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Propriedade Intelectual
O Acordo sobre os Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio - Acordo TRIPs
DIREITOS DE PROPRIEDADE
INTELECTUAL
• Protege as criações intelectuais e a informação com valor comercial, facultando aos seus titulares, direitos econômicos exclusivos, de impacto significativo nos campos econômico e concorrencial. Tais direitos ditam a forma de comercialização, circulação, utilização e produção dos bens intelectuais ou dos produtos e serviços que incorporam tais bens.
Propriedade Intelectual - O Acordo Trips
• Outras definições:
• Nuno Carvalho: “Por uma qüestão de rigor, não se conclua que a propriedade intelectual só protege criações intelectuais. A expressão tem um conteúdo muito mais vasto e abrange todos os bens, direitos e interesses intangíveis ou imateriais, utilizados nas atividades econômicas concorrenciais.”
Propriedade Intelectual - O Acordo TRIPs
• Outras definições:
• Sherwood: “Um composto de idéias, invenções e expressão criativa, aliados a uma vontade pública de conferir o status da propriedade.”
• Dratler: “Os direitos de propriedade intelectual dão aos seus titulares, o direito de excluir terceiros de usar os objetos intelectuais protegidos.”
Antecedentes
• Surgimento: Mundo Romano e Grécia
• Idade Média: Usada como privilégio
• Século XVIII: Com o advento da Revolução Francesa se firmou como direito de propriedade intelectual
• Primeiro privilégio concedido no Brasil: 1752
• 1809: Alvará régio do Príncipe Regente Dom João: estabelece privilégio exclusivo aos inventores por 14 anos
• 1824: Constituição imperial - Inventos são protegidos
• 1891: Constituição Republicana - Marcas são protegidas
Antecedentes
• Primeiras convenções negociadas em âmbito internacional em matéria de Propriedade Intelectual:
Convenção de Paris: 1883 (Prop. Industrial)
Convenção de Berna: 1886 (Direitos de Autor)
Tais convenções vêm sendo revisadas por diversas vezes desde sua aprovação e muitos acordos relativos à Propriedade Intelectual vêm sendo negociados.
Acordo TRIPs
• Direitos de Propriedade Intelectual:
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
DIREITOS AUTORAIS E CONEXOS
PROTEÇÃO SUI GENERIS DE PI
DIREITOS DE
PROPRIEDADE
INTELECTUAL
MATÉRIA PROTEGIDA PRINCIPAIS CAMPOS DE
APLICAÇÃO
PRINCIPAIS CONVENÇÕES
A RESPEITO
Propriedade
Industrial
Patentes
Modelos de
Utilidade
Desenho
Industrial
Marcas
Indicações
Geográficas
Invenções que apresentem
novidade, passo inventivo e
aplicação industrial
Designs funcionais
Designs ornamentais
Signos ou símbolos que
identifiquem bens e serviços
Indicações de procedência ou
denominações de origem (nomes
geográficos de país, cidade,
região ou localidade que tenha setornado conhecido como centro
de extração ou produção de
determinado produto ouprestação de determinado serviço
ou que designe produto cujas
qualidades ou características se
devam exclusivamente ao meiogeográfico, incluídos fatores
naturais e humanos).
Produção
Produção
Vestuário, Setor Automobilístico,
Têxtil, Móveis e Utensílios, etc.
Todos os setores de bens e serviços
Todos os setores de bens e
serviços, com especial referência
aos vinhos e bebidas espirituosas
Convenção de Paris (1967)
PCT – Patent Cooperation Treaty
PLT – Patent Law Treaty
Tratado de Budapeste
Acordo de Hague
Acordo de Locarno
Convenção de Paris (1967)
TLT – Tratado sobre Marcas
Acordo de Madrid
Acordo de Nice sobre
Classificação de Marcas (1957)
Acordo de Viena para
Classificação de Elementos
Figurativos da Marca (1973)
Acordo de Lisboa
Acordo de Madrid relativo à
repressão das falsas indicações de
procedência sobre mercadorias
DIREITOS DE
PROPRIEDADE
INTELECTUAL
MATÉRIA PROTEGIDA PRINCIPAIS CAMPOS DE
APLICAÇÃO
PRINCIPAIS CONVENÇÕES
A RESPEITO
Direitos
Autorais e
Direitos
Conexos
Direitos
Autorais
Direitos
Conexos
Obras Literárias e Artísticas
que sejam originais
(expressões mas não as
idéias, procedimentos,
métodos de operação ou
conceitos matemáticos em
si)
Interpretações (Artistas,
Intérpretes ou Executantes),
Produtores de Fonogramas e
Organismos de
Radiodifusão
Produções no campo literário,
científico e artístico, qualquer que
seja sua forma de expressão, tais
como livros, obras dramáticas ou
dramático-musicais, compilações
de dados, programas de
computador, obras audiovisuais,
obras publicitárias, obras
arquitetônicas, fotográficas, etc.
Entretenimento, artístico,
radiodifusão
Convenção de Berna (1971)
WCT – Tratado de Direitos
Autorais da OMPI (1996)
Convenção de Roma (1961)
Convenção para a Proteção dos
Produtores de Fonogramas contra
a Reprodução não Autorizada de
seus Fonogramas (1971)
Convenção de Bruxelas sobre a
Distribuição de Sinais Portadores
de Programas transmitidos por
Satélites (1974)
WPPT – Tratado de da OMPI
sobre Interpretações e Produtores
de Fonogramas
DIREITOS DE
PROPRIEDADE
INTELECTUAL
MATÉRIA PROTEGIDA PRINCIPAIS CAMPOS DE
APLICAÇÃO
PRINCIPAIS CONVENÇÕES
A RESPEITO
Proteção Sui
Generis de
Propriedade
Intelectual
Variedades
Vegetais
Topografia de
Circuitos
Integrados
Conhecimentos
Tradicionais
associados a
Recurso
Genético
Novas espécies vegetais
superiores que sejam
distintas, homogêneas e
estáveis
Topografias originais
Informação ou prática
individual ou coletiva de
comunidade indígena ou
comunidade local, com
valor real ou potencial,
associada ao património
genético
Agricultura, agro-indústria,
biotecnologia, indústria de
alimentos.
Microeletrônica/Informática/
Telecomunicações
Indústria farmacêutica, cosmética e
alimentícia
União para a Proteção das
Variedades Vegetais (UPOV
1978 ou 1991)
Tratado de Washington (1989)
Convenção da Diversidade
Biológica
O Acordo de TRIPsHistórico
• A propriedade intelectual integrou o elenco de “novas temas” na Rodada Uruguai, juntamente com serviços e investimentos
• Na década de 80 a proteção da Propriedade Intelectual era considerada limitada, apesar da existência das convenções administradas pela OMPI, as quais só obrigavam ao tratamento nacional, sem estabelecer padrões mínimos, quer seja quanto aos níveis de proteção, quer seja, quanto à cobertura.
O Acordo de TRIPsHistórico
• A propriedade intelectual integrou o elenco de “novas temas” na Rodada Uruguai, juntamente com serviços e investimentos
• Na década de 80 a proteção da Propriedade Intelectual era considerada limitada, apesar da existência das convenções administradas pela OMPI, as quais só obrigavam ao tratamento nacional, sem estabelecer padrões mínimos, quer seja quanto aos níveis de proteção, quer seja, quanto à cobertura.
O Acordo de TRIPsHistórico
• 1982: Conferência Ministerial do GATT -marcada por fortes disputas com relação aos novos temas, cuja introdução foi fortemente liderada pelos EUA com a oposição do Grupo dos 10: Argentina, Brasil, Cuba, Egito, Índia, Nicarágua, Nigéria, Peru, Tanzânia e Iugoslávia.
• 1986: Lançada a oitava rodada multilateral de comércio em Punta del Este, sendo que TRIPs era um dos pontos de negociação identificados na Declaração Ministerial.
O Acordo de TRIPs
• Objetivo negociador de TRIPs:
• “A fim de reduzir distorções e limitações ao comércio internacional, e levando em conta a necessidade de promover efetiva e adequada proteção aos direitos de propriedade intelectual e assegurar que medidas e procedimentos para a observância desses direitos não se constituam em barreiras ao comércio legítimo, as negociações devem objetivar um detalhamento das disposições do GATT e a elaboração de novas normas e disciplinas”.
O Acordo de TRIPs
• Objetivo negociador de TRIPs:
• “As negociações deverão buscar desenvolver um marco multilateral de princípios, regras e disciplinas que tratem do comércio internacional de bens contrafeitos, levando em consideração o trabalho já desenvolvido no GATT. Essas negociações devem ser desenvolvidas sem prejuízo de outras iniciativas complementares que poderão ser tomadas pela OMPI e outras organizações que lidem com o tema."
O Acordo de TRIPs -Histórico
• 1988: Revisão do futuro lineamento do Acordo Constitutivo da OMC - TRIPs estava dentre os “problem-groups” dos temas sem consenso
• 1990: Várias minutas para TRIP’s apresentadas pelos países desenvolvidos
• Dec/1991: Apresentação de um “Draft Final Act - “Dunkel Draft”
• Abril/1994: Aprovado em Marraqueche, como parte integrante do Acordo Constitutivo da OMC - Anexo 1-C
O Acordo sobre TRIPsda OMC
• PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:
• Busca garantir uma adequada proteção e efetiva observância dos direitos de propriedade intelectual, contando ainda com o mecanismo de solução de disputas entre os Membros da OMC (“Dispute Settlement Body);
• Estabelece um patamar mínimo de proteção, recebendo os parâmetros de proteção das principais convenções sobre a matéria e cria novas normas.
O Acordo TRIPsCaracterísticas
• Primeiro acordo a incorporar normas sobre “enforcement” e remédios para fazer valer direitos de propriedade intelectual
• Reune todo o grupo de normas de propriedade intelectual em um único instrumento, diferentemente dos instrumentos anteriores sobre a matéria -recepcionando os principais acordos de IPR (CUP, Berna, Roma e Washington) e criando novas normas.
Estrutura de TRIPs
• O Acordo está composto de sete partes e setenta e três artigos, assim organizados:
(I) Disposições Gerais e Princípios Básicos
(II) Conjunto de Normas relativas à Existência, Alcance e Exercício da Propriedade Intelectual
( III)Observância dos Direitos (Enforcement)
Estrutura de TRIPs
(IV) Aquisição e Manutenção dos Direitos
(V) Critérios de Transparência e Disposições sobre Prevenção e Estabelecimento de Disputas
(VI) Disposições Transitórias
(VII)Disposições Institucionais e Finais
TRIPs - Princípios Básicos
• TRATAMENTO NACIONAL
• CLÁUSULA DE NAÇÃO MAIS FAVORECIDA (“Grandfather Clause”)
TRIPs - Tratamento Nacional
• Cada Membro da OMC concederá aos nacionais dos demais membros um tratamento não menos favorável que outorgue aos seus próprios nacionais com respeito à proteção da Propriedade Intelectual.
• (só admite as exceções já vigentes nas Convenções de Paris, Berna, Roma e Washington e com relação aos direitos conexos -artistas/intérpretes e executantes, produtores de fonogramas e organismos de radiodifusão - , esta obrigação só se aplica aos direitos previstos no TRIPs);
TRIPs - Alcance do Termo Proteção
• Nota de rodapé do Acordo TRIPs:
• A efeitos dos arts. 3 e 4, a “proteção” compreenderá os aspectos relativos à existência, aquisição, alcance, manutenção e observância dos direitos de propriedade intelectual, assim como os aspectos relativos ao exercício dos direitos de propriedade intelectual de que trata especificamente esse Acordo.
TRIPs - Cláusula de Nação Mais Favorecida (MFN)
• Com respeito à proteção da Propriedade Intelectual, toda vantagem, favor, privilégio ou imunidade que um Membro da OMC conceda aos nacionais de qualquer outro país, serão outorgados imediatamente e sem condições aos nacionais de todos os demais Membros da OMC.
TRIPs - Exceção ao Princípio MFN
• Ficam isentos desta obrigação toda vantagem, favor, privilégio ou imunidade concedidos por um Membro que:
• (a) ...
• ...
• (d) se derivem de acordos internacionais relativos à proteção da propriedade intelectual que tenham entrado em vigor antes da entrada em vigor do Acordo Constitutivo da OMC (01/01/95), com a condição de que esses Acordos sejam notificados no Conselho de TRIPs, e não constituam uma discriminação arbitrária ou injustificável contra os nacionais de outros Membros.
TRIPs - Blocos Econômicos Notificados à luz da Exceção de MFN -Art. 4(d)
• União Européia: 29/01/96 (Tratado de Roma)
• Grupo Andino: 19/08/97 (Acordo de Cartagena)
• MERCOSUL: 14/07/98 (Tratado de Assunção e Protocolo de Ouro Preto)
• Termos da notificação: Notificados, além dos acordos constitutivos desses blocos econômicos, todos os acordos, protocolos, decisões, resoluções e diretrizes adotadas ou que se venham a adotar no futuro no curso da integração regional.
TRIPS - Outros princípiosimportantes
• Equilíbrio entre direitos e obrigações (art. 7º):
“A proteção e aplicação de normas de proteção dos direitos de propriedade intelectual devem contribuir para a promoção da inovação tecnológica e para a transferência e difusão de tecnologia, em benefício mútuo de produtores e usuários de conhecimento tecnológico e de uma forma conducente ao bem-estar social econômico e a um equilíbrio entre direitos e obrigações.”
TRIPS - Outros princípiosimportantes
• Omissão quanto ao Princípio da Exaustão de direitos (art. 6º):
Princípio subjacente aos direitos exclusivos - de importação e de distribuição, que são:
Direito de Importação: a faculdade de um titular autorizar a importação de um bem que incorpore direitos de Prop. Intelectual
Direito de Distribuição: a faculdade de um titular de autorizar a colocação no mercado (interno ou externo) de um bem que incorpore direitos de PI.
TRIPS - Outros princípiosimportantes
• Omissão quanto ao Princípio da Exaustão de direitos (art. 6º) - continuação:
• O Princípio da Exaustão se caracteriza pela situação em que o titular que tiver colocado um bem no mercado, não poder impedir sua livre circulação.
• O referido princípio pode ter várias gradações, destacando-se a exaustão nacional, exaustão internacional, exaustão regional e não exaustão.
TRIPS - Outros princípiosimportantes
• Art. 1º - Nível mínimo de proteção x Proteção ampliada
• Art. 2º - Recepção a outras convenções internacionais
• Art. 8º - Proteção à saúde e nutrição públicas e para evitar o abuso do poder econômica ou práticas anti-concorrenciais
Objetos protegidos pelo TRIPs
• Direitos autorais e conexos (i.e. direitos de artistas intérpretes, produtores de fonogramas e organismos de radiodifusão;
• Marcas de produtos e de serviços;
• Indicações Geográficas;
• Desenhos Industriais;
• Patentes;
• Variedades Vegetais;
• Topografia de Circuitos Integrados;
• Informação não Divulgada, incluindo segredos de negócio e dados de testes para comercialização de produtos farmacêuticos ou agrícolas químicos.
OBJETOS PROTEGIDOS PELA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA
• Propriedade Industrial (Marcas, Patentes, Desenhos Industriais, Modelos de Utilidade, Indicações Geográficas e Concorrência Desleal)
• Direitos Autorais e Conexos, incluindo proteção aos Programas de Computador
• Proteção “sui generis” da propriedade intelectual de cultivares, da topografia de circuitos integrados e dos conhecimentos tradicionais
Contexto Jurídico Nacional
• Propriedade Industrial: Lei nº 9279/96 que regula direitos e obrigações de propriedade industrial
• Direitos Autorais: Lei nº 9609/98 sobre Software e 9610/98 sobre Direitos Autorais
• Cultivares: Lei nº 9456/97
• Topografia de CI´s: PL 1787/96
• outras iniciativas legais em matéria de concorrência, direitos proprietários, conhecimentos tradicionais, etc.
Adequação da Legislação Brasileira ao Acordo
de TRIPs: Situação Atual e Tendências
Regulamentação da Propriedade Intelectual no Brasil:
Situação Atual e Tendências
02
SITUAÇÃO ATUAL: LEGISLAÇÃO RECENTE
- Lei no 9.279, de 14 de maio de 1996, que “regula
direitos e obrigações relativos à propriedade indus
trial”;
- Decreto no 2.553, de 16 de abril de 1998, que “regulamenta
os arts. 75 e 88 a 93 da Lei no 9.279, de 14 de maio de 1996,
que “regula direitos e obrigações relativos à propriedade
industrial”;
• Propriedade Industrial (Patentes de Invenções e de
Modelos de Utilidade, Desenhos Industriais, Marcas,
Indicações Geográficas, Concorrência Desleal, Con-
tratos de Transferência de Tecnologia e de Franquia)
Regulamentação da Propriedade Intelectual no Brasil:
Situação Atual e Tendências
03
SITUAÇÃO ATUAL: LEGISLAÇÃO RECENTE
- Decreto no 3.201, de 6 de outubro de 1999, que “dispõe so-
bre a concessão, de ofício, de licença compulsória nos ca-
sos de emergência nacional e de interesse público de que
trata o art. 71 da Lei no 9.279, de 14 de maio de 1996”;
- Medida Provisória no 2.014-7, de 26 de junho de 2000, que
“altera e acresce dispositivos à Lei no 9.279, de 14 de maio
de 1996, que regula direitos e obrigações relativos à proprie
dade industrial, e dá outras providências”;
• Propriedade Industrial (continuação)
Regulamentação da Propriedade Intelectual no Brasil:
Situação Atual e Tendências
04
SITUAÇÃO ATUAL: LEGISLAÇÃO RECENTE
- Lei no 9.456, de 25 de abril de 1997, que “institui
a Lei de Proteção de Cultivares e dá outras provi-
dências”;
- Decreto no 2.366, de 5 de novembro de 2000, que “regula-
menta a Lei no 9.456, de 25 de abril de 1997, que institui a
Proteção de Cultivares, dispõe sobre o Serviço Nacional de
Proteção de Cultivares - SNPC, e dá outras providências”;
• Cultivares (Variedades Vegetais ou Obtenções
Vegetais)
Regulamentação da Propriedade Intelectual no Brasil:
Situação Atual e Tendências
05
SITUAÇÃO ATUAL: LEGISLAÇÃO RECENTE
- Lei no 9.609, de 19 de fevereiro de 1998, que “dispõe sobre
a proteção de propriedade intelectual de programa de com-
putador, sua comercialização no País, e dá outras providên-
cias”;
- Lei no 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, que “altera, atuali-
za e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá ou-
tras providências”;
• Direitos de Autor e Direitos Conexos (incluindo Pro-
gramas de Computador)
Regulamentação da Propriedade Intelectual no Brasil:
Situação Atual e Tendências
06
SITUAÇÃO ATUAL: LEGISLAÇÃO RECENTE
- Decreto no 2.556, de 20 de abril de 1998, que “regulamenta
o registro previsto no art. 3o da Lei no 9.609, de 19 de feve-
reiro de 1998, que dispõe sobre a proteção da propriedade
intelectual de programa de computador, sua comercializa-
ção no País, e dá outras providências”;
- Decreto no 2.894, de 22 de dezembro de 1998, que “regula
menta a emissão e o fornecimento de selo ou sinal de iden-
tificação dos fonogramas e das obras audiovisuais, previs-
tos no art. 113 da Lei no 9.610, de 19 de fevereiro de 1998,
que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos
autorais e dá outras providências”;
• Direitos de Autor e Direitos Conexos (continuação)
Regulamentação da Propriedade Intelectual no Brasil:
Situação Atual e Tendências
07
SITUAÇÃO ATUAL: LEGISLAÇÃO RECENTE
- Medida Provisória no 2.052, de 29 de junho de 2000, que
“regulamenta o inciso II do § 1o e o § 4o do art. 225 da Cons-
tituição, os arts. 1o, 8o, alínea “j”, 10, alínea “c”, 15 e 16, alí-
neas 3 e 4 da Convenção sobre Diversidade Biológica, dis-
põe sobre o acesso ao patrimônio genético, a proteção e o
acesso ao conhecimento tradicional associado, a repartição
de benefícios e o acesso à tecnologia e a transferência de
tecnologia para sua conservação e utilização, e dá outras
providências”;
• Conhecimentos Tradicionais Associados ao Pa-
trimônio Genético
Regulamentação da Propriedade Intelectual no Brasil:
Situação Atual e Tendências
08
SITUAÇÃO ATUAL: PROJETOS DE LEI
- Projeto de Lei no 1.787, de 1996, do Po-
der Executivo, que “dispõe sobre a pro-
teção da propriedade intelectual de topo
grafias de circuitos integrados”;
• Topografia (Layout) de Circuitos Integrados
• Outros
- Existem alguns projetos de lei no Congresso Nacional dis
pondo sobre alterações específicas da legislação de propri-
edade intelectual do País;
Regulamentação da Propriedade Intelectual no Brasil:
Situação Atual e Tendências
09
SITUAÇÃO ATUAL: PROJETOS DE LEI• Outros (continuação)
Exemplos:
- Aumento das penas de privação de liberdade para crimes
relativos a determinadas áreas da propriedade intelectual;
- Controle das obras e alteração do sistema de arrecadação
e distribuição de direitos autorais;
- Exploração das possibilidades quanto às limitações e ex-
ceções aos direitos de propriedade intelectual (ex. fair use);
- Regime de exaustão de direitos (relativo ao direito de impe
dir a circulação de bens);
- Relação entre nomes de domínio e a propriedade intelec-
tual;
-Prazo de vigência de patentes (70.2 TRIPs)
Regulamentação da Propriedade Intelectual no Brasil:
Situação Atual e Tendências
10
TENDÊNCIAS: CONTEXTO INTERNACIONAL• Proteção da propriedade intelectual no am
biente digital (a propriedade intelectual na
rede Internet);
Exemplos:
- Relação entre nomes de domínio e marcas;
- Validade legal do disclaimer (espécie de aviso ou decla-
ração sobre o propósito ou conteúdo das páginas Internet);
- Controle da circulação dos bens intelectuais (obras, pa-
tentes, marcas, etc.) na rede Internet;
- Responsabilidade dos provedores de infra-estrutura e
dos provedores de acesso à Internet;
- Questões de jurisdição (“fronteiras” da Internet);
Regulamentação da Propriedade Intelectual no Brasil:
Situação Atual e Tendências
11
TENDÊNCIAS: CONTEXTO INTERNACIONAL
• Proteção ao conhecimento tradicional (art. 8-J
da Convenção sobre Diversidade Biológica - CDB)
e ao folclore;
• Revisão da proteção às indicações geográficas
(art. 24.2 do Acordo sobre Aspectos dos Direitos
de Propriedade Intelectual relacionados ao Comér
cio - Acordo TRIPS ou Acordo ADPIC);
Regulamentação da Propriedade Intelectual no Brasil:
Situação Atual e Tendências
12
TENDÊNCIAS: CONTEXTO INTERNACIONAL• Revisão acerca do patenteamento de plantas e
animais (art. 27.3.b do Acordo TRIPS e sistemas
de proteção sui generis de cultivares, por exem-
plo, o sistema da União Internacional para a Pro
teção das Obtenções Vegetais - UPOV);
• Revisão de exceções e limitações aos direitos
patentários e à patenteabilidade (painel Canadá
x União Européia), “modos de fazer” no comér-
cio eletrônico, patenteabilidade de programas
de computador);
Regulamentação da Propriedade Intelectual no Brasil:
Situação Atual e Tendências
13
TENDÊNCIAS: CONTEXTO INTERNACIONAL• Revisão da proteção às marcas notoriamente
conhecidas (art. 6bis da Convenção da União de
Paris - CUP e arts. 16.2 e 16.3 do Acordo TRIPS);
• Proteção de bases de dados não originais (ba-
seada no investimento substancial);
Reforço da proteção aos direitos de proprie-
dade intelectual (diminuição da flexibilidade no
que tange às limitações e exceções aos direitos
de propriedade intelectual).
Lei 9279/96 - Propriedade Industrial
• Sancionada em 14/05/96 e passou a viger um ano após sua publicação, com exceção da proteção “pipeline”.
• Objetos protegidos: Patentes de Invenção e de Modelo de Utilidade; Desenhos Industriais; Marcas incluindo de produtos e serviços, de certificação e coletivas; Indicações Geográficas e Normas para Repressão à Concorrência Desleal (proteção a segredos de negócios e dados de prova).
Lei 9279/96 - Propriedade Industrial
• “Pipeline” - Proteção especial e transitória aplicável às matérias não passíveis de proteção segundo o então vigente Código de Propriedade Industrial (Lei 5772/71), alcançando as substâncias, matérias ou produtos obtidos por meios químicos e as substâncias, matérias, misturas ou produtos alimentícios, químico-farmacêuticos e medicamentos de qualquer espécie e seus respectivos processos de obtenção ou modificação.
Lei 9279/96 - PropriedadeIndustrial
Requisito para a Proteção do “Pipeline”, assegurada a data do primeiro depósito no exterior:
• Invenções que não houvessem sido comercializadas até a data do pedido de patente; e
• Não tivessem sido realizados, por terceiros, no País, sérios e efetivos preparativos para a exploração do pedido ou da patente.
• Observação dos arts. 10 e 18 da Lei 9279/96 (matéria não patenteável)
Propriedade Industrial
Patentes
- Requisitos para Proteção:• Atendimento a requisitos de novidade,
atividade inventiva e aplicação industrial.
• Registro no INPI
- Prazo de Proteção:
• 20 anos contados da data de depósito.
- Prioridade Unionista
Patentes - Direitos conferidospor TRIPs
Art. 28: (a) quando o objeto da patente for um produto, o de evitar que terceirossem o seu consentimento produzam, usem, coloquem à venda ou importem com esses propósitos aqueles bens.
Patentes - Direitos conferidospor TRIPs
Art. 28: (b) quando o objeto da patente for um processo, o de evitar que terceiros sem o seu consentimento usem o processo e usem, coloquem à venda ou importe, com esses propósitos pelo menos o produto obtido diretamente por aquele processo.
Lei 9279/96 - Propriedade Industrial
Direitos exclusivos conferidos ao titular de patente:
• Impedir terceiro, sem o seu consentimento, de produzir, usar, colocar à venda, vender ou importar produto objeto de patente e processo ou produto obtido diretamente por processo patenteado.
Lei 9279/96 - Propriedade Industrial
Exceções aos direitos de titular de patente:
• atos praticados, em caráter privado e sem finalidade comercial;
• uso relacionado a estudos ou pesquisas científicas ou tecnológicas;
• preparação de medicamento de acordo com prescrição médica para casos individuais;
Lei 9279/96 - Propriedade Industrial
Exceções aos direitos de titular de patente:
• produto fabricado de acordo com patente de processo ou de produto que tiver sido colocado no mercado interno pelo titular ou licenciado;
• utilização de produto patenteado relativo à matéria viva como fonte inicial de variação ou propagação para obter outros produtos;
• colocar em circulação ou comercialização, produto relacionado com matéria viva que tenha sido licitamente introduzida no comércio por seu titular e desde que não seja utilizado para multiplicação ou propagação comercial da matéria viva em causa.
Lei 9279/96 - Propriedade Industrial Licença Compulsória:
• Por abuso direitos ou abuso do poder econômico;
• Pela não exploração do objeto da patente no território brasileiro por falta de fabricação ou fabricação incompleta do produto,, ou ainda, pela falta de uso integral do processo patenteado, quando considerados abusivos, ressalvados os casos de inviabilidade econômica, quando será admitida a importação;
• Quando a comercialização não satisfizer às necessidades do mercado;
• Nos casos de emergência nacional ou interesse público.
Lei 9279/96 - Propriedade Industrial
Patente de Interesse da Defesa Nacional
• Classificação e determinação do caráter sigiloso a cargo da Secretaria de Assuntos Estratégicos, ouvido o EMFA, quando o objeto for de natureza militar, e outros Ministérios afins, quando for de natureza civil.
• Tem o seu depósito , exploração e divulgação vedados no Exterior, exceto mediante autorização da SAE .
• Depositante ou titular é indenizado mediante comprovação dos benefícios que teria auferido pela exploração ou cessão.
Lei 9279/96 - Propriedade Industrial
Relação Empregado x Empregador
• A invenção pertencerá exclusivamente ao empregador quando decorrer de contrato de trabalho que tenha por objeto a pesquisa ou atividade inventiva, salvo disposição em contrário;
• Empregador, titular da patente, poderá conceder ao empregado, autor de invento, participação nos ganhos econômicos resultantes da exploração, mediante negociação ou conforme norma da Empresa.
Lei 9279/96 - Propriedade Industrial
Relação Empregado x Empregador
• A invenção pertencerá exclusivamente ao empregado, desde que desvinculada do contrato de trabalho e não decorrente da utilização de recursos, meios, dados, materiais, instalações ou equipamentos do empregador.
• Será comum, em partes iguais, quando resultar da contribuição pessoal do empregado e de recursos, dados, meios, materiais, instalações ou equipamentos do empregador, salvo disposição em contrário.
Lei 9279/96 - Propriedade Industrial
Relação Empregado x Empregador
Quando a titularidade é comum:• Sendo mais de um empregado, a parte que
lhes couber será dividida igualmente entre todos, salvo ajuste em contrário;
• Empregador tem o direito exclusivo de licenciar a invenção, cabendo ao empregado a justa remuneração;
• Na falta de acordo, exploração deve iniciar pelo empregador no prazo de 1 (um) ano, contado da data de concessão, sob pena de passar à exclusiva propriedade do empregado
Lei 9279/96 - Propriedade Industrial
Relação Empregado x EmpregadorEntidades da Administração Pública, direita,
indireta e fundacional:
• É assegurada premiação de parcela no valor das vantagens auferidas com a exploração da patente;
• Órgãos e entidades deverão promover a alteração de seus estatutos ou regimentos para inserir normas que definam a forma e as condições de pagamento da premiação;
• A premiação não pode exceder a um terço do valor das vantagens auferidas pelo órgão ou
entidade com a exploração da patente.
Marca - Princípios paraProteção
• ESPECIALIDADE
A marca só distingue seus produtos, mercadorias ou serviços de outros idênticos ou semelhantes, na classe correspondente à sua atividade
• TERRITORIALIDADE
A proteção da marca só pode ser reclamada no território em que se exercer o uso ou efetivar-se o registro
TRIPs: Direitos do Titularde Marcas
• Torna obrigatória, no âmbito da OMC, a proteção prevista na Convenção de Paris;
• Direito Exclusivo de Uso da Marca, no curso de operações comerciais;
• Proteção de Marcas de Produtos e Serviços;
• Proteção ampliada às Marcas Notoriamente Conhecidas
Marcas - Estratégia paraUso
• 1º - DIFERENCIAR
A função primordial de uma marca é identificar a empresa em relação às suas concorrentes; é identificar o produto das demais similares que existem no mercado.
Marcas - Estratégia paraUso
• 2º - CRIAR UMA IDENTIDADADE COM A CLIENTELA
A marca é o elemento de ligação entre sua empresa e a clientela. Deve-se procurar uma denominação que faça referência ao próprio produto ou serviço, ou ainda, às atividades da empresa e que consiga transmitir, de imediato, a imagem exata do produto, serviço ou empresa que
procura identificar.
Marcas - Estratégia paraUso
• 3º -INOVAR/REUNIR CARACTERÍSTICAS DE DISTINTIVIDADE
Invista no “trade dress” e todos os elementos que reforcem a çapacidade distintiva da marca.
Marcas - Estratégia paraUso
• 4º -RESPEITAR DPI´S ALHEIOS
Antes de iniciar o uso da marca, verifique se a mesma está disponível e é apropriável.
Conseqüências desastrosas: perda de todo o
investimento feito em publicidade, em rótulos de embalagens, retirada do produto do mercado, alteração do nome da empresa, gastos com defesas em medidas judiciais, pagamento de indenizações, etc.
Marcas - Requisitos paraProteção
• Uso, de boa fé, há pelo menos seis meses dá direito de precedência no registro
• Registro no INPI
• Prioridade Unionista
• Prazo de proteção: 10 anos, renováveis por períodos iguais e sucessivos
• Ter caráter distintivo visualmente perceptível, não compreendido nas proibições legais
Exemplos de Marcas Irregistráveis
• Símbolos oficiais como brasões, medalhas, bandeiras, emblemas...
• Letra, algarismo e data, isolados, sem suficiente caráter distintivo
• cores e suas denominações, salvo se dispostas ou combinadas de forma peculiar
• a forma necessária, comum ou vulgar do produto ou de seu acondicionamento
Marcas - Direitos Exclusivos
• Exercer exclusivamente seu uso;
• Ceder seu registro ou pedido de registro;
• licenciar seu uso;
• zelar por sua integridade material ou reputação
Marcas - Exceções aosDireitos
• O titular não poderá:
(1) impedir que comerciantes utilizem sinais distintivos que lhes são próprios, juntamente com o a marca do produto, na sua promoção e comercialização;
(2)impedir a livre circulação de produto colocado no mercado, por si ou por outrem com seu consentimento;
(3) impedir a citação da marca em discurso, obra científica ou literária ou qualquer outra publicação, desde que sem conotação comercial e sem prejuízo para seu caráter distintivo.
Marcas - Perda de Direitos
• Pela expiração do prazo de vigência;
• Pela renúncia total ou parcial;
• Pela ausência de procurador devidamente qualificado (no caso de pessoa domiciliada no exterior)
• Pela caducidade: quando o uso não tiver sido iniciado no Brasil ou tiver sido interrompido por mais de 5 anos consecutivos, ou se, no mesmo prazo, a marca tiver sido usada com modificação que implique alteração em seu caráter distintivo original.
INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS
• INDICAÇÕES DE PROCEDÊNCIA
• DENOMINAÇÕES DE ORIGEM
Indicação de Procedência
• Lei 9279/96 - Art. 177
“Considera-se indicação de procedência o nome geográfico de país, cidade, região ou localidade de seu território, que se tenha tornado conhecido como centro de extração, produção ou fabricação de determinado produto ou prestação de serviço.”
Denominações de Origem
• Lei 9279/96 - Art. 178
“Considera-se denominação de origem o nome geográfico de país, cidade, região ou localidade de seu território, que designe produto ou serviço cujas qualidades ou características se devam exclusiva ou essencialmente ao meio geográfico, incluídos fatores naturais e humanos.”
Uso da IndicaçãoGeográfica
• Restrito aos produtores e prestadores de serviços estabelecidos no local, exigindo, ainda, em relação às denominações de origem, o atendimento a requisitos de qualidade.
IGs - Direitos Conferidospelo TRIPs
• Exigência de proteção das denominações de origem;
• Proteção especial a vinhos (e em discussão na OMC de bebidas destiladas);
• Medidas de “enforcement” para coibir práticas que induzam falsa procedência
• Preferência de proteção sobre as marcas
Segredos de Negócios
Lei 9279/96 - Art. 195 - Comete crime de concorrência desleal quem:
“XI - divulga, explora ou utiliza-se, sem autorização, de conhecimentos informações ou dados confidenciais, utilizáveis na indústria, comércio ou prestação de serviços, excluídos aqueles que sejam de conhecimento público ou que sejam evidentes para um técnico do assunto, a quem teve acesso mediante relação contratual ou empregatícia, mesmo após o término da mesma.”
Segredos de Negócios
Lei 9279/96 - Art. 195 - Comete crime de concorrência desleal quem:
“XII - divulga, explora ou utiliza-se, de conhecimentos ou informações a que se refere o inciso anterior,obtidos por meios ilícitos ou a que teve acesso mediante fraude.
Pena - detenção, de 3(três) meses a 1(um) ano, ou multa.
Lei 9610/98 - Direitos Autorais e Conexos
• Sancionada em 19/02/98 e passou a viger cento e
vinte dias após esta data (10/06/98);
• Objetos protegidos:
(1)as criações de espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível, conhecido ou que se invente no futuro, tais como: obras literárias, artísticas ou científicas; obras audiovisuais, arquitetônicas, fotográficas, as bases de dados e os programas de computador;
(2) direitos conexos, compreendendo direitos de artistas intérpretes ou executantes, dos produtores de fonogramas e dos organismos de radiodifusão.
Direitos Autorais e ConexosProteção em TRIPs
• Os membros deverão cumprir o disposto nos arts. 1 a 21 de Berna (1971), com exceção dos direitos morais;
• incorpora os programas de computador e compilações de dados que em função da seleção e disposição de seu conteúdo se constituam em criações intelectuais como obras literárias e artísticas.
• Estabelece direitos de aluguel a programas de computador e obras cinematográficas
• Duração da proteção: 50 anos após a morte ou primeira publicação.
Lei 9610/98 - Direitos Autorais e Conexos
Requisito de Proteção:
• Originalidade;
• Registro facultativo no órgão público (obras literárias e artísticas - Biblioteca Nacional, obras audiovisuais - SDAV, obras plásticas -Escola de Belas Artes, etc.)
• Prazo de proteção: os direitos patrimoniais do autor perduram por setenta anos a contados de 1º de janeiro do ano subseqüente ao falecimento
Lei 9610/98 - Direitos Autorais e Conexos
Os Direitos de Autor compreendem:
• DIREITOS MORAIS (imprescritíveis, inalienáveis e irrenunciáveis);
• DIREITOS PATRIMONIAIS OU ECONÔMICOS.
Lei 9610/98 - Direitos Autorais e Conexos
DIREITOS MORAIS:
Direito de Paternidade:
- O de reivindicar, a qualquer tempo, a autoria da obra;
Lei 9610/98 - Direitos Autorais e Conexos
Direitos Morais:
Direito de Integridade:
O de assegurar a integridade da obra, opondo-se a quaisquer modificações ou à prática de atos que, de qualquer forma, possam prejudicá-la ou atingí-lo, como autor, em sua reputação ou honra.
Lei 9610/98 - Direitos Autorais e Conexos
Outros Direitos Morais:• Direito de ter seu nome, pseudônimo ou sinal
convencional indicado ou anunciado, como sendo o do autor, na utilização de sua obra;
• Direito de modificação da obra, antes ou depois de utilizada;
• Acesso a exemplar único e raro da obra, para o fim de, por meio de processo fotográfico ou assemelhado, preservar sua memória;
• Direito de conservar a obra inédita.
Lei 9610/98 - Direitos Autorais e Conexos
Direitos Patrimoniais ou Econômicos:
• Reprodução, parcial ou integral;
• Distribuição (compreendendo venda, locação ou qualquer outra forma de transferência de propriedade);
• Distribuição para oferta de produções mediante cabo, fibra ótica, satélite, ondas ou qualquer outro sistema que permita ao usuário realizar a seleção da obra para percebê-la em um tempo e um lugar previamente determinados por quem formula a demanda.
Lei 9610/98 - Direitos Autorais e Conexos
Direitos Patrimoniais ou Econômicos:
• Comunicação ao Público - Não poderão ser utilizadas obras teatrais, composições musicais ou lítero-musicais, obras audiovisuais e fonogramas em representações ou execuções públicas.
Lei 9610/98 - Direitos Autorais e Conexos
Exceções ao Direito de Autor:
• Reprodução na imprensa diária ou periódica, desde que identificado o autor e a publicação de onde foram transcritos;
• de obras literárias ou artísticas, para uso exclusivo de deficientes visuais;
• a reprodução, em um só exemplar de pequenos trechos, para uso privado do copista, desde que feita por este sem fins lucrativos;
Lei 9610/98 - Direitos Autorais e Conexos
Exceções ao Direito de Autor
• Citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio, de passagens de qualquer obra; para fins de estudo, crítica ou polêmica, na medida justificada para o fim a atingir, indicando-se o autor e a origem da obra;
Lei 9610/98 - Direitos Autorais e Conexos
Exceções ao Direito de Autor
• Não será aplicável o direito de reprodução quando esta for temporária e apenas tiver o propósito de tornar a obra, fonograma ou interpretação, perceptível em meio eletrônico, ou quando for de natureza transitória e incidental, desde que ocorra no curso do uso devidamente autorizado da obra, pelo titular.
Lei 9609/98 - Programas de Computador
• Sancionada em 19/02/98.
• Objeto protegido: O programa de computador, conferindo ao mesmo a proteção prevista para as obras literárias pela legislação de direito autoral vigente no País, observado o disposto na Lei de Software.
Lei 9609/98 - Programas de Computador
• Requisito de Proteção: Originalidade
• Registro facultativo no INPI,tendo em vista Decreto 2556/98.
• Prazo de proteção: Cinquenta anos, contados a partir de 1º de janeiro do ano subseqüente ao da sua publicação.
Lei 9609/98 - Programas de Computador
• Direitos Morais - Só se aplicam os previstos no art. 6(bis) de Berna, ou seja os relativos à paternidade e à integridade.
• Direitos Patrimoniais - aplicam-se os direitos previstos na Lei de Direitos Autorais, exceto que, o direito de aluguel não se aplica aos casos em que o programa de computador não é o objeto essencial do aluguel.
Lei 9609/98 - Programas de Computador
Exceções aos Direitos dos Titulares de Programas de Computador:
• reprodução, em um só exemplar, de cópia para “back up”;
• citação parcial do programa, para fins didáticos, desde que identificados o autor e o titular dos direitos;
Lei 9609/98 - Programas de Computador
Exceções aos Direitos dos Titulares de Programas de Computador:
• ocorrência de semelhança de um programa a outro, por força das características funcionais de sua aplicação, da observância de preceitos normativos e técnicos, ou de limitação de forma alternativa para sua expressão;
Lei 9609/98 - Programas de Computador
Exceções aos Direitos dos Titulares de Programas de Computador:
• integração de um programa, mantendo-se suas características essenciais, a um sistema aplicativo ou operacional, tecnicamente indispensável às necessidades do usuário, desde que para uso exclusivo de quem a promoveu.
Lei 9.609/98 - Programas de Computador
Relação Empregado x Empregador
• Salvo estipulação em contrário, pertence exclusivamente ao empregador quando decorrente de contrato expressamente destinado à P&D, ou em que a atividade do empregado, contratado de serviço ou servidor seja prevista, ou ainda que decorra da própria natureza dos encargos concernentes a esses vínculos.
Lei 9.609/98 - Programas de Computador
Relação Empregado x Empregador
• Pertence exclusivamente ao empregado quando gerado sem relação como contrato de trabalho e sem a utilização de recursos, informações tecnológicas, segredos industriais e de negócios, materiais, instalações ou equipamentos do empregador, da empresa ou entidade com a qual o empregado tenha vínculo.
ESAF - Formação de Negociadores em Comércio
Exterior
Propriedade Intelectual nos foros
do MERCOSUL , OMC e ALCA
MERCOSUL
Harmonização da Legislação e dos Procedimentos Administrativos em Matéria de Propriedade Intelectual
Decisão GMC 038/95:
“Deverá ser promovida a harmonização de
legislação e procedimentos administrativos relativos à propriedade intelectual, baseada nos acordos internacionais existentes sobre a matéria, que contribuam para atrair investimentos e tecnologia.”
TRIPs - Blocos Regionais Notificados à luz da Exceção de MFN -Art. 4(d)
• União Européia: 29/01/96 (Tratado de Roma)
• Grupo Andino: 19/08/97 (Acordo de Cartagena)
• MERCOSUL: 14/07/98 (Tratado de Assunção e Protocolo de Ouro Preto)
MERCOSUL - Cooperação em Matéria de Legislação
Protocolos em Curso:• Protocolo de Marcas e Indicações Geográficas
(em revisão no seio da Comissão de Propriedade Intelectual do SGT-07/INDÚSTRIA);
• Protocolo sobre Desenhos Industriais (aprovado pelo CMC)
• Protocolo sobre Cultivares(submetido ao CMC)
• Protocolo sobre Procedimentos de Patentes (PLT)
MERCOSUL - Protocolo de Marcas e Indicações Geográficas
Já ratificado pelo Paraguai e Uruguai e em tramitação no Congresso Nacional.
Proposta de revisão pelo Brasil acatada na Comissão de Propriedade Intelectual do SGT-07/INDÚSTRIA, tendo em vista ter sido elaborado antes da adequação da legislação de propriedade industrial a TRIPS/OMC.
MERCOSUL - Protocolo de Desenhos Industriais
Aprovado pelo CMC em
Segue os princípios de proteção previstos na CUP e TRIPs;
Harmoniza os requisitos de proteção, inclusive para fins de determinação do estado da técnica, de forma compatível com os arts. 95 e 96 da LPI;
Harmoniza a matéria excluída de proteção de forma compatível com os arts. 98 e 100 da LPI;
Harmoniza procedimentos relativos ao registro de DI (documentos necessários) e prazo mínimo para cumprimento das formalidades (arts. 101 e 103 LPI);
Harmoniza as exceções ao direito (permitindo o uso em caráter privado, sem fins comerciais, e para pesquisa ou ensino);
MERCOSUL - Protocolo de Cultivares
Avaliado pelo G-7/INDÚSTRIA e pelo G-8/AGRICULTURA,
Estabelece um tratamento igualitário, reafirmando o princípio de reciprocidade, constante da UPOV´78.
Harmoniza nomenclatura de variedades vegetais.
Estabelece mecanimos de consulta junto aos escritórios de registro de variedades vegetais
MERCOSUL - Protocolo de Procedimentos de Patentes
Em fase de negociação, busca a harmonização e facilitação de procedimentos para obtenção dos direitos em matéria de patentes.
Os países encontram-se em fase de definição da matriz que estabelecerá os procedimentos comuns com base no “Patent Law Treaty”.
MERCOSUL - Outros temas em discussão
Seminário para Agentes Aduaneiros (com o apoio da OMPI, Secretaria da Receita Federal e Polícia Federal e subgrupos de propriedade industrial e direitos autorais do GIPI).
Projeto de Interconexão dos Escritórios de Propriedade Industrial (com o apoio do BID e da OMPI)
Elaboração de página “web” voltada ao setor privado e destinada a facilitar a obtenção de direitos de PI no MERCOSUL
A nova rodada multilateral de Comércio da OMC
• Realizada em novembro de 1999, em Seattle, EUA, frustrou a expectativa do lançamento de uma nova rodada multilateral de comércio.
• Clima pós-Seattle: Negociações mandatadas nos setores de agricultura e serviços, sobre pontos específicos de acordos existentes (ex. TRIMs e TRIPs), implementação dos acordos existentes e um pacote de fortalecimento da confiança no sistema.
A nova rodada multilateral de Comércio da OMC
• O Grupo Interministerial sobre Comércio Internacional definiu como prioridades:
• Subsídios + TRIMS
• Implementação dos Acordos da Rodada Uruguai
• Tratamento Diferenciado
• Antidumping
• Agricultura
Propriedade intelectual e a nova rodada
• TRIPs, está atualmente em processo de revisão, tendo em vista os temas mandatados nos próprios acordos emanados da OMC, conhecido como “in-built agenda”.
• Os principais temas do processo de revisão são: patente biotecnológica e proteção de variedades vegetais (art. 27.3.b), negociações sobre indicações geográficas (arts. 23.4 e 24.2) e solução de controvérsias (art. 64)
• Com o lançamento de uma nova rodada, é possível que os temas para ela se transfiram.
Grupo de Negociação de Direitos de Propriedade Intelectual da ALCA
• Mandato emanado do Comitê de Negociações Comerciais da ALCA (Buenos Aires, junho/98):
“Determinar como reduzir as distorções ao comércio no Hemisfério e promover
e assegurar adequada e efetiva proteção aos direitos de propriedade intelectual. As mudanças tecnológicas
serão consideradas.”
Grupo de Negociação de Direitos de Propriedade Intelectual da ALCA
• Trabalho desenvolvido pelo GNPI:
• Aprovação do Informe ao CNC, contendo uma minuta de capítulo sobre propriedade intelectual,
• A minuta foi elaborada no entendimento de que matérias poderão ser acrescentadas ou excluídas, sem prejuízo de futuras decisões na ALCA em matéria de propriedade intelectual.
• Caso aprovado pelo CNC, será submetida aos Ministros de Comércio na Reunião Ministerial a ser realizada enovembro/99)
Grupo de Negociação de Direitos de Propriedade Intelectual da ALCA
• Temas consensados na minuta:
• Princípios Gerais e Princípios Básicos;
• Marcas de Fábrica e de Comércio;
• Indicações Geográficas;
• Direitos de Autor e Direitos Conexos;
• Proteção ao Folclore;
• Patentes, MU e DI;
Grupo de Negociação de Direitos de Propriedade Intelectual da ALCA
• Temas consensados na minuta (cont.):
• Topografias de Circuitos Integrados;
• Proteção da PI e do Conhecimento Tradicional em face do Acesso a Recursos Genéticos;
• Variedades Vegetais;
• Informação não Divulgada;
• Observância;
• Concorrência Desleal e Práticas Anti-competitivas.
FIM
Formação de Negociadores em Comércio
Exterior
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior - MDIC
Secretaria de Comércio Exterior - SECEX
Esplanada dos Ministérios, Bloco “J”, 7º andar
70.053-900 Brasília - DF
Telefone(s): + (61) 329-7214
Fax: + (61) 329-7385
E-mail: [email protected]