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pagina 1 de 121 PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº____ DE ____ DE ______ 2013. Institui a Carreira dos Servidores do Sistema Prisional, cria gratificações e o Regime disciplinar, estabelece atribuições, competências, direitos, deveres, prerrogativas e garantias funcionais dos servidores e dá outras providências. O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS. Faço saber que a Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais decreta e eu sanciono a seguinte Lei: TÍTULO I CAPITULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art.1º - Esta lei regula as condições do provimento dos cargos do sistema prisional, pertencentes ao Grupo de Atividades de Defesa Social do Poder Executivo, cria suas carreiras e gratificações específicas para o desempenho das funções de chefia para Subsecretário, Superintendente, Diretor, Gerente e Coordenador pertencentes ao quadro da Subsecretaria de Administração Prisional. Art.2º - Para os efeitos desta lei, considera-se: I - grupo de atividades o conjunto de carreiras agrupadas segundo sua área de atuação; II - carreira o conjunto de cargos de provimento efetivo agrupados segundo sua natureza e complexidade e estruturados em níveis e graus, escalonados em função do grau de responsabilidade e das atribuições da carreira; III – cargo de provimento efetivo a unidade de ocupação funcional do quadro de pessoal privativa de servidor público efetivo, com criação, remuneração, quantitativo, atribuições e responsabilidades, definidos nesta lei; IV - quadro de pessoal o conjunto de cargos de provimento efetivo e de provimento em comissão de órgão ou entidade; V - nível a posição do servidor no escalonamento vertical dentro da mesma carreira, contendo cargos escalonados em graus, com os mesmos requisitos de capacitação e mesma natureza, complexidade, atribuições e responsabilidades;

PROPOSTA DE LEI ORGÂNICA DO SISTEMA PRISIONAL DE MG

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PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº____ DE ____ DE ______ 2013.

Institui a Carreira dos Servidores do Sistema Prisional, cria gratificações e o Regime disciplinar, estabelece atribuições, competências, direitos, deveres, prerrogativas e garantias funcionais dos servidores e dá outras providências.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS.

Faço saber que a Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

TÍTULO I

CAPITULO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art.1º - Esta lei regula as condições do provimento dos cargos do sistema prisional, pertencentes ao Grupo de Atividades de Defesa Social do Poder Executivo, cria suas carreiras e gratificações específicas para o desempenho das funções de chefia para Subsecretário, Superintendente, Diretor, Gerente e Coordenador pertencentes ao quadro da Subsecretaria de Administração Prisional. Art.2º - Para os efeitos desta lei, considera-se: I - grupo de atividades o conjunto de carreiras agrupadas segundo sua área de atuação; II - carreira o conjunto de cargos de provimento efetivo agrupados segundo sua natureza e complexidade e estruturados em níveis e graus, escalonados em função do grau de responsabilidade e das atribuições da carreira; III – cargo de provimento efetivo a unidade de ocupação funcional do quadro de pessoal privativa de servidor público efetivo, com criação, remuneração, quantitativo, atribuições e responsabilidades, definidos nesta lei; IV - quadro de pessoal o conjunto de cargos de provimento efetivo e de provimento em comissão de órgão ou entidade; V - nível a posição do servidor no escalonamento vertical dentro da mesma carreira, contendo cargos escalonados em graus, com os mesmos requisitos de capacitação e mesma natureza, complexidade, atribuições e responsabilidades;

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VI - grau a posição do servidor no escalonamento horizontal no mesmo nível de determinada carreira. Art.3º. Fica criada a Carreira de Agente de Segurança Prisional, na estrutura da Subsecretaria de Administração Prisional da Secretaria de Estado de Defesa Social. Art.4º. Ficam criadas as Carreiras de Analista Prisional e Assistente Prisional na estrutura da Subsecretaria de Administração Prisional da Secretaria de Estado de Defesa Social. Art.5º Os cargos das carreiras de que trata esta lei são lotados na Subsecretaria de Administração Prisional e em suas Unidades. Art.6º. A classe da carreira de Agente de Segurança Penitenciário a que se refere o parágrafo único do art. 6º da Lei nº 13.720, de 27 de setembro de 2000 e da Lei 14.695 de 30 de julho de 2003, passa a denominar-se Agente de Segurança Prisional, e, para seu provimento, será exigido grau de instrução de nível superior, conforme o inciso XIII do Art. 19 desta lei. Art.7º. A classe de Analista Executivo de Defesa Social a que se refere à Lei 15.301, de 10 de agosto de 2004, passa a denominar-se Analista Prisional para os que optarem pelos cargos abrangidos por esta Lei, e, para seu provimento, será exigido grau de instrução de nível superior correspondente ao cargo, conforme parágrafo 2º ao 11, e seus incisos, do artigo 117desta Lei. Art.8º. A classe de Assistente Executivo de Defesa Social a que se refere a Lei 15.301 de 10 de agosto de 2004 passa a denominar-se Assistente Prisional, para os que optarem pelos cargos abrangidos por esta Lei, e para seu provimento, será exigido grau de instrução de nível médio e requisitos específicos, conforme parágrafos 12, 13, 14 e seus incisos do artigo 117 desta Lei.

TÍTULO II

CAPITULO I

Seção I

DA CARREIRA DE AGENTE DE SEGURANÇA PRISIONAL

Art.9º. A carreira de Agente de Segurança Prisional conforme artigo 3º desta Lei, composta por 18.656 (dezoito mil seiscentos e cinquenta e seis) cargos efetivos de Agentes de Segurança Prisional, com lotação na Subsecretaria de Administração Prisional. Paragrafo Único - A função de Agente de Segurança Prisional é estruturada em carreira e escalonada em cargos de provimento efetivo, constituídos em níveis e grau, e seu exercício é privativo de seus titulares, na forma desta Lei. Art.10. O trabalho do Agente de Segurança Prisional é típico de Estado, e será exercido em regime de dedicação exclusiva e de natureza eminentemente técnico profissional, especializado e perigoso, define-se por sua natureza especial com risco de morte, prejuízo à saúde em virtude de contágios e à exposição permanente às seguintes condições:

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I - perigo iminente de atentado contra a sua incolumidade física, com risco de morte; II - tensão emocional decorrente da projeção cognitiva constante em eventos de caráter conflitivo; III - estresse decorrente da atuação em administração de crises; IV - contato físico recorrente e intenso com pessoas, materiais ou instrumentos de origens diversas que possam transmitir doenças contagiosas. Art.11. A função de Agentes de Segurança Prisional é fundada na hierarquia e na disciplina, é incompatível com qualquer outra atividade, salvo as de magistério e as exceções previstas na Constituição. § 1º É assegurada a hierarquia salarial mínima de um para outro dos graus em 5 por cento e nos níveis com a diferença mínima de 5 por cento do vencimento da carreira do Agente de Segurança Prisional. § 2º A estrutura hierárquica constitui valor moral e técnico-administrativo que funciona como instrumento de controle e eficácia dos atos operacionais e, subsidiariamente, é indutora da convivência profissional na diversidade das séries de níveis da carreira que compõem o quadro da carreira de Agente de Segurança Prisional, tendo a finalidade de assegurar a disciplina, a ética, e desenvolver o espírito de mútua cooperação, em ambiente de estima, confiança e respeito recíproco. § 3º Independente do nível ou grau da evolução profissional, o regime hierárquico não autoriza qualquer violação de consciência e de convencimento técnico e científico fundamentado. § 4º A disciplina é valor que agrega atitude de fidelidade profissional às disposições legais e às determinações técnicas e científicas fundamentadas e emanadas da autoridade competente. § 5º Quando no mesmo nível, a hierarquia é estabelecida, pelo grau ou pela regra da precedência de ingresso na respectiva posição. Art.12. A estrutura na evolução da carreira do Agente de Segurança Prisional é a constante no Anexo I desta Lei. Art.13. A tabela de vencimento básico da carreira do Agente de Segurança Prisional é a constante no Anexo II desta lei. Art.14. A estrutura hierárquica estabelecida na carreira do Agente de Segurança Prisional obedece aos seguintes níveis decrescentes: I- Subsecretário de Administração Prisional;

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II – Assessor Chefe de Gabinete da Subsecretaria de Administração Prisional; III – Assessor de Informação e Inteligência Prisional; IV- Superintendentes da Subsecretaria de Administração Prisional; V – Diretor Regional de Administração Prisional; VI- Diretor de Superintendência da Administração Prisional; VII- Diretor de Administração Prisional; VIII - Diretor Adjunto de Administração Prisional; IX - Gerente da Administração Prisional; X- Coordenador de Administração Prisional; XI- Agente de Segurança Prisional de nível V; XII- Agente de Segurança Prisional de nível IV; XIII- Agente de Segurança Prisional de nível III; XIV- Agente de Segurança Prisional de nível II; XV- Agente de Segurança Prisional de nível I.

Paragrafo Único - É obrigatório à observância dos níveis hierárquicos da carreira de Agente de Segurança Prisional para designação das funções de Subsecretário de Administração Prisional, Superintendente da Subsecretaria de Administração Prisional, Diretor Regional da Subsecretaria de Administração Prisional, Diretor de Superintendência da Administração Prisional, Diretor de Unidade Prisional, Gerente de Unidade Prisional, Coordenador de Unidade Prisional. Art.15. Constituem fases das carreiras dos Servidores do Sistema Prisional: I- o ingresso; II- a progressão; III- a promoção.

CAPÍTULO II

DO PROVIMENTO

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Art.16. Os cargos públicos são acessíveis a todos os brasileiros, observados os requisitos que a lei estabelecer. Parágrafo Único - Os cargos de carreira serão de provimento efetivo. Art.17. Compete ao Governador do Estado prover, na forma da lei e com as ressalvas estatuídas na Constituição, os cargos públicos estaduais. Art.18. Os cargos públicos são providos por: I- nomeação; II- remoção; III- reversão; IV- reintegração; V- aproveitamento. Art.19. Só poderá ser provido no cargo público de Agente de Segurança Prisional que satisfizer os seguintes requisitos: I- ter sido aprovado em concurso público; II- ser brasileiro nato ou naturalizado e no caso de nacionalidade portuguesa, estar amparado pelo Estatuto de Igualdade entre brasileiros e portugueses, com reconhecimento do gozo de direitos políticos, na forma do artigo 13 do Decreto Federal nº 70.436, de 18 de abril de 1972; III- gozar dos direitos políticos; IV- estar em dia com as obrigações eleitorais; V- estar quite com as obrigações do Serviço Militar, para os candidatos do sexo masculino; VI- ter 18 anos completos na data da posse; VII- ter resultado negativo em exame de toxicologia, apresentado na perícia médica; VIII- possuir idoneidade e conduta ilibada, a ser aferida em processo investigativo; IX- não ter sido demitido a bem do serviço público, conforme art. 250 da Lei 869/52 e não ter sido demitido das Instituições Militares ou Força Congêneres; X- não estar cumprindo sanção por inidoneidade, aplicada por qualquer órgão público ou entidade da esfera federal, estadual ou municipal;

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XI- não possuir registro de antecedentes criminais; XII- ter aptidão física e mental para o exercício das atribuições do cargo, a ser aferida em perícia medica oficial, realizada por unidade pericial competente, nos termos da legislação vigente; XIII- possuir curso superior de escolaridade, exigido para o cargo a partir de junho de 2015, conforme disposto no art. 302; XIV- possuir carteira de habilitação, no mínimo categoria “B”.

Seção I

DO INGRESSO

Art.20. O ingresso na carreira do Agente de Segurança Prisional dar-se-á no primeiro grau do nível inicial da carreira, mediante aprovação em concurso público. § 1º Verificada a existência de pelo menos dez por cento de cargos vagos entre os fixados em lei para as carreiras do sistema prisional o Secretário de Defesa Social deverá solicitar ao órgão competente, no prazo de trinta dias, a autorização para abertura de concurso público, observando a legislação orçamentária e de responsabilidade fiscal. § 2º Caberá a Subsecretaria de Administração Prisional, e subsidiariamente à Escola de Formação da Secretaria de Estado de Defesa Social à realização: I – na forma do edital, do concurso público de que trata o "caput"; II – nas condições estabelecidas em regulamento, do curso de formação técnico-profissional de que trata o art.22; § 3º O candidato aprovado nas etapas de que tratam os incisos I ao v do art. 21 será matriculado automaticamente no curso de formação técnico-profissional e fará jus a uma bolsa de estudo, durante a realização do curso, equivalente a cinquenta por cento do valor correspondente à remuneração atribuída ao cargo de Agente de Segurança Prisional no nível I no grau “A”; § 4º O candidato que, ao ingressar no curso de formação técnico-profissional, aceitar a bolsa de estudo de que trata o § 3º firmará termo de compromisso, obrigando-se a devolver ao Estado, em dois anos, pelo valor reajustado monetariamente, na forma de regulamento, sem juros, o total da remuneração e do montante correspondente ao valor dos serviços escolares recebidos, no caso de: I- abandono do curso sem ser por motivo de saúde; II- não tomar posse no cargo para o qual foi aprovado; salvo se reprovado ou III- não permanecer na carreira pelo período mínimo de cinco anos, após o término do curso, salvo se em decorrência de aprovação e posse em concurso público;

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§ 5º O servidor público ocupante de cargo de provimento efetivo do Poder Executivo do Estado que estiver matriculado no curso de formação técnico-profissional de que trata o §3º, poderá optar pela percepção da remuneração de seu cargo de provimento efetivo, durante o período de realização do curso. § 6º O tempo de frequência ao curso de formação técnico-profissional de que trata §3º, devidamente comprovado, será computado para efeito de aposentadoria, desde que, após a nomeação em cargos da carreira do Agente de Segurança Prisional, ocorra nos termos de regulamento, o recolhimento da contribuição previdenciária referente ao período de realização do curso, tendo como base de cálculo o valor da bolsa de estudo de que trata o §3º, ressalvado o servidor que fez a opção de que trata o § 5º.

Art.21. O concurso público para ingresso em cargo da carreira do Agente de segurança Prisional é constituído das seguintes etapas: I- provas ou provas e títulos; II- exame psicotécnico para avaliar os aspectos de cognição, aptidões específicas e características de personalidade adequada para o exercício do cargo; III- exames biomédicos para aferir a higidez física e mental; IV- exames biofísicos, por testes físicos específicos, para apurar as condições para o exercício profissional e a existência de deficiência física que o incapacite para o exercício da função; V- comprovação de conduta ilibada comprovada através de investigação social para verificar a idoneidade do candidato, sob os aspectos moral, social e criminal; e VI- aprovação em curso de formação técnico-profissional. Paragrafo Único - As regras do processo seletivo serão publicadas em edital, que deverá conter: I- o número de vagas existentes; II- as matérias sobre as quais versarão as provas e os respectivos programas; III- o desempenho mínimo total exigido para aprovação nas provas; IV- os critérios de avaliação dos títulos, quando for o caso; V- o caráter eliminatório e, ou, classificatório de cada etapa do concurso; VI- comprovação de idoneidade moral e conduta ilibada; VII- comprovação de boa saúde física e psíquica, comprovada em inspeção médica;

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VIII- comprovação de temperamento adequado ao exercício das atividades inerentes à categoria funcional, apurado em exame psicotécnico; e IX- comprovação de aptidão física, verificada mediante prova de condicionamento físico. Art.22. A nomeação para o cargo de Agente de Segurança Prisional de que trata esta lei complementar se dará mediante a aprovação no curso de formação técnico profissional. § 1º O curso de formação a que se refere o caput deste artigo terá duração e horário definido em regulamento e grade curricular específica realizada pela Subsecretaria de Administração Prisional atendendo as necessidades diante das atividades desenvolvidas no Sistema Prisional; § 2º A disciplina de armamento e tiro será de cunho obrigatório e de caráter eliminatório no Curso de Formação Agente de Segurança Prisional; § 3º Será reprovado no curso de formação técnico-profissional o candidato que não obtiver no mínimo 60% (sessenta por cento) do aproveitamento em todas as disciplinas, bem como apresentar frequência inferior a 90% (noventa por cento) em qualquer disciplina. Art.23. Constitui motivo para a exclusão imediata do candidato, durante o concurso, a verificação das seguintes ocorrências: I- a constatação de incapacidade moral, física ou inaptidão para o cargo almejado; II- o envolvimento em fato que o comprometa moralmente ou profissionalmente; III- o registro de antecedentes criminais, rescisão, extinção, demissão ou expulsão de instituição municipal, estadual ou federal, bem como a omissão desses dados na ficha de informações destinada à investigação social.

Seção II

DAS ATRIBUIÇÕES DAS ATRIBUIÇÕES DA CARREIRA DE AGENTE DE SEGURANÇA PRISIONAL

Art.24. São atribuições do cargo de Agente de Segurança Prisional: I- desempenhar ações preventivas e repressivas para coibir o trafico e uso de substancias ilícitas, o cometimento de crimes ou transgressões, a comunicação não autorizada de presos com o mundo exterior e coibir a entrada e permanência de armas, objetos ou instrumentos ilícitos que atentam contra a segurança do estabelecimento prisional ou a integridade física de pessoas; II- garantir a ordem e a segurança dos estabelecimentos prisionais; III- realizar movimentação interna dos presos, garantindo a segurança dos profissionais e os atendimentos;

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IV- preencher, redigir e digitar relatórios, formulários e comunicações internas e externas; V- fazer lançamentos de dados e alimentar os sistemas de informações prisionais; VI- conduzir presos a presença de autoridades quando requisitado; VII- desempenhar ações de vigilância interna e externa dos estabelecimentos prisionais, inclusive em muralhas e guaritas, bem como em órgãos e locais vinculados ou de interesse do Sistema Prisional; VIII- conduzir veículos oficiais, aeronaves e embarcações para os quais esteja habilitado e viaturas de transportes de presos; IX- exercer atividades de escolta de autoridades do sistema prisional ou demais servidores, quando expressamente autorizado pela autoridade competente; X- exercer atividades de escolta e custódia de presos; XI- executar operações de transporte escolta e custódia de presos em movimentações externas, bem como de transferências interestaduais ou entre unidades no interior do Estado; XII- realizar buscas periódicas nas celas e nos presos; XIII- realizar buscas nos visitantes da unidade, nos servidores e visitantes dos presos, bem como em alimentos, objetos pessoais e demais pertences; XIV- adotar as medidas necessárias ao cumprimento dos alvarás de soltura, obedecidas às normas próprias; XV- informar ao preso sobre seus direitos e deveres conforme normas vigentes; XVI- verificar possibilidade de encaminhar presos a atendimentos especializados, na unidade prisional, quando não programado; XVII – na falta de profissional do setor de saúde entregar medicamentos aos presos, observada a prescrição médica; XVIII- prestar assistência em situações de emergência: primeiro socorro, incêndios, transporte de enfermos, rebeliões, fugas e outras assemelhadas; XIX- participar da comissões técnicas de classificação, do conselho disciplinar, e sindicâncias administrativas, quando designado; XX- fazer monitoramento eletrônico de presos e veículos oficiais, através de circuito fechado de televisão, gps e outros que possam vir a serem adotados;

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XXI- operar sistema de radio comunicação na área do sistema prisional interna e externamente; XXII- executar e promover ações relacionadas aos fins da administração prisional através de técnicas de averiguação e pesquisa, desempenhando trabalhos que envolvam técnicas de inteligência, contra inteligência e monitoramento diversos, além de outros empenhados em atividades no âmbito do sistema prisional e fora dele; XXIII- desempenhar atividades de coordenação e fiscalização dos demais Agentes de Segurança Prisional, de acordo com o grau de hierarquia; XXIV- ministrar treinamentos extensivos quando qualificado e indicado ou autorizado pela autoridade competente, devidamente remunerado pelo exercício das atividades de docência, conforme legislação; XXV- exercer outras atividades que vierem a ser incorporadas no cargo por força de dispositivos legais. Art. 25. Além das atribuições constantes artigo 24 e seus incisos são atribuições do Agente

de Segurança Prisional quando investido na função de:

I- Direção:

a) exercer com exclusividade, a atividade de direção de unidade prisional ou administrativa;

e

b) dirigir, supervisionar e fiscalizar todas as atividades operacionais e administrativas do

órgão ou unidade prisional sob sua direção;

c) assegurar a eficácia dos princípios institucionais do Sistema Prisional, no âmbito de sua

competência, na unidade prisional;

d) dar cumprimento às determinações judiciais;

e) fazer cumprir os alvarás de soltura e benefícios judiciais, observando os trâmites legais;

f) prestar as informações que lhe forem solicitadas pelos Juízes e Tribunais, pelo Ministério

Público, pelo Conselho Penitenciário e por entidades públicas;

g) autorizar o remanejamento dos presos nas áreas do estabelecimento prisional, a

concessão de visitas assistidas e especiais ao estabelecimento prisional

h) fornecer informações relativas à situação carcerária dos presos;

i) aplicar penalidades disciplinares aos presos, dentro de sua competência regimental;

j) decidir sobre a utilização dos pavilhões do estabelecimento prisional;

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k) exercer outras atividades correlatas.

Paragrafo único. Considera-se autoridade prisional o Agente de Segurança Prisional investido

na função de Direção.

II- Direção Adjunta:

a) exercer com exclusividade, a atividade de direção adjunta de unidade prisional ou

administrativa;

b) assessorar o Diretor, no âmbito de sua competência, visando a eficácia dos princípios

institucionais do Sistema Prisional.

c) dirigir, supervisionar e fiscalizar as atividades operacionais e administrativas do órgão ou

unidade prisional sob sua direção;

d) substituir interinamente a função de Direção, na ausência do titular, quando designado

pela autoridade competente;

e) assegurar, no âmbito sua competência, na unidade a eficácia dos princípios institucionais

do Sistema Prisional;

f) coordenar os grupos de atuação tática da unidade, de acordo com as diretrizes e normas

da Pasta;

g) exercer outras atividades correlatas.

III- Gerência:

a) exercer com exclusividade, a atividade de gerência da unidade prisional ou administrativa;

b) gerenciar, supervisionar e fiscalizar as atividades operacionais e administrativas do órgão

ou unidade sob sua coordenação;

c) substituir interinamente a função de direção, na ausência do titular e do adjunto, quando

designado pela autoridade competente;

d) assegurar, no âmbito sua competência, a unidade, bem como a eficácia dos princípios

institucionais do Sistema Prisional.

e) assessorar, no âmbito sua competência, a direção da unidade prisional ou administrativa,

visando a eficácia dos princípios institucionais do Sistema Prisional;

f) orientar os coordenadores sobre as medidas de precaução a serem adotadas no

desenvolvimento das atividades;

g) exercer outras atividades correlatas.

IV- Coordenação:

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a) exercer com exclusividade, a atividade de coordenação e chefia de setor ou equipes de

unidade prisional e/ou administrativa;

b) coordenar, supervisionar e fiscalizar as atividades operacionais e administrativas do órgão

ou unidade prisional sob sua supervisão;

c) assessorar, no âmbito sua competência, a gerência de unidade prisional ou administrativa,

visando a eficácia dos princípios institucionais do Sistema Prisional.

d) assegurar, no âmbito sua competência, a unidade prisional, bem como a eficácia dos

princípios institucionais do Sistema Prisional;

e) realizar rondas diurnas e/ou noturnas nos postos de vigilância;

f) percorrer a área sob sua responsabilidade, atentando para eventuais anomalias;

g) efetuar a distribuição das tarefas de vigilância nas muralhas, nos alambrados e nas

guaritas, de escolta interna e externa de presos e dos postos de trabalho;

h) exercer outras atividades correlatas.

Seção III DOS DEVERES DOS AGENTES DE SEGURANÇA PRISIONAL

Art.26. São deveres dos Agentes de Segurança Prisional: I- o registro das atividades de trabalho de natureza interna e externa em livros de registro de pavilhão, portaria, intendência e outros; II- preenchimento de formulários próprios descritos no Procedimento Operacional Padrão (POP), dentre outros; III- preenchimento de registros eletrônicos de ocorrência existente e outros que possam vir a serem adotados, nas ocorrências de ordem interna e externa, quando assim o exigir; IV- a guarda, utilização adequada de aparelhos, materiais, veículos, armamentos, equipamentos, sistema de dados, operação de sistema de monitoramento, sistemas de comunicação e outros disponíveis para o sistema prisional; V- desempenhar suas funções agindo com discrição, honestidade, imparcialidade, respeitando os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, bem como com lealdade às instituições constitucionais; VI- respeitar e fazer respeitar a hierarquia do serviço prisional, obedecendo às ordens superiores que não sejam manifestamente ilegais; VII- fazer cumprir as funções, os princípios e fundamentos institucionais do Sistema Prisional;

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VIII- comparecer diariamente, durante o horário regular do expediente ou escala de plantão com pontualidade, à sede do órgão ou unidade em que atue, exercendo os atos do seu ofício, salvo impossibilidade de fazê-lo; IX- ter irrepreensível conduta profissional, pugnando pelo prestígio do serviço Prisional e velando pela dignidade de suas funções; X- desempenhar com zelo e presteza, eficiência e produtividade, dentro dos prazos, os serviços a seu cargo e os que, na forma da lei, lhes sejam atribuídos; XI- levar ao conhecimento da chefia imediata as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo; XII- tratar as pessoas com urbanidade, eficiência e zelo; XIII- manter sigilo funcional quanto à matéria dos procedimentos em que atuar; XIV- sugerir à chefia imediata providências para a melhoria dos serviços no âmbito de sua atuação; XV- apresentar relatório das atividades desenvolvidas, quando solicitado por quem de direito, integrar comissão de processo administrativo-disciplinar, na forma do código de ética e regulamento; XVI- zelar pela economia e conservação do material que lhe for confiado; XVII- obedecer aos preceitos éticos e aos atos normativos regularmente expedidos; XVIII- Fazer uso correto dos uniformes, insígnias, brevês e de tarjeta de identificação constando o nível e o grau do servidor, na forma de regulamento.

Art.27. Os Agentes de Segurança Prisional terá acesso aos registros eletrônicos de ocorrência através de senha própria e pessoal sendo de sua inteira responsabilidade a utilização destes meios, eventualmente respondendo pelo mau uso, podendo sofrer sanções cíveis, administrativas e penais cabíveis.

Seção IV

DOS DIREITOS DOS AGENTES DE SEGURANÇA PRISIONAL Art.28. São direitos dos Agentes de Segurança Prisional os expressos na Constituição da República, nesta lei complementar e ainda: I- ter respeitado o regime do trabalho da carreira de Agente de Segurança Prisional; II- receber instrução e treinamento frequentes a respeito do uso dos equipamentos de proteção individual;

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III- ter acesso a serviços de saúde permanentes e de boa qualidade; IV- ter acompanhamento e tratamento especializado em caso de lesões ou quando acometido de alto nível de estresse; V- ter acesso à reabilitação e à mecanismos de readaptação na hipótese de traumas, deficiências ou doenças ocupacionais em decorrência da atividade prisional; VI- ter respeitado seus direitos e garantias fundamentais, tanto no cotidiano como em atividades de formação ou de treinamento; VII- ter a garantia de que todos os atos decisórios de superiores hierárquicos que disponham sobre punições, lotação e remoção sejam motivados e fundamentados.

Seção V DAS PRERROGATIVAS DOS AGENTES DE SEGURANÇA PRISIONAL

Art.29. O servidor ocupante de cargo de Agente de Segurança Prisional, no exercício de sua função, goza das seguintes prerrogativas, dentre outras estabelecidas em lei: I- estabilidade, nos termos da legislação; II- uso das graduações hierárquicas; III- desempenho de cargos e funções correspondentes à condição hierárquica; IV- tratamento compatível com o nível do cargo desempenhado; V- uso privativo das insígnias, vestes e documentos de identidade funcional, conforme modelos oficiais e válidos em todo território nacional; VI- ser recolhido em unidade prisional própria ou destinada a custodiar ex servidores do sistema prisional quando preso em flagrante delito, por força de decisão judicial ou quando preso por ato relativo ao trabalho; VII- ter porte livre de arma institucional ou particular ainda que fora de serviço dentro dos limites do Estado de Minas Gerais; VIII- prioridade em serviço de transporte e comunicação, público e privado, quando em serviço de caráter urgente; IX- exercício do poder de polícia no âmbito do sistema prisional, ou em razão dele; X- ter aposentadoria especial, nos termos desta lei; XI- veículo descaracterizado com placas de segurança quando investido nas funções de Subsecretário, Superintendente e Direção da Subsecretaria de Administração Prisional;

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XII- ter assegurado assistência jurídica do Estado, perante qualquer juízo ou tribunal, quando acusado da prática de infração decorrente do exercício regular do cargo ou em razão dele, nos termos da Lei Complementar n° 83, de 28 de janeiro de 2005; XIII – Utilizar, quando autorizado previamente, armas de fogo e de veículos do Sistema Prisional, durante o curso de formação técnico-profissional, ressalvada a finalidade acadêmica, condicionados à qualificação e ao acompanhamento do servidor por Agente de Segurança Prisional declarado apto e designado para o exercício das funções de seu cargo em unidades do Sistema Prisional. Art.30. Quando preso provisoriamente, o Agente de Segurança Prisional, não perderá a condição de servidor, permanecendo em prisão adequada, durante o curso da ação penal até que a sentença transite em julgado. § 1º Publicado o ato de demissão, será o ex-servidor custodiado encaminhado, a estabelecimento prisional, onde permanecerá em cela apropriada, sem qualquer contato com os demais presos não sujeitos ao mesmo regime, e, uma vez condenado, cumprirá a pena que lhe tenha sido imposta, nas condições previstas no parágrafo seguinte. § 2º Transitada em julgado a sentença condenatória, será custodiado em estabelecimento prisional, onde cumprirá a pena em dependência isolada dos demais presos não abrangidos por esse regime, mas sujeito, como eles, ao mesmo sistema disciplinar. Art.31. São de competência do Subsecretário de Administração Prisional estabelecer ou modificar os modelos de identidade funcional, de distintivos, insígnias, vestes e outros elementos de identificação da Instituição e de seus servidores, sendo vedada a expedição destes para uso de pessoas estranhas ao quadro de servidores efetivos do sistema prisional. § 1º O Subsecretário de Administração Prisional fará expedir cédula de identidade funcional para os ocupantes dos cargos dos servidores do sistema prisional, conforme os modelos a serem aprovados por regulamento. § 1º A cédula de identidade funcional do Agente de Segurança Prisional conterá, além dos dados pessoais e funcionais do portador, a seguinte declaração: “Porte livre de arma nos termos da legislação vigente; § 2º O servidor que trata esta Lei fará jus à identidade funcional no ato do exercício. Art.32. O Agente de Segurança Prisional inativo terá direito a identidade funcional, assegurado o porte de arma. Art.33. O Agente de Segurança Prisional somente será afastado do exercício das funções: I- quando for preso provisoriamente pela pratica de infração penal, sem prejuízo de sua remuneração; II- após decisão transitada em julgado;

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§ 1º O servidor colocado em liberdade provisória retornará ao exercício das suas funções, preferencialmente administrativas, até parecer final da corregedoria ou transito em julgado; § 2º No caso de condenação que não implique demissão, o servidor: I- será afastado a partir da decisão de mérito transitada em julgado até o cumprimento total da pena restritiva da liberdade, com direito apenas a um terço de sua remuneração; II- perceberá a remuneração integral atribuída ao cargo, quando permitido o exercício da função pela natureza da pena aplicada ou por decisão judicial. § 3º Poderá ser ordenada suspensão preventiva do funcionário, até trinta dias, desde que seu afastamento seja necessário para a averiguação de faltas cometidas, podendo ser prorrogada até noventa dias, findos os quais cessarão os efeitos da suspensão, ainda que o processo administrativo não esteja concluído. § 5º Os afastamentos que se refere este artigo competem ao Subsecretário de Administração Prisional.

CAPITULO III

Seção I

DO ESTÁGIO PROBATÓRIO DO SERVIDOR DA CARREIRA DE AGENTE DE SEGURANÇA PRISIONAL

Art.34. O estagio probatório é o período inicial de três anos de efetivo exercício do servidor que ingressar em cargo de provimento efetivo e em virtude de aprovação em concurso público, e tem por objetivo a apuração da aptidão do servidor no desempenho das atribuições do cargo para fins de aquisição de estabilidade. Art.35. Os Agentes de Segurança Prisional submeter-se-ão a estágio probatório, pelo prazo de três anos, a partir do exercício no cargo, o qual será avaliado pela Chefia imediata e por uma comissão, conforme disposto no Art.30 do Decreto nº 45.851 de 28/12/11 a conveniência da permanência e da declaração de estabilidade na carreira. §1º Durante os três anos do período probatório, os servidores serão acompanhados pela Corregedoria da SEDS e a Assessoria de Informação e Inteligência emitindo relatórios a fim de subsidiar avaliação final do estágio probatório. §2º Na avaliação de que trata o "caput" deste artigo, serão observados, entre outros critérios estabelecidos no Decreto n°45.851 de 28/12/2011, as seguintes competências: I- alinhamento institucional; II – orientação para resultados; III – comprometimento profissional;

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IV – compartilhamento de informações e conhecimentos; e V – relacionamento interpessoal. Art.36. O servidor de que trata esta lei, no período do estágio probatório, será avaliado por comissão de acompanhamento e avaliação especial de desempenho, instituída por ato do Subsecretário de Administração Prisional. § 1° A Comissão de avaliação especial de desempenho de que trata o “caput” será composta por, no mínimo, dois membros, constituída paritariamente por servidores indicados ou eleitos pelos servidores avaliados e por servidores efetivos da carreira de Agente de Segurança Prisional indicados pela Subsecretaria de Administração Prisional; § 2° A chefia imediata do servidor é membro obrigatório da Comissão de AED, sendo a sua presença obrigatória na realização dos trabalhos. § 3° Para fins de composição de cada Comissão de AED, deverá ser observada pelo menos uma das seguintes regras de nível hierárquico; I - a escolaridade exigida para o nível de ingresso na carreira do servidor que vai compor a Comissão de AED deverá ser igual ou superior àquela exigida para o nível de ingresso na carreira do servidor avaliado; II - o nível de escolaridade do servidor que vai compor a Comissão de AED deverá ser igual ou superior ao do servidor avaliado; III - o posicionamento na estrutura organizacional do servidor que vai compor a Comissão de AED deverá ser igual ou superior ao do servidor avaliado. § 4° A permanência na carreira e a estabilidade dos servidores do Sistema Prisional serão deliberadas pela Comissão de Avaliação do Estágio Probatório. § 5° O corregedor-geral poderá, a qualquer tempo, de ofício ou mediante provocação, impugnar, fundamentadamente, a permanência dos servidores do Sistema Prisional no cargo efetivo de carreira para o qual foi nomeado. § 6° Fica suspenso, até o definitivo julgamento da impugnação de que trata o paragrafo anterior, o período de estágio probatório dos servidores das carreiras do Sistema Prisional. Art.37. O Corregedor-Geral, em até noventa dias antes do término do estágio probatório, apresentará ao Subsecretário de Administração Prisional parecer sobre a homologação de estágio probatório dos servidores da carreira de Agente de Segurança Prisional. § 1° A proposta de homologação de estágio probatório implica a expedição da declaração de estabilidade do servidor desta carreira.

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§ 2° Quando a Comissão de Avaliação do Estágio Probatório decidir, em caráter definitivo, respeitado direito de ampla defesa e contraditório, pela não homologação do estágio probatório do servidor da carreira de Agente de Segurança Prisional para o qual foi nomeado, o Subsecretário de Administração Prisional proporá a sua exoneração. Art.38. Ao Subsecretário de Administração Prisional compete o ato declaratório de estabilidade, no qual constará a nova condição do servidor para o desenvolvimento na carreira.

Seção II DA PROGRESSÃO DO AGENTE DE SEGURANÇA PRISIONAL

Art.39. Progressão é a passagem do servidor para o grau imediatamente subsequente do mesmo nível da carreira a que pertencer. § 1º A evolução no nível em que se encontra o servidor é estabelecida nos graus “a”, “b”, “c”, “d”, “e”, “f”, “g”, “h”, “i” e “j” aos quais são atribuídos fatores de ajustamentos da remuneração, respeitando a forma prescrita no artigo 11 paragrafo § 1° desta Lei. § 2º A progressão na carreira do Agente de Segurança Prisional se dará a cada um ano, desde que o servidor não tenha sofrido punição disciplinar no período e satisfaça os seguintes requisitos: I- encontrar-se em efetivo exercício; II- ter recebido duas avaliações periódicas de desempenho individual satisfatória desde a sua progressão anterior, nos termos da legislação específica. § 3° Ao final do estágio probatório, aprovado os requisitos para progressão, fará jus o Agente de Segurança Prisional a primeira progressão na carreira, que daí por diante seguirá o interstício que dispõe o parágrafo anterior.

Seção III DA PROMOÇÃO DOS AGENTES DE SEGURANÇA PRISIONAL

Art.40. Promoção é a passagem do servidor do nível em que se encontra para o nível subsequente na carreira a que pertence desde que o servidor não tenha sofrido punição disciplinar com suspensão superior a trinta dias no período, e satisfaça os seguintes requisitos: § 1º A promoção é estabelecida em níveis “I”, “II”, “III”, “IV” e “V” para os cargos de Agente de Segurança Prisional, aos quais são atribuídos fatores de ajustamentos da remuneração, respeitando a forma prescrita no artigo 11 paragrafo § 1° desta lei. § 2° Fará jus à promoção, o Agente de Segurança Prisional que preencher os seguintes requisitos: I- encontrar-se em efetivo exercício;

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II- ter cumprido o interstício de quatro anos de efetivo exercício no mesmo nível; III- ter recebido quatro avaliações periódicas de desempenho individual satisfatória desde a sua promoção anterior, nos termos da legislação específica; IV- comprovar a escolaridade mínima exigida para o nível ao qual pretende ser promovido. § 3° O Agente de Segurança Prisional que possuir formação complementar ou superior àquela exigida para o nível em que estiver posicionado, aplicar-se-á fator de redução ou supressão do interstício necessário e do quantitativo de avaliações periódicas de desempenho individual satisfatória para fins de promoção para o nível subsequente ou progressão caso o servidor encontrar-se no ultimo nível da carreira, na hipótese relacionada com a natureza e a complexidade da carreira. § 4° Os títulos apresentados para aplicação do disposto no § 3° poderão ser utilizados uma única vez, sendo vedado seu aproveitamento para fins de concessão de qualquer vantagem pecuniária.

Seção IV

DA REMOÇÃO DO AGENTE DE SEGURANÇA PRISIONAL Art.41. O Agente de Segurança Prisional só poderá ser removido, de uma unidade para outra, observada a existência de vaga no quadro de distribuição de pessoal da Subsecretaria de Administração Prisional, na forma de regulamento e, ainda, excepcionalmente: I - a pedido ou por permuta; II - para acompanhamento de cônjuge ou companheiro, com declaração de união estável; III - por motivo de saúde do servidor ou do ascendente, do descendente, do cônjuge ou companheiro, ou de irmãos, comprovada a necessidade clínica; IV - de ofício, no interesse da administração pública do sistema prisional, comprovada a necessidade; V - por conveniência da disciplina. Parágrafo Único - As remoções a que aludem os incisos I, II e V deste artigo não geram direito para o servidor à percepção de auxílio ou qualquer outra forma de indenização. Art.42. É assegurado ao Agente de Segurança Prisional, quando comprovar não ter sido o autor da infração disciplinar, o direito de revisão do ato de remoção, com a consequente percepção dos auxílios correspondentes, nos termos desta Lei Complementar, caso requeira, formalmente, a lotação na unidade de origem.

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Parágrafo Único. Ao Subsecretário de Administração Prisional atribui-se o processamento da motivação do ato de remoção ex officio ao Agente de Segurança Prisional, no interesse do serviço, comprovada a necessidade. Art.43. É vedada a remoção ex officio de servidor durante o gozo de férias regulamentares, férias-prêmio ou licenciado para tratamento de saúde.

Seção V

DA REVERSÃO DO AGENTE DE SEGURANÇA PRISIONAL Art.44. Reversão é o ato pelo qual o aposentado reingresse no serviço público, após verificação, em processo, de que não subsistem os motivos determinantes da aposentadoria. § 1º A reversão far-se-á a pedido ou ex officio. § 2º O aposentado não poderá reverter à atividade se contar mais de cinquenta e cinco anos de idade. § 3º Em nenhum caso poderá efetuar-se a reversão, sem que mediante inspeção médica fique provada a capacidade para o exercício da função. § 4º Será cassada a aposentadoria do servidor que reverter e não tomar posse e entrar em exercício dentro dos prazos legais. Art.45. A reversão far-se-á no mesmo cargo. § 1º A reversão ex officio não poderá verificar-se em cargo de vencimento ou remuneração inferior ao provento da inatividade. § 2º A reversão ao cargo de carreira de Agente de Segurança Prisional dependerá da existência da vaga que deva ser preenchida mediante promoção por merecimento. Art.46. A reversão dará direito para nova aposentadoria, à contagem de tempo em que o funcionário esteve aposentado.

Seção VI DA REINTEGRAÇÃO DO AGENTE DE SEGURANÇA PRISIONAL

Art.47. A reintegração, que decorrerá de decisão administrativa ou sentença judicial transitado em julgado, é o ato pelo qual o funcionário demitido reingressa no serviço público, com ressarcimento dos prejuízos decorrentes do afastamento. § 1º A reintegração será feita no cargo anteriormente ocupado se esse houver sido transformado, no cargo resultante da transformação; e, se provido ou extinto, em cargo de natureza, vencimento ou remuneração equivalente, respeitada a habilitação profissional.

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§ 2º Não sendo possível fazer a reintegração pela forma prescrita no parágrafo anterior, será o ex-servidor posto em disponibilidade no cargo que exercia, com provento igual ao vencimento ou remuneração. § 3º O servidor reintegrado será submetido a inspeção médica; verificada a incapacidade será aposentado no cargo em que houver sido reintegrado.

Seção VII DA READAPTAÇÃO DA CARREIRA DO AGENTE DE SEGURANÇA PRISIONAL

Art.48. Readaptação é a investidura do servidor que sofrer limitação irreversível em sua capacidade física ou mental, verificada em perícia médica, em cargo público com atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação. § 1º A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida, nível de escolaridade e equivalência de vencimentos e, na hipótese de inexistência de cargo vago, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga. § 2º Julgado incapaz para o serviço público, por perícia médica oficial, o servidor será aposentado.

Seção VIII DO APROVEITAMENTO DA CARREIRA DO AGENTE DE SEGURANÇA PRISIONAL

Art.49. Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável será colocado em disponibilidade. § 1º O servidor em disponibilidade perceberá remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo. § 2º O valor do vencimento de que trata o § 1º não poderá ser inferior ao salário mínimo nacional. § 3º O período em que o servidor permanecer em disponibilidade será considerado apenas para efeito de aposentadoria, mantido o recolhimento regular da contribuição previdenciária. Art.50. O retorno à atividade de servidor estável em disponibilidade far-se-á mediante: I – aproveitamento obrigatório em cargo compatível com o anteriormente ocupado, respeitada a natureza das atribuições, a habilitação exigida, os requisitos de escolaridade e a equivalência de vencimentos; II – comprovação de aptidão física e mental compatível com o cargo no qual se dará o aproveitamento.

CAPÍTULO IV

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Seção I DO REGIME DE TRABALHO DO AGENTE DE SEGURANÇA PRISIONAL

Art.51. A jornada de trabalho da carreira do Agente de Segurança Prisional é 160 horas mensais, que se caracteriza: I - pela prestação de serviço em condições adversas de segurança e periculosidade, em locais insalubres, com risco de vida, cumprimento de horários normais e irregulares, sujeito a plantões noturnos e convocações a qualquer hora e dia, inclusive durante o repouso semanal e férias regulamentares; a - na hipótese do inciso I, diante da impossibilidade da atuação decorrente de condições adversas, por exposição a risco desproporcional à incolumidade do servidor do Sistema Prisional, do preso ou terceiros, deverá aquele acionar apoio para o atendimento do evento; II - pela realização de diligências nas unidades prisionais em qualquer região do Estado ou fora dele. Art.52. A jornada a que se refere ao caput do art.51 poderá ser cumprida em escala de plantão, na forma de regulamento. I- A prestação de serviço em regime de plantão implica: a - no efetivo exercício das funções do cargo ocupado pelo Agente de Segurança Prisional em atividades de competência do Sistema Prisional; b - no prévio aviso a respeito da escala de plantão que deve ser cumprida pelo servidor; c - no descanso, imediato e subsequente, pelo período mínimo de doze horas; d - no cumprimento de carga horária mensal de trabalho de 160 (cento e sessenta) horas. II - O período em trânsito para a realização de escoltas ou intervenções em localidade diversa da lotação do Agente de Segurança Prisional em qualquer região do Estado ou fora dele, considera-se como tempo efetivamente trabalhado.

Seção II DA FREQUENCIA E DO HORÁRIO DO AGENTE DE SEGURANÇA PRISIONAL

Art.53. O servidor deverá permanecer na unidade de lotação durante as horas do trabalho ordinário e as do expediente. Parágrafo único. O disposto no presente artigo aplica-se, igualmente, aos servidores investidos em cargo ou função de chefia. Art.54. A frequência será apurada por meio do ponto.

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Art.55. Ponto é o registro pelo qual se verificarão, diariamente, as entradas e saídas dos servidores em serviço. § 1º Nos registros de ponto deverão ser lançados todos os elementos necessários à apuração da frequência. § 2º Salvo nos casos expressamente previstos em lei ou regulamento é vedado dispensar o servidor de registro de ponto e abonar faltas ao serviço. Art.56. O período de trabalho poderá ser antecipado ou prorrogado para toda a unidade de lotação ou setor, conforme a necessidade do serviço. Parágrafo Único. No caso de antecipação ou prorrogação desse período, será remunerado o trabalho extraordinário, na forma estabelecida nesta lei. Art.57. Nos dias úteis, só por determinação do Governador do Estado de Minas Gerais poderão deixar de funcionar as repartições públicas, ou ser suspensos os seus trabalhos, em todo ou em parte. Art.58. Para efeito de pagamento, apurar-se-á a frequência do seguinte modo: I - pelo ponto; II - pela forma que for determinada, quanto aos servidores não sujeitos a ponto. Parágrafo único. Haverá um boletim padronizado para a comunicação da frequência. Art.59. O servidor perderá: I - o vencimento ou remuneração do dia, se não comparecer ao serviço; II - um quinto do vencimento ou remuneração do dia, quando comparecer depois da hora marcada para início do expediente, até 55 minutos; III - o vencimento ou remuneração do dia, quando comparecer na unidade de lotação sem a observância do limite horário estabelecido no item anterior; IV - quatro quintos do vencimento ou remuneração do dia, quando se retirar da repartição no fim da segunda hora do expediente; V - três quintos do vencimento ou remuneração do dia, quando se retirar no período compreendido entre o princípio e o fim da terceira hora do expediente; VI - dois quintos do vencimento ou remuneração dia, quando se retirar no período compreendido entre o princípio e o fim da quarta hora; VII - um quinto do vencimento ou remuneração dia, quando se retirar do princípio da quinta hora em diante.

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Parágrafo Único. Salvo quando autorizado pela superior hierárquico. Art.60. No caso de faltas sucessivas, serão computados, para efeito de descontos, os domingos e feriados intercalados. Art.61. O Agente de Segurança Prisional que, por motivo de moléstia grave ou súbita, não puder comparecer ao serviço, fica obrigado a fazer pronta comunicação do fato, por escrito ou por alguém a seu rogo, ao chefe direto, encaminhando o devido atestado ou laudo médico ao Departamento de Recursos Humanos, bem como se submeter a perícia médica prevista em lei conforme o caso. Art.62. Aos servidores que sejam estudantes de ensino regular será possibilitada, nos termos dos regulamentos, tolerância quanto ao comparecimento normal do expediente da unidade de lotação, obedecidas as seguintes condições: I- deverá o interessado apresentar, ao órgão de pessoal respectivo, atestado semestral fornecido pela Secretaria do Instituto de Ensino comprovando ser aluno do mesmo e declarando qual o horário das aulas; II- apresentará o interessado, mensalmente, atestado de frequência às aulas, fornecido pela aludida Secretaria da escola; III- o limite da tolerância será, no máximo, de uma hora e trinta minutos por dia; IV- comprometer-se-á o interessado a manter em dia e em boa ordem os trabalhos que lhe forem confiados, sob pena de perda da regalia. Art.63. Ao servidor estudante matriculado em estabelecimento de ensino regular será concedido, sempre que possível horário especial de trabalho que possibilite a frequência regular às aulas. § 1º O Diretor da unidade de lotação deverá proporcionar adequação no horário de trabalho do servidor estudante, possibilitando que o mesmo frequente regularmente as aulas sem prejuízo das atividades; § 2º Ao servidor estudante não será permitido faltar ao serviço, sem prejuízo do vencimento, remuneração ou vantagens decorrentes do exercício, nos dias de prova ou de exame, resguardado o previsto no parágrafo anterior.

CAPITULO V

DAS INDENIZAÇÕES E GRATIFICAÇÕES DA CARREIRA DO AGENTE DE SEGURANÇA PRISIONAL

Art.64. Ao Agente de Segurança Prisional poderá ser atribuída verba indenizatória e gratificação, em especial:

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I- ajuda de custo, em caso de remoção de ofício ou designação para serviço ou estudo que importe em alteração do domicílio, no valor de um mês de salário do servidor; II- diárias na forma da legislação vigente; III- transporte; IV- em favor do servidor e de seus dependentes, em caso de remoção ex officio ou por conveniência da disciplina, compreendidos o cônjuge ou companheiro e os descendentes; V- em favor do servidor, no caso de deslocamento a serviço, fora da sede de exercício; VI- gratificação por encargo de curso ou concurso, por hora-aula proferida em cursos de formação, capacitação e especialização, nos termos de regulamento; VII- assistência médico-hospitalar, na forma de regulamento; VIII- auxílio-funeral, mediante a comprovação da execução de despesas com o sepultamento de servidor, no valor de até um mês de vencimento ou provento percebido na data do óbito; IX- translado ou remoção quando ferido, acidentado ou falecido em serviço; X- adicional de desempenho, nos termos da legislação em vigor; XI- prêmio de produtividade, nos termos da legislação específica; XII- décimo terceiro salário, correspondente a um doze avos da remuneração a que fizer jus no mês de dezembro, por mês de exercício no respectivo ano; XIII- gratificação de férias regulamentares correspondente a um terço do salário do servidor; XIV- indenização securitária para o servidor do sistema prisional que for vítima de acidente em serviço que ocasione aposentadoria por invalidez ou morte, no valor de vinte vezes o valor da remuneração mensal percebida na data do acidente, até o limite de 40 salários mínimos vigentes; e XV- percepção do valor referente à diferença de vencimento entre o seu cargo e aquele para o qual vier a ser designado para fins de substituição, em termos de regulamento. Paragrafo Único - Ao Agente de Segurança Prisional será assegurado pelo Estado, a título de indenização para aquisição de vestimenta necessária ao desempenho de suas funções, o valor correspondente a 40% (quarenta por cento) da remuneração básica do Agente de Segurança Prisional, no nível I grau A, a ser paga anualmente no mês de abril. Art.65. Salvo por imposição legal, ordem judicial ou autorização do servidor, nenhum desconto incidirá sobre os vencimentos, provento ou pensão.

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Parágrafo único. As reposições e indenizações em favor do erário serão descontadas em parcelas mensais de valor não excedente à décima parte dos vencimentos, provento ou pensão, salvo comprovada má-fé, regularmente apurada em processo judicial, caso em que poderá ser imposta à integralidade dos vencimentos. Art.66. São funções privativas da carreira do Agente de Segurança Prisional: I- Subsecretário de Administração Prisional; II- Superintendência de Segurança Prisional; III – Superintendência de Articulação Institucional e Gestão de Vagas; IV – Diretor Regional de Administração Prisional; V- Diretor de Superintendência de Segurança Prisional; VI – Diretor de Superintendência de Articulação Institucional e Gestão de Vagas; VII- Diretor de Administração Prisional; VIII- Diretor Adjunto de Administração Prisional; IX- Gerente de Segurança de Administração Prisional; X – Gerente de Inteligência da Administração Prisional; XI - Coordenador de Administração Prisional; XI - Agente de Segurança Prisional de nível V; XII - Agente de Segurança Prisional de nível IV; XIII - Agente de Segurança Prisional de nível III; XIV - Agente de Segurança Prisional de nível II; XV - Agente de Segurança Prisional de nível I. Art.67. Fica criada a gratificação pelo exercício da função de Subsecretario, Superintendente, direção, gerência e coordenação no âmbito da Subsecretaria de Administração Prisional nas funções privativas da carreira do Agente de Segurança Prisional. Parágrafo Único – É obrigatória à observância dos níveis hierárquicos na designação para funções de Subsecretario, Superintendente, Direção, Gerência e Coordenação descritas no caput.

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Art.68. Os ocupantes do cargo de Agente de Segurança Prisional perceberão entre outras previstas em Lei, as seguintes vantagens pecuniárias: I- gratificação pelo exercício da função de Subsecretário; II- gratificação pelo exercício da função de Superintendente; III- gratificação pelo exercício da função de direção regional; IV – gratificação pelo exercício da função de direção; V- gratificação pelo exercício da função de direção adjunta; VI- gratificação pelo exercício da função de gerencia; VII- gratificação pelo exercício da função de coordenação. Art.69. Ao Agente de Segurança Prisional investido em função de subsecretário, superintendente, direção, gerência e coordenação é devido uma gratificação pelo seu exercício, conforme descritos no artigo anterior. § 1º Os valores correspondentes às gratificações do Art. 68 integrarão a base de cálculo para concessão de gratificação natalina e de adicional de férias; § 2º As gratificações a que se referem os incisos I ao VI do artigo anterior serão incluídas na base de cálculos dos proventos da aposentadoria, no cargo de Agente de Segurança Prisional na forma da lei. Art.70. As gratificações previstas nos incisos I e II do art. 68, serão calculadas sobre o valor

do vencimento básico do Agente de Segurança Prisional no nível cinco grau “j” e será

concedido de acordo a retribuir o nível de complexidade das tarefas e sua vinculação à

posição hierárquica da função, nos seguintes moldes:

I – cento e cinquenta por cento para a função de subsecretário;

II- cento e vinte por cento para a função de superintendente; Art.71. As gratificações previstas nos incisos III, IV, V, VI e VII do art. 68, serão calculadas

sobre o valor do vencimento básico do nível e grau em que estiver posicionado o Agente de

Segurança Prisional e será concedido de acordo a retribuir o nível de complexidade das

tarefas e sua vinculação à posição hierárquica da função, nos seguintes moldes:

I – cento e dez por cento para a função de direção regional;

II – cem por cento para a função de direção;

III- oitenta e cinco por cento para a função de direção adjunta;

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IV – setenta por cento para a função de gerencia;

V – cinquenta por cento para a função de coordenação; § 1º As gratificações, de que trata este artigo, serão limitadas aos integrantes da carreira de Agente de Segurança Prisional de que trata esta lei respeitados os níveis hierárquicos mencionados no parágrafo único do artigo 14 desta lei; § 2º A direção, gerência e coordenação dos cargos privativos de Agente de Segurança Prisional, em atividade, deverão satisfazer os seguintes requisitos: a) ter obrigatoriamente formação em nível superior conforme descrito no inciso I do artigo 75 da lei 7.210/1984, para a função descrita no inciso I do art. 68 desta lei; b) ter obrigatoriamente formação em nível superior para a função descrita nos incisos II ao VI do art. 68 desta lei; c) estar posicionado na carreira no mínimo no nível V para a função descrita nos incisos I do art. 68 desta lei; d) estar posicionado na carreira no mínimo no nível IV para a função descrita no inciso II e III do art. 68 desta lei; e) estar posicionado na carreira no mínimo no nível III para a função descrita nos incisos IV ao VI do art. 68 desta lei; § 3º para o exercício nas funções descritas nos incisos I e II deste artigo, deverão os servidores preencherem todos os requisitos constantes nesta lei deverão ainda terem exercido a função de direção por um período mínimo dois anos; § 4º para o exercício nas funções descritas nos incisos III ao VI deste artigo, deverão os servidores ser qualificados e aprovados em curso específico, na forma de regulamento, para o desempenho das atribuições, que será realizado pela EFES com grade curricular pertinente ao exercício da função; a) o curso de que trata o parágrafo 4º deverá ocorrer anualmente para a habilitação de Agente de Segurança Prisional para desempenhar as atividades descritas nos incisos III ao VI deste artigo, ou esporadicamente quando a necessidade do serviço assim o justificar. b) mesmo preenchendo todos os requisitos e estando habilitado no curso da EFES, estará o Agente de Segurança Prisional condicionado a existência de vagas para fazer jus ao recebimento das gratificações descritas nos incisos I ao VI. § 5º Os servidores que preencherem todos os requisitos e devidamente aprovados em curso mencionado no parágrafo anterior, deverão ainda apresentar uma carga horária mínima de cursos pertinentes ao desempenho da função em instituições de ensino devidamente reconhecidas e que se dará da seguinte forma:

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a) de 180 (cento e oitenta horas) na hipótese do inciso III; b) de 160 ( cento e sessenta horas) na hipótese do inciso IV; c) de 140 (cento e quarenta horas) na hipótese do inciso V; c) de 120 (cento e vinte horas) na hipótese do inciso VI; Art.72. As gratificações referidas nos incisos I ao VI do artigo 68, serão incorporadas aos proventos de aposentadoria às pensões, considerando-se, para tal fim, a média aritmética das últimas sessenta parcelas da gratificação, percebidas anteriormente à aposentadoria ou à instituição da pensão, observando o prazo mínimo de percepção estabelecido no parágrafo único do artigo 7° da lei n° 64, de 25 de março de 2002. Art.73. O Agente de Segurança Prisional não perderá o direito à percepção da gratificação instituída por esta lei complementar, quando se afastar em virtude de : I- férias regulamentares ou prêmio; II- para tratamento de saúde; III- por acidente em serviço que impossibilite a execução das atividades, ou atacado de doença profissional; IV- por motivo de maternidade, paternidade e adoção; V- casamento; VI- falecimento de cônjuge ou companheiro, ascendente, descendente, sogro (a) ou irmão; VII- missão de interesse da Administração Pública Estadual, bem como participação em congressos, cursos ou demais certames relacionados com a respectiva área de atuação, pelo prazo máximo de 90 (noventa) dias.

CAPÍTULO VI

DA AVALIAÇÃO E DO ADICIONAL DE DESEMPENHO DO AGENTE DE SEGURANÇA PRISIONAL

Seção I DA AVALIAÇÃO

Art.74. A avaliação de desempenho individual a que se refere o inciso III do § 2° do art. 39 e o inciso II do § 2° do art. 40 desta lei observará as seguintes competências essenciais: I – alinhamento institucional; II – orientação para resultados;

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III – comprometimento profissional; IV – compartilhamento de informações e conhecimentos; e V – relacionamento interpessoal. § 1º Os critérios a que se refere este artigo e o sistema de avaliação de desempenho serão definidos em regulamento. § 2º A comissão de avaliação de desempenho será presidida pelo Diretor da unidade de lotação do servidor.

Seção II

DO ADICIONAL DE DESEMPENHO Art.75. O Adicional de Desempenho – ADE – constitui vantagem remuneratória concedida mensalmente ao Agente de Segurança Prisional que tenha ingressado no serviço público após a publicação da Emenda à Constituição nº 57, de 15 de julho de 2003, ou que tenha feito à opção prevista no art. 115 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição do Estado e que cumprir os requisitos estabelecidos nesta lei complementar. § 1º O valor do ADE será determinado a cada ano, levando-se em conta o número de ADIs e de AEDs satisfatórias obtidas pelo servidor do sistema prisional. § 2º A avaliação de desempenho individual – ADI – e a avaliação especial de desempenho – AED – serão realizadas em conformidade com Instrução da Secretaria de Defesa Social e legislação vigente. § 3º O servidor do sistema prisional da ativa, ao manifestar a opção de que trata o "caput", fará jus ao ADE a partir do exercício subsequente. § 4º A partir da data da opção pelo ADE, não serão concedidas novas vantagens por tempo de serviço ao servidor do sistema prisional, asseguradas aquelas já concedidas. § 5º O somatório de percentuais de ADE e de adicionais por tempo de serviço, na forma de quinquênio ou trintenário, não poderá exceder a 90% (noventa por cento) do vencimento básico do Agente de Segurança Prisional. § 6º O servidor da carreira de Agente de Segurança Prisional poderá utilizar, para fins de aquisição do ADE, o período anterior à sua opção por esse adicional, que será considerado de resultado satisfatório, salvo o período já computado para obtenção de adicional por tempo de serviço na forma de quinquênio. Art.76. São requisitos para a obtenção do ADE a conclusão do estágio probatório pelo servidor e ter obtido resultado satisfatório na ADI ou na AED. § 1º Para fins do disposto no “caput” considera-se satisfatório o resultado igual ou superior a 70% (setenta por cento).

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§ 2º O período anual considerado para aferição da AED terá início no dia e no mês do ingresso do Agente de Segurança Prisional. § 3º Na ADI e na AED será considerado fator de avaliação o aproveitamento em curso profissional realizado pela Subsecretaria de Administração Prisional. § 4º A regulamentação da ADI e da AED, no que se refere ao disposto no § 3º será efetivada por instrução da Secretaria de Defesa Social. Art.77. Os valores máximos do ADE correspondem a um percentual do vencimento básico servidor do sistema prisional, estabelecido conforme o número de AEDs e ADIs com resultado satisfatório por ele obtido, assim definidos conforme Decreto n° 46.032 de agosto de 2012. I- para três AEDs e ADIs (após conclusão do estágio probatório e se tiver tempo mínimo para ser avaliado com servidor estável-150 dias) com resultado satisfatório: 6% (seis por cento); II- para cinco (3) AEDs e (2) ADIs com resultado satisfatório: 10% (dez por cento); III- para dez AEDs e ADIs com resultado satisfatório: 20% (vinte por cento); IV- para quinze AEDs e ADIs com resultado satisfatório: 30% (trinta por cento); V- para vinte AEDs e ADIs com resultado satisfatório: 40% (quarenta por cento); VI- para vinte e cinco AEDs e ADIs com resultado satisfatório: 50% (cinquenta por cento); VII- para trinta AEDs e ADIs com resultado satisfatório: 60% (sessenta por cento). § 1º O Agente de Segurança Prisional que fizer jus à percepção do ADE continuará percebendo o adicional no percentual adquirido até atingir o número necessário de AEDs e ADIs com resultado satisfatório para alcançar o nível subsequente definido nos incisos do "caput" deste artigo. § 2º O valor do ADE não será cumulativo, devendo o percentual apurado a cada nível substituir o percentual anteriormente percebido pelo Agente de Segurança Prisional. § 3º O Agente de Segurança Prisional que não for avaliado, por estar totalmente afastado de suas atividades, por mais de cento e vinte dias, devido a problemas de saúde, terá o resultado de sua AED ou ADI fixado em 70% (setenta por cento), enquanto perdurar essa situação. § 4º Se o afastamento previsto no § 3º for decorrente de acidente de serviço ou de moléstia profissional, o servidor estável de que trata esta lei permanecerá com o resultado da sua última AED ou ADI, se este for superior a 70% (setenta por cento).

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§ 5º Ao Agente de Segurança Prisional submetido a readaptação de função, a outras restrições decorrentes de problemas de saúde, ou que tenha sofrido acidente no exercício de suas atividades, serão asseguradas, pelo Subsecretário de Administração Prisional, condições especiais para a realização da AED e da ADI, observadas suas limitações. § 6º O Agente de Segurança Prisional afastado do exercício de suas funções por mais de cento e vinte dias, contínuos ou não, durante o período considerado para a AED e ADI, não será avaliado, quando o afastamento for devido a: I- licença para tratar de interesse particular, sem vencimento; II- ausência, conforme a legislação civil; III- privação ou suspensão de exercício de cargo ou função, nos casos previstos em lei; IV- cumprimento de sentença penal ou de prisão judicial, sem o exercício das funções; e V- exercício temporário de cargo público de outra esfera de governo. Art.78. O ADE será incorporado aos proventos do servidor do sistema prisional quando de sua aposentadoria, em valor correspondente a um percentual de seu vencimento básico, estabelecido conforme o número de avaliação de desempenho com resultado satisfatório por ele obtido, respeitado os seguintes percentuais máximos: I- para trinta ADIs e AEDs com resultado satisfatório: até 70% (setenta por cento); II- para vinte e nove ADIs e AEDs com resultado satisfatório: até 66% (sessenta e seis por cento); III- para vinte e oito ADIs e AEDs com resultado satisfatório: até 62% (sessenta e dois por cento); IV- para vinte e sete ADIs e AEDs com resultado satisfatório: até 58% (cinquenta e oito por cento); V- para vinte e seis ADIs e AEDs com resultado satisfatório: até 54% (cinquenta e quatro por cento). § 1º O valor do ADE a ser incorporado aos proventos do Agente de Segurança Prisional será calculado por meio da multiplicação do percentual definido nos incisos I a V do "caput" pela centésima parte do resultado da média aritmética simples dos resultados satisfatórios obtidos nas ADIs e AEDs durante a carreira. § 2º Para fins de incorporação aos proventos do Agente de Segurança Prisional que não alcançar o número de resultados satisfatórios definidos nos incisos do "caput", o valor do ADE será calculado pela média aritmética das últimas sessenta parcelas do ADE percebidas anteriormente à sua aposentadoria ou à instituição da pensão.

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CAPÍTULO VII

DAS LICENÇAS, DOS AFASTAMENTOS E DISPONIBILIDADES DOS AGENTES DE SEGURANÇA PRISIONAL

Art.79. O servidor da carreira de Agente de Segurança Prisional poderá ser licenciado: I- para tratamento de saúde; II- por motivo de doença em pessoa de sua família; III- por acidente em serviço que impossibilite a execução das atividades, ou atacado de doença profissional; IV- por motivo de maternidade, paternidade e adoção; V- quando convocado para serviço militar; VI- para tratar de interesses particulares; VII- para o servidor (a) casado (a) ou em união estável com outro servidor (a) VIII- dos afastamentos e das disponibilidade; IX- outros motivos previstas em lei.

Seção I

PARA TRATAMENTO DE SAÚDE DO AGENTE DE SEGURANÇA PRISIONAL

Art.80. A licença para tratamento de saúde será concedida a pedido do Agente de Segurança Prisional ou ex ofício, sem prejuízo dos vencimentos e demais vantagens, indispensável a avaliação médica. Art.81. O servidor da carreira de Agente de Segurança Prisional licenciado para tratamento de saúde não poderá dedicar-se a qualquer outra atividade remunerada. Art.82. A licença para tratamento de saúde depende de inspeção por junta médica oficial. § 1º A licença concedida dentro de sessenta dias do término da anterior é considerada prorrogação. § 2º O servidor da carreira de Agente de Segurança Prisional que, no curso de doze meses imediatamente anteriores ao requerimento de nova licença, houver se licenciado por período contínuo ou descontínuo de três meses deverá submeter-se à verificação de invalidez.

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§ 3º Declarada a incapacidade definitiva para o serviço, o servidor da carreira de Agente de Segurança Prisional será afastado de suas funções e aposentado, ou, se considerado apto, reassumirá o exercício das funções imediatamente ou ao término da licença. Art.83. O servidor atacado por doenças graves definidas em portaria ministerial ou legislação específica será compulsoriamente licenciado, com vencimento ou remuneração integral e demais vantagens. Parágrafo Único. Para verificação das moléstias referidas neste artigo, a inspeção médica será feita obrigatoriamente por uma junta médica oficial, de três membros. Art.84. A licença será convertida em aposentadoria, antes do prazo estabelecido, quando assim opinar a junta médica, por considerar definitiva para o serviço público, a invalidez do Agente de Segurança Prisional.

Seção II PARA TRATAMENTO DE PESSOA DA FAMÍLIA

Art.85. A licença por motivo de doença em pessoa da família será concedida, com vencimentos integrais, pelo prazo máximo de trinta dias, admitida a prorrogação, sem remuneração, por até cento e vinte dias. § 1º A licença somente será concedida se a assistência direta do servidor for indispensável e não puder ser dada simultaneamente com o exercício do cargo. § 2º O requerimento da licença por motivo de doença em pessoa da família deverá ser instruído com laudo expedido por junta médica oficial. § 3º Considera-se, para o efeito deste artigo, como pessoa da família, cônjuge, companheiro, ascendente, descendente, irmão, ou pessoa que viva sob a dependência econômica comprovada pelo servidor.

Seção III

POR ACIDENTE EM SERVIÇO QUE IMPOSSIBILITE A EXECUÇÃO DAS ATIVIDADES, OU ATACADO DE DOENÇA PROFISSIONAL

Art.86. Será concedida licença por acidente em serviço, pelo prazo máximo de dois anos, observado as seguintes condições: I- configura acidente em serviço o dano físico ou mental que se relacione, mediata ou imediatamente, com as funções exercidas; II- equipara-se ao acidente em serviço o dano decorrente de agressão física sofrida no exercício funcional ou em deslocamento em virtude do trabalho; III- a licença será concedida sem prejuízo dos vencimentos e vantagens inerentes ao exercício do cargo;

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IV- caso o acidentado em serviço necessite de tratamento especializado não disponível em instituição pública, poderá ter tratamento em instituição privada à conta de recursos do Estado de Minas Gerais, desde que recomendado por junta médica oficial; V- deverá ser comprovado o acidente no prazo de trinta dias, contado de sua ocorrência, prorrogável quando as circunstâncias o exigirem, na forma de regulamento. Parágrafo único. Aplicam-se à licença por acidente em serviço as disposições pertinentes à licença para tratamento de saúde.

Seção IV POR MOTIVO DE MATERNIDADE, PATERNIDADE E ADOÇÃO

Art.87. À servidora gestante será concedida licença-maternidade por cento e vinte dias, contados a partir da data do parto, com remuneração integral, mediante a apresentação de atestado médico na unidade de recursos humanos do órgão ou entidade de lotação. § 1º A licença poderá ter início a partir do primeiro dia do nono mês de gestação, a pedido da servidora. § 2º Antes do período estabelecido no § 1º, a servidora poderá afastar-se para tratamento de saúde por recomendação de médico assistente, nos termos da Seção VII deste Capítulo. § 3º A licença-maternidade poderá ser prorrogada pelo prazo de sessenta dias, na forma da legislação específica. § 4º No caso de natimorto ou de falecimento do recém-nascido durante o prazo da licença, a servidora será submetida a exame médico ao término do prazo de trinta dias a contar do evento e, se julgada apta, reassumirá o exercício das funções do cargo. § 5º No caso de aborto atestado por perícia médica oficial, a servidora terá direito a trinta dias de repouso remunerado. Art.88. O servidor terá direito à licença-paternidade por oito dias consecutivos, contados da data do nascimento. Art.89. Será concedida licença em virtude de adoção ou concessão de guarda judicial de criança, conforme critérios definidos em regulamento.

Seção V

QUANDO CONVOCADO PARA SERVIÇO MILITAR

ART.90. Ao servidor do sistema prisional, que for convocado para o serviço militar e outros encargos de segurança nacional, será concedida licença com vencimento ou remuneração e demais vantagens, descontada mensalmente a importância que receber na qualidade de incorporado.

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§ 1º A licença será concedida mediante comunicação do servidor ao superior hierárquico da unidade ou do serviço, acompanhada de documento oficial de que prove a incorporação. § 2º O servidor desincorporado reassumirá imediatamente o exercício, sob pena de perda do vencimento ou remuneração e, se a ausência exceder a trinta dias, de demissão, por abandono do cargo. § 3º Tratando-se de servidor cuja incorporação tenha perdurado pelo menos um ano, o superior hierárquico da unidade ou serviço a que tiver de se apresentar o funcionário poderá conceder-lhe o prazo de quinze dias úteis para reassumir o exercício, sem perda de vencimento ou remuneração. § 4º Quando a desincorporação se verificar em lugar diverso do exercício, os prazos para a apresentação do funcionário à sua repartição ou serviço serão os marcados a partir de 30 (trinta) dias a partir da data de dispensa oficial.

Seção VI

PARA TRATAR DE INTERESSES PARTICULARES Art.91. Depois de três anos de exercício, o servidor do sistema prisional poderá obter licença, sem vencimento ou remuneração, para tratar de interesses particulares. § 1º A licença poderá ser de dois anos prorrogada por igual período uma vez ; §2º. A licença poderá ser negada quando o afastamento do servidor for inconveniente ao interesse do serviço. § 3º O servidor deverá aguardar em exercício a concessão da licença. Art.92. Não será concedida licença para tratar de interesses particulares ao servidor nomeado, removido ou transferido, antes de assumir o exercício. Art.93. Não será, igualmente, concedida licença para tratar de interesses particulares ao servidor que, a qualquer título, estiver ainda obrigado a indenização ou devolução aos cofres públicos. Art.94. O servidor poderá, a qualquer tempo, reassumir o exercício desistindo da licença. Art.95. A autoridade que houver concedido à licença poderá, a todo tempo, desde que o exija o interesse do serviço público, cassá-la, marcando razoável prazo para que o servidor licenciado reassuma o exercício.

Seção VII

PARA O SERVIDOR (A) CASADO (A) OU EM UNIÃO ESTÁVEL COM OUTRO SERVIDOR (A) Art.96. Aos servidores casados ou em união estável com outro servidor (a) estadual, federal ou militar, terá direito a licença, sem vencimento ou remuneração, quando o esposa (a) ou

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companheiro (a) for mandado servir, independentemente de solicitação, em outro ponto do Estado ou do território nacional ou no estrangeiro. Parágrafo único. A licença será concedida mediante pedido, devidamente instruído, e vigorará pelo tempo que durar a comissão ou nova função do esposo (a).

Seção VIII DOS AFASTAMENTOS E DAS DISPONIBILIDADES

Art.97. Sem prejuízo da remuneração, os servidores do sistema prisional poderão afastar-se de suas funções por oito dias consecutivos por motivo de: I- casamento; e II- falecimento de cônjuge ou companheiro, ascendente, descendente, sogro (a) ou irmão. Parágrafo único. No caso do inciso I deste artigo, o servidor comunicará seu afastamento, com antecedência, ao diretor da unidade de lotação a que esteja subordinado. Art.98. Conceder-se-á afastamento ao servidor, sem prejuízo da remuneração: I- para frequentar cursos relacionados com o exercício das funções do cargo ocupado pelo servidor, até mesmo no exterior, pelo prazo de dois anos, prorrogável até o máximo de quatro anos; II- para participar de congressos, seminários ou encontros relacionados com o exercício da função, pelo prazo estabelecido no ato que o autorizar; III- para exercer a presidência e diretoria de entidade sindical de âmbito estadual representativa dos servidores do sistema prisional, sem prejuízo dos direitos e vantagens, assegurado o seu retorno ao último local de exercício, constituído na forma da legislação pelo período do mandato; IV- para atender a outras entidades públicas, na forma de regulamento, quando autorizado pelo Governador do Estado. § 1º O afastamento a que se refere o inciso I não será concedido ao servidor em estágio probatório ou que esteja submetido a sindicância, inquérito ou processo administrativo disciplinar. § 2º Os afastamentos previstos nos incisos I e II obrigam ao atendimento dos interesses institucionais, à apresentação de relatório circunstanciado e certificados que comprovem as atividades desenvolvidas. § 3º O servidor que não comprovar o aproveitamento da atividade desempenhada, na forma do parágrafo anterior, nos trinta dias subsequentes ao seu término, perderá o tempo de serviço correspondente ao afastamento.

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§ 4º O servidor que tenha se afastado das funções para estudo, especialização ou aperfeiçoamento, sem prejuízo da remuneração ou com ônus para a Administração Pública, ficará obrigado a prestar serviços pelo prazo correspondente ao período de afastamento ou ressarcir o Estado da importância despendida, inclusive com o custeio da viagem, em conformidade com o disposto em regulamento. Art.99. O servidor do sistema prisional afastado, não pode exercer nenhuma outra função, pública ou particular, diversa da que motivou o ato, sob pena de cassação e do imediato retorno às atividades. Art.100. O servidor poderá, ainda, afastar-se das funções do cargo para: I- exercer cargo público eletivo ou a ele concorrer; II- exercer cargo de Ministro de Estado, Secretário de Estado ou de Município, ou ainda, a direção de órgão autônomo; § 1º Não será permitido, na hipótese deste artigo, o afastamento de servidor do sistema prisional submetido a processo administrativo disciplinar, que esteja em estágio probatório ou que reúna as condições previstas para aposentadoria. § 2º O afastamento previsto no inciso II implicará a percepção exclusiva dos vencimentos e das vantagens da função pública a ser exercida. § 3º O afastamento previsto no inciso III não será considerado como efetivo exercício e dar-se-á sem vencimentos e vantagens. § 4º O afastamento do servidor para concorrer a cargo público eletivo dar-se-á sem prejuízo da percepção de vencimentos e vantagens. § 5º A autoridade que houver concedido à licença poderá, a todo tempo, desde que exija o interesse público, cassa-la, marcando razoável prazo para que o funcionário licenciado reassuma o exercício.

CAPÍTULO VIII

DA APOSENTADORIA, DOS PROVENTOS, DAS PENSÕES E VACANCIAS

Seção I

DA APOSENTADORIA DO AGENTE DE SEGURANÇA PRISIONAL Art.101. O Agente de Segurança Prisional será aposentado: I- compulsoriamente; II- voluntariamente; e III- por invalidez.

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§ 1º A aposentadoria compulsória do servidor do sistema prisional, para serviço extraordinário, ocorre aos setenta anos de idade, nos termos da Constituição da República. § 2º É adotado regime especial de aposentadoria, nos termos do art. 40, § 4º, incisos II e III, da Constituição Federal, para o Agente de Segurança Prisional, cujo exercício é considerado atividade de risco. § 3º A aposentadoria por invalidez será sempre precedida de licença por período não excedente a dois anos, salvo quando o laudo médico concluir, anteriormente àquele prazo, pela incapacidade definitiva para o serviço. Art.102. O Agente de Segurança Prisional será aposentado voluntariamente: I- se homem, após trinta anos de contribuição, desde que conte, pelo menos, vinte anos de efetivo exercício no cargo de Agente de Segurança Prisional; II- se mulher: a- após trinta anos de contribuição, desde que conte, pelo menos, vinte anos de efetivo exercício no cargo de Agente de Segurança Prisional ou; b- Após vinte e cinco anos de contribuição e de efetivo exercício no cargo de Agente de Segurança Prisional a que se refere essa lei complementar; § 1º Considera-se no efetivo exercício no cargo a que se refere esta lei complementar, a execução de funções de cargo comissionado da administração pública federal ou estadual a que tenha sido nomeado ou designado o Agente de Segurança Prisional de carreira do sistema prisional. § 2º Para a obtenção do prazo mínimo de efetivo exercício nos cargos das carreiras do sistema prisional, poderá ser considerado o tempo de serviço prestado como policial civil, militar integrante dos Quadros da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros do Estado de Minas Gerais, bem como de instituições congêneres de outros estados da federação.

Seção II DOS PROVENTOS DO AGENTE DE SEGURANÇA PRISIONAL

Art.103. O servidor da carreira de Agente de Segurança Prisional, ao ser aposentado, perceberá provento: I – integral: a) se contar com tempo para a aposentadoria especial; b) se for julgado, mediante laudo de Junta Médica Oficial, incapaz para o desempenho de suas atividades, em decorrência de acidente no serviço ou por moléstia profissional ou alienação mental, cegueira, estados avançados da doença de Paget (osteíte deformante),

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paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, esclerose múltipla, hanseníase, tuberculose ativa, nefropatia grave, contaminação por radiação, síndrome de imunodeficiência adquirida, fibrose cística (mucoviscidose), doença de Parkinson, neoplasia maligna, espondiloartrose ancilosante, hepatopatia grave ou doença que o invalide inteiramente, qualquer que seja o tempo de serviço; II – proporcional à razão de tantas quotas de 1/30 (um trinta avos) do vencimento básico quantos forem os anos de serviço, nos demais casos. § 1º Ao servidor de carreira do cargo de Agente de Segurança Prisional aposentado em razão de invalidez permanente, considerado incapaz para o exercício de serviço de natureza típicas das carreiras previstas nesta lei, em consequência de acidente no desempenho de suas funções ou de ato por ele praticado no cumprimento do dever profissional, é assegurado o pagamento mensal de auxílio-invalidez, de valor igual à remuneração do nível e grau que se encontra, incorporado ao seu provento para todos os fins. § 2º O provento integral de que trata esta lei complementar corresponderá à totalidade da remuneração do cargo efetivo em que se deu a aposentadoria e será reajustado, na mesma data e em idêntico percentual, sempre que se vantagem posteriormente concedido a esses servidores, inclusive os decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria.

Seção III DA PENSÃO ESPECIAL

Art.104. Os dependentes do Agente de Segurança Prisional que falecerem em consequência de acidente no desempenho de suas funções, ato por ele praticado no estrito cumprimento do dever ou em razão da função, é assegurado uma pensão especial que não poderá ser inferior ao vencimento e demais vantagens que percebia a época do evento. Parágrafo Único. A pensão especial de que trata o "caput" será sempre reajustada nas mesmas bases do reajustamento que for concedido à remuneração do cargo equivalente. Art.105. Disposições relativas à sua concessão e seus beneficiários serão tratadas em lei específica.

Seção IV DA VACÂNCIA

Art.106. A vacância do cargo de Agente de Segurança Prisional decorrerá de: I- exoneração; II- demissão; III- promoção; IV- aposentadoria;

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V- posse em outro cargo, desde que dela se verifique acumulação vedada; VI- falecimento. Art.107. Verificada vaga em uma carreira, serão, na mesma data, consideradas abertas todas as que decorrerem do seu preenchimento. Parágrafo único. Verifica-se a vaga na data: I- do falecimento do ocupante do cargo; II- da publicação do decreto que transferir, aposentar, demitir ou exonerar o ocupante do cargo; III- da publicação da lei que criar o cargo, e conceder dotação para o seu provimento, ou da que determinar apenas esta última medida, se o cargo estiver criado; IV- da aceitação de outro cargo pela posse do mesmo, quando desta decorra acumulação legalmente vedada. Art.108. Quando se tratar de função gratificada, dar-se-á a vacância por: I- dispensa a pedido do Agente de Segurança Prisional; II- dispensa a critério do Subsecretário de Administração Prisional, mediante ato motivado; III- não haver o funcionário designado assumido o exercício dentro do prazo legal; IV- destituição da função a) quando se verificar a falta de exação no seu desempenho; b) quando se verificar que, por negligência ou benevolência, o servidor contribuiu para que se não apurasse, no devido tempo, a falta de outro.

TÍTULO III

CAPITULO I

DAS CARREIRAS DOS ANALISTAS E ASSISTENTES DO SISTEMA PRISIONAL Art.109. Criada a carreira de Analista Prisional, composta por 1.500 (mil e quinhentos) cargos efetivos, com lotação na Subsecretaria de Administração Prisional. I – Analista Prisional; a) Analista Prisional – Jurídico;

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b) Analista Prisional – Psicólogo; c) Analista Prisional - Assistente Social; d) Analista Prisional – Enfermeiro; e) Analista Prisional – Odontólogo; f) Analista Prisional – Farmacêutico; g) Analista Prisional - Terapeuta Ocupacional; h) Analista Prisional – Pedagogo; i) Analista Prisional – Nutricionista; j) Analista Prisional - Gerente de Produção;

Parágrafo Único - A função de Analista Prisional é estruturada em carreira e escalonada em cargos de provimento efetivo, constituídos em níveis e graus, e seu exercício é privativo de seus titulares, na forma desta Lei. Art.110. Criada a carreira de Assistente Prisional, composta por 1.500 (mil e quinhentos cargos) efetivos, com lotação na Subsecretaria de Administração Prisional. I – Assistente Prisional: a) Assistente Prisional - Técnico de Enfermagem; b) Assistente Prisional – Técnico de Higiene Bucal; c) Assistente Prisional – Administrativo. Parágrafo Único - A função de Assistente Prisional é estruturada em carreira e escalonada em cargos de provimento efetivo, constituídos em níveis e graus, e seu exercício é privativo de seus titulares, na forma desta Lei. Art.111. A estrutura na evolução das carreiras do Analista Prisional e Assistente Prisional são os constantes no Anexo III desta Lei. Art.112. A tabela de vencimento básico das carreiras dos Analistas Prisionais e Assistente Prisional são as constantes no Anexo IV desta lei. Art.113. A subordinação dos Analistas e Assistente Prisionais do sistema prisional é a seguinte:

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I- Subsecretário de Administração Prisional; II – Assessor Chefe da Subsecretaria de Administração Prisional III – Assessor de Informação e Inteligência Prisional; IV- Superintendente da Subsecretaria de Administração Prisional; V – Diretor Regional de Administração Prisional; VI - Diretor de Superintendência da Administração Prisional; VII- Diretor de Administração Prisional; VIII- Diretor Adjunto de Administração Prisional; IX- Gerente de Administração Prisional; X- Coordenador de Administração Prisional. Art.114. Constituem fases das carreiras dos Servidores Analistas e Assistentes do Sistema Prisional: I- o ingresso; II- a progressão; III- a promoção.

CAPÍTULO II DO PROVIMENTO

Art.115. Os cargos públicos são acessíveis a todos os brasileiros, observados os requisitos que a lei estabelecer. Art.116. Os cargos de carreira serão de provimento efetivo. Art.117. Compete ao Governador do Estado prover, na forma da lei e com as ressalvas estatuídas na Constituição, os cargos públicos estaduais. Art.118. Os cargos públicos são providos por: I- nomeação; II- remoção; III- reversão;

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IV- reintegração; V- aproveitamento.

CAPITULO III

Seção I DO PROVIMENTO PARA OS CARGOS DE ANALISTA PRISIONAL E ASSISTENTE PRISIONAL

Art.119. Só poderá ser provido em cargo público de Analista Prisional e Assistente Prisional quem satisfizer os seguintes requisitos: I - ter sido aprovado em concurso público; II - ser brasileiro nato ou naturalizado e no caso de nacionalidade portuguesa, estar amparado pelo Estatuto de Igualdade entre brasileiros e portugueses, com reconhecimento do gozo de direitos políticos, na forma do artigo 13 do Decreto Federal n.º 70.436, de 18 de abril de 1972; III - gozar dos direitos políticos; IV - estar em dia com as obrigações eleitorais; V - estar quite com as obrigações do Serviço Militar, para os candidatos do sexo masculino; VI - ter 18 anos completos na data da posse; VII - possuir idoneidade e conduta ilibada, a ser aferida em processo investigativo; VIII - não ter sido demitido a bem do serviço público, conforme art. 250 da Lei 869/52 e não ter sido demitido das Instituições Militares ou Força Congêneres; IX - não estar cumprindo sanção por inidoneidade, aplicada por qualquer órgão público ou entidade da esfera federal, estadual ou municipal; X - não possuir registro de antecedentes criminais; XI - ter aptidão para o exercício das atribuições do cargo; § 2º - São requisitos para investidura no cargo de Analista Prisional – Jurídico, além dos previsto no caput, incisos I a XI: I- possuir nível superior de bacharelado no curso de direito em Instituição Credenciada pelo MEC. § 3º - São requisitos para investidura no cargo de Analista Prisional – Psicólogo, além dos previsto no caput, incisos I a XI:

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I- possuir curso superior de bacharelado no curso psicologia em Instituição Credenciada pelo MEC; II- possuir registro no Conselho de Psicologia- CRP/MG. § 4º - São requisitos para investidura no cargo de Analista Prisional - Assistente Social, além dos previsto no caput, incisos I a XI: I- possuir curso superior de bacharelado no curso Serviço Social em Instituição Credenciada pelo MEC; II- possuir registro no Conselho de Assistência Social – CRESS/MG. § 5º - São requisitos para investidura no cargo de Analista Prisional – Enfermagem, além dos previsto no caput, incisos I a XI: I- possuir curso superior de bacharelado no curso Enfermagem em Instituição Credenciada pelo MEC; II- possuir registro no Conselho de Enfermagem – COREN/MG. § 6º - São requisitos para investidura no cargo de Analista Prisional – Odontólogo, além dos previsto no caput, incisos I a XI: I- possuir curso superior em Odontologia em Instituição Credenciada pelo MEC; II- possuir registro no Conselho de Odontologia – CRO/MG. § 7º- São requisitos para investidura no cargo de Analista Prisional - Farmacêutico além dos previsto no caput, incisos I a XI: I- possuir curso superior em Farmácia em Instituição Credenciada pelo MEC; II- possuir registro no Conselho de Farmácia – CRF/MG. § 8º - São requisitos para investidura no cargo de Analista Prisional – Terapeuta ocupacional, além dos previsto no caput, incisos I a XI: I- possuir curso superior em Terapia Ocupacional em Instituição Credenciada pelo MEC; II- possuir registro no Conselho – CREFITO/MG. § 9º - São requisitos para investidura no cargo de Analista Prisional - Pedagogo além dos previsto no caput, incisos I a XI: I- possuir curso superior em Pedagogia em Instituição Credenciada pelo MEC; II- possuir registro no MEC.

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§ 10 - São requisitos para investidura no cargo de Analista Prisional – Nutricionista, além dos previsto no caput, incisos I a XI: I- possuir curso superior em Nutrição em Instituição Credenciada pelo MEC; II- possuir registro no Conselho de Nutrição. § 11 - São requisitos para investidura no cargo de Analista Prisional – Gerente de Produção, além dos previsto no caput, incisos I a XI: I- possuir curso superior em Agronomia, Administração ou Gestão Pública em Instituição Credenciada pelo MEC; II- possuir registro no Conselho de Agronomia, Administração ou Gestão Pública. § 12 - São requisitos para investidura no cargo de Assistente Prisional - Administrativo, além dos previsto no caput, incisos I a XI: I- possuir ensino médio completo em Instituição Credenciada pelo MEC. § 13 - São requisitos para investidura no cargo de Assistente Prisional – Técnico de enfermagem, além dos previsto no caput, incisos I a XI: I- possuir curso técnico em Enfermagem em Instituição Credenciada pelo MEC; II- possuir registro no Conselho de Enfermagem – COREN/MG. § 14 - São requisitos para investidura no cargo de Assistente Prisional – Técnico de Higiene Bucal, além dos previsto no caput, incisos I a XI: I- possuir curso técnico em Saúde Bucal em Instituição Credenciada pelo MEC; II- possuir registro no Conselho de Odontologia - CRO/MG.

Seção II

DO INGRESSO Art.120. O ingresso na carreira do Analista Prisional e do Assistente Prisional dar-se-á no primeiro grau do nível inicial da carreira, mediante aprovação em concurso público. I - Verificada a existência de pelo menos dez por cento de cargos vagos entre os fixados em lei para as carreiras do sistema prisional o Secretário de Defesa Social deverá solicitar ao órgão competente, no prazo de trinta dias, a autorização para abertura de concurso público, observando a legislação orçamentária e de responsabilidade fiscal. II - Caberá a Subsecretaria de Administração Prisional, e subsidiariamente à Escola de Formação da Secretaria de Estado de Defesa Social à realização:

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a – na forma do edital, do concurso público de que trata o "caput"; Art.121. O concurso público para ingresso em cargo da carreira de Analista Prisional e Assistente Prisional é constituído das seguintes etapas: I - provas ou provas e títulos; II - exames biomédicos para comprovação da boa saúde do candidato; III - comprovação de conduta ilibada comprovada através de investigação social para verificar a idoneidade do candidato, sob os aspectos moral, social e criminal. Art.122. As regras do processo seletivo serão publicadas em edital, que deverá conter: I- o número de vagas existentes; II- as matérias sobre as quais versarão as provas e os respectivos programas; III- o desempenho mínimo total exigido para aprovação nas provas; IV- os critérios de avaliação dos títulos, quando for o caso; V- o caráter eliminatório e, ou, classificatório de cada etapa do concurso; VI- comprovação de idoneidade moral e conduta ilibada; VII- comprovação de boa saúde física e psíquica, comprovada em inspeção médica. Art.123. Constitui motivo para a exclusão imediata do candidato, durante o concurso, a verificação das seguintes ocorrências: I- a constatação de incapacidade moral, física ou inaptidão para o cargo almejado; II- o envolvimento em fato que o comprometa moralmente ou profissionalmente; III- o registro de antecedentes criminais, a rescisão, demissão ou expulsão de instituição municipal, estadual ou federal, bem como a omissão desses dados na ficha de informações destinada à investigação social.

Seção III

DAS ATRIBUIÇÕES DAS ATRIBUIÇÕES DAS CARREIRAS DOS ANALISTAS PRISIONAIS E ASSISTENTES PRISIONAIS Art.124. São atribuições do cargo de Analista Prisional – Jurídico: I- realizar entrevista inicial para classificação e elaboração do plano individual de ressocialização do preso;

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II- realizar atendimentos de rotina, urgência e emergência, efetuando os encaminhamentos necessários; III- orientar os presos quanto o cumprimento das saídas temporárias no que se refere a finalidade do benefício; IV- orientar o pré-egresso quanto as instituições próprias visando a reinserção social; V- articular com os demais setores da unidade a fim de proporcionar a ressocialização do preso; VI- executar serviços técnico-jurídicos em geral, com suporte jurídico às unidades administrativas prisionais; VII- preencher formulários, redigir e registrar a evolução nos respectivos prontuários os atendimentos prestados aos presos, bem como alimentar o sistema de informação prisional e módulo jurídico; VIII- participar da Comissão Técnica de Classificação; IX- programar e executar as propostas apresentadas no Plano Individual de Ressocialização, acompanhando a evolução do preso; X- elaborar relatórios e planilhas eletrônicas e a digitação de matéria relacionada à sua área de atuação quando solicitado; XI- analisar dados no Sistema de Informações Penitenciárias (INFOPEN). XII- elaborar relatórios técnicos do preso para subsidiar os trabalhos da Comissão Técnica de Classificação e da Comissão Transdisciplinar; XIII- elaborar e acompanhar a evolução do plano individual de atendimento indicando entre outros no caso do preso: crime cometido, imputação da pena, condições apriorísticas para progressão ou regressão de regime, potencializando o objetivo da reinserção social; XIV- auxiliar tecnicamente a Comissão Técnica de Classificação na tutela da aplicação da progressão de regime e do princípio constitucional da individualização da pena; XV- elaborar relatório para informar à Comissão Disciplinar quando da ocorrência de fato que, em tese, configure falta leve, média ou grave pelo preso; XVI- auxiliar tecnicamente a Comissão Disciplinar para possibilitar adequada classificação do fato ocorrido e a melhor disciplina da Unidade Prisional; XVII- realizar interlocução com o Defensor Público ou com o advogado constituído e, quando necessário, com outros órgãos competentes, cuidando para que o preso não reste carente de assistência jurídica;

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XVIII- auxiliar o Diretor da Unidade a prestar informações sempre que solicitado pelos órgãos públicos competentes; XIX- atuar como auxiliar técnico administrativo da Assessoria Jurídica da SEDS na Unidade Prisional, prestando informações jurídicas quando solicitado, facilitando a comunicação destas com aquela; XX- exercer outras atribuições correlatas de natureza técnica conferidas por lei aos profissionais bacharéis em direito, que exijam formação de nível superior em conformidade com a OAB/MG e Resoluções.

Art.125. São atribuições do cargo de Analista Prisional – Psicólogo: I- programar e executar juntamente coma equipe de saúde, psico-social e segurança ações de atenção básica conforme determina a portaria interministerial vigente, e plano operativo estadual de atenção à saúde da população prisional do Estado de Minas Gerais; II- exercer a função de referência Técnica do Núcleo Psico- Social da Unidade Prisional, conforme portaria interministerial vigente, fazendo revezamento semestral sempre que possível; III- realizar atendimentos de classificação e acompanhamento do pré-egresso em conformidade coma portaria interministerial vigente; IV- executar juntamente com a equipe interdisciplinar de atendimento as ações de atenção básica; V- atuar como educador para a saúde e ressocialização; VI- realizar entrevista inicial para classificação e elaboração do plano individual de ressocialização do preso; VII- Realizar atendimentos de emergência e urgência providenciando os encaminhamento necessários; VIII- observar, descrever e analisar processos de desenvolvimento, inteligência, aprendizagem, personalidade e outros aspectos do comportamento humano; IX- analisar a influência de fatores hereditários, ambientais e psicossociais sobre as relações sociais; X- promover a saúde mental na prevenção e no tratamento dos distúrbios psíquicos, atuando para favorecer um amplo desenvolvimento psicossocial; XI- elaborar e aplicar técnicas de exame psicológico, quando necessário, utilizando seu conhecimento e práticas metodológicas específicas, para conhecimento das condições do desenvolvimento da personalidade, dos processos intrapsíquicos e das relações interpessoais, efetuando ou encaminhando para atendimento apropriado;

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XII- realizar campanhas e projetos destinados à população carcerária, sendo estes em parceria com a equipe de saúde; XIII- solicitar escolta externa de presos apresentando justificadamente a demanda da psicologia; XIV- articular com os demais setores da unidade a fim de proporcionar a ressocialização do preso; XV- preencher formulários, redigir e registrar a evolução nos respectivos prontuários os atendimentos prestados aos presos, bem como alimentar o sistema de informação prisional; XVI- participar da Comissão Técnica de Classificação; XVII- programar e executar as indicações do Plano Individual de Ressocialização, acompanhando a evolução do preso; XVIII- elaborar relatórios e planilhas eletrônicas e a digitação de matéria relacionada à sua área de atuação quando solicitado; XIX- participar de capacitações internas e externas; XX- exercer outras atribuições correlatas de natureza técnica conferidas por lei aos profissionais de psicologia, que exijam formação de nível superior em conformidade com CRP-MG.

Art.126. São atribuições do cargo de Analista Prisional – Assistente Social: I- exercer a função de referência Técnica do Núcleo Psico - Social da Unidade Prisional, conforme portaria interministerial vigente, fazendo revezamento semestral sempre que possível; II- programar e executar juntamente coma equipe de saúde, psico-social e segurança ações de atenção básica conforme determina a portaria interministerial vigente, e plano operativo estadual de atenção à saúde da população prisional do Estado de Minas Gerais; III- realizar atendimento inicial de presos provisórios; IV- realizar atendimentos de classificação e acompanhamento do pré-egresso em conformidade coma portaria interministerial vigente; V- orientar familiares e presos quanto aos benefícios da previdência social; VI- realizar ações na área de assistência e previdência conforme previsto na portaria interministerial vigente;

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VII- executar juntamente com a equipe interdisciplinar de atendimento as ações de atenção básica; VIII- atuar como educador para a saúde e ressocialização; IX- realizar entrevista inicial para classificação e elaboração do plano individual de ressocialização do preso; X- realizar atendimentos de rotina, urgência e emergência, efetuando os encaminhamentos necessários; XI- implementar e executar políticas sociais na área de saúde, assistência e previdência, elaborando, coordenando, executando e avaliando programas e projetos na área social para encaminhar providências e prestar orientação social a pessoas e grupos e à população em geral; XII- realizar campanhas destinados aos servidores, presos e seus familiares, quanto a sensibilização para prevenção ao contágio de doenças infecto contagiosas e epidemias, bem como o uso de contraceptivos; XIII- orientar os presos quanto o cumprimento das saídas temporárias no que se refere a finalidade do benefício; XIV- orientar e encaminhar o pré-egresso à instituições parceiras; XV- acompanhar a execução das saídas temporárias no que se refere a responsabilidade e finalidade do benefício, resgate do vinculo afetivo, retorno na data prevista e demais condutas do preso que possa contribuir com sua reinserção social; XVI- supervisionar o trabalho externo do preso, mediante visitas de inspeção ao local de trabalho conforme critérios e propostas realizadas em reunião da Comissão Técnica de classificação; XVII- preencher formulários, redigir e registrar a evolução nos respectivos prontuários os atendimentos prestados aos presos, bem como alimentar o sistema de informação prisional; XVIII- registrar os documentos dos presos no sistema de informação prisional; XIX- participar da Comissão Técnica de Classificação e do Conselho Disciplinar; XX- programar e executar as propostas apresentadas no Plano Individual de Ressocialização, acompanhando a evolução do preso; XXI- elaborar relatórios e planilhas eletrônicas e a digitação de matéria relacionada à sua área de atuação quando solicitado; XXII- cadastrar e credencias visitantes dos presos na unidade prisional;

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XXIII- cadastrar e credenciar visitas religiosas na unidade prisional; XIV- fazer a interlocução com os familiares do preso a fim de resgatar o vínculo familiar colaborando com a reinserção social; XXV- solicitar escolta externa de presos, apresentando justificadamente a demanda do serviço social; XXVI- articular com os demais setores da unidade a fim de proporcionar a ressocialização do preso; XXVII- articular parecerias com a rede social disponível na comunidade, visando a inclusão dos familiares do nessa rede; XVIII- orientar e providenciar a obtenção ou emissão dos documentos necessários a exercício da cidadania do preso e aos núcleos da unidade; XXIX- orientar o preso ou pessoa por ele indicado, quanto o recebimento e guarda do cartão benefício advindo das parcerias de trabalho; XXX- participar de capacitações internas ou externas; XXXI- articular com cartórios de registro civil, hospitais e institutos quando necessário; XXXII- exercer outras atribuições correlatas de natureza técnica conferidas por lei aos profissionais do serviço social, que exijam formação de nível superior em conformidade com o CRESS-MG.

Art.127. São atribuições do cargo de Analista Prisional – Enfermeiro: I- exercer a função de referência Técnica do Núcleo Psico - Social da Unidade Prisional, conforme portaria interministerial vigente, fazendo revezamento semestral sempre que possível; II- programar e executar juntamente coma equipe de saúde, psico-social e segurança ações de atenção básica conforme determina a portaria interministerial vigente, e plano operativo estadual de atenção à saúde da população prisional do Estado de Minas Gerais; III- promover campanhas educativas de prevenção contra doenças; IV- realizar atendimentos de classificação e acompanhamento do pré-egresso em conformidade coma portaria interministerial vigente; V- realizar ações na área de assistência e previdência conforme previsto na portaria interministerial vigente; VI- atuar como educador para saúde ou ressocialização;

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VII- realizar consultas de enfermagem; VIII- solicitar exames complementares, quando necessário, devidamente autorizado pelos protocolos estabelecidos nos programas de atenção básica no âmbito federal, estadual e municipal, e me conformidade com as disposições legais da profissão; IX- transcrever e prescrever tratamentos devidamente autorizado pelos protocolos estabelecidos nos programas de atenção básica no âmbito federal, estadual e municipal, e me conformidade com as disposições legais da profissão; X- prescrever medicamentos somente em situações de emergência; XI- realizar entrevista inicial para classificação e elaboração do plano individual de ressocialização do preso; XII- realizar atendimentos de urgência ou emergência sempre que necessário; XIII- realizar procedimentos e atividades da área de saúde segundo prescrições médicas; XIV- realizar atendimento ao servidor e visitantes quando necessários; XV- auxiliar na realização de procedimentos e atividades de apoio à área de saúde segundo prescrições médicas; XVI- promover a higiene e conforto dos pacientes; XVII- fazer encaminhamentos e pedidos de materiais para exames; XVIII- relatar as intercorrências e observações dos pacientes; XIX- aferir sinais vitais; XX- medir e registrar diureses e drenagens; XXI- executar procedimentos de admissão, alta, cuidados pós-morte e transferência; XXII- ministrar alimentação quando necessário; XXIII- promover mudança de decúbito; XXIV- executar ações assistenciais de enfermagem correlatas com as funções de auxiliar de enfermagem; XXV- obedecer as normas técnicas de biossegurança na execução de suas atribuições; XXVI- participar da prestação de assistência de enfermagem segura, humanizada e individualizada aos presos;

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XXVII- preparar os presos para consultas e exames, orientando-os sobre as condições de realização dos mesmos; XXVIII- orientar e auxiliar os presos, prestando informações relativas a higiene, alimentação, utilização de medicamentos e cuidados específicos em tratamento de saúde; XXIX- preparar e administrar medicações por via oral, tópica, intradérmica, subcutânea, intramuscular, endovenosa e retal, segundo prescrição médica; XXX- realizar registros da assistência de enfermagem prestada ao cliente e outras ocorrências a ele relacionadas; XXXI- preencher formulários, redigir e registrar a evolução nos respectivos prontuários os atendimentos prestados aos presos, bem como alimentar o sistema de informação prisional; XXXII- preencher os mapas de consumo de medicamentos, materiais hospitalares e materiais odontológicos que devem ser encaminhados trimestralmente à Farmácia Central por e-mail; XXXIII- efetuar o controle diário do material utilizado, bem como requisitar, conforme as normas da Instituição, o material necessário à prestação da assistência à saúde do preso; XXXIV- executar atividades de limpeza, desinfecção, esterilização do material e equipamento, bem como sua conservação, preparo, armazenamento e distribuição, comunicando ao superior eventuais problemas; XXXV- propor a aquisição de novos instrumentos para reposição daqueles que estão avariados ou desgastados; XXXVI- realizar controles e registros das atividades do setor e outros que se fizerem necessários para a realização de relatórios e controle estatístico; XXXVII- cumprir as medidas de prevenção e controle de infecção hospitalar; XXXVIII- realizar campanhas e projetos destinados à população carcerária, sendo estes em parceria com a equipe de saúde; XXXIX- planejar, coordenar, organizar e supervisionar o trabalho desenvolvido pelo agente técnico de enfermagem; XL- participar da Comissão Técnica de Classificação e do Conselho Disciplinar; XLI- programar e executar as propostas apresentadas no Plano Individual de Ressocialização, acompanhando a evolução do preso; XLII- elaborar relatórios e planilhas eletrônicas e a digitação de matéria relacionada à sua área de atuação quando solicitado;

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XLIII- solicitar escolta externa de presos, apresentando justificadamente a demanda da enfermagem; XLIV- articular com os demais setores da unidade a fim de proporcionar a ressocialização do preso; XLV- participar de capacitação interna e externa; XLVI- auxiliar no controle de estoque dos medicamentos e material de saúde; XLVII- preencher os mapas de consumo de medicamento e matérias de saúde, encaminhando as prescrições médicas para atendimento do almoxarifado; XLVIII- auxiliar no controle dos pedidos do almoxarifado; XLIX- auxiliar no gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento do setor de saúde; L- articular coma rede externa de saúde conforme diretrizes do Plano Operativo Estadual; LI- exercer outras atribuições correlatas de natureza técnica conferidas por lei aos profissionais de enfermagem, que exijam formação de nível superior.

Art.128. São atribuições do cargo de Analista Prisional – Odontólogo: I- programar e executar juntamente coma equipe de saúde, psico-social e segurança ações de atenção básica conforme determina a portaria interministerial vigente, e plano operativo estadual de atenção à saúde da população prisional do Estado de Minas Gerais; II- atuar como educador para saúde e ressocialização; III- estabelecer programa de higiene bucal, conforme previsão no pacto pela Saúde Nacional; IV- realizar entrevista inicial para classificação e elaboração do plano individual de ressocialização do preso; V- cuidar dos aspectos preventivos e curativos da saúde bucal; VI- realizar exames e tratamentos específicos, exodontias em geral, profilaxia e anamnese individual, estabelecendo programa de higiene bucal, com cuidados constantes no Pacto pela Saúde Nacional; orientação sobre auto-exame, primeira consulta odontológica, aplicação terapêutica de flúor, controle de placa, escariação, raspagem, alisamento, polimento, curetagem supragengival, selamento, capeamento, pulpotomia, restauração, remoção e pequenos procedimentos de urgência; VII- documentar os atendimentos e procedimentos realizados; VIII- definir prioridades de atendimento, conforme classificação de risco e demanda;

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IX- supervisionar o trabalho desenvolvido pelo auxiliar de consultório dentário; X- coordenar e participar das ações coletivas voltadas para a promoção e prevenção em saúde bucal juntamente com a comunidade prisional e educativa; XI- encaminhar e orientar os presos que apresentarem problemas mais complexos a outros níveis de especialização, assegurando o seu retorno e acompanhamento; XII- participar da Comissão Técnica de Classificação e do Conselho Disciplinar; XIII- programar e executar as propostas apresentadas no Plano Individual de Ressocialização, acompanhando a evolução do preso; XIV- elaborar relatórios e planilhas eletrônicas e a digitação de matéria relacionada à sua área de atuação quando solicitado; XV- solicitar escolta externa de presos, apresentando justificadamente a demanda da odontologia; XVI- articular com os demais setores da unidade a fim de proporcionar a ressocialização do preso; XVII- preencher formulários, redigir e registrar a evolução nos respectivos prontuários os atendimentos prestados aos presos, bem como alimentar o sistema de informação prisional; XVIII- participar de capacitação interna e externa; XIX- executar demais procedimento de competência técnica da área seguindo os preceitos do CRO/MG; XX- exercer outras atribuições correlatas de natureza técnica conferidas por lei aos profissionais de odontologia, que exijam formação de nível superior.

Art.129. São atribuições do cargo de Analista Prisional – Farmacêutico: I- auxiliar na assistência farmacêutica dentro do núcleo de saúde; II- realizar o controle de estoque, armazenamento e dispensação dos medicamentos e dos materiais da área de saúde; III- efetuar a elaboração do pedido trimestral para o abastecimento da unidade prisional, fazendo os devidos cálculos, considerando o consumo e a quantidade existente em estoque; IV- providenciar e encaminhar as prescrições médicas para a DSP para o recebimento dos medicamentos psicotrópicos;

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V- consultar a disponibilidade de itens nas padronizações de medicamentos e materiais hospitalares / odontológicos atualizadas, que são colocadas na intranet a cada trimestre (janeiro, abril, julho e outubro) para elaboração dos pedidos trimestral da unidade prisional; VI- repassar a demanda dos materiais da área de saúde para o almoxarife efetuar o pedido no SIAD; VII- auxiliar na conferência dos materiais requisitados bem como providenciar o seu devido armazenamento; VIII- Informar ao almoxarife sobre a regularidade dos itens recebidos para que este possa efetuar o procedimento de aceite no SIAD; IX- verificar, acompanhar, distribuir e controlar medicamentos, responsabilizando-se tecnicamente junto aos órgãos competentes; X- realizar, através de fórmulas pré- estabelecidas e com o uso de técnicas e aparelhos especializados, trabalhos ligados à composição e fornecimento de medicamentos e outras substâncias análogas, objetivando as receitas médicas, veterinárias e odontológicas; XI- promover a fiel execução das prescrições médicas; XII- responsabilizar-se pela qualidade, eficácia e segurança do produto dispensado e consumido; XIII- controlar o estoque a distribuição de medicamento para as unidades prisionais; XIV- articular compra de medicação de forma a atender a demanda das unidades prisionais; XV- articular com os demais setores da unidade a fim de proporcionar a ressocialização do preso; XVI- elaborar relatórios e planilhas eletrônicas e a digitação de matéria relacionada à sua área de atuação quando solicitado; XVII- exercer outras atribuições correlatas de natureza técnica conferidas por lei aos profissionais de farmácia, que exijam formação de nível superior. Art.130. São atribuições do cargo de Analista Prisional – Terapeuta Ocupacional: I- realizar entrevista inicial para classificação e elaboração do plano individual de ressocialização do preso; II- realizar atendimento aos servidores e familiares de presos sempre que necessário;

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III- realizar tratamentos e assistência psicológica em terapia de reabilitação funcional, física, mental e social, conduzindo um processo de construção da cultura do espaço organizacional do indivíduo; IV- elaborar pareceres técnicos afetos ao assunto; V- articular com os demais setores da unidades prisional; VI- preencher formulários, redigir e registrar a evolução nos respectivos prontuários os atendimentos prestados aos presos, bem como alimentar o sistema de informação prisional; VII- participar da Comissão Técnica de Classificação e do Conselho Disciplinar; VIII- programar e executar as propostas apresentadas no Plano Individual de Ressocialização, acompanhando a evolução do preso; IX- elaborar relatórios e planilhas eletrônicas e a digitação de matéria relacionada à sua área de atuação quando solicitado; X- participar de capacitações internas e externas; XI- exercer outras atribuições correlatas de natureza técnica conferidas por lei aos profissionais de terapia ocupacional, que exijam formação de nível superior. Art.131. São atribuições do cargo de Analista Prisional – Pedagogo: I- realizar atendimentos de classificação e acompanhamento do pré-egresso; II- executar juntamente com a equipe interdisciplinar de atendimento as ações de atenção básica; III- atuar como educador para a ressocialização; IV- realizar entrevista inicial para classificação e elaboração do plano individual de ressocialização do preso; V- orientar e encaminhar o pré-egresso à instituições próprias visando a reinserção social e continuação dos estudos ou profissionalização; VI- preencher formulários, redigir e registrar a evolução nos respectivos prontuários os atendimentos prestados aos presos, bem como alimentar o sistema de informação prisional; VII- participar da Comissão Técnica de Classificação e do Conselho Disciplinar; VIII- programar e executar as propostas apresentadas no Plano Individual de Ressocialização, acompanhando a evolução do preso;

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IX- elaborar relatórios e planilhas eletrônicas e a digitação de matéria relacionada à sua área de atuação quando solicitado; X- articular com os demais setores da unidade a fim de proporcionar a ressocialização do preso; XI- orientar e providenciar a obtenção ou emissão dos documentos necessários a exercício da cidadania do preso e aos núcleos da unidade; XII- participar de capacitações internas ou externas; XIII- providenciar regularização dos documentos referente a área de ensino ou profissionalização dos presos da unidade prisional; XIV- elaborar, coordenar e acompanhar planos e programas inerentes à área educacional; XV- mediar a relação entre a equipe da escola na Unidade Prisional e a SEDS; XVI- identificar o nível de escolaridade do preso e buscar a elevação de escolaridade; XVII- participar das ações que envolvem a oferta de educação básica na modalidade EJA, ensino superior, profissionalizante e exames de massa; XVIII- elaborar e acompanhar a execução projetos socioculturais e esportivos; XIX- conciliar as ações pedagógicas com a rotina da Unidade; XX- assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas de aulas, previsto em calendário; XXI- conhecer, aplicar e fazer cumprir a legislação correlata à oferta de educação básica, técnica/profissional e superior; XXII- desenvolver ações administrativas e pedagógicas articuladas com a Secretaria de Estado de Educação; XXIII- conhecer, zelar e fazer cumprir o convênio entre SEDS, SEE, e demais parceiros do ensino superior, profissionalização, projetos socioculturais e esportivos; XXIV- promover treinamentos e capacitações locais e regionais para o corpo docente, em parceria com a equipe da escola / SEE-SRE; XXV- manter um banco de vagas de presos com indicação para inserção nas atividades educacionais, profissionalizantes, profissionalizantes, socioculturais e esportivas atualizado, conforme indicação da CTC; XXVI- participar, conforme a política interna da Instituição, de projetos, cursos, eventos, convênios e programas de ensino, pesquisa e extensão;

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XXVII- cumprir o previsto na Lei Nº 12.433 de 29 de junho de 2011 referente a remição de pena pelo estudo e trabalho; XXVIII- mapear o número de analfabetos no início do período letivo e realizar ações com a finalidade de erradicar o analfabetismo na Unidade Prisional; XXIX- verificar junto às escolas próximas da Unidade a existência de vagas e disponibilidade em receber presos em regime semiaberto caso a Unidade não disponha de escola ou curso profissionalizante; XXX- acompanhar, divulgar e incentivara participação dos presos nos Exames de Massa (Supletivo, ENEM, ENCCEJA); XXXI- orientar o preso sobre as normas de funcionamento da escola, participação em cursos profissionalizantes e demais atividades socioculturais e educativas; XXXII- manter a Diretoria de Ensino e Profissionalização da SAP informada ao final de cada ano (PERIODO LETIVO), a quantidade de aprovados em cada segmento, bem como a relação dos formandos; XXXIII- certificar o preso quanto a qualificação profissional quando concluído o curso; XXXIV- fazer a interlocução entre a Unidade Prisional, a Escola e rede de ensino em geral; XXXV- realizar atividades de apoio técnico na área de educação; XXXVI- exercer outras atribuições correlatas de natureza técnica conferidas por lei aos profissionais de pedagogia, que exijam formação de nível superior em conformidade com o MEC. Art.132. São atribuições do cargo de Analista Prisional – Nutricionista: I- elaborar, conferir e analisar planilha de composição de custos, realizar levantamento de necessidades; II- elaborar cardápios balanceados para as Unidades Prisionais; III- elaborar pareceres técnicos afetos ao assunto; IV- outras atribuições de natureza técnica conferidas por lei aos profissionais de nutrição, que exijam formação de nível superior; V- articular com os demais setores das unidades prisionais; VI- preencher formulários, redigir e registrar a evolução nos respectivos prontuários os atendimentos prestados aos presos, bem como alimentar o sistema de informação prisional;

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VII- elaborar relatórios e planilhas eletrônicas e a digitação de matéria relacionada à sua área de atuação quando solicitado; VIII- exercer outras atribuições correlatas de natureza técnica conferidas por lei aos profissionais de nutrição, que exijam formação de nível superior; IX- fiscalizar as cozinhas das unidades prisionais. Art.133. São atribuições do cargo de Analista Prisional – Gerente de Produção: I- participar da Comissão Técnica de Classificação e do Conselho Disciplinar; II- realizar entrevista inicial para classificação e elaboração do plano individual de ressocialização do preso; III- preencher formulários, redigir e registrar a evolução nos respectivos prontuários os atendimentos prestados aos presos, bem como alimentar o sistema de informação prisional; IV- articular com os demais setores da unidade a fim de proporcionar a ressocialização do preso; V- elaborar relatórios e planilhas eletrônicas e a digitação de matéria relacionada à sua área de atuação quando solicitado; VI- gerenciar, orientar e relatar toda a atividade de campo do mercado de trabalho interno; VII- atuar como um articulador entre a Unidade Prisional, a sociedade e empresas, visando implementar e desenvolver atividades que estejam vinculadas à vocação produtiva da região (economia local); VIII- participar da Comissão Técnica de Classificação (CTC), apresentando os dados coletados na entrevista individual com o preso, de forma a garantir que ele seja indicado a uma vaga de trabalho que esteja de acordo com seu perfil; IX- controlar / gerenciar o controle de entrada e saída de todos os documentos vinculados ao setor de produção; X- coordenar e executar atividades de rotina administrativa, como arquivamento de documentos, atendimento de ligações telefônicas, etc; XI- acompanhar o desenvolvimento das atividades de trabalho e produção realizadas na unidade, bem como resolução dos problemas inerentes ao trabalho do preso, relatando ocorrências de eventuais fatos em desacordo com as normas do Procedimento Operacional Padrão (POP) por meio de procedimento adequado; XII- disponibilizar, semanalmente para a Equipe de Segurança da unidade prisional, o quadro de escala de atividades informando a localização exata do preso para o trabalho;

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XIII- divulgar, nos quadros de aviso na Unidade, a escala de atividades; XIV- efetuar, no Módulo Trabalho / INFOPEN, o lançamento da frequência individual e/ou pagamento dos presos; XV- zelar pela organização e manter atualizado o prontuário do preso; XVI- fiscalizar as atividades prestadas pelo apoio operacional (agentes de segurança penitenciários vinculados ao setor de trabalho produção), no que tange a utilização de equipamentos, ferramentas e insumos necessários para o bom funcionamento da área de produção da unidade prisional, de forma a garantir que as atividades sejam executadas conforme planejado; XVII- orientar e acompanhar todas as relações de trabalho, internas e externas à unidade prisional, bem como questões relativas à higiene do local de trabalho e demais pertinentes; XVIII- captar parcerias com a iniciativa público-privada que contribuam com a Produção da Unidade, priorizando as atividades capazes de agregar valor e conhecimento ao preso, de forma a facilitar sua reinserção no mercado de trabalho; XIX- manter um banco de vagas de presos com indicação para trabalho atualizado conforme indicação da CTC; XX- executar todas as funções inerentes ao cargo, conforme regras estabelecidas na Lei da Execução Penal, e nas normas emanadas pela Diretoria de Trabalho e Produção (DTP), bem como, as alterações legais que venham a surgir e afetem diretamente o trabalho do preso; XXI- reportar-se diretamente ao Diretor de Atendimento e Ressocialização para solução de problemas que estejam além das competências do gerente de produção, e que interfiram diretamente no trabalho do preso; XXII- exercer outras atribuições correlatas de natureza técnica conferidas por lei aos profissionais de administração ou gestão pública, que exijam formação de nível superior. Art.134. São atribuições do cargo de Assistente Prisional – Administrativo: I- exercer atividades de natureza administrativa e técnico-organizacional relativas ao aporte metodológico para a continuidade, desenvolvimento, execução, controle, fiscalização e implementação das ações governamentais na área de execução penal nas Unidades Prisionais e Médico-Penais, observando a caracterização, complexidade e responsabilidade exigidas para o desempenho da função; II- articular com os demais setores da unidades prisional; III- preencher formulários, redigir e registrar dados e informações pertinentes ao setor de atuação, bem como alimentar o sistema de informação prisional; IV- participar do Conselho Disciplinar e Comissão Técnica de Classificação quando designado;

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V- elaborar relatórios e planilhas eletrônicas e a digitação de matéria relacionada à sua área de atuação quando solicitado; VI- exercer outras atribuições correlatas de natureza administrativa. Art.135. São atribuições do cargo de Assistente Prisional – Técnico de Enfermagem: I- programar e executar juntamente com a equipe de saúde, psicossocial e segurança ações de atenção básica conforme determina a portaria interministerial 1.777/03 e Plano Operativo Estadual de Atenção a Saúde da População Prisional de Minas Gerais; II- programar e executar as indicações do PIR, avaliando a evolução do preso; III- executar juntamente com toda a equipe do atendimento as ações de atenção básica; IV- realizar procedimentos e atividades da área de saúde segundo prescrições, sob supervisão do (a) enfermeiro (a) onde houver; V- preencher formulários, redigir e registrar a evolução nos respectivos prontuários os atendimentos prestados aos presos, bem como alimentar o sistema de informação prisional; VI- promover campanhas educativas de prevenção em conformidade com a Portaria Interministerial vigente 1; VII- realizar atendimentos ao preso; VIII- participar de reuniões de CTC, quando não houver Enfermeiro (a) na unidade Prisional; IX- participar de capacitações internas e externas; X- fazer as evoluções no Prontuário de saúde, dos atendimento e procedimentos realizados no preso; XI- solicitar escolta externa de presos, apresentando justificadamente a demanda da enfermagem; XII- executar demais procedimentos de competência técnica da área conforme determinação do COREN-MG; XIII- auxiliar na realização de procedimentos e atividades de apoio à área de saúde segundo prescrições médicas; XIV- promover a higiene e conforto dos pacientes; XV- fazer encaminhamentos e pedidos de materiais para exames; XVI- relatar as intercorrências e observações dos pacientes;

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XVII- aferir sinais vitais; XVIII- medir e registrar diureses e drenagens; XIX- executar procedimentos de admissão, alta, cuidados pós-morte e transferência; XX- ministrar alimentação quando necessário; XXI- promover mudança de decúbito; XXII- executar ações assistenciais de enfermagem correlatas com as funções de Técnico em enfermagem; XXIII- obedecer as normas técnicas de biossegurança na execução de suas atribuições; XXIV- participar da prestação de assistência de enfermagem segura, humanizada e individualizada aos presos; XXV- preparar os presos para consultas e exames, orientando-os sobre as condições de realização dos mesmos; XXVI- orientar e auxiliar os presos, prestando informações relativas a higiene, alimentação, utilização de medicamentos e cuidados específicos em tratamento de saúde; XXVII- preparar e administrar medicações por via oral, tópica, intradérmica, subcutânea, intramuscular, endovenosa e retal, segundo prescrição médica; XXVIII- realizar registros da assistência de enfermagem prestada ao cliente e outras ocorrências a ele relacionadas; XXIX- efetuar o controle diário do material utilizado, bem como requisitar, conforme as normas da Instituição, o material necessário à prestação da assistência à saúde do preso; XXX- executar atividades de limpeza, desinfecção, esterilização do material e equipamento, bem como sua conservação, preparo, armazenamento e distribuição, comunicando ao superior eventuais problemas; XXXI- propor a aquisição de novos instrumentos para reposição daqueles que estão avariados ou desgastados; XXXII- realizar controles e registros das atividades do setor e outros que se fizerem necessários para a realização de relatórios e controle estatístico; XXXIV- cumprir as medidas de prevenção e controle de infecção hospitalar; XXXV- realizar campanhas e projetos destinados à população carcerária, sendo estes em parceria com a equipe de saúde;

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XXXVI- Exercer as atribuições do enfermeiro dentro das limitações do COREN/MG, nas unidades prisionais onde não houver este profissional; XXXVII- exercer outras atribuições correlatas de natureza técnica conferidas por lei aos profissionais técnicos de enfermagem, em conformidade com o COREN/MG. Art.136. São atribuições do cargo de Assistente Prisional – Técnico de Saúde Bucal: I- realizar procedimentos e atividades de apoio, auxiliando os cirurgiões dentistas na execução de ações preventivas de promoção da saúde bucal tais como: higienização, profilaxia, técnicas de escovação, limpeza, desinfecção de ambientes, móveis e instrumentais de uso odontológico; II- sob a supervisão do cirurgião dentista, realizar procedimentos preventivos, individuais ou coletivos, nos usuários para o atendimento clínicos, como escovação supervisionada, evidenciação de placa bacteriana, aplicação tópica de flúor, selantes, raspagem, alisamentos e polimentos, bochechos com flúor, entre outros; III- realizar procedimentos reversíveis em atividades restauradoras, sob supervisão do cirurgião dentista; IV- cuidar da manutenção e conservação dos equipamentos odontológicos; V- acompanhar e apoiar o desenvolvimento dos trabalhos da equipe de saúde no tocante à saúde bucal; VI- exercer outras atribuições correlatas que lhe forem determinadas, nas quais se incluem a elaboração de relatórios e planilhas eletrônicas e a digitação de matéria relacionada à sua área de atuação; VII- organizar o agendamento de consultas e prontuário de pacientes; VIII- preparar os pacientes para atendimento, instrumentando o cirurgião dentista e manipulando materiais de uso odontológico; IX- participar de projetos educativos e de orientação de higiene bucal; X- colaborar nos levantamentos e estudos epidemiológicos; XI- demonstrar técnicas de escovação; XII- fazer a tomada e revelação de radiografias intrabucais; XIII- remover indultos, placas e cálculos supra gengivais; XIV- aplicar substâncias para prevenção de cárie;

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XV- inserir e condensar materiais restauradores; XVI- polir restaurações e remover suturas; XVII- orientar e supervisionar, sob delegação, os trabalhos de auxiliares; XVIII- proceder a limpeza e a assepsia do campo operatório; XIX- confeccionar modelos e preparar moldeiras; XX- trabalhar seguindo normas de segurança, higiene e qualidade; XXI- zelar pela manutenção, limpeza, conservação, guarda e controle de todo o material, aparelhos, equipamentos e de seu local de trabalho; XXII- participar de programa de treinamento, quando convocado; XXIII- executar tarefas pertinentes à área de atuação, utilizando-se de equipamentos e de programas de informática; XXIV- executar outras tarefas compatíveis com as exigências para o exercício da função; XXV- realizar entrevista inicial para classificação e elaboração do plano individual de ressocialização do preso na ausência do Odontólogo, dentro de suas atribuições; XXVI- elaborar pareceres técnicos afetos ao assunto; XXVII- articular com os demais setores da unidades prisional; XXVIII- preencher formulários, redigir e registrar a evolução nos respectivos prontuários os atendimentos prestados aos presos, bem como alimentar o sistema de informação prisional; XXIX- participar da Comissão Técnica de Classificação na fala do odontólogo; XXX- participar do Conselho Disciplinar quando convocado; XXXI- elaborar relatórios e planilhas eletrônicas e a digitação de matéria relacionada à sua área de atuação quando solicitado; XXXII- exercer outras atribuições correlatas de natureza técnica conferidas por lei aos profissionais de técnico de Saúde Bucal.

Seção IV

DOS DEVERES DOS ANALISTAS E ASSISTENTES DO SISTEMA PRISIONAL Art.137. São deveres dos Analistas do Sistema Prisional e Assistentes do Sistema Prisional:

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I- preenchimento de formulários próprios descritos no POP (Procedimento Operacional Padrão, dentre outros; II- preenchimento de registros eletrônicos existentes e outros ou e possam vir a serem adotados; III- desempenhar suas funções agindo com discrição, honestidade, imparcialidade, respeitando os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, bem como com lealdade às instituições constitucionais; IV- fazer cumprir as funções, os princípios e fundamentos institucionais do Sistema Prisional; V- comparecer diariamente, durante o horário regular do expediente ou escala de plantão com pontualidade, à sede do órgão ou unidade em que atue, exercendo os atos do seu ofício, salvo impossibilidade de fazê-lo; VI- ter irrepreensível conduta profissional, pugnando pelo prestígio do serviço Prisional e velando pela dignidade de suas funções; VII- desempenhar com zelo e presteza, eficiência e produtividade, dentro dos prazos, os serviços a seu cargo e os que, na forma da lei, lhes sejam atribuídos; VIII- levar ao conhecimento da chefia imediata as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo; IX- tratar as pessoas com urbanidade, eficiência e zelo; X- manter sigilo funcional quanto à matéria dos procedimentos em que atuar; XI- sugerir à chefia imediata providências para a melhoria dos serviços no âmbito de sua atuação; XII- apresentar relatório das atividades desenvolvidas, quando solicitado por quem de direito; integrar comissão de processo administrativo-disciplinar, na forma do código de ética e regulamento; XIII- zelar pela economia e conservação do material que lhe for confiado; XIV- obedecer aos preceitos éticos e aos atos normativos regularmente expedidos.

Seção V

DOS DIREITOS Art.138. São direitos dos Analistas e Assistentes Prisionais os expressos na Constituição da República, nesta lei complementar e ainda: I- ter respeitado o regime do trabalho das carreiras do Sistema Prisional;

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II- ter acesso a serviços de saúde permanentes e de boa qualidade; III- ter acompanhamento e tratamento especializado em caso de lesões ou quando acometido de alto nível de estresse; IV- ter respeitado seus direitos e garantias fundamentais, tanto no cotidiano como em atividades de formação ou de treinamento; V- ter a garantia de que todos os atos decisórios de superiores hierárquicos que disponham sobre punições, lotação e remoção sejam motivados e fundamentados.

Seção VI

DAS PRERROGATIVAS Art.139. O servidor ocupante de cargos de Analista Prisional e Assistente Prisional, no exercício de sua função, goza das seguintes prerrogativas, dentre outras estabelecidas em lei: I- estabilidade, nos termos da legislação; II- tratamento compatível com o cargo desempenhado; III- ser recolhido em unidade prisional própria ou destinada a custodiar ex servidores do sistema prisional quando preso em flagrante delito, por força de decisão judicial ou quando preso por ato relativo ao trabalho. Art.140. Quando preso provisoriamente, os servidor do Sistema Prisional, não perderá a condição de servidor, permanecendo em prisão adequada, durante o curso da ação penal até que a sentença transite em julgado. § 1º Publicado o decreto de demissão, será o ex-servidor custodiado encaminhado, a estabelecimento prisional, onde permanecerá em cela apropriada, sem qualquer contato com os demais presos não sujeitos ao mesmo regime, e, uma vez condenado, cumprirá a pena que lhe tenha sido imposta, nas condições previstas no parágrafo seguinte. § 2º Transitada em julgado a sentença condenatória, será custodiado em estabelecimento prisional, onde cumprirá a pena em dependência isolada dos demais presos não abrangidos por esse regime, mas sujeito, como eles, ao mesmo sistema disciplinar. Art.141. O Subsecretário de Administração Prisional fará expedir cédula de identidade funcional para os ocupantes dos cargos dos servidores das carreiras de Analista ou Assistente Prisional. § 1º A cédula de identidade funcional conterá, dos dados pessoais e funcionais do portador; § 2º O servidor que trata esta Lei fará jus à identidade funcional no ato do exercício.

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Art.142. Os Analistas e Assistentes Prisionais somente serão afastados do exercício das funções, após decisão final transitada em julgado, quando for preso provisoriamente pela prática de infração penal, sem prejuízo de sua remuneração. § 1º O servidor colocado em liberdade provisória retornará ao exercício das funções. § 2º No caso de condenação que não implique demissão, o servidor: I- será afastado a partir da decisão de mérito transitada em julgado até o cumprimento total da pena restritiva da liberdade, com direito apenas a um terço de sua remuneração; II- perceberá a remuneração integral atribuída ao cargo, quando permitido o exercício da função pela natureza da pena aplicada ou por decisão judicial. § 3º Poderá ocorrer a retenção ou desconto dos vencimentos ou proventos do servidor em decorrência de processo ou sindicância administrativa enquanto houver a possibilidade de recurso administrativo da decisão. § 4º. Poderá ser ordenada suspensão preventiva do funcionário, até trinta dias, desde que seu afastamento seja necessário para a averiguação de faltas cometidas, podendo ser prorrogada até noventa dias, findos os quais cessarão os efeitos da suspensão, ainda que o processo administrativo não esteja concluído. § 5º Os afastamentos que se refere este artigo competem ao Subsecretário de Administração Prisional.

CAPITULO IV

Seção I

DO ESTÁGIO PROBATÓRIO Art.143. Os servidores Analistas e Assistentes Prisionais submeter-se-ão a estágio probatório, pelo prazo de três anos, a partir do exercício no cargo de uma das Carreiras do Sistema Prisional, o qual será avaliado pela Chefia imediata e por uma comissão, conforme disposto no Art.30 do Decreto nº 45.851 de 28/12/11 a conveniência da permanência e da declaração de estabilidade na carreira. § 1º Durante os três anos do período probatório, os servidores serão acompanhados pela Corregedoria da SEDS e a Superintendência de Informação e Inteligência emitindo relatórios a fim de subsidiar avaliação final do estágio probatório. § 2º Na avaliação de que trata o "caput" deste artigo, serão observados, entre outros critérios estabelecidos no Decreto n°45.851 de 28/12/2011, as seguintes competências: I – alinhamento institucional; II – orientação para resultados;

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III – comprometimento profissional; IV – compartilhamento de informações e conhecimentos; e V – relacionamento interpessoal. Art.144. Os Analistas e Assistentes prisionais de que trata esta lei, no período do estágio probatório, será avaliado por comissão de acompanhamento e avaliação especial de desempenho, instituída por ato do Subsecretário de Administração Prisional. § 1° A Comissão de AED que trata o “caput” será composta por, no mínimo, dois membros, constituída paritariamente por servidores indicados ou eleitos pelos servidores avaliados e por servidores indicados pelo órgão ou entidade da administração pública direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo Estadual na qual o servidor avaliado estiver em exercício; § 2° A chefia imediata do servidor é membro obrigatório da Comissão de AED, sendo a sua presença obrigatória na realização dos trabalhos. § 3° Para fins de composição de cada Comissão de AED, deverá ser observada pelo menos uma das seguintes regras de nível hierárquico; I - a escolaridade exigida para o nível de ingresso na carreira do servidor que vai compor a Comissão de AED deverá ser igual ou superior àquela exigida para o nível de ingresso na carreira do servidor avaliado; II - o nível de escolaridade do servidor que vai compor a Comissão de AED deverá ser igual ou superior ao do servidor avaliado; III - o posicionamento na estrutura organizacional do servidor que vai compor a Comissão de AED deverá ser igual ou superior ao do servidor avaliado. § 4° A permanência na carreira e a estabilidade dos servidores do Sistema Prisional serão deliberadas pela Comissão de Avaliação do Estágio Probatório. § 5° O corregedor-geral poderá, a qualquer tempo, de ofício ou mediante provocação, impugnar, fundamentadamente, a permanência dos servidores do Sistema Prisional no cargo efetivo de carreira para o qual foi nomeado. § 6° Fica suspenso, até o definitivo julgamento da impugnação de que trata o paragrafo anterior, o período de estágio probatório dos servidores das carreiras do Sistema Prisional. Art.145. O Corregedor-Geral, em até noventa dias antes do término do estágio probatório, apresentará ao Subsecretário de Administração Prisional parecer sobre a homologação de estágio probatório dos servidores das carreiras do sistema prisional. § 1° A proposta de homologação de estágio probatório implica a expedição da declaração de estabilidade do servidor desta carreira.

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§ 2° Quando a Comissão de Avaliação do Estágio Probatório decidir, em caráter definitivo, respeitado direito de ampla defesa e contraditório pela não homologação do estágio probatório dos servidores das carreiras do sistema prisional no cargo efetivo para o qual foi nomeado, o Subsecretário de Administração Prisional proporá a sua exoneração. Art.146. Ao Subsecretário de Administração Prisional compete o ato declaratório de estabilidade, no qual constará a nova condição do servidor para o desenvolvimento na carreira.

Seção II DA PROGRESSÃO

Art.147. Progressão é a passagem do servidor para o grau imediatamente subsequente do mesmo nível da carreira a que pertencer. § 1º A evolução no nível em que se encontra o servidor é estabelecida nos graus “a”, “b”, “c”, “d”, “e”, “f”, “g”, “h”, “i” e “j” aos quais são atribuídos fatores de ajustamentos da remuneração. § 2º A progressão nas carreiras dos servidores do Sistema Prisional se dará a cada dois anos, desde que o servidor não tenha sofrido punição disciplinar no período e satisfaça os seguintes requisitos: I- encontrar-se em efetivo exercício; II- ter recebido duas avaliações periódicas de desempenho individual satisfatória desde a sua progressão anterior, nos termos da legislação específica. § 3° Ao final do estágio probatório, aprovado os requisitos para progressão, fará jus o servidor a primeira progressão na carreira, que daí por diante seguirá o interstício que dispõe o parágrafo anterior.

Seção III DA PROMOÇÃO

Art.148. Promoção é a passagem do servidor do nível em que se encontra para o nível subsequente na carreira a que pertence desde que o servidor não tenha sofrido punição disciplinar com suspensão superior a trinta dias no período, e satisfaça os seguintes requisitos: § 1º A promoção é estabelecida em níveis “I”, “II”, “III”, “IV” e “V” para os cargos de Analistas e Assistentes do Sistema Prisional, aos quais são atribuídos fatores de ajustamentos da remuneração. § 2° Fará jus à promoção, o servidor que preencher os seguintes requisitos: I- encontrar-se em efetivo exercício;

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II- ter cumprido o interstício de cinco anos de efetivo exercício no mesmo nível; III- ter recebido quatro avaliações periódicas de desempenho individual satisfatória desde a sua promoção anterior, nos termos da legislação específica; IV- comprovar a escolaridade mínima exigida para o nível ao qual pretende ser promovido. § 3° O servidor que possuir formação complementar ou superior àquela exigida para o nível em que estiver posicionado, aplicar-se-á fator de redução ou supressão do interstício necessário e do quantitativo de avaliações periódicas de desempenho individual satisfatória para fins de progressão ou promoção para o nível subsequente, na hipótese relacionada com a natureza e a complexidade da respectiva carreira. § 4° Os títulos apresentados para aplicação do disposto no § 3° poderão ser utilizados uma única vez, sendo vedado seu aproveitamento para fins de concessão de qualquer vantagem pecuniária.

Seção IV DA REMOÇÃO

Art.149. Os servidores das carreiras do Sistema Prisional só poderão ser removidos, de uma unidade de lotação para outra, observada a existência de vaga no quadro de distribuição de pessoal da Subsecretaria de Administração Prisional, na forma de regulamento e, ainda, excepcionalmente: I- a pedido ou por permuta; II - para acompanhamento de cônjuge ou companheiro, com declaração de união estável; III - por motivo de saúde do servidor ou do ascendente, do descendente, do cônjuge ou companheiro, ou de irmãos, comprovada a necessidade clínica; IV- de ofício, no interesse da administração pública do sistema prisional, comprovada a necessidade; V - por conveniência da disciplina. Parágrafo Único - As remoções a que aludem os incisos I, II e V deste artigo não geram direito para o servidor à percepção de auxílio ou qualquer outra forma de indenização. Art.150. É assegurado aos servidores das carreiras do Sistema Prisional, quando comprovar não ter sido o autor da infração disciplinar, o direito de revisão do ato de remoção, com a consequente percepção dos auxílios correspondentes, nos termos desta Lei Complementar, caso requeira, formalmente, a lotação na unidade de origem. Parágrafo Único - Ao Subsecretário de Administração Prisional atribui-se o processamento da motivação do ato de remoção ex officio aos servidores das carreiras do Sistema Prisional, no interesse do serviço, comprovada a necessidade.

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Art.151. É vedada a remoção ex officio dos servidores das carreiras do Sistema Prisional durante o gozo de férias regulamentares, férias-prêmio, salvo se em licença, afastamento ou disponibilidade que inviabilize o exercício pleno das atividades por período superior a cento e oitenta dias.

Seção V DA REVERSÃO

Art.152. Reversão é o ato pelo qual o aposentado reingresse no serviço público, após verificação, em processo, de que não subsistem os motivos determinantes da aposentadoria. § 1º A reversão far-se-á a pedido ou ex officio. § 2º O aposentado não poderá reverter à atividade se contar mais de cinquenta e cinco anos de idade. § 3º Em nenhum caso poderá efetuar-se a reversão, sem que mediante inspeção médica fique provada a capacidade para o exercício da função. § 4º Será cassada a aposentadoria do servidor que reverter e não tomar posse e entrar em exercício dentro dos prazos legais. Art.153. A reversão far-se-á de preferência no mesmo cargo. § 1º A reversão ex officio não poderá verificar-se em cargo de vencimento ou remuneração inferior ao provento da inatividade. § 2º A reversão ao cargo de carreira do sistema prisional dependerá da existência da vaga que deva ser preenchida mediante promoção por merecimento. Art.154. A reversão dará direito para nova aposentadoria, à contagem de tempo em que o funcionário esteve aposentado.

Seção VI DA REITEGRAÇÃO

Art.155. A reintegração, que decorrerá de decisão administrativa ou sentença judicial transitado em julgado, é o ato pelo qual o funcionário demitido reingressa no serviço público, com ressarcimento dos prejuízos decorrentes do afastamento. § 1º A reintegração será feita no cargo anteriormente ocupado se esse houver sido transformado, no cargo resultante da transformação; e, se provido ou extinto, em cargo de natureza, vencimento ou remuneração equivalente, respeitada a habilitação profissional. § 2º Não sendo possível fazer a reintegração pela forma prescrita no parágrafo anterior, será o ex-servidor posto em disponibilidade no cargo que exercia, com provento igual ao vencimento ou remuneração.

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§ 3º O servidor reintegrado será submetido a inspeção médica; verificada a incapacidade será aposentado no cargo em que houver sido reintegrado.

Seção VII DA READAPTAÇÃO

Art.156. Dar-se-á readaptação: I- nos casos de perda da capacidade funcional decorrente da modificação do estado físico ou das condições de saúde do funcionário, que não justifiquem a aposentadoria; II- nos casos de desajustamento funcional no exercício das atribuições do cargo ou da carreira a que pertencer. Art.157. A readaptação prevista na alínea "I" do art. 156 anterior verificar-se-á mediante atribuições de novos encargos ao servidor, compatíveis com a sua condição física e estado de saúde atuais. Art.158. Far-se-á a readaptação prevista no inciso II do art. 156: I- pelo cometimento de novos encargos ao servidor, respeitadas as atribuições inerentes à carreira a que pertencer, quando se verificar uma das seguintes causas: a) o nível mental ou intelectual do servidor não corresponder às exigências da função que esteja desempenhando; b) a função atribuída ao servidor não corresponder aos seus pendores vocacionais.

II - Por transferência, a juízo da administração, nos casos de: a) não ser possível verificar-se a readaptação na forma do item anterior; b) não possuir o servidor habilitação profissional exigida em lei para o exercício do cargo de que for titular; c) ser o servidor portador de diploma de escola superior devidamente legalizado, de título ou certificado de conclusão de curso científico ou prático instituído em lei e estar em exercício de carreira, cujas atribuições não correspondam aos seus pendores vocacionais, tendo-se em vista a especialização. Art.159. A readaptação de que trata o item II, do artigo anterior, poderá ser feita para cargo de padrão de vencimento superior ao daquele que ocupar o servidor, verificado que o desajustamento funcional decorre do exercício de atribuições de nível intelectual menos elevado.

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Parágrafo Único - Quando o vencimento do readaptando for inferior ao de cargo inicial da carreira para a qual deva ser transferido, só poderá haver readaptação para cargo dessa classe inicial. Art.160. A readaptação por transferência só poderá ser feita mediante rigorosa verificação da capacidade intelectual do readaptando. Art.161. A readaptação será sempre ex officio e se fará nos termos do regulamento próprio.

Seção VIII DO APROVEITAMENTO

Art.162. Aproveitamento é o reingresso no serviço público do servidor em disponibilidade. Art.163. Será obrigatório o aproveitamento do servidor estável em cargo, de natureza e vencimentos ou remuneração compatível com o anteriormente ocupado. Parágrafo Único - O aproveitamento dependerá de prova de capacidade mediante inspeção médica. Art.164. Havendo mais de um concorrente à mesma vaga terá preferência o de maior tempo de disponibilidade e, no caso de empate, o de maior tempo de serviço no sistema prisional. Art.165. Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o servidor não tomar posse no prazo legal, salvo caso de doença comprovada em inspeção médica. Parágrafo único. Provada a incapacidade definitiva em inspeção médica, será decretada a aposentadoria.

CAPÍTULO V

Seção I DO REGIME DO TRABALHO

Art.166. A jornada de trabalho dos servidores da carreira de Analista ou Assistente Prisional será definida conforme o cargo, sendo: I- A carga horária do Analista Prisional será de 40 horas semanais; II- A carga horária do Assistente Prisional será de 40 horas semanais. Parágrafo Único – Para o Analista Prisional Enfermeiro e o Assistente Prisional Técnico em Enfermagem a escala de trabalho poderá ser na forma de plantão, em virtude da característica da atividade, e o interesse da administração pública. Art.167. A prestação de serviço em regime de plantão implica:

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§1º no efetivo exercício das funções do cargo ocupado pelo servidor em atividades de competência da carreira de Analista ou Assistente Prisional; §2º no prévio aviso a respeito da escala de plantão que deve ser cumprida pelo servidor; §3º no descanso, imediato e subsequente, pelo período mínimo de doze horas; §4º no cumprimento de carga horária de trabalho de 40 (quarenta) horas semanais.

Seção II DA FREQUENCIA E DO HORÁRIO

Art.168. Os servidores Analistas e Assistentes do Sistema Prisional deverão permanecer na unidade prisional durante as horas do trabalho ordinário e as do expediente. Parágrafo Único. O disposto no presente artigo aplica-se, igualmente, aos servidores investidos em cargo ou função de chefia. Art.169. A frequência será apurada por meio do ponto. Art.170. Ponto é o registro pelo qual se verificarão, diariamente, as entradas e saídas dos servidores em serviço. § 1º Nos registros de ponto deverão ser lançados todos os elementos necessários à apuração da frequência. § 2º Salvo nos casos expressamente previstos em lei ou regulamento é vedado dispensar o servidor de registro de ponto e abonar faltas ao serviço. Art.171. Nos dias úteis, só por determinação do Governador do Estado poderão deixar de funcionar as repartições públicas, ou ser suspensos os seus trabalhos, em todo ou em parte. Art.172. Para efeito de pagamento, apurar-se-á a frequência do seguinte modo: I - pelo ponto; II - pela forma que for determinada, quanto aos servidores não sujeitos a ponto. Parágrafo único. Haverá um boletim padronizado para a comunicação da frequência. Art.173. Os atrasos, jornadas incompletas, faltas e outras ocorrências no ponto do servidor poderão ser compensados, na forma disposta em regulamento. Parágrafo único - Na impossibilidade de compensação das ocorrências no ponto, o servidor perderá: I – a remuneração do dia, se não cumprir o mínimo de 50% (cinquenta por cento) de sua jornada diária de trabalho; e

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II – a remuneração proporcional ao período não trabalhado no dia, se cumprir, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) de sua jornada diária de trabalho. Art.174. No caso de faltas sucessivas, serão computados, para efeito de descontos, os domingos e feriados intercalados. Art.175. É assegurada ao servidor estudante a flexibilização de sua jornada diária de trabalho, quando comprovada a incompatibilidade entre o horário escolar e o do órgão de exercício, sem prejuízo do cumprimento de sua carga horária diária de trabalho e do desempenho das atribuições do cargo, nos termos de regulamento. § 1º O servidor estudante que cumpre jornada diária de oito horas poderá ter horário especial, sendo de uma hora por dia o limite de tolerância, desde que comprovada a necessidade e de acordo com o interesse da Administração Pública, nos termos de regulamento. § 2º A flexibilização da jornada diária de trabalho do servidor estudante impede outras concessões relativas à jornada de trabalho.

CAPITULO VI

DAS INDENIZAÇÕES E GRATIFICAÇÕES Art.176. Aos integrantes das carreiras dos Analistas e Assistentes do Sistema Prisional, poderão ser atribuídas verbas indenizatórias e gratificação, em especial: I- ajuda de custo, em caso de remoção de ofício ou designação para serviço ou estudo que importe em alteração do domicílio, no valor de um mês de salário do servidor; II- diárias na forma da legislação vigente; III- transporte; IV- em favor do servidor e de seus dependentes, em caso de remoção ex officio ou por conveniência da disciplina, compreendidos o cônjuge ou companheiro e os descendentes; V- em favor do servidor, no caso de deslocamento a serviço, fora da sede de exercício; VI- gratificação por encargo de curso ou concurso, por hora-aula proferida em cursos de formação, capacitação e especialização, nos termos de regulamento; VII- assistência médico-hospitalar, na forma de regulamento; VIII- auxílio-funeral, mediante a comprovação da execução de despesas com o sepultamento de servidor, no valor de até um mês de vencimento ou provento percebido na data do óbito; IX- translado ou remoção quando ferido, acidentado ou falecido em serviço;

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X- adicional de desempenho, nos termos da legislação em vigor; XI- prêmio de produtividade, nos termos da legislação específica; XII- décimo terceiro salário, correspondente a um doze avos da remuneração a que fizer jus no mês de dezembro, por mês de exercício no respectivo ano; XIII- gratificação de férias regulamentares correspondente a um terço do salário do servidor; XIV- gratificação por risco de contágio, com a amplitude e condições estabelecidas por lei específica; XV- indenização securitária para o servidor do sistema prisional que for vítima de acidente em serviço que ocasione aposentadoria por invalidez ou morte, no valor de vinte vezes o valor da remuneração mensal percebida na data do acidente, até o limite de R$ 40 salários mínimos vigente; e XVI- percepção do valor referente à diferença de vencimento entre o seu cargo e aquele para o qual vier a ser designado para fins de substituição, em termos de regulamento.

Art.177. Salvo por imposição legal, ordem judicial ou autorização do servidores Analistas e Assistentes do Sistema Prisional, nenhum desconto incidirá sobre os vencimentos, provento ou pensão. Parágrafo Único. As reposições e indenizações em favor do erário serão descontadas em parcelas mensais de valor não excedente à décima parte dos vencimentos, provento ou pensão, salvo comprovada má-fé, regularmente apurada em processo judicial, caso em que poderá ser imposta à integralidade dos vencimentos.

Art.178. São funções privativas da carreira do Analista ou Assistente Prisional: I- Superintendente de Atendimento ao Preso; II – Diretorias da Superintendência de Atendimento ao Preso; III - Gerente Administrativo Prisional; IV – Gerente de Atendimento Prisional; V - Coordenador Administrativo Prisional; VI - Coordenador de Atendimento Prisional. Art.179. Fica criada a gratificação pelo exercício da função de gerência e coordenação no âmbito da Subsecretaria de Administração Prisional nas funções privativas das carreiras do Analista ou Assistente Prisional.

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Art.180. Os ocupantes do cargo de Analista ou Assistente Prisional perceberão entre outras previstas em Lei, as seguintes vantagens pecuniárias: I – gratificação pelo exercício da função de Superintendente; II – gratificação pelo exercício da função de direção; III - gratificação pelo exercício da função de gerencia; IV - gratificação pelo exercício da função de coordenação. Art.181. Ao Analista ou Assistente Prisional investido em função de Superintendente, gerência e coordenação é devido uma gratificação pelo seu exercício, conforme descritos no artigo anterior. § 1º Os valores correspondentes às gratificações do art. 180 integrarão a base de cálculo para concessão de gratificação natalina e de adicional de férias; § 2º As gratificações a que se referem os incisos I, II, III e IV do artigo anterior serão incluídas na base de cálculos dos proventos da aposentadoria, no cargo de Analista ou Assistente Prisional na forma da lei. Art.182. As gratificações previstas nos incisos I, II, III e IV do art. 180, serão calculadas sobre o valor do vencimento básico do Analista ou Assistente Prisional do grau “J” do nível 5 da respectiva carreira do servidor, indiferente do nível em que estiver posicionado, quando investido nas funções de Superintendente, Gerência e Coordenação e serão concedidos de acordo com o nível de complexidade das tarefas, nos seguintes moldes: I – cento e oitenta por cento da função de Superintendente; II – cento e setenta e cinco por cento para a função de direção; II - cento e sessenta e cinco por cento para a função de gerencia; III – cento e quarenta e cinco por cento para a função de coordenação. Parágrafo Único - As gratificações de que se trata este artigo serão limitadas aos integrantes da carreira de Analista ou Assistente Prisional de que trata esta lei. Art.183. As gratificações referidas nos incisos I, II, III e IV do art. 180 serão incorporadas aos proventos de aposentadoria às pensões, considerando-se, para tal fim, a média aritmética das últimas sessenta parcelas da gratificação, percebidas anteriormente à aposentadoria ou à instituição da pensão, observando o prazo mínimo de percepção estabelecido no parágrafo único do artigo 7° da lei n° 64, de 25 de março de 2002.

CAPÍTULO VII

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DA AVALIAÇÃO E DO ADICIONAL DE DESEMPENHO

Seção I DA AVALIAÇÃO

Art.184. A avaliação de desempenho individual a que se refere o inciso II do § 2° do art. 144 e inciso III do § 2° do art. 145 desta lei observará as seguintes competências essenciais: I – alinhamento institucional; II – orientação para resultados; III – comprometimento profissional; IV – compartilhamento de informações e conhecimentos; e V – relacionamento interpessoal. § 1º Os critérios a que se refere este artigo e o sistema de avaliação de desempenho serão definidos em regulamento. § 2º A comissão de avaliação de desempenho será presidida pelo Diretor da unidade de lotação do servidor.

Seção II DO ADICIONAL DE DESEMPENHO

Art.185. O Adicional de Desempenho – ADE – constitui vantagem remuneratória concedida mensalmente aos servidores Analista ou Assistente Executivo de Defesa Social do Sistema Prisional que tenha ingressado no serviço público após a publicação da Emenda à Constituição nº 57, de 15 de julho de 2003, ou que tenha feito a opção prevista no art. 115 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição do Estado e que cumprir os requisitos estabelecidos nesta lei complementar. § 1º O valor do ADE será determinado a cada ano, levando-se em conta o número de ADIs e de AEDs satisfatórias obtidas pelo servidor do sistema prisional. § 2º A avaliação de desempenho individual – ADI – e a avaliação especial de desempenho – AED – serão realizadas em conformidade com Instrução da Secretaria de Defesa Social e legislação vigente. § 3º O servidor do sistema prisional da ativa, ao manifestar a opção de que trata o "caput", fará jus ao ADE a partir do exercício subsequente. § 4º A partir da data da opção pelo ADE, não serão concedidas novas vantagens por tempo de serviço ao servidor do sistema prisional, asseguradas aquelas já concedidas.

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§ 5º O somatório de percentuais de ADE e de adicionais por tempo de serviço, na forma de quinquênio ou trintenário, não poderá exceder a 90% (noventa por cento) do vencimento básico do servidor do agente de Segurança prisional. § 6º O servidor do sistema prisional poderá utilizar, para fins de aquisição do ADE, o período anterior à sua opção por esse adicional, que será considerado de resultado satisfatório, salvo o período já computado para obtenção de adicional por tempo de serviço na forma de quinquênio. Art.186. São requisitos para a obtenção do ADE a conclusão do estágio probatório pelo servidor e ter obtido resultado satisfatório na ADI ou na AED. § 1º Para fins do disposto no "caput", considera-se satisfatório o resultado igual ou superior a 70% (setenta por cento). § 2º O período anual considerado para aferição da AED terá início no dia e no mês do ingresso do Inspetor de Segurança Penal. § 3º Na ADI e na AED será considerado fator de avaliação o aproveitamento em curso profissional realizado pela EFES. § 4º A regulamentação da ADI e da AED, no que se refere ao disposto no § 3º será efetivada por Instrução da Secretaria de Defesa Social. Art.187. Os valores máximos do ADE correspondem a um percentual do vencimento básico servidores analistas Técnicos e assistentes Técnicos do Sistema Prisional, estabelecido conforme o número de AEDs e ADIs com resultado satisfatório por ele obtido, assim definidos conforme Decreto n° 46.032 de agosto de 2012. I- para três AEDs e ADIs (após conclusão do estágio probatório e se tiver tempo mínimo para ser avaliado com servidor estável-150 dias) com resultado satisfatório: 6% (seis por cento); II- para cinco (3) AEDs e (2) ADIs com resultado satisfatório: 10% (dez por cento); III- para dez AEDs e ADIs com resultado satisfatório: 20% (vinte por cento); IV- para quinze AEDs e ADIs com resultado satisfatório: 30% (trinta por cento); V- para vinte AEDs e ADIs com resultado satisfatório: 40% (quarenta por cento); VI- para vinte e cinco AEDs e ADIs com resultado satisfatório: 50% (cinquenta por cento); VII- para trinta AEDs e ADIs com resultado satisfatório: 60% (sessenta por cento); VIII- para trinta e cinco AEDs e ADIs com resultado satisfatório: 70% (sessenta por cento). § 1º O servidor do sistema prisional que fizer jus à percepção do ADE continuará percebendo o adicional no percentual adquirido até atingir o número necessário de AEDs e ADIs com

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resultado satisfatório para alcançar o nível subsequente definido nos incisos do "caput" deste artigo. § 2º O valor do ADE não será cumulativo, devendo o percentual apurado a cada nível substituir o percentual anteriormente percebido pelo servidor. § 3º O servidor do sistema prisional que não for avaliado, por estar totalmente afastado de suas atividades, por mais de cento e vinte dias, devido a problemas de saúde, terá o resultado de sua AED ou ADI fixado em 70% (setenta por cento), enquanto perdurar essa situação. § 4º Se o afastamento previsto no § 3º for decorrente de acidente de serviço ou de moléstia profissional, o servidor estável de que trata esta lei permanecerá com o resultado da sua última AED ou ADI, se este for superior a 70% (setenta por cento). § 5º Ao servidor do sistema prisional submetido a readaptação de função, a outras restrições decorrentes de problemas de saúde, ou que tenha sofrido acidente no exercício de suas atividades, serão asseguradas, pelo Subsecretário de Administração Prisional, condições especiais para a realização da AED e da ADI, observadas suas limitações. § 6º O servidor afastado do exercício de suas funções por mais de cento e vinte dias, contínuos ou não, durante o período considerado para a AED e ADI, não será avaliado, quando o afastamento for devido a: I- licença para tratar de interesse particular, sem vencimento; II- ausência, conforme a legislação civil; III- privação ou suspensão de exercício de cargo ou função, nos casos previstos em lei; IV- cumprimento de sentença penal ou de prisão judicial, sem o exercício das funções; e V- exercício temporário de cargo público de outra esfera de governo. Art.188. O ADE será incorporado aos proventos do servidor do sistema prisional quando de sua aposentadoria, em valor correspondente a um percentual de seu vencimento básico, estabelecido conforme o número de avaliação de desempenho com resultado satisfatório por ele obtido, respeitado os seguintes percentuais máximos: I- para trinta ADIs e AEDs com resultado satisfatório: até 70% (setenta por cento); II- para vinte e nove ADIs e AEDs com resultado satisfatório: até 66% (sessenta e seis por cento); III- para vinte e oito ADIs e AEDs com resultado satisfatório: até 62% (sessenta e dois por cento);

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IV- para vinte e sete ADIs e AEDs com resultado satisfatório: até 58% (cinquenta e oito por cento); V- para vinte e seis ADIs e AEDs com resultado satisfatório: até 54% (cinquenta e quatro por cento). § 1º O valor do ADE a ser incorporado aos proventos do servidor será calculado por meio da multiplicação do percentual definido nos incisos I a V do "caput" pela centésima parte do resultado da média aritmética simples dos resultados satisfatórios obtidos nas ADIs e AEDs durante a carreira. § 2º Para fins de incorporação aos proventos dos servidores dos sistema prisional que não alcançarem o número de resultados satisfatórios definidos nos incisos do "caput", o valor do ADE será calculado pela média aritmética das últimas sessenta parcelas do ADE percebidas anteriormente à sua aposentadoria ou à instituição da pensão.

CAPÍTULO VIII

DAS LICENÇAS, DOS AFASTAMENTOS E DISPONIBILIDADES Art.189. O servidor do sistema prisional poderá ser licenciado: I- para tratamento de saúde; II- por motivo de doença em pessoa de sua família; III- por acidente em serviço que impossibilite a execução das atividades, ou atacado de doença profissional; IV- por motivo de maternidade, paternidade e adoção; V- quando convocado para serviço militar; VI- para tratar de interesses particulares; VII- para o servidor ou servidora casado ou em união estável com outro servidor ou servidora; VIII- dos afastamentos e das disponibilidades; IX- e outras previstas em lei.

Seção I PARA TRATAMENTO DE SAÚDE

Art.190. A licença para tratamento de saúde será concedida a pedido do servidor ou ex ofício, sem prejuízo dos vencimentos e demais vantagens, indispensável a avaliação médica.

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Art.191. O servidor licenciado para tratamento de saúde não poderá dedicar-se a qualquer outra atividade remunerada. Art.192. A licença para tratamento de saúde depende de inspeção por junta médica oficial. § 1º A licença concedida dentro de sessenta dias do término da anterior é considerada prorrogação. § 2º O servidor da carreira do sistema prisional que, no curso de doze meses imediatamente anteriores ao requerimento de nova licença, houver se licenciado por período contínuo ou descontínuo de três meses deverá submeter-se à verificação de invalidez. § 3º Declarada a incapacidade definitiva para o serviço, o servidor do sistema prisional será afastado de suas funções e aposentado, ou, se considerado apto, reassumirá o exercício das funções imediatamente ou ao término da licença. Art.193. O servidor atacado por doenças graves definidas em portaria ministerial ou legislação específica será compulsoriamente licenciado, com vencimento ou remuneração integral e demais vantagens. Parágrafo Único. Para verificação das moléstias referidas neste artigo, a inspeção médica será feita obrigatoriamente por uma junta médica oficial, de três membros. Art.194. A licença será convertida em aposentadoria, antes do prazo estabelecido, quando assim opinar a junta médica, por considerar definitiva para o serviço público, a invalidez do servidor.

Seção II PARA TRATAMENTO DE PESSOA DE SUA FAMÍLIA

Art.195. A licença por motivo de doença em pessoa da família será concedida, com vencimentos integrais, pelo prazo máximo de trinta dias, admitida a prorrogação, sem remuneração, por até cento e vinte dias. § 1º A licença somente será concedida se a assistência direta do servidor for indispensável e não puder ser dada simultaneamente com o exercício do cargo. § 2º O requerimento da licença por motivo de doença em pessoa da família deverá ser instruído com laudo expedido por junta médica oficial. § 3º Considera-se, para o efeito deste artigo, como pessoa da família, cônjuge, companheiro, ascendente, descendente, irmão, ou pessoa que viva sob a dependência econômica comprovada pelo servidor.

Seção III POR ACIDENTE EM SERVIÇO QUE IMPOSSIBILITE A EXECUÇÃO DAS ATIVIDADES, OU

ATACADO DE DOENÇA PROFISSIONAL

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Art.196. Será concedida licença por acidente em serviço, pelo prazo máximo de dois anos, observado as seguintes condições: I- configura acidente em serviço o dano físico ou mental que se relacione, mediata ou imediatamente, com as funções exercidas; II- equipara-se ao acidente em serviço o dano decorrente de agressão física sofrida no exercício funcional ou em deslocamento em virtude do trabalho; III- a licença será concedida sem prejuízo dos vencimentos e vantagens inerentes ao exercício do cargo; IV- caso o acidentado em serviço necessite de tratamento especializado não disponível em instituição pública, poderá ter tratamento em instituição privada à conta de recursos do Estado de Minas Gerais, desde que recomendado por junta médica oficial; e V- deverá ser comprovado o acidente no prazo de trinta dias, contado de sua ocorrência, prorrogável quando as circunstâncias o exigirem, na forma de regulamento. Parágrafo Único. Aplicam-se à licença por acidente em serviço as disposições pertinentes à licença para tratamento de saúde.

Seção IV

POR MOTIVO DE MATERNIDADE, PATERNIDADE E ADOÇÃO

Art.197. À servidora gestante será concedida licença-maternidade por cento e vinte dias, contados a partir da data do parto, com remuneração integral, mediante a apresentação de atestado médico na unidade de recursos humanos do órgão ou entidade de lotação. § 1º A licença poderá ter início a partir do primeiro dia do nono mês de gestação, a pedido da servidora. § 2º Antes do período estabelecido no § 1º, a servidora poderá afastar-se para tratamento de saúde por recomendação de médico assistente, nos termos da Seção VII deste Capítulo. § 3º A licença-maternidade poderá ser prorrogada pelo prazo de sessenta dias, na forma da legislação específica. § 4º No caso de natimorto ou de falecimento do recém-nascido durante o prazo da licença, a servidora será submetida a exame médico ao término do prazo de trinta dias a contar do evento e, se julgada apta, reassumirá o exercício das funções do cargo. § 5º No caso de aborto atestado por perícia médica oficial, a servidora terá direito a trinta dias de repouso remunerado. Art.198. O servidor terá direito à licença-paternidade por oito dias consecutivos, contados da data do nascimento.

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Art.199. Será concedida licença em virtude de adoção ou concessão de guarda judicial de criança, conforme critérios definidos em regulamento.

Seção V QUANDO CONVOCADO PARA SERVIÇO MILITAR

ART.200. Ao servidor do sistema prisional, que for convocado para o serviço militar e outros encargos de segurança nacional, será concedida licença com vencimento ou remuneração e demais vantagens, descontada mensalmente a importância que receber na qualidade de incorporado. § 1º A licença será concedida mediante comunicação do servidor ao superior hierárquico da unidade ou do serviço, acompanhada de documento oficial de que prove a incorporação. § 2º O servidor desincorporado reassumirá imediatamente o exercício, sob pena de perda do vencimento ou remuneração e, se a ausência exceder a trinta dias, de demissão, por abandono do cargo. § 3º Tratando-se de servidor cuja incorporação tenha perdurado pelo menos um ano, o superior hierárquico da unidade ou serviço a que tiver de se apresentar o funcionário poderá conceder-lhe o prazo de 15 (quinze dias) úteis para reassumir o exercício, sem perda de vencimento ou remuneração. § 4º Quando a desincorporação se verificar em lugar diverso do exercício, os prazos para a apresentação do funcionário à sua repartição ou serviço serão os marcados a partir de 30 (trinta) dias a partir da data de dispensa oficial.

Seção VI

PARA TRATAR DE INTERESSES PARTICULARES Art.201. Depois de três anos de exercício, o servidor do sistema prisional poderá obter licença, sem vencimento ou remuneração, para tratar de interesses particulares. § 1º A licença poderá ser de dois anos prorrogada por igual período uma vez ; §2º. A licença poderá ser negada quando o afastamento do servidor for inconveniente ao interesse do serviço. § 2º O servidor deverá aguardar em exercício a concessão da licença. Art.202. Não será concedida licença para tratar de interesses particulares ao servidor nomeado, removido ou transferido, antes de assumir o exercício. Art.203. Não será, igualmente, concedida licença para tratar de interesses particulares ao servidor que, a qualquer título, estiver ainda obrigado a indenização ou devolução aos cofres públicos. Art.204. O servidor poderá, a qualquer tempo, reassumir o exercício desistindo da licença.

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Art.205. A autoridade que houver concedido à licença poderá, a todo tempo, desde que o exija o interesse do serviço público, cassá-la, marcando razoável prazo para que o servidor licenciado reassuma o exercício.

Seção VII

PARA O SERVIDOR (A) CASADO (A) OU EM UNIÃO ESTÁVEL COM OUTRO SERVIDOR (A) Art.206. Aos servidores casados ou em união estável com outro servidor (a) estadual, federal ou militar, terá direito a licença, sem vencimento ou remuneração, quando o esposa (a) ou companheiro (a) for mandado servir, independentemente de solicitação, em outro ponto do Estado ou do território nacional ou no estrangeiro. Parágrafo Único. A licença será concedida mediante pedido, devidamente instruído, e vigorará pelo tempo que durar a comissão ou nova função do esposo (a).

Seção VIII DOS AFASTAMENTOS E DAS DISPONIBILIDADES

Art.207. Sem prejuízo da remuneração, os servidores do sistema prisional poderão afastar-se de suas funções por oito dias consecutivos por motivo de: I- casamento; e II- falecimento de cônjuge ou companheiro, ascendente, descendente, sogro (a) ou irmão. Parágrafo Único. No caso do inciso I deste artigo, o servidor comunicará seu afastamento, com antecedência, ao diretor da unidade prisional a que esteja subordinado. Art.208. Conceder-se-á afastamento ao servidor, sem prejuízo da remuneração: I- para frequentar cursos relacionados com o exercício das funções do cargo ocupado pelo servidor, até mesmo no exterior, pelo prazo de dois anos, prorrogável até o máximo de quatro anos; II- para participar de congressos, seminários ou encontros relacionados com o exercício da função, pelo prazo estabelecido no ato que o autorizar; III- para exercer a presidência de entidade sindical representativa de servidores do sistema prisional, constituída na forma da legislação, pelo período do mandato; IV- para atender a outras entidades públicas, na forma de regulamento, quando autorizado pelo Governador do Estado. § 1º O afastamento a que se refere o inciso I não será concedido ao servidor em estágio probatório ou que esteja submetido a sindicância, inquérito ou processo administrativo disciplinar.

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§ 2º Os afastamentos previstos nos incisos I e II obrigam ao atendimento dos interesses institucionais, à apresentação de relatório circunstanciado e certificados que comprovem as atividades desenvolvidas. § 3º O servidor que não comprovar o aproveitamento da atividade desempenhada, na forma do parágrafo anterior, nos trinta dias subsequentes ao seu término, perderá o tempo de serviço correspondente ao afastamento. § 4º O servidor que tenha se afastado das funções para estudo, especialização ou aperfeiçoamento, sem prejuízo da remuneração ou com ônus para a Administração Pública, ficará obrigado a prestar serviços pelo prazo correspondente ao período de afastamento ou ressarcir o Estado da importância despendida, inclusive com o custeio da viagem, em conformidade com o disposto em regulamento. Art.209. O servidor do sistema prisional afastado, não pode exercer nenhuma outra função, pública ou particular, diversa da que motivou o ato, sob pena de cassação e do imediato retorno às atividades. Art.210. O servidor poderá, ainda, afastar-se das funções do cargo para: I- exercer cargo público eletivo ou a ele concorrer; II- exercer cargo de Ministro de Estado, Secretário de Estado ou de Município, ou ainda, a direção de órgão autônomo; III- tratar de interesses particulares, pelo prazo máximo de dois anos. § 1º Não será permitido, na hipótese deste artigo, o afastamento de servidor do sistema prisional submetido a processo administrativo disciplinar, que esteja em estágio probatório ou que reúna as condições previstas para aposentadoria. § 2º O afastamento previsto no inciso II implicará a percepção exclusiva dos vencimentos e das vantagens da função pública a ser exercida. § 3º O afastamento previsto no inciso III não será considerado como efetivo exercício e dar-se-á sem vencimentos e vantagens. § 4º O afastamento do servidor para concorrer a cargo público eletivo dar-se-á sem prejuízo da percepção de vencimentos e vantagens. Art.211. A autoridade que houver concedido a licença poderá, a todo tempo, desde que exija o interesse público, cassa-la, marcando razoável prazo para que o funcionário licenciado reassuma o exercício.

CAPÍTULO IX

DA APOSENTADORIA, DOS PROVENTOS, DAS PENSÕES E VACÂNCIAS

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Seção I DA APOSENTADORIA

Art.212. O servidor da carreira de Analista ou Assistente Prisional será aposentado: I- compulsoriamente; II- voluntariamente; e III- por invalidez. § 1º A aposentadoria do servidor da carreira de Analista ou Assistente Prisional obedecerá o disposto na Constituição da República Federativa do Brasil. § 2º A aposentadoria compulsória do servidor do sistema prisional da carreira administrativa, para serviço extraordinário, ocorre aos setenta anos de idade e nos termos da Constituição da República Federativa do Brasil. § 3º Para a obtenção do tempo de efetivo exercício nos cargos das carreiras do sistema prisional, poderá ser considerado o tempo de serviço prestado como Analista Executivo de Defesa Social e Assistente Executivo de Defesa Social para o servidor que fizer a opção de que trata o caput do art. 3087 desta Lei.

Seção II DOS PROVENTOS

Art.213. Os proventos da aposentadoria dos servidores da carreira de Analistas e Assistentes Prisional serão iguais a remuneração correspondente ao cargo em que ela ocorreu, devendo ser reajustados na mesma data, proporção, percentual, benefícios ou vantagens dos aumentos concedidos, a qualquer título, aos servidores em atividade.

Seção III

DA VACÂNCIA

Art.214. A vacância do cargo decorrerá de: I- exoneração; II- demissão; III- promoção; IV- aposentadoria; V- posse em outro cargo, desde que dela se verifique acumulação vedada; VI- falecimento.

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Art.215. Verificada vaga em uma carreira, serão, na mesma data, consideradas abertas todas as que decorrerem do seu preenchimento. Parágrafo Único. Verifica-se a vaga na data: I- do falecimento do ocupante do cargo; II- da publicação do decreto que transferir, aposentar, demitir ou exonerar o ocupante do cargo; III- da publicação da lei que criar o cargo, e conceder dotação para o seu provimento, ou da que determinar apenas esta última medida, se o cargo estiver criado; IV- da aceitação de outro cargo pela posse do mesmo, quando desta decorra acumulação legalmente vedada. Art.216. Quando se tratar de função gratificada, dar-se-á a vacância por: I- dispensa a pedido do servidor; II- dispensa a critério do subsecretário de administração prisional, mediante ato motivado; III- não haver o funcionário designado assumido o exercício dentro do prazo legal; IV- destituição da função. Paragrafo Único. A destituição de função dar-se-á: I- quando se verificar a falta de exação no seu desempenho; II- quando se verificar que, por negligência ou benevolência, o servidor contribuiu para que se não apurasse, no devido tempo, a falta de outro.

TITULO IV

CAPÍTULO I

DO REGIME DISCIPLINAR

Seção I Das Disposições Gerais

Art.217. O regime disciplinar estabelecido nesta Lei aplica-se ao servidor legalmente

investido em cargo público ou função pública das carreiras do Sistema Prisional.

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Art.218. Compete ao titular da Subsecretaria de Administração Prisional e gestores de

unidades:

I– instituir mecanismos voltados à promoção e ao fortalecimento da integridade funcional

do servidor público, no âmbito do Sistema de Defesa Social;

II– fixar diretrizes e ações para divulgação eficaz sobre os direitos, responsabilidades,

deveres e proibições, consignadas nesta Lei e demais normas vigentes, inerentes ao servidor

público, no âmbito do Sistema Prisional, objetivando prevenir e coibir a ocorrência de ilícitos

e irregularidades;

III– desenvolver e aperfeiçoar programas de capacitação especificamente concebidos aos

servidores públicos encarregados de prevenir e combater a corrupção e demais

irregularidades, no âmbito do Sistema Prisional; e

IV– assegurar independência e autonomia apropriadas ao exercício da função correcional

aos servidores responsáveis pelos trabalhos de prevenção, apuração e acusação, em casos

que envolvam corrupção e demais irregularidades, devendo os órgãos e entidades

disponibilizar, de forma célere e eficaz, as diligências e documentos solicitados nas

apurações.

Art.219. Regulamentos específicos de iniciativa do Poder Executivo deverão ser

estabelecidos para contemplar procedimentos a serem adotados ao prestador de serviços

contratado pela Administração Pública.

Art.220. O servidor público que receber ordem capaz de causar prejuízo à Administração

Pública, por ser ela manifestamente ilegal, antiética, imprópria ou em desacordo com as

disposições desta Lei, tem o dever de denunciar o fato à autoridade competente, sob pena

de responsabilidade.

CAPÍTULO II

DAS RESPONSABILIDADES

Art.221. O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de

suas atribuições.

Art.222. A responsabilidade administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo, doloso ou

culposo, praticado pelo servidor no desempenho do cargo ou função.

§ 1º A legítima defesa, o estado de necessidade, o estrito cumprimento do dever legal e o

exercício regular do direito, quando comprovados, excluem a responsabilidade funcional.

§ 2º Considera-se legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários,

repele injusta agressão moral ou física, atual ou iminente, que atinja ou vise atingir o

servidor, seus superiores hierárquicos ou colegas, ou patrimônio da instituição a que servir.

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§ 3º Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual,

que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou

alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se.

Art.223. Extingue-se a responsabilidade administrativa:

I – com a morte do servidor; e

II – pela prescrição do direito de agir do Estado ou de suas entidades em matéria disciplinar.

Art.224. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo,

que acarrete prejuízo pecuniário à Administração Pública ou a terceiros.

§ 1º A indenização ou ressarcimento de prejuízo causado à Administração Pública será

liquidada de imediato ou mediante prestações descontadas em parcelas mensais, não

excedentes à quinta parte da remuneração ou proventos, em valores atualizados, com a

autorização prévia do servidor.

§ 2º Caso o servidor não promova o imediato ressarcimento ou indenização, ou não autorize

o desconto nos limites legalmente previstos, o valor do dano causado ao erário será cobrado

judicialmente.

§ 3º Tratando-se de dano causado a terceiros, o servidor responderá perante a

Administração Pública, por meio de ação regressiva, na forma prevista em lei.

§ 4º A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles poderá ser

executada, até o limite do valor do eventual patrimônio transferido.

Art.225. Após apuração, em devido processo administrativo, instruído na forma do art. 5º,

inc. LV, da Constituição da República, a responsabilidade dolosa ou culposa do

servidor pelos prejuízos que causar à Administração Pública caracteriza-se, notadamente,

pela prática das seguintes condutas:

I – sonegação de valores e objetos confiados à sua guarda ou responsabilidade;

II – omissão do dever de prestar contas, ou de tomá-las, quando for o caso, na forma e prazo

estabelecidos em lei, regulamento, regimento, instrução e ordem de serviço;

III – ocorrência de faltas, danos, avarias ou quaisquer outros prejuízos sofridos pelos bens e

os materiais sob sua guarda ou sujeitos a seu exame ou fiscalização;

IV – falta ou inexatidão das necessárias averbações nas notas de despacho, guias, demais

documentos da receita e outros que tenham com eles relação; e

V – qualquer erro de cálculo ou redução contra a Fazenda Estadual.

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Art.226. A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao

servidor, nessa qualidade.

Art.227. A responsabilidade administrativa não exime o servidor da sua responsabilidade

civil ou penal, podendo as sanções civis, penais e administrativas cumularem-se por serem

independentes entre si.

§ 1º A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição

criminal que negue a existência do fato ou a sua autoria.

§ 2º Se o comportamento funcional irregular do servidor configurar, ao mesmo tempo,

infração administrativa e responsabilidade civil e/ou penal, a autoridade que determinar a

instauração do procedimento disciplinar adotará providências para a apuração do ilícito civil

ou penal, quando for o caso, durante ou depois de concluídos a sindicância ou o processo

administrativo.

§ 3º Quando a infração estiver capitulada como crime, cópias dos documentos que instruem

o processo disciplinar serão remetidas à Autoridade Policial ou ao Ministério Público,

objetivando possível instauração de inquérito policial ou ação penal, ficando os originais à

disposição das autoridades competentes.

CAPÍTULO III

DOS DEVERES FUNDAMENTAIS

Art.228. São deveres dos servidores do Sistema Prisional:

I – ser assíduo;

II – ser pontual;

III – ser discreto;

IV – ser leal às instituições a que servir;

V – desempenhar suas funções com ética;

VI – observar as normas legais e regulamentares;

VII – manter conduta compatível com a moralidade pública;

VIII – tratar com urbanidade as pessoas;

IX – manter-se atualizado com as leis e demais atos normativos que digam respeito às suas

funções;

X – desempenhar com zelo e presteza os encargos que lhe forem confiados;

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XI – apresentar-se convenientemente trajado em serviço ou, quando for o caso, com

uniforme determinado;

XII – cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais ou contrárias ao

interesse público;

XIII – atender, preferencialmente, às requisições de documentos, informações ou

providências que lhe forem feitas pelas autoridades judiciárias ou administrativas, para a

defesa do Estado em juízo;

XIV – atender com presteza:

a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as que estiverem

resguardadas por sigilo, na forma do inciso XXXIII do art. 5º, da Constituição da República,

regulamentado pela Lei 12.527/2011;

b) à expedição de certidões, informações e documentos requeridos para defesa de direito,

ou esclarecimento de situações, de interesse pessoal; e

c) às solicitações de informações e documentos destinados à instrução de procedimento

administrativo.

XV – guardar sigilo sobre assunto do setor de trabalho, devendo comunicar à chefia imediata

ou equivalente possível irregularidade que tiver ciência;

XVI – zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público;

XVII – providenciar a atualização no assentamento individual dos seus dados pessoais;

XVIII – permanecer em seu local de trabalho, ainda que finda a escala de serviço, até a

chegada do respectivo substituto ou a liberação pelo superior, nos casos de serviços

considerados por lei de natureza essencial, desde que haja compensação de jornada ou

remuneração de serviço extraordinário;

XIX – apresentar-se à unidade indicada, dentro do prazo estabelecido, quando do término da

disponibilidade, demais afastamentos legais, ou da licença para tratar de interesse

particular, independentemente de prévia comunicação, ressalvados os casos previstos em

Lei;

XX – seguir rigorosamente o tratamento médico adequado à doença diagnosticada, ou o

motivo da licença, devendo o setor de recursos humanos acompanhar a observância do

disposto neste inciso;

XXI – entregar declaração de seus bens e valores ao setor competente, quando do início e

término do exercício em qualquer cargo ou função; e

XXII – fomentar e preservar a ordem e a disciplina nas unidades prisionais.

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CAPÍTULO IV

DAS PROIBIÇÕES

Art.229. Ao servidor público do Sistema Prisional é proibido:

I – deixar de comparecer ao trabalho sem justificativa, com prejuízo para o serviço;

II – ausentar-se do serviço durante o expediente sem autorização da chefia;

III – proceder de forma desidiosa;

IV – opor resistência injustificada ao andamento de documento, processo ou execução de

serviço;

V – recusar fé a documentos públicos;

VI – valer-se do cargo ou função para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento

da dignidade da função que exerce;

VII – exigir, solicitar ou receber, direta ou indiretamente, em razão do cargo ou função,

vantagem indevida de qualquer espécie, em benefício próprio ou de terceiro, ou aceitar

promessa de tal vantagem;

VIII – requisitar ou utilizar transporte indevidamente;

IX – referir-se de modo depreciativo, nos atos da Administração Pública, podendo, porém,

em trabalho assinado, expor seu ponto de vista fundamentadamente.

X – constranger, em serviço, servidor ou outrem, quanto à sua orientação sexual ou praticar

qualquer ato de discriminação, tais como de gênero, raça, crença ou religião;

XI – coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a partido político ou associação;

XII – participar de diretoria, gerência, administração, conselho técnico ou administrativo, de

empresa ou sociedade privada:

a) prestadora de serviço público;

b) fornecedora de equipamento ou material de qualquer natureza ou espécie a qualquer

órgão ou entidade estadual; e

c) de consultoria técnica que execute projetos e estudos, inclusive de viabilidade, para

órgãos e entidades públicas.

XIII – participar de gerência ou administração de empresa comercial, ou exercer comércio,

exceto na qualidade de acionista, quotista ou comandatário;

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XIV – revelar fato, senha ou informação de natureza sigilosa de que tenha ciência em razão

do cargo ou função;

XV – modificar sistema de informação ou programa de informática, sem autorização ou

solicitação de autoridade competente;

XVI – utilizar pessoal, empregar material ou quaisquer bens do Estado em atividades

particulares;

XVII- dedicar-se a qualquer ocupação estranha ao serviço no horário e local de trabalho, para

tratar de interesse particular, em prejuízo de suas atividades;

XVIII – retirar qualquer objeto ou documento das repartições públicas, salvo quando

previamente autorizado pela autoridade competente, excetuando as atividades que

motivadamente assim o exigirem;

XIX – fazer cobranças ou despesas em desacordo com o estabelecido na legislação fiscal e

financeira;

XX – deixar de prestar informação em procedimento administrativo, quando regularmente

intimado ou de atender à convocação da autoridade correicional ou de seus representantes,

salvo por motivo justificado;

XXI – exercer cargo ou função antes de atendidos os requisitos legais ou continuar a exercê-

los sabendo-o indevidamente;

XXII – ter sob suas ordens, em cargo em comissão ou função de confiança, cônjuge,

companheiro ou parente até o segundo grau ou afim, salvo se tratar de servidor ocupante

de cargo em provimento efetivo ou de função pública já lotado na mesma unidade;

XXIII – promover ou praticar, de qualquer forma, mercancia ou outros negócios econômicos

dentro da repartição pública;

XXIV - atuar como procurador ou intermediário, junto às instituições públicas, salvo quando

se tratar de remuneração, benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o

segundo grau e de cônjuge ou companheiro;

XXV – conceder ou receber indevidamente diárias integrais ou parciais;

XXVI – recusar-se injustificadamente a ser submetido à inspeção médica determinada por

autoridade competente, nos casos previstos em lei.

XXVII – incitar a desordem e a indisciplina nas unidades prisionais.

XXVIII- deixar de comunicar ao superior imediato, ou equivalente, qualquer informação que

tiver conhecimento sobre fato que possa causar comoção ou repercussão negativa para a

administração prisional;

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XXIX - permutar serviço ou turno de trabalho sem autorização do superior imediato, ou

equivalente;

XXX - dificultar ao servidor de hierarquia inferior a apresentação ou o recebimento de

representação, petição ou notícia, que pretenda oficializar;

XXXI - publicar, divulgar ou concorrer para a publicação, sem a devida autorização da

autoridade competente, nos meios de comunicação existentes, de documentos oficiais,

ainda que não classificados com grau de sigilo, ou de fatos ocorridos na unidade prisional

que possam desprestigiar a imagem do Sistema de Defesa Social;

XXXII - abandonar ou deixar de executar o serviço para o qual tenha sido designado;

XXXIII - omitir-se nos cuidados com a integridade física ou moral de preso sob sua custódia,

ainda que provisória;

XXXIV - negligenciar a guarda de documentos, objetos ou valores que receber em

decorrência de serviço ou em razão dele, possibilitando que se danifiquem, extraviem ou

sejam subtraídos por outrem;

XXXV - praticar em serviço, ou em decorrência desse, ofensas físicas ou verbais contra

servidores ou terceiros, salvo se em legítima defesa;

XXXVI - recusar-se a exercer a função em que se encontrar legalmente investido sob a

alegação de evitar risco pessoal;

XXXVII - omitir-se na apuração de falta disciplinar ou, não sendo competente para a

investigação, deixar de comunicá-la à autoridade competente;

XXXVIII- dar causa a investigação e a procedimento administrativo disciplinar contra

servidor, imputando-lhe infração de que sabe inocente;

XXXIX- ceder a terceiros ou fazer uso, indevidamente, de documento funcional, arma, ainda

que particular, de algema ou bens do Estado;

XL - aplicar indevidamente dinheiro público ou particular de que tiver a posse, em razão de

suas funções;

XLI - exercer qualquer atividade remunerada quando o servidor encontrar-se licenciado para

tratamento de saúde, salvo quando a atividade for licitamente acumulável, compatível e já

existente antes da licença.

CAPÍTULO V

DAS PENAS E SEUS EFEITOS

Art.230. São penas disciplinares para efeitos desta Lei:

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I – repreensão;

II – suspensão;

III – destituição de cargo em comissão ou função de confiança;

IV – demissão;

V – demissão a bem do serviço público; e

VI – cassação de aposentadoria ou disponibilidade.

Parágrafo Único. As penas previstas no caput são autônomas e aplicam-se

independentemente da sequência estabelecida neste artigo.

Art.231. As infrações a esta Lei, bem como ao regulamento, normas, padrões e exigências

técnicas dela decorrentes, serão classificadas em leves, médias, graves e gravíssimas,

levando-se em conta:

I - a intensidade do dano, efetivo ou potencial;

II - as circunstâncias atenuantes ou agravantes; e

III - os antecedentes do servidor infrator.

Seção I

DA REPREENSÃO

Art.232. A pena de repreensão será aplicada por escrito em caso de falta de cumprimento

dos deveres constantes desta Lei e de inobservância de dever funcional previsto em lei,

regulamento ou norma interna, que não justifique aplicação de penalidade mais grave.

Seção II

DA SUSPENSÃO

Art.233. A pena de suspensão será aplicada ao servidor que:

I – faltar ao cumprimento dos deveres que, pela sua natureza e gravidade, ensejarem a

penalidade prescrita no caput;

II – reincidir em falta já punida com repreensão; e

III – desrespeitar as proibições consignadas nesta Lei que, pela sua natureza e gravidade, não

ensejarem a pena de demissão.

§ 1º Para fins de análise da natureza e gravidade da infração punível disciplinarmente com a

pena de suspensão, observar-se-á o disposto no art. 231 e se a conduta irregular praticada

pelo servidor comprometeu a eficiência e eficácia do serviço público.

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§ 2º A pena de suspensão não poderá exceder a noventa dias e deverá ser aplicada de forma

ininterrupta.

§ 3º O servidor suspenso perderá, nesse período, todas as vantagens e direitos decorrentes

do exercício do cargo ou função.

Art.234. Quando houver conveniência para o serviço e mediante autorização do chefe

imediato do servidor detentor de cargo efetivo ou função pública, a pedido desse, a pena de

suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinquenta por cento) por dia de

vencimento, na proporção de tantos dias-multa quantos forem os dias de suspensão,

ficando o servidor obrigado a permanecer no serviço e exercer suas atividades no horário

normal de expediente.

Seção III

DA REABILITAÇÃO

Art.235. As penas de repreensão e suspensão terão seus registros cancelados, após

decorridos, respectivamente, 01 (um) e 03 (três) anos de efetivo exercício, se o servidor

ocupante de cargo efetivo ou função pública não houver praticado nova infração disciplinar

nesse período.

§ 1º O cancelamento do registro não surtirá efeitos retroativos.

§ 2º O servidor não será considerado reincidente após o decurso dos prazos previstos no

caput.

§ 3º A reabilitação será concedida no máximo 02 (duas) vezes.

§ 4º Compete ao setor de recursos humanos da SEDS as providências para o cancelamento

de registro de que trata este artigo.

Seção IV

DA DESTITUIÇÃO DE CARGO EM COMISSÃO OU FUNÇÃO DE CONFIANÇA

Art.236. A destituição de cargo em comissão ou função de confiança exercido por servidor

não ocupante de cargo efetivo ou função pública será aplicada nos casos de infração sujeita

às penalidades de suspensão, demissão ou demissão a bem do serviço público.

Parágrafo Único. Constatada a hipótese de que trata este artigo, mediante prova inequívoca,

a exoneração efetuada a pedido do próprio servidor ou a juízo da autoridade competente,

antes da instauração de pertinente processo administrativo disciplinar, será convertida em

destituição de cargo em comissão.

Art.237. Ficará inabilitado para o exercício de novos cargos, funções ou empregos públicos

na Administração Pública Estadual o servidor que:

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I – sendo ocupante de cargo efetivo ou detentor de função pública, tiver sido punido com a

pena de demissão ou demissão a bem do serviço público pelo prazo, respectivamente, de

dois e quatro anos; e

II – sendo ocupante de cargo em comissão, tiver sido destituído pelo cometimento de

infração sujeita à pena de suspensão, demissão ou demissão a bem do serviço público pelo

prazo, respectivamente, de um, dois e quatro anos.

Seção V

DA DEMISSÃO

Art.238. A pena de demissão será aplicada ao servidor que:

I – desrespeitar o que lhe é proibido nesta Lei que, pela sua natureza e gravidade, conforme

art.228, ensejar a penalidade prevista no caput;

II – reincidir em falta já punida com suspensão igual ou superior a sessenta dias;

III – cometer falta grave;

IV – aplicar de forma irregular dinheiro público;

V – ingerir bebida alcoólica no horário de seu expediente ou apresentar-se ao serviço em

estado de embriaguez voluntária;

VI – consumir substâncias ou drogas ilícitas que causem dependência física ou psíquica na

instituição pública, ou apresentar-se ao serviço sob seu efeito;

VII – faltar ao serviço, sem causa justificada, por trinta dias úteis intercaladamente no

período de doze meses, excetuadas as faltas decorrentes do regular exercício do direito de

greve, não podendo haver recusa na reposição dos dias faltosos;

VIII – abandonar cargo ou função pelo não comparecimento ao serviço, sem causa

justificada, por mais de vinte dias úteis consecutivos no período de doze meses, excetuadas

as faltas decorrentes do regular exercício do direito de greve, não podendo haver recusa na

reposição dos dias faltosos;

IX – acumular ilegalmente cargos, funções ou empregos públicos;

X – exercer advocacia administrativa;

XI – deixar de entrar em exercício no prazo legal, sem causa justificada, nos casos de

reversão, reintegração, readaptação, aproveitamento e remoção; e

XII – dedicar-se a serviço remunerado no período em que estiver licenciado para tratamento

de saúde, salvo nos casos permitidos em lei ou regulamento.

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Parágrafo único- Para o cômputo dos dias previstos nos incisos VII e VIII será observado o

período correspondente à escala de plantão.

Art.239. Nas condutas observadas no artigo 238, incisos V e VI, será o servidor submetido à

perícia médica oficial que verificará a necessidade de tratamento de saúde.

§ 1º Constatada a enfermidade, nos termos do caput, o servidor, durante a licença médica

ou em tratamento de saúde, fica obrigado a seguir rigorosamente o tratamento médico

adequado à doença, sob pena de responsabilidade administrativa.

§ 2º No caso de alienação mental, responderá o curador pela obrigação de que trata o § 1º

deste artigo.

§ 3º O setor de recursos humanos da SEDS, ou da unidade de exercício do servidor,

fiscalizará a observância no disposto no § 1º deste artigo.

Seção VI

DA DEMISSÃO A BEM DO SERVIÇO PÚBLICO

Art.240. A pena de demissão a bem do serviço público será aplicada ao servidor que:

I – tiver sido condenado por crime contra a fé pública, a administração pública ou a Fazenda

Estadual, com decisão transitada em julgado;

II – causar lesão aos cofres públicos;

III – dilapidar o patrimônio público;

IV – praticar ato de improbidade administrativa, nos termos da lei;

V – promover ou facilitar a fuga de presos;

VI – exigir, solicitar ou receber, direta ou indiretamente, em razão do cargo ou função,

vantagem indevida de qualquer espécie, em benefício próprio ou de terceiro, ou aceitar

promessa de tal vantagem;

VII – praticar ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa

própria ou de outrem;

VIII – quebrar sigilo funcional ou revelar segredo do qual se apropriar, em razão do cargo ou

função, para lograr proveito próprio ou alheio, ou causar dano;

IX – retirar, modificar ou substituir livro ou documento de órgão público, com o fim de criar

direito ou obrigação, ou de alterar a verdade dos fatos, bem como apresentar documento

falso com a mesma finalidade;

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X – inserir ou facilitar a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados

corretos nos sistemas informatizados ou base de dados da Administração Pública com o fim

de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano;

XI – praticar usura em qualquer de suas formas;

XII – exercer ou facilitar, em qualquer setor do serviço público, a prática de jogo de azar;

XIII – promover ou facilitar a entrada de material indevido, ou não autorizado, nas unidades

prisionais;

XIV – promover ou facilitar o tráfico ou uso indevido de produtos, substâncias ou drogas

ilícitas que causem dependência física ou psíquica; e

XV – promover ou facilitar a comunicação não autorizada de presos com terceiros.

Seção VII

DA CASSAÇÃO DE APOSENTADORIA OU DISPONIBILIDADE

Art.241. Será cassada, mediante devido processo, a aposentadoria ou disponibilidade do

inativo que:

I – houver praticado, na atividade, infração punível com demissão ou demissão a bem do

serviço público;

II – aceitar, de má-fé, cargo ou função que legalmente não poderia ocupar ou exercer; e

III – após o término da disponibilidade remunerada, não assumir, no prazo legal, o lugar

funcional em que foi aproveitado, salvo motivo de força maior.

Parágrafo Único. A cassação de que trata este artigo observará o disposto no inciso I do

artigo 237, desta Lei.

Art.242. As penalidades terão vigência a partir do primeiro dia útil subsequente à publicação

da decisão no Diário Oficial do Estado e serão registradas em nos assentamentos funcionais

do servidor, observados os prazos e efeitos processuais estabelecidos nesta Lei.

Parágrafo Único - Se o servidor punido disciplinarmente estiver em gozo de férias-prêmio ou

regulamentares, ou, ainda, afastado por licença médica, a penalidade terá vigência a partir

do primeiro dia útil subsequente ao término da situação jurídica que motivou o seu

afastamento.

Art.243. Enquanto não tiver sido concluída a sindicância ou o processo administrativo

disciplinar e não for cumprida a punição, se houver, o servidor indiciado não poderá:

I – afastar-se em licença para tratar de interesse particular ou férias-prêmio;

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II – ser exonerado a pedido.

Parágrafo Único - Ocorrida a exoneração de ofício, o ato será convertido em demissão ou

destituição, se for o caso.

CAPÍTULO VI

DA APLICAÇÃO DAS PENAS

Art.244. Na aplicação das penas disciplinares serão consideradas a natureza e a gravidade da

infração, os danos que dela provierem para o serviço público, as circunstâncias atenuantes e

agravantes e os antecedentes funcionais do servidor.

Art.245. Para a aplicação das penas disciplinares são competentes:

I – o Governador, permitida a delegação ao Controlador-Geral do Estado, para as penas de

demissão e cassação de aposentadoria;

II – o Secretário de Estado de Defesa Social, nos casos que avocar;

III – o Subsecretário de Administração Prisional, nos casos de rescisão contratual, repreensão

e suspensão até 90 (noventa) dias, envolvendo prestadores de serviços;

IV- o Corregedor da Secretaria de Estado de Defesa Social, nos casos de repreensão a

suspensão até 90 (noventa) dias; e

V – o diretor máximo de unidade prisional, quando se tratar de repreensão.

Seção I

DAS CIRCUNSTÂNCIAS ATENUANTES

Art.246. São circunstâncias atenuantes da pena:

I – haver sido mínima a cooperação do servidor para o cometimento da infração;

II – bom comportamento anterior;

III – ter obtido resultado satisfatório nas duas últimas avaliações de desempenho;

IV – agir o servidor, espontânea e eficientemente, no sentido de:

a) logo após o cometimento da infração, procurar evitar ou minorar as suas consequências;

ou

b) antes do julgamento do procedimento administrativo, reparar o dano;

V – a infração haver sido cometida pelo servidor sob coação de superior hierárquico a que

não podia resistir, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto de

terceiros; e

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VI – confissão espontânea de autoria de infração ignorada ou imputada a outrem.

Seção II

DAS CIRCUNSTÂNCIAS AGRAVANTES

Art.247. São circunstâncias agravantes da pena a premeditação, a reincidência, o conluio, a

continuação e a prática simultânea ou conexão entre duas ou mais infrações.

Parágrafo Único - A pena também será agravada se a infração for cometida mediante

dissimulação ou outro recurso que dificulte a apuração da sindicância administrativa ou do

processo disciplinar, com abuso de autoridade ou indução de outrem e durante o

cumprimento de penalidade disciplinar.

CAPÍTULO VII

DA APURAÇÃO DE IRREGULARIDADES

Art.248. A autoridade que tiver ciência ou notícia de irregularidade no serviço público é

obrigada a promover a sua imediata apuração e/ou comunicá-la à autoridade competente,

mediante procedimentos específicos, sob pena de responsabilidade.

Art.249. São considerados procedimentos específicos para a imediata apuração de

irregularidade no serviço público, objetivando o restabelecimento da ordem institucional e o

fomento da cultura da licitude, o Ajustamento de Conduta, a Investigação Preliminar, a

Sindicância Administrativa e o Processo Administrativo Disciplinar.

Seção I

DO AJUSTAMENTO DE CONDUTA

Art.250. O Ajustamento de Conduta poderá ser adotado como medida alternativa

disciplinar, em substituição a eventual aplicação de penalidade de natureza leve, e decorre

de um acordo de vontades, de caráter obrigacional, que demanda do servidor indiciado, de

modo espontâneo, o reconhecimento da inadequação de sua conduta infracional e o

atendimento aos requisitos a serem definidos em regulamento.

Parágrafo Único - O Ajustamento de Conduta, entendido como medida alternativa

disciplinar, busca recompor a ordem jurídica administrativa e promover a reeducação do

servidor no desempenho de suas funções.

Art.251. O Ajustamento de Conduta poderá ser formalizado, a qualquer tempo, nos casos de

infrações sujeitas às penalidades de repreensão ou suspensão, conforme incisos I e II do

artigo 230 desta Lei, quando presentes objetivamente os seguintes requisitos:

I – inexistência de dolo ou má-fé por parte do servidor em conduta tida por irregular;

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II – histórico funcional do servidor e manifestação dos superiores hierárquicos que lhe

abonem a conduta precedente;

III – ausência, na conduta do servidor, de efetiva lesividade ao erário, ao serviço ou aos

princípios que regem a Administração Pública; e

IV – a solução mostre-se razoável no caso concreto.

Parágrafo Único – Nas sindicâncias e processos administrativos disciplinares em curso,

presentes todos os requisitos previstos no caput deste artigo, a comissão sindicante ou

processante poderá propor à autoridade instauradora o Ajustamento de Conduta como

medida alternativa à eventual aplicação da pena.

Art.252. O Ajustamento de Conduta será formalizado por meio de Termo de Ajustamento de

Conduta – TAC.

Parágrafo Único - O Ajustamento de Conduta tem por finalidade corrigir irregularidades e

prevenir infrações ou pendências relativas à inadequação de conduta funcional de

servidores, dispensando a instauração de procedimento administrativo disciplinar e

excluindo eventual aplicação da pena, possibilitando o aperfeiçoamento do agente e do

serviço, mediante a compreensão da transgressão por parte do servidor.

Art.253. Compete às autoridades responsáveis pela instauração de procedimentos

administrativos disciplinares decidirem sobre a aplicação do instituto, em sua esfera de

atuação, bem como declarar extinta a punibilidade, após cumprimento das exigências

explicitadas no Termo de Ajustamento de Conduta – TAC.

Parágrafo Único - As autoridades referidas no artigo 248, após terem ciência ou notícia do

cometimento de infração disciplinar por servidores sujeitos a esta Lei, para esclarecimento

das condições a que se refere o artigo 251, poderão determinar uma investigação

preliminar, que consistirá na coleta simplificada de informações que permitam concluir pela

conveniência da medida.

Art.254. Na vigência do TAC, no caso da inobservância do compromisso firmado, por

descumprimento das condicionantes estabelecidas ou no caso de o servidor vir a ser

processado pelo cometimento de outra falta disciplinar, Ajustamento de Conduta será

automaticamente revogado e serão adotadas as providências necessárias à instauração do

procedimento administrativo disciplinar cabível.

Art.255. Os procedimentos relativos à implantação e à aplicação do Ajustamento de

Conduta serão estabelecidos em regulamento.

Art.256. A Administração Pública deverá implantar instrumentos de informação que

possibilitem o registro, o acompanhamento, a geração de dados e estatísticas, com a

finalidade de avaliar, diagnosticar e promover o contínuo aperfeiçoamento e adequação do

sistema, bem como dos procedimentos adotados para aplicação da medida.

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Seção II

DA SINDICÂNCIA ADMINISTRATIVA

Art.257. Como procedimento de rito sumário, a sindicância administrativa visa apurar a

existência de fatos tidos por irregulares, a possível indicação do responsável, e se

desenvolverá nas seguintes fases:

I – instauração, mediante portaria, com a indicação da comissão e do fato a ser apurado;

II – instrução;

III - relatório; e

IV – julgamento.

Art.258. A comissão sindicante será composta por, no mínimo, dois servidores detentores de

cargo efetivo, da mesma carreira que pertencer o Sindicado, designados pela autoridade

competente, que indicará, dentre eles, o seu presidente.

Parágrafo único - Os servidores que atuarem como membros de comissão sindicante

deverão ser dispensados de suas atribuições normais, para dedicação exclusiva ao encargo,

até a apresentação do relatório conclusivo, sem prejuízo de seus vencimentos e vantagens

decorrentes do cargo.

Art.259. A comissão sindicante pode ser de natureza provisória ou permanente, conforme

seja constituída, para apurar fatos específicos e circunstanciados ou opere como unidade

correcional perene do órgão ou entidade.

§ 1º A comissão sindicante provisória terá o prazo de trinta dias corridos para concluir o

encargo, podendo o prazo ser prorrogado por até igual período.

§ 2º Em se tratando de comissão de natureza permanente, competirá à autoridade

instauradora a definição do prazo para a conclusão dos trabalhos.

Art.260. Havendo indícios de autoria e materialidade de fato sujeito à penalidade de

repreensão, a comissão sindicante poderá exarar despacho de indiciamento nos próprios

autos da sindicância, objetivando apurar a responsabilidade administrativa do servidor,

sendo-lhe garantido a ampla defesa e o contraditório.

§ 1º O despacho de indiciamento conterá o nome, número de controle e cargo do servidor, a

descrição sucinta do fato tido por irregular, com o consequente enquadramento do ilícito, e

a indicação da pena a que está sujeito.

§ 2º A comissão deverá comunicar o indiciamento de que trata este artigo à autoridade

instauradora.

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Art.261. Após a lavratura do despacho de indiciamento, a comissão determinará a citação do

indiciado, para, no prazo de dez dias, apresentar defesa escrita, podendo arrolar até três

testemunhas, produzir provas e contraprovas e formular quesitos, quando se tratar de prova

pericial.

Art.262. A comissão deverá concluir os trabalhos, com a apresentação de relatório, no prazo

de dez dias corridos, a partir da apresentação da defesa escrita, admitida uma prorrogação

por mais dez dias.

§ 1º No relatório serão apreciadas separadamente as irregularidades mencionadas na

denúncia ou portaria de instauração, de acordo com as provas colhidas e a defesa, devendo

a comissão sugerir as providências que lhe pareçam de interesse do serviço público.

§ 2º O relatório será sempre conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do

servidor.

§ 3º Reconhecida à responsabilidade do servidor, a comissão indicará o dispositivo legal ou

regulamentar transgredido, bem como as circunstâncias agravantes ou atenuantes.

§ 4º. Findos os trabalhos de apuração, os autos da sindicância, com o relatório da comissão,

serão remetidos à autoridade que determinou a sua instauração, para julgamento.

Art. 263. No decorrer da sindicância ou processo administrativo disciplinar que vise apurar

ilícito, e, no decorrer do procedimento ocorra notícia, ou descoberta, pelos próprios

levantamentos, de outro fato, cometido pelo mesmo ou outro autor, deverá o presidente da

comissão, comunicar, imediatamente, a chefia imediata para instauração de novo

procedimento.

Seção III

DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR

Art.264. O processo administrativo disciplinar é instrumento destinado à apuração de

responsabilidade do servidor por infração praticada no exercício de suas atribuições, ou que

tenha relação com as atribuições do cargo ou função em que se encontre investido.

Art.265. Sempre que a infração disciplinar ensejar a imposição de penalidade de suspensão,

demissão, demissão a bem do serviço público, destituição de cargo em comissão ou função

de confiança ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade, será obrigatória a

instauração de processo administrativo disciplinar.

Parágrafo Único - Sendo possível à autoridade identificar a autoria do fato tido por irregular,

cujo enquadramento torne passível ao servidor a aplicação de penalidade de repreensão,

esta deverá obrigatoriamente determinar a instauração de processo administrativo

disciplinar.

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Art.266. São competentes para instaurar a sindicância e o processo administrativo

disciplinar, nos termos desta Lei:

I- o Secretário de Estado de Defesa Social;

II – o Subsecretário de Administração Prisional;

III – o Corregedor da Secretaria de Estado de Defesa Social; e

IV – o diretor máximo de unidade prisional, nos casos de sindicância para apuração de

responsabilidade de fato tido por irregular no âmbito da unidade.

Art.267. O processo administrativo disciplinar se desenvolverá nas seguintes fases:

I – instauração;

II - instrução, que compreende, ainda, a defesa;

III - relatório; e

IV - julgamento.

Parágrafo Único - O ato de instauração de que se trata o inciso I do caput deverá ser

publicado no Diário Oficial do Estado.

Subseção I

DA INSTAURAÇÃO

Art.268. A portaria expedida pela autoridade competente instaura o processo administrativo

disciplinar.

§ 1° A portaria conterá o nome completo do servidor processado, número de controle, cargo

ou função, lotação, a descrição sucinta dos fatos tidos por irregulares, a indicação dos

ilícitos, em tese, infringidos e sua fundamentação legal, as penas correspondentes e a

designação da comissão.

§ 2° Será publicado o extrato da portaria, que deve conter as iniciais do processado, seu

número de controle, o cargo ou função que ocupa e a indicação dos membros de comissão

que ficarão responsáveis pelas apurações.

Art.269. O processo disciplinar será conduzido por comissão, permanente ou provisória,

composta de três servidores efetivos designados pela autoridade competente, que indicará,

dentre eles, o seu presidente.

§ 1º O presidente da comissão processante deverá ocupar cargo de hierarquia funcional e

escolaridade igual, equivalente ou superior à do servidor indiciado.

§ 2º A comissão terá um secretário designado pelo seu presidente.

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§ 3º É vedada a participação em comissão processante de servidor que não seja ocupante de

cargo efetivo, ou ainda que seja cônjuge, companheiro, parente consanguíneo ou afim, em

linha reta ou colateral, até o terceiro grau, do indiciado e do denunciante.

Art.270. Poderá ser arguida a suspeição ou o impedimento de membro da comissão, nos

termos da lei.

Art.271. O processo disciplinar deve ser iniciado no prazo máximo de 05 (cinco) dias a contar

da publicação do extrato da portaria e concluído em até sessenta dias.

§ 1º A autoridade instauradora poderá prorrogar o prazo definido no caput por até trinta

dias, quando a instrução do processo disciplinar estiver a cargo de comissão provisória,

designada exclusivamente para o feito.

§ 2º Os membros da comissão deverão ser dispensados de suas atribuições normais, para

dedicação exclusiva ao encargo, até a apresentação do relatório conclusivo, sem prejuízo de

seus vencimentos e vantagens decorrentes do cargo.

§ 3º Em se tratando de comissão de natureza permanente, competirá à autoridade

instauradora a definição do prazo para a conclusão dos trabalhos.

Art.272. A comissão, mencionada no artigo 269, será constituída por dois servidores

públicos efetivos, a critério da autoridade instauradora, tratando-se de processos que

tenham por objeto a apuração das infrações enquadradas como abandono de cargo,

inassiduidade habitual, acúmulo ilícito de cargos, empregos ou funções, ou cuja pena

máxima prevista para a infração enquadrada for a repreensão.

Art.273. A comissão, sindicante ou processante, exercerá suas atividades com

independência e imparcialidade, assegurado o sigilo necessário à elucidação do fato ou

quando exigido pelo interesse público.

Parágrafo Único - Não haverá sigilo para o servidor processado, seu procurador constituído

ou defensor designado.

Art.274. Observadas as limitações de ordem legal, a comissão, sindicante ou processante,

procederá a todas as diligências que julgar necessárias ao esclarecimento dos fatos em

apuração, ouvindo, quando necessário, a opinião de técnicos e peritos.

Art.275. O servidor poderá fazer parte, simultaneamente, de mais de uma comissão, a qual

pode ser incumbida concomitantemente de mais de uma sindicância administrativa ou

processo administrativo disciplinar.

Art.276. Os membros da comissão não poderão atuar na sindicância ou processo como

testemunha.

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Art.277. A comissão sindicante ou processante somente poderá proceder às oitivas com a

presença de todos os seus membros.

§ 1º Na ausência, sem motivo justificado, de qualquer dos membros da comissão, haverá, de

imediato, a substituição do membro faltoso pelo presidente, sem prejuízo da apuração de

sua responsabilidade por descumprimento do dever funcional, devendo a autoridade

instauradora ser comunicada formalmente do fato.

§ 2º As reuniões e as audiências das comissões terão caráter reservado.

Subseção II

DA INSTRUÇÃO

Art.278. Os procedimentos relativos à instrução da sindicância e do processo administrativo

disciplinar serão estabelecidos em regulamento, observando-se o seguinte:

I – Poderão ser arroladas até 03 (três) testemunhas por fato objeto de apuração;

II – Os atos processuais de oitiva de testemunha e recebimento de defesa poderão ser

delegados a comissões regionalizadas, de modo a otimizar a tramitação e as custas do

procedimento.

III – As intimações serão preferencialmente realizadas por meio eletrônico às partes e seus

procuradores, que deverão, no primeiro ato processual, informar os respectivos endereços

eletrônicos ao Presidente da Comissão.

IV – Será admitido parecer técnico para a solução de controvérsia que demandar

conhecimentos específicos para subsidiar o relatório conclusivo e a decisão da autoridade

julgadora;

V – Será concedido ao processado direito de nomear assistente técnico para acompanhar a

diligência expressa no inciso anterior;

VI - O servidor indiciado terá prazo máximo de 10 (dez) dias corridos para apresentação de

defesa;

VII - Os prazos serão contados na forma da lei processual penal.

Seção IV

DO JULGAMENTO

Art.279. As decisões proferidas pelas autoridades julgadoras indicadas no artigo 245, na

sindicância e processo administrativo disciplinar deverão ser publicadas no Diário Oficial do

Estado.

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Art.280. Apresentado o relatório, a comissão sindicante ou processante de natureza

provisória ficará automaticamente dissolvida, podendo ser convocada para prestação de

esclarecimento ou realização de diligência, se assim achar conveniente a autoridade

julgadora.

Art.281. O julgamento poderá se dar na conformidade do relatório da comissão, salvo

quando contrário às provas dos autos ou da correta aplicação da lei.

Parágrafo Único - Na hipótese de que trata o caput, a autoridade julgadora motivadamente

poderá arquivar os autos, agravar a penalidade proposta, abrandá-la ou isentar o servidor de

responsabilidade.

Art.282. Havendo diversidade de sanções, independentemente de haver um ou mais

servidores indiciados, o julgamento caberá à autoridade competente para a imposição da

pena mais grave.

Art.283. Extinta a punibilidade, a autoridade julgadora determinará o registro do fato nos

assentamentos individuais do servidor.

Art.284. No caso do julgamento impor aplicação de penalidade, será publicado extrato da

decisão indicando o nome do servidor punido, a fundamentação legal, a indicação dos ilícitos

infringidos e a pena correspondente.

CAPÍTULO VIII

DO AFASTAMENTO PREVENTIVO

Art.285. Como medida cautelar, devidamente fundamentada, a fim de que o servidor

indiciado não venha a influir na apuração da irregularidade, a autoridade instauradora do

procedimento disciplinar poderá determinar o seu afastamento das funções do cargo, de

ofício ou a pedido da comissão sindicante ou processante, pelo prazo de até sessenta dias ou

até o término da apuração, se inferior, sem prejuízo da remuneração.

Parágrafo Único - O afastamento poderá ser prorrogado por igual prazo, findo o qual

cessarão os seus efeitos, ainda que não concluída a apuração.

CAPÍTULO IX

DO RITO SUMÁRIO NA ACUMULAÇÃO ILÍCITA

Art.286. Detectada a qualquer tempo a ilicitude na acumulação de cargos, empregos ou

funções públicas, a autoridade responsável notificará o servidor, por intermédio de sua

chefia imediata, para apresentar a opção no prazo improrrogável de dez dias contados da

notificação válida e, na hipótese de omissão ou recusa de opção, adotará, para a apuração

da responsabilidade do servidor, procedimento sumário que se desenvolverá nas seguintes

fases:

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I – instauração, com a publicação do extrato da portaria que constituir a comissão, a ser

composta por dois servidores efetivos e, simultaneamente, indicar a autoria e a

materialidade da transgressão objeto da apuração;

II – instrução sumária, que compreende indiciação, defesa e relatório; e

III – julgamento.

§ 1º A comissão deverá autuar o processo após três dias contados da publicação do extrato

de portaria ou do recebimento da portaria anexada à documentação que a instrui.

§ 2º Após a autuação, a comissão deverá promover a citação do servidor, para, no prazo de

dez dias, apresentar defesa escrita, assegurando-se-lhe vista do processo no local de

funcionamento da comissão.

§ 3º Apresentada a defesa, a comissão elaborará relatório conclusivo, no prazo de cinco dias

e o encaminhará à autoridade instauradora, para julgamento, observado o disposto no

Capítulo VII, desta Lei.

§ 4º A opção feita pelo servidor até o último dia de prazo para a defesa configurará sua boa-

fé, hipótese em que a autoridade julgadora encaminhará os autos ao setor competente para

o processamento do pedido de exoneração do outro cargo, emprego ou função.

§ 5º Caracterizada a acumulação ilegal e provada a má-fé, será aplicada a pena de demissão,

destituição ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade, em relação aos cargos,

empregos ou funções públicas acumulados ilicitamente, hipótese em que os órgãos ou

entidades de vinculação serão comunicados.

§ 6º O procedimento sumário rege-se pelas disposições deste artigo, observando-se, no que

lhe for aplicável o disposto no Capítulo VII, desta Lei.

CAPÍTULO X

DA PRESCRIÇÃO

Art.287. O exercício do poder disciplinar, quanto à instauração de procedimento

administrativo, prescreve em:

I – 02 (dois) anos, quando o ilícito ensejar a pena de repreensão;

II – 04 (quatro) anos, quando o ilícito ensejar a pena de suspensão; e

III – 05 (cinco) anos, quando o ilícito ensejar as penas de demissão, demissão a bem do

serviço público, cassação de aposentadoria ou disponibilidade remunerada e destituição de

cargo em comissão ou função de confiança.

§ 1º Os prazos de prescrição previstos na lei penal, quando menores, aplicam-se às infrações

disciplinares capituladas também como crimes.

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§ 2º A contagem do prazo de prescrição inicia-se na data do conhecimento do fato pela

autoridade competente para requerer ou instaurar o procedimento administrativo.

§ 3º O curso do prazo de prescrição interrompe-se com a instauração do procedimento

administrativo e em outras hipóteses definidas em regulamento.

§ 4º Interrompida a prescrição, todo o prazo começa a correr novamente do dia em que

cessar a interrupção.

Art.288. Não se aplica a prescrição intercorrente nos procedimentos administrativos

disciplinares tratados nesta Lei Complementar.

CAPÍTULO XI

DA RECONSIDERAÇÃO E DA REVISÃO DO PROCESSO

Art.289. A sindicância e o processo disciplinar que resultem em punição poderão ser

revistos, a pedido ou de ofício, no prazo de até cinco anos contados da publicação da

decisão final, desde que se aduzam fatos e provas ou circunstâncias suscetíveis de justificar a

inocência do indiciado ou a inadequação da pena aplicada.

§ 1º Os requerimentos de revisão e reconsideração poderão ter efeito suspensivo, nos

termos de regulamento.

§ 2º Tratando-se de servidor falecido, ausente, desaparecido ou incapacitado mental, a

revisão poderá ser requerida por qualquer pessoa da família mencionada no seu

assentamento individual ou por procurador.

§ 3º Poderá, ainda, ser apresentado Pedido de Reconsideração à autoridade julgadora da

sindicância ou do processo administrativo disciplinar, mediante os fundamentos constantes

no caput deste artigo.

Art.290. Não constitui fundamento para a revisão e a reconsideração a simples alegação de

injustiça da penalidade.

Art.291. No processo revisional o ônus da prova cabe ao requerente.

Art.292. O pedido de reconsideração deverá ser interposto pelo servidor no prazo de 30

(trinta) dias corridos a contar da publicação da decisão no Diário Oficial do Estado.

Art.293. O pedido de revisão deverá ser interposto pelo servidor no prazo de 120 (cento e

vinte) dias dirigido ao Governador do Estado, que o encaminhará para exame e parecer da

Advocacia-Geral do Estado- AGE ou a quem determinar, para subsidiar a sua decisão.

Parágrafo Único - Será anexada ao requerimento de revisão cópia da sindicância ou processo

administrativo disciplinar, bem como as provas que fundamentaram o requerimento e a

indicação daquelas a serem produzidas no processo de revisão.

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Art.294. Se o Governador do Estado julgar insuficientemente instruído o requerimento de

revisão, promoverá o seu indeferimento in limine.

Art.295. Deferido o requerimento de revisão, a autoridade competente para instaurar a

sindicância ou o processo designará uma comissão composta de dois ou três servidores

efetivos para processar a revisão, indicando o seu presidente.

Art.296. A comissão revisora terá até trinta dias para a conclusão dos trabalhos,

prorrogáveis por igual período quando a circunstâncias assim o exigirem.

Art.297. Aplicam-se aos trabalhos da comissão revisora, no que couber, as normas relativas

ao processo administrativo disciplinar.

Art.298. A revisão não poderá acarretar agravamento da pena.

Art.299. O julgamento caberá à autoridade que aplicou a penalidade ou à autoridade de

hierarquia imediatamente superior àquela, nos termos, respectivamente do artigo 245 e do

artigo 282 desta Lei.

Art.300. O prazo para o julgamento do pedido de revisão será de até vinte dias contados do

recebimento da sindicância ou processo, no curso do qual a autoridade julgadora poderá

determinar novas diligências.

Art.301. Sendo a decisão pela inocência do servidor, será declarada sem efeito a penalidade

aplicada, restabelecendo-se todos os seus direitos, exceto em relação à destituição do cargo

comissionado ou da função de confiança que será convertida em exoneração ou dispensa.

Art.302. Os prazos de procedimentos administrativos previstos nesta Lei serão contados em

dias corridos, excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o do vencimento.

Parágrafo Único - O início do prazo, assim como o seu vencimento, será prorrogado para o

primeiro dia útil seguinte, caso ocorra em data na qual não haja expediente.

TÍTULO V

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Art.303. Os servidores ocupantes de cargos da classe de Agente de Segurança Penitenciário, a que se refere o art. 6º da Lei nº 13.720, de 27 de setembro de 2000, e da Lei 14.695 de 30 de julho de 2003, lotados e em exercício na Subsecretaria de Administração Prisional ou de seu interesse, serão posicionados, excepcionalmente, no grau e no nível correspondente da Classe de Agente de Segurança Prisional com o aproveitamento de todo o tempo de efetivo exercício na função, constante na tabela do Anexo I desta Lei.

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§ 1º A nomenclatura de Agente de Segurança Penitenciário a que se refere o artigo 6º da Lei 13.720/2000 e 14.695/2003 passará a denominar-se com a nomenclatura de Agente de Segurança Prisional, sendo esta nomenclatura exclusiva de servidores efetivos em que trata esta Lei, sendo expressamente vedado o uso desta nomenclatura para servidores de que trata a Lei 18.185/2009 ou em qualquer outra que venha tratar de servidores temporários. § 2º A absorção de que trata o caput deste artigo não acarretará redução da remuneração recebida pelo servidor na data da publicação desta Lei. § 3º A classe de cargos de Agente de Segurança Penitenciário a que se refere o caput deste artigo constará da ficha funcional do servidor dela integrante e extinguir-se-á com a vacância, não se confundindo com a carreira de Agente de Segurança Prisional criada por esta Lei. § 4º O disposto neste artigo aplica-se aos detentores de função pública de Agente de Segurança Penitenciário a que se refere à Lei nº 10.254, de 20 de julho de 1990. Art.304. Para ingresso na carreira de Agente de Segurança Prisional será exigido o nível superior de escolaridade conforme o disposto no inciso XIII do artigo 19 desta lei e terá vigência a partir de janeiro de 2015. Art.305. O que se refere ao paragrafo único do artigo 64 aplica-se a legislação em vigor até janeiro de 2015, que a partir desta data será aplicado o disposto nesta lei. Art.306. Os cargos de provimento em comissão da estrutura da SEDS com exercício na SUAPI serão ocupados privativamente por servidores da carreira de Agente de Segurança Prisional de que trata esta lei, conforme disposto no paragrafo único do art. 14 e que: I - preencham todos os requisitos constantes nos parágrafos 1º ao 5º do art. 71 desta lei. II - não tenham excedido em cinco anos o tempo exigido para a aposentadoria voluntária nos casos relativos à carreira de Agente de Segurança Prisional. Parágrafo único – as substituições mencionadas no caput deste artigo terão um prazo máximo para transição de dois anos a contar da data da publicação desta lei complementar, prorrogável uma única vez por igual período. Art.307. Os servidores ocupantes do cargo da carreira de Agente de Segurança Penitenciário, em que tratam as leis 10.254 de 1990, 13.720 de 2000 e 14.695 de 2003, que, no período de até um ano após a data da publicação desta lei tiverem ocupado a funções constantes no art. 67, por período não inferior a dez anos, terão incorporados para efeito de aposentadoria, a gratificações mencionadas no Art.67 desta lei. Art.308. Os servidores ocupantes dos cargos em provimento efetivo de Assistente Executivo de Defesa Social e Analista Executivo de Defesa Social, criados pela Lei 15.301 de 10 de agosto de 2004, lotados na Secretaria de Estado de Defesa Social poderão optar pela carreira de Analista Prisional e Assistente Prisional, passando a integrar a carreira Administrativa do

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Sistema Prisional, com subordinação exclusiva a Subsecretaria de Administração Prisional a que se refere esta lei, desde que observado o seguinte: I- a opção a que se refere o “caput” deste artigo deverá ser formalizada por meio de requerimento escrito, dirigido ao titular da entidade de lotação do cargo de provimento efetivo ocupado pelo servidor; II- o prazo para a opção a que se refere o “caput” deste artigo será de sessenta dias, contados da data de publicação desta lei; III- a opção a que se refere o “caput” deste artigo fica condicionada à existência de vaga nas Unidades da Subsecretaria de Administração Prisional. § 1º O disposto neste artigo aplica-se aos detentores de função pública de, Assistente Executivo de Defesa Social e Analista Executivo de Defesa Social, lotado na Secretaria de Estado de Defesa Social a que se refere à Lei nº 10.254, de 20 de julho de 1990. § 2º Os servidores que fizerem a opção de que trata o “caput” deste artigo serão automaticamente enquadrados e posicionados na estrutura das carreiras indicadas no “caput” deste artigo, no mesmo nível e grau em que estiver posicionado na carreira instituída pela Lei 15.301 de 10 de agosto de 2004, conforme a tabela de correlação constante no anexo VI, não acarretando redução da remuneração e vantagens percebidas pelo servidor. § 3° O servidor que optar pelo não-enquadramento na forma deste artigo não fará jus às vantagens atribuídas às carreiras instituídas por esta lei. § 4° Os servidores ocupantes de cargos das carreiras do Analista ou Assistente Prisional serão lotados na Subsecretária de Administração Prisional e terão exercício em suas unidades de dependência da Subsecretaria, respeitadas as atribuições previstas nesta Lei. Art.309. Art.310. O adicional de local de trabalho de que trata a lei 11.717, de 27 de dezembro de 1994, atribuído para as carreiras de Analista Executivo de Defesa Social e Assistente Executivo de Defesa Social deixará de existir aos servidores que optarem pelas carreiras de Analista e Assistente Prisional. § 1º. Aos optantes pela carreira de Analista e Assistente Prisional será garantido adicional de 95% no salário base do nível em que o servidor se encontra em decorrência da inexistência do adicional de local de trabalho, conforme tabelas nos anexos VII; § 2º A Gratificação de Atividade em estabelecimento prisional integrará a remuneração de contribuição a que se refere o art. 26 da Lei Complementar 64, de 25 de março de 2002, e será incorporada aos proventos de aposentadoria e às pensões, observando o prazo de percepção estabelecimento no parágrafo único do art.7º da Lei Complementar nº. 64/2002. § 3º O disposto no artigo 6º da Lei 11.717, de 27 de Dezembro de 1994, não se aplica aos servidores das carreiras de Analista ou Assistente Prisional.

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Art.311. Fica assegurado a todos os servidores das carreiras de que trata esta Lei a concessão de reajustes salariais nas mesmas datas e com os mesmos índices concedidos aos servidores da Segurança Pública do Estado de Minas Gerais. Art.312. As gratificações de Subsecretário, Superintendente, Diretor Regional, Diretor, Gerente e Coordenador da estrutura da Subsecretaria de Administração Prisional serão ocupados privativamente por servidores de carreira de Agente de segurança prisional de que trata esta lei preenchidos os requisitos constantes nos parágrafos 1º ao 5º do art. 71 desta lei. § 1º As funções mencionadas no caput deste artigo serão substituídas gradativamente na medida em que houver servidores aptos para exercer as funções, nos níveis correspondentes a cada uma. § 2º O prazo para a substituição das funções será de dois anos prorrogáveis por igual período a contar da data da publicação desta lei. Art.313. É assegurado ao servidor o direito de requerer ou representar, bem como, nos termos desta Lei, pedir reconsideração e recorrer de decisões, salvo previsão legal específica. Art.314. Quanto ao disposto nos incisos I e II do artigo 166 desta lei, fica assegurado a carga horaria atual do servidor sujeito a jornada de trabalho inferior a 40 horas semanais, conforme previsão legal. Parágrafo Único: O disposto no caput aplica-se ao servidor que fizer a opção do art. 308 desta lei. Art. 315. A Subsecretaria de Administração Prisional e suas Superintendências caberão a designação de servidores, das carreiras criadas por esta lei, para compor as funções de Assessorias. § 1º As funções de Assessoria devem respeitar as qualificações técnicas de cada área e deverá ser disciplinada em decreto. §2º Os servidores designados para a função de Assessoramento farão jus ao recebimento de gratificação de gerência correspondente a carreira que pertencer. § 3º O servidor designado para a função de Assessor Chefe de Gabinete da Subsecretaria de Administração Prisional fará jus ao recebimento de gratificação de direção correspondente a carreira que pertencer. §4º. O servidor designado para a função de Assessor de Informação e Inteligência da Subsecretaria de Administração Prisional fará jus ao recebimento de gratificação de direção correspondente a carreira que pertencer.

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CAPÍTULO II

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art.316. Os ocupantes e os cargos de provimento em comissão para o exercício das funções de Subsecretário, Assessor Chefe de Gabinete do Subsecretário, Superintendente e direção serão substituídos por funções gratificadas mencionadas nesta lei. § 1º As substituições mencionadas no caput deste artigo terão um prazo máximo para transição de dois anos a contar da data da publicação desta lei complementar, prorrogável uma única vez por igual período.

§ 2º Quando da substituição mencionada no caput deste artigo, em caráter provisório, será considerado para efeitos de substituição, no caso de não haver servidores de carreira em que trata esta lei nos níveis mencionados, serão substituídos por servidores excepcionalmente nos níveis imediatamente anteriores até que seja suprida a necessidade. § 3º O descrito no parágrafo anterior será aplicado excepcionalmente em caráter provisório até que sejam substituídos por servidores que preencham todos os requisitos previstos nesta lei complementar. §4º Será possibilitado a concessão de cargo de função pública de recrutamento amplo para profissional qualificado em realizar assessoramento técnico quando solicitado pelo Subsecretário de Administração Prisional e após parecer favorável emitido pela Subsecretaria de Administração Prisional. Art.317. Fica revogada a LEI 14.695 de 30 de julho de 2003. Art.318. Fica revogado o § 2° do artigo 37 da LEI 16.192 de 23 de junho de 2006. Art.319. Aplica-se o disposto nesta Lei aos detentores de função pública, nos termos da Lei n.º10.254, de 20 de julho de 1990. Art.320. Ficam revogados os arts. 11 e 12 e seu parágrafo único, da Lei nº 18.185, de 2009. Art.321. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos ____ de ____ de _____.

ANTONIO AUGUSTO JUNHO ANASTASIA Governador do Estado

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DANILO DE CASTRO

Secretaria de Estado de Governo

RENATA MARIA PAES DE VILHENA Secretaria de Planejamento e Gestão

RÔMULO DE CARVALHO FERRAZ Secretaria de Estado de Defesa Social

ANEXO I

Esta tabela entrará em vigor na data da aprovação desta lei. (a que se refere o art. 12da Lei n° ____ de ____ de ____ de____.)

TABELA DE EVOLUÇÃO DA CARREIRA DE AGENTE DE SEGURANÇA PRISIONAL. CARGA HORÁRIA: 160 HORAS MENSAIS

Esta estrutura entrará em vigor na data da aprovação desta lei e terá validade até 30 de junho de 2015.

Nível Nível de

Escolaridade Grau

A B C D E F G H I J

I Médio I-A I-B I-C I-D I-E I-F I-G I-H I-I I-J

II Médio II-A II-B II-C II-D II-E II-F II-G II-H II-I II-J

III Médio III-A III-B III-C III-D III-E III-F III-G III-H III-I III-J

IV Superior IV-A IV-B IV-C IV-D IV-E IV-F IV-G IV-H IV-I IV-J

V Superior V-A V-B V-C V-D V-E V-F V-G V-H V-I V-J

TABELA DE EVOLUÇÃO DA CARREIRA DE AGENTE DE SEGURANÇA PRISIONAL. CARGA HORÁRIA: 160 HORAS MENSAIS

Page 120: PROPOSTA DE LEI ORGÂNICA DO SISTEMA PRISIONAL DE MG

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Esta estrutura entrará em vigor na data da aprovação desta lei e terá validade a partir de 31 de junho de 2015.

Nível Nível de

Escolaridade Grau

A B C D E F G H I J

I Superior I-A I-B I-C I-D I-E I-F I-G I-H I-I I-J

II Superior II-A II-B II-C II-D II-E II-F II-G II-H II-I II-J

III Superior III-A III-B III-C III-D III-E III-F III-G III-H III-I III-J

IV Superior IV-A IV-B IV-C IV-D IV-E IV-F IV-G IV-H IV-I IV-J

V Superior V-A V-B V-C V-D V-E V-F V-G V-H V-I V-J

ANEXO II

Esta tabela entrará em vigor na data da aprovação desta lei. (a que se refere o art. 13 da Lei n° ____ de ____ de ____ de____.)

TABELA DE VENCIMENTOS DA CARREIRA DE AGENTE DE SEGURANÇA PRISIONAL. CARGA HORÁRIA: 160 HORAS MENSAIS

Esta estrutura entrará em vigor na data da aprovação desta lei e terá validade até 30 de junho de 2015.

Nível de Escolaridade

Nível Grau

A B C D E F G H I J

Médio I R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$

Médio II R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$

Médio III R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$

Superior IV R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$

Superior V R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$

TABELA DE VENCIMENTOS DA CARREIRA DE AGENTE DE SEGURANÇA PRISIONAL. CARGA HORÁRIA: 160 HORAS MENSAIS

Page 121: PROPOSTA DE LEI ORGÂNICA DO SISTEMA PRISIONAL DE MG

pagina 121 de 121

Esta estrutura entrará em vigor na data da aprovação desta lei e terá validade a partir de 31 de junho de 2015.

Nível de Escolaridade

Nível Grau

A B C D E F G H I J

Superior I R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$

Superior II R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$

Superior III R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$

Superior IV R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$

Superior V R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$

ANEXO III

Tabela da Estrutura na Evolução da carreira de Assistente Prisional (a que se refere o art. 111 da Lei n° ____ de ____ de ____ de____.)

Carga horária: 30 ou 40 horas semanais.

Nível de Escolaridade

Nível Grau

A B C D E F G H I J

Médio I I-A I-B I-C I-D I-E I-F I-G I-H I-I I-J

Médio II II-A II-B II-C II-D II-E II-F II-G II-H II-I II-J

Médio III III-A III-B III-C III-D III-E III-F III-G III-H III-I III-J

Superior IV IV-A IV-B IV-C IV-D IV-E IV-F IV-G IV-H IV-I IV-J

Superior V V-A V-B V-C V-D V-E V-F V-G V-H V-I V-J

Page 122: PROPOSTA DE LEI ORGÂNICA DO SISTEMA PRISIONAL DE MG

pagina 122 de 121

Tabela da Estrutura na Evolução da carreira de Analista Prisional Carga horária: 30 ou 40 horas semanais.

Nível de Escolaridade

Nível Grau

A B C D E F G H I J

Superior I I-A I-B I-C I-D I-E I-F I-G I-H I-I I-J

Superior II II-A II-B II-C II-D II-E II-F II-G II-H II-I II-J

Superior III III-A III-B III-C III-D III-E III-F III-G III-H III-I III-J

Pós-Graduação Lato Sensu

Stricto Sensu IV

IV-A IV-B IV-C IV-D IV-E IV-F IV-G IV-H IV-I IV-J

Pós-Graduação Lato Sensu

Stricto Sensu V

V-A V-B V-C V-D V-E V-F V-G V-H V-I V-J

ANEXO IV

Tabelas de vencimento básico da carreira de Assistente Prisional (a que se refere o art. 112 da Lei n° ____ de ____ de ____ de____.)

Carga horária: 30 horas semanais.

Nível de Escolaridade

Nível Grau

A B C D E F G H I J

Médio I R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$

Médio II R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$

Médio III R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$

Superior IV R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$

Superior V R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$

Carreira de Assistente Prisional Carga horária: 40 horas semanais.

Page 123: PROPOSTA DE LEI ORGÂNICA DO SISTEMA PRISIONAL DE MG

pagina 123 de 121

Nível de Escolaridade

Nível Grau

A B C D E F G H I J

Médio I R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$

Médio II R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$

Médio III R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$

Superior IV R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$

Superior V R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$

Anexo V

Tabelas de vencimento básico da carreira de Analista Prisional

Carga horária: 30 horas semanais.

Nível de Escolaridade

Nível Grau

A B C D E F G H I J

Superior I R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$

Superior II R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$

Superior III R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$

Pós-Graduação/Lato

Sensu/Stricto Sensu IV R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$

Pós-Graduação/Lato

Sensu/Stricto Sensu V R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$

Carreira de Analista Prisional Carga horária: 40 horas semanais.

Nível de Escolaridade

Nível Grau

A B C D E F G H I J

Superior I R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$

Superior II R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$

Page 124: PROPOSTA DE LEI ORGÂNICA DO SISTEMA PRISIONAL DE MG

pagina 124 de 121

Superior III R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$

Pós-Graduação/Lato

Sensu/Stricto Sensu IV R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$

Pós-Graduação/Lato Sensu/Stricto Sensu V R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$

Anexo VI

Tabela De Correlação

(a que se refere o § 2º do art. 308 da Lei n° ____ de ____ de ____ de ____.)

Tabela de Correlação para enquadramento nas Carreiras de Assistente Prisional e Analista Prisional lotados na Subsecretaria de Administração Prisional, pertencentes ao Quadro de Pessoal da Secretaria de Estado de Defesa Social.

SITUAÇÃO ANTERIOR À PUBLICAÇÃO

DESTA LEI

SITUAÇÃO APÓS A PUBLICAÇÃO DESTA LEI

Carreira Nível de

Escolaridade

Lotação Carreira Nível de

Escolaridade

Lotação

Assistente Executivo de Defesa Social

I - Intermediário II- Intermediário III-Intermediário

IV - Superior V - Superior

SEDS Assistente

Prisional

I - Intermediário II - Intermediário III- Intermediário

IV - Superior V - Superior

SUAPI

Analista Executivo de Defesa Social

I - Superior II - Superior III-Pós-Graduação "lato sensu" ou "stricto sensu” IV - Pós-Graduação "lato sensu" ou "stricto sensu” V - Pós-Graduação "lato sensu" ou "stricto sensu”

SEDS Analista

Prisional

I - Superior II - Superior III - Superior IV - Pós-Graduação "lato sensu" ou "stricto sensu” V - Pós-Graduação "lato sensu" ou "stricto sensu”

SUAPI

Page 125: PROPOSTA DE LEI ORGÂNICA DO SISTEMA PRISIONAL DE MG

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Anexo VII

Tabelas de vencimento básico da carreira de Assistente e Analista Prisional após incorporação do adicional de local de trabalho ao salário base.

Carreira de Assistente Prisional

Carga horária: 30 horas semanais

Nível Nível de

Escolaridade Grau

A B C D E F G H I J

I Intermediário 1.535,63 1.581,70 1.629,15 1.678,02 1.728,36 1.780,21 1.833,62 1.888,63 1.945,29 2.003,64

II Intermediário 1.873,46 1.929,67 1.987,56 2.047,19 2.108,60 2.171,86 2.237,02 2.304,13 2.373,25 2.444,45

III Intermediário 2.285,63 2.354,20 2.424,82 2.497,57 2.572,49 2.649,67 2.729,16 2.811,03 2.895,36 2.982,23

IV Superior 2.788,47 2.872,12 2.958,28 3.047,03 3.138,44 3.232,60 3.329,57 3.429,46 3.532,34 3.638,31

V Superior 3.401,93 3.503,99 3.609,10 3.717,38 3.828,90 3.943,77 4.062,08 4.183,94 4.309,46 4.438,74

Carreira de Assistente Prisional

Carga horária: 40 horas semanais

Nível Nível de

Escolaridade Grau

A B C D E F G H I J

I Intermediário 2.047,51 2.108,94 2.172,20 2.237,37 2.304,49 2.373,62 2.444,83 2.518,18 2.593,72 2.671,54

II Intermediário 2.497,96 2.572,90 2.650,09 2.729,59 2.811,48 2.895,82 2.982,70 3.072,18 3.164,34 3.259,27

III Intermediário 3.047,51 3.138,94 3.233,11 3.330,10 3.430,00 3.532,90 3.638,89 3.748,06 3.860,50 3.976,31

IV Superior 3.717,97 3.829,51 3.944,39 4.062,72 4.184,60 4.310,14 4.439,45 4.572,63 4.709,81 4.851,10

V Superior 4.535,92 4.672,00 4.812,16 4.956,52 5.105,22 5.258,37 5.416,12 5.578,61 5.745,97 5.918,35

Carreira de Analista Prisional

Carga horária: 30 horas semanais

Nível Nível de

Escolaridade Grau

A B C D E F G H I J

I Superior 2.327,90 2.397,74 2.469,67 2.543,76 2.620,08 2.698,68 2.779,64 2.863,03 2.948,92 3.037,39

II Superior 2.840,04 2.925,24 3.013,00 3.103,39 3.196,49 3.292,39 3.391,16 3.492,89 3.597,68 3.705,61

III Superior 3.464,85 3.568,80 3.675,86 3.786,14 3.899,72 4.016,71 4.137,22 4.261,33 4.389,17 4.520,85

IV

Pós-Graduação/Lato

Sensu/Stricto Sensu 4.227,12 4.353,93 4.484,55 4.619,09 4.757,66 4.900,39 5.047,40 5.198,82 5.354,79 5.515,43

V

Pós-Graduação/Lato

Sensu/Stricto Sensu 5.157,09 5.311,80 5.471,15 5.635,29 5.804,35 5.978,48 6.157,83 6.342,57 6.532,84 6.728,83

Carreira de Analista Prisional

Page 126: PROPOSTA DE LEI ORGÂNICA DO SISTEMA PRISIONAL DE MG

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Carga horária: 40 horas semanais

Nível Nível de

Escolaridade Grau

A B C D E F G H I J

I Superior 4.469,58 4.603,67 4.741,78 4.884,03 5.030,55 5.181,47 5.336,91 5.497,02 5.661,93 5.831,79

II Superior 5.452,89 5.616,47 5.784,97 5.958,52 6.137,27 6.321,39 6.511,03 6.706,36 6.907,55 7.114,78

III Superior 6.652,52 6.852,10 7.057,66 7.269,39 7.487,47 7.712,10 7.943,46 8.181,76 8.427,22 8.680,03

IV

Pós-Graduação/ Lato Sensu/

Stricto Sensu 8.116,08 8.359,56 8.610,35 8.868,66 9.134,72 9.408,76 9.691,02 9.981,75 10.281,20 10.589,64

V

Pós-Graduação/ Lato Sensu/

Stricto Sensu 9.901,61 10.198,66 10.504,62 10.819,76 11.144,35 11.478,68 11.823,04 12.177,74 12.543,07 12.919,36

Proposta Elaborada pela comissão instituída

Murilo Andrade de Oliveira Solange Irene Henrique de Melo

Anna Karoline Pacheco Teixeira Leonardo Aganett Pessoa

André Luiz Teixeira Mourão Helil Bruzadelli Pereira da Silva

Alexandre Martins da Costa Reginaldo Santos Soares

Jefferson Soares de Macedo Renata Ferreira Leles Dias

Daniela Maria de Paula Carlos Alberto Nogueira

Adeilton de Souza Rocha João Ribeiro Prata

José Marcos Bonfim Ferreira Éder Diógenes de Carvalho

José Rivadávia de Oliveira Laércio de Souza Rocha