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    Aplicação de Dispositivos de Proteção Contra Sobrecorrente em Sistemas Elétricos de Distribuição 

    Autores: Ghendy C. Junior Gustavo D. Ferreira 

    Versão 1.12

      –

     14/09/2009

     

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    Sumário 

    1.  APRESENTAÇÃO ...............................................................................................................  2 

    2.  INTRODUÇÃO ...................................................................................................................  2 

    3.  TERMINOLOGIA ................................................................................................................  7 

    4.  COORDENAÇÃO,  SELETIVIDADE E AJUSTES DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO ..............  11 

    5.  CÁLCULOS PRELIMINARES ...............................................................................................  11 

    5.1  CORRENTES DE CURTO‐CIRCUITO ................................................................................................  11 5.2  CORRENTES DE INRUSH .............................................................................................................  16 5.3  LOCAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS (NORMA BANDEIRANTE) ..................................................................  17 

    5.3.1  Saídas dos Circuitos Provenientes das ETDs ..............................................................  17  

    5.3.2 

    Religadores, Seccionalizadores

     e Chaves

     Fusíveis

     .....................................................

     17 

     

    6.  BIBLIOGRAFIA: ................................................................................................................  19 

    7.  ANEXO 2  – TABELA ANSI: .................................................................................................  20 

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    2  ______________________Introdução e Cálculos Preliminares______________________  

     ________________________________Proteção de Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica: notas de aula Prof. Ghendy  Cardoso  Jr. 

    UFSM, DESP 

    1. ApresentaçãoEste  material  tem  como  objetivo  apresentar  as  diretrizes,  os  critérios  e  as 

    recomendações  de  ordem  prática  no  que  tange  a  aplicação  dos  dispositivos  de  proteção contra  sobrecorrente  em  sistemas  de  distribuição,  ou  seja:  o  conjunto  relé/disjuntor,  os religadores, os seccionalizadores e os elos fusíveis. 

    2.  IntroduçãoUm  sistema  elétrico  de  potência  inclui  a  geração,  transmissão,  subtransmissão  e  a 

    distribuição de energia elétrica. O sistema elétrico de distribuição é uma parte da estrutura que  fornece energia às cargas consumidoras, e  tem a  função de recebê‐la, de circuitos de transmissão  em  alta  de  tensão,  manobrá‐la  e  entregá‐la  aos  seus  consumidores.  Numa subestação de distribuição, o transformador tem a função de receber a energia no nível de 

    tensão 

    de 

    transmissão 

    (35 

    até 

    230kV) 

    abaixá‐la

     para

     vários

     circuitos

     primários

     de

     

    distribuição.  Nas  proximidades  de  cada  consumidor  haverá  um  transformador  de distribuição que  terá a  função de  receber a energia no nível de  tensão primário e abaixar para  o  nível  de  tensão  secundário,  que  comumente  gira  em  torno  de  120/240  V.  Outros níveis de tensão também são usados. A conexão com o consumidor é feita diretamente no circuito de distribuição secundário do transformador de distribuição (SHORT, 2004). 

    A Figura 2.1 mostra a geração e a infra‐estrutura necessária à entrega de energia onde o sistema de distribuição está incluído. Os circuitos de distribuição são aqueles que alimentam os consumidores. Geralmente, esses são radiais e possuem tensão abaixo de 35kV. 

    Dentre  as  etapas  de  produção,  transmissão  e  distribuição  de  energia,  o  sistema  de 

    distribuição 

    mostra‐se

     o 

    mais 

    vulnerável 

    à 

    ocorrência 

    de 

    distúrbios 

    geradores 

    de interrupções no fornecimento. Isso se deve ao fato da proximidade com os centros urbanos, 

    extensão dos alimentadores e à característica aérea de instalação dos condutores. A rede de distribuição é bastante ampla,  já que a energia é entregue aos consumidores 

    concentrados  em  cidades,  em  subúrbios e  em  regiões muito  distantes.  Poucos  lugares no mundo  industrializado  não  recebem  energia  de  um  sistema  de  distribuição  prontamente disponível.  Os  sistemas  de  distribuição  são  encontrados  ao  longo  de  ruas  e  estradas.  Em meios urbanos eles podem ser subterrâneos ou aéreos sendo que em alguns casos podem ser de forma mista (subterrâneo e aéreo),  já em meios rurais, eles são totalmente aéreos. 

    Todo  sistema  elétrico  requer  um  sistema  de  proteção,  assim  como  o  sistema  de 

    distribuição. 

    proteção 

    deve 

    garantir 

    uma 

    boa 

    confiabilidade 

    segurança 

    na 

    operação 

    no 

    fornecimento  de  energia.  A  qualidade  no  fornecimento  de  energia  que,  por  exemplo,  é influenciada pelo número de interrupções e afundamentos de tensão, é diretamente afetada pelo sistema de proteção. Por essas razões a responsabilidade dos engenheiros de proteção é extremamente grande. 

    Os  consumidores  são  afetados  por  vários  tipos  de  distúrbios  nos  sistemas  de distribuição,  tais  como:  sobretensões  provocadas  por  surtos  de  manobras,  descargas atmosféricas,  problemas  estruturais  da  rede,  problemas  de  natureza  térmica,  atos  de vandalismo e curto‐circuito. 

    Dentre  os  problemas citados  anteriormente  os efeitos das correntes de  curto‐circuito (térmicos  e  dinâmicos)  são  os  que  trazem  mais  prejuízos  ao  sistema  elétrico.  Uma  boa 

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    coordenação  dos  dispositivos  de  proteção  de  sobrecorrente  é  o  essencial  para  a manutenção da confiabilidade e a integridade do sistema elétrico de distribuição. 

    Estações de Geração

    Subtransmissão69 - 169 kV

    DistribuiçãoPrimária

    4 - 35 kV

    DistribuiçãoSecundária120 - 240 V

     

    Figura 2.1 - Sistema elétrico de potência.

    Os  dispositivos  de  proteção  contra  sobrecorrente  mais  comumente  utilizados  em sistemas  de  distribuição  são:  conjunto  relé  e  disjuntor,  religadores,  seccionalizadores  e fusíveis de expulsão (SHORT, 2004). 

    A  operação  desses  equipamentos  de  proteção  deve  ser  precisa  e  rápida.  A confiabilidade de qualquer sistema de potência requer a continuidade do serviço em meio a condições críticas de faltas. Assim, é necessário que haja uma operação rápida e confiável do sistema de proteção (ANDERSON, 1999). 

    A  necessidade  de  otimizar  a  aplicação  de  investimentos,  tem  servido  como  estímulo para inúmeras pesquisas, tais como: alocação de dispositivos de proteção no alimentador e ramais  de  distribuição,  automatização  do  estudo  de  coordenação  e  seletividade, monitoramento remoto com ajustes adaptativos em tempo real, e desenvolvimento de relés eletrônicos multifuncionais, com capacidade de englobar inúmeras funções de proteção em 

    um único

     (e

     compacto)

     dispositivo.

     

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    A  velocidade  da  evolução  tecnológica,  não  libera  o  profissional  de  proteção  da necessidade  de  conhecer  profundamente  aspectos  relativamente  básicos  de  proteção  de sistemas de distribuição.  Isso se deve ao  fato de que, no âmbito da engenharia elétrica, a engenharia de proteção não se mostra necessariamente como uma ciência exata, mas sim 

    como uma

     filosofia.

     O  problema  de  maior  prioridade  para  as  companhias  de  energia  elétrica  está relacionado à confiabilidade no  fornecimento, uma vez que  tradicionalmente, os níveis de confiabilidade  são  definidos  através  de  normas  reguladoras.  No  Brasil,  a  ANEEL  ‐ Agência Nacional de Energia Elétrica, órgão do governo federal responsável por regular e fiscalizar a atuação  das  concessionárias,  estabelece  os  indicadores  de  continuidade,  métricas  da qualidade  do  fornecimento de energia,  apuradas nos  períodos  mensal,  trimestral  e  anual. Resoluções específicas estipulam metas para cada concessionária e grupos de consumidores, sendo que no caso de violação das mesmas, a concessionária sofre penalização na forma de multas. 

    Além 

    desse 

    fator 

    do 

    prejuízo 

    social 

    sofrido 

    pelas 

    concessionárias, 

    de 

    difícil 

    mensuração,  o  baixo  desempenho  do  sistema  de  distribuição  afeta  diretamente  o  custo operacional  da  empresa  do  ponto  de  vista  do  não  faturamento  de  energia  durante  as interrupções.  Isto, principalmente quando os desligamentos afetam um grande número de consumidores ou consumidores de grande porte. 

    Em  sistemas  aéreos  de  distribuição,  os  esquemas  de  proteção  devem  atender  aos seguintes aspectos: 

    •  Salvaguardar a integridade física de operadores, usuários do sistema e animais. •  Proteger  materiais  e  equipamentos  contra  os  danos  causados  por  sobrecorrentes  e 

    sobrecargas (efeitos térmicos e mecânicos). 

    •  Melhorar  a  confiabilidade  dos  circuitos  de  distribuição,  em  conseqüência  da possibilidade de restringir os efeitos de uma falta ao menor trecho possível do circuito, diminuindo o número de consumidores afetados e deste modo, melhorando os  índices que avaliam a qualidade do fornecimento de energia (DEC, FEC, etc.). 

    •  Racionalização dos custos com manutenção corretiva. 

    Uma rede primária de distribuição  típica é mostrada na Figura 2.2.  (SHORT,2004) e os elementos que constituem uma rede de distribuição são (norma Bandeirante): 

    •  Estação Transformadora de Distribuição (ETD) 

    Subestação alimentada em  tensão de  transmissão ou subtransmissão, através da qual 

    são alimentados

     os

     circuitos

     de

     distribuição

     primária.

     

    •  Estação Transformadora (ET) 

    Subestação  aérea  constituída  de  um  ou  mais  transformadores  de  distribuição, alimentados  em  tensão  primária,  dos  quais  são  derivados  os  circuitos  de  distribuição secundária. 

    •  Estação Transformadora de Iluminação Pública (IP) 

    Subestação aérea tipo ET para serviço de iluminação pública. 

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    Figura 2.2 – Rede de distribuição típica.

    •  Entrada Primária (EP) 

    Consumidor alimentado em tensão primária. Poderão ser aplicados os esquemas com 2 ou 3 relés de sobrecorrente secundários (um para cada fase), mais o relé de Neutro. 

    •  Rede Primária: 

    Conjunto qualquer

     de

     circuitos

     primários

     alimentados

     por

     uma

     ou

     mais

     ETDs.

     

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    •  Circuito Primário: 

    Parte da rede elétrica destinada a alimentar diretamente ou por  intermédio de ramais ou sub‐ramais as cargas elétricas conectadas a ETs, IPs e EPs. 

    •  Tronco de Alimentador: 

    Circuito  primário  principal,  alimentado  através  de  uma  ETD,  do  qual  podem  ser derivados ramais para distribuição de energia elétrica. Normalmente é aplicado o esquema, 2  (dois)  relés  de  fase  (ou  três)  +  1  (um)  relé  de  neutro,  em  conjunto  com  um  relé  de religamento  (79), que é um  relé auxiliar usado para comandar o  religamento do disjuntor correspondente após a abertura do mesmo, devido à atuação dos relés de sobrecorrente. 

    •  Ramal de Alimentador (Ramal): 

    Parte de um circuito primário derivado diretamente de um tronco de alimentador. 

    •  Sub‐Ramal: 

    Parte de um circuito primário que deriva diretamente de um ramal de alimentador. 

    Existem  basicamente  duas  configurações  para  o  aterramento  dos  sistemas  de distribuição trifásicos, ou seja: os a quatro fios multi‐aterrados (padrão norte americano) e os a três  fios mono‐aterrados  (padrão europeu). Estes dois tipos são mostrados nas Figura 2.3 e Figura 2.4 (SHORT, 2004). 

    Figura 2.3 – Sistema trifásico a quatro fios com neutro multi-aterrado.

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    Figura 2.4 – Sistema trifásico a três fios com neutro mono-aterrado.

    3. TerminologiaEsta  seção  apresenta  os  principais  termos  utilizados  em  estudos  de  proteção  e 

    seletividade  de  sistemas  de  distribuição.  O  objetivo  é  padronizar  a  utilização  da nomenclatura e esclarecer o significado dos termos técnicos. 

    •  Bloqueio: 

    Condição em

     que

     um

     dispositivo

     automático

     permanece,

     uma

     vez

     tendo

     efetuado

     uma

     ou mais operações de abertura de seus contatos, não os fechando novamente. 

    •  Capacidade de interrupção ou abertura: 

    É a maior corrente que um equipamento pode interromper sem sofrer danos. 

    •  Capacidade nominal: 

    É  o  valor  da  corrente,  tensão,  potência  ou  outra  grandeza  que  o  equipamento  ou circuito pode suportar continuamente, sem sofrer danos. 

    •  Característica de operação: 

    É definida por uma curva tempo x corrente que descreve o modo como o religador, relé, 

    elo fusível

     ou

     outro

     dispositivo

     de

     proteção

     atuará.

     

    •  Controle eletrônico ou hidráulico: 

    Dispositivo  interno  ao  equipamento  automático  de  proteção  que  conta  o  número  de operações  automaticamente,  hidráulica  ou  eletronicamente,  com  a  finalidade  de estabelecer a condição de bloqueio do equipamento. 

    •  Coordenação: 

    Ato ou efeito de dispor dois ou mais equipamentos de proteção segundo certa ordem, de  modo  a  atuarem  numa  seqüência  de  operação  pré‐estabelecida,  permitindo  o restabelecimento  automático  para  faltas  temporárias  e  seletividade  para  faltas 

    permanentes. 

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    •  Seletividade: 

    Capacidade  do  sistema  de  proteção  mais  próximo  da  falta  (dispositivo  protetor)  de antecipar,  sempre,  a  atuação  do  equipamento  de  retaguarda  (dispositivo  protegido), independentemente da natureza da falta ser temporária ou permanente. 

    •  Sobrecorrente: Corrente  elétrica  de  intensidade  superior  à  máxima  permitida  para  um  sistema, 

    equipamento ou componente elétrico. 

    •  Corrente de curto‐circuito: 

    Sobrecorrente que resulta de um curto‐circuito. 

    •  Curto‐circuito: 

    Ligação  intencional ou acidental entre dois ou mais pontos de um circuito, através de impedância desprezível. 

    •  Correntes de inrush: 

    Correntes  transitórias  de  valor  elevado  que  circulam  no  momento  da  energização  de transformadores  e  bancos  de  capacitores.  O  tempo  de  permanência  dessa  corrente  é definido como sendo de 0,1 segundos. 

    •  Dispositivo protegido: 

    Também  chamado  dispositivo  de  proteção  de  retaguarda.  É  qualquer  dispositivo  de proteção localizado a montante (antes) do dispositivo protetor, considerando o barramento da subestação como origem. 

    •  Dispositivo protetor: 

    Também  chamado  de  dispositivo  de  proteção  principal.  É  qualquer  dispositivo  de proteção  automático  ou  não  localizado  imediatamente  antes  do  ponto  de  curto‐circuito, considerando o barramento da subestação como origem. 

    •  Faixa ou intervalo de coordenação: 

    É o intervalo de valores de corrente que determina a região (faixa ou intervalo) onde a coordenação está assegurada. 

    •  Defeito: 

    Termo  utilizado  para  descrever  uma  alteração  física  prejudicial,  que  não  impeça necessariamente o funcionamento do sistema ou equipamento. Por exemplo: transformador com pequeno vazamento de óleo ou relé mal calibrado. 

    •  Falha: Termo utilizado quando algum dispositivo deixa de cumprir sua finalidade. Por exemplo: 

    relé que não operou no instante devido. 

    •  Falta: 

    Termo que  se aplica a  todo  fenômeno acidental que  impede o  funcionamento de um sistema  ou  equipamento  elétrico.  Por  exemplo:  isolador  perfurado  em  uma  linha  em funcionamento  poderá  causar  arco  elétrico,  tornando‐se  uma  falta  no  sistema  em conseqüência de falha na isolação. 

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    •  Falta temporária, momentânea ou transitória: 

    Evento  temporário  que  gera  um  curto‐circuito  sustentado  pela  ocorrência  de  arco elétrico. Por exemplo: dois condutores tocam‐se temporariamente, ocorrendo formação de arco elétrico  sustentado  mesmo  quando  os  condutores  afastam‐se. Essa  falta  é  eliminada 

    com um

     rápido

     desligamento

     do

     circuito

     por

     um

     equipamento

     de

     proteção

     apropriado.

     

    Geralmente  são  causadas  por  fatores  externos  (umidade,  chuva,  salinidade,  galhos  de árvores), ou seja, ocorre um curto‐circuito na rede sem haver um defeito físico na mesma. 

    •  Falta permanente ou sustentada: 

    Toda  falta  que  não  é  possível  de  ser  eliminada  com  o  desligamento  temporário  do circuito.  Necessitam  de  reparo  para  haver  o  restabelecimento  do  circuito.  Por  exemplo: condutor caído no solo. 

    •  Interrupção temporária, momentânea ou transitória: 

    É  aquela  cuja  duração  é  limitada  ao  período  necessário  para  restabelecer  o  serviço 

    através de

     operação

     automática

     do

     equipamento

     de

     proteção

     que

     desligou

     o circuito

     ou

     parte dele. 

    •  Interrupção permanente ou sustentada: 

    Toda interrupção não classificada como momentânea. 

    •  Pickup do relé: 

    Menor valor de corrente que ao passar pela bobina do relé faz com que o mesmo opere. É a menor de todas as correntes que deixam o relé no limiar de operação. Se I Idroup‐out o relé em hipótese alguma irá abrir o seu contato NA que no momento está fechado. 

    •  Reset ratio: 

    Ou  relação  de  rearme,  corresponde  a  grandeza  que  mede  a  capacidade  de recomposição do relé. 

    R = Idrop‐out / Ipick‐up Para relés eletromecânicos, este valor está compreendido em média entre 65% e 92%. 

    Para relés estáticos, entre 85% e 98%. R mede a qualidade de um relé (100%). 

    •  Tempo de arco: 

    É o  tempo em que,  iniciada a  fusão do elo  fusível, este demora para extinguir o arco elétrico. 

    •  Tempo máximo de fusão do elo fusível: 

    Máximo  tempo  no  qual  a  fusão  do  elo  é  garantida,  para  uma  determinada sobrecorrente. 

    •  Tempo máximo de interrupção do elo fusível: 

    É  a  soma  do  tempo  máximo  de  fusão  e  do  tempo  de  arco.  Para  a  coordenação  ou seletividade entre elos fusíveis, ou entre elos fusíveis e outros dispositivos, são utilizados o tempo mínimo de fusão e o tempo máximo de interrupção. 

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    •  Tempo mínimo de fusão do elo fusível: 

    Maior tempo que o elo suporta uma determinada sobrecorrente sem danificar‐se.  Para tempos superiores, a sobrecorrente causa uma fusão total ou parcial do mesmo. 

    •  Tempo de rearme: 

    De relés: Tempo que o relé de sobrecorrente leva para voltar à condição inicial. No caso do relé tipo disco de indução (eletromecânico), é o tempo que o disco leva para retornar ao ponto de partida, quando a corrente na bobina cai a um valor  inferior à corrente de drop‐out . Nos relés digitais, é o tempo que ele  leva para voltar a condição de repouso após um comando de reset. 

    De religadores: Tempo necessário para o religador retornar à contagem zero do número de ciclos de religamento, após uma seqüência de operações completa ou incompleta. 

    Do  seccionalizador:  Tempo  em  que  o  seccionalizador  perderá  todas  as  contagens  e voltará à contagem zero (tempo de memória). 

     Religamento: 

    Operação  que  segue  a  uma  abertura  dos  equipamentos  automáticos  de  proteção, quando os contatos são novamente fechados. 

    •  Seqüência de operação: 

    Sucessão de desligamentos e religamentos de um equipamento na tentativa de eliminar faltas de natureza temporária sem prejuízo na continuidade do serviço. Se a falta persistir o desligamento  definitivo  do  circuito  deverá  ser  feito  pelo  equipamento  mais  próximo  do ponto de falta (dispositivo protetor). 

    •  Tempo de religamento ou intervalo de religamento (reclose interval ): 

    É  o  tempo  entre  uma  abertura  e  o  religamento  automático  de  um  equipamento  de proteção, isto é, o intervalo no qual o dispositivo de interrupção permanece com os contatos abertos. 

    •  Zona de proteção: 

    Trecho  da  rede  protegido  por  um  dispositivo  de  proteção.  Uma  zona  de  proteção  é limitada  pela  menor  sobrecorrente  que  o  dispositivo  de  proteção  é  capaz  de  detectar, geralmente a corrente de curto‐circuito fase‐terra mínima. 

    •  Zona de proteção primária: 

    Trecho de rede situado a  jusante de um dispositivo de proteção que será sensibilizado quando ocorrer uma falta (permanente ou temporária). 

    •  Proteção de retaguarda: 

    É o dispositivo de proteção situado a montante daquele que define a zona de proteção primária. 

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    4. Coordenação, seletividade e ajustes dos equipamentosde proteçãoA existência de equipamentos com capacidade de religamento automático requer que 

    eles estejam

     coordenados

     entre

     si

     e com

     outros

     equipamentos

     de

     proteção,

     de

     acordo

     com

     

    uma seqüência de operações preestabelecidas (CPFL, 2003). O  termo  coordenação  é  utilizado  quando  estiverem  envolvidos  equipamentos  que 

    dispuserem de duas curvas de operação (uma rápida e uma lenta ‐ temporizada). O objetivo da  coordenação  é  evitar  que  faltas  temporárias  causem  a  operação  de  dispositivos  de proteção que não tenham capacidade de efetuar religamentos automáticos e que, no caso de faltas permanentes, a menor extensão possível da rede permaneça fora de operação. 

    O termo seletividade é adequado quando somente equipamentos com uma única curva de operação (fusíveis, relés) forem utilizados. O objetivo da seletividade é fazer com que o equipamento  de  proteção  mais  próximo  do  defeito  opere  independente  da  falta  ser 

    temporária ou

     permanente.

     A coordenação ou seletividade entre os equipamentos de proteção deverão ser obtidas dentro  da  faixa  de  corrente  comum  aos  equipamentos  que  se  pretende  efetuar  a coordenação ou seletividade. 

    As características de atuação dos equipamentos de proteção deverão ser escolhidas e ajustadas de modo à (norma Bandeirante): 

    •  proporcionar desligamentos permanentes seletivos dos circuitos elétricos na ocorrência de sobrecorrentes anormais, minimizando o número de consumidores atingidos por tais desligamentos; 

    •  garantir  que  os  limites  de  suportabilidade  térmica  dos  vários  equipamentos  da  rede 

    aérea não

     sejam

     ultrapassados

     durante

     a ocorrência

     de

     sobrecorrentes

     anormais.

     

    5. Cálculos preliminares5.1  Correntes de curto‐circuito•  A corrente de carga máxima deve ser conhecida ou estimada. •  Os valores  das correntes para os curtos‐circuitos  trifásicos e bifásicos  serão calculados 

    como valores máximos, ou seja, a impedância de contato será zero. 

    •  As  correntes  de  curto‐circuito  fase‐terra  deverão  ser  calculadas  com  impedância  de contato  igual  à  zero  (curto‐circuito  fase‐terra  máximo),  que  será  usada  para  o dimensionamento  de  equipamentos;  e  com  impedância  de  contato  igual  a  40  ohms (curto‐circuito fase‐terra mínimo), que será usado para as verificações de coordenação e seletividade entre os dispositivos. 

    •  Deve‐se observar que o valor calculado com 40 ohms não será usado para o ajuste dos  pickups dos dispositivos de proteção de terra, uma vez que o valor da corrente do curto‐circuito,  quando  ocorrem  faltas  de  alta  impedância,  pode  ser  muito  menor  que  o calculado. 

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    •  Deve‐se  calcular  o  curto‐circuito  simétrico  e  o  assimétrico.  Se  o  valor  de  X/R  não  for conhecido pode‐se usar 1,35 como  fator de assimetria, para curtos‐circuitos até 2 ou 3 km da S/E; para pontos mais distantes o valor do fator de assimetria será 1 (CPFL, 2003). 

    Curto-circuito trifásico:

    |3|             Onde, VFN é a tensão eficaz entre a fase e o neutro, pré‐falta, no ponto de falta. 

    |3 |   | 3|     

             1 2

        sendo t em ciclos|3|   | 3|   

    Curto-circuito bifásico:

    |2|     √ 3        ou

    |2|   √ 32   | 3|   

    |2 |   | 2|    1√ 3 2      

    Para uma das fases:|2 |   | 3 |   Para outras duas fases:

    |2 |   3  2    

            √ 3    

        1 2    sendo t em ciclos

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    |2|   | 2|   Curto‐circuito bifásico com terra: 

    Em uma fase: 

    |2| √ 3       3           3  Na outra fase associada à falta: 

    |2 |   √ 3       3  

          3    

              3√ 3  3      

        1 2    sendo t em ciclos

    |2|   | 2|   Curto‐circuito monofásico: 

    ||    √ 3       3  

    | |   | |   1√ 3     

              3 3    

        1 2    sendo t em ciclos

    ||   | |   Abertura mono e bipolar: 

    Quando  uma  das  fases  do  secundário  do  transformador  de  força  abre,  a  corrente  de linha nas  fases sãs de um motor  trifásico pode  teoricamente ser 1,73 vezes a corrente de 

    carga pré

    ‐falta

     (ver

     Figura

     5.1

     e Figura

     5.2).

     Esse

     aumento

     da

     corrente

     pode

     ser

     ainda

     2 vezes

     

    maior (200%) devido a mudança no fator de potência. Em aplicações onde a carga aplicada ao  eixo do motor apresenta grande  inércia, a corrente pode  se aproximar da corrente  de rotor bloqueado. 

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    a) b)

    Figura 5.1 – Desequilíbrio de corrente devido a abertura de uma das fases do secundário de umtransformador. a) motor em delta b) motor em estrela.

    Figura 5.2 – Desequilíbrio de corrente devido a abertura de uma das fases do secundário de umtransformador, considerando um motor em delta com carregamento de 65% da corrente nominal.

    A Figura 5.3 e Figura 5.4 mostram que as correntes de  linha que alimentam um motor trifásico podem chegar a 115% (duas fases) e 230% (uma fase) do valor da corrente de carga pré‐falta, no caso de uma abertura em uma das fases no lado primário do transformador de força. 

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    Figura 5.3 – Desequilíbrio de corrente devido a abertura de uma das fases do primário de umtransformador para um motor conectado em delta.

    Figura 5.4 – Desequilíbrio de corrente devido a abertura de uma das fases do primário de um

    transformador para um motor conectado em estrela.

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    5.2  Correntes de inrush Um  fenômeno  transitório,  característico  da  corrente  de  magnetização  de 

    transformadores  é  o  alto  surto  de  corrente  observado  ocasionalmente  quando  um transformador  é  energizado.  Isto  pode  causar  uma  queda  momentânea  da  tensão  se  a 

    impedância da

     fonte

     for

     considerável,

     e também

     pode

     causar

     a atuação

     de

     equipamentos

     de

     proteção contra sobrecorrentes, se esses forem ajustados com valores muito baixos. A este surto de corrente chamamos inrush. 

    Se um  transformador pudesse  ser energizado no  instante em que o valor da onda de tensão correspondesse ao fluxo magnético real do núcleo nesse instante, a energização seria uma suave continuação da operação anterior, sem que ocorresse um transiente magnético. Mas  na  prática,  o  instante  do  chaveamento  não  está  sob  controle  e  assim  um  transiente magnético é praticamente inevitável. 

    O cálculo da corrente de  inrush é extremamente complicado e  impreciso. Complicado devido à necessidade de se calcular graficamente a densidade de fluxo para valores altos de 

    densidade, 

    que 

    nem 

    sempre 

    é 

    possível, 

    devido 

    à 

    indisponibilidade 

    de 

    laços 

    de 

    histerese 

    para esses valores. E  impreciso, porque  laços de histerese obtidos com valores médios não são exatamente aplicáveis a cada transformador em particular. 

    Levando‐se em conta a dificuldade de cálculo e a aleatoriedade do valor da corrente de inrush  (ela  depende  do  instante  em  que  o  transformador  é  energizado  e  do  valor  da densidade  de  fluxo  residual  em  cada  transformador),  foram  desenvolvidos  meios  práticos para o cálculo da provável corrente de inrush. O método geralmente utilizado leva em conta o número de transformadores que serão energizados pelo fechamento de um dispositivo. A Tabela  5.1  fornece  um  coeficiente  a  ser  multiplicado  pela  corrente  nominal  do  grupo  de transformadores que serão energizados, em função do tamanho do grupo. A aplicação desta tabela fornecerá a corrente de inrush esperada em um tempo de 0,1 segundos. 

    Tabela 5.1 - Fator de multiplicação (x Inominal) para se determinar a corrente de inrush em 0,1 s.

    Exemplo 1: Um  grupo  composto  por  3  transformadores  de  15kVA  mais  3  transformadores  de 

    30kVA  forem  energizados  pelo  fechamento  de  uma  chave,  a  corrente  de  inrush  esperada será calculada conforme segue: 

    kVA = 3 × 15 + 3 × 30= 135 

    n = 6    √ ,  5,65  Verificando n=6 na Tabela 5.1, tem‐se que o fator de multiplicação é 6,6 

    I_inrush = 6,6*5,65

     = 37,3

     A

     

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    OBS: a corrente de  inrush não pode ser maior que a corrente de curto‐circuito trifásico no ponto em consideração. Portanto, se o cálculo indicar que a corrente de inrush é maior que a  corrente  do  curto‐circuito  trifásico,  considere  a  corrente  de  inrush  igual  à  corrente  de curto‐circuito trifásico (CPFL, 2003). 

    5.3  Locação dos equipamentos (norma bandeirante)O sistema de proteção dos circuitos aéreos de distribuição é constituído de dispositivos de proteção contra sobrecorrentes que, estando coordenados entre si, e deverão possibilitar um grau satisfatório de continuidade do serviço de fornecimento de energia elétrica. 

    A  locação  dos  equipamentos  de  proteção  deve  objetivar  basicamente  os  seguintes pontos: 

    •  minimizar o número de consumidores atingidos por uma falta no sistema de distribuição primária; 

    •  possibilitar condições de religamento do sistema em tempo programado, na ocorrência 

    de 

    faltas 

    transitórias; 

    •  na  ocorrência  de  faltas  permanentes,  restringir  o  desligamento  apenas  ao  ramal  em curto‐circuito, permitindo a continuidade de serviço ou religamento dos demais ramais ou troncos de alimentadores; 

    •  estabelecer esquemas econômicos de proteção em função das particularidades de cada sistema de distribuição primária, tais como: 

    o  tipos de carga; o  importância dos consumidores; o  densidade dos alimentadores ou ramais; o  trajeto dos circuitos por zonas de risco. 

    Os critérios a seguir prescritos têm o objetivo de orientar a escolha inicial e a localização dos equipamentos de proteção de acordo com cada circuito. 

    5.3.1  Saídas dos Circuitos Provenientes das ETDs Tais circuitos são protegidos por disjuntores comandados por relés de sobrecorrente, de 

    fase e de neutro, havendo um relé de religamento. Os relés de fase atuam sobre a bobina de desligamento do disjuntor para curto‐circuito 

    entre fases ou entre as fases e a terra. Por outro lado, o relé de neutro atuará sobre a bobina de desligamento do disjuntor para defeitos á terra, somente. 

    O relé de religamento tem como função religar o disjuntor após a abertura do mesmo 

    devido à ocorrência

     de

     sobrecorrentes.

     Poderá

     haver

     um

     ou

     mais

     religamentos.

     

    5.3.2  Religadores, Seccionalizadores e Chaves Fusíveis A

    Tabela  5.2  apresenta  os  critérios  a  serem  considerados  durante  a  escolha  dos equipamentos de proteção para os circuitos aéreos de distribuição primária. A escolha deve ser feita em função da importância do circuito dos consumidores atendidos, assim como da disponibilidade de equipamentos mais sofisticados, como religadores e seccionalizadores. 

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    Tabela 5.2 – Critérios para seleção dos dispositivos de proteção. 

    CRITÉRIO SITUAÇÃO EQUIPAMENTOA Início de trechos extensos, onde o nível mínimo decurto-circuito seja insuficiente para sensibilizar odispositivo de proteção de retaguarda.

    Religador ou Fusível

    B Logo após cargas de grande importância, e cujacontinuidade de serviço deva ser elevada, caso ocircuito a seguir seja extenso.

    Religador, Seccionalizadorou Fusível

    C Início de ramais que alimentem cargas classificadascomo especiais e de grande importância.

    Religador ou Seccionalizador

    D Início de ramais de certa importância, que supramáreas sujeitas a alta incidência de faltas temporárias.

    Religador ou Seccionalizador

    E Início de ramais ou sub-ramais com extensão inferiora 150m, não classificáveis nos critérios C ou D.

    Fusível

    F Início de ramais ou sub-ramais com extensão inferiora 150m, mas que estejam sujeitos a alta incidência defaltas.

    Fusível

    G Meio de trechos extensos protegidos por religador noinício.

    Fusível

    H Entrada primária com corrente nominal até 140 A FusívelI Estação transformadora (ET) FusívelJ Banco de Capacitores Fusível

    Acerca dos critérios apresentados valem as seguintes observações: 

    •  Nos  troncos deve ser evitada a aplicação de dispositivos de proteção, porém pode ser 

    aceita 

    nos 

    casos 

    dos 

    critérios 

    B; 

    •  Deve‐se evitar: o  Emprego de religadores em série; o  Emprego de religadores e chaves fusíveis em ramais interligáveis; o  Não  é  necessária  a  limitação  do  número  de  chaves  fusíveis  em  série;  deve‐se 

    garantir  que  haja  seletividade  entre  os  elos  fusíveis  para  os  níveis  de  curto‐circuito previstos; 

    o  Em relação às entradas primárias (critério H) os elos fusíveis usados deverão ser de até 140 A. 

    o  Para  casos  mais  elevados,  deve‐se  usar  chave  seccionadora  apenas  com  a finalidade de manobra. 

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    6. Bibliografia:Coleção Distribuição de Energia Elétrica, Vol. 2  – Eletrobrás. Proteção de Sistemas Aéreos de 

    Distribuição. Ed.

     Campus,

     Rio

     de

     Janeiro,

     RJ,

     Brasil,

     1ª

     Edição,

     1982.

     

    Giguer, Sérgio. Proteção de Sistemas de Distribuição. Ed. Sagra, Porto Alegre, RS, Brasil, 1ª Edição, 1988. 

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    7. Anexo 2 – Tabela ANSI:Nr Denominação

    1 Elemento Principal

    2 Função de partida/ fechamento temporizado

    3 Função de verificação ou interbloqueio

    4 Contator principal

    5 Dispositivo de interrupção

    6 Disjuntor de partida

    7 Disjuntor de anodo

    8 Dispositivo de desconexão da energia de controle

    9 Dispositivo de reversão

    10 Chave de seqüência das unidades

    11 Reservada para futura aplicação

    12 Dispositivo de sobrevelocidade13 Dispositivo de rotação síncrona

    14 Dispositivo de subvelocidade

    15 Dispositivo de ajuste ou comparação de velocidade ou freqüência

    16 Reservado para futura aplicação

    17 Chave de derivação ou descarga

    18 Dispositivo de aceleração ou desaceleração

    19 Contator de transição partida-marcha

    20 Válvula operada eletricamente

    21 Relé de distância

    22 Disjuntor equalizador

    23 Dispositivo de controle de temperatura

    24 Relé de sobreexcitação ou Volts por Hertz

    25 Relé de verificação de Sincronismo ou Sincronização

    26 Dispositivo térmico do equipamento

    27 Relé de subtensão

    28 Reservado para futura aplicação

    29 Contator de isolamento

    30 Relé anunciador

    31 Dispositivo de excitação

    32 Relé direcional de potência

    33 Chave de posicionamento

    34 Chave de seqüência operada por motor

    35 Dispositivo para operação das escovas ou curto-circuitar anéis coletores36 Dispositivo de polaridade

    37 Relé de subcorrente ou subpotência

    38 Dispositivo de proteção de mancal

    39 Reservado para futura aplicação

    40 Relé de perda de excitação

    41 Disjuntor ou chave de campo

    42 Disjuntor / chave de operação normal

    43 Dispositivo de transferência manual

    44 Relé de seqüência de partida

    45 Reservado para futura aplicação

    46 Relé de desbalanceamento de corrente de fase

    47 Relé de seqüência de fase de tensão

    48 Relé de seqüência incompleta/ partida longa

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    22/23

    21  ______________________Introdução e Cálculos Preliminares______________________  

    49 Relé térmico

    50 Relé de sobrecorrente instantâneo

    51 Relé de sobrecorrente temporizado

    52 Disjuntor de corrente alternada

    53 Relé para excitatriz ou gerador CC

    54 Disjuntor para corrente contínua, alta velocidade55 Relé de fator de potência

    56 Relé de aplicação de campo

    57 Dispositivo de aterramento ou curto-circuito

    58 Relé de falha de retificação

    59 Relé de sobretensão

    60 Relé de balanço de tensão/ queima de fusíveis

    61 Relé de balanço de corrente

    62 Relé temporizador

    63 Relé de pressão de gás (Buchholz)

    64 Relé de proteção de terra

    65 Regulador66 Relé de supervisão do número de partidas

    67 Relé direcional de sobrecorrente

    68 Relé de bloqueio por oscilação de potência

    69 Dispositivo de controle permissivo

    70 Reostato eletricamente operado

    71 Dispositivo de detecção de nível

    72 Disjuntor de corrente contínua

    73 Contator de resistência de carga

    74 Função de alarme

    75 Mecanismo de mudança de posição

    76 Relé de sobrecorrente CC

    77 Transmissor de impulsos78 Relé de medição de ângulo de fase/ proteção contra falta de sincronismo

    79 Relé de religamento

    80 Reservado para futura aplicação

    81 Relé de sub/ sobrefreqüência

    82 Relé de religamento CC

    83 Relé de seleção/ transferência automática

    84 Mecanismo de operação

    85 Relé receptor de sinal de telecomunicação

    86 Relé auxiliar de bloqueio

    87 Relé de proteção diferencial

    88 Motor auxiliar ou motor gerador

    89 Chave seccionadora

    90 Dispositivo de regulação

    91 Relé direcional de tensão

    92 Relé direcional de tensão e potência

    93 Contator de variação de campo

    94 Relé de desligamento

    95 à 99 Usado para aplicações específicas

    COMPLEMENTAÇÃO DA TABELA ANSI: 50 N ‐ sobrecorrente instantâneo de neutro 

    51N ‐

    sobrecorrente 

    temporizado 

    de 

    neutro 

    tempo 

    definido 

    ou 

    curvas 

    inversas) 

    50G ‐ sobrecorrente instantâneo de terra (comumente chamado 50GS) 

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    22  ______________________Introdução e Cálculos Preliminares______________________  

    51G ‐ sobrecorrente temporizado de terra (comumente chamado 51GS) 62BF ‐ relé de proteção contra falha de disjuntor 51Q  ‐ relé de sobrecorrente temporizado de seqüência negativa 51V ‐ relé de sobrecorrente com restrição de tensão 

    51C ‐

    relé de

     sobrecorrente

     com

     controle

     de

     torque

     59Q  ‐ relé de sobretensão de seqüência negativa 59N  ‐ relé  de  sobretensão  residual  ou  sobretensão  de  neutro  (também  chamado  de  64G) 64  ‐ relé  de  proteção  de  terra.  Pode  ser  por  corrente  ou  por  tensão.  Os  diagramas  unifilares devem  indicar  se  este  elemento  é  alimentado  por  TC  ou  por  TP,  para  que  se  possa  definir corretamente. A função 64 também pode ser encontrada como proteção de carcaça, massa‐cuba ou tanque, sendo aplicada em transformadores de força até 5 MVA. 67 N ‐ relé de sobrecorrente direcional de neutro (instantâneo ou temporizado) 67 G ‐ relé de sobrecorrente direcional de terra (instantâneo ou temporizado) 67Q  ‐ relé de sobrecorrente direcional de seqüência negativa 

    Proteção 

    Diferencial ‐

    ANSI 

    87: 

    O relé diferencial 87 pode ser de diversas maneiras: 87 T ‐ diferencial de transformador (pode ter 2 ou 3 enrolamentos) 87G ‐ diferencial de geradores; 87GT ‐ proteção diferencial do grupo gerador‐transformador 87 B ‐ diferencial de barras. Pode ser de alta, média ou baixa impedância. Pode‐se encontrar em circuitos industriais elementos de sobrecorrente ligados num esquema diferencial,  onde  os  TCs  de  fases  são  somados  e  ligados  ao  relé  de  sobrecorrente. 87M  ‐ diferencial  de  motores  ‐ Neste  caso  pode  ser  do  tipo  percentual  ou  do  tipo autobalanceado. O percentual utiliza um circuito diferencial através de 3 TCs de  fases e 3 TCs no neutro do motor. O tipo autobalanceado utiliza um  jogo de 3 TCs nos terminais do motor, conectados de forma a obter a somatória das correntes de cada fase e neutro. Na realidade, trata‐se de um elemento de sobrecorrente, onde o esquema é diferencial e não o relé.