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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO EDUARDO JOSÉ DA SILVA BORGES PROPOSIÇÃO E TESTE DE UMA ESCALA DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE PERCEBIDA POR USUÁRIOS DO FACEBOOK E IMPACTOS SOBRE AS SUAS ATITUDES E INTENÇÕES COMPORTAMENTAIS Belo Horizonte MG 2018

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA

MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO

EDUARDO JOSÉ DA SILVA BORGES

PROPOSIÇÃO E TESTE DE UMA ESCALA DE AVALIAÇÃO

DA QUALIDADE PERCEBIDA POR USUÁRIOS DO

FACEBOOK E IMPACTOS SOBRE AS SUAS ATITUDES E

INTENÇÕES COMPORTAMENTAIS

Belo Horizonte – MG

2018

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EDUARDO JOSÉ DA SILVA BORGES

PROPOSIÇÃO E TESTE DE UMA ESCALA DE AVALIAÇÃO DA

QUALIDADE PERCEBIDA POR USUÁRIOS DO FACEBOOK E

IMPACTOS SOBRE AS SUAS ATITUDES E INTENÇÕES

COMPORTAMENTAIS

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-

Graduação em Administração do Centro

Universitário UNA, como requisito parcial para

a obtenção do título de Mestre em

Administração.

Área de Concentração: Inovação, Redes

Empresariais e Competitividade.

Orientador:

Prof. Doutor Gustavo Quiroga Souki

Coorientador:

Prof. Doutor Luiz Rodrigo Cunha Moura

Belo Horizonte – MG

2018

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Ficha catalográfica desenvolvida pela Biblioteca UNA campus Guajajaras –

Bibliotecário Júlio Ferreira Gomes – CRB 6 – 3227.

B732p Borges, Eduardo José da Silva

Proposição e teste de uma escala de avaliação da qualidade percebida por

usuários do facebook e impactos sobre as suas atitudes e escolhas comportamentais.

/Eduardo José da Silva Borges. – 2018.

120f.: il.

Orientador: Prof. Dr. Gustavo Quiroga Souki

Coorientador: Prof. Dr. Luiz Rodrigo Cunha Moura

Dissertação (Mestrado) – Centro Universitário UNA, 2018. Programa de pós-

graduação em Administração.

Inclui bibliografias.

1. Facebook (Rede social online). 2. Comportamento do consumidor. I. Souki,

Gustavo Quiroga. II. Centro Universitário UNA. III. Título.

CDU: 658

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a minha mãe Dina, que representa minha força

meu equilíbrio, minha paz.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus pela realização deste sonho e me ter concedido força e

sabedoria ao longo desta jornada.

Ao meu Orientador Prof. Dr. Gustavo Souki pelos ensinamentos e condução para a

realização deste trabalho.

A meu co-orientador, Prof. Dr. Luiz Rodrigo Cunha Moura pela sua colaboração,

incentivo e valiosos ensinamentos.

Aos professores Dr. Danilo de Melo Costa e Dr. Paulo Henrique Montagnana Leme por

proporcionar força, sabedoria e conhecimento para finalização deste projeto.

A minha mãe, que me acolheu e me apoiou incondicionalmente nos momentos mais

difíceis para a finalização desta pesquisa, a qual sou grato pela realização deste sonho.

Ressalto também o apoio dos meus primos Rafael e João Paulo, por ter sempre me

ajudado nas ausências do trabalho e levando nossa querida Prag Minas com garra e eficiência,

a meu primo Matheus e demais amigos, muito obrigado pela compreensão e apoio incondicional

nos momentos mais difíceis.

Aos meus colegas de mestrado agradeço o companheirismo, a amizade e o carinho que

sempre me disponibilizaram.

Enfim, agradeço a todas as pessoas que colaboraram direta e indiretamente

para a concretização deste trabalho.

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RESUMO

BORGES, Eduardo José da Silva. Dissertação. (Mestrado profissional em Administração). -

Proposição e teste de uma escala de avaliação da qualidade percebida por usuários do

Facebook e impactos sobre as suas atitudes e intenções comportamentais – Centro

Universitário UNA. Belo Horizonte, 2018.

Entender a ampliação e a difusão dos novos canais de comunicação são desafios para os

gestores de marketing, as redes sociais constituem uma recente forma de expressão e possuem

uma ampla popularidade. Visando contribuir com tal processo este trabalho avalia a qualidade

percebida da rede social Facebook, a partir de o desenvolvimento de uma escala própria na

percepção do usuário, e analisa a relação da qualidade percebida com o valor percebido,

satisfação, recomendação, propensão a lealdade, e risco percebido. Este trabalho está dividido

em duas fases, na primeira de cunho exploratório e qualitativa, identificou-se os atributos de

qualidade percebida que os usuários consideram mais importantes. Estes atributos subsidiaram

a segunda fase do trabalho, que constitui de uma pesquisa quantitativa, com aplicação de survey,

corte transversal único, e participação de 304 usuários. A análise se baseia na Modelagem de

Equações Estruturais, com aspecto exploratório-descritivo na fase qualitativa, focado na técnica

de Análise de Conteúdo. Os resultados concluem que a qualidade percebida pelos usuários do

Facebook com relação as funcionalidades disponibilizadas na plataforma é um construto

multidimensional e apresenta uma elevada ligação com os construtos e atributos de qualidade

menores identificados na pesquisa as quais usabilidade, eficiência, funcionalidade, conteúdo,

segurança e inovação. Sob o aspecto gerencial, o modelo teórico apresentado contribui para fornecer

subsídios para a tomada de decisão e orientação estratégica de gestores em marketing em temáticas

comportamentais dos usuários do Facebook. A escala desenvolvida neste estudo apresentou níveis

adequados de confiabilidade e validade convergente e discriminante. As hipóteses testadas foram

suportadas pelos dados empíricos da pesquisa. A qualidade percebida global apresentou elevada

capacidade preditiva em relação à satisfação e valor percebido.

Palavras-chave: Facebook, redes sociais, qualidade percebida, comportamento do consumidor

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ABSTRACT

BORGES, Eduardo José da Silva. Dissertação. (Mestrado profissional em Administração). -

Proposição e teste de uma escala de avaliação da qualidade percebida por usuários do

Facebook e impactos sobre as suas atitudes e intenções comportamentais – Centro

Universitário UNA. Belo Horizonte, 2018.

Understanding the expansion and diffusion of new channels of communication are the main

challenges for marketing managers, social networks are a recent form of expression and are

widely popular. Aiming to contribute to this process, this work evaluates the perceived quality

of the social network Facebook, from the development of a scale of the user's perception and

analyzes the relationship of perceived quality with perceived value, satisfaction,

recommendation, propensity for loyalty, and perceived risk. This work is divided into two

phases, in the first, qualitative, identified the attributes of perceived quality that users consider

most important. These attributes subsidized the second phase of the study, which consists of a

quantitative survey, with a single cross-sectional survey application, and participation of 304

users. The analysis is based on the Modeling of Structural Equations, with an exploratory-

descriptive aspect in the qualitative phase, focused on the Content Analysis technique. The

results conclude that the quality perceived by Facebook users regarding the features offered in

the platform is a multidimensional construct and presents a high connection with the smaller

constructs and quality attributes identified in the research. Under the managerial aspect, the

theoretical model presented contributes to provide support for the decision making and strategic

orientation of marketing managers in the behavioral themes of Facebook users. The scale

developed in this study presented adequate levels of reliability and convergent and discriminant

validity. The hypotheses tested were supported by the empirical data of the research. Overall

perceived quality presented a high predictive capacity in relation to satisfaction, and other

constructs.

Key words: Facebook, social networks, perceived quality, behavioral attitudes and intentions

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Variáveis da UGC ................................................................................................. 16

Quadro 2 - Tipos de mídias sociais ......................................................................................... 18

Quadro 3 - Usuários de mídias sociais. ................................................................................... 19

Quadro 4 - Ferramentas de qualidade em websites. ................................................................ 31

Quadro 5 - Dimensões de risco percebido. ............................................................................. 37

Quadro 6 - Caracterização e metodologia da pesquisa adotada. ............................................. 43

Quadro 7 - Dados sociodemográficos dos entrevistados fase qualitativa da pesquisa............ 54

Quadro 8 - Dimensões e indicadores das variáveis do modelo de pesquisa. .......................... 60

Quadro 9- Relação entre os constructos e a sigla. ................................................................... 67

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Análise descritiva das variáveis de caracterização .................................................. 70

Tabela 2 - Análise descritiva dos itens dos constructos .......................................................... 71

Tabela 3 - Análise Fatorial Exploratória para os constructos de primeira ordem ................... 75

Tabela 4 - Confiabilidade, validade convergente e dimensionalidade dos constructos .......... 76

Tabela 5 - Análise descritiva dos indicadores de primeira ordem ........................................... 77

Tabela 6 - Modelo de mensuração ........................................................................................... 79

Tabela 7 - Validação do modelo de mensuração ..................................................................... 80

Tabela 8 - Modelo estrutural.................................................................................................... 81

Tabela 9 - Verificação de hipóteses ......................................................................................... 85

Tabela 10 - Comparação entre os indicadores do modelo e o sexo ......................................... 86

Tabela 11 - Comparação entre os indicadores do modelo e as variáveis caracterizadoras ..... 86

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Intercambialidade da Web 2.0 ................................................................................ 20

Figura 2 - Mapa mundial das redes sociais ............................................................................. 22

Figura 3 - Layout e feed de notícias do Facebook................................................................... 24

Figura 4 - Informações de segurança do Facebook ................................................................. 25

Figura 5 - Comportamento do consumidor ............................................................................. 27

Figura 6 - Fatores que influenciam o comportamento do consumidor. ................................... 28

Figura 7 - Etapas do processo de decisão de compra .............................................................. 29

Figura 8- Modelo cognitivo dos antecedentes e consequências da satisfação. ....................... 33

Figura 9 - Representação do modelo de pesquisa. .................................................................. 42

Figura 10 - Representação final do modelo estrutural............................................................. 84

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

CAPES – COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DE PESSOAL DE NÍVEL

SUPERIOR

IBOPE – INSTITUTO BRASILEIRO DE OPINIÃO PÚBLICA E ESTATÍSTICA

OCDE – ORGANIZAÇÃO PARA A COOPERAÇÃO E DESENVOLVIEMNTO

ECONOMICO

SRS – SITES DE REDES SOCIAIS

TAM – TEORIA DA AÇÃO TECNOLOGICA

TRA – TEORIA DA AÇÃO RACIONAL

UGC – USER GENERATED CONTENT

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 8

1.1 Problema e questão norteadora ...................................................................................... 12

1.2 Objetivos ............................................................................................................................ 13

1.2.1 Objetivo geral ................................................................................................................. 13

1.2.2 Objetivos específicos ...................................................................................................... 13

1.3 Estrutura do texto ............................................................................................................. 14

2. CONTEXTUALIZAÇÃO DO OBJETO DE PESQUISA .............................................. 15

2.1 Conteúdo gerado pelo usuário ......................................................................................... 15

2.2 Web 2.0 .............................................................................................................................. 16

2.3 Mídias sociais .................................................................................................................... 17

2.4 Usuários de mídias sociais ................................................................................................ 18

2.5 Contribuições das mídias sociais ..................................................................................... 20

2.6 SRS - Sites de redes sociais .............................................................................................. 22

2.7 O Facebook ........................................................................................................................ 23

2.7.1 Facebook no Brasil ........................................................................................................ 25

3. REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................. 26

3.1 Comportamento do consumidor ..................................................................................... 26

3.1.1 Fatores de influência no comportamento do consumidor .......................................... 27

3.2 Processo de decisão de compra ........................................................................................ 28

3.3 Fase pós-compra ............................................................................................................... 29

3.3.1 Consumo ......................................................................................................................... 29

3.3.2 Avaliações pós consumo ................................................................................................ 30

3.4 Qualidade .......................................................................................................................... 30

3.5 Satisfação pós-compra ...................................................................................................... 32

3.6 Valor Percebido ................................................................................................................ 34

3.7 Satisfação ........................................................................................................................... 35

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3.8 Propensão a lealdade ........................................................................................................ 36

3.9 Risco Percebido ................................................................................................................. 37

3.10 Recomendação ................................................................................................................ 38

4. MODELOS E HIPÓTESES DE PESQUISA ................................................................... 39

5. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ..................................................................... 42

5.1 Fase Qualitativa ................................................................................................................ 43

5.1.1 Entrevistas ...................................................................................................................... 44

5.1.2 Análise de conteúdo ....................................................................................................... 45

5.2 Abordagem qualitativa e abordagem quantitativa........................................................ 46

5.3 Fase quantitativa .............................................................................................................. 47

5.3.1 População e amostra da pesquisa ................................................................................. 48

5.4 O questionário ................................................................................................................... 51

5.4.1 Modelagem de equações estruturais. ........................................................................... 52

6.1 Resultados da Fase Qualitativa ....................................................................................... 52

6.1.1 Avaliações dos usuários ................................................................................................. 55

6.1.2 Avaliações dos profissionais .......................................................................................... 57

6.2 RESULTADOS DA FASE QUANTITATIVA............................................................... 64

6.2.1 Análise de dados e as técnicas de estatística multivariadas. ...................................... 64

6.2.2 Análise de Dados Faltantes e Outliers ......................................................................... 68

6.2.3 Normalidade ................................................................................................................... 69

6.2.4 Linearidade .................................................................................................................... 70

6.3 Análise Descritiva ............................................................................................................. 70

6.4 Criação do Indicador........................................................................................................ 74

6.4.1 Indicadores de Primeira Ordem .................................................................................. 77

6.5 Modelagem de Equações Estruturais (PLS) .................................................................. 77

6.5.1 Modelo de Mensuração (Outer Model) ....................................................................... 77

6.5.2 Modelo Estrutural (Inner Model) ................................................................................ 80

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6.5.3 Comparação Entre os Indicadores e as Variáveis Caracterizadoras ....................... 86

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................. 88

8. IMPLICAÇÕES ACADÊMICAS, GERENCIAIS E METODOLOGICAS ................ 89

9. LIMITAÇÕES E SUGESTÕES PARA PESQUISAS FUTURAS ................................ 90

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 92

APÊNDICE A ....................................................................................................................... 108

APÊNDICE B ........................................................................................................................ 110

APÊNDICE C: Produto Técnico ......................................................................................... 112

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1. INTRODUÇÃO

O ato de comunicar é um importante instrumento de socialização em que diversos atores

retratam de forma dinâmica o homem social, o viver em sociedade agrega ao homem papel de

transformador, e os enunciados linguísticos representam o meio mais importante de

comunicação humana (EZCURIDA; STAINTON, 2013).

A ampliação das tecnologias na área de informação recria uma nova forma de

comunicação, e inclui a linguagem oral, escrita, em um único ambiente, aparada na difusão e

troca de informações de maneira rápida e abrangente (VENKATESH; THONG; XU, 2012).

Essas tecnologias trouxeram notáveis mudanças no Século XXI e afetaram diretamente

as demandas da vida moderna a exemplo da informatização (BUABENG - ANDOH, 2012).

As formas de comunicação online, e suas interações são características essenciais das

redes sociais, estas, possuem o networking como um ambiente de interação e aprendizagem de

relações formais e informais com infinitas possibilidades de compartilhamento de conteúdo. O

seu caráter múltiplo, possibilita a identificação de diversos usuários que formam diferentes

grupos (KUMAR, et al., 2013).

Imersas na Web 2.0 as redes sociais permitem um amplo compartilhamento de mídia e

abrangência de usuários, no Brasil fatores como universalização do acesso à Internet e maior

acesso a dispositivos de acesso contribuem para aceitação da população.

Esta propensão se reflete em números, no Brasil em 2017, a audiência das

multiplataformas de redes sociais no país correspondia a 97,7 MM, maior da América Latina,

e o Facebook o grande destaque nacional com mais de 1.000 minutos vistos por mês, resultado

relevante entre as demais redes sociais estudadas como o Instagram e o Twitter com

aproximadamente 200 minutos por mês (COMSCORE, 2017).

Para Harden, Ryan e Prybutok (2012) o crescimento e a representatividade dos sites de

redes sociais como o Facebook, permitem ao usuário acesso a um sistema de entrega fácil

através de um conjunto diversificado de funções e compartilhamentos conteúdo.

Nas redes sociais a tecnologia desempenha um papel central na capacitação de

colaborações devido ao papel aprimorado das plataformas de comunicação avançadas, neste

sentido, Khan (2014) identifica no Facebook dois tipos de colaborações: interação social e

interação tecnológica, a primeira dispõe da publicação de conteúdo entre usuários o que

proporciona a aprendizagem compartilhada e a formação de comunidades, a interação

tecnológica por sua vez ocorre por meio da disponibilidade de ferramentas de interação digitais

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e proporcionam a formação de comunidades entre as quais acadêmicas ou profissionais de

maneira proativa.

Portanto, como uma plataforma colaborativa e com elevada quantidade de usuários o

Facebook possui uma estrutura de rede estrita a inovação voltada a proximidade social, esta

ocorre em relações socialmente incorporadas que envolve confiança e experiência através de

interações repetidas (BOSHMA, 2010).

Atualmente o Facebook não se restringe ao compartilhamento de informações entre

pessoas físicas, empresas e demais instituições voltam-se a essa plataforma pela abrangência e

o baixo custo para atingir um público maior de consumidores por meio dos seus canais de

compartilhamento de mídia (HANSSON; WRANGMO; SOLBERG, 2013).

Para Jesic et al. (2010) a proximidade do Facebook para pessoas físicas, empresas e

entidades governamentais, propicia a propagação da tecnologia social, esta ocorre quando o

processo de inovação aberta transmite um determinado problema para o circuito mais amplo de

possíveis solucionadores. A sua utilização em massa atua como redutores de conflitos que

aumentam a intercambialidade e possibilitam maior propensão as redes de inovação

(LEENDERS; DOLFSMA, 2016).

Atualmente vários atributos e funcionalidades das redes sociais são debatidos entre

usuários e põe em xeque a intenção de uso continuado destes, neste sentido Jordaan (2017)

destaca que as questões relacionadas a privacidade são os mais críticos a considerar a

intensidade de utilização do Facebook.

Neste sentido, em 2018, o Facebook apresentou sérios problemas com privacidade de

dados decorrido do vazamento de dados de 50 milhões de usuários do Facebook por uma

empresa de análise de dados a Cambridge Analytica, a qual segundo investigações influenciou

as eleições americanas em 2016 e a saída do Reino Unido da União Europeia em 2017 o

chamado Brexit (CADWALLADR; GRAHAM-HARISSON, 2018).

Pelo desposto, este estudo aborda o escopo das redes socais e por sua vez elucida a

abordagem das mídias sociais, segundo Berthon et al. (2012) estes dois termos embora

complementares e intercambiáveis são diferentes, as mídias sociais dispõem de aplicações

online e se baseiam na Web 2.0 enquanto as redes sociais são representadas pelos canais de

troca de mídia, a exemplo do Facebook objeto de estudo nesta pesquisa.

Nesta temática, Asghar (2015) desenvolve um estudo com os principais recursos e

funcionalidades de utilização continuada do Facebook com destaque a feed de notícias, grupos

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e outras redes de contatos e destaca o caráter informativo, integrador e de novas tendências

disseminadas na rede.

Esses atributos quando bem disseminados e integrados aos usuários da rede social

permitem a sua utilização a longo prazo, e ajudam a fidelizar o cliente à rede social utilizada

(CHIU et al., 2013).

No entanto estes atributos quando não bem posicionados ao usuário correspondem um

gap entre a proposta oferecida pela rede social, neste estudo o Facebook, e as expectativas do

usuário, esta lacuna pode gerar insatisfação ou a não continuidade da rede social.

Portanto, a avaliação da qualidade se tornou uma atividade primordial e de tal modo

como acontece nos websites, as empresas e os profissionais de marketing investem tempo e

dinheiro para desenvolver e manter a qualidade nas redes sociais (ROCHA, 2012).

O estudo da qualidade no ambiente dos sites de redes sociais, ganha mais espaço à

medida que a manutenção e a conquista de novos usuários são elementos representativos para

o crescimento das mesmas (WASHHA, 2017).

Neste contexto, Phillips, Peak e Prybutok (2016) desenvolvem a escala no ambiente das

redes sociais desenvolvem um construto com dimensões independentes que positivamente

correlacionam a qualidade dos sites de redes sociais e o uso destes, e deriva de outras escalas

de qualidade e outras construções específicas da Web 2.0.

Não obstante, o estudo das mídias sociais também liga-se ao estudo do comportamento

do consumidor, em consulta realizada no portal de periódicos da Coordenação de

Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES - realizado em 20 de Abril de 2018,

com as temáticas "Facebook" e "comportamento do consumidor", essenciais para o presente

trabalho, apresentou número constante de pesquisas, os dados foram coletados nos últimos

cinco anos antecedentes a realização deste estudo.

Os dados levantados decorrem do link “nova busca”, “contém” sendo pesquisadas as

palavras “Facebook” e “consumer bahavior” no portal CAPES e em “refinamento de

resultados” com a seleção de “somente artigos” e função de “qualquer idioma” habilitada.

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Gráfico 1 - Publicações anuais da temática Facebook e comportamento do consumidor de

janeiro de 2015 a dezembro de 2017 no portal CAPES.

Fonte: elaborado pelo autor a partir de dados da plataforma CAPES - http:// www.capes.gov.br/ - Acesso em 01

de abr. de 2018.

Os números sugerem que a temática “comportamento do consumidor” e “Facebook”

possui uma abordagem acadêmica constante, com crescimento de 16,25% em 2014 em

comparação com ano anterior, portanto, são temas que se matem ativos nas bases acadêmicas.

Contudo, o principal gap encontrado é a pouca abordagem de escalas no ambiente das

redes sociais para academia, utilizando os mesmos parâmetros acima destacados, porém com

as palavras “social network” e “scales” e refinadas as buscas em administração de empresas, e

posteriormente em multidisciplinar, não houve resultados relevantes para o desenvolvimento

do tema.

Diante do exposto, justifica-se a exposição da temática pela lacuna frente as abordagens

literárias, principalmente no que consiste no desenvolvimento de escalas o que possibilita a

disseminação para academia temas relevantes como qualidade e atitudes comportamentais

abordadas neste estudo.

A percepção da qualidade pelos usuários de redes sociais objetiva ao profissional de

marketing identificar os pontos de melhoria e vantagem competitiva.

Abordagens em atitudes e intenções comportamentais também são disseminadas em

temáticas ligadas as redes sociais, avaliando seu uso e sua intenção continuada (HSU; YU; WU,

2013; CHANG et al., 2015).

0

1150

2300

2013 2014 2015 2016 2017

1.618

1.8812.027

2.201 2.217

Quan

tidad

e de

publi

caçõ

es

Ano das publicações

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Neste contexto, Mafe, Parrenõ e Blás (2013) identifica que a lealdade do usuário com o

Facebook ajuda a criação e promoção de links afetivos e relacionamentos de longo prazo

utilizando este construto como indicador para avaliação de atitude e intenção comportamental

do usuário do Facebook.

Special e Li-Barber (2012) avaliam o construto satisfação perante avaliação dos usuários

do Facebook, os participantes listaram uma série de pontos com base no quão satisfeitos eles

estavam com a rede social ao executar um motivo determinado, os resultados apresentam de

maior relevância a ocupação de tempo, entretenimento e manutenção de relacionamentos.

Diante do exposto, reitera-se a importância de novos estudos e parâmetros baseados nos

atributos presentes nas redes sociais que ajudam no desenvolvimento da rede e uso continuado

por seus usuários.

1.1 Problema e questão norteadora

Segundo dados da própria companhia, o Facebook alcançou dois bilhões de usuários

(FACEBOOK, 2017), a empresa trouxe mudanças significativas em seu layout e no conteúdo

entregue ao usuário. Entretanto paira a dúvida: como seus usuários efetivamente percebem a

qualidade dos serviços oferecidos pelo Facebook?

Para a literatura tradicional, nos ambientes digitais a qualidade está ligada a percepções

comportamentais e elementos de desempenho compostos por um conjunto de funções, como

resposta do servidor, interação, feedback e tecnologias de display que em conjunto formam os

fatores arquitetônicos (MILLER, 2000).

No ambiente dos sites de redes sociais - SRS - a adoção dos parâmetros de qualidade

são baseados nos tradicionais construtos voltados a qualidade em serviços e no desempenho de

softwares, que possibilitam o desenvolvimento de novas escalas neste ambiente (LADHARI,

2010).

Para Kim (2016), a relação entre traços de personalidade do usuário e a qualidade dos

sites de redes sociais, envolve fatores como satisfação do usuário e intenção continuada de uso.

Phillips, Peak e Prybutok (2016) retratam a importância da temática das mídias sociais e

abordam o desenvolvimento das escalas de qualidade voltados a esse ambiente.

Considerando o exposto, a presente pesquisa apresenta a seguinte questão norteadora:

Quais são os atributos de qualidade e os impactos sobre as atitudes e intenções comportamentais

percebidos pelo usuário do Facebook?

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Depreende-se como atributos as funcionalidades presentes em website identificados em

estudos de qualidade em websites e em sites de redes sociais identificadas na fase qualitativa

deste estudo e validadas na fase quantitativa, as quais: usabilidade, eficiência e segurança das

informações.

Este estudo visa desenvolver uma escala de avaliação de qualidade, a partir da percepção

dos usuários da rede social, e ressalva questões comportamentais e pós-utilização do site

aplicadas sob um modelo de equações estruturais sob uso continuado.

Segundo Gong, Stump e Li (2014), a atual relevância das mídias sociais parte do escopo

da inovação a qual recria novos hábitos de comunicação e consumo para pessoas e instituições.

Esta pesquisa é desenvolvida no âmbito do Mestrado Profissional de Administração e

ligado à linha de pesquisa Inovação, Redes Empresariais e Competitividade com abordagem de

temáticas ligadas ao comportamento do consumidor, marketing de serviços, qualidade e

inovação, e desenvolve métricas de qualidade para os usuários de redes sociais.

1.2 Objetivos

Considerando-se o referido problema, foram definidos como objetivos:

1.2.1 Objetivo geral

O objetivo geral do presente trabalho consiste em propor e validar uma escala de

avaliação da qualidade percebida do Facebook e seus impactos sobre as atitudes e intenções

comportamentais dos usuários de mídias sociais.

1.2.2 Objetivos específicos

Como objetivos específicos este estudo visa:

• Identificar os atributos de qualidade percebidos pelos usuários do Facebook;

• Verificar a qualidade percebida pelos usuários do Facebook em relação aos serviços

essenciais disponibilizados;

• Averiguar as atitudes e intenções comportamentais dos usuários em relação as

funcionalidades do Facebook;

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• Apurar os impactos de qualidade percebida pelos usuários do Facebook sobre as suas

atitudes e intenções comportamentais e pós utilização da rede social.

Além dos objetivos descritos anteriormente, essa dissertação também irá desenvolver

um produto técnico, sendo este oriundo de duas pesquisas: uma exploratória e outra descritiva.

As quais foram aplicadas técnicas de análise de dados relativas à pesquisa qualitativa, bem

como técnicas de estatística multivariada em termos da verificação e teste das características

psicométricas dos construtos gerados na pesquisa. Este será composto pelos atributos

encontrados na pesquisa e será útil para a criação e aplicação de uma escala de avaliação da

qualidade percebida por usuários de Facebook.

O produto técnico gerado, atende aos três critérios definidos pela CAPES (Coordenação

de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). Em termos de aplicabilidade o

desenvolvimento de uma escala de avaliação da qualidade percebida pelos usuários do

Facebook e pode ser usado por qualquer usuário da rede social. Ressalta-se a importância

gerencial e inovadora a qual permite a que utilização por gestores de marketing, e demais

profissionais envolvidos diretamente na rede social.

1.3 Estrutura do texto

Este trabalho será desenvolvido pelas seguintes etapas:

Na introdução é proposto o tema do estudo e apontados às abordagens literárias

referentes a ele. É apresentada a questão norteadora da pesquisa, a justificativa e os objetivos

gerais e específicos.

O capítulo seguinte apresenta a contextualização do objeto da pesquisa com abordagens

da Web 2.0, e modelos de qualidade utilizados em meios digitais aos quais websites e redes

sociais e o Facebook.

No terceiro capítulo é apresentado o referencial teórico com ênfase na etapa pós-compra,

e no capítulo seguinte um modelo hipotético a ser desenvolvido no presente estudo.

O quinto capítulo expõe os procedimentos metodológicos e caracterização da pesquisa

em sua fase qualitativa e quantitativa e outros aspectos pertinentes à sua estrutura metodológica,

seguido pelos resultados, implicações e limitações da pesquisa.

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2. CONTEXTUALIZAÇÃO DO OBJETO DE PESQUISA

Neste capítulo serão abordados alguns temas relacionados ao desenvolvimento desta

pesquisa. No primeiro momento será abordado o Conteúdo gerado pelo usuário, Web 2.0 e um

breve descritivo dos SRS - Sites de redes sociais - e do Facebook.

2.1 Conteúdo gerado pelo usuário

Os primeiros Websites forneceram ao usuário interações limitadas quanto a pesquisas

e a contribuições de conteúdo, esta é chamada de Web 1.0 ou Web de leitura (AGHAEI, 2012).

Ela proporcionou o desenvolvimento de um conteúdo online, com uma certa quantidade de

esforço criativo e fora das práticas tradicionais, o chamado UGC - User Generated Content ou

Conteúdo Gerado pelo Usuário.

A UGC é formada por pessoas comuns que contribuem voluntariamente com dados,

informações ou mídia que aparecem antes de outras pessoas e reflete algum grau de esforço

criativo (CHRISTODOULIDES, 2012).

A possível aplicação através do conteúdo gerado pelo próprio usuário os transformou

de usuários consumidores de conteúdo para produtores de conteúdo, apoiando a

democratização do conhecimento e informação. As mídias sociais vêm na forma de

podcasts, blogs sociais, weblogs, notícias em portais, fóruns de Internet, etc., para

criar uma esfera de comunicação pública (MUSTAFFA et al. 2011, p. 04).

O Conteúdo Gerado pelo Usuário pode ser visto como a soma de todas as maneiras pelas

quais as pessoas utilizam as mídias sociais (KAPLAN; HAENLEIN, 2010).

O quadro a seguir retrata os pontos fundamentais de uma plataforma UGC, definidas

pela OCDE - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico.

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Quadro 1 - Variáveis da UGC

Variável Característica Aplicação

Acessibilidade Fácil acesso para navegabilidade e

ferramentas de modificações de conteúdo.

Sites públicos, redes

sociais.

Esforço

Criativo

Capacidade de proporcionar mudanças e

personalizações próprias.

Blog pessoal, páginas de

avaliações em geral.

Empirismo Quebrar paradigmas, criação por usuários sem

práticas profissionais.

Forúns e blogs.

Fonte: adaptado pelo autor de OCDE (2007).

A transformação proposta pela UGC vai além dos layouts de personalização de páginas

Web, ela facilita a criação de um nicho de profissionais envolvidos na criação e dinamização

proposta pelo usuário (SMITH; FISHER; YONGJIAN, 2011).

A UGC possibilitou o desenvolvimento da Web 2.0 com uma mudança de interface e

programação mais participativa, leve com interação de multiplataformas.

2.2 Web 2.0

A revolução da World Wide Web nos anos 2000 trouxe uma gama de mudanças e

profundas mudanças tecnológicas, a Internet mudou fundamentalmente os sistemas de

comunicação de informações no mundo, e a TI ajudou a resolver uma série de problemas na

ciência, tecnologia e produção industrial (ARTAMONOV, 2016).

Os tradicionais websites limitados e com representações estáticas da fase 1.0,

proporcionou aos proprietários de sites a possibil idade de colaborar ou manipular informações

mesmo com pouca interação do usuário na contribuição de conteúdo (CHOUDHURY, 2014).

Posteriormente os sites de representações dinâmica deram espaço a novos ambientes

interativos, sob esse aspecto, em 2005, Tim O’ Reilly, propôs o termo Web 2.0 para se referir

há um novo contexto de aplicações da Web, voltado a aplicações colaborativas em que usuários

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tornam-se co-desenvolvedores que interagem e dinamizam o ambiente online, por meio de

aplicações de código aberto “open source”.

Para Berthon et al. (2012) a Web 2.0 pode ser pensada como uma série de tecnologias e

inovações em termos de hardware e software que facilitam a criação de conteúdo de baixo custo,

fatores como interação e interoperabilidade colocam o usuário como os modificadores e

responsáveis em termos de design no ambiente da internet.

A Web 2.0 ao enfatizar tecnologias para a criação e operacionalização de sites,

desenvolve uma arquitetura Web mais robusta, voltadas as plataformas de software de código

aberto e banco de dados distribuídos (CHOUDHURY, 2014; ALLEN 2017).

2.3 Mídias sociais

Um tipo particular de interação proposta pela Web 2.0 e disseminada pelas UGC são as

mídias sociais, estas representadas por grupos de aplicações baseadas na Internet e na Web 2.0

que permitem a criação e troca de conteúdo gerado pelo usuário (KAPLAN; HAENLEIN, 2010;

HERMKENS, MCCARTHY, SILVESTRY, 2011; BERTHON, et. al, 2012).

Segundo Neti (2011) a mídia social é um termo composto derivadas de duas palavras

principais: meios de comunicação e social, por meios de comunicação entende - se as formas

de publicidade e difusão de ideias, e por social a interação de indivíduos dentro de um mesmo

grupo, que em conjunto propiciam a disseminação de conhecimento e informação por um

número representativo de usuários.

Kaplan e Haeilein (2010) dividem as mídias sociais em grupos, baseados no grau de

envolvimento do usuário que inclui as variadas formas de compartilhamento de conteúdo online

por meio de plataformas interativas de fotos, jogos e mensagens, são elas: Auto apresentação e

auto divulgação.

Enquanto a auto apresentação consiste em mídias que controlam a identidade do usuário

por plataformas terceiras, a auto divulgação é limitada e permite o controle da informação

repassada pelo usuário por meio de suas relações pessoais, conforme listado no quadro a seguir:

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Quadro 2 - Tipos de mídias sociais

Quanto as

mídias sociais

Tipo de

envolvimento

Baixo

envolvimento

Médio

envolvimento

Alto

envolvimento

Auto

Apresentação

Alto Blogs Sites de Redes

Sociais

Mundo social

virtual

Auto

Divulgação

Baixo Projetos de

Colaboração

Comunidades de

Conteúdo

Mundo de jogos

virtuais

Fonte: adaptado pelo autor a partir de Kaplan e Haenlein (2010).

Alguns blogs e projetos de colaboração como Wikipédia não possuem um alto

envolvimento, pois utilizam pequenas mensagens de texto relativamente simples. O segundo

nível é representado pelas comunidades de conteúdo e sites de redes sociais - SRS - que

permitem o compartilhamento de fotos, vídeos e outras mídias diversas com médio

envolvimento do usuário. O terceiro nível é representado por jogos de realidade aumentada

como Minecraft e Second Life e permitem grande contato com o usuário-mídia.

2.4 Usuários de mídias sociais

Os usuários de mídias sociais são compostos, em grande parte, por jovens que buscam

uma maneira fácil e prática de interagir, ligados a facilidades proporcionadas pela Web 2.0

(TARASZOW, 2010; EVANS, 2012; BOLTON et al., 2013).

As mídias também englobam uma gama de profissionais, empresas e instituições que

dinamizam o seu espaço, nesse aspecto, Vineran et al. (2013), propõe a segmentação de usuários

baseados na forma e frequência de utilização dos atores.

O quadro a seguir identifica os tipos de usuários de mídias sociais estes são divididos

pela forma e tempo de utilização, e dividem-se em variáveis continuas e variáveis categóricas,

como variáveis continuas estão fatores ligados à privacidade e importância de comunicação

social, como variáveis categóricas o tempo de acesso a mídias sociais e propensão a influência

de anúncios.

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Quadro 3 - Usuários de mídias sociais.

Grupos Características

engagers (engajados) Usuários participantes de fóruns, grupos de opiniões e que realizam pesquisa

de preços de variados produtos e serviços.

expressers and

informers (expressores

e informantes)

São usuários com forte participação ativa, e que interagem com outras redes

sociais como sites de blogs, Twitter, Wikipédia e os mais variados artigos.

Utilizam efetivamente o feed de notícias e se mantem atualizados nas mais

diferentes fontes de informação.

networks (redes de

contato)

Estes integrantes estão diretamente envolvidos em sites de mídias sociais

como o Facebook e Instagram com uma regularidade de postagens de fotos,

atualização de perfis e marcação de fotos.

watchers and listeners

(observadores e

ouvintes)

Atividade mínima online, restritos em atividades específicas, como

assistir a filmes, programas de TV ou ouvir músicas.

Fonte: adaptado pelo autor de Vineran et al. (2013).

Segundo Booth e Matic (2011) os profissionais de marketing mapeiam os

influenciadores de mídias sociais e os utilizam para alavancagem de marca e alcance do público

– alvo, esses influenciadores, pouco a pouco, ganham espaço graças as novas tecnologias e

comunidades que reúnem pessoas que compartilham interesses comuns.

A Web 2.0, por meio das suas amplas possibilidades de compartilhamento de mídias

sociais são representados pelos consumidores criativos, responsáveis pela criação de conteúdo

e compartilhamento por meio da plataforma das redes sociais, segundo Berthon et al. (2012)

estes atuam de forma relacionada e interdependente, conforme ilustrada na figura 1:

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Figura 1 - Intercambialidade da Web 2.0

Fonte: adaptado pelo autor de Berthon et al. (2012).

A Web 2.0 pode ser considerada como uma infraestrutura que possibilita o fenômeno

da mídia social e facilita o conteúdo gerado pelo usuário com a criação e distribuição de

conteúdo presentes nas redes sociais.

As mídias sociais voltam-se para o foco no conteúdo por meio dos consumidores

criativos, o ambiente macro da Web 2.0 permitem a criação e distribuição de conteúdo no

ambiente de rede.

2.5 Contribuições das mídias sociais

As mídias sociais têm demostrado sua importância nas diversas áreas, seja nas relações

comerciais, institucionais e científicas.

Enquanto sites podem ser usados como ferramentas importantes para o marketing,

uma vez que eles fornecem uma oportunidade para anunciar e vender produtos, os

sites de redes sociais são conhecidos como ferramentas que capacitam às formas

sociais e econômicas (..) por meio de métodos de marcação de mídia (Hayta, 2013,

P.68).

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Nas relações comercias, uma empresa que utiliza as mídias sociais de forma eficaz pode

facilmente conhecer seus consumidores atuais e potenciais e pré-determinar suas características

e preferências (HAYTA, 2013).

Estrategicamente é comum pelas organizações o desenvolvimento de páginas com

conteúdo e publicidade específicas no alcance de determinados grupos de usuários, assim, os

profissionais de marketing passam a se concentrar no acompanhamento de conversões de

métricas a jusante, a exemplo das técnicas de vendas, para elevação e envolvimento da marca

(HANNA; ROHM; CRITTENDEN, 2011).

Sob o ponto de vista do cliente as mídias possibilitam comparativo entre produtos,

marcas, e fabricantes, o usuário-mídia desempenha um papel ativo na co-criação de marketing

por meio das suas preferências, as empresas, por sua vez, passaram a investir em marketing

social e campanhas web no esforço de atingir o consumidor (HANNA; ROHM;

CRITTENDEN, 2011).

Os estudos de Fan e Gordon (2014) retratam as mídias sociais como ambientes

facilitadores para organizações, na percepção do ciclo de vida do produto para determinar

modelagens como crescimento em vendas, e melhoria de desempenho.

Para Kim e Park (2013) as mídias sociais favorecem novas experiências de consumo,

como S-commerce que é um subconjunto do comércio eletrônico e utiliza as redes sociais para

interações sociais e contribuições de usuários para facilitar a compra e a venda on-line de vários

produtos e serviços.

A ascensão meteórica dos sites de compartilhamento de mídia, como o Facebook tem

sua importância ampliada nos meios científicos, atraindo uma gama de pesquisadores e

cientistas sociais (WILSON; GOSLING; GRAHAM, 2012).

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2.6 SRS - Sites de redes sociais

Uma importante forma de interação online, são representadas pelos sites de redes sociais

(SRS), estes são ambientes virtuais que atendem a uma população específica, pessoas de

interesse semelhante se reúnem para comunicar, compartilhar e discutir ideias (RAACKE;

BONDS, 2008; ARNOLD; PAULUS, 2010).

Os SRS funcionam como significativos canais para troca de mídia, interações entre os

diferentes atores para transmissão de informações e contam com variadas formas de troca e

compartilhamento com representativo número de usuários, à exemplo do popular Facebook

(BICEN; UZUNBOYLU, 2013).

A medida que a mídia social e os fenômenos de conteúdo gerados pelos usuários

cresceram, sites focados no compartilhamento de mídia - SNS/SRS - começaram a implementar

recursos de redes e se tornaram sites de redes sociais - SNSs/SRSs - (ELLISON; NICOLE,

2007).

As redes sociais possuem uma ampla abrangência de usuários e países conforme

ilustrado na imagem a seguir:

Figura 2 - Mapa mundial das redes sociais

Fonte: VINCOS (2017). Disponível em: http://vincos.it/world-map-of-social-networks/. Acesso em 01 de Abril de

2018.

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Em 2008, após diversas formulações o Facebook lançou novos idiomas, entre os quais

o português – brasileiro, que segundo o site Vincos.it, especializado em pesquisas de

popularidade em sites de redes sociais, o Facebook atualmente é líder em 119 países, conforme

ilustrado na Figura 2.

2.7 O Facebook

Fundada por Mark Zuckerberg em 2004 e restrita inicialmente a rede privada

universitária, o Facebook foi um dos impulsionadores da Web 2.0 por impulsionar o

compartilhamento de conteúdo de mídia (JHON, 2013).

O Facebook é uma plataforma que permite aos usuários compartilhar informações com

seus amigos, estes são indivíduos da comunidade Facebook a quem o usuário dá a permissão

para se conectar e compartilhar informações. Esta informação, compartilhada por meio de

informações de status, permite que amigos e pessoas ligadas a determinado perfil ou

comunidade em comum recebam atualizações (RAY, 2013).

Entre funções principais do Facebook estão a possibilidade de criação de perfil,

compartilhamento de conteúdo de mídia, formação de grupos com usuários que possuam algum

interesse em comum, notificações de eventos, vídeos, fotos, entre outros.

A seguir, são destacadas algumas características básicas da plataforma quanto à sua

utilização:

• Configuração de Perfil

Constitui a etapa inicial de uso, as quais: criação de um perfil ou login, fornecimento de

detalhes básicos do usuário a plataforma: cidade atual e cidade natal, foto de capa e perfil,

buscar e conectar a novos amigos e informações de privacidade e segurança.

A customização é o ponto principal da página, sendo importante o repasse de

informações necessárias para que os demais usuários da rede identifiquem quem é o usuário, o

que ele faz, e o que oferece, contudo de forma não sobrecarregada (RAY, 2013).

• Timeline

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A Linha do tempo é local onde as atualizações e postagens do usuário são exibidas. O

usuário pode ajustar quem pode postar em sua linha do tempo e adicionar filtros de moderação

através da página gerenciar permissões que envolve o registro de atividades, como rever posts,

ocultar postagens, curtidas e visualização de aplicativos.

Figura 3 - Layout e feed de notícias do Facebook.

Fonte: elaborado pelo próprio autor (2018).

• Organização de fotos e álbuns

O Facebook permite o envio de fotos para a publicação no perfil pessoal, ou para edição

de capa, e possibilita ao usuário a criação de álbuns com limite máximo de 2048px1 para fotos

regulares, ou 851px por 315 px para fotos de capa, essas preferencialmente no formato JPEG.

Posteriormente poderão ser editas questões relacionadas a privacidade, capa do álbum

e inserção de imagens por meio de aplicativos de armazenamento e partilha de arquivos como

o DropBox2 e WappWolf3 (PORTO, 2016).

1 A palavra pixel é oriunda da junção dos termos Picture (imagem) e element (elemento), formando, ao pé da letra,

a expressão elemento de imagem, popularmente conhecido como resolução para atribuir quantos pixels uma

imagem tem em altura e largura.

2 Este é um serviço de armazenamento e compartilhamento de arquivos baseados na computação em nuvem, na

qual computadores e servidores são interligados por meio da internet.

3 Serviços de automatização de pastas e documentos baseados na utilização do usuário na internet.

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• Questões de privacidade e segurança

As questões gerais da conta oferecem ao usuário um painel de diferentes possibilidades

ligadas a questões de segurança como backup 4de dados, verificação de duas etapas, controle

de acesso, desativação ou exclusão da página.

Figura 4 - Informações de segurança do Facebook

Fonte: elaborado pelo próprio autor (2018).

Ao longo do tempo o Facebook realizou várias adaptações e lançou novas funções que

permitem configurações avançadas relacionadas a questões de privacidade e controle do

conteúdo postado pelo usuário (JORDAAN; HEERDEN, 2017).

2.7.1 Facebook no Brasil

Em 2008 o Facebook disponibilizou novos idiomas as quais o espanhol e o português

(SCANELL, 2012), neste mesmo período o Orkut possuía hegemonia no Brasil com 27 milhões

de usuários segundo o IBOPE, desde então a rede social mantém a hegemonia no país.

Segundo dados divulgados pela companhia em 2016, no Brasil o crescimento no número

de usuários ativos é constante, em Novembro de 2016 por exemplo, a companhia possuía 82

4 Cópia de dados, ou cópia de segurança de arquivos localizados no computador ou na nuvem.

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milhões de usuários e em Julho 2018 esse número chegou a 127 milhões, um crescimento de

aproximadamente 55% no período.

Em agosto de 2011 a plataforma ultrapassou o número de usuários do Facebook com

30,9 milhões de usuários únicos, o que possibilitou a abertura do primeiro escritório na América

Latina voltado para a prospecção de novos negócios no país.

Neste sentido há grande perspectivas para os gestores de marketing, segundo dados

Sintelmark - Sindicato Paulista das Empresas de Telemarketing, Marketing Direto e Conexos

em 2017, 92% das empresas possuíam contas ativas em alguma rede social e 54% dessas

possuíam atendimento via chat, caracterizando, portanto, a grande adoção por pessoas jurídicas.

Os dados demográficos do Facebook divulgado pela empresa de comunicação digital E-

dialog a qual usa dados populacionais do IBGE de 2010, revela que a maior parte dos acessos

dos usuários do Facebook se concentra no centro-sul do país com destaque ao DF com 61,23%

da população total com perfis no Facebook, seguido de São Paulo 50,84% e Rio de Janeiro com

49,96% da população utiliza o Facebook.

3. REFERENCIAL TEÓRICO

Nesta fase do estudo serão explanadas abordagens teóricas essenciais ao

desenvolvimento a esta pesquisa.

Inicialmente este capítulo descreve aspectos relacionados ao comportamento do

consumidor e processo de decisão de compra com ênfase na etapa pós-compra, e o

desenvolvimento de um modelo hipotético para a criação de uma escala da qualidade percebida

do Facebook.

3.1 Comportamento do consumidor

No ambiente empresarial compreender os consumidores e o processo de compra

proporciona uma série de benefícios, estes auxiliam os gerentes na tomada de decisão. Para

Mowen e Minor (2008) o comportamento do consumidor é definido como o estudo das unidades

compradoras e dos processos de troca envolvidos na aquisição, no consumo e na disposição de

mercadorias, serviços, experiências e ideias.

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Figura 5 - Comportamento do consumidor

Fonte: Kardes, Cronley e Cline (2011, p. 8).

Para Solomon (2016, p. 70) o estudo do comportamento do consumidor é um processo

na qual indivíduos ou grupos selecionam, compram, usam, ou descartam produtos, serviços,

ideias ou experiências para satisfazer necessidades e desejos, relacionamentos que não ficam

restritos ao ato da compra, mas em suas diferentes etapas como o pós-compra.

Neste sentido Kardes, Cronley e Cline (2011) abrange todas as atividades de consumo

associadas à compra, uso e disposição de bens e serviços, incluindo as respostas emocionais,

mentais ao comportamentais do consumidor, conforme figura 5.

3.1.1 Fatores de influência no comportamento do consumidor

Diversos fatores podem influenciar o comportamento de compra do consumidor, como

os grupos formados nos ambientes sociais, estes representam os coconsumidores, ou seja,

pessoas que servem de paramento para determinar os frequentadores de um determinado

ambiente ou escolha de um produto SOLOMON (2016, p. 375).

Para Blackwell, Miniard e Engel (2011, p. 414) os fatores sociais envolvem afinidades

e formas de pensamento de determinada classe da sociedade e a socialização obtida pelos

diversos grupos de referência.

Na perspectiva do marketing, Schiffman e Kanuk (2010) ressalvam que um grupo de

referência é qualquer pessoa ou grupo que servem como estruturas de referências para

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indivíduos nas suas decisões de compra ou consumo, estes ao influenciar valores ou

comportamento formam os grupos normativos que moldam o comportamento de compra.

Os grupos de referência fornecem significados aos produtos por meio associações para

os consumidores, estes criam identidades de marca e extraem valores culturais e as crenças

sobre o que é o útil e desejado em uma compra (KARDES, 2010). Estes influenciam

diretamente no comportamento do consumidor conforme figura a seguir:

Figura 6 - Fatores que influenciam o comportamento do consumidor.

Fonte: adaptado pelo autor de Kotler e Armstrong, 2015 (2016, p. 163).

3.2 Processo de decisão de compra

O processo de decisão de compra do consumidor se referente como indivíduos tomam

decisões sob as variáveis externas e o ambiente sociocultural (SCHIFFMAN; KANUK, 2010).

Para Ashamn, Solomon e Wolny (2015) o modelo do Processo de decisão de compra de

Engel, Koollat e Blackwell (1968) constitui uma teoria central do comportamento do

consumidor cujo objetivo descreve como indivíduos ordenam os fatos e influências para

tomarem decisões lógicas e consistentes.

O modelo propõe uma sequência do processo de toma de decisão, utilizadas também

para identificar as etapas da decisão de compra, as quais: Reconhecimento da necessidade,

busca de informações, avaliação de alternativas, compra, consumo, avaliação pós consumo e

descarte.

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Figura 7 - Etapas do processo de decisão de compra

Fonte: Kolter (2016, p.180)

3.3 Fase pós-compra

Segundo Blackwell, Miniard e Engel (2011, p.167) na fase pós consumo os clientes

experienciam a sensação de satisfação ou insatisfação sendo o consumo o determinante mais

importante.

Na fase pré-compra, o consumidor forma expectativas sobre um produto, e similarmente

na fase pós-compra, avalia e forma mais expectativas sobre seus futuros níveis de satisfação

com base no que o produto tem realizado (FORNELL, et al., 2010; ASLAN et al., 2015).

3.3.1 Consumo

Schiffman e Kanuk (2010) identificam que a escolha ou decisão de compra do

consumidor é a entrada do processo de consumo, e o conjunto de consumo definido como as

normas pelos quais o indivíduo ou família atende suas necessidades por meio de um portfólio

de produtos.

Blackwell, Miniard e Engel (2011, p. 167) dividem o comportamento do consumo em

diferentes dimensões desde a intenção de compra, o consumo e as avaliações pós compra.

A dimensão do consumo acontece quando o consumidor assume o compromisso de

quando consumir, e onde irá ocorrer o consumo, seja no próprio local de compra, seja lugares

terceiros. O entendimento de como o produto é usado possibilita as empresas novas

oportunidades de negócios e a quantidade consumida ajuda as organizações segmentarem os

clientes por volume de uso tais como grandes, moderados e pequenos usuários.

De acordo com Blackwell, Miniard e Engel (2011, p. 176) o consumo envolve

experiências. Quando o consumidor recebe algum resultado positivo pelo uso de determinado

produto há um reforço positivo, quando recebe um resultado negativo tende a punição na qual

o consumidor evita a utilização de determinada marca.

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30

3.3.2 Avaliações pós consumo

Para Blackwell, Miniard e Engel (2011, p. 179) nesta fase o processo decisório de

compra ressalta o grau de satisfação do consumidor, durante e após o consumo, por meio de

avaliações e suas experiências de consumo.

Os clientes desenvolvem suas expectativas baseando-se nas mensagens recebidas dos

vendedores, amigos e outras fontes de informação, quanto maior o hiato entre as expectativas

e desempenho maior a insatisfação do consumidor (KOTLER; ARMSTRONG, 2015, p. 180).

Para Schiffman e Kanuk (2010) os consumidores tendem a julgar sua experiência em

relação a suas expectativas ao realizarem uma avaliação pós-compra com três resultados

possíveis: (1) o desempenho real atende as expectativas e origina um sentimento neutro, (2) o

desempenho supera as expectativas o que gera a não confirmação positiva das expectativas; e

(3) o desempenho fica inferior as expectativas e causa a não confirmação negativa das

expectativas que gera a insatisfação.

Um importante componente da avaliação pós-compra é a diminuição das incertezas ou

dúvidas que o consumidor possa ter na escolha. A experiência de uma compra satisfatória é um

importante fator de recompra, mas não determinante, em vista que, não garante que os clientes

permaneçam fiéis, mas apenas o nível de satisfação destes (SOLOMON, 2016, p. 393).

3.4 Qualidade

Para Zeithaml (1988), existem dois tipos de qualidade: a qualidade do produto, que

consiste na superioridade técnica ou excelência do produto físico e a qualidade dos serviços,

que é a associação interativa entre os consumidores e os elementos extrínsecos ao serviço. Neste

sentido, a qualidade do serviço e a intenção comportamental estão diretamente relacionadas, e

o fator qualidade determina se um consumidor persistirá ou não com o produto ou serviço.

A expansão do setor de serviços possibilita a busca por parâmetros de qualidade em

atendimento. Os primeiros ensaios sobre a temática surgiram de comparações entre usuários

que consideravam o que deveria ser oferecido e o que ele realmente ofereceria, e o serviço a

resultante de pelo menos uma atividade desempenhada (ZEITHAML; PARASURAMAN;

BERRY, 1990)

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Segundo Garvin (2002), a qualidade pode ser desmembrada em oito dimensões:

desempenho, características, confiabilidade, conformidade, durabilidade, atendimento, estética

e qualidade percebida.

Parasuraman (1985) identifica a qualidade percebida como a resultante entre

expectativas e desempenho. Sob o ponto de vista do consumidor a qualidade percebida se refere

a um julgamento da excelência ou superioridade de um produto ou serviço, aplicada no modelo

de lacuna da avaliação da qualidade do serviço, proposta por Zeithaml (1988) ela é igual às

expectativas subtraídas do desempenho real da qualidade.

Estudos recentes em qualidade percebida mostram a relação com o desenvolvimento e

elaboração de novas atividades para as organizações. Zabkar, Brecic e Dmitrovic (2010)

utilizam a modelagem de qualidade percebida, satisfação e intenções comportamentais inter-

relacionadas para a escolha do cliente, assim, criam um novo parâmetro de desempenho de um

negócio.

Neste mesmo contexto, Howat e Assaker (2013) desenvolvem um modelo de qualidade

percebida versus lealdade baseada nas dimensões da qualidade do serviço e identifica pontos

de percepção ligados ao desempenho do produto frente às expectativas do consumidor.

Na década de 80, Zeithaml, Berry e Parasuraman, desenvolveram o construto

SERVQUAL, baseado em fatores como: confiabilidade, segurança, tangibilidade, sensibilidade

e empatia. Posteriormente, com a expansão das tecnologias da informação esses construtos

ajudaram o desenvolvimento de escalas baseadas no desempenho de softwares, websites e em

redes sociais identificados no quadro a seguir.

Quadro 4 - Ferramentas de qualidade em websites.

Escalas de

Qualidade

Autores Predecessores

Webqual Loiacono, Watson e Godhue

(2002) TRA - Teoria da Ação Racional e TAM - Teoria da Aceitação Tecnológica.

Sitequal Web e Web (2004) ServQual, Qualidade dos serviços e

informações.

SNSqual Philips, Peak e Prybutok (2016) WebQual, ServQual E-ServQual.

Fonte: Elaborado pelo autor, 2018.

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As escalas WebQual e Sitequal baseiam-se na facilidade do uso e utilidade, para fins de

qualidade e percepção de sites, em consonância, a escala SNSqual, mais recente, é desenvolvida

para o ambiente das redes sociais.

Chen e Chang (2010) utilizam o WebQual para identificação da qualidade nas

comunidades virtuais, em consonância Shia e Chen (2016) utilizam como parâmetro de

qualidade para sites internacionais de compra, e equipara-se as abordagens e-commerce da

escala SiteQual (RANGANATHAN; JHA, 2007; HASAN; MORRIS; PROBETS, 2012).

3.5 Satisfação pós-compra

Para Solomon et al. (2016, p. 395) a satisfação ou insatisfação do consumidor é

determinada pelos sentimentos gerais ou atitude e ocorre durante e depois do uso do produto

ou serviço. Os consumidores se envolvem em um processo constante de avaliação das coisas

que compram ao integrar os produtos em suas atividades diárias de consumo.

Blackwell, Miniard e Engel (2011, p. 183) relatam por meio do Modelo de Confirmação

das Expectativas de Oliver (1980) que os sentimentos de satisfação são atingidos quando os

consumidores comparam suas percepções de desempenho do produto com suas expectativas.

Se o desempenho percebido exceder as expectativas do consumidor há uma

desconfirmação positiva e o cliente estará satisfeito.

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Figura 8- Modelo cognitivo dos antecedentes e consequências da satisfação.

Fonte: adaptado pelo autor de Oliver (1980).

Solomon (2016, p. 393) sugere que os consumidores busquem no produto atributos

ligados a qualidade e o valor, todavia, estes utilizam inúmeras variáveis para inferir a qualidade

relacionado a marca, preço ou publicidade.

Ryu et al. (2012) analisam o valor, a percepção de qualidade na satisfação do cliente e

suas intenções comportamentais para serviços de restaurante e confirmam que a qualidade e

valor são elementos determinantes da satisfação.

Neste sentido, Show e Chi (2015) analisam a relação entre satisfação e recomendação

de marca. Ao analisarem páginas de marcas em sites de redes sociais, os autores identificaram

que quanto maior a satisfação do consumidor com determinada marca, maior o boca a boca

positivo, e também identificam que a qualidade da informação exerce uma influência positiva

na satisfação dos clientes.

Pesquisas ligadas a qualidade dos serviços e comportamento pós compra nortearam o

desenvolvimento de construtos para a elaboração de uma escala de avaliação da qualidade da

rede social Facebook, objeto central deste estudo, identificado no capítulo 4 deste estudo.

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3.6 Valor Percebido

O valor percebido é uma essencial função de vantagem competitiva, resultante dos

benefícios propostos pelo cliente e a sua relação de trocas, envolve os sacrifícios submetidos

de sua obtenção, este é um elemento antecedente da satisfação e está ligado a experiência de

consumo com função positiva da subjeção de sacrifícios (ZEITHAML, 1988; ANDERSON,

1994; JURAN E GODFREY, 1999; SIRDESHMUK, SINHG, SABOL, 2002).

Valor = f(recebimentos / f sacrifícios)

O conceito de valor repassado ao consumidor é fundamental para compreender o

comportamento de compra dos consumidores, e representa uma preocupação crescente para

instituições, empresas e demais varejistas (KAINTH & VERMA, 2011).

O valor percebido deve incorporar elementos importantes da cidadania social e

identidade corporativa (SEIFI, et al., 2012).

Ensaios tradicionais de Woodruff (1997) reiteram que o valor recebido leva à satisfação

geral, sendo este o sentimento do cliente em resposta a uma avaliação de uso de determinado

produto ou serviço.

Para Baker e Fulford (2016) o retorno da satisfação de um determinado serviço, resulta

positivamente que ela é um importante elemento antecedente do valor percebido da marca “o

que você obteve é o que você pagou”, evidenciando o valor da troca daquilo que foi pago,

essencial para a abordagem do valor percebido.

Neste contexto Yu et al. (2013), no escopo das redes sociais, confirmam a relação

positiva da satisfação do usuário do Facebook com o valor percebido, afirmando vertentes

literárias ligadas ao valor percebido e satisfação.

No espaço das redes sociais, este construto é utilizado como fator de impacto para

opções estratégicas perante observação comportamentais de usuários (LEE et al., 2014).

Neste sentido, Pearson, Tadisina e Griffin (2013) analisam as influências da qualidade

da informação e da qualidade percebida em websites na determinação do valor percebido, e em

conjunto com esses construtos, analisa a sua influência na determinação das intenções de

lealdade, para os autores quanto maior a qualidade percebida e maior a qualidade da informação

maior a influência sobre o valor percebido.

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Na abordagem das intenções comportamentais Al-Debei et al. (2013) utiliza o valor

percebido na identificação comportamental de usuários em sites de mídias sociais, e retrata a

importância do valor percebido nas relações de continuidade de uso de sites, da mesma forma

Yen e Hsiao (2014) utilizam a valor percebido versus necessidades psicológicas em grupos de

usuários em comunidades do Facebook.

3.7 Satisfação

A satisfação é um componente para o entendimento das necessidades dos consumidores,

é a avaliação do cliente de um produto ou serviço, frente suas expectativas e necessidades, ou

um resultado psicológico derivado da experiência (LEE et al., 2000; WILSON et al., 2016).

Segundo Oliver (2010) as expectativas são influenciadas pela experiência anterior de

compra, propaganda de terceiros e recomendações de amigos com vista a satisfação de alguma

necessidade, desejo ou meta, esta ocorre sob quatro perspectivas, as quais:

• Perspectiva do consumidor: Sob o ponto de vista do cliente, a satisfação é um

estado desejado de consumo, o que influencia sua capacidade de decisão

• Perspectiva da empresa: A satisfação passa a ser vista como elemento-chave para

a lucratividade.

• Perspectiva da Indústria: Perspectiva de satisfação, frente a diversas modalidades

regulatórias.

• Perspectiva da Sociedade: A satisfação está diretamente ligada a melhorias na

qualidade de vida.

Na literatura pertinente aos SRS estão relacionadas as perspectivas e o retorno

proporcionado pela satisfação, a exemplo das interações com as redes sociais digitais sob

aspectos psicológicos e positivos da satisfação na vida e comunidade e o bem-estar (LAI et al.,

2009; VITAK et al., 2011; CHOI; CIGANEK, 2013; JUNG OH; OZCAYA; LA ROSE, 2014).

Para Oliver (2010) a satisfação é um passo necessário para a formação da lealdade dos

clientes.

Neste contexto para Mittal e Frennea (2010) a segmentação dos clientes é relevante para

a relação de predição a lealdade e satisfação dos clientes, mesmo a satisfação um construto

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resultante de outros fatores. Este componente sofre influência direta do valor percebido pelo

usuário como importante componente de entrega para o cliente (KUMAR et al., 2013).

Para as empresas o desenvolvimento do construto aliada a uma estratégia empresarial

permite a elaboração de estratégicas de retenção e vantagem competitiva (MALSHE;

ARGARWALL, 2015).

3.8 Propensão a lealdade

Oliver (1999) conceitua a lealdade como compromisso de recompra de determinado

produto ou serviço de modo consistente no futuro independentemente de influências

situacionais ou esforços de marketing, existindo um processo sequencial de fidelidade.

O feedback proposto pela experiência anterior de compra é o primeiro passo para a

recompra e essencial para a fidelização de clientes, segundo Baker e Fulford (2016) o valor

percebido pelos usuários influencia positivamente a satisfação.

A intenção comportamental pós-compra é influída positivamente pela satisfação e valor

percebido e no ambiente empresarial quando ligadas ao empenho da gerência, é um elemento

relevante de antecedente a lealdade.

Para Chiu et al. (2013) a percepção de lealdade está ligada ao bem-estar subjetivo dos

clientes que podem ser influenciadas por fatores externos as quais, o tamanho da rede percebida,

e prestígio interno.

Nos ambientes digitais os indivíduos possuem uma ampla gama de informações, que

permitem ao cliente avaliar determinada marca, estes deixam de ser receptores passivos e se

tornam criadores e multiplicadores de mensagens de marketing que possibilita a propagação

boca - a - boca, no ambiente digital e formam o eWOM electronic word-of-mouth ou boca a

boca eletrônico (CHU, KIM, 2011; JAHN e KUNZ, 2012; CHEUNG, THADANI, 2012).

Estudos de lealdade no ambiente de redes sociais abordam a importância da

customização e do gerenciamento das páginas para a fidelização dos clientes, neste sentido

Ruiz, Parreño e Blas (2014) por meio de uma pesquisa com usuários do Facebook identifica os

principais impulsionadores da lealdade de páginas na rede social e objetiva a criação de links

afetivos relacionamento de longo prazo para os usuários, para os autores, fatores como a

confiança, utilidade e facilidade de uso afetam a utilização continuada do site e impacta a

recomendação boca a boca do site e a lealdade do usuário.

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O fator confiança é uma essencial variável comportamental dos usuários, o Modelo de

Aceitação tecnológica - TAM - que compreende a relação causal entre variáveis externas de

aceitação dos usuários e o uso real de um sistema, considera como significante e está

relacionada à aceitação da tecnologia. (MUNÕZ – LEIVA et al., 2012).

3.9 Risco Percebido

As decisões de compra envolvem algum tipo de risco percebido, que é a crença de que

o consumo de determinado produto ou serviço pode ter consequências negativas (SOLOMON,

2016).

O risco percebido é caracterizado como as percepções do consumidor sobre as

incertezas acerca dos resultados e possíveis consequências adversas na compra de um produto

(BORGES, 2014).

O risco percebido é uma variável que precisa ser examinada em conjunto com o valor

percebido pelo cliente (TEAS; AGARVAL, 2000; SNOJ; KORDA; MURMEL, 2004). Neste

contexto, Mitchell e Boustani (2015) afirmam que o risco percebido é um fenômeno com

múltiplas dimensões que se dividem em componentes diferentes, para este estudo, identificados

em risco de privacidade, risco financeiro, risco psicológico e risco social.

Quadro 5 - Dimensões de risco percebido.

Dimensão Descrição Pesquisa

Risco de privacidade Envolve a possível perda

potencial de informações

pessoais, a informação

digital deixa um traço que

pode ser rastreado e

analisado.

Featherman e Pavlou (2003);

Andrews (2012);

Risco financeiro Refere-se à probabilidade de

sofrer uma perda financeira

devido a custos ocultos como

manutenção, falhas e

garantias.

Cunningham (1967);

Featherman e Pavlou (2003).

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Risco psicológico Potencial perda de

autoestima e frustração do

ego baseada em sentimentos

sobre si mesmo, relacionado

a frustração e confiança.

Featherman e Pavlou (2003);

Sherchan et al. (2013)

Risco social Possível perda de status em

um grupo social como

resultado da adoção de um

produto ou serviço.

Jacoby e Platan (1972);

Featherman e Pavlou (2003)

Fonte: elaborado pelo autor, 2018.

Matikiti et al. (2017) utiliza os riscos de privacidade, risco social e risco de tempo no

ambiente das redes sociais em serviços turísticos e destaca que o risco de privacidade a qual

envolve a perda potencial de controle de informações pessoais o fator mais importante para os

usuários. O risco de privacidade está à frente do risco de tempo que é o momento perdido na

utilização dos sites de redes sociais e o risco social caracterizado pela perda potencial de um

conjunto de amigos como resultado de uso contínuo de um SRS.

Neste sentido, Aramo-Immonen (2016) identifica que no ambiente das redes sociais o

risco percebido da privacidade é o mais relevante entre os usuários e incluem roubos de dados

pessoais aos quais perda de identidade e uso devido de informação como as mais comuns nos

ambientes das redes sociais.

3.10 Recomendação

Ao longo da última década, a natureza cada vez mais interativa das páginas Web

facilitou uma comunicação rápida e fácil entre os usuários e contribuiu para um amplo

crescimento das comunidades de marcas.

O aspecto principal de qualquer grupo é o engajamento de seus membros, dada a

importância da participação dos consumidores, as empresas devem conhecer os fatores que

motivam indivíduos a participarem de comunidades digitais (MADUPU; COOLEY, 2010).

Para a empresa o fator participação é a chave para a construção de uma comunidade de

marca forte, que aumenta a fidelidade do cliente, reduz custos de marketing e gera novas ideias

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de crescimento de negócio, para o cliente a satisfação na aquisição de produtos e serviços

digitais afeta positivamente a sua intenção de compra (FOURNIER; LEE, 2009;

DABHOLKAR; SHENG, 2012).

A recomendação ou marketing boca a boca constitui um dos principais meios de

compartilhamento de informações e no ambiente das redes sociais é um elemento preditor do

marketing viral, pois permite o planejamento e a execução das ações que tem como objetivo

principal estimular a boca a boca da empresa pela Internet, aproveitando-se da rede social de

contato (KOZINETS, 2010; MILLER; LAMAS, 2012).

Para Lerman e Gosh (2010), o engajamento ativo dos usuários é o componente principal

de crescimento, os SRS contam com uma ampla quantidade de usuários, na qual os formadores

de opinião ou influenciadores são importantes disseminadores de hábitos de consumo e contam

com a abrangência das redes sociais (TRUSOV, BODAPATI, BUCKLIN, 2010).

A formação de comunidades, muito comum nas redes, é um fator propicio para o

sentimento de consciência entre membros, a qual ensejam a sensação de lealdade da marca

(MADUPU; COOLEY, 2010).

As recomendações em sites de redes sociais, como o Facebook, possuem um efeito

significativo no reconhecimento das necessidades, no comportamento real e nas avaliações pós-

compra, à medida que o usuário curte ou compartilha páginas e publicações ele revela seus

hábitos de consumo (DE VALCK, BRUGGEN; WIERENGA, 2009).

Alguns recursos do Facebook estão diretamente ligados a recomendação e disseminação

do botão “curtir" e em serviços baseados na localização do usuário.

4. MODELOS E HIPÓTESES DE PESQUISA

Este estudo objetiva propor e validar uma escala de avaliação da qualidade percebida

do Facebook e seus impactos sobre as atitudes e intenções comportamentais dos usuários de

mídias sociais.

Nesta fase serão explanadas as vertentes para o desenvolvimento da hipótese proposta

no trabalho e possibilita a identificação da linha conceitual utilizada e repassada ao leitor neste

estudo.

No modelo apresentado são caracterizados os construtos e indicadores relacionados aos

atributos de qualidade percebida da rede social Facebook identificadas na fase exploratória da

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pesquisa, estes, são afetados diretamente pela qualidade percebida e impacta os construtos das

atitudes e intenções comportamentais restantes.

Os construtos foram desenvolvidos por meio de revisões teóricas na área bem como a

utilização de autores-chave para o entendimento e utilização pertinentes as atitudes e intenções

comportamentais em qualidade. O desenvolvimento deste modelo remete aos conceitos

utilizados no referencial teórico em sua abordagem etimológica as quais:

Qualidade Percebida: Se desenvolve no ato da execução do serviço pelo cliente. É uma

forma de atitude relacionada e se difere da Satisfação que resulta da comparação das

expectativas com as percepções de desempenho efetivo (FORNELL et. al., 1996).

Satisfação: É uma resposta ao comportamento do consumidor, é o julgamento de que

uma característica do produto ou serviço, que em si, oferece em relação ao consumo um nível

prazeroso de contentamento relativo ao consumo (OLIVER, 1997). Nesta pesquisa será

avaliada a satisfação do usuário do Facebook perante a utilização da rede social.

Valor percebido: Segundo Zeithaml (1998) é a avaliação do usuário a da utilidade de

um produto baseado em percepções do que é recebido e do que é dado. Este estudo ao desenvolver

uma escala de avaliação da qualidade percebida utilizará por meio das atitudes e intenções

comportamentais este construto como parâmetro no resultado das percepções do usuário do

Facebook.

Propensão a lealdade: É um comprometimento profundo em recomprar ou favorecer

um produto/serviço no futuro, causando repetição de marca (OLIVER, 1999). A sua utilização

indicará quanto o usuário está propenso em utilizar o Facebook a longo prazo.

Recomendação: É a informação sobre os produtos transmitidos de indivíduos para

indivíduos, respaldada pela pressão social, por vezes mais confiável que as recomendações

propostas pelos canais de marketing (SOLOMON, 2011). Avalia-se nesta pesquisa se o usuário

do Facebook o recomenda a terceiros, como amigos e familiares.

Risco percebido: Holton (2004) define o risco percebido como como uma combinação

de incerteza e da seriedade das consequências envolvidas na decisão de compra, portanto,

avalia-se, quanto o usuário está exposto em utilizar o Facebook e os custos envolvidos na

utilização do mesmo.

Estes construtos admitem a utilização de hipóteses que segundo Marconi e Lakatos

(2017) são usadas nos estudos de caráter exploratório ou descritivo onde é dispensável sua

explicação formal.

O modelo hipotético a ser testado propõe o desenvolvimento de uma escala de avaliação

da qualidade percebida pelos usuários do Facebook, e serão identificados atributos de qualidade

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do Facebook estes ligados a qualidade percebida global do usuário como fator de segunda

ordem.

As hipóteses para a elaboração do modelo de pesquisa, estas identificadas a seguir:

H1 – A qualidade percebida global por parte dos usuários do Facebook apresenta uma relação

monotônica positiva sobre a satisfação.

H2 – A qualidade percebida global por parte dos usuários do Facebook apresenta uma relação

monotônica positiva sobre o valor percebido.

H3 - Há uma relação monotônica negativa entre risco percebido e valor percebido por parte dos

usuários do Facebook.

H4 – O valor percebido por parte dos usuários do Facebook apresenta uma relação monotônica

positiva sobre a satisfação.

H5 – O valor percebido por parte dos usuários do Facebook apresenta uma relação monotônica

positiva sobre a propensão a lealdade.

H6 – A satisfação por parte dos usuários do Facebook apresenta uma relação monotônica

positiva com propensão a lealdade.

H7 – A satisfação por parte dos usuários do Facebook apresenta uma relação monotônica

positiva com recomendação boca a boca.

H8 – A propensão a lealdade por parte dos usuários do Facebook apresenta uma relação

monotônica positiva com recomendação boca a boca.

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Figura 9 - Representação do modelo de pesquisa.

Fonte: Elaborado pelo autor, 2018.

5. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Este capítulo aborda os métodos e as técnicas utilizadas para o delineamento do

trabalho, e as determinantes necessárias para a execução do objetivo da pesquisa.

O estudo objetiva propor e testar uma escala de avaliação da qualidade percebida pelos

usuários em relação ao Facebook e seus impactos sobre as atitudes e intenções

comportamentais, a presente pesquisa é constituída de duas fases, a primeira possui natureza

qualitativa e a segunda quantitativa.

Na primeira fase do estudo, utiliza-se a pesquisa exploratória com entrevistas junto a

pessoas físicas e profissionais que utilizam o Facebook identificando diferentes atributos da

rede social relacionados à percepção e utilização, em consonância ao levantamento

bibliográfico pertinente a temática de qualidade no ambiente online e de SRS.

Na segunda fase serão testadas as hipóteses e os construtos identificados na fase anterior

utilizando a técnica de equações estruturais para o desenvolvimento de uma escala de avaliação

de qualidade, resumido no quadro a seguir:

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Quadro 6 - Caracterização e metodologia da pesquisa adotada.

Metodologia Etapa I – Fase Qualitativa Etapa II- Fase Quantitativa

Natureza das

variáveis

Qualitativa Quantitativa

Origem dos dados Primários Primários

Quanto aos fins Exploratório Descritivo

Quantos aos meios Pesquisa de Campo Pesquisa de Campo

Instrumentos de

pesquisa

Entrevistas em Profundidade Levantamento survey com

corte transversal único.

Tipo de Análise Análise de conteúdo categorial Multivariada.

Amostras Método da Saturação: Usuários do

Facebook e especialistas na área.

≥ 300 usuários do Facebook.

Amostragem Amostragem por convencia e

acessibilidade

Amostragem por conveniência

e bola de neve.

Fonte: elaborado pelo autor, 2018.

5.1 Fase Qualitativa

Para Malhotra (2010) dados primários são coletados e produzidos pelo pesquisador com

a finalidade de resolver o problema pesquisado, inicialmente o estudo desenvolve pesquisas em

journals, periódicos eletrônicos, livros e trabalhos anteriormente realizados sobre o assunto, a

qual define o caráter primário da origem dos dados que se baseia na busca e detalhamento de

informações.

As pesquisas qualitativas são caracterizadas por apresentarem uma metodologia de

pesquisa não estruturada, exploratória, baseada em pequenas amostras, que proporcionam

poucas percepções e compressão do contexto do problema (MALHOTRA, 2010).

Esta pesquisa contribui com ideias para conceitos existentes ou novos que ajudam a

explicar comportamentos e pensamentos sociais (YIN, 2015).

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Nesta fase utiliza-se pesquisa exploratória a qual visa identificar características

essenciais para a identificação de fatores de qualidade do Facebook junto a usuários da rede

social, e inclui revisão literária sobre o tema, a exemplo das influências comportamentais dos

usuários de mídias sociais e escalas de qualidade já existentes.

Segundo Mattar (2014) estudos exploratórios visam prover do pesquisador maior

conhecimento sobre o tema ou problema de pesquisa adequado ao investigador que não tem

conhecimento suficiente para formular questões ou hipóteses específicas. Ela ajuda a ampliar o

instrumento à realidade de que se pretende conhecer (MALHOTRA, 2010).

A técnica de investigação aplicada é a pesquisa de campo, esta, segundo Gil (2010)

baseia-se na experiência e investigação que é realizada no local onde os fenômenos são

estudados, é utilizada para conseguir informações acerca de um problema para qual se procura

uma resposta ou hipótese.

Como instrumentos de pesquisa serão adotados entrevista em profundidade junto a

usuários do Facebook e profissionais ligados a tecnologia da informação no desenvolvimento

de websites e gestão de redes sociais.

Para a definição da amostra nesta fase do trabalho opta-se pela utilização da

amostragem por saturação, utilizada para determinar o tamanho da amostra em um estudo

(FONTANELLA; RICAS; TURATO, 2008).

Nesta etapa, quanto a amostragem optou-se em utilizar a amostragem não probabilística

por conveniência, que segundo Malhotra (2010), é a técnica de amostragem que não utiliza

seleção aleatória e confia no julgamento pessoal do pesquisador.

5.1.1 Entrevistas

Segundo Marconi e Lakatos (2017) a entrevista é um procedimento utilizado na

investigação social, para coleta de dados ou ajuda no tratamento de um problema social e

permite a interação entre o pesquisador e o entrevistado para obtenção detalhada sobre o que se

está pesquisando (OLIVEIRA, 2016).

Incialmente, foram realizadas entrevistas abertas, semiestruturadas com abordagens

pessoais e diretas junto a profissionais ligados a tecnologia de informação, e usuários comuns

do Facebook até a sua saturação, elas serão previamente agendadas e posteriormente gravadas

em mídias digitais como forma de confiabilidade e integralidade dos dados para validação no

decorrer das fases da presente pesquisa.

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Este estudo ao identificar atributos de qualidade perante usuários de mídias sociais, opta

na utilização de entrevistas em profundidade, ao passo que, permitem à obtenção de

informações relevantes, concisas e aprofundadas, não encontradas a disposição de fontes

documentais (MARCONI; LAKATOS, 2017).

O desenvolvimento das perguntas levou em consideração diferentes atributos do

Facebook como layout, segurança, conteúdo, funções, entre outros aspectos que afetam

diretamente a percepção de qualidade do ponto de vista dos clientes, concomitante as diferentes

abordagens teóricas e escalas de qualidade online no ambiente de redes sociais explanadas neste

estudo nos capítulos 2 e 3.

5.1.2 Análise de conteúdo

Neste estudo foi utilizada a técnica de análise de conteúdo para a etapa qualitativa como

forma de análise dos resultados obtidos, esta constitui uma metodologia de pesquisa usada para

descrever e interpretar o conteúdo de toda classe de documentos e textos de forma sistemática,

objetiva e ordenada, é uma técnica de pesquisa para fazer inferências replicáveis e válidas dos

textos para os contextos de seu uso (KRIPPENDORFF, 2013; VERGARA, 2015; BARDIN,

2016).

Todavia, não existe apenas uma linha de análise de conteúdo, mas numerosos estilos,

com enfoques variados, e abordagens distintas, para interpretar o significado do conteúdo de

dados de texto e envolve codificação e confiabilidade (HSIEH, SHANNON, 2005).

Como referência para presente pesquisa será adotada as seguintes fases definidas por

Bardin (2016):

Pré-análise: Fase em que ocorre a organização do material a ser utilizado, tornando-o

operacional, as quais: leitura flutuante – primeiro contato com os documentos da coleta de

dados, escolha de documentos, formulação de hipóteses, objetivos, e referenciação de índices e

elaboração de indicadores.

Exploração do material: Exploração do material utilizado as quais: codificação,

classificação e categorização, essenciais para a elaboração de inferências e interpretações do

conteúdo estudado.

Tratamento de resultados: Fase correspondente às interpretações inferenciais ocorre

o adensamento e o destaque de informações para análise.

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46

Segundo Distaso e Bortree (2012) no ambiente das mídias sociais, são utilizadas a

análise de conteúdo e demais métodos múltiplos para investigação de construtos como

confiabilidade e transparência de conteúdo, a exemplo da técnica de análise categorial ou

análise por categorias, que funcionam por operações de desmembramento de conteúdo em

unidades e agrupamentos análogos. Neste contexto as regras seguem os processos de

fragmentação e classificação de conteúdo, abordada neste estudo como forma de análise do

conteúdo das entrevistas.

Os seus resultados em conjunto com a teoria levantada na revisão bibliográfica que

representam a fase exploratória deste estudo proporcionaram a construção do modelo teórico e

das hipóteses a serem testados conforme hipóteses apresentadas no capítulo 4.

5.2 Abordagem qualitativa e abordagem quantitativa

A possibilidade de uma pesquisa em profundidade com diversos interlocutores em redes

sociais, e informações da usabilidade e demais atributos do Facebook é um importante viés para

a justificativa da abordagem qualitativa e quantitativa da pesquisa.

Segundo Ritchie et al. (2010) as pesquisas qualitativas objetivam fornecer uma

compreensão profunda e interpretativa do mundo digital dos participantes da pesquisa, sobre o

sentido que fazem das circunstâncias sociais e materiais, de perspectivas de experiências e

histórias, com dados detalhados e ricos cuja profundidade e complexidade é variável, enquanto

o pesquisador quantitativo define variáveis e categorias de variáveis ligadas entre si para

enquadrar hipóteses e testar de dados.

Segundo Brannen (2017) nas pesquisas qualitativas, as variáveis são os veículos ou

meios da análise, enquanto, para as pesquisas quantitativas, elas podem constituir o produto ou

o resultado.

Para Meyers (2013) nos estudos de negócios e gestão há um grande equilíbrio na

aplicabilidade de técnicas qualitativas, quantitativas e em ambas.

No âmbito do marketing, a pesquisa qualitativa, à medida que oferece condições para

pesquisa cientifica de determinado rigor metodológico torna-se útil em temáticas ligadas à base

do comportamento como: cultura e consumo, marketing social corporativo, e

empreendedorismo (VIEIRA, 2013).

Da combinação dos métodos qualitativos e quantitativos surge à triangulação,

caracterizada por Brannen (2017) como uma estratégia que pressupõe o uso de diferentes fontes

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47

de informação, esta ajudará a confirmar e melhorar a clareza ou precisão de uma pesquisa

encontrada.

As pesquisas de métodos mistos aumentam a compreensão através do uso de diferentes

perspectivas e leituras.

Os métodos mistos combinam os métodos predeterminados das pesquisas

quantitativas com métodos emergentes das qualitativas, assim como questões abertas

e fechadas, com formas múltiplas de dados contemplando todas as possibilidades,

incluindo análises estatísticas e análises textuais (CRESWELL, 2007).

Segundo Flick (2009a) a combinação de métodos qualitativos e quantitativos são os

pontos principais da chamada abordagem da triangulação, quanto aos resultados estas podem

ser definidas quanto:

Convergência de resultados: Os resultados das pesquisas qualitativa e quantitativa

confirmam parcial ou totalmente uns aos outros.

Complementação: Os resultados se concentram em diferentes aspectos da questão de

pesquisa, e por serem complementares, permitem visualizar um quadro mais amplo da realidade

investigada;

Divergência ou contradição: Os dados obtidos por uma determinada metodologia de

pesquisa podem ser distintos daqueles coletados com a outra, a qual exige um novo estudo que

esclareça teórica ou empiricamente a divergência e dê conta das razões e motivações por trás

dela.

No decorrer da presente pesquisa será aplicada e analisada o resultado da presente

triangulação.

5.3 Fase quantitativa

O embasamento teórico utilizado na primeira fase do estudo é fundamental para o

desenvolvimento da pesquisa quantitativa ao passo, que exige profundo conhecimento do

problema a ser estudado ao utilizar objetivos bem definidos, procedimentos formais, e estrutura

bem definida (MATTAR, 2014).

O estudo descritivo, nesta pesquisa, visa testar as hipóteses e os construtos adotados na

fase qualitativa, de modo a melhor relacionar os dados observados na etapa de pesquisa de

profundidade e levantamento bibliográfico.

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48

Este objetiva explanar características de determinada população ou fenômeno e

estabelece variáveis padronizadas de coletas de dados a qual requer uma especificação clara da

pesquisa em termos de quem, o que, quando, onde, por que e como (GIL, 2010; MALHOTRA,

2010). Nesta etapa foi adotada a amostragem por conveniência e bola de neve.

Como instrumento de pesquisa, foi realizado um levantamento survey, com corte

transversal único. A utilização desta técnica junto a usuários de mídias sociais, é justificada

como uma permissão e contribuição para o conhecimento de uma área particular através da

coleta de dados dos indivíduos ou sobre o ambiente destes (FORZA, 2002). Entre as

ferramentas de pesquisa estão os questionários ou entrevistas (MARCO, 2007).

Este estudo abordará o corte transversal único caracterizada como uma pesquisa que

ocorre em um único momento de tempo, com o objetivo de estabelecer relação entre as varáveis

em determinada situação e de acordo com o momento proposto (FREITAS, 2000;

FONTENELLES et al., 2009).

Segundo Richardson (2017) nos cortes transversais os dados são coletados em um ponto

no tempo com base de uma amostra selecionada para descrever uma população em determinado

momento.

No estudo do marketing esse procedimento é o mais adequado, pois apresenta menores

custos em relação aos cortes longitudinais, e demandam menos esforço do pesquisador e do

entrevistado reduzindo o tempo de coleta de dados (SOUKI et al., 2008).

5.3.1 População e amostra da pesquisa

Segundo Gil (2010), as pesquisas sociais abrangem um grande universo de elementos,

sendo impossível considera-los em sua totalidade, sendo frequente trabalhar com uma amostra

uma pequena parte de elementos que compõem o universo.

Neste trabalho o universo desta pesquisa são os usuários do Facebook no Brasil, e por

unidade de observação usuários do Facebook e possuem regularidade de uso, seja por meio de

aplicação de links patrocinados, seja por meio da base da amigos do autor deste trabalho.

Segundo Fontelles et al. (2010) o objetivo do projeto de pesquisa é a partir do estudo da

amostra fazer deduções sobre uma população usando inferência estatística válida, na qual a

amostra seja representativa para que os resultados sejam fidedignos.

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49

Para determinar o tamanho necessário do estudo, foi realizado um pré-teste para validar

os instrumentos de pesquisa, usando como parâmetro o desvio padrão como indicador, em

consideração que a amostra deve ser compatível com a pesquisa realizada (Hair et al., 2009).

Esta pesquisa terá como parâmetro um intervalo de confiança de 95% em vista a boa

confiabilidade dos resultados, e desvio - padrão de 1,96% resultante da formula proposta por

Samara & Barros (2002) para o universo desconhecido, a margem de erro nesta pesquisa são

cinco pontos para mais ou para menos.

Para o cálculo da amostra foi utilizado o cálculo do universo desconhecido proposto por

Samara e Barros (2002) identificadas na equação abaixo:

𝑛𝑀𝑎𝑥 = (

𝑍𝛼2

2e )

Sendo que:

nMáx = corresponde à quantidade de indivíduos que garantem a margem de

erro definida;

Z_/2 = identifica o quartil superior _/2 da distribuição normal padrão.

e = corresponde à margem de erro da estimativa de p.

Considerando-se que se estabeleceu um nível de confiança de 95% (á=5% Þ Zα/2 =

Z0,025), obtém-se um valor de 1,96, a partir da tabela de porcentagem da área sob a curva de

distribuição normal apresentada por Levin (1985: p. 357 e 155), conforme observa-se na figura

a seguir:

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50

Figura 9 - Representação gráfica do nível de significância (confiança) de 5%.

Fonte: Levin (1985: p. 155).

Estabeleceu-se ainda uma margem de erro máxima de 6%, ou seja, a margem de erro

decorrente desse processo de amostragem é de seis pontos percentuais para mais ou para menos,

considerando um nível de confiança de 95%. Isto significa que se fossem realizados 100

levantamentos com a mesma metodologia, em 95 deles os resultados estariam dentro da

margem prevista de 6% de erro.

Estabeleceu-se ainda uma margem de erro máxima de 6%, ou seja, a margem de erro

decorrente desse processo de amostragem é de seis pontos percentuais para mais ou para menos,

considerando um nível de confiança de 95%. Isto significa que se fossem realizados 100

levantamentos com a mesma metodologia, em 95 deles os resultados estariam dentro da

margem prevista de 6% de erro.

Assim, de acordo com a fórmula para um universo desconhecido proposta por Samara

& Barros (1997) e Souza (2000), para a presente pesquisa a amostra deverá ser composta por

267 indivíduos, conforme mostram os cálculos abaixo:

𝑛𝑀𝑎𝑥 = (1,96

2𝑥0,06 )²

𝑛𝑀𝑎𝑥 = (1,96

0,12 )²

𝑛𝑀𝑎𝑥 = (19,6)²

𝒏𝑴𝒂𝒙 = 𝟐𝟔𝟔, 𝟕𝟔

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51

Portanto, como o cálculo da amostra indicou a necessidade de coletar dados de, pelo menos,

267 indivíduos, conforme recomenda Souki (2003).

Considerando a forma de cálculo de amostra para questionários da categoria fechada e com

grandes amostras, em situação em que as probabilidades são iguais Malhotra (2010) sugere que,

para um erro amostral de 5,66% e um grau de confiança de 95%, é possível trabalhar com 300

questionários válidos.

Optou-se, então, pela amostra de no mínimo de 300 usuários do Facebook.

5.4 O questionário

O questionário da pesquisa quantitativa possui como a referência literatura existente em

qualidade de sites, aplicativos de redes sociais, ligados à usabilidade e percepção do usuário,

fundamentais no desenvolvimento dos atributos do Facebook, portanto, foram utilizados

aspectos pertinentes a qualidade em software e mídias sociais conforme indicados no segundo

capítulo deste trabalho.

Foram enviados convites a usuários do Facebook por meio de convites diretos e links

patrocinados, estes foram divulgados também em comunidades no Facebook e mensagens

diretas, cujo principal alvo são usuários que utilizam a rede social com regularidade em vista

de melhor compreender e responder os atributos explanados no questionário aplicado com

maior fidedignidade.

Portanto, o resultado das entrevistas da fase qualitativa identifica atributos pertinentes a

qualidade no ambiente de redes sociais identificadas na literatura como: customização,

segurança e inovação (KAPLAN; HAENLEN, 2010; SOSIK; BAZAROVA, 2014; PHILLIPS;

PEAK; PRYBUTOK, 2016), e para caracterização da amostra perguntas relacionadas ao perfil

do usuário de redes sociais, descritas na contextualização da pesquisa no capítulo 2 deste estudo.

Foram estruturados questionários por meio de autopreenchimento baseados em revisão

literária pertinente ao tema, adotar-se-á uma escala tipo Likert modificada em 5 pontos,

variando de 0 (discordo totalmente) a 5 (concordo totalmente). A análise de dados foi feita por

meio de técnicas de estatística multivariada as quais estatística descritiva, validade convergente,

e validade discriminante.

As tecnologias digitais e da Web 2.0 influenciam os canais de comunicação aos quais

transformam os canais de mídia de transmissão monólogos – um para muitos – em diálogos de

redes sociais – muitos para muitos –, as mídias compreendem condutas e conteúdos entre

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52

indivíduos, elas oferecem uma nova abordagem de informações , que recria e difunde os canais

de comunicação (KIETZMAN et. al., 2011; BERTHON et al., 2012).

5.4.1 Modelagem de equações estruturais.

Para tratamento de dados estatísticos do estudo foi utilizado a Modelagem de equações

estruturais, por meio do software SMARTPLS.

A análise de equações estruturais é uma técnica de modelação generalizada utilizada

para testar a validade de modelos teóricos que definem relações causais, hipotéticas, entre

variáveis (MARÔCO, 2014).

O diagrama de caminhos apresenta os relacionamentos entre as variáveis latentes

propostas, a qual parte-se do entendimento de que uma variável dependente é um efeito

presumido ou resposta a uma mudança na variável independente, que por sua vez, é a causa

presumida de uma mudança na variável dependente (HAIR et al., 2009).

Os coeficientes de relacionamento variam de – 1 a 1, portanto, quando maior magnitude

maior o relacionamento entre as variáveis.

Para utilização de equações estruturais de um determinado estudo é necessário que o

número de observações exceda o número de covariância somado ao de variâncias matriz de

entrada de dados, esta não deve ser inferior ao número mínimo de 200 observações (HAIR et.,

2009).

(𝑛 ∗ (𝑛 + 1))/2

A qual n é o número de observações do modelo explicativo.

6. RESULTADOS

Nesta seção serão apresentados os resultados da pesquisa na fase qualitativa e

quantitativa do estudo.

6.1 Resultados da Fase Qualitativa

Nesta pesquisa, na etapa qualitativa, foram entrevistados 10 usuários do Facebook e 5

profissionais voltados a área de marketing, comunicação e tecnologia da informação, as

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53

entrevistas ocorreram em maio de 2018 e duraram em média 20 minutos cada, com

aproximadamente 10 horas de gravação total.

Foram realizadas abordagens pessoais e diretas, em sua maioria no local de trabalho dos

usuários, e em alguns casos teleconferência, as entrevistas foram transcritas para melhor

permitir a análise das falas dos entrevistados, por meio das citações recorrentes compôs-se a

identificação geral de atributos e permite inferências e adequações fundamentais a essa fase.

As entrevistas estão identificadas ao fim deste trabalho no Apêndice A – roteiro de

entrevista qualitativa para usuários do Facebook – e Apêndice B – roteiro de entrevista

qualitativa por profissionais. Os atributos identificados na fase qualitativa compõem as varáveis

para a elaboração do questionário para a fase quantitativa.

Os resultados obtidos nesta etapa propiciaram um conhecimento maior do cenário a ser

estruturado na fase quantitativa e contribuem para o desenvolvimento e composição do

questionário na segunda etapa deste estudo.

Para uma melhor organização de dados obtidos nas entrevistas, foi utilizado a técnica

de análise de conteúdo categorial que compreende um conjunto de características como

homogeneidade, fidelidade e objetividade de conteúdo (BARDIN, 2011).

Todos os entrevistados possuem afinidade e utilização ativa com a rede social, estes

estão identificados no quadro sociodemográfico a seguir:

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54

Quadro 7 - Dados sociodemográficos dos entrevistados fase qualitativa da pesquisa.

Entrevistado Data da

entrevista

Sexo Idade Local de

residência

UF Abertura

de conta

no

Facebook.

Ocupação

Entrevistado 1 02/05/2018 Masculino 20 Belo

Horizonte

MG 2012 Assistente

administrativo

Entrevistado 2 02/05/2018 Masculino 30 Belo

Horizonte

MG 2011 Biólogo

Entrevistado 3 03/05/2018 Masculino 23 Belo

Horizonte

MG 2010 Auxiliar

administrativo

Entrevistado 4 03/05/2018 Masculino 29 Belo

Horizonte

MG 2010 Representante

de vendas

Entrevistado 5 08/05/2018 Masculino 27 Belo

Horizonte

MG 2012 Técnico

contábil

Entrevistado 6 08/05/2018 Feminino 37 Belo

Horizonte

MG 2009 Médica

Veterinária

Entrevistado 7 08/05/2018 Feminino 51 Belo

Horizonte

MG 2013 Funcionária

Pública

Entrevistado 8 08/05/2018 Masculino 30 Belo

Horizonte

MG 2010 Biólogo

Entrevistado 9 28/05/2018 Feminino 29 São

Domingos

do Prata

MG 2012 Recepcionista

Entrevistado

10

31/05/2018 Masculino 41 Betim MG 2013 Advogado

Especialista 1-

Entrevistado

11

10/05/2018 Masculino 39 Belo

Horizonte

MG 2011 Publicitário

Especialista 2 -

Entrevistado

12

14/05/2018 Feminino 52 Cássia MG 2010 Designer

Especialista 3

- Entrevistado

13

15/05/2018 Masculino 41 Belo

Horizonte

MG 2010 Analista de

sistemas

Especialista 4-

Entrevistado

14

08/06/2018 Feminino 23 São Paulo SP 2011 Analista de

marketing

Especialista 5-

Entrevistado

15

08/06/2018 Masculino 27 Belo

Horizonte

MG 2011 Empresário

Fonte: dados da pesquisa (2018).

Os entrevistados da fase exploratória em sua maioria são residentes da cidade de Belo

Horizonte/MG, na média de anos considera-se o ano abertura da conta no Facebook que nas

entrevistas possuíram uma média de 7 anos. Os entrevistados possuem uma média de idade de

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55

33 anos. Neste quadro os especialistas correspondem aos cinco últimos entrevistados e os

demais os usuários comuns da rede.

6.1.1 Avaliações dos usuários

As observações dos entrevistados identificam as percepções de qualidade do usuário em

relação ao Facebook, estes relacionam a fatores como layout, navegabilidade, inovação e

precisão das informações, muitas indagadas pelo entrevistado por meio das perguntas pré-

estabelecidas sobre o tema. Preocupações com questões relacionadas a privacidade e exposição

de dados no Facebook possuíram grande relevância pelos usuários nesta etapa da pesquisa:

A segunda etapa das entrevistas, visou-se relacionar as necessidades que levaram os

usuários a abrir uma conta no Facebook, estes reiteram a importância dos amigos e pessoas

próximas como fator primordial para abertura de uma conta na rede social, que formam os

grupos de influência representados pelos amigos e familiares. Grande maioria dos entrevistados

possui afinidade com compartilhamento de mídias no ambiente das redes sociais.

“Utilizo o Facebook para inserção social e busca de grupos de interesses

comuns” (Entrevistado 2).

“A utilização do Facebook foi para atender a necessidade do momento

de me comunicar com outras pessoas” (Entrevistado 4).

A terceira etapa de perguntas visa buscar informações dos usuários quanto a frequência

de acesso, tempo de conta no Facebook, formas de acesso, atividades principais na rede, bem

como do conteúdo que comumente o usuário curte ou compartilha, entre outros. Neste ponto

todos os entrevistados revelaram um tempo de rede social superior a dois anos, e frequência de

utilização diária. Os acessos por smartphones e computadores representam as principais formas

de navegação.

“Por questão de prioridades já desativei o Facebook quatro vezes”

(Entrevistado 7).

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56

“O principal conteúdo que compartilho são assuntos ligados a política

a exemplo o Vem pra rua” (Entrevistado 6).

Para Kramer, Guilloryb e Hancock (2014) as emoções dos usuários do Facebook são

diretamente influenciadas pelas postagens de outros usuários, sentimentos positivos como

alegria e satisfação, ou negativos como tristeza, são facilmente repassados aos demais e

influenciam a capacidade de compartilhamento de conteúdo e formam o contágio emocional,

ou seja, a quantidade de conteúdo emocional repassados por outros usuários no feed de notícias

e que são capazes de alterar a expressão emocional do usuário.

Neste sentido, na quarta etapa da entrevista o usuário visa-se identifica as emoções.

Estas positivas e negativas, bem como a propensão a lealdade, satisfação, o custo monetário e

não monetário e os riscos na utilização do Facebook. Este último representado pelos riscos de

exposição de dados, perda de dados ou financeiros (LIAO; LIU; CHEN, 2011).

“Algumas vezes o Facebook repassa o sentimento de desprezo, raiva,

por pouco controlar a disseminação de informações falsas”

(Entrevistado 8).

Na última etapa foi solicitada ao entrevistado a identificação de atributos de qualidade

percebida do Facebook, foram debatidas questões ligadas a características da rede social como

facilidade de acesso, coesão e integralidade de informações, layout e disposição de conteúdo,

execução de serviços entre outros.

Indagados sobre aspectos relacionados a navegabilidade do Facebook, os entrevistados,

retratam como satisfatória a facilidade de acesso, busca de informações, menus e links. Quanto

a entrega de conteúdo a maior parte dos usuários, confirma que o Facebook tende a antecipar

as respostas dos usuários, a partir das preferências do cliente na plataforma, o que também reduz

a distração com conteúdo personalizado.

“Acredito que o Facebook tenha algoritmos que tendem a customizar

as preferências do usuário, com isso a rede social indica alguma página

ou conteúdo a ser curtido” (Entrevistado 2).

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57

Questões relacionadas a privacidade e segurança da rede foram as mais citadas pelos

usuários, estes relatam preocupação com a constante divulgação de vendas de informações

pessoais pelo Facebook, o que causa desconfiança com o compartilhamento de informações

pessoais na rede social.

“Sinto exposto ao risco em utilizar o Facebook devido aos vazamentos

recentes, o que me gera dúvida em continuar ou não na rede social.”

(Entrevistado 4).

Em suma, os usuários demonstram facilidade de acesso e identificaram como percepção

de qualidade atributos ligados a credibilidade de informações, layout e funcionalidade, esta

última, por sua vez, identifica a execução de serviços sem erros ou bugs, conteúdo adaptado

aos diferentes navegadores de acesso, menus e submenus funcionando conectados, fontes

adaptadas e adequadas, links sem quebras, boa capacidade e filtragem de pesquisas, rapidez ao

avançar e estabelecer uma pesquisa ou página inicial do site, feed de notícias e informações

bem localizadas e disponibilizados de forma rápida ao usuário da rede.

6.1.2 Avaliações dos profissionais

Na segunda etapa das entrevistas foram selecionados usuários que utilizam o Facebook

para ferramentas profissionais. Em um primeiro momento da entrevista procurou-se identificar

como o Facebook atende na rotina profissional.

“O Facebook possibilita ao empreendedor o uso ferramentas de

divulgação e impulsionamento de mídia que ajuda a espalhar o

conteúdo pela rede” (Entrevistado 11).

Os entrevistados que utilizam o Facebook como ferramenta de trabalho estão ligados as

atividades de marketing e trabalham diretamente com mídias digitais para o desenvolvimento

de páginas corporativas, publicidade, eventos entre outros.

Em um segundo momento buscou-se informações sobre formas de acesso, conteúdo, e

o desenvolvimento de atividades e funções na plataforma, foram ponderadas a necessidade de

atualização constante, principalmente quanto a inovação que permitam ao profissional melhor

retorno com os anúncios promovidos no site.

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“Como usuário acredito que o brasileiro não é fiel, se não houver uma

atualização e reestrutura constante da plataforma acredito que o destino

do Facebook seja igual do Orkut” (Entrevistado 12).

“Hoje o Facebook me atende bem quanto as necessidades profissionais,

mas acredito que o Instagram também possibilita um bom retorno sob

ponto de vista da divulgação (...) é uma plataforma que está em

ascensão” (Entrevistado 14).

Questões ligadas a privacidade e exposição de informações também foram ponderadas

como questões determinantes por estes usuários:

“Há uma preocupação do profissional que utiliza o Facebook com a

questões relacionadas a privacidade (..) mesmo que o conteúdo

compartilhado seja público ainda há um receio de vazamentos de

alguma informação estratégica” (Entrevistado 11).

Os atributos identificados na fase exploratória estão identificados na representação

gráfica a seguir:

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Figura 10 - Atributos de qualidade identificados na fase qualitativa.

Fonte: dados da pesquisa (2018).

Os dados primários obtidos na fase qualitativa, bem como as bases metodológicas

explanadas no capítulo 2 deste trabalho, propiciam o desenvolvimento de atributos para a

aplicação da fase quantitativa, e quanto aos fins é de abordagem descritiva, com corte

transversal único, à medida que visa testar hipóteses e as relações entre os construtos.

Em consonância é realizado um levantamento survey utilizando como instrumento para

coleta de dados um questionário estruturado, formal, com perguntas fechadas para

autopreenchimento, e análise multivariada, estes identificados no quadro a seguir:

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60

Quadro 8 - Dimensões e indicadores das variáveis do modelo de pesquisa.

Código Dimensões Subdimensões Indicadores quanto ao

Facebook

Referências

B.1.1 Usabilidade Compreensibilidade Os termos (frases)

disponibilizadas são

compreensíveis.

Entrevista qualitativa;

ISO/IEC 25012:2008;

Leite, Rocha, Teixeira,

(2014)

B.1.2 Usabilidade Compreensibilidade A disposição das informações

é facilmente compreensível.

Entrevista qualitativa;

ISO/IEC 25012:2008;

Leite, Rocha, Teixeira,

(2014)

B.1.3 Usabilidade Compreensibilidade Traduz frases ou informações

de outro idioma.

Entrevista qualitativa;

ISO/IEC 25012:2008;

Leite, Rocha, Teixeira,

(2014)

B.1.4 Usabilidade Precisão e

acessibilidade

Apresenta a função auto

ajuda quanto a navegação.

Entrevista qualitativa;

ISO/IEC 25012:2008;

Leite, Rocha, Teixeira,

(2014)

B.1.5 Usabilidade Aprendizagem É de fácil aprendizagem. Entrevista qualitativa;

ISO/IEC 25012:2008;

Leite, Rocha, Teixeira,

(2014)

B.1.6 Usabilidade Interatividade Possui canal ou função de

suporte a usuário.

Entrevista qualitativa;

ISO/IEC 25012:2008;

Leite, Rocha, Teixeira,

(2014)

B.1.7 Usabilidade Interatividade Apresenta uma página de

“perguntas e respostas” que

oriente o usuário quanto a

utilização.

Entrevista qualitativa;

ISO/IEC 25012:2008;

Leite, Rocha, Teixeira,

(2014)

B.2.1 Eficiência Utilização de

recursos

Há execução de serviços sem

erros.

Entrevista qualitativa;

Parasuraman et al. (2005);

Leite, Rocha, Teixeira,

(2014)

B.2.2 Eficiência Utilização de

recursos

Realiza múltiplas atividades

sem sobrecarga.

Entrevista qualitativa;

Parasuraman et al. (2005);

Leite, Rocha, Teixeira,

(2014)

B.2.3 Eficiência Comportamento do

tempo

É fácil acessar minha conta. Entrevista qualitativa;

Parasuraman et al. (2005);

Leite, Rocha, Teixeira,

(2014)

B.2.4 Eficiência Comportamento do

tempo

Possui bom tempo de

resposta.

Entrevista qualitativa;

Parasuraman et al. (2005);

Leite, Rocha, Teixeira,

(2014)

B.3.1 Funcionalidade Navegação Facilidade para retornar a

qualquer ponto do site.

Entrevista qualitativa;

Leite, Rocha, Teixeira,

(2014)

(Continua)

Page 69: PROPOSIÇÃO E TESTE DE UMA ESCALA DE AVALIAÇÃO DA … · troca de informações de maneira rápida e abrangente (VENKATESH; THONG; XU, 2012). Essas tecnologias trouxeram notáveis

61

Quadro 8 - Dimensões e indicadores das variáveis do modelo de pesquisa (Continuação)

Código Dimensões Subdimensões Indicadores quanto ao

Facebook

Referências

B.3.2 Funcionalidade Navegação Eu retorno para a página inicial

“feed de notícias” de maneira

rápida e prática.

Entrevista qualitativa; Leite,

Rocha, Teixeira, (2014)

B.3.3 Funcionalidade Pesquisa A capacidade de pesquisa é

satisfatória.

Entrevista qualitativa;

Ashgar (2015)

B.3.4 Funcionalidade Pesquisa A opção de pesquisa está

disponível em todas as páginas

do site.

Entrevista qualitativa;

Ashgar (2015)

B.3.5 Funcionalidade Pesquisa Há bons filtros de pesquisa Entrevista qualitativa;

Ashgar (2015)

B.3.6 Funcionalidade Pesquisa Há o repasse das “dicas de

pesquisa” para aumentar o

desempenho da navegação.

Entrevista qualitativa;

Moraga (2009)

B.3.7 Funcionalidade Aptidão As funcionalidades são

apropriadas para cada usuário.

Entrevista qualitativa;

Asghar (2015)

B.4.1 Confiabilidade Recuperação Se houver um problema há uma

rápida capacidade de

recuperação.

Entrevista qualitativa;

ISO/IEC 25012:2008

B.4.2 Confiabilidade Disponibilidade O upload de fotos e vídeos

acontecem sem falhas.

Entrevista qualitativa;

ISO/IEC 25012:2008;

Ashgar (2015)

B.4.3 Confiabilidade Disponibilidade As páginas são carregadas sem

erros.

Entrevista qualitativa;

ISO/IEC 25012:2008

B.4.4 Confiabilidade Disponibilidade Não há apresentação com links

quebrados bem como menu

com erros.

Entrevista qualitativa

ISO/IEC 25012:2008;

B.4.5 Confiabilidade Integridade O fornecimento das

informações (quanto ao uso e

operação do site) são

creditáveis.

Entrevista qualitativa;

Ashgar (2015)

B.5.1 Conteúdo Precisão e

acessibilidade

As informações repassadas ao

usuário (quanto ao uso e

operação do site) são precisas.

Entrevista qualitativa;

ISO/IEC 25012

B.5.2 Conteúdo Precisão e

acessibilidade

O conteúdo disponibilizado no

feed de notícias é relevante para

o usuário.

Entrevista qualitativa;

Ashgar (2015); Leite,

Rocha, Teixeira, (2014)

(Continua)

Page 70: PROPOSIÇÃO E TESTE DE UMA ESCALA DE AVALIAÇÃO DA … · troca de informações de maneira rápida e abrangente (VENKATESH; THONG; XU, 2012). Essas tecnologias trouxeram notáveis

62

Quadro 8 - Dimensões e indicadores das variáveis do modelo de pesquisa (Continuação)

(Continua)

Código Dimensões Subdimensões Indicador Referências B.5.4 Conteúdo Precisão e acessibilidade O feed de notícias é

constantemente atualizado.

Entrevista qualitativa;

Ashgar (2015); Leite,

Rocha, Teixeira, (2014)

B.5.5 Conteúdo Precisão e acessibilidade Há atualizações constantes em

páginas de eventos

Entrevista qualitativa;

B.5.6 Conteúdo Precisão e acessibilidade Solicita ao usuário atualizar

suas informações pessoais.

Entrevista qualitativa;);

Leite, Rocha, Teixeira,

(2014)

B.5.7 Conteúdo Identidade Fornece informações de “quem

somos”, ou informações da

empresa.

Entrevista qualitativa;

Moraga (2009)

B.5.8 Conteúdo Identidade O site fornece informações de

missão, visão e demais

informações da Instituição.

Entrevista qualitativa;

Moraga (2009)

B.5.9 Conteúdo Autorização Alerta quanto a utilização de

citações, referências externas e

direitos autorais.

Entrevista qualitativa;

ISO/IEC 25012:2008

B.6.1 Segurança Acesso Evita o acesso não autorizado

do perfil.

Entrevista qualitativa;

ISO/IEC 25012:2008

B.6.2 Segurança Acesso Permite facilmente o bloqueio

de conteúdo a pessoas não

autorizadas.

Entrevista qualitativa;

ISO/IEC 25012:2008

B.6.3 Segurança Utilização Possui o controle de spans e

compartilhamento de

mensagens falsas.

Entrevista qualitativa;

ISO/IEC 25012:2008;

Lazer et al. (2018)

B.6.4 Segurança Utilização Permite facilmente o bloqueio

de algum conteúdo por meio

das funções customizadas de

privacidade.

Entrevista qualitativa;

ISO/IEC 25012:2008; Ashghar (2015)

B.7.1 Inovação Recursos Difunde novas tendências

tecnológicas e de mercado.

Entrevista qualitativa;

Ashghar (2015)

B.7.2 Inovação Recursos Utiliza requisitos tecnológicos

para melhorar seu

desempenho.

Entrevista qualitativa;

Ashghar (2015)

B.7.3 Inovação Recursos Possui recursos inovadores e

diferenciados.

Entrevista qualitativa;

Ashghar (2015)

B.7.4 Inovação Recursos Proporciona ao usuário o

potencial inovador.

Entrevista qualitativa;

Ashghar (2015)

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63

Quadro 8 - Dimensões e indicadores das variáveis do modelo de pesquisa (Continuação)

(Continua)

Código Classificação Dimensões Indicador Referência

B.8.1

Atitudes e intenções

comportamentais

Valor Percebido

Possui uma boa relação custo

benefício (preço comparado ao

serviço prestado)

Zeithalm 1998; Kotler

e Armstrong, (2015)

B.8.2

Valor Percebido

Por ser gratuito, o Facebook

oferece serviços compatíveis

com o valor oferecido.

Zeithalm 1998; Kotler

e Armstrong, (2015)

B.8.3

Valor Percebido

Considerando o custo-benefício

(preço comparado ao serviço

prestado), acho que vale a pena

utilizar o Facebook.

Zeithalm 1998; Kotler

e Armstrong, (2015)

B.9.1 Satisfação

Tenho satisfação quanto a

utilização.

Oliver (1999); Yu et al.

(2013)

B.9.2 Satisfação

Os serviços oferecidos são

satisfatórios.

Oliver (1999); Yu et al.

(2013)

B.9.3 Satisfação Atende minhas expectativas.

Oliver (1999); Yu et al.

(2013)

B.9.4 Satisfação

Satisfaz minha decisão quanto

a sua utilização.

Oliver (1999); Yu et al.

(2013)

B.10.1 Recomendação Recomendo a utilização.

Solomon (2011); Yu et

al. (2013)

B.10.2 Recomendação

Falo apenas coisas positivas. Solomon (2011); Yu et

al. (2013)

B.10.3 Recomendação Indico os serviços e

funcionalidades para terceiros.

Solomon (2011); Yu et

al. (2013)

B.10.4 Recomendação Gostaria que falassem bem. Solomon (2011); Yu et

al. (2013)

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64

Quadro 8 - Dimensões e indicadores das variáveis do modelo de pesquisa (Fim)

6.2 RESULTADOS DA FASE QUANTITATIVA

Neste capítulo serão apresentadas as etapas para a execução da análise dos dados e visa

demonstrar uma visão genérica dos requisitos estatísticos que compreendem o estudo, e por

consequência, remete a autores usualmente citados na literatura em âmbito estatístico (BOLLEN,

1989; HAIR ET AL., 2010; KLINE, 2005; TABACHNICK E FIDELL, 2007).

6.2.1 Análise de dados e as técnicas de estatística multivariadas.

O questionário da pesquisa é formado por 63 variáveis relacionados a validação de

atributos identificados na fase qualitativa e quantitativa da pesquisa sendo 6 variáveis de

caracterização, as quais sexo, idade, renda, tempo de utilização da rede social, escolaridade e

e-mail. Caracteriza-se também 57 variáveis relacionadas a 12 constructos. Inicialmente, foi

aplicado o questionário para 443 indivíduos, dos quais 139 foram descartados por não

Código Classificação Dimensões Indicador Referências B.11.1

Atitudes e

intenções

comportamentais

Lealdade Estou propenso a continuar

utilizando.

Solomon (2011); Yu

et al. (2013) B.11.2 Lealdade Pretendo utilizar por muito

tempo.

Solomon (2011); Yu

et al. (2013) B.11.3 Lealdade Pretendo continuar utilizando

mesmo que as pessoas que eu

conheço me indiquem outras

redes sociais.

Solomon (2011); Yu

et al. (2013)

B.11.4 Lealdade Prefiro, ainda que outras redes

sociais ofereçam os mesmos

serviços ou melhores.

Stone e Gronhaug

(1993); Matikiti

(2017)

B.12.1 Risco percebido Me proporciona riscos quanto

a minha privacidade.

Stone e Gronhaug

(1993); Matikiti et al.

(2017) B.12.2 Risco percebido Me causa prejuízos

financeiros.

Stone e Gronhaug

(1993); Matikiti et al.

(2017) B.12.3 Risco percebido Afeta minhas amizades

pessoais “reais”.

Stone e Gronhaug

(1993); Matikiti et al.

(2017) B.12.4 Risco percebido Ajuda minhas variações

rápidas de comportamento

(ansiedade, tristeza ou

relacionados).

Stone e Gronhaug

(1993); Matikiti et al.

(2017)

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65

atenderem os requisitos mínimos, sendo desconsiderados das análises. Com isso, a análise de

dados foi realizada com 304 indivíduos.

Na análise descritiva das variáveis de caracterização da amostra foram utilizadas as

frequências absolutas e relativas. Já na descrição dos itens dos constructos foram utilizadas

medidas de posição, tendência central e dispersão, sendo uma das medidas utilizadas o intervalo

percentílico Bootstrap com 95% de confiança. O método Bootstrap (Efron e Tibishirani, 1993)

é muito utilizado na realização de inferências quando não se conhece a distribuição de

probabilidade da variável de interesse.

Com o intuito de avaliar as relações entre os constructos foi utilizado o modelo de

equações estruturais utilizando a abordagem PLS. A abordagem PLS (Partial Least Square)

(Vinzi, et al., 2010) foi desenvolvida como uma alternativa a abordagem tradicional baseada na

matriz de covariância (CBSEM), sendo uma técnica que oferece maior flexibilidade na

modelagem dos dados, uma vez que não é necessário satisfazer algumas suposições mais duras

tais como normalidade multivariada dos dados, independência entre as observações e tamanho

amostral elevado.

O processo de modelagem de equações estruturais divide-se em duas partes: Modelo de

Mensuração e Modelo Estrutural. Para verificar a validade do modelo de mensuração, ou seja,

da capacidade do conjunto de indicadores de cada constructo representar com precisão seu

respectivo conceito, foram avaliadas a dimensionalidade, confiabilidade e validade

convergente.

Neste sentido, segundo Geffen et al. (2000) o modelo estrutural relaciona as variáveis

dependentes e independentes. É nele que se sumarizam as relações causais entre as variáveis

latentes. O modelo de mensuração especifica os indicadores de cada variável latente e permite

avaliar a confiabilidade de cada construto ao estimar as relações causais que nele ocorrem.

Na avaliação da validade convergente utilizou-se o critério da Variância Média Extraída

- AVE proposto por Fornell, et al. (1981), que representa o percentual médio de variância

compartilhada entre o constructo latente e seus itens. Este critério garante a validade

convergente para valores da AVE acima de 50% (Henseler, et al., 2009) ou 40% no caso de

pesquisas exploratórias (NUNNALY, et al., 1994).

Para verificar a confiabilidade foram utilizados os indicadores Alfa de Cronbach (A.C.)

e Confiabilidade Composta (C.C.) (Chin, et. al, 1998). De acordo com Tenenhaus, et al. (2005)

os indicadores Alfa de Cronbach e Confiabilidade Composta devem apresentar valores acima

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66

de 0,70 para uma indicação de confiabilidade do constructo, ou valores acima de 0,60 no caso

de pesquisas exploratórias (Hair, et. al, 2009).

Na validade discriminante foi utilizado o critério de Fornell e Larcker (1981), que

garante a validade discriminante quando a variância extraída (AVE) de um constructo for maior

que a variância compartilhada desse constructo com os demais. Para verificar a

dimensionalidade dos constructos foi utilizado o critério de Kaiser (1958) que retorna à

quantidade de dimensões do constructo.

A qualidade percebida é um fator de segunda ordem, ou seja, não são formados

diretamente pelos itens (perguntas), mas por outras variáveis latentes (indicadores) aos quais:

usabilidade, eficiência, funcionalidade, confiabilidade, conteúdo, segurança e inovação. Para

tratar essa característica da estrutura de mensuração foi utilizada a abordagem “Two-Step”

(Sanchez, 2013). Dessa maneira, inicialmente foram computados os escores das variáveis

latentes de primeira ordem a partir da Análise Fatorial com o método de extração das

componentes principais e rotação varimax (Mingoti, 2007).

O método Bootstrap também foi utilizado para calcular os intervalos de confiança para

os pesos do modelo de mensuração e dos coeficientes do modelo estrutural, fornecendo

informações sobre a variabilidade dos parâmetros estimados, provendo assim uma importante

validação dos resultados.

Na avaliação da qualidade do ajuste do modelo foram utilizados o R2 e o GoF

(Tenenhaus, et al., 2004). O R2 representa em uma escala de 0% a 100% o quanto os constructos

independentes explicam os dependentes, sendo que, no geral, valores menores que 25%

representam capacidade explicativa fraca, valores entre 25% e 50% indicam capacidade

explicativa moderada e valores acima de 50% evidenciam uma capacidade explicativa

substancial (Hair, et al., 2014).

A análise GoF é uma média geométrica das AVEs dos construtos e dos R² do modelo e

também varia de 0% a 100%. O GoF em PLS, não tem a capacidade de discriminar modelos

válidos de inválidos, além de não se aplicar para modelos com constructos formativos

(Henseler; Sarstedt, 2012), apenas permite uma síntese das AVEs e dos R² do modelo em uma

única estatística, podendo ser útil para futuras comparações de aderência de diferentes amostras

ao modelo.

Para comparar os escores do modelo estrutural em relação as variáveis de caracterização

da amostra foram utilizadas os testes de Mann-Whitney (Hollander e Wolfe, 1999) e a

correlação de Spearman (Hollander e Wolfe, 1999). A correlação de Spearman é uma medida

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67

limitada entre -1 e 1, sendo que quanto mais próximo o coeficiente estiver de -1 maior a

correlação negativa e quanto mais próximo o coeficiente estiver de 1 maior a correlação

positiva. O software utilizado nas análises foi o R (versão 3.5.1).

O quadro a seguir identifica os construtos bem como suas questões e codificações:

Quadro 9- Relação entre os constructos e a sigla

Constructo Sigla Questões

Qualidade Percebida Global

Atributo

Usabilidade

AU1 As palavras, termos e frases do site Facebook são compreensíveis.

AU2 O Facebook ajuda os usuários a se moverem pelo site.

AU3 O site é de fácil aprendizagem e utilização.

AU4 Possui a função "ajuda" disponível para o usuário.

AU5 Possui canal ou função de suporte ao usuário.

AU6 Possui uma página de "perguntas e respostas" (FAC) que oriente o

usuário quanto a utilização do site.

AU7 O Facebook traduz frases e informações de outro idioma.

Atributo

Eficiência

AE1 A rede social suporta acesso em dispositivos móveis.

AE2 Há execução de serviços sem erros.

AE3 Consigo realizar múltiplas atividades sem sobrecarga.

AE4 É fácil acessar minha conta.

AE5 Possui bom tempo de resposta.

Atributo

Funcionalidade

AF1 Facilmente me localizo em qualquer ponto ou página do site.

AF2 Eu retorno para a página inicial "feed de notícias" de maneira rápida e

prática.

AF3 A capacidade de pesquisa é satisfatória.

AF4 A opção de pesquisa está disponível em todas as páginas do site.

AF5 Há bons filtros de pesquisa.

AF6 Há o repasse das "dicas de pesquisa" para aumentar o desempenho da

navegação.

Atributo

Confiabilidade

AC1 As funcionalidades são apropriadas para cada usuário.

AC2 Se houver um problema, há uma rápida capacidade de recuperação.

AC3 O upload (envio) de fotos e vídeos para o site acontece sem falhas.

AC4 As páginas são carregadas sem erros.

AC5 Não há links quebrados ou menu com erros.

AC6 O fornecimento de informações (quanto ao uso e operações do site) são

creditáveis.

Atributo

Conteúdo

ACT

1

As informações repassadas ao usuário (quanto ao uso e operação do site)

são precisas.

ACT

2

O conteúdo disponibilizado no feed de notícias é relevante para o

usuário.

ACT

3 O feed de notícias é constantemente atualizado.

ACT

4 Há atualizações constantes em páginas de eventos.

ACT

5 Solicita ao usuário atualizar suas informações pessoais.

ACT

6

O Facebook fornece informações de "quem somos" , ou informações da

empresa .

Atributo

Segurança

AS1 Alerta quanto a utilização de citações, referências externas e direitos

autorais.

AS2 Evita o acesso não autorizado do perfil.

AS3 Possui o controle de spans e compartilhamento de mensagens falsas.

AS4 Permite facilmente o bloqueio de algum conteúdo por meio das funções

customizadas de privacidade.

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68

Atributo

Inovação

AI1 Difunde novas tendências tecnológicas e de mercado.

AI2 Utiliza requisitos tecnológicos para melhorar seu desempenho.

AI3 Possui recursos inovadores e diferenciados.

AI4 Estimula o potencial inovador do usuário.

Valor Percebido

VP1 Possui uma boa relação custo benefício (preço comparado ao serviço

prestado).

VP2 Por ser gratuito, o Facebook oferece serviços compatíveis com o valor

oferecido.

VP3 Considerando o custo-benefício (preço comparado ao serviço prestado),

acho que vale a pena utilizar o Facebook.

Satisfação

SA1 Eu estou satisfeito com minha decisão em utilizar o Facebook.

SA2 Considero satisfatórios os recursos oferecidos pela rede social.

SA3 O Facebook atende minhas necessidades.

Recomendação

RE1 Recomendo a utilização do Facebook para outras pessoas.

RE2 Falo apenas coisas positivas do Facebook.

RE3 Indico os serviços e funcionalidades da rede social para outras pessoas.

RE4 Gostaria que falassem bem do site.

Propensão a Lealdade

PL1 Estou propenso a continuar utilizando o Facebook.

PL2 Eu prefiro estar em torno das pessoas que utilizam o Facebook.

PL3 Pretendo continuar utilizando mesmo que as pessoas que eu conheço me

indiquem outras redes sociais.

PL4 Prefiro, ainda que outras redes sociais ofereçam os mesmos serviços ou

serviços melhores.

Risco Percebido

RP1 O Facebook me proporciona riscos quanto a minha privacidade

(exposição de informações).

RP2 Me causa prejuízos financeiros.

RP3 Afeta minhas amizades pessoais "reais”.

RP4 Me proporciona variações rápidas de comportamento (ansiedade, tristeza

ou relacionados).

RP5 Quando a utilizo o tempo parece ter "voado".

Fonte: dados da pesquisa (2018).

Os itens acima expostos foram codificados conforme os construtos correspondentes,

estes foram abordados no questionário aplicados a pesquisa.

6.2.2 Análise de Dados Faltantes e Outliers

Inicialmente, o banco de dados continha 443 indivíduos, dos quais 139 não responderam

ou não possuíram uma taxa de resposta satisfatória, sendo então estes desconsiderados das

análises. Com isso, a análise de dados foi realizada com 304 indivíduos.

Foi realizada uma análise dos outliers, que são observações que apresentam um padrão

de resposta diferente das demais. Podemos classificar, de acordo com Hair, et.al. (2009), quatro

tipos de outliers: (1) erros na tabulação dos dados ou falhas na codificação; (2) observações

decorrentes de algum evento extraordinário; (3) observações extraordinárias para as quais o

pesquisador não tem uma explicação; e (4) observações que estão no intervalo usual de valores

para cada variável, mas são únicas em sua combinação de valores entre as variáveis. Os outliers

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69

do tipo 2 e 3 podem ser classificados como univariados, enquanto os outliers do tipo 4 podem

ser classificados como multivariados.

Buscou-se verificar a existência de outliers univariados, que consiste na verificação de

alguma resposta divergente com base em cada uma das variáveis do modelo, e os multivariados,

que apresentam um padrão de resposta diferente considerando todas as variáveis ao mesmo

tempo.

Os outliers univariados foram diagnosticados por meio da padronização dos resultados,

de forma que a média da variável fosse 0 e o desvio padrão 1. Para tanto, observações com

escores padronizados fora do intervalo de |4,00| foram consideradas outliers (Hair, et al., 2009).

De acordo com este critério foram encontradas 39 (0,23%) observações consideradas atípicas

de forma univariada.

Entretanto, os outliers multivariados foram diagnosticados com base na medida D² de

Mahalanobis. De acordo com Hair, et al. (2009) tal medida verifica a posição de cada

observação comparada com o centro de todas as observações em um conjunto de variáveis,

sendo que, ao final, é realizado um teste qui-quadrado. Os indivíduos que apresentam uma

significância da medida inferior a 0,001 foram considerados outliers multivariados. Com base

neste critério foram encontrados 19 (6,25%) indivíduos atípicos de forma multivariada.

Por acreditar-se que as observações sejam casos válidos da população e que, caso fossem

eliminadas, poderiam limitar a generalidade da análise multivariada, apesar de possivelmente

melhorar seus resultados (Hair, et al., 2009), optou-se por não excluir nenhum dos casos.

6.2.3 Normalidade

Por definição o conjunto de dados não apresenta distribuição normal univariada e nem

mesmo multivariada, uma vez que estão limitados em uma escala discreta e finita. Embora a

normalidade seja um pressuposto da Análise Fatorial Confirmatória, neste trabalho serão

utilizados estimadores robustos a desvios de normalidade. Sendo assim, a ausência de

normalidade dos dados, deixou de ser um grande problema quando se trabalha com a Análise

Fatorial Confirmatória.

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70

6.2.4 Linearidade

Para avaliar a linearidade dos dados inicialmente foram analisadas as correlações das

variáveis par a par, uma vez que um coeficiente de correlação significativo ao nível de 5% é

indicativo da existência de linearidade. Através da matriz de correlação de Spearman

(Hollander, et al., 1999) foram observadas 1536 de 1596 relações significativas ao nível de 5%,

ou seja, 96,24% das correlações possíveis.

Além disso, foi realizado o teste de Bartlett (Mingoti, 2007) para verificar a linearidade

em cada constructo. Em todos os constructos foram observados valores-p menores que 0,05,

indicando que existem evidências significativas de linearidade dentro dos mesmos.

6.3 Análise Descritiva

A Tabela a seguir apresenta a análise descritiva das variáveis de caracterização geral da

amostra e identifica o perfil dos entrevistados.

Tabela 1- Análise descritiva das variáveis de caracterização

Variáveis N %

Sexo Feminino 149 49,01%

Masculino 155 50,99%

Idade

Menos de 18 anos 42 13,82%

Entre 18 anos e menos de 36 anos 180 59,21%

Entre 36 anos e menos de 50 anos 68 22,37%

Entre 50 anos e menos de 65 anos 13 4,28%

65 anos ou mais 1 0,33%

Renda Familiar

Até R$ 965 40 13,16%

De R$ 965,00 até R$ 1.930,00 112 36,84%

De R$ 1.930,01 até R$ 4.825,00 102 33,55%

De R$ 4.825,01 até R$ 7.720,00 33 10,86%

Acima de R$ 7.720,01 17 5,59%

Tempo de usuário do Facebook

Há menos de 1 ano 14 4,61%

Entre 1 ano e menos de 3 anos 60 19,74%

Entre 3 anos e menos de 6 anos 111 36,51%

Entre 6 anos e menos de 8 anos 86 28,29%

Há mais de 8 anos 33 10,86%

Escolaridade

Primário 6 1,97%

Ensino médio ou técnico 113 37,17%

Superior incompleto 82 26,97%

Superior completo 103 33,88% Fonte: dados da pesquisa (2018).

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71

Boa parte dos usuários entrevistados, em sua maioria (50,99%) era do sexo masculino,

sendo em sua maioria jovens entre 18 e 36 anos que utilizam a rede social para variados fins. A

renda familiar de R$ 965,00 corresponde a maioria dos usuários entrevistados e 33,55% possui

renda até R$ 1.930,00.

Em relação ao tempo de utilização a maior parte 36,51% possui contas ativas entre 3 e

5 anos correlacionando com o aumento de usuários no Brasil a partir de 2011. A amostra além

de caracterizar grande parte de jovens a sua maioria apresenta ensino médio técnico e cuso

superior completo.

Portanto esta pesquisa aborda a analise descritiva dos atributos identificados na

pesquisa, todavia, cabe ressaltar que itens com intervalos de confiança estritamente maiores que

3 indicam tendência a concordância, itens com intervalos de confiança estritamente menores

que 3 apresentam tendência a discordância e itens com intervalos de confiança que contêm o 3

não apresentam concordância e nem discordância, conforme tabela a seguir:

Tabela 2 - Análise descritiva dos itens dos constructos

Constructo Itens Média D.P. I.C. - 95%¹

Qualidade Percebida Geral

Atributo

Usabilidade

AU1 4,28 0,79 [4,20; 4,37]

AU2 4,25 0,90 [4,15; 4,36]

AU3 4,46 0,74 [4,39; 4,55]

AU4 4,37 0,88 [4,26; 4,46]

AU5 4,25 0,93 [4,16; 4,35]

AU6 4,12 1,04 [4,01; 4,24]

AU7 4,37 0,92 [4,26; 4,46]

Atributo

Eficiência

AE1 4,64 0,68 [4,56; 4,72]

AE2 3,94 1,18 [3,81; 4,07]

AE3 4,06 1,13 [3,92; 4,18]

AE4 4,66 0,64 [4,59; 4,73]

AE5 4,41 0,73 [4,33; 4,49]

Atributo

Funcionalidade

AF1 4,40 0,82 [4,29; 4,48]

AF2 4,55 0,65 [4,47; 4,62]

AF3 4,35 0,90 [4,25; 4,44]

AF4 4,26 0,96 [4,16; 4,37]

AF5 4,22 0,99 [4,11; 4,32]

AF6 4,16 1,03 [4,05; 4,27]

Atributo

Confiabilidade

AC1 4,08 1,11 [3,95; 4,20]

AC2 4,08 1,09 [3,95; 4,19]

AC3 4,04 1,12 [3,90; 4,16]

AC4 4,06 1,13 [3,93; 4,18]

AC5 4,11 1,03 [3,99; 4,21]

AC6 4,14 1,00 [4,03; 4,25]

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Atributo

Conteúdo

ACT1 4,18 1,04 [4,06; 4,29]

ACT2 4,25 0,91 [4,15; 4,35]

ACT3 4,41 0,88 [4,30; 4,50]

ACT4 4,36 0,87 [4,26; 4,45]

ACT5 4,35 0,85 [4,25; 4,43]

ACT6 4,26 0,98 [4,15; 4,37]

Atributo

Segurança

AS1 4,05 1,19 [3,91; 4,17]

AS2 4,19 1,09 [4,07; 4,30]

AS3 3,91 1,31 [3,75; 4,05]

AS4 4,33 0,91 [4,24; 4,43]

Atributo

Inovação

AI1 4,33 0,89 [4,22; 4,42]

AI2 4,37 0,81 [4,28; 4,46]

AI3 4,29 0,91 [4,18; 4,38]

AI4 4,13 1,05 [4,00; 4,24]

Valor Percebido

VP1 4,32 0,88 [4,22; 4,42]

VP2 4,39 0,82 [4,30; 4,48]

VP3 4,47 0,71 [4,39; 4,55]

Satisfação

SA1 4,50 0,75 [4,41; 4,58]

SA2 4,42 0,78 [4,33; 4,50]

SA3 4,34 0,83 [4,25; 4,43]

Recomendação

RE1 4,39 0,84 [4,29; 4,48]

RE2 3,98 1,15 [3,85; 4,11]

RE3 4,26 0,97 [4,15; 4,37]

RE4 4,13 1,01 [4,01; 4,23]

Propensão a Lealdade

PL1 4,44 0,88 [4,34; 4,53]

PL2 3,92 1,23 [3,78; 4,05]

PL3 4,32 0,86 [4,22; 4,42]

PL4 4,12 1,09 [4,00; 4,24]

Risco Percebido

RP1 4,07 1,10 [3,95; 4,18]

RP2 3,08 1,58 [2,91; 3,26]

RP3 3,42 1,47 [3,26; 3,58]

RP4 3,78 1,34 [3,64; 3,92]

RP5 4,32 0,95 [4,20; 4,43]

Fonte: dados da pesquisa (2018).

¹ Intervalos de Confiança Bootstrap.

A Tabela 2 apresenta uma análise descritiva dos itens dos atributos identificados, pode-

se observar que:

• Em relação ao constructo Atributo Usabilidade, os indivíduos tenderam a

concordar com todos os itens. Houve diferença significativa do item AU3

(aprendizagem), AU1 (compreensividade), AU2 (mobilidade no site), AU5

(suporte) e AU6 (FAC), uma vez que os intervalos de confiança não se

sobrepõem, sendo que o item AU3 apresentou a maior concordância média.

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73

• No constructo Atributo Eficiência, os indivíduos tenderam a concordar com

todos os itens. Houve diferença significativa dos itens AE1 (acesso em redes

móveis) e AE4 (facilidade de conta), uma vez que os intervalos de confiança não

se sobrepõem, sendo que os itens AE1 e AE4 apresentaram a maior concordância

média.

• No constructo Atributo Funcionalidade, os indivíduos tenderam a concordar

com todos os itens. Houve diferença significativa do item AF3(capacidade de

pesquisa) em relação aos itens AF2(facilidade de retorno de páginas), todavia

este item apresentou maior concordância média.

• Os indivíduos tenderam a concordar com todos os itens do Atributo

Confiabilidade. Não houve diferença significativa entre os itens deste

constructo, uma vez que os intervalos de confiança se sobrepõem.

• Os indivíduos tenderam a concordas com todos os itens do Atributo Conteúdo.

Houve diferença significativa, apenas, do item ACT3 (atualização do feed de

notícias) em relação ao item ACT1 (Informações precisas), uma vez que os

intervalos não se sobrepõem, sendo que o item ACT3 apresentou a maior

concordância média.

• Em relação ao constructo Atributo Segurança, os indivíduos tenderam a

concordar com todos os itens. Entretanto, houve diferença do item AS4(bloqueio

de conteúdo) em relação aos demais itens do construto principalmente

AS1(Segurança de informações) e AS3 (Controle de spans), contudo, não houve

diferença significativa entre os itens do construto, uma vez que os intervalos não

se sobrepõem, e o item AS4 apresentou a maior concordância média.

• Os indivíduos tenderam a concordar com todos os itens do constructo Atributo

Inovação. Houve diferença significativa do item AI2 (Difusão de novas

tendências tecnológicas e de mercado) em relação ao item AI4 (potencial

inovador do usuário), uma vez que os intervalos de confiança não se sobrepõem,

sendo que o item AI2 apresentou a maior concordância média.

• Os indivíduos tenderam a concordar com todos os itens do constructo Valor

Percebido. Não houve diferença significativa entre os itens do construto, uma

vez que os intervalos de confiança se sobrepõem.

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74

• Os indivíduos tenderam a concordar com todos os itens do constructo Satisfação.

Não houve diferença significativa entre os itens do construto, uma vez que os

intervalos de confiança se sobrepõem.

• Os indivíduos tenderam a concordar com todos os itens do constructo

Recomendação. Houve diferença significativa do item RE1(recomendação para

outras pessoas) em relação aos itens RE2 (Falo apenas coisas positivas) e RE4

(Gostaria que falassem bem do site), uma vez que os intervalos de confiança não

se sobrepõem, sendo que o item RE1 foi o item de maior concordância média.

• Os indivíduos tenderam a concordar com todos os itens do constructo Propensão

a Lealdade. Houve diferença significativa entre o item PL1(propensão a

utilização) e os itens PL2 (estar em torno de outros usuários) PL4, (preferência

entre outras redes socais) uma vez que os intervalos de confiança não se

sobrepõem, sendo que o item PL1 foi o item de maior concordância média.

• Em relação ao constructo “Risco Percebido” os indivíduos tenderam a concordar

com todos os itens, exceto com o item “RP2”, que os indivíduos não

concordaram e nem discordaram.

6.4 Criação do Indicador

O constructo Qualidade Percebida Geral era de segunda ordem, ou seja, não eram

formados diretamente pelos itens (perguntas), mas por outras variáveis latentes (indicadores).

Para tratar essa característica da estrutura de mensuração foi utilizada a abordagem “Two-Step”

(Sanchez, 2013). Dessa forma, primeiramente foram computados os escores das variáveis

latentes de primeira ordem, utilizando a Análise Fatorial com o método de extração das

componentes principais e rotação varimax (Mingoti, 2007).

Nos constructos de primeira ordem a Análise Fatorial Exploratória tem o objetivo de

verificar a necessidade de excluir algum item (pergunta) dos constructos que não esteja

contribuindo com a formação dos índices, uma vez que de acordo com Hair, et al. (2009) itens

com cargas fatoriais menores que 0,50 devem ser eliminados dos constructos, pois ao não

contribuir de forma relevante para formação da variável latente, prejudica o alcance das

suposições básicas para validade e qualidade dos indicadores criados para representar o

conceito de interesse, estas estão identificados na tabela a seguir para os construtos de primeira

ordem, excluindo o item AE1 que possuiu carga fatorial menor que 0,50.

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Tabela 3 - Análise Fatorial Exploratória para os constructos de primeira ordem

Constructo de 1ª Ordem Itens Modelo Inicial Modelo Final

C.F.¹ Com.² Peso C.F.¹ Com.² Peso

Atributo Usabilidade

AU1 0,56 0,31 0,20 0,56 0,31 0,20

AU2 0,66 0,44 0,24 0,66 0,44 0,24

AU3 0,54 0,29 0,19 0,54 0,29 0,19

AU4 0,70 0,50 0,25 0,70 0,50 0,25

AU5 0,73 0,54 0,26 0,73 0,54 0,26

AU6 0,66 0,43 0,24 0,66 0,43 0,24

AU7 0,53 0,28 0,19 0,53 0,28 0,19

Atributo Eficiência

AE1 0,35 0,12 0,16 - - -

AE2 0,78 0,61 0,35 0,81 0,65 0,37

AE3 0,82 0,67 0,36 0,85 0,73 0,39

AE4 0,54 0,29 0,24 0,49 0,24 0,22

AE5 0,74 0,55 0,33 0,75 0,56 0,34

Atributo Funcionalidade

AF1 0,68 0,46 0,21 0,68 0,46 0,21

AF2 0,44 0,19 0,14 0,44 0,19 0,14

AF3 0,81 0,65 0,25 0,81 0,65 0,25

AF4 0,79 0,63 0,25 0,79 0,63 0,25

AF5 0,80 0,63 0,25 0,80 0,63 0,25

AF6 0,80 0,64 0,25 0,80 0,64 0,25

Atributo Confiabilidade

AC1 0,76 0,58 0,20 0,76 0,58 0,20

AC2 0,82 0,67 0,21 0,82 0,67 0,21

AC3 0,79 0,63 0,21 0,79 0,63 0,21

AC4 0,83 0,68 0,22 0,83 0,68 0,22

AC5 0,83 0,69 0,22 0,83 0,69 0,22

AC6 0,75 0,56 0,20 0,75 0,56 0,20

Atributo Conteúdo

ACT1 0,71 0,50 0,24 0,71 0,50 0,24

ACT2 0,73 0,54 0,24 0,73 0,54 0,24

ACT3 0,72 0,52 0,24 0,72 0,52 0,24

ACT4 0,77 0,60 0,26 0,77 0,60 0,26

ACT5 0,69 0,48 0,23 0,69 0,48 0,23

ACT6 0,61 0,37 0,20 0,61 0,37 0,20

Atributo Segurança

AS1 0,84 0,71 0,33 0,84 0,71 0,33

AS2 0,78 0,61 0,30 0,78 0,61 0,30

AS3 0,87 0,76 0,34 0,87 0,76 0,34

AS4 0,71 0,51 0,27 0,71 0,51 0,27

Atributo Inovação

AI1 0,78 0,61 0,28 0,78 0,61 0,28

AI2 0,84 0,70 0,30 0,84 0,70 0,30

AI3 0,87 0,75 0,31 0,87 0,75 0,31

AI4 0,85 0,73 0,31 0,85 0,73 0,31

Fonte: dados da pesquisa (2018).

¹Carga Fatorial; ²Comunalidade.

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No modelo final, todos os itens apresentaram carga fatorial superior a 0,50, exceto os

itens AE4 e AF2, mas mesmo assim optou-se por mantê-los no modelo, uma vez que o valor

da carga fatorial foi relativamente próximo a 0,50 e todos os constructos foram validados.

Portanto desenvolveu-se um indicador quanto os resultados e validade dos construtos

conforme tabela a seguir:

Tabela 4 - Confiabilidade, validade convergente e dimensionalidade dos constructos

Constructo de 2ª

Ordem

Constructo de 1ª

Ordem

Iten

s

AVE

¹

A.C.

²

C.C.

³

KMO4

Dim.5

Qualidade Percebida

Geral

Atributo Usabilidade 7 0,40 0,74 0,77 0,79 1

Atributo Eficiência 4 0,54 0,71 0,76 0,69 1

Atributo

Funcionalidade 6 0,53 0,82 0,82 0,83 1

Atributo Confiabilidade 6 0,64 0,88 0,87 0,87 1

Atributo Conteúdo 6 0,50 0,80 0,80 0,82 1

Atributo Segurança 4 0,65 0,82 0,82 0,79 1

Atributo Inovação 4 0,70 0,85 0,84 0,79 1

Fonte: dados da pesquisa (2018).

¹ Variância Extraída; ² Alfa de Cronbach; ³ Confiabilidade Composta; 4 Medida de adequação

da amostra de Kaiser-Meyer-Olkin; 5 Dimensionalidade.

• A validade convergente analisa o grau em que as medidas do mesmo conceito

estão correlacionadas. Nos constructos, houve validade convergente, pois,

todos apresentaram AVEs superiores a 0,50.

• Tendo em vista que a Confiabilidade composta é usado para a validade

convergente, os indicadores de Alfa de Cronbach (A.C.) ou de Confiabilidade

Composta (C.C.) - sendo o último usado para a validade convergente -

apresentaram valores acima de 0,70 em todos os constructos, portanto, todos

atingiram os níveis exigidos de confiabilidade.

• Os constructos apresentaram valores de KMO iguais ou superiores a 0,50,

evidenciando assim que o ajuste da Análise Fatorial foi adequado em todos.

• De acordo com o critério de Kaiser todos os constructos foram

unidimensionais.

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77

6.4.1 Indicadores de Primeira Ordem

Os escores das variáveis latentes foram computados utilizando a Análise Fatorial com o

método de extração das componentes principais e rotação varimax (Mingoti, 2007). Na tabela

a seguir é apresentada a descrição dos indicadores criados

Tabela 5 - Análise descritiva dos indicadores de primeira ordem

Constructo Indicadores Média D.P. I.C. - 95%¹

Qualidade Percebida Geral

Atributo Usabilidade 4,29 0,57 [4,23; 4,36]

Atributo Eficiência 4,22 0,75 [4,14; 4,30]

Atributo Funcionalidade 4,30 0,69 [4,23; 4,37]

Atributo Confiabilidade 4,08 0,86 [3,99; 4,18]

Atributo Conteúdo 4,30 0,65 [4,23; 4,38]

Atributo Segurança 4,11 0,93 [4,00; 4,21]

Atributo Inovação 4,28 0,77 [4,19; 4,35]

Fonte: dados da pesquisa (2018).

¹ Intervalos de Confiança Bootstrap.

Observa-se que os indicadores: Atributo Usabilidade, Atributo Funcionalidade e

Atributo Conteúdo foram significativamente maiores que os indicadores Atributo

Confiabilidade e Atributo Segurança. Uma vez que os intervalos de confiança não se

sobrepõem, os indicadores Atributo Funcionalidade e Atributo Conteúdo apresentaram a maior

concordância média.

6.5 Modelagem de Equações Estruturais (PLS)

Neste tópico serão avaliados a confiabilidade dos construtos no modelo proposto no

capítulo 4 do estudo.

6.5.1 Modelo de Mensuração (Outer Model)

Na análise do modelo de mensuração são verificadas a validade convergente, a validade

discriminante e a confiabilidade dos construtos. A validade convergente garante que os

indicadores de um construto estão correlacionados o suficiente para medir o conceito latente.

A validade discriminante verifica se os construtos medem efetivamente diferentes aspectos do

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78

fenômeno de interesse. A confiabilidade revela a consistência das medidas em mensurar o

conceito que pretendem medir.

Na análise da qualidade e validade dos constructos foi verificada a dimensionalidade,

confiabilidade e validade convergente. Para verificar a validade convergente foi utilizado o

critério proposto por Fornell e Larcker (1981), que indica validação convergente quando a

Variância Média Extraída – AVE for superior a 50% (Henseler, et al., 2009).

Para mensurar a confiabilidade foi utilizado o Alfa de Cronbach (A.C.) e a

Confiabilidade convergente (Chin, 1998). De acordo com Tenenhaus, et al. (2005) os

indicadores A.C. e C.C. devem ser maiores que 0,70 para uma indicação de confiabilidade do

constructo, sendo que em pesquisas exploratórias valores acima de 0,60 também são aceitos

(Hair, et. al, 2009).

Para a validade discriminante foi utilizado o critério de Fornell e Larcker. (1981), que

garante a validade discriminante quando a variância extraída (AVE) de um constructo for maior

que a variância compartilhada desse constructo com os demais. Para verificar a

dimensionalidade dos constructos foi utilizado o critério de Kaiser (1958) que retorna à

quantidade de dimensões do constructo.

O método Bootstrap foi utilizado para calcular os intervalos de confiança para os pesos

do modelo de mensuração, fornecendo informações sobre a variabilidade dos parâmetros

estimados, provendo assim uma importante validação dos resultados.

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79

Tabela 6 - Modelo de mensuração

Constructo Itens Peso (α) IC - 95% ¹ C.F.² Com.³

Qualidade Percebida Global

AU 0,14 [0,12; 0,16] 0,74 0,55

AE 0,18 [0,16; 0,20] 0,82 0,67

AF 0,17 [0,16; 0,19] 0,83 0,69

AC 0,19 [0,17; 0,20] 0,89 0,79

ACT 0,19 [0,17; 0,20] 0,87 0,76

AS 0,16 [0,14; 0,18] 0,83 0,69

AI 0,18 [0,16; 0,20] 0,82 0,67

Risco Percebido

RP1 0,22 [0,07; 0,34] 0,61 0,38

RP2 0,27 [0,15; 0,39] 0,80 0,64

RP3 0,29 [0,19; 0,37] 0,86 0,74

RP4 0,31 [0,21; 0,40] 0,84 0,71

RP5 0,23 [0,06; 0,39] 0,60 0,36

Valor Percebido

VP1 0,43 [0,39; 0,48] 0,88 0,78

VP2 0,38 [0,34; 0,43] 0,83 0,70

VP3 0,38 [0,33; 0,43] 0,79 0,62

Satisfação

SA1 0,38 [0,35; 0,42] 0,84 0,70

SA2 0,41 [0,37; 0,44] 0,83 0,68

SA3 0,41 [0,37; 0,46] 0,84 0,71

Propensão a Lealdade

PL1 0,33 [0,29; 0,37] 0,80 0,65

PL2 0,33 [0,29; 0,37] 0,80 0,63

PL3 0,32 [0,28; 0,35] 0,84 0,70

PL4 0,28 [0,24; 0,31] 0,77 0,59

Recomendação

RE1 0,32 [0,29; 0,36] 0,78 0,61

RE2 0,28 [0,25; 0,30] 0,81 0,66

RE3 0,31 [0,28; 0,34] 0,85 0,72

RE4 0,31 [0,28; 0,34] 0,84 0,71

Fonte: dados da pesquisa (2018).

¹ Intervalo bootstrap; ² Carga Fatorial; ³ Comunalidade.

Os pesos, as cargas fatoriais e as comunalidades do modelo de mensuração são descritas

no modelo de mensuração que evidencia, que todos os itens apresentam cargas fatorias acima

de 0,50, e de acordo com os intervalos de confiança (I.C. – 95%) todos os pesos foram

significativos, evidenciando assim a importância de todos os itens para a formação dos

indicadores que representarão os construtos.

Neste sentido na Tabela 7 são mostradas as análises da validade convergente, validade

discriminante, dimensionalidade e a confiabilidade dos construtos do modelo de mensuração.

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80

Tabela 7 - Validação do modelo de mensuração

Constructo Itens A.C.¹ C.C.² AVE ³ VCM 4 DIM 5

Qualidade Percebida Global 7 0,92 0,94 0,69 0,59 1

Risco Percebido 5 0,80 0,86 0,57 0,24 1

Valor Percebido 3 0,79 0,88 0,70 0,41 1

Satisfação 3 0,78 0,87 0,70 0,47 1

Propensão a Lealdade 4 0,81 0,88 0,64 0,58 1

Recomendação 4 0,84 0,89 0,68 0,59 1 Fonte: dados da pesquisa (2018).

¹ Alfa de Cronbach; ² Confiabilidade Composta; ³ Variância Extraída; 4 Variância Compartilha

Máxima; 5 Dimensionalidade.

Pelos dados apresentados na tabela 7, todos os constructos os índices de confiabilidade

A.C. ou validade convergente foram superiores a 0,60, evidenciando assim a confiabilidade dos

mesmos.

Utilizando o critério de Fornell e Larcker (1981) houve validação discriminante de todos

os constructos, visto que as variâncias compartilhadas máximas foram inferiores as respectivas

AVEs, sendo também todos unidimensionais pelo critério de Kaiser.

6.5.2 Modelo Estrutural (Inner Model)

De acordo com Hair et al. (2009) a SEM (Structural Equations Modeling) é uma

continuidade de algumas técnicas de análise multivariadas, principalmente da análise de

regressão múltipla e análise fatorial. O que a difere das demais técnicas multivariadas é que a

SEM permite examinar diversas relações de dependência ao mesmo tempo, enquanto que as

demais técnicas são capazes de verificar e examinar um único relacionamento entre as variáveis

de cada vez.

O modelo de mensuração e modelo de regressão foram realizados utilizando o método

PLS (Partial Least Square). Modelos de Equações Estruturais (SEM) são muito populares em

muitas disciplinas, sendo a abordagem PLS uma alternativa a abordagem tradicional baseada

na covariância. A abordagem PLS, tem sido referida como uma técnica de modelagem suave

com o mínimo de demanda, ao se considerar as escalas de medidas, o tamanho amostral e

distribuições residuais (Monecke, et al., 2012).

Para verificar a qualidade dos ajustes foram utilizados o R2 e o GoF (Tenenhaus, et al.,

2004). O R2 representa em uma escala de 0% a 100% o quanto os constructos independentes

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explicam os dependentes, sendo que, no geral, valores menores que 25% representam

capacidade explicativa fraca, valores entre 25% e 50% indicam capacidade explicativa

moderada e valores acima de 50% evidenciam uma capacidade explicativa substancial (Hair, et

al., 2014).

Já o GoF é uma média geométrica das AVEs dos construtos e dos R² do modelo e

também varia de 0% a 100%. O GoF em PLS não tem a capacidade de discriminar modelos

válidos de inválidos, além de não se aplicar para modelos com constructos formativos

(Henseler; Sarstedt, 2012), apenas permite uma síntese das AVEs e dos R² do modelo em uma

única estatística, podendo ser útil para futuras comparações de aderência de diferentes amostras

ao modelo.

A Tabela 8 apresenta os resultados do modelo estrutural e a Figura 2 ilustra estes

resultados.

Tabela 8 - Modelo estrutural

Endógenas Exógenas β E.P.(β)

¹

I.C. -

95%²

Valor-

p R²

Valor Percebido

Qualidade Percebida

Global 0,67 0,05

[0,55;

0,77] <0,001

41,20

% Risco Percebido

-

0,06 0,05

[-0,14;

0,05] 0,220

Satisfação

Qualidade Percebida

Global 0,49 0,05

[0,37;

0,62] <0,001

46,51

% Valor Percebido 0,25 0,05

[0,08;

0,42] <0,001

Propensão a

Lealdade

Valor Percebido 0,16 0,05 [0,05;

0,29] 0,002

43,96

% Satisfação 0,56 0,05

[0,43;

0,66] <0,001

Recomendação

Satisfação 0,33 0,05 [0,23;

0,43] <0,001

64,28

% Propensão a Lealdade 0,55 0,05

[0,47;

0,63] <0,001

Fonte: dados da pesquisa (2018).

¹ Erro Padrão; ² Intervalo bootstrap; GoF = 56,80%.

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82

Dessa maneira, conclui-se que:

Em relação ao Valor Percebido

• Houve influência significativa (valor-p<0,001) e positiva (β=0,67; [0,55;

0,77]) da Qualidade Percebida Global sobre o Valor Percebido, logo quanto

maior a Qualidade Percebida Global, maior será o Valor Percebido.

• A Qualidade Percebida Global e o Risco Percebido foram capazes de explicar

41,20% da variabilidade do Valor Percebido.

Em relação à Satisfação

• Houve influência significativa (valor-p<0,001) e positiva (β=0,49; [0,37;

0,62]) da Qualidade Percebida Global sobre a Satisfação, logo quanto maior a

Qualidade Percebida Global, maior será a Satisfação.

• Houve influência significativa (valor-p<0,001) e positiva (β=0,25; [0,08;

0,22]) do Valor Percebido sobre a Satisfação, logo quanto maior o Valor

Percebido, maior será a Satisfação.

• A Qualidade Percebida Global e o Valor Percebido foram capazes explicar

46,51% da variabilidade da Satisfação.

Em relação à Propensão a Lealdade

• Houve influência significativa (valor-p=0,002) e positiva (β=0,16; [0,05;

0,29]) do Valor Percebido sobre a Propensão a Lealdade, logo quanto maior o

Valor Percebido, maior será a Propensão a Lealdade.

• Houve influência significativa (valor-p<0,001) e positiva (β=0,56; [0,43;

0,66]) da Satisfação sobre a Propensão a Lealdade, logo quanto maior a

Satisfação, maior será a Propensão a Lealdade.

• O Valor Percebido e a Satisfação foram capazes de explicar 43,96% da

variabilidade da Propensão a Lealdade.

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Em relação à Recomendação

• Houve influência significativa (valor-p<0,001) e positiva (β=0,33; [0,23;

0,43]) da Satisfação sobre a Recomendação, logo quanto maior a Satisfação,

maior será a Recomendação.

• Houve influência significativa (valor-p<0,001) e positiva (β=0,55; [0,47;

0,63]) da Propensão a Lealdade sobre a Recomendação, logo quanto maior a

Propensão a Lealdade, maior será a Recomendação.

• A Satisfação e a Propensão a Lealdade foram capazes de explicar 64,28% da

variabilidade da Recomendação.

Cabe ressaltar também que o modelo apresentou um GoF de 56,80% e, além disso, os

intervalos de confiança bootstrap estavam de acordo com os resultados encontrados via valor-

p, evidenciando assim maior validade dos resultados apresentados.

Assim, é apresentado a representação final do modelo estrutural, na qual é identificada

os construtos, a força e o sentido das relações entre os constructos.

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Figura 10 - Representação final do modelo estrutural

Fonte: dados da pesquisa (2018).

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Verificação das Hipóteses

Segundo Marconi e Lakatos (2017) as hipóteses de trabalho são usadas nos estudos de

caráter exploratório ou descritivo onde é dispensável sua explicitação formal.

Com a apresentação do modelo estrutural da pesquisa, a Tabela 9 apresenta a

verificação das hipóteses do modelo estrutural. Entre os itens apresentados apenas a hipótese

H3 aparece com um resultado de hipótese não confirmada.

Tabela 9 - Verificação de hipóteses

Hipóteses Resultado

H1 A qualidade percebida global por parte dos usuários do Facebook apresenta uma relação

monotônica positiva sobre a satisfação. Confirmada

H2 A qualidade percebida global por parte dos usuários do Facebook apresenta uma relação

monotônica positiva sobre o valor percebido. Confirmada

H3 Há uma relação monotônica negativa entre risco percebido e valor percebido por parte dos

usuários do Facebook.

Não

confirmada

H4 O valor percebido por parte dos usuários do Facebook apresenta uma relação monotônica

positiva sobre a satisfação. Confirmada

H5 O valor percebido por parte dos usuários do Facebook apresenta uma relação monotônica

positiva sobre a propensão a lealdade. Confirmada

H6 A satisfação por parte dos usuários do Facebook apresenta uma relação monotônica

positiva com propensão a lealdade. Confirmada

H7 A satisfação por parte dos usuários do Facebook apresenta uma relação monotônica

positiva com recomendação boca a boca. Confirmada

H8 A propensão a lealdade por parte dos usuários do Facebook apresenta uma relação

monotônica positiva com recomendação boca a boca. Confirmada

Fonte: dados da pesquisa (2018).

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6.5.3 Comparação Entre os Indicadores e as Variáveis Caracterizadoras

A Tabela 10 mostra a comparação entre os indicadores do modelo e o sexo.

Tabela 10 - Comparação entre os indicadores do modelo e o sexo

Indicador Sexo N Média Erro padrão 1º quartil 2º quartil 3º quartil Valor-p¹

Qualidade Percebida Global Feminino 149 4,19 0,05 3,69 4,41 4,63

0,330 Masculino 155 4,26 0,05 3,88 4,42 4,72

Risco Percebido Feminino 149 3,74 0,08 3,12 3,95 4,52

0,615 Masculino 155 3,66 0,08 2,99 3,97 4,43

Valor Percebido Feminino 149 4,34 0,06 4,00 4,36 5,00

0,142 Masculino 155 4,43 0,06 4,00 4,68 5,00

Satisfação Feminino 149 4,43 0,05 4,00 4,66 5,00

0,866 Masculino 155 4,41 0,06 4,00 4,66 5,00

Propensão a Lealdade Feminino 149 4,18 0,07 3,78 4,47 5,00

0,798 Masculino 155 4,22 0,06 3,80 4,47 4,75

Recomendação Feminino 149 4,18 0,07 3,74 4,48 4,77

0,607 Masculino 155 4,21 0,07 3,78 4,48 5,00

¹Mann-Whitney.

Com os dados da tabela acima exposta depreendem-se, que não houve diferença

significativa (valor-p>0,05) entre o sexo dos entrevistados do Facebook e os indicadores do

modelo. Na tabela a seguir apresentada é a comparação entre os indicadores do modelo e as

variáveis caracterizadoras ordinais.

Tabela 11 - Comparação entre os indicadores do modelo e as variáveis caracterizadoras

Constructos \

Variáveis

Idade Renda

Familiar

Tempo de usuário do

Facebook Escolaridade

r - (valor-

p)¹ r - (valor-p)¹ r - (valor-p)¹ r - (valor-p)¹

Qualidade Percebida

Global

0,08

(0,147) -0,06 (0,288) -0,19 (0,001) -0,19 (0,001)

Risco Percebido 0,02

(0,788) -0,16 (0,005) -0,32 (<0,001) -0,09 (0,117)

Valor Percebido 0,13

(0,019) 0,10 (0,077) -0,03 (0,550) -0,13 (0,022)

Satisfação 0,18

(0,002) 0,13 (0,026) -0,10 (0,092) -0,13 (0,022)

Propensão a Lealdade 0,10

(0,096) -0,08 (0,148) -0,26 (<0,001) -0,16 (0,005)

Recomendação 0,12

(0,039) -0,08 (0,149) -0,22 (<0,001) -0,10 (0,084)

Fonte: dados da pesquisa (2018).

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87

¹ Correlação de Spearman – (valor-p).

Dessa forma, pode-se destacar que:

• Houve relação significativa e positiva (valor-p=0,019; r=0,13) da idade e do

Valor Percebido, sendo que quanto maior for a idade, maior tende a ser o Valor

Percebido.

• Houve relação significativa e positiva (valor-p=0,002; r=0,18) entre a idade e

a Satisfação, sendo que quanto maior for a idade, maior tende a ser a Satisfação.

• Houve relação significativa e positiva (valor-p=0,039; r=0,12) da idade e da

Recomendação, sendo que quanto maior for a idade, maior tende a ser a

Recomendação.

• Houve relação significativa e negativa (valor-p=0,005; r=-0,16) entre a renda

familiar e o Risco Percebido, sendo que quanto maior for a renda familiar,

menor tende a ser o risco percebido.

• Houve relação significativa e positiva (valor-p=0,026; r=0,13) da renda

familiar e da Satisfação, sendo que quanto maior for a renda familiar, maior

tende a ser a Satisfação.

• Houve relação significativa e negativa (valor-p=0,001; r=-0,19) do tempo de

usuário do Facebook e a Qualidade Percebida Global, sendo que quanto maior

for o tempo de usuário do Facebook, menor tende a ser a Qualidade Percebida

Global.

• Houve relação significativa e negativa (valor-p<0,001; r=-0,32) do tempo de

usuário do Facebook e o Risco Percebido, sendo que quanto maior for o tempo

de usuário do Facebook, menor tende a ser o Risco Percebido.

• Houve relação significativa e negativa (valor-p<0,001; r=-0,26) do tempo de

usuário do Facebook e a Propensão a Lealdade, sendo que quanto maior for o

tempo de usuário do Facebook, menor tende a ser a Propensão a Lealdade.

• Houve relação significativa e negativa (valor-p<0,001; r=-0,22) do tempo de

usuário do Facebook e a Recomendação, sendo que quanto maior for o tempo

de usuário do Facebook, menor tende a ser a Recomendação.

• Houve relação significativa e negativa (valor-p=0,001; r=-0,19) entre a

escolaridade e a Qualidade Percebida Global, sendo que quanto maior for a

escolaridade, menor tende a ser a Qualidade Percebida Global.

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88

• Houve relação significativa e negativa (valor-p=0,022 r=-0,13) entre a

escolaridade e o Risco Percebido, sendo que quanto maior for a escolaridade,

menor tende a ser o Risco Percebido.

• Houve relação significativa e negativa (valor-p=0,022 r=-0,13) entre a

escolaridade e a Satisfação, sendo que quanto maior for a escolaridade, menor

tende a ser a Satisfação.

• Houve relação significativa e negativa (valor-p=0,005 r=-0,16) entre a

escolaridade e a Propensão a Lealdade, sendo que quanto maior for a

escolaridade, menor tende a ser a Propensão a Lealdade.

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao utilizar as atitudes e intenções comportamentais este trabalho se baseia em vertentes

literárias de qualidade sob diferentes aspectos e exalta a importância da qualidade percebida

global. Este é composto de outros atributos de qualidades menores e até mesmo outras

dimensões derivadas, e atua, portanto, de forma não isolada. A qualidade percebida global se

relaciona a satisfação, lealdade, recomendação, e valor percebido, e valida a relação de estudos

tradicionais na área, a exemplo de Parasuaram, Berry e Zeithalm (1985) e Oliver (1980) nos

antecedentes de qualidade e satisfação.

Esta pesquisa também confirmou a ligação entre satisfação e recomendação, segundo

Solomon (2011) a satisfação com determinada experiência de consumo é estímulo para a

recomendação. Confirma-se também a relação entre propensão a lealdade e recomendação que

segundo Freire e Nique (2005) a recomendação e a propaganda boca a boca positiva estão

ligadas a lealdade do cliente.

A influência do valor percebido para a satisfação é confirmada. Esta é uma atitude,

resultante da interação entre o que os clientes esperam que ocorra e o que realmente ocorreu

(DOMINGUES, 2000). Por fim aprova-se a relação entre satisfação e propensão a lealdade na

qual a satisfação é um passo necessário para a formação de lealdade de clientes (OLIVER,

1999).

O modelo hipotético previa uma relação direta do risco percebido e valor percebido,

contudo, com os resultados obtidos no teste do modelo proposto não são possíveis confirmar

tal hipótese. Os riscos percebidos observados pelos entrevistados não possuem

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89

representatividade ao ponto de mudar ou influenciar negativamente o valor percebido dos

usuários da rede social.

Os resultados da pesquisa também confirmam que para os usuários diversão e qualidade

caminham juntos, pois os atributos confirmados neste estudo como segurança e confiabilidade

demonstram a tendência dos usuários pela valorização de informações creditáveis, precisas e

que se preocupam com as informações pessoais e gerais amplamente compartilhadas nas redes

sociais. Outros atributos como usabilidade, eficiência, e conteúdo revelam a necessidade do

usuário em usufruir serviços de maneira rápida, e que procura uma rede social que sempre o

atualize e tenha vários canais de acesso com qualidade a exemplo do acesso via aplicativos.

Não obstante, o atributo da inovação revela que usuário aceita e valoriza novas

tecnologias difundidas pela rede social por meio das funcionalidades presentes na mesma a

utiliza visando aumentar seu potencial inovador.

Das contribuições expostas neste estudo pelos usuários e profissionais que utilizam o

Facebook, conclui-se que é possível atuar na elaboração de modelos e na implementação de

programas continuados de pesquisa em qualidade em redes sociais, permitindo novas

oportunidades de negócios. No escopo do marketing há uma tendência de melhora em negócios

já existentes principalmente o pós-venda, e permite que própria rede social parametrize os

atributos de qualidade percebida por seus usuários por uma fonte externa segura.

8. IMPLICAÇÕES ACADÊMICAS, GERENCIAIS E METODOLOGICAS

A importância deste estudo para implicações acadêmicas está em agregar os estudos de

qualidade nos meios digitais existentes, no escopo das redes sociais poucos trabalhos abordam

escalas de qualidade em site de redes sociais. O maior destaque, a escala SNSqual, desenvolvido

por Phillips, Peak e Prybutok em 2016 deriva de outras escalas abordadas em Websites. Para o

ambiente do marketing a pesquisa é relevante, ao passo que, identifica atitudes

comportamentais dos usuários, por meio das informações básicas de utilização do site.

Ao lado de outras escalas de qualidade o estudo amplia a temática em estudos

acadêmicos existentes e dissemina a abordagem do marketing, comportamento do consumidor

e ferramentas digitais, aliadas a uma tendência de popularização da internet e das redes sociais

no Brasil.

A expansão dos smartphones e das redes de tecnologia de internet criam ambientes

propícios para a disseminação das redes sociais, o Brasil, por exemplo, possui mais de um

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celular por habitante segundo o IBGE, e até 2020 tecnologias de acesso a banda larga como 3G

e 4G já estarão consolidadas e serão potencializadas pela nova internet ultrarrápida 5G.

Esses dados ajudam a explicar as implicações gerenciais deste estudo, em uma

perspectiva de uma sociedade mais informatizada, as empresas tendem a buscar as redes sociais

como ferramenta organizacional seja numa perspectiva de crescimento, seja para agilizar ou

dinamizar processos, no Brasil as redes sociais estão presentes em 92% das empresas segundo

o Sindicato Paulista das Empresas de Telemarketing, Marketing Direto e Conexos (Sintelmark),

conhecer os usuários principalmente por uma visão pós compra constitui a principal abordagem

gerencial e de qualidade proporcionada por este estudo.

Das implicações metodológicas, observou-se que a etapa exploratória contribuiu de

modo amplo na busca de respostas aos objetivos da pesquisa. Porém, ressalta-se que a seleção

destes dados, demandou avaliações importantes sobre sua validade científica, e apuração da

confiança no levantamento dos dados.

A aplicação de uma etapa qualitativa após a etapa quantitativa foi primordial para a

compreensão dos resultados encontrados, pois conferiu maior consistência aos mesmos, a qual

elucida e contribui no aprofundamento das questões em estudo.

9. LIMITAÇÕES E SUGESTÕES PARA PESQUISAS FUTURAS

Este estudo apresenta algumas limitações. A primeira delas é que foi realizado um corte

transversal, ou seja, foram coletados dados de apenas um ponto no tempo. Considerando-se que

variados fatores podem afetar a percepção de qualidade dos usuários do Facebook, as

informações obtidas poderão sofrer alterações no futuro, o que constitui numa limitação desta

pesquisa.

Além disso, a amostragem não probabilística utilizada neste estudo limita a expansão e

atribuição dos resultados obtidos com a amostra para a população como um todo. Portanto, o

referido modelo ao medir os indicativos da percepção da qualidade e das atitudes e intenções

comportamentais dos usuários do Facebook não é adequado para se inferir aos atributos e

percepções de toda a população.

Sugestões para futuras pesquisas são consideradas, a fim de que outras lacunas

pertinentes ao tema sejam preenchidas, a exemplo de uma pesquisa a parte com o construto

risco percebido, em vista que, não foi confirmado neste estudo e por consequência constitui

uma nova opção de pesquisa a ser desenvolvida.

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91

Ressalta-se que este trabalho utilizou-se apenas a rede social Facebook que possui um

público determinado, todavia, com a grande ampliação das redes sociais, em alguns casos,

direcionadas a segmentos específicos, tais como o LinkedIn para profissionais e o Instagram

para o compartilhamento exclusivo de fotos estas percepções podem levar a outras implicações

acadêmicas e gerenciais a medida que, analisa outros atributos de qualidade ou confronta

atributos já existentes nesta pesquisa.

Este trabalho foi aplicado exclusivamente há usuários brasileiros do Facebook,

recomenda-se que seja replicado a outros países o que facilitará a comparação com os resultados

encontrados a nível nacional. Para tanto, seria interessante a realização de cortes longitudinais de

forma a se avaliar a evolução do comportamento dos usuários do Facebook ao longo do tempo.

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108

APÊNDICE A

ROTEIRO DE ENTREVISTA QUALITATIVA – USUÁRIOS DO FACEBOOK

PROPOSIÇÃO E TESTE DE UMA ESCALA DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE

PERCEBIDA E SEUS IMPACTOS COMPORTAMENTAIS NA REDE SOCIAL

FACEBOOK.

Dados de identificação do entrevistado

Nome: _________________________________________ profissão: ____________

idade: ____ telefone: ( )___________ e-mail: _____________________________

Etapa 1 - Pergunta crivo

1. Você é usuário(a) do Facebook? 1. □ sim □ não, encerrar entrevista

Etapa 2 - Reconhecimento da necessidade

2. O que levou você a abrir uma conta no Facebook? Quais fatores são essenciais

para abrir uma conta em uma rede social? Descreva.

3. Comente sua relação com as mídias sociais (vídeos, streaming, músicas, e

diversas plataformas)? Você é um usuário assíduo? Possui afinidade com esses

conteúdos?

4. Amigos, familiares e conhecidos influenciam a sua percepção e uso do site?

Descreva.

Etapa 3 – Busca de informações

5. Quanto tempo você é usuário do Facebook? Descreva.

6. Você já desativou temporariamente ou excluiu sua conta do Facebook?

Descreva.

7. Qual sua frequência de utilização do Facebook? Descreva.

8. Qual(is) sua principal forma de acesso ao Facebook? (computador, celular,

smart tv, ou outros?) Descreva.

9. Qual sua principal atividade principal no Facebook? Descreva.

10. Quais conteúdos você comumente curte/compartilha no Facebook? Descreva.

Etapa 4 – Emoções

11. Quais as emoções positivas você sente ao utilizar o Facebook? Descreva

12. Quais as emoções negativas você sente ao utilizar o Facebook? Descreva

13. O que faz você preferir o Facebook em relação a outras redes sociais?

14. Você está satisfeito (a) em utilizar o Facebook? Descreva.

15. O que você espera do Facebook para que seus usuários nunca se sintam

insatisfeitos? Descreva.

16. Você possui algum custo em utilizar o Facebook? (custo monetário e não

monetário)? Descreva

17. Você como usuário do Facebook sente exposto há algum risco em utilizar o

Facebook? Descreva

Etapa 5 – Atributos do Facebook

18. Quais os atributos e características você considera como essenciais no

Facebook. Descreva.

navegabilidade 19. O Facebook é um site de fácil uso?

navegabilidade 20. A capacidade de pesquisa interna (busca de informações) do

Facebook é satisfatória?

Page 117: PROPOSIÇÃO E TESTE DE UMA ESCALA DE AVALIAÇÃO DA … · troca de informações de maneira rápida e abrangente (VENKATESH; THONG; XU, 2012). Essas tecnologias trouxeram notáveis

109

navegabilidade 21. O site apresenta coesão entre as partes? Todos as funções e

subfunções estão funcionando estão conectadas? Todos os

links estão em constante funcionamento?

empatia 22. O site é capaz de antecipar as respostas do cliente?

empatia 23. O Facebook minimiza a distração do usuário?

segurança 24. Quanto aos dados pessoais há uma integridade das

informações? Ou seja, já foi verificada perca de informações

ou exposição de informações pessoais na plataforma?

segurança 25. O Facebook demonstra compromisso com a privacidade e

informações pessoais do usuário?

layout 26. Quanto à disposição das informações, o layout é agradável?

Sem características de poluição visual ou excesso de

informações?

layout 27. Quanto ao apelo visual é um site que atrai quanto a arte, design

e estética?

layout 28. Em relação aos aspectos de layout, há uma sincronia de cores e

fontes?

funcionalidade 29. O Facebook é um site funcional? Você consegue realizar

múltiplas funções de maneira fácil e rápida sem sobrecarga?

funcionalidade 30. Quanto às diferentes plataformas de acesso (navegadores Web,

aplicativos) o formato é ajustado para cada acesso?

precisão 31. O Facebook fornece informações precisas e creditáveis ao

usuário?

precisão 32. Há uma redução do viés de informações divulgadas na rede

social (excesso de informações ou informações

desencontradas)?

confiabilidade 33. Quanto a execução de serviços, há execução sem erros ou

bugs?

inovação 34. O Facebook é uma plataforma inovadora? Possui algum

diferencial? Descreva.

Etapa 6 – Informações adicionais

35. Você pretende utilizar o Facebook nos próximos anos? Descreva.

36. Quais motivações poderiam levar a encerrar sua conta no Facebook? Descreva.

37. O entrevistado gostaria de ponderar mais alguma informação sobre o assunto?

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110

APÊNDICE B

ROTEIRO DE ENTREVISTA QUALITATIVA – PROFISSIONAIS

PROPOSIÇÃO E TESTE DE UMA ESCALA DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE

PERCEBIDA E SEUS IMPACTOS COMPORTAMENTAIS NA REDE SOCIAL

FACEBOOK.

Dados de identificação do entrevistado

Nome: _________________________________________ profissão: ____________

idade: ____ telefone: ( )___________ e-mail: _____________________________

Etapa 1 - Pergunta crivo

1. Você utiliza o Facebook de forma profissional 1. □ sim □ não, encerrar

entrevista

Etapa 2 - Reconhecimento da necessidade

2. O que levou você a abrir uma conta no Facebook? Quais fatores são essenciais

para abrir uma conta em uma rede social? Descreva.

3. Comente sua relação com as mídias sociais (vídeos, streaming, jogos, etc.)?

4. Como o Facebook lhe atende em suas necessidades profissionais? Descreva.

Etapa 3 – Busca de informações

5. Quanto tempo você é usuário do Facebook? Descreva.

6. Você já desativou ou excluiu sua conta do Facebook temporariamente?

Descreva.

7. Qual sua frequência de utilização do Facebook? Descreva.

8. Qual(is)sua principal forma de acesso ao Facebook? (computador, celular,

Smart tv, ou outros?) e para realização o seu trabalho? Descreva.

9. Qual sua principal atividade no Facebook? Descreva.

10. Quais conteúdos você comumente curte/compartilha no Facebook? Descreva.

11. Quais serviços ou funções você gostaria que estivesse presente no Facebook?

Descreva.

Etapa 4 – Identificação de atributos

12. Quais as emoções positivas você sente ao utilizar o Facebook? Descreva

13. Quais as emoções negativas você sente ao utilizar o Facebook? Descreva

14. O que faz você preferir o Facebook em relação a outras redes sociais?

Descreva.

15. Você está satisfeito com o conteúdo compartilhado no Facebook? Descreva.

16. Você pretende utilizar o Facebook nos próximos anos? Descreva.

17. O que te deixa satisfeito (a) em utilizar o Facebook? Descreva.

18. O que você espera do Facebook para que seus usuários nunca se sintam

insatisfeitos? Descreva.

19. Você possui algum custo em utilizar o Facebook? (custo monetário e não

monetário)? Descreva.

20. Você como usuário do Facebook sente exposto há algum risco em utilizar o

Facebook? Descreva.

Etapa 5 – Atributos do Facebook

21. Quais os atributos e características você considera como essenciais no

Facebook. Descreva.

navegabilidade 22. O Facebook é um site de fácil uso?

Page 119: PROPOSIÇÃO E TESTE DE UMA ESCALA DE AVALIAÇÃO DA … · troca de informações de maneira rápida e abrangente (VENKATESH; THONG; XU, 2012). Essas tecnologias trouxeram notáveis

111

navegabilidade 23. A capacidade de pesquisa interna (busca de informações) do

Facebook é satisfatória?

navegabilidade 24. O site apresenta coesão entre as partes? Todos jkas funções

e subfunções estão funcionando estão conectadas? Todos os

links estão em constante funcionamento?

empatia 25. O site é capaz de antecipar as respostas do cliente?

empatia 26. O Facebook minimiza a distração do usuário?

segurança 27. Quanto aos dados pessoais há uma integridade das

informações? Ou seja, já foi verificada perca de informações

ou exposição de informações pessoais na plataforma?

segurança 28. O Facebook demonstra compromisso com a privacidade e

informações pessoais do usuário?

layout 29. Quanto à disposição das informações, o layout é agradável?

Sem características de poluição visual ou excesso de

informações?

layout 30. Quanto ao apelo visual é um site que atrai quanto a arte,

design e estética?

layout 31. Em relação aos aspectos de layout, há uma sincronia de

cores e fontes?

funcionalidade 32. O Facebook é um site funcional? Você consegue realizar

múltiplas funções de maneira fácil e rápida sem sobrecarga?

funcionalidade 33. Quanto às diferentes plataformas de acesso (navegadores

Web, aplicativos) o formato é ajustado para cada acesso?

precisão 34. O Facebook fornece informações precisas e creditáveis ao

usuário?

precisão 35. Há uma redução do viés de informações divulgadas na rede

social (excesso de informações ou informações

desencontradas)?

confiabilidade 36. Quanto a execução de serviços, há execução sem erros ou

bugs?

inovação 37. O Facebook é uma plataforma inovadora? Possui algum

diferencial? Descreva.

Etapa 6 – Informações adicionais

38. Você pretende utilizar o Facebook nos próximos anos? Descreva

39. Quais motivações poderiam levar a encerrar sua conta no Facebook? E para

suas atividades profissionais? Descreva.

40. O entrevistado gostaria de ponderar mais alguma informação sobre o assunto?

Page 120: PROPOSIÇÃO E TESTE DE UMA ESCALA DE AVALIAÇÃO DA … · troca de informações de maneira rápida e abrangente (VENKATESH; THONG; XU, 2012). Essas tecnologias trouxeram notáveis

112

APÊNDICE C: Produto Técnico

CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA

MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO

EDUARDO JOSÉ DA SILVABORGES

PROPOSIÇÃO E TESTE DE UMA ESCALA DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE

PERCEBIDA POR USUÁRIOS DO FACEBOOK E IMPACTOS SOBRE AS SUAS

ATITUDES E INTENÇÕES COMPORTAMENTAIS

Belo Horizonte

2018

Page 121: PROPOSIÇÃO E TESTE DE UMA ESCALA DE AVALIAÇÃO DA … · troca de informações de maneira rápida e abrangente (VENKATESH; THONG; XU, 2012). Essas tecnologias trouxeram notáveis

113

EDUARDO JOSÉ DA SILVA BORGES

PROPOSIÇÃO E TESTE DE UMA ESCALA DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE

PERCEBIDA POR USUÁRIOS DO FACEBOOK E IMPACTOS SOBRE AS SUAS

ATITUDES E INTENÇÕES COMPORTAMENTAIS

Escala elaborada a partir da dissertação de

mestrado intitulada: “

PROPOSIÇÃO E TESTE DE UMA ESCALA

DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE

PERCEBIDA POR USUÁRIOS DO

FACEBOOK E IMPACTOS SOBRE AS

SUAS ATITUDES E INTENÇÕES

COMPORTAMENTAIS”. Estudo que sugere

ampliar as possibilidades da qualidade na rede

social Facebook por meio das observações de

seus usuários na identificação de atributos.

Orientador:

Prof. Doutor Gustavo Quiroga Souki

Coorientador:

Prof. Doutor Luiz Rodrigo Cunha Moura

Page 122: PROPOSIÇÃO E TESTE DE UMA ESCALA DE AVALIAÇÃO DA … · troca de informações de maneira rápida e abrangente (VENKATESH; THONG; XU, 2012). Essas tecnologias trouxeram notáveis

114

CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA – MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

QUESTIONÁRIO PESQUISA QUANTITATIVA

Solicitamos sua colaboração para responder ao questionário adiante. Trata-se de uma

pesquisa científica sob a responsabilidade do Centro Universitário UNA sobre a qualidade

percebida do Site Facebook.

Opcionalmente, você pode se identificar ao final da pesquisa como medida de

confirmação dos dados.

Não há respostas certas ou erradas para as questões. O essencial é que sua avaliação

seja sincera. Em caso de dúvida, converse com o pesquisador que está aplicando o

questionário. Por favor, não deixe nenhuma questão em branco. É importantíssimo que você

preencha as questões na ordem em que elas aparecem. Leia atentamente as instruções e os

enunciados abaixo antes de responder às questões.

Todas as questões referem-se a rede social Facebook.

Qualquer dúvida entrar em contato com o pesquisador:

- Eduardo José da Silva Borges

[email protected]

QUANTO AO SITE FACEBOOK....

Page 123: PROPOSIÇÃO E TESTE DE UMA ESCALA DE AVALIAÇÃO DA … · troca de informações de maneira rápida e abrangente (VENKATESH; THONG; XU, 2012). Essas tecnologias trouxeram notáveis

115

Perguntas

Dis

cord

o

To

talm

ente

Dis

cord

o

par

cial

men

te

Não

co

nco

rdo

nem

dis

cord

o

Con

cord

o

par

cial

men

te

Con

cord

o to

talm

ente

Construto

1 – Você é usuário e

utiliza o Facebook

regularmente?

Pergunta crivo.

2 – As palavras termos e

frases do site Facebook

são compreensíveis

1 2 3 4 5 Atributo: Usabilidade

(compreensibilidade)

3 – O Facebook ajuda os

usuários a se moverem

pelo site

1 2 3 4 5 Atributo: Usabilidade

(compreensibilidade)

4 – O site é de fácil

aprendizagem e

utilização.

1 2 3 4 5 Atributo: Usabilidade

(aprendizagem/

compreensibilidade)

5 – Possui a função

“ajuda” disponível para o

usuário

1 2 3 4 5 Atributo: Usabilidade

(aprendizagem)

6 – Possui canal ou

função de suporte ao

usuário.

1 2 3 4 5 Atributo: Usabilidade

(interatividade)

7 - Possui uma página de

"perguntas e respostas"

(FAC) que oriente o

usuário quanto a

utilização do site.

1 2 3 4 5 Atributo: Usabilidade

(interatividade)

8 – O Facebook traduz

frases e informações de

outro idioma.

1 2 3 4 5 Atributo: Usabilidade

(múltipla linguagem)

9 – A rede social suporta

acesso em dispositivos

móveis

1 2 3 4 5 Atributo: Eficiência

(acessibilidade).

10 -Há execução de

serviços sem erros.

1 2 3 4 5 Atributo: Eficiência

(utilização de recursos).

11 - Consigo realizar

múltiplas atividades sem

sobrecarga.

1 2 3 4 5 Atributo: Eficiência

(utilização de recursos).

12 - É fácil acessar minha

conta.

1 2 3 4 5 Atributo: Eficiência

(utilização de recursos).

Page 124: PROPOSIÇÃO E TESTE DE UMA ESCALA DE AVALIAÇÃO DA … · troca de informações de maneira rápida e abrangente (VENKATESH; THONG; XU, 2012). Essas tecnologias trouxeram notáveis

116

13 - Possui bom tempo de

resposta.

1 2 3 4 5 Atributo: Eficiência

(Comportamento de tempo)

14 - Facilmente me

localizo em qualquer

ponto ou página do site.

1 2 3 4 5 Atributo: Funcionalidade

(navegação)

15 - Eu retorno para a

página inicial "feed de

notícias" de maneira

rápida e prática.

1 2 3 4 5 Atributo: Funcionalidade

(navegação)

16 - A capacidade de

pesquisa é satisfatória.

1 2 3 4 5 Atributo: Funcionalidade

(Pesquisa)

17 - A opção de pesquisa

está disponível em todas

as páginas do site.

1 2 3 4 5 Atributo: Funcionalidade

(Pesquisa)

18 - Há bons filtros de

pesquisa.

1 2 3 4 5 Atributo: Funcionalidade

(Pesquisa)

19 - Há o repasse das

"dicas de pesquisa" para

aumentar o desempenho

da navegação.

1 2 3 4 5 Atributo: Funcionalidade

(Pesquisa)

20 - As funcionalidades

são apropriadas para cada

usuário.

1 2 3 4 5 Atributo: Confiabilidade

(Aptidão)

21 - Se houver um

problema, há uma rápida

capacidade de

recuperação.

1 2 3 4 5 Atributo: Confiabilidade

(recuperação)

22- O upload de fotos e

vídeos para o site

acontece sem falhas.

1 2 3 4 5 Atributo: Confiabilidade

(Disponibilidade)

23- As páginas são

carregadas sem erros.

1 2 3 4 5 Atributo: Confiabilidade

(Disponibilidade)

24 - Não há links

quebrados ou menu com

erros.

1 2 3 4 5 Atributo: Confiabilidade

(Disponibilidade)

25 - O fornecimento das

informações (quanto ao

uso e operação) são

creditáveis.

1 2 3 4 5 Atributo: Confiabilidade

(integridade)

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117

26 - As informações

repassadas ao usuário são

precisas.

1 2 3 4 5 Atributo: Conteúdo

(precisão e acessibilidade)

27- O conteúdo

disponibilizado no feed

de notícias é relevante

para o usuário.

1 2 3 4 5 Atributo: Conteúdo

(precisão e acessibilidade)

28 - O feed de notícias é

constantemente

atualizado.

1 2 3 4 5 Atributo: Conteúdo

(precisão e acessibilidade)

29 - Há atualizações

constantes em páginas de

eventos.

1 2 3 4 5 Atributo: Conteúdo

(precisão e acessibilidade)

30 - Solicita ao usuário

atualizar suas

informações pessoais.

1 2 3 4 5 Atributo: Conteúdo

(precisão e acessibilidade)

31 - Fornece informações

de "quem somos”, ou

informações da empresa.

1 2 3 4 5 Atributo: Conteúdo

(identidade)

32 - Alerta quanto a

utilização de citações,

referências externas e

direitos autorais.

1 2 3 4 5 Atributo: Segurança

(Acesso)

33 - Evita o acesso não

autorizado do perfil.

1 2 3 4 5 Atributo: Segurança

(Acesso)

34 - Possui o controle de

spans e

compartilhamento de

mensagens falsas.

1 2 3 4 5 Atributo: Segurança

(Utilização)

35 - Permite facilmente o

bloqueio de algum

conteúdo por meio das

funções customizadas de

privacidade.

1 2 3 4 5 Atributo: Segurança

(Utilização)

36 - Difunde novas

tendências tecnológicas e

de mercado.

1 2 3 4 5 Atributo: Inovação

(Recursos)

37 - Utiliza requisitos

tecnológicos para

melhorar seu

desempenho.

1 2 3 4 5 Atributo: Inovação

(Recursos)

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118

38 - Possui recursos

inovadores e

diferenciados.

1 2 3 4 5 Atributo: Inovação

(Recursos)

39 – Estimula o potencial

inovador do usuário.

1 2 3 4 5 Atributo: Inovação

(Recursos)

40 - Possui uma boa

relação custo benefício

(preço comparado ao

serviço prestado).

1 2 3 4 5 Valor Percebido

41 - Por ser gratuito, o

Facebook oferece

serviços compatíveis com

o valor oferecido.

1 2 3 4 5 Valor Percebido

42 - Considerando o

custo-benefício (preço

comparado ao serviço

prestado), acho que vale a

pena utilizar o Facebook.

1 2 3 4 5 Valor Percebido

43 - Eu estou satisfeito

com minha decisão em

utilizar o Facebook.

1 2 3 4 5 Satisfação

44 - Considero

satisfatório o recurso

oferecido pela rede

social.

1 2 3 4 5 Satisfação

45 - O Facebook atende

minhas necessidades.

1 2 3 4 5 Satisfação

46 - Recomendo a

utilização do Facebook

para outras pessoas.

1 2 3 4 5 Recomendação

47 - Falo apenas coisas

positivas do Facebook.

1 2 3 4 5 Recomendação

48 - Indico os serviços e

funcionalidades para

outras pessoas.

1 2 3 4 5 Recomendação

49 - Gostaria que

falassem bem do site.

1 2 3 4 5 Recomendação

50 - Estou propenso a

continuar utilizando o

Facebook.

1 2 3 4 5 Propensão a lealdade

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119

51 - Eu prefiro estar em

torno das pessoas que o

utilizam o Facebook.

1 2 3 4 5 Propensão a lealdade

52 - Pretendo continuar

utilizando mesmo que as

pessoas que eu conheço

me indiquem outras redes

sociais.

1 2 3 4 5 Propensão a lealdade

53 - Prefiro, ainda que

outras redes sociais

ofereçam os mesmos

serviços ou serviços

melhores.

1 2 3 4 5 Propensão a lealdade

54 – O Facebook me

proporciona riscos quanto

a minha privacidade

(exposição de

informações)

1 2 3 4 5 Risco percebido

(privacidade)

55 - Me causa prejuízos

financeiros.

1 2 3 4 5 Risco percebido

(financeiro)

56 - Afeta minhas

amizades pessoais

"reais”.

1 2 3 4 5 Risco percebido

(social)

57 - Me proporciona

variações rápidas de

comportamento

(ansiedade, tristeza ou

relacionados).

1 2 3 4 5 Risco percebido

(social)

58 – Quando a utilizo o

tempo parece ter “voado”

1 2 3 4 5 Risco percebido

(tempo)

59 - Qual seu sexo? Masculino/ Feminino Dados da amostra

60 - Idade Menos de 18 anos/ Entre 18 anos e

menos de 36 anos / Entre 36 anos e

menos de 50 anos/ Entre 50 anos e

menos de 65 anos/ 65 anos ou mais

Dados da amostra

61 - Renda Familiar

(incluir todos os membros

da família)

Até R$ 965 / De R$ 965,00 até R$

1.930,00 / De R$ 1.930,01 até R$

4.825,00 / De R$ 4.825,01 até R$

7.720,00 / Acima de R$ 7.720,01

Dados da amostra

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62 - A quanto tempo é

usuário do Facebook.

Há menos de 1 ano/ Entre 1 ano e

menos de 3 anos / Entre 3 anos e

menos de 6 anos/ Entre 6 anos e

menos de 8 anos/ Há mais de 8 anos

Dados da amostra

63 – Escolaridade. Não possui/ Primário / Ensino médio

/ Superior incompleto / Superior

completo

Dados da amostra

64 – e-mail (opcional) Dados da amostra