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VISITA DE ESTUDO ao Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros (PNSAC) A – Ecoteca; B – Centro de Educação Ambiental de Chãos; C – Centro de Interpretação Subterrânea do Algar do Pena; D – Centro de Interpretação Subterrânea do Almonda; E – Centro de Exposições de Mira de Aire; F – Sede do Parque; G – Parque de Campismo; H – Centro de Acolhimento; I – Posto de Informação de Minde; J – Centro de Interpretação de Flora e Monumento Natural das Pegadas dos Dinossáurios da Serra de Aire. Mapa do PNSAC Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros (PNSAC) Criado em maio de 1979, abrange 35.000 hectares dos distritos de Leiria e Santarém. Fazendo parte do apelidado Maciço Calcário Estremenho (MCE), esta zona de montanha é muito distinta das zonas envolventes pelas suas características geológicas. Esta paisagem, denominada de “Relevo Cársico”, é fortemente modelada pelo Homem (que, para retirar as pedras que sulcavam o solo criou os característicos muros de pedra solta - os chousos - e montes de pedra - os maroiços) e marcada pela ausência de cursos de água à superfície. Já no subsolo a água foi escavando infinitas galerias e criando algumas das mais belas grutas da Terra. Com uma vegetação característica e hoje bastante degradada (carvalho- cerquinho, carrasco, azinheira e ulmeiro, entre outros, e da qual pouco resta, tendo ainda bastantes orquídeas e plantas aromáticas) já a fauna está bastante 1

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VISITA DE ESTUDOao

Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros (PNSAC)

A – Ecoteca; B – Centro de Educação Ambiental de Chãos; C – Centro de Interpretação Subterrânea do Algar do Pena; D – Centro de Interpretação Subterrânea do Almonda; E – Centro de Exposições de Mira de Aire; F – Sede do Parque; G – Parque de Campismo; H – Centro de Acolhimento; I – Posto de Informação de Minde; J – Centro de Interpretação de Flora e Monumento Natural das Pegadas dos Dinossáurios da Serra de Aire.

Mapa do PNSAC

Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros (PNSAC)Criado em maio de 1979, abrange 35.000 hectares dos distritos de Leiria e Santarém. Fazendo parte do apelidado

Maciço Calcário Estremenho (MCE), esta zona de montanha é muito distinta das zonas envolventes pelas suas características geológicas. Esta paisagem, denominada de “Relevo Cársico”, é fortemente modelada pelo Homem (que, para retirar as pedras que sulcavam o solo criou os característicos muros de pedra solta - os chousos - e montes de pedra - os maroiços) e marcada pela ausência de cursos de água à superfície. Já no subsolo a água foi escavando infinitas galerias e criando algumas das mais belas grutas da Terra.

Com uma vegetação característica e hoje bastante degradada (carvalho-cerquinho, carrasco, azinheira e ulmeiro, entre outros, e da qual pouco resta, tendo ainda bastantes orquídeas e plantas aromáticas) já a fauna está bastante melhor preservada (entre os quais se pode salientar os répteis, as aves e os morcegos, que servem de símbolo ao Parque).

A ocupação humana desta zona remonta à Pré-História (desde o Paleolítico inferior, passando pela cultura megalítica) e com alguns vestígios dos Romanos e Árabes. Hoje, a presença humana é visível em todo o Parque, embora se concentre mais nos seus limites e zonas circundantes. Se, no passado, a pastorícia e agricultura eram as atividades económicas principais da região, hoje tal já não se passa. Atualmente são as pedreiras (de pedra ornamental, de pedra de calçada ou para brita) e as indústrias transformadoras dessas rochas, a pecuária e as indústrias de têxteis e curtumes que dominam economicamente, subsistindo ainda uma agricultura de subsistência tipo familiar, bem como atividades tradicionais, como o fabrico de queijo e a tecelagem, e ainda algum turismo de natureza.

Os principais problemas ambientais que afetam o Parque são a poluição (pois que a água, ao infiltrar-se tão facilmente nos calcários, não se purifica dos diversos poluentes que transporta) e a ausência de saneamento básico, o Impacte Ambiental das Pedreiras (por vezes a ausência de medidas que reduzam os seus efeitos negativos e a sua eventual não recuperação após o fim da laboração) a destruição da vegetação por incêndios e corte pelo Homem e, finalmente, a caça que se pratica em demasia e por vezes leva ao abate de exemplares de espécies protegidas.

Este Parque Natural tem sobretudo rochas da Era Mesozoica (ou Secundária, também denominada de Idade dos Répteis) e é riquíssimo em fósseis. As suas rochas são essencialmente dos períodos Jurássico (213-144 M.a.) e Cretácico (144-66 M.a.).

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Fósseis de moluscos, amonites, belemnites, corais, etc., são comuns e fáceis de encontrar nalguns locais do Parque Natural.

Nalguns locais, como tu sabes, foram até localizadas pegadas de dinossáurios que, pelas suas características, mereceram a atenção de cientistas do mundo inteiro. Diversos destes animais, ao caminhar em águas pouco profundas, deixaram impressas na lama calcária as suas pegadas, na Pedreira do Galinha (Bairro). Um dos trilhos de pegadas, feitas por Saurópodes (dinossáurios herbívoros, de grande pescoço) tem 147 metros e é o maior até agora encontrado em todo o planeta; para além disso são ainda as mais antigas pegadas de Dinossáurios encontradas (com 175 M.a.!…) e é visitável, perto de Fátima.

Telhados de ÁguaA captação de águas pluviais, conhecida pela população da

freguesia de Serro Ventoso por Barragem, é um património muito apreciado pela sua utilidade e riqueza natural. Esta estrutura foi mandada construir pela Junta de Freguesia no mandato de 63/65, para abastecer de água a população.

O exterior desta é visitável, no entanto o interior dos depósitos da captação de águas pluviais é algo que não é possível ver. Esta foi uma maneira engenhosa de recolher água da chuva para fins de consumo doméstico num local onde não é possível fazer furos artesianos para encontrar água, pois a água da chuva infiltra-se rapidamente nos solos calcários. É um local sossegado e limpo, onde se pode passar momentos agradáveis de Verão no PNSAC.

FórneaVale “vigorosamente entalhado pela erosão regressiva na Costa de

Alvados” (segundo Fernandes Martins, autor da designação Maciço Calcário Estremenho, na sua tese de Doutoramento em Geografia na Universidade de Coimbra); este anfiteatro natural tem uma paisagem espetacular e permite a observação de aspetos da fauna, flora e geomorfologia interessantíssimos. A meio tem o Buraco da Velha (exsurgência não permanente) que deu origem a esta estrutura.

Pegadas de Dinossáurios de Vale de Meios

Ao percorrermos este parque podemos observar vários aspetos relacionados com a exploração dos calcários. Existem muitas pedreiras em atividade, outras em processo de recuperação da paisagem e outras, especiais, que nos mostram antigas áreas alagadiças por onde dinossáurios passaram há cerca de 168 milhões de anos. É o caso de Vale de Meios, local onde pedreiras puseram a descoberto lajes de calcário com pegadas de dinossáurios. Esta jazida situa-se a NE da povoação de Pé da Pedreira, no concelho de Santarém. Em Vale de Meios uma espetacular área de 11.400 m2 permite-nos identificar inúmeros rastos entre milhares de impressões tridáctilas de dinossáurios, na grande maioria paralelos entre si. O número de pegadas e de pistas, bem como a sua extensão, tem vindo a aumentar, à medida que prosseguem quer a extração de pedra quer as operações de limpeza da laje e as observações de pormenor ali em curso. Há centenas de trilhos de terópodes de diferentes dimensões que seguiam segundo uma direção preferencial NW-SE. Também há, pelo menos, duas pistas deixadas por grandes saurópodes e que cruzam uma série de pistas de terópodes de pequena a média dimensão.

ESTUDO DAS PEGADAS Após a limpeza da laje com as pegadas, elabora-se um mapa com a

localização das pistas presentes e respetivas orientações, o que permite situar imediatamente cada rasto e perceber facilmente a direção que os animais seguiam e se o faziam individualmente ou em grupo.

Durante a realização do mapa anotam-se os valores de parâmetros característicos das pegadas individuais e das pistas, bem como as descrições das marcas fósseis. É conveniente anotar se se trata de impressões, sub-impressões ou contra-moldes; se apresentam os dedos, as garras e as almofadas plantares claramente marcados; em que tipo de sedimento estão impressas as pegadas e que sedimento se encontra a preencher a impressão, isto é, qual o sedimento que constitui o contra-molde; que fósseis aparecem

associados, o estado de preservação das pegadas, etc. 2

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O estudo paleontológico dos rastos dos dinossáurios é importante porque permite não só melhorar as reconstituições destes animais (morfologia das extremidades dos membros, dimensões dos animais, etc.), mas também obter informações sobre os ambientes onde eles viviam e o modo como viviam: tipo de locomoção; velocidade a que se deslocavam; existência, ou não, de comportamento gregário (manadas), etc. Além do mais, as pegadas e as pistas de dinossáurios são muito mais abundantes que os seus vestígios osteológicos (ossos, dentes, etc.), permitindo ter uma ideia muito mais clara das quantidades relativas dos diversos tipos de dinossáurios, da sua distribuição geográfica e temporal, etc.

Olhos de Água do Alviela O PNSAC é simultaneamente, pobre e rico em recursos hídricos. Pobre porque à

superfície a água infiltra-se rapidamente e os habitantes da zona para a obterem socorriam-se da que existia em raros poços e recolhiam-na através dos telhados das casas em cisternas.

A exsurgência dos Olhos de Água do Alviela é uma das maiores da orla do MCE e foi, desde há longa data, aproveitada pela EPAL, para abastecer Lisboa e arredores. A água que cai no MCE é recolhida pelos algares e vem a sair em exsurgências nas bordas da zona calcária. Embora esta água seja de elevada dureza (rica em carbonatos) depois de tratada pode ser perfeitamente consumida.

Quanto à Ressurgência e Canhão da Ribeira dos Amiais, são espetaculares: uma pequena ribeira, que vem da Bacia Terciária do Tejo, encontrou uma pequena montanha de calcário (levantada por falhas) e, aproveitando diaclases e outras descontinuidades na rocha, começa a escavá-la. Depois fica aquilo que poderás ver: uma Perda, uma

Ressurgência e um Canhão fabulosos.

Carsoscópio

O Centro Ciência Viva do Alviela - Carsoscópio é um espaço de ciência e tecnologia integrado na Rede Nacional de Centros Ciência Viva. Viajar pelo Maciço Calcário Estremenho ao longo de 175 milhões de anos, desvendar os percursos subterrâneos da água a 3D ou "colocar-se na pele" de um morcego são apenas algumas das experiências ao dispor do visitante. Aberto ao público desde 15 de dezembro de 2007, o edifício e espaço expositivo foram recentemente requalificados, mantendo o enquadramento na paisagem natural envolvente, em pleno PNSAC e junto à nascente do rio Alviela. Tem ainda locais para se dormir, em camaratas ou fazendo campismo.

Salinas de Rio MaiorAs Salinas Naturais de Rio Maior, também conhecidas como

Salinas da Fonte da Bica, estão situadas no sopé da Serra dos Candeeiros, a três quilómetros de Rio Maior, em Portugal. Tem compartimentos - talhos - feitos de cimento ou de pedra, de tamanho variado e pouco fundos, para onde, por regueiras, é conduzida a água salgada que se tira do imponente poço central.

Presentemente, a água é elevada por meio de um motor e distribuída segundo um sistema conjuntamente aceite e respeitado (nem sempre) por todos os proprietários. Os esgoteiros, as eiras e as casas de madeira para armazenagem do sal completam o conjunto do que é denominado Marinhas de Sal de Rio Maior.

Um depósito de sal-gema, extenso e profundo, segundo os geólogos, atravessado por uma corrente subterrânea que alimenta um poço, faz com que a água dela extraída seja salgada, muito mais salgada que a do mar. Da sua exposição ao sol e ao vento e consequente evaporação da água obtêm-se o sal, depositado no fundo dos talhos e que depois é colocado em montes, em forma de pirâmides, para secar até ser recolhido.

Atualmente este lugar é uma pequenina aldeia, feita de ruas de pedra com casas de madeira, e  há quem lhe chame um museu vivo. Fica bem à beira de uma pequena estrada e está rodeado de casinhas de madeira, que eram antigos armazéns de sal (agora a produção é guardada na Cooperativa). A madeira é resistente à corrosão do sal e até as fechaduras e as chaves tradicionais são neste material, utilizando uma técnica muito própria.

Disjunção Prismática de Portela de TeiraPelo dorso da Serra dos Candeeiros, em direção a Casais Monizes-

Alcobertas-Salinas de Rio Maior, pode observar-se o filão camada de Portela de Teira (um pouco a sul de Alcobertas) com belas colunas de disjunção prismática  em dolerito. A disjunção verifica-se em colunas com cerca de 0,5 m de diâmetro por 15 a 20 m de altura, verticais. A disjunção prismática

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corresponde a um tipo de alteração existente em rochas vulcânicas, relacionada com contrações que se geram no seio da escoada, aquando do arrefecimento e solidificação da lava, formando assim prismas de forma hexagonal que são sempre perpendiculares à superfície de arrefecimento. 

Disjunção prismática, ou disjunção colunar, é a designação dada em geologia às formações constituídas por grandes prismas de rocha separadas por diaclases paralelas que se formam em resultado das tensões que se geram durante o processo de arrefecimento de massas de magma ou lava. Dada a sua origem, as formações colunares resultantes ocorrem exclusivamente em rochas ígneas do tipo vulcânico ou subvulcânico, sendo mais frequente nos basaltos, especialmente quando em escoadas lávicas espessas, em lagos de lava ou no material que preenche as chaminés vulcânicas.

Anta-Capela de AlcobertasA Anta-Capela das Alcobertas, situada num local onde são muitos (e

interessantes) os vestígios naturais históricos e arqueológicos, é um dos mais emblemáticos e interessantes casos de sobreposição de cultos ao longo da História. Construída aproveitando a estrutura megalítica anterior, a capela, posteriormente integrada na Igreja das Alcobertas, já do séc. XVIII, é dedicada a Sª Mª Madalena.

A anta-capela é composta por um corredor, do qual ainda se conservam dois grandes esteios, e uma laje de cobertura, com uma câmara poligonal que apresenta oito esteios com cerca de 5 m de altura. Também são visíveis revestimentos nas juntas dos esteios resultantes de sucessivas reformas efetuadas no megálito. A laje

da cobertura da câmara desapareceu e foi substituída por um telhado de quatro águas. O corredor encontra-se ladeado por azulejos.

Lagoas do ArrimalRodeadas pela natureza, a água das três lagoas

do Arrimal criaram uma paisagem interessante e convidativa. Estas resultam da formação de pequenas depressões superficiais (dolinas e/ou uvalas, impermeabilizadas por terra rossa) que deixam acumular águas pluviais. Ao longo da sua extensão, e por toda a rua principal da freguesia, encontram-se pequenos poços, em pedra calcária. A Lagoa Grande situa-se junto ao lugar de Arrabal e reúne fluxos aquáticos provenientes de Vale de Espinho. Perto do Rossio localiza-se a Lagoa Pequena que reúne águas chegadas de Mendiga. Em Portela de Vale de Espinho está a terceira lagoa. Pelas suas características, as lagoas reúnem uma peculiar fauna, que inclui galinha-d’água, mergulhão pequeno, cobra-de-água, rã-verde e sapo comum, entre outros. A população local tira proveito desta rara presença de água à superfície para a rega e usos domésticos.

GLOSSÁRIOAlgar - fase inicial da formação de uma gruta (semelhante a um poço) ou abertura vertical de gruta.Canhão - vale estreito (garganta profunda) talhada na rocha por ação da água (dissolução e erosão física).Carso ou Relevo Cársico - corresponde às paisagens das zonas calcárias (de “Karst”, região da ex-Jugoslávia, na Eslovénia onde este tipo de paisagem foi primeiro estudado). Dolina - pequena depressão superficial nos calcários, formada por dissolução de calcário ou abatimento de gruta.Espeleologia – ciência que estuda as grutas e, em simultâneo, desporto que se pratica quando se explora grutas.Exsurgência - local por onde sai água, que circulou dentro dos calcários, em grande quantidade, sem se ver o local por onde entrou.Gruta - buraco (vazio) criado pela erosão da água ao dissolver o calcário; contém colunas, estalactites e estalagmites e são estudadas e exploradas pelos espeleólogos. Lapa – gruta de entrada horizontal.Lapiás - zona superficial onde existe calcário com formas e aspetos estranhos (por causa da erosão).Perda - local onde um curso de água desaparece e cai para dentro de uma gruta.Polje - grande depressão nas zonas calcárias, causada por fenómenos tectónicos, que chega a ficar inundada no Inverno.Ponor (sumidouro) - local dentro de um polje por onde a água acumulada se vai infiltrando.Resurgência - local por onde sai água, que circulou por calcários, e que entrou através de uma perda.“Terra Rossa” - argila vermelha que existe em grande quantidade no carso, formada a partir da dissolução de calcários impuros.

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Uvala - depressão superficial no calcário resultante da junção (coalescência) de duas ou mais dolinas.

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