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2017 ARMANDO MACHADO CASTRO FILHO CHRISANE OLIVEIRA BARROS TAKACHI FRÓES CHUMAN PROPOSTA DE DIMENSIONAMENTO DE ATERRO SANITÁRIO PARA O MUNICIPIO DE VIANA Este trabalho se destina a servir de norte para a implantação de um aterro sanitário no município de Viana, Maranhão

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2017 ARMANDO

MACHADO CASTRO

FILHO

CHRISANE

OLIVEIRA BARROS

TAKACHI FRÓES

CHUMAN

PROPOSTA DE DIMENSIONAMENTO DE ATERRO SANITÁRIO PARA O MUNICIPIO DE VIANA Este trabalho se destina a servir de norte para a implantação de um aterro sanitário no município de Viana, Maranhão

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ARMANDO MACHADO CASTRO FILHO

CHRISANE OLIVEIRA BARROS

TAKACHI FRÓES CHUMAN

PROPOSTA DE DIMENSIONAMENTO DE ATERRO SANITÁRIO PARA O

MUNICIPIO DE VIANA.

1ª Edição

São Luís – Ma.

Atenas Maranhense

2017

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624-4

P63S Castro Filho, Armando Machado, e Outros

PROPOSTA DE DIMENSIONAMENTO DE ATERRO SANITÁRIO PARA O

MUNICIPIO DE VIANA./ Armando Machado Castro Filho.

e Outros, 2017.

67 o.: il. ; 16x23 cm.

Vários autores

ISBN: 978-85-89293-xx-x

E-book, Editora Atenas Maranhense, São Luis, BR-Ma, 2017.

1. Saneamento. 2. Engenharia. 3. Aterro. 4. Viana. 5. Sustentabilidade. I.

Armando Machado Castro Filho, autor. II. Chrisane Oliveira Barro, autor.

CDD 624

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PREFÁCIO

Este trabalho se destina a servir de norte para a implantação de um aterro sanitário no município

de Viana, Maranhão.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 5

2. OBJETIVOS ............................................................................................................................... 8

2.1 GERAL ....................................................................................................................................... 8 2.2 ESPECÍFICOS .............................................................................................................................. 8

3 REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................................................ 9

3.1 RESÍDUOS SÓLIDOS .................................................................................................................... 9 3.1.2 IMPACTOS AMBIENTAIS DOS RESÍDUOS SÓLIDOS ................................................................................ 11 3.1.3 FORMAS DE TRATAMENTO E DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS ........................... 12 3.1.4 ATERRO SANITÁRIO ........................................................................................................................... 12 3.2 LEGISLAÇÃO E NORMAS TÉCNICAS SOBRE OS RESÍDUOS SÓLIDOS ............................................ 17

4 METODOLOGIA ...................................................................................................................... 24

4.1 LOCAL DE ESTUDO ................................................................................................................... 25 4.2 COLETAS DE DADOS.................................................................................................................. 25 4.3 MATERIAIS............................................................................................................................... 25

5. CRONOGRAMA ...................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.

REFERÊNCIAS ............................................................................................................................ 49

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1. INTRODUÇÃO

A população brasileira habita em cidades e onde no centro urbano ocorre a maioria das

atividades humanas, de forma acelerada e mais intensa. Segundo Lima e Kruger (2005) o

crescimento das cidades define a necessidade de buscar formas de tornar o processo urbanizado

mais sustentável, de modo a evitar ou minimizar as alterações ambientais decorrentes da

urbanização, reduzir a poluição ambiental e garantir a preservação ou a construção de um

ambiente urbano saudável para as gerações presentes e futuras.

No Brasil, a Constituição Federal de 1988, dedica-se um capítulo ao meio ambiente, composto

pelo art. 225, onde dispõe que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado,

bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder

Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras

gerações (BRASIL, 2011).

Machado (2006) relata ainda que este instrumento, já existe antes da Constituição Federal de

88. Na Lei 6.938, de 1981, ressalta a Política Nacional de Meio Ambiente, criando

instrumentos e um sistema de órgãos encarregados da sua realização, sendo que atualmente

este instrumento ganhou posição constitucional.

Quanto ao meio urbano, em 2001, foi sancionada e aprovada a Lei Federal n.º 10.257, o

chamado Estatuto da Cidade, que traça as diretrizes gerais para o desenvolvimento urbano dos

municípios brasileiros, caracterizado principalmente pela formulação de políticas de gestão da

cidade democráticas e planejadas. Este estatuto veio especificar o significado desse direito à

cidade, onde dispõem a garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito à

terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infraestrutura urbana, ao transporte e aos

serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para às presentes e futuras gerações (Artigo 2º, inciso

I).

Nesse contexto, atualmente a globalização potencializa o aceleramento do crescimento urbano,

e por consequência ocasiona um aumento de consumo de bem de materiais. O consumo

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desenfreado gera grandes desequilíbrios socioambientais e neste contexto dentre os problemas

ambientais enfrentados, destaca-se a falta de um manejo adequado para os resíduos sólidos

domésticos, que além de trazer problemas ao meio ambiente, também ocasiona danos à

população em geral (DAMBROS; LOUZADA; BARROS, 2010).

Apesar de o Brasil tentar amenizar os problemas advindos do resíduo doméstico,

principalmente em se tratando do destino e do tratamento, muitos dos municípios do país,

devido à falta de políticas públicas (no que diz respeito à gestão e educação ambiental)

ainda descartam seus resíduos sólidos domiciliares sem nenhuma seleção do tipo de

resíduo, nem tão pouco com a preocupação com o local em que foi despejado.

No país as explicações para o descarte impróprio, estão pautadas na falta de definição eficaz

de políticas e diretrizes que alcancem às áreas de resíduos nas esferas: federais, estaduais e

municipais. Soma-se a esse fator, a ausência de recursos técnicos e financeiros para a possível

busca da resolução do problema. Em se tratando das normas legais, a legislação brasileira se

encontra distante do esperado, mostrando ainda ser restrita e geral, tornando-se por vezes

inexecutável, devido à ausência de órgãos apropriados que a tornem viável ou de recursos que

tornem possível sua aplicação.

Portanto, a produção de resíduos sólidos domésticos nas áreas urbanas de fato é grande, diante

disso, é improvável pensar em uma cidade desenvolvida sem avaliar os problemas gerados

pelos resíduos sólidos, desde a sua etapa da geração até a destinação final.

Deste modo, diante das necessidades da busca de saídas para sanar os problemas oriundos dos

resíduos sólidos e considerando o resíduo como um problema de grande magnitude deste

século, justifica a realização deste estudo. Muito comum, pode-se observar nos veículos de

comunicação como em jornais, na internet ou até mesmo um passeio de carro pela cidade,

hábitos de disposição final inadequados dos resíduos, despejados em lotes baldios, em beiras

de estradas, fundos de vale e em margens de lagos e rios.

A pesquisa que aqui se desenvolve, apresenta uma sistemática discussão teórica, organizada,

portanto, em seis capítulos. O primeiro deles desenvolveu-se até aqui, e diz respeito à própria

introdução deste estudo. No segundo capítulo, serão demonstrados os objetivos para serem

alcançados no estudo. No terceiro capítulo trata-se do referencial teórico, onde abordou-se o

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sobre os resíduos sólidos, leis e normas sobre a temática. No capítulo seguinte, foi abordada a

metodologia do estudo. No quinto capítulo, contextualizou o estudo, onde visualizou as

características do local da pesquisa e a memória do cálculo.

Também nesse capítulo, foi discutido os problemas existentes no município pesquisado

sobre a temática e apresentou a proposta de dimensionamento do aterro sanitário. E por

fim, as considerações finais.

Acredita-se que este trabalho apresenta contribuição relevante para a área, uma vez que

compreende que a disposição final do resíduo sólido doméstico não pode ser vista como fato

isolado, devido ao prejuízo este pode ocasionar todos de uma comunidade, logo o problema

não fica somente visado nos centros urbanos, mas em todo país, portanto, se deve observar a

importância também da disposição final do lixo.

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2. OBJETIVOS

2.1 Geral

Apresentar um dimensionamento para o aterro sanitário para o Município de

Viana/MA.

2.2 Específicos

Coletar dados sobre o município de Viana/MA, para o dimensionamento de um aterro

sanitário;

Sugerir alternativas locacionais para implantação de um aterro sanitário em Viana/MA;

Propor de acordo com a Legislação e Normas pertinente, metodologia construtiva

de aterro sanitário para o destino final de resíduos sólidos urbanos do Município de

Viana/MA;

Calcular as dimensões de um aterro sanitário para o município de Viana/MA;

Elaborar o projeto do aterro sanitário dimensionado para o Município de Viana/MA

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3 REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 Resíduos Sólidos

Conforme Murgo, Ribeiro e Rafael (2010, p.11) define resíduo sólido como qualquer coisa que

o proprietário não deseja mais, em certo local e em certo momento, e que não apresenta valor

comercial corrente ou percebido.

A Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE,

2012) ressalta que a quantidade de resíduos sólidos gerados no Brasil em 2011 totalizou 61,9

milhões de toneladas, 1,8% a mais do que no ano anterior. No mesmo ano foram coletados

55,5 milhões de toneladas de resíduos sólidos, o que resulta em uma cobertura de 90%, sendo

que o Sudeste responde por 53% e o Nordeste por 22%, onde 42% dos resíduos sólidos

foram destinados em locais inadequados como lixões e aterros controlados.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT, 2012), através da NBR 10.004/04,

conceitua resíduos sólidos como sendo resíduos que resultam das atividades da comunidade de

origem: urbana, agrícola, radioativa e outros (perigosos e/ou tóxicos). Ficam incluídos nesta

definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em

equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas

particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgoto ou corpos d’água,

ou exijam para isso soluções técnicas e economicamente inviáveis, em face às melhores

tecnologias disponíveis.

Vários os tipos de resíduos que são gerados todos os dias, em torno das diversas atividades,

sejam elas domésticas, públicas, comerciais ou industriais. A quantidade de resíduos

produzidos por uma população é multivariável e depende de diversos fatores, como: renda,

período do ano, estilo de vida, movimento da população nos períodos de férias e fins de semana

e a utilização de embalagens não retornáveis (ABNT, 2012).

Marques Junior e Pasqualetto (2004, p. 7) citam ainda que os principais fatores que

influenciam nas características dos resíduos sólidos são os climáticos, demográficos,

socioeconômicos e épocas especiais, como está demonstrado na tabela 1 abaixo:

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Tabela 1 – Principais fatores que influenciam nas características dos Resíduos

Sólidos.

Fatores Influência

1. Climáticos

Chuva Aumento de teor de unidade

Outono Aumento do teor de folha

Aumento de teor embalagens de bebidas (latas, vidros eVerão

2. Épocas especiais

plásticos rígidos).

Carnaval Aumento do teor de embalagens de bebidas

Aumento de embalagens (papel/papelão, plásticos maleáveis e

Natal/ Ano novo / pascoa

Dia dos pais/ mães

Férias escolares

3. Demográficos

metais)

Aumento de matéria orgânica.

Aumento de embalagens (papel/papelão, plásticos maleáveis e metais)

Esvaziamento de áreas da cidade em locais não turísticos

Aumento populacional em locais turísticos

População urbana Quanto maior a população urbana, maior a geração per capita

4. Socioeconômico

Nível cultural

Nível educacional

Poder aquisitivo

Poder aquisitivo (mês)

Quanto maior o nível cultural, maior a incidência de materiais

recicláveis e menor a incidência de matéria orgânica

Quanto maior o nível educacional, menor a incidência de matéria

orgânica

Quanto maior o poder aquisitivo, maior a incidência de

recicláveis

Maior consumo de supérfluo perto do recebimento do salário

(fim e inicio do mês)

Poder aquisitivo (semana) Maior consumo de supérfluo no fim da semana

Desenvolvimento

tecnológico

Campanha ambientais

Introdução de materiais cada vez mais leve, reduzindo valor do peso

especifico aparente dos resíduos

Redução de materiais não biodegradável (plásticos) e aumento de

matéria reciclável e/ou biodegradável (papel, metais e

vidros).

Fonte: MARQUES JUNIOR; PASQUALETTO (2004, p. 7)

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Conforme a classificação de Resíduos Sólidos pela ABNT (NBR 10.004/04) está dividida em:

resíduos de grau I, perigosos, ou seja, que apresentam perigo à comunidade, sendo eles:

inflamáveis, corrosivos, radioativos, tóxicos e patogênicos; resíduos de grau II, não perigosos,

ou seja, não apresentam periculosidade, os mesmos são separado em dois grupos: os de classe

I, não são inertes; podem ter propriedades tais como: combustibilidade, biodegradabilidade

ou solubilidade em água humanas, englobando resíduos de várias origens, como

residencial, comercial, de estabelecimentos de saúde, da limpeza da pública (NASCIMENTO,

2007).

A matéria orgânica, gerada nas residências representam mais de 50% da massa do lixo

coletado e disposto em aterros sanitários, e apenas 3% são aproveitados em processos de

compostagem (CEMPRE, 2010). Derivado normalmente, do desperdício de alimentos, a

matéria orgânica, quando disposta em aterros sanitários, ao se decompor, emite gases de efeito

estufa (158 milhões de toneladas de CO2 por ano são emitidas na atmosfera pelo resíduo

sólido urbano do país) que colabora para o aquecimento global e as mudanças climáticas.

Os resíduos da construção civil também representam problemas ambientais, especialmente

pela disposição inadequada em córregos, terrenos baldios e beira de estradas. Nas zonas

urbanas esses constituem mais de 50% da massa dos resíduos urbanos (SINDUSCON, 2005).

3.1.2 Impactos ambientais dos resíduos sólidos

Mano (2005) apresenta uma variedade de componentes dos resíduos sólidos urbanos e

afirma, ainda, que fatores como número de habitantes, nível educacional, poder

aquisitivo, boas condições climáticas e cultura local influenciam diretamente na composição

do lixo municipal. Além disso, os resíduos variam quanto à sua natureza e proporção,

conforme o local e época do descarte, a natureza do refugo, o teor de umidade etc.

Os impactos negativos advindos da prática da deposição do lixo urbano em lixões vão desde a

falta de controle do acesso por famílias que sobrevivem da retirada e repasse do lixo, ao não

tratamento do biogás gerado a partir do chorume, o não controle da infiltração dos

contaminantes no lençol freático etc. (MANO, 2005).

Diante disso, a administração pública municipal possui a responsabilidade de gerenciar os

resíduos sólidos, desde a sua coleta até a sua disposição final, que deve ser ambientalmente

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segura, pois este resíduo produzido e não coletado é colocado de maneira irregular nas ruas

pelos moradores, além disso, pode também depositarem em rios, córregos e terrenos vazios,

tendo negativos para o meio ambiente e além, ocasionar mau cheiro, proliferação de moscas,

baratas e ratos, todos com graves consequências diretas ou indiretas para a saúde pública

(JACOBI; BESEN, 2011).

3.1.3 Formas de tratamento e destinação final dos resíduos sólidos urbanos

Os resíduos sólidos possuem várias classificações, sendo elas: de naturezas, origens

diferenciadas e diversas composições. Portanto, a gestão dos resíduos tem responsabilidades

definidas pelas legislações específicas (JACOBI; BESEN, 2011).

3.1.4 Aterro sanitário

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) NBR 8119/198 define o aterro sanitário

como:

Uma técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo sem

causar danos à saúde pública e à sua segurança, minimizando os

impactos ambientais, método este que utiliza princípios de engenharia

para confinar os resíduos sólidos à menor área possível e reduzi-

los ao menor volume permissível, cobrindo-os com uma camada de

terra na conclusão de cada jornada de trabalho, ou a intervalos

menores, se for necessário.

O aterro sanitário consiste basicamente na compactação dos resíduos no solo, dispondo-os em

camadas que são periodicamente cobertas com terra ou outro material inerte, formando células

de modo a se ter uma alternância entre os resíduos e o material de cobertura (MURGO;

RIBEIRO; RAFAEL, 2010).

Existem três possíveis formas de disposição de resíduos em aterros: os aterros sanitários,

industriais e os aterros controlados.

O aterro industrial destina-se a receber resíduos sólidos que não sejam reativos, não

inflamáveis e com baixa quantidade de solvente, óleo ou água. A construção do aterro

obedece a rigorosas técnicas nacionais e internacionais de segurança, visando garantir

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proteção total ao meio ambiente. Adotam técnicas de confinamento dos resíduos através de

geomembranas, drenagem, tratamento de efluentes, e poços de monitoramento do lençol

freático. O aterro Industrial é classificado como l ou ll, de acordo com o tipo de resíduo para o

qual ele foi licenciado a receber (MEDEIROS, 2012).

Figura 2 - Aterro industrial

Fonte: MEDEIROS (2012)

O aterro controlado é um tipo que visa disposição final de resíduos sólidos, onde durante o

desenvolvimento do aterro, os resíduos são recobrimentos com argila, aumentam a segurança

do local, diminuindo os impactos ao meio ambiente e a saúde pública. Apesar de ser uma

técnica preferível ao lançamento á céu aberto, não substitui o aterro sanitário; portanto, é uma

solução importante para municípios pequenos que não dispõe de equipamento compactador.

Vale ressaltar, que o aterro controlado não previne à poluição, uma vez que não recebe

camada impermeabilizante ideal antes da deposição de lixo, causando poluição do solo e do

lençol freático (MEDEIROS, 2012).

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Figura 3 – Aterro Controlado

Fonte: MEDEIROS (2012).

Os aterros chamados controlados, geralmente são antigos lixões que passaram por um

processo de remediação da área do aterro, ou seja, isolamento do entorno para minimizar os

efeitos do chorume gerado, canalização desse chorume para tratamento adequado, remoção

dos gases produzidos em diferentes profundidades do aterro, recobrimento das células

expostas na superfície, compactação adequada, e gerenciamento do recebimento de novos

resíduos (MURGO; RIBEIRO; RAFAEL, 2010).

Além disso, a literatura ressalta ainda três métodos de aterramento: de trincheira, de rampa e

da área (Figura 4)

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Figura 4 – Métodos de aterramento

Fonte: CARMO JUNIOR (2012)

O método de trincheira é utilizado quando o local possui uma profundidade adequada de

material disponível para cobertura, porém nas regiões onde o lençol freático está muito

próximo da superfície, ou nos terrenos rochosos, a escavação de valas pode ser irrealizável

(MEDEIROS, 2012).

Segundo o mesmo autor o método de trincheira

[...] representa um custo relativamente alto, pois exige grandes

escavações. Deve somente ser utilizada em situações específicas

como: quando há interesse na formação de um excedente de solo a

ser utilizado em outras obras ou na cobertura dos resíduos em

outras etapas de aterramento; quando não se deseja alterar a

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topografia original do terreno; quando se pretende construir outras

camadas de resíduos acima das valas já aterradas, permitindo um

melhor aproveitamento da área; quando se deseja aterrar resíduos

especiais, seja pelo seu estado físico – no caso dos líquidos e

pastosos – que impede a sua compactação na forma convencional, seja

pela sua composição química ou biológica, que podem torná-los

perigosos à natureza e à sociedade

(MEDEIROS, 2012, p. 20).

Cumpre lembrar que existem dois tipos de trincheiras: as de grandes dimensões, onde após a

compactação, os resíduos são cobertos com uma camada fina de solo e as pequenas são

denominadas de valas (Figura 5), pois se trata de uma solução para municípios que não

disponibilizam de recursos para implantar um aterro sanitário.

Figura 5 - Aterramento tipo vala

Fonte: CARMO JUNIOR (2012).

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Já o método de rampa, os resíduos são descarregados junto à base de um desnível já existente,

sendo em seguida compactados por um trator de esteiras. E quanto ao método de área

emprega-se geralmente em locais que topografia plana e lençol freático é raso (CARMO

JUNIOR, 2012).

3.2 Legislação e normas técnicas sobre os Resíduos Sólidos

A primeira lei brasileira que relatou sobre os resíduos sólidos foi a Lei Federal de n.º 2.312 de

1954, onde no seu art. 12, dispõe: “a coleta, o transporte, e o destino final do lixo, deverão

processar-se em condições que não tragam inconvenientes à saúde e ao bem estar públicos”

(MEDEIROS, 2012).

Já no ano de 1979, o Ministério do Interior – MINTER decretou a Portaria MINTER n.º 53,

que ressaltava sobre o controle dos resíduos sólidos domésticos, visando a prevenção do solo,

do ar e das águas. Essa Portaria estabeleceu

[...] que os resíduos sólidos de natureza tóxica, os que contêm

substâncias inflamáveis, corrosivas, explosivas, radioativas e outras

consideradas prejudiciais, devem passar por tratamento, no próprio

local de geração e nas condições estabelecidas pelo órgão estadual de

controle da poluição e de preservação ambiental (VALADARES, 2009,

p. 51).

No ano 1981, a Lei Federal n.º 6.938 estabeleceu que a Política Nacional do Meio Ambiente,

e o Artigo 2.º, inciso I, dispõem que “é responsabilidade do Poder Pública a manutenção do

equilíbrio ecológico, considerando o meio ambiente como patrimônio público a ser

necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo” (VALADARES,

2009, p. 51).

Nesse contexto, Medeiros (2012) realiza um quadro (Tabela 3) explicativo sobre a história das

legislações dos resíduos sólidos:

Tabela 3 – Histórico

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Ano Evento histórico

lei apensados ao Projeto de Lei (PL) 203/91 e formular uma proposta substitutiva

global. Realizado em Brasília o 1º Congresso Nacional dos Catadores de Materiais

Recicláveis, com 1.600 congressistas, entre catadores, técnicos e agentes sociais

de 17 estados.

Em janeiro foi realizado, em Caxias do Sul, o I Congresso Latino-Americano de

Catadores, que sugere formação profissional, erradicação dos lixões,

responsabilização dos geradores de resíduos. O presidente Lula cria Grupo de

2003

2004

2005

2006

2007

Trabalho (GT) Interministerial de Saneamento Ambiental a fim de solicitar a

integração das ações de saneamento ambiental, no âmbito do governo federal. GT

reestrutura o setor de saneamento e resulta na criação do Programa Resíduos

Sólidos Urbanos.

O MMA promove grupos de discussões interministeriais e de Secretarias do

Ministério para elaboração de sugestão para a regulamentação dos resíduos

sólidos. Em agosto, o CONAMA realiza o seminário “Contribuições à PNRS” com

objetivo de ouvir a sociedade e estabelecer nova proposta de projeto de lei, pois a

Proposição CONAMA 259 estava defasada.

Nomeado um grupo interno na Secretaria de Qualidade Ambiental nos

Assentamentos Humanos do MMA para consolidar contribuições do Seminário

CONAMA, os anteprojetos de lei existentes no Congresso Nacional e as

contribuições dos diversos atores envolvidos na gestão de resíduos sólidos.

Encaminhado anteprojeto de lei de “PNRS”, discutido com Ministérios das Cidades,

da Saúde, mediante sua Fundação Nacional de Saúde-Funasa, do

Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, do Planejamento, Orçamento e

Gestão, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e da Fazenda. Realizada II

Conferência Nacional de Meio Ambiente para consolidar participação da sociedade

na formulação de políticas ambientais. Um dos temas prioritários são os resíduos

sólidos.

Aprovado relatório que trata do PL 203/91 acrescido da liberação da importação de

pneus usados no Brasil.

Executivo indica, em setembro, o PL 1991. O projeto de lei da PNRS considerou o

estilo de vida da sociedade contemporânea, que aliado às estratégias de marketing

do setor produtivo, induzem a um consumo intensivo gerando uma série de impactos

ambientais, à saúde pública e sociais incompatíveis com o modelo de

desenvolvimento sustentado que se deseja implantar no Brasil. O PL 1991/2007

proporciona forte inter-relação com outros instrumentos legais na esfera federal, tais

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Ano Evento histórico

como a Lei de Saneamento Básico (Lei nº11.445/2007) e a Lei dos Consórcios

Públicos (Lei nº11.107/1995), e seu Decreto regulamentador (Decreto nº.

6.017/2007). De igual modo está inter-relacionado com o Programa Nacional do Meio

Ambiente PNMA, de Educação Ambiental, de Recursos Hídricos, de Saúde, Urbana,

Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior e as que gerem inclusão social.

Realizadas audiências públicas, com contribuição da Confederação Nacional da

2008

2009

Indústria, da representação de setores interessados, do Movimento Nacional de

Catadores de Materiais Recicláveis e dos demais membros do GTRESID

Em junho, uma minuta do Relatório Final foi apresentada para receber contribuições

adicionais.

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Fonte: MEDEIROS (2012).

Porém, o grande marco histórico da gestão ambiental no Brasil foi à lei que estabeleceu a

Política Nacional de Resíduos Sólidos. A Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos

número 12.305, de 2 de agosto de 2010, em seu artigo terceiro inciso XVI dispõe que resíduos

sólidos como sendo material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades

humanas em sociedade, cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está

obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em

recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública

de esgotos ou em corpos d'água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente

inviáveis em face da melhor tecnologia disponível (BRASIL, 2011).

A Lei nº 12.305/10, Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), é instrumento que

permitiu o avanço no país para o enfretamento dos prejuízos decorrentes dos problemas

ambientais, sociais e econômicos causados pelo manejo inadequado dos resíduos sólidos.

Segundo o Ministério do Meio Ambiente (2013) a lei:

[...] prevê a prevenção e a redução na geração de resíduos, tendo

como proposta a prática de hábitos de consumo sustentável e um

conjunto de instrumentos para propiciar o aumento da reciclagem e

da reutilização dos resíduos sólidos (aquilo que tem valor econômico

e pode ser reciclado ou reaproveitado) e a destinação ambientalmente

adequada dos rejeitos (aquilo que não pode ser reciclado ou

reutilizado). Institui a responsabilidade compartilhada dos geradores

de resíduos: dos fabricantes, importadores, distribuidores,

comerciantes, o cidadão e titulares de serviços de manejo dos resíduos

sólidos urbanos na Logística Reversa dos resíduos e embalagens pós-

consumo e pós-consumo. Cria metas importantes que irão contribuir

para a eliminação dos lixões e institui instrumentos de planejamento

nos níveis nacional, estadual, microregional, intermunicipal e

metropolitano e municipal; além de impor que os particulares

elaborem seus Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.

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A PNRS (Política Nacional dos Resíduos Sólidos) envolve todos os tipos de resíduos sólidos e

estabelece que a responsabilidade compartilhada na destinação dos resíduos, com cada órgão

do governo, Estado e cada integrante da cadeia produtiva, como dispõe seu art.2:

Art. 2o Aplicam-se aos resíduos sólidos, além do disposto nesta Lei,

nas Leis no 11.445, de 5 de janeiro de 2007, 9.974, de 6 de junho de

2000, e 9.966, de 28 de abril de 2000, as normas estabelecidas pelos

órgãos do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama), do Sistema

Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), do Sistema Unificado de

Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa) e do Sistema Nacional de

Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Sinmetro).

Vale ressaltar que o procedimento pelo qual passa os resíduos envolve a coleta regular, o

transporte e a descarga final, o que com frequência ocorre em locais que são selecionados

seguindo as condicionantes impostas pela a CONAMA 404, a legislação ambiental, a Política

Nacional dos Resíduos Sólidos, a legislação municipal do uso de ocupação do solo. Para

melhor entendimento das irregularidades do aterro em questão, vale ressaltar o: Art.4o inciso

III e V que dispõe:

[...] III - respeito às distâncias mínimas estabelecidas na legislação

ambiental relativas a áreas de preservação permanente, Unidade de

conservação. Ecossistemas frágeis e recursos hídricos subterrâneos e

superficiais

V - Uso de áreas que atendam a legislação municipal de uso e

ocupação do solo, desde que atendido o disposto no art. 5º e 10 da

RESOLUÇÃO CONAMA no 237, de 19 de dezembro de 1997, com

preferência daquelas antropizadas e com potencial mínimo de

incorporação à zona urbana da sede, distritos ou povoados e de

baixa valorização imobiliária (BRASIL,

2012)

.

Vale ressaltar também outras resoluções do CONAMA (Tabela 4), voltadas para essa temática:

Tabela 4 – Resoluções do CONAMA

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Resoluções Dispõe

Resolução 001-A/86, Estabelece normas para o transporte de produtos perigosos que de 23/01/1986 circulem próximos a áreas densamente povoadas, de proteção de mananciais e do

ambiente natural;

Resoluções Dispõe

Resolução 235/98, de Dispõe sobre o gerenciamento dos resíduos perigosos

07/08/1998

Resolução 257/99, de Estabelece critérios, para a destinação adequada das pilhas e baterias 30/06/1999 que contenham em suas composições chumbo, cádmio, mercúrio e seus componentes;

Resolução 283/2001 Dispõe sobre o tratamento e destinação final dos resíduos de saúde

Fonte: CONAMA (2015).

A PNRS diferençou os termos resíduos e rejeitos, onde o primeiro refere- se a um bem

econômico e de valor social e os rejeitos são “resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas

as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e

tecnicamente viáveis não apresentem outra possibilidade que não a disposição final

ambientalmente adequada” (artigo 3º, inciso

XV).

Jacobi e Besen (2011, p.2) ressaltam que a

PNRS fortalece os princípios da gestão integrada e sustentável de

resíduos. Propõe medidas de incentivo à formação de consórcios

públicos para a gestão regionalizada com vistas a ampliar a

capacidade de gestão das administrações municipais, por meio de

ganhos de escala e redução de custos no caso de compartilhamento

de sistemas de coleta, tratamento e destinação de resíduos sólidos.

Inova no país ao propor a responsabilidade compartilhada pelo ciclo

de vida dos produtos e a logística reversa de retorno de produtos, a

prevenção, precaução, redução, reutilização e reciclagem, metas de

redução de disposição final de resíduos em aterros sanitários e a

disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos em aterros

sanitários. No aspecto de sustentabilidade socioambiental urbana,

cria mecanismos de inserção de organizações de catadores nos

sistemas municipais de coleta seletiva e possibilita o fortalecimento das

redes de organizações de catadores e a criação de centrais de

estocagem e comercialização regionais.

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No início de 2011, foi constituído o Comitê Orientador Interministerial para a implantação

dos sistemas de logística reversa. A finalidade é garantir que os resíduos sólidos sejam

reutilizados, reciclados ou recolhidos pela indústria responsável. Antes da nova Lei, o único

plano desenvolvido para reduzir os resíduos sólidos era o Plano Nacional de Mudança

Climática (Decreto Nº 6.263/2007), que visava a redução de 20% dos resíduos sólidos até o

ano de 2015. Entretanto, com a lei da PNRS, estabeleceu em seu Art. 54: “A disposição final

ambientalmente adequada de rejeitos deverá ser implantada em até 4 anos”, ou seja, seria até

2014.

Lopes e Calixto (2012, p. 1) citam ainda dois pontos importantes da lei:

Só os resíduos que não são reciclados poderão ser encaminhados aos

aterros sanitários, esses rejeitos são os resíduos que não tem como

ser reciclado. 10% dos resíduos sólidos são resíduos que não são

reciclados. A maioria dos resíduos é de origem orgânica, que em

compostagem pode ser reaproveitada e transformada em adubo, e

reciclável, que deve ser devidamente separada para a coleta seletiva.

Todos os municípios têm que ter um plano de resíduos sólidos, os

planos municipais serão criados para ajudar os prefeitos e cidadãos a

descartar de forma correta o lixo.

Nesse contexto, a lei exige, a partir da sua regulamentação no prazo de dois anos, a elaboração

de planos de resíduos sólidos em âmbitos nacional, estadual e municipal que elimine os lixões,

apresentem metas gradativas de redução, reutilização e reciclagem, visando a minimização da

quantidade de resíduos e rejeitos encaminhados para disposição no solo. O acesso aos recursos

da União direcionados à gestão dos resíduos sólidos dependerá da apresentação dos planos

acima mencionados.

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4 METODOLOGIA

Para que se alcançassem o objetivo proposto, realizou-se um estudo de caso, exploratório e

observacional, de abordagem qualitativa.

O local da pesquisa foi o município de Viana, localizada no estado do Maranhão, sobre as

características do município estudado será relatado no capitulo do estudo de caso.

Antes de realizar o estudo de caso, foi feito uma visita ao local para verificar a disposição final

dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) de Viana - MA, na qual foram levantados dados sobre

as condições de um local apropriado para a destinação final de resíduos, onde então optou-se

por alguns critérios que poderiam ser utilizados como variáveis para a análise deste local. Vale

ressaltar que também foram tiradas fotos da cidade e verificado a rotina de coleta de resíduos

sólidos na mesma.

Para coleta de dados, buscou-se informações da cidade em questão, por meio de páginas

eletrônicas de órgãos institucionais como IBGE, Ministério das Cidades e a Secretaria de

Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais do Maranhão – SEMA/MA, como população,

taxa de crescimento, área, economia, resíduos sólidos (peso específico, composição

gravimétrica, produção diária).

E em posse desses dados, foi proposto uma metodologia de destinação final dos resíduos

urbanos gerados no munícipio. Realizou-se também um estudo de cálculo de memória, para

estabelecer o volume e a geração de resíduos sólidos para os 10 anos de vida útil do aterro

sanitário.

Após os cálculos, foram selecionadas duas áreas, tendo como base os requisitos necessários

para a construção de um aterro sanitário dentro dos padrões legais e foram feitas comparações

e excluído uma delas a partir de critérios estabelecidos pela norma NBR 13896/97. Após esses

levantamentos, elaborou-se o dimensionamento do aterro sanitário seguindo as recomendações

da norma brasileira, onde em seguida foi elaborado um projeto, utilizando o software

Autocad 2014, da Autodesk.

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Também foi feita uma pesquisa bibliográfica, onde foi realizado o levantamento do referencial

teórico, seleção, fichamento e arquivamento de informações relacionadas à pesquisa.

4.1 Local de Estudo

A pesquisa do presente trabalho será feita no Município de Viana/MA;

4.2 Coletas de dados

Coleta de dados serão fundamentadas em pesquisas no “saite” do Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística (IBGE), livros, normas e apostilhas pertinentes ao assunto.

4.3 Materiais e metodos

Para desenvolvimento deste trabalho foi utilizado artigos cientifico, apostilas, análise de fotos,

projetos e livros pertinentes ao assunto.

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5. RESULTADO E DISCUSSÕES

5.1 Coleta dados sobre o município de Viana/MA.

Este estudo foi desenvolvido no município de Viana, localizado na microrregião da Baixada

Maranhense, à margem direita do rio Turiaçu (Figura 6), compreendendo uma área de

2.308,1 km², uma população de aproximadamente 39.110 habitantes e uma densidade

demográfica de 16,94 habitantes/km² (IBGE, 2015).

Figura 6 – Mapa de Viana – MA

Fonte: Google Maps (2015).

Conforme o IBGE (2015) limita-se ao Norte com os municípios de Mirinzal e Serrano do

Maranhão; ao Sul com Pedro do Rosário e Araguanã a Leste com Pinheiro e Presidente

Sarney e a Oeste com Nova Olinda do Maranhão, Santa Luzia do Paruá, Turilândia e

Presidente Médici, conforme a figura 7.

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Figura 7 – Mapa de Viana – MA

Fonte: IBGE (2015).

O município possui um sistema de escoamento superficial dos efluentes domésticos e pluviais

que são lançados em cursos d’águas permanentes. Além disso, a disposição final do lixo

urbano, não é feita adequadamente em um aterro sanitário.

De acordo aos dados da Confederação Nacional dos Municípios - CNM (2000), apenas

26,81% dos domicílios têm seus lixos coletados, enquanto 71,42% lançam seus dejetos

diretamente no solo ou os queimam 1,77% jogam o lixo em lagos ou outros destinos. Dessa

forma, a disposição final do lixo urbano e do esgotamento sanitário não atendem as

recomendações técnicas necessárias, pois não há tratamento do chorume, dos gases

produzidos pelos dejetos urbanos, nem dos efluentes domésticos e pluviais, como forma de

reduzir a contaminação dos solos, a poluição dos recursos naturais e a proliferação de vetores

de doenças de veiculação hídrica. Além disso, a coleta de lixo dos estabelecimentos de saúde

é acondicionada em vazadouros, juntamente com os demais resíduos urbanos, elevando o

risco de poluição dos recursos hídricos subterrâneos.

Segundo a Abrelpe (2012), de acordo com o município de São Luís a geração média de

resíduos sólidos por pessoa no Município de Viana - MA varia de 0,5 a 0,7, dependendo da

região (adotado 0,6 kg), com densidade média do lixo (0,7- tabelado) e y = peso especifico

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do lixo = (0,8 ton/m³- tabelado). Diante dessas informações e variáveis definidas vamos

iniciar o memorial de cálculo.

Conforme a Política Nacional de Resíduos Sólidos Lei 12305/12, os resíduos gerados por uma

cidade devem ser dispostos em aterros sanitários, mas em muitas cidades ainda se usam

formas muito inadequadas de disposição, como é o lixão.

No município pesquisado o sistema de coleta de lixo é terceirizado, que efetua seus serviços

em parceria com equipes da Secretaria Municipal de Urbanismo. No entanto, apesar de haver a

coleta do lixo, se presencia uma grande quantidade de entulhos despejado pelos próprios

populares nas ruas da cidade, tornando-as quase que intransitáveis, conforme está

demonstrada nas figuras 8 e 9.

Figuras 8 e 9 - Lixo doméstico encontrados nas ruas de Viana – MA.

Fonte: Os autores da pesquisa

Vale lembrar que existe também outro agravante da chegada das chuvas onde os lixos jogados

pelos moradores, são arrastados para os esgotos, causando entupimento dos mesmos, e por

inúmeras vezes, causando alagamentos e sérios riscos que a própria população, tornando-as

suscetíveis à contaminação por diversas doenças.

Assim, o cotidiano urbano por diversas vezes disfarça situações concretas de poluição, mas

não imperceptíveis. Mucelin e Bellini (2006) ressaltam que no conjunto urbano os fatores

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apresentados pelo ambiente são influenciados, pela observação aguçada ou não de seus

moradores. Estes uma vez percebendo a relevância do meio ambiente, passam a estimular

a imagem ambiental positiva, determinando a formação das crenças e hábitos que irão

influenciar o uso dos bens naturais de maneira segura e correta.

No entanto, ocorre que, geralmente as atividades diárias condicionam o cidadão a não notar a

fragilidade do meio ambiente, logo também não percebem situações que possam gerar graves

impactos ambientais. Assim, casos de agressões ambientais: como poluição visual e disposição

inadequada de lixo refletem costumes habituais do cidadão urbano, que passa a conceber tais

circunstâncias como “naturais” (MUCELIN; BELLINI, 2006).

Diante do exposto, é relevante afirmar que o lixo doméstico tem uma parcela considerável no

tocante à poluição ambiental. Segundo dados do IBGE-2006 são mais de 225 mil toneladas de

resíduos domésticos gerados diariamente, apresentando as mais variadas origens que vão

desde lixos orgânicos (como restos de alimentos, café e fezes de animais), até os inorgânicos

(como plástico, metal, vidro) entre outros.

Quanto ao destino do lixo produzido em Santa Helena, observa que o mesmo não possui uma

destinação adequada, verifica-se que a maioria dos resíduos tem como destino, terrenos

baldios, sem o menor tratamento, como pode observa nas figuras 10,11, 12 e 13.

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Figura 10 – Lixão do município de Viana – MA

Fonte: Os autores da pesquisa

Figura 11 - Urubus no lixão do município de Viana – MA

Fonte: Autores da pesquisa

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Figura 12 – Animais (urubus) que ocupam o lixão

Fonte: Autores da pesquisa

Figura 13 – Entrada do lixão

Fonte: Autores da pesquisa

Na pesquisa, observou-se que o lixo doméstico do município de Viana – MA, são depositados,

nos chamados “lixões”, dados não muito diferentes de outros municípios brasileiros. O que se

percebe além da poluição visual é a presença de ratos, o mau cheiro constante e insetos.

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Segundo dados do IBGE (2011) 50,8% dos municípios brasileiros, ainda utilizam lixões para

o destino final dos RSU. Ainda segundo a fonte, 89,3% dos municípios do Nordeste e 85,5%

do Norte destinam seus resíduos sólidos para estes lixões, onde não ocorre nenhum tipo de

tratamento. Na região Nordeste, os Estados mais atrasados neste sentido são Piauí (97,8%),

Maranhão (96,3%) e Alagoas (96,1%). No Sudeste (18,7%) e no Sul (15,8%) estes números são

menos alarmantes.

Nesse contexto, pela Política de Resíduos Sólidos, governos municipais deveriam ter

elaborado o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos até 02 de agosto de 2014, porém na

maioria dos municípios brasileiros, isso não ocorreu. Portanto, esse instrumento deve ser

compatível com a realidade local, contendo um diagnóstico acerca da situação dos resíduos, as

metas para redução e para reciclagem e o estabelecimento do fim dos lixões a céu aberto, bem

como a busca de soluções consorciadas com outros municípios. Vale ressaltar que a gestão de

resíduos é um fator importante na administração de um município, principalmente para

preservar a saúde pública (GOMES et al., 2013).

5.2 Alternativas locacionais para implantação de um aterro sanitário em Viana/MA;

Foi realizado um levantamento de possíveis áreas ideais para o aterro sanitário no município

de Viana.

Segundo Curty (2005) ao escolher uma nova área para instalação de aterro sanitário, além dos

aspectos ambientais é importante a verificação dos aspectos legais, econômicos, técnicos e

sociais, ou seja, o aterro deve minimizar o impacto ambiental e atender as condições do local,

estando de acordo com o zoneamento de região e a utilização por longo período com

necessidade mínima de obras para início de operação. O mesmo autor ressalta ainda que

Os principais condicionantes intervenientes na seleção da área para disposição a longo prazo de

resíduos são: Distância de transporte dos pontos geradores do resíduo ao aterro; Restrições

locais; Capacidade da área; Condições de acesso e trafegabilidade; Condições topográficas;

Disponibilidade de solos de recobrimento e proteção; Condições climatológicas; Condições

geológicas-geotécnicas e hidrogeológicas; Dados de infra-estrutura; Aproveitamento final da

área (CURTY, 2005, p. 13).

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Vale ressaltar também que para a operação do projeto e aplicação do aterro, o mesmo dever

seguir a norma NBR 13896/97 - Aterros de resíduos não perigosos, além da aplicação dessa

norma é importante a consulta das seguintes NBR’s: NBR 8419 - Apresentação de projetos de

aterros sanitários de resíduos sólidos urbanos - Procedimento NBR 10004 - Resíduos sólidos -

Classificação NBR 10007 - Amostragem de resíduos - Procedimento NBR 12988 - Líquidos

livres - Verificação em amostra de resíduos - Método de ensaio NBR 13895 - Construção de

poços de monitoramento e amostragem – Procedimento.

Diante do exposto, foram selecionadas os critérios de restrições referente aos aspectos sociais

e ambientais, consideradas para realização da proposta, sendo elas (Quadro 1):

Quadro 1 – Critérios de restrições utilizados para realização da escolha do terreno.

Critérios de restrições

1. Mapa de localização da atividade e do seu entorno com raio de 1.500m, a partir do

perímetro da área;

2. Fora da área de influência direta do manancial de abastecimento;

Critérios de restrições

3. 200m distante de rios e nascentes do perímetro da área;

4. 1500m de distância de núcleos populacionais, a partir do perímetro da área;

5. Deve ser observada a profundidade do lençol freático e tipologia de solo;

6. 300m de distância do perímetro da área de residências isoladas.

FONTE: Adaptado da norma NBR 13896/97

Nesse contexto, foram escolhidas e analisadas, duas áreas, conforme está demonstrado na

figura 14:

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Figura 14 – Áreas escolhidas para a instalação do aterro sanitário em Viana – MA.

Fonte: Google Maps (2016).

Após a escolha das áreas, foi realizado um análise de critérios, conforme foi realizado no

estudo de Curty (2005), onde os critérios utilizados foram divididos em três grandes grupos:

técnicos, econômico-financeiros e político-sociais.

Portanto, a área escolhida para implantação do aterro sanitário deve atender o maior número

de critérios, portanto, para escolha os critérios foram analisados como "totalmente

atendido", o "atendido parcialmente através de obras" ou o "não atendido", conforme a tabela

3:

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Tabela 3 – Características das áreas

CRITÉRIOS AREA

Área 1 Área 2

Proximidade do curso d’água N T

Proximidade a núcleos residenciais P T

Distância do lençol freático T T

Aquisição do terreno T T

Investimento em infra-estrutura P T

Vida útil mínima T T

Uso do solo T T

Permeabilidade do solo natural P T

Extensão da bacia de drenagem T T

Acesso a veículos pesados P P

Material de cobertura T T

Manutenção do sistema de drenagem T T

Distância ao centro de coleta T T

Legenda: T – atende integralmente; P – atende parcialmente; N – não atende. Fonte:

Quadro adaptado do estudo de Curty (2005).

Superando os critérios, ainda existiu outras dificuldades, sendo a negociação das áreas com os

proprietários e a oposição dos vizinhos os principais obstáculos para a escolha da área. Após

o mencionado, foi considerada a área ideal aquela obteve o maior número de pontos após a

aplicação dos pesos às prioridades e ao atendimento dos critérios, como pode observar na

tabela 4:

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Tabela 4 – Pontuação das áreas

CRITÉRIOS

PONTOS DA

PRIORIDADE%

PONTOS DE ATENDIMENTO

ÁREA 1 % ÁREA 2 %

Proximidade a cursos d’água

Proximidade residências

Proximidades de aeroportos

100

100

100

100

100

100

100

100

100

CRITÉRIOS

PONTOS DA

PRIORIDADE

%

PONTOS DE ATENDIMENTO

ÁREA 1 % ÁREA 2 %

Distância do lençol freático

Distância da baixa renda pop.

Vias de acesso em baixa

Problemas com a população

Aquisição do terreno

Investimento em infraestrutura

Vida útil mínima

Uso do solo

Permeabilidade do solo

Extensão da bacia

Acesso a veículos pesados

Material de Cobertura Distância

do centro de coleta

100

100

80

80

80

60

60

40

40

40

30

30

30

100

50

70

60

100

70

100

80

100

100

50

100

50

100

80

100

80

100

100

100

100

100

100

80

90

90

ESCOLHA DA ÁREA FINAL

MEDIA

83,12%

95% Fonte: Quadro adaptado do estudo de Curty

(2005).

Portanto, analisando a pontuação final escolheu-se a Área 2 (Prox. a MA 106) para a

instalação do aterro sanitário, pois foi a área que mais atendeu aos critérios analisados com 95

%, apresentando maiores vantagens no dimensionamento geral.

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5.3 Metodologia construtiva de aterro sanitário para o destino final de resíduos sólidos

urbanos do Município de Viana/MA;

Na busca pela resposta compararam-se os aspectos exigidos pelas leis, normas e diretrizes que

norteiam o tema com os aspectos físicos da região estudada. Superada esta etapa acerca dos

rigores legais, foi possível identificar uma área que fosse adequada e suficiente para atender ao

tempo de vida útil proposto, assim como o volume de RSU produzido neste prazo.

Vale ressaltar que a escolha pelo método de trincheira, se justifica pelo fato do município ser

pequeno e esse método ser ideal para estrutura que o local pode suprir.

Quanto à escolha do tipo do aterro sanitário, concluiu-se pelo tipo de trincheira (Figura 15),

levando-se em consideração a literatura pesquisada e as normas estabelecidas, onde pela

lógica e economia buscou-se o melhor tipo ao terreno em estudo. O dimensionamento da

célula inicial do aterro foi importante para certificar a congruência da área demarcada, e

definir que é suficiente para receber a produção municipal de RSU acumulado em 10 anos.

Figura 15 – Trincheira

Fonte: Curty (2005)

5.4 Dimensionamento de um aterro sanitário para o município de Santa Helena– MA;

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5.4.1 Estimativa populacional para 10 anos

A quantificação da geração de resíduos sólidos urbanos é baseada em índices relacionados ao

número de habitantes atendidos pelo sistema de coleta e ao volume de resíduos gerados,

materializando a denominada produção per capita de resíduo. Esta produção representa a

quantidade de resíduos sólidos gerada por habitantes em um período de tempo específico.

Para calcular a quantidade de RSU gerados no município de Santa Helena, estão diretamente

relacionadas à sua população, utilizou-se a seguinte equação:

P = P0 (1 + i)n

Legenda: P = população de projeto, ou, do período de alcance de projeto

(hab.) P0= população do inicio de projeto (hab.)

i = taxa de crescimento populacional (%)

n = período de alcance de projeto (2010-

2000) P2000 = 30.860 habitantes

(estimativa IBGE); P2010= 39.110

habitantes (estimativa IBGE).

Aplicando a formula temos:

P2010 = P2000 (1 + i)n i

= 0,02 ou i = 2%

Após descoberta da taxa do índice de crescimento, calcula-se aumento o da população atual

(2015). Onde obtivemos uma população, atual, de 43.021 (quarenta e três mil e vinte e um

habitantes), como se pode observar na formula abaixo:

P2015 = P2010 (1 + i)n

P2015 = 43.021

Após encontrar o número de habitantes atual no município, foi realizado o cálculo de número

de habitantes daqui a 10 anos (2025), esse tempo está associado ao cálculo de

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dimensionamento do aterro sanitário, que irá atender a demanda da população durante esse

período, como está demonstrado no cálculo abaixo:

P2025 = P2015 (1 + i)n

P2025 = 52.442,36

Portanto, o resultado do cálculo demostra que daqui a 10 anos (2025), a número de habitantes

será de aproximadamente 52.442,36 (cinquenta e dois mil e quatrocentos e quarenta e dois e

trinta e seis).

5.4.2 Volume de lixo gerado durante a vida útil do aterro sanitário

Após os cálculos do número de habitantes, calculou-se volume de lixo gerado durante a

vida útil do aterro sanitário foi adotado a seguinte formula:

Legenda: Vol = volume do

lixo

Vol = Lixo(ano) / y

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Lixo (ano) = lixo gerado pela população durante 1

ano. y = peso especifico do lixo = 0,8 ton/m³

Após essa etapa realizou o dimensionamento do aterro sanitário, mas primeiramente foi

constituído o cálculo do volume total de lixo gerado e a área necessária para disposição final

dos RSU no município.

Volume de lixo gerado por dia

V= M/y

Legenda: V= volume do lixo diario

M= media da massa do lixo diário (28,56 – tabelado)

y= densidade média do lixo (0,7- tabelado)

V= 40,8 m³/dia, adotar 41 m³/dia

Volume gerado em 10 anos V10= V x

nº de dias x nº de anos V10= 143.310

Legenda: V10 = volume em 10 anos de aterro

V= volume do lixo

diário n° de dias por

ano (365)

nº de anos de capacidade do aterro(10 anos).

Após do achado do volume total compactado em 10 anos de aterro, acrescentou-se sobre

esse valor 20% da camada de argila e areia, que corresponde à camada de cobertura do lixo.

Volume total gerado em 10 anos (lixo + argila + areia)

VT = V10 x 1,20

Legenda: VT = volume total do lixo gerado

V10 = volume em 10 anos de aterro compactado (lixo)

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VT = 179.580 m³

Nesse contexto, no quadro 2 demonstra número de lixo gerado pela

população de Santa Helena – MA, conforme a taxa de crescimento populacional.

Quadro 2 – Tabela relacionada a taxa de crescimento populacional, o lixo gerado por dia e

ano, a geração de lixo por pessoa e seu volume ocupado por ano sem

compactação.

POPULAÇÃO

LIXO/DIA

GER/PES/DIA

ANO LIXO/ANO (TON) VOLUME (M³)

(HAB) (TON) (KG)

2015 43.021,00 25,81 0,6 9.421,60 11.777,00

2016 43.881,42 26,33 0,61 9.610,03 12.012,53

2017 44.759,05 26,86 0,62 9.802,23 12.252,78

2018 45.654,23 27,39 0,64 9.998,28 12.497,85

2019 46.567,31 27,94 0,65 10.198,24 12.747,80

2020 47.498,66 28,5 0,66 10.402,21 13.002,76

2021 48.448,63 29,07 0,68 10.610,25 13.262,81

2022 49.417,61 29,65 0,69 10.822,46 13.528,07

2023 50.405,96 30,24 0,7 11.038,90 13.798,62

2024 51.414,08 30,85 0,72 11.259,68 14.074,60

2025 52.442,36 31,47 0,73 11.484,88 14.356,10

MÉDIA 28,56 SOMA 114.648,76 143.310,95

Fonte: Autores da pesquisa.

5.4.3 Dimensões necessárias para construção do aterro sanitário

Área Transversal da Trincheira:

Ao calcular a área transversal da trincheira, foi encontrado o seguinte resultado:

A

T

= (Ls + Li)/2 x h

AT = 787, 5 m²

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Legenda: AT = AREA TRANSVERSAL

h = Altura: 5 m (adotado)

Largura inferior (Li) = 150 m

(adotado) Largura superior (Ls) =

165 mCumpre lembrar que os

taludes: 1: 1,5 (a cada metro de

altura que o talude sobe ele

aumenta 1,5 metros de largura,

aumentando diretamente a área

superior do aterro).

Comprimento da Trincheira:

Já com relação ao cumprimento da trincheira, observou que o resultado foi de L=228,03,

adotar 230 m2.

Legenda: L = Comprimento

AT = Área transversal

VT = Volume total do aterro

VT = AT x L

L= 228,03, adotar 230 m²

Área superficial final da Trincheira:

O resultado da área superficial da trincheira foi de AS =40.425 m2.

AS = Ls x L

AS = 40.425 m², adotar 41.000 ou 4,1 hec

Legenda: AS = Área

superficial Ls =

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Largura Superior L

= Comprimento

Após aplicação da formula abaixo, achou-se que área superficial final da

trincheira, seria de 5 hectares, como está demonstrado na figura 11.

A F = AS x 1,2

AF = 49.200 m², adotar 50.000 ou 5 hec

Figura 16 – Área superficial final da Trincheira

Fonte: Autores do estudo

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Figura 17 – Vista superior da trincheira

Fonte: Autores do estudo

Cumpre lembrar que na construção de um aterro sanitário padronizado são necessárias

circulações extras, denominadas de circulações de apoio (guaritas, balanças rodoviárias,

prédio de administração, galpão, oficinas cobertas). Com isso admite – se um acréscimo de

20% área de construção do aterro.

5.4.4 Impermeabilização

Baseando-se no nosso aterro padronizado consistimos no conceito de confinar os resíduos por

barreiras impermeáveis, o que, consequentemente, protege os resíduos da entrada de líquidos

externos e o subsolo da infiltração dos percolados e gases provenientes do aterro

(VERTEMATTI, 2004). De modo geral, é empregado como material impermeabilizante,

elementos sintéticos, do tipo geomembrana PEAD.

A geomembrana é um dos tipos mais comuns de geossintéticos empregados em obras que

exijam a capacidade de prevenir ou bloquear a migração de fluidos, sejam eles líquidos ou

gases, para fora ou para dentro de um sistema. (VERTEMATTI, 2004). O mais utilizado em

aterros sanitários é o PEAD (polietileno de alta densidade), que atua como impermeabilizante

do solo, protegendo mananciais e o lençol freático. Vertematti (2004, p.20) cita: “Produto

bidimensional de baixíssima permeabilidade, composto predominantemente por materiais

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termoplásticos, elastoméricos e asfálticos, utilizado para controle de fluxo e separação, nas

condições de solicitação”.

O Polietileno de Alta Densidade (PEAD) possui densidade 0,941 a 0,959 g/cm³, isso se dá

pela compactação das cadeias poliméricas, proporcionando alta resistência química, pela

dificuldade de permeabilidade dos líquidos, gases e vapores. Sua permeabilidade esta em torno

de 10¯¹² cm /s, ou seja, praticamente impermeável.

Figura 18 – Impermeabilização – Aterro

Classe I Fonte: VERTEMATTI (2004).

5.4.5 Drenagem

Também foi utilizado o método suíço, considerando o grau de complexidade, o procedimento

correto para a determinação da vazão de percolados é a medição direta (PADILHA, 2007).

Método suíço (Q):

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K

4 a 7 0.5 a 0.25

> 7 0.25 a 0.15

�=K.�.��

/𝐭

�=K.�.��

/𝐭

�=1,266 x 10^-4 l/s

Legenda: Q = vazão média de líquidos percolados

(l/s); P = precipitação média anual (mm/ano);·.

A = área do aterro (m2);

t = tempo (s) (equivalente a 1 ano =

31.536.000); K = constante de compactação.

Considerando o comportamento dos líquidos percolados semelhantes ao de efluente de esgoto,

ou seja, velocidade igual a 0,60 m/s, segue abaixo o cálculo do diâmetro da tubulação dos

drenos.

Q = At x V

At = 0,21 m²

Legenda: Q = vazão média de líquidos percolados

(l/s); V = velocidade efluente de esgoto

At = área do tubo

formula:

Com a área encontrada, vamos calcular o diâmetro dos drenos, através da

At = π x d²/4

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Legenda: d = diâmetro do tubo

π = 3,14

At = área do tubo

d = 0,52, adotar d = 0,60 m

Desta forma, as tubulações das linhas de drenagem principal terão diâmetros de 0,60m, sendo

implantadas com tubos de concreto de parede perfurada. Os drenos secundários da espinha de

peixe apresentam seção de 0,40 cm, segundo o livro de Manual de Aterro Sanitário. A fim de

evitar danos à geomembrana pelos materiais granulares dos drenos, estes foram projetados para

serem envoltos por geotêxtil não tecido.

Drenagem de Gases

A experiência brasileira tem demonstrado que tubulações de diâmetro de0,60m espaçadas a

uma distância e ntre 40 e 50m entre si, atendem plenamente à nossa realidade.

Figura 19 – Exemplo de drenos verticais de concreto

Fonte: ENGECORPS (1996 apud OLIVEIRA, 2002).

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Figura 20 – Método escolhido

Fonte: ENGECORPS (1996 apud OLIVEIRA, 2002).

;

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