Propriedade e concentração Panorama geral e aspectos críticos Intervozes Coletivo Brasil de Comunicação Social Seminario Erbol – ponencia João Brant Seminario

Propriedade e concentraçãoPanorama geral e aspectos críticos

IntervozesColetivo Brasil de Comunicação Social

Seminario Erbol – ponencia João Brant

Seminario ErbolSanta Cruz de la Sierra, 25 de marzo de 2010

Políticas de comunicación en Brasil:el manejo privado de un bien público

João Brant




:: Cenário sócio-político

• Estrutura nacionalizada e concentrada• Estado como sustentáculo do capitalismo• Patrimonialismo e clientelismo• Ausência de debate público sobre o tema• Poucos atores envolvidos historicamente

nessa luta




:: Panorama geral do marco regulatório

• Constituição Federal de 1988• Código Brasileiro de Telecomunicações –

Lei 4.117/62• Regulamento dos serviços de radiodifusão –

Decreto 52.795/63• Modificações e adendos –

Decreto-lei 236/67




:: Princípios Constitucionais (I)

- Liberdade de expressão- Liberdade de imprensa- Proibição à censura- Direito de resposta- Direito a manter sigilo da fonte




:: Princípios Constitucionais (II)

• Proibição a monopólios e oligopólios diretos e indiretos

• Preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas

• Obrigatoriedade de percentual de programação regional e de apoio à produção independente




:: Princípios Constitucionais (III)

• Concessões dadas pelo Poder Executivo, mas aprovadas pelo Congresso Nacional

• Complementaridade dos sistemas privado, público e estatal

• Criação de Conselho de Comunicação Social de caráter consultivo




:: Limites de propriedade - Qualitativo

• Até 2002, limitações a pessoas jurídicas e capital estrangeiro

• Desde então, abertura a companhias abertas e a 30% de capital estrangeiro

• Parlamentares (art. 54 da Constituição)• Preferência a universidades




:: Limite de propriedade - Quantitativo

• No Brasil, limites apenas à concentração horizontal

• TV – até 10 emissoras, sendo 5 em VHF, 2 por estado

• Rádio – 6 FM• Nas novas outorgas, 1 por localidade (não

aplicada)• Ausência de limites a formação de redes




:: Divisão do espectro

• Não há regulamentação sobre a definição e a convivência dos sistemas privado, público e estatal

• Reserva para 1 TV educativa em municípios de mais de 100 mil habitantes

• Reserva negativa para as rádios comunitárias (máximo 1 freqüência por localidade)




:: Concessões de rádio e TV - Outorga

• Freqüências não são propriedade• 10 anos para rádios, 15 para TVs, renováveis

inúmeras vezes• Desde 1995, licitação para novas licenças (menos

para educativas)• Peso grande para aspecto econômico (93,48%

das decisões com mais de um concorrente)• Transparência limitada




• Arrendamento• Não cumprimento de disposições

constitucionais• Ausência de fiscalização – especialmente

conteúdo• Ausência de ouvidorias e mecanismos de

defesa

:: Concessões de rádio e TV - Violações




:: Concessões de rádio e TV - Renovação• Disposições constitucionais +• Grande tempo de tramitação +• Licença precária sem prazo +• Ausência de fiscalização nem avaliação +• Impossibilidade de outro interessado

concorrer

= RENOVAÇÃO AUTOMÁTICA




:: Conteúdo (I)

• Classificação indicativa com vinculação de faixa etária aos horários de veiculação

• Produção regional e independente: previsto na Constituição, mas não regulamentado

• Sem restrições a proselitismo religioso (exceção a rádios comunitárias)

• Prática freqüente de sublocação ou arrendamento de horários




:: Conteúdo (II)

• Mínimo de 5% de conteúdo noticioso

• Máximo de 25% de publicidade comercial

• 5 horas semanais para programas educacionais




:: Publicidade

• Limite de tempo• Restrições horárias para anúncios de bebidas,

medicamentos etc.• Proibida em veículos comunitários• Ausência de regras de distribuição de

publicidade oficial• Larga utilização de merchandising e

testemunhais




:: Meios comunitários

• Rádios– Uma só freqüência– Limitações técnicas (25W, 1 km de raio)– Proibição de publicidade– Sem proteção contra interferência

• TVs– Só no cabo– Sem regramento




:: Arquitetura institucional

• Ausência de órgão regulador para radiodifusão• Todas as decisões concentradas no Ministério das

Comunicações• Inexistência de mecanismos de diálogo,

participação e controle social• Conselho de Comunicação Social constituído de

forma meramente auxiliar ao Senado




:: TV digital

• Definição por meio de decreto (5.820/06)• Padrão nipo-brasileiro• Privilegiou alta definição em detrimento à

ampliação de programações• Consignação de 6 MHz aos atuais

detentores de concessões




:: TV por assinatura

• Regulamentação separada para cabo, microondas e satélite

• Cabo: até 49% de capital estrangeiro• Abertura para canais básicos de utilização

gratuita (Senado, Câmara, legislativo local, educativo-cultural, universitárias e comunitárias)




:: O processo

• A posição do Governo, Sociedade civil e Empresários

• A I Conferência Nacional de Comunicação

• As perspectivas




:: Objetivos (I): direito à comunicação

• Direito humano que inclui, mas não se resume, a liberdade de expressão e o direito à informação;

• Estado como garantidor, por meio da regulação e da indução por políticas públicas;

• pela importância dos meios de comunicação como espaço público, o direito à comunicação se torna condição de exercício da democracia.




:: Objetivos (II): pluralidade e diversidadeProibição a monopólios e oligopólios

<Limites a concentração

<Promoção a diversidade e pluralidade




• Propriedade• Alcance/cobertura (limite a redes)• Audiência• Receitas publicitárias

:: Propostas de mudanças (I) – combate à concentração horizontal, vertical e cruzada




:: Propostas de mudanças (II)

• Definição de critérios transparentes e democráticos para concessões que visem à pluralidade e à diversidade

• Proibição de sublocação de espectro• Revisão das concessões• Garantia de produção nacional, regional e local e

produção independente nos meios abertos e por assinatura




• Laicidade na exploração da radiodifusão• Proibição de outorgas para políticos e instituições

financeiras• Incluir o direito à comunicação na Constituição

Federal

:: Proposta de mudanças (III)




• Monitoramento de violações a direitos humanos nos meios de comunicação

• Especialização do Ministério Público e defensoria pública

• Fim da criminalização da radiodifusão comunitária• Ampliação do espaço e do alcance das rádios

comunit.

:: Proposta de mudanças (IV)




• Regulamentação dos sistemas público, privado e estatal

• Divisão do espectro em 33/33/33 ou 40/40/20

• Criação de fundo nacional de apoio a comunicação pública, com taxação da publicidade comercial

• Garantia de mecanismos democráticos de gestão nas emissoras públicas

:: Proposta de mudanças (V)




• Estabelecimento da Internet em banda larga como direito fundamental

• Universalização, continuidade e controle de preços sobre os serviços de banda larga

• Criação de mecanismos de regulação com participação social

:: Proposta de mudanças (VI)




http://www.intervozes.org.brhttp://www.direitoacomunicacao.org.br

[email protected]




:: Marco regulatório (I)(acesso em www.planalto.gov.br, no link Legislação Federal)Constituição Federal de 1988

• Artigos 5 (direitos fundamentais), 21 (competências da União), 54 (limites a parlamentares) e capítulo V – da Comunicação Social – artigos 220 a 224

• Regulamentação:• Art. 222 (abertura a capital estrangeiro) – Lei

10.610/02• Art. 224 (Conselho de Comunicação Social) – Lei

8.389/91




:: Marco regulatório (II)

Normas gerais da radiodifusão

• Código Brasileiro de Telecomunicações – Lei 4.117/62• Regulamento dos serviços de radiodifusão – Decreto

52.795/63• Decreto-lei 236/67




:: Marco regulatório (III)

Concessões

• TEXTOS ANTERIORES• Lei 5.785/72• Decreto 88.066/83• Decreto 2.108/96




:: Marco regulatório (IV)

Outros• TV a cabo

– Lei 8.977/95– Decreto 2.206/97

• Lei Geral de Telecomunicações – 9.472/97




:: Marco regulatório (V)

Outros• Lei de Imprensa - 5.250/67 (declarada não

recepcionada pela Constituicão Federal por decisão do Supremo Tribunal Federal em 2009)

• Radiodifusão comunitária– Lei 9.612/98– Decreto 2.615/98– Norma 01/2004 – Anatel

• TV digital– Decreto 5.820




:: Marco regulatório (VI)Outros• TV pública – Empresa Brasil de Comunicação

– Decreto 6.246/07– Lei 11.652/08

• Classificação indicativa– Lei 8.069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente– Portaria 1.220/07 do Ministério da Justiça

• Publicidade– Lei 9.294/96– Decreto 2.018/96– Lei 11.705/08

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