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Texto de Propriedade intelecto.
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DIREITO DE PROPRIEDADE E PROTEÇÃO DO PROGRAMA DE
COMPUTADOR
PROPRIEDADE
Direito - proteção aos indivíduos
- direito de propriedade - bens móveis e imóveis, como carros e casas;
- bens oriundos do intelecto.
Desenvolvimento da tecnologia (scanner, xérox, gravadoras, fitas...) - necessidade de proteção de novas tecnologias.
PROPRIEDADE INTELECTUAL:
Produtos do pensamento e do engenho humano. “Criações do espírito”. A abrange 2 grandes grupos:
a) âmbito industrial - propriedade industrial: assegura aos autores de inventos a exploração e proteção à suas criações tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do país.
Organização industrial:
- coisas materiais necessárias ao objetivo do estabelecimento (prédio, máquinas...).
- como coisas imateriais (invenções, marcas, relações jurídicas, know how).
Direitos protegidos mediante patentes e concessão de registros
Incabível a concessão de patentes aos programas de computador - impossível de demonstrar da novidade
Estado da técnica (art. 11, LPI) - devem ser desconhecidos por todos, no Brasil ou no mundo, especialmente pelos especialistas da área.
Os programas de computadores são protegidos da mesma forma que os livros, filmes e músicas – mediante o direito autoral.
b) direito autoral: proteção à propriedade literária, artística e científica.
prerrogativas que visam a proteção dos direitos do autor de uma obra intelectual e daqueles ligados a ele (direitos patrimoniais e morais).
Exemplos de Direitos:
- a proteção de suas obras; Direitos
Morais
- o direito aos créditos por elas;
- o direito ser remunerado por terceiros que queiram utilizar as obras produzidas.
Direito Patrimonial
Ou seja, o autor poderá:
- reivindicar a paternidade da obra a qualquer momento (relacionado aos créditos, ao direito de reivindicar sua autoria).
Por exemplo, ter seu nome publicado com a obra.
- opor-se a qualquer deformação, mutilação ou modificação que possa prejudicar sua fama.
Obra intelectual:
É a criação do espírito, independentemente de seu meio de exteriorização.
Não é a proteção da idéia e, sim, da obra. Não pode permanecer, portanto, apenas no “campo das idéias”.
São obras intelectuais:
- músicas;
- literatura em geral;
- fotografias;
- esculturas;
- pinturas, desenhos;
- filmes;
- softwares, etc.
PROGRAMA DE COMPUTADOR
A lei que estabelece a proteção aos direitos autorais (Lei 9610/98), estabelece:
“Os programas de computador são objeto de legislação específica, observadas as disposições desta lei que lhes sejam aplicáveis”
Lei aplicável à proteção do software é a Lei 9609/98.
O direito autoral confere ao autor de obra literária, científica ou artística a prerrogativa de reproduzi-la e explorá-la economicamente de maneira monopolizada pelo período de 50 anos.
Ou seja, os direitos patrimoniais são provisórios. Os morais, não, que sempre pertencerão ao autor.
Autor é a pessoa física criadora de obra literária, artística ou científica, ou seja, autor é necessariamente um ser humano.
Somente a pessoa humana reúne as habilidades físicas e intelectuais necessárias à concepção criativa.
Pessoa Jurídica não é autora de obra intelectual.
Uma vez nascida a obra, o autor poderá, como melhor julgar, transferir seus direitos patrimoniais a terceiros, inclusive a pessoas jurídicas.
Nessa hipótese, uma pessoa jurídica pode ser titular de direitos autorais, sendo-lhe conferidos os mesmos direitos patrimoniais previstos em lei para a proteção da obra.
O programa de computador está protegido, posto que é obra intelectual.
Mas sua idéia-base não - poderá inspirar outros programas.
Assim como o arquiteto descobre uma solução arquitetônica revolucionaria, a obra que realizou está protegida pelo direito autoral, mas a solução se tornou patrimônio comum.
O direito autoral protegerá o programa de computador por ter expressão mediante notação (linguagem) e não os seus resultados que possam produzir.
Ex.: se um programa de computador é idealizado para fazer composições musicais aleatórias, a música produzida através de combinações feitas pelo computador não terá proteção do direito autoral. Porém, o programa de computador estará protegido perante terceiros que por ventura realizarem transposição ou conversão de linguagem.
O programa de computador é uma obra intelectual para ação, que não visa uma obra intelectual final (literária ou artística).
ASPECTOS DO REGISTRO DO SOFTWARE JUNTO AO INPI – INSTITUTO NACIONAL DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL
Para que fique assegurada a titularidade do programa de computador:
Necessidade de comprovação da autoria:
- publicação mais passíveis de
- prova de criação questionamento judicial
- registro.
De acordo com o Art. 18 da Lei 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, a proteção dos direitos autorais não depende do registro da obra.
O direito nasce com a própria criação autoral.
Comprovação da Autoria:
Instituto Nacional de Propriedade Industria - INPI – registro facultativo:
- forma de prova;
- o registro possui reconhecimento e proteção Internacional (Lei 7646/87 art. 3o., parágrafo 2º).
- Documentação comprobatória de autoria do Programa - de inteira responsabilidade do criador que almeja a proteção de sua obra.
Entendimento majoritário - devem ser registradas as partes principais do programa fonte.
Mas também há outras formas de comprovação, que não o registro: documental, publicações etc.
Pirataria de programas: documentação - perícia para decisões das ações judiciais.
As informações do registro:
- Sigilosas - os documentos são colocados dentro de um envelope especial e ficam guardados em arquivo de segurança do INPI, não sendo dado conhecimento de seu teor, sequer a funcionários do setor encarregado pelo registro.
- A revelação só ocorrerá a requerimento do titular ou por ordem judicial.
PROGRAMADOR E EMPREGADOR
A Lei 9.0609/98 dispõe:
Art. 4º. Salvo estipulação em contrário, pertencerão exclusivamente ao empregador, contratante de serviços ou órgão público, os direitos relativos ao programa de computador, desenvolvido e elaborado durante a vigência de contrato ou de vínculo estatutário, expressamente destinado à pesquisa e desenvolvimento, ou em que a atividade do empregado, contratado de serviço ou servidor seja prevista, ou ainda, que decorra da própria natureza dos encargos concernentes a esses vínculos.
§ 1º Ressalvado ajuste em contrário, a compensação do trabalho ou serviço prestado limitar-se-á à remuneração ou ao salário convencionado.
Será apenas do empregador os direitos de programa desenvolvido durante o contrato ou vínculo estatutário, quando:
- destinado à pesquisa e desenvolvimento;
- a atividade do empregado for esta;
- decorra da própria natureza dos encargos concernentes a esses vínculos.
E o empregado terá direito à receber apenas a remuneração ou salário convencionado, salvo estipulação em contrário.
Lei 9.0609/98, art. 4º, § 2º:
“Pertencerão, com exclusividade, ao empregado, contratado de serviço ou servidor os direitos concernentes a programa de computador gerado sem relação com o contrato de trabalho, prestação de serviços ou vínculo estatutário, e sem a utilização de recursos, informações tecnológicas, segredos industriais e de negócios, materiais, instalações ou equipamentos do empregador, da empresa ou entidade com a qual o empregador mantenha contrato de prestação de serviços ou assemelhados, do contratante de serviços ou órgão público.”
Pertencerão apenas ao empregado os direitos concernentes a programa de computador gerado:
- sem relação com o contrato de trabalho, prestação de serviços ou vínculo estatutário;
- sem a utilização de recursos, informações tecnológicas, segredos industriais e de negócios, materiais, instalações ou equipamentos do empregador ou vinculado a este.
LICENÇA DE USO DE PROGRAMA DE COMPUTADOR.
É a autorização formal do titular do direito autoral para efeito de licenciar a utilização do programa ao usuário final, que adquiriu o software. É imprescindível e contratual.
A formalização jurídica da utilização do programa depende do tipo de software ou da sua forma de comercialização:
a) software por encomenda:
- vínculo pessoal entre as partes (titular e usuário final), na exata medida em que o programa é produzido em função das necessidades específicas do usuário, mediante prévia encomenda deste.
A licença de utilização será, portanto, delineada mutuamente entre as partes que assinam o contrato, e que poderão livremente estipular as situações de extração da copyback e suas derivações.
b) software de prateleira (cannedsoftware).
- o programa de computador é concebido e elaborado para a generalidade de um certo tipo de usuário, cujo software é gravado em série.
- a formalização da licença de utilização - contrato de adesão impresso no exterior da embalagem, com a advertência de que a abertura do envelope implica automaticamente na adesão das condições e cláusulas contratuais.
Exemplos de cláusulas:
- A licença é concedida para a utilização do software em um único meio físico (único terminal de um único computador), sendo proibida a cópia ou reprodução exceto para back-up.
- O meio físico poderá ser transferido a terceiros em função de uma cessão da licença contratual e desde que o cessionário obrigue-se por todas as cláusulas e condições do contrato de adesão.
- A qualquer tempo pode o usuário unilateralmente por termo ao contrato de adesão destruindo o meio físico em seu poder.
- O autor ou titular licenciante poderá extinguir a licença de uso no caso de inadimplemento de qualquer obrigação contraída pelo usuário, caso em que o usuário se compromete a destruir o meio físico em seu poder.
COMBATE AO SOFTWARE ILEGAL – PIRATARIA
Lei de Software prevê para a reprodução, por qualquer meio, de programa de computador, no todo ou em parte, sem autorização expressa do autor ou de quem o represente.
a)para fins de comércio:
Pena: Reclusão de 1 a 4 anos e multa.
Na mesma pena incorre quem:
-Vende ou expõe à venda,
-Introduz no país,
- Adquire, oculta ou tem em depósito, para fins de comércio, original ou cópia de programa de computador, produzido com violação de direito autoral.
b) para qualquer fim não comercial:
Pena: Detenção de seis meses a dois anos ou multa.
Utilização ou reprodução ilegal de software: também sonegação fiscal.
Mesmo com a estipulação das penalidades, não ocorreu uma redução significativa da violação, isto porque, inexiste fiscalização eficaz.
Pessoa física
A pessoa física tem direito de fazer uma cópia preventiva de software se o fabricante não a fornecer.
É ilícito fazer outras cópias por qualquer outro motivo, sem licença escrita do titular.
A lei se aplica da mesma forma para programas sofisticados ou um simples jogo.
- Grupo de Usuário
Os grupos de usuários devem assegurar-se de que suas reuniões não sejam usadas para promover duplicação ilegal de software, pois tal pratica permite a responsabilização tanto os componentes do grupo, como o proprietário do local por violação de direito autoral.
- software livre: direito de propriedade – indivíduo disponibiliza para quem quiser.
COMERCIALIZAÇÃO DE SOFTWARE : DIREITOS E OBRIGAÇÕES
Titular dos direitos autorais que deseje ampliar os pontos de comercialização do seu produto se associando com terceiros:
- Contrato de cessão de direitos de comercialização de Software: contrato escrito, com a finalidade de em nome do fornecedor proceder a comercialização do produto, e com isto, realizar remessas periódicas de pagamento em função dos negócios realizados, baseados em percentuais contratualmente firmado ou em função do preço fixo.
-comercialização: obrigatório, no território nacional, durante o prazo de validade técnica da respectiva versão, a assegurar aos usuários a prestação de serviços técnicos complementares relativos ao adequado funcionamento do programa, consideradas as suas especificações.
-Ressalte-se que tal obrigação persistirá inclusive no caso de retirada de circulação comercial do programa de computador durante o prazo de validade.
Pode haver também a cessão integral dos direitos referentes a um software – utilização, comercialização (distribuição e venda,transferência de tecnologia) etc.
- O direito à paternidade da obra e a defesa dela se mantêm.
Não se considera ofensa ao direito de autor:
- A reprodução de um único exemplar - backup;
- Citação parcial para fins didáticos, crítica ou polêmica desde que identificados o programa e o titular dos direitos;
- Semelhança em virtude de características funcionais de sua aplicação;
- A integração do software a um sistema aplicativo ou operacional, tecnicamente indispensável às necessidades do usuário, desde que para o uso exclusivo de quem a promoveu;
- A reprodução, sem fins comerciais, para uso exclusivo de deficientes visuais;