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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 1

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Distúrbios de Aprendizagem em 21/10/2004. Sala de Apoio – Parecer favorável – DEB/Seed de 15/05/2008. Desativada em fevereiro de 2009. Este

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

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ÍNDICE

I - PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO............................................................................ 1

- Identificação da Escola ...........................................................................................3

- Apresentação...........................................................................................................4

- Introdução............................................................................................................... 5

- Objetivo Geral ............................................................................................…..........8

- Objetivos Específicos..............................................................................................9

- Marco Situacional...................................................................................................10

- Marco Conceitual....................................................................................................14

- Marco Operacional..................................................................................................20

- Referências.............................................................................................................32

II - PROPOSTA PEDAGÓGICA ....................................................................................... 33

- Apresentação Geral do Ensino Fundamental e Médio..........................................34

- Objetivo Geral do Ensino Fundamental …..............................................................42

- Objetivos Específicos do Ensino Fundamental.......................................................43

- Objetivo Geral do Ensino Médio .............................................................................44

- Objetivos Específicos do Ensino Médio..................................................................45

- Metodologia do Ensino Fundamental......................................................................47

- Metodologia do Ensino Médio.................................................................................49

- Avaliação do Ensino Fundamental..........................................................................51

- Avaliação do Ensino Médio.....................................................................................53

- Organização Curricular...........................................................................................55

- Referências.............................................................................................................57

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IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA

COLÉGIO ESTADUAL MANOEL ROMÃO NETTO

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

ENDEREÇO: AVENIDA CELSO ROMÃO DE OLIVEIRA, Nº 1383

PORTO RICO - PARANÁ

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO DO ESTABELECIMENTO:

RESOLUÇÃO Nº 2.990./81 DOE DE 08/01/82

RECONHECIMENTO DO CURSO DE ENSINO FUNDAMENTAL:

RESOLUÇÃO Nº 4.051/85 DOE DE 03/09/85

RENOVAÇÃO DE RECONHECIMENTO:

RESOLUÇÃO Nº 1222/08 DOE DE 02/06/2008

RECONHECIMENTO DO ENSINO MÉDIO:

RESOLUÇÃO Nº 2.036/89 DOE DE 02/08/89

RENOVAÇÃO DE RECONHECIMENTO:

RESOLUÇÃO Nº 1226/08 DOE DE 02/06/2008

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APRESENTAÇÃO

O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Manoel Romão Netto –

Ensino Fundamental e Médio, leva em conta a Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional – LDB nº 9394/96, a Constituição Brasileira, o Estatuto da Criança e do

Adolescente, conforme Lei nº 11.525/07, a Lei Orgânica Municipal, a Lei nº10.639/03

alterada pela Lei nº11.645/08 e sua abordagem como organização do trabalho da escola

como um todo, está fundada em princípios que norteiam uma escola democrática, pública

e gratuita; igualdade de condições para acesso e permanência na escola; qualidade que

não pode ser privilégio das minorias econômicas e sociais; gestão democrática, na forma

da LDB 9394/96 e da legislação dos sistemas do ensino e as dimensões: pedagógicas,

administrativa e financeira; liberdade é um outro princípio constitucional e está associado

a ideia de autonomia; e na valorização do Magistério que é dos princípios na discussão do

Projeto Político Pedagógico.

Portanto este Projeto Político Pedagógico será um instrumento norteador da

ação educativa da escola em sua totalidade, visando à qualidade em todo o processo

educativo. É um produto específico que reflete a realidade da escola, situada em um

contexto mais amplo que a influencia e que pode ser por ela influenciado.

Ele aponta um rumo, uma direção.

A legitimidade de um Projeto Político Pedagógico está devidamente ligada ao

grau e ao tipo de participação de todos os indivíduos com o processo educativo da escola,

o que requer continuidade de ações. O processo de construção do projeto é dinâmico e

exige esforço coletivo e comprometimento, servindo como um instrumento de luta, uma

forma de contrapor-se a fragmentação do trabalho pedagógico e sua rotinização.

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INTRODUÇÃO

O Colégio Estadual Manoel Romão Netto – Ensino Fundamental e Médio,

código 00174, situado na Avenida Celso Romão de Oliveira, nº 1383 no município de

Porto Rico, fone:44-3427-1310, código 2040, Núcleo Regional de Educação de Loanda –

Código 20, localizado a 32 Km, Autorização de Funcionamento do Estabelecimento,

Resolução nº 2.990/81 DOE de 08/01/1982; Reconhecimento do Estabelecimento,

Resolução nº 4.051/85 DOE de 03/09/1985; Reconhecimento do Curso de Ensino

Fundamental, Resolução nº 4.051/85 DOE de 03/09/1985; Reconhecimento do Ensino

Médio, Resolução nº 2.036/89 DOE de 02/09/1989 e com o Parecer 2015/04 autoriza o

funcionamento da Sala de Recursos – Ensino Fundamental de 5ª/8ª séries – Área de

Distúrbios de Aprendizagem em 21/10/2004.

Sala de Apoio – Parecer favorável – DEB/Seed de 15/05/2008. Desativada em

fevereiro de 2009.

Este Estabelecimento de Ensino foi criado pelo Decreto n.º 11.655, de 09 de

maio de 1963, com o nome de Grupo Escolar de Porto Rico.

Em 20 de outubro de 1965, através do Decreto n.º 19.761, foi criada a Escola

Normal de Grau Ginasial de Porto Rico. Pelo Decreto n.º 805 de 03 de abril de 1966,

altera sua denominação para Escola Normal de Grau Ginasial Iphigênia Lopes do Rego

Barros.

Em 1981, pela Resolução n.º 2.990 fica autorizado o funcionamento do

Complexo Rui Barbosa – Ensino de 1º grau no município de Porto Rico, resultante da

reorganização do Ginásio Estadual Iphigênia Lopes do Rêgo Barros e Grupo Escolar

Manoel Romão Netto que passam a denominar-se Escola Iphigênia Lopes do Rêgo

Barros – Ensino de 1º Grau e Escola Manoel Romão Netto – Ensino de 1º Grau.

Em 29 de dezembro de 1983, com a Resolução n.º 4.322, consolidou-se a

constituição de um único Estabelecimento de Ensino, (Escola Estadual Iphigênia Lopes

do Rego Barros - Ensino de 1º Grau (5ª a 8ª) e a Escola Estadual Manoel Romão Netto –

Ensino de 1º Grau (1ª a 4ª) sob a denominação de Escola Estadual Manoel Romão Netto

– Ensino de 1º Grau.

Com a Resolução n.º 4.051 de 03 de setembro de 1985, foi reconhecido o

curso de 1º Grau Regular na Escola Estadual Manoel Romão Netto – Ensino de 1º Grau.

A Resolução n.º 5.422/86 de 06 de janeiro de 1987, autorizou o funcionamento

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do Ensino de 2º Grau Regular (Propedêutico) pelo prazo de dois anos, a partir do ano

letivo de 1987, como decorrência, a escola passa a denominar-se Colégio Estadual

Manoel Romão Netto – Ensino de 1º e 2º Graus.

O Parecer n.º 915/89, de 15 de junho de 1989, prorroga o funcionamento do

curso de 2º Grau – Educação Geral no Colégio Estadual Manoel Romão Netto – Ensino

de 1º e 2º Graus e Reconhecimento do Curso pelo Parecer n.º111/89 de 28 de junho de

1989 e Reconhecimento do Ensino do 2º Grau – Educação Geral pela Resolução

2.036/89, de 20 de julho de 1989.

A Resolução n.º 1.612/89 de 03 de julho de 1989, autoriza o funcionamento da

Habilitação Magistério, sendo que a concessão de reconhecimento ocorreu em 29 de

setembro de 1993 e o Reconhecimento da Habilitação Magistério ocorreu em 28 de

outubro de 1993, pela Resolução 5.809/93 .

A Resolução 3.650/94 de 12 de julho de 1994, autoriza o funcionamento da

Habilitação Auxiliar de Contabilidade no Colégio Estadual Manoel Romão Netto – EPSG,

prorrogando a autorização de funcionamento pela Resolução 3.956/95 de 18 de

novembro de 1995, por mais dois anos, a partir do ano letivo de 1996.

Em 25 de fevereiro de 1997, pela Resolução 718/97, foi autorizado o

funcionamento da 4ª Série Técnico em Contabilidade para 1997.

A partir do ano de 1998 o Colégio Estadual Manoel Romão Netto – EPSG, passou a

denominar-se Colégio Estadual Manoel Romão Netto – Ensino Fundamental e Médio

conforme Resolução Secretarial nº 3120/98 DOE de 11/09/1998. Em 19/12/2007 através

do Parecer nº 125/07 que aprova Regimento Escolar.

O Curso da Habilitação Técnico em Contabilidade, foi cessado definitivamente

pela Resolução 3189/99 de 16/08/1999 e da Habilitação Magistério pela Resolução nº

1586/04 de 26/05/2004.

Em 04/06/2003 através do Parecer 568/03 concede Renovação de

Reconhecimento do Ensino Médio e em 13/08/2003 pela Resolução 2034/03 renova o

Reconhecimento do Ensino Médio, posteriormente pela Resolução nº 1226/08 de

02/06/2008.

Em 07/05/2003 com o Parecer 461/03 concede Renovação de

Reconhecimento do Ensino Fundamental e em 17/07/2003 pela Resolução 1681/03

renova Reconhecimento do Ensino Fundamental, posteriormente pela Resolução

nº1222/08 de 02/06/2008.

Em 21/10/2004, com o Parecer 2015/04, autoriza-se o funcionamento da Sala

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de Recursos – Ensino Fundamental de 5ª/8ª séries – Área da Deficiência Mental e

Distúrbios de Aprendizado. Desativada em fevereiro de 2009.

Em atendimento a Lei 11.788/2008 o Colégio Estadual Manoel Romão Netto –

EFM inclui a partir da data 03/12/08 mediante Ata assinada por todos representantes do

Conselho Escolar o “ estágio não obrigatório ” aos alunos que cursam o Ensino Médio.

Oferta do Curso Básico de Língua Espanhola – CELEM com início no ano letivo

de 2009.

Oferta de Cursos a nível médio – subsequente- Técnico em Gestão Pública e

Secretariado, na modalidade a Distância, com início a partir de ano 2009(dois mil e nove)

ministrados no período noturno, em 2010 tem início o Curso Técnico em Administração,

tendo como responsável pela oferta dos cursos, Escola Técnica da UFPR.

O Colégio dispõe de quatorze salas de aula, um Laboratório de Informática,

Laboratório PROINFO, Biblioteca e Laboratório de Química, Física e Biologia. A parte

administrativa está dividida em cinco salas: Direção, Equipe Pedagógica, Secretaria, Sala

de Professores e Almoxarifado. Além desses espaços, contamos com uma quadra de

esportes coberta, uma cozinha, dois banheiros para professores e dois para alunos,

divididos em femininos e masculinos.

O Colégio Estadual Manoel Romão Netto – Ensino Fundamental e Médio, Porte

03, Regime Seriado, oferta o Ensino Fundamental nos períodos Matutino e Vespertino

com 08 turmas de 5ª a 8ª séries e 06 turmas de Ensino Médio de 1ª a 3ª séries, nos

períodos Matutino e Noturno, 04 turmas de CELEM de Língua Espanhola nos períodos

Vespertino e Noturno e uma turma de Viva-Escola-Jogos no período Vespertino, com um

total de 452 alunos, possibilitando aos alunos os processos de Classificação,

Reclassificação e Progressão Parcial. No que diz respeito a promoção, serão

considerados aprovados ao final do ano letivo os alunos que apresentarem frequência

mínima de 75% do total de horas letivas e média mínima igual ou superior a 6,0 (seis

vírgula zero). O horário de funcionamento no período matutino é das 7:30 às 11:55 no

período vespertino das 13:00 às 17:20 e no período noturno das 18:45 às 22:55, sendo

que as três primeiras aulas são de 50 minutos e as duas últimas de 45 minutos conforme

legislação vigente.

Com relação ao Corpo Docente, Técnico Administrativo e Equipe Pedagógica,

o Colégio conta com Diretora, Vice-Diretora, 02 Pedagogas, 25 Professores, 06 Agentes

Educacionais II e 06 Agentes Educacionais I, habilitados para as diversas áreas,

atendendo às exigências solicitadas para o desempenho de cada função.

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OBJETIVO GERAL

Oportunizar a apropriação ativa do conhecimento científico, historicamente

produzido e acumulado pela humanidade, capacitando o aluno à construção do sistema

de significados e com condições de interagir com o contexto social em que atua por meio

da criação de um ambiente acolhedor, sustentado pelo diálogo, responsabilidade,

compromisso, cooperação e participação, já que o aluno é o nosso bem maior.

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OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Respeitar a capacidade, os potenciais e a individualidade de cada aluno,

contribuindo para a formação de cidadãos capazes de inserir-se socialmente.

- Permitir e incentivar a participação de alunos e pais nos processos

educacionais.

- Propiciar aos educandos o desenvolvimento da capacidade de aprender, com

base no domínio da leitura, da escrita e das operações matemáticas, favorecendo a

integração dos conhecimentos tecnológicos, científicos, filosóficos, éticos e estéticos.

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MARCO SITUACIONAL

Em decorrência das desigualdades sociais, econômicas e culturais a

educação brasileira, no contexto atual, vive um processo histórico através do qual busca

oportunizar a compreensão da realidade – princípios, fins e formas de organização,

relacionando-as com diversos contextos históricos e interferindo nos mecanismos de

acesso, permanência ou exclusão no que diz respeito ao processo de educação formal, a

partir do conceito de cidadania.

Os últimos anos apresentaram-se como desafio na discussão, estudos e

aprofundamentos na construção coletiva do Projeto Político Pedagógico e das Diretrizes

Curriculares Estaduais das Escolas Públicas da Rede Estadual do Paraná. O que significa

repensar, refletir e incorporar novas ideias e formas democráticas à prática educativa

numa perspectiva emancipatória e transformadora da educação exigindo compromisso

dos profissionais da Escola Pública.

Nossa escola está situada no Município de Porto Rico, na região noroeste do

Paraná. Município de pequeno porte com uma população voltada essencialmente para as

atividades: agricultura, pecuária, pesca, avicultura, apicultura e turismo. Possui pequenas

fábricas de barcos, funilaria, sendo que a maioria da população sobrevive do trabalho

informal (artesanato, construção civil, diarista) e uma parcela do turismo em geral

(garçons, barqueiros, hotéis e restaurantes).

Nossos alunos são das comunidades ribeirinhas do rio Paraná, da zona rural e

urbana que tem modos de vida em diferentes épocas e lugares. São crianças e

adolescentes de classe baixa que levantam muito cedo em busca do saber, filhos de

pescadores, agricultores, psicultores, comerciantes, boia-frias, diaristas, funcionários

públicos, estão em busca de conhecimento, confiança e segurança para que possam

colocar em exercício sua cidadania e cumprir seu papel na sociedade.

Uma outra situação enfrentada pela escola é a questão da evasão escolar,

mais acentuada no Ensino Médio, que ocorre em nossa escola por diversos motivos

(dentre eles) as repetências constantes, falta da presença dos pais pelo fato de saírem

muito cedo para o trabalho e retornarem somente a noite e dificilmente acompanham a

vida escolar do filho, além de outros motivos tanto de ordem social quanto econômica.

Com isso há a necessidade de realizar um trabalho educativo intenso a fim de melhorar

o aprendizado dos alunos das séries finais do Ensino Fundamental e Médio, visando um

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desempenho satisfatório. Com relação a alguns casos de indisciplina que ocorre na

escola, cremos que as causas, muitas vezes vêm de fatores externos, consequência da

violência divulgada pelos meios de comunicação, das condições sócio-econômicas, uso

de drogas, etc.

Atualmente temos professores habilitados, com formação específica em sua

disciplina com conhecimento cultural, ético e profissional, que são comprometidos com o

processo de transformação do conhecimento prévio e científico do aluno, através da

formação continuada, grupos de estudos e outros cursos e especializações.

Há necessidade de nova discussão entre pais e mestres no que diz respeito à

avaliação, visando maior comprometimento por parte dos alunos bem como de seus

familiares, os quais estão descompromissados com a escola. Os professores tem

considerado como avaliação todas as atividades propostas durante as aulas e atividades

extra-curriculares.

Consideramos bom o relacionamento entre professores, aluno, equipe

pedagógica, direção, funcionários em todas as situações apresentadas, com livre direito

de todos se manifestarem, e a partir daí fazer reflexão e dialogar para encontrar a melhor

solução para o problema em questão.

Quanto a comunidade, contamos com o apoio da APMF e do Conselho

Escolar, mas ainda é preciso uma maior integração entre ambas as partes, pois o

funcionamento deixa a desejar.

Refletindo sobre a amplitude dos problemas da sociedade brasileira,

trabalharemos no intuito de possibilitar a construção de uma sociedade justa e

democrática com cidadãos críticos, éticos, participativos e responsáveis, que proporcione

aos educandos a capacidade de viver em sociedade com dignidade, priorizando a

educação e a cultura.

A partir da década de 1990, com as consequências da globalização da

economia, a sociedade sofreu transformações, e isso acarretou em mudanças no

comportamento humano. É preciso compreender essas mudanças para assim organizar o

trabalho educativo, buscando através do conhecimento à formação do sujeito histórico

humano. Dentro desse contexto atual, queremos uma sociedade mais humana e menos

violenta, em que se defenda a capacidade do ser humano em avaliar, compreender,

escolher, decidir e intervir no mundo, o que conseguiremos se a escola assumir a

responsabilidade de atuar na transformação e na busca do desenvolvimento social.

Queremos uma escola onde todos sejam valorizados e tenham a garantia de

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seus direitos assegurados culturalmente e socialmente, que garanta a hegemonia do

currículo dos saberes e valores do mundo que garanta a inclusão, voltada para a

formação do cidadão. Uma escola que constitua indivíduos conscientes do seu papel

social e que seja capaz de interferir na sociedade, causando transformação para um

mundo melhor, comprometida com a redução das desigualdades sociais, formando

cidadãos criativos, críticos e democráticos, entendendo a realidade histórica e do

momento, relacionando-se com o mundo de forma consciente e humana, dentro da sala

de aula e no cotidiano, participando das atividades formativas, de tal forma que esses

alunos consigam incorporar conhecimentos e comportamentos que levem a uma

sociedade mais justa, humana e igualitária. Neste sentido a escola objetiva oportunizar a

apropriação ativa do conhecimento científico historicamente produzido e acumulado pela

humanidade, revendo e reelaborando práticas e tomadas de decisões através de recursos

midiáticos e tecnológicos, priorizando o domínio dos conteúdos científicos, métodos de

estudo e criando hábitos de raciocínio científico como caminho na formação da

consciência crítica diante da realidade social do educando, tornando-o capaz de

transformar não só a sociedade como a si mesmo.

Pensando assim, almejamos uma escola sem marginalização, sem exclusão,

que respeite a identidade cultural do aluno, em que os conteúdos o levem a busca de um

conhecimento transformador e do contexto histórico. Diante disto há necessidade de

adequar as estruturas de espaços físicos e sanitários para alunos que apresentam

necessidades especiais.

Queremos priorizar uma educação que vise formar pessoas solidárias,

responsáveis, críticas, criativas e participativas que saibam conviver coletivamente e que

promova o desenvolvimento integral da pessoa possibilitando seu aprimoramento.

Desta forma, precisamos construir uma avaliação que favoreça o

desenvolvimento do aluno de apropriar-se de conhecimentos científicos, sociais e

tecnológicos produzidos historicamente. O professor assume o papel de investigador,

pesquisador, esclarecedor, de organizador de experiências significativas de

aprendizagem. A avaliação deve ser um ato dinâmico que imprime uma direção às ações

dos educadores e educandos.

Segundo Vera Regina O. Alves, em seu Artigo Ciências Educacionais:

Concepção Histórico-Cultural e Teoria Histórico-Crítica, a escola precisa elaborar uma

“proposta metodológica de apropriação e reconstrução do conhecimento sistematizado”, e

assim evidenciar que “todo conteúdo trabalhado na escola e pelo aluno” voltará à

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sociedade de forma mais compromissada, com o objetivo de transformação da realidade

dele mesmo.

Dada a importância da valorização dos conhecimentos, queremos trabalhar a

partir da necessidade do aluno, conhecimento vivido no cotidiano, possibilitando um

conhecimento artístico, científico, considerando a relação entre o pensamento e a

linguagem verbal, visual, sonora, corporal, etc., mantendo um diálogo permanente, que

pode ser de questionamento, de confirmação, de complementação, de negação, de

ampliação, ou ainda pelo tipo de habilidades que mobilizam naquele que a investiga,

conhece, ensina ou aprende, transformando-o em cidadão crítico, participativo,

conhecedor de seus direitos e deveres.

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MARCO CONCEITUAL

FILOSOFIA E OS PRINCÍPIOS DIDÁTICOS PEDAGÓGICOS DA ESCOLA

As práticas culturais, políticas, econômicas e estéticas, desde a década de

1970, vêm sofrendo mudanças rápidas e radicais. Essas mudanças vinculam-se às

novas maneiras pelas quais experimentam o tempo e o espaço. Depois do acelerado

processo do encurtamento das distâncias, via aumento da velocidade nos transportes,

enfrentamos hoje a substituição dos deslocamentos humanos e seus vestígios pela

transferência de arquivo digitais que integram todos num mesmo tempo em diferentes

espaços.

Nesta relação conflitiva cabe à escola focalizar seu papel formal de principal

responsável pela organização, sistematização e desenvolvimento das capacidades

científicas, éticas e tecnológicas de uma nação.

O eixo estrutural comum à educação, escola e sociedade é o conhecimento.

Da relação dialética entre esses componentes resultará o modelo de educação de escola

e de sociedade. É lógico que estas forças estão em permanente conflito e mutação, o que

justifica, por si só, a capital importância do educador e do educando na prática social.

Temos que assumir a escola como sendo nossa e de toda a sociedade e

colocando o aluno como centro de nossa atuação: com a conscientização da qualidade e

importância das diferenças que nela existe. É essencial que todos (crianças e adultos)

obtenham os conhecimentos científicos básicos e aprendam com a história, com os

livros, o cinema, com a música, a dança, o teatro, a linguagem e a arte, pois estes

elementos são os que constituem a formação cultural e humana necessárias para

enfrentar desafios.

Todos os educadores que estão diretamente ligados à escola, devem estar envolvidos

numa mesma conduta em relação à prática cotidiana, para que aconteça essa articulação.

Para responder este desafio, torna-se necessário explicitar os novos pressupostos

conceituais de educação, a função histórica e social da escola, os fundamentos

epistemológicos e os princípios pedagógicos aplicados, (identidade, autonomia,

diversidade, interdisciplinaridade e contextualização); os novos papéis da interação

professor–aluno–realidade, uma nova concepção e um novo enfoque da avaliação

buscando um procedimento metodológico destinados a professores e alunos para

construção do conhecimento.

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Assim, este Projeto Político Pedagógico está fundamentado numa perspectiva

baseada na Pedagogia Histórico-Crítica que propõe uma interação entre conteúdo e

realidade concreta, visando a transformação da sociedade através da ação-compreensão-

ação do educando, que enfoca nos conteúdos, como produção histórico-social de todos

os homens.(Saviani, Demerval, 1992).

Concluindo desta forma que Educação Escolar é a transmissão sistemática dos

conteúdos de ensino – os conhecimentos produzidos e acumulados no movimento

histórico pela humanidade – de modo a assegurar que os alunos deles se apropriem

ativamente e possam reelaborar novos conhecimentos processando uma crítica não

abstrata, mas embasada na compreensão científica do real (Selma Garrido Pimenta,

p.29).

A gestão democrática, prática prevista na Constituição Federal, na Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96 e no Plano Nacional de Educação é

uma forma de exercitar a democracia participativa, podendo contribuir para a própria

democratização da sociedade. A gestão democrática contribui efetivamente para o

processo de construção de uma cidadania emancipadora, o que requer autonomia,

participação, criação coletiva dos níveis de decisão e posicionamentos críticos que

combatam a ideia burocrática de hierarquia. A gestão democrática implica a efetivação de

novos processos de organização e gestão baseados em uma dinâmica que favoreça os

processos coletivos e participativos de decisão.

Hoje o conhecimento de todo o contexto político, econômico, antropológico,

ecológico e o próprio mundo, tornou-se uma necessidade ao mesmo tempo intelectual e

vital. Trata-se de um problema que se apresenta a todo cidadão: ter acesso as

informações sobre o mundo e conseguir articulá-las e organizá-las.

Portanto o trabalho do professor se desenvolve dialeticamente, e sendo este o

mediador entre o conhecimento vivido e conhecimento científico. Esta mediação

pedagógica acontece por meio de metodologias diversificadas que propiciem ao

educando acesso ao conhecimento científico, o qual ele reconstrói de maneira constante,

a partir do conhecimento cotidiano.

Com isso, as relações conceituais, contextuais e interdisciplinares

estabelecidas pelo aluno fará com que a internalização e o desenvolvimento do processo

cognitivo, no aluno, se concretize e assim o conhecimento construído por ele retornará a

sociedade modificado, de maneira compromissada como um instrumento a mais na

transformação da realidade.

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Nesta perspectiva, é importante ressaltar que a interdisciplinaridade supõe um

eixo integrador, que pode ser o objeto de conhecimento, um projeto de investigação, um

plano de intervenção. Desse modo como afirmam as Diretrizes Curriculares Nacionais

para o Ensino Médio,{...} a interdisciplinaridade deve partir da necessidade sentida pelas

escolas, professores e alunos de explicar, compreender, intervir, mudar, prever algo que

desafia uma disciplina isolada e atrai a atenção de mais de um olhar, talvez vários. {p.89}.

Deve-se relacionar escola e tecnologia, objetivando a construção de uma

sociedade em que todos tenham acesso aos meios de produção de discurso,

estabelecendo diálogo em igualdade de condições e capacidade para tomar decisões que

levem as mudanças na sociedade.

Devem ser estimulados a criatividade, o espírito inventivo, a curiosidade pelo

inusitado, a objetividade. Assim, haverá um real conhecimento e valorização da

diversidade cultural brasileira. A qualidade do trabalho pedagógico de todo o contexto

escolar também deve ser sempre valorizada pela busca de um aprimoramento

permanente.

O que se requer dos educadores para essa tarefa é fundamentalmente,

competência. “Construir ética e politicamente a autonomia não teria significado se não se

aliassem à perspectiva ético-política a dimensão técnico, o domínio seguro dos

conhecimentos específicos, a utilização de uma metodologia eficaz, a consciência crítica

e o propósito firme de ir ao encontro das necessidades concretas de sua sociedade e de

seu tempo”.(Rios 1993. P.18).

No aproveitamento escolar, os critérios de avaliação serão elaborados em

consonância com a organização curricular do Estabelecimento de Ensino e devem ser

previamente elaborados pelo professor a partir dos conteúdos estruturantes e específicos

propostos no Plano de Trabalho Docente, apresentados aos discentes e, se necessário

adequá-los as necessidades educativas apresentadas no decorrer do processo. De

acordo com o Art. 102 do Regimento Escolar “a avaliação é uma prática pedagógica

intrínseca ao processo ensino-aprendizagem com função de diagnosticar o nível de

apropriação do conhecimento pelo aluno”.

Ainda de acordo com o Art.103 do Regimento Escolar do Estabelecimento de

Ensino “a avaliação deve ser contínua, cumulativa e processual, devendo refletir o

desenvolvimento global do aluno, considerando suas características individuais no

conjunto dos componentes curriculares cursados com preponderância dos aspectos

qualitativos sobre os quantitativos”.

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Assim, a concepção de avaliação adotada pela escola está em consonância

com a proposta pedagógica vigente, mencionada nas Diretrizes Curriculares Estadual do

Estado do Paraná, que parte da compreensão que a avaliação se evidência no processo

ensino aprendizagem, perpassando todo o desenvolvimento escolar do aluno e

valorizando todos os aspectos diagnósticos durante o processo de ensino e dando

subsídios para a reelaboração de novas estratégias de ensino. Segundo Luckesi, “a

avaliação deve estar comprometida com uma proposta pedagógica histórico-crítica, uma

vez que esta concepção está preocupada com a perspectiva de que o educando deverá

apropriar se criticamente de conhecimentos e habilidades necessárias à sua realização

como sujeito crítico dentro desta sociedade que se caracteriza pelo modo capitalista de

produção”.

A recuperação de Estudos atenderá a LDBEN nº9394/96 que estabelece que a

escola contemple os “estudos de recuperação” e declara a sua preferência pelos estudos

paralelos conforme os artigos:

Art. 12 – Os Estabelecimentos de ensino respeitadas as normas comuns e as

do seu sistema de ensino, terão a incumbência de:

[…]

V – prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento;

Art. 13 – Os docentes incumbir-se-ão de:

[…]

IV – estabelecer estratégias de recuperação dos alunos de menor rendimento;

Art. 24 – A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada

de acordo com as seguintes regras comuns:

[…]

e) obrigatoriedade de estudos de recuperação de preferência paralelos ao

período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar a serem disciplinados pelas

instituições de ensino em seus regimentos:

Observará, ainda, a legislação estadual através da Deliberação nº 007 – CEE:

Art. 10 – O aluno cujo aproveitamento escolar for insuficiente poderá obter a

aprovação mediante recuperação de estudos, proporcionados obrigatoriamente pelo

estabelecimento.

Art. 11 – A recuperação é um dos aspectos da aprendizagem no seu

desenvolvimento contínuo, pela qual o aluno com aproveitamento insuficiente dispõe de

condições que lhe possibilitem a apreensão de conteúdos básicos.

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Art. 16 – Os resultados da recuperação deverão incorporar-se aos das

avaliações efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente

do aproveitamento escolar.

Parágrafo Único – A proporcionalidade ou a integração entre os resultados da

avaliação e da recuperação deverá ser estabelecida no Regimento Escolar.

A legislação pertinente esclarece que as atividades de Recuperação de

Estudos devem ser diversificadas. Isto posto, cabe aos professores a função de registrar

sempre o que esperam dos alunos ao aplicarem estas atividades, deixando claro que as

mesmas são também avaliativas.

A recuperação se caracteriza por estudos proporcionados aos alunos com

dificuldades de aprendizagem e com rendimento escolar insatisfatório. Com parte

integrante do processo de ensino e aprendizagem, a recuperação tem como princípio

básico, o respeito à diversidade de característica de necessidades e de ritmos de

aprendizagem de cada aluno.

Conselho de Classe, segundo DALBEN, 2004, é a mais importante das

instâncias colegiadas da escola pelos objetivos de seu trabalho, pois é capaz de

dinamizar o coletivo escolar pela via da gestão do processo de ensino, foco central do

processo de escolarização. É o espaço prioritário da discussão pedagógica.

De acordo com o Art. 26 do Regimento Escolar do Estabelecimento de Ensino,

“O Conselho de Classe constitui-se em um espaço de reflexão pedagógica, onde todos os

sujeitos do processo educativo, de forma coletiva, discutem alternativas e propõem ações

educativas eficazes que possam vir a sanar necessidades, dificuldades apontadas no

processo ensino-aprendizagem.

É preciso que os docentes, ao empreenderem sua ação educativa entendam

que, de acordo com Freire, 2005:

Conhecimento se cria, se inventa, reinventa, se aprende.

Conhecimento se faz. O aluno conhece na medida em que,

aprendendo a compreensão profunda do conteúdo ensinado, o

aprende. Aprender o conteúdo passa pela prévia apreensão do

mesmo. É porque apreendo que aprendo e, aprendendo assim,

conheço. (Freire, 2005).

Também cabe ao professor, entender-se sujeito de um processo avaliativo que

envolve avaliar a si mesmo e ser avaliado, também, no ir e vir característico do processo

de ensino. “ Ser capaz de recomeçar sempre, de fazer, de reconstruir, de não se entregar,

de recusar burocratizar-se mentalmente, de entender e de viver a vida como processo,

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como vir-a-ser (…) é uma qualidade indispensável também a um bom professor”,

conforme Paulo Freire, 2005.

Ainda sobre este aspecto considera-se que a reflexão do professor sobre o seu

próprio trabalho é o melhor instrumento de aprendizagem e de formação em serviço, já

que permite a ele se colocar diante de sua própria realidade de maneira crítica. (DALBEN,

2004).

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MARCO OPERACIONAL

A escola está organizada sobre os princípios da Pedagogia Progressista –

Histórico-Crítica e organiza suas ações através de relações democráticas, ações didático-

pedagógicas para a construção conjunta do conhecimento histórico social e científico.

Todo esse processo encontra-se contemplado na proposta pedagógica, embasada nas

diretrizes curriculares e envolve não só a participação dos educandos mas também busca

envolver a comunidade. A ação de envolver alunos professores, funcionários, pais,

objetiva atender aos princípios democráticos da gestão educacional, onde os envolvidos

no processo, entendam a escola como instituição de transformação social e assim

possam fazer parte dessa transformação e assegurar que a escola cumpra sua função

social.

É indispensável que todos os que integram a escola bem como Conselho

Escolar, APMF e Grêmio Estudantil sejam participantes ativos e conscientes para evitar

práticas burocráticas que ajudem a manter a injustiça e as desigualdades sociais. Desta

forma a escola evitará a prática que discrimina o saber do aluno e a cultura da

comunidade.

Aliado ao empenho dos docentes é necessário garantir as condições dignas

de trabalho e oportunizar encontros de trabalhos por áreas e por séries para a análise,

seleção e organização do currículo para fins de elaboração do plano curricular bem como

reflexão do mesmo no decorrer do ano letivo. Estimulando propostas inovadoras,

envolvendo toda a comunidade escolar a partir das problemáticas vividas pela escola,

sensibilizando professores para implantação e implementação de programas de formação

continuada. Incentivar a importância do uso dos recursos tecnológicos e didáticos,

valorizando-os enquanto meios para a melhoria do processo ensino aprendizagem.

Ao incluir o uso do computador como aliado nesse processo de construção do

conhecimento, o professor proporciona ao aluno desenvolver a criatividade. Assim, a

maioria dos professores realizam capacitação, oferecidas pelo NRE, além de grupos de

estudo, cursos, formação continuada, etc; visando melhorar o desempenho em suas

atividades junto aos alunos.

Para vencer os novos desafios que surgem no dia a dia o docente deve estar

preparado e para isso deve conhecer, analisar e estudar continuamente novos materiais,

metodologias, livros didáticos, enfim, fundamentos teóricos e refletir sobre suas práticas a

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partir da pesquisa dos problemas que exigem estudo sistematizado.

É imprescindível que os professores registrem, divulguem e publiquem suas

experiências bem sucedidas.

A escola manterá um trabalho articulado com os pais dos alunos através do

diálogo com o professor e equipe pedagógica para acompanhamento do desempenho

escolar e busca de alternativas para a resolução de dificuldades educacionais, afetivas,

de socialização ou outras. Nesta articulação a escola estará realizando reuniões

bimestrais com os pais para acompanhamento do rendimento escolar de seus filhos e

após Conselho de Classe desenvolver um diagnóstico pontual com os alunos que

apresentaram dificuldades buscando compreender a situação dos alunos para desta

forma redirecionar o processo educacional.

A comunidade deve ser envolvida nas atividades escolares: exposições,

apresentações artísticas e culturais, festas, jogos, abrindo espaços para a participação

efetiva que venha resultar numa ideia de pertencimento favorecendo aprendizagem de

todos, a segurança e conservação da escola, pois a participação dos pais é essencial na

organização do trabalho escolar dos filhos.

A complexidade das tarefas de gestão e organização da escola, o avanço

teórico-prático da educação e de sua gestão, a democratização das relações e a

rediscussão das formas de escolha dos diretores começam a interferir nessa lógica

tradicional de gestão, onde coordenar essas atividades de responsabilidades que devem

ser compartilhadas com os diferentes seguimentos da escola visando contribuir para o

exercício coletivo e contribuindo em um compromisso com o desenvolvimento de ações e

cidadania. Este processo de gestão democrática requer mudanças nos mecanismos

estruturais onde direção, professores, vice-diretor, equipe pedagógica, busquem juntos as

soluções e alternativas para melhorar o funcionamento escolar e para tanto necessita -se

de união, de companheiros e não apenas uma equipe alienada dos aspectos gerenciais e

sim aliados pelo fortalecimento da unidade e relações escolares.

Além de cumprimento de leis e ordem institucional a direção deve assumir o

papel de liderança o que exige maior integração com a comunidade respeitando seus

interesses interando o Conselho Escolar numa postura mais ampla e uma definição mais

precisa das atribuições e competências da direção e equipe pedagógica.

Nesse cenário, questões como avaliação educacional, planejamento escolar,

calendário, Projeto Político Pedagógico, eleições, festas e muitas outras atividades e

decisões contar com a participação cada vez maior dos pais dos estudantes, dos

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professores, APMF, dos funcionários, entre outros.

Refletindo sobre diretores eleitos, Paro afirma que:

“ parece que o diretor consegue perceber melhor, agora, sua situação contraditória, pelo fato de ser mais cobrado pelos que o elegeram. Esse é um fato novo que não pode ser menosprezado à sua condição de responsável último pela escola e de preposto do Estado no que tange ao cumprimento da Lei e da ordem na instituição escolar, soma-se agora seu novo papel de líder da escola, legitimando democraticamente pelo voto de seus comandados, que exige dele maior apego aos interesses do pessoal escolar e dos usuários ,em contraposição ao poder do Estado. Isto serviu para introduzir mudanças na conduta dos diretores eleitos, que passaram a ver com as solicitações de professores, funcionários ,estudantes e pais”(PARO, 2001, p. 69).

A Equipe Pedagógica como mediadora da intencionalidade educativa da

escola, responde pela organização, integração e articulação do trabalho pedagógico e

age em todos os espaços de contradição para a transformação da prática escolar.

Desempenha sua função de acordo com os princípios da participação do pedagogo na

Gestão Escolar – SEED (Edital 10/2007).

- Coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto

Político Pedagógico e do Plano de Ação da Escola;

- Promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para

reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico e para a

elaboração de propostas de intervenção na realidade da escola;

- Participar e intervir, junto à organização do trabalho pedagógico escolar no

sentido de realizar a função social e a especificidade da educação escolar;

- Sistematizar, junto à comunidade escolar, atividades que levem à efetivação

do processo ensino e aprendizagem, de modo a garantir o atendimento às necessidades

do educando;

- Participar da elaboração do projeto de formação continuada de todos os

profissionais da escola e promover ações para a sua efetivação, tendo como finalidade a

realização e o aprimoramento do trabalho pedagógico escolar;

- Analisar as propostas de natureza pedagógica a serem implantadas na

escola, observando a legislação educacional em vigor e o Estatuto da Criança e do

Adolescente, como fundamentos da prática educativa;

- Coordenar a organização do espaço-tempo escolar a partir do Projeto Político

Pedagógico e da Proposta Pedagógica Curricular da Escola;

- Orientar a comunidade escolar na proposição e construção de um projeto

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pedagógico numa perspectiva transformadora;

- Apresentar propostas, alternativas, sugestões que promovam o

desenvolvimento e o aprimoramento do trabalho pedagógico escolar, conforme PPP,

PPC, Plano de Ação e Políticas Educacionais da SEED;

- Orientar o processo de elaboração do Plano de Trabalho do Docente junto ao

coletivo de professores na escola;

- Organizar a hora atividade do coletivo de professores da escola, de maneira a

garantir que esse espaço/tempo seja usado em função do processo pedagógico

desenvolvido em sala de aula.

Ademais, o papel do pedagogo legitima-se não tão somente na mediação da

gestão escolar, mas no movimento de organização do currículo pela via da gestão, além

de cumprir e fazer cumprir as atribuições dispostas no Regimento Escolar.

Há necessidade de um responsável com capacidade para atender o laboratório

e auxiliar o professor da disciplina nas aulas de laboratório, integrando às aulas práticas

com as teóricas, bem como alertando–o para a importância do uso do mesmo (prática e

teoria), caminhando juntos, para um melhor aprendizado por parte de nossos alunos.

O auxiliar de laboratório deve propiciar condições físicas e materiais aos

educadores para que possam desenvolver os trabalhos ou experiências junto aos seus

educandos nas atividades práticas prevista para cada disciplina e ressaltar como se usa o

laboratório com responsabilidade, além do controle do almoxarifado específico de

laboratório, a limpeza e o armazenamento do material utilizado.

O responsável pela biblioteca deve atender ao programa escolar, num

entrosamento constante com o professor das diversas turmas, a fim de dispor do material,

da bibliografia e da informação, prontos para quando o aluno e o professor o solicitarem,

acompanhar a vida escolar no que se refere às atividades extra-escolares como eventos e

datas comemorativas; motivar os variados recursos da biblioteca, conduzindo atividades

como exposições, concursos, etc; orientar o professor para que ajude o aluno a tirar o

máximo de proveito do acervo da biblioteca; além de orientar os freqüentadores sobre as

normas de uso e utilidade da biblioteca, portar-se de forma a ser agradável, útil, paciente

e ter entusiasmo pela função que desempenha dentro da escola, com consciência da

importância do seu trabalho.

A Secretaria de um Estabelecimento de ensino é local de suma importância,

pois é onde toda a escrituração que envolve a vida dos alunos, professores e funcionários

é feita, escrituração essa que deve ser feita dentro da legislação e normas vigentes.

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A secretária é que coordena todo o processo das atividades administrativas

referente à matrícula, transferência, adaptações, conclusões de cursos e demais

atividades inerentes ao cargo, bem como colaborar com a Equipe Pedagógica e

Professores na elaboração de projetos e relatórios, prestando-lhe as informações

solicitadas.

Todos os funcionários que trabalham na secretaria devem estar sempre

atualizados com mudanças que dizem respeito à Educação, fazendo grupos de estudo

sobre a Legislação vigente, bem como zelar pelo uso adequado e conservação dos bens

materiais, de consumo e permanente, distribuídos à secretaria e demais dependências, e

comunicar à direção a necessidade de reposição dos mesmos.

O Agente Educacional têm a seu encargo os serviços de conservação,

manutenção, preservação, segurança e da alimentação, no âmbito escolar, sendo

coordenado e supervisionado pela direção do estabelecimento de ensino.

O Agente Educacional deverá participar das atribuições decorrentes do

Regimento Escolar e exercer as específicas da sua função.

Na educação, a gestão democrática passou a ser um princípio e o PPP um dos

instrumentos concretos de participação coletiva.

O funcionário além de cumprir com sua função específica, deve trabalhar em

conjunto com as demais categorias por uma gestão melhor e intervir nos rumos da

escola. Desta forma exige-se de todos os profissionais da educação uma prática voltada a

solidariedade e respeito as diferenças, para saber conviver com a diversidade de

culturas, para a construção coletiva de práticas de uma gestão democrática. Portanto, é

preciso criar, modificar rotinas, propor construir, aprender a respeitar o meio ambiente, o

patrimônio público, as culturas diferentes, a diversidade étnica, os valores morais e éticos.

E para isso é necessário constante aperfeiçoamento em capacitações através

de grupos de estudos, palestras, etc.

O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza deliberativa, consultiva,

avaliativa e fiscalizadora sobre a organização e a realização do trabalho pedagógico e

administrativo do estabelecimento de ensino, em conformidade com a legislação

educacional vigente e orientações da Secretaria do Estado da Educação.

Como nem sempre as transformações são perceptíveis na hora que acontecem

o Conselho Escolar deverá apreciar e emitir pareceres quanto as reivindicações e

consultas da comunidade escolar sobre questões de seu interesse ou que digam respeito

ao cumprimento do Regimento Escolar, em um processo cooperativo com seus alunos

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professores e sociedade. O Conselho Escolar é regido por Estatuto próprio, aprovado por

2/3(dois terços) de seus integrantes.

O Conselho de Classe é um órgão consultivo e deliberativo em assuntos

didático-pedagógicos com atuação a cada classe da escola, constituído pelo Diretor,

Equipe Pedagógica, Docentes e a representação facultativa de alunos e membros do

Conselho Escolar, que têm como objetivo a avaliação constante de cada aluno e do aluno

em relação à turma ou classe estabelecendo critérios de avaliação, evidenciando-se

sempre em uma ação conjunta, cujas observações resultem e sirvam de subsídios para

a avaliação do aluno, individualmente ou em grupo, estabelecendo então, medidas

pedagógicas a serem adotadas para a solução das dificuldades encontradas no decorrer

do período letivo.

“Mesmo que o aluno não se faça presente ao Conselho

de Classe ele será sempre a figura central das discussões e

avaliações, estando presente por meio de seus resultados, de seu

sucesso, de seu desenvolvimento, de suas resistências, de seus

fracassos, e de suas necessidades e dificuldades.” (Dalben, 2004).

De acordo com a Sistematização das Discussões, em torno das necessidades

da Escola a partir de seus limites e avanços, realizada no início deste ano – Formação

Continuada e complementada em julho – Formação Continuada, o Coletivo no que diz

respeito ao Conselho de Classe, define as seguintes ações e critérios qualitativos,

levando em consideração o contido no PPP, PPC e Regimento Escolar e textos enviados

pela SEED, citados nas Referências:

Sendo o Conselho de Classe um espaço de reflexão pedagógica, onde se

discute alternativas eficazes para sanar as necessidades/dificuldades durante o processo

de ensino-aprendizagem, identificou-se durante as discussões a necessidade de um

planejamento e de mudanças, para o atendimento de alunos com necessidades

especiais. Maior fundamentação teórica para dar suporte ao professor, que deverá avaliar

o aluno, através da observação do mesmo no decorrer do período bimestral, bem como, a

valorização das atividades realizadas em sala de aula.

O Conselho de Classe deverá avaliar e verificar o desempenho do aluno

através de uma concepção pedagógica com o objetivo de garantir a inclusão de todos.

O Conselho de Classe deverá se sustentar em alguns parâmetros, os quais

devem ser qualitativos e não quantitativos.

- Ações coletivas concretas que levem às mudanças necessárias após a análise

diagnóstica das turmas a qual não pode ser superficial, restringindo-se a

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características como indisciplina e desinteresse. È necessário levar em conta os

fatores que influenciam positiva ou negativamente a aprendizagem dos alunos,

como o seu contexto de vida, a metodologia utilizada pelo professor, os

instrumentos de avaliação, as relações que se estabelecem em sala de aula.

- Não havendo nota mínima estabelecida, todos os alunos que não atingirem a nota

mínima para aprovação devem ser submetidos a análise e decisões do Conselho.

- Não há número de disciplinas para aprovar ou reprovar. Mesmo que o aluno tenha

sido reprovado em todas as disciplinas, o que está em análise é a possibilidade de

acompanhar a série seguinte.

- Questões disciplinares não são indicativos para reprovação. A avaliação deve

priorizar o nível de conhecimento que o aluno demonstra ter e não suas atitudes e

seu comportamento.

- Ter sido aprovado em Conselho de Classe no ano anterior não quer dizer que não

possa ser aprovado pelo mesmo no ano seguinte.

Não existe peso no voto do professor da disciplina. O caso do aluno que será

discutido no Conselho Final passa pelo olhar pedagógico de todos os professores,

portanto a discussão não se sustenta em critérios subjetivos.

A APMF – pessoa jurídica de direito privado, é um órgão de representação dos

Pais, Mestres e Funcionários do estabelecimento de ensino, deverá, primordialmente,

desenvolver ações numa incessante busca de conhecimentos e esteja atenta às

transformações sociais para o aprimoramento do ensino e integração família – escola –

comunidade, culminando na participação ativa dos alunos, professores e pais de alunos

nos processos de aprendizagem junto ao estabelecimento de ensino representante. A

Associação de Pais, Mestres e Funcionários é regida por Estatuto próprio, aprovado e

homologado em Assembleia Geral, convocada especificamente para este fim.

O Grêmio Estudantil é o órgão máximo de representação dos estudantes do

estabelecimento de ensino, com o objetivo de defender os interesses individuais e

coletivos dos alunos, incentivando a cultura literária, artística e desportiva de seus

membros. O Grêmio Estudantil é regido por Estatuto próprio, aprovado e homologado em

Assembleia Geral, convocada especificamente para este fim.

Quanto aos livros didáticos no Ensino Fundamental a escolha continuará sendo

realizada através de uma análise pelos professores e equipe pedagógica e quanto aos

livros do Ensino Médio foram distribuídos aos alunos sendo esses elaborados por

docentes responsáveis e competentes. Além da cultura livresca, incluiremos também a

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cultura da mídia, (TV escola, TV Paulo Freire, Vídeos).Temos parceria com a UEM –

Universidade Estadual de Maringá que vem assessorando e capacitando nossos

docentes para incluir o uso de computador em suas práticas pedagógicas, tivemos

também o assessoramento do CRTE e com um laboratório de Informática equipado com

20 máquinas, oportunizando melhores condições para o processo de ensinar e aprender.

Outras atividades serão proporcionadas tais como: estudos do meio, eventos

cívicos, culturais e comemorativos;

- Palestras, feiras, festivais, exposições, pesquisas, pesquisas laboratoriais(oficinas)

olimpíadas, intercâmbios, seminários e gincana;

- Visitas a exposições, mostras culturais e eventos, bem como os projetos em

desenvolvimento – Cidadania e Meio Ambiente, Educação Com Ciência, FERA,

JOCOPs, História e Cultura afro-brasileira e Africana, terão continuidade visto que

são necessários para a comunidade escolar.

Sobre a evasão escolar a escola tem o papel mais importante nesta ação, pois

o aluno está diretamente vinculado a ela em seu dia a dia. É necessário que a escola

tome todas as iniciativas para garantir a permanência do aluno no sistema educacional,

conscientizando-o da importância da educação em sua vida e para seu futuro, mantendo

contato frequente e direto com os pais ou responsáveis, enfatizando a sua

responsabilidade com a educação e formação dos filhos, a escola estará trabalhando

com Projeto FICA, para tentar resgatar os alunos que desistir de frequentar a escola.

Quanto as evidências que podem influenciar no aprendizado de nosso alunos

citados no Marco Situacional tais como: evasão, problemas de ordem social e econômico,

uso de drogas, etc., professores, direção e equipe pedagógica, trabalharão no intuito de

que nossos alunos alcance o sucesso escolar e sendo este trabalho organizado a partir

dos conteúdos escolares articulando os problemas sociais ao contexto histórico e aos

conhecimentos científicos. Esta ação será pautada através do diálogo, investigação,

causas, apropriação do conhecimento.

Dando continuidade no Projeto de Superação, que propõe atividades e

dinâmicas cujo foco é o trabalho a fim de melhorar sua contextualização, bem como

promover o desenvolvimento em áreas críticas do aprendizado. Diante dos problemas

acima citados o professor oportunizará aos educandos as condições efetivas de uma

aprendizagem significativa, através de uma metodologia que leve a participação dos

mesmos(debate, trabalho de grupo, experimentação, pesquisa, desenho, etc...) propondo

conteúdos socioculturais que estimulam a assimilação ativa dos conhecimentos por parte

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do educando. “Assim, é essencial estabelecer a relação entre os conteúdos que se

pretende ensinar, o objetivo para este ensino, a forma de sistematização destes

conteúdos, para então, estabelecer instrumentos e critérios de avaliação claros e

específicos que serão utilizados no processo avaliativo”(BATISTA, 2008).

Os critérios decorrem dos conteúdos, isto é, uma vez selecionados os

conteúdos essenciais que serão sistematizados, cabe ao professor definir os critérios que

serão utilizados para avaliar o conhecimento do aluno. Para tanto, eles devem ser

pensados no momento da elaboração do plano de trabalho docente e devem acompanhar

a prática pedagógica desde os conceitos e os conteúdos que serão trabalhados até a

forma(metodologia) e o momento em que forem valorados(peso) pelo respectivo sistema

de avaliação.

Nossa escola continuará contando com a participação de profissionais

qualificados: psicólogos, médicos, etc... proferindo palestras e estudos para o incentivo e

integração escola e família e atendimento individual para o bem comum.

A avaliação não pode ser estanque, pois é parte de um processo contínuo que

tem com objetivo o auxílio ao processo de ensino-aprendizagem do educando, garantindo

assim a qualidade da aprendizagem do aluno.

A maneira como utilizamos a avaliação deve contemplar o aprendizado do

educando e não sua classificação.

A avaliação deve ser diagnóstica, processual/contínua. Diagnóstica para que o

professor possa detectar os problemas de aprendizagem que o aluno apresenta durante o

processo. Processual porque é parte de um processo em que o professor pode

acompanhar todas as etapas de construção do conhecimento do educando, verificando os

vários estágios de seu desenvolvimento. Por ser um processo contínuo e sistemático

deve ser constantemente planejada, pois favorece o ensino aprendizagem fornecendo

Feedback e permitindo recuperação, que é um dos aspectos da aprendizagem no seu

desenvolvimento contínuo, pela qual o aluno, com aproveitamento insuficiente, dispõe de

condições que lhe possibilitem a apreensão de conteúdos e a aprovação(LDB 9394/96).

Dentre as ações definidas na Formação Continuada no início do ano e

complementada em julho através de Sistematização das Discussões, organizou o

processo avaliativo na seguinte forma:

A avaliação acontecerá durante todo o processo ensino aprendizagem,

ocorrendo por meio de variados instrumentos e planejada com 50% do processo em

instrumentos diversificados (pesquisa, produção de texto, pesquisa de campo, seminário,

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relatório, debate, atividades a partir de recursos audiovisuais, trabalho em grupo, tarefa,

exercício em sala de aula, etc) que serão organizados pelo professor e 50% em

instrumentos objetivos (avaliação escrita) que também será planejada pelo professor

mediante diagnóstico realizado no dia a dia buscando dessa forma garantir a apreensão

dos conteúdos disciplinares pelos alunos e a efetiva qualidade no processo ensino-

aprendizagem.

As avaliações serão bimestrais realizadas ao longo do ano letivo; as avaliações

escritas serão analisadas e avaliadas pela Equipe Pedagógica. Terão os períodos

definidos - com calendário de provas; para que ocorra maior planejamento do professor e

da escola.

Os pais ou responsáveis serão informados sobre as propostas e os

instrumentos de avaliação que serão utilizados no decorrer do ano letivo. Todas as

decisões e informativos serão lavrados em ata.

Além do direito assegurado no Art. 167 do Regimento Escolar:

[…]

XIV – realizar as atividades avaliativas, em caso de falta às aulas, mediante

justificativa e/ou atestado médico.

Os pais serão informados de que na ausência do aluno no dia da avaliação, os

casos não justificados por atestado médico, o responsável deverá apresentar uma

justificativa por escrito; se preferir, requerer à Secretaria do Colégio modelo próprio e

posteriormente apresentá-lo à Direção ou à Equipe Pedagógica, assegurando o direito da

avaliação.

Os professores incubir-se-ão de comunicar a Equipe Pedagógica e registrar em

seu Registro de Classe a ausência do aluno no dia da realização da avaliação.

A recuperação se processará através de aulas, testes escritos e orais,

trabalhos individuais e em grupos, bem como com atividades significativas por meio de

procedimentos didáticos metodológicos diversificados e deverá constituir um conjunto

integrado ao processo de ensino, além de se adequar as dificuldades dos alunos, sendo

os resultados da recuperação incorporados aos das avaliações efetuadas durante o

período letivo, constituindo-se em mais um componente de aproveitamento escolar.

Deverá também, prevalecer a nota mais alta, quando confrontada a nota bimestral e a de

recuperação de estudos.

Será ofertado o ensino de LEM - Língua Estrangeira Moderna Espanhol, com

atendimento em dois turnos ; ( tarde ) das 13:00 às 14:40 h. E 14:40 às 16:35, turmas A e

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B e a ( noite ) das 18:45 às 20:15 horas – turma C.

Face a isto, observa-se que “na atualidade, vem ocorrendo modificações

significativas no campo da ciência, principalmente no âmbito dos estudos linguísticos no

que diz respeito à aquisição de língua estrangeira ( LE) ”( WOGINSKI, 2005,s/p).

Assim, justifica-se, com prioridade, o ensino de LEM com objetivo de

desenvolver a competência comunicativa ( linguística, textual, discursiva e sociocultural),

correspondendo ao desenvolvimento da capacidade de produzir e compreender textos

nas mais diversas situações de comunicação.

As ofertas dos cursos a nível médio subsequente- técnico em Gestão Pública,

Secretariado e Administração destina- se a atender a comunidade de maneira geral, na

modalidade a Distância com duração de 2 anos, sendo atendidos no período período

noturno por uma coordenadora do curso, que proporciona a transmissão e a reprodução

dos conteúdos e assessoramento quanto às duvidas com a carga horária de 10 horas

presencial.

Aos alunos que cursam o Ensino Médio será ofertado o estágio não-obrigatório,

conforme Lei nº 11.788/2008, dando-lhes oportunidades através das diferentes disciplinas

de analisarem as relações e contradições sociais as quais se explicam a partir das

relações de produção; através destes conhecimentos escolares e análise da dimensão

contraditória do trabalho, venha permitir aos mesmos atuar no mundo do trabalho de

forma mais autônoma, consciente e crítica. Portanto a equipe pedagógica será

responsável pelo acompanhamento efetivo do estágio; mediando as práticas

desenvolvidas pelo aluno e suas contribuições para com o plano de trabalho do docente,

oportunizando uma relação práxica e periodicamente apresentar relatórios.

Será ofertado progressão Parcial-Dependência ao aluno que não obtiver

aprovação final em até (1) uma disciplina, em regime seriado, podendo cursá-las

subsequente e concomitantemente as séries seguintes.

Com base na cultura local, levando-se em conta o conhecimento da população

e a realidade regional, a Educação do Campo será inserida na nossa escola como

resgate da cultura local, que tem como atividades de maior importância a pecuária,

agricultura e a pesca. Projetos que busquem valorizar parcerias com: Secretarias

Municipais – Meio Ambiente, Turismo, Cultura, Órgãos Governamentais – EMATER,

Secretaria da Agricultura e as universidades. Escola é e deve ser cada vez mais um lugar

de valorização das necessidades de diferentes contextos comunitários, desta forma

incluiremos Agenda 21 com destaque nos seguintes compromissos: Produção e Consumo

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Sustentáveis, contra a Cultura do Desperdício: “Água”; Universalizar o Saneamento

Ambiental, Protegendo o Ambiente e a Saúde: “Jardinagem”; Pedagogia da

Sustentabilidade: Ética e Solidariedade: “Indisciplina”.

O Calendário Escolar será elaborado de acordo com as normas da Secretaria

de Estado da Educação, com as adequações possíveis com a realidade do Município. A

organização da Hora Atividade deverá favorecer o trabalho coletivo dos professores, e

será feita de acordo com as orientações recebidas da Secretaria de Estado da Educação.

A avaliação do Projeto Político Pedagógico é sem dúvida avaliar os resultados

da própria organização do trabalho pedagógico. Dessa forma será democrática e um ato

dinâmico que qualificará e oferecerá subsídios ao PPP, imprimindo uma direção às ações

dos educadores e dos educandos.

Envolverá três momentos: a descrição e a problematização da realidade

escolar, a compreensão crítica da realidade descrita e problematizada e a proposição de

alternativa de ação, momento de criação coletiva.

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REFERÊNCIAS

- Veiga, Ilma Passos Alencastro - Projeto Político Pedagógico da Escola uma

Construção Coletiva; - Perspectivas para Reflexão em torno do Projeto Político

Pedagógico.

- Maia, Prof. Benjamin Perez (et al) – SEED – A elaboração do texto do Projeto

Político Pedagógico da Escola Publica.

- Navarro, Ignez Pinto....(et al) – Programa Nacional de Fortalecimento dos

Conselhos Escolares, cadernos 1, 2, 3, 4, 5 , MEC, SEB, 2004.

- Especialização em Administração, Supervisão Escolar e Orientação

Educacional

- Disciplina: Bases Filosóficas, Sociológicas e Éticas da Educação – Prof.

Lourenço Zancanaro.

- Disciplina: Pressupostos Teóricos – práticos da Supervisão Escolar – Prof.

Ms. Beatriz Gomes Nadal, Ms. Clícia Buher Martins, Ms. Luzia Borsato Cavagnari.

− Apostila: A Avaliação no contexto da Concepção de Educação:

instrumentos critérios e relações existentes no processo de ensino e aprendizagem.

(Texto coletivo produzido pelas Equipes Pedagógicas dos NRE/CGE no II Encontro

realizado em Curitiba, em abril de 2008.

− De: DEB/ SEED Para: NRE – Assunto: Diante da análise dos diferentes processos

finais que chegam à Secretaria de Estado da Educação, o Departamento de

Educação Básica orienta sobre aspectos relevantes do tema avaliação a serem

trabalhados no âmbito das escolas, com vistas à reflexão. (Artigo: Avaliação da

Aprendizagem – Compreensão e prática. Entrevista no Jornal do Brasil em 27 de

abril de 2000).

− PARANÁ – Governo do Paraná – SEE – Eu Acompanho a Avaliação Escolar do

Meu Filho. E Você? (Material de Apoio) – Curitiba, SEED – 2009.

− Apostila: Orientações para encerramento do ano letivo: O Papel do Pedagogo na

Mediação do Conselho de Classe. (Texto elaborado pela Coordenação de Gestão

Escolar, organizado por Elisane Fank e Nádia Artigas). Lei Complementar

nº103/2004.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA

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APRESENTAÇÃO GERAL DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

A Proposta Pedagógica é um documento de fundamental importância para a

escola, por ser o elemento norteador da organização de seu trabalho, que visa o sucesso

da aprendizagem do aluno, finalidade maior da escola como instituição social, que deve

ser construída coletivamente.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) nº 9.394, de 20 de

dezembro de 1996, nos artigos 12, 13 e 14, assegura a participação dos profissionais de

educação e da comunidade escolar no desenvolvimento dessa tarefa. Sabe-se que

trabalhar coletivamente, não é uma tarefa fácil, mas é pela ação coletiva que a escola se

fortalece revelando a capacidade de se organizar e produzir um trabalho pedagógico de

qualidade .

A Lei estabelece uma perspectiva para o ensino que deve integrar numa

mesma e única modalidade, finalidades até então dissociadas, para oferecer de forma

articulada, uma educação equilibrada, com funções equivalentes para todos os

educandos, desenvolvendo valores e competências necessárias à integração de seu

projeto individual ao projeto da sociedade em que atua, inserindo-o como pessoa

humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento intelectual de forma autônoma e

crítica ,em níveis mais completos de estudos.

Em seu Art. 1º - estabelece: A educação abrange os processos formativos que

se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de

ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas

manifestações culturais.

§ 1º – Esta Lei disciplina a educação escolar, que se desenvolve,

predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias.

§ 2º – A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática

social.

No Art. 2º da Lei - A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos

princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno

desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua

qualificação para o trabalho.

Art. 3º - O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios da referida

Lei:

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I - igualdade de condições para o acesso e permanência na Escola;

II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o

pensamento, a arte e o saber;

III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;

IV- respeito à liberdade e apreço à tolerância;

V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;

VI- gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

VII-valorização dos profissional da educação escolar;

VIII-gestão democrática do ensino público na forma desta Lei e da legislação

dos sistemas de ensino;

IX-garantia de padrão de qualidade;

X-valorização da experiência extra-escolar; as manifestações culturais;

XI-vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.

Art. 5º - O acesso ao Ensino Fundamental é direito público subjetivo, podendo

qualquer cidadão, grupo de cidadãos, associação comunitária, organização sindical,

entidade de classe ou outra legalmente constituída e ainda o Ministério Público , acionar o

Poder Público para exigi-lo.

Art. 9º – A União incumbir-se-á de:

§ 1º - Na estrutura educacional, haverá um Conselho Nacional de Educação,

com funções normativas e de supervisão e atividade permanente.

A proposta Pedagógica deste Estabelecimento tem como amparo legal a

Deliberação nº 14/99 – que oferece indicadores para sua elaboração, contemplando os

aspectos contidos na Indicação nº004/99 que a esta incorpora; segundo Ilma Veiga

(1998) a autonomia é, pois, questão fundamental numa instituição educativa envolvendo

quatro dimensões, relacionadas e articuladas entre si: administrativa, jurídica, financeira e

pedagógica. Essas dimensões implicam direitos e deveres e, principalmente, um alto

grau de compromisso e responsabilidade de todos os segmentos da comunidade escolar.

As diferentes dimensões da autonomia são interdependentes.

Deliberação Nº 007/99 – Normas Gerais para Avaliação do Aproveitamento

Escolar, Recuperação de Estudos e Promoção de aluno, do Sistema Estadual de Ensino,

em nível do Ensino Fundamental e Médio.

“ ... é preciso acrescentar que a avaliação hoje aplica-se não somente ao nível

da aprendizagem do aluno, mas também do aperfeiçoamento do ensino e da

reformulação do currículo. Apresenta-se portanto como um elemento necessário e

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diferentes níveis do planejamento, exercendo nesses níveis a função diagnóstica e

formativa.

Com isso pretende-se ultrapassar definitivamente a concepção de avaliação na

função de certificação e seleção que vinha exercendo dentro de um contexto clássico de

ensino cartorial e seletivo.

No desenvolvimento conceitual do processo, coloca-se a escola como unidade

do sistema de ensino, configurando-se o Regimento Escolar como expressão do conjunto

de decisões tomadas pela equipe escolar sobre seu trabalho.” (Relatora Conselheira

Lilian Wachowicz, 1987).

Deliberação Nº 16/99 – trata do Regimento Escolar, tendo em vista a Indicação

nº 007/99, da Câmara de Legislação e Normas. Como afirma Saviani, conforme, as

posições adotadas nos diferentes níveis de decisão, a atual lei “ é uma lei com a qual a

educação pode ficar, aquém, além ou igual à situação atual “(Saviani, 1997, p.226).

Essa afirmação sinaliza para o fato de que a organização escolar não é,

simplesmente, obra da legislação. Vale a compreensão de que a escola não é uma

instituição rígida e inflexível é antes, uma “organização complexa, regida pelo princípio da

contradição” (Tragtenberg, 1978). Tanto a escola como a própria educação nacional são

produtos de uma interação com a sociedade, o que, no nosso caso, significa estar sob o

influxo de forças sociais contraditórias que freiam ou impulsionam o seu desenvolvimento.

Dessa premissa, Saviani conclui que a atual legislação pode trazer novas perspectivas

de abertura para educação brasileira, mas que a realização dessa possibilidade “está na

dependência da capacidade de mobilização e de ação das forças identificadas com a

necessária transformação da nossa organização escolar”(op. cit.p.227).

O Regimento escolar é a legislação pela qual o estabelecimento deve se

pautar.

Na elaboração do Regimento Escolar além das orientações oficiais, deve haver

a preocupação de atender o que o Estatuto da Criança e do Adolescente apresenta como

direitos da criança e do adolescente e como deveres dos pais, da comunidade e do

Estado.

Na elaboração do Regimento Escolar além das orientações oficiais, deve haver

a preocupação de atender o que o Estatuto da Criança e do Adolescente apresenta como

direitos da criança e do adolescente e como deveres dos pais, da comunidade e do

Estado.

Deliberação Nº 09/01 – Assunto: Matrícula de ingresso, por transferência e em

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regime de progressão parcial; o aproveitamento de estudos; a classificação e a

reclassificação; as adaptações; a revalidação e equivalência de estudos feitos no

exterior e regularização de vida escolar em estabelecimento que ofertem Ensino

Fundamental e Médio nas suas diferentes modalidades.

As políticas da SEED têm como alvo, todos os grupos que sofreram exclusão,

física ou simbólica, ao longo da história, reconhecendo seus direitos sociais como é o

caso dos moradores do campo e das regiões ribeirinhas, de pescadores e ilhéus, das

populações indígenas, dos jovens e adultos impedidos de frequentar a escola em virtude

de tratamento ou internamento médico-hospitalar, às crianças e jovens que, por inúmeros

motivos, se evadem da escola, das pessoas que apresentam necessidades especiais,

oriundas ou não de deficiências .

“A meta da inclusão é, desde o inicio, não deixar ninguém fora do sistema

escolar, que deverá adaptar-se às particularidades de todos os alunos (...) à medida que

as práticas educacionais excludentes do passado vão dando espaço e oportunidade à

unificação das modalidades de educação, regular e especial, em um sistema único de

ensino, caminha-se em direção a uma reforma educacional mais ampla, em que todos os

alunos começam a ter suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educação

regular (MANTOAN, 2002, s/p).

No entanto, essa é uma tarefa que não depende apenas da convicção e do

compromisso técnico e político dos governos, mas de pais, familiares, professores,

profissionais, enfim, de todos os membros da sociedade, sob o risco de termos apenas o

efeito de seus benefícios para os alunos “no discurso” e nenhuma ação concreta e

transformadora da realidade em que se encontram.

O processo de inclusão educacional exige planejamento e mudanças

sistêmicas político – administrativas na gestão educacional, que envolvem desde a

alocação de recursos governamentais até a flexibilização curricular que ocorre em sala de

aula (MATISKEI, 2004).

Atendimento educacional aos educandos com necessidades educacionais

especiais de acordo com a legislação vigente, com destaque aos documentos:

- Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96 – cap. V Art. 58,

59 e 60.

- Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Especial na Educação

Básica – Parecer nº 17/01 CNE e Resolução CNF nº 02/01 – Deliberação nº 02/03 – CEE.

A Secretaria de Estado da Educação do Paraná, através do Departamento de

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Educação Especial, seguindo os orientações da Política Nacional de Educação Especial,

Ministério da Educação e Cultura, a partir de 1997, incentivou a abertura de uma

modalidade de atendimento mais integradora, que é a Sala de Recursos, no interior das

escolas regulares.

A filosofia do trabalho na Sala de Recursos está calcada no respeito às

diferenças individuais, bem como no direito de cada um em ter oportunidades iguais,

mediante atendimento diferenciado.

Os professores de Sala de Recursos ao elaborarem seus planos, seguindo as

diferentes necessidades dos alunos, devem ter como norte as áreas do desenvolvimento.

Alunos do Ensino Fundamental que apresentam defasagem de aprendizagem

em Língua Portuguesa e/ou Matemática, especificamente na 5ª série, frequentarão a sala

de apoio em contra turno, de acordo com a Lei LDBEN nº 9394/96.

Além disso é importante que os professores estejam atentos à qualidade, à

variedade de informações que deverá contribuir para o crescimento do aluno.

A presente proposta visa ajudar a enfrentar os desafios do ensino -

aprendizagem hoje de forma consciente sistematizada científica e organizada, segura e

participativa que possibilita uma ação pedagógica norteadora pela educação de

qualidade.

Ofertar o ensino extracurricular (CELEM) Língua Estrangeira Moderna

-Espanhol, para alunos do Ensino Médio, comunidade, professores e agentes

educacionais, com amparo legal Resolução nº 3.904/2008, que reitera a importância que

a aprendizagem de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM) tem no desenvolvimento do

ser humano quanto a compreensão de valores sociais e a aquisição de conhecimento

sobre outras culturas. (SUED/SEED 2008).

Ofertar o Programa Viva a Escola para alunos do ensino fundamental, médio e

comunidade escolar, com amparo legal na Resolução 3683/2008, que institui a partir de

2008, em caráter permanente, o Programa Viva a

Escola na Educação Básica na Rede Estadual de Ensino, visando a expansão

de atividades pedagógicas

realizadas na escola, como complementação curricular, a fim de atender às

especificidades da formação do aluno e de sua realidade.

Programa Mobilização para Inclusão Escolar e a Valorização da Vida,

concebido pela SEED, em parceria com o Ministério Público, seu objetivo maior é garantir

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que nenhuma criança fique fora da escola, impedindo que os números de evasão escolar,

motivada por vários fatores históricos, sociais e mesmos educacionais, continuem a

crescer no Paraná em proporções alarmantes. Essa política pública, tão necessária para

formação educacional e para valorização da vida institui o FICA Comigo, um guia com

recomendações relevantes para dar viabilidade ao Programa.

Através do Decreto Governamental nº4.588-05/04/2005 será desenvolvido um

trabalho interdisciplinar que aborde, informe e esclareça Cidadania, Qualidade com

enfoque na prevenção do uso indevido e drogas lícitas e ilícitas – Programa de Formação

da Cidadania Plena.

Valorização da cultura dos povos do campo – Educação do campo. A

coordenação de Educação do Campo passa a integrar a Secretaria de Estado da

Educação do Paraná (SEED/PR) no ano de 2003, a partir da reivindicação dos

movimentos sociais do campo que compõem a “Articulação Paranaense por uma

Educação do Campo”.

A Educação do Campo é um projeto educacional compreendido a partir dos

sujeitos que têm o campo como seu espaço de vida. Nesse sentido, ela é uma educação

que deve ser no e do campo – No, porque “o povo tem o direito de ser educado no lugar

onde vive. Do, pois “o povo tem direito a uma educação pensada desde o seu lugar e com

sua participação, vinculada à sua cultura e as suas necessidades humanas e sociais”

(Caldart, 2002, p.26). Nesse sentido, o conceito de campo busca ampliar e superar a

visão do rural como local de atraso no qual as pessoas não precisam estudar ou basta

uma educação precarizada e aligeirada.

Assim, todas as questões relativas à educação no campo e do campo serão

trabalhadas através dos conteúdos ministrados em sala de aula durante todo o período

letivo Apostila: A Avaliação no contexto da Concepção de Educação: Instrumentos

Critérios e Relações existentes no processo de ensino e aprendizagem. (Texto coletivo

produzido pelas Equipes Pedagógicas dos NRE/CGE no II encontro realizado em Curitiba,

em abril de 2008.

A Lei nº 10.639 de 9 de janeiro de 2003 – complementada pela Lei nº 11.645

de 10 de março de 2008, altera a Lei nº 9394 de 20 de dezembro de 1996, a qual

estabelece a inclusão no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da

temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena em acordo com as Diretrizes e

Bases da Educação Nacional(LDB).

“Um dos aspectos valorosos da Lei é que ela escancara, impõe a diversidade

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cultural e racial pra quem se negou até agora a ver que os afro – brasileiros existem,

foram e são sujeitos na construção da sociedade brasileira. Têm história, têm cultura, têm

memória, têm valores que precisam ganhar amplitude e status de conhecimento também

dentro da escola, no fazer cotidiano da sala de aula”.

Conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente a alfabetização, que é o

caminho necessário e básico para que o indivíduo possa atingir a compreensão exata de

suas condições e possibilidades, e o domínio da técnica de ler e escrever. Mas constitui

apenas uma etapa, que deve ir acompanhada de compreensões paralelas, cada vez mais

complexas com as quais o indivíduo não formando estruturas mentais flexíveis,

capacitando-o a grandes descobertas individuais e sociais. O desenvolvimento de sua

sociabilidade no contato escolar, é o primeiro passo de um processo para a formação

democrática, onde, de alguma forma ela encontra condições de múltiplas e diferentes

oportunidades de convivência, de trocas, de desafios.

É no processo educacional que a criança vai conviver com a tomada de

decisão sobre o que pode, o que deve, o quanto e como deve, construindo sua dignidade

e conquistando sua autonomia e, consequentemente, sua liberdade.

Daí a importância de assegurar a todos o direito à educação e a permanência

da criança e do adolescente na escola, como medida mais segura para a construção de

uma sociedade formada por indivíduos conscientes e com capacidade para enfrentar os

desafios individuais e sociais.

Neste contexto o educador é o mediador do conhecimento e o aluno sujeito da

sua própria formação, desta forma necessitam construir juntos o conhecimento como bem

diz Gadotti (2001) "É preciso apontar novos sentidos para o ensino de forma que

desperte no educando o desejo de novas descobertas e compreensão da realidade que o

cerca.

Do ponto de vista de uma pedagogia crítica e progressista é importante que os

educandos se apropriem de instrumentos de comunicação e de conteúdos culturais

básicos que entendam a sociedade em que vivem e possam transformá-la. O grande

desafio da escola é estabelecer uma proposta de ensino que reconheça e valorize

práticas culturais de tais sujeitos sem perder de vista o conhecimento historicamente

produzido, que se constitui em patrimônio universal.

Assim educar se constitui hoje num significado da escola cidadã, através da

educação para a cidadania em suas diferentes práticas, pois hoje as escolas não se

limitam só a espaço físico, o mundo virtual é realidade que amplia os horizontes tornando

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o ensino aprendizagem um processo em constante movimento propiciado pelo uso da

tecnologia que certamente veio influenciar nas mudanças de paradigmas dos educadores.

Uma das principais características do ensino fundamental é trabalhar o

conhecimento para que propicie aos alunos oportunidades de aprendizagem para

compreensão de seu mundo e de seu tempo. É importante ainda contemplar e garantir

através da proposta pedagógica da escola a valorização da cultura do campo, étnico-

racial, conhecimento científico, tecnológicos, filosóficos e sociais, valorização das

relações interpessoais de solidariedade e de cooperação articulando a organização dos

conteúdos das disciplinas da Base Nacional Comum e da Parte Diversificada.

No Ensino Médio deve-se destacar também algumas características que são

fundamentais para o processo de escolarização, entre elas, a aquisição de conhecimento

que prepara o educando para a vida social, tanto acadêmica, ou inserindo-o no mercado

de trabalho, trazendo uma concepção ampla dos diversos saberes, presente em todas as

disciplinas, envolvendo dimensões científicas, artística e filosófica. Formando um sujeito

crítico, consciente e capaz de agir perante um mundo global e uma sociedade

essencialmente capitalista.

É fundamental, que os educadores do Ensino Médio, trabalhem com seus

educandos, a história da produção do conhecimento e seus determinantes políticos,

econômicos, sociais e ideológicos, bem como dos métodos científicos que permitam essa

produção.

Formar um currículo estruturado dentro de uma ética interdisciplinar, que

coloque em discussão os diferentes campos do conhecimento. Com objetivo de melhor

compreensão dos conteúdos, através do auxílio e incorporação das outras disciplinas,

numa prática pedagógica que considere a complexidade dos diferentes discursos

científicos e artísticos.

Para isso é preciso que o coletivo dos professores tenha consciência de que a

escola pública é uma instituição que está inserida e, portanto tem a responsabilidade

política de contribuir para o enfrentamento das desigualdades sociais. Nesse sentido, a

escola não pode abrir mão dos espaços de reflexão e tomada de decisões coletivas,

imprescindíveis para o fortalecimento da identidade profissional do professor da escola

pública que produz conhecimento e faz diferença na vida dos alunos, pois, a educação

de amanhã dependerá do que formos capazes de começar a fazer hoje.

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OBJETIVO GERAL DO ENSINO FUNDAMENTAL

Assegurar ao educando formação indispensável para o exercício de plena

cidadania e dar-lhe subsídios para progredir socialmente e culturalmente, tendo pleno

domínio da leitura da escrita e do cálculo.

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OBJETIVOS ESPECIFICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

- Organizar o currículo de forma que garanta ao aluno o acesso ao

conhecimento sistematizado;

- Formar um cidadão ativo e crítico através do conhecimento científico,

historicamente produzido e acumulado pela humanidade;

- Possibilitar aos alunos um processo de aprendizagem que de condições de

inserção crítica na realidade social a qual está inserido;

- Possibilitar aos alunos através dos conteúdos a construção de significados, ou

seja, assimilação do conhecimento científico ao interagir com o contexto social em que

vive;

- Valorizar os aspectos de formação do indivíduo através do desenvolvimento

de atividades esportivas e culturais;

- Respeitar a capacidade, o potencial e a individualidade de cada aluno;

- Viabilizar a articulação entre as propostas educacionais e a realidade social,

de forma a atender à diversidade de alunos com vistas à inclusão de todos no processo

de ensino e da aprendizagem;

- A escola norteará todas as ações pedagógicas visando alcançar os seguintes

objetivos de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases 9394/96.

I – o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o

pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;

II – a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da

tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;

III – o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a

aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;

IV – o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade

humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.

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OBJETIVO GERAL DO ENSINO MÉDIO

O Ensino Médio tem como centralidade a formação do educando como pessoa

humana comprometido e capazes de interpretar as diversas situações cotidianas como

sujeito do processo histórico e agente transformador do espaço social em que vive. Com

isso, os conhecimentos trazidos do Ensino Fundamental terão continuidade e

consequentemente aprofundamento, proporcionando a ele autonomia e formação

intelectual, crítica e científico-tecnológico na teoria e prática de cada disciplina.

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OBJETIVOS ESPECIFÍCOS DO ENSINO MÉDIO

- Formação humanista consistente por meio da qual o estudante possa se

apropriar dos conhecimentos historicamente constituídos, desenvolvendo um olhar crítico

e reflexível sobre essa constituição e, por outro lado possibilite uma compreensão da

lógica e dos princípios técnicos científicos que marcam o atual período histórico e afetam

as relações sociais e de trabalho.

- Possibilitar que o egresso desse nível de ensino mais do que se inserir no

mundo do trabalho seja capaz de compreender o mundo em que vive, em sua

complexidade espaço temporal, para que possa nele atuar com vistas à transformação.

- Questionar a realidade formulando-se problemas e tratando de resolvê-los,

utilizando para isso o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a capacidade de

análise crítica, selecionando procedimentos e verificando sua adequação.

- Enfocar a construção histórica do conhecimento científico, explicitando os

interesses sociais e políticos aos quais vincula-se ou pode ser vinculado, estimulando a

reflexão filosófica e a criação e interpretação artística.

- Compreender a cidadania como forma de participação e política, exercendo

seus direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando atitudes de solidariedade,

cooperação e aversão às injustiças no exercício do respeito ao outro e a si mesmo.

- Descobrir a paixão pelo conhecimento, pelo aprender, bem como entender

que o conhecimento é uma produção humana que resulta do trabalho da coletivamente e

é historicamente construído.

- Reconhecer e valorizar a história e cultura dos afro-brasileiros, à diversidade

da nação brasileira, ao igual direito à educação de qualidade, isto é, não apenas direito ao

estudo, mas também à formação para a cidadania responsável pela construção de uma

sociedade justa e democrática.

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- Compreender a construção de um espaço dialógico no qual as diferenças se

complementem, e não sejam fatores de exclusão; observando a inviolabilidade da

integração física, psíquica e moral, abrangendo a preservação da imagem, da identidade,

da autonomia, dos valores das ideias, de espaços sociais e físicos.

- Compreender o campo, sobretudo como território de produção de vida, de

produção de novas relações sociais, de novas relações entre os homens e a natureza,

entre o rural e o urbano.

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METODOLOGIA DO ENSINO FUNDAMENTAL

A rapidez das mudanças ocorridas no meio social e as inúmeras relações de

poder presentes nas teias discursivas, que atravessam o campo social constituindo e ao

mesmo tempo sendo por eles constituídos, requerem do professor uma percepção crítica

cujo horizonte é mudança de posicionamento em sua ação pedagógica.

Que o coletivo dos professores tenham o compromisso com a universalização

dos bens materiais e simbólicos, o que exige a ampliação do seu campo de atuação para

além dos conteúdos que, muitas vezes, são tratados na escola uma abordagem estanque,

limitada à transmissão e a memorização. Nessa perspectiva, será necessário desenvolver

a observação e a reflexão acerca da realidade e, consequentemente, trazer para o

espaço da sala de aula as demandas sociais para serem discutidas a partir de

conhecimentos específicos, com vistas a propiciar aos alunos chaves conceituais que

permitam uma compreensão crítica da realidade. Precisa reconhecer os alunos como

realmente o são e atendê-los em suas necessidades para que possam, efetivamente,

aprender e beneficiar-se do processo educativo.

Desta forma na sala de aula e nos outros espaços de encontro com os alunos

os professores têm o papel de aprimorar as possibilidades do domínio discursivo na

oralidade, na leitura e na escrita, para que compreendam e interfiram nas relações de

poder, em relação ao pensamento e as práticas de linguagem imprescindíveis no convívio

social, estabelecer parceria em sala de aula, dar-lhe voz, escutar o que têm a dizer, em

experiência de uso concreto da língua. O constante dialogo e sua análise representam

possibilidade concreta de ir além do autoritarismo e da apatia nessas relações sob uma

perspectiva mais generosa, valorizar o ambiente escolar é também reconhecê-lo como

espaço fértil para construir racionalidades mais sólidas e combater intolerâncias e

qualquer tipo de preconceito.

Estar aberto para novas manifestações culturais, no sentido do próprio respeito

pelo outro que é, ao mesmo tempo, o professor, o aluno, os pais e a comunidade, todos

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frutos do seu meio. Portanto é fundamental que esta proposta contemple: - a valorização

da cultura dos povos do campo de modo a criar vínculos com a comunidade, gerando nos

sujeitos um sentimento de pertença. Isso possibilita a criação de uma identidade cultural,

a partir da qual o aluno possa compreender o mundo e a sua relação com ele; - a

organização específica dos tempos e espaços pedagógicos, pois as diversas paisagens: a

roça, a mata, o rio constituem parte do processo educativo.

Pensando assim o tratamento metodológico do Ensino Fundamental devem ser

construído a partir da realidade do educando, tendo como eixos didáticos propostos como

critérios das disciplinas, sugestões de uma metodologia interdisciplinar, na qual o

professor atua como mediador, não deixando em hipótese alguma, de ser o instrumento

principal, que contribui e intervém na realidade em que vivem os educandos nas séries

envolvidas, trabalhando como embasamento na Pedagogia Histórico Crítica, os

conteúdos são abordados numa linha política, tendo como suporte o materialismo

histórico, com finalidade de um ensino para transformação social.

Dentre os recursos didáticos utilizados na escola, a escolha do livro didático

para o Ensino Fundamental é feita através de uma longa análise pelos professores e

Equipe Pedagógica, apenas como mais um instrumento para auxiliar na aprendizagem do

aluno, onde a cultura livresca quase não configura e que é caracterizada sobre tudo pela

tradição oral e, agora pela cultura das mídias (TV Escola, TV Paulo Freire, Vídeos,

Internet, etc.).

Segundo Moreira é necessário "que se faça da escola um espaço de pesquisa,

de construção e reconstrução do conhecimento" (2003, p. 3).

Os serviços prestados na Sala de Recursos não devem ser confundidos com

reforço escolar, nem com atividades inerentes à orientação educacional, que estão mais

voltadas à escola como um todo. Diferentemente, o professor de Sala de Recursos,

habilitado para o trabalho com esse alunado, irá intervir como mediador utilizando

recursos que atendam as necessidades de cada aluno, com vistas a favorecer-lhes o

desenvolvimento global, o que é indispensável ao êxito nas atividades acadêmicas.

Tendo em vista a demanda de alunos com defasagem de aprendizagem nas

disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, a implementação da Sala de Apoio foi

fundamental para que o professor, através de uma metodologia que envolva jogos, o uso

de tecnologias(leia-se laboratório e TV Multimídia) e atividades específicas de leitura e

cálculo, pudesse estabelecer uma ação de enfrentamento no que diz respeito aos

problemas citados em relação aos conteúdos que envolvam oralidade, leitura, escrita,

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bem como as questões matemáticas (operações básicas, complementares, formas

espaciais, etc.).

METODOLOGIA DO ENSINO MÉDIO

Diante das grandes transformações que ocorrem na sociedade e que possuem

suas raízes no seio do conhecimento e da economia, cabe ao educador ampliar sua visão

de mundo, ter nova postura, onde seus objetivos estejam voltados para as atividades de

compreensão e interesse do aluno para que o mesmo seja capaz de utilizar a língua e

realizar ações autênticas; como sujeito ativo do seu processo de aprendizagem, que

desenvolva a criatividade; rompendo com os modelos tradicionais.

A escola não deve, portanto, ter a expectativa de formar cientistas ou artistas,

mas contribuir com os seus saberes para que os estudantes possam "ler e se expressar

por meio de uma linguagem com a qual tenham maior afinidade, o que só podem fazer se

conhecerem as diferentes linguagens postas no mundo hoje" (Moreira, p. 19, 2003.).

Isso pressupõe mudanças no trabalho pedagógico da escola, na postura do

aluno, que passa a contribuir com suas experiências pessoais e sua participação efetiva.

Quanto à disposição da sala de aula, só poderão ser definidas com base nas

experiências a serem vividas pela integração das disciplinas afins.

Desta forma o tratamento metodológico do Ensino Médio é construído a partir

da realidade do educando, com uma metodologia interdisciplinar, onde o professor atua

como mediador. Para isso o professor deve saber sua disciplina dentro de um universo

maior, precisa criar um referencial teórico suficiente para interpretar a estrutura e o

funcionamento da sociedade e ter percepção de que a sociedade quer construir com seu

aluno. Trabalhar embasado na Pedagogia Histórica Crítica na qual, conforme Gasparin

(2003), presume uma adesão do corpo docente e discente a uma ideologia sendo assim,

os conteúdos são abordados numa linha política, através do processo teórico

metodológico que tem como suporte o materialismo histórico, com finalidade de um

ensino para transformação social.

A perspectiva para o Ensino Médio é de uma aprendizagem permanente de

forma continuada levando o aluno, a desenvolver a autonomia intelectual, o pensamento

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crítico reflexivo, que contribuem na inserção consciente do indivíduo na sociedade, e para

um compromisso maior no sentido de sua responsabilidade e modificar aquilo que é

necessário na sociedade.

Esta metodologia deverá concretizar-se basicamente para a construção da

identidade pessoal que tende a educar através da formação de uma personalidade

democrática e da identidade social, referente à vida social e de vivência escolar

interatuante propiciadora de participações sociais organizadas e preparadas do exercício

da cidadania.

Em relação aos períodos em que se processam o Ensino Médio diurno e

noturno, somos de posição que a metodologia utilizada deva ser a mesma, considerando

porém as especificidades de casa turno podendo ser diversificada no tocante aos

recursos utilizados na prática pedagógica, incluindo o uso do computador como um aliado

de grande valor para o professor, na tarefa de desenvolver a criatividade do aluno, e que

vem representando como uma ferramenta de apoio no processo de construção do

conhecimento; a referida máquina abre novas e ricas possibilidades, mas não pode ser

vista como prioridade, mesmo porque depende fundamentalmente da intervenção do

professor e de sua habilidade para que seu potencial seja explorado.

Assim, a Educação se converte em prática da liberdade, em virtude da qual

homens e mulheres se enfrentam crítica e criativamente com liberdade e descobrem a

forma de participar na transformação do seu próprio mundo.

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AVALIAÇÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL

A avaliação deve ser pensada em função da totalidade do processo ensino-

aprendizagem e deve buscar uma postura crítica voltada para a função diagnóstica, para

que isso seja possível, é preciso compreendê-la e realizá-la comprometida com a

concepção pedagógica. Tendo por objetivo aquilatar coisas, atos, situações, pessoas,

tendo em vista tomar decisões no sentido de criar condições para obtenção de uma

maior satisfatoriedade daquilo que se esteja buscando ou construindo.

A verificação do desempenho dos alunos deve ampliar-se de forma que seja

diagnóstica, cumulativa, contínua, mediadora e participativa, assegurando ao educando o

domínio do conteúdo, capacidade de análise, síntese e crítica, autonomia, criatividade e

responsabilidade.

A prática da avaliação nas pedagogias preocupadas com a transformação

deverá estar atenta aos modos de superação do autoritarismo e ao estabelecimento da

autonomia do educando, pois o novo modelo social exige a participação de todos. Isso

significa igualdade, fato que não se dará se não se conquistar a autonomia e a

reciprocidade de relações; (Luckesi, 1984 a). Nesse contexto a avaliação educacional

deverá manifestar-se como um mecanismo de diagnóstico da situação, tendo em vista o

avanço e o crescimento e não a estagnação disciplinadora. Avaliação é um julgamento de

valor sobre manifestações relevantes da realidade tendo em vista uma tomada de

decisão (Luckesi, 1978).

A avaliação da Sala de Recursos será feita através da observação, na

realização das atividades realizadas durante a aula e registradas através de relatórios.

Desta forma ela pressupõe que os dados coletados por meio dos diversos

instrumentos sejam lidos com rigor científico, tendo por objetivo não a aprovação ou

reprovação dos alunos, mas uma compreensão adequada do processo do aluno, de tal

forma que ele possa avançar no seu processo de crescimento.

O professor deve propiciar uma metodologia que conduza a participação

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integral dos alunos no processo avaliativo e assim auxiliá-lo no processo de ensino-

aprendizagem. O professor deve acompanhar a construção do conhecimento do

educando, avaliando de forma correta na hora correta a fim de que a construção do

conhecimento se processe.

Quanto a Sala de Apoio, a avaliação compreenderá a mesma aplicada ao

Ensino Fundamental, ou seja, será processual, contínua, mediadora e participativa, pois

de acordo com Vasconcellos(2005), “a principal finalidade da avaliação no processo

escolar é garantir a formação integral do sujeito pela mediação da efetiva construção do

conhecimento, a aprendizagem por parte de todos os alunos”.

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AVALIAÇÃO DO ENSINO MÉDIO

A avaliação educacional, no contexto de uma pedagogia preocupada com a

transformação seja efetivamente um julgamento de valor sobre manifestações relevantes

da realidade para uma tomada de decisão; deverá ser um instrumento dialético do

avanço, terá de ser o instrumento da identificação de novos rumos. Enfim, terá de ser o

instrumento do reconhecimento dos caminhos percorridos e da identificação dos

caminhos a serem perseguidos. ( Luckesi p. 43, 2005).

Desta forma nos comprometemos com uma proposta pedagógica histórico-

crítica, uma vez que esta concepção está preocupada com a perspectiva de que o

educando deverá apropriar-se criticamente de conhecimentos e habilidades necessárias à

sua realização como sujeito crítico dentro desta sociedade que se caracteriza pelo modo

capitalista de produção. A avaliação diagnóstica não se propõe e nem existe de uma

forma solta e isolada. É condição de sua existência a articulação com uma concepção

pedagógica progressista.

Para que a avaliação funcione para os alunos como um meio de auto

compreensão importa que tenha, também o caráter de uma avaliação participativa, isto é,

o professor, a partir dos instrumentos adequados de avaliação, discute com os alunos o

estado de aprendizagem que eles atingiram. O objetivo desta participação é professor e

alunos chegarem juntos a um entendimento da situação de aprendizagem que, por sua

vez, está articulado com o processo de ensino. Então, não será uma discussão abstrata,

mas sim uma discussão a partir dos resultados efetivos da aprendizagem, manifestados

nos instrumentos elaborados e utilizados.

É mister que professores e alunos tenham clareza de seus papéis. Isso

significa dar conhecimento aos alunos quanto a: conteúdos, metodologia e formas de

avaliação. Assim, o aluno poderá valorizar e integrar o que sabe, organizar-se e buscar o

que deve ser feito para suprir lacunas com ajuda do professor e seus colegas.

Pensar a avaliação de forma a superar sua visão estática e classificatória

significa pensar sobre o processo ensino-aprendizagem como um todo. Significa fazê-lo

trabalhar a favor da permanência do aluno no sistema de ensino, buscando uma

aprendizagem afetiva e significativa. A avaliação transformadora não se limita a um

momento "final do processo", ela o acompanha em sua trajetória de construção cotidiana.

Busca identificar os padrões culturais dos alunos que chegam às escolas e os elementos

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necessários para ampliar esses padrões, através de uma relação de diálogo no dia-a-dia

das práticas de ensino.

A avaliação da aprendizagem escolar auxilia o educador e o educando na sua

viagem comum de crescimento, e a escola na sua responsabilidade social. Educador e

educando, aliados, constroem a aprendizagem, testemunhando-a à escola e esta à

sociedade. A avaliação da aprendizagem neste contexto é um ato amoroso, na medida

em que inclui o educando no seu curso de aprendizagem, cada vez com qualidade mais

satisfatória, assim como na medida em que o inclui entre os bem sucedidos, devido ao

fato de que esse sucesso foi construído ao longo do processo de ensino-aprendizagem (o

sucesso não vem de graça). A construção, para efetivamente ser construção, necessita

incluir, seja do ponto de vista individual, integrando a aprendizagem e desenvolvimento do

educando, seja do ponto de vista coletivo, integrando o educando num grupo de iguais, o

todo da sociedade.( Luckesi p.175.2005).

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ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

O Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries no período Diurno, com duração de

quatro anos, terá a Carga Horária de 3.332 horas, distribuídas em 833 horas anuais

sendo 75% destinadas à Base Nacional Comum até 25% à Parte Diversificada.

No período Diurno distribuídas em 23 h./a. semanais à Base Nacional Comum

e 2 h./a. à Parte Diversificada, sendo que o Ensino Religioso a Carga Horária não será

computada nas 833 horas anuais mas perfazendo um total de 25 h./a.

O Ano Letivo terá duração de 200 dias letivos com 5 h/a. de 50 minutos,

perfazendo um total de 1000/h./a. anuais e no final de quatro anos 4000 h./a.

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ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

a) Diurno

O Ensino Médio diurno, com a duração de três anos, terá a carga horária de

2500 horas, distribuídas em 833 horas anuais, sendo 2260 horas para a base Nacional

Comum e 240 horas para a Parte Diversificada.

O Ano Letivo terá duração de 200 dias letivos com 5 horas aulas de 50

minutos, perfazendo um total de 1000 horas/aulas anuais e no final de três anos 3000

horas/aulas.

b) Noturno

O Ensino Médio noturno, com duração de três anos, terá a carga horária de

2400 horas, distribuídas em 200 dias letivos de efetivo trabalho escolar, com 3 aulas de

50 minutos e 2 aulas de 45 minutos (800/ aulas anuais).

No Ensino Médio noturno a Matriz Curricular ficará esquematizada da seguinte

maneira:

- De 2160 horas, 1967 serão destinadas à Base Nacional Comum e 240 horas

para a parte Diversificada.

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REFERÊNCIAS

- Construção de Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental: Um processo

de Formação Continuada – SEED.

- Identidade do Ensino Médio – SEED.

- Brasil, Lei n 9394/96 de 20 de dezembro de 1996.

- GADOTTI, Moacir e ROMÃO, José E. - Autonomia da escola: princípios e

propostas - 6ª ed- São Paulo: Cortez : Instituto Paulo Freire, 2004, citações 2001.

- LUCKESI, Cipriano - Avaliação da Aprendizagem Escolar - 17ª ed. - São Paulo.

Cortez, 2005; citações 1984, 1978.

- Plano Estadual de Educação uma construção coletiva - Documento 2 para

discussão - Versão preliminar - SEED

- Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.

Departamento de Educação Especial - Recursos Pedagógicos na Aprendizagem:

subsídios e orientações/ SEED/SUED/DEE, 1999.

- Texto - Inclusão e Diversidade – Reflexões para a construção do Projeto Político

Pedagógico – SEED.

- Conselho Escolar e a educação do campo/elaboração Regina Vinhaes Gracindo ..

( et al )- Brasília; MEC

- Deliberação Nº 014/99 - (Indicação nº 004/99)

- Deliberação Nº 007/99 - (Indicação nº 001/99)

- Deliberação Nº 016/99 - (Indicação ) nº 007/99)

- Texto Semana de estudos Pedagógicos Descentralizados – Educação do Campo

– SEED.

- Cadernos temáticos: Inserção dos conteúdos de história e cultura afro – brasileira

nos currículos escolares /Paraná. SEED.

- Apostila: A Avaliação no contexto da Concepção de Educação: Instrumentos

Critérios e Relações existentes no processo de ensino e aprendizagem. (Texto

coletivo produzido pelas Equipes Pedagógicas dos NRE/CGE no II encontro

realizado em Curitiba, em abril de 2008.

- Caldart, 2002.

- Moreira, 2003.

- Saviani, 1997.

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- Mantoan, 2002.

- Mateskei, 2004.

- Ilda Veiga, 1998.

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