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Revista especializada em gestão, tecnologia e design de embalagens flexíveis, etiquetas e rótulos. Especial sobre impressão híbrida de embalagens flexíveis e rótulos.
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Impressão híbrIda de embalagens e rótulos
Passado, presente e futuro da tecnologia híbrida
testform: saIba como ImprImIr corretamente
Dicas para aproveitar ao máximo o testform na flexografia
como avalIar uma empresa As armadilhas nos contratos e a documentação padrão
especIal “pcp e mrp” Como saber o que, quando e quanto comprar de matéria-prima
novIdade cast & cure® Acabamento holográfico que dispensa a laminação
fusões e aquIsIções Tradbor é Gualapack. Emplal agora é Bemis.
Pág. 40projetopack, Zanatto e Kodak iniciam projeto inovador nesta edição
Proje
toPack & Associados
Beta 8 Impressora flexográfica• Set up rapidíssimo (sistema sleeve).• Estrutura do grupo impressor fechada (tipo monobloco).• Camisa porta clichê.• Camisa anilox.• Fusos de esfera pré-carregado e guias lineares que garantem altíssima precisão das unidades de impressão.• CNC para posicionamento dos cilindros do grupo impressor com acionamento por servomotor com encoder absoluto.• Sistema “Gearless” (sem engrenagem) com motor principal montado no eixo do cilindro central.• Sistema “doctor blade” com posicionamento automático e revestimento antiaderente.• Troca automática de bobinas na entrada e saída dotadas de elevador para posicionamento e descarga das bobinas.• Altíssimo controle de tensão do filme mediante controle por células de carga, eixo eletrônico, balancim e “taper tension” nas diversas unidades da impressora.
• Tela de comando de 15 pol. e sensível ao toque.• Secagem final e entre cores de altíssimo rendimento podendo se fornecido por aquecimento elétrico ou a gás.• Cilindro central e calandra dupla de saída dotadas de sistema para refrigeração do liquido refrigerante.• Central eletroeletrônica montada em container climatizado.• Lubrificação centralizada automática e pré- programada.• Botoeira moveis sem fios.• Gerenciador de produção.• Sistema de vídeo inspeção com auto registro.• Sistema de controle automático de viscosidade.• Assistência técnica remota via internet.
20 anos Beta 8
Impressoras Flexográficas
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6 EDITORIALContinuando a nossa saga deste ano,
revisamos desta vez os conceitos da
impressão híbrida.
8 ARTIGOTestform: Para que serve e como realizar
um com sucesso?
16 ARTIGOAgora no Brasil, nova tecnologia para
acabamentoholográfico 3D que não requer
laminação
22 ARTIGOComo saber o que, quando e quanto
comprar na sua indústria com PCP e MRP
30 CAPAImpressão híbrida de embalagens flexíveis
e rótulos
40 ARTIGOUm projeto incrível em parceria com a
Zanatto, Kodak e ProjetoPack em Revista
42 FUSõES E AQUISIÇõESGualapackGroup adquire Tradbor
Stand-up Pouches no Brasil
Coveris entra na América Latina com
a aquisição da Olefinas, convertedora
com operações no México e
Guatemala
Diadeis adquire agência brasileira
de design Kong Rex, com sede em
São Paulo
48 ARTIGOA Importância dos Contratos e seus
complicadores nas operações de Fusões
e Aquisições (M&A)
52 ARTIGOAs “nem tão boas” perspectivas para o PE no
Brasil e no Mundo
56 ARTIGOImplantando indicadores de
performance ao setor de manutenção
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08
índicePROJETOPACK
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A partir desta edição de número 50, você, estimado leitor, terá uma “novela” a acompanhar.
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ESPAÇO DO LEITOR
Ficha TécnicaProjeto Editorial: ProjetoPack & Associados
Projeto Gráfico: Agência Convertty
Diagramação e Capa: Douglas Thiago Pereira
Produção Gráfica: Silvamarts Gráfica e Editora
Logística e distribuição: Correios
Banco de imagens: ShutterStock
Sobre a ProjetoPack em Revista Online
S im, a ProjetoPack em Revista agora tem uma versão online e grátis no aplicativo ISSUU. Chegando à edição 50, também
aderimos ao universo digital de uma forma menos “amadora”. Explicamos: há mais ou menos um ano, incluímos em nosso site institucional uma aba para a revista online, em formato PDF. O internauta efetua o cadastro e, num curto espaço de tempo, recebe em seu e-mail um login e senha para ler na web a edição corrente.
Porém, o formato PDF não é responsivo. Isso significa que, se o leitor estiver lendo de um tablet ou smartphone, por exemplo, a revista pode ser exibida com um layout desconfigurado, necessitando ampliar ou diminuir a imagem manualmente.
Para sanar este problema e melhorar a experiência dos leitores, especialmente aqueles
Dicas aos leitoresque já estão habituados a ler em dispositivos móveis, investimos na versão integral da plataforma ISSUU, uma das líderes mundiais na gestão e publicação de revistas digitais, com atualmente mais de 21 milhões de publicações cadastradas e mais de 85 milhões de leitores. Ainda estamos passando pela curva de aprendizagem, especialmente na aplicação de recursos audiovisuais complementares à revista, mas em breve teremos a ProjetoPack em Revista ainda mais interativa!
Para ler a ProjetoPack em Revista online, cadastre-se gratuitamente acessando com a
câmera do seu Smartphone o QR Code:
http://goo.gl/Xr74jl
A cada dois anos, a Associação Brasileira Técnica de Flexografia realiza a Conferência Intercontinental de Flexografia (este ano com a organização da Nascimento Feiras e Eventos), objetivando a atualização tecnológica e o debate dos principais temas em voga no setor de impressão flexográfica, tais como a redução do impacto ambiental, o combate aos desperdícios no processo, a formação de mão-de-obra e quais oportunidades mercadológicas estão se abrindo às empresas do segmento.
Neste ano, o tema geral “Conhecimento e tecnologias sustentáveis: um mundo melhor!”servirá como linha mestra às diversas empresas apoiadoras e palestrantes do evento.
A conferência trará este ano duas novidades importantes no que se refere ao seu formato: a inclusão de conteúdo sobre impressão digital, processo cada vez mais complementar à flexografia, especialmente na banda estreita e o modelo “auditório único”, possibilitando ao visitante assistir a todas as palestras.
Faça sua inscrição e acesse os detalhes do evento e conteúdo das palestras no site da associação,acessando com a câmera do
seu Smartphone o QR Code:
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Sobre a Conferência Intercontinental de Flexografia 2015
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Continuando a nossa saga deste ano, revisamos desta vez os conceitos da impressão
híbrida – máquinas impressoras que combinam dois ou mais processos de impressão para agregar diferencial ao produto ou, ainda, mesclam elementos de um processo para solucionar ou aperfeiçoar outra técnica de impressão, a exemplo do anilox de flexografia como entintador da chapa offset.
Sempre acreditamos que uma das
estratégias mais assertivas em momentos
de crise é focar em inovações que não
apenas criam diferencial aos clientes,
mas de forma concomitante reduzem
seus custos operacionais. Seguindo esta
filosofia, trazemos uma matéria especial
sobre a tecnologia de acabamento
holográfico 3D “Cast and Cure”, que
dispensa a laminação de películas.
Outro ponto de destaque nesta
edição é a atividade de fusões e
aquisições em nosso setor. Com um
ritmo incrível, as companhias globais
de embalagens flexíveis, etiquetas e
rótulos estão consolidando o setor,
focando especialmente nos mercados
emergentes. Empresas de diferentes
portes, mercados e localidades estão
sendo incorporadas às plataformas
das gigantes, a exemplo de Tradbor e
Emplal, anunciadas no bimestre deste
número 50 da ProjetoPack em Revista.
No artigo técnico “Dicas sobre
testform”, trazemos ao leitor de uma
forma simples e ordenada, as premissas
importantes na execução de um teste
PROJETOPACK
EDITORIAL
Aislan Baer Editor Chefe
EDitor Aislan Baer [email protected]
DirEtor DE ContEúDo Lorenzo Baer
GEstorA DE ContAs E EstrAtéGiA DE míDiA Deise moraes
ProjEto GráfiCo E GEstão DE míDiAs soCiAis Agência Convertty [email protected]
jornAListA rEsPonsávEL fabio silberstein (MTB 49036)
Comitê EDitoriAL Alexandre Zanolini GenicolaGrupo CBS Elos
André rezendeHP do Brasil
Prof. Antonio CabralUniversidade Mauá
Enio KoetzProjetoPack & Associados
Eudes scarpetaScarpeta Treinamentos
joaquim moraisTrenton Consultoria
Prof. Lincoln seraginiSeragini Farné Guardado
Prof. Lorenzo BaerSENAC Lapa Scipião
Wilson PaduanTecnosolutions
Wilson ramos juniorInovagraf
ContAtos DE PuBLiCiDADE E AssinAturAs (Para assinar ou adquirir edições anteriores e para participar como patrocinador da publicação) E-mail: [email protected] Fone: (11) 3258-7134
Não é permitida a reprodução total ou parcial de textos ou matérias publicadas sem a prévia autorização da ProjetoPack em Revista. Para análise e autorização de reprodução, contatar a publicação no e-mail [email protected]. Todos os artigos são assinados por seus autores e não refletem necessariamente a opinião desta revista.
Sócio-diretor da ProjetoPack & Associados e editor da ProjetoPack em Revista. Atua há mais de 15 anos na área de embalagens flexíveis, rótulos e impressão, ministrando cursos, palestras e consultoria por todo
o hemisfério sul. Mestre em gestão estratégica e economia empresarial pela USP, é membro dos comitês técnicos e consultivos da IoPP (Institute of Packaging Professionals) e especialista na implantação de normas
flexográficas pela FTA - Associação Americana de Flexografia.
de impressão. Ainda na linha dos artigos
técnicos, exploramos uma sistemática de
cálculo para provisionar adequadamente
as matérias-primas em sua fábrica, um
tema de valor estratégico imensurável
na atual conjuntura econômica onde
o lucro de uma operação pode residir
no estoque ou nas horas paradas por
falta de material. No quarto artigo
que explora as dúvidas habituais nas
operações de fusões e aquisições em
nosso mercado, debatemos as principais
armadilhas de contrato e listamos as
principais etapas documentais de um
processo de M&A.
Esta edição de número 50 está
muito rica em conteúdo. E depois de
um tempo consideravelmente alto,
reintroduzimos na pauta alguns artigos
curtos sobre psicologia aplicada à
administração – em especial o brilhante
texto de Cristina Queiroz, com o perdão
do trocadilho industrial, um verdadeiro
“OEE de consciência”, que perdemos
diariamente ao agirmos imbuídos de
uma carga emocional muito intensa,
com reflexos negativos especialmente
no ambiente profissional.
Esperamos que gostem do conteúdo
e lembramos que a revista agora está
disponível também em sua versão
digital. Tanto faz lá ou aqui, nos vemos
na próxima edição!
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ARTIGO
O famigerado Testform(ou
testchart) é uma das mais
poderosas ferramentas para
controle do processo de impressão
flexográfico e para quaisquer outros
processos, por sinal! Pena que pouca
gente sabe disso ou dá o devido
valor. Mas, como é possível então que
se controle o processo usando um
Testform? Segue neste artigo dicas
importantes para você acertar na
primeira vez!
Basicamente o Testform (Formulário
de Teste) ou Testchart (Carta de Teste)
Testform: Para que serve e como realizar um com sucesso?
tem a função de levantar a curva de
reprodução da máquina impressora,
cruzando informações de anilox
(tipo, BCM e lineatura), tinta (diversas
características como fabricante, força
de cor, viscosidade e aplicação), clichê
(lineatura, tipo de gravação e fabricante)
e fita adesiva dupla-face (fabricante,
tipo, compressibilidade etc.).
O resultado é único e
intransferível, ou seja, só serve para
aquelas condições de máquina/
anilox/clichê/tinta/dupla-face. Não dá
para utilizar o resultado do teste em
“ O ideal hoje em dia é utilizar o testform indicado pela sua clicheria"
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outra empresa ou mesmo em outra
máquina. Segue abaixo algumas dicas
e perguntas sobre o assunto.
1. Quais os tipos de Testform existentes e qual o melhor, afinal?
Não há tantos assim, mas os mais
comuns são o IT8, Cyfos, GMG e alguns
que a própria clicheria desenvolve.
No entanto, o ideal hoje em dia é
usar o indicado pelo sistema que sua
empresa ou sua clicheria utiliza. Existem
testforms criados por associações,
comitês ou grupos de estudos gráficos
ao redor do mundo, há também os
desenvolvidos por fornecedores
de insumos, máquinas e acessórios
(geralmente ligados à pré-impressão)
e aqueles produzidos por consultorias
especializadas em impressão. Por
exemplo, o Chart da provedora de
soluções em pré-impressão e provas
GMG é um dos mais usados e tem
obtido resultados excelentes.
Eudes Scarpeta
Possui formação superior em Planejamento Estratégico e pós graduado em Administração Estratégica de Recursos Humanos. Técnico gráfico formado pelo SENAI/SP especializado em Flexografia e Rotogravura,
atua no mercado há 33 anos.
2. Como é feita a medição?
Depois que o teste estiver
impresso, será recolhida uma
amostra e enviada para a
pré-impressão ou clicheria.
Lá eles recortam o chart (o
quadro com os inúmeros
steps/quadradinhos
coloridos) e passam
num scanner apropriado
como o O i1 ou (da Xrite).
Há diferença entre Testform e “Finger Print”?
O objetivo principal é o mesmo,
ou seja, ambos darão a performance
de ganho de pontos e características
de reprodução daquela impressora e
insumos. No entanto, o termo Finger
Print é mais utilizado no processo de
impressão offset. Já na flexografia,
o teste evoluiu para o “chart”. O
Finger Print é composto de diversos
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objetivo calibrar máquinas fotográficas.
Todavia com o tempo passou-se a
utilizar para levantamento da curva de
reprodução gráfica. Possuem targets
(quadradinhos para leitura do scanner)
com 24 para gris (cinzas), 264 cores
em 22 colunas. Ainda é utilizado por
muitas clicherias, porém há clicherias
que acham que esta ferramenta já
está ultrapassada, visto que os charts
atuais possuem quase 2.000 targets,
ampliando muito o gamut (espaço ou
profundidade de cores).
Esse é o IT8 versão 7.4. Ainda
é utilizado por várias empresas
e clicherias. Outras, no entanto
preferem outros tipos de charts.De
qualquer forma, ambos funcionam
e cabe a cada empresa que está
interessada em conhecer seu
processo de formação da imagem
na sua impressora selecionar o
mais adequado junto aos seus
fornecedores de clichês.
Algumas coisas são fundamentais
na realização do teste. Segue minhas
sugestões de cuidados e verificações:
• Escolhajuntocomaclicheriao
melhor Testform ou Testchart para o
seu caso. Imagens fotográficas e de
embalagens servem apenas como
guia visual, porque na prática o que
interessa mesmo é o chart (quadro
com os targets ou quadradinhos);
• Determinetambémquaisos
valores de densidades. Só para
se ter uma ideia, as densidades
variam dependendo do tipo
de gravação você está usando,
se é NX Kodak, chapas de alta
performance (Dupont) ou se é
Digital “Convencional”. A clicheria
deve dizer para você o que é melhor.
elementos além do chart de cores,
como registro, sobreposições, linhas
finas e grossas, escalas de “gris” ou
cinza, “slur” ou esmagamento, entre
muitos outros.
No entanto, tudo isso pode servir
apenas como um estudo visual porque
o que manda mesmo é o ganho de
pontos, que pode ser levantado
com o Testchart ou Testform. Um
exemplo de Finger Print utilizado
muito no passado é o famoso Cyfos
desenvolvido pela Dupont para
“mapear” o processo de impressão.
Hoje, porém, não é mais necessário.
O Cyfos da Dupont foi utilizado
durante muito tempo para levantar
dados de reprodução na impressão flexo.
Durante um tempo também
foi utilizado o IT8, que é um chart
desenvolvido originalmente pela ANSI
(American National Standards Institute)
e depois foi incorporado pelo CGATS
(Committee for GraphicArts Technology
Standards) em 1994 e tinha como
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ARTIGO
Para entender bem, vamos dar um
exemplo: se estiver utilizando NX
da Kodak as densidades deverão ser
maiores que o Digital Convencional
porque o NX pode empregar o
recurso Digicap, que é uma micro
gravação de células na superfície
de áreas chapadas e isso aumenta a
força de cor na impressão. O mesmo
princípio se aplica às chapas de Alta
Performance da Dupont, pois esses
possuem uma micro texturização
que aumenta a transferência de
tinta/cor;
• Lineaturadoclichê(Testform):
utilize a lineatura mais comum que
costuma trabalhar. Não invente
colocando lineaturas muito altas
para o seu tipo de produto e
impressão. Não adianta fazer um
testform com lineatura de 70 LPC se
você trabalha comumente na casa
das 48 LPC;
99%1%
98%2%
Checkerboard Patterns
1x12x2
3x34x4
0%5%
10%20%
30%40%
50%60%
70%80%
90%95%
100%
< Requested Screening
Calibrated and screened
per job settings
< Reference Screening
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1 Pix2 Pix
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• Aniloxlimposempre:nãoesqueça
que deverá usar os cilindros ou
camisas anilox que normalmente já
utiliza para impressão, porém muito
bem limpos e com BCM’s previamente
inspecionados e em conformidade
com o volume original;
• Configuraçãoaniloxversusclichê:
a lineatura do anilox e a do clichê
devem ser apropriadas. Minha
sugestão é que você trabalhe com
proporções de 6×1 no caso de
ponto flat (topo plano) ou seja, o
anilox deve ter 6 vezes a lineatura
do clichê. Por exemplo, se seu clichê
tem 54 LPC, então seu anilox deve
ter pelo menos 320 LPC. E no caso
do digital convencional utilize a
proporção de 8×1. Em outro artigo
vou explicar melhor o porquê dessa
recomendação;
• Cuidadosobreondemede:
durante algum tempo houve
uma discussão no órgão mundial
de padronização para a área
gráfica sobre que papel deve
se utilizar debaixo da amostra
que você vai medir. Bem, se
a amostra é sobre material
autoadesivo, não há muito com
o que se preocupar. Porém, se a
amostra é transparente, então
coloque folhas de papel sulfite
branca. O ideal mesmo é o
papel Leneta, que possui padrão
mundial (ASTM);
• Velocidadedeimpressão:utilize
velocidade que costuma rodar
aprodução.Velocidademuito
acima ou muito abaixo do normal
que você está acostumado nesta
impressora trará distorções aos
resultados das medições;
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ARTIGO
descarte quando for feito novo
teste e este substitua o anterior.
• Quandofazernovoteste?As
razões para se fazer novos testes
são diversas e a decisão é sua,
comparando os resultados.
Normalmente deve-se fazer
novos testes quando trocar de
clicheria ou de sistema de gravação
(por exemplo, sair de gravação
convencional e ir para ponto de
topo plano), mudança do fabricante
ou tipo de tinta, nova máquina
impressora, novos parâmetros
de anilox com configurações
diferentes daquelas que você usava
(por exemplo, trocar de gravação
convencional hexagonal para GTT).
Estas são algumas considerações
e dicas básicas para garantir que
os objetivos do seu testform sejam
cumpridos: o mapeamento seguro
das características de reprodução
da sua impressora, à luz das suas
condições normais de processo e
matérias-primas.
• Tinta:Todoocuidadoépouco:
limpe cabalmente todo o
sistema de entintagem (bombas,
mangueiras, doctor blade etc.).
Coloque facas novas. Jamais
reutilize tinta que já foi utilizada
num serviço anterior. Prepare
tintas novas. Acerte viscosidade e
secagem (no caso de tintas à base
de solventes ou água) e primeiro
chegue nas densidades, trocando
inicialmente os cilindros ou camisas
anilox se possível e, em última
instância, mexa na tinta. Nunca
tonalize qualquer tinta de cromia.
Cuidado com contaminações
durante o teste;
• Testesobresubstratosdiferentes
conforme a necessidade. Não
é necessário fazer sobre PET
transparente e também BOPP
transparente, porque ambos darão
resultados idênticos;
• Façaanotaçõesclarasnas
amostras recolhidas. Guarde
umas amostras para você também
além daquelas que a clicheria
levará para fazer as medições. Só
“ Normalmente, deve-se fazer novos testes ao trocar de clicheria ou sistema de gravação, mudança do fabricante ou linha de tinta, nova máquina e novos parâmetros de anilox"
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D entre os inúmeros atributos
que uma embalagem ou
rótulo de um produto
deve ter (informar o consumidor,
apresentar o produto, atender às
exigências legais, conter, proteger,
identificar etc.), para efeito de
marketing o mais importante deles
é “vender”.
Vender implica necessariamente
em chamar a atenção do consumidor
em uma fração de segundos, em
meio à enormidade de ofertas nas
Agora no Brasil, nova tecnologia para acabamento holográfico 3D que não requer laminação
prateleiras dos supermercados.
É “saltar aos olhos”, despertar o
interesse e o impulso para a compra,
uma tarefa cada dia mais árdua em
meio a tantos produtos similares.
O consumidor está se tornando
cada vez menos sensível às tentativas
das marcas de chamar a sua atenção,
isso é fato comprovado em estudos
e pesquisas de mercado conduzidos
por associações diversas tais como
a americana POPAI, Associação do
Marketing nos locais de Varejo.
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Estamos chegando em um ponto
onde causar esse apelo visual com
sistemas de impressão também está
mais difícil, tendo em vista que a
maioria destes sistemas se sofisticou
a tal ponto que, aos olhos de um
consumidor leigo em tecnologia
gráfica é praticamente impossível
identificar grandes diferenças
qualitativas entre uma embalagem
impressa em rotogravura de outra
com uma flexografia de alto nível, ou
mesmo perceber as nuances de uma
quadricromia num rótulo de xampu
produzida em flexografia ou offset.
Neste contexto, as indústrias
gráficas e convertedoras e os
próprios brand owners estão
aumentando sua compreensão de
que é possível voltar a agregar valor
às embalagens e rótulos mediante
a utilização de modernos processos
de acabamento como a aplicação
de películas de hot stamping ou
coldfoil, vernizes tácteis (que
despertam o sentido do tato),
vernizes que encapsulam fragrâncias,
pigmentos especiais fluorescentes ou
iridescentes e por aí vai.
Uma das técnicas mais
interessantes para despertar esse
estímulo visual nos consumidores é a
holografia, objeto de discussão deste
artigo.
O uso do efeito holográfico
O chamado efeito “holográfico”
tem se popularizado não apenas
pelo seu alto apelo visual, mas
também pela maior dificuldade de
falsificação. Por este motivo, muitas
embalagens de produtos com maior
índice de imitações usam elementos
holográficos para atribuir maior
segurança e autenticidade.
O efeito holográfico aparece nos
cartuchos offset ou de rotogravura
destinados às embalagens de
cigarros, embalagens de perfumes,
mídias variadas ( jogos, filmes e cd-
rom’s de software), medicamentos,
produtos cosméticos e de higiene
pessoal, bebidas alcóolicas etc.,
apenas para ilustrar alguns exemplos.
Até pouco tempo, as empresas
tinham à disposição apenas uma
tecnologia consolidada para a
produção de efeito holográfico nas
embalagens e rótulos dos produtos:
a laminação de filmes do tipo “HRI”
(High Refractive Index).
Com um filme de base geralmente
de PET 12 micron ou OPP de
espessuras um pouco mais elevadas,
José Luiz Soto
Técnico e Representante para América Latina
“ O consumidor está cada vez menos sensível às tentativas das marcas de chamar sua atenção”
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estes materiais são laminados sobre a
superfície do impresso e ocasionam,
mediante a difração da luz, efeitos
holográficos diversos.
Apesar do efeito holográfico
muito bem produzido, a tecnologia
não agrega apenas um custo elevado
de produção, mas antagoniza com a
preocupação constante dos usuários
finais, consumidores e fabricantes
em reduzir gradualmente o material
de embalagem. Na verdade, acaba-
se somando ao produto mais uma
película plástica, o que dificulta
ou impossibilita inclusive a sua
reciclagem.
A solução Cast & Cure®
A inovação verdadeira é aquela
que consegue romper o trade-off
“inovação x custo”.
A proposta da Cast & Cure® é
tornar o processo de impressão de
efeitos holográficos mais eficiente
em termos de processamento,
com um leque mais amplo de
desenhos e intensidades de efeito
holográfico, porém dispensando
totalmente a necessidade de
laminação – trazendo à cadeia
de embalagens e rótulos uma
alternativa ecologicamente correta e
de custo acessível. Em pouco tempo,
a solução consagrou-se em países
como Estados Unidos, México e
Colômbia e está sendo oficialmente
lançada este ano no Brasil.
Cast & Cure é uma tecnologia de
criação de microestruturas holográficas
sem a necessidade de laminação, pois
o seu filme base (Cast = moldado,
Cure = Cura) é capaz de transferir um
padrão, textura ou desenho holográfico
“ Cast & Cure é uma tecnologia de criação de microestruturas holográficas sem a necessidade de laminação”
Sem laminação
Verniz
Impressão (Tintas)
Substrato
Cast & Cure sobre o Verniz
Impressão (Tintas)
Substrato
Substrato Laminado
Verniz
Impressão (Tintas)
Laminação metalizado
Laminação material holografico
Substrato
Cast & Cure sobre o Verniz
Impressão (Tintas)
Laminação metalizado fundo plano
Substrato
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para o verniz, por um processo de cura
por radiação ultravioleta em substratos
plásticos transparentes, metalizados e
em papéis.
O processo inovador de transferência
direta do desenho holográfico do filme
Cast & Cure possibilita ainda a criação de
um efeito chapado (em toda a área de
imagem impressa) ou localizado (com
reservas), sempre em registro com a
imagem impressa.
Por se tratar de um produto
reutilizável, a película e a tecnologia
Cast & Cure® deixa o processo de
acabamento holográfico mais
competitivo, sem os gastos com
adesivos, catalisadores, misturadores
e equipamentos de laminação. O
resultado visual final é um intenso apelo
visual para a embalagem ou rótulo, que
pode ser maximizado com combinações
de padrões holográficos em diversas
intensidades, áreas e interações gráficas
com as cores impressas de fundo.
Cast & Cure é uma alternativa
excelente aos convertedores de
banda estreita, fabricantes de rótulos
impressos em flexografia, impressão
digital, offset ou sistemas híbridos.
Também é algo particularmente
interessante aos fabricantes de rótulos
termoencolhíveis do tipo sleeve;
Se a impressora já está equipada com
o sistema ColdFoil, não será necessário
uso de equipamentos adicionais para a
aplicação do Cast & Cure®.
Cast & Cure® pode ainda ser
empregado na impressão offset para a
produção de papel e cartão para caixas,
exibidores, materiais para PDV etc.
As convertedoras de embalagens
flexíveis em banda larga ou média,
podem adotar Cast & Cure® tanto na
impressão flexográfica de bobinas
como também em rotogravura.
Atualmente, muitos impressores de
sacolas do tipo shopping bags utilizam
efeito holográfico por processo de
laminação, que pode ser substituída
com ganhos consideráveis para o
sistema Cast & Cure®.
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O pedido de venda foi
registrado na sua indústria,
as compras foram realizadas
com base na lista de materiais dos
seus produtos, porém, no meio do
processo produtivo, o material não
está na quantidade correta no seu
estoque. E agora, o que fazer?
Se você se identificou com
este problema, saiba que ele
atinge grande parte das indústrias
brasileiras. Pensando nisso, gostaria de
compartilhar 4 dicas fundamentais para
você saber exatamente o que, quando
Como saber o que, quando e quanto comprar na sua indústria com PCP e MRP
e quanto comprar para sua indústria.
Continue lendo e descubra:
1. Padronize seu cadastro de produtos
Essa é uma briga antiga que impacta
imensamente o controle de estoque
e, naturalmente, a efetividade das
compras para sua produção. Padronize
seu cadastro de produtos para alcançar
os seguintes objetivos:
• Criarrotinasqueestabeleçam
como o cadastro de produtos deve
ser feito;
“ Estabeleça as principais características dos seus produtos e crie uma lógica simples para o seu cadastro"
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• Garantirqueoprocessoseja
feito mesmo sem seu principal
responsável;
• Aumentaraqualidadedotrabalho
realizado.
Mesmo que você não possua um
processo padronizado para sua equipe
de cadastro de produtos, confira
algumas dicas para evitar os problemas
mais comuns neste processo:
• Estabeleçaasprincipais
características dos seus produtos
(comprados ou fabricados) e crie
uma lógica simples para o seu
cadastro. Exemplo de descrição
padronizada: *Tipo do produto*
*Largura**Altura*;
• Centralizearesponsabilidadedo
cadastro de determinados tipos de
produtos. Por exemplo: o setor de
compras poderia se responsabilizar
pelo cadastro de matérias primas, o
comercial pelo cadastro de produtos
acabados etc.;
• Vinculeprodutosquepossuema
mesma finalidade produtiva, mas
que possuem códigos diferentes
dependendo do fornecedor a um
código central;
• Inventarieperiodicamente
(mensalmente, trimestralmente)
as matérias primas e identifique
inconsistências.
Gilmar de Almeida
Sócio e consultor na GA Consult, é uma das maiores autoridades no país na implantação da TOC - Theory of Constrains - nas organizações. Atua
como consultor em projetos de melhoria de performance, produtividade em processos operacionais, administrativos e de vendas, adoção de
indicadores, melhoria de lucro e ROI e Viable Vision.
2. Estabeleça sua lista de materiais considerando perdas no processo produtivo
Considerar exatamente o que
deveria ser gasto no processo produtivo
pode ser uma das principais causas
da falta de material inesperada. Por
isso, analise seu histórico de produção
dos últimos 12 meses para definir um
percentual de perdas para cada matéria
prima da sua lista de materiais.
Exemplo de cálculo para
determinar perdas de materiais no
processo produtivo:
• Estoquedofinaldoperíodo=
estoque do início do período +
notas fiscais de entrada – consumo
padrão do item no processo
produtivo – Perdas;
• Perdas=estoquedoiníciodo
período – estoque do final do
período + notas fiscais de entrada
– consumo padrão do item no
processo produtivo.
Exemplo de cálculo para
determinar o consumo padrão do
item no processo produtivo:
• Totaldeprodutosfabricadosno
período * quantidade de matéria
prima para produção de 1 unidade
do produto fabricado.
“ Inventarie periodicamente as matérias-primas e identifique inconsistências"
“O estoque de matérias-primas, em processo, em poder de terceiros e produtos acabados fazem parte do valor dos investimentos os quais terão que ser remunerados a uma taxa maior que Aplicações Financeiras e, portanto, “deverão” ser os menores possíveis”.
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• 150unidadesdoprodutoacabado2
*05unidadesdamatériaprimaA=
750unidadesdamatériaprimaA.
• Totalizando1.750unidadesda
matériaprimaA.
Em seguida calculamos o total
perdido no período:
• Perdas=estoquedoiníciodo
período – estoque do final do
período + notas fiscais de entrada
– consumo padrão do item no
processo produtivo
• Perdas=200–200+2.000–1.750
• Perdas=250unidades.
Portanto, o percentual total de
perdasé=250/1.750=1/7=14,28%
Agoraquevocêjásabea
porcentagem de perda, monte sua lista
de materiais considerando-a, conforme
o exemplo abaixo:
Aplicando o conceito geral de
perdas na lista de material
Para produzir 1 unidade do produto
acabado 1 é necessário:
• 10unidadesdamatériaprimaA;
1,4unidadesdamatériaprimaA;
• 20unidadesdamatériaprimaB;
• 05unidadesdamatériaprimaC.
Para produzir 1 unidade do produto
acabado 2 é necessário:
• 05unidadesdamatériaprimaA;
0,7unidadesdamatériaprimaA;
• 15unidadesdamatériaprimaB;
• 10unidadesdamatériaprimaD.
Cálculo de compras para o
mesmo período considerando perdas
estimadas
Para calcular a porcentagem de
perdas basta finalizar com o seguinte
cálculo:
• Perdas/consumopadrãodoitemno
processo produtivo.
Entenda melhor com um exemplo
completo:
Neste exemplo você verá como
calcular perdas percentuais da matéria
prima A utilizada na produção do
produto acabado 1 e o produto
acabado 2.
Para produzir 1 unidade do produto
acabado 1 é necessário:
• 10unidadesdamatériaprimaA;
• 20unidadesdamatériaprimaB;
• 05unidadesdamatériaprimaC.
Para produzir 1 unidade do produto
acabado 2 é necessário:
• 05unidadesdamatériaprimaA
• 15unidadesdamatériaprimaB
• 10unidadesdamatériaprimaD
No período de 1 ano de atividades
foiidentificadoaproduçãode100
unidadesdoprodutoacabado1e150
unidades do produto acabado 2.
• Estoquenoiníciodoperíododa
matériaprimaA=200unidades;
• Estoquenofinaldoperíododa
matériaprimaA=200unidades;
• ComprasdamatériaprimaAno
período=2000unidades.
Nesse exemplo simples para
calcular perdas teríamos que calcular
o consumo padrão do item no
processo produtivo.
• 100unidadesdoprodutoacabado1
*10unidadesdamatériaprimaA=
1.000unidadesdamatériaprimaA;
“ Trabalhe com estoque de segurança e estoque mínimo"
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• 100unidadesdoprodutoacabado1
*(10unidadesdamatériaprimaA+
1,4unidadesdamatériaprimaA)=
1.140unidadesdamatériaprimaA;
• 150unidadesdoprodutoacabado2
*(05unidadesdamatériaprimaA+
0,7unidadesdamatériaprimaA)=
855unidadesdamatériaprimaA;
• Totalizando1.995unidadesda
matériaprimaA.
Vejaqueoprincipalfocoaquié
antecipar as possíveis perdas para
preparar o processo de compras,
evitando surpresas na sua produção.
Repare que se caso sua indústria
controle as ordens de produção de
cada produto fabricado, é possível, com
certa tranquilidade, definir as perdas
por produto produzido. Nesse caso,
teríamos um percentual diferente para o
produto acabado 1 e produto acabado
2. Para realizar o cálculo de perdas por
produto fabricado a mesma lógica
anterior é aplicável.
3. Trabalhe com estoque de segurança e estoque máximo
Mesmo fazendo sua gestão de
compras considerando perdas no
processo produtivo, é extremamente
importante se preparar para eventuais
períodos de pico de vendas, atrasos
de entrega de materiais, quebras de
máquina etc.
Imaginesuacasasemuma
caixa d’agua, qualquer variação no
suprimento de água e você estaria
semáguadisponível.Analogamente,é
natural manter uma quantidade mínima
estocada nos armazéns para evitar
paradas no processo produtivo por falta
de materiais.
Mas como saber a quantidade
ideal de estoque mínimo por produto?
Com o acompanhamento de algumas
informações simples, é possível calcular o
estoque mínimo com facilidade. Confira:
• Tempo médio de fornecimento
do produto, o famoso ‘LEAD TIME’
(LT): Calculado basicamente como
uma média da data de recebimento
da matéria prima menos a data de
emissão do pedido de compra;
• Consumo médio (CM): Com um
histórico de vendas efetuadas e
listas de materiais bem definidas
é possível definir um consumo
esperado para suas matérias primas;
• Variação do consumo/saídas
de determinada matéria prima:
TambémconhecidocomoDesvio
Padrão.Atravésdoconsumomédio
podemos identificar qual a variação
e nos preparar para as mesmas;
• Previsão de vendas: Trabalhe em
conjunto com a equipe comercial
e as metas definidas para o futuro,
atualize o consumo esperado de
acordo com essas previsões;
• Lote de compra (LC): Normalmente
o lote de compra é negociado com
o fornecedor de acordo com as
necessidades do comprador. Porém,
também poderia ser calculado
através da fórmula: Estoque de
segurança+Lotedecompra=
Consumo médio.
Entenda melhor com um exemplo
completo:
Olhando o histórico dos últimos 12
meses da nossa produção de exemplo,
determinadamatéria-primaAéconsumida
emmédia200unidadespormêscomum
desviopadrãode50unidades.
“ Trabalhe em conjunto com vendas e as metas definidas para o futuro, atualizando o consumo esperado de acordo com estas previsões"
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empresa, capacidade de armazenamento
e capital de giro para uma boa saúde
financeira, imagine três cenários:
Redução máxima da quantidade
em estoque – Nesse caso poderíamos
realizar 4 compras mensais, 1 por
semana, sempre olhando o consumo
esperado para a próxima semana e o
estoque atual. Cada compra seria de 63
unidades e o estoque máximo seria de
63 unidades, veja o gráfico:
Redução média da quantidade
em estoque – Nesse caso faríamos uma
compra por quinzena e precisaríamos
de uma capacidade para armazenar até
126 unidades dessa matéria prima.
Redução mínima da quantidade
em estoque–Comprasmensaisde250
unidades. Nesse caso a empresa possui
um armazém suficiente para armazenar
maiores quantidades de matéria prima.
Aprevisãodevendasparaopróximo
ano será a mesma do período analisado.
O Lead Time de entrega da matéria
primaAéde1semana.
Com esses dados, podemos começar
a refletir sobre como calcular o estoque de
segurança, vamos lá:
Estoque de segurança (ES) e ponto
de ressuprimento (PR)
Seemmédiaconsumimos200+
50unidadespormêseummêspossui
4 semanas, podemos afirmar que o
consumo semanal é de 63 unidades.
Se o tempo de entrega é de 1 semana,
não podemos esperar que o estoque
diminua mais que 63 unidades, esse
será nosso ponto de ressuprimento. Ou
seja, PR = CM*LT.
Para aumentar a segurança para
atrasos, podemos melhorar essa fórmula
edefinirquePR=CM*LT+ES.Oestoque
de segurança pode ser definido de acordo
com a experiência da empresa se, por
exemplo, o fornecedor nunca atrasou mais
que dois dias, esse pode ser o balizador.
Se consumirmos 63 unidades por semana,
emdoisdiassãoconsumidas25unidades.
Nesse caso, o ponto de ressuprimento seria
88 unidades.
Lote de compra
O lote de compra varia de acordo
com o estoque máximo, quanto menor
o estoque máximo menor o estoque de
compras e mais vezes o pedido de compra
deverá ser disparado. Uma compra por
mêscomestoquedesegurança=0
equivaleriaaumlotedecomprade250
unidades.LC=CM–ES.
Estoque Máximo
Para calcular o estoque máximo
é importante entender a política da
“ O estoque de segurança pode ser definido de acordo com a experiência da empresa"
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• Leadtimedeproduçãoecomprapor produto.
Vantagens
• Diminuiçãodoestoque;
• Mediçãodeperformancedefornecedores;
• Mediçãodeperformancedeprodução
• Integraçãodediferentesáreasfuncionais;
• Simulaçõesdediferentesparametrizações.
Desvantagens
• Nenhumparâmetrodecustoéconsiderado;
• Osníveisdeestoquesãoosmaisbaixospossíveis.Issopodeserarriscado dependendo das variações de demanda;
• Comprasrecorrentespodemaumentar o custo de aquisição unitário.
Essas desvantagens podem ser mitigadasatravésdosparâmetrosdeestoque de segurança, máximo e lotes de compra, por isso a implementação do MRP deve ser feita com cuidado.
ComautilizaçãodaTOCeViableVisionoutrosparâmetrosserãorevistos,mas é assunto para outra matéria.
VejammaismateriaiseCASESde
sucessonaGAConsultnoLinkedin:
http://goo.gl/ZRD1ON
e de início da produção de acordo com as datas de entregas planejadas.
Com o plano mestre de produção PMP é possível vislumbrar o início e fim de cada produção por um período determinado de acordo com o horizonte de planejamento. Essa informação pode ser utilizada em diversas áreas diferentes da empresa.
Seja em produções puxadas ou empurradas, o MRP já se mostrou uma valiosa ferramenta para planejamento e controle de compras e produção, veja alguns pré-requisitos, vantagens e desvantagens do sistema:
Pré-requisitos (inputs)
• Controledeestoquedematériaprima e produto acabado;
• Controledeordensdeprodução;
• Previsãodevendas(produçãoempurrada);
• Listasdemateriais;
• Principaisparâmetros:
• Lotesmínimos,máximosemúltiplos de produção e compras;
• Diferenciaçãodeproduçãoecompras por produto;
• Estoquedesegurança;
• Estoquemáximo;
Adecisãodoestoquemáximodevese
balizar nesses pilares: Capacidade de
armazenamento, custo de manter o estoque
e custo de realizar pedidos de compra.
• Custo de armazenamento: Quanto maior for o estoque, maior é o capital para mantê-lo. Muitas vezes os armazéns são alugados, necessitam de pessoal para supervisão e manutenção, luz, água etc.;
• Capacidade de armazenamento: Naturalmente existem restrições físicas para manter estoques;
• Custo de pedir: Quanto mais compras são feitas, maior é o custo de manter uma equipe para realizar essas compras, os descontos por volumes são menores e o custo do transporte pode ser relevante.
4. MRP – Material Requirement Planning – Planejamento das necessidades de materiais
Utilize o sistema MRP para controlar a necessidade de compra de matéria prima.
O foco do sistema MRP é garantir que você compre e produza exatamente o quanto você precisa de acordo com a lista de material dos produtos acabados. O sistema MRP sugere a data de compra
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ARTIGO DE CAPA
Há duas edições da ProjetoPack em Revista, publicamos uma matéria especial de capa – “Tudo junto e misturado”, que abordava, dentre outros temas
relevantes, o fato de que o mercado de conversão não tem mais uma divisão clara da abordagem de negócios. As empresas de embalagens flexíveis estão produzindo rótulos e vice-versa, as de rotogravura comprando impressoras flexográficas, os transformadores de polietileno fabricando laminados e assim por diante. Ruíram-se as fronteiras e o mote hoje é uma solução do tipo one-stop shop, onde as necessidades dos clientes são atendidas em um só lugar. Esta quebra de paradigma da “superespecialização”, especialmente no setor gráfico, abre uma série de oportunidades às empresas de pensamento lateral, mais abertas à inovação e ao pensamento “fora da caixa”.
Impressora híbrida Mark Andy
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D esde que a rotogravura foi
inventada, o processo mudou
muito pouco. Suas vantagens
principais ainda giram em torno da alta
durabilidade da fôrma (cilindro), o alto
contraste e qualidade de reprodução
das imagens (em boa parte, devido
ao ganho de ponto irrisório e às altas
lineaturas de impressão), a impressão
em módulo contínuo (sem emendas) e
a repetibilidade dos resultados ao longo
de toda a tiragem.
Já a flexografia mudou
completamente. Sofisticou-se. Não
raro, vemos nas prateleiras dos
supermercados embalagens flexíveis
e rótulos impressos em flexografia
com qualidade igual ou superior à
offset e rotogravura. A sua infinidade
de aplicações, possibilidade de
produzir lotes menores e seu excelente
registro de cores (especialmente nas
impressoras do tipo tambor central)
alçaram a flexografia à liderança global
dentre todos os outros processos,
com mais de 65% de participação
no mercado de embalagens flexíveis
impressas do planeta, de acordo com
pesquisas recentes da FPA (Flexible
Packaging Association) americana.
Com o desenvolvimento do
mercado de rótulos e etiquetas, os
fabricantes de impressoras banda
estreita foram os primeiros a perceber
Aislan Baer Editor Chefe
Diretor executivo da ProjetoPack & Associados. Atua há mais de 10 anos na área de embalagens flexíveis e rótulos, ministrando cursos, palestras
e consultorias por todo o País. Especialista em gestão do capital humano para as Indústrias Gráfica e Convertedora.
os benefícios de reunir sistemas de
impressão diferentes para agregar
valor e versatilidade aos convertedores.
Surgiram as primeiras impressoras
modulares com dois ou mais sistemas
de impressão – normalmente máquinas
combinadas de flexografia e offset, com
estações de serigrafia rotativa.
Com o advento destas impressoras
híbridas, fabricantes de rótulos podiam
pela primeira vez:
a) Imprimir cromias com a eficiência
e repetibilidade das impressoras
offset;
b) Imprimir sólidos, especialmente
chapados, com a cobertura da
flexografia;
c) Aplicar vernizes de efeito
(texturizados, aromas encapsulados,
alto brilho ou fosqueantes etc.) com
a transferência de películas espessas
da serigrafia rotativa;
d) Com essa mesma camada espessa,
aplicar branco em quantidade
suficiente para produzir bons
resultados, mesmo na impressão
de rótulos que serão aplicados em
frascos de cor escura;
e) Imprimir efeitos metálicos em
estações de rotogravura com o
mesmo brilho do hotstamping, mas
a custos bastante inferiores etc.
Impressão híbrida de embalagens flexíveis e rótulos
Impressões jato de tinta sobre plásticos com cabeçotes Markem
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ARTIGO DE CAPA
Pouco tempo depois, os fabricantes
de impressoras digitais e cabeçotes
de impressão começaram a trabalhar
em protótipos para integrar módulos
de impressão digital em linha nas
máquinas híbridas. No rumo dos
avanços com a tecnologia digital, novos
e importantes atributos puderam ser
enfim incorporados às embalagens
flexíveis e rótulos, tais como a impressão
de dados variáveis.
Quais as implicações desta mudança de um processo de impressão para multi-processo?
A primeira delas, sem dúvida, refere-
se à mão-de-obra. Todos os empresários
do setor gráfico, principalmente no
segmento de embalagens flexíveis,
etiquetas e rótulos sabem a imensa
dificuldade de encontrar impressores
qualificados em um processo como a
flexografia, por exemplo.
A mudança de realidade para
máquinas impressoras híbridas
demanda um profissional ainda mais
versátil e conhecedor dos problemas,
causas e soluções de dois ou mais
processos de impressão, bem como
as possíveis interações entre eles no
produto (qual a melhor sequência de
cores numa impressora offset x flexo,
por exemplo).
Outra questão nebulosa diz respeito
à remuneração do profissional. Um
impressor que opera uma máquina
híbrida offset x flexo deveria ganhar
como um impressor offset, flexográfico
ou ter a média salarial dos impressores
de máquinas modulares? É evidente
que o nível de complexidade de um
equipamento multi-processo aumenta
consideravelmente. A problemática
da mão-de-obra é ainda mais dura
para a equipe de manutenção, tendo
em vista que as estações ou módulos
offset, flexográficos, serigráficos etc. são
completamente distintos entre si.
Estas questões ainda não foram
plenamente resolvidas e ainda suscitam
muita discussão nos empresários que
possuem, no seu rol de ativos, máquinas
impressoras híbridas.
A falta de conhecimento técnico
diferenciado para operar máquinas
híbridas geralmente resulta em um
“banho de água fria” no início da
operação. Isso porque o tempo de setup
acaba sendo bastante alto – justificado
pela dificuldade do impressor em
ajustar cada módulo ou cassete de
impressão individualmente para, por
fim, fazer o ajuste fino do conjunto
impresso. É preciso ter um pouco de
paciência para superar esta curva de
aprendizagem, notoriamente mais
morosa que as máquinas modulares
comum “mono sistema“, pois os
benefícios na agregação de valor são
plenamente compensados lá na frente.
Como a tendência de processos múltiplos de impressão está mudando o mercado de máquinas gráficas
Há décadas o “fator China” criou
um grave problema para a indústria
de máquinas mundial e agora é bem
tarde para apontar culpados. Muitos
fabricantes de máquinas, em boa parte
empresas americanas e europeias viram
nos baixos custos da mão-de-obra e no
apetite chinês uma oportunidade de
auferir maiores margens terceirizando
parcelas de seu processo construtivo.
Os chineses, evidentemente,
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33
fizeram sua lição de casa e, de cópia
malfeita, passaram ao estágio de OEM
e enfim concorrem com alguns ícones
tradicionais da indústria de máquinas,
ao ofertar uma solução com relação
custo x benefício bastante interessante.
Isso ocorreu, embora numa escala
menor, no setor de máquinas gráficas.
De impressoras rotogravura a máquinas
de acabamento, a importação de
equipamentos chineses aumentou
sensivelmente nos últimos anos,
mesmo com o imbróglio da falta total
ou parcial de assistência técnica local e
das dificuldades de comunicação (boa
parte dos comandos das máquinas mais
baratas ainda vêm em mandarim ou
pessimamente traduzidas para o inglês).
Fato é que boa parte dos maiores
fabricantes de máquinas gráficas
acabaram fechando acordos de
terceirização com China e Índia, a
exemplo da italiana Uteco S.p.A., que
fabrica duas linhas de rotogravura do
seu portfólio na indiana Kohli. A alemã
Windmoeller inaugurou sua subsidiária
na China em Janeiro de 2014 – a Taicang
Co. Ltd., apenas para ilustrar alguns
exemplos.
O mercado de máquinas usadas
também retroalimenta a crise, mais
ou menos como acontece com o
setor automobilístico. Para poder
manter-se vivo no jogo das vendas,
fabricantes de máquinas tem de fazer
mil peripécias comerciais, fiscais e
tributárias para receber como parte
do pagamento as máquinas usadas de
seus clientes – ativos desvalorizados
e de baixa liquidez, que tampouco
lastreiam operações de crédito à
importação de componentes para o
fabrico de novas máquinas. Há pouco
ou nenhum incentivo fiscal para que
os empresários se estimulem a “passar
o maçarico” nas máquinas usadas e
substituir por outras novas.
O que resta ao mercado
de máquinas, em vista destes
direcionadores, é a consolidação. Para
garantir economias de escala e escopo,
tradicionais fabricantes de máquinas
gráficas e de conversão vêm comprando
outras empresas menores e de setores
adjacentes, incorporando novas
tecnologias e contribuindo ainda mais
para o aumento de soluções híbridas de
impressão.
Talvez um dos maiores exemplos da
consolidação do mercado de máquinas
gráficas seja a gigante suíça Bobst (que
gerou receita de aproximadamente
1,5 bilhão de dólares em 2014), que
somente no intervalo do ano 2000
até hoje, já adquiriu fabricantes de
máquinas como Rotomec, BHS, General,
Midi, Fischer & Krecke, Shanghai Eternal
Machinery, Stever, Atlas e Titan (estes
dois últimos foram vendidos pouco
tempo depois) dentre outros.
“ Fato é que boa parte dos maiores fabricantes mundiais de máquinas gráficas acabaram fechando acordos de terceirização com China e Índia”
Impressora híbrida Mark Andy Digital Series
Flexografia x Digital
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ARTIGO DE CAPA
E, para corroborar com a tese da
incorporação gradual das tecnologias
híbridas ao setor de impressão de
embalagens flexíveis, a última aquisição
da Bobst foi justamente a italiana Nuova
Gidue, um dos nomes mais conhecidos
do setor de impressoras modulares
híbridas para banda estreita.
Por que não vemos impressão híbrida nos impressores banda larga nacionais?
Talvez o mais grave problema da
indústria de conversão em banda
larga no país seja a sua aversão à
inovação. Na cabeça da maior parte
dos empresários, há uma crença de
que o custo da inovação é alto demais
para ser repassado ao cliente: “o
cliente não paga”.
Este é um dos equívocos que mais
quebrou empresas na história do
mundo corporativo. A sacada verdadeira
é aquela que justamente rompe o trade-
off inovação x custo.
Todos os dias, comprimidos
pela disputa acirrada de preços,
convertedores de banda estreita,
exímios produtores de rótulos e
etiquetas com conhecimento pleno
da tecnologia de impressão híbrida
vão aumentando sua participação na
produção de embalagens flexíveis.
Um pouch aqui, um stand-up pouch
acolá, e produzindo uma pista apenas
do que normalmente rodaria de forma
conjugada numa impressora banda
larga, eles vão ocupando o seu espaço
e oferecendo produtos de elevado
shelf appeal, com vernizes de efeito,
holografia, hotstamping ou coldfoil e
por aí vai.
Outro ponto crítico à adoção das
tecnologias híbridas de impressão é
o desconhecimento dos designers
de embalagens e rótulos a respeito
das possibilidades gráficas. É preciso
criar sabendo, por exemplo, quais os
resultados podem ser obtidos ao se
agregar uma estação de serigrafia
rotativa em linha na impressora.
Sem esta percepção, não se gera a
necessidade de explorar tais efeitos.
A ProjetoPack em Revista
entrevistou profissionais de uma
dezena de agências de criação
envolvidos na criação ou layout
de embalagens e rótulos auto-
adesivos para avaliar informalmente
o que, na opinião deles, poderia
ser feito de diferente em termos de
resultado visual ao se criar algo a um
equipamento combinado de offset,
flexografia e serigrafia rotativa. Por
unanimidade, a conclusão foi mais ou
menos resumida pela frase de um dos
entrevistados: “Não faço a menor ideia”.
“ Outro ponto crítico à adoção das tecnologias híbridas de impressão é o desconhecimento por parte dos designers gráficos”
Impressora híbrida Rotatek Omni 520 em setup
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ARTIGO DE CAPA
Já existe impressão digital em linha numa máquina impressora híbrida?
“Veja bem...”, diria o vendedor
de soluções em digital. O assunto é
complexo e sozinho, já daria um livro.
Mas com ajuda da internet e de alguns
telefonemas estratégicos, vamos
despretensiosamente tentar fazer um
apanhado de como anda esse tema
atualmente (respirando fundo aqui).
A impressão digital de dados variáveis
conjugada a impressos previamente
produzidos em offset é algo consolidado
há décadas. Empresas do setor financeiro,
principalmente os bancos, fazem
isso com maestria e lembramos disso
semanalmente, a cada boleto que chega
em nossa caixa de correio.
No campo das embalagens
flexíveis, a impressão de dados variáveis
tradicional também é velha conhecida
– os cabeçotes de impressão fabricados
por empresas como Markem-Imaje
e Videojet, são bons exemplos na
categoria, mas a função é acessória:
codificação do produto.
O sonho de consumo dos
convertedores de embalagens flexíveis
e rótulos seria a perfeita integração
modular da impressão digital à
flexografia, offset e rotogravura, tal e
qual um módulo do tipo plug-and-play
da SPG (Stork), de serigrafia rotativa.
A israelense Hewlett-Packard,
com sua linha de impressoras Indigo
tem mostrado que impressão digital
é factível nos setores de embalagens
flexíveis, etiquetas e rótulos, todavia a
solução comercializada por eles não é
“ O sonho de consumo dos convertedores seria a integração modular perfeita da impressão digital aos processos de impressão tradicionais”
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o escopo deste artigo justamente por
tratar-se de uma solução completa
end-to-end – um processo singular e
não um módulo integrado aos demais
sistemas de flexografia, rotogravura e
offset. A linha de impressoras HP Indigo
não é, portanto, uma impressora híbrida
multi-processo.
Muitos fabricantes especializados
em sistemas digitais “bateram na
trave” na produção dos módulos
de impressão digital do tipo stand-
alone para integração em máquinas
impressoras híbridas. As adversidades
são tremendas e, basicamente, as
mesmas desde sempre:
a) Velocidade de impressão inferior
aos processos convencionais
como a flexografia;
b) Resistência térmica das tintas
inferior, algo crítico especialmente
na embalagem flexível;
c) Limitação de ancoragem das
tintas inkjet sobre substratos
fílmicos variados;
d) Dificuldades de integração da
solução na camada de informação
(banco de dados);
e) Dificuldades de integração da
solução no âmbito do hardware,
aos processos tradicionais;
f ) As condições da sala de impressão
em processos tradicionais como
a flexografia ou rotogravura é
prejudicial ao bom funcionamento
dos cabeçotes inkjet.
A lista é razoavelmente maior, mas
estes seriam fatores usuais que justificam
a escassez de máquinas híbridas com
módulos de impressão digital.
A americana Kodak comercializa
hoje um módulo de impressão digital
stand-alone que preenche esta lacuna
aos integradores de soluções híbridas
de impressão: a plataforma Prosper,
aliada a uma tecnologia de tinta
proprietária, a Stream Inkjet.
Os cabeçotes monocromáticos
ou CMYK atingem velocidades de
até 200 m/min com resolução de 600
dpi, atributos mais do que suficientes
para acompanhar em linha quaisquer
processos convencionais de
impressão. A Rotatek Brasil é uma das
fabricantes de máquinas impressoras
híbridas banda estreita e média
mais experientes na integração
de módulos inkjet em linha sob a
chancela Kodak Prosper.
Outras combinações em máquinas híbridas
Nas próximas linhas, abordamos
muito resumidamente os dois
aspectos híbridos que encontraremos
nas máquinas impressoras modernas:
a mescla de dois ou mais processos
em um único equipamento ou a
adoção de determinados conceitos
ou elementos de um processo de
impressão em um grupo ou estação
de outro processo, a exemplo do
anilox da flexografia sendo utilizado
como entintador em offset ou a
blanqueta offset como transferidor
indireto da tinta nas máquinas de
flexografia indireta para bisnagas e
potes rígidos.
Rotogravura com offset
A italiana Uteco Converting S.P.A.
lançou, na ocasião da Drupa 2012, a
sua primeira versão da impressora
shaftless Silver-Sil, uma máquina
híbrida offset x rotogravura, destinada
“ Muitos fabricantes de sistemas digitais “bateram na trave” na produção de módulos de impressão digital stand-alone”
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ARTIGO DE CAPA
prioritariamente ao mercado de
impressos de segurança. Com setup
reduzido e versatilidade na impressão
de substratos dos mais variados,
a impressora passou a integrar
também o portfólio de convertedores
de embalagens flexíveis e rótulos
termoencolhíveis, ganhando pouco
tempo depois uma versão dedicada a
estes produtos – a Thallo-Sil.
Offset com o conceito de tambor central da flexografia
Uma das líderes do mercado
mundial de impressoras
flexográficas banda larga, a
espanhola Comexi causou furor ao
lançar uma impressora offset para
embalagens flexíveis na Drupa
2012. O equipamento não é um
“hibrido puro”, mas congrega uma
característica peculiar da flexografia
– o sistema de tambor central – com
estações ou grupos impressores
offset e sistema de cura por feixe de
elétrons (Electron Beam).
Flexografia com rotogravura
Diversos fabricantes de máquinas
flexográficas banda larga incorporam
unidades de rotogravura do tipo
stack, geralmente após a saída do
tambor central para a aplicação de
vernizes especiais que requerem uma
gramatura mais alta do que se pode
obter na flexografia (verniz release,
coldseal, termosselante etc.). Apesar
da maioria dos grandes fabricantes
de impressoras terem acesso à
tecnologia, a Uteco é uma das mais
inclinadas à combinação flexo x
rotogravura.
Offset com anilox da flexografia
Um dos principais problemas
do sistema offset nas máquinas
impressoras convencionais diz
respeito à variação de cor ao longo
da tiragem, que ocorre em função
da inércia da tinta nos tinteiros. Esta
tinta estacionária contribui para uma
entintagem desuniforme. Outras
vantagens em se ter um cilindro
anilox de flexografia entintando a
chapa são:
a) A eliminação dos rolos de
borracha distribuidores, sensíveis
ao solvente e aos componentes
das tintas UV, que precisam ser
periodicamente substituídos,
retificados e ajustados;
b) A entintagem com anilox não
requer mais ajustes periódicos de
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vazão de tinta nos tinteiros;
c) Há um ganho de densidade nas
tintas da quadricromia e menor
flutuação no processo;
d) Tempo de ajuste de cores menor
e com isso, redução de aparas no
processo;
e) Menor incidência de efeito
“fantasma” ou reimpressão.
A francesa Codimag é inventora
do sistema e, desde a sua exibição na
Drupa de 1982, vendeu pouco mais
de 200 máquinas impressoras offset
com entintagem anilox Aniflo™.
Offset com flexografia
Outro sistema bastante comum
no mercado são máquinas offset com
estações incorporadas de flexografia.
Praticamente todos os grandes
fabricantes mundiais de impressoras
offset para banda estreita e média
têm sua versão com um módulo
ou dois de flexografia. Um dos
mais experientes e pioneiros nesta
combinação é a Rotatek Brasil. A linha
Omni, de impressoras híbridas para
rótulos e embalagens flexíveis pode
inclusive integrar módulos adicionais
de rotogravura, serigrafia, letterpress
e acabamentos variados.
Offset com rotogravura, flexografia e serigrafia rotativa
Alguns fabricantes vendem
impressoras híbridas “super”
modulares em cassetes com troca
lateral do tipo sleeve. Uma das mais
notórias provedoras destas soluções é
a italiana Omet, que também integra
em seus módulos conjuntos de
impressão digital da Domino Group.
As máquinas híbridas que reúnem
mais de dois processos distintos
de impressão, chegando por vezes
a quatro ou cinco tecnologias
simultâneas são normalmente
utilizadas na produção de cartuchos
para cigarros, medicamentos e
cosméticos.
Flexografia com digital
Um dos fabricantes de máquinas
impressoras banda estreita que
se focou em entregar um projeto
específico flexo x digital é a americana
Mark Andy com sua impressora
híbrida da linha Digital Series. A sua
camada de software DFE (Digital
Front End) e servidor de impressão
estão ancorados na plataforma Esko.
A máquina é a primeira efetivamente
projetada desde o início pensando
na integração entre o processo
flexográfico e digital inkjet com
branco opaco.
É evidente que existem dezenas,
centenas de combinações diferentes
para máquinas impressoras híbridas.
Cada uma com sua aplicação ideal,
mercado e relação custo x benefício.
A ideia deste panorama é o de varrer,
de forma superficial mas com boa
abrangência as características destas
máquinas – tendo em vista que a
fusão de processos de impressão
distintos para criar valor ao impresso
é tendência irrefreável do setor
gráfico, seja em mercados como o
de cartuchos ou de rótulos, onde já
se consolidou, até o de embalagens
flexíveis, onde é por ora, incipiente.
Por ora...
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ARTIGO
A pós um período de longo
debate nas dependências
da filial paulista da Zanatto
Soluções Gráficas, distribuidora de
insumos e equipamentos gráficos
(incluindo flexografia), uma de suas
representadas exclusivas, a Kodak, e
nossa equipe da revista – decidimos
levar adiante um projeto que durará
quatro edições e será pleno de boas
surpresas.
Conselho de amigo (aliás, quase um
“spoiler” da novela): guarde consigo
Um projeto incrível em parceria com a Zanatto, Kodak e ProjetoPack em Revista
num local especial esta edição e as
próximas três que estão por vir.
Aplicaremos em um impresso
flexográfico toda a tecnologia de
software e hardware da Kodak,
explicando passo-a-passo desde o
início – a escolha de uma imagem que
qualquer um poderia comprar em um
banco de imagens, passando pelas
operações de tratamento da imagem,
aplicação de recursos de pré-impressão
especiais, produção das chapas
flexográficas, impressão e acabamento.
A partir desta edição de número 50, você, estimado leitor, terá uma “novela” a acompanhar.
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Ao fim do projeto, na edição de
Janeiro/Fevereiro de 2015, o leitor
poderá confrontar o resultado final – o
impresso flexográfico acabado, com
a capa original em offset da mesma
edição. Será que a flexografia moderna
está mesmo apta a entregar resultados
tão bons quanto a rotogravura e
a offset? Desde o surgimento da
tecnologia Kodak Flexcel NX equipada
com a Kodak Square Spot, uma
revolução ocorreu em nossa indústria
e elevou a qualidade e a performance
da flexografia a níveis tão elevados que
os brandowners começaram a rever
seus conceitos sobre o processo. Até
mesmo a concorrência, de uma forma
geral, empreendeu uma corrida para
encontrar novos processos de geração
de imagens e chapas com grafismos de
topo plano e competir de forma mais
igualitária no mercado e favorecendo
a melhora contínua dos resultados
entregues pelas indústrias baseadas
em flexografia.
Este breve resumo é aquele
primeiro capítulo, onde se introduz os
personagens e se dá ao telespectador
uma ideia da trama. Participarão desta
novela gráfica a Kodak, uma empresa
que ao se reinventar, reinventou a
flexografia; a Zanatto, um distribuidor
de insumos e equipamentos que ocupa
posição de destaque no mercado e que
acredita no aprimoramento dos serviços
e do suporte técnico como diferencial
aos seus clientes e, como ator
coadjuvante, a ProjetoPack em Revista,
publicação técnica da ProjetoPack &
Associados, consultoria de impressão
líder no país e ligada à melhoria do
processo flexográfico deste sempre.
A trama está aí: provar que se
pode obter um resultado de alto
nível na flexografia com redução de
custos e ganhos de performance
operacional desde a pré-impressão até
o acabamento. Novos personagens
participarão e serão apresentados a
cada edição.
Agora pegue o seu dispositivo
móvel – tablet ou smartphone –
aponte para o QR Code e baixe a
imagem original, sem tratamento ou
manipulação alguma. Não esqueça –
será exatamente a imagem que você
baixou, a ser utilizada durante todo o
processo e ao longo das quatro edições
desta empreitada. Os critérios para a
escolha da imagem foram simples:
a) Uma imagem alegre, de cores vivas
e intensas;
b) Com tons neutros (grises, brancos,
cores metálicas etc.);
c) De áreas mínimas críticas para
impressão flexográfica;
d) Médio-alto contraste e áreas
de sólidos que demandam boa
cobertura.
Baixou a imagem? Então aguarde as
cenas dos próximos capítulos.
A redação
“ Aplicaremos em um impresso flexográfico toda a tecnologia de software e hardware da Kodak, explicando em detalhes cada passo do processo”
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Fusões e Aquisições
A sessão continua com mais uma notícia importante ao mercado
nacional: a compra da Tradbor, uma convertedora especializada na
produção de pouches pré-formados. As gigantes globais continuam,
mais do que nunca, comprando e consolidado o mercado. O destaque
nesta edição fica para a americana Coveris e seu apetite pelos países
emergentes, com duas aquisições em menos de seis semanas.
Fusões e Aquisições
CCL Industries adquire a convertedora alemã Fritz Brunnhoefer
Amcor adquire quinta convertedora em solo indiano
A pequena Fritz, sediada em Nurnberg, Alemanha, foi adquirida em sua totalidade pela CCL, pelo valor de $7.8 milhões (a empresa faturou $8.5 milhões em 2014 com EBITDA ajustado de aproximadamente $1.5 milhões).
“A aquisição serve de plataforma ao desenvolvimento e consolidação de nossa presença no mercado de etiquetas para bens duráveis alemão, trazendo novas relações comerciais nos setores industrial e aeroespacial”, completa Geoffrey T. Martin, presidente e CEO da CCL.
A gigante Amcor anunciou nova aquisição da convertedora de embalagens flexíveis indiana
Packaging India Private Limited – PIPL. Com três plantas localizadas no norte e sul da Índia e focadas eminentemente nos mercados de embalagens alimentícias e para cuidados pessoais, a PIPL faturou USD 40 milhões em 2014. Atualmente, a Amcor possui quatro unidades de flexíveis na Índia, nas regiões norte e oeste. A aquisição aumenta a participação da companhia no sul do país.
“A Índia é um mercado muito
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crescimento econômico, demografia
favorável e mudanças rápidas e
constantes no modelo do varejo”,
afirma Ron Delia, diretor e CEO
da Amcor. O valor anunciado da
transação foi de USD 26.4 milhões.
“ A Índia é um mercado muito atrativo para fabricantes de embalagens flexíveis, com forte crescimento econômico, demografia favorável e mudanças rápidas e constantes no modelo do varejo”,
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Fusões e Aquisições
TappLabel adquire Metro Label (a americana)
Mondi venderá sua unidade na Alemanha à Polifilm Extrusion
S ediada em Osterburken, a unidade produz filmes de polietileno para laminação e filmes para uso doméstico. A sul-africana Mondi assina acordo para a venda da unidade à alemã PolifilmExtrusionGmbH, por valor
não declarado. A venda faz parte da estratégia de desinvestimento em negócios que não são core da companhia.
AO grupo Gualapack, líder
mundial em spouted pouches
e envasadoras correlatas
adquiriu o controle acionário da
Tradbor Indústria e Comércio S.A.
(Tradbor Stand-up Pouches) em
São Paulo, capital. Juntamente com
a família Baumgarten, fundadores
da companhia, a Gualapack deverá
empreender novos projetos em
parceria e ampliar o leque de ofertas
em soluções de pouches e stand-up
pouches pré-formados.
“Estou empolgado com o anúncio da aquisição, que nos permitirá prosseguir com um importante trabalho de integração, sinergia e posicionamento para acompanhar o crescimento do mercado brasileiro”, concluiu Michele Guala, CEO do grupo Gualapack.
Gualapack Group adquire Tradbor Stand-up Pouches no Brasil
Sobre o grupo Gualapack
O grupo Gualapack resultou da fusão em 2010 de dois expoentes do setor de pouches pré-formados: as italianas Safta e Gualapack. Com a recente aquisição da Tradbor, o grupo passa a administrar cinco fábricas destes produtos em cinco países distintos: Itália, Romênia, Costa Rica, Ucrânia e Brasil.
A empresa também adquiriu participação acionária em duas fábricas chinesas: Guangzhou Secure Packaging, na cidade de Guandong, e Secure HY Packaging, em Jiangsu. As aquisições no mercado chinês ocorreram em parceria com a japonesa Hosokawa Yoko, uma convertedora de pouches pré-formados especializada na área médico-hospitalar.
“ Estou empolgado com o anúncio da aquisição, que nos permitirá prosseguir com um importante trabalho de integração, sinergia e posicionamento para acompanhar o crescimento do mercado brasileiro”
Coveris entra na América Latina com a aquisição da Olefinas, convertedora com operações no México e Guatemala
para Coveris-Olefinas. Clayton McNeel, CEO da Olefinas, completa: “A Olefinas já
desfrutou de muito sucesso no seu mercado de atuação e agora estamos bastante
empolgados em continuar a jornada ao lado de uma empresa global de embalagens
como a Coveris”.
E m apenas seis semanas, a Coveris adquiriu unidades em dois continentes distintos: a
Olefinas no México e Guatemala e a Elldex, na Nova Zelândia. “Nós estamos constantemente buscando formas de melhor atender nossa crescente base de clientes e expandir nosso alcance no mercado”, comenta Gary Masse, CEO da Coveris.
Com mais de 600 funcionarios e
fábricas na Cidade da Guatemala e San
Luis Potosi, a identidade será mudada
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A No fim do mês de Julho deste ano, a Bemis assinou acordo definitivo para a aquisição total
das operações da Emplal Participações,
tradicional companhia brasileira de
embalagens rígidas para alimentos e
bens de consumo.
Com duas fábricas no Brasil, a Emplal
auferiu receita de USD 75 milhões em
2014. A companhia norte-americana
aguarda os trâmites regulatórios para a
conclusão da operação ainda este ano.
O valor não foi divulgado. O portfólio
de produtos da Emplal passa a integrar
o amplo leque de produtos da divisão
Bemis Encompass™, de bandejas rígidas
pré-formadas, copos, blisters e tampas,
A gigante norte-americana Bemis adquire a Emplal Participações
e embalagens rígidas em chapas e
bobinas.
Sobre o grupo BemisFundado em 1858, o grupo Bemis
reportou vendas de USD 4,3 bilhões em
2014. Com mais de 17 mil funcionários
ao redor do mundo, a Bemis configura
entre as duas maiores companhias
globais de embalagens flexíveis.
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Fusões e Aquisições
A aquisição da Kong Rex, um proeminente estúdio de design brasileiro e da GSC,
uma agência de criação norte-americana sediada em New Jersey e a Alia, uma companhia de pre-media indiana tornam a Diadeis uma das maiores empresas provedoras de serviços de pre-media do mundo.
A Diadeis entrega design, pré-
impressão, mock-ups, projetos de
ponto-de-venda e editoração multi-
canal para grandes multinacionais
como Nestlé, Unilever e L’Oreal.
Soma-se o portfólio de clientes da
Kong Rex, que sozinho já congrega
clientes como Danone, Kraft Foods,
Marilan, Avon, Bunge e Ferrero.
Jean-Charles Morisseau,
presidente da Diadeis comenta:
“Estabelecer um escritório no
Diadeis adquire agência brasileira de design Kong Rex, com sede em São Paulo
Brasil nos traz inúmeros benefícios.
Primeiro, nos garante uma plataforma
local de atendimento às empresas
globais que estão investimento
na região. Segundo, nos permite
fortalecer o elo de crescimento para o
mercado latino-americano”.
Marco Aurelio Kato, fundador
da Kong Rex conclui: “Existe
definitivamente um lugar no nosso
país para um player como Diadeis.
O mercado necessita de uma oferta
integrada de design e serviços
de pre-media. Com a expertise
da Diadeis em pré-impressão e
estrutura de tecnologia, estamos
ainda mais aptos a ofertar um
serviço amplo e diferenciado aos
clientes em toda a América Latina.
Estamos olhando à frente nessa
aventura com a Diadeis”.
“ Existe definitivamente um lugar no nosso país para um player como Diadeis. O mercado necessita de uma oferta integrada de design e serviços de pre-media...”
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Luis Felipe Novello
Economista, Mestre em Administração de Empresas pela UFRGS, Professor Universitário, Consultor de Empresas e Diretor da Novello Assessoria
Econômica, Contábil e Projetos S/S Ltda.
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A Importância dos Contratos e seus complicadores nas operações de Fusões e Aquisições (M&A)
M uito se tem falado sobre a
crescente onda de fusões
e aquisições (M&A), a
que hoje estão sendo expostas
grande parte das empresas em
âmbito mundial. No Brasil, não tem
sido diferente.Nos últimos anos,
inúmeras empresas passaram por
esta experiência. Como ocorre em
praticamente tudo na vida, algumas
resultaram positivas e outras, nem
tanto. Passada a euforia inicial, as
que resultam frustradas, via de regra,
terminam por contribuir para o
aumento das estatísticas da justiça
ou dos tribunais arbitrais nacionais
e internacionais, em busca da
resolução de situações não pensadas
ou mal estruturadas no momento da
contratação das referidas operações.
Assim, procuraremos
apresentar os principais passos
que envolvem estes processos,
assim também como alguns dos
instrumentos técnicos e jurídicos
que frequentemente são utilizados
como ferramentas reguladoras, em
especial, os contratos.
A relevância de um bom
acompanhamento técnico
interdisciplinar e de uma boa e
correta contratação decorre da
própria premissa inicial do processo
de fusões e aquisições (M&A),
que em sua base é altamente
conflituosa em seus interesses,
apesar de transparecer-se sempre a
ideia de colaboração, crescimento,
ajuda, complementariedade de
objetivos e produtos como nortes de
aproximação para a efetivação das
operações entre as partes. Todavia,
nunca podemos esquecer que de um
lado estão vendedores e de outro,
compradores. Os primeiros buscando
a todo instante negociar a valorização
de seus ativos, defendendo os
cenários positivos utilizados nos
seus trabalhos de “valuation” e
salientando seus pontos fortes para
que estes sejam plenamente aceitos e
incorporados ao preço.
De outro lado os compradores,
ao exercerem o seu poder de donos
do dinheiro, procuram agir de
forma absolutamente contrária,
apresentando a todo o instante os
riscos da economia, do mercado, da
empresa e utilizando-se de empresas
de consultoria e auditoria nos
processos de “due diligence”, algumas
vezes de forma velada e em outras
nem tanto, buscando contingenciar
passivos e recalcular projeções que
acabam por reduzir o preço – isso
quando já não contribuem para o
encerramento das tratativas ainda
nesta fase inicial.
Para um correto regramento e
para a escolha da melhor postura
a ser adotada pelas partes no
processo, é importante que se defina
claramente o tipo de transação que
se está por realizar. Negociações do
tipo “one-to-one” (que contemplam
apenas um potencial comprador)
tendem a ser menos conflituosas que
as do tipo “private bid”(em que vários
possíveis compradores participam
do processo negocial), assim como
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as operações em que a compra e
venda das participações societárias é
total tende a gerar menor conflito de
interesses após o processo do que as
operações de aquisição parcial, em
que torna-se imperioso o regramento
não apenas das operações pós
processo, como também das novas
condutas a serem adotadas pelas
partes, que nem sempre possuem a
mesma forma de conduzir e analisar
as variáveis de mercado ou mesmo as
ferramentas de gestão do negócio.
Nesta linha, alguns documentos
preliminares são fundamentais
para dar-se a segurança jurídica
necessária às partes, principalmente
ao vendedor que, na fase negocial,
fica mais exposto ao fornecimento
de informações confidenciais e
estratégicas de seu negócio. Isto,
sem ter a certeza efetiva de que a
operação irá se concretizar. Esta
exposição torna-se ainda mais
evidente quando as negociações
não estão sendo realizadas com
fundos de investimentos, mas sim
com empresas maiores, concorrentes
e líderes em seu setor, ávidas
pela compra de mais participação
no mercado e por informação
privilegiada. Para estas situações
a assinatura de um Contrato de
Confidencialidade regrando as
responsabilidades das partes
pelas informações recebidas é
fundamental.
Outro documento preliminar
importante, no caso das operações
“one-to-one” é o Contrato de
Exclusividade de Negociação, que
visa dar equilíbrio aos interesses
do comprador, uma vez que este
necessita de segurança jurídica
para investir valores substanciais
“ A estes documentos geralmente está associada uma Carta de Intenções ou Memorando de Entendimentos”
na contratação de empresas de
suporte jurídico e de auditoria e
que demandam, não raras vezes,
investimentos significativos.
A estes documentos geralmente,
está associada uma Carta de
Intensões ou Memorando de
Entendimentos “MOU”, que possui
a natureza de contrato preliminar
onde são regradas as condições
e premissas básicas do negócio,
inclusive as relacionadas à forma
de realização da due diligence, o
cronograma de trabalho, os prazos
para apresentação dos documentos
e das propostas vinculantes ou
confirmação de intenções, entre
outras situações particulares a cada
caso negocial.
Assim, regradas e cumpridas
estas fases iniciais e após realizadas
as devidas diligências necessárias
( jurídica, contábil, previdenciária,
ambientaldentre outras), que
podem variar, dependendo do setor
em que estiver sendo realizado o
processo, cabe às partes a redação
do documento que formalizará
efetivamente a transação, o Contrato
de compra e venda.
Deve ficar claro que este
documento, por princípio, é um
instrumento que visa, além de regrar
os passos e condições negociais,
também minimizar os riscos de
eventuais divergências futuras
decorrentes do negócio. Suas
cláusulas devem ser claras, objetivas
e abrangentes ao maior número de
possibilidades. Está longe de ser um
documento simples. Neste contexto,
cabe o alerta de que até algo que
aparentemente pode parecer básico,
como a descrição e estabelecimento
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“ Contratos com cláusulas de Earn-out tendem a ampliar os riscos de conflito em relação àqueles com preço pré-estabelecido”
do preço e forma de pagamento
pode gerar litígios importantes
no futuro. Contratos com cláusula
em que parte do preço é pago no
ato da transação e parte no futuro,
vinculadas a cláusulas e critérios pré-
determinados de resultados futuros
(Earn-out), tende a ampliar os riscos
de conflitos em relação àqueles em
que o preço já se encontra pré-fixado,
independentemente do cumprimento
de metas baseadas em faturamentos,
realização de lucros, montantes de
margens de contribuição “EBITDA”.
Isto ocorre porque, a partir do
momento da transição e mudança
da composição societária, conflitos
de entendimento na condução do
negócio podem surgir, oriundos por
exemplo da contratação de um novo
leque de despesas administrativas
que fatalmente tendem a ocorrer,
e que geram impacto direto
significativo sobre estas condições de
desempenho futuro estimadas.
Apesar de muito utilizado
como ferramenta, principalmente
pela parte compradora na
expectativa de manterem os antigos
proprietários engajados e motivados
a participarem dos processos de
transição, o “Earn-out”apresenta
riscos significativos de conflitos
nas transações que envolvam
pagamentos atrelados a cláusulas
de desempenho futuro. Recomenda-
se assim, que este período de
permanência não se estenda além do
estritamente necessário.
Por estarmos lidando com
expectativas, várias cláusulas, não
menos importantes devem ser
pensadas e regradas, além da do
preço. Dentre estas podemos citar
as cláusulas de saída, aplicadas em
uma eventual rescisão contratual;
cláusulas de não concorrência futura
por parte dos sócios retirantes,
de não aliciamento, de existência
do princípio de boa-fé objetiva,
das garantias, da necessidade
de aprovação por terceiros, do
regramento do processo de
tributação, da forma de pagamento
dos honorários de assessores,
das obrigações indenizatórias,
declarações e garantias, entre outras.
Por fim e sem termos a presunção
de esgotarmos o assunto, ressaltamos
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que a orientação e elaboração
adequada dos documentos de
suporte às transações coorporativas
são um instrumento de minimização
de riscos inerentes ao processo,
devendo de forma compulsória serem
implementadas para que se evitem
dissabores, surpresas e decepções
futuras nos processos de M&A.
A complexidade, aliada ao
conflito de interesses associados aos
mesmos, necessita de um regramento
sólido para que a euforia inicial não
se transforme no futuro em uma em
enorme fonte de dor de cabeça.
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O mundo continua avançando,
ainda que devagar,
enquanto por aqui, estamos
retrocedendo e a cada dia que
passa, reduzindo ainda mais nossas
previsões de crescimento para o ano.
Vemos os investimentos na indústria
de transformação minguarem e
ninguém aposta em aumentos de
capacidade de produção de resinas
na região, para os próximos anos.
Já na terra do Tio Sam, os projetos
baseados em gás de xisto continuam
a todo vapor, mesmo com o petróleo
permanecendo abaixo dos US$ 60
o barril. Tanto os novos “crackers”,
As “nem tão boas” perspectivas para o PE no Brasil e no Mundo
para gerar matérias primas básicas,
como as plantas de derivados
petroquímicos, já estão saindo do
papel e virando realidade. A Lyondell
Basell, por exemplo, acabou de
completar a expansão da sua unidade
de craqueamento de eteno em
Channelview, Texas.
Ao mesmo tempo, o mercado
doméstico americano continua
em crescimento. A taxa média de
ocupação das plantas de polietileno
nos EUA alcançou 95% no 2º
trimestre de 2015. O consumo interno
tem sido tão forte, que as empresas
estão limitando a disponibilidade de
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produto para exportação. Por isto
temos visto preços altos nesta região,
em comparação aos preços asiáticos.
Enquanto as novas plantas de escala
mundial não ficam prontas, o que
deve começar a acontecer em 2016,a
tendência ainda é de aumento dos
preços de PE no país, pelo menos nos
próximos meses.
Com início de produção previsto
para final de 2015, a planta de
polietilenos da Braskem-Idesa deverá
somar mais de 1 milhão de toneladas
às atuais 20 milhões de toneladas
de capacidade anual do mercado
norte americano e contribuir para
aliviar a escassez. Com maior oferta,
já no próximo ano, os preços já não
terão muito espaço para seguir
aumentando.
Na Europa, o mercado de
commodities petroquímicas começou
a dar sinais de retomada em 2015. A
demanda interna ainda se recuperou
definitivamente mas, graças à
queda nos preços de petróleo
e, consequentemente, da nafta
petroquímica, as empresas voltaram
a exibir margens mais saudáveis e
taxas crescentes de ocupação das
plantas, motivo de comemoração dos
“players” europeus.
O patinho feio este ano tem sido
a China, que mesmo em um cenário
de baixo crescimento, comparado
aos últimos anos, ainda é o maior
consumidor mundial de resinas. O
mercado chinês continua bem abaixo
das expectativas e a fraca demanda
de Julho fez os preços atingirem o
menor patamar dos últimos 4 meses.
E não há muita esperança para a
segunda geração em ver suas margens
aumentarem, se o preço de petróleo
continar nestes níveis. Com o mercado
demandante fraco e aumento da oferta,
através das novas capacidades entrantes
na região, a maior possibilidade é
vermos os preços se estabilizarem em
baixa nos próximos meses.
“ O patinho feio este ano tem sido a China, que mesmo em um cenário de baixo crescimento, comparado aos últimos anos, ainda é o maior consumidor mundial de resinas”
Simone Teixeira L. de Faria
Experiência em consultoria de pesquisa e análise de mercado na América Latina, tendo realizado trabalhos para empresas nacionais e estrangeiras,
nos segmentos químico e petroquímico. [email protected]
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Uma tendência, ainda em
maturação no mercado asiático
é a troca de matérias-primas nos
“crackers” da região. O GLP (ou
LPG em inglês, Gás Liquefeito de
Petróleo, um mix de Propano e/ou
Butano principalmente) está cedendo
lugar à nafta, atualmente mais
barata. Se essa substituição ocorrer
em grande escala, haverá menor
produção de eteno. O craqueameto
da nafta gera muitos subprodutos
importantes, como aromáticos
(benzeno, tolueno e xileno), mas
pouca quantidade deste gás,
comparativamente ao GLP. Havendo
menor disponibilidade de eteno para
a produção de resinas poderemos ver
os preços aumentarem novamente,
proporcionando melhores margens
aos produtores no médio prazo.
Por aqui, o maior imbróglio
é o contrato de venda de nafta,
que vence no final de Agosto
e já no terceiro aditivo. Mesmo
em período de demanda fraca o
transformador se preocupa com a
possibilidade de desabastecimento
local, principalmente no momento
atual, com dólar na casa dos R$3,50,
encarecendo a resina importada.
“ O craqueameto da nafta gera muitos subprodutos importantes, como aromáticos (benzeno, tolueno e xileno), mas pouca quantidade deste gás, comparativamente ao GLP”
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ARTIGO
C omo leitor da ProjetoPack
em Revista, já li inúmeras
vezes, em artigos de pessoas
diferentes, a frase de que “Quem
não mede, não controla”. Como
profissional gráfico especializado
em manutenção de máquinas e
gerenciamento de ativos industriais,
percebo com grande frustração que o
setor de manutenção é um dos mais
carentes em relação ao tema. Quando
muito, há um indicador para o tempo
parado dedicado à manutenção das
máquinas, mas isso é muito pouco,
quase nada. Apesar de um pouco
sumido da revista em virtude do
Implantando indicadores de performance ao setor de manutenção
excesso de trabalho, um dos últimos
artigos que escrevi tratava a respeito
da ferramenta TPM – Manutenção
Produtiva Total.
Mais do que nunca, com uma
economia estagnada e previsões
incertas, as indústrias de embalagens
e rótulos precisam aproveitar ao
máximo as horas disponíveis para
produzir de todas as suas máquinas
e enxugar também ao máximo, os
custos com manutenção, reposição de
peças, mão-de-obra terceirizada etc.
Ao implantar um programa TPM,
dois indicadores importantes passam
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a fazer parte da rotina da manutenção:
MTBF e MTTR. Vamos falar um pouco
sobre cada um destes dois?
MTBF – Mean Time to Between Failures (Tempo Médio Entre Falhas)
O indicador MTBF descreve o
tempo esperado entre duas quebras
de máquina que podem ser reparadas
no processo. O MTBF é usado como
um indicador de confiabilidade de
uma máquina ou equipamento,
medindo o índice de falhas aleatórias
(excluindo falhas sistemáticas de
projeto ou defeitos de fabricação)
sem considerar o desgaste pelo uso.
O MTBF é dado em horas e quanto
mais alto o valor, mais confiável é o
equipamento. Quando um sistema é
composto por diversos componentes,
cada uma das falhas dos
componentes é somada, assumindo
que a quebra é algo sistêmico onde
cada parte afeta a outra.
Calcula-se o MTBF considerando
o tempo total de produção de
sua impressora ou outra máquina
qualquer (muitas empresas utilizam,
ao invés do tempo de produção o
tempo em horas ligada) e dividindo
pela frequência de falhas ou quebras,
normalmente se acompanha o
indicador de forma estatística.
Como todo tipo de receita de
gestão, há aspectos positivos e há
os controversos. Porém, acho que o
mais importante no monitoramento
do MTBF é que, se a empresa não
dispõe de um software para gestão
da manutenção, é muito difícil olhar
para cada máquina da fábrica em
tempo real e perceber qual o nível de
criticidade de parada por problemas
ligados à manutenção.
MTTR - Mean Time to Repair (Tempo Médio de Reparo)
Este indicador trata da soma do
tempo total de reparos dividido pelo
número de paradas que ocorreram
no período em que foi mensurado.
Nesta perspectiva, podemos analisar
e ver que o MTTR ajuda a avaliar
o desempenho da sua equipe
de manutenção, seus métodos e
processos bem como monitorar a
“gravidade” dos problemas que
vão surgindo, fruto não apenas das
práticas operacionais, mas também
da deterioração ou depreciação
acumulada.
Sabemos agora que as maneiras
de calcular os dois índices são
complementares enorteiam seus
Rafael Melo Pedreira
Professor de impressão offset na Escola SENAI Theobaldo De Nigris
trabalhos com relação ao sistema de
gerenciamento da manutenção em
sua empresa.
Vale lembrar que se você
multiplicar o índice MTTR pelo custo da
hora máquina de de sua produção e,
novamente, multiplicar pelo MTBF, terá
o custo médio de manutenção de sua
empresa em um determinado período.
Este dado pode balizar uma
projeção anual de despesas com
manutenção ou no estudo de
viabilidade para aquisição de um
novo equipamento, em comparação
a outro já instalado na sua gráfica ou
convertedora.
Não há mais desculpas para começar,
mesmo que de forma embrionária,
a implantar alguns indicadores ao
departamento de manutenção. No
próximo artigo, falaremos de mais
alguns deles, a exemplo do TMA ou
Tempo Médio de Atendimento dos
manutencistas aos chamados no chão-
de-fábrica. Até lá!
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