espanhol, que apresentarem frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento)

do total de horas letivas e média anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada

disciplina, serão considerados aprovados ao final do ano letivo, de acordo com a seguinte

fórmula.

MA = 1º T + 2º T + 3º T

3

MA = Média Anual;

1º T = Nota do Primeiro Trimestre;

2º T = Nota do Segundo Trimestre;

3º T = Nota do Terceiro Trimestre;

Parágrafo Único – Poderão ser promovidos por Conselho de Classe os estudantes que

demonstrarem apropriação dos conteúdos mínimos essenciais e que demonstrem condições de

dar continuidade de estudos nas séries/anos seguintes;

2º - Art. 140 – Os estudantes do Ensino Médio, de Formação de Docentes e CELEM –

Espanhol, serão considerados retidos no final do ano letivo quando apresentarem:

I. frequência inferior a 75% do total de horas letivas, independentemente do

aproveitamento escolar;

II. frequência superior a 75% do total de horas letivas e média inferior a 6,0 (seis

vírgula zero).

2.2.2.1 Do Processo de Classificação

A Classificação no Ensino Médio é o procedimento que a instituição de ensino

adota para posicionar o discente na etapa de estudos compatível com a idade, experiência e

desenvolvimento adquirido por meios formais, podendo ser realizada:

por promoção, para discentes que cursaram, com aproveitamento, a série/ano

anterior, na própria instituição;

por transferência, para os discentes procedentes de outras instituições de ensino,

do país ou do exterior, considerando a classificação da instituição de origem;

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independente da escolarização anterior, mediante avaliação para posicionar o

discente na série/ano, disciplina compatível ao seu grau de desenvolvimento e

experiência, adquiridos por meios formais ou informais.

A Classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, exigindo as

seguintes ações para resguardar os direitos dos estudantes, das instituições e dos profissionais:

organizar comissão formada por docentes, equipe pedagógica e direção da

instituição escolar para efetivar o processo;

proceder a avaliação diagnóstica, documentada pelo docente ou equipe

pedagógica;

comunicar ao discente e/ou responsável a respeito do processo a ser iniciado, para

obter o respectivo consentimento;

arquivar Atas, avaliações, trabalhos ou outros instrumentos utilizados;

registrar os resultados no Histórico Escolar do Estudante;

O estudante, após o processo de Classificação nas disciplinas do Ensino Médio, de

acordo com o percentual de carga horária avançada, terá as seguintes quantidades de registros

de notas:

1)- Língua Portuguesa e Matemática, o discente classificado com:

a)- 25% (vinte e cinco por cento), deverá ter 4 (quatro) registros de notas;

b)- 50% (cinquenta por cento) deverá ter 3 (três) registros de notas;

c)- 75% (setenta e cinco), deverá ter 2 (dois) registros de notas;

2)- Geografia, História, Biologia, Língua Estrangeira Moderna-Inglês, Química e

Física, o discente classificado com:

a)- 25% (vinte e cinco por cento), deverá ter 3 (três) registros de notas;

b)- 50% (cinquenta por cento) deverá ter 2 (dois) registros de notas;

c)- 75% (setenta e cinco), deverá ter 1 (um) registro de notas;

3)-Arte, Filosofia, Sociologia, Educação Física, o discente classificado com:

a)- 25% (vinte e cinco por cento), deverá ter 2 (dois) registros de notas;

b)- 50% (cinquenta por cento) deverá ter 1 (um) registro de notas;

c)- 75% (setenta e cinco), deverá ter 1 (um) registro de notas;

No Curso de Educação Profissional, nível Médio, a classificação será efetuada por

promoção e por transferência para a mesma habilitação.

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§ Único – É vedada a Classificação, independentemente da escolarização anterior,

para série/ano, semestre, períodos posteriores, considerando a necessidade do domínio de

conteúdos para a formação em Educação Profissional.

2.2.2.2 Do Processo de Reclassificação

A Reclassificação é um processo pedagógico que se concretiza através da

avaliação do estudante matriculado e com frequência na série/ano/disciplina(s) sob

responsabilidade da instituição de ensino que, considerando as normas curriculares,

encaminha o estudante à etapa de estudos/carga horária da(s) disciplina(s) compatível com a

experiência e desempenho escolar demonstrados, independente do que registre o seu

Histórico.

O processo de Reclassificação poderá ser aplicado como verificação da

possibilidade de avanço em qualquer série/ano/carga horária da(s) disciplina(s) da etapa da

Educação Básica, quando devidamente demonstrada pelo estudante sendo vedada a

reclassificação para a conclusão do Ensino Médio.

A equipe pedagógica e os docentes da instituição de ensino, quando constatar a

possibilidade de avanço de aprendizagem, apresentado por um discente devidamente

matriculado e com frequência na série/ano/disciplina(s), deverá notificar o Núcleo Regional

de Educação para que este proceda a devida orientação e acompanhamento do processo de

Reclassificação, quanto aos preceitos legais, éticos e das normas que o fundamentam.

a)- A equipe pedagógica deverá comunicar o discente e seus pais ou responsáveis

legais, quando menos de idade, com a devida antecedência para fins de de ciência, orientando

o início do processo de Reclassificação.

b)- Os discentes, quando maior, ou seus responsáveis, poderão solicitar

Reclassificação, facultando à equipe pedagógica e docentes definir procedimentos e

providências.

c)- Cabe à Comissão, constituída pela equipe pedagógica e docentes da

instituição, elaborar relatório circunstanciado, referente ao processo de Reclassificação,

anexando os documentos que registrem procedimentos avaliativos realizados, para que sejam

arquivados na Pasta Individual do discente.

d)- O discente reclassificado deve ser acompanhado pela equipe pedagógica,

durante 2 (dois) anos, ou pelo tempo de permanência na instituição, quanto aos resultados de

aprendizagem.

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e)- A instituição de ensino poderá Reclassificar somente os discentes

matriculados, após os mesmos terem cursado, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) do

total da carga horária definida no Ensino Médio.

§ Único – Fica vedada a Reclassificação na disciplina de Língua Espanhola

Ofertada no Ensino Médio.

O processo de Reclassificação, poderá posicionar o educando, em 25% (vinte e

cinco por cento), 50% (cinquenta por cento) da carga horária total no Ensino Médio.

O educando tendo cursado 25% (vinte e cinco por cento) e avançado em 25%

(vinte e cinco por cento), o educando deverá cursar ainda 50% (cinquenta por cento) da carga

horária total e obter as seguintes quantidades de registros de notas:

a)- nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, o discente deverá ter 4

(quatro) registros de notas;

b)- nas disciplinas de Geografia, História, Biologia, Língua Estrangeira Moderna-

Inglês, Química e Física, o discente deverá ter 3 (três) registros de notas;

c)- nas disciplinas de Arte, Filosofia, Sociologia, Educação Física, o discente

deverá ter 2 (dois) registros de notas;

O educando tendo cursado 25% (vinte e cinco por cento) e avançando em 50%

(cinquenta por cento), o educando deverá cursar ainda 25% (vinte e cinco por cento da carga

horária total e obter as seguintes quantidades de registros de notas:

a)- nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, o discente deverá ter 3

(três) registros de notas;

b)- nas disciplinas de Geografia, História, Biologia, Língua Estrangeira Moderna-

Inglês, Química e Física, o discente deverá ter 2 (dois) registros de notas;

c)- nas disciplinas de Arte, Filosofia, Sociologia, Educação Física, o discente

deverá ter 2 (dois) registros de notas;

§ Único – Tendo o educando cursado 25% (vinte e cinco por cento) ou mais da

carga horária do Ensino Médio, após a reclassificado, deverá cursar ainda, para a conclusão da

disciplina, obrigatoriamente, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) do total da carga

horária.

O resultado do processo de Reclassificação será registrado em Ata que integrará a

Pasta Individual do educando.

O resultado final do processo de Reclassificação realizado pela instituição de

ensino será registrado no Relatório Final, a ser encaminhado à Secretaria de Estado da

Educação.

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É vedada a Reclassificação para a etapa inferior à anteriormente cursada e aos

cursos da Educação Profissional, de nível médio.

2.2.2.3 Da Adaptação

A adaptação de estudos de disciplinas é atividade didático-pedagógica

desenvolvida sem prejuízo das atividades previstas na Proposta Pedagógica Curricular, para

que o discente possa seguir o novo Currículo.

A adaptação de estudos far-se-á pela Base Nacional Comum, mas até a conclusão

do Curso, o discente deverá ter cursado, pelo menos, uma Língua Estrangeira Moderna.

A adaptação de estudos será realizada durante o período letivo.

A efetivação do processo de adaptação será de responsabilidade da equipe

pedagógica e docente, que deve especificar as adaptações a que o discente está sujeito,

elaborando um plano próprio, flexível e adequado ao discente.

§ Único – Ao final do processo de adaptação, será elaborada Ata de resultados, os

quais serão registrados no Histórico Escolar do estudante e no Relatório Final.

É vedada a adaptação de disciplinas nos Cursos de Educação Profissional Técnica

de nível Médio.

2.2.3 Conselho de Classe

O Conselho de Classe é órgão colegiado de natureza consultiva, deliberativa em

assuntos didático-pedagógicos, fundamentado no Projeto Político Pedagógico e no Regimento

Escolar. É o momento em que professores e equipe gestora se reúnem para discutir as ações

educacionais e indicar alternativas que busquem garantir a efetivação do processo ensino-

aprendizagem dos estudantes.

É um órgão colegiado que analisa, discute e delibera sobre todo o processo de

ensino-aprendizagem, desde a organização do trabalho escolar, o planejamento, a execução, a

avaliação dos estudantes e o re-planejamento. Neste espaço interdisciplinar de estudo são

tomadas muitas decisões sobre o trabalho pedagógico desenvolvido na instituição, se

discutem objetivos de ensino a serem alcançados, uso de metodologias e estratégias de ensino,

critérios de seleção de conteúdos curriculares, projetos coletivos de ensino-aprendizagem,

formas, critérios e instrumentos de avaliação utilizados para o conhecimento do estudante,

formas de acompanhamento dos estudantes em seu percurso, critérios para a apreciação do

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desempenho dos estudantes, elaboração de fichas de registro do desempenho do estudante,

para o acompanhamento no decorrer do ano e para informações aos pais, formas de

relacionamento com a família, propostas curriculares alternativas para estudantes com

dificuldades específicas, adaptações curriculares para estudantes portadores de necessidades

educativas especiais, propostas de organização dos estudos complementares. O objetivo do

conselho de classe é o ensino e suas relações com a avaliação da aprendizagem, mais do que

decidir se os estudantes serão aprovados ou não, trata-se de uma autoavaliação do trabalho

realizado no decorrer do ano letivo, pelos docentes.

Este trabalho investigativo/transformador prevê a definição da avaliação, análise

dos resultados, temas levantados e metas de solução a serem seguidas. Para a avaliação do

rendimento escolar, é feita uma estatística da avaliação quantitativa dos estudantes, extraída

dos boletins, nas disciplinas de cada série, representados em gráficos com o objetivo de dar

condições aos professores, direção e equipe pedagógica, em visualizar os percentuais do

aproveitamento, bem como a situação panorâmica, vertical e horizontal, da condição de

aprendizagem dos estudantes por disciplina e por turma. Momento em que todos os

envolvidos no processo se posicionam frente ao diagnóstico e definem em conjunto as

proposições que favoreçam o ensino-aprendizagem.

A instituição contempla o Conselho de Classe organizado em três momentos: Pré-

Conselho, Conselho de Classe e Pós-Conselho. Pré-conselho: levantamento de dados do

processo ensino-aprendizagem e disponibilização aos professores para análise comparativa do

desempenho dos estudantes, das observações, dos encaminhamentos didático-metodológicos

realizados e outros, de forma a dar agilidade ao Conselho de Classe. Nesta instituição o pré-

conselho acontece como intermediário permanente, porque sempre que há um caso de

indisciplina, defasagem de conteúdos, de assiduidade ou qualquer situação que necessite a

interferência, o professor recorre a equipe pedagógica. O esforço é no sentido de amenizar as

dificuldades, apoiando pedagogicamente o estudante para que haja conquistas, se possível

sanando-as antes do Conselho de Classe. Destaca-se também a importância da comunicação

com os familiares, que nos apoiam e acompanham seus filhos, colaborando para sua

evolução. Quando isso não ocorre às atitudes são idealizadas no próprio Conselho de Classe.

Pós-conselho: momento em que as ações previstas no Conselho de Classe são efetivadas.

As discussões e tomadas de decisões devem estar respaldadas em critérios qualitativos como:

os avanços obtidos pelo estudante na aprendizagem, o trabalho realizado pelo professor para

que o estudante melhore a aprendizagem, a metodologia de trabalho utilizada pelo professor,

o desempenho do estudante em todas as disciplinas, o acompanhamento do estudante no ano

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seguinte, as situações de inclusão, as questões estruturais, os critérios e instrumentos de

avaliação utilizados pelos docentes e outros. Cabe à equipe gestora a organização, articulação

e acompanhamento de todo o processo do Conselho de Classe, bem como a mediação das

discussões que deverão favorecer o desenvolvimento das práticas pedagógicas.

2.2.4 Registros da Prática Pedagógica

Um dos principais registros da prática pedagógica se dá através do Registro de

Classe on-line, especificando o trabalho desenvolvido na sala de aula, levando em

consideração o desenvolvimento dos conteúdos, coincidindo com o estabelecido no Plano

Trabalho Docente, as avaliações desenvolvidas no decorrer do trimestre. As demais práticas

ocorridas na instituição são lavradas em atas, em livro específico para cada assunto: Ata do

Conselho de Classe, Ata de Eleição e de Reunião da Associação de Pais, Mestres e

Funcionários (APMF), do Conselho Escolar, Livro Ponto, Pasta com documentação pessoal e

de escolarização de cada professor e funcionários, Livro de Termo de Posse e Exercício para

os professores QPM, Livro de protocolo, Livro de chegada atrasada e outro para saída

antecipada para os discentes. Procura-se registrar o máximo possível do que acontece na

instituição, se necessário ter embasamento para alguma argumentação, caso a comunidade

escolar queira se interar das atividades desenvolvidas na instituição.

O Registro de Classe on-line é documento oficial em nossa instituição a partir do

início do ano letivo de 2017, de responsabilidade de todos os profissionais da educação.

Compete aos Docentes: registrar a freqüência a cada aula ministrada, selecionar os conteúdos

iniciando pelos estruturantes e básicos; registrar os conteúdos específicos e as metodologias

empregadas; selecionar os conteúdos que serão avaliados; registrar o número de avaliações

parciais, de acordo com a quantidade escolhida pelo colegiado; caso o resultado seja nulo ou o

estudante não tenha comparecido, o professor deverá registrar 0,0 (zero vírgula zero); o

campo Avaliação é destinado ao registro das avaliações processuais (trabalhos, provas,

atividades, etc) realizadas no período letivo (bimestral, trimestral, semestral, etapas, etc);

registrar nota da Recuperação paralela concomitante em campo próprio, registrando 0,0 (zero

vírgula zero) para os estudantes que não compareceram ou não quiseram participar.

Os registros a serem efetuados no sistema RCO pelas instituições deverão ser

feitos conforme orientação da CDE/SERE/DITEC para garantir a integridade e a veracidade

das informações sobre a vida escolar dos estudantes.

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A direção, secretaria e a equipe pedagógica possuem suas responsabilidades

relacionadas aos documentos pertinentes à Implantação do Registro de Classe on-line.

A equipe pedagógica tem a responsabilidade de acompanhar os registros de

conteúdos e das avaliações parciais. Nossa instituição tem o Calendário Escolar organizado

em trimestres, portanto no final de cada trimestre o (a) pedagogo (a) do turno de emitir o

Parecer.

Observação: nos casos de Adaptação/Dependência de estudantes constarão no

Registro de Classe on-line da disciplina matriculada para registro de freqüência, conteúdo e

avaliação.

A equipe pedagógica colabora com os professores em todos os aspectos

pedagógicos, nas orientações do registro da Deliberação 02/02 do CEE, no Registro de Classe

on-line, na elaboração do PTD, na providência das xérox de avaliações, bem como no

acompanhamento pedagógico aos estudantes com defasagem acentuada, sempre convidamos

os pais para torná-los cientes e solicitarmos o apoio no sentido de acompanhar seus filhos na

realização das tarefas escolares, tentando pelo menos diminuir razoavelmente suas

dificuldades. Após várias conversas do professor com a turma, se ainda persistir a indisciplina

de alguns, o professor o convida para ter uma conversa reservada, continuando o problema o

professor solicitará que a equipe pedagógica realize o atendimento aos estudantes

desinteressados ou indisciplinados, conversando com os mesmos.

A equipe pedagógica relembra os deveres dos discentes expostos na apresentação

do Regimento Escolar, a cumplicidade, interação e colaboração para com os professores e

com os seus colegas de classe, enfatizamos a necessidade do aproveitamento pedagógico em

seu próprio benefício, pois tudo que se aprende, poderá ser útil no seu cotidiano. Anotamos o

atendimento dos estudantes em fichas específicas, controlamos em ficha própria os

telefonemas que realizamos aos familiares. Acompanhamento em ficha específica o controle

dos trabalhos de atendimento domiciliar aos estudantes amparados pela Lei 6.202/75 e 1.044/

69. A instituição possui um livro para registro de chegada atrasada e outro para saídas

antecipadas, quando o estudante é menor de idade, entra-se em contato com a família que

autoriza a saída, o registro é realizado, o (a) estudante assina, para posteriormente sair da

instituição, algumas vezes a família vem buscar.

As pedagogas são responsáveis pelo recebimento dos trabalhos realizados pelos

estudantes amparados por Atestados Médicos, pela entrega aos professores, após a correção

destes, devolvem à equipe pedagógica que repassa a nota à secretaria que anotará na Ficha

Individual.

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2.3 ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO AO PÚBLICO-ALVO DA

EDUCAÇÃO ESPECIAL

No Colégio Estadual Prof.ª Reni Correia Gamper – EMPN, possuímos o

atendimento educacional especializado para uma estudante do Técnico em Informática, de

uma profissional tradutora Intérprete de Libras, dando-lhe condições de acompanhar o ensino-

aprendizagem. Esse atendimento, sem dúvida vem se somar aos demais esforços que se

desenvolve na instituição para concretização da inclusão escolar. Seguimos a Política

Nacional de Educação Especial que destaca o Atendimento Educacional Especializado –

AEE, muito importante porque o estudante recebe assistência continuada, de profissionais

qualificados, com pós-graduação específica e capacitação, contribuindo cada vez mais na

valorização do processo de ensino-aprendizagem e contribuindo com a permanência dos

estudantes na instituição.

A instituição tem sua estrutura física adequada para receber estudantes portadores

de necessidades educacionais especiais de forma que podem circular com facilidade nas

dependências do Colégio, principalmente ao banheiro.

2.4 ARTICULAÇÃO ENTRE AS ETAPAS DE ENSINO

O Colégio Estadual “Prof.ª Reni Correia Gamper” - Ensino Médio, Profissional e

Normal, dá atenção até mesmo de antes efetuar a matrícula, quando acontece algum evento na

instituição, se faz questão de convidar as instituições para realizar a visita aos diferentes

trabalhos realizados pelos estudantes, sob a orientação dos professores, dos quais podemos

destacar: a Feira do Saber, Feira de Educação Profissional, bem como as atividades culturais

apresentadas pelos Projetos desenvolvidos na instituição.

Os estudantes das 1.ªs séries do Ensino Médio, recebem um acolhimento pessoal e

intelectual de forma diferenciada, na primeira semana são acompanhados por alguém da

equipe gestora que lhes apresenta toda a instituição, explicando-lhes a incumbência dos

profissionais de cada repartição. Após alguns dias de aula, a equipe pedagógica conversa com

os professores para conhecer as condições educacionais dos novos estudantes, primeiramente

conversamos em particular com os discentes para conscientizá-los das metas da instituição,

aguardamos algum tempo e se perdurar as mesmas condições, a equipe pedagógica realiza um

trabalho de sondagem com o intuito de conhecer os diferentes níveis de aprendizagem dos

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diversos sujeitos inseridos na primeira série do Ensino Médio, após este levantamento, a

equipe conversa com os professores, para posteriormente iniciar um trabalho pedagógico

individual, paralelo para procurar sanar defasagens de alguns estudantes.

Se as dificuldades são mais acentuadas, chamamos a família para saber dos fatos e

nos apoiar na realização das atividades que serão enviadas para casa. O Regimento Escolar é

repassado no início de todo ano letivo por alguém da gestão escolar, é um momento de

explicar as normas que deverão ser seguidas por todas as pessoas que frequentam a

instituição, sempre explicamos o porquê que a entrada de estranhos só acontece com prévia

autorização, para evitar os convites aos amigos para ir até eles em horário de aula. O celular e

demais equipamentos não pedagógicos são proibidos, conforme a Lei Estadual, os pais são

comunicados por escrito, tomam ciência, assinam e devolvem para arquivarmos, caso haja

insistência por parte do discente, a família será convidada a vir ao colégio buscar o aparelho

do

2.5 ARTICULAÇÃO ENTRE DIRETORES, PEDAGOGOS, PROFESSORES, AGENTES

EDUCACIONAIS I E II

No Colégio Estadual prof.ª Reni Correia Gamper – EMPN, no início de cada ano

letivo acontece uma reunião com todos os profissionais, na qual o Diretor dá as boas vindas e

detalha todas as metas e objetivos, pelas quais cada um será responsável. Quando acontece

alteração no quadro de funcionários, há apresentações e designação de atividades. Se

acontecer alguma mudança ou algo que precise melhorar, acontece uma reunião na qual

direção explica aos funcionários que serão envolvidos na nova incumbência, para não deixar

nada a desejar no desempenho das funções e na organização escolar.

A equipe gestora preocupa-se com a organização do trabalho pedagógico e do

ambiente escolar para recepção dos professores no início do ano letivo.

O ambiente da instituição escolar é harmonioso, todos procuram trabalhar e

manter uma relação de respeito, amizade e colaboração.

Os professores, direção, equipe pedagógica e funcionários, esforçam-se para

promover e manter um relacionamento cooperativo de trabalho, principalmente no que diz

respeito aos planos e estratégias para uma educação de qualidade. Fica evidente que todos os

profissionais da educação procuram oferecer atendimento prioritário aos estudantes.

Quanto à participação dos pais, sempre se fazem presentes quando solicitados

para reuniões e eventos. No início do ano letivo se faz uma reunião com os pais dos

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estudantes das primeiras séries, após os cumprimentos da direção, apresenta-se um vídeo de

motivação, de exemplificação, nesta oportunidade a direção, direção auxiliar e alguém da

equipe a convite da direção, expõe o funcionamento da instituição, os direitos e deveres dos

estudantes, deixam algum tempo livre para as perguntas que são respondidas pelo diretor ou

diretor auxiliar. Os pais são conscientizados que se precisarem vir ao Colégio durante o ano

letivo, que fiquem à vontade, que serão bem recebidos, pois são integrantes desta

Comunidade Escolar.

2.5 ARTICULAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO COM OS PAIS E/OU

RESPONSÁVEIS

A gestão escolar da instituição deve buscar, criativamente, várias formas de

incentivar os pais e/ou responsáveis a sentirem-se motivados a participar das instâncias

colegiadas, visitar a instituição, pois servirá de apoio aos gestores e ao próprio estudante, que

ao sentir o interesse dos seus pais, também apresentarão maior compromisso com o ensino-

aprendizagem, na convivência com os colegas, professores e equipe gestora.

O envolvimento dos familiares se dá amistosamente, através de reuniões para

demonstrar os objetivos da instituição em prol de seus filhos, informar como acontecem as

atividades no cotidiano, para apresentar as principais normas que os estudantes precisam

respeitar, para agradecer o empenho e apoio aos apelos da instituição escolar. São

apresentados através de slides às dependências, equipamentos, materiais didáticos e a

biblioteca, enfim o que temos para incrementar o ensino-aprendizagem.

No início de cada ano letivo os pais dos estudantes da 1.ª série são convidados

para uma reunião, momento em que o diretor e diretor auxiliar apresentam as metas da

instituição escolar, comenta-se sobre o Regimento Escolar, o que se exige dos professores

para que haja uma educação de qualidade, que é a principal preocupação desta instituição. É

cobrado comportamento exemplar de seus filhos, pois sabemos que formação, orientação,

educação familiar vem de berço e acreditamos que os senhores querem ser bem representados

pelos seus filhos. A educação escolar é de responsabilidade dos profissionais da educação,

que contamos com professores responsáveis, máxima formação que tem o respaldo e apoio da

gestão escolar.

Sempre que ocorre Mostra Cultural, Feira do Saber ou Oficinas dos Cursos

Profissionalizantes, os pais ou responsáveis são convidados a visitar a exposição dos trabalhos

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confeccionados e explicados pelos estudantes no momento que os visitantes se aproximam do

local onde está acontecendo o evento.

Percebe-se que a comunidade escolar fica à vontade quando em visitação à instituição em

contato com os gestores, professores e estudantes.

2.6 FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

A formação Continuada dos Profissionais da Educação é uma opção para a

melhoria da qualidade do ensino, dentro do contexto educacional contemporâneo. Segundo

Freire, “Ninguém nasce educador ou marcado para ser educador. A gente se faz educador, a

gente se forma, como educador, permanentemente, na prática e na reflexão da prática”.

FREIRE, (1991:58).

Ao perceber a formação continuada com reflexão que permeia a prática, o

educador se manterá atualizado, atuante no seu espaço histórico, crescendo no saber e na

responsabilidade.

O Colégio Estadual Professora Reni Correia Gamper – Ensino Médio,

Profissional e Normal, procura incentivar os professores e funcionários da instituição para que

sempre participem de cursos, seminários, palestras, pois entendemos que a formação

continuada, além de reforçar ou proporcionar os fundamentos e conhecimentos da disciplina e

da função de cada um, mantêm os profissionais atualizados quanto aos progressos, inovações

e exigências dos tempos modernos. A era da comunicação trouxe mudanças de

comportamentos pessoais e sociais das pessoas, exigindo uma reflexão sobre o papel da

educação, da instituição e do professor. Atualmente os professores precisam estar qualificados

para acompanhar a evolução das tecnologias e desempenhar o papel de mediador crítico entre

essas novas tecnologias e os estudantes, orientando-os nas pesquisas pela internet, em

download de filmes e composição de trabalhos com slides, para favorecer a compreensão dos

conteúdos propostos.

A Secretaria de Estado da Educação juntamente com os Núcleos Regionais de

Educação, oferecem capacitação através da Semana Pedagógica que acontece no primeiro e

segundo semestres, nas oficinas do Curso Formação em Ação, no PDE, na Equipe

Multidisciplinar e no GTR que é opcional, mas o docente que se propõem a participar, mesmo

sendo on-line, as trocas de experiências acontecem e muito se acrescenta no desenvolvimento

cultural.

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A Equipe Multidisciplinar reuni-se para discutir sobre temas contemporâneos e

interessantes, após realizar o relatório é enviado ao NRE, e o participante é contemplado com

a certificação reconhecida na Progressão.

A instituição de hoje requer um profissional crítico, reflexivo, empreendedor e

com um comportamento mais politizado e dinâmico.

A formação continuada é uma forma deliberativa e organizada de crescimento

profissional. Os professores participam da Formação Continuada no primeiro e segundo

semestres do ano letivo, de cursos de capacitação, reuniões pedagógicas e grupos de estudo,

onde adquirem novos conhecimentos educativos, novas metodologias de ensino e dessa forma

contribuem para a formação daqueles que são e serão os educadores das atuais e futuras

gerações.

Os professores como profissionais, devem conhecer os conteúdos que vão ensinar,

proporcionando o desenvolvimento intelectual, social e afetivo do educando, dessa forma a

formação continuada deve ser vista como uma proposta voltada para a qualificação do

professor, tendo como meta a melhoria de sua prática docente, precisa ser tomada como um

processo constante estando sempre interligada com as atividades e práticas profissionais que

estão sendo desenvolvidas dentro da instituição.

A formação continuada é realizada com todos os agentes envolvidos na educação,

através de: Itinerantes, Semanas Pedagógicas, Pró-funcionário, Jornada pedagógica,

Seminários, Simpósios, Oficinas, Fóruns, Congressos, Equipe Multidisciplinar, etc.

2.7 ACOMPANHAMENTO E REALIZAÇÃO DA HORA-ATIVIDADE

No Colégio Estadual Professora Reni Correia Gamper – Ensino Médio,

Profissional e Normal a hora-atividade é baseada na Instrução 008/2015 – SEED/SUED.

Neste espaço de tempo os docentes, normalmente preparando os conteúdos a serem

trabalhados, corrigindo as avaliações, trocando experiências, informando-se sobre o

comportamento de determinados educandos, relatam as metodologias empregadas no

atendimento dos mesmos para obter êxito. Digitam no RCO as médias de cada avaliação, bem

como as respectivas notas da Recuperação. No final de cada trimestre as pedagogas dão o

visto, para a Secretaria migrar para o SERE. Quando o Laboratório do PROINFO está ocioso

os professores aproveitam para digitar atividades diferenciadas, avaliações e para pesquisar na

internet servindo de complementação das informações. O acompanhamento da hora-atividade

se dá através do Livro Ponto, em conjunto com as aulas.

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A distribuição da hora atividade dos professores segue as normas contidas em

legislação vigente, priorizando – se: o coletivo de professores que atuam na mesma área de

conhecimento e/ou módulos; o coletivo dos professores que atuam na(s) mesma(s) turma(s),

série(s), etapa(s) do ciclo ou ano (s) dos diferentes níveis e modalidades de ensino.

A hora/atividade dos professores é uma conquista merecida pelos mesmos, pois os

ajuda no preparo e correção das atividades realizadas em sala de aula, para que os professores

realizem grupo de estudo, troca de experiências, pesquisas de aprofundamento, preparação

das aulas, das avaliações e outras atividades correlatas ao seu compromisso.

Para o desenvolvimento de práticas pedagógicas eficientes, com articulação de

conteúdos de modo que se efetue o processo de ensino-aprendizagem são empregados os

recursos didáticos pedagógicos disponíveis no Colégio e selecionados pelo professor como

recurso facilitador para melhor compreensão dos conteúdos pelos estudantes: TV pen drive,

sala de multimídia, laboratórios de informática – PROINFO, materiais ou equipamentos de

laboratório, para ser utilizados em aulas de Matemática, Física, Química e Biologia,

Laboratório de Enfermagem, Biblioteca e outros.

A discussão continuada e coletiva deve acontecer por meio de reuniões

pedagógicas mensais por disciplinas e áreas do conhecimento, com o intuito de trocar

experiências e refletir na própria prática aperfeiçoando-a para melhorar a contextualização dos

conhecimentos, preparação de materiais, pesquisas, dentre outros que se fizerem necessários

para o desenvolvimento das aulas. Durante o Conselho de Classe e na hora-atividade do

professor, são discutidas as principais dificuldades de aprendizagem dos estudantes para o

planejamento de aulas e práticas pedagógicas que possam enriquecer o processo de ensino.

2.8 ORGANIZAÇÃO DO TEMPO, ESPAÇO PEDAGÓGICO E CRITÉRIOS DE

ORGANIZAÇÃO DAS TURMAS

A gestão da instituição favorece o uso comum e democrático do espaço físico, dos

recursos, equipamentos, materiais e biblioteca, pois o que se possui está voltado para

aprendizagem dos estudantes. Para evitar transtornos, os espaços de uso comum são

agendados num cronograma para evitar coincidência de turmas no mesmo horário.

Procuramos envolver os pais e toda comunidade escolar, mantendo um contato direto e

amistoso através: de reuniões para informar, discutir e decidir assuntos relacionados à

instituição; na promoção de eventos; da comunicação frequente entre pais e professores.

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É necessário investirmos na formação continuada de professores e funcionários e,

especialmente na formação dos futuros profissionais da educação, para que a curto e médio

prazo, possam construir conhecimentos, realizar pesquisas e desenvolver suas práticas

pedagógicas a partir de um diálogo sempre aberto às novas metodologias e concepções

educacionais.

Vivemos numa sociedade marcada pelo uso de tecnologias e essas tecnologias se

transformam rapidamente em hábitos, necessidades, formas de pensar, de obter informações e

de comunicar-se. A instituição conta com acesso à internet wifi, para facilitar aos professores,

equipe pedagógica que possuem notebook, possui ainda 40 (quarenta) computadores com

acesso à internet, sete impressoras a toner e uma impressora a jato de tinta para apoio ao

ensino - aprendizagem.

O horário de funcionamento do Colégio Estadual Professora Reni Correia Gamper

– Ensino Médio, Profissional e Normal, obedece à Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional, para cumprir a carga mínima exigida de 800 (oitocentas) horas, distribuídas por um

número de 200 (duzentos) dias letivos. A instituição funciona no período matutino: das 7:45

às 12 h; vespertino: das 13 h às 17:15 h e noturno: das 19 h às 23 horas. Com relação à carga

horária, sempre que se faz necessário, há projeto de complementação de carga horária para o

comprimento das oitocentas horas.

Para a composição das turmas é considerado o horário de ônibus, pois temos uma

grande clientela que reside na área rural, trabalhadores do campo, que acabam tendo

prioridade nos horários, frequentando o período noturno e diurno. Fazem uso do transporte

escolar, que se torna na maioria das vezes, inviável em dias de chuva, para aqueles que

moram distante do asfalto e que na época de plantio e colheita faltam às aulas; porque a

prioridade é o trabalho. Têm como perspectiva constituir família e dar continuidade ao

trabalho dos pais nas terras recebidas como herança; o atendimento prioritário é pelo fato da

nossa instituição ser a única que oferece o Ensino Médio.

A distribuição de aulas é realizada seguindo o que estabelece a Legislação

Vigente da Secretaria Estadual da Educação, de acordo com a classificação enviada pela

mesma, sob a responsabilidade do Núcleo Regional de Educação, de acompanhar a

distribuição, assegurando que o professor de cargo efetivo, de acordo com sua classificação e

observado a compatibilidade de turno e horário, tenha acesso às aulas disponíveis.

O espaço escolar está organizado de modo a propiciar um ambiente acolhedor e

que reflita a concepção metodológica adotada pelo professor e pela instituição.

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A entrada e saída dos estudantes, segue o estabelecido no Regimento Escolar, que

é apresentado a todas as turmas no início de cada ano letivo. O recreio é um curto espaço de

tempo, que é destinado para servir a merenda escolar aos estudantes, para a realização das

necessidades fisiológicas, lavar as mãos e beber água.

2.8.1 Ensino Médio

O Ensino Médio visa proporcionar aos estudantes domínio do conhecimento,

parte-se do pressuposto que o ser humano é histórico e dialético, isto é, que é resultado de um

processo histórico conduzido por ele mesmo e que, ao longo de sua história, produziu e

acumulou uma gama enorme de conhecimentos. Esse conhecimento produzido deve ser

considerado um patrimônio coletivo que precisa ser socializado. Nesse sentido, a instituição

passa a ter uma função social de garantir a todos o acesso aos conhecimentos historicamente

legitimados como importantes e fundamentais para o convívio em sociedade.

A integração entre a instituição e a comunidade se dá no dia-a-dia, as vezes

esporadicamente ou em eventos promovidos pela instituição escolar, tais como: reuniões,

palestras, encontros, exposições, feiras, shows, jogos escolares e também conversas informais

com pais e/ou responsáveis pelos estudantes.

O Ensino Médio tem o calendário organizado trimestralmente, de acordo com as

normas previstas na Legislação em vigor de cada curso e, conforme matrizes curriculares.

Para ser um lugar de educação ampla, onde se ensina o prazer na busca do conhecimento e

onde se usam todas as capacidades dos estudantes para o ensino-aprendizagem, a instituição

procura ter uma ampla parceria com os pais. E para ajudar a formar cidadãos deve assumir a

responsabilidade de ser uma referência na comunidade. Precisa-se preparar neste sentido, para

que todos os envolvidos com a educação comprometam-se a desenvolver seu papel dentro de

uma coordenação e unificação.

As turmas são heterogêneas formadas por estudantes da área urbana e rural

possibilitando as trocas de experiências das realidades distintas e tornando o processo ensino-

aprendizagem mais dinâmico.

O desenvolvimento cognitivo não é um processo previsível, universal ou linear,

ao contrário, ele é construído no contexto, na interação com a aprendizagem. Na sala de aula,

o professor assume o papel de mediador do conhecimento. O papel do professor é de provocar

nos estudantes avanços que não ocorrem espontaneamente, e, nesta intervenção, cria conflitos

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que geram novos estímulos na busca incessante de aprimorar conhecimentos já estruturados,

tidos como verdades prontas e acabadas.

O papel do professor mediador é, no ambiente escolar, o de atuar com o objetivo

de desenvolver as funções psicológicas superiores. Esta atuação se concretiza através de

intervenções intencionais que explicitarão os sistemas conceituais e permitirão aos estudantes

a aquisição de conhecimentos sistematizados. O estudante e o conhecimento se relacionam

através da interação social, isto é, da atividade conjunta mediada. A produção do

conhecimento é um ato coletivo, o conhecimento não existe sozinho, está sempre impregnado

em algo humano (pessoa, livro, aparelho, meio sociocultural) reflete as formas de produção e

as relações de uma determinada sociedade.

No Ensino Médio os professores procuram levar em consideração no trabalho

escolar o conhecimento do educando (conhecimento do senso comum que o educando possui

sobre determinado assunto), relativos ao conteúdo, com o conhecimento científico, a ser

trabalhado de forma a possibilitar a re-elaboração pelo educando do seu conhecimento inicial,

o qual possibilitará novo conhecimento. A instituição tem por meta considerar as

potencialidades dos estudantes e a importância da concretização dos conceitos teóricos

(identificação dos conceitos em situações reais concretas) para que se possa avançar o

conhecimento inicial do estudante a ser permeado pelo conhecimento científico. No Ensino

Médio devemos ter como pressuposto o professor como mediador das interações práticas-

teóricas-práticas; considerar a sua prática como “um” dos espaços de produção do

conhecimento, e não o único.

Compreender que a realidade exige uma abordagem interdisciplinar, pois ela se

forma a partir da articulação dialética dos diferentes conhecimentos produzidos pelas

diferentes ciências. O trabalho interdisciplinar contribui para a inserção crítica do educando

em sua própria realidade e cria condições objetivas para a realização de um novo espaço de

apropriação do conhecimento não mais de forma fragmentada, e sim na sua totalidade. Assim,

nesse processo pedagógico, todos são considerados capazes de aprender através das interações

sociais, onde o educando possa ser desafiado a apropriar-se de conhecimentos científicos

significativos, abandonando a cultura da repetição de conceitos já elaborados e apropriados,

pois, aprender implica em apropriar-se de algo novo.

Além da participação dos estudantes em Concursos vestibulares ditos

convencionais, participam do PAS/UEM, Processo de Avaliação Seriada da UEM –

Universidade Estadual de Maringá – por esse processo o discente matriculado na 1ª série do

Ensino Médio realiza uma prova no final de cada uma das séries do Ensino Médio. A

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pontuação acumulada nessas provas pode classificá-lo a uma vaga na Universidade. O

Colégio fez adesão ao PAS/UEM em 2009, onde muitos estudantes de primeira série foram

classificados e estão se preparando para as próximas etapas. Os conteúdos selecionados pela

UEM para as provas são organizados pelos professores de cada disciplina em seu Plano de

Trabalho Docente.

Quanto à participação no ENEM – Exame nacional do Ensino Médio, o Colégio

faz as inscrições dos estudantes utilizando o Laboratório de Informática – PROINFO, sob a

orientação de um Professor laboratorista, para assegurar-lhes a efetiva inscrição e ao mesmo

tempo incentivá-los a realizar as provas não só para o Ingresso em Universidades que utilizam

as médias do ENEM, mas também, para autoavaliação e preparação para as provas de

concursos vestibulares diversos.

Além disso, em dias chuvosos, os estudantes do campo têm dificuldades de acesso

à instituição devido à distância e estradas não asfaltadas. Essas ausências são compensadas

pelo professor na retomada de conteúdos.

2.8.2 Educação Profissional

Os Cursos de Educação Profissional, com exceção do Curso de Formação de

Docente, são na forma Subsequente, os Cursos de Enfermagem e Informática. Sendo que

Informática está organizado em três semestres letivos (300 dias letivos), o Curso Técnico em

Enfermagem subsequente, organizado em quatro semestres (400 dias letivos) calendário

escolar próprio e organizado bimestralmente.

2.8.2.1 Curso Formação de Docentes na Forma Integrada

O Curso de Formação de Docentes a Educação Infantil e dos Anos Iniciais do

Ensino Fundamental, em Nível Médio, na Modalidade Normal – Integrado, perfazendo 4.800

(quatro mil e oitocentas) horas/aula, perfazendo um total de 4.000 (quatro mil horas/relógio).

Este Curso segue o calendário organizado em trimestres e a avaliação é a descrita no PPP e no

Regimento Escolar.

A Autorização de Funcionamento aconteceu pela Resolução 122/06 e Parecer

763/05, o Reconhecimento pela Resolução 3.680/07 e Parecer 529/07.

O Curso funciona em regime presencial no período da manhã, (2ª, 3ª e 4ª séries) e

no período noturno (apenas a 3.ª série – iniciada em 2015), conforme Matriz Curricular. O

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Estágio Supervisionado do Curso de Formação de Docentes – Integrado é desenvolvido nas

instituições que oferecem as séries iniciais do Ensino Fundamental Municipal e Particular.

Estes Estágios são orientados e avaliados pelo Professor Supervisor de Estágio, Professor

Coordenador do Curso, Professor Coordenador de Estágio e Professor Docente da Turma.

Antes da realização do Estágio nas instituições escolares do Ensino Fundamental

(séries iniciais e educação infantil), os estudantes deste Curso apresentam aulas para uma

banca constituída pelo professor de Estágio, Coordenador do Curso, Coordenador de Estágio,

Equipe Pedagógica do Colégio, Direção e/ou Direção Auxiliar.

2.8.2.2 Curso Técnico em Enfermagem na forma Subsequente

Autorização de funcionamento: Resolução 1405/09 e Parecer 83/2009, o Curso

Técnico em Enfermagem do Colégio Estadual Professora Reni Correia Gamper- Ensino

Médio, Profissional e Normal e a proposta de formar os estudantes Técnicos em Enfermagem,

em cidadãos críticos, reflexivos, responsáveis, criativos e comprometidos com as questões

sociais e políticas, participantes ativos na busca de uma qualidade de vida mais justa e digna

para toda a sociedade. É desenvolvido através de aulas teóricas e práticas, realizado em sala

de aula e laboratório de enfermagem, altamente equipado e com estágios nos hospitais

conveniados.

As aulas práticas são desenvolvidas no laboratório de Enfermagem com a

orientação do Professor da disciplina e supervisão e apoio do Professor laboratorista que

perfaz uma carga horária de 10 horas semanais no laboratório, para preparação do material e

organização do mesmo para o melhor desempenho das práticas previstas no Laboratório.

O curso iniciou em fevereiro de 2009, hoje conta com uma turma, totalizando 32 estudantes,

e com 80% dos professores especialistas. A formação profissionalizante do Colégio Estadual

Professora Reni Correia Gamper- Ensino Médio, Profissional e Normal prioriza princípios,

ética e humanização.

A fim de associar teoria e prática no primeiro ano, o estudante inicia seus estágios

nos serviços de saúde de Manoel Ribas e região, atuando nas Unidades Básicas de Saúde e

Hospital Municipal, em grupos de 06 estudantes acompanhados do professor orientador de

Estágio.

O campo de estágios é diversificado e os principais locais de aprendizado são:

Hospital Municipal Santo Antonio, Centro de Saúde do Município de Manoel Ribas; Hospital

Municipal Dr. Pietrobon do Município de Nova Tebas; Hospital Bom Jesus do Município de

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Ivaiporã e Centro de Triagem do Vale do Ivaí do Município de Jandaia do Sul. No 4º

Semestre, o estudante terá uma experiência pré-profissional, com uma grande carga horária

(700 horas) de Estágio Supervisionado, no qual atua desenvolvendo todas as atividades de um

Técnico em Enfermagem. Durante o 4.º Semestre o estudante desenvolve o TCC –Trabalho

de Conclusão de Curso – com a orientação do Professor e da Coordenação de Curso e Estágio.

O TCC é apresentado a uma banca composta de Profissionais da área de Enfermagem, equipe

técnico-pedagógica do Colégio e Equipe da Direção.

No calendário de atividades estão diversos eventos, fórum de Estudantes, feira de

saúde e projetos comunitários como o projeto “Viver Bem” que está sendo realizado por

estudantes orientados pelos Professores e pela Coordenadora do Curso, com objetivo de

prevenir o câncer de mama.

Os docentes do Colégio Estadual professora Reni Correia Gamper, adotam um

método que liberta os estudantes para a imaginação, a análise e a ação, integrando-os à

comunidade e ao vasto campo de trabalho em diferentes níveis de assistência, tendo como

principal objetivo a prevenção, qualidade de vida e humanização.

O curso Técnico em Enfermagem deste Colégio é dirigido a cidadãos que amam

seu próximo, valorizando e respeitando em sua totalidade e dignidade, que busquem

capacitação e fundamentação teórica e científica contínua para prestar uma assistência

sistematizada, individualizada e humanizada, voltada para a prevenção, promoção e

reabilitação da saúde.

2.8.2.3 Curso Técnico em Informática na forma Subsequente

Autorização e Reconhecimento do Curso: Resolução 1824/05 e parecer 254/05.

Renovação de Reconhecimento: parecer 352/08 e Resolução 2485/08. Sabemos que a

tecnologia vem se desenvolvendo de forma avassaladora, principalmente a partir dos anos

noventa, transformando as relações das sociedades, dos mercados, das políticas e acima de

tudo as relações pessoais.

Frente a essa nova ordem, o Colégio Estadual Profª Reni Correia Gamper

implantou a partir do ano de 1998, o Curso Técnico em Informática para atender a demanda

municipal, regional e nacional, pois é sabido que nos próximos cinco anos, cem mil vagas

ficarão em aberto no Brasil por falta de profissionais capacitados.

Na perspectiva de oferecer uma educação de qualidade, a Direção, Coordenação

do Curso, Equipe Pedagógica e Professores buscam a formação de jovens que consigam

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estabelecerem-se como sujeitos históricos, capaz de enfrentar a realidade cotidiana desses

novos tempos, produzindo novos conhecimentos, valores e cultura para transformar a sua

realidade com ações criativas. Os materiais ou equipamentos que contribuem para

dinamização das aulas de informática ou demais cursos quando estão ociosos, são:

Unid. Materiais/Equipamentos

40 Computadores

04 Notebook

O5 Projetor diebold acoplado

06 Projetores Data Show

06 Impressoras

03 TV Pendrive

02 Receptadores Para TV – Parabólica

04 Aparelhos de Som

02 Aparelhos DVD

01 Quadro branco

01 Tela para projeção de slides

Os Cursos Técnicos são organizados por semestres e/ou etapas com dois

bimestres cada. A avaliação é uma prática pedagógica que está diretamente ligada ao processo

de ensino – aprendizagem, ao desempenho e rendimento escolar do estudante. A avaliação

tem a função de diagnosticar o nível de apropriação de conhecimento pelo estudante. A

avaliação será contínua, cumulativa, somatória, prevalecendo os aspectos qualitativos sobre os

quantitativos. Os resultados serão expressos em notas de 0,0 (zero) a 10,0 (dez), organizada

em bimestres, deverão ser ofertadas três ou mais avaliações em cada disciplina, poderá ser

através de: avaliações escritas, orais, pesquisas, apresentação de trabalhos, workshop,

excursões e visitações à feira de negócios e desenvolvimento de oficinas relacionadas aos

conteúdos trabalhados. Após a avaliação percebendo-se que os conteúdos não foram

compreendidos, o professor fará a retomada utilizando novas metodologias, objetivando que o

estudante assimile os conteúdos e apresente melhoria na Recuperação Concomitante.

Durante o desenvolvimento do período de curso os estudantes serão estimulados a

realizarem pesquisas orientadas, bem como utilizar-se das normas da ABNT, com

apresentação para a turma e ao professor. No final do Curso os estudantes apresentarão um

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Trabalho de Conclusão de Curso, com um assunto específico para cada estudante, a pesquisa

será nas normas da ABNT, o trabalho será orientado por um dos professores da turma e a

apresentação será para uma Banca composta pela Direção, Direção-Auxiliar, Coordenador do

Curso e Coordenador de Estágio, os Professores, Pedagoga e os demais estudantes da turma.

Art. 154. Do Regimento Escolar. Nos Cursos Técnicos Subsequentes ao Ensino Médio, a

média semestral (MS) em cada componente curricular será obtida pela média aritmética dos 2

(dois) bimestres letivos, de acordo com a seguinte fórmula:

MS = B1+B2

2

MS = Média Semestral

B1 = Nota do 1º bimestre

B2 = Nota do 2º bimestre.

O estudante que não obtiver a média igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero)

entrará para Conselho de Classe, no qual será feita uma análise de toda vida escolar do

estudante, suas melhorias e/ou progressos no processo de ensino-aprendizagem, participação

ativa nas aulas e durante o processo de recuperação de conteúdos, sempre priorizando os

dados qualitativos aos quantitativos do processo de ensino.

O Colégio Estadual Professora Reni Correia Gamper – Ensino Médio Profissional

e Normal, objetiva sempre estar em coerência com os princípios e recomendações das normas

nacionais. O rendimento mínimo exigido pela instituição é a média 6,0 (seis vírgula zero) por

disciplina.

A recuperação de estudos se caracteriza por estudos proporcionados aos

estudantes com dificuldades de aprendizagem e cujo rendimento escolar foi insatisfatório. A

recuperação de estudos será proporcionada de forma concomitante ao processo ensino-

aprendizagem é oferecida a todos os estudantes que desejarem melhorar seu desempenho.

Esta recuperação será planejada pelo professor, constituindo-se em um conjunto integrado ao

processo de ensino, além de se adequar às dificuldades do estudante. Será realizada através de

atividades diversas, fazendo com que o estudante realmente consiga compreender e sanar suas

dificuldades com relação ao conteúdo. Para aferição do bimestre, entre a nota da avaliação e

da recuperação, prevalecerá a nota maior.

Para ser considerado aprovado, o estudante deverá apresentar frequência igual ou

superior a 75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária do período letivo e média

anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero), resultante da média aritmética dos trimestres,

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nas respectivas disciplinas. Não atingindo a média exigida, o estudante será submetido à

análise do Conselho de Classe, o qual analisará se o mesmo terá condições para dar

procedimento aos estudos, caso contrário o mesmo será considerado reprovado.

2.8.3 Programa de Ampliação de Jornada

2.8.3.1 Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo (Futsal)

Objetivos:

a) propiciar aos estudantes da rede estadual de ensino o acesso à prática esportiva em diversas

modalidades com vistas ao pleno desenvolvimento das habilidades específicas, levando em

consideração a idade cronológica dos estudantes;

b) promover a descoberta e o desenvolvimento de talentos esportivos no âmbito da instituição

de ensino da rede pública estadual;

c) possibilitar a formação de equipes esportivas para a participação nos Jogos Escolares do

Paraná e outros eventos similares.

- Organização didático-pedagógica das Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo

(AETE)

a) As Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo estão organizadas em modalidades

coletivas, atendendo as fases de aprendizagem:

Fase 1- Iniciação (fundamentos básicos das modalidades esportivas);

Fase 2 – Intermediária (aperfeiçoamento dos aspectos técnicos e táticos);

Fase 3 – Avançada (aprofundamento dos aspectos técnicos e táticos).

b) as modalidades individuais e/ou coletivas escolhidas deverão estar de acordo com o

Regulamento dos Jogos Escolares do Paraná – A instituição oferta Futsal.

c) a organização do trabalho pedagógico nas AETE deverá ser implementada, atendendo as

fases de aprendizagem em cada modalidade esportiva: coletivas e/ou individuais.

- Funcionamento das Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo

a) as Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo (AETE), quando desenvolvidas em

modalidades coletivas, deverão conter número mínimo de 20 (vinte) e número máximo de 25

(vinte e cinco) estudantes por turma, e nas modalidades individuais, com número mínimo de

10 (dez) e máximo de 25 (vinte e cinco) estudantes, considerando as fases de aprendizagem;

b) para as modalidades coletivas as turmas deverão ser constituídas por estudantes do mesmo

sexo, nas categorias A e B;

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c) é vedada a constituição de turmas mistas para os esportes da modalidade coletiva;

d) a carga horária diária é de, no máximo, duas horas-aula sendo duas vezes por semana no

turno complementar: manhã, tarde ou noite e, excepcionalmente, em turno intermediário (das

17h às 19h); totalizando uma carga horária semanal de quatro horas-aula distribuídas de

segunda à sexta feira;

e) poderão participar das AETE estudantes do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, todos

regularmente matriculados na mesma instituição de ensino;

f) a instituição de ensino que ofertar as AETE deverá, obrigatoriamente, participar dos Jogos

Escolares do Paraná.

2.8.4 CELEM

A finalidade do CELEM é oportunizar o estudo de mais uma Língua Estrangeira

Moderna, além da que é contemplada na Matriz Curricular. Na instituição escolar, é ofertado

Espanhol, no período vespertino, com 160 horas anuais, nos níveis: P1 e P2, os quais

constituem o nível básico. A avaliação é a mesma utilizada no Ensino Médio, conforme

Regimento Escolar e Projeto Político Pedagógico.

2.8.5 Programa Geração Atitude

O Programa Geração Atitude é uma política pública estadual, instituída pela Lei

Estadual 18.763/16, publicada em 26 de abril de 2016, tendo como parceiros o Tribunal de

Justiça do Estado do Paraná, Ministério Público do Estado do Paraná, Secretaria de Estado da

educação e Assessoria Especial para Assuntos de Políticas Públicas para a Juventude.

O Programa “Geração Atitude” é um programa ligado ao Movimento Paraná Sem

Corrupção, que tem o objetivo de apoiar a formação cidadã de estudantes paranaenses,

promovendo a cidadania, a participação e o protagonismo juvenil.

Todas as ações do programa buscam disseminar informações e despertar o

interesse dos jovens para temas como: Cidadania, Democracia, Política, Eleições, Voto

Consciente, funcionamento do Ministério Público, dos Poderes Judiciário, Executivo e

Legislativo, entre outros.

O que se espera é que os estudantes, compreendendo melhor esses assuntos,

possam tornar-se transformadores da realidade, participando de discussões importantes

envolvendo a instituição, o bairro, a cidade, o Estado e o país, passando a atuar como

protagonistas de suas próprias histórias.

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Etapas

O Geração Atitude será desenvolvido em três etapas:

a) Geração na Instituição:- Promotores de Justiça, em conjunto com as equipes pedagógicas

das instituições escolares, desenvolverão iniciativas como: palestras encontros com a

comunidade, concursos culturais, debates, passeatas, entre outras ações. As atividades terão

como foco a formação para a cidadania. Aos professores caberá trabalhar o conceito do Guia

do Cidadão com seus discentes. Aos promotores de Justiça, uma intervenção presencial na

instituição escolar, complementando e fortalecendo o trabalho iniciado em sala de aula pelos

professores.

b) Caravana da Cidadania:- Concurso que vai destacar trinta e duas melhores idéias para

mudar o Paraná, apresentadas por estudantes e professores da rede Pública Estadual de

Ensino, em forma de Projeto Lei. Os autores dos melhores projetos, que serão selecionados

pela SEED, receberão como prêmio uma viagem a Curitiba. Onde visitarão os pontos

turísticos da capital e as sedes do Ministério Público do Paraná e dos Três Poderes: Executivo,

Legislativo e Judiciário. O objetivo é possibilitar aos estudantes que conheçam os

representantes dos órgãos públicos e as lideranças políticas do Estado.

c) Gincana da Cidadania:- Programa televisivo que será gravado e veiculado pela TV Sinal,

para promover uma gincana entre instituições escolares, abordando temas ligados ao Guia do

Cidadão e a conhecimentos gerais. Divididos em três blocos, o programa terá como base uma

competição cultural entre as instituições escolares, com perguntas, respostas e desafios. O

intuito é despertar o interesse dos jovens a temas ligados à cidadania e incentivar a consulta

ao conteúdo Guia do Cidadão.

2.8.6 Programa Saúde na Escola

O Programa Saúde na Escola, instituído pelo Decreto Presidencial n.º 6.286/2007,

surgiu como uma política intersetorial entre os Ministérios da Saúde e da Educação.

O PSE tem a finalidade de contribuir para a formação integral das/dos estudantes

da rede pública de Educação Básica por meio de ações de prevenção, e atenção à saúde. As

ações do PSE, em todas as dimensões, devem estar inseridas no projeto político-pedagógico

da Instituição de Ensino.

As 12 ações do Programa Saúde na Escola

As Instituições de Ensino no decorrer do ano poderá escolher uma ou mais ações e

elaborar trabalhos que possam contribuir para a melhoria e qualidade de vida dos/das

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estudantes. Educação em Saúde na Instituição escolar significa a formação de atitudes e

valores que levam o escolar à práticas conducentes à saúde. Deve estar presente em todos os

aspectos da vida escolar e integrada à educação global.

Ações de combate ao mosquito Aedes aegypti;

Promoção da segurança alimentar e nutricional e da alimentação saudável;

Direito sexual e reprodutivo e prevenção de DST/AIDS;

Prevenção ao uso de álcool, tabaco, crack, e outras drogas;

Promoção da Cultura de Paz, Cidadania e Direitos Humanos;

Promoção das práticas Corporais, da Atividade Física e do lazer nas instituições

escolares;

Prevenção das violências e dos acidentes;

Identificação de educandos com possíveis sinais de agravos de doenças em

eliminação;

Promoção e avaliação de Saúde bucal e aplicação tópica de flúor;

Verificação da situação vacinal;

Promoção da saúde auditiva e identificação de educandos com possíveis sinais de

alteração;

Promoção da saúde ocular e identificação de educandos com possíveis sinais de

alteração.

2.8.7 Biblioteca

A Biblioteca com acervo de aproximadamente onze (11.000) livros - ótima

estrutura de acolhimento - livre acesso às estantes, empréstimo de livros para os estudantes

ficarem de posse por até 30 dias, computadores com internet, que atende, prioritariamente os

estudantes, por agendamento, exclusivamente para pesquisas e trabalhos escolares. Os

funcionários da biblioteca possibilitam a toda comunidade escolar a livre escolha de obras

literárias e auxiliam nas pesquisas. Os professores desempenham importante papel na

conscientização de que ler é, compreender melhor o mundo, orientando e estimulando

atividades para que se formalizem hábitos de leitura espontâneas e prazerosas para promoção

efetiva da aprendizagem.

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2.8.8 Laboratórios

Frente ao cenário de desenvolvimento tecnológico o Laboratório de Informática -

PROINFO atende ao Curso Técnico em Informática – Subsequente e nos períodos vagos

oferta possibilidades de pesquisas para os demais estudantes e professores.

O acesso às tecnologias de informação e comunicação, ampliam as

transformações sociais e uma série de mudanças na construção do conhecimento.

O Laboratório de Enfermagem equipado com todos os materiais necessários ao

ensino-aprendizagem, como por exemplo: bonecos simulando o corpo humano (RN e Adulto)

para a inserção de sondas, cateteres, aplicação de medicações – intramusculares, endovenosas

e subcutâneas; seringas, agulhas, esfignomanômetros; estetoscópios; aspirador de secreções,

leito hospitalar, inclusive com projetor permanente.

2.9 ÍNDÍCES DE APROVEITAMENTO ESCOLAR (INDICADORES EXTERNOS E

INTERNOS) ABANDONO/EVASÃO E RELAÇÃO IDADE/ANO

Pensar na qualidade da educação reflete na formação de cidadãos aptos a

enfrentarem os desafios do futuro. O que torna essencial conhecer as potencialidades

encontradas na instituição de ensino, bem como, as dificuldades e obstáculos que se

apresentarão no processo de ensino-aprendizagem pertinente à realidade vivenciada no chão

da instituição.

Com um bom conjunto de indicadores tem-se, de forma simples e acessível, um

quadro de sinais que possibilita identificar as falhas do ensino-aprendizagem em instituição de

ensino, de forma que todos tomem conhecimento e tenham condições de discutir e decidir as

prioridades de ação para melhorá-lo. Vale lembrar que esta luta é de responsabilidade de toda

a comunidade: pais, mães, professores, diretores, alunos, funcionários, conselheiros tutelares,

órgãos públicos, universidades, enfim, toda pessoa ou instituição que se relaciona e se

mobiliza por sua qualidade. Educação é um assunto de interesse público, mas está

principalmente no compromisso e mobilização da comunidade escolar para refletir, discutir e

agir pela melhoria da qualidade da educação.

Não existe uma forma única para o uso dos Indicadores da Qualidade na

Educação, este é um instrumento flexível, que pode ser usado de acordo com a criatividade e

a experiência de cada instituição. É importante o engajamento de todos, pois se o educando

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perceber que um membro está desinteressado, corre-se o risco de inviabilizar as ações.

Precisamos providenciar os materiais necessários e disponibilizá-los para garantirmos êxito na

melhoria da qualidade educacional. Sempre que terminar a aplicação de ações ou projetos,

devemos avaliar para detectar os itens que devem ser melhorados. Envolver e incentivar os

discentes, demonstrando que são eles o público alvo de nossas ações, para que haja respaldo e

interesse dos mesmos. Para tanto, é muito importante contarmos com indicadores externos e

internos que sirvam como diagnóstico para subsidiar nossas ações, dos quais podemos

destacar como:

2.9.1 Indicadores Externos

SAEP (Sistema de Avaliação da Educação Básica do Paraná) se configura como

uma importante política pública de avaliação da educação, capaz de monitorar a qualidade do

ensino e da aprendizagem e ainda permitir a instituição uma análise criteriosa dos níveis de

apropriação de conhecimentos que os estudantes estão alcançando nas disciplinas de Língua

Portuguesa e Matemática com a educação oferecida na Instituição de Ensino.

O SAEP dispõe de uma Matriz de Referência composta por um conjunto de

descritores que explicitam dois pontos básicos do que se pretende avaliar: o conteúdo

programático a ser avaliado em cada período de escolarização e o nível de operação mental

necessário para a realização de determinadas tarefas. Tais descritores são selecionados para

compor a matriz, considerando-se aquilo que pode ser avaliado por meio de um teste de

múltipla escolha, cujos itens implicam a seleção de uma resposta em um conjunto dado de

respostas possíveis.

Essa ferramenta além de proporcionar um diagnóstico da aprendizagem, permite

uma análise detalhada do padrão de desempenho de cada estudante, além de estabelecer

relações do estágio alcançado pela instituição em relação à proficiência alcançado no Estado,

no Núcleo Regional de Educação, no Município e na Instituição.

Os dados coletados na avaliação do SAEP são analisados pelo coletivo escolar

propiciando o debate e a busca de soluções para uma contínua melhora na qualidade da

educação ofertada pela instituição escolar. Apesar de diagnosticarmos um percentual de

estudantes com grau de proficiência abaixo do básico, ao confrontarmos as médias desta

instituição com as médias alcançadas pelas demais instituições do Estado, bem como as do

Núcleo Regional de Educação, é possível observar que o colégio possui média superior a

maioria das instituições avaliadas, o que serviu como parâmetro para ser considerado como

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instituição modelo das ações do PAD (Plano de Ações Descentralizadas), o qual tinha o

objetivo de partilhar as ações exitosas das instituições de maior com as de menor

desempenho.

Os dados coletados por este indicador nas disciplinas de Língua Portuguesa e

Matemática na instituição estão expressos nas tabelas abaixo.

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ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) é uma prova elaborada pelo

Ministério da Educação para verificar o domínio de competências e habilidades dos

estudantes que concluirão o Ensino Médio.

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Em Ciências Humanas e suas Tecnologias traz questões sobre as disciplinas de

História, Geografia, Filosofia e Sociologia; a de Ciências da Natureza e suas Tecnologias

cobra conhecimentos de Química, Física e Biologia; Linguagens, Códigos e suas

Tecnologias envolvem questões de Língua Portuguesa, Literatura, Língua Estrangeira (Inglês

ou Espanhol), Arte, Educação Física; a prova de Matemática e suas Tecnologias têm questões

de Matemática (Geometria e Álgebra). A Redação testa cinco competências: “Demonstrar

domínio da norma padrão da língua escrita”; “Selecionar, relacionar, organizar e interpretar

informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista”; “Elaborar

proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos”;

“Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da

argumentação”; e “Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando

os direitos humanos”.

Os resultados do ENEM auxiliam estudantes, pais, professores, diretores das

instituições e gestores educacionais nas reflexões sobre o aprendizado no Ensino Médio,

podendo servir como subsídio para o estabelecimento de estratégias em favor da melhoria da

qualidade da educação. Quando disponibilizados por instituição, os resultados agregados das

proficiências médias possibilitam a análise pela comunidade escolar e pelas famílias, para que

se percebam os avanços e desafios a serem enfrentados.

Neste indicador podemos considerar que a instituição possui média considerável,

observando que no ano de 2014 obteve a média - 485,9 sendo convidada a participar do

evento que ocorreu no auditório do campus Apucarana da Universidade Tecnológica Federal

do Paraná (UTFPR) de Solenidade de Premiação e Certificação das 15 Melhores Instituições

Estaduais e 15 Melhores Instituições Privadas da Regional Apucarana e 12 Melhores

Instituições (estaduais/privadas) da Regional Ivaiporã, levando em consideração o

desempenho junto ao Exame Nacional do Ensino Médio 2014 (Enem 2014).

2.9.2 Indicadores Internos

O Diagnóstico é a etapa mais importante de todo planejamento, pois representa o

momento em que os planejadores se defrontam com a realidade que pretendem alterar. Afinal,

um planejamento existe para modificar uma situação. O principal objetivo do diagnóstico é

ajudar a instituição a conhecer a situação presente e, a cada momento, tentar identificar os

principais problemas e desafios a serem superados. E para que ele reflita bem essa realidade,

precisa ser elaborado com a participação de toda a comunidade escolar.

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De nada adianta os professores passarem um bimestre (trimestre) inteiro

avaliando, se tais dados não servirem para a reflexão nas reuniões pedagógicas e conselhos de

classe, o que possibilita deixar de lado as queixas de muitos professores, em prol da busca por

soluções para os problemas que prejudicam o processo de ensino-aprendizagem.

2.9.3 Programa de Combate ao Abandono Escolar (PCAE/SERP)

O problema do abandono aos estudos e da evasão é uma preocupação constante da

instituição, quando a equipe gestora não percebe a ausência do estudante, nossos professores

são responsáveis em passar o nome daqueles que atingiram cinco faltas, a equipe pedagógica

entra em contato com familiares ou responsáveis, para noticiar a ausência e levantar os

motivos das mesmas. Na maioria das vezes verificamos que houve negligência por parte dos

familiares ou responsáveis que não comunicaram à instituição da mudança ocorrida que levou

ao abandono, portanto há conivência.

Os estudantes que abandonam as aulas num ano e retornam no seguinte, geram

outro problema preocupante que é a distorção idade e série. Entre os motivos que levam ao

abandono, normalmente são: a necessidade de entrar no mercado de trabalho, a falta de

interesse pela vida escolar, dificuldades de aprendizado que podem acontecer no percurso

escolar, doenças crônicas, falta de incentivo dos pais, mudanças de endereço e outros. Para

serem minimizados, alguns desses problemas dependem de ações do poder público. Outros,

contudo, podem ser solucionado com iniciativas educacionais, oportunizados pela própria

instituição, pois somos responsáveis em assegurar as condições de ensino-aprendizagem,

mesmo persistindo tivemos 10% de abandono no Ensino Médio, principalmente do período

noturno.

Nossas ações são simples, mas intensas, além de telefonar, em alguns casos,

visitamos o estudante em sua casa, conversamos com os que estão frequentando, para

identificarem também a falta de determinado colega, para juntos resgatá-los para o ambiente

escolar. Algum sucesso é alcançado, em outros é fracasso, na maioria das vezes com a

concordância familiar ou dos responsáveis.

Acreditamos no funcionamento da Rede, porque teremos apoiadores de maior

relevância a serviço do combate ao abandono. A dinâmica funcionará sempre na observação

da frequência dos estudantes, as quais serão acompanhadas pelos professores que ao constatar

ausência do mesmo por cinco dias consecutivos ou sete dias alternados durante dois meses

(60 dias), comunica a equipe pedagógica utilizando o Controle Interno de Faltas Injustificadas

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(anexo I), que investiga junto aos pais ou responsáveis legais através da “Busca Ativa”, que

possibilitem o seu retorno imediato à instituição, anotando todos os contatos realizados no

Formulário de Notificação Obrigatória de Estudante Ausente (anexo III).

A equipe pedagógica, Direção e Conselho escolar então, verificarão o motivo pelo

qual o discente está ausente das atividades escolares, buscando viabilizar o retorno deste

estudante para a instituição, motivando-o para garantir sua permanência no sistema

educacional, com acompanhamento em todas as suas necessidades e dificuldades visando o

sucesso deste no âmbito da instituição. Caso o estudante retorne às suas atividades normais, o

Diretor dará o ciente no Anexo I, que será arquivado.

Esgotados estes recursos, o discente ainda continua afastado de suas atividades

escolares, inclusive através da Busca Ativa, a equipe diretiva acionará a Rede de Proteção

Social da Criança e do Adolescente (Anexo V), que este órgão tome as medidas previstas em

Lei, e informará os encaminhamentos, através de ofício, à instituição. Todo o preenchimento

dos Formulários serão arquivados, na instituição, seguindo as orientações do passo a passo do

Programa Estadual de Combate ao Abandono Escolar do Governo do Estado do Paraná.

A Rede de Proteção envolve a ação de várias/áreas governamentais ou não, que

visam atuar em questões sociais de extrema complexidade, definindo estratégias para a

prevenção, atendimento e fomento de políticas públicas para crianças e adolescentes em

situação de risco.

A instituição escolar integra a Rede de Proteção e tem a responsabilidade, junto

aos outros agentes da rede, de identificar, notificar, atender e manter a atitude vigilante, de

acordo com a necessidade e gravidade do caso, com a proposição de ações preventivas.

Além da área da educação (instituição escolar), também fazem parte da Rede de

Proteção as áreas da saúde, da assistência social e da segurança pública que por meio de seus

atores, articulam ações no sentido de combater a violência contra a criança e o adolescente,

bem como garantir os seus direitos.

2.9.4 Prevenção ao uso de Álcool e outras Drogas e Enfrentamento às Violências na

Instituição de Ensino

O Colégio Estadual Prof.ª Reni Correia Gamper – EMPN desenvolve atividades

de prevenção ao uso de álcool e outras drogas no propósito de conscientizar, sobre como é

importante a prevenção ao uso/consumo de álcool, tabaco e outras drogas, bem como suas

respectivas consequências nas esferas biopsicossociais, de forma clara e objetiva.

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São demonstradas as características do usuário de substâncias psicoativas, pois altera a função

cerebral e temporariamente muda a percepção, o humor, o comportamento, a consciência e

sua utilização contínua pode desenvolver uma doença chamada dependência. Daí a

importância de uma atuação preventiva com vistas a evitar a doença e promover a saúde.

Deixamos bem claro que não existe um modelo de programa de prevenção

predefinido, eles precisam estar adequados à realidade local, aos anseios e à cultura da

comunidade na qual estão inseridos. Quando é visível o uso das mesmas, a direção conversa

em particular demonstrando preocupação e amizade, motivo que está alertando o estudante

para não cair numa consequência caso retorne a ingerir álcool ou consumir outras drogas.

Nossa estratégia de prevenção é de comum acordo com o corpo docente, que se

preocupa, observa em sala de aula, quando necessário conversa com a direção e expõe as

atitudes, a equipe gestora somam esforços para trabalha-las, reforçando a autoestima e a

autoconfiança, a proposta é atuar antes que os problemas se instalem e se tornem crônicos. Os

professores desenvolvem a abordagem, demonstram através de pesquisa, slides e palestras, os

males que as drogas lícitas e ilícitas causam, os estudantes confeccionam cartazes, quadro

mural que são expostos no saguão da instituição.

Diante de um quadro de violência no âmbito escolar, faz-se necessário refletir

acerca de possibilidades de proteção aos adolescentes e enfrentamento ao fenômeno. O

desenvolvimento de fortes vínculos entre pais e filhos, uma disciplina fundamentada no

exercício do diálogo, adoção de políticas para a escola como um todo, currículos que

incentivam o desenvolvimento de atitudes e comportamentos não violentos e não

discriminatórios são alguns dos fatores que tendem a proteger os adolescentes da violência

escolar.

O enfrentamento da violência escolar, além de considerar dados sobre sua

magnitude, também perpassa pela compreensão do contexto social que a produziu,

considerando os fatos e a representação que ela adquire para as pessoas, familiares e

comunidades que interagem neste contexto. Neste sentido, objetivou-se, descrever e analisar

como ocorre o processo de enfrentamento da violência escolar na perspectiva dos diferentes

atores que compõem o cotidiano de uma comunidade escolar.

Na nossa instituição por se localizar em cidade do interior ou pelo fato de

trabalharmos o Regimento Escolar com nossos estudantes, e a maioria das famílias serem

conscientizadas das normas que seus filhos deverão seguir, raramente ocorrem violências no

ambiente escolar.

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2.10 RELAÇÃO ENTRE PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO E DISCENTES

No relacionamento entre os professores com os estudantes, busca-se estabelecer

conhecimento mútuo, no decorrer do ano letivo, conservando um clima de amizade, respeito e

interesse. O (a) professor (a) é o principal responsável para conquistar e conservar na sala de

aula a capacidade de ouvir, refletir e discutir o nível de compreensão dos estudantes e de

aproveitamento entre o seu conhecimento e o dos estudantes. O professor deve buscar educar

para as mudanças, para a autonomia, para a liberdade, trabalhando o lado positivo dos

estudantes e para formar um cidadão consciente de suas obrigações e de suas

responsabilidades perante a sociedade. Os professores devem instigar seus estudantes a

desejarem uma aprendizagem, quando se aproveita o conhecimento da sua realidade para

mesclar com os conteúdos que fazem parte do Plano de Trabalho Docente, sempre que

possível na explanação oral dialogada.

A intervenção do professor em sala de aula tem a função de qualificar o trabalho

do estudante e, ao mesmo tempo, possibilitar ao professor compreender como o estudante está

construindo seus conhecimentos.

Para o bom funcionamento de uma instituição é necessário que sejam

estabelecidas normas de convívio. O Regimento Escolar desta instituição escolar estabelece

os direitos e deveres que deverão ser respeitados por todos os integrantes.

No Colégio Estadual Prof.ª Reni Correia Gamper, as normas de convívio são

apresentadas em todas as turmas e turnos, sempre no início de cada ano letivo, nas reuniões

com pais, para conscientizá-los das normas que seus filhos seguem na instituição. Aos

professores são repassados na primeira reunião pedagógica de cada ano. As normas são

levadas a sério e com muita cobrança, sempre que surgem situações de descuido, relapso de

descumprimento, os professores conversam com os discentes, não sendo solucionado, tendo o

estudante desrespeitado novamente as normas, o (a) professor (a) encaminha-o para a equipe

pedagógica, que primeiramente conversa para relembrá-lo sobre o conhecimento que o

mesmo possui sobre o Regimento Escolar, no que se refere em direitos e deveres, isto na

primeira vez. Quando acontece reincidência, registra-se em uma ficha própria onde se relata o

acontecido em sala de aula e a atribuição que o estudante terá enquanto estiver ausente da sala

de aula.

O ambiente escolar propicia um bom relacionamento entre os profissionais da

educação, pois é visível a respeitabilidade e igualdade entre todos. Percebe-se que quando é

necessário, os professores, a equipe gestora e os funcionários colaboram no momento de

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servir a merenda escolar. Todos procuram desempenhar da melhor forma sua função, esse

trabalho coletivo faz a diferença no atendimento e no bom exemplo que os estudantes

contemplam.

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3.0 FUNDAMENTOS TEÓRICOS (MARCO CONCEITUAL)

“Não basta conhecer o mundo. É preciso

transformá-lo”.

(Skinner)

A visão que se tem de mundo e de homem desde o finalzinho do século XX e

início do século XXI, é que experimentamos uma profunda transformação, sem precedentes

na história mundial, imersa na revolução técnico-científica e no irreversível processo de

globalização, com seus aspectos positivos e negativos, que afetam todas as esferas da vida, os

padrões de trabalho, as relações sociais e da família, acima de tudo, a educação.

É preciso através da educação, construir uma sociedade que opte pelo respeito e

defenda os direitos individuais e sociais da pessoa e favoreça o exercício da cidadania,

estimulando as relações democráticas e participativas, assegurando a liberdade de associação

e organização.

A construção de uma “sociedade livre, justa e solidária” (Constituição Brasileira

de 1.998, Art. 3, I) se baseia na dignidade da pessoa e no exercício de sua organização e

participação nas estruturas sociais. Assim sendo, a pessoa é desafiada a comprometer-se, a dar

sua contribuição, para construir uma sociedade na qual os valores da justiça, fraternidade e da

participação sejam respeitados e assumidos. Uma sociedade provocadora de um processo

sociocultural consciente, livre, criativo, responsável e participativo, voltado para a realidade e

orientado para a valorização do homem.

Quando falamos em conhecimento, podemos então deduzir que,

aprendizagem é o processo pelo qual o indivíduo adquire informações, habilidades, atitudes e

valores a partir de seu contato com a realidade, com o meio ambiente e com as pessoas.

A fundamentação teórica nos é dada por Vygotsky, para ele a ideia de

aprendizado inclui a interdependência dos indivíduos envolvidos no processo ensino-

aprendizagem, isto é, a relação entre aquele que aprende e o que ensina. Em outras palavras, o

aprendizado ocorre na interação social. Ele dá relevante importância ao papel do outro no

desenvolvimento dos indivíduos, pois considera que um indivíduo só se desenvolve em

relação ao ambiente cultural em que vive com o suporte de seu grupo de iguais.

Nessa visão Vygotskiana, cabe ao educador o papel de interventor, desafiador,

mediador e provocador de situações que levem os estudantes a aprenderem a aprender. O

trabalho didático deve, portanto, propiciar a construção do conhecimento pelo estudante.

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A atividade docente é sistemática, científica e intencional, na medida em que toma

objetivamente (conhecer) o seu objeto (ensinar mais e aprender), sendo a principal função do

professor, a mediação e a transformação, formando um cidadão consciente que seja capaz e

suficiente de exercer a democracia, contextualizando seus conhecimentos com a realidade e

vivências da sociedade, tendo em vista as contradições sociais presentes na sociedade

brasileira: injustiça social, violência, criminalidade, corrupção, desemprego, falta de

consciência ecológica, violação de direitos, deterioração de serviços públicos, dilapidação do

patrimônio social, falta de respeito etc., que só se fazem agravar com o passar dos tempos.

A aprendizagem precisa ser uma experiência bem sucedida, para que o estudante

construa uma representação de si mesmo como alguém capaz de aprender.

O processo de avaliação numa perspectiva democrática tem que superar o ato de

medir quantitativamente resultados esperados, o que acaba sempre por confundir o mais

importante com o mais mensurável.

A avaliação é parte integrante da aprendizagem, boas atividades pedagógicas

devem prever formas de avaliar continuamente o desempenho dos estudantes e recuperar as

dificuldades assim que elas surgem.

O Currículo expressa uma intencionalidade da concepção de educação escolar.

Visa a seleção de conteúdos e práticas pedagógicas diferenciadas para a formação integral do

cidadão, tornando-o um sujeito transformador da sociedade, apropriando-se de conhecimentos

históricos, científicos, culturais, filosóficos, artísticos, ou seja, conteúdos universais que

devem ser socializados para todos, além de atividades curriculares que complementam a

formação do educando como: CELEM, Jogos Escolares, Gincana Cultural e outros projetos

que contribuem para o sucesso do ensino-aprendizagem.

Os conteúdos organizados dentro do currículo devem propiciar condições para o

acompanhamento das novas mudanças e avanços científicos e tecnológicos que a globalização

trouxe e que é um processo irreversível, mas passível de mudanças, adequação e adaptação.

Desta forma tudo o que faz parte do currículo precisa estar em consonância com o novo

mundo e a realidade local de cada comunidade escolar.

A instituição enquanto acolhedora das diversidades existentes, procura extirpar

todo tipo de preconceito e discriminação, valorizando a identidade cultural do estudante,

contribuindo para a socialização da mesma e o favorecimento de uma vida com maior

satisfação individual e melhor convivência social.

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3.1 EDUCAÇÃO, HOMEM (INFÂNCIA, ADOLESCÊNCIA, JUVENTUDE, ADULTO E

IDOSO), MUNDO, SOCIEDADE E CIDADANIA

A Educação, em sentido amplo, representa tudo àquilo que pode ser feito para

desenvolver o ser humano e, no sentido estrito, representa a instrução e o desenvolvimento de

competências e habilidades. A educação vai se desenvolvendo através de situações

presenciadas e experiências vividas por cada indivíduo ao longo da sua vida.

O conceito dado pelo art. 1º da Lei nº 9394 de 1996 - Lei de Diretrizes e Bases - tornou mais

abrangente tal definição ao dizer que a educação abrange os processos formativos que se

desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino

e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações

culturais.

A educação é de suma importância para a transformação da realidade e

dependendo do ponto de vista, vai se trilhando um caminho para o aperfeiçoamento do ser

humano e como este pode conviver melhor com o outro.

A Lei nº 8.069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) representou uma

mudança de paradigma na área da infância e da adolescência, estes passaram a ser

considerados como “sujeitos de direitos” e não mais como “menores” que eram vistos como

objetos da ação do Poder Público.

Pensar a infância e a adolescência nessa nova perspectiva significa reconhecer que

nessa fase da vida os indivíduos se encontram em pleno desenvolvimento biopsicossocial e

que, portanto, necessitam de atendimento e cuidados especiais para se desenvolverem

plenamente.

Tanto a criança quanto o adolescente são sujeitos de direitos e a educação é um de

seus direitos fundamentais. Portanto, a educação, prática social que oportuniza a experiência

com o conhecimento científico e a cultura, precisa garantir a construção e a apropriação de

conhecimentos produzidos pela humanidade, ao longo de sua história e eleitos como mais

significativos para serem trabalhados na instituição. Esses conhecimentos devem ser

articulados aos conceitos cotidianos formulados pelas vivências práticas e pelas relações do

mundo vivido.

O homem é um ser em processo permanente de autoconhecimento e crescimento,

que transforma e é transformado. Participante, ativo na construção da história e do

conhecimento devendo ser solidário nas relações com a natureza, com seus semelhantes, na

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busca constante da harmonia consigo e com o mundo, procurando construir uma sociedade de

justiça e igualdade.

A sociedade é um espaço de interação humana na qual se reflete a maneira de ser,

agir e pensar de um povo. Para que haja uma boa convivência, deve-se primar pela

solidariedade, fraternidade, justiça, igualdade de direitos e liberdade de expressão. Enfim, a

sociedade deve ser um espaço em que se pregue a diversidade, concebendo-a como parte da

condição humana.

A Lei 10.741 de 03 de outubro de 2003, dispõe sobre a instituição do Estatuto do

Idoso, assegurando os direitos das pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, e

atribuindo à família, à comunidade, à sociedade a ao Poder Público, o dever de efetivar, com

absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte,

ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência

familiar e comunitária.

O Colégio Estadual Professora Reni Correia Gamper – Ensino Médio,

Profissional e Normal, trata como sua função social produzir conhecimentos e criar relações

positivas e democráticas entre os sujeitos envolvidos no processo educativo, para que a

instituição seja efetivamente uma instituição cidadã, que priorize o acesso, permanência e

sucesso dos estudantes, primando pela cidadania.

A cidadania contribui para a construção da identidade, já que, dentre outros

aspectos, valorizam a pessoa, o ambiente o patrimônio, criando a sua própria identidade entre

os demais cidadãos e o país, visando cumprimento de deveres e a conscientização de direitos,

valorizando-se como pessoa, aprendendo a valorizar o outro, o ambiente, o patrimônio

histórico-cultural brasileiro a instituição como espaço para conhecer o país em que nasceram e

vivem os brasileiros, identificando as características físicas, históricas, antropológicas e

culturais do país, tomando consciência dos problemas locais, estaduais e do Brasil.

Construir uma nação livre, soberana e solidária onde o exercício da cidadania não

se constitua privilégio de uns poucos, mas direito de todos deve ser a grande meta a ser

perseguida por todos os segmentos da instituição.

A construção da cidadania envolve um processo de formação de consciência

pessoal e social, de reconhecimento desse processo em termos de direitos e deveres. A

realização se faz através das lutas contra as discriminações, da abolição das barreiras

existentes entre indivíduos e contra as opressões e os tratamentos desiguais, isto é, pela

extensão das mesmas condições de acesso às políticas públicas e pela participação de todos na

tomada de decisões. É condição essencial da cidadania, reconhecer que a emancipação

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depende fundamentalmente do interessado uma vez que, quando a desigualdade é somente

confrontada na arena pública, reina a tutela sobre a sociedade, fazendo-a dependente dos

serviços públicos.

O perfil da cidadania e trabalho almejado pela instituição é de que o estudante

tenha um ideal e deseje a construção de uma sociedade mais igualitária, aprenda a respeitar as

necessidades individuais e o trabalho cooperativo valorizando a localidade em que mora

sabendo aproveitar os recursos existentes na comunidade como também criando e inovando

medidas tecnológicas em sua propriedade, sendo uma pessoa criativa e com ampla visão do

mundo que o rodeia.

A Instituição procura meios de atuações diversas no que se refere ao conteúdo,

utiliza técnicas de estudo dirigidas em recursos tecnológicos tais como, a televisão e técnicas

audiovisuais, procura desenvolver a reflexão e aproveita as experiências existentes buscando

favorecer o fluxo de informações dentro e fora da instituição, realizando, visitas, pesquisas,

palestras, debates e excursões.

3.2 FORMAÇÃO HUMANA INTEGRAL, CULTURAL, TRABALHO E ESCOLA

A formação humana integral depende de muitos fatores, dentre eles podemos

afirmar como primordial que é aonde tudo começa – a família.

A cultura é entendida como um conjunto de comportamentos, saberes e saber

fazer característico de um grupo humano ou de uma sociedade dada, sendo essas atividades

adquiridas através de um processo de aprendizagem, transmitidas ao conjunto de seus

membros. Desse modo, os membros da comunidade farão as mesmas coisas, do mesmo

modo, terão as mesmas técnicas e terão saberes e comportamentos semelhantes.

Por isso a instituição procura valorizar o multiculturalismo existente na variedade

de culturas no espaço escolar. A instituição precisa possibilitar o cultivo dos bens e aspectos

culturais que caracterizam determinadas regiões, tem a possibilidade de ampliar seu universo

de conhecimento, de melhorar o nível de compreensão sobre o mundo, de integrar-se nele de

modo mais eficaz e produtivo, levando em conta a diversidade cultural e o compromisso da

instituição com o resgate da mesma.

Conforme Freire:

“Na história de sua cultura, o ser humano atinge o ontem, reconhece o hoje e

descobre o amanhã. O homem existe no tempo e no espaço, tem consciência,

está dentro, está fora, herda, incorpora, modifica, não está preso a um tempo,

a um hoje, permanente, está aberto ao diálogo”. (FREIRE, 1996 p.49).

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O trabalho dignifica o homem, promove sua realização, sua formação inicia - se

na família e desenvolve-se na instituição escolar, com as oportunidades que lhes são

oferecidas e das atitudes que são cobradas, preparando o estudante para o trabalho.

3.3 GESTÃO ESCOLAR, CURRÍCULO, CUIDAR E EDUCAR

A exigência do caráter democrático da gestão escolar decorre de vários fatores,

entre eles, a especificidade da educação escolar, decorre do próprio sentido e razão de ser da

instituição. A função de garantir educação básica de qualidade a todos os cidadãos, não se

realiza sem que haja um trabalho compartilhado e, portanto, uma gestão democrática. A

instituição é o espaço social especializado da formação humana. Esta formação implica em

sua essencialidade, respeito às diferenças e autonomia.

O contexto sócio histórico, a evolução do processo produtivo e da base das

relações entre as pessoas, grupos e povos exige cada vez mais o caráter democrático da gestão

da instituição. A inserção humana na produção está em profunda transformação que afeta,

inclusive a forma da relação entre as pessoas nela envolvidas. O conhecimento, como base

material das relações, amplia tanto a exigência como as possibilidades e condições da Gestão.

Segundo Aranha:

(…) a questão do diálogo, do clima de troca e cumplicidade se fazem

importante numa escola radicalmente democrática. Reconhecer os docentes

como sujeitos do processo de ensino-aprendizagem, como educadores em

toda a dimensão do termo, é essencial. Mas, reconhecê-los também como

gestores ou co-gestores do seu trabalho é a linha divisória entre uma

mudança real ou fictícia no interior das escolas. ARANHA (2005, p. 81).

Sentir-se parte integrante da instituição, participando efetivamente de tudo o que

cerca a instituição, faz com que o professor possa ter mais consciência do seu papel, perceba-

se não como unidade da instituição, mas como integrante de uma grande equipe que trabalha

coletivamente por um único objetivo: a educação. Dessa forma, o professor conseguirá sentir

o seu trabalho mais dinâmico, integrante de um processo juntamente com os demais

professores, trocando experiências, sendo auxiliado na solução de problemas e na diversidade

de sua realidade.

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Na gestão escolar deve haver compreensão da administração escolar e esforços

coletivos para implementos dos fins da educação, assim como a compreensão e aceitação do

princípio de que a educação é um processo de emancipação humana.

A gestão escolar está vinculada aos mecanismos legais e institucionais e à

coordenação de atitudes que propõe a participação social, no planejamento e elaboração de

políticas educacionais, na tomada de decisões, na escolha do uso de recursos e prioridade de

aquisição, na execução das resoluções colegiadas, nos períodos de avaliação da instituição e

da política educacional. Com a política de universalização do ensino, deve-se estabelecer

como prioridade educacional a democratização do ingresso e permanência dos (das)

estudantes na instituição, assim como a garantia social da educação.

A gestão escolar da educação é, ao mesmo tempo, transparência e impessoalidade,

autonomia e participação, liderança e trabalho coletivo, representatividade e competência.

Através de um planejamento participativo, desde o momento do diagnóstico,

passando pelo estabelecimento de diretrizes, objetivos e metas, execução e avaliação, a

instituição pode desenvolver projetos específicos de interesse da comunidade escolar.

A gestão democrática da instituição significa, portanto, a conjunção entre

instrumentos formais como a eleição de diretor, Conselho Escolar e práticas efetivas de

participação que conferem a cada instituição sua singularidade, articuladas em um sistema de

ensino que igualmente promova a participação nas políticas educacionais mais amplas.

O Currículo Escolar deve contemplar a cultura local de nossos estudantes, não

pode ficar alheio às diversas identidades socioculturais que contracenam no cenário escolar. O

currículo deve representar por igual os interesses, as necessidades, os objetivos, as formas de

pensamento, expressão e comportamento dos diferentes grupos que constituem o mosaico

cultural das nossas instituições.

O Colégio Estadual Professora Reni Correia Gamper – Ensino Médio,

Profissional e Normal, procura manter a cultura local, fazendo com que os estudantes

valorizem e preservem os valores históricos e culturais da localidade onde reside. Também se

deve levar até os estudantes o conhecimento da cultura de outras etnias, de outros povos para

que possam compreender de forma mais clara a sociedade em que estão inseridos, incentivar a

participação política e social sendo esta uma meta a ser almejada, pelo fato da maioria dos

estudantes descendentes de italianos e alemães apresentarem características individualistas.

Cabe às metodologias empregadas pela instituição mudar esta mentalidade e

atitudes, incentivando aos estudantes à participação, sendo na criação do Grêmio Estudantil e

aprendendo a reivindicar necessidades da comunidade coletivamente, que tenham

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conhecimento dos seus direitos e deveres. A instituição, em parceria com os pais procura

manter os estudantes no local, garantindo a eles o acesso à instituição até que concluam o

Ensino Médio. Assim, decidiu-se em trabalhar temas direcionados às “Noções de

Desenvolvimento Sustentável” para que os estudantes adquiram conhecimentos variados, e

possam se manter na área rural.

O currículo da instituição segue orientações das Diretrizes Estaduais de Ensino. A

flexibilidade do currículo acontece de acordo com as mudanças econômicas e sociais pelas

quais o país atravessa, onde prevê adaptações e assegura aos estudantes, oportunidades de

enfrentar, seguramente o mundo globalizado em que se encontra inserido.

O currículo é o projeto que determina os objetivos da educação escolar e propõe

um plano de ação adequado para a consecução dos objetivos propostos. Supõe selecionar, de

tudo aquilo que é possível ensinar, o que vai se ensinar num entorno educativo concreto. O

currículo especifica o que, como e quando ensinar e, o que, como e quando avaliar e deve ser

planejado e desenvolvido por séries e por disciplinas, de acordo com as experiências e a

realidade dos estudantes.

A Educação Básica é direito universal e alicerce indispensável para a capacidade

de exercer em plenitude o direto à cidadania. É o tempo, o espaço e o contexto em que o

sujeito aprende a constituir e reconstituir a sua identidade, em meio a transformações

corporais, afetivo-emocionais, sócio-emocionais, cognitivas e socioculturais, respeitando e

valorizando as diferenças. Liberdade e pluralidade tornam-se, portanto, exigências do projeto

educacional.

Da aquisição plena desse direito depende a possibilidade de exercitar todos os

demais direitos, definidos na Constituição, no ECA, na legislação ordinária e nas inúmeras

disposições legais que consagram as prerrogativas do cidadão brasileiro.

Somente um ser educado terá condição efetiva de participação social, ciente e

consciente de seus direitos e deveres civis, sociais, políticos, econômicos e éticos.

Nessa perspectiva, é oportuno e necessário considerar as dimensões do educar e

do cuidar, em sua inseparabilidade, buscando recuperar, para a função social da Educação

Básica, a sua centralidade, que é o estudante. Cuidar e educar iniciam-se na Educação Infantil,

ações destinadas a crianças a partir de zero ano, que devem ser estendidas ao Ensino

Fundamental, Médio e posteriores. Cuidar e educar significa compreender que o direito à

educação parte do princípio da formação da pessoa em sua essência humana.

Trata-se de considerar o cuidado no sentido profundo do que seja acolhimento de

todos - crianças, adolescentes, jovens e adultos - com respeito e, com atenção adequada, de

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estudantes com deficiência, jovens e adultos defasados na relação idade-escolaridade,

indígenas, afrodescendentes, quilombolas e povos do campo.

Educar exige cuidado; cuidar é educar, envolvendo para: acolher, ouvir, encorajar,

apoiar, no sentido de desenvolver o aprendizado de pensar e agir, cuidar de si, do outro, da

escola, da natureza, da água, do Planeta. Educar é, enfim, enfrentar o desafio de lidar com

gente, isto é, com criaturas tão imprevisíveis e diferentes quanto semelhantes, ao longo de

uma existência inscrita na teia das relações humanas, neste mundo complexo. Educar com

cuidado significa aprender a amar sem dependência, desenvolver a sensibilidade humana na

relação de cada um consigo, com o outro e com tudo o que existe, com zelo, ante uma

situação que requer cautela em busca da formação humana plena.

A responsabilidade por sua efetivação exige corresponsabilidade: de um lado, a

responsabilidade estatal na realização de procedimentos que assegurem o disposto nos incisos

VII e VIII, do artigo 12 e VI do artigo 13, da LDB; de outro, a articulação com a família, com

o Conselho Tutelar, com o juiz competente da Comarca, com o representante do Ministério

Público e com os demais segmentos da sociedade. Para que isso se efetive, torna-se exigência,

também, a co-responsabilidade exercida pelos profissionais da educação, necessariamente

articulando a escola com as famílias e a comunidade.

Nota-se que apenas pelo cuidado não se constrói a educação e as dimensões que a

envolvem como projeto transformador e libertador. A relação entre cuidar e educar se

concebe mediante interiorização consciente de eixos norteadores, que remetem experiência

fundamental do valor, que influencia significativamente a definição da conduta, no percurso

cotidiano escolar. Não de um valor pragmático e utilitário de educação, mas do valor

intrínseco àquilo que deve caracterizar os comportamentos de seres humanos, que respeitam a

si mesmos, aos outros, à circunstância social e ao ecossistema.

Valor este fundamentado na ética e na estética, que rege a convivência do

indivíduo no coletivo, que pressupõe relações de cooperação e solidariedade e de respeito à

liberdade. Cuidado, por sua própria natureza, inclui duas significações básicas, intimamente

ligadas entre si: a primeira consiste na atitude de solicitude e de atenção para com o outro; a

segunda é de inquietação, sentido de responsabilidade, isto é, de cogitar, pensar, manter

atenção, mostrar interesse, revelar atitude de desvelo, sem perder a ternura (Boff, 1999, p. 91),

compromisso com a formação do sujeito livre e independente daqueles que o estão gerando

como ser humano capaz de conduzir o seu processo formativo, com autonomia e ética.

Cuidado é, pois, um princípio que norteia a atitude, o modo prático de realizar-se,

de viver e conviver no mundo. Por isso, na escola, o processo educativo não comporta uma

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atitude parcial, fragmentada, recortada da ação humana, baseada somente numa racionalidade

estratégico procedimental. Inclui ampliação das dimensões constitutivas do trabalho

pedagógico, mediante verificação das condições de aprendizagem apresentadas pelo estudante

e busca de soluções junto à família, aos órgãos do poder público, a diferentes segmentos da

sociedade. Seu horizonte de ação abrange a vida humana em sua globalidade é essa concepção

de educação integral que deve orientar a organização da escola, o conjunto de atividades nela

realizadas, bem como as políticas sociais que se relacionam com as práticas educacionais. Em

cada criança, adolescente, jovem ou adulto, há uma criatura humana em formação e, nesse

sentido, cuidar e educar são, ao mesmo tempo, princípios e atos que orientam e dão sentido

aos processos de ensino- aprendizagem e de construção da pessoa humana em suas múltiplas

dimensões.

A educação brasileira precisa assumir com urgência o desfio de propor e lutar por

uma instituição de ensino emancipadora e libertadora.

3.4 ENSINO-APRENDIZAGEM, ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO,

CONHECIMENTO, AVALIAÇÃO, TECNOLOGIA

É preciso que os educadores se percebam como organizadores de situações

didáticas e de atividades que tenham sentido para os estudantes, envolvendo-os e, ao mesmo

tempo, gerando aprendizagens fundamentais; o educando deve ser considerado como um

sujeito que sabe criticar e receber críticas e capaz de refletir em relação a si e aos sujeitos

inseridos em determinado contexto social, fazendo parte do mundo em movimento, podendo

então ser considerado como um agente de transformação social.

O principal objetivo do Colégio Estadual Professora Reni Correia Gamper –

Ensino Médio Profissional e Normal é elevar o nível do ensino-aprendizagem e que a maior

parte do tempo do estudante seja gasto com atividades que possibilitem essa aprendizagem.

Esses objetivos serão atingidos através do desenvolvimento de “habilidades”,

aproveitando as informações que os estudantes absorvem dos meios de comunicação escritos

e televisivos, de seu ambiente e do ambiente escolar.

O conceito de alfabetização baseia-se no ensino do sistema alfabético de escrita,

ou seja, capacidade de decodificar os sinais gráficos e codificar os sinais de fala, mas além de

ensinar e aprender as habilidades de codificação e decodificação é necessário o domínio

desses conhecimentos para o uso nas práticas sociais de leitura e escrita, a partir disso surge o

termo “alfabetização e letramento”.

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Segundo o caderno Pró Letramento do Ministério da Educação:

“Letramento é, pois, o resultado da ação de ensinar ou de aprender a ler e escrever, bem como

resultado da ação de usar essas habilidades em práticas sociais, é o estado ou condição que

adquire um grupo social ou indivíduo como consequência de ter-se apropriado da língua

escrita e de ter-se inserido no mundo organizado diferentemente: a cultura escrita.” (Fascículo

1, 2007, p.11).

Aprender a ler e escrever e fazer uso dessa leitura e escrita é transformar o

indivíduo contribuindo para o desenvolvimento humano. É desenvolvê-lo em vários aspectos:

social, cultural, cognitivo, lingüístico, entre outros. Uma boa prática pedagógica que

contemple de forma articulada e paralela a alfabetização e o letramento, pois os

conhecimentos adquiridos pelos estudantes em uma área contribuem para o desenvolvimento

em outra.

Se almejarmos que o estudante, ao final de sua escolaridade elementar, possua os

instrumentos necessários, “conhecimento” para compreender, elaborar e expressar a visão de

um mundo mais articulado será com domínio de um conhecimento que dê conta de explicar a

parte, articulando-a com o todo, que iremos dar a qualidade ao ensino.

O processo de desenvolvimento do ser humano caracteriza-se por ser contínuo,

entendendo-se por toda a vida do indivíduo. A instituição, ao tomar para si o objetivo de

formar cidadãos capazes de atuar com competência e dignidade na sociedade, buscará eleger,

como objeto de ensino, conteúdos que estejam em consonância com as questões sociais que

marcam cada momento, valorizando a cultura de seu grupo ao mesmo tempo em que busca

ultrapassar seus limites, proporcionando ao educando, pertencente aos diferentes grupos

sociais, o acesso ao saber.

O indivíduo não é um ser somente em desenvolvimento psicológico, mas um ser

real. Isso lhe fornece possibilidades, de transformação de si próprio, desta forma, torna-se

mais adequado pensarmos o processo em termos das transformações sucessivas que o

caracterizam.

Os estudantes não contam exclusivamente com o contexto escolar para a

construção de conhecimento sobre conteúdos considerados escolares, a mídia, a família, a

Igreja, os amigos, são também fontes de influência educativa que incidem sobre o processo de

construção de significado desses conteúdos. Essas influências sociais normalmente somam-se

ao processo de aprendizagem escolar. O conhecimento é apontado por especialistas como

recurso controlador e fator de produção decisivo de inserção social. É preciso ter em vista a

formação de estudantes para o desenvolvimento de suas capacidades, em função de novos

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saberes que produzem e que demandam um novo tipo de profissional, que participe da

transformação da sociedade.

Em síntese não é a aprendizagem que deve potencializar o ensino, mas sim o

ensino que deve potencializar a aprendizagem.

3.5 TEMPO E ESPAÇO PEDAGÓGICO, EDUCAÇÃO INCLUSIVA E DIVERSIDADE

Assim como na vida, nainstituição, bem como qualquer outra instituição social,

ocorre diversas práticas de organização do tempo e do espaço como forma de ordenamento

das relações estabelecidas entre diferentes atores e suas práticas. A organização do tempo e

dos espaços impõe regras, valores e condutas que são interiorizadas pelos sujeitos envolvidos

no processo educacional. Configura-se em um conjunto de normas que definem

conhecimentos a ensinar e um conjunto de práticas que permitem a transmissão de

conhecimentos e incorporação desses comportamentos: normas e práticas coordenadas, com

finalidades que podem variar segundo épocas.

A organização da nossa instituição é seriada com Calendário Escolar anual,

organizado em trimestres para o Ensino Médio, Formação de Docentes, CELEM, para

Educação Inclusiva e Programas de Ampliação de Jornada. Calendário Escolar anual

organizado em bimestres para a Educação Profissional. O Calendário Escolar está constituído

de 200 dias letivos e 800 horas, duração de 50 minutos cada aula. A sala de aula tem em

média 48 metros quadrados, as carteiras organizadas em fileiras, com pequena mesa na frente

para o professor (a), quadro de giz à frente, e alguns necessitando de reparos, projetores de

multimídia. Todo o espaço do Colégio encontra-se murado oferecendo segurança à

Comunidade Escolar.

A temporalidade e espacialidade interferem diretamente na formação dos modos

de pensar e agir das pessoas. A instituição impõe hábitos de pontualidade, ordem,

aproveitamento e disciplina, dependendo de como usa o tempo, e organiza o espaço escolar se

concebe a educação. Essas organizações são categorias construídas histórica e culturalmente,

portanto sofrem interferências e modificações, dependendo do contexto e da época, pois

influenciam diretamente nos resultados da ação educativa.

Na instituição a Educação Inclusiva tem papel importantíssimo, pois aos

estudantes atendidos, são acompanhados por profissionais qualificados, o papel dos

professores é de mediador das ações que desenvolvem práticas no contexto escolar. Várias

reflexões são realizadas e na visão dos professores é que se devem valorizar as diversidades

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dos estudantes portadores de necessidades especiais. Destacamos como grande importância a

parceria do Estado e a formação dos professores para a realização do atendimento educacional

especializado. A participação dos professores é essencial em todo trabalho educacional no

qual se busca êxito, no trabalho com a educação inclusiva isso se torna primordial.

No contexto educacional a valorização da diversidade, da identidade e diferenças

devem se fundamentar no respeito. As políticas públicas tornaram-se mais claras e exigentes

na última década, apesar de em 2004 o MEC criar uma Secretaria exclusiva para discutir e

amparar as temáticas sobre diversidades dos diferentes públicos. Repassando às Secretarias de

Estado da Educação a incumbência de incluir nos currículos escolares. Para isso, a SEED

editou e distribuiu às instituições de ensino do Paraná os Cadernos Temáticos sobre: Relações

étnico-raciais, Meio-ambiente, História e cultura afro-brasileira e indígena, Educação do

Campo, Educação Indígena, Direitos Humanos, entre outros, e os profissionais da educação

intensificam as atividades da melhor maneira para tornar nossa realidade solidária, amena e da

paz.

3.6 FORMAÇÃO CONTINUADA

A Formação Continuada no Calendário Escolar segue o previsto na deliberação 02/02 do

Conselho Estadual de Educação. Estas formações aos profissionais da educação têm

colaborado para a atualização e para titulação na Progressão prevista no Plano de Cargos e

Carreira. Seria importante que alguns assuntos pertinentes ao cotidiano escolar fossem

estudados, como: as teorias pedagógicas que fundamentam a educação brasileira; estudar o

Projeto Político Pedagógico e o Regimento Escolar da instituição; oportunizar a reflexão

sobre os fundamentos teórico-metodológicos como suporte para a ação do professor; discutir

as políticas públicas voltadas para a formação de professores incorporando sugestões de

formação continuada; propor estratégias de articulação entre a formação inicial e a formação

continuada de professores; propor situações que incentivem a reflexão e a construção do

conhecimento como processo dinâmico e contínuo de formação profissional. A Formação

Continuada destina-se a qualificar os diferentes profissionais que atuam nas instituições

escolares públicas do Estado e, fornecerá instrumentos para a participação e atuação das

Equipes Pedagógicas na melhoria da gestão democrática através do conhecimento e

envolvimento com as instâncias colegiadas e com a apropriação do programa PDE das

instituições escolares e sua ferramenta aplicativa - o PDE.

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3.7 EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS

A concretização da educação em direitos humanos nas Instituições de Ensino

torna-se factível na medida em que este espaço estimule, proponha, apoie e elabore propostas

de natureza artístico-cultural que visem ao combate de toda forma de preconceito, de

intolerância e de discriminação no espaço escolar. Valorizar as diversas manifestações

culturais, de cunho artístico, religioso e desportivo dos variados grupos que compõem a

sociedade brasileira pode ser uma das formas de a instituição contribuir para a efetivação da

cultura dos direitos humanos.

No planejamento de ensino o Colégio Estadual Professora Reni Correia Gamper –

Ensino Médio, Profissional e Normal, procura dar ênfase na educação em direitos humanos

levando em consideração conteúdos e atividades que visem desenvolver nos adolescentes

atitudes, condutas e ações que favoreçam e fortaleçam comportamentos cooperativos,

dialógicos e participativos. A instituição procura privilegiar o exercício do diálogo como

forma de resolver pequenos conflitos e de ajustar pontos de vistas distintos. Ao negociar, no

grupo, a adequação do seu ponto de vista, os estudantes tomam contato com outras formas de

pensar, de sentir e de agir, levando-os a relativizarem seu próprio pensamento acerca do

problema em questão, desenvolvendo o espírito de cooperação e de solidariedade entre eles

mediante fortalecimento de atitudes de respeito ao colega e ao bem comum.

A realização da Educação em Direitos Humanos na instituição só será possível,

mediante esforço de articulação entre gestores, professores, estudantes e comunidade, em

torno de uma ação integradora que vise efetivação de mecanismos de promoção e proteção

dos direitos humanos. A instituição, no desenvolvimento de sua função social de formação do

cidadão, procura favorecer o clima de respeito à diversidade e de tolerância, exercitar práticas

democráticas, dialogar com os educandos, levar em consideração as formas de pensar, agir e

sentir - elementos imprescindíveis ao bom desempenho do professor que vise construir uma

cultura de direitos humanos. Também constitui um componente curricular importante

proporcionar ao educando estudos e pesquisas sobre violações de direitos humanos na

instituição ou fora dela, bem como acerca de uma cultura de paz e de cidadania.

3.8 VIOLÊNCIAS, O USO DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS NO ÂMBITO ESCOLAR

O tema da violência escolar tem sido uma preocupação de diversos segmentos

sociais, sendo tratados em debates nas Instituições de Ensino Superior, nos Conselhos de

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Direitos da Criança e do Adolescente, Conselhos Tutelares, Ministério Público, Juizados da

Infância e Juventude e nos últimos anos está presente de forma reincidente na mídia. De

forma geral, os adolescentes consideram que o Brasil é um país violento e apontam como

algumas razões para isso a desigualdade social, o uso de drogas e a banalização dos episódios

de violência no cotidiano. Outra dimensão apontada é a da violência da instituição: esta se

apresentaria na forma da discriminação (por sexo, raça, bullyng, condição social, opção

sexual, padrões de beleza).

É necessário que ações de prevenção ao uso de drogas sejam realizadas nos

diferentes âmbitos da sociedade, é uma prioridade cada vez mais debatida no mundo atual.

O consumo de drogas lícitas e ilícitas está atrelado a problemas sociais críticos,

como violência, defasagem escolar e a crescente busca por poderio econômico, gerando um

círculo que estimula a busca por um poder aquisitivo rápido e fácil. Além das consequências

geradas para a sociedade existem aquelas que se direcionam ao indivíduo em si, aquele que

consome drogas, delas não recebe retorno considerado favorável, por atingirem sua

capacidade intelectual e social. O consumo do álcool e do cigarro, apesar de serem drogas

lícitas, também está ligado a fatores preocupantes, visto que, este tipo de drogas tem certo

amparo por parte da sociedade, o Governo do Estado do Paraná já demonstrou preocupação

no que se refere a este fator, conforme apresentado por Basílio e Garcia no Caderno Temático

de Prevenção ao Uso Indevido de Drogas:

[...] Essa ampla variação de modos de relacionamento com o álcool

implicam um grande desafio para as autoridades responsáveis pela

elaboração das políticas públicas de saúde em todo o mundo (Kingdon,

1995). Afinal, o que se deve fazer para controlar os problemas gerados por

uma substância que ao mesmo tempo em que traz dados alarmantes de

prejuízos para a saúde pública, por outro lado está associada a pontos que

estão arraigados em nossas culturas? [...] (GOVERNO DO ESTADO DO

PARANÁ, 2008, pg. 83).

Considerando que o elevado consumo de drogas cresce a cada dia, é necessário

que sejam realizadas ações de conscientização. A instituição possui papel importante na

formação do cidadão, por conta disso, é uma porta aberta para a busca da prevenção e

conscientização acerca do uso de drogas, que ajuda o educando a optar em favor de uma vida

mais saudável.

O objetivo da instituição é de trabalhar pedagogicamente, envolvendo ações

preventivas permanentes e integradas ao currículo, no decorrer de todo o ano letivo e não

apenas em determinado período ou alguma data específica. Neste sentido, há a necessidade de

se inserir o assunto sobre drogas tanto lícitas, quanto ilícitas, no currículo escolar dentro das

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diversas disciplinas da educação básica. Visto que o assunto enquadra-se no âmbito dos temas

transversais propostos nas Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná (2008) e, por ser um

tema com engajamento em várias áreas e disciplinas da educação pode, portanto, ser

trabalhado e desenvolvido de diferentes formas dentro de cada disciplina e de acordo com a

seriação dos estudantes.

O Colégio Estadual Professora Reni Correia Gamper – Ensino Médio,

Profissional e Normal, procura trabalhar com o objetivo de superar a violência com

ênfase na interação escolar e comunitária. Busca, desta forma, resgatar o espaço

coletivo dentre os seus, de maneira a desenvolver a consciência de limites e

responsabilidades, possibilidades e crescimento em direção a uma convivência

socialmente construtiva. Na nossa realidade não constatamos os tipos de violência

acima citados, pois a maioria dos nossos estudantes tem uma boa estrutura familiar, se

respeitam e convivem de forma harmoniosa. Mesmo assim a instituição proferiu

palestra em conjunto com a Polícia Militar local, abordando os diversos tipos de

violência para que os estudantes tenham conhecimento do que acontece em outras

localidades. Caso a instituição venha a diagnosticar algum tipo de violência já temos

determinadas algumas medidas, visando diminuir e combater a violência no ambiente

escolar, tais como: diagnosticar o tipo de violência, encaminhar a Equipe Pedagógica,

convocação dos pais ou responsáveis, quando necessário, buscar parceria junto ao

Conselho Tutelar e demais órgãos citados anteriormente, conforme a gravidade da

situação, procurar auxílio junto ao órgão de Assistência Social do município.

3.9 EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Quanto à Educação Ambiental, entende-se que é um processo participativo, onde

o educando assume o papel de elemento central do processo de ensino-aprendizagem

pretendido, participando ativamente no diagnóstico dos problemas ambientais e busca de

soluções, sendo preparado como agente transformador, através do desenvolvimento de

habilidades e formação de atitudes, através de uma conduta ética, condizente ao exercício da

cidadania.

A instituição é um espaço social onde o estudante dará sequência ao seu processo

de socialização. O que se faz, se diz e se valoriza, representa um exemplo daquilo que a

sociedade deseja e aprova. Comportamentos ambientalmente corretos devem ser incorporados

na prática, no cotidiano da vida escolar, contribuindo para a formação de cidadãos

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responsáveis. É fundamental que cada estudante desenvolva as suas potencialidades e adote

posturas pessoais e comportamentos sociais construtivos, colaborando para a construção de

uma sociedade socialmente justa, em um ambiente saudável. Os conteúdos ambientais devem

permear todas as disciplinas do currículo e estar de acordo com a realidade da comunidade,

dessa forma a instituição estará ajudando o estudante ter uma visão integral do mundo em que

vive.

É necessário relacionar a educação com vida do estudante com seu meio e sua

comunidade, almejando que, por meio da Educação Ambiental, leve à mudança de

comportamento pessoal, de atitudes e valores, propiciando que realmente se identifiquem

como parte integrante da natureza, percebendo a importância de suas atitudes como elemento

fundamental para uma ação criativa, responsável e respeitosa em relação ao ambiente.

O Colégio Estadual Professora Reni Correia Gamper – Ensino Médio,

Profissional e Normal, procura trabalhar com uma Educação Ambiental diferenciada e que,

através de atividades planejadas tem como objetivo desenvolver o respeito ao ambiente

natural, o trabalho cooperativo, a iniciativa e o despertar de atitudes novas, dessa forma estará

contribuindo com a valorização do patrimônio cultural e natural local, ajudando aos

estudantes a construírem uma consciência global das questões relativas à proteção do meio

ambiente.

Os problemas levantados pelas disciplinas abordam:

1. Noções de desenvolvimento sustentável;

2. Proteger o ambiente e a saúde (higiene pessoal, discriminação e valores);

3. Lixo.

A instituição também tem como objetivo mobilizar a Comunidade Escolar com

uma Educação Ambiental que nos faça perceber o meio ambiente, nosso corpo, as florestas,

os animais, as águas, o ar e a terra, nossa instituição, nossa rua e também as relações que

estabelecemos com outras pessoas e outras culturas.

O trabalho coletivo em prol da defesa e valorização da comunidade e proteção dos

rios, saúde e preservação, tende a incentivar o trabalho voluntário utilizando espaços públicos

para reuniões e palestras e também um caminho para as pessoas participarem dos problemas e

soluções da instituição e da comunidade.

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4.0 PLANEJAMENTO (MARCO OPERACIONAL)

Cientes da responsabilidade pelo processo de ensino-aprendizagem e para que

possamos contribuir na edificação de uma instituição pública de qualidade, estamos

empenhados no resgate da função social da mesma, priorizando o ato de ensinar, com o

compromisso de levar os estudantes para além do senso comum e chegar ao conhecimento

mais elaborado sobre a realidade. Considerando que este direito de acesso ao conhecimento

deverá tomar como referência as peculiaridades/necessidades dos sujeitos e a produção de sua

cultura, como via de acesso aos conhecimentos culturais, universais, científicos, artísticos e

filosóficos.

A instituição educa para a vida, ensina aos estudantes o que eles precisam para ser

cidadão que analise, decida, planeje, exponha suas ideias e ouça a dos outros.

A formação continuada dos educadores é prioridade, para um fazer pedagógico

integrado com a realidade social através do conhecimento, tendo como compromisso fazer da

instituição pública um espaço democrático de construção, expressando valores e posições

diferenciadas sobre os aspectos culturais, políticos e econômicos, tomando o trabalho como

princípio educativo através do conhecimento o que possibilitará a compreensão das

contradições da sociedade capitalista, seus processos de exclusão e exploração das relações de

trabalho e instrumentalizar o sujeito para agir de forma consciente sobre sua prática social no

sentido de cumprir seus direitos.

Baseando-se no conceito de que:

“... as disciplinas escolares não são herméticas, fechadas em si, mas, a partir

de suas especialidades, chamam umas às outras e, em conjunto ampliam a

abordagem dos conteúdos de modo que se busque cada vez mais, a

totalidade, numa prática pedagógica que leve em conta as dimensões

científica, filosófica e artística”. DCE da Educação Básica (2008, p. 29).

Cada disciplina contextualizará os interesses políticos, econômicos e sociais que

interferirão na seleção de conteúdos e nas práticas de ensino trabalhadas na educação básica.

A opção pelos conteúdos de ensino sempre corresponderá a uma intencionalidade, seja para a

emancipação dos sujeitos de sua condição histórica de dominação, de discriminação ou

exclusão social, seja para pensar num projeto social maior que possibilitará o reconhecimento,

a identidade e a inclusão destes sujeitos que fazem a história.

Os profissionais estão em constante aprimoramento, participando das

capacitações, aperfeiçoamentos e eventos culturais e esportivos promovidos pela SEED, pelo

NRE e município; também possuem a sua disposição, além de livros didáticos e

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paradidáticos, a digitação, xérox diversas, avaliações escritas e/ou qualquer material referente

ao desenvolvimento de suas aulas. Terão também, total acesso à Internet disponível no

Laboratório de Informática - PROINFO, para pesquisas, digitações e preparo de aulas para

TV pendrive. Sendo assim nossos estudantes têm acesso ás aulas mais atrativas e

contextualizadas, oferecendo grandes facilidades na exposição de conteúdos, trazendo

melhorias da qualidade do processo de ensino-aprendizagem.

Segundo Blasco:

... o sucesso da atividade pedagógica com o uso de multimídia depende da

nossa compreensão sobre o universo que está inserido o nosso aluno, mais

conhecida atualmente como a cultura do zapiing e do clip. Há um

encantamento pelas músicas, vídeos do you tube, apresentações de

mensagens por e-mail, conversas no MSN; é a chamada cultura do

espetáculo, onde as sensações são privilegiadas. (BLASCO, 2006, p.28)

Desta forma, o autor considera necessário passar antes pelas emoções para chegar

às construções lógicas.

Como profissionais da educação desejamos que a instituição proporcione aos

estudantes a formação necessária para o desenvolvimento de suas potencialidades, visando

auto realização, preparação para o exercício da cidadania e prosseguimento dos estudos, tendo

como base o pleno resgate da grande importância do papel da família respeitando a dignidade

e o direito de todos na instituição e na comunidade com uma equipe comprometida e dinâmica

que procura concentrar esforços no que faz. Para tanto, será necessário valorizar a ordem e a

limpeza, conquistando e garantindo serviços educacionais da melhor qualidade para os

estudantes, buscando soluções inovadoras que proporcionem bons resultados ao trabalho

escolar.

Como complemento deste trabalho, buscaremos melhorar ainda mais os resultados

que já são positivos no desempenho da instituição escolar no boletim do Exame Nacional do

Ensino Médio (ENEM) que, a maioria dos nossos estudantes participam, e do PAS UEM –

Programa de Avaliação Seriada, ofertado pela Universidade Estadual de Maringá.

A Instituição Pública de Qualidade que desejamos tem na sua inovação sua mola

propulsora. Os profissionais que colaboram para tornar realidade esta pretensão orgulham-se

dos resultados obtidos, sobretudo daqueles que têm a sua origem no reconhecimento dos

estudantes, ex-estudantes e pais, exprimindo o quanto a instituição e seus professores

marcaram suas conquistas e realizações. No entanto, sendo conscientes que estes resultados

podem ser melhores.

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Tudo na vida pode ser imitado, copiado, simulado, menos o toque humano, a

indispensável Dimensão da Qualidade em Serviços; este é o diferencial da instituição que

queremos.

4.1 CALENDÁRIO ESCOLAR

O Calendário Escolar aprovado pelo Núcleo Regional de Educação de acordo com

o disposto encaminhando pela Secretaria de Estado da Educação está fundamentado na Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional n.º 9394/96 no inciso I, do art. 24, o qual determina

carga horária mínima anual de oitocentas (800) horas, distribuídas por um mínimo de

duzentos (200) dias efetivo trabalho escolar a serem cumpridos por todas as instituições de

ensino que ofertam a Educação Básica, e também, que: “o controle de frequência fica a cargo

da escola, conforme o disposto no Regimento Escolar e nas normas do respectivo sistema de

ensino, exigida a frequência mínima de setenta e cinco por cento do total de horas letivas para

aprovação” (LDB, Art. 24 inciso VI).

Considerando o disposto na Deliberação 02/02 do Conselho Estadual de Educação

será garantida aos profissionais da Educação a Formação Continuada. Semana Pedagógica,

Planejamento e Replanejamento no decorrer do ano letivo.

É de responsabilidade da equipe diretiva, pedagógica, docentes, Agentes

Educacionais I e II da instituição de ensino cumprir e fazer cumprir o Calendário Escolar no

que se refere aos dias letivos e à carga horária.

4.2 AÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS

De acordo com o Plano de Metas do Governo do Paraná, foi instituída uma

agenda para discutir e efetivar a implantação da oferta de Educação em Tempo Integral,

ampliando a jornada escolar, mediante atividades que oportunizem aprendizagens

significativas, organizadas em turno complementar, com respaldo na Constituição Federal,

artigos 205, 206 e 207; no Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei nº 9089/90; LDB

9394/96, artigos 34 e 87; PNE, Lei 10.172/01; Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da

Educação e de Valorização dos Profissionais da Educação, Lei nº 11.494/07 e Resolução

CNE/CEB nº 7/10.

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4.2.1 PROEMI

O Programa Ensino Médio Inovador, instituído pela Portaria nº 971, de

09/10/2009, integra as ações do Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE, como

estratégia do Governo Federal para induzir a reestruturação dos currículos do Ensino Médio,

compreendendo que as ações propostas vão sendo incorporadas ao currículo das instituições,

ampliando o tempo dos estudantes na instituição e a diversidade de práticas pedagógicas,

atendendo às necessidades e expectativas dos estudantes do Ensino Médio, com o objetivo de

melhorar a oferta do Ensino Médio a partir do redesenho curricular.

Os projetos de reestruturação curricular possibilitam o desenvolvimento de

atividades integradoras que articulam as dimensões do trabalho, da ciência, da cultura e da

tecnologia, contemplando as diversas áreas do conhecimento.

Ações que articulem o conhecimento da vida dos estudantes e suas expectativas

considerando suas especificidades dos trabalhadores, tanto urbano como do campo, de

comunidades indígenas, quilombolas, dentre outras. Focando na leitura e letramento como

elemento de interpretação e ampliação da visão de mundo.

A instituição está ligada ao processo de modernização e como instituição

educativa às necessidades do processo, de hábitos civilizados que correspondem a vida social

e, a isto também está ligado o papel político da educação escolar enquanto formação para a

cidadania, formação do cidadão.

As práticas pedagógicas que serão trabalhadas neste contexto envolverão todas as

disciplinas da matriz curricular da instituição, cada qual com sua autonomia e

responsabilidade disciplinar.

Pode ser o currículo um importante elemento constitutivo da organização

escolar e um instrumento a serviço do professor e da comunidade escolar para avaliar, situar

os obstáculos e vislumbrar as possibilidades da realidade escolar: os recursos disponíveis

(humanos, materiais e financeiros), enfim os fatores externos e internos que condicionam a

seleção e organização dos conteúdos curriculares, tendo como pano de fundo as grandes

questões sociais contemporâneas. Procurou-se reduzir o isolamento entre as diferentes

disciplinas curriculares, agrupando-as, na medida do possível, num todo mais amplo,

priorizando conhecimentos e competências de tipo geral, que são pré-requisito tanto para a

inserção mais precoce no mundo do trabalho quanto para a continuidade dos estudos, entre os

quais se destaca a capacidade de continuar aprendendo, priorizando estratégias de ensino

diversificadas que mobilizam menos a memória e mais o raciocínio e outras competências

cognitivas superiores, bem como potencializem a interação entre professor e estudante para a

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construção de conhecimentos coletivos, sendo ele flexível e tendo em vista a melhoria da

qualidade do ensino.

O professor precisa conhecer e analisar as diferentes dificuldades de cada

estudante, respeitar a diversidade cultural e proporcionar atividades que incentivem o

estudante a resolver e enfrentar os problemas da vida, dessa forma a relação estabelecida entre

professor e estudante se caracteriza pela seleção de conteúdos, organização didática para

facilitar a aprendizagem do estudante e a exposição onde o professor demonstrará seus

conteúdos. O professor não deve se preocupar somente com o conhecimento através da

absorção de informações, mas também pelo processo de construção da cidadania do

estudante. Para isso o professor deve entender que ele é o facilitador da aprendizagem e estar

aberto às novas experiências, procurando compreender, também, os sentimentos e os

problemas de seus estudantes.

A instituição é um lugar onde ocorre a construção de tipos específicos de

conhecimento, é aí que a ação docente se configura como uma atividade humana

transformadora.

O Colégio Estadual Professora Reni Correia Gamper – Ensino Médio,

Profissional e Normal, procura oportunizar espaços efetivos para que os estudantes

desenvolvam as competências básicas para a vida, ou seja, a competência social, competência

relacional, competência produtiva e competência cognitiva. Como educadores desta

instituição, temos consciência de que na sociedade atual os estudantes precisam enfrentar

desafios e tomar decisões sobre suas escolhas para que suas interações com outros sujeitos,

objetos e situações sejam resultado de uma reflexão própria.

A qualidade da intervenção do professor em sala de aula se transforma a partir do

momento em que ele leva em consideração que aprendizagem é um processo contínuo, no

qual a informação passa a ser conhecimento, quando o indivíduo percebe o significado do

conhecido e o relaciona às novas aprendizagens.

Enfim, a proposta curricular do Colégio Estadual Professora Reni Correia Gamper

– Ensino Médio, Profissional e Normal, relaciona teoria e prática, valoriza seus saberes e

favorece ao educando o domínio dos conhecimentos científicos tecnológicos contemporâneos,

necessários à compreensão do mundo social moderno, no qual está inserido.

O contexto no qual o estudante está inserido é um dos melhores recursos, isso

enriquece a prática pedagógica porque coloca os problemas como ponto de partida para a

construção de conhecimento e valoriza o que os estudantes já construíram, incentivando-os a

aprender a partir do que já sabem numa relação dialética com o conhecimento.

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Em relação à coerência entre os conteúdos trabalhados nos anos finais com os

conteúdos que serão abordados no Ensino Médio, a organização do trabalho pedagógico deve

estar ligada ao sentido atribuído à instituição e sua função social que confere ao educar o

sentido de compreensão de mundo em que a adolescente vive, por meio do trabalho

pedagógico com os conhecimentos de que vão, aos poucos, se apropriando pelos interesses e

desejos que geram, sendo necessário que não haja rupturas na passagem dos anos finais para

os anos iniciais do Ensino Médio, mas continuidade dos processos de aprendizagem iniciados

anteriormente, preocupando-se com a melhor forma de abordagens aos temas propostos para

os enfrentamentos educacionais contemporâneos.

4.2.2 CELEM – Espanhol

O funcionamento do curso é de acordo com o Calendário do Ensino Médio,

organizado trimestralmente. O CELEM tem desenvolvimento curricular de acordo com a

metodologia de ensino e a avaliação empregada é a mesma do Ensino Médio e Formação de

Docentes. A carga horária anual é de 160 h/a, tem a duração de 02 (dois) anos.

O estudo de LEM – Espanhol com funcionamento através do CELEM tem suas

práticas pedagógicas norteadas através dos gêneros textuais e, para seu desenvolvimento

conta com o apoio de livros didáticos, TV pendrive, DVD, vídeos diversos, livros

paradidáticos, dicionários, Internet e outros. A ementa da disciplina e conteúdos estão

compatíveis aos das DCEs. Este curso tem os seguintes objetivos específicos: conscientizar

aos estudantes sobre a importância de aprender a Língua Espanhola para interagir em

comunidades que falam a mesma; ler textos com entonação e expressividade, resolver

situações-problemas na Língua Espanhola; ouvir, ler, falar e escrever utilizando elementos

discursivos de diferentes gêneros textuais. Em nossa instituição escolar são ofertados os

níveis: básico P1 e P2 no turno da tarde.

O Sistema de Avaliação que contempla o CELEM - Espanhol, é o mesmo do

Ensino Médio, ou seja, o discente deve apresentar frequência mínima de 75% (setenta e cinco

por cento) do total de horas letivas e média anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) em

cada disciplina, para ser considerado aprovado ao final do ano letivo, de acordo com a

seguinte fórmula.

MA = 1º T + 2º T + 3º T

3

MA = Média Anual;

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1º T = Nota do Primeiro Trimestre;

2º T = Nota do Segundo Trimestre;

3º T = Nota do Terceiro Trimestre;

Parágrafo Único – Poderão ser promovidos por Conselho de Classe os estudantes que

demonstrarem apropriação dos conteúdos mínimos essenciais e que demonstrem condições de

dar continuidade de estudos nas séries/anos seguintes;

2º - Art. 140 – Os estudantes do CELEM – Espanhol, serão considerados retidos no final do

ano letivo quando apresentarem:

I. frequência inferior a 75% do total de horas letivas, independentemente do

aproveitamento escolar;

II. frequência superior a 75% do total de horas letivas e média inferior a 6,0 (seis

vírgula zero).

4.2.3 Brigada Escolar – Defesa Civil

O Programa da Brigada Escolar - Defesa Civil na Escola, visa construir uma

cultura de prevenção, com a formação dos brigadistas escolares e adequar a edificação escolar

às normas de prevenção contra incêndio e pânico, promovendo a conscientização e

capacitação da comunidade escolar para ações mitigadoras e de enfrentamento de eventos

danosos, naturais ou antropogênicos, bem como o enfrentamento de situações emergenciais

no interior da instituição, garantindo a segurança de todos com capacitação e treinamento,

com duas simulações anuais previstas no calendário escolar.

As Brigadas Escolares visam a proteção e segurança, mantendo a comunidade

escolar em prontidão para enfrentar situações de risco, promovendo treinamentos pautados em

boas práticas nacionais e internacionais, compondo um grupo de servidores para atuação

emergencial e instalando equipamentos básicos que possam apoiar eventuais ações

emergenciais na instituição.

Por meio do Plano de Abandono Escolar e de suas situações o Programa

vislumbra a preparação de todos que frequentam o ambiente escolar para atuar de modo

seguro numa situação em que haja a necessidade de saída emergencial da edificação escolar,

chegando a níveis de segurança comparáveis aos dos países mais desenvolvidos.

A eficiência de um abandono da edificação é fator tão importante que, muitas

vezes, acaba por determinar as perdas humanas, notadamente em edifícios de vários

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pavimentos e locais de reunião de públicos, tais como hospitais, creches, instituições

escolares, centros de eventos, entre outros. O Plano de Abandono deve ser acionado em caso

de incêndios, ameaça de bomba ou outras situações de risco, se nos apropriarmos das

orientações das Brigadas Escolares, estaremos preparados para eventualidade de risco no

ambiente escolar e também na sociedade caso venha a ocorrer uma situação de riscos e nos

estivermos no local do perigo.

O conhecimento dos passos, que os profissionais da educação e estudantes devem

saber para o Abandono Escolar é de suma importância, pois numa situação de risco todos

saberão o que fazer e consequentemente ninguém correrá risco de acidentar-se ou atrapalhar a

saída do local e a chegada em segurança ao Ponto de Encontro.

O Plano de Abandono Escolar é de responsabilidade da direção, com apoio dos

Brigadistas, se constituindo em um planejamento da sistemática adequada à realidade da

nossa instituição escolar. A realidade desse plano é a saída emergencial, de maneira

organizada e segura de todos os ocupantes da edificação escolar, colocando-os em um local

igualmente seguro.

Para a eficácia do Plano de Abandono é necessário conhecer com antecipação a

Planta de Emergência, que nos dará as orientações por onde sair. Devemos evidenciar, seja

em cartazes ou aviso em cada sala de aula o sinal combinado para iniciarmos um Plano de

Abandono em caso de: incêndio, explosão e risco de vazamento de gás, desabamento,

deslizamento, acidente de grande vulto, entre outros.

4.2.4 Programas Desenvolvidos na Instituição de Ensino em turno complementar

4.2.4.1 Permanente

O Programa de Ampliação de Jornada, assume como política pública as

Atividades Pedagógicas de Complementação Curricular, contempladas na Proposta

Pedagógica Curricular (PPC), relativas aos possíveis recortes do conteúdo disciplinar. Isso

implica numa seleção de atividades organizadas em núcleos de conhecimentos que venham ao

encontro as necessidades da instituição, com o objetivo de:

a) dar condições para que os profissionais da educação, os estudantes da Rede Pública

Estadual e a comunidade escolar desenvolvam diferentes atividades pedagógicas em turno

complementar, na instituição de ensino ao qual estão vinculados;

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b) viabilizar o acesso, a permanência e a participação dos estudantes da Rede Pública Estadual

em atividades pedagógicas de seu interesse, oferecidas pela instituição de ensino onde estão

vinculados;

c) possibilitar maior integração na comunidade escolar ao realizar Atividades Pedagógicas de

Complementação Curricular, de modo a promover a interação entre estudantes, professores e

comunidade.

Os projetos desenvolvidos pela instituição seguem as orientações dispostas na

Orientação Nº 022/2015 – DEB/SEED, contemplando todos os Campos de Integração

Curricular, em: Aprofundamento da Aprendizagem: Língua Portuguesa e Matemática;

Tecnologia da Informação, da Comunicação e Uso de Mídias: Informática e Tecnologia da

Informação; Mundo do trabalho preparatório para o vestibular e Iniciação Científica – Clube

de Ciências.

a) Aprofundamento da Aprendizagem: Língua Portuguesa e Matemática: em Língua

Portuguesa temos por objetivo o desenvolvimento educacional dos sujeitos envolvidos através

do contato com o conhecimento e os equipamentos sociais e culturais existentes na instituição

ou no território em que está situada. Constitui-se de atividades integradas ao Currículo

Escolar, que oportuniza a aprendizagem que visam ampliação da formação dos discentes. Ao

planejar as ações buscou dar oportunidade de aprimoramento dos conhecimentos necessários

ao bom desempenho no vestibular, no ENEM e para suas vidas profissionais. A concepção

teórico-metodológica que adotamos para a disciplina segue os pressupostos do Círculo de

Bakhtin, onde o discurso enquanto prática social norteará o trabalho com os conteúdos de

leitura, oralidade e escrita, visando os conhecimentos lingüísticos e discursivos dos alunos,

para que eles possam compreender os discursos que os cercam e tenham condições de

interagir com esses discursos. Neste sentido, será propiciado aos estudantes a prática, a leitura

de textos, a discussão, a leitura de textos complementares das esferas sociais (jornalística,

literária, publicitária, digital, midiática, etc.). Conforme propõe as DCEs, ensinar a língua

materna requer que considere os aspectos sociais e históricos em que o sujeito está inserido.

Em Matemática os conteúdos trabalhados estão amparados na DCEs, procurando a

aplicabilidade dos mesmos que contemplem a preparação para o vestibular, ENEM, ou

concursos públicos que os discentes possam vir participar. Procuramos levar em consideração

a vivência dos estudantes e seu aprimoramento com atividades pedagógicas que contribuam

para analisar fatos atuais.

b) Tecnologia da Informação, da Comunicação e Uso de Mídias: as Atividades

Complementar Curricular em turno complementar, busca oferecer aos discentes

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oportunidades de aprimoramento dos conhecimentos para o vestibular e ENEM. Com a

pretensão de aplicar as tecnologias da comunicação e da informação na instituição, no

trabalho e em outros contextos relevantes para o seu cotidiano. As ações deste Programa de

Atividade Complementar Curricular em turno complementar serão direcionadas no sentido de

atender as especialidades do grupo de estudantes participantes da atividade complementar

permanente, buscando contemplar os conteúdos necessários para aprimoramento do saber

escolar e outros saberes necessários para a vida profissional.

c) Mundo do Trabalho preparatório para o vestibular: Pretende-se através de uma

atividade organizada oferecer aos discentes um conhecimento mais amplo dos conteúdos

básicos, propostos no currículo do Ensino Médio da Rede Pública Estadual Paranaense. Serão

desenvolvidos através de estudos dirigidos, empregando diversas fontes de recursos para o

estudo das provas de vestibulares e do ENEM disponíveis nos sites das Universidades e do

INEP. Além disso, serão discutidos e analisados os temas, como: a questão das cotas sociais e

o PROUNI das Universidades do Brasil, procuraremos desenvolver a contextualização

histórica e/ou sociológica das obras literárias.

d) Iniciação Científica – Clube de Ciências: neste campo de integração curricular terá

como objeto de estudo o fenômeno vida. Sendo assim os conteúdos a serem ensinados, se

constituem em saberes de grande amplitude identificando e considerando fundamentais para a

compreensão de seu objeto de estudo e ensino e, quando for o caso, suas áreas de estudo

como uma construção histórica e atrelado a uma concepção política de educação. Dentro deste

pensamento o conhecimento científico passou por vários estágios: o Teocentrismo, o

Descritivo, o Mecanicista, o Evolutivo e a Manipulação genética.

4.2.5 Projetos Desenvolvidos na Instituição em 2017

4.2.5.1 Projeto de Complementação de Carga Horária

A Deliberação 02/02 do Conselho Estadual da Educação orienta a Formação

Continuada no Calendário Escolar e o projeto de complementação de carga horária, para

atingir oitocentas horas e duzentos dias letivos, cumpridos com atividades escolares com

discentes e docentes. Todos os anos após levantamento da carga horária que a instituição

deverá complementar, trocamos idéias com os professores, chegando-se num consenso do

tema. Neste ano letivo estaremos trabalhando os conteúdos sobre Combate a Dengue, com

ampla interdisciplinaridade, notando-se interesse e participação. As metodologias empregadas

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serão: palestra, conscientização simultânea, pesquisa na web, bibliográficas e pesquisa de

campo, confecção de cartazes, apresentação de slides, produção de textos e paródias,

confecção dos mosquitos Aedes egypti,com exposição no saguão do Colégio e distribuição de

panfletos.

4.2.5.2 Projeto Parlamento Jovem

Apresentação

A cidadania é um direito que deve ser praticada, pois quem a pratica mais

contribui para o desenvolvimento da nação. Dizer que alguém é cidadão é afirmar que o

indivíduo está apto a participar das decisões públicas de um país. Quando o cidadão se engaja

na política, o faz com um grande idealismo, o que incomoda muito aos políticos que possuem

vícios revoltantes, pois deveriam ser eleitos para defender o povo, se houvesse bom senso.

Podemos no futuro ter representantes que sejam conscientes, se a educação promover projetos

ousados que envolva nossos estudantes, orientando-os a participar do Grêmio Estudantil, que

podemos afirmar é uma iniciação para a cidadania e participação como cidadão consciente.

Entender política como uma construção de consensos e entendimentos entre

pessoas ou grupos sociais diversos, é ter posicionamento político para participar de diálogo,

mediação ou negociação para harmonizar interesses, no intuito de atender às necessidades do

povo, buscando sempre o equilíbrio, contudo há necessidade de reflexão e discussão de forma

a minimizar algum impacto negativo na vida das pessoas envolvidas.

Justificativa

Atualmente há uma desvinculação do poder central na organização das

comunidades humanas. Na expressão “Cultura de Massa” usada pelo poder econômico, do

capital industrial e financeiro, domina o sentido da produção, circulação e consumo daquilo

que se compreende como cultura. Esses conceitos quase sempre foram formatados por grupos

dominantes. Não há cultura dominante, mas formações culturais permitidas pelo momento

histórico e se articula aos estilos de vida social caracterizada pela condição social do

indivíduo e a relação que existe ou se efetua outros sujeitos reproduzidas por povos.

A educação se dá em um processo longo da vida e a possibilidade da construção

de um conhecimento inserido na realidade, que nos leva com esse projeto buscar promover a

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discussão política dentro da instituição de ensino, incentivando nossos estudantes a adotarem

uma postura de cidadão consciente. Os estudantes escolhem os candidatos, que irão elaborar

propostas de trabalho, que os partidos trabalharão, para que as mesmas sejam analisadas e

debatidas profundamente com a sociedade (demais estudantes).

Objetivo Geral

Promover a educação política dos estudantes, conscientizando-os ao exercício da

cidadania e ao voto responsável.

Objetivos Específicos

- Estimular o envolvimento dos jovens nas diferentes esferas de organização social;

- Reivindicar melhorias, propondo ações e até mesmo leis, por meio da “iniciativa popular”;

- Compreender que o cidadão deve participar da gestão pública sempre que puder;

- Participar dos organismos escolares de representação estudantil;

- Possibilitar aos estudantes do Ensino Médio e Formação de Docentes, a vivência do

processo democrático.

Metodologia

O projeto ficará sob a coordenação das professoras de Filosofia, que trabalharão

os conteúdos sobre política e cidadania. Serão fundados cinco partidos PVS, PLRD, PELICE,

PEPC PSVC, aos quais se filiarão três discentes de cada turma. Em seguida terá a convenção

pra escolher os candidatos. O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná fornecerá assessoria de

conteúdo no que se refere aos temas pertinentes ao projeto. O Cartório Eleitoral fornecerão o

título de eleitor, semelhantes aos utilizados pelos eleitores, instalarão as urnas eletrônicas,

com os dados da eleição do eleitor do futuro.

O preparo para a participação política, a capacidade de opinar, discutir,

questionar, intervir e participar nas decisões que afetam a vida do país como princípio para

cidadania, chamamos de “política”. Os estudantes visualizarão na Constituição Brasileira de

1988 os Artigos 5.º, 6.º e 14.º, para se assegurar dos direitos dos cidadãos brasileiros.

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Público Alvo

Estudantes do Ensino Médio e o Curso de Formação de Docentes.

Cronograma

DATA ATIVIDADES

01 a 08 de agosto Palestra com a Juíza e Promotora de Justiça

02 a 15 de agosto Filiação Partidária

Segunda quinzena de

Agosto

Desenvolvimento das atividades pela professoras.

Novembro Realização da eleição.

Avaliação

A avaliação se dará através de observação direta, pelas professoras de Filosofia,

será avaliada a participação individual e coletiva, o comportamento na convivência, no

crescimento e no desenvolvimento das ações pertinentes ao projeto.

4.3 AÇÕES REFERENTES À FLEXIBILIZAÇÃO CURRICULAR

4.3.1 SAREH - Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar

O SAREH - serviço de atendimento à rede de escolarização hospitalar, instituído

com a finalidade de prestar atendimento educacional público aos estudantes da Educação

Básica, em seus diferentes níveis e modalidades de ensino que se encontram impossibilitados

de frequentar as aulas por motivo de tratamento de saúde. Terão direito ao atendimento

hospitalar os estudantes impossibilitados de frequentar a instituição escolar por estarem

realizando tratamento de saúde, e que necessitam de continuidade em seu processo de

escolarização e manutenção do vínculo com o ambiente escolar.

O Programa SAREH está sendo ofertado em entidade hospitalar que firmou o

Termo de Convênio com a SEED. Nessas entidades conveniadas haverá pelo menos um

professor pedagogo para dar atendimento pedagógico aos estudantes internados, mediante a

liberação do médico que estiver realizando o atendimento ao mesmo.

A entidade conveniada comunicará ao (a) pedagogo (a) a existência da Liberação

médica para o atendimento de escolarização hospitalar do estudante.

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O pedagogo, de posse da liberação médica, informará o professor que irá realizar

o atendimento ao estudante nas entidades conveniadas. Os mesmos farão contato com o NRE

solicitando as atividades a partir da Proposta Pedagógica Hospitalar, em consonância com o

Plano de Trabalho Docente do professor, encaminhado pela escola na qual o estudante

encontra-se matriculado. O professor à disposição da entidade hospitalar deverá registrar os

conteúdos e as informações sobre o atendimento durante todo o período em que o aluno

encontrar-se internado e encaminhar o parecer ao (a) pedagogo (a) responsável.

O pedagogo, de posse do parecer, deverá arquivá-lo na entidade conveniada;

quando da alta do aluno, os (as) professores (as) elaborarão pareceres em duas vias,

arquivando uma das vias na entidade conveniada e entregando a outra via à família,

juntamente com a Ficha Individual do estudante, anexando as atividades realizadas no

período, para que sejam entregues na instituição de ensino em que o estudante encontra-se

regularmente matriculado.

A instituição de ensino, de posse da documentação – Ficha Individual e Pareceres

Avaliativos, fará o registro no Livro de Registro de Classe o resultado das avaliações que

foram aplicadas ao estudante no período de internamento, arquivando na Pasta Individual do

estudante, na instituição escolar onde estiver matriculado.

O Colégio Prof.ª Reni Correia Gamper – Ensino Médio, Profissional e Normal,

presta assistência escolar às estudantes amparadas pela Lei 6.202/75; a gestante entrega o

Atestado Médico para a Pedagoga do turno que frequenta, para que a mesma solicite dos

professores as atividades escolares de todas as disciplinas, da série em que esteja matriculada.

A pedagoga comunica a família para vir apanhar as atividades e explica-lhes se a aluna

encontrar dificuldades na realização das atividades, a família se comunicará com a instituição

escolar que providenciará uma maneira de prestar auxílio, em domicílio, na realização das

atividades. A gestante tem direito a dezesseis semanas de licença gestacional, sendo que a

família será o contato com a instituição. Tendo realizado as atividades, as mesmas devem ser

levadas para a pedagoga, que será a responsável em entregá-las aos professores, mediante

assinatura na ficha de controle, para proceder a correção e transcrição da média no Livro

Registro de Classe. Após a verificação a pedagoga entregará à Secretária que transcreverá na

Ficha Individual.

Conforme o Decreto-Lei N.º 1.044 de 21 de outubro de 1969, considerando que a

Constituição assegura a todos o direito à educação; considerando que condições de saúde

nem sempre permitem frequência do educando à escola, na proporção mínima exigida em lei,

embora se encontrando o aluno em condições de aprendizagem. A Lei 1044/69, assegura em

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seu Art. 1.º que são considerados merecedores de tratamento excepcional os estudantes de

qualquer nível de ensino, portadores de afecções congênitas ou adquiridas, infecções

traumatismos ou outras condições mórbidas, determinando distúrbios agudos, caracterizados

por:

a)- incapacidade física relativa, incompatível com a frequência aos trabalhos escolares,

desde que se verifique a conservação das condições intelectuais e emocionais necessárias para

o prosseguimento da atividade escolar em novos molde;.

b)- ocorrência isolada ou esporádica;

c)- verificando-se entre outros, casos de síndromes hemorrágicas (tais como a

hemofilia), asma, cardite, pericardites, afecções osteoarticulares submetidas a correções

ortopédicas, afecções reumáticas, etc.

Atribuir a esses estudantes, como compensação da ausência às aulas, exercícios

domiciliares com acompanhamento da instituição escolar, sempre compatíveis com seu estado

de saúde e as possibilidades da instituição.

Dependerá o regime de exceção estabelecido neste Decreto Lei, de laudo médico

elaborado por autoridade oficial do sistema educacional.

Será da competência do Diretor da instituição a solicitação do regime de exceção,

à autoridade oficial, que fornecerá o Atestado Médico.

Havendo o entendimento que o regime de exceção do estudante poderá

desempenhar atividades escolares, as mesmas serão providenciadas pela pedagoga do turno,

apanhará todas as atividades enviará ao estudante, através de familiares.

O Decreto-Lei n.º 715 de 30 de julho de 1969, altera dispositivo da Lei do Serviço

Militar n.º 4.375 de 17 de agosto de 1964. Dispõe sobre justificação das faltas para estudante

em prestação de serviço militar. Deverá apresentará uma Declaração fornecida pelo Órgão das

Forças Armadas ao qual o Militar/Estudante presta serviço. A avaliação será agendada com os

Professores através da Equipe Pedagógica da instituição de ensino, Também é de direito do

estudante/militar a realização da recuperação, conforme previsto na Deliberação 07/99 e no

Regimento Escolar.

4.3.2 Flexibilização Curricular na Educação Especial

De acordo com o Documento de Política Estadual de Educação Especial na

Perspectiva da Inclusão (DEEIN- Paraná),

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...“numa sociedade plural e democrática, a inclusão escolar representa um

amadurecimento da política educacional. Trazer a diversidade humana que

está na sociedade para dentro do espaço escolar significa democratizar esse

espaço, tornando-o mais humanizado e representativo dos diferentes

segmentos que compõem o heterogêneo social (DEEIN, 2008, pág. 1).

A Lei Federal 9.394/96 abriu novas perspectivas para a Educação Especial e a lei

10.172/01 – Plano Nacional de Educação determina a inclusão dos estudantes portadores de

necessidades especiais em classes comuns e, considera que a educação especial não pode mais

ser vista como um sistema paralelo ao sistema comum, mas sim fazer parte dele como um

conjunto de recursos pedagógicos e de apoio que facilite a aprendizagem de todos.

O Colégio Estadual Professora Reni Correia Gamper- Ensino Médio, Profissional

e Normal está adequado para receber estudantes com necessidades especiais, garantindo o

ingresso, permanência e sucesso do educando e entende que o aprendizado de estudante com

necessidades especiais deve ocorrer, preferencialmente, na rede regular de ensino em conjunto

com os demais estudantes, em todos os níveis de ensino, variando o apoio especializado que

cada estudante deverá receber. Nesta perspectiva, entendemos que o desenvolvimento de

sistemas educacionais inclusivos no qual as instituições devem acolher todas as crianças,

independente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas e outras,

representam a possibilidade de combater a exclusão e responder as especificidades dos

estudantes.

A Educação Inclusiva é, acima de tudo, um projeto pedagógico de democratização

de acesso a todos, independente de etnia, credo, cor, origem, sexualidade, comprometido com

a transformação político social, com qualidade de ensino e de vida de nossos estudantes.

Para contribuirmos com a inclusão foi necessário reestruturação, tanto fisicamente

quanto em relação aos currículos escolares para que, dessa forma, estejamos preparados para

trabalhar com a diversidade e incluir as pessoas com necessidades especiais, apoiando e

incentivando a capacitação dos profissionais da educação, para que tenham segurança para

trabalhar com a inclusão dos estudantes.

4.3.3 Atendimento à Diversidade

É a instituição escolar um dos locais onde o cenário da diversidade se desdobra

marcando a vida social brasileira. Contudo, a história do Brasil deixou claro que os

colonizadores fizeram com que a sua cultura dominasse aniquilando as outras manifestações

culturais, com objetivo de manter o poder centralizador. Para que se consiga uma mudança

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expressiva no ensino e umas revoluções culturais exigiram-se uma articulação entre os

currículos e uma política educacional comunitária.

Diante da diversidade de culturas é de competência do professor ter claro os

objetivos e resultados que pretende alcançar com uma atividade para que os estudantes

tenham as mesmas oportunidades, mas com estratégias diferentes.

4.3.4 História e Cultura Afro-Brasileira e dos Povos Indígenas (Lei Federal n.º

10.639/2003 e Lei Federal n.º 11.645/2008)

A Lei 10.639/2003, que torna obrigatório o ensino de História da Cultura Afro-

brasileira nas instituições de ensino, como educadores, não podemos nos acomodar e

continuar com uma única referência teórica, apenas uma cultura de formação do povo

brasileiro, que é a cultura branca europeia. Os estudantes precisam tomar conhecimento de

que nosso país tem outras matrizes Étnico-Raciais na sua formação. Dessa forma, se práticas

pedagógicas relacionadas à cultura afro-brasileira e africana cujo objetivo é inserir este

conhecimento aos estudantes desta instituição, sendo que a maioria, são descendentes de

europeus. Este conteúdo será ministrado de forma interdisciplinar, acrescentando um

desenvolvimento cultural e pessoal aos educandos, para que os mesmos possam avaliar sua

própria cultura em relação aos preconceitos que a comunidade, por ventura, possa ter e com

isso colaborem para a valorização de determinada cultura, não como pior ou melhor, mas sim

diferente.

Posteriormente observou-se que havia necessidade de acrescentar a história e

cultura dos povos indígenas, pois a população brasileira é resultante da miscigenação de três

raças: indígena, branca e negra. Sendo aprovada a Lei 11.645/2008, que intitulou: História e

Cultura Afrobrasileira, Africana e Indígenas, tornando obrigatório ministrar conteúdos no

âmbito de todo o currículo escolar os conteúdos da cultura africana e indígena. Dessa forma,

entendemos que, tanto a cultura indígena quanto a Cultura Afro-brasileira têm muito a

contribuir na busca de um mundo melhor para a humanidade. E partindo da igualdade, da

diferença e da parceria que podemos criar o novo. Esse novo só poderá ser criado se a

sociedade nacional oferecer a oportunidade aos povos de mostrarem a sua capacidade e

competência de gerenciar seu próprio destino. Enfim, trata-se de construir também novas

concepções de entender o outro dentro da sua potencialidade individual e coletiva. Os

conteúdos trabalhados devem ser registrados no Livro de Registro de Classe, com as

metodologias empregadas e as atividades realizadas.

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Os profissionais da educação comprometidos com a transformação social, buscam

continuamente estratégias que ressaltem o cotidiano dos estudantes para, a partir da realidade

constatada, construir os saberes escolares que poderão surgir no decorrer da conversação em

uma aula, surgindo temas que sejam relativos a cultura dos africanos e/ou indígenas, ampliar

as discussões para a exploração de novos conteúdos que repensem as relações étnico-raciais,

discriminação racial, à superação da indiferença , da injustiça, discriminação e

desqualificação com que os negros, os indígenas e também as classes populares às quais os

negros, no geral, pertencem, procurando valorizar sua contribuição na formação da

população e o desenvolvimento econômico do Brasil.

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5.0 LEGISLAÇÃO ARTICULADA AO CURRÍCULO

Legislação vigente que deve estar articulada ao currículo escolar nas etapas e

modalidades de ensino da Educação Básica.

Leis Federais Descrição

Constituição da República

Federativa do Brasil – 1988

Cap. III, seção I, art. 206, inciso VI, estabelece a Gestão

Democrática.

Constituição da República

Federativa do Brasil – 1988

Art. 5.º- X e XXVIII – Direito de Imagem.

N.º 8.096/1990 Estatuto da Criança e do Adolescente.

N.º 9.394/96 – LDBEN

Art.12, inciso I, Incumbência de “ elaboração e execução da

proposta pedagógica”.

Art. 13, inciso I, determina que os docentes incumbir-se-ão de

participar da elaboração da Proposta Pedagógica.

Art.14, inciso I, determina a “participação dos profissionais da

educação na elaboração do PPP da Instituição”.

N.º 17- Portaria Normativa

Interministerial

Programa Mais Educação.

N.º 9.503/97 Educação para o Trânsito.

N.º 9795/99 e a Estadual n.º

17.505/2013

Educação Ambiental.

N.º 10.436/2002 LIBRAS – Inclusão nos Cursos de Magistério, Fonoaudiologia

e Formação de Educação Especial.

N.º 10.639/2003 Incluir no Currículo “História e Cultura Afro-Brasileira”.

N.º 11.645/2008

Inclui os povos indígenas: “História e Cultura Afro-Brasileira e

dos Povos Indígenas”.

N.º 11.684/2008 Filosofia e Sociologia como disciplinas obrigatórias no Ensino

Médio.

N.º 11.947/2009

Atendimento à alimentação escolar e do Programa Dinheiro

Direto na Instituição.

N.º 12.319/2010 Regulamenta a Profissão de Tradutor.

Diretrizes Curriculares Nacionais

Art. 19 – Cada Etapa de Ensino é delimitada por sua finalidade,

seus princípios, objetivos e diretrizes educacionais na

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inseparabilidade do cuidar e educar.

LDBEN/1996 Art. 23 e 24 – Legislação vigente sobre o Calendário Escolar.

N.º 7.037/2009 Del. 02/2015 CEE. Educação em Direitos Humanos.

Nº 10.741/2003 e Estadual n.º

17.858/2013

Estatuto do Idoso – educação para o envelhecimento.

N.º 11.343/2006 Prevenção ao Uso Indevido de Drogas.

N.º 11.733/1997 e 11.734/1997 Educação Sexual e Prevenção à AIDS e DST.

N.º 11.525/2007 Enfrentamento à Violência contra a Criança e o Adolescente e

seus Direitos.

N.º 11.769/2008 Música obrigatória na disciplina de Arte.

Leis Estaduais Descrição

N.º 17.335/2012 Combate ao Bullyng

N.º 18.118/14 Proibição do uso de Aparelhos/Equipamentos eletrônicos

durante as aulas.

N.º 17.650/2013 Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência

– PROERD.

N.º 18.419/2015 Estatuto da Pessoa com Deficiência.

Instrução n.º 008/2015 –

SEED/SUED

Hora-atividade para favorecer o trabalho coletivo dos

professores, de forma concentrada.

N.º 10.639/2003 - implementada

pela n.º 11.645/2008

Equipe Multidisciplinar – espaço de debates, estratégias e de

ações pedagógicas.

Instrução n.º 010/2013 CELEM – Níveis ofertados.

N.º 17.858/2013 Estatuto do Idoso.

N.º13.146/2015 Inclusão escolar.

N.º 13.881/2001 Conteúdos de História do Paraná na disciplina de História.

N.º 18.424/2015 Instituição do Programa Brigada Escolar.

Parecer 130/2010 Cadernos de Expectativas de Aprendizagem.

Resolução N.º 07/2010 CNE/CEB Educação Fiscal

Decreto n.º 1.143/99 e Portaria n.º

413/2002

Educação Tributária

N.º 18.447/2015 Lei Maria da Penha.

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6.0 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO

PEDAGÓGICO

A avaliação do Projeto Político Pedagógico se faz necessária para conhecer a

realidade escolar e buscar compreender criticamente as causas da existência de problemas,

bem como buscar alternativas e estratégias, objetivando o sucesso do ensino-aprendizagem.

Acompanhar e avaliar o Projeto Político Pedagógico é avaliar os resultados da

própria organização do trabalho pedagógico.

O Projeto Político Pedagógico será avaliado no decorrer do ano letivo de 2016

e nos demais anos letivos, modificando o que se fizer necessário com relação às necessidades

da instituição e interesses da comunidade escolar. Todos os envolvidos na construção do

Projeto Político Pedagógico se comprometem com os resultados da organização do trabalho

pedagógico. A avaliação deve portanto, ser democrática respeitando as opiniões e o ponto de

vista dos membros envolvidos, favorecer o desenvolvimento da capacidade de apropriar os

conhecimentos científicos, sociais e tecnológicos.

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7.0 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

A avaliação institucional deverá ser realizada anualmente envolvendo todos os

segmentos da comunidade escolar.

O objetivo é avaliar ações pedagógicas desenvolvidas na instituição e identificar

possíveis problemas e ações para soluções dos mesmos.

A responsabilidade por sua consecução é atribuída aos sujeitos participantes da

instituição. É utilizada nos processos de Renovação de Cursos.

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8.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao elaborarmos o Projeto Político Pedagógico tivemos a oportunidade de

participar e compreender melhor o funcionamento da instituição, conhecer com mais

profundidade a realidade do ambiente que trabalhamos. É um momento importantíssimo para

intensificar o envolvimento e acompanhamento da educação ofertada, influenciando de

maneira efetiva no funcionamento da instituição e no resultado da qualidade de ensino. O PPP

é um documento que retrata a realidade da nossa comunidade escolar, dando-nos uma visão

real da instituição, uma vez que dará suporte para um trabalho que precisa ser coletivo.

Contudo, é preciso deixar claro que nenhum PPP fará milagre e, para isso, antes

de tudo, a instituição toma as decisões após as discussões coletivas, por isso entende-se que o

Projeto Político Pedagógico é um instrumento que deve ser executado, consultado e avaliado

constantemente, pois ele deverá ser a fonte de inspiração na construção de meios e

instrumentos que sejam efetivos no desenvolvimento do trabalho escolar, interferindo

positivamente no plano de ação do professor, da equipe pedagógica, e das Entidades

Democráticas, valorizando as discussões com a comunidade em seus diferentes segmentos. O

Projeto Político Pedagógico deve garantir que a organização e a gestão sejam orientadas numa

perspectiva sistêmica, ou seja, cada segmento da escola se reconheça e reconheça seu trabalho

como parte da escola, construída de forma coletiva e com bases em objetivos comuns.

Com a participação consciente e responsável de todos, escola e comunidade,

poderemos construir uma escola democrática que terá competência para formar cidadãos

transformadores de sua realidade. Através da gestão democrática busca-se alcançar a

qualidade de ensino submetendo todas as atividades escolares às finalidades da educação. Isso

exige participação e co-responsabilidade pelos resultados. Este tipo de gestão compreende a

participação efetiva dos vários segmentos da comunidade escolar nos processos decisórios da

escola através dos órgãos colegiados. Nesse sentido, constata-se a importância dos órgãos

colegiados na construção coletiva do projeto político pedagógico, criando-se condições para

uma relação mais assertiva entre escola e comunidade. O planejamento coletivo com a

participação dos Conselhos Escolares traz a possibilidade de melhoria da qualidade do ensino,

pois cria condições de um currículo baseado na realidade local e de um maior

comprometimento de todos os agentes envolvidos no processo educacional. A gestão

democrática é um processo de construção coletiva que está diretamente ligada ao sucesso do

estudante na aprendizagem. É um processo que não está pronto e nem acabado. Há ainda

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muitas barreiras a serem superadas. Porém, sem a predisposição à mudança a gestão

democrática será apenas um detalhe.

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9.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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