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A acção desenvolvida pelo PETI ao longo dos últimos anos, reconhecida como singular no contexto internacional, permitiu criar parcerias efecti- vas e dinâmicas com diferentes agentes, públicos e privados, contribuin- do não apenas para o aumento da visibilidade do combate à exploração do trabalho infantil mas também para a execução de uma estratégia de inclusão social de jovens e crianças desfavorecidas, através de um conjunto de respostas de educação e formação, sustentadas numa me- todologia de regulação próxima, que têm sido instrumentos de combate ao abandono escolar precoce e à inserção, também precoce, no mundo do trabalho. No seguimento do pressuposto conhecer para intervir, o PETI viu re- centemente alargadas as suas competências tendo-lhe sido cometida a incumbência de promover a recolha e tratamento de informação e análise estatística sobre trabalho infantil, de acordo com as orientações metodológicas sobre a matéria, nomeadamente da OIT. Colecção Documentos 3 Adenda a

PROTECÇÃO DE MENORES – EXPLORAÇÃO LABORAL – DOCUMENTO TÉCNICO - 2006

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Este documento apresenta toda a legislação referente ao Programa para Prevenção e Eliminação da Exploração do trabalho infantil (PETI) e ao Programa Integrado de Educação e Formação (PIEF).

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A acção desenvolvida pelo PETI ao longo dos últimos anos, reconhecida

como singular no contexto internacional, permitiu criar parcerias efecti­

vas e dinâmicas com diferentes agentes, públicos e privados, contribuin­

do não apenas para o aumento da visibilidade do combate à exploração

do trabalho infantil mas também para a execução de uma estratégia

de inclusão social de jovens e crianças desfavorecidas, através de um

conjunto de respostas de educação e formação, sustentadas numa me­

todologia de regulação próxima, que têm sido instrumentos de combate

ao abandono escolar precoce e à inserção, também precoce, no mundo

do trabalho.

No seguimento do pressuposto conhecer para intervir, o PETI viu re­

centemente alargadas as suas competências tendo­lhe sido cometida

a incumbência de promover a recolha e tratamento de informação e

análise estatística sobre trabalho infantil, de acordo com as orientações

metodológicas sobre a matéria, nomeadamente da OIT.

Colecção Documentos 3Adenda a

Prevenção e eliminação da exPloração do Trabalho infanTil

Medidas Políticas e legislativas

2003 a 2006

TítuloPrevenção e Eliminação da Exploração do Trabalho InfantilMedidas Políticas e Legislativas200� a 2006

EditorMinistério do Trabalho e da Solidariedade SocialPrograma para Prevenção e Eliminação da Exploração do Trabalho Infantil (PETI)Av. Frei Miguel Contreiras, 54-5º1700 LisboaTel.: 21 84� 75 80Fax.: 21 84� 75 89E-mail: [email protected]: www.peti.gov.pt

Coordenação EditorialJoaquina CadeteSofia Oliveira

ColecçãoDocumentos PEETI, n.º � - Adenda

Artes GráficasStoria Editores, Ldaa partir de um trabalho doAtelier de comunicação miuxa carvalhal

ISBN:972-98241-7-7

Depósito Legal:240848/06

Tiragem1.000 exemplares

Lisboa, Março de 2006

Distribuição Gratuita

© Programa para Prevenção e Eliminação da Exploração do Trabalho Infantil, 2006Reservados todos os direitos.

Índice

LegisLação referente ao Peti

• Resolução do Conselho de Ministros n.º �7/2004 5• Resolução do Conselho de Ministros n.º 70/2005 (2.ª série) 1�

LegisLação referente ao Pief

• Despacho conjunto n.º 948/200� 15• Despacho conjunto n.º 171/2006 25

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prEsiDênCiA Do ConsElho DE minisTrosresolução do Conselho de ministros n.º 37/2004

A proibição do trabalho de menores em idade escolar, constitucional-mente consagrada como direito fundamental no n.º � do artigo 69.º da Constituição da República Portuguesa, constitui um elemento essencial do combate contra a discriminação e a opressão sobre as crianças e os jovens, nomeadamente as formas de violência física e psíquica, e contra a exploração económica e social de que são muitas vezes alvo.Portugal transpôs, entretanto, para o seu ordenamento jurídico a legis-lação comunitária aplicável neste domínio e ratificou as convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT) especificamente diri-gidas ao trabalho infantil, nomeadamente a Convenção n.º 1�8, sobre a idade mínima legal de admissão no mercado de trabalho, ratificada pelo Decreto do Presidente da República n.º 11/98, de 19 de Março, e a Convenção n.º 182, sobre a interdição e a eliminação das piores formas de trabalho infantil, ratificada pela Resolução da Assembleia da República n.º 47/2000, de 1 de Junho.No seu Programa, o XV Governo Constitucional definiu como uma das medidas prioritárias da sua acção o reforço do enquadramento legal e regulamentar, bem como dos meios necessários para uma execução efectiva da política de combate à exploração do trabalho infantil.O Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 99/200�, de 27 de Agosto, e a legislação que o regulamenta, actualmente em processo de adop-ção, vem concretizar o objectivo de reforço do enquadramento legal e regulamentar acima referido.Tendo cessado em �1 de Dezembro de 200� a vigência do Plano para Eliminação da Exploração do Trabalho Infantil (PEETI), inicialmente criado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 75/98, de 2 de Ju-lho, e cujo horizonte temporal foi posteriormente alargado pela Reso-lução do Conselho de Ministros n.º 1/2000, de 1� de Janeiro, impõe-se dar cumprimento ao objectivo de reforço dos meios necessários para uma execução de uma política efectiva de combate à exploração do trabalho infantil.A acção desenvolvida pelo PEETI ao longo dos últimos anos, reconhe-cida como singular no contexto internacional, permitiu já criar parce-rias efectivas e dinâmicas com diferentes agentes, públicos e privados,

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contribuindo não apenas para o aumento da visibilidade do combate à exploração do trabalho infantil mas também para a execução de uma estratégia de inclusão social de jovens e crianças desfavorecidos, atra-vés de um conjunto de respostas de educação e formação, sustenta-das numa metodologia de regulação próxima, que têm sido instrumen-tos de combate ao abandono escolar precoce e à inserção, também precoce, no mundo do trabalho.Torna-se agora necessário reforçar a componente preventiva da política de combate à exploração do trabalho infantil, através da adopção de mecanismos de encaminhamento dos menores em situação de trabalho infantil para medidas educativas e formativas que lhes permitam concluir a escolaridade obrigatória, e, se possível, adquirir formação profissional, obtendo, assim, condições adequadas de trabalho num futuro próximo.Naturalmente, o reforço da componente preventiva não deve deixar perder de vista a necessidade de intensificar a função reparadora, per-mitindo dessa forma a minoração dos efeitos nocivos da incursão pre-matura no mundo do trabalho infantil e possibilitando a obtenção de condições individuais para a inserção legal no mercado de trabalho.Nesse sentido apontam as avaliações realizadas no âmbito do Con-selho Nacional contra a Exploração do Trabalho Infantil (CNCETI) e pelo grupo de trabalho criado pelo despacho conjunto n.º 9/200�, dos Ministros da Educação e da Segurança Social e do Trabalho, de 6 de Dezembro de 2002, publicado no Diário da República, 2.ª série, de 9 de Janeiro de 200�, ao defenderem o alargamento e a flexibilização das respostas aos casos de abandono escolar motivados pela exploração do trabalho infantil ou por outras formas de exploração de menores, nomeadamente nas formas consideradas intoleráveis pela Convenção n.º 182 da OIT, privilegiando e reforçando o papel da escola.Na mesma linha aponta também o despacho conjunto n.º 948/200�, dos Ministros da Educação e da Segurança Social e do Trabalho, de 25 de Agosto, publicado no Diário da República, 2.ª série, de 26 de Setem-bro de 200�, ao sublinhar a importância dos Programas Integrados de Educação e Formação (PIEF), caracterizados por duas vertentes fun-damentais: a vertente educativa e formativa, centrada no reingresso es-colar e na definição de percursos alternativos de educação e formação, visando a escolaridade ou a dupla certificação escolar e profissional, e a vertente de integração, orientada para a despistagem de situações e para a disponibilização de respostas de ordem social e económica, para

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a inserção em actividades de formação não escolar, de ocupação e de-senvolvimento vocacional, de orientação e de desporto escolar.Tendo a consciência das enormes dificuldades que diariamente se nos colocam no combate às situações de trabalho infantil e às razões que estão na sua origem, entende o Governo, no contexto de uma política integrada de infância e juventude, dever apostar numa política de pre-venção que contribua decididamente para o combate à exploração do trabalho infantil e que crie condições para uma transição pacífica entre a escola e o trabalho, no respeito da Constituição e do quadro legal internacional a que Portugal se vinculou.Neste contexto, justifica-se proceder à redefinição das funções e dos objectivos prosseguidos pelo PEETI e, bem assim, da sua estrutura, por forma a aumentar a eficácia da execução da política de combate ao trabalho infantil no nosso país.Assim:Nos termos da alínea g) do artigo 199.º da Constituição, o Conselho de Ministros resolve:1 – O Programa para Prevenção e Eliminação da Exploração do Traba-lho Infantil (PETI) sucede ao Plano para Eliminação da Exploração do Trabalho Infantil (PEETI) como uma estrutura de projecto a funcionar na dependência do Ministro da Segurança Social e do Trabalho, com a faculdade de subdelegação.

2 – Compete ao PETI:a. Dinamizar e coordenar acções de divulgação e de informação

sobre a promoção e protecção dos direitos dos menores junto dos pais e encarregados de educação, dos estabelecimentos de educação e de ensino, dos empregadores e da opinião pública em geral, com vista à prevenção da exploração do trabalho infantil;

b. Estabelecer acordos de cooperação institucional com outras entidades, designadamente as autarquias locais, sempre que o diagnóstico das necessidades das crianças e dos jovens em risco justifique a execução de acções conjuntas para a preven-ção da exploração do trabalho infantil;

c. Desenvolver acções específicas de prevenção da exploração de trabalho infantil nas formas consideradas intoleráveis pela Convenção n.º 182 da OIT;

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d. Divulgar as medidas educativas e formativas promovidas, realizadas ou apoiadas pelos organismos dos Ministérios da Educação e da Segurança Social e do Trabalho, nomeadamen-te os Programas Integrados de Educação e Formação (PIEF), em todas as regiões onde o diagnóstico de necessidades das crianças e jovens em risco o justifique;

e. Dinamizar e coordenar a constituição de parcerias locais que progressivamente assumam a responsabilidade pela coordena-ção e execução das respostas consideradas necessárias para a protecção de crianças e jovens em perigo e para a prevenção da exploração do trabalho infantil;

f. Dar visibilidade às boas práticas e promover o intercâmbio de experiências, designadamente através de página da Internet, meios de comunicação social, jornais escolares e de um bole-tim informativo bimestral, destinado à comunidade, aos pais e encarregados de educação, aos estabelecimentos de educação e de ensino e aos parceiros institucionais e privados;

g. Promover a articulação com os serviços inspectivos do Minis-tério da Segurança Social e do Trabalho, assim como com os serviços inspectivos de outros ministérios, nomeadamente a Inspecção-Geral da Educação, na identificação de situações de exploração de trabalho infantil.

� – Compete, em particular, ao PETI, no âmbito do desenvolvimento dos PIEF:

a. Assegurar a coordenação dos PIEF ao nível nacional, em arti-culação com os serviços do Ministério da Educação;

b. Dinamizar e coordenar a sinalização das situações de risco dos destinatários dos PIEF e canalizar a informação para as estruturas regionais responsáveis pela execução dos referidos programas;

c. Promover a integração em PIEF de menores em situação de exploração de trabalho infantil, nas formas tradicionais e nas for-mas consideradas intoleráveis pela Convenção n.º 182 da OIT;

d. Promover a integração em PIEF de menores com idade igual ou superior a 16 anos que celebrem contrato de trabalho, para os quais tenha sido elaborado um plano de educação e formação (PEF);

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e. Assegurar e apoiar a integração em PIEF de jovens com idade igual ou superior a 15 anos, a cumprir medida prevista no artigo 4.º da Lei Tutelar Educativa, à excepção da medida da alínea i), em articulação com o IRS e com outras entidades a quem caiba acompanhar a respectiva execução. Para os menores a cumprir internamento em centro educativo, a integração em PIEF, quando necessária, ocorre após a cessação da medida;

f. Dinamizar e coordenar actividades curriculares não disciplina-res, numa vertente educativa e formativa, para ocupação das crianças e dos jovens integrados em PIEF durante os períodos de interrupção das actividades curriculares;

g. Dinamizar e coordenar, durante a interrupção das actividades curriculares no período de Verão, o Projecto de Férias, para prevenção da exploração de trabalho infantil sazonal;

h. Dinamizar e coordenar a articulação das respostas promovidas, realizadas ou apoiadas pelos serviços e organismos dos Ministé-rios da Educação e da Segurança Social e do Trabalho com as entidades empregadoras, com vista a proporcionar às crianças e aos jovens integrados em PIEF uma inserção qualificada na vida activa.

4 – Compete ainda ao PETI, no âmbito da formação e investigação para a promoção e protecção dos direitos das crianças e dos jovens em perigo:

a. Estabelecer acordos de cooperação institucional, com entida-des públicas ou privadas, com vista ao desenvolvimento de estágios profissionais, de acções de formação contínua e de outros cursos em prevenção de crianças e jovens em perigo, destinados a docentes e outros profissionais titulares de habili-tação académica de nível superior;

b. Divulgar e disponibilizar a consulta, a todos os interessados, de estudos, bibliografias, trabalhos de investigação, relatórios e outros documentos de relevante interesse para a protecção de crianças e jovens em perigo e para a prevenção da exploração do trabalho infantil.

5 – Integram a estrutura de projecto do PETI um director, chefe de projecto, e um subdirector, a nomear por despacho do Ministro da Segurança Social e do Trabalho, ficando sob a sua coordenação as actividades desenvolvidas pelas equipas móveis multidisciplinares já criadas no âmbito do PEETI ou a criar.

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6 – O director do PETI tem um estatuto remuneratório correspondente ao dos cargos de direcção superior do 1.º grau, sendo o de subdirector correspondente ao dos cargos de direcção superior do 2.º grau.

7 – O mandato da estrutura de projecto termina em �1 de Dezembro de 2006.

8 – O PETI apresenta anualmente ao Ministro da Segurança Social e do Trabalho e ao Conselho Nacional para a Prevenção e Eliminação da Exploração do Trabalho Infantil um relatório sobre a execução das medidas adoptadas.

9 – No exercício das suas funções, o PETI:a. Propõe à tutela as medidas julgadas necessárias para assegu-

rar o seu bom funcionamento;b. Pode solicitar aos serviços centrais e regionais da Administra-

ção Pública, em especial dos ministérios envolvidos, todas as informações necessárias à prossecução dos seus objectivos.

10 – Podem ser chamadas a colaborar com a estrutura de projecto quais-quer pessoas consideradas necessárias à execução do PETI, devendo os funcionários da administração central, regional ou local ser nomeados em regime de comissão de serviço, requisitados ou destacados.

11 – O director do PETI pode propor, nos termos da lei, a realização e a correspondente adjudicação dos estudos e a aquisição de bens e ser-viços que se mostrem indispensáveis ao cumprimento da sua missão.

12 – O apoio administrativo e logístico ao funcionamento do PETI é assegurado pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional.

1� – Os encargos orçamentais decorrentes do previsto na presente resolução são suportados pelo orçamento do Instituto do Emprego e Formação Profissional, sendo o seu montante fixado e aprovado por despacho do Ministro da Segurança Social e do Trabalho.

14 – A execução do PETI é acompanhada pelo Conselho Nacional para a Prevenção e Eliminação da Exploração do Trabalho Infantil, que

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funciona na directa dependência do Ministro da Segurança Social e do Trabalho, com a seguinte composição:

a. Um representante do Ministro da Segurança Social e do Traba-lho, que preside;

b. Um representante do Ministro da Administração Interna;c. Um representante da Ministra da Justiça;d. Um representante do Ministro Adjunto do Primeiro-Ministro;e. Um representante do Ministro da Educação;f. Um representante do Governo da Região Autónoma dos Aço-

res;g. Um representante do Governo da Região Autónoma da Madei-

ra;h. Um representante do Instituto do Emprego e Formação Profis-

sional;i. Um representante da Inspecção-Geral do Trabalho;j. Um representante do Instituto de Solidariedade e Segurança

Social;l. Um representante do Alto-Comissário para a Imigração e Mino-

rias Étnicas;m. Um representante da Coordenadora Nacional para os Assuntos

da Família;n. Um representante da Confederação Nacional de Acções sobre

o Trabalho Infantil;o. Um representante do Instituto de Apoio à Criança;p. Um representante da Associação Nacional de Municípios Por-

tugueses;q. Um representante da Associação Nacional de Freguesias;r. Um representante de cada uma das associações de emprega-

dores com assento na Comissão Permanente da Concertação Social;

s. Um representante de cada uma das associações sindicais com assento na Comissão Permanente da Concertação Social;

t. Um representante da União das Misericórdias;u. Um representante da Confederação Nacional das Instituições

Particulares de Solidariedade Social;v. Um representante da Casa Pia;x. Um representante da Confederação Nacional das Associações

de Pais.

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15 – Compete ao Conselho Nacional para a Prevenção e Eliminação da Exploração do Trabalho Infantil emitir pareceres e orientações para a execução dos objectivos enunciados.

16 – O mandato dos membros do Conselho Nacional termina em �1 de Dezembro de 2006.

17 – Aos membros do Conselho Nacional que residam fora de Lisboa serão abonadas, nos termos da lei geral, ajudas de custo e transportes para participação nas reuniões.

18 – O Conselho Nacional do PETI reúne sempre que necessário e quando convocado para o efeito pelo presidente, nos termos do seu regulamento interno.

19 – Os membros do Conselho Nacional são indicados pelos ministé-rios e entidades envolvidos no prazo de 15 dias após a publicação da presente resolução.

20 – O PETI sucede na titularidade de todos os direitos e obrigações do PEETI, sem necessidade de quaisquer formalidades, devendo todas as referências feitas em lei ou em negócio jurídico ao PEETI entender-se feitas ao PETI, a partir da entrada em vigor da presente resolução.

21 – O pessoal afecto ao PEETI transita para a nova estrutura de pro-jecto criada pela presente resolução, mantendo-se no exercício das respectivas funções.

22 – São revogadas a Resolução do Conselho de Ministros n.º 75/98, de 4 de Junho, e a Resolução do Conselho de Ministros n.º 1/2000, de 1� de Janeiro.

2� – A presente resolução do Conselho de Ministros produz efeitos desde de 1 de Janeiro de 2004.

Presidência do Conselho de Ministros, 26 de Fevereiro de 2004O Primeiro-Ministro, José Manuel Durão Barroso.

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prEsiDênCiA Do ConsElho DE minisTrosresolução do Conselho de ministros n.º 70/2005 (2.ª série)

Pelo despacho n.º 20 ��1/99, de 27 de Setembro, publicado no Diário da República, 2.ª série, de 26 de Outubro de 1999, foi criado um grupo de trabalho destinado a efectuar um levantamento estatístico sobre o trabalho infantil em Portugal.Posteriormente, os despachos n.os 67�2/2000, de 14 de Março, pu-blicado no Diário da República, 2.ª série, de 28 de Março de 2000, e 16 988/2000, de 25 de Julho, publicado no Diário da República, 2.ª série, de 22 de Agosto de 2000, reconheceram já a necessidade de aprofundar a actividade até então desenvolvida por aquele grupo de trabalho, no sentido de assegurar que a informação estatística produ-zida satisfaça todas as necessidades de conhecimento do fenómeno do trabalho infantil.O referido grupo de trabalho tem vindo a funcionar como uma estrutura permanente, cujo apoio técnico, administrativo e financeiro é assegu-rado pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P.Ora, considerando que o Programa para a Prevenção e Eliminação da Exploração do Trabalho Infantil (PETI) tem como finalidade contribuir para o combate à exploração do trabalho infantil, criando condições para uma transição pacífica entre a escola e o trabalho, entende o Go-verno que as actividades até agora desenvolvidas pelo referido grupo de trabalho, nomeadamente no âmbito do sistema de informação e análise estatística sobre o trabalho infantil, devem passar a ser exerci-das pelo PETI.

Assim:Nos termos da alínea g) do artigo 199.º da Constituição, o Conselho de Ministros resolve:1 – Extinguir o grupo de trabalho criado pelo despacho n.º 20 ��1/99, de 27 de Setembro, publicado no Diário da República, 2.ª série, de 26 de Outubro de 1999.

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2 – Aditar ao n.º 2 da resolução do Conselho de Ministros n.º �7/2004, de 20 de Março, a seguinte alínea:

«h) Promover a recolha e tratamento de informação e análise estatística sobre o trabalho infantil, de acordo com as orienta-ções metodológicas sobre a matéria, nomeadamente da OIT e preservando princípios de rigor e autonomia técnica.»

� – Determinar que o pessoal que na presente data se encontre afecto à actividade do grupo de trabalho é integrado na estrutura de projecto do PETI.

Presidência do Conselho de Ministros, � de Novembro de 2005

O Primeiro-Ministro, José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa

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minisTÉrios DA EDUCAÇÃo E DA sEGUrAnÇA soCiAl E Do TrABAlho

Despacho conjunto n.º 948/2003

Nos termos do disposto no despacho conjunto n.º 9/200�, de 6 de Dezem-bro de 2002, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 7, de 9 de Ja-neiro de 200�, foi reconhecida a necessidade de revisão do Programa In-tegrado de Educação e Formação (PIEF), criado, no âmbito do Plano para a Eliminação da Exploração do Trabalho Infantil (PEETI), pelo despacho conjunto n.º 882/99, de 28 de Setembro, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 241, de 15 de Outubro de 1999.As avaliações realizadas no âmbito do Conselho Nacional de Combate à Exploração do Trabalho Infantil (CNCETI) e pelo grupo de trabalho criado pelo referido despacho conjunto n.º 9/200� apontam para a ne-cessidade de alargar e flexibilizar a resposta aos casos de abandono escolar motivados pela exploração do trabalho infantil ou por outras formas de exploração de menores, nomeadamente nas formas con-sideradas intoleráveis pela Convenção n.º 182 da OIT, privilegiando e reforçando o papel da escola, dado ser nesta que convergem as in-tervenções de todas as estruturas que integram o sistema educativo e ser aí que essas intervenções se transformam em serviços educativos. Importa ainda reforçar a dupla vertente do PIEF: a vertente educativa e ou formativa, centrada no reingresso escolar e na definição de percur-sos alternativos de educação e formação, visando a escolaridade ou a dupla certificação escolar e profissional, e a vertente de integração, orientada para a despistagem de situações e para a disponibilização de respostas de ordem social e económica, para a inserção em ac-tividades de formação não escolar, de ocupação e desenvolvimento vocacional, de orientação e de desporto escolar. Na revisão do presente despacho conjunto, foi dado especial enfoque ao estabelecimento de uma política integrada de infância e juventude, o que, em concreto, se traduz na promoção e protecção dos direitos de todos os menores, na promoção de respostas integradas e adequadas aos menores vítimas ou em risco. Finalmente, o Programa ora revisto atende, igualmente, ao facto de o PEETI, instituído pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 75/98,

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de 2 de Julho, e posteriormente objecto de revisão pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 1/2000, de 1� de Janeiro, ter como horizonte temporal �1 de Dezembro de 200�, reunindo o PIEF as condições ne-cessárias para continuar a existir após aquela data.Assim, os Ministros da Educação e da Segurança Social e do Trabalho determinam:

1 – O presente despacho revê e reformula o Programa Integrado de Educação e Formação, abreviadamente designado por PIEF, criado pelo despacho conjunto n.º 882/99, de 28 de Setembro, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.o 241, de 15 de Outubro de 1999.

2 – O PIEF tem como objectivo favorecer o cumprimento da escolari-dade obrigatória a menores e a certificação escolar e profissional de menores a partir dos 15 anos, em situação de exploração de traba-lho infantil, nomeadamente nas formas consideradas intoleráveis pela Convenção n.º 182 da OIT.

2.1 – O PIEF tem ainda como objectivo favorecer o cumprimento da escolaridade obrigatória associada a uma qualificação profissional re-lativamente a menores com idade igual ou superior a 16 anos que ce-lebrem contratos de trabalho.

� – O PIEF integra um conjunto diversificado de medidas e acções prio-ritariamente orientadas para a reinserção escolar, através da integração no percurso escolar regular ou da construção de percursos alternativos, escolares e de educação e ou formação, incluindo actividades de edu-cação extra-escolar, de ocupação e orientação vocacional e de desporto escolar, promovidas, realizadas ou apoiadas pelos serviços e organismos dos Ministérios da Educação e da Segurança Social e do Trabalho.

4 – O PIEF concretiza-se, relativamente a cada menor, mediante a elaboração de um plano de educação e formação (PEF) com subordi-nação aos seguintes princípios:

a. Individualização, tendo em conta a idade, a situação pessoal, os interesses e as necessidades de inserção escolar e social do menor, com base em avaliação diagnóstica inicial;

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b. Acessibilidade, permitindo a intervenção e a integração do menor em qualquer momento do ano lectivo;

c. Flexibilidade, permitindo a integração do menor em percur-sos de educação e formação ou de educação extra-escolar, nomeadamente em acções susceptíveis de certificação ou de creditação no quadro de percurso subsequente;

d. Continuidade, procurando assegurar uma intervenção perma-nente e integrada, através da frequência de actividades de desenvolvimento de competências, designadamente de ca-rácter vocacional, de acordo com os recursos e as ofertas dos serviços e entidades tutelados ou apoiados pelos Ministérios da Educação e da Segurança Social e do Trabalho, em especial quando concluído o 2.º ciclo do ensino básico sem possibili-dade de ingresso imediato em percurso subsequente;

e. Faseamento da execução, permitindo o desenvolvimento da intervenção por etapas estruturantes do percurso educativo e formativo do menor;

f. Celeridade, permitindo a obtenção de certificados escolares em período de tempo mais curto, nomeadamente de um ano e de dois anos para a conclusão dos 2.º e �.º ciclos do ensino básico, respectivamente;

g. Actualização, permitindo a revisão e alteração do plano, em função das alterações de situação e de necessidades do menor, disponibilizando-lhe apoio psicopedagógico e favorecendo-lhe a frequência de actividades de orientação escolar e profissional.

5 – O PEF é assumido como forma de intervenção para a promoção dos direitos e para a protecção da criança e do jovem em perigo, no âmbito do previsto no artigo 7.º da lei de protecção de crianças e jo-vens em perigo, aprovada pela Lei n.º 147/99, de 1 de Setembro.

5.1 – O PEF pode ainda ser disponibilizado com vista a integrar acor-dos de promoção e protecção, nos termos previstos nos artigos 56.º, n.º 1, alínea c), 98.º, n.º �, e 11�.º, n.º 1, da lei de protecção de crianças e jovens em perigo.

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5.2 – Quando relativamente a um mesmo menor exista processo tu-telar educativo, o PEF pode também ser apresentado como plano de conduta, para efeito do disposto no artigo 84.º da Lei Tutelar Educativa, aprovada pela Lei n.º 166/99, de 14 de Setembro.

6 – O PEF compreende as seguintes fases:a. Preparação, abrangendo a avaliação diagnóstica, tendo por ob-

jecto o nível de aquisição de competências, a situação escolar, familiar e social do menor, a sua orientação escolar e profissio-nal, a identificação dos objectivos a atingir e dos recursos a uti-lizar, bem como a consequente formalização do plano mediante documento escrito;

b. Execução, abrangendo a integração do menor, em qualquer momento do ano civil, inclusive em actividades de educação extra-escolar de curta duração, com vista a favorecer a sua inserção em percurso que vise a escolarização ou a dupla certi-ficação, escolar e profissional;

c. Avaliação, abrangendo a avaliação da evolução do plano, com vista a assegurar a sua adaptação às necessidades do menor, e a avaliação final.

7 – No quadro estabelecido pelo presente despacho, o PEF obedece, consoante o caso, às orientações definidas pelos serviços competentes dos Ministérios da Educação e da Segurança Social e do Trabalho.

8 – O PEF é acompanhado por um professor-tutor ou por um formador-tutor, consoante a respectiva realização ocorra em estabelecimento de ensino, em centros de formação profissional ou em outra entidade formadora acreditada.

8.1 – Compete ao professor-tutor ou ao formador-tutor promover a in-tervenção articulada das entidades envolvidas na execução do plano, manter contacto regular com a família do menor, informar regularmente as entidades responsáveis pela avaliação da evolução da execução do plano, bem como propor a revisão e alteração deste, sempre que necessário.

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9 – O PEF integra, sempre que necessário e na medida do possível, a intervenção dos serviços de psicologia e orientação escolar e profissio-nal e dos centros de apoio social escolar, no âmbito das direcções regio-nais de educação, e a intervenção das valências técnicas de orientação profissional, de serviço social e de medicina do trabalho, no âmbito dos serviços locais do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).

10 – Os PEF podem ser agrupados em projectos e realizados em esta-belecimento de ensino, em centros de formação profissional ou em ou-tra entidade formadora acreditada, devendo incentivar-se e manter-se assegurada a articulação com outras entidades da comunidade local cuja intervenção se repute necessária.

10.1 – A realização de projectos fora de estabelecimento de ensino ou de entidade formadora acreditada não dispensa a matrícula dos desti-natários em estabelecimentos de ensino, sempre que seja necessário assegurar as respectivas certificação e futura integração escolares.

10.2 – Os projectos visando a integração no percurso de ensino regu-lar integram obrigatoriamente medidas de apoio educativo, nomeada-mente no âmbito da educação extra-escolar, com vista a favorecer a inserção no grupo-turma.

11 – A organização curricular em projectos de percursos diversificados conducentes à conclusão da escolaridade obrigatória e à obtenção de uma qualificação profissional, visando a certificação escolar ou escolar e profissional, obedece ao determinado relativamente a cada ciclo e modalidade de ensino ou de educação e formação, integrando, nome-adamente, as seguintes componentes:

a. Formação sócio-cultural, visando a aquisição de competências nas áreas de português, língua estrangeira, matemática, tecno-logias da informação e da comunicação e em área que integre conhecimentos das ciências sociais e das ciências naturais;

b. Formação vocacional, artística ou científico-tecnológica e for-mação prática em contexto de trabalho, no caso de percursos qualificantes;

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c. Área de projecto, transversal ao currículo, integrando, sempre que possível, programa de desenvolvimento vocacional.

11.1 – A constituição de grupo-turma subordina-se ao princípio da indi-vidualização da aprendizagem, não devendo ser ultrapassado o limite de 15 alunos.

11.2 – São prioritariamente afectos ao desenvolvimento dos projectos professores dos estabelecimentos de ensino em que aqueles se realizam ou em que os alunos estão matriculados, sem prejuízo de serem desig-nados outros docentes pela direcção regional de educação competente, mediante proposta da estrutura de coordenação regional do PIEF.

11.� – A avaliação dos destinatários obedece aos princípios fixados para cada modalidade e ciclo de ensino e é orientada por critérios de competência.

11.4 – No caso de acções de curta duração, é emitida certidão discri-minando as competências adquiridas, permitindo a respectiva capitali-zação em percursos em que o menor venha a ser inserido.

12 – A promoção e realização de planos e de projectos de educação e formação incumbe ao estabelecimento de ensino ou ao centro de for-mação profissional mais próximo da residência dos destinatários, sem prejuízo da fixação, pela direcção regional de educação ou delegação regional do IEFP respectivas, de outro estabelecimento em melhores condições para a realização desses planos e projectos, sob proposta da estrutura de coordenação regional do PIEF.

12.1 – A componente curricular de novos projectos que integrem per-cursos alternativos de ensino básico, visando a certificação escolar ou escolar e profissional, é aprovada pelos serviços centrais do Ministé-rio da Educação, mediante parecer da direcção regional de educação competente.12.2 – A componente curricular de novos projectos que integrem per-cursos alternativos de formação profissional, visando, exclusivamente,

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a certificação profissional, é aprovada pelo Departamento de Forma-ção Profissional do IEFP, mediante parecer da delegação regional do IEFP competente.

1� – No desenvolvimento do PIEF, compete aos Ministérios envolvi-dos:

1�.1 – Ao Ministério da Educação incumbe assegurar a realização das acções de integração em percurso escolar regular ou em percursos de educação e formação profissional inicial, sem prejuízo de, quanto a es-tes, aquelas acções serem realizadas conjuntamente com entidades tu-teladas ou apoiadas pelo Ministério da Segurança Social e do Trabalho, relativamente a jovens com idade igual ou superior a 15 anos, se isso se revelar concretamente mais favorável à consecução dos fins visados.

1�.2 – Ao Ministério da Segurança Social e do Trabalho, designada-mente através dos serviços do IEFP, incumbe assegurar a realização das acções de integração em percursos formativos ou em percursos de educação e formação profissional inicial, sem prejuízo de as acções serem realizadas conjuntamente com entidades tuteladas ou apoiadas pelo Ministério da Educação ou outros parceiros, relativamente a jo-vens com idade igual ou superior a 15 anos, se isso se revelar concre-tamente mais favorável à consecução dos fins visados.

1�.� – Ao Ministério da Segurança Social e do Trabalho, designa-damentem através do Instituto de Solidariedade e Segurança Social (ISSS), incumbe garantir respostas sociais no âmbito sócio-familiar e emequipamentos e serviços de apoio à família, à infância e juventude em articulação com entidades parceiras e o apoio psicossocial a me-nores e famílias em situação de carência social, bem como assegurar os apoios necessários que consubstanciem as medidas de promoção e protecção previstas na lei de protecção de crianças e jovens em pe-rigo, aprovada pela Lei n.º 147/99, de 1 de Setembro.

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14 – No desenvolvimento do PIEF, compete ao Ministério da Seguran-ça Social e do Trabalho, através da entidade responsável pelo PEETI:

a. Dinamizar e coordenar a sinalização das situações de risco dos destinatários do PIEF e canalizar a informação para as estrutu-ras regionais responsáveis pela execução do Programa;

b. Dinamizar e coordenar a nível nacional, em articulação com as estruturas regionais, o desenvolvimento do PIEF;

c. Monitorizar a execução do Programa, mediante recolha e siste-matização da informação e divulgação dos resultados;

d. Divulgar o Programa e estimular o desenvolvimento de experi-ências locais e o seu intercâmbio, bem como dar visibilidade às boas práticas;

e. Gerir um fundo de apoio ao desenvolvimento do Programa.

14.1 – O fundo de apoio ao desenvolvimento do Programa, cujo regu-lamento será elaborado pela entidade responsável pelo PEETI e ho-mologado pelo Ministro da Segurança Social e do Trabalho, destina-se a suportar financeiramente as componentes do desenvolvimento do PIEF que não sejam da competência de quaisquer outros serviços ou organismos do Estado.

15 – Para a execução do PIEF, são mantidas as estruturas de coorde-nação regionais existentes em cada uma das áreas das direcções re-gionais de educação e das delegações regionais do IEFP, compostas por um representante da entidade responsável pelo PEETI, um repre-sentante da direcção regional de educação, um representante do IEFP e um representante do ISSS.

15.1 – Cabe às estruturas de coordenação regionais promover, dinami-zar, acompanhar e avaliar a operacionalização das respostas previstas no presente despacho, com instrumentos, critérios e procedimentos uniformes, tendo em vista, nomeadamente, a optimização das ofertas e a rentabilização dos recursos, competindo-lhes:

a. Proceder ao levantamento dos recursos localmente disponí-veis;

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b. Promover as articulações pertinentes com as entidades públi-cas e privadas a envolver, com vista à criação de respostas integradas;

c. Apreciar e aprovar os planos e os projectos de intervenção es-pecificamente dirigidos às situações detectadas, com especial incidência nos domínios da educação, da formação e do apoio social;

d. Monitorizar os processos de intervenção na região e divulgar boas práticas.

15.2 – A nomeação dos elementos integrantes das estruturas de co-ordenação regionais, a fixação das respectivas competências e a de-finição dos serviços em que aquelas estruturas estão sediadas são efectuados por despacho conjunto dos Ministros da Educação e da Segurança Social e do Trabalho, a proferir no prazo de �0 dias a contar da data de publicação do presente despacho conjunto.

16 – As medidas promovidas no âmbito do PIEF desenvolvem-se nas estruturas e serviços dos Ministérios da Educação e da Segurança So-cial e do Trabalho, com recursos àqueles afectos, sendo asseguradas, nos limites da lei, a gratuitidade do cumprimento da escolaridade obri-gatória e a aplicação de medidas de acção e apoio social aos destina-tários.

16.1 – Os montantes necessários à implementação das medidas são suportados pelos referidos Ministérios, em termos proporcionais à res-pectiva intervenção.

16.2 – Quando não for possível desenvolver estas medidas nas estru-turas e serviços dos Ministérios da Educação e da Segurança Social e do Trabalho, cabe às estruturas de coordenação regionais do PIEF garantir a afectação de recursos.

17 – A execução do PIEF é avaliada anualmente por uma comissão composta por um representante do CNCETI, que preside, por dois re-

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presentantes do Ministério da Educação, sendo um da Direcção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular e o outro da Direcção-Ge-ral de Formação Vocacional, e por dois representantes do Ministério da Segurança Social e do Trabalho, sendo um do IEFP e o outro do ISSS.

18 – As situações insusceptíveis de resposta através das medidas e acções previstas neste despacho conjunto serão objecto de análise no quadro da entidade responsável pelo PEETI, que apresentará as propostas consideradas adequadas aos Ministros da Educação e da Segurança Social e do Trabalho.

19 – É revogado o despacho conjunto n.º 882/99, de 28 de Setembro.

25 de Agosto de 200�

O Ministro da Educação, José David Gomes Justino

O Ministro da Segurança Social e do Trabalho, António José de Castro Bagão Félix.

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minisTÉrios Do TrABAlho E DA soliDAriEDADE soCiAl E DA EDUCAÇÃo

Despacho conjunto n.º 171/2006

O despacho conjunto n.º 948/200�, de 26 de Setembro, que revo-gou o despacho conjunto n.º 882/99, de 15 de Outubro, estipula que, para a execução do Programa Integrado de Educação e Formação (PIEF), devem ser mantidas as estruturas de coordenação regionais existentes em cada uma das áreas das direcções regionais de edu-cação (DRE) e das delegações regionais do Instituto do Emprego e Formação Profissional, I. P. (IEFP), sendo as mesmas compostas por um representante do Programa para Prevenção e Eliminação da Exploração do Trabalho Infantil (PETI), um representante das DRE, um representante do IEFP e um representante dos centros distritais do Instituto de Segurança Social, I. P. (ISS). Assim, nos termos do disposto no n.º 15.2 do despacho conjunto n.º 948/200�, de 25 de Agosto, publicado em 26 de Setembro de 200�, determina-se o seguinte:

1 – As estruturas de coordenação regionais ficam sediadas nas sedes regionais do PETI.

2 – Na execução do PIEF compete:

2.1 – Aos representantes do PETI:a. Coordenar a respectiva estrutura de coordenação regional;b. Assegurar a qualidade técnica do trabalho produzido na

respectiva área geográfica e garantir o cumprimento dos prazos adequados à eficácia dos planos e projectos de intervenção aprovados pela estrutura de coordenação regional do PIEF;

c. Gerir com rigor e eficiência os recursos humanos, patrimoniais e tecnológicos afectos ao PIEF, optimizando os meios e adop-tando medidas que permitam simplificar e acelerar procedimen-tos e promover a aproximação à sociedade, a outros serviços públicos e aos parceiros;

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d. Coordenar as equipas móveis multidisciplinares do PETI, co-responsáveis pela elaboração do plano de educação e forma-ção (PEF) relativamente a cada menor sinalizado, compreen-dendo nomeadamente a preparação, a execução e a avaliação;

e. Proceder, directamente ou através das EMM, ao levantamento dos recursos localmente disponíveis ou a disponibilizar pelo PETI;

f. Dinamizar e coordenar a preparação das respostas a dar às situações de risco dos destinatários do PIEF sinalizadas ao PETI e canalizar a informação para a respectiva estrutura de coordenação regional;

g. Dinamizar e organizar os projectos de constituição do PIEF, especificamente dirigidos às situações detectadas, a apreciar e aprovar pela estrutura de coordenação regional, de acordo com o disposto no despacho conjunto n.º 948/200�, de 25 de Agosto, e no Regulamento de Gestão do PIEF;

h. Apreciar e aprovar, conjuntamente com os outros elementos da estrutura de coordenação regional, os planos e os projectos de intervenção especificamente dirigidos às situações detectadas;

i. Preparar os pedidos de fundo de apoio ao desenvolvimento de cada PIEF, a apreciar e aprovar pela directora do PETI, de acordo com o disposto no despacho conjunto n.º 948/200�, de 25 de Agosto, publicado no Diário da República, 2.ª série, de 26 de Setembro de 200�, e no Regulamento de Gestão do PIEF;

j. Acompanhar e avaliar a execução da programação financeira do fundo de apoio ao desenvolvimento de cada PIEF, de acor-do com o disposto no Regulamento de Gestão do PIEF;

l. Dinamizar e coordenar, em articulação com os restantes elementos da estrutura de coordenação regional, o desenvolvi-mento do PIEF;

m. Coordenar, apoiar, acompanhar e avaliar, quer directamente, quer através das EMM, as respostas educativas e formativas especificamente dirigidas às situações detectadas, com espe-cial incidência nos domínios da educação, da formação e do apoio social;

n. Promover e coordenar, directamente ou através das EMM, as articulações pertinentes com as entidades públicas e privadas a envolver, com vista à criação de respostas integradas;

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o. Preparar a informação técnica necessária e assegurar o apoio e informação junto dos técnicos das entidades parceiras no de-senvolvimento do PIEF, para o cumprimento do Regulamento de Gestão do PIEF;

p. Representar o PETI e promover as parcerias externas, por nomeação da directora do PETI, com outros serviços e organis-mos da Administração Pública e com outras entidades, no que compete às estruturas de coordenação regionais;

2.2 – Aos representantes das DRE:a. Recolher, tratar e encaminhar as sinalizações de trabalho infan-

til enviadas pelas escolas;b. Recolher e tratar a informação sobre os recursos localmente

disponíveis e fornecê-la posteriormente à estrutura de coorde-nação regional;

c. Coordenar a disponibilização de respostas educativas, de apoio social escolar e de orientação adequadas a cada PEF/PIEF;

d. Assegurar a colaboração dos profissionais de orientação dos serviços de psicologia e orientação (SPO) com as equipas móveis multidisciplinares do PETI na avaliação diagnóstica, quando tal se justifique;

e. Assegurar a coordenação e disponibilização de meios que per-mitam a organização de actividades de educação extra-escolar;

f. Assegurar e coordenar a disponibilização dos recursos de pessoal docente, de apoio psicopedagógico e de orientação escolar e profissional, bem como a articulação com os serviços envolvidos da direcção regional de educação;

g. Assegurar e acompanhar a integração do menor no percurso escolar definido no PEF, nomeadamente, identificando e man-tendo contacto com a escola ou projecto que melhor responda aos seus interesses e necessidades, bem como com o pro-fessor-tutor e os profissionais dos SPO que acompanham o menor;

h. Assegurar e acompanhar no âmbito das DRE a aplicação de instrumentos de monitorização dos PIEF, tendo em vista a sua avaliação e revisão;

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i. Promover o encaminhamento para os serviços centrais dos projectos que careçam da aprovação destes;

j. Activar junto dos serviços competentes do ME os procedimen-tos tendentes à capitalização das acções de curta duração devidamente certificadas, com vista ao seu reconhecimento para a integração em percursos escolares;

l. Assegurar a conformidade dos PEF com as orientações defini-das pelo ME;

2.� – Aos representantes do IEFP:a. Disponibilizar toda a informação necessária sobre as medidas

e prestações técnicas do emprego e da formação aos restantes elementos da estrutura de coordenação regional;

b. Colaborar na definição e avaliação dos PEF dos jovens sinali-zados e abrangidos pelo PIEF;

c. Colaborar na dinamização e coordenação das respostas locais a implementar no âmbito do PIEF;

d. Estimular a articulação interna e externa das estruturas e servi-ços do IEFP no que respeita à concretização das intervenções no âmbito do PIEF;

e. Assegurar a cooperação das equipas técnicas dos centros de emprego, designadamente dos conselheiros de orientação profissional com as equipas móveis multidisciplinares do PETI, designadamente no âmbito da avaliação diagnóstica, quando tal se justifique;

f. Garantir prioridade no acesso à oferta formativa do IEFP para os jovens integrados no PIEF, bem como a realização de ac-ções de integração em percursos formativos ou em percursos de educação e formação profissional inicial;

g. Assegurar a cooperação das equipas técnicas dos centros de formação profissional com as equipas móveis multidisciplinares do PETI, no âmbito do acompanhamento dos jovens integrados em acções de formação profissional promovidas pelo IEFP;

h. Colaborar na concepção ou implementação de respostas à me-dida para grupos devidamente tipificados no âmbito do PIEF, sem prejuízo das competências das estruturas envolvidas;

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i. Facultar informação aos restantes elementos da estrutura da-coordenação regional, sobre perfis de formação, referenciais de formação e recursos formativos, respeitantes às modalidades de formação do IEFP para a implementação do PIEF;

j. Assegurar o encaminhamento de novos projectos que integrem percursos alternativos de formação profissional visando a certifi-cação profissional, para o Departamento de Formação Profissio-nal do IEFP, a fim de serem analisados e sujeitos a validação;

l. Facultar informação sobre recursos localmente disponíveis com vista à implementação de respostas integradas;

m. Disponibilizar, mediante a análise dos recursos existentes a nível regional e local, espaços físicos e equipamentos para o desenvolvimento de intervenções da responsabilidade de ou-tros parceiros no âmbito do PIEF, com salvaguarda do regular funcionamento da actividade formativa do IEFP;

n. Colaborar no acompanhamento e avaliação do Programa, pro-movendo, designadamente, a recolha, tratamento e sistemati-zação da informação relativa à execução regional do Programa, no âmbito da intervenção do IEFP;

2.4 – Aos representantes do ISS:a. Identificar recursos mobilizáveis ao nível dos projectos locais,

respostas sociais e outras dinâmicas em que a segurança so-cial é parceira;

b. Garantir a agilização de procedimentos no âmbito da execução de medidas de promoção e protecção aplicadas pelas CPCJ ou pelos tribunais, sempre que o PEF seja assumido como um forma de intervenção para a promoção dos direitos e protecção da criança ou jovem em perigo;

c. Promover a participação dos centros distritais de segurança social na definição, acompanhamento, execução e avaliação do PIEF, designadamente no domínio do apoio social, de forma a garantir uma intervenção territorializada;

d. Promover a sensibilização e informação sobre os objectivos do programa junto dos técnicos dos serviços de acção social e do

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sistema, no âmbito da rede solidária de respostas sociais, com vista à detecção precoce de situações de risco de abandono escolar;

e. Dinamizar e organizar, em articulação com os demais parcei-ros, espaços de reflexão/discussão que promovam a formação e divulgação de boas práticas;

f. Monitorizar e avaliar regionalmente a intervenção do sistema da segurança social no âmbito do PIEF.

� – Pelo presente despacho procede-se à nomeação dos membros das estruturas de coordenação regionais previstas no despacho con-junto n.º 948/200�, de 26 de Setembro, nos seguintes termos:

�.1 – Para a área da estrutura de coordenação regional do PIEFna região Norte:

Fernando Ferreira Coelho (membro efectivo) e Paula Maria Borges Palmeira (membro suplente), em representação do PETI.Zeferino Luís Barros Lemos, em representação da DirecçãoRegional de Educação do Norte.Ana Maria Rodrigues, em representação da Delegação Regionaldo Norte do IEFP.Maria Fernanda Rodrigues de Carvalho Guerra, em representaçãodos centros distritais do ISS da região Norte.

�.2 – Para a área da estrutura de coordenação regional do PIEFna região Centro:

Maria de Lurdes Caetano Pinto, em representação do PETI.Ana Cristina da Cruz Costa e Rui Miguel Guerra Garcia deOliveira, em representação da Direcção Regional de Educaçãodo Centro.Carlos Filipe Cordeiro Correia de Carvalho, em representaçãoda Delegação Regional do Centro do IEFP.Ana Maria Gonçalves Rodrigues (membro efectivo) e Dora CristinaRodrigues Viana (membro suplente), em representaçãodos centros distritais do ISS da região Centro.

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�.� – Para a área da estrutura de coordenação regional do PIEFna região de Lisboa e Vale do Tejo:

António Augusto Silva Santos (membro efectivo) e Hélder AntónioCacito Marto (membro suplente), em representação do PETI.Maria Manuela Lima Fonseca Rodrigues, em representação daDirecção Regional de Educação de Lisboa.Elsa Maria Teixeira Lopes Mano (membro efectivo) e CarlosFernando da Silva Rodrigues (membro suplente), em representaçãoda Delegação Regional de Lisboa e Vale do Tejo do IEFP.Maria Julieta Salgueiro Duarte Antunes Santos, em representaçãodos centros distritais do ISS da região de Lisboa e Vale do Tejo.

�.4 – Para a área da estrutura de coordenação regional do PIEFna região Alentejo:

Maria Clara Neto Dimas, em representação do PETI.Elsa Rute Fernandes Teigão, em representação da DirecçãoRegional de Educação do Alentejo.Teresa Mafalda de Faria Gonçalves Andrade, em representaçãoda Delegação Regional do Alentejo do IEFP.Alice da Fonseca Caldeira Cabral, em representação dos centrosdistritais do ISS da região do Alentejo.

�.5 – Para a área da estrutura de coordenação regional do PIEFna região Algarve:

Maria Helena de Miranda Figueiredo Silva Gomes, em representa-ção do PETI.Maria Laureta de Brito Pires Basto, em representação da DirecçãoRegional de Educação do Algarve.Isabel Maria da Luz Gonçalves Silva, em representação da Delega-ção Regional do Algarve do IEFP.Adelaide Maria Gonçalves Tavares da Silva Martins, em representa-ção do Centro Distrital do ISS da Região do Algarve

12 de Janeiro de 2006Pelo Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, Fernando Medina Maciel Almeida Correia, Secretário de Estado do Emprego e da Formação ProfissionalPela Ministra da Educação, Valter Victorino Lemos, Secretário de Estado da

Educação.

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