Projetos Sociais Em Contextos Especificos__UnidadeIII

5/10/2018 Projetos Sociais Em Contextos Especificos__UnidadeIII - slidepdf.com

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3 A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO NOSERVIÇO SOCIAL

3.1 A importância da pesquisa na trajetória doServiço Social

Que tipo de pesquisa usar em serviço social?

O ensino e a prática de pesquisa em serviço social são algonovo. Os métodos tradicionais dominantes nas ciências sociais,que tentam reduzir a ciência num único método ou das ciênciasnaturais ou exatas, ou mesmo o método dialético?

O método tradicional e positivista, porém quantitativo,apenas descreve o fenômeno, não construindo uma visãocrítico-compreensiva do social, que estimule e favoreça suatransformação, ou seja o método hipotético-dedutível.

No serviço social, haveria uma prevalência nos métodosqualitativos; entre os métodos qualitativos, podemos salientara observação participante.

A alternativa dialética seria uma melhor alternativa para aprodução do conhecimento social, pois favorece o entendimento,a compreensão da realidade, a dinâmica dos processos sociais.A fenomenologia é outra opção de método baseado nasubjetividade. Criticas se colocam em todas elas.

Assim, conclui-se que a pesquisa não pode se ater apenasa aspectos objetivos da realidade social, mas também aspectos



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PROJETOS SOCIAIS EM CONTEXTOS ESPECÍFICOS

subjetivos que compõem essa realidade. Os sujeitos devem servistos em sua totalidade humana, como sujeitos de emoção,sentimentos, valorização, simbolização, e se interagem de formadialética, indivíduo e coletividade. Portanto, o serviço social nãotem uma especificidade.

A preocupação em excesso em procurar o método maisadequado levou os profissionais a deixar em segundo plano oobjeto e os resultados e a direção social do conhecimento.

A relação mecanicista do pesquisador em relação ao objetoperdurou por mais de trinta anos desde o nascer da profissãono Brasil. Na segunda metade da década de 1960, inicia omovimento de desconstrução do saber e práticas baseadas na

influência europeia e americana, desencadeando o processo dereconhecimento de nova identidade social latino-americana.A análise do real defrontou-se com o metodologismo em quepredominava a superposição de métodos com o diagnósticosocial para a ação profissional.

A pesquisa em serviço social só tornou-se disciplinaobrigatória na formação profissional dos assistentes em 1982,embora algumas instituições de ensino já tivessem essa disciplinaem seu currículo.

É após o processo de reconceituação e a construção de umaidentidade social latino-americana que a preocupação com oconhecimento se torna importante. É nesse período que surge,na década de 1970, o programa de pós-graduação em serviçosocial e convalida nos órgãos oficiais do campo de serviçosocial a pesquisa e o estudo na formação de um referencialteórico ampliado. A PUC São Paulo inaugura esse espaço depesquisa, formando mestres e doutores dos quais se exigia o

aprofundamento na teoria, em metodologia científica.

Órgãos como a Coordenação de Aperfeiçoamento dePessoal de Nível Superior (CAPES) e o Conselho Nacional de

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Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) da área doserviço social como campo específico de pesquisa foram umaconquista que favoreceu o financiamento da pesquisa emserviço social.

O serviço social tem ainda, a Associação Brasileira dePesquisa e Ensino em Serviço Social (ABEPSS) – cujo nomeinicial, Associação Brasileira de Escolas de Serviço Social (ABESS)foi alterado para incluir a pesquisa.

A pesquisa em serviço social, como em outras áreas, édesconectada; não se trabalha em rede; ela ainda sofre oisolamento de outras ciências, considerando a visão mecanicistado conhecimento não compartilhado. Fazem-se necessárias

pesquisas que possam aglutinar diferentes saberes, compondode forma interdisciplinar o conhecimento abrangente.

Esse quadro referencial de eixos temáticos, adotado peloscentros produtores de estudos e pesquisa, permitiria a agregaçãode pesquisadores e de resultados de estudos. A constituição emrede de centros, núcleos, grupos de pesquisa é fundamental parao mútuo conhecimento

Segundo Iamamoto (2004, p. 12-13), existem alguns eixos

temáticos aglutinados por ela.

A pesquisa surge como uma preocupação formativa da basecurricular. Isso é discutido na proposta de um novo currículoapós o movimento de Reconceituação. Trata-se de um desafio aser enfrentado e proposto pelas novas diretrizes curriculares, ouseja, garantir uma formação profissional à base da pesquisa e soba ótica pluralista, que supõe relações democráticas construídasna interlocução crítica entre portadores de perspectivas político-

ideológicas diferenciadas.

Porém, ao mesmo tempo em que muito já se fez e seconquistou, nas duas últimas décadas do século 20, a pesquisa

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continua sendo uma exigência do mundo contemporâneo quecolocam à profissão.

Segundo Ana Maria Quiroga (Cadernos Abess 1993, p 20)conclui, “Não podemos negar que a tradição da pesquisa está

restrita à Universidade, mais especificamente ao nível da pós-graduação.”

A tendência em aceitar que produzir conhecimento é

competência apenas de docentes, de especialistas e que deveocorrer no espaço acadêmico é uma visão conservadora edesatualizada do serviço social. Essa forma de pensar nãofavorece um novo olhar sobre a questão, e a falta de incentivoe investimento não preparam o profissional como pesquisador.

Romper com a dicotomia prática profissional e pesquisa científicaé o desafio que se coloca à profissão.

Pesquisar permite uma maior apreensão da realidadee instrumentaliza o profissional a desenvolver práticascomprometidas com mudanças significativas, no contexto emque se insere e em relação à qualidade de vida do cidadão.

Segundo Bourguignon (2007, p. 46), “O Serviço Social comoprofissão sócio-histórica tem em sua natureza a pesquisa como

meio de construção de um conhecimento comprometido comas demandas específicas da profissão e com as possibilidades deseu enfrentamento”.

É fundamental avançar no processo de produção deconhecimento, como elemento de transformação da realidadesocial pela mediação do trabalho, reconhecendo o conhecimentocomo uma das expressões da práxis, como uma das objetivaçõespossíveis do trabalho humano frente aos desafios colocados pela

relação entre o homem, a natureza e a sociedade.

A atitude investigativa está fundamentada na relaçãodinâmica entre teoria e prática, fazendo parte da profissão

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buscar compreender criticamente os fenômenos sociais parafundamentar suas intervenções. Muitos profissionais ainda nãocompreendem essa dinâmica, fragilizando o fazer profissionale o compromisso social. Há uma preocupação com a falta dereconhecimento do sujeito-cidadão, que está presente no

projeto ético-político da profissão.

O grande desafio para o pesquisador assistente social, quese preocupa com a centralidade do sujeito, é fazer valer o papeldeste como construtor de sua história e através da pesquisa,fazer uso de sua voz, de sua experiência e de seus saberes. Opovo é o sujeito da pesquisa, e não o objeto de estudo, e sabeintervir em sua própria realidade com autonomia e assim fazera transformação de conflitos em ganhos para a organização da

sociedade.Essa relação com o sujeito se faz por meio da pesquisa de

natureza tanto quantitativa quanto qualitativa. O sujeito écompreendido dentro de sua subjetividade e/ou materialidadeque não só aspectos econômicos, mas de uma relaçãocotidiana. Programas e projetos sociais são mensuráveis,avaliados para questionar a qualidade e o alcance de suasações.

A questão que se coloca hoje é se os procedimentosmetodológicos de pesquisa atentam para a questão dacentralidade do sujeito e o que o assistente social está fazendocom os resultados adquiridos nesse processo de investigação paraa consolidação dos direitos sociais fundamentais do cidadão.

Assim, o compromisso profissional com a pesquisa deve sairdo meio acadêmico e ser referencial metodológico para a açãoprofissional, alargando seus horizontes e potencializando seus

objetivos, suas competências e habilidades.

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Se antes cabia o dilema entre formar um profissionalinterventivo e não um pesquisador, hoje essa discussão se recolocaem outras bases. Não se pode mais pensar em um profissionalmeramente técnico-operativo, nem em um profissional teóricogeneralista que conhece as grandes determinações da sociedade

mas não consegue nem exercitar as necessárias mediações ouexercícios de operações de conceitos, nem se inserir criticamenteem relação aos fenômenos com os quais se depara.

Bourguignion (2007, p.46) diz:

A pesquisa no fazer profissional permite, portanto aoprofissional assistente social, conhecer a realidadealém das aparências, apreende-la dentro de um

contexto ampliado e real mesmo que provisório, masperceptível dentro de uma teia onde o problema évisto de maneira dentro das relações de produção ereprodução da vida cotidiana.

3.2 Eixos temáticos

Segundo Iamamoto, são considerados eixos temáticos ossegmentos colocados em evidência pela ação do Serviço Sociale pesquisa.

São eixos que se destacam pelo número de intervençãopública ou privada. São eles:

• políticas sociais (Estado e sociedade civil);

• trabalho (processos, relações com as políticas públicas,serviço social);

• cultura e identidade (processos e práticas sociais);

• família (relações de gênero, geração, sociabilidade,violência e cidadania);

• formação profissional, fundamentos e exercícios;

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• movimentos sociais (processos organizativos emobilização popular).

Políticas sociais

Estado e sociedade civil, saúde, assistência social, previdênciasocial, avaliação de políticas, projetos e progresso.

Identidade, cultura e equidade

Ética, cultura, direitos humanos, etnia, gênero, orientaçãosexual, cultura, identidade e práticas sociais.

Segmentos sociais (ciclo de vida)

Infância, adolescência, juventude, família, terceira idade,envelhecimento.

Serviço social

Trabalho e prática, formação profissional.

Trabalho

Reestruturação produtiva.

Questão urbana e rural

Movimento social, meio ambiente. Questão agrária, meioambiente e movimento social.

3.3 Terceiro setor

Iamamoto ressalta ainda que há uma tendência emsegmentar os sujeitos sociais a partir de necessidades(crianças, adolescentes, idosos etc.), o que restringe avisibilidade das demandas/necessidades coletivas de classe,

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favorecendo focalizações e desconectando-as com asrelações sociais.

Outras frentes de pesquisa são desenvolvidas como asutilizadas no curso de pós-graduação da Pontifícia Universidade

Católica de São Paulo. Segundo o site da universidade, as frentesde pesquisa são:

Políticas sociais

Estuda a política social na sociedade capitalista, suagênese e desenvolvimento; as perspectivas de análisedas políticas sociais; as políticas sociais e lutas sociais nasociedade civil e no Estado; a seguridade social e direitos

na Constituição brasileira; a particularidade da assistênciasocial no Brasil; a reforma do Estado e o novo trato àquestão social e o debate do terceiro setor no contexto dastransformações do capital.

Processo de trabalho e classes sociais

Estudo das alterações que ocorrem no processo de trabalhonos diferentes setores da economia e seus impactos no mundodo trabalho. Análise das propostas do Estado e da sociedade civil

no enfrentamento das expressões da “questão social”, derivadasda relação capital e trabalho. Análise da estrutura de classes nocapitalismo contemporâneo.

História e concepções contemporâneas do serviçosocial

Análise do surgimento e da institucionalização do serviçosocial. Exame dos fundamentos teórico-metodológicos e ético-

políticos do serviço social. Estudo da agenda contemporânea doserviço social. Análise da formação, do espaço sócio-ocupacionale de práticas do serviço social.

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Teoria social e serviço social

Análise das relações entre as matrizes clássicas da teoriasocial e a constituição do serviço social. Estudo da incidênciadas ciências sociais no desenvolvimento do serviço social.

Temas urbanos

Estuda as contribuições teóricas e metodológicas sobrea cidade; as transformações urbanas; os processos sociaise as representações sociais da territorialidade; as redes deprodução e circulação; as políticas públicas de desenvolvimentolocal integrado e sustentável, habitação, meio ambiente,transporte, poder local e gestão pública das cidades, violência

urbana; trajetórias e construções identitárias; redes sociais esociabilidade.

Cultura e movimentos sociais

Análise da dimensão cultural dos fluxos globais, dos processosde subjetivação e de construção de identidades coletivas; osmovimentos sociais – urbanos e rurais – e suas relações como Estado e o mercado; a cultura política, as ações coletivas eas inovações institucionais; a participação, as relações de poder

e a cidadania; as experiências de democracia participativa noBrasil; as relações de gênero, intergeracionais e interétnicas nosespaços públicos e privados.

Estado, sociedade e direitos humanos

Investigação das relações entre Estado/sociedade civilna configuração de um campo de lutas sociais centradas nasmúltiplas expressões dos direitos humanos, e suas implicações

na formulação de políticas públicas. Estudo das condições deconstrução democrática e do fortalecimento da esfera pública,no quadro da mundialização da economia e da cultura, para aimplementação de políticas de direitos humanos, contemplando

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análises de suas determinações de classe, gênero, étnicas eenfoques geracionais.

Democracia e globalização

Análise da problemática da democracia no contexto daglobalização da política: os novos constrangimentos à soberaniado Estado-nação e os projetos democráticos; as tensões entre aampliação da democracia, com as novas dimensões da cidadania,e os sistemas concentrados de poder; as exigências da extensãoglobal da cidadania e os obstáculos que lhes são postos pelasnovas relações internacionais e o conteúdo democrático dosmovimentos sociais antiglobalistas.

4 ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA – 1ªETAPA

4.1 O início

A decisão é a primeira etapa de uma pesquisa; o pesquisadorse vê a frente de um problema e resolve investigá-lo. Pesquisarnão é fácil, escolher o que e como investigar é tarefa difícil,pois exige do pesquisador dedicação, persistência, paciência eesforço contínuo.

Frente a um problema, o pesquisador deve ter um objetivo definido, para não se perder em seu foco de pesquisa. O objetivodeve ser limitado e claramente definido. O objetivo auxilia nosestudos do problema, o que pesquisar, selecionar o material e osmétodos de coleta, assim como os instrumentais.

Para que a pesquisa seja concluída, precisa-se planejar,imprimir uma ordem lógica, situar-se no tempo e no espaço,

verificando possibilidades de recursos materiais, humanos eteóricos já existentes sobre o problema.

A pesquisa pode ser realizada por uma pessoa ou por umgrupo de pessoas que devem ser treinadas.Pode também ser

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solicitada por um órgão publico ou instituição privada, oumesmo por interesse próprio do pesquisador.

O tema é o assunto que se deseja estudar e pesquisar. Otema deve ser coerente com a proposta de estudo.

Para a obtenção de dados, podem ser utilizados observação documental, de pessoas (historia oral) ou bibliográfica.

A observação sobre o referencial bibliográfico se remete aum apanhado geral sobre os principais trabalhos já realizados efornecem dados atuais e importantes para o estudo do tema. Oestudo de literaturas auxilia ainda a diminuir erros, conhecer oque já tem escrito sobre o tema, não repetir pesquisas, inovar,

orientando as indagações. Antes de iniciar uma pesquisade campo, o primeiro passo é a analise de todas as fontesdocumentais que sirvam de suporte para a pesquisa, e conhecero problema.

O problema que surge frente ao pesquisador é umadificuldade teórica ou pratica, no conhecimento de algumacoisa de real importância, para a qual se deve uma solução.Na definição de um problema, deve ter clareza, objetividade,concisão.

Sobre o problema precisa-se pensar em:

a. viabilidade;

b. relevância;

c. novidade;

d. conclusão válida;

e. oportunidade.A partir do problema, levantam-se hipóteses, que são

respostas prováveis para o problema. Quanto mais delimitado

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o problema, maior facilidade de pesquisar e de melhoresresultados.

Após o problema estar delimitado, com objetivos claros e oreferencial teórico levantado, as hipóteses podem ser construídas.

A hipótese deve ser testada, refutada ou aprovada. Serve de guiapara a investigação. Nos estudos meramente exploratórios oudescritivos, não há necessidade de hipóteses. Elas devem sersimples e de fácil verificação.

Se tenho uma dúvida (um questionamento) sobredeterminado problema, faço tentativas de solução e antecipoprováveis respostas ao meu problema, isso é o que chamamosde hipóteses. As hipóteses são formadas por variáveis, as quais

pode ser dependentes ou independentes.A variável independente (X) influencia, determina ou afeta

outra variável. A variável dependente (Y) representa os valores aserem explicados, descobertos, medidos.

Se um trabalhador está desempregado logo ficará comfome.

X= desemprego

Y= fome

Causa ________________ Efeito(X) (Y)

A amostra é uma parcela do universo de pesquisa a serestudado, que representa parte dela. Não precisamos estudartodos os trabalhadores desempregados (universo da pesquisa)

para saber que logo passarão fome. Usa-se a amostragem para teros mesmos resultados e com pouca margem de erro. A amostra,porém, deve ser representativa do universo da pesquisa. Porexemplo, se quisermos conhecer a participação da mulher na

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política, podemos pegar uma parcela dessas mulheres e estudar.As mulheres do Estado de São Paulo fazem parte desse universoe são uma amostra do todo.

Existem dois tipos de amostras: a probabilística ou aleatória,

nas quais todos têm a chance de participar, existe a mesmachance para todos os participantes do universo da pesquisa deserem sorteados.

A amostra não probabilística é formada de maneira acidentalou proposital. Podemos ir pegando dados dos elementos queaparecem até termos uma quantidade satisfatória de amostra.Pode-se correr o risco de não ter um dado mais representativo.Pode ser intencional: por exemplo, todos os líderes religiosos de

uma determinada comunidade.Após esses caminhos percorridos, é necessário selecionar os

métodos e técnicas de pesquisa. Tanto os métodos quanto astécnicas devem ser adequados ao estudo do problema. Nuncase utiliza apenas um método ou uma técnica, mas todos os queforem necessários.

A coleta de dados é a etapa em que se inicia a aplicaçãodos instrumentos de pesquisa. A coleta deve obedecer a

prazos, a orçamento e a preparo do pessoal. Após a coletade dados, estes devem ser selecionados, transformados emsímbolos, numerados por categorias, fazer a tabulação e aconstrução de tabelas e gráficos.

A análise é subsequente à coleta dos dados e interpreta osdados coletados, buscando confirmar ou refutar as hipóteseslevantadas anteriormente.

Existem alguns tipos de pesquisa de campo: quantitativa,qualitativa, exploratória e experimental e descritiva.

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A pesquisa pode ser descritiva, quando o pesquisadorobserva, registra, analisa e correlaciona fatos ou fenômeno. Opesquisador não interfere no objeto da pesquisa.

A pesquisa experimental, apoiada no postulado do

positivismo, consiste em submeter um fato à experimentaçãoem situação de controle. O pesquisador interfere na realidade;é criada em laboratório, para observar a reação que há entre osfenômenos.

Foi utilizado como único método científico em ciênciasnaturais e humanas e sociais. Para aplicação desse método, ofenômeno é delimitado e levantam-se hipóteses prévias. Daísaem leis e generalizações acerca do fenômeno.

Utiliza dados quantitativos extraídos pelo uso damatemática. O pesquisador deve abstrair-se de todasubjetividade passional que conduz ao erro, para assumiruma neutralidade. Elege leis que regem e explicam as relaçõescausais entre os fenômenos e para comportamentos e fatos.Preconiza que o mesmo método utilizado na nas ciênciasnaturais deve servir para as ciências do homem.

Esse método sofreu várias críticas e denúncias sobre a

pretensa neutralidade e o uso apenas da pesquisa quantitativa.A pesquisa qualitativa entra como parte significante naavaliação dos fenômenos nas ciências sociais e humanas.

A pesquisa qualitativa é contrária ao modelo experimental,que defende um padrão único de pesquisa para todas asciências, calcado no modelo das ciências da natureza. Defendemque as ciências sociais devem ter seu método próprio. Parte depressuposto de que existe uma relação entre o mundo real e o

sujeito, ou seja, uma interligação viva entre o sujeito e o objeto.As questões da subjetividade fazem parte da relação sujeito-objeto.

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A pesquisa qualitativa está embasada na fenomenologiae na dialética. A fenomenologia considera que o sujeito dapesquisa deve ir além das manifestações imediatas e desvelar osentido oculto, ultrapassar a aparência e alcançar a essência dofenômeno. O pesquisador deve se dispor de qualquer preconceito

a fim de compreender o fenômeno em sua globalidade.

O pesquisador não é mero relator passivo deve serparticipante, assim como o pesquisado, ele tem vida, história efaz parte de todo o processo. No pesquisador observa-se a fala,o silêncio; é preciso ver o que está oculto, entrelinhas. Procuracompreender a experiência que ele tem, as representaçõesque formam os conceitos manifestos. Não descarta a pesquisaquantitativa. Usa como técnicas a pesquisa participante, relato

de vida e de história, entrevista.A coleta de dados não é algo linear, mas idas e voltas e a

interação com seus sujeitos. Os instrumentos de coleta são aobservação participante, a entrevista individual e coletiva,a história de vida autobiográfica, situações de vida, análisede conteúdo ou qualquer outro que capte as representaçõessubjetivas, como um olhar, uma lágrima, um suspiro.

4.2 O pesquisador e suas qualificações

Alguns atributos pessoais são desejáveis para ser um bompesquisador. Para Gil (1999), um bom pesquisador precisa, alémdo conhecimento do assunto, ter curiosidade, criatividade,integridade intelectual e sensibilidade social.

A humildade é também uma das características dopesquisador, para ter atitude autocorretiva e saber considerarquando uma hipótese será refutada ou não. A criatividade, a

disciplina, a perseverança e a paciência são outros atributos.

Hoje, pesquisador precisa ter seu nome reconhecido paraconseguir mais recursos, e seu projeto, ser aceito nos órgãos depesquisa nacional e internacional.

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Cada vez mais, a sua capacidade de captar recursos, enredarpessoas para trabalhar em sua equipe e fazer alianças queproporcionem a tecnologia e os equipamentos necessários parao desenvolvimento de sua pesquisa.

4.3 O projeto de pesquisa

Segundo o dicionário Aurélio , projeto é uma ideia que seforma de executar ou realizar algo no futuro; plano, intento,desígnio, um empreendimento a ser realizado dentro de umdeterminado esquema.

O projetonasce de uma ideia, de um desejo, de um interesse,de um questionamento sobre determinado fato, ideia essa que

se expressa em um esquema, provisório. Portanto, o projetoé uma ação planejada, estruturada em objetivos, limitadaem recursos humanos, materiais e financeiros e de tempodeterminado.

O projeto de pesquisa é um planejamento para se fazeruma tese, uma dissertação, uma monografia ou um trabalho decurso.

Quando nos deparamos com um problema, indagamos sobre

o mesmo e fazemos questionamentos para buscar respostas,estamos pensando em como resolver tal problema.

O projeto será essa etapa de planejamento, em que euvou pensar no que estudar, como, por que, onde e com querecursos.

Após o projeto pronto e apresentado para uma organizaçãode pesquisa, ou para a instituição em que se trabalha ou para

alguém que demonstre interesse, e aprovado – isso significaque o projeto foi benfeito e soube vender a ideias – começa-se dentro da proposta do cronograma apresentado a fazer apesquisa científica. O resultado será um novo paradigma, uma

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nova ideologia que, apesar de temporária, aproxima-se do real.A pesquisa servirá para o progresso da ciência.

Assim, o projeto de pesquisa, na maioria das vezes, contém:

1. Identificação: folha de rosto entidade destinatária, título,autor, local e data. O título deve identificar de forma clarao objeto de estudo, e tem que ter relevância, viabilidadee originalidade.

2. Sumário: as páginas com seus títulos e subtítulos, anexos,referências.

3. Introdução: contém uma breve justificativa dotema, objetivos, o problema, o assunto a ser tratado.

Deve-se introduzir o leitor no assunto que o projetoabordará.

4.3.1. Referencial teórico

Todos os estudos coletados em biblioteca, sites , acercado assunto que já foi falado anteriormente pelos outrospesquisadores.

4.3.2 Justificativa

Justificar o motivo da escolha do problema e por que éimportante trazer esse estudo. Lembrando que a ciência tem deser relevante e inusitada. Deve-se provar para quem de interesseque esse estudo vai trazer contribuições para a ciência e asociedade que faz uso desse saber.

4.3.3 Objetivos

Esclarecer o que se pretende estudar, quais os resultados quese deseja obter com a pesquisa.

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4.3.4 Metodologia

Informar o método e as técnicas a serem utilizadas. Ouniverso da pesquisa e o tipo de amostragem a ser utilizada e ahipótese.

4.3.5 Cronograma

Qual o tempo necessário para desenvolver-se cada fase dapesquisa: discriminar quantas semanas ou quantos meses serãodestinados a cada etapa.

4.3.6 Orçamento

Especificar os recursos humanos e materiais indispensáveispara a realização do projeto, com uma estimativa dos custos,quando este item for necessário.

4.3.7 Referências

Apresentar uma lista bibliográfica que contenha obrasreferentes aos pressupostos do tema ou embasamentoteórico do assunto. Esta referência inclui sites ou outro meioinformatizado.

O projeto deve seguir todas as normas da ABNT (AssociaçãoBrasileira de Normas Técnicas) para trabalhos científicos.

Para o projeto de pesquisa, existem certas estruturas nãoobrigatória, tais como: recursos, anexos e glossário. Possuemestruturas obrigatórias como:

• capa, folha de rosto, sumário, introdução, objetivos (geral

e especifico), justificativa, metodologia, cronograma,orçamento, referencia, anexos, contracapa.

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Algumas perguntas que se faz ao objeto de estudo permitemum caminho mais seguro na proposta da investigação social:

1. O que fazer? – Introdução

• Formular o problema.

• Enunciar as hipóteses.

2. Por quê? Para quê? E para quem fazer? – Introdução

Justificativa da pesquisa: justificar os motivos que levaramà seleção do problema e sua relevância para sociedade. O que apesquisa trará de novo, de inusitado, qual a importância de ordemteórica e de ordem prática. Quanto melhor for justificado um

projeto pesquisa, maiores serão as chances de conseguir colocaro projeto em prática. Não podemos esquecer que, ao fazer umprojeto, estamos vendendo uma ideia, seja para a consolidaçãode um programa social ou para um provável patrocinador.

Objetivos:

• objetivos gerais: definir, de modo geral, o que sepretende alcançar com a execução da pesquisa (visão

global e abrangente);• objetivos específicos: fazer aplicação dos objetivos

gerais a situações particulares.

3 Onde fazer? Como? Com quê? Quanto? Quando? – Metodologia (Plano do experimento)

4 Onde? Como?

• População ou público-alvo;• Amostra, justificar e apresentar o modo como a amostra

será selecionada e suas características;

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• local;

• unidades de observação relevantes para a pesquisa;

• pessoas importantes para responder as questões;

• quais as variáveis que serão e como serão controladas.Qual o plano de experimento que será utilizado.

5 Com quê? (Instrumentos de pesquisa)

Escolher os instrumentais da pesquisa que serão utilizados.

6 Quanto? (Utilização de provas estatísticas)

Utilizar dados estatísticos, probabilísticos:

• tabelas;

• gráficos;

• verificar as hipóteses.

7 Quando? (Cronograma)

O tempo que será necessário para executar o projeto é de

extrema importância; embora seja um tanto quanto elástico, vaidepender dos acordos realizados anteriormente e os recursosdisponíveis

8 Com quanto fazer e como pagar? (Plano dos custosda pesquisa)

Os gastos previstos devem ser elencados e contabilizadospara que a pesquisa alcance os resultados esperados.

Projeto: não apresenta solução nem conclusão, pois essa éuma etapa posterior ao projeto, ou seja, a concretização de umapesquisa que pode servir para a elaboração de uma monografia,um estudo, um trabalho de curso etc.

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Exemplificando

Trazendo um exemplo do cotidiano, vamos pensar na violênciacontra a mulher. Tenho um problema, um questionamento quedeixou de ser um fato e passou a ser um fenômeno, na medida

em que me preocupo com a situação.

Tenho o primeiro passo para construção de uma pesquisa quesurge de um questionamento: Por que as mulheres violentadasfisicamente e emocionalmente por seus companheiros nãoconseguem se desvencilhar desse processo de violência?

Hipóteses: uma resposta para o meu questionamento queserá testada e verificada se é verdadeira ou falsa.

R.: A falta de recursos financeiros leva a mulher a permanecernuma situação de violência domestica por parte de seuscompanheiros.

Questões

Independentemente das seções do seu projeto, mas deacordo com as perguntas acima, comece a responder e anote:

1. O que fazer?

Estudar a questão da violência doméstica.

2. Por quê?

Porque precisamos conhecer as causas que levam a mulhera suportar os maus tratos.

3. Pra quê?Para diminuir a violência doméstica entre as mulheres por

meio de ações sociais de combate à violência.

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4. Pra quem?

Para formação das políticas publicas em favor da mulher, osórgãos públicos e privados.

5. Onde?

Na cidade de Sorocaba-SP.

6. Como?

Com pesquisa de campo e entrevistas usando questionários,coletando dados com entrevistas, estudo teórico através debibliografias e sites , por meio de amostra probabilística entre

o universo de mulheres vitimizadas, usaremos o métodohipotético- dedutivo, pesquisa experimental, qualitativae quantitativa, faremos usos de estatística e de gráficos etabelas.

7. Com quê?

Com voluntários que se sensibilizaram com a causa.

8. Quanto?

Faremos a pesquisa com o auxílio de patrocinadores que seinteressam pela causa e viabilizam projetos sociais.

9. Quando?

Em junho de 2010.

Deu pra entender? Agora, o projeto está pronto e a

monografia ou o trabalho de curso será confeccionado commaior facilidade, pois temos todos os dados significativos paraa pesquisa social.

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4.4 Tema de pesquisa

4.4.1 Selecionando o tema de pesquisa

O tema deve sugerir o conteúdo do projeto, seu objetivo,

deve ser claro e de fácil compreensão.

A violência doméstica: um caso em discussão

• O que pesquisar? É momento de selecionar o tema.

A violência doméstica suas causas e efeitos

Que critérios devem ser observados na seleção de um

objeto?• Relevância: é um tema de estrema importância social.

• Viabilidade: tem recursos financeiros, tem referênciabibliográfica, tem estudos já realizados que falam sobre oassunto.

• Originalidade: pouco tem se falado sobre este aspectodos recursos financeiros, inviabilizando a autonomia damulher violentada.

4.4.2. Delimitação do tema

Quanto mais específico o tema, maior as chances de inovação,de contribuição e sucesso de defesa.

O tema violência domestica é amplo. Delimitar significaafunilar o problema, especificar uma questão apenas doproblema maior. Focar significa enxergar com uma lupa o

problema, evidenciar parte do problema.No nosso exemplo, estudar a violência doméstica é muito

amplo. Portanto, fazemos um exercício:

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O que eu quero saber sobre a violência? Que faceta vouestudar?

A dependência financeira da mulher impedindo suaautonomia e uma possível separação entre o casal.

De que local? Do planeta? Não, assim seria muito extenso,não acham?

Seriam mulheres negras, dentro de uma faixa etária de 30a 50 anos, residentes na cidade de Sorocaba, na zona leste, eque tenham vínculo marital acima de dois anos, com ou semfilhos.

Após escolher o tema: fazer levantamento bibliográficopreliminar:

• estudo exploratório para adquirir familiaridade com otema;

• facilita a formulação do problema;

• brainstorm (tempestade de ideias) inicial. Escreva no papeltodos os conceitos que você acha que tem relação com otema.

Verificar o que tem escrito sobre o tema, sites , instituições econversar com algumas mulheres para verificar se a proposta deestudo é viável.

O fato de delimitar a pesquisa se refere ao olharquestionador do pesquisador, que teve uma percepção doproblema trabalhando dentro de uma instituição de mães decrianças deficientes mentais. Percebeu-se que as mulheres

negras reclamavam mais da violência doméstica do que asmulheres brancas.

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Unidade III

Braistorm:

• mulheres negras;

• violentadas;

• desempregadas;• com pouca ou nenhuma qualificação profissional;

• analfabetismo;

• cultura da violência e submissão;

• falta de planejamento familiar;

• maridos alcoólatras.

4.4.3 O problema: justificativa

Após delimitado o problema a ser estudado, precisamos justificar o motivo que nos levou ao interesse pelo tema e porque seria relevante para a sociedade e para os patrocinadores. Vende-se uma ideia justificando a sua importância.

4.4.4 O objetivo e a hipótese

Há que se ter claro o que se quer provar com esses estudos equais serão os possíveis benefícios. A hipótese trará uma respostaprovável para o problema.

4.4.5 Metodologia

Como se chegará ao objetivo e como se verificará se ahipótese é ou não verdadeira.

4.4.6 Cronograma e orçamento

Para eu vender a minha ideia, preciso demonstrar o tempoque levará todo o processo de estudo até a conclusão e os custosem dinheiro.

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107


4.4.7 Apontamentos – Fichamentos

O fichamento é importante para não se perder a linha deraciocínio. Serve para o aluno anotar as informações colhidasdurante as leituras. Após as fichas preenchidas, ele irá fazer a

revisão bibliográfica, que é a parte textual da pesquisa, a teoria.

Modelos de fichas bibliográficas e de leitura

Ficha bibliográfica

Título: ______________________________________________________

Autor (a): ____________________________________________________

Referência bibliográfica: _________________________________________

Indicado para _____________________________________________________________________________________________________________

Referências importantes/ Anotações

Ficha de leitura

Título: ______________________________________________________

Autor (a): ____________________________________________________Referência bibliográfica: _________________________________________

Indicado para _________________________________________________

____________________________________________________________

Resumo

Citações importantes

Comentários

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108

Unidade III

5 PROJETO DE PESQUISA

Tema: Violência doméstica: historias de superação erearranjos.

5.1 Objetivos

5.1.1 Objetivo geral

Conhecer as causas que levam as mulheres negras na faixaetária de 30 a 50 anos, moradoras de Sorocaba, na zona leste,com convivência marital acima de dois anos, com ou semfilhos, vítimas de violência domésticas suportarem os maustratos por parte de seus companheiros por longo período de

vida a dois.5.1.2 Objetivos específicos

Os objetivos específicos deste trabalho são:

• pesquisar e analisar as mulheres em situação de riscosocial;

• conhecer o perfil socioecnômico e cultural dessas

mulheres;• proporcionar a vivência e a troca de experiência

em um processo da construção de autonomia e depotencialidades;

• proporcionar a construção da autonomia econômica esocial (ciclo de sustentabilidade);

• estruturar uma proposta pedagógica buscando aeducação, o desenvolvimento da criatividade e do

potencial positivo de cada família assistida (pedagogiada mudança);

• fortalecer os vínculos conjugais e familiares.

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5.2 Justificativa

No mundo contemporâneo, as mudanças ocorridas na famíliarelacionam-se com a perda do sentido da tradição. Vivemos numasociedade em que a tradição vem sendo abandonada como em

nenhuma outra época da história. Assim, o amor, o casamento,a família, a sexualidade e o trabalho, antes vividos a partir depapéis preestabelecidos, passam a ser concebidos como partede um projeto em que a individualidade conta decisivamente eadquire cada vez maior importância social.

No caso da relação a dois, o casal entra na relação comvistas à formação de uma família, com uma, ou duas propostasde família idealizada. Essa proposta, muitas vezes, não se

materializa, por dificuldades econômicas, mudanças de hábitosou deslocamentos geográficos. É aí que começam os arranjos evai se adotando modos de agir que se cristalizam num vividoàs vezes muito distante do idealizado. Por exemplo, um pode seacostumar e se acomodar sempre aos desejos do outro, e este,certamente, não era o ideal de relação que essa pessoa queriaquando se casou.

Lidar com as dificuldades de relacionamento nem sempre éfácil para os envolvidos. Muitas vezes, o problema aparece como

incompetência, fracasso, levando até a separação de corpos docasal. A falta de apoio e acompanhamento terapêutico podetrazer frustrações e perda de expectativa de vida. Esse mal-estardoméstico é expresso em violência familiar: perda de controle,dependência exagerada, medo, ansiedade, abandono e maustratos físicos e psicológicos.

Considerada um fenômeno multicausal, a violência éum processo de vitimização que se expressa em “atos

com intenção de prejudicar, subtrair, subestimar esubjugar, envolvendo sempre um conteúdo de poder,quer seja intelectual quer seja físico, econômico,político ou social. Atingem de forma mais hostil os

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Unidade III

seres mais indefesos da sociedade, como as criançase adolescentes, e também as mulheres sem, contudo,poupar os demais” (Rocha et al., 2001, p. 96).

Pesquisas indicam que a violência conjugal provém de um

histórico de violência na família de origem, bem como fatoressocioeconômicos e variáveis de personalidade. Baixa autoestima,drogas, fatores biológicos e situacionais presentes no curso davida estão relacionados como estressores que desequilibram asrelações de poder estabelecidas entre os parceiros. Estas, por suavez, além de serem fortes indicadores, podem fazer parte dosmitos e crenças presentes na constituição da relação, em quesão investidos os sonhos e os alicerces de pertencimento numahistória construída por ambos.

Segundo Brasil (2001, p.15) “A violência gerada e presenciadaa nível doméstico torna necessário que se faça algo de cunhopreventivo visando a um decréscimo nos acontecimentos e auma melhor interação intrafamiliar”.

Outras pesquisas apontam que a violência doméstica vemaumentando. A cidade de Votorantim, no interior de São Paulo,conta hoje com 110 mil habitantes, dos quais 65% são mulherese 45% na faixa etária de 16 a 50 anos, idade em que a mulher

apresenta maior vulnerabilidade na relação marital. Segundodados da Delegacia da Mulher de Votorantim-SP, no ano de2008, foram 352 registros de ocorrência, sendo 123 casos delesão corporal dolosa, 112 casos de ameaça, 28 casos de injúria,calúnia e difamação, 8 casos de abandono material e 84 casosde contravenção.

A faixa de renda socioeconômica apresentada varia entre 0a 1 salário mínimo. Famílias numerosas com três a oito filhos.

A grande dificuldade de separação ou mesmo a busca porseus direitos é a falta de recursos financeiros que a impede,sendo totalmente dependente de seu companheiro. Os casosdenunciados são encaminhados ao Judiciário e, devido à falta

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de informação, desconhece dados estatísticos. Sabe-se por meiodo senso comum que muitos casos não chegam ao Judiciáriopor receio de represálias por parte do agressor.

A mulher, quando registra a sua queixa na delegacia, é

orientada a fazer sua representação no prazo de seis meses noPoder Judiciário; caso ela não represente neste período, suaqueixa é arquivada.

Segundo o relato da delegada da Delegacia da Mulher etambém do Conselho Tutelar do município, a grande dificuldadede atender esta demanda se dá pela falta de um espaço deacolhimento, orientação e proteção para a pessoa vitimizada,gerando outros conflitos que dificultam a resolução do

problema.A mulher negra, dentro desse processo de vitimização, soma

um percentual acima da média das mulheres brancas. A históriade exclusão, de abandono e baixa autoestima fazem parte docotidiano de grande parte dessas mulheres já tão sofridas com aviolência por parte da sociedade e da perda da cidadania.

A proposta de conhecer as causas da violência domésticaentre mulheres negras permitirá buscar dados que venham

a complementar as demais formas de violência que essasmulheres já vivenciam em sua vida cotidiana. Conhecer ascausas que as levam a suportar a dor e a violência requerum estudo exploratório com bases científicas para que assimpossamos nos apropriar de uma verdade, mesmo que provisória,mas que possamos juntar forças para alavancarmos mudançassubstanciais na vida dessas mulheres tão sofridas e relegadas aoabandono familiar e social.

5.3 HipóteseA falta de trabalho e renda entre as mulheres negras,

na faixa etária de 30 a 50 anos, moradoras da zona leste

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Unidade III

em Sorocaba, leva-as a suportarem os maus tratos de seuscompanheiros.

Se a falta de trabalho e renda leva as mulheres negras adependerem de seus maridos, logo, a violência doméstica não

será rompida.

5.4 Metodologia

5.4.1 Cronograma

Cronograma de trabalho para a execução da pesquisa:

Ações Maio Junho Julho Agosto Setembro Orçamento(R$)

Delimitaçãodo problema

X ------------

Levantamentode hipóteses

X -----------

Leitura detextos e sites

X X 300,00

Revisãobibliográfica

X 200,00

Pesquisa decampo

X 1.000,00

Análise dos

dados

X X 200,00

Elaboraçãode gráficos etabelas

X 150,00

Análise ediagnóstico

X X 100,00

Conclusão X _______

Digitação enormalização(ABNT) cópias

X X X X X

1.000,00

Entrega dotrabalhocientífico

X 100,00

Total 3.050,00

5



113


5.4.2 Exemplo

1. CAPA 2. FOLHA DE ROSTO

UNIVERSIDADE PAULISTAMARCIA LEITE

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA: HISTÓRIADE SUPERAÇAO E ARRANJOS

SOROCABA2010

MARCIA LEITE

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA: HISTÓRIADE SUPERAÇAO E ARRANJOS

Projeto de Pesquisaapresentado como exigênciaparcial para obtenção de notada disciplina Projetos Sociaisem Contextos Específicos,sob a orientação da Profª Ms.Amarílis Tudella.

SOROCABA2010

SUMÁRIO

1. OBJETIVOS ..................................31.1 Geral............................................31.2 Específico..................................42.JUSTIFICATIVA.............................5

3. HIPÓTESES .................................84 METODOLOGIA ..........................94.1 Amostragem ...........................94.2 Tipo de Pesquisa...................105. CRONOGRAMA .......................116. REFERÊNCIAS .........................12

1. OBJETIVOS 3

1.1Geral_________________________________________________

1.2 Específico____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________



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Unidade III

2 JUSTIFICATIVA 4

2.1 Definindo violência________________________________________________________________________________________________________________

2.2 Violência doméstica____________________________________________________________________________________

2.3 O novo casal________________________________________________________________________________________________________________

2.4 AMOR 5

2.5 Novas regras________________________________________________________

2.6 Realização pessoal

________________________________________________________________________________________________________________

3 HIPÓTESE 6________________________________________________________________________________________________________________

4 METODOLOGIA 7

4.1 Amostragem____________________________________________________________________________________

4.2 Tipo de pesquisa____________________________________________________________________________________

5 CRONOGRAMA 8 REFERÊNCIAS 9____________________________________________________________________________________



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1 Normas

Para o projeto conta a capa, folha de rosto, sumário, objetivo, justificativa, metodologia, cronograma, orçamento e referencia,anexos (se houver) e contra capa.

Estes dados são disponibilizados no site da UNIP, www.unip.br, clicar em Serviços, Bibliografia e Guia de Normalização.No entanto, como estamos falando do Projeto de Pesquisa ecomo vocês sabem antecede ao trabalho acadêmico, seja umamonografia, um trabalho de curso, para aprovação em órgãos definanciamento de pesquisa ou mesmo seleção para mestrado oudoutorado fiz algumas alterações para que não haja dúvidas.

As normas seguem documentos da ABNT como as utilizadaspara a construção deste material pela UNIP.

- NBR 6022:2003 - Informação e Documentação – Artigoem publicação periódica científica impressa;

- NBR 6023:2002 – Informação e Documentação –Referências – Elaboração;

- NRB 6024:2003 – Numeração progressiva das seções de

um documento – Procedimento;

- NBR 6027:2003 – Sumários – Procedimento;

- NBR 6028:2003 – Resumos – Procedimentos,

- NBR 10520:2002 – Informação e Documentação –Apresentação de citações em documentos,

- NBR 14724:2005 – Informação e Documentação –Trabalhos acadêmicos – Apresentação;

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Unidade III

- NBR 15287:2005 Informação e Documentação – Projetode pesquisa

2 Estrutura

A estrutura dos trabalhos acadêmicos obedece a uma ordemlógica de apresentação, que se divide em: elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais.

Elementos pré-textuais

• Capa (obrigatório)

• Folha de rosto (obrigatório)

• Resumo• Lista de ilustrações (opcional)

• Lista de tabelas (opcional)

• Lista de abreviaturas e siglas (opcional)

• Lista de símbolos (opcional)

• Sumário (obrigatório)

Elementos textuais• Desenvolvimento (obrigatório)

Elementos pós-textuais

• Referências (obrigatório)

• Glossário (opcional)

• Apêndice(s) (opcional)

• Anexo(s) (opcional)

• Índices(s) (opcional)

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3 Apresentação do trabalho

Formato

• Papel em branco, formato A4 (21 X 29,7cm);

• Fonte Arial e tamanho 12 para todo o texto;

• Fonte Arial e tamanho 10 para citações com mais detrês linhas, notas de roda pé, paginação e legenda dasilustrações;

• Fonte Arial tamanho 12 para (título de seção) emmaiúsculo e negrito;

• Fonte Arial tamanho 12 para (Subtítulo) em minúsculo

e negrito.Margem

• Margem esquerda e superior de 3 cm; direita e inferior2 cm.

• Recuo de primeira linha do parágrafo: 1,25 cm (1 tab),a partir da margem esquerda.

• Recuo de parágrafo para citação com mais de três

linhas: 4 cm da margem esquerda.• Alinhamento do texto: utilizar a opção “Justificado” do

programa Word.

• Alinhamento de título e seções: utilizar a opção “Alinharà Esquerda” do programa Word.

• Alinhamento de título sem indicação numérica(Resumo, Abstract , Listas, Sumário Referências): utilizara opção “Centralizado” do programa Word.

Espaçamento

• Espaço “entrelinhas” do texto: 1,5 cm.

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Unidade III

• O espaço simples é usado em: citações de mais de trêslinhas, notas de roda pé, referências, resumos, legendas,ficha catalográfica.

• Os títulos das seções e subtítulos devem começar na parte

superior da margem esquerda da folha e ser separados dotexto por dois espaços de 1,5 cm entrelinhas.

• A natureza do trabalho, o objetivo, o nome da instituiçãoa que é submetido e a área de concentração devem seralinhados do meio da folha para a direita em espaçosimples e fonte Arial tamanho 10, ver exemplo de “Folhade rosto”.

Paginação

As folhas do trabalho devem ser contadas sequencialmentea partir da folha de rosto e numeradas a partir da Introdução. Osnúmeros devem ser escritos em algarismos arábicos e alinhadosa 2 cm da margem direita e da margem superior.

Exemplo estrutural

Exemplos:

3cm (pág) 10

1 INTRODUÇÃO (Fonte Arial 12, Negrito)(entrelinhas 1,5 X 2)

Parág. (1,25) Texto (Fonte Arial 12).................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

3cm ............................................................................... 2 cm...............................................................................

..............................................................................................................................................................

..........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

2 cm

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3cm (pág) 11

2 TÍTULO DA SEÇÃO (Fone Arial 12, Negrito)(entrelinhas 1,5X2)

2.1 Subtítulo (Fonte Arial 12, Negrito)(entrelinhas 1,5X2)

(1,25) Texto (fonte Arial 12)...........................

.....................................................................................

.....................................................................................

.....................................................................................(entrelinhas 1,5X2)

3cm (4cm Citação) .............................................. 2cm.........................................................................................................................................................................................

(entrelinhas 1,5X2)....................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

..........................................................................................................................................................................

.....................................................................................

.....................................................................................2 cm

Capa (obrigatório)

Proteção externa do trabalho e sobre a qual se imprimem asinformações indispensáveis à sua identificação.

Elementos essenciais:

• nome da instituição (opcional);

• nome do autor;

• título e subtítulo se houver, seguidos de dois pontos (:);

• local (cidade) da instituição;

• ano de entrega (depósito).

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Unidade III

Exemplo:

3cm

UNIVERSIDADE PAULISTANOME DO ALUNO

3cm TÍTULO DO TRABALHO: 2cmSUBTÍTULO

SÃO PAULO2010

2cm

Folha de Rosto (obrigatório)

Folha que contém os elementos essenciais à identificaçãodo trabalho.

Elementos essenciais:

• nome do autor;

• título principal do trabalho e subtítulo se houver;

• natureza (tese, dissertação, trabalho de conclusão decurso e outros);

• objetivo (aprovação em disciplina);

• nome da instituição a que é submetida;

• área de concentração (em caso de pós-graduação);

• nome do orientador e coorientador se houver;• local (cidade) da instituição;

• ano de entrega.

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3cm

UNIVERSIDADE PAULISTANOME DO ALUNO

3cm TÍTULO DO TRABALHO: 2cmSUBTÍTULO

Trabalho de Conclusão de curso paraobtenção do título de graduaçãoem (nome do curso) apresentado àUniversidade Paulista – UNIPOrientador: (Profº Drº José da Silva)

SÃO PAULO2010

2cm

Resumo na língua vernácula “português” (obrigatório)

Apresenta os pontos relevantes de um texto, fornecendo umavisão rápida e clara do conteúdo e das conclusões do trabalho,seguido das palavras-chaves, não ultrapassando 500 palavras(obrigatório): no caso de projeto de pesquisa, um breve resumocom 10 a 15 linhas

RESUMO

O Brasil é um país em desenvolvimento, seu mercado de detrabalho transforma-se constantemente. As mudanças sãorápidas, exigindo qualificação profissional. Neste cenário,empreender torna-se cada vez mais um diferencial para ainclusão no mercado. O objetivo desta pesquisa é identificarcomo os estudantes do curso de turismo compreendem oconceito de empreendedorismo e verificar se as práticaspedagógicas consolidam idéias e habilidades que permitama inovação e a criatividade contribuindo para a formaçãodo profissional empreendedor. A pesquisa realizada tevecaráter qualitativo. Aplicou-se um questionário comperguntas abertas aos alunos do curso de turismo na cidade

de Ourinhos. Verificou-se que os estudantes estão atentosàs exigências do mercado e apresentam grande potencialempreendedor, todavia é preciso fomentar estratégiaeducacionais que transformem em ação esse potencial.

Palavras-chave: Turismo; mercado de trabalho.

5



122

Unidade III

Lista de Ilustrações (opcional)

Refere-se a desenhos, esquemas, fluxogramas, fotografias,gráficos, mapas, organogramas, que devem ser elaborados deacordo com a ordem apresentada no texto, acompanhados do

respectivo número de página. Quando necessário, recomenda-se uma lista para cada tipo de ilustração.

Exemplo: Lista de ilustrações

Gráfico 1 – Estatística de emprego no Estado de São Paulono ano 2002......................................................................................13

Gráfico 2 – Crescimento da economia brasileira no período

de 2002 a 2004................................................................................16Lista de tabelas (opcional)

Elemento demonstrativo de síntese que constitui unidadeautônoma, elaborado de acordo com a ordem apresentada notexto, acompanhado do respectivo número de página.

Exemplo: Lista de tabelas

Tabela 1 – Estatística de emprego no Estado de São Paulono ano 2002......................................................................................13

Tabela 2 – Crescimento da economia brasileira no períodode 2002 à 2004................................................................................16

Lista de abreviaturas e siglas (opcional):

Consiste na relação alfabética das abreviaturas e siglasutilizadas no texto; recomenda-se a elaboração de lista própriapara cada tipo.

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Exemplo: Lista de abreviaturas e siglas

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

ABEMA – Associação Brasileira de Órgãos Estaduais do

Meio AmbienteIBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

LTDA – Limitada (sociedade por quotas e responsabilidadelimitada)

PANECO – Panorama Econômico

Lista de símbolos (opcional)

Elaborada de acordo com a ordem em que os símbolosaparecem no texto, com o devido significado.

Exemplo: Lista de símbolos

C – Conjunto dos números complexos

dab – Distância euclidiana

O(n) – Ordem de um algoritmo

Psp – Projeção sobre um espaço linear fechadoXt – Variável aleatória

Sumário (obrigatório)

Enumeração das principais divisões, seções e outras partesdo trabalho, na mesma ordem e grafia em que aparece no texto,acompanhados dos respectivos números das páginas.

Exemplo: SUMÁRIO1 INTRODUÇÃO.....................................................................................072 DESENVOLVIMENTO.......................................................................16

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Unidade III

2.1 Revisão de Literatura.................................................................173 PESQUISA DE CAMPO....................................................................293.1 Universo de Pesquisa.................................................................303.1.1 População Alvo.........................................................................333.1.2 Amostra e os sujeitos de pesquisa....................................33

3.2 Coleta de Dados .........................................................................363.2.1 Instrumento de Pesquisa......................................................373.2.2 Pré Teste......................................................................................373.2.3 Procedimento de coleta de dados....................................373.2.4 Análise dos resultados...........................................................514 CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................53REFERÊNCIAS.......................................................................................54ANEXO................................................................................................................55

4 Elemento textualDesenvolvimento

A partir do levantamento bibliográfico, desenvolve-se a justificativa do projeto de pesquisa, em que se analisa a ideiaprincipal, destacando, formulando e discutindo hipóteses.Divide-se em seções ou capítulos, e concentra a maior parte dototal de páginas do projeto.

5 Elementos pós-textuais

Referências (obrigatório)

Monografia no todo (livro, manual enciclopédia, dicionário,tese, dissertação, trabalho acadêmico etc.). Elementos essenciais:autor(es), título, edição, local, editora e data de publicação.

Exemplos:

Um autor

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. SãoPaulo: Atlas, 2002.

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Dois autores

DAMIÃO, Regina Toledo; HENRIQUES, Antonio. Curso dedireito jurídico. São Paulo: Atlas, 1995.

Três autores

PASSOS, L. M. M; FONSECA, A; CHAVES, M. Alegria de saber:matemática, segunda série, 2, primeiro grau: livro do professor.São Paulo: Scipione, 1995. 136 p.

Mais de três autores

Indica-se apenas o primeiro, acrescentando-se a expressão

et al.URANI, A. et al. Constituição de uma matriz de

contabilidade social para o Brasil. Brasília: IPEA, 1994.

Autor desconhecido

Quando não existir autor, a entrada é feita pelo título com aprimeira palavra em maiúscula.

DIAGNÓSTICO do setor editorial brasileiro. São Paulo: CâmaraBrasileira do Livro, 1993.

Pseudônimo

Deve-se considerar o pseudônimo para entrada, desde queseja a forma adotada pelo autor.

DINIZ, Julio. As pupilas do senhor reitor. 15. ed. São Paulo:

Ática, 1994. 263 p. (Série Bom Livro).

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Unidade III

Organizadores (Org.), compiladores (Comp.), editores(Ed.), coordenadores (Comp.) etc.

FERREIRA, Leslie Piccolotto (Org.). O fonoaudiólogo e aescola. São Paulo: Summus, 1991.

MARCONDES, E; LIMA, I. N. de (Coord.). Dietas em pediatriaclínica. 4.ed. São Paulo: Sarvier, 1993.

Tradutores, revisores, ilustradores etc.

Podem ser acrescentados após o título.

ALBERGARIA, Lino de. Cinco anos sem chover: história de

Lino de Albergaria. Ilustrações de Paulo Lyra. 12. ed. São Paulo:FTD, 1994.

CHEVALIER, Jean; GHEERBRANT, Alain. Dicionário desímbolos. Tradução Vera da Costa e Silva et al. 3.ed. rev. e aum.Rio de Janeiro: J. Olympio, 1990.

Autor entidade (associações, empresas, instituições).

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR

10520: Informação e documentação: citações em documentos:apresentação. Rio de Janeiro, 2002.

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Catalogo de teses daUniversidade de São Paulo, 1992. São Paulo, 1993.

Quando a entidade tem uma denominação genérica, seunome é precedido pelo nome do órgão superior, ou pelo nomeda jurisdição geográfica à qual pertence.

SÃO PAULO (Estado). Secretaria do Meio Ambiente. Diretrizespara a política ambiental do Estado de São Paulo. São Paulo,1993.

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BRASIL. Ministério da Justiça. Relatório de atividades.Brasília, DF, 1993.

Teses, dissertações e trabalhos acadêmicos

A paginação deve ser indicada pela letra “f”, pois o trabalhoé impresso apenas no anverso da folha.

SILVA, J. C. Estudo de uma fonte de informaçãosecundária. 2001. 27 f. Dissertação (Mestrado em Informação)– Universidade KWZ, São Paulo, 2001.

Parte de monografia (capítulo, volume, fragmento e outraspartes de uma obra)

Elementos essenciais: autor(es), título da parte, seguidosda expressão “In:”, e da referência completa da monografia notodo. Deve-se informar a paginação da parte.

Exemplos:

ROMANO, Giovanni. Imagens da juventude na era moderna.In: LEVI, G; SCHMIDT, J. (Org.). História dos jovens 2. São Paulo:Companhia das Letras, 1996. p.7-16.

Quando o autor do capítulo for o mesmo que o autor daobra, substituir o nome por travessão.

SANTOS, F. R. dos. A colonização da terra do Tucujús. In:______. História do Amapá, 1º grau. 2. ed. Macapá: Valcan, 1994.cap. 3.

Monografias em meio eletrônico (disquetes, CD-ROM,

online etc.).

As referências devem obedecer aos padrões já indicadospara as monografias no todo e em parte, acrescidas dasinformações relativas à descrição física do meio eletrônico.

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Unidade III

Exemplo: Monografia no todo

ALVES, Castro. Navio negreiro. [S.l.]: Virtual Books, 2000.Disponível em <http:// www.terra.com.br/virtual/freebook/port/Lport2/navionegreiro.htm> Acesso em: 10 jan. 2002.

Exemplo: Parte de monografia

MORFOLOGIA dos antrópodes. In: ENCICLOPÉDIA multimídiados seres vivos. [S.I.]: Planeta DeAgostini, 1998. CD-ROM 9.

Publicação periódica no todo (revista cientifica, revistasemanal, jornal)

Elementos essenciais: título, local de publicação, editoração,data de inicio e de encerramento da publicação, se houver.

Exemplo:

REVISTA BRASILEIRA DE GEOGRAFIA. Rio de Janeiro: IBGE,1939.

Parte de revista, boletim etc. (volume, fascículo, númerosespeciais e suplementos, entre outros, sem título próprio).

Elementos essenciais: titulo da publicação, local de publicação,editora, numeração do ano e/ou volume, numeração do fascículo,informações de períodos e datas de sua publicação.

Exemplos:

DINHEIRO. São Paulo: Ed. Três, n.148, 28 jun. 2000.

EXAME. São Paulo: Ed. Abril, v.41, n.7, 2007.

Artigos de revista, boletim etc. (volume, fascículo, númerosespeciais e suplementos, com título próprio).

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Elementos essenciais: autor(es), titulo da parte (artigo oumatéria), titulo da publicação, local de publicação, volume ouano, fascículo ou número, paginação inicial e final, data depublicação.

Exemplos:

AS 500 maiores empresas do Brasil. Conjuntura Econômica,Rio de Janeiro, v. 38, n. 9, set. 1984. Edição especial.

COSTA, V. R. À margem da lei. Em Pauta, Rio de Janeiro, n.12,p. 131-148, 1998.

TOURINHO NETO, F. C. Dano ambiental. Consulex, Brasília,

DF, ano1, n.1, p. 18-23, fev. 1997.Artigo de revista, boletim etc. em meio eletrônico

(disquete, CD-ROM, online etc.)

As referências devem obedecer aos padrões indicadospara artigo e/ou matéria de revista, boletim etc., acrescidasdas informações relativa à descrição física do meioeletrônico.

Exemplos:

VIEIRA, Cássio Leite; LOPES, Marcelo. A queda do cometa.Neo Interativa, Rio de Janeiro, n.2, inverno 1994. 1 CD-ROM.

RIBEIRO, P. S. G. Adoção à brasileira: uma análise sociojurídica.Datavenia, São Paulo, ano 3, n. 18, ago. 1998. Disponível em:<http://www.datavenia.inf.br/frame.artig.html>. Acesso em: 10set. 1998.

Artigo e/ou matéria de jornal (comunicações, editorial,entrevistas, recensões, reportagens, resenhas etc.).

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Unidade III

Elementos essenciais: autor(es) (se houver), título doartigo ou matéria, título do jornal, local de publicação, data depublicação, seção, caderno ou parte do jornal e a paginaçãocorrespondente. Quando não houver seção, caderno ou parte, apaginação do artigo ou matéria precede a data.

Exemplos:

NAVES, P. Lagos andinos dão banho de beleza. Folha de S.Paulo, São Paulo, 28 jun. 1999. Folha Turismo, Caderno 8, p.13.

LEA, L. N. MP fiscaliza com autonomia total. Jornal do Brasil,Rio de Janeiro, p. 3, 25 abr. 1999.

Artigo e/ou matéria de jornal em meio eletrônico(disquete, CD-ROM, online etc.)

As referências devem obedecer aos padrões indicados paraartigos e/ou matéria de jornal, acrescidas das informaçõesrelativas à descrição física em meio eletrônico.

Exemplos:

SILVA, Ives Gandra da. Pena de morte para o nascituro.

O Estado de S. Paulo, São Paulo, 19 set. 1998. Disponívelem:<http://www.providafamilia.org/pena_morte_nascituro.htm>. Acesso em: 19 set. 1998.

ARRANJO tributário. Diário do Nordeste Online, fortaleza,27 nov. 1998. Disponível em: <http://www.diariodonordeste.com.br>. Acesso em: 28 nov. 1998.

Eventos no todo (atas, anais, resultados, proceedings etc.)

Elementos essenciais: nome do evento, numeração (sehouver), ano, local (cidade de realização do evento), titulo dodocumento (anais, atas...), editora e data da publicação.

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Exemplo:

REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE QUIMICA,20., 1997, Poços de Caldas. Resumos... São Paulo: SociedadeBrasileira de Química, 1997.

Eventos no todo em meio eletrônico (disquete, CD-ROM,online etc.)

As referências devem obedecer aos padrões indicados paraevento no todo, acrescidas das informações relativas à descriçãofísica do meio eletrônico.

Exemplo:

CONGRESSO BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA EDOCUMENTAÇÃO, 19., 2000, Porto Alegre. Anais eletrônicos...Porto Alegre: PUCRS, 2000. Disponível em: <http://embauba.ibict.br/cbbd2000/Default_en.html>. Acesso em: 18 out. 2002.

Trabalho apresentado em evento (parte do evento)

Elementos essenciais: autor, título do trabalho apresentado,seguido da expressão “In”:, nome do evento, numeração do

evento (se houver), ano e local (cidade de realização), títulodo documento (anais, atas, tópicos...), local de publicação,editora, data de publicação e página inicial e final da partereferenciada.

Exemplo:

URSI, W. J. S et al. Faceta estética de porcelana. In: JORNADAODONTOLÓGICA DE LONDRINA, Londrina. Anais... Londrina: UEL,

1995. p. 45-46.

Trabalho apresentado em evento em meio eletrônico(disquete, CD-ROM, online etc.)

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Unidade III

As referências devem obedecer aos padrões indicados paraevento no todo, acrescidas das informações relativas à descriçãofísica do meio eletrônico.

Exemplo:

GUNCHO, M. R. A educação à distância e a bibliotecauniversitária. In: SEMINÁRIO DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS,10., 1998, Fortaleza. Anais... Fortaleza: TEC Treina, 1998. 1 CD-ROM.

Documentação jurídica (legislação, jurisprudência e doutrina).

Legislação (Constituição, emendas constitucionais, normas

emanadas)Elementos essenciais: jurisdição, título, numeração, data da

publicação, (no caso de Constituições e suas emendas, acrescenta-se a palavra, “Constituição”, entre o nome da jurisprudência e otítulo seguida do ano de promulgação, entre parênteses).

Exemplos:

SÃO PAULO (Estado). Decreto nº 42.822, de 20 de janeiro de

1998. Lex: coletânea de legislação e jurisprudência, São Paulo,v. 62, n. 3, p. 217-220, 1998.

BRASIL. Código civil. 46. ed. São Paulo: Saraiva, 1995.

BRASIL. Constituição (1988). Emenda constitucional nº 9, de9 de novembro de 1995. Lex: legislação federal e marginalia,São Paulo, v. 59, p. 1966, out./dez. 1995.

Jurisprudência (decisões judiciais)

Elementos essenciais: jurisdição e órgão judiciáriocompetente, título, número, partes envolvidas, relator, local,data e dados da publicação.

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Exemplos:

BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Súmula nº 14. In:_______. Súmulas. São Paulo: Associação dos advogados do Brasil,1994. p. 16.

BRASIL. Tribunal Regional Federal (5. região). Apelação cívelnº 42.441-PE (94.05.01629-6). Apelante: Edilemos Mamede dosSantos e outros. Apelada: Escola Técnica Federal de Pernambuco.Relator: Juiz Nereu Santos. Recife, 4 de março de 1997. Lex: jurisprudência do STJ e Tribunais Regionais Federais, São Paulo,v. 10, n. 103, p. 558-562, mar. 1998.

Doutrina: Interpretação dos textos legais (monografias,

artigos de periódicos, paper etc.As referências devem obedecer aos padrões indicados para

cada tipo de documento.

Exemplos:

BARROS, Raimundo Gomes de. Ministério Público: sualegitimação frente ao Código do Consumidor.Revista Trimestralde Jurisprudência dos Estados, São Paulo, São Paulo, v. 19, n.

139, p. 53-72, ago.

Documento jurídico em meio eletrônico (disquetes, CD-ROM, online etc.).

As referências devem obedecer aos padrões indicados paradocumento jurídico, acrescidas das informações relativas àdescrição física do meio eletrônico.

Exemplos:

BRASIL. Regulamento dos benefícios da previdência social.In: SISLEX: Sistema de Legislação, Jurisprudência e Pareceres da

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Unidade III

Previdência e Assistência Social. [S.l.]: DATAPREV, 1999. 1 CD-ROM.

BRASIL. Lei nº 9.889, de 7 de dezembro de 1999. Altera alegislação tributária federal. Diário Oficial [da] República

Federativa do Brasil, Brasília, 8 dez. 1999. Disponível em: <http://www.in.gov.br/mp_leis/leis_texto.asp?ld=lLEI%209887>. Acessoem: 22 dez.1999.

Imagens em movimento (filmes, videocassetes, DVD etc.).

Elementos essenciais: título, diretor, produtor, local, produtora,data e especificação do suporte (em unidades físicas).

Exemplos:OS PERIGOS do uso de tóxicos. Produção de Jorge

Ramos de Andrade. Coordenação de Maria Izabel Azevedo.São Paulo: CERAVI, 1983. 1 videocassete (30 min), vhs, son.,color.

CENTRAL do Brasil. Direção: Walter Salles Júnior. Produção:Martire de Clermont-Tonnerre e Arthur Cohn. Interpretes:Fernanda Montenegro; Marilia Pêra: Vinicius de Oliveira: Sônia

Lira; Othon bastos: Matheus Nachtergaele e outross. Roteiro:Marcos Bernstein, João Emanuel Carneiro e Walter Salles Júnior.[S. L.]: Lê Studio Canal; Riofilme: MACT Productions, 1998. 1 DVD(106 min), son., color., 35mm.

Documento iconográfico (pintura, gravura, ilustrações,fotografia, desenho técnico, dispositivo, diafilme, materialestereográfico, transparência, cartaz, etc.).

Elementos essenciais: autor, título (quando não existir, deve-se atribuir uma denominação ou a indicação em título, entrecolchetes), data e especificação do suporte.

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Exemplos:

KOBAIASHI, K. Doença dos xavantes. 1980. 1 fotografia,color., 16 cm x 56 cm.

MATTOS, M. D. Paisagem-Quatro Barras. 1987. 1 originalde arte, óleo sobre tela, 40 cm x 50 cm. Coleção particular.

Documento iconográfico em meio eletrônico (disquetes,CD-ROM, online etc.).

As referências devem obedecer aos padrões indicados paradocumento iconográfico, acrescidas das informações relativas àdescrição física do meio eletrônico.

Exemplos:

GEDDES, Anne. Geddes135.jpg. 2000. Altura: 432 pixels.Largura: 376 pixels. 51 Kb. Formato JPEG. 1 disquete.

VASO. TIFF. 1999. Altura: 1083 pixels. Largura: 827 pixels. 300dpi. 32 BIT CMYK. 35 Mb. Formato TIFF BITMAP. Compactado.Disponível em: <C:\Carol\VASO.tiff>. Acesso em: 28 out. 1999.

Documento cartográfico (atlas, mapa, globo, fotografiaaérea etc.).

Elementos essenciais: Autor, título, local editora, data depublicação, designação específica e escala.

Exemplos:

ATLAS Mirador Internacional. Rio de Janeiro: Enciclopédia

Britânica do Brasil, 1981. 1 atlas. Escalas variam.

INSTITUTO GEOGRÁFICO E CARTOGRÁFICO (São Paulo, SP).Região de governo do Estado de São Paulo. São Paulo, 1994. 1Atlas. Escala 1:2.000.

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Unidade III

Documentos cartográficos em meio eletrônico (disquetes,CD-ROM, online etc.).

As referências devem obedecer aos padrões indicados paradocumento cartográfico, acrescidas das informações relativas à

descrição física do meio eletrônico.

Exemplos:

PORCENTAGEM de imigrantes em São Paulo, 1920. 1 mapa,color. Escala Interminable. Neo Interativa, Rio de janeiro, n. 2,inverno 1994. 1 CD-ROM.

FLÓRIDA MUSEUM OF NATURAL HISTORY. 1931-2000

Brazil’s confirmed unprovoked shark attacks. Gainesville,[2000?]. 1 mapa, color. Escala 1:40.000.000. Disponível em:<http://www.flmnh.ufl.edu/fish/sharks/statics/Gattack/map/Brzil.jpg>. Acesso em: 15 jan. 2002.

Documento de acesso exclusivo em meio eletrônico(base de dados, listas de discussão, BBS (site), arquivos emdisco rígido, programas, conjuntos de programas e mensagenseletrônicas etc.)

Elementos essenciais: autor, título do serviço ou produto,versão e descrição física do meio eletrônico.

Exemplos:

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Biblioteca Central.Normas.doc. Curitiba, 1998. 5 disquetes.

ACAROS no Estado de São Paulo. In: FUNDAÇÃO TROPICAL

DE PESQUISAS E TECNOLOGIA “ANDRÉ TOSELLO”. Base deDados tropical. 1985. Disponível em: <http://www.bdt.fat.org.br/acaro/sp/>. Acesso em: 30 de maio 2002.

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Apêndice (opcional)

Texto ou documento elaborado pelo autor, com o objetivo decomplementar o trabalho.

Anexo (opcional)

Texto ou documento não elaborado pelo autor, que serve defundamentação para complemento do trabalho.

6 CITAÇÕES

Menção de uma informação extraída de outra fonte.

Regras gerais de apresentaçãoNas citações, as chamadas são feitas pelo sobrenome do

autor, instituição responsável ou título na sentença, em letrasmaiúsculas e minúsculas e quando estiverem entre parênteses,em letras maiúsculas.

Exemplos:

A ironia seria assim uma forma implícita de heterogeneidade

mostrada, conforme a classificação proposta por Authier-Reiriz(1982).

“Apesar das aparências, a desconstrução do logocentrismonão é uma psicanálise da filosofia [...]” (DERRIDA, 1967, p. 293).

Citação direta: Transcrição textual de parte da obra doautor consultado.

Especificar no texto, a(s) página(s), volume(s), tomo(s) ouseção(ões) da fonte consultada, após a data, separados porvírgula.

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Unidade III

Exemplos:

Oliveira e Leonardos (1943, p. 146) dizem que a “[...] relaçãoda série São Roque com os granitos portifiróides pequenos émuito clara.”

Meyer parte de uma passagem da crônica de “14 de maio”,de A Semana: “Houve sol, e grande sol, naquele domingo de1888, em que o senado voltou a lei, que a regente sancionou [...](ASSIS, 1994, v.3, p.583).

Citação direta de até 3 linhas: devem estar contidas entreaspas duplas

Exemplos:Barbour (1971, p. 35) descreve: “O estudo da morfologia dos

terrenos [...] ativos [...]”

“Não se mova, faça de conta que esta morta”. (CLARAC;BONNIN, 1985, p. 72).

Segunda Sá (1995, p. 27): “[...] por meio da mesma ‘arte deconservação’ que abrange tão extensa e significativa parte da

nossa existência cotidiana [...]”

Citação direta com mais de 3 linhas: devem ser destacadascom recuo de 4 cm da margem esquerda, com letra menor que ado texto e sem as aspas.

Exemplo:

A teleconferência permite ao individuo participar de

um encontro nacional ou regional sem a necessidadede deixar seu local de origem. Tipos comuns deteleconferências incluem o uso da televisão, telefone,

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e computador. Através de áudio-conferência,utilizando a companhia local de telefone, um sinalde áudio pode ser emitido em um salão de qualquerdimensão. (NICHOLS, 1993, p. 181).

Citação indireta: Baseado na obra do autor consultado.

Nas citações indiretas a indicação das páginas é opcional.

Exemplo:

Merriam e Caffarella (1991) observam que a localizaçãode recursos tem um papel no processo de aprendizagemautodirigida.

Citação de informação verbal: Palestras, debates,comunicações etc.

Deverá ser indicada entre parênteses a expressão informaçãoverbal, mencionando-se os dados disponíveis, em nota derodapé.

Exemplos:

O novo medicamento estará disponível até o final destesemestre (informação verbal) 1.

__________________1 Noticia fornecida por John A. Smith no CongressoInternacional de Engenharia Genética, em Londres, emoutubro de 2001.

Na citação de trabalho em fase de elaboração, menciona-se

a expressão em fase de elaboração entre parênteses, e indica-seos dados disponíveis em nota de rodapé.

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Unidade III

Exemplos:

Os poetas selecionados contribuíram para a consolidaçãoda poesia no Rio grande do Sul, séculos XIX e XX (em fase deelaboração) 1.

__________________2Poetas rio-grandenses, de autoria de Elvo Clemente, a sereditado pela EDIPUCRS, 2002.

Sistema de chamada

As citações devem ser indicadas no texto por um sistema dechamada: numérico ou autor-data.

• Sistema numérico

Quando se opta por este sistema, a indicação da fonte se fazatravés de uma numeração única e consecutiva, em algarismosarábicos, remetendo à lista de referências no fim do trabalho, namesma ordem que aparece no texto. Esta indicação é feita entreparênteses, alinhada ao texto ou situada logo acima do texto,em sobrescrito.

Não se inicia a numeração da citação a cada página.

O sistema numérico não deve ser utilizado quando há notasde rodapé.

Exemplos:

Diz Rui Barbosa: “Tudo é viver, previvendo.” (15)

Diz Rui Barbosa: “Tudo é viver, previvendo.”15

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• Sistema autor-data

A indicação da fonte nas citações pode ser feita de duasformas:

a) pelo sobrenome de cada autor ou entidade responsávelseguido da data de publicação do documento e das páginas decitação (se a citação for direta), separados por vírgula e entreparênteses.

Exemplos: Citação direta

A chamada pandectística havia sido a forma particular pelaqual o direito romano fora integrado no século XIX na Alemanha

em particular. ”(LOPES, 2000, P. 225).LOPES, José Reinaldo de Lima. O Direito na História. São

Paulo: Max Limonad, 2000.

Exemplos: Citação indireta

Merriam e Caffarella (1991) observam que a localização derecursos tem um papel crucial no processo de aprendizagemautodirigida.

MERRIAM, S.; CAFFARELLA, R. Learning in adulthood: acomprehensive guide. San Francisco:Jossey-Bass, 1991

b) Pela primeira palavra do título seguida de reticências, datade publicação e página(s) da citação (caso seja citação direta),separados por vírgula e entre parênteses.

Exemplos: Citação direta

“Ema nova Londrina (PR), as crianças são levada às lavourasa partir dos 5 anos.” (NOS CANAVIAIS..., 1995, p. 12).

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Unidade III

NOS CANAVIAIS, mutilação em vez de lazer e escola. O Globo,Rio de Janeiro, 16 jul. 1995. O País, p. 12.

Quando os sobrenomes dos autores forem coincidentes,acrescentam-se as iniciais dos prenomes, e se ainda houver

coincidência, indica-se os pronomes por extenso.

Exemplos:

(BARBOSA, C., 1958) (BARBOSA, Cássio, 1965)

(BARBOSA, O., 1959) (BARBOSA, Celso, 1965)

Em citações de vários documentos de um mesmo

autor publicados no mesmo ano, faz-se a distinção comletras minúsculas, em ordem alfabética, após a data e semespacejamento.

Exemplo:

Seguindo a análise de Pires (2004a)

(PIRES, 2004a)

Nas citações indiretas de documentos de mesma autoria,publicados em anos diferentes e mencionados simultaneamente,as datas são separadas por vírgulas.

Exemplos:

(SILVA, 1989, 1994)

(SANTOS; VARGAS; ALVES, 2000, 2002, 2004)

As citações indiretas de diversos documentos de váriosautores, mencionados simultaneamente, devem ser separadaspor (;), em ordem alfabética

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Exemplos:

(CASTRO, 1994; SILVA, 1989)

(FONSECA, 1997; PAIVA, 1997; SILVA, 1997).

____________________1 Veja-se como exemplo desse tipo de abordagem o estudode Netzer (1976)2 Encontramos esse tipo de perspectiva na 2� parte doverbete referido na nota anterior,

em grande parte do estudo de Rahner (1962).

• Notas de referênciasA numeração das notas de referências é feita por algarismos

arábicos, devendo ter numeração única e consecutiva paracapítulo ou parte. Não se inicia a numeração a cada página. Aprimeira citação de uma obra, em nota de rodapé, deve ter suareferência completa.

Exemplo:

__________________3 FARIA, José Eduardo (Org.). Direitos humanos, direitossociais e justiça. São Paulo: Malheiros, 1994.

As subseqüentes citações da mesma obra podem serreferenciadas de forma abreviada, utilizando as seguintesexpressões, abreviadas quando for o caso, mas só devem serusadas na página da citação a que se referem.

Idem – mesmo autor- id.: quando a obra citada já foiindicada anteriormente.

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Unidade III

Exemplo:

_________________8ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1989, p.9.9 Id. , 2000, p.19.

Ibidem – na mesma obra - Ibid.: quando a obra citada jáfoi indicada anteriormente.

Exemplo:

__________________3 DURKHEIM, 1925, p.1764 Ibid., p.190.

Opus citatum – obra citada - op. cit.: quando a obracitada já foi indicada anteriormente.

Exemplo:

___________________8 ADORNO, 1996, p. 38.9 GARLAND, 1990, p.42-43.10ADORNO, op. Cit., p. 40.

Passim - aqui e ali, em diversas passagens - passim:quando a citação está dispersa por vários pontos da obra.

Exemplo:

___________________5 RIBEIRO, 1997, passim.

Sequentia- seguinte ou que se segue - et seq.: quandoa citação continua pelo texto adiante.

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Exemplo:

___________________7 FOCAULT, 1994, p. 17 et seq.

Apud – citado por, conforme, segundo – pode, também, serusada no texto: é utilizada na citação de citação.

Exemplos:

Segundo Castro (1984 apud FREITAS, 1998, p.2) Aa teoria doDNA [...]

“Com o passar do tempo a vida nos centros urbanos tornou-

se neurótica e infeliz” (FONTES, 1987, p.18 apud MEDEIROS,1996, p. 38-46).

_________________1 GOMES, 2000 apud DANTAS, 2001, p. 7-8.

• Notas explicativas

A numeração das notas explicativas é feita em algarismosarábicos, e terá que ser única e consecutiva para cada capítulo

ou parte. Não se inicia a numeração a cada página.

Exemplos:

Além da coleta de dados em livros e revistas científicas,fizemos entrevistas em campo para posterior relato dasituação.1

___________________1

No final do trabalho encontram-se a bibliografia consultadae os questionários das entrevistas.

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Unidade III

Dicas importantes

• Ao fazer o levantamento bibliográfico, explore em primeirolugar as fontes de pesquisas disponíveis nas bibliotecas.

• Se necessário, utilize fontes idôneas para complementaçãode dados na elaboração das referências.

Exemplos: Catálogo CNN, Dedalus, Medline.

Adotar o mesmo padrão em todo o trabalho para prenomesdos autores e títulos de periódicos: escolher a forma por extensoou abreviado.

Destaque de palavras e títulos de documentos: escolhernegrito ou itálico.

Referências bibliográficas

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científico . 6. ed. São Paulo: Atlas, 2003

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metodologia – um guia para a iniciação científica. São Paulo:McGraw-Hill Ltda,1986.

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CHAUÍ, M. Convite à filosofia. 13. ed. São Paulo: Ática, 2004.

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COSTA, C. Sociologia: introdução à ciência da sociedade. 2. ed.São Paulo: Moderna, 2002.

DEMO, Pedro. Metodologia científica em ciências sociais . 3. ed.São Paulo: Atlas, 2007.

GIIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo:Atlas, 2002.

GUIA PARA Normalização de trabalhos acadêmicos.Disponívelem: <http://www.unip.br>. Acesso em: 20 fev 2010.

LAKATOS, E.M.; MARCONI, M. de A. Fundamentos de

metodologia científica. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2001.

MINAYO, M.C. de S. (Org.). Pesquisa social: teoria, método ecriatividade. 20. Rio de Janeiro: Vozes, 1993.

NETTO, J. P.; FALCÃO, M. do C. Cotidiano : conhecimento ecrítica. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1989.

RUIZ, J. A. Metodologia CientÍfica – guia para eficiência nosestudos. 5ª ed. São Paulo: Atlas, 2002.

SANTILLE, A. at al. Transformações no trabalho . São Paulo: Olhod’água, 2002.

XAVIER, M. E.; RIBEIRO, M. L.; NORONHA, O. M. História da

educação – a escola no Brasil. Coleção aprender a ensinar. SãoPaulo: FTD, 1994.



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Unidade III

Documents

Projetos Sociais Em Contextos Especificos__UnidadeIII