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PROVIMENTO N. 1, DE 27 DE JANEIRO DE 2003 Dispõe sobre a atualização do Código de Normas da Corregedoria- Geral de Justiça e dá outras providências. O DESEMBARGADOR JOSUÉ DE OLIVEIRA, CORREGEDOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL, no uso de suas atribuições legais, e CONSIDERANDO a necessidade de adequar as Normas de Serviço da Corregedoria- Geral de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul, diante das alterações introduzidas no ordenamento jurídico pátrio; RESOLVE: Art. 1º Aprovar a atualização do Código de Normas da Corregedoria-Geral de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul, instituído pelo Provimento n. 10, de 21 de dezembro de 2000, que regula os serviços dos foros judicial e extrajudicial, na forma das disposições contidas em anexo. Art. 2º Este provimento entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Campo Grande, 27 de janeiro de 2.003. Des. Josué de Oliveira Corregedor-Geral de Justiça CÓDIGO DE NORMAS DA CORREGEDORIA-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL Capítulo I Do Código de Normas e da Estrutura Correicional Seção I Do Código de Normas Art. 1º O Código de Normas da Corregedoria-Geral de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul consolida, de maneira sistemática e uniforme, os provimentos, portarias, circulares, despachos normativos, instruções, orientações, ordens de serviço e comunicações. Parágrafo único. Para atender às peculiaridades locais, o juiz da vara ou da comarca poderá expedir normas complementares, mediante portaria ou outro ato administrativo, e remeter cópia para análise à Corregedoria-Geral de Justiça. Seção II Da Corregedoria-Geral de Justiça Art. 2º A Corregedoria-Geral de Justiça, órgão de orientação, controle e fiscalização disciplinar dos serviços forenses, com atribuição em todo o Estado, compõe-se de um desembargador denominado Corregedor-Geral de Justiça e juízes auxiliares.

PROVIMENTO Nº 1, DE 27 DE JANEIRO DE 2003 · despachos, na devolução de mandados pelos oficiais de justiça e avaliadores e no processamento dos recursos. Art. 9º O juiz, ao assumir

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PROVIMENTO N. 1, DE 27 DE JANEIRO DE 2003

Dispõe sobre a atualização do Código de Normas da Corregedoria-Geral de Justiça e dá outras providências.

O DESEMBARGADOR JOSUÉ DE OLIVEIRA, CORREGEDOR-GERAL DEJUSTIÇA DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL, no uso de suas atribuições legais, e

CONSIDERANDO a necessidade de adequar as Normas de Serviço da Corregedoria-Geral de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul, diante das alterações introduzidas noordenamento jurídico pátrio;

RESOLVE:

Art. 1º Aprovar a atualização do Código de Normas da Corregedoria-Geral de Justiçado Estado de Mato Grosso do Sul, instituído pelo Provimento n. 10, de 21 de dezembro de 2000,que regula os serviços dos foros judicial e extrajudicial, na forma das disposições contidas emanexo.

Art. 2º Este provimento entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas asdisposições em contrário.

Campo Grande, 27 de janeiro de 2.003.

Des. Josué de OliveiraCorregedor-Geral de Justiça

CÓDIGO DE NORMAS DA CORREGEDORIA-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL

Capítulo IDo Código de Normas e da Estrutura Correicional

Seção IDo Código de Normas

Art. 1º O Código de Normas da Corregedoria-Geral de Justiça do Estado de MatoGrosso do Sul consolida, de maneira sistemática e uniforme, os provimentos, portarias,circulares, despachos normativos, instruções, orientações, ordens de serviço e comunicações.

Parágrafo único. Para atender às peculiaridades locais, o juiz da vara ou da comarcapoderá expedir normas complementares, mediante portaria ou outro ato administrativo, e remetercópia para análise à Corregedoria-Geral de Justiça.

Seção IIDa Corregedoria-Geral de Justiça

Art. 2º A Corregedoria-Geral de Justiça, órgão de orientação, controle e fiscalizaçãodisciplinar dos serviços forenses, com atribuição em todo o Estado, compõe-se de umdesembargador denominado Corregedor-Geral de Justiça e juízes auxiliares.

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Parágrafo único. A estrutura da Corregedoria-Geral de Justiça está prevista noRegimento Interno da Secretaria do Tribunal de Justiça. As atribuições e as competências doCorregedor-Geral de Justiça e dos respectivos juízes auxiliares estão definidas no Código deOrganização e Divisão Judiciárias e no Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado deMato Grosso do Sul.

Art. 3º Os atos do Corregedor-Geral de Justiça serão:I - provimento: ato de caráter normativo, com a finalidade de regulamentar, esclarecer

ou interpretar a aplicação de dispositivos genéricos de lei; aprovar ou expedir regulamentos eregimentos internos dos organismos e estruturas administrativas; e autorizar e regulamentar ascorreições do foro;

II - portaria: ato de caráter não normativo, que visa aplicar, em casos concretos, osdispositivos legais atinentes ao regime jurídico dos servidores da Justiça;

III - circular: instrumento em que se divulga matéria normativa ou administrativa,para conhecimento geral;

IV - ordem de serviço: ato de providência interno e circunscrito ao planoadministrativo;

V - decisão: solução da controvérsia prolatada em autos;VI - ofício: ato de comunicação externa;VII - ofício-circular: forma de comunicação em caráter específico, de menor

generalidade que as circulares, destinado ao ordenamento do serviço.Art. 4º Será publicada apenas a parte dispositiva das decisões proferidas em

procedimentos de natureza disciplinar ou em processos de dúvida. Pode o Corregedor-Geral deJustiça, se entender necessário, determinar a publicação dessas decisões na íntegra.

Seção IIIDa Função Correicional

Art. 5º A função correicional consiste na fiscalização e na inspeção das serventiasjudiciais e extrajudiciais e de seus serviços auxiliares, exercida, em todo o Estado, peloCorregedor-Geral de Justiça, pelos juízes auxiliares da Corregedoria-Geral de Justiça, pelosjuízes diretores do foro, pelos juízes corregedores permanentes e pelos juízes, nos limites de suasatribuições.

Parágrafo único. No âmbito de sua competência, o juiz corregedor permanentepoderá praticar os mesmos atos do Corregedor-Geral de Justiça.

Art. 6º As correições, feitas pelo Corregedor-Geral de Justiça, pelos juízes auxiliarese pelos juízes corregedores, na área de sua responsabilidade, serão ordinárias e extraordinárias.

§ 1º A correição ordinária é a fiscalização feita, habitualmente, em razão do deverfuncional, sem que haja qualquer motivo especial.

§ 2º A correição extraordinária é a fiscalização levada a efeito de ofício, ou mediantedenúncia do interessado, ou por determinação do Conselho Superior da Magistratura ou doCorregedor-Geral de Justiça sempre que se tenha conhecimento de irregularidades outransgressões da disciplina judicial, praticada por juízes de paz, servidores da justiça, delegadosdas serventias extrajudiciais e seus prepostos ou autoridades policiais, para o fim de corrigir ousanar aquelas irregularidades e transgressões, sem prejuízo das medidas disciplinares e/ou penaiscabíveis.

Art. 7º Anualmente, o juiz diretor do foro realizará correição ordinária:I - nos cartórios distritais, até o mês de agosto;II - nos cartórios extrajudiciais da sede da comarca, nos meses de abril e outubro, ou

coincidentemente com a correição realizada pela Corregedoria-Geral de Justiça.

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Parágrafo único. A mesma atribuição caberá ao magistrado que estiver exercendosubstituição em outra comarca, como diretor do foro, nos meses acima fixados.

Art. 8º O magistrado fará anualmente pelo menos uma correição no cartório judicialcorrespondente ao juízo ou vara da qual seja o titular, consignando no termo qualquerirregularidade praticada pelos serventuários, especialmente quanto a atrasos no cumprimento dosdespachos, na devolução de mandados pelos oficiais de justiça e avaliadores e no processamentodos recursos.

Art. 9º O juiz, ao assumir a comarca ou vara como efetivo ou em substituição legal,por mais de trinta dias, deverá efetuar, no prazo de dez dias, correição no cartório do foro judiciala ele sujeito.

Parágrafo único. Nas correições e inspeções será prioritário o exame da exatidão donúmero de sentenças de mérito anotadas nos mapas estatísticos mensais com o número daquelasarquivadas em cartório.

Art. 10. Na correição realizada, o juiz verificará se todos os processos estão sob ocontrole da escrivania, anotando-lhes a falta ou o extravio, mediante relação a ser arquivada nopróprio cartório.

§ 1º Encontrando-se o processo fora do cartório sem justificativa legal, determinarásua pronta restituição e, se extraviado, sua restauração.

§ 2º Encontrada qualquer rasura em processo ou livro do cartório, com indício de máfé ou fraude, o juiz comunicará o fato imediatamente à Corregedoria-Geral de Justiça e farálavrar termo no livro próprio e o arquivará com o relatório em cartório.

Art. 11. De toda correição será lavrado um termo, em que constarão todas asocorrências, determinações e recomendações havidas, em três vias, assinadas pelo juiz, pelotitular do cartório e pelo secretário designado para a correição, se houver.

§ 1º Haverá, em cada serventia, e constituirá o Livro das Correições, pasta destinadaao arquivamento da primeira via dos termos de correição que forem lavrados.

§ 2º A segunda via do termo de correição ficará arquivada na secretaria da direção doforo; a terceira via será remetida à Corregedoria-Geral de Justiça.

§ 3º Na última folha utilizada dos autos e dos livros que examinar, lançará o juiz oseu "visto em correição".

Art. 12. O juiz diretor do foro poderá determinar que os livros e os processos sejamtransportados para onde estiver, a fim de examiná-los.

Art. 13. Ficarão à disposição do Corregedor-Geral de Justiça, dos juízes auxiliares daCorregedoria-Geral de Justiça e do juiz diretor do foro, para o serviço de correição, todos osservidores da justiça da comarca. Poder-se-á, ainda, requisitar força policial, caso seja necessário.

Art. 14. O juiz titular da comarca ou que se encontre na direção do foro das comarcasde mais de uma vara, procederá à correição ordinária em todos os cartórios do juízo, a fim deverificar:

I - no foro extrajudicial:a) se os funcionários residem na sede da comarca onde estão lotados;b) se os titulares e os auxiliares do cartório estão regularmente investidos nas suas

funções e se estão usando crachá de identificação;c) se o cartório possui os livros indispensáveis e se eles se acham devidamente

autenticados e se obedecem ao modelo geral;d) se os livros do cartório estão sendo escriturados em dia, se há rasuras, emendas e

entrelinhas não ressalvadas, espaços em branco e falta de assinatura das partes e das testemunhas;e) se as guias de recolhimento ao FUNJECC, as de aquisição dos Selos de

Autenticidade e as guias de impostos e de taxas necessários para a prática dos atos notariais e

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registrais, regularmente quitadas, estão sendo arquivadas em pastas, em ordem cronológica, demaneira a serem facilmente localizadas, em caso de necessidade;

f) se está sendo consignado o valor dos emolumentos pagos pela sua natureza, bemassim os valores destinados às entidades de classe e ao FUNJECC;

g) se é mantido no cartório, em lugar ostensivo, o quadro com a tabela de custas eemolumentos;

h) se os livros e papéis findos ou em andamento estão bem guardados, conservados ecatalogados;

i) se as instalações do cartório oferecem a necessária segurança e se são mantidascondignamente;

j) se o cartório tem arquivo de registro de firmas;k) se os requerimentos de registro de nascimento de maiores de doze anos estão

devidamente arquivados no cartório;l) se existem praxes viciosas a serem coibidas;m) se, na prática dos atos notariais, são respeitadas as normas legais e as exigências

fiscais atinentes à espécie;II - no foro judicial:a) se a distribuição é feita de modo eqüitativo;b) se os feitos são registrados, no cartório, em livros próprios, pela ordem cronológica

de distribuição;c) se os processos têm marcha regular e se há, em cartório, processos irregularmente

paralisados;d) se os oficiais de justiça e avaliadores cumprem os mandados no prazo devido;e) se os livros e as pastas estão bem conservados e guardados;f) se os autos findos ou em andamento estão bem guardados e se aqueles são

remetidos, em época oportuna, ao arquivo;g) se os tutores prestam conta da tutela de acordo com a exigência legal;h) se é exigida a assinatura, no Livro de Carga, de quem retira os autos do cartório;i) se são recolhidos o produto da venda de bens de menores, incapazes ou ausentes e

os depósitos de importâncias em dinheiro, cujo levantamento ou utilização dependem deautorização judicial;

j) se há pessoa ilegalmente presa;k) se existe processo fora do cartório por mais tempo do que autoriza a lei;l) se os Livros Registro de Sentenças e Rol de Culpados estão sendo escriturados

regularmente.Art. 15. O juiz diretor do foro tomará as providências necessárias para que os

cartórios da sede da comarca, dos municípios e dos distritos recebam cópias dos provimentos edas portarias da Presidência do Tribunal, da Corregedoria-Geral de Justiça, do Conselho Superiorda Magistratura e do Tribunal Regional Eleitoral.

Art. 16. As consultas de servidores serão dirigidas ao juiz no exercício da direção doforo.

Art. 17. Após solucionar a consulta, o magistrado a encaminhará à Corregedoria-Geral de Justiça, para eventual procedimento normativo da decisão, se entender que a questão éde interesse de todo o Judiciário estadual.

Seção IVDa Secretaria da Direção do Foro

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Art. 18. A Secretaria da Direção do Foro deverá adotar sistema básico de organizaçãode papéis e documentos para:

I - manter acervo bibliográfico dos livros, códigos, leis, decretos-lei, decretos,medidas provisórias, resoluções, provimentos, circulares, ordens de serviço, portarias, ofícios-circulares, artigos, revistas, boletins, etc;

II - arquivar cópias dos expedientes remetidos, expedientes recebidos do Tribunal deJustiça, da Corregedoria-Geral de Justiça, da Ordem dos Advogados do Brasil, das serventias dejustiça e de outros;

III - controlar e fiscalizar material permanente e de consumo;IV - registrar correições, relatórios, recomendações e sugestões;V - instituir arquivo-geral, com padronização de fichas, de fichário parcial e geral,

garantindo a busca.Art. 19. A Secretaria da Direção do Foro deverá manter atualizado, obrigatoriamente:I - Livro de Compromisso de Servidor da Justiça;II - Livro de Registro de Portarias do Juízo, com índice;III - Livro de Registro de Material Permanente;IV - Livro de Ponto dos Servidores, inclusive dos oficiais de justiça e avaliadores;V - prontuário de cada servidor, no qual serão lançados os dados pertinentes a sua

vida funcional.

Capítulo IIDos Magistrados, dos Juízes de Paz e dos Membros do Ministério Público

Seção IDos Magistrados

Art. 20. Os juízes instruirão seus respectivos escrivães ou diretores de cartório sobrea devida organização dos processos, a correta lavratura de todos os termos legais e as ressalvasexpressas em casos de rasuras, emendas e entrelinhas.

Art. 21. Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória,independem de despacho e devem ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juizquando necessários.

Art. 22. Nas precatórias recebidas, o juiz deverá lançar obrigatoriamente o despachoinicial de controle, cumprimento ou devolução.

Art. 23. O juiz providenciará para que as publicações, no Diário da Justiça do Estado,relativas às intimações e demais termos processuais, cuja divulgação seja indispensável, limitem-se aos despachos e às notas dos ofícios de justiça, de forma sucinta e obedecendo ao que dispõe alei processual.

Art. 24. Nos casos de homonímia, o juiz deverá:I - ao despachar a inicial ou requerimento a respeito, observar se foram indicados o

nome (artigo 56), a residência ou o domicílio, a profissão, a naturalidade e o estado civil dorequerente e do requerido;

II - ao ordenar aos oficiais de justiça e avaliadores a citação dos requeridos,determinar que façam constar, sempre que possível, nas certidões de citação que lavrarem, aindividuação dos citados, baseando-se na carteira de identidade, carteira funcional, título deeleitor ou em outros documentos reconhecidos por lei e, ainda, em dados como filiação e data donascimento;

III - em seguida ao exame da qualificação a que se referem os incisos anteriores,determinar, mediante a remessa dos autos, a averbação da individuação no registro dedistribuição, que procederá à alteração do registro e certificará o ato praticado.

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Art. 25. O juiz pode determinar a prorrogação do expediente ordinário de qualquercartório, quando a necessidade do serviço o exigir.

§ 1º Os pontos facultativos que forem decretados pela União, pelo Estado ou pelo Município não impedirão quaisquer atos da vida forense, salvo determinação expressa do Presidente do Tribunal de Justiça ou do juiz diretor do foro, com anuência daquele.

§ 2º Nos demais casos o magistrado deverá apenas comunicar ao Corregedor-Geral de Justiça o fechamento do fórum, no dia do feriado municipal, não havendo necessidade de comunicação ao Conselho Superior da Magistratura nem de baixar portaria para tal fim.

Art. 26. Os juízes usarão, obrigatoriamente, paletó e gravata ou vestes talares duranteas audiências.

Parágrafo único. O juiz recomendará o uso de igual traje aos advogados e aos membros do Ministério Público.

Art. 27. O juiz deve velar para que seja utilizada tinta preta ou azul na escrituração delivros, papéis e documentos e na subscrição de peças dos autos pelos servidores, pelas partes e pelos seus representantes legais.

Art. 28. O juiz diretor do foro, ao presidir a sessão solene de instalação do distrito judiciário da comarca, mandará lavrar ata circunstanciada em livro especial e enviará cópia ao Presidente do Tribunal de Justiça, ao Corregedor-Geral de Justiça e ao Presidente do Tribunal Regional Eleitoral.

Art. 29. À Corregedoria-Geral de Justiça deverão ser encaminhadas cópias de todas as portarias, ordens de serviço e provimentos baixados na comarca, para exame e análise de sua legalidade, os quais poderão ser tornados sem efeito por ato do Corregedor-Geral de Justiça.

Art. 30. É vedado aos juízes determinar a contagem das custas processuais antes da instrução do feito, salvo as hipóteses previstas nos artigos 329 e 330 do Código de Processo Civil.

Art. 31. O juiz deve atender, ao menos uma vez por quinzena, à comarca na qual estiver atuando em substituição plena.

Art. 32. O juiz diretor do foro poderá determinar o recolhimento dos livros, de papéise de documentos de cartórios distritais e municipais, mediante portaria fundamentada.

Parágrafo único. Ocorrendo a hipótese prevista no caput deste artigo, o cartório que ficar com a guarda dos livros, neles não poderá praticar qualquer ato, exceto expedir certidões, oupara cumprimento de ordem judicial.

Subseção IDos Juízes Cíveis

Art. 33. Nas decisões ou nas sentenças que fixam alimentos, o juiz determinará quesejam pagos, de preferência, por intermédio de bancos, indicando a agência bancária onde devemser depositados.

Parágrafo único. Nas ações em que houver condenação de servidor público aopagamento de pensão alimentícia, com determinação do desconto em folha de pagamento, oofício deverá ser encaminhado ao órgão encarregado do pagamento de pessoal.

Art. 34. As comunicações das sentenças declaratórias de falência e das que deferem oprocessamento de concordatas serão enviadas às seguintes autoridades:

I - diretor da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, informando o nome e oendereço do síndico, para o qual deverá ser remetida correspondência dirigida à falida;

II - presidente da Junta Comercial do Estado, com a qualificação dos sócios, em faceda proibição legal do exercício do comércio, enviando-se cópia do inteiro teor da sentença;

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III - Superintendência da Polícia Federal, com a qualificação da falida ou dos sóciosda falida;

IV - procuradorias fiscais das Fazendas Públicas;V - instituições financeiras e entidades habilitadas à captação de depósitos ou outros

valores, com agência na comarca, e determinar-se-á que sejam bloqueadas as contas correntes, odesconto de títulos constitutivos de Dívida Ativa e os investimentos mobiliários da falida.Deverão as referidas instituições dar ciência, ao juiz falimentar, da ocorrência desses fatos e daconta de depósitos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço;

VI - oficial do cartório de registro de protesto de títulos cambiais, para que informeao juiz falimentar o protesto mais antigo efetivado contra a falida, ainda que haja sido resgatado otítulo;

VII - distribuidor, contador e partidor do juízo, para que certifiquem o que consta emnome da falida;

VIII - ao representante do Ministério Público.Parágrafo único. Todas as comunicações a que se refere o caput deste artigo serão

feitas por porte registrado com Aviso de Recebimento (AR); à exceção dos incisos VII e VIII.Art. 35. Recomenda-se aos juízes, especialmente aos das varas privativas de família,

que, nos saques de contas individuais do FGTS e de cotas do Programa PIS/PASEP, em caso defalecimento do titular, sejam obedecidos os critérios estabelecidos na Lei 6.858/80.

Art. 36. Decretada a separação ou o divórcio, o juiz determinará a sua averbação, noregistro civil das pessoas naturais e, em havendo bens imóveis, na circunscrição onde se achamregistrados, entregando-se o mandado à parte ou ao seu representante, para que providencie o seucumprimento. Se a averbação ou o registro tiver de ser cumprido em outra jurisdição, o mandadoserá remetido ao juiz diretor do foro, mediante ofício.

Subseção IIDos Juízes Criminais

Art. 37. Ocorrendo o trânsito em julgado da sentença condenatória, o juiz criminaldeverá, de ofício, enviar comunicação ao Tribunal Regional Eleitoral da circunscrição em que ocondenado for inscrito; cumprida a pena, far-se-á igual comunicação.

Art. 38. Antes da remessa da guia de recolhimento ao juízo das execuções penais oulogo que transitada em julgado a sentença, o cartório remeterá o boletim individual do condenadoao Serviço de Identificação Criminal do Estado, e o juiz dará conhecimento da sentençacondenatória à autoridade sob cuja guarda se encontra o condenado.

Art. 39. Na requisição de informações às autoridades policiais, para instruir habeascorpus contra elas impetrado, deverão ser observadas as seguintes normas:

I - as informações devem ser requisitadas por escrito;II - deve ser marcado o prazo de vinte e quatro horas para a prestação das

informações, contado da efetiva entrega da requisição na sede do serviço da autoridade, provadapor recibo passado por ela ou por subordinado seu.

Art. 40. Sendo o juiz a autoridade coatora, deverá prestar informações ao Tribunal deJustiça, no prazo de vinte e quatro horas, registrando, na resposta, a data e a hora do recebimentoda requisição.

Art. 41. O juiz dará à autoridade administrativa competente conhecimento dasentença transitada em julgado, que impuser ou de que resultar a perda da função pública ou aincapacidade temporária para investidura em função pública ou para exercício de profissão ouatividade.

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Art. 42. Os juizes criminais determinarão que permaneçam em arquivo os processosde réus pronunciados ou condenados, paralisados em face da não-localização para prisão.

§ 1º No relatório de feitos, tais processos constarão como arquivados. Presos os réus evoltando os processos à movimentação, serão eles lançados na coluna “Desarquivados” doQuadro A.

§ 2º Considerar-se-ão renovados os mandados de prisão contra tais réus. Para isso,bastará que seja encaminhada, semestralmente, relação dos referidos mandados aos órgãosencarregados de capturas, com exceção daqueles informatizados.

Art. 43. Deverá ser remetida à vara das execuções penais da Capital, incumbida deorganizar e manter o cadastro de réus de todo o Estado, em dez dias, a "ficha individual docondenado".

Art. 44. O juiz das varas de execuções penais é competente para a execução daspenas dos condenados pela Justiça Militar.

Art. 45. O processo de incidente de execução atenderá, no referido órgão, oprocedimento estabelecido nos artigos 194 a 197 da Lei 7.210/84, e no Capítulo "Dos Ofícios deJustiça Criminais" destas Normas.

Art. 46. Os bens de valor econômico, apreendidos na forma descrita pela Lei nº6.368/76, terão a perda declarada em favor da União.

§ 1º Para efetivação da incorporação do bem ao patrimônio da União, serãoencaminhados ao Ministério da Justiça, pelo Conselho Estadual de Entorpecentes - Conen/MS -órgão vinculado à Secretaria de Estado de Justiça e Trabalho, a notificação de confiscos de bens,com cópias autenticadas das seguintes peças:

a) auto de apreensão do bem;b) termo de depósito;c) documento do bem (certificado de registro e licenciamento de veículo ou

escrituras, matrícula, etc.);d) certidão do trânsito em julgado da sentença;e) sentença condenatória e, se possível, com a indicação de onde o bem se encontra,

com quem (cópia do termo) e sua condições.§ 2º É vedada a cautela de veículos, embarcações, aeronaves, maquinismos,

utensílios, instrumentos e objetos de qualquer natureza, utilizados para a prática dos crimesdefinidos na Lei 6.368/76, que dispõe sobre medidas de prevenção e de repressão ao tráfico ilícitoe uso indevido de substâncias entorpecentes ou que determinem dependência física ou psíquica.

§ 3º O juiz do processo poderá autorizar, exclusivamente à autoridade de políciajudiciária, a utilização de qualquer dos bens mencionados neste artigo, na forma do § 1º do artigo46 da Lei 10.409/2002.

Art. 47. A utilização dos bens apreendidos em inquéritos policiais ou processos paraapuração de crimes de outra natureza só poderá ser autorizada, antes do trânsito em julgado dasentença, excepcionalmente, pela Corregedoria-Geral de Justiça, nas hipóteses do artigo 123 doCódigo de Processo Penal, salvo na ocorrência de leilão, decidido pelo juiz.

Art. 48. Nas comarcas com mais de um juiz criminal, haverá plantão semanal,iniciando-se pelo da primeira vara.

Parágrafo único. Para os fins do caput deste artigo, em todas as comarcas, o juizdiretor do foro fará publicar, em cada semana ou mensalmente, para ciência dos interessados, aescala do juiz e do cartório que estarão de plantão.

Seção IVDos Juízes de Paz

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Art. 49. Caberá ao juiz de paz designação do dia, hora e local da celebração doscasamentos, com vinte e quatro horas, pelo menos, de antecedência.

Art. 50. O juiz de paz não poderá ausentar-se da sede de sua jurisdição sem préviaautorização do juiz diretor do foro.

Art. 51. O juiz de paz deverá, em todas as comarcas, presidir o ato de casamentotrajando paletó e gravata.

Seção VDo Ministério Público

Art. 52. Os processos serão encaminhados ao representante do Ministério Públicomediante carga, somente por intermédio do serventuário do cartório processante ou do oficial dejustiça e avaliador, exigindo-se, no ato da entrega, a assinatura no Livro de Carga.

Art. 53. Aos promotores de justiça em exercício nas varas criminais dar-se-á ciência,obrigatoriamente, no prazo de vinte e quatro horas, das decisões concessivas de relaxamento deprisão e de liberdade provisória, com ou sem fiança, bem como das proferidas em habeas corpus.

Art. 54. Se não houver promotor de justiça na comarca ou, havendo, não comparecerà audiência designada, apesar de intimado, o juiz comunicará o fato, incontinenti, à Corregedoria-Geral de Justiça e ao Ministério Público.

Capítulo IIIDos Ofícios de Justiça em Geral

Seção IDas Disposições Gerais

Art. 55. As regras destas Normas que sejam incompatíveis com o emprego eficientedo Sistema de Automação do Judiciário (SAJ) não se aplicam aos ofícios de justiça que outilizam.

Art. 56. O nome da pessoa natural compreende o prenome, o sobrenome e o agnome,quando houver.

Seção IIDa Organização e Documentação

Art. 57. Os ofícios de justiça em geral, respeitadas as suas peculiaridades, deverãoadotar sistema básico de organização de papéis e documentos, para:

I - guardar livros obrigatórios e facultativos, discriminados, numerados eencadernados;

II - instituir arquivo provisório de feitos, a fim de propiciar buscas;III - manter pastas de arquivamento dos termos de correições, de atos normativos, de

relatórios mensais, de recomendações, de sugestões, de comprovantes de recolhimento de custasjudiciais e de pautas de audiências;

IV - arquivar a correspondência;V - controlar e fiscalizar material permanente e de consumo.Parágrafo único. As cópias de segurança dos arquivos eletrônicos, salvo os do

Sistema de Automação do Judiciário (SAJ), serão de responsabilidade do escrivão ou diretor decartório.

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Art. 58. Ficam os cartórios obrigados a recolher, ao serviço de historiografia doTribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul, todos os documentos por ele consideradosde valor histórico.

Parágrafo único. Quando o documento for indispensável ao cartório, a critério dotitular, o serviço de historiografia deverá providenciar, no prazo de trinta dias, a transcrição fieldo documento.

Seção IIIDo Serviço de Arquivo

Art. 59. Os processos de qualquer natureza, definitivamente julgados, serãoremetidos ao arquivo geral pelos escrivães ou diretores de cartório de cada unidade cartorária,inclusive as execuções por título judicial ou extrajudicial que forem suspensas por prazoindeterminado.

Art. 60. O serviço de arquivo geral fica diretamente subordinado ao juiz diretor doforo, a quem cabe designar um ou mais escreventes judiciais, para administrá-lo, e editar normasreferentes ao seu funcionamento.

Art. 61. As unidades cartorárias, ao remeterem os processos para o arquivo, anotarãonas respectivas fichas de controle interno dos processos ou lançarão no sistema informatizado,onde houver, e no Livro de Registro de Feitos, a data da remessa.

Art. 62. No serviço de arquivo, os processos serão lançados na ficha dearquivamento.

Art. 63. A consulta a processos arquivados será feita na unidade cartorária de origem,e cabe ao escrivão ou ao diretor de cartório requisitar o processo ao serviço de arquivo.

§ 1º Os autos requisitados para consulta permanecerão à disposição do requisitante narespectiva unidade cartorária, pelo prazo de cinco dias; em seguida, serão enviados ao arquivo,cessando a validade daquela requisição.

§ 2º Os escrivães ou os diretores de cartório expedirão certidões, quando requeridas,em breve relatório ou de inteiro teor, conferindo as cópias extraídas.

Art. 64. Todos os processos deverão conter, obrigatoriamente, o númerocorrespondente da caixa, escrito na autuação, de forma legível.

§ 1º Na autuação, deverá constar a denominação completa do ofício de justiça, e,havendo substituição da capa dos autos, a antiga será inutilizada.

§ 2º O arquivo de processos será organizado em caixas padronizadas, e o volumedeve ter dimensões que não ultrapassem a capacidade das caixas de arquivo.

§ 3º As caixas de arquivo serão numeradas, independentemente do número do feitopelo critério ordinal crescente e sem interrupção quando da passagem de um ano para o outro;muda-se apenas o ano em que ocorreu o arquivamento.

§ 4º É vedado o desdobramento de caixas, em virtude de apensamento ou de aumentode volumes que impossibilitem a acomodação no mesmo local, hipótese em que deverá serrenovado o arquivamento (nova caixa com numeração atual), feitas as anotações e a comunicaçãoao arquivo geral.

§ 5º Na tampa da caixa de arquivo será colada, obrigatoriamente, a relação, em quedeverão ser anotados a denominação completa do ofício de justiça correspondente e os númerosdos processos, em ordem crescente, desprezando-se o ano do registro do feito.

§ 6º Deverá ser anotado, na parte inferior da referida relação, o número da respectivacaixa, de forma destacada.

Seção IV

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Das Atribuições

Art. 65. Aos servidores judiciais incumbe praticar as atribuições previstas no Códigode Organização e Divisão Judiciárias do Estado de Mato Grosso do Sul e na Resolução 291/00.

Seção VDos Livros

Art. 66. Os ofícios de justiça informatizadas com o Sistema de Automação doJudiciário (SAJ) terão, conforme a sua competência, os seguintes livros obrigatórios:

I - Registro de Sentenças, inclusive as constantes dos termos de assentada emaudiência;

II - Registro de Testamentos;III - Compromisso de Tutor e Curador.Art. 67. Os ofícios de justiça que não empregam o Sistema de Automação do

Judiciário (SAJ) terão, conforme a sua competência, os seguintes livros obrigatórios:I - Registro Geral de Feitos;II - Registro de Cartas Precatórias, Rogatórias e de Ordem, podendo incluir as

criminais;III - Carga de Autos, desdobrado em cinco, destinando-se um ao juiz, um ao

representante do Ministério Público, um aos defensores públicos, um aos advogados e um aodistribuidor, contador e partidor;

IV - Carga de Mandados ao Oficial de Justiça e Avaliador;V - Carga Rápida de Autos, aos advogados;VI - Registro de Sentenças, inclusive as constantes dos termos de assentada em

audiência;VII - Registro de Testamentos;VIII - Compromisso de Tutor e Curador.Art. 68. Os ofícios de justiça manterão uma pasta de arquivo das relações das

correspondências expedidas.

Seção VIDa Ordem Geral dos Serviços

Art. 69. Os compromissos de tutor e de curador deverão ser tomados por termo emlivro próprio, no qual será anotado o número do processo e da folha em que houver ocorrido anomeação. Poder-se-á adotar o sistema de folhas soltas, quando se juntará uma via nos autos.

Art. 70. Quando o volume de ações o recomendar, poderá ser criado um livroexclusivo para registro das execuções fiscais.

Art. 71. Os incidentes processuais serão registrados no Livro de Registro Geral deFeitos, observando o número seqüencial da ordem geral; na coluna "natureza do feito" indicar-se-á a natureza do incidente; na coluna "observações" será anotado o número do processo a que serefere.

Art. 72. Os embargos de devedor serão registrados no Livro de Registro Geral deFeitos, como processo autônomo.

§ 1º Ao se registrarem os embargos, far-se-á, abaixo ou à margem do registro doprocesso de execução correspondente, menção a esse ajuizamento, com indicação do númerorecebido.

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§ 2º No registro dos embargos, far-se-á igual referência ao número do processoembargado.

Art. 73. Na coluna "observações" do Livro de Registro Geral de Feitos, anotar-se-ãoo número da caixa de arquivamento dos respectivos processos, e as circunstâncias de devoluçãode precatórias ou de entrega ou remessa de autos que não importem em devolução.

§ 1º É facultada a organização do registro geral de feitos em livro de folhas soltas,datilografadas ou impressas por computador, sempre protegidas por capa dura e encadernadas aotérmino do livro formado.

§ 2º O índice do Livro de Registro Geral de Feitos poderá ser elaborado em fichas oupor sistema informatizado.

Art. 74. Deverão ser evitadas anotações a lápis no Livro de Registro Geral de Feitos,mesmo que a título provisório. Só a saída dos autos, com destino definitivo, deverá ser lançada nolivro; as remessas sem tal caráter serão simplesmente anotadas nas fichas usuais demovimentação processual ou no sistema informatizado.

Art. 75. As precatórias cíveis e criminais recebidas serão lançadas no Livro deRegistro de Cartas Precatórias, com indicação completa do juízo deprecante.

Art. 76. No Livro de Carga de Mandados, serão também registradas as petições que,por ordem judicial, sirvam como tal.

Art. 77. Haverá, em cada comarca ou vara, Livro de Registro de Sentenças separandoas cíveis das criminais. Poderá o registro ser feito em livro de folhas soltas com cópias oufotocópias do original rubricadas pelo escrivão ou diretor de cartório. Conterá em média duzentose cinqüenta folhas, numeradas em ordem crescente a partir da primeira folha da primeira sentençaaté a última folha da última sentença. Não serão numeradas as capas, os termos de abertura e deencerramento e o índice.

Parágrafo único. As cópias dos termos de assentada permanecerão em cartório até aconfecção das planilhas do relatório mensal de feitos.

Art. 78. Os termos de abertura e de encerramento dos livros deverão ser assinadospelo juiz. É vedada a lavratura concomitante de ambos os termos.

Parágrafo único. Na hipótese de o livro ser encerrado com número superior àqueleprevisto no termo de abertura, ressalvará o escrivão ou diretor de cartório o motivo da ocorrência.

Art. 79. O Livro de Registro de Sentenças conterá, além das sentenças registradas naíntegra, um índice alfabético dos nomes das partes, de modo a facilitar a consulta e a respectivabusca.

Art. 80. Nos registros constarão os seguintes dados, lançados pelo cartório quandonão constar no corpo da sentença:

I - número do processo e natureza da ação;II - nomes das partes;III - nome do prolator;IV - data da sentença.Art. 81. O arquivamento será procedido na ordem cronológica da publicação da

sentença.§ 1º Para confecção do índice, o escrivão ou diretor de cartório observará, no cível, o

nome do autor, no crime, o nome do réu, o número do processo e o número da folha.§ 2º Quando se tratar de vara privativa da Fazenda Pública, o índice será elaborado

por ordem alfabética do nome do requerido.Art. 82. A escrituração dos livros e dos papéis deve ser sempre feita em vernáculo,

com tinta indelével preta ou azul.Parágrafo único. É vedado o uso de:I - tinta de cor diferente da prevista no caput deste artigo;

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II - borracha, detergente, corretivo ou raspagem por qualquer meio mecânico ouquímico.

Art. 83. Na escrituração dos livros e dos autos, deverão ser evitados erros, omissões,emendas, rasuras, borrões ou entrelinhas. Efetuar-se-ão, quando necessário, as devidas ressalvas,legíveis e assinadas antes da subscrição do ato.

Art. 84. As notas "sem efeito'' deverão estar sempre assinadas por quem as fez.Art. 85. Deverá ser evitado espaço número um nos atos datilografados e digitados, e

observado, à esquerda, uma margem de três centímetros.Art. 86. Nos autos e nos livros, deverão ser evitados os espaços em branco.Art. 87. Ao expedir certidão, o escrivão ou diretor de cartório dará a sua fé pública ao

que constar ou não nos livros, nos autos e nos papéis a seu cargo, consignando o número e apágina do livro ou do processo em que se encontra o assentamento.

Art. 88. Compete ao escrivão ou diretor de cartório do Juizado Especial expedircertidão sobre a existência dos feitos nele registrado, a pedido do interessado.

Art. 89. A pedido do interessado, o escrivão ou diretor de cartório, após criteriosaconferência, fará constar, nas reproduções de peças processuais, a expressão "CONFERE COMO DOCUMENTO APRESENTADO" e aporá sua rubrica, que equivale à autenticação dedocumento com a finalidade de instruir feitos no âmbito do Poder Judiciário.

Art. 90. Serão subscritos pelo escrivão ou diretor de cartório, logo depois delavrados, certidões, alvarás, termos, precatórias, editais e outros documentos cuja expedição é suaatribuição.

Art. 91. Em cumprimento de despacho judicial, os escrivães ou diretores de cartóriopoderão assinar as requisições de folhas de antecedentes, ofícios de comunicação e papéis demenor importância.

Art. 92. Os ofício s encaminhados ao Presidente e aos integrantes do Tribunal deJustiça, ao Corregedor-Geral de Justiça, aos juízes, ao Governador do Estado, à presidência daAssembléia Legislativa, à Prefeitura Municipal, às Secretarias de Estado ou de Município eàqueles que recebem igual tratamento protocolar no Estado de Mato Grosso do Sul ou em outrasunidades da Federação deverão ser assinados pelo juiz, numerados e datados, e, no caso deresposta a expediente a eles concernente, serão indicados o número e a data do protocolo ou doprocesso, a título de referência.

Art. 93. Todos os documentos expedidos pelo cartório deverão estar identificadoscom carimbos da serventia e/ou reconhecimento de firma do assinante.

Parágrafo único. Os atos que importarem em ordem ou autorização paratransferência de posse ou propriedade de espécies deverão ser subscritos pelo juiz competente,sendo sua firma reconhecida pelo Escrivão ou Diretor do Cartório, ou por quem estejarespondendo pela função.

Art. 94. As assinaturas do juiz, dos procuradores, das partes, das testemunhas e dosescreventes, em livros, autos e papéis, deverão ser colhidas imediatamente após a prática do ato.

Art. 95. Os escrivães ou diretores de cartório enviarão os autos ao juiz ou aorepresentante do Ministério Público no dia da assinatura do termo de conclusão ou de vista.

Art. 96. Os termos de movimentação dos processos, regularmente datados, deverãoser preenchidos com o nome, por extenso, do juiz, do representante do Ministério Público, doadvogado ou daquele a quem se refiram.

Art. 97. Não será permitido o lançamento, nos autos, pelas partes ou por seusrepresentantes legais, de cotas marginais ou interlineares, ou sublinhar palavras ou expressões, atinta ou a lápis. Deverá o responsável, ao constatar a irregularidade, comunicá-la imediatamenteao juiz da comarca ou da vara.

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Art. 98. As intimações de despachos, de decisões e de sentenças deverão serefetuadas por publicação e conterão o nome das partes, dos seus advogados, o número e o tipo deação ou procedimento, bem como os elementos necessários ao seu imediato e completoentendimento, dentre os quais o objeto e o sujeito da informação, natureza e espécie da matériade que se dá ciência, explicitação do conteúdo da ordem judicial sobre o que se deve manifestar,conhecer ou omitir.

Art. 99. Feitas as intimações devidas, será certificado o decurso de prazo parainterposição de recurso pertinente.

Art. 100. Serão anotados, em todos os mandados expedidos, o número do respectivoprocesso e o número de ordem da carga correspondente registrada no livro próprio.

Art. 101. Certificada nos autos a não-realização da citação, da intimação ou danotificação pelo correio, após o recolhimento da diligência, caso devida, expedir-se-á orespectivo mandado.

Art. 102. Na execução de sentença, o juiz determinará a baixa do processo noSistema de Automação do Judiciário (SAJ), bem como o seu recadastramento como“EXECUÇÃO DE SENTENÇA”, e o recolhimento das custas, quando for o caso (artigo 409).

Art. 103. Ao verificar, em qualquer fase do processo, a existência de custas devidas,mas ainda não recolhidas, o escrivão ou diretor de cartório providenciará, independentemente dedespacho judicial, a intimação do responsável, para comprovar o recolhimento ou fazê-lo noprazo de cinco dias; findo o prazo, deverá fazer a conclusão dos autos ao juiz.

Art. 104. Caberá aos escrivães ou diretores de cartório velar pelo adequadocumprimento das normas atinentes às publicações, às citações e às intimações por carta,conferindo diariamente as minutas para remessa à imprensa e as cartas a serem enviadas.

Art. 105. O cartório deverá acompanhar, com regularidade, a devolução, pelo correio,dos avisos de recebimento das cartas postadas, e providenciar para que sejam juntados aos autos.

Art. 106. Nos casos de remessa dos autos ao segundo grau de jurisdição, os escrivãesou diretores de cartório cuidarão para que todos os interessados estejam previamente intimadosda decisão do primeiro grau e verificarão se está esgotado o prazo de recurso, excetuada ahipótese de indeferimento liminar da inicial.

§ 1º O escrivão ou diretor de cartório deverá, ainda, fazer uma revisão geral noprocesso antes do encaminhamento, a fim de verificar se todos os atos e os termos estãoassinados, se a numeração das folhas está correta, se o processo está devidamente formalizado,bem como se o distribuidor, contador e partidor utilizou, para cálculo do preparo, a tabelaadequada e atualizada.

§ 2º Os valores de porte e remessa dos autos serão recolhidos ao FUNJECC, emconformidade com o estabelecido em provimento da Corregedoria-Geral de Justiça.

Art. 107. Cabe ao escrivão ou diretor de cartório, ou ao seu substituto aresponsabilidade final pela guarda, pela conservação e pela atualização do acervo documental daserventia.

Art. 108. As petições e demais papéis que não digam respeito a feitos da vara serãoimediatamente devolvidos ao protocolo. Deverão os escrivães ou diretores de cartório, quando dorecebimento, exercer rigorosa conferência das remessas feitas diariamente.

Art. 109. Nenhum papel ou documento em tamanho menor que o das folhas doprocesso será juntado aos autos, se não estiver devidamente colado em folha-ofício.

§ 1º Os papéis ou os documentos deverão ser colados tantos quantos na folhacouberem e rubricados de forma que a rubrica tome parte do papel ou do documento e da folhaem que estiverem colados.

§ 2º O escrivão ou diretor de cartório deverá certificar, no rodapé da folha, quantosdocumentos ela contém e a natureza deles.

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Art. 110. Cada volume dos processos judiciais deverá ser formado com duzentas ecinqüenta folhas, no máximo. Não se permitirá a separação de expedientes.

Art. 111. Todos os cartórios judiciais deverão manter rigorosamente atualizado ocontrole de movimentação processual, pelo sistema de fichas ou pelo computador, de mododetalhado. Nela constarão a data, o prazo, a natureza e a finalidade do ato a ser praticado.

Art. 112. A entrega dos autos, para vista, far-se-á com carga em livro próprio.Baixar-se-á a carga mediante assinatura e data da devolução.

§ 1º Na carga deverá constar, obrigatoriamente, nome, endereço, telefone e númeroda inscrição do advogado, do perito, dos assistentes técnicos, além do prazo concedido e donúmero de folhas dos autos.

§ 2º Não será permitida a saída de processos sem carga; quando remetidos para ostribunais superiores, a remessa deve ser anotada no livro próprio.

§ 3º O advogado ou a parte poderá levar em carga feito que esteja com prazo comum,por período de 2 (duas) horas, cuja retirada será controlada em livro próprio para este fim. Caso adevolução do feito se dê fora do prazo permitido, não poderá mais se valer da carga rápida.

Art. 113. O advogado deve restituir, no prazo legal, os autos que tiver retirado decartório. Não o fazendo, mandará o juiz, de ofício:

I - intimá-lo para que o faça em vinte e quatro horas;II - cobrar, decorrido esse prazo, os autos não restituídos, mediante expedição de

mandado, para imediata entrega ao oficial de justiça e avaliador, encarregado da diligência;III - comunicar o fato à seção local da Ordem dos Advogados do Brasil.Parágrafo único. Ao advogado que, intimado, não restituir os autos no prazo legal,

não será mais permitida a vista fora do cartório até o encerramento do processo.Art. 114. Os autos só poderão ser entregues ao perito e aos assistentes técnicos

designados no termo da diligência. Não se permitirá, de nenhuma forma, a sua entrega a terceiros,sob qualquer pretexto.

Parágrafo único. Deverá ser mantido rigoroso controle sobre os livros de carga emgeral, os quais serão submetidos a visto mensal do juiz, que se incumbirá de coibir eventuaisabusos e excessos.

Art. 115. Quando os autos estiverem com vista, ultrapassado o prazo, o escrivão oudiretor de cartório lavrará certidão e fará conclusão ou abrirá vista, sucessivamente, à partecontrária, conforme for o caso.

Art. 116. Na elaboração do expediente cotidiano a ser remetido para a imprensaoficial, serão observados:

I - nome do juízo e do local onde ele funciona, com o nome do juiz, do escrivão oudiretor de cartório e a data do expediente a ser publicado;

II - espécie de ação, seguida do nome das partes e, entre parênteses, os dosadvogados.

Art. 117. O expediente de cada juiz deve ser o mais sucinto possível, de preferênciaapenas com a conclusão do despacho ou da sentença dentro de sua finalidade.

Art. 118. É vedado lançar termo no verso de petições e documentos. Deve ser usada,quando necessário, outra folha, com inutilização dos espaços em branco.

Art. 119. Todos os atos devem ser certificados nos autos.Art. 120. Certificar-se-ão nos autos:I - o dia, a página e o número do Diário da Justiça do Estado em que se deu a

publicação;II - o registro da sentença, com indicação do livro e da folha em que foi efetuado;III - o decurso do prazo para interposição de recurso contra as decisões judiciais.

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Art. 121. Deverá ser feita a conclusão dos autos no prazo de vinte e quatro horas, eexecutados os atos processuais no prazo de quarenta e oito horas (artigos 190 e 194 do Código deProcesso Civil) ou dois dias (artigo 799 do Código de Processo Penal).

Art. 122. Nenhum processo poderá permanecer paralisado em cartório além dosprazos legais, salvo nos casos de suspensão ou de prazo maior que tenha sido fixado pelo juiz;tampouco poderão ficar sem andamento por mais de trinta dias aguardando diligência. Vencido oprazo, o escrivão ou diretor de cartório deverá certificar o ocorrido e fazer a movimentaçãonecessária.

Art. 123. A retirada de autos do cartório é reservada a advogado regularmenteinscrito na Ordem dos Advogados do Brasil, constituído procurador de uma das partes.

§ 1º Dependerá de prévio credenciamento e identificação junto à respectiva serventia,a carga de autos para os estagiários cujo advogado tenha procuração nos autos. Cabe a este inteiraresponsabilidade pelo ato, de natureza administrativa, civil ou penal.

§ 2º Nas ações cíveis, a vista dos autos será em cartório, quando, havendo dois oumais litigantes com procuradores diversos, haja prazo comum para contestar, defender, falar ourecorrer, exceto se os procuradores, em petição conjunta, requererem a retirada, caso em queassumem o risco da perda do prazo.

Art. 124. Mensalmente, até o décimo dia útil do mês subseqüente, o escrivão oudiretor de cartório elaborará relação dos autos em poder das partes além dos prazos legais oufixados e a encaminhará ao juiz da respectiva vara, para as providências legais. Cabe ao escrivãoou diretor de cartório cobrar imediatamente os autos, por telefone, por ofício ou por outro meiodisponível, sob pena de responsabilidade.

Art. 125. A extração de fotocópia ou de certidão de processos em segredo de justiça eo desentranhamento de documentos dependerão de despacho do juiz.

Art. 126. O desentranhamento de peças e de documentos deverá ser efetuadomediante termo nos autos, no qual constarão o nome de quem os recebeu, a natureza, a origem, oconteúdo e o recibo.

§ 1º Deverá ser colocada uma folha em branco no lugar das peças ou documentosdesentranhados Anotar-se-á a folha dos autos em que foi lançado o termo de desentranhamento, enão se renumerarão as folhas do processo.

§ 2º O cartório certificará, nas petições e nos documentos desentranhados, em lugarvisível, o tipo de ação, o número do processo e o ofício de justiça.

Art. 127. As contestações ou outras peças desentranhadas por serem intempestivas oupor qualquer outro motivo, serão colocadas em pastas próprias e devolvidas ao interessado. Ficavedado o seu grampeamento na contracapa dos autos.

Art. 128. Mandados, certidões e ofícios destinados aos cartórios de registro deimóveis para averbações, registro, cancelamentos, anotações, etc., além das formalidades legais,deverão conter, no corpo ou instruídos com cópias reprográficas, os seguintes itens:

I - tratando-se de pessoa física: nome, domicílio, estado civil, nacionalidade,profissão, CPF e RG ou, na falta deste, sua filiação;

II - tratando-se de pessoa jurídica: nome, sede social e CNPJ;III - a descrição do imóvel, com suas características, confrontações e localização, bem

como a indicação do distrito em que está situado;IV - cuidando-se de imóvel urbano, logradouro para o qual faça frente; se edificado, o

número da edificação; tratando-se de terreno não edificado, se o imóvel fica do lado par ou ímpardo logradouro, em que quadra e a que distância em metros da construção ou esquina maispróxima; se possível, mencionar-se a designação do cadastro municipal;

V - versando sobre imóvel rural, sua denominação e a designação cadastral doINCRA;

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VI - sua especificação (penhora, arresto, seqüestro, etc.).Art. 129. Os processos, em cada serventia, serão controlados com o preenchimento

da relação mensal de feitos.Art. 130. O relatório mensal de feitos será encaminhado pelo escrivão ou diretor de

cartório, em disquetes ou por correio eletrônico (e-mail), até o dia 10 (dez) do mês seguinte, àCorregedoria-Geral de Justiça, com o visto do juiz.

Parágrafo único. Os relatórios mensais referentes a dezembro deverão serencaminhados no terceiro dia útil no mês de janeiro, impreterivelmente.

Art. 131. O relatório mensal de feitos será elaborado em impressos distintos paraprocessos cíveis e criminais, aprovados pela Corregedoria-Geral de Justiça.

Art. 132. Os servidores, ao assinarem qualquer documento ou termo, por força desuas atribuições, deverão identificar-se, consignando seus nomes.

Art. 133. O servidor ao lavrar ato do ofício deverá verificar das partes:I - a identificação, inclusive CPF, quando a lei exigir;II - a capacidade jurídica e, sendo menor, se é assistido ou representado.Parágrafo único. Se a parte não puder ou não souber assinar, o servidor que lavrar o

ato, deverá mencionar o fato, colher a impressão digital, se possível, e a assinatura de quemassina a seu rogo, assim como de duas testemunhas.

Art. 134. Os exames periciais em livros, processos, documentos ou fichas dasserventias só poderão ter lugar nos cartórios a que estiver subordinado o serventuário e, foradeles, mediante autorização do juiz.

Art. 135. Os escrivães ou diretores de cartório não poderão permitir que pessoasestranhas ao cartório pratiquem os atos cartorários.

Art. 136. No caso de adiamento ou redesignação de audiência, o escrivão ou diretorde cartório deverá intimar imediatamente os comparecentes.

Parágrafo único. Todas as assinaturas colhidas nos termos de audiência deverão seridentificadas, com o lançamento datilografado dos nomes ou dos cargos das pessoas a quepertencem, inclusive as assinaturas a rogo.

Art. 137. O escrivão ou diretor de cartório ou o servidor designado deverá examinaros processos dez dias antes das datas designadas para audiências, visando verificar se foramcumpridas todas as intimações e as requisições das partes e/ou testemunhas. Havendoirregularidades ou omissão, fará imediata comunicação ao responsável, para adoção das medidasnecessárias.

Parágrafo único. Não tendo sido encontrada qualquer das testemunhas arroladas, dar-se-á vista à parte interessada, se houver tempo hábil, independentemente de despacho.

Art. 138. Na qualificação de pessoas interrogadas ou que prestarem depoimento,deverão constar, além do nome completo, alcunha, filiação, naturalidade, data do nascimento,profissão, estado civil, grau de instrução, residência, número do RG ou de outro documentopessoal.

Art. 139. Aos interessados podem os escrivães ou diretores de cartório fornecerdeclaração de comparecimento que comprove, além do dia, a hora de sua chegada e a de dispensae o motivo justo desta, caso não se realize o ato da intimação.

Art. 140. Não será juntado aos autos nenhum documento ou petição sem o respectivotermo de juntada.

Art. 141. É obrigatório o uso dos carimbos padronizados dos termos de "conclusão",de "vista", de "intimação" e de "juntada de documentos", a serem utilizados nos processosjudiciais, salvo autorização expressa do Corregedor-Geral de Justiça, em face da peculiaridade decada caso.

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Art. 142. O escrivão ou diretor de cartório ou seu substituto deverá preencher oscarimbos lançando o nome do juiz, do promotor de justiça ou do advogado e, quando a intimaçãofor pessoal, o nome da parte, quando se tratar de "conclusão", de "vista", ou de "certidão deintimação".

Seção VIIDas Cartas Precatórias

Art. 143. As cartas precatórias, firmadas pelo juiz, serão expedidas com os seguintesprazos:

I - nos casos de réus presos em razão do processo ou nos casos de processofalimentar:

a) vinte dias, para comarcas localizadas no Estado de Mato Grosso do Sul;b) trinta dias, para comarcas localizadas em outro Estado.II - nos demais casos:a) quarenta e cinco dias para comarcas localizadas no Estado;b) sessenta dias nas demais unidades da Federação.§ 1º Decorrido o prazo, o escrivão ou diretor de cartório imediatamente promoverá a

conclusão dos autos ao juiz.§ 2º Os pedidos de informação sobre cumprimento e devolução de precatórias

oriundas de outras comarcas deverão ser dirigidos diretamente à vara a que foram distribuídas.Art. 144. A determinação de prazos diversos dependerá de despacho judicial.Art. 145. As cartas precatórias deverão ser confeccionadas em três vias, para que as

cópias sirvam de contrafé quando de seu cumprimento no juízo deprecado e deverão serinstruídas com os documentos indispensáveis ao seu cumprimento.

Art. 146. Quando o ato deprecado for a citação, a carta será instruída com tantascópias da inicial quantas sejam as pessoas a citar e mais uma, que a integrará.

Parágrafo único. O juízo deprecado poderá devolver a carta precatória,independentemente de cumprimento, quando não devidamente instruída.

Art. 147. Expedida a carta precatória, providenciará o escrivão ou diretor de cartórioa intimação da parte interessada, para o recolhimento do porte de remessa ao juízo deprecado edespesas para extração de cópias no prazo de cinco dias, permitida sua retirada em juízo.

Art. 148. Retornando cumprida a precatória, o escrivão ou diretor de cartório juntará,nos autos principais, apenas as peças que contêm as diligências necessárias, conformedeliberação judicial.

Art. 149. Expedida a precatória criminal, o escrivão ou diretor de cartório observaráo estrito cumprimento do artigo 222 do Código de Processo Penal, intimando-se as partes. Omandado deve ser cumprido no prazo de cinco dias, em se tratando de réu solto, e de três dias, emse tratando de réu preso.

Art. 150. Será comunicada ao juízo deprecante a data da designação para a realizaçãodo ato, quando se tratar de carta precatória criminal, com a finalidade de produzir provatestemunhal, especialmente aquelas de outros Estados.

Art. 151. O preparo das cartas precatórias será feito de acordo com a Seção III doCapítulo X destas Normas.

Seção VIIIDo Protocolo Integrado

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Art. 152. O serviço de protocolo utilizará protocolador automático, e registrará, deforma legível, a data e o horário do recebimento. O modelo deverá ser aprovado pelaCorregedoria-Geral de Justiça.

§ 1º A segunda via da petição e a do documento deverão conter o registro doprotocolo.

§ 2º Nas comarcas com mais de uma vara, o serviço de protocolo anotará, no registroe no recibo, a serventia para a qual será encaminhada a petição.

§ 3º Em se tratando de petição inicial, a providência determinada no § 2º deste artigoficará a cargo do distribuidor, contador e partidor, após definida a vara para a qual foi distribuída.

Art. 153. É vedado o recebimento, pela forma manual, de petições e documentospelas escrivanias, pelo distribuidor e pela secretaria, ressalvado motivo de força maior ou casofortuito, que deverá ser consignado com visto do juiz diretor do foro.

Art. 154. Na eventualidade de falta de energia elétrica ou de defeito mecânico doprotocolador automático, o recebimento das petições poderá ser manuscrito, caso em que seráimprescindível o visto do juiz diretor do foro no final dos expedientes matutino e vespertino.

Art. 155. As petições e os documentos expedidos pelo sistema de fac-símile ou poroutro similar podem ser juntados aos autos. Conceder-se-á à parte o prazo de cinco dias parajuntar os originais, respeitados os prazos peremptórios, sob pena de desentranhamento.

Art. 156. No primeiro dia útil de cada mês, o encarregado enviará ao juiz diretor doforo o relatório contendo os dados estatísticos do serviço de protocolo.

Art. 157. Os serviços de protocolo integrado receberão petições endereçadas a outrascomarcas do Estado, inclusive aos Juizados Especiais, ao Tribunal de Justiça, à Justiça Federal eaos Tribunais Superiores. É vedado o recebimento de petições iniciais dirigidas à Justiça Federal.

§ 1º Fica vedada também a utilização do serviço de protocolo integrado da JustiçaFederal, para o encaminhamento de petições iniciais à Justiça estadual.

§ 2º Nas comarcas do Estado e na Secretaria do Tribunal de Justiça o serviço deprotocolo funcionará de forma integrada, de modo que as petições, inclusive as iniciais de causa,dirigidas às diversas comarcas, aos Juizados Especiais, ao Tribunal de Justiça estadual ou aosTribunais Superiores, poderão ser protocoladas durante o horário de expediente, nos dias úteis,das oito às dezoito horas, de segunda a sexta-feira, em qualquer um dos fóruns estaduais, comexceção daquelas que devam ser apresentadas no juízo em que tramita a respectiva ação e em queconstem rol de testemunhas, requerimento de depoimento pessoal da parte ou esclarecimento deperito ou assistente técnico, pedido de adiamento de audiência ou de suspensão de hasta pública.

§ 3º As petições dirigidas aos Tribunais Superiores somente serão recepcionadasquando disserem respeito a recursos contra decisões emanadas do Poder Judiciário do Estado deMato Grosso do Sul.

§ 4º As petições e recursos dirigidas às comarcas ou órgãos diversos do localrecebedor deverão ser encaminhadas imediatamente ao destino.

Art. 158. Em razão do protocolo integrado, deverá o escrivão ou diretor de cartório,nos autos em que atuar advogado residente em outra comarca, certificar o decurso do prazo apóscinco dias de seu vencimento.

Art. 159. O serviço de protocolo do foro da Capital fica autorizado a receber oslaudos do Instituto Médico Legal e as folhas de antecedentes destinadas a todas as comarcas e asvaras do Estado.

Art. 160. Os encarregados dos protocolos dos diversos juízos do Estado não deverãodeixar de receber petições, recursos e demais papéis, a pretexto de estarem desacompanhadas decópias, guias de recolhimento ou documentos nelas referidos. Caberá o exame dessasirregularidades ao juízo para onde forem destinadas.

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Art. 161. As petições e demais papéis que não digam respeito a feitos da vara serãoimediatamente devolvidos ao serviço de protocolo. Os escrivães ou diretores de cartório, quandodo recebimento, devem exercer rigorosa conferência das remessas feitas diariamente.

Seção IXDos Mandados e Editais

Art. 162. Os mandados que devam ser cumpridos pelo oficial de justiça e avaliadorserão distribuídos aos que estiverem lotados ou à disposição das respectivas comarcas ou varas.

Art. 163. O oficial de justiça e avaliador ao proceder a avaliação de bem deve expedirtermo próprio especificando os resultados obtidos, ficando vedado certificar no verso domandado de avaliação (artigo 411).

Art. 164. É vedada a escolha de oficial de justiça e avaliador pela parte ou por seuprocurador.

Art. 165. Os mandados deverão ser entregues, pessoalmente, ao oficial de justiça eavaliador mediante a respectiva carga, salvo nas comarcas onde estejam implantadas ascontroladorias de mandados.

Parágrafo único. Se, no final do expediente do antepenúltimo dia que anteceder o seuafastamento, o oficial de justiça e avaliador não tiver cumprido todos os mandados mantidos emseu poder, a autorização para o gozo de férias, de licença-prêmio por assiduidade ou de licençapara capacitação ficará automaticamente revogada, por necessidade do serviço.

Art. 166. Nos mandados deverão constar todos os endereços declinados ou existentesnos autos, inclusive o local de trabalho.

Art. 167. Nas certidões de expedição e de entrega de mandados constarão o nome dooficial de justiça e avaliador a quem foi confiado o mandado e a data da respectiva carga.

Art. 168. Os escrivães ou diretores de cartório deverão expedir tantas cópias domandado quantas forem as pessoas a serem citadas, intimadas ou notificadas.

Art. 169. No caso de transferência de mandados entre oficiais de justiça eavaliadores, devidamente justificada, deverá o escrivão ou diretor de cartório velar pelo registroem cartório, anotando as cargas próprias e certificando nos autos dos respectivos processos.

Art. 170. Mensalmente, o escrivão ou diretor de cartório relacionará os mandados empoder dos oficiais de justiça e avaliadores, que excederam os prazos legais ou fixados, e daráciência ao juiz da comarca ou da vara, para as providências cabíveis.

Art. 171. Não havendo prazo expressamente determinado, os mandados serãocumpridos dentro de vinte dias. Quando se cuidar de intimação para audiência, os mandadosdeverão ser devolvidos até vinte e quatro horas antes da data designada, salvo determinaçãojudicial em contrário.

§ 1º Nos dias dez, vinte e trinta de cada mês, ou no primeiro dia útil subseqüente, oescrivão ou diretor de cartório ou a central de mandados, onde houver, remeterá aoestabelecimento bancário, para crédito em conta corrente de cada oficial de justiça e avaliador,relação correspondente aos mandados devolvidos no período anterior.

§ 2º O escrivão ou diretor de cartório ou a central de mandados, onde houver, deveráarquivar, separadamente e de forma organizada, em pastas ou classificadoras, a quarta via daGuia de Recolhimento das Despesas de Diligência (GRDD) e as cópias das relaçõesencaminhadas.

§ 3º A quinta via da GRDD será entregue ao oficial de justiça e avaliador, paracontrole, nos dias dez, vinte e trinta de cada mês, ou no primeiro dia útil subseqüente.

§ 4º Se o valor depositado for superior àquele a ser recebido pelo oficial de justiça eavaliador ou ocorrendo cumprimento parcial do mandado, o escrivão ou diretor de cartório

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expedirá a guia de levantamento da diferença em favor de quem fez o depósito, nos dias dez,vinte e trinta de cada mês, ou no primeiro dia útil subseqüente.

Art. 172. Os mandados de citação de ação penal conterão os dados indicados noartigo 352 do Código de Processo Penal e serão expedidos em cumprimento de determinaçãojudicial; serão subscritos pelo escrivão ou diretor de cartório e rubricados pelo juiz.

Art. 173. Os mandados de prisão, os contramandados, os alvarás de soltura, os salvocondutos, as requisições de réus presos, as guias de recolhimento, os ofícios e as guias delevantamento serão assinados pelo juiz.

Art. 174. Nos mandados de prisão e nos alvarás de soltura será consignado, sempreque possível, o número do RG do réu. Recomenda-se aos juízes que façam constar também nasentença esse dado identificador.

Art. 175. Os alvarás de soltura terão as seguintes indicações:I - nome, filiação, naturalidade e idade do réu;II - número do RG;III - data da prisão, com esclarecimento de que esta se deu em flagrante,

preventivamente ou em virtude de sentença condenatória;IV - se houver condenação, a pena que foi imposta;V - natureza da infração penal;VI - motivo da soltura;VII - a cláusula "se por al não estiver preso".Art. 176. Os mandados de prisão deverão ser expedidos em três vias; uma será

entregue ao oficial de justiça e avaliador, outra à polícia, e a terceira permanecerá nos autos.Art. 177. Os mandados de prisão preventiva, bem como os decorrentes de pronúncia

ou condenação em crime inafiançável, serão executados da seguinte forma:I - recebidos os autos, o escrivão ou diretor de cartório providenciará, no mesmo dia,

a expedição e a assinatura do respectivo mandado e comunicará o fato à polícia;II - certificará, na mesma data, o cumprimento dessas diligências e fará os autos

conclusos;III - devolvidos os autos, só então providenciará a publicação da sentença; antes do

que, nenhum conhecimento a seu respeito será dado às partes ou a terceiros;IV - sem prejuízo do disposto nas alíneas anteriores, se a infração for inafiançável, a

falta de exibição do mandado não obstará a prisão; em tal caso, o preso deverá ser imediatamenteapresentado ao juiz que tiver expedido o mandado.

Art. 178. É vedado aos escrivães ou diretores de cartório ou a quaisquer auxiliaresintimar as partes ou dar conhecimento a terceiros da expedição de mandado de prisão, antes dedecorridas vinte e quatro horas da entrega do mandado à polícia ou a quem estiver encarregadode efetuar a prisão.

Art. 179. As intimações de réus presos que devam tomar conhecimento de qualquerato do processo, inclusive de sentença, bem como a entrega do libelo, serão feitas pessoalmentepelos oficiais de justiça e avaliadores nos próprios estabelecimentos onde se encontremrecolhidos.

Art. 180. Os réus que estiverem internados em estabelecimentos situados fora dacomarca serão intimados por meio de carta precatória.

Art. 181. Os editais de citação ou de intimação de sentença resumirão os fatos emencionarão os artigos de lei pertinentes e deverão ser publicados no Diário da Justiça do Estado,além de afixados no lugar próprio.

Parágrafo único. Também serão publicados os editais de convocação do júri e denotificação dos réus para comparecerem à audiência admonitória de suspensão condicional dapena.

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Art. 182. A expedição e a afixação de editais deverão ser certificadas nos autos,consignando-se, se for o caso, o nome da pessoa a quem foi entregue para publicação.

Capítulo IVDos Ofícios de Justiça Cíveis

Seção IDa Movimentação dos Processos Cíveis em Geral

Art. 183. Recebida a petição inicial em cartório, deverá a escrivania registrá-la eautuá-la no prazo de vinte e quatro horas.

Art. 184. Havendo insuficiência de cópias para a citação inicial, a parte será intimadapara suprir a irregularidade.

Art. 185. Devem ser mencionados, quando da autuação, a data desta, o juízo, anatureza do feito, o número do registro e os nomes das partes, o que será também observado nosvolumes que se forem formando.

Art. 186 A citação será feita preferencialmente pelo correio, por carta registrada comAviso de Recebimento (AR) - mão própria, instruída com cópia da petição inicial e do despachodo juiz.

§ 1º Quando a citação for feita por mandado, nele constarão todos os endereços doscitandos, declinados ou existentes nos autos, inclusive o seu local de trabalho.

§ 2º Na carta de citação deverá estar expressamente consignada, em seu inteiro teor, aadvertência de que, não sendo contestada a ação, presumir-se-ão aceitos pelo réu, comoverdadeiros, os fatos articulados pelo autor. Comunicar-se-ão, ainda, o prazo para resposta, ojuízo e o cartório com o respectivo endereço.

§ 3º No envelope em que se remeter a carta de citação ou de intimação constará aexpressão "Aviso de Recebimento - mão própria".

§ 4º A postagem da carta de citação ou de intimação será feita com registro.§ 5º Cobrar-se-ão, a título de ressarcimento, as despesas de postagem de

correspondências referentes a citações, intimações e notificações feitas pelo correio, conformedisposto no Regimento de Custas e Emolumentos.

§ 6º O recolhimento será efetuado pela parte com a guia do FUNJECC, na qualconstará o nome "postagem".

Art. 187. As correspondências do Juízo, inclusive as de citação e intimação (mãoprópria), observados os limites do artigo 222 do Código de Processo Civil, serão encaminhadasdiretamente ao correio de origem, ainda que o destinatário resida em outra localidade.

§ 1º Cabe à secretaria da direção do foro de cada comarca fiscalizar a postagemsomente de correspondências do exclusivo interesse da Justiça, encaminhando ao tribunal asguias correspondentes.

§ 2º As correspondências que necessitarem de comprovação de recebimento - CR -(aquelas feitas de fórum para fórum dentro do Território do Estado de Mato Grosso do Sul),deverão ser encaminhadas via malote, ao Tribunal, com a CR devidamente preenchida.

Art. 188. A reconvenção e as intervenções de terceiros serão anotadas pelodistribuidor.

Art. 189. Caso a parte requeira, será comunicado ao distribuidor o dispositivo dadecisão que ponha fim ao processo, com ou sem julgamento de mérito, e as datas de sua prolaçãoe do trânsito em julgado.

Art. 190. Requerimentos de alvará, no curso dos processos, não comportamdistribuição. Quando formulados por inventariante, herdeiro ou sucessor, serão juntados aos autos

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do inventário ou do arrolamento e, quando formulados por terceiros, serão registrados, autuados eprocessados em apenso.

Art. 191. O prazo de eficácia dos alvarás será de trezentos e sessenta e cinco dias,salvo determinação judicial em contrário.

Parágrafo único. No alvará para negociação de bens de menores, deverá constar oprazo determinado pelo juiz para lavratura da escritura ou para efetivação.

Art. 192. O depósito de interesse de incapaz deverá ser certificado nos autos,mencionando-se o número da subconta da conta única de depósito sob aviso à disposição daJustiça.

Parágrafo único. A guia de levantamento de depósito sob aviso à disposição daJustiça será preenchida pelo cartório e assinada pelo juiz e pelo escrivão ou diretor de cartório.

Art. 193. Nos mandados de sustação de protesto deverá constar, se possível, onúmero do protocolo do título no registro de protesto.

Art. 194. O escrivão ou diretor de cartório, nas medidas cautelares preparatórias,certificará, nos autos, o decurso de prazo para a propositura da ação principal, quando indicada.

Art. 195. A entrega de autos de notificação, de interpelação ou de protesto far-se-áapós o pagamento das custas eventualmente devidas.

Art. 196. Nas execuções julgadas extintas, em havendo arresto ou penhora, deverá oescrivão ou diretor de cartório fazer conclusão dos autos, para o levantamento da constrição,antes de levá-lo ao arquivo.

Art. 197. Deverão constar, nas cartas de sentença, de adjudicação ou de arremataçãoe nas certidões e mandados referentes a imóveis, a matrícula ou o registro anterior, seu número ecartório, assim como, se possível, os números do RG e do CPF dos intervenientes.

Art. 198. Designada a data para a praça ou o leilão, mesmo que determinada aintimação pessoal do devedor por mandado, deverá constar no edital a intimação do executado.

Art. 199. Nenhum anúncio de arrematação de bens imóveis ou de direitos a elesrelativos será determinado sem que tenham sido apresentadas:

I - certidão da distribuição;II - certidão de quitação dos impostos ou do seu débito;III - certidão atualizada e descritiva do registro de imóveis.Parágrafo único. Nas ações executivas promovidas pela Fazenda Pública, as

certidões que constam deste artigo serão requisitadas pelo juiz da execução.

Seção IIDas Publicações

Art. 200. As intimações efetuar-se-ão pelo Diário da Justiça do Estado, excetuando-se as dos representantes do Ministério Público, da Defensoria Pública, da Fazenda Pública, daProcuradoria do Estado e das autarquias nas execuções fiscais e seus embargos.

Art. 201. Os prazos contar-se-ão a partir do dia da circulação do Diário da Justiça doEstado na comarca, o que será devidamente certificado pelo escrivão ou diretor de cartório.

Art. 202. Os despachos e as sentenças devem ser encaminhados para publicaçãodentro do prazo de quarenta e oito horas, a contar da devolução dos autos em cartório.

Parágrafo único. Quando ocorrer erro na publicação, proceder-se-á imediatamente arepublicação por incorreção, o que deve ser certificado nos autos.

Art. 203. Serão publicados, com o resumo da parte dispositiva, as decisões, osdespachos ordinatórios e de mero expediente, e constarão, sob pena de nulidade, os elementosnecessários para seu completo entendimento, tais como número e espécie do processo, nome das

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partes e de seus advogados, objeto e destinatário da intimação, explicitação do conteúdo daordem judicial.

Art. 204. Todas as intimações publicadas para que as partes se manifestem sobrecálculos e contas conterão, em resumo, os respectivos valores.

Art. 205. Nas intimações pela imprensa, quando qualquer das partes estiverrepresentada nos autos por mais de um advogado, o cartório fará constar os nomes de, nomáximo, dois advogados.

Art. 206. Nas citações e nas intimações pela imprensa, os nomes das partes figurarãopor extenso, salvo no caso de segredo de justiça, hipótese em que deverão constar apenas onúmero do processo, a natureza da ação, as letras iniciais dos nomes das partes, os nomes de seusadvogados e, resumidamente, o teor do ato.

Art. 207. Nas execuções fiscais, o edital de citação será afixado na sede do juízo,publicado uma só vez no órgão oficial, gratuitamente, como expediente judiciário, com prazo detrinta dias, e conterá apenas a indicação da exeqüente, o nome do devedor e dos co-responsáveis,a quantia devida, a natureza da dívida, a data e o número da inscrição no Registro da DívidaAtiva, o prazo e o endereço da sede do juízo.

Capítulo VDos Ofícios de Justiça Criminais

Seção IDos Escrivães ou Diretores de Cartório Criminal

Art. 208. Os serventuários da escrivania deverão dar prioridade às requisições deantecedentes criminais.

§ 1º Quando as informações sobre antecedentes criminais devem ser pedidas parainstruir processo em curso no seu cartório, inclusive nos pedidos de prisão preventiva, o escrivãoou diretor de cartório expedirá os ofícios necessários simultaneamente com as diligências iniciaise juntará aos autos, incontinenti, as respostas recebidas.

§ 2º Quando as informações devem ser prestadas a pedido de outro juízo ou de autoridadepolicial, o escrivão ou diretor de cartório dará resposta imediata aos ofícios recebidos,informando o número do processo, o nome do réu, a decisão proferida ou o conteúdo dassentenças condenatórias, e o trânsito em julgado, se for o caso.

Art. 209. Compete aos escrivães ou diretores de cartório criminal providenciar asinformações que habilitem as autoridades policiais a cumprir, com segurança, os alvarás desoltura e a localizar prontamente, na prisão em que porventura se encontrem, as pessoas a queeles se refiram.

§ 1º Proferida a sentença ou a decisão que importe em expedição de mandado deprisão, deve o escrivão ou diretor de cartório expedi-lo imediatamente e, uma vez assinado pelojuiz, remeterá vias ao órgão central de controle de presos no Estado, ao oficial de justiça eavaliador, à delegacia regional e à Secretaria de Segurança Pública.

§ 2º Se a sentença determinar a permanência do réu na prisão onde se encontra, oescrivão ou diretor de cartório providenciará a imediata expedição de ofício ao diretor do presídioe mandado para intimação do réu, se for o caso.

Art. 210. Findo o prazo do artigo 499 do Código de Processo Penal, deve o escrivãoou diretor de cartório, antes de enviar os autos à conclusão, neles certificar se foram juntadas asfolhas de antecedentes criminais e se foram cumpridas outras diligências porventuradeterminadas.

Art. 211. Cumpre ao escrivão ou diretor de cartório dar ciência ao promotor emexercício na vara criminal, no prazo de vinte e quatro horas, a contar da entrega dos autos pelo

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juiz, das decisões concessivas de habeas corpus, das concessivas de liberdade provisória e derelaxamento de prisão.

Art. 212. Em relação aos réus presos que venham a ser condenados nas ações penais,além das providências previstas na lei, deverá o escrivão ou diretor de cartório fazer o cálculo daliquidação da pena, anotar, no espaço destinado às observações, no Livro de Rol dos Culpados, adata da prisão do réu, os períodos anteriores em que eventualmente tenha estado preso e a penaaplicada, de forma a dispor de elementos para, mesmo estando os autos na instância superior,poder informar o juiz sobre o cumprimento da pena.

Art. 213. Ao distribuidor devem ser comunicados, para fim de averbação àmargem do registro inicial, logo que se verifiquem:

I - todas alterações dos nomes ou de qualificação de pessoas indiciadas que constemna distribuição inicial;

II - o nome e a qualificação de pessoas incluídas na ação penal após a distribuiçãoinicial, bem como aquelas que vierem a ser excluídas;

III - logo que transitarem em julgado, as decisões absolutórias, anulatórias, deextinção de punibilidade e de impronúncia, bem como os despachos irrecorríveis que determinemo arquivamento dos autos, ressalvada, quanto a esta última hipótese, a necessidade de novacomunicação no caso de posterior desarquivamento e de instauração de ação penal em que o réuvenha a ser condenado.

Art. 214. O mesmo procedimento previsto nos artigos 212 e 213 será observado nasações penais de competência do juizado especial criminal.

Art. 215. O escrivão ou diretor de cartório deve também providenciar a comunicaçãoao Instituto de Identificação do Estado, imediatamente após o trânsito em julgado, das decisõescondenatórias, absolutórias, anulatórias ab initio, de impronúncia e de extinção de punibilidade e,em seguida ao despacho irrecorrível, das que determinarem o arquivamento dos autos,transmitindo sempre os dados necessários à identificação do processo e à individuação do réu oudo indiciado. O cumprimento dessa diligência deverá ser certificado nos autos.

Art. 216. Compete ao escrivão ou diretor de cartório criminal providenciar a remessa:I - ao juiz da zona eleitoral em que estiver situado o cartório criminal, de

comunicação da condenação, no formato de extrato das sentenças condenatórias transitadas emjulgado, fazendo constar o nome completo do condenado, a filiação, a data do trânsito em julgadoe a assinatura do juiz ou do escrivão ou diretor de cartório, nas comarcas abrangidas por mais deuma zona eleitoral, a comunicação de condenação criminal será dirigida ao juiz da zona eleitoralmais recente;

II - ao Ministério da Justiça, de cópia das sentenças condenatórias transitadas emjulgado, proferidas contra réus de nacionalidade estrangeira.

Art. 217. Os escrivães ou diretores de cartório, logo que receberem os autos com asdecisões prolatadas, antes mesmo de decorrido o prazo recursal, comunicarão, obrigatoriamente,ao distribuidor e à Secretaria de Segurança Pública, com cópia à delegacia de polícia de origemou ao Departamento de Investigação Criminal, juntamente com a qualificação completa doacusado:

I - o recebimento da denúncia ou da queixa contra pessoa não indiciada no inquéritopolicial;

II - o aditamento da denúncia;III - o não-oferecimento de denúncia contra pessoa anteriormente indiciada no

inquérito;IV - o desfecho do inquérito ou da ação penal.Art. 218. Incumbe aos escrivães ou diretores de cartório, logo após a prolação de

sentença ou de despacho que decrete prisão preventiva:

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I - expedir os mandados de prisão, conforme a hipótese, no mesmo dia;II - diligenciar com vista ao cumprimento do artigo 299 do Código de Processo Penal,

quando for o caso;III - certificar, na mesma data, o cumprimento de tais diligências;IV - publicar a sentença; antes do que, não será dado conhecimento dela às partes ou

a terceiros;V - intimar da sentença;VI - após a afixação dos editais e a publicação na imprensa, onde houver, certificar,

nos autos, a referida providência;VII - juntar aos autos cópia da publicação do edital;VIII - lançar o nome do réu no rol dos culpados após o trânsito em julgado da

sentença condenatória;IX - em caso de suspensão condicional da pena, juntar aos autos traslados ou cópia

conferida com o original do termo da audiência admonitória;X - certificar o trânsito em julgado da sentença.Parágrafo único. Expirado o prazo de suspensão condicional da pena, o escrivão ou

diretor de cartório promoverá a conclusão dos autos.

Seção IIDos Livros

Art. 219. Os ofícios de justiça criminal terão, conforme a sua competência, além dosobrigatórios, os seguintes livros ou pastas, salvo aqueles substituídos pelo Sistema de Automaçãodo Judiciário (SAJ):

I - Registro de Inquéritos Policiais e Procedimentos Investigatórios;II - Registro de Armas, Objetos e Valores;III - Registro de Guias de Recolhimento;IV - Registro de Cópias de Flagrante;V - Registro de Termo de Fiança, pelo prazo da vinda do inquérito ou processo;VI - Rol de Culpados;VII - Carga de Inquéritos e Documentos;VIII - Alistamento de Jurados;IX - Sorteio de Jurados;X - Atas das Sessões do Júri.

Seção IIIDas Disposições Gerais

Art. 220. Nas comarcas de entrância especial, os inquéritos policiais são remetidospela autoridade policial diretamente à Coordenadoria dos Inquéritos Policiais. Deverão antespassar pelo distribuidor, para anotações, onde tramitarão até oferecimento de denúncia,apresentação de pedido de providência judicial ou de arquivamento, quando então voltarão aodistribuidor, para que sejam distribuídos à respectiva vara de competência, se for o caso.

Art. 221. As representações de prisão preventiva formuladas pela autoridade policialtambém serão anotadas na distribuição e remetidas para a coordenadoria, onde, após recebidoparecer ou denúncia, se for o caso, voltarão ao cartório do distribuidor para distribuição a umadas varas criminais, no horário de expediente ou, fora dele, no juízo de plantão. Se arepresentação vier acompanhada do inquérito policial e for ao juiz sem denúncia, em não sendodecretada a prisão preventiva, voltará à distribuição para baixa e devolução à coordenadoria, onde

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tramitará até denúncia ou pedido de arquivamento. Todavia, se a prisão preventiva representadafor decretada, estará preventa a jurisdição.

Art. 222. Na Capital, toda concessão de liberdade provisória e de relaxamento deprisão em flagrante deverá ser comunicada à coordenadoria no prazo de vinte e quatro horas, afim de que seja facilitado o controle dos inquéritos policiais de réu preso junto às delegacias depolícia, bem como, quando da distribuição da respectiva ação penal, a verificação da prevenção.

Art. 223. Os inquéritos policiais distribuídos às varas criminais ou às de competênciacumulativa nas comarcas do interior serão encaminhados, independentemente de despachoprévio, ao representante do Ministério Público, para adoção das providências cabíveis.

Art. 224. Na hipótese de primeiro pedido de dilação de prazo, havendo concordânciado Ministério Público, os autos serão remetidos, independentemente de despacho judicial, àpolícia, com prazo máximo de 30 (trinta) dias para a devolução. Os deferimentos posterioresdependem de despacho judicial e manifestação do Ministério Público, e atenderão, também, oprazo máximo de 30 (trinta) dias.

Art. 225. Em circunstâncias especiais, devidamente fundamentadas no pedido ou nodespacho, o juiz poderá conceder prazo superior a 30 (trinta) dias para o cumprimento dasdiligências.

Art. 226. Se o Ministério Público requerer diligência, em caso de réu preso, ou deixarse exaurir, sem nenhuma cota, o prazo de 5 (cinco) dias, os autos de inquérito policial deverão serimediatamente encaminhados ao juiz.

Art. 227. Serão anotados na capa do processo e em local visível, após o recebimentoda denúncia ou da queixa, o artigo da lei em que está incurso o réu, a data em que se verificará aprescrição em abstrato, a data da suspensão do processo e a de seu reinício, e o lapsoprescricional.

§ 1º Após a sentença condenatória, de que não tenham recorrido o Ministério Públicoou o querelante, será anotado o termo final da prescrição, com base na pena imposta.

§ 2º Também serão anotados, na capa do processo, o recurso em sentido estrito e ohabeas corpus, com indicação das folhas em que foram prestadas as informações.

Art. 228. A numeração das folhas do processo deverá ser feita a partir da autuação;será abandonada a numeração do inquérito policial.

Art. 229. Para mais fácil identificação visual de situações processuais, o escrivão oudiretor de cartório aporá, no dorso dos autos, tarjas coloridas, com o seguinte significado:

I - cor vermelha: réu preso pelo processo, por flagrante ou por prisão preventiva;II - cor verde: réu preso por outro processo;III - cor amarela: réu em processo falimentar;IV - cor azul: réu menor de vinte e um anos de idade;V - cor preta: processo com prescrição próxima;VI - cor branca: processo por roubo;VII - duas tarjas pretas: processo que não pode ser retirado do cartório ou que corre

em sigilo.Art. 230. Não se entregará alvará de soltura a advogado e a familiares do preso.Art. 231. Os inquéritos ou os processos, bem como valores, documentos ou objetos

que os acompanharem ou estiverem a eles vinculados, deverão ser recebidos, pelo escrivão oudiretor de cartório ou pelo auxiliar designado para esse fim, que lançará, no protocolo de entrega,a sua assinatura, de forma legível, acompanhada de carimbo.

Parágrafo único. Em caso de moeda nacional, a autoridade policial deveráprovidenciar o depósito na conta única do Judiciário, por meio de guia a ser retirada no cartóriocriminal.

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Art. 232. Os ofícios de comunicação de prisão em flagrante, depois de conferidos,serão recebidos com a menção, no próprio expediente, da data e da hora exata da entrega.

Art. 233. As petições, as certidões, as folhas de antecedentes e as precatóriasdevolvidas serão juntadas, independentemente de despacho judicial.

Parágrafo único. Decididos, os incidentes serão arquivados, e a cópia da decisãotrasladada para o processo principal, independentemente de despacho judicial.

Art. 234. O escrivão ou diretor de cartório providenciará, independentemente dedespacho judicial, a remessa dos autos ao Ministério Público, para que, no prazo de três dias, semanifeste sobre documentos juntados pela defesa.

Art. 235. Nos habeas corpus impetrados, o escrivão ou diretor de cartório, anotandono expediente que o faz por ordem judicial, providenciará de imediato o pedido de informações àautoridade policial apontada como coatora, que as prestará no prazo de 24 (vinte e quatro) horas.

Parágrafo único. No caso de habeas corpus preventivo ou com pedido de liminar, aexpedição de pedido de informações dependerá de determinação judicial.

Art. 236. O escrivão ou diretor de cartório deverá aguardar, na fase prevista no artigo499 do Código de Processo Penal, o prazo de cinco dias, em relação aos réus soltos, e três diasem relação aos réus presos, se outros não forem fixados pelo juiz. Após, deverá abrir vista àspartes para as alegações finais.

Art. 237. Após o trânsito em julgado da sentença condenatória, suscetível deexecução de pena privativa de liberdade, efetivada a prisão do réu, expedir-se-á a guia derecolhimento ao juízo da execução penal, em conformidade com a competência fixada em lei.

§ 1º Em se tratando de sentença condenatória que comine pena restritiva de direitosou suspensão condicional da pena, nas comarcas com mais de uma vara criminal, a guia derecolhimento será remetida ao juízo das execuções penais após a conversão ou a revogação.

§ 2º Se a sentença estabelecer medida de segurança, determinando a internação doréu, após o trânsito em julgado da sentença e estando este preso, será expedida a guia deinternação, que será encaminhada ao juízo da execução penal.

§ 3º A guia de recolhimento deve obedecer ao modelo oficial, será impressa em trêsvias, destinadas, respectivamente, aos livros do cartório, à própria carta de guia de recolhimento eao juízo das execuções penais, que a remeterá, após a liquidação da pena ou da medida desegurança, ao estabelecimento penal ou ao conselho penitenciário do Estado.

§ 4º Além de atenderem aos requisitos previstos no artigo 676 do Código de ProcessoPenal, as guias serão obrigatoriamente instruídas com duas vias, por certidão, cópia autêntica oucópia reprográfica autenticada, com os seguintes requisitos:

I - o nome do sentenciado;II - a sua qualificação civil, os números de seu RG e CPF, este último se constar dos

autos;III - o inteiro teor da denúncia e da sentença condenatória, bem como certidão do

trânsito em julgado;IV - a informação sobre os antecedentes e o grau de instrução;V - a data do término da pena;VI - outras peças do processo reputadas indispensáveis ao adequado tratamento

penitenciário.§ 5º O juízo da execução deixará de receber as guias erroneamente confeccionadas ou

deficientemente instruídas e devolvê-la-á ao juízo expedidor, para regularização.§ 6º O juízo da execução comunicará ao juízo do processo a extinção da pena ou da

medida de segurança, com as alterações posteriores, se houver.Art. 238. A falta de pagamento das custas criminais implicará extração de certidão

para inscrição em Dívida Ativa.

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Art. 239. A requisição de presos, das demais comarcas do Estado para a da Capital evice-versa deverá ser feita por ofício ao juiz das execuções penais, em duas vias, o qual conterá:

I - qualificação completa do preso, inclusive alcunha e RG;II - declaração da finalidade da requisição;III - declaração da necessidade ou não de o preso permanecer na comarca até o fim da

instrução;IV - referência ao artigo do Código Penal em que o réu foi denunciado.Art. 240. Tratando-se de remoção para cumprimento de pena, o consentimento será

dado pelo juiz das execuções penais; para outro fim transitório, o competente para autorizar aremoção será o juiz do processo.

Parágrafo único. Somente será permitida a remoção de presos, se houver vagas nospresídios. Em situações excepcionais, em que haja fundada justificativa, a remoção será permitidapelo juiz da execução penal, em caráter provisório, mesmo não existindo vaga.

Art. 241. Nenhum preso de outra localidade, mesmo do Estado, deverá ser removidopara penitenciária ou instituto penal, sem expedição prévia da guia de recolhimento, que deveráser encaminhada ao juízo das execuções penais, que providenciará a transferência de acordo coma possibilidade do momento.

Art. 242. No caso de requisição ou recambiamento de preso para fora do Estado,somente deverão ser solicitadas providências às autoridades policiais quando a escolta for dointeresse da Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul. Quando no interesse da Justiça de outroente federado, deverá ser feita a comunicação à respectiva autoridade de que a pessoa a serescoltada se encontra à disposição na jurisdição local, para ser removido às suas expensas.

Art. 243. O interrogatório nos processos criminais poderá ser realizado na comarcaem que o réu, preso ou solto, estiver.

Art. 244. Para a realização do interrogatório, será expedida precatória que conterácópias da denúncia ou queixa-crime, bem como as perguntas do juiz deprecante, acompanhadasde peças do inquérito policial: interrogatório, depoimento e provas.

Art. 245. Caso o réu não tenha, ainda, sido citado, a precatória citatória também sedestinará ao interrogatório.

Art. 246. A intimação para a defesa prévia ocorrerá no interrogatório, no juízodeprecado. Esclarecer-se-á ao réu que o prazo para a defesa começará a correr, no juízo doprocesso, no dia da juntada da carta precatória aos autos, independentemente de nova intimação.

Seção IVDas Folhas Corridas e de Antecedentes Criminais

Art. 247. A requisição de folha de antecedentes criminais será feita por ofício, quedeverá conter os esclarecimentos necessários quanto à pessoa investigada, especialmente o seuRG, quando possível.

Parágrafo único. Haverá uma requisição para cada réu ou indiciado. É vedada ainclusão de mais de um nome na mesma requisição.

Art. 248. Os requerimentos de folha corrida criminal serão apresentados ao juiz davara das execuções penais e conterão nome, alcunha, filiação, local e data de nascimento,residência, domicílio e número do RG, se houver.

§ 1º Recebido o requerimento, será apresentado sucessivamente ao distribuidorcriminal e, com as certidões negativas, aos ofícios de execuções penais.

§ 2º Acusada pelo distribuidor a existência de inquérito, de processos criminais oucontravencionais, bem como de pedidos de queixa-crime, os requerimentos serão

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obrigatoriamente apresentados aos respectivos ofícios criminais, para certificarem o que nelesconstar.

Art. 249. As certidões negativas do distribuidor e do ofício das execuções penaispoderão ser expedidas mediante carimbos, colocados no verso dos requerimentos e, se necessário,no anverso da folha seguinte. Nessa hipótese, serão sempre repetidos o nome, a filiação, o local ea data de nascimento e o RG do interessado.

Art. 250. As certidões positivas serão sempre descritas por inteiro, vedado o uso decarimbo.

Art. 251. Nas demais comarcas do Estado, os requerimentos de folha corrida serãoapresentados aos juízes das varas criminais e aplicar-se-ão as disposições contidas nos parágrafosanteriores.

Art. 252. As requisições do juízo das execuções penais, para levantamento dasituação processual de sentenciados, deverão ser atendidas pelos escrivães ou diretores decartório, por ordem de indicação das distribuições relacionadas pelos ofícios de execuções penais.

Parágrafo único. O escrivão ou diretor de cartório do ofício a que for apresentada arequisição, ao prestar a informação que lhe couber, a encaminhará ao escrivão ou diretor decartório do ofício que se seguir ao seu, e assim sucessivamente.

Seção VDa Expedição de Certidão para Fins Criminais

Art. 253. Será isenta de custas e emolumentos a expedição de certidões para finscriminais a indiciado ou réu pobre.

Art. 254. As solicitações deverão ser feitas diretamente aos juízes das varas criminaise do júri na Capital e nas comarcas em que exista vara especializada, ou ao juiz da comarca deprimeira entrância.

Art. 255. As autoridades requisitantes poderão, se não se tratar de certidão de ofícioscriminais da Capital, solicitá-las às delegacias de polícia.

Art. 256. A requisição da autoridade será juntada aos autos e neles serão certificadosa expedição, o número de vias, a data da remessa, o meio utilizado, ou a entrega mediante reciboao interessado.

Parágrafo único. O solicitante deverá declarar a finalidade a que se destina acertidão, e, em se tratando de pedido de revisão criminal, o cartório certificará apenas o inteiroteor da sentença ou do acórdão condenatório e a data do seu trânsito em julgado.

Art. 257. Poderão ser fornecidas cópias reprográficas dos processos, em substituiçãoa certidão, desde que regularmente autenticadas.

Seção VIDo Depósito e Guarda de Armas, Objetos e Entorpecentes

Art. 258. As substâncias entorpecentes não serão recebidas pelos cartórios, emnenhuma hipótese.

Art. 259. As armas e os objetos que acompanham os inquéritos policiais devem seretiquetados, com menção do número do processo, da vara e do nome das partes envolvidas,organizando-se o depósito com o livro próprio, em que serão lançados os dados correspondentes,certificando nos autos o respectivo registro.

Art. 260. Na Capital, as armas e objetos serão recolhidos, desde a fase do inquérito,junto à Seção de Armas e Objetos, sob a administração e responsabilidade da direção do foro,com clara identificação da origem processual, com registro em livro ou meio eletrônico seguro.

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Art. 261. Na Comarca da Capital, as armas e objetos guardados na Seção de Armas eObjetos, ficarão à disposição do juiz do processo a que estão vinculados, que deverá comunicar adestinação dos mesmos após o trânsito em julgado da sentença penal.

Art. 262. A Seção de Armas e Objetos manterá os bens devidamente registrados eclassificados, com controle de sua movimentação mediante recibo.

Art. 263. Na hipótese de serem imprestáveis as armas e os objetos, desde que findo orespectivo processo, o juiz determinará a sua incineração ou inutilização e a lavratura de termo.

Parágrafo único. A incineração será precedida de:I - relação dos bens, mencionando-se o processo em que ocorreu a apreensão ou

depósito;II - designação judicial do dia, da hora e do local;III - publicação de edital, afixado no átrio do fórum, com antecedência de dez dias;IV - inspeção efetuada diretamente pelo juiz.Art. 264. Os veículos apreendidos e considerados sucata por inspeção judicial, não

reclamados após noventa dias da sentença absolutória ou condenatória, serão leiloados, comexceção daqueles vinculados a inquéritos ou a processos de tóxicos.

§ 1º O leilão será precedido das mesmas exigências impostas à incineração. Seuproduto será recolhido ao FUNJECC, com a guia própria.

§ 2º Os bens apreendidos em decorrência de ilícito por tráfico de drogas terão suadestinação em conformidade com a Lei 6.368/76, inclusive quanto a custódia, depósito, utilização ealienação dos mesmos.

Art. 265. Após o trânsito em julgado da sentença, as armas de fogo apreendidas noprocesso serão remetidas por meio de ofício pormenorizado ao Ministério do Exército.

§ 1º Nas comarcas onde não houver órgão do Exército, deverão ser encaminhados àquelemais próximo da comarca, por intermédio da Polícia Militar, com ofício contendo a relação dasarmas, em duas vias; uma deve ser arquivada com o respectivo recibo de entrega.

§ 2º Excetuam-se aquelas armas pertencentes às Forças Armadas, com carga para aPolícia Militar ou a Civil, que, após a realização de perícia, se for o caso, ouvidos o MinistérioPúblico e a defesa, poderá o juiz oficiar à Secretaria de Segurança Pública ou ao Comando da PolíciaMilitar, colocando-as à sua disposição.

Art. 266. É expressamente proibida a retirada, por qualquer pessoa, mesmo a títulode depósito, de armas e objetos apreendidos em feitos criminais, salvo os casos de cautelaautorizados pelo Corregedor-Geral de Justiça.

Art. 267. Reconhecida a incompetência da Justiça comum para processamento ejulgamento de ações penais instauradas contra policiais militares, deverão os autos ser remetidosà Justiça Militar acompanhados das armas neles apreendidas.

Seção VIIDo Exame da Sanidade Mental do Acusado

Art. 268. Os exames de sanidade mental ou dependência toxicológica, cessação depericulosidade, exame criminológico, de interdição e desinterdição, avaliação psiquiátrica eoutros solicitados pelo juiz criminal, serão realizados pelos peritos médicos credenciados peloPoder Judiciário. O laudo lavrar-se-á em dez dias, contados da intimação, se outro prazo nãohouver sido estipulado pelo juiz.

Parágrafo único. Sendo necessário, poderá o perito requerer ao juiz a prorrogação doprazo para entrega do laudo.

Art. 269. O perito médico poderá solicitar ao juiz diretor do foro auxílio paradatilografar ou digitar o laudo.

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Art. 270. O perito médico poderá solicitar vista dos autos fora do cartório, pelo prazoprevisto na legislação processual.

Art. 271. Onde não houver perito médico, o comparecimento do profissional àcomarca ficará condicionado à solicitação do juiz ao Presidente do Tribunal de Justiça, quedeterminará o tempo de permanência, conforme a conveniência administrativa.

Art. 272. Estando o perito médico na comarca, ao juiz é facultado requerer seustrabalhos para outros exames, ainda que não constem na solicitação referida no artigo 271.

Seção VIIIDa Execução Penal e da Corregedoria dos Presídios

Art. 273. A execução e fiscalização das penas ou das medidas alternativas, dasmedidas restritivas de direito, da suspensão condicional da pena e da suspensão condicional doprocesso, na comarca de Campo Grande, compete à Central de Execução de Penas Alternativas -CEPA.

Parágrafo único. O procedimento para a execução das referidas penas será oestabelecido na Resolução n. 339, de 28 de junho de 2001, do Tribunal de Justiça do Estado deMato Grosso do Sul.

Art. 274. Os incidentes relativos à execução penal em curso deverão ser autuados emapenso à execução.

Art. 275. Também deverão ser autuados em apenso ao processo de execução penal osdados relativos à vida pregressa do sentenciado, incluídos os assentamentos fornecidos pelosórgãos policiais, autuação em que deverá constar "situação processual".

Art. 276. A execução penal tem uma única numeração de registro. Nas autuações daseventuais execuções posteriores, deve-se consignar que se trata da segunda, da terceira, e assim pordiante.

Art. 277. Ocorrendo a remoção do sentenciado, deverá ser expedida a guia derecolhimento com todos os dados sobre sua situação processual.

Art. 278. Os cartórios deverão manter fichário manual ou eletrônico para controle dasexecuções penais.

Art. 279. O assentamento de óbito ocorrido na prisão deverá ser assinado pelaautoridade policial e pelos peritos que o tiverem atestado.

Art. 280. No Livro de Registro de Objetos e Valores dos Presos, os lançamentosdeverão ser sempre testemunhados, e as importâncias em dinheiro deverão ser recolhidas naconta única do Judiciário, através de guia própria.

Art. 281. O médico designado pela Secretaria de Saúde para atendimento aospresídios deverá proceder à visita médica semanalmente.

Parágrafo único. Nas visitas médicas semanais, será constatado o estado de saúde ede asseio pessoal dos reclusos, fiscalizada a alimentação fornecida, as condições de higiene dascelas, dos pátios, dos corredores e das instalações sanitárias; havendo necessidade, os reclusosserão vacinados.

Art. 282. Além das visitas semanais, o médico atenderá, sempre que requisitado porautoridade judicial ou policial, os reclusos que necessitarem de assistência médica,providenciando o seu isolamento, quando se tratar de moléstia contagiosa.

Art. 283. Havendo necessidade de intervenção cirúrgica ou de tratamentoespecializado urgente, o médico comunicará, incontinenti, esta circunstância à autoridadejudiciária e solicitará as providências julgadas necessárias à prestação de assistência ao recluso.

Art. 284. A saída ou soltura de preso somente será permitida mediante alvará ouordem escrita da autoridade competente.

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Art. 285. O juiz corregedor de presídios deverá ter conhecimento, por ofício, daentrada, da saída e da fuga dos presos dos estabelecimentos penais, no âmbito de suacompetência.

Art. 286. Ao liberar o preso, a autoridade responsável anotará o endereço em que iráresidir ou lugar em que possa ser encontrado.

Art. 287. As queixas e os pedidos formulados pelos presos deverão ser autuados nocartório.

Art. 288. Os pedidos dos presos, as queixas e as portarias correlatas serão objeto deuma só autuação; o procedimento deve ser numerado e registrado.

Art. 289. Os cartórios deverão controlar, diariamente, as punições administrativasimpostas aos presos pela direção dos presídios, e todos os presos punidos deverão serexaminados, diariamente, pelo médico encarregado, que comunicará, por ofício, qualqueralteração no seu estado de saúde.

Art. 290. A pedido da autoridade competente, poderá ser expedida portariapermitindo ao preso, individualmente, prestar serviços internos no presídio ou nas repartiçõespoliciais.

Art. 291. Mensalmente, a corregedoria dos presídios será informada sobre a situaçãoda população carcerária das cadeias locais e sobre o funcionamento desses estabelecimentos.

Art. 292. Deverá ser controlada e registrada, no mapa próprio, a alimentaçãofornecida aos presos.

Art. 293. Será expedida, incontinenti, a requisição de exame de corpo de delito ante aprática de violência contra preso, para instruir a respectiva sindicância.

Art. 294. Verificada a situação precária do prédio da cadeia pública, o juizcorregedor de presídios baixará portaria instaurando processo de interdição.

Art. 295. Nos autos deverão constar os seguintes documentos:I - relatório passado pela autoridade policial competente;II - laudo médico sobre as condições sanitárias e higiênicas da cadeia pública,

subscrito por dois médicos;III - laudo técnico sobre as condições de segurança e de utilização do prédio,

subscrito por um engenheiro;IV - fotografias da cadeia, assinalando os seus defeitos;V - comunicação da prefeitura municipal local e da Secretaria de Segurança Pública

do Estado, sobre a possibilidade de se efetuar as obras de reforma, de reparo ou de novaconstrução, conforme as conclusões do laudo técnico.

Art. 296. Ultimadas as diligências, sem prejuízo de outras julgadas de interesse ecom manifestação do Ministério Público, o juiz corregedor de presídios examinará sobre aconveniência da interdição.

Parágrafo único. Em caso positivo, o juiz, antes de decretá-la, encaminhará os autosà Corregedoria-Geral de Justiça, para a sua aprovação.

Art. 297. Entendendo justificada a medida, a Corregedoria-Geral de Justiça, semprejuízo de outras providências, autorizará a interdição.

Art. 298. Em seguida, os autos serão devolvidos à comarca de origem, e o juizcorregedor de presídios decretará a interdição, expedindo portaria.

Art. 299. Encerrado o procedimento, serão remetidas cópias da portaria de interdiçãoà Corregedoria-Geral de Justiça e à vara de execuções penais da Capital, dando-se ciência aosSecretários de Estado da Segurança Pública e da Justiça.

Art. 300. Para interdição de cadeia ou presídio por outros motivos, deverá o juizcorregedor de presídios, previamente, justificar e pedir autorização ao Corregedor-Geral deJustiça.

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Seção IXDos Serviços da Corregedoria e da Polícia Judiciária

Art. 301. A prisão ou a detenção de qualquer pessoa deverá ser comunicadaimediatamente ao juiz das execuções penais.

Art. 302. Toda prisão em flagrante será imediatamente comunicada ao juízo que, nostermos da lei e da organização judiciária, for competente para a respectiva ação penal.

Art. 303. A autoridade policial formalizará as comunicações, indicando o endereço, otelefone e o estabelecimento onde se encontra o detento, por ofício que, instruído com duascópias do auto, será devidamente protocolado.

Art. 304. Os inquéritos policiais deverão ser processados em duas vias, com anotaçãono respectivo Livro de Registro; arquivar-se-á a segunda via no cartório da delegacia.

Art. 305. Todos os indiciados deverão ser qualificados para tornar certa a suaidentidade, com indicação, inclusive, de seu local de trabalho, do número da carteira profissional, dotítulo de eleitor e CPF.

Art. 306. Na qualificação das vítimas e das testemunhas, deverão constar,obrigatoriamente, o número do documento de identificação, os locais de residência e de trabalho,bem como todos aqueles em que possam ser eventualmente encontrados.

Art. 307. No relatório, poderá a autoridade indicar testemunhas que não tiveram sidoinquiridas, mencionando o lugar onde possam ser encontradas. Atestará, se for o caso, a pobrezado indiciado, para eventual isenção de custas e emolumentos.

Art. 308. Todos os inquéritos de réus soltos não concluídos em trinta dias deverão serremetidos ao juízo criminal ou à central de inquéritos. Mencionar-se-ão os motivos da demora esolicitar-se-á prazo para novas diligências, quando for o caso.

Capítulo VIDos Oficiais de Justiça e Avaliadores

Seção IDas Disposições Gerais

Art. 309. Quando o mandado destinar-se à citação e/ou à intimação para audiência,será cumprido pelo menos dez dias antes da data designada, quanto à pessoa do réu, em setratando de ação de rito sumário, e pelo menos cinco dias antes, com relação às demais pessoas.

§ 1º O oficial de justiça e avaliador verificado que o prazo de cumprimento demandado está prestes a vencer, sem que tenha podido cumpri-lo, justificará o fato ao juiz doprocesso, a quem requererá dilação, pedido que, se deferido, será anotado no registro da cargafeita ao meirinho.

§ 2º Os mandados cujos prazos para cumprimento tiverem sido ultrapassados serãocobrados do oficial de justiça e avaliador. Não lhe será distribuído nenhum outro mandado atéque os atrasados sejam devolvidos, exceto os que se referirem à assistência judiciária.

Art. 310. Diariamente, ficarão de plantão oficiais de justiça e avaliadores em númerosuficiente para atender o movimento da comarca, conforme escala mensal organizada e publicadapelo juiz diretor do foro.

Art. 311. Os mandados deverão ser retirados pelo oficial de justiça e avaliador,mediante carga, diariamente, do cartório, da central de mandados ou da controladoria quandoexistentes. Constituirá falta grave o descumprimento desta determinação.

§ 1º Não serão distribuídos mandados aos oficiais de justiça e avaliadores nos quinzedias antecedentes às férias marcadas na escala ou licença, exceto para tratamento de saúde, de

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modo a permitir o cumprimento de todos os mandados até então recebidos; vedada a baixa pararedistribuição.

§ 2º Se, no final do expediente do antepenúltimo dia que anteceder o seu afastamento,o oficial de justiça e avaliador não tiver cumprido todos os mandados mantidos em seu poder, aautorização para o gozo de férias, de licença-prêmio por assiduidade ou de licença paracapacitação ficará automaticamente revogada, por necessidade do serviço.

Art. 312. É vedada a devolução de mandado sem a realização da diligência, salvo pordeterminação judicial.

Art. 313. Em todas as diligências judiciais, o oficial deverá identificar-se,informando ao destinatário o seu nome e sua função, exibindo-lhe, obrigatoriamente, a carteira deidentidade funcional.

Art. 314. Antes de o oficial de justiça e avaliador certificar que o réu se encontra emlugar incerto e não sabido ou inacessível, deverá esgotar todas as possibilidades de localizaçãopessoal e especificará, na certidão, as diligências efetuadas.

Art. 315. Os oficiais de justiça e avaliadores, ao procederem às citações,especialmente à investidura de alguém como depositário de bens penhorados, deverão exigir aexibição do documento de identidade pessoal do citando e da pessoa nomeada para depositário eanotarão, na certidão ou no auto de penhora e depósito, o respectivo número do documento.

Art. 316. Será permitida a nomeação de oficial de justiça e avaliador ad hoc,mediante prévia autorização da Corregedoria-Geral de Justiça, desde que comprovada, pelo juiz,a real necessidade do serviço.

§ 1º As nomeações a que se refere o caput deste artigo deverão recair, comprioridade, em servidor da comarca ou em integrante do banco de recursos humanos.

§ 2º São requisitos mínimos para o exercício da função:I - comprovação de residência na cidade, pelo menos por cinco anos, com exceção

dos concursados e dos integrantes do banco de recursos humanos;II - oferecimento de certidões do serviço de distribuição cível e criminal;III - quitação do serviço militar e da justiça eleitoral;IV - exame de saúde.Art. 317. O oficial de justiça e avaliador registrará, diariamente, a presença no livro

ou no cartão de ponto, em horário determinado pelo juiz diretor do foro.Parágrafo único. A justificativa do não-registro da presença fundada no cumprimento

de mandado será, no dia posterior, apresentada ao juiz diretor do foro, que decidirá sobre o seucômputo.

Art. 318. O oficial de justiça e avaliador fica proibido de cumprir diligênciasportando acintosamente arma de fogo ou fazendo demonstração de força pessoal ou dehostilidade.

Parágrafo único. O oficial de justiça e avaliador, quando em diligências, terá o maisrápido e facilitado atendimento por parte dos servidores dos registros de imóveis e dos registroscivis e, em caso de desrespeito a essa determinação, deverá comunicar imediatamente ao juiz dofeito ou ao corregedor permanente.

Art. 319. A indenização de transporte dos oficiais de justiça e avaliadores será pagade acordo com a Lei nº 2.388, de 26.12.2001, e seu regulamento.

Seção IIDa Avaliação

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Art. 320. Considera-se unidade imobiliária, para fins de avaliação, a porção indivisa,matriculada no cartório de registro de imóveis, na qual a avaliação de quaisquer das suas partesimplique necessariamente na avaliação do todo da unidade imobiliária.

Art. 321. Ao elaborar o laudo de avaliação, deverá ser feita a descrição completa dacoisa ou objeto, com precisa individualização.

Art. 322. A avaliação deverá exprimir o justo e real valor da coisa avaliada, tendo-seem conta os elementos de ordem técnica e econômica.

§ 1º O valor atribuído ao bem corresponderá ao de mercado na data do laudo e deveser expresso em moeda corrente e pela quantidade de unidades do indexador aplicado paraatualização monetária das contas judiciais, quando existente.

§ 2º Quando o bem avaliado estiver acrescido de benfeitorias, estas serão descritasminuciosamente e constarão na avaliação especificada.

Capítulo VIIDos Peritos

Art. 323. Os honorários dos peritos designados pelo juiz, uma vez arbitrados, serãodepositados em cartório antes da realização da diligência, se de outra forma não forconvencionado.

Art. 324. O perito, quando necessário e a critério do juiz, terá vista dos autos fora docartório.

Art. 325. O assistente técnico terá vista dos autos em cartório, salvo se, de comumacordo, requererem a sua entrega e assinarem carga conjunta; em tal hipótese, ficam responsáveispela restituição do processo.

Art. 326. Para a execução de perícia referente a engenharia, arquitetura e agronomia,a nomeação do perito e a indicação de assistentes técnicos deverão recair em profissionalqualificado para a natureza da perícia e devidamente inscrito no Conselho Regional deEngenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado de Mato Grosso do Sul.

Art. 327. Em todo trabalho a ser realizado, se for o caso, deverá o perito apresentarao juiz a Anotação de Responsabilidade Técnica, definidora da responsabilidade técnica pelotrabalho executado, devidamente preenchida para o visto do juiz. A sexta via, após a autenticaçãobancária, deve ser juntada aos autos com o laudo.

Art. 328. Aplicam-se aos assistentes técnicos os mesmos dispositivos referentes aosperitos.

Capítulo VIIIDo Distribuidor, Contador e Partidor

Seção IDa Distribuição

Art. 329. Na primeira instância, os feitos serão obrigatoriamente levados ao registrode distribuição. Havendo mais de um ofício, a distribuição será alternada e determinará acompetência.

Parágrafo único. As ações dirigidas aos Juizados Especiais não estão sujeitas àdistribuição.

Art. 330. A distribuição tem por finalidade precípua a igualdade do serviço forense eo registro cronológico, metódico e ordenado de todos os feitos.

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Art. 331. O distribuidor, ao receber a petição inicial, ou a reconvenção, deveráobservar se houve o recolhimento do preparo da ação e, em caso negativo ou quando orecolhimento for insuficiente, deverá acostar à inicial certidão da irregularidade constatada.

Parágrafo único. Quando não houver valor atribuído à causa, será observado odisposto no artigo 414.

Art. 332. Os cartórios distribuidores funcionarão com os seguintes livros:I - Livro de Registro da Distribuição;II - Livro Indicador dos Feitos Distribuídos, exceto para as comarcas de primeira

entrância; III - Livro Índice;IV - Livro Caixa, utilizado apenas nos cartórios privatizados.Parágrafo único. Os livros previstos nos incisos I e II poderão ser desdobrados em

dois: um para os feitos cíveis, e o outro para os feitos criminais.Art. 333. Alterado o registro, será feita a averbação no livro próprio, à margem da

distribuição inicial, mencionando-se a folha do processo em que foi proferida a decisão judicial eo juízo correspondente.

§ 1º As alterações averbadas pelos distribuidores cíveis e criminais serão feitas nospróprios autos enviados pelas serventias. A medida será imediatamente anotada, e os autos serãodevolvidos à vara de origem, acompanhados da certidão do ato praticado.

§ 2º As alterações devem ser feitas na ficha original, no Livro de Registro ou deCancelamento e no protocolo, quando existir. Ficará arquivado na serventia o ofício ou oexpediente que determinou a alteração.

Art. 334. O Livro de Registro de Distribuição será escriturado em ordem cronológicae conterá, no mínimo, colunas próprias para serem lançados:

I - o número de ordem;II - a data de distribuição;III - o nome das partes;IV - a natureza da ação;V - a classificação do feito;VI - o valor da ação ou o dispositivo penal imputado;VII - o juízo ou a vara a que foi distribuído;VIII - as averbações.Parágrafo único. Aos distribuidores incumbe a distribuição dos feitos, observadas as

seguintes normas:a) o serviço de distribuição é obrigatório e funcionará no edifício do fórum, em

horário fixado pelo juiz diretor do foro;b) cada feito ou papel deverá ser lançado na ordem rigorosa da sua apresentação; não

pode o servidor revelar a quem caberá a distribuição, cujo resultado será publicado no Diário daJustiça do Estado;

c) o registro de feitos será lançado em livro próprio ou em disquetes, em caso dedistribuição informatizada; deve ser organizado índice alfabético; fica facultado o uso de fichário;

d) a distribuição será obrigatória, alternada e rigorosamente eqüitativa, conforme asua especialização, entre juízes e ofícios da justiça; realizar-se-á em audiência pública e mediantesorteio a distribuição dos feitos;

e) nos casos de baixa, far-se-á a compensação, mediante distribuição de outra causa,dentro da mesma classe ou subclasse, bem como nos casos de falta ou erro de distribuição, deofício ou a requerimento do interessado;

f) não será compensada, a baixa que não for realizada dentro de trinta dias, a partir dodespacho que a determinou;

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g) a distribuição por dependência, nos termos da lei processual, não quebrará aigualdade; perderá a próxima vaga a pessoa ou o cartório por ela alcançados;

h) na entrega da petição a ser distribuída, fornecerá o distribuidor recibo à parte;i) no caso de aditamento da denúncia, o escrivão ou diretor de cartório, antes de

remeter os autos ao juiz, apresentá-los-á ao distribuidor, dentro de vinte e quatro horas, para adevida averbação;

j) proceder-se-á da mesma forma quando a concordata se transformar em falência;quando, no curso do inventário, abrir-se a sucessão do cônjuge sobrevivente ou de herdeiros;quando o chamado ao processo vier a juízo e contra ele prosseguir a causa; quando houvernomeação à autoria, compareça ou não o nomeado; e quando, em qualquer fase do processo,surgir litisconsórcio ativo ou passivo, não previsto no tempo da distribuição inicial;

k) encerrado o expediente normal, o juiz poderá receber petição inicial cível, emcaráter de urgência, ou pedido de habeas corpus e decidirá ou determinará as providênciascabíveis e, posteriormente, encaminhará o feito ao juiz diretor do foro, a fim de ser distribuído e,caso haja proferido julgamento, para oportuna compensação;

l) serão anotados, por município, à margem do Livro de Distribuição, no espaçopróprio, os feitos distribuídos;

m) no crime, qualquer decisão final passada em julgado será averbada pelodistribuidor.

Art. 335. O Livro Indicador dos Feitos Distribuídos ou Índice, sem modelo especial,servirá para o controle da distribuição.

§ 1º O Livro Indicador será escriturado de forma que, a cada indicação se destine umapágina, no mínimo; preenchida a página ou páginas, a escrituração prosseguirá em outra,fazendo-se a necessária remissão.

§ 2º A indicação consiste no lançamento do feito pela sua natureza e por classificaçãono topo da página que lhe é destinada.

§ 3º O Livro Indicador será escriturado, em seguida ao registro da distribuição, daseguinte maneira:

I - se o feito distribuído ainda não estiver indicado, por ser o primeiro a surgir, seráaberta a sua indicação na primeira página livre;

II - ato contínuo, anotar-se-ão o número e a data da distribuição e o cartório e o juízoou vara a que foi distribuído.

Art. 336. O cartório distribuidor poderá adotar índice do Livro Indicador, a fim depossibilitar a localização imediata de qualquer indicação.

Art. 337. O Livro Índice ou fichas sem modelo especial será escriturado em ordemalfabética e nele serão registrados os nomes de todas as pessoas que figurarem no Livro deRegistro da Distribuição, como autor ou como réu.

§ 1º No Livro Índice, além do registro do nome da pessoa, far-se-á referência aoslivros, às folhas e aos números das distribuições em que ela figurar.

§ 2º Reservar-se-á no mínimo três linhas para cada nome, de forma que, quandohouver nova distribuição em relação àquele nome, será feita apenas a anotação das novasreferências.

Art. 338. Nos casos de aditamento da denúncia com inclusão de novos acusados,admissão de litisconsórcio ulterior à propositura da ação ou de chamamento ao processo, serãofeitas as devidas anotações pelo distribuidor.

Parágrafo único. As decisões em matéria criminal serão sempre anotadas nadistribuição.

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Art. 339. O distribuidor, por ocasião da distribuição da petição, fará constar, nosrecibos fornecidos às partes ou nas contrafés, a observação de que as intimações serão efetuadaspor publicação no Diário da Justiça do Estado.

Art. 340. Em se tratando de petição inicial, o serviço de distribuição, após definir avara para a qual será distribuída, anotará, no registro de protocolo, a serventia para a qual seráencaminhada a petição.

Art. 341. Fica expressamente vedado o recebimento de petições pelo distribuidor,pela forma manual, salvo se, na comarca, não há protocolador automático.

Art. 342. O horário da realização das audiências de distribuição de feitos será fixadoem portaria do juiz diretor do foro.

Art. 343. Após o início da última audiência de distribuição, os ofícios e os autosrecebidos referentes às comunicações de prisão em flagrante e bem assim as petições de habeascorpus ou de mandados de segurança serão relacionados e distribuídos até o momento em que seachar presente o juiz diretor do foro.

Art. 344. O inquérito policial deverá passar pelo distribuidor para anotação e seráencaminhado ao órgão do Ministério Público ou à Coordenadoria de Inquéritos Policiais, ondehouver, para a tramitação, até a denúncia ou o pedido de arquivamento, quando voltará aodistribuidor, de modo a permitir a anotação do arquivamento ou, oferecida a denúncia, a fim deque seja distribuída à respectiva vara de competência, observada a prevenção do juízo.

Art. 345. As representações de prisão preventiva formuladas pela autoridade policialtambém serão anotadas pelo distribuidor e remetidas para a coordenadoria; após recebido parecerou denúncia, se for o caso, voltarão ao distribuidor para distribuição a uma das varas criminais,no horário de expediente, ou, fora dele, ao juízo de plantão. Se a representação vier acompanhadado inquérito policial e for ao juiz sem denúncia, em não sendo decretada a prisão preventiva,voltará ao distribuidor para a baixa e a devolução à coordenadoria, onde tramitará até denúnciaou pedido de arquivamento. Todavia, se a prisão preventiva representada for decretada, estarápreventa a jurisdição.

Art. 346. A reconvenção está sujeita à anotação compulsória pelo distribuidor, bemcomo ao pagamento da taxa judiciária e de custas judiciais.

Art. 347. Na distribuição devem ser anotados:a) inquéritos arquivados;b) indiciados não denunciados;c) não-recebimento de denúncia ou de queixa-crime;d) declaração da extinção de punibilidade;e) trancamento da ação penal;f) absolvição;g) impronúncia;h) pena privativa de liberdade cumprida, julgada extinta ou que tenha sua execução

suspensa (artigos 156 e ss. da Lei 7.210/84);i) pena privativa de liberdade, cuja execução for convertida em multa ou em restritiva

de direitos;j) condenação à pena restritiva de direito não convertida;k) condenação à pena de multa isoladamente;l) reabilitação não revogada;m) pedido de explicação em juízo, interpelação e justificação;n) suspensão condicional do processo.Art. 348. O cancelamento da distribuição só será ordenado no caso de erro ou se não

for efetuado o preparo no prazo de trinta dias; extinto o processo, o juiz poderá, de ofício ou arequerimento do interessado, deferir a respectiva averbação.

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Art. 349. Ao juiz em exercício na direção do foro compete presidir as audiências dedistribuição, observando o seguinte:

I - as audiências serão públicas e realizadas uma vez por dia;II - as petições entregues serão levadas à primeira distribuição que se seguir, se

estiverem em ordem;III - designada, por sorteio, a vara, salvo o caso de dependência, e feito na petição o

devido lançamento, o distribuidor encaminhará os papéis, via cartório; cumpre-lhe registrá-los eremetê-los, sob protocolo, aos respectivos juízes.

§ 1º Independem de despacho judicial, para “distribuição por dependência”, osembargos de terceiro, a conversão de separação em divórcio, a ação principal em relação àcautelar, a cautelar incidental, a impugnação ao valor da causa, a exceção de suspeição e deimpedimento, a impugnação ao pedido de assistência judiciária gratuita e a oposição.

§ 2º Distribuir-se-ão por dependência os feitos de qualquer natureza que serelacionam com outros já distribuídos na forma da lei processual.

§ 3º Nos demais casos, a distribuição por dependência somente será realizada à vistade despacho do juiz competente que a determinar.

Art. 350. Constatando o serviço de distribuição a distribuição de várias iniciais comas mesmas partes e o mesmo tipo de procedimento, deverá, imediatamente, comunicar o fato aojuiz diretor do foro para providências, dentre as quais, a distribuição para uma mesma vara.

§ 1º Quando houver fundada suspeita de que a petição apresentada visa burlar aregularidade das distribuições, será encaminhada ao juiz diretor do foro, que comunicará o fato àCorregedoria-Geral de Justiça.

§ 2º Idêntico procedimento será observado na distribuição de petições iniciais demandados de segurança, tutela antecipada e processos cautelares, nominados ou inominados, compedido de liminar; fica limitada a pesquisa fonética aos últimos cento e vinte dias.

Art. 351. Ao juiz diretor do foro compete estabelecer a forma pela qual se farão ossorteios.

Art. 352. Os habeas corpus, os feitos que comportarem a concessão de liminar e asmedidas cautelares poderão, em caso de urgência, ser distribuídos fora das audiências.

Art. 353. As dúvidas ou as reclamações suscitadas por ocasião da distribuição serãosolucionadas pelo juiz que a preside.

Art. 354. A distribuição do testamento determina a competência para o inventário epara as ações que lhe digam respeito.

Art. 355. Os pedidos de retificação, anotação, adição, baixa e cancelamento,inclusive de falências e concordatas serão encaminhados ao próprio juiz do feito, que determinaráa providência cabível.

Art. 356. Os pedidos de desistência de distribuição, depois de protocolada a inicial,poderão ser concedidos mediante petição do interessado ao juiz diretor do foro.

Parágrafo único. Despachado favoravelmente o pedido de desistência de distribuição,o distribuidor, mediante recibo, devolverá à parte a inicial e inutilizará o carimbo aposto namesma, arquivando o pedido.

Art. 357. Para o fim exclusivo de distribuição e registro, fica estabelecida, sempre porordem do juízo, a averbação, que é o ato decorrente do encerramento definitivo do feito, dacessação do processo ou ainda em virtude da redistribuição por competência privativa.

Art. 358. Os distribuidores devem registrar, sempre que possível, a qualificaçãocompleta dos réus e dos acusados em geral.

Art. 359. Além da guarda e da conservação da documentação administrativa, cabe aosdistribuidores o arquivamento:

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I - dos nomes de todos os autores, dos réus, dos requeridos e das demais partes queconstam nas petições registradas, sendo as fichas arquivadas pelo nome do réu, e nelas constarãoas informações complementares (vara, data de distribuição, autor e outros), necessárias àqualificação deles;

II - dos nomes dos autores e dos réus incluídos por determinação judicial;III - das demais alterações no curso do processo, determinadas pelos juízes;IV - dos documentos relativos às autuações de homonímia.Parágrafo único. Ficam os distribuidores autorizados a retirar dos seus arquivos as

fichas de anotações de cancelamento; todavia, devem mantê-las nos livros de registros próprios.Art. 360. As petições iniciais serão protocoladas pelo distribuidor e, depois de

rubricadas, serão encaminhadas, por protocolo, às serventias.Art. 361. As buscas serão efetuadas somente com pedido escrito do interessado.Art. 362. O juiz poderá deferir a gratuidade do fornecimento de certidão ao

hipossuficiente de recursos financeiros, desde que o pedido esteja instruído com declaraçãoassinada pelo requerente de que é pobre na forma da lei.

Art. 363. É vedado ao distribuidor fornecer certidão com lista ou relação dasdistribuições, contendo o nome de pessoa não arrolada em requerimento escrito firmado pelointeressado.

Parágrafo único. A certidão com lista ou relação das distribuições será expedida noprazo de 3 (três) dias úteis, contados da data do protocolo do requerimento.

Art. 364. Poderá o serviço de distribuição, atendendo o que lhe for requerido,fornecer à Federação de Bancos, SERASA - Centralização de Serviços dos Bancos S.A.,instituições federais, associações comerciais, estabelecimentos bancários, Serviço de Proteção aoCrédito, relação sob forma de certidão de ações concernentes a pedidos de falência, deconcordata, de execução por título extrajudicial, embargos à execução, busca e apreensão de bensalienados fiduciariamente ou relativo a vendas com reserva de domínio, salvo havendo pedidoespecífico de outra natureza, com a observação de se tratar de informação de caráter sigiloso, eque é vedada a sua publicação pela imprensa ou qualquer outro tipo de divulgação, sob pena decancelamento da concessão.

§ 1º É sigiloso o caráter da certidão contendo lista plurinomial, sendo vedada a suadivulgação, sob pena de suspensão de seu fornecimento pelos distribuidores do Estado, peloprazo mínimo de 6 (seis) meses, a ser aplicada pelo juiz permanente da comarca,independentemente de outras sanções cabíveis.

§ 2º A certidão com lista plurinomial será expedida no prazo de 5 (cinco) dias úteis, acontar da data do protocolo do requerimento.

§ 3º Os serviços de distribuição informatizados fornecerão cópia da certidão emmídia apresentada pelo interessado, conforme as folhas impressas, de modo a permitir aferir aintegridade da informação prestada.

§ 4º No prazo máximo de 2 (dois) dias úteis, o requerente da certidão deve excluir deseu cadastro todo e qualquer lançamento referente a ação extinta ou execução sujeita a embargosdo devedor, para não incorrer na pena do § 1º deste artigo.

Art. 365. Nas certidões expedidas pelo serviço de distribuição cível não constarão osprocessos extintos; devem constar as cartas precatórias, salvo se houver determinação emcontrário do juiz diretor do foro a requerimento do interessado.

Art. 366. A requerimento do interessado, a certidão de distribuições cíveis indicaráexclusivamente os pedidos de falência, concordata, inventários e arrolamentos.

Art. 367. As certidões expedidas e não retiradas pelos interessados dentro de trintadias, contados da data da expedição, serão inutilizadas.

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Art. 368. Na certidão de antecedentes criminais, para fins exclusivamente civis, seráconsignada a expressão “nada consta”, nas hipóteses mencionadas no artigo 347; registram-se,todavia, as ocorrências de distribuição, nos casos em que a pena privativa de liberdade:

a) estiver sendo executada;b) não prescrita, ainda não tenha sido executada;c) não tenha sido julgada extinta.Art. 369. Nas certidões expedidas pelo serviço de distribuição criminal constarão as

cartas precatórias, salvo se houver determinação em contrário do juiz diretor do foro.Art. 370. O disposto nos parágrafos anteriores não se aplica às requisições judiciais

nem às certidões para:a) fim eleitoral;b) inscrição em concurso público;c) posse ou exercício de cargo, função ou atividade pública;d) inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil;e) quando a pena restritiva de direitos consistir na proibição de habilitação ou

autorização para conduzir veículos, aeronaves, ou ofício que dependa de habilitação especial, delicença ou autorização do Poder Público, e a certidão se destinar a um desses fins específicos.

Art. 371. Ocorrendo clara homonímia, as certidões serão expedidas com indicaçãodetalhada da qualificação da pessoa referida.

Art. 372. Os casos omissos, não previstos ou duvidosos devem ser submetidos ao juizdiretor do foro.

Art. 373. No cumprimento de cartas precatórias, serão obedecidas as seguintesnormas:

I - tratando-se de precatória criminal, o distribuidor comunicará imediatamente ojuízo para o qual foi distribuída, indicando a natureza do feito, o nome do réu ou querelado e davítima ou querelante;

II - tratando-se de precatória cível:a) ao receber carta precatória cível, determinará o juiz, antes da distribuição, que o

distribuidor proceda à contagem exata das custas processuais;b) em seguida, ordenará que se oficie ao juízo deprecante, com AR ou CR,

informando-o do recebimento da carta precatória e de que esta se encontra na dependência depreparo a ser efetuado em favor do FUNJECC, no prazo de quinze dias, sob pena de devoluçãoindependentemente de seu cumprimento.

c) na conta de custas deverão constar todas as despesas previstas, inclusive as deporte do correio, com o AR e a taxa judiciária, quando a carta precatória for procedente de outroEstado da Federação;

Art. 374. Caberá à contadoria elaborar contas e cálculos, em que se incluirão todas asdespesas reembolsáveis, desde que necessárias e comprovadas nos autos.

Art. 375. Os recolhimentos de porte e remessa dos autos, nos procedimentosrecursais, serão feitos por guia de recolhimento ao FUNJECC, juntamente com o preparo,considerando-se os volumes que compõem os respectivos autos e o número de folhas que nelesconstam, cujo valor será fixado em provimento.

Art. 376. A contadoria deverá ter um classificador para arquivamento de cópias decálculos, contas e esboços de partilha, organizado em ordem cronológica.

Art. 377. A contadoria, quando da elaboração da conta de liquidação nas execuçõesem que a Fazenda Pública for vencida, deverá destacar a parcela correspondente aos honoráriosadvocatícios a que foi condenada a pagar.

Art. 378. A conta será elaborada em cinco dias. Os autos serão devolvidos aosrespectivos cartórios no prazo de vinte e quatro horas; é indevida a sua retenção.

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Art. 379. Sendo impossível a elaboração do cálculo da conta, por deficiência ouinexistência de elementos essenciais, os autos serão imediatamente devolvidos ao juízo deorigem, devidamente informados.

Art. 380. Os esboços de partilha serão efetuados pelo partidor no prazo de dez dias,contados do recebimento dos autos.

Art. 381. Para fins de distribuição, os feitos serão classificados de acordo com astabelas anexas a estas Normas.

Capítulo IXDo Ofício da Infância e da Juventude

Seção IDos Livros

Art. 382. O ofício da infância e da juventude deverá possuir, além dos obrigatórios,os seguintes livros:

I - Registro de Termos, com índice;II - Registro de Colocação em Casa de Semiliberdade e Internação, com índice;III - Registro de Penalidades Administrativas, com índice;IV - Registro de Portaria;V - Registro de Crianças e de Adolescentes em condições de serem adotados;VI - Registro de Pessoas Interessadas na Adoção.VII - Registro de atas de visitas a entidades governamentais e não governamentais de

atendimento a crianças e a adolescentes.Art. 383. Todas as comunicações, os relatórios, os requerimentos ou as portarias que

ensejem a instauração de qualquer procedimento deverão ser registrados no Livro de RegistroGeral de Feitos.

Art. 384. O Registro de Termos compreenderá o registro daqueles referentes acompromisso de comissários, advertências à criança ou ao adolescente, entrega do menor aos pais,aos responsáveis ou a pessoa idônea, colocação em lar substituto (delegação de pátrio poder,guarda e tutela), concessão de liberdade assistida, penalidades e obrigações dos pais ou dosresponsáveis e inspeção.

Art. 385. A critério do juiz, é facultado o desmembramento do Livro de Registro deTermos.

Art. 386. O termo deverá ser lavrado após a decisão judicial, em três vias; destina-sea primeira ao processo, a segunda ao interessado, e a terceira à formação do livro; serão assinadaspelo juiz e pelas partes, e nelas constarão, quando for o caso, todos os elementos necessários epertinentes, inclusive qualificação dos interessados.

Art. 387. O livro será constituído das cópias dos termos, com o máximo de duzentase cinqüenta folhas, numeradas e rubricadas pela autoridade judiciária.

Art. 388. O Livro de Registro de Colocação em Casa de Semiliberdade e Internaçãoconterá o registro do destino do menor, será formado em folhas soltas, com todos os dados e oselementos pertinentes à medida aplicada.

Art. 389. As penalidades administrativas deverão ser registradas, com todas asindicações pertinentes ao ato, inclusive a execução da medida, que será também certificada norespectivo procedimento.

Art. 390. O ofício judicial terá os seguintes classificadores para arquivamento de:I - autorização de trabalho;II - autorização para viajar;III - alvarás concedidos;

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IV - guias referentes a penalidades administrativas;V - portarias e provimentos do juízo.

Seção IIDos Inspetores de Menores e dos Comissários Voluntários

Art. 391. A fiscalização sobre cumprimento das decisões judiciais ou dasdeterminações administrativas tomadas com relação à assistência, à proteção e à vigilância demenores poderá, além da que cabe à autoridade judiciária, diretamente ou por intermédio daInspetoria de Menores, ser desempenhada por comissários voluntários.

Art. 392. Os comissários voluntários serão nomeados pela autoridade judiciária atítulo gratuito, dentre pessoas idôneas merecedoras de sua confiança, por meio de expediente quedeverá ser autuado e devidamente instruído.

Art. 393. Os comissários voluntários serão escolhidos entre pessoas maiores de vintee um anos de idade, preferentemente com instrução secundária completa, com bons antecedentese portadores de documentos abonadores de sua idoneidade moral.

Art. 394. A coordenação dos trabalhos de fiscalização será atribuída ao inspetor demenores.

Parágrafo único. O coordenador nomeado deverá apresentar ao respectivo juiz, até oquinto dia útil de cada mês, relatório dos serviços desenvolvidos pelos comissários voluntários,referente ao mês anterior.

Art. 395. Com exceção da carteira de identidade, os crachás e outros símbolossomente poderão ser utilizados pelo comissário voluntário em serviço, e lhe serão entregues pelocoordenador no início do trabalho; deverão ser restituídos no final.

Art. 396. Quando estiverem no recinto de clubes, cinemas, casas de espetáculos ousimilares, no exercício da função, não poderão participar de bailes, distrair-se com o espetáculo,nem se fazerem acompanhar de familiares ou de convidados.

Art. 397. Aos inspetores e aos comissários de menores é proibida a utilização dearmas, algemas ou qualquer outro instrumento por ocasião dos serviços de fiscalização.

Art. 398. O comissário voluntário poderá ser exonerado a qualquer momento, porconveniência do juízo, a pedido seu ou por justa causa.

Parágrafo único. Sempre que houver notícia de irregularidade praticada porcomissário voluntário no exercício da função, deverá o juiz, imediatamente, tomar asprovidências disciplinares que entender necessárias.

Seção IIIDa Adoção de Criança e de Adolescente

Art. 399. A adoção de criança e de adolescente reger-se-á conforme o disposto na Lei8.069/90, na Resolução 222/94, alterada pela Resolução 284/99, e no Regimento Interno daComissão Estadual Judiciária de Adoção - CEJA/MS.

Art. 400. O juiz deste Estado, com jurisdição em matéria da Infância e da Juventude,deverá manter cadastro de pretendentes nacionais ou estrangeiros residentes no país, com ânimodefinitivo, interessados em adoção de crianças e de adolescentes cadastrados, em condições deserem adotados.

§ 1º Os interessados deverão apresentar requerimento, solicitando a inscrição,instruído com documentos comprobatórios dos dados que constam na planilha cadastral depessoas interessadas em adoção, instituída pela CEJA/MS, o qual será autuado, numerado e

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registrado em livro próprio. Colhido o parecer da Promotoria da Infância e da Adolescência, osautos serão conclusos.

§ 2º Deferido o pedido de cadastramento, deverá ser encaminhada a planilha aocadastro da CEJA/MS.

§ 3º Indeferido o pedido de cadastramento, os dados colhidos na planilha cadastral depessoas inidôneas para adoção, instituída pela CEJA/MS, serão encaminhados àquele colegiado.

§ 4º Será também encaminhada à CEJA/MS a planilha cadastral de criança ou deadolescente disponível para adoção, devidamente preenchida, conforme modelo próprio.

§ 5º Até o dia dez de cada mês, deverão ser encaminhados à CEJA/MS os relatóriosdos cadastramentos de pessoas interessadas, inidôneas e de criança ou de adolescente disponívelpara adoção ou a notícia da respectiva não-ocorrência.

Art. 401. O deferimento do pedido de adoção deverá ser imediatamente comunicadoà CEJA/MS, para a devida anotação no cadastro geral.

Art. 402. A ocorrência de falecimento de criança, adolescente e de pretendentescadastrados ou a desistência manifesta deverão ser comunicadas à CEJA/MS.

Art. 403. O juiz recorrerá ao cadastro geral quando os pretendentes à adoção,inscritos no cadastro local, não manifestarem interesse nas crianças e nos adolescentescadastrados na comarca em condições de serem adotados.

Parágrafo único. Será fornecido ao juiz o rol dos dez primeiros pretendentes àadoção registrados no cadastro geral.

Art. 404. As informações que constam no cadastro das pessoas consideradasinidôneas para a adoção somente serão prestadas mediante requisição judicial.

Seção IVDa Fiscalização das Entidades de Atendimento a Crianças e Adolescentes

Art. 405. Todas as entidades governamentais e não governamentais de atendimento acrianças e adolescentes serão individualmente cadastradas pelos juízos da infância e dajuventude, observada a natureza da entidade e a competência do juízo.

Art. 406. O prontuário da entidade de atendimento será autuado com cópia de seuregistro no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente ou, na sua falta,perante a autoridade judiciária da comarca a que ela pertencer.

Art. 407. No âmbito de sua competência ou jurisdição, os juizes da infância e dajuventude da Capital e do interior, assessorados pelo setor técnico (serviço social e psicologia),farão obrigatoriamente, nos meses de abril e de outubro de cada ano, visitas às entidades deatendimento que desenvolvem programas de abrigo, liberdade assistida, semiliberdade einternação. Lavrar-se-á ata para arquivamento em livro próprio, com cópia no prontuáriorespectivo.

Art. 408. A entidade que desenvolve programas de abrigo, internação esemiliberdade manterá prontuários individualizados de crianças e adolescentes por ela mantida,onde constem informações detalhadas do atendimento.

§ 1º O juiz da infância e da juventude da Capital e do interior, quando doencaminhamento de crianças e de adolescentes para a entidade referida no caput deste artigo,fornecerá documento hábil de identificação (certidão de nascimento, carteira de identidade), paraarquivamento no respectivo prontuário. Quando necessário e a critério do juiz, serãoencaminhadas cópias das principais peças do processo.

§ 2º A remoção para cumprimento de medida de internação imposta por juízo diversodaquele em que será executada dependerá de prévio consentimento do juízo da infância e da

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juventude competente e de vaga na casa de guarda, na comarca onde o adolescente seráinternado.

Capítulo XDas Custas, Emolumentos e Despesas Judiciais

Seção IDas Disposições Gerais

Art. 409. São custas dos feitos judiciais:I - a taxa judiciária, como determina o Código Tributário do Estado do Mato Grosso

do Sul;II - as despesas criadas e determinadas pelas tabelas anexas à Lei nº 1.936, de

21.12.1998;III - os encargos para atos processuais excepcionais requeridos pelas partes ou

determinados pelo Juiz Presidente do feito, necessários à realização da finalidade do processo;IV - as sanções pecuniárias impostas às partes e aos servidores, nos termos da

legislação processual;V - as despesas com comunicações postais.§ 1º O preparo da ação corresponde às custas iniciais, inclusive da reconvenção.§ 2º A taxa judiciária não incide:I - nas execuções de sentença;II - nas reclamações trabalhistas propostas perante os juízes estaduais.Art. 410. O cálculo das custas iniciais para o ajuizamento de processo judicial, ou da

reconvenção, incluindo-se a taxa judiciária, deverá ter por base o valor atribuído à causa nainicial ou aquele fixado pelo juiz, ainda que a sentença importe em condenação em valor distintodaquele inicialmente atribuído à demanda.

Parágrafo único. Na distribuição, será observado o disposto no artigo 331.Art. 411. O recolhimento das custas processuais deverá ser, obrigatoriamente,

efetivado antes da execução dos atos requeridos pelas partes ou determinado de ofício pelo Juizdo feito, permitindo-se, contudo, o recolhimento logo após a realização do ato nos casos dealienações públicas (praças e leilões), somente quando designadas mais de uma data para atentativa de alienação do bem, considerando o desconhecimento de quantos atos serão praticadosvisando a alienação do bem; e nos casos de avaliações de bens, tendo em vista a necessidade daapresentação do termo de avaliação para a correta cobrança das custas (artigo 163).

Parágrafo único. Excetuam-se da regra constante do caput os processos em que nãohaja incidência de custas ou que gozem de isenção de recolhimento e os atos requeridos pelaparte que seja beneficiária da Justiça Gratuita.

Art. 412. Quando devidas custas iniciais estas serão compostas dos itens pertinentesconstantes das tabelas anexas à Lei 1.936/98 (Regimento de Custas) e da taxa judiciária previstana Lei 1.810/97 (Código Tributário Estadual), devendo ser observados os casos de nãoincidência, isenção ou de redução de recolhimentos previstos.

Art. 413. A ação de execução de sentença, inclusive condenatória de honorários,ainda que tramite nos autos originários, deverá ser precedida do recolhimento do preparo,devendo ser encaminhada, obrigatoriamente, à contadoria para conferência do valor recolhido.

§ 1º A contadoria deve verificar também se todas as custas da fase de conhecimentoforam recolhidas, caso constate falta de pagamento, deve certificar nos autos para que o escrivãoou diretor de cartório proceda à devida intimação.

§ 2º O preparo das execuções de sentença será composto de todos os itens pertinentesprevistos nas tabelas anexas a Lei 1936/98 (Regimento de Custas), inclusive a Tabela J,

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excetuando-se apenas a taxa judiciária, que tem sua não incidência prevista na Lei 1.810/97(Código Tributário Estadual).

Art. 414. Na ação sem valor atribuído, ou quando de imediato seja impossívelmensurar o valor do objeto da demanda, as custas para ingresso (Tabela A) devem ser cobradascomo se a causa fosse de valor inestimável, provisoriamente, até que seja determinado pelo juiz ovalor correto a ação, quando deverão ser complementadas as custas.

Parágrafo único. O distribuidor certificará quando adotar o procedimento exposto nocaput deste artigo.

Art. 415. Nas ações criminais públicas e privadas deve o preparo ser cobradotomando-se por base o valor atribuído à causa ou conforme o previsto na Tabela A, item 5 eNota, da Lei 1.936/98 (2 UFERMS), e a taxa judiciária, conforme artigo 196, § 1º, da Lei1.810/97 (5 UFERMS), excetuando-se os casos de isenções.

Art. 416. A base de cálculo para a incidência de custas, quando da expedição deformal de partilha, ato de certidão de pagamento de quinhão hereditário ou na adjudicação debem por herdeiro, será sobre o valor de cada quinhão, certidão ou adjudicação, empregando-se oitem 5 da Tabela E do Regimento de Custas.

Art. 417. Para fins de cobrança do preparo, a justificação judicial, a notificação e ainterpelação judicial de que não constar valor serão consideradas com sendo de valor inestimável,se não houver determinação judicial do valor.

Art. 418. Para o ajuizamento dos embargos será necessário o recolhimento dopreparo, que será composto dos itens pertinentes, previstos nas tabelas anexas a Lei 1.936/98,incluindo-se a tabela J e da taxa judiciária, Lei 1.810/97.

Parágrafo único. Excetuam-se da regra constante do caput os embargos dedeclaração e os embargos a ação monitória.

Art. 419. O incidente processual está dispensado do recolhimento do preparo,entretanto, deverão ser recolhidas as custas referentes aos atos necessários a sua tramitação.

Art. 420. Serão devidos os preparos da ação cautelar e da principal, quandopropostas.

Art. 421. As custas finais e o preparo do recurso, quando houver, serão recolhidos emguias distintas.

Art. 422. O Juiz poderá deferir a gratuidade do fornecimento de certidões aoshipossuficientes de recursos financeiros, desde que o pedido esteja instruído com declaraçãoassinada pelo requerente de que é pobre na forma da lei.

Art. 423. Quando o juiz revogar o benefício de justiça gratuita, anteriormenteconcedida, o processo deve ser encaminhado à contadoria para a verificação o cálculo das custas,devendo o cartório proceder à intimação para a devida regularização.

Art. 424. As indenizações de transporte pagas pelo Tribunal de Justiça para aexecução de atos nos feitos que tramitam com isenção de recolhimento ou com o benefício dajustiça gratuita, devem ser recolhidas ao FUNJECC, a título de ressarcimento, quando o vencidofor, ao final do processo, condenado ao pagamento das custas.

Parágrafo único. O valor corresponderá a duas Unidades de Referência daIndenização de Transporte - URIT, atualizada, por ato praticado, computando-se também os atosnegativos, acrescentando-se o valor correspondente a quilometragem percorrida além da áreaurbana, percorrida pelo oficial de justiça e avaliador para o cumprimento do ato.

Art. 425. Os processos de dúvida suscitada pelo serventuário não estão sujeitos aopagamento de custas e emolumentos. Se o interessado recorrer da decisão, deverá efetuar opreparo equivalente ao da apelação.

Art. 426. Os preparos de ações, recursos ou cartas precatórias, de ordem ourogatórias, serão recolhidos em caráter definitivo e são devidos pelas suas distribuições.

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Parágrafo único. As custas para a realização de novos atos, durante a tramitação doprocesso, serão recolhidas previamente também em caráter definitivo, desde que previsto nastabelas anexas ao Regimento de Custas, e não serão deduzidos do valor recolhido no preparo.

Art. 427. Na contagem das custas finais serão incluídas todas as despesasreembolsáveis, correspondentes a atos que foram executados durante a tramitação do processosem o devido recolhimento prévio.

Art. 428. Incumbe ao juiz, com a colaboração do distribuidor e do escrivão ou diretorde cartório, verificar o exato recolhimento das custas.

Art. 429. O juiz ao constatar falta ou insuficiência do recolhimento de preparo napropositura da ação ou na interposição de recurso ou, ainda, das custas necessárias para a praticade atos durante a tramitação do processo, deve determinar ao cartório que se proceda a intimaçãodo devedor para o recolhimento.

§ 1º O prazo para a regularização do recolhimento do preparo é de 30 (trinta) dias,sob pena de cancelamento da distribuição.

§ 2º No ato da interposição de recurso, o recorrente comprovará o recolhimento dascustas, incluindo-se porte de remessa e retorno, devendo, na hipótese de recolhimento de valorinsuficiente, ser intimado para complementá-lo, no prazo de 5 (cinco) dias, sob pena de deserção.

§ 3º O prazo para o recolhimento das custas devidas para a realização de atos (custasintermediárias) durante a tramitação do processo é de 5 (cinco) dias, devendo no caso de nãopagamento os autos serem conclusos ao juiz para decisão.

§ 4º O prazo para o recolhimento das custas finais é de 5 (cinco) dias, sob pena deinscrição na dívida ativa.

§ 5º O prazo para a regularização do preparo de carta precatória é de 15 (quinze) dias,sob pena de devolução independente de seu cumprimento.

Art. 430. Os feitos findos não poderão ser arquivados sem que o escrivão ou diretorde cartório certifique nos autos estarem integralmente pagas as custas devidas, ou sem que seextraia certidão em que estejam especificadas, para efeito de inscrição da dívida.

Parágrafo único. As certidões serão extraídas em duas vias; a primeira será remetidaao FUNJECC, e a segunda, juntada nos autos.

Art. 431. Nos feitos criminais de ação privada, aplicam-se as mesmas normasestabelecidas para os processos cíveis, quanto ao recolhimento de custas.

Art. 432. Nas serventias do foro judicial, o contador do juízo, ao elaborar a conta decustas, destacará as que são devidas ao FUNJECC daquelas que serão pagas diretamente pelaparte aos titulares dos cartórios não oficializados.

Art. 433. Os titulares das serventias extrajudiciais não oficializadas do Estadodeverão recolher ao FUNJECC, mensalmente, o percentual de três por cento dos emolumentoscobrados em todos os atos praticados pela serventia, até o dia cinco do mês seguinte, por meio deguia de recolhimento.

§ 1º A guia FUNJECC deverá ser preenchida conforme modelo próprio, observando-se que constarão, no campo 4, VALOR DA CAUSA, o valor total dos emolumentos cobrados noperíodo; no campo 5, NATUREZA DA CAUSA, Lei 2.049/99; no campo 9, AUTOR, o períododo recolhimento; e, no campo 23, denominado OUTROS, o resultado obtido na aplicação dopercentual de três por cento sobre o valor total dos emolumentos que constam no campo 4.

§ 2º A segunda via (verde) da guia será remetida à Corregedoria-Geral de Justiça, e aterceira via (azul) à Secretaria de Finanças do TJ/MS.

Art. 434. Cumpre ao contribuinte, preenchida a guia FUNJECC, em cinco vias,recolher, na rede bancária autorizada, o valor da taxa judiciária e das custas referentes ao forojudicial oficializado.

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Parágrafo único. A terceira via da guia (azul) ficará no cartório, em ordemcronológica. Deverá o escrivão ou diretor de cartório, obrigatoriamente, em cinco dias,encaminhá-la à Secretaria de Finanças do TJ/MS.

Art. 435. A reprodução de documentos e papéis, com a utilização do maquináriomantido pelo Poder Judiciário, e a conferência, pelo escrivão, diretor de cartório ou por seusubstituto legal, de reprodução de peças processuais, dependerão do pagamento do valor previstono Regimento de Custas e Emolumentos.

§ 1º Compete à direção do foro a fiscalização e a determinação da periodicidade dorecolhimento do montante apurado. Do montante apurado deve ser deduzido o valor que sedestinará ao pagamento da guia do seu recolhimento.

§ 2º Quando solicitado, será expedido recibo do valor correspondente às reproduções.Deve ser utilizado o modelo 05-99-017, do Tribunal de Justiça. É facultada ao juiz diretor ainstituição da obrigatoriedade da emissão do recibo.

Art. 436. Nas hipóteses de suspensão por mais de trinta dias ou de extinção doprocesso, deverá o escrivão ou diretor de cartório informar ao juiz para que se proceda àtransferência dos valores depositados, para o FUNJECC, na conta "Despesas de Condução paraOficial de Justiça e Avaliador" ou similar.

Art. 437. As custas processuais serão recolhidas ao FUNJECC em caráter definitivo,permitindo-se, todavia, a restituição de valores recolhidos indevidamente, desde que requerido aopresidente do conselho administrativo do FUNJEEC.

Parágrafo único. O requerimento deve ser encaminhado à Secretaria de Finanças doTribunal de Justiça, contendo os motivos do pedido, o nome da pessoa que receberá a restituição,no caso de deferimento, o número do seu CPF, a agência bancária e número da sua contacorrente, devendo ser anexado o comprovante do recolhimento indevido e informação doescrivão ou diretor de cartório sobre a não realização dos atos referentes às custas que são oobjeto do pedido de restituição.

Art. 438. No foro extrajudicial não oficializado, os valores da Tabela J, anexa aoRegimento de Custas e Emolumentos, serão recebidos pelos titulares das serventias, devidamenteescriturados no livro-caixa, e remetidos, mensalmente, até o dia cinco do mês seguinte, àsrespectivas entidades. Descontar-se-á do valor apurado a despesa efetuada com a remessa.

Art. 439. As serventias extrajudiciais, antes de praticarem quaisquer atos, informarãoao contribuinte por escrito, quando solicitado, o valor discriminado dos emolumentos quedeverão ser recolhidos, na forma da lei, fornecendo recibo pormenorizado após o pagamento.

Seção IIDo Preparo do Recurso dos Juizados Especiais Cíveis,

Criminais e Adjuntos

Art. 440. Interposto o recurso, a serventia deverá providenciar a elaboração docálculo.

§ 1º Na elaboração do cálculo, serão consideradas as custas e as despesas processuaisprevistas nas Tabelas A a J, anexas ao Regimento de Custas, e a taxa judiciária, inclusive nasações penais privadas, devendo o recolhimento ser efetivado em guias separadas, sendo umadestinada ao total das custas do processo em primeiro grau de jurisdição e outra para o preparo dorecurso.

§ 2º Na apelação, o primeiro a recorrer, e somente ele, pagará todas as custasreferentes aos atos praticados durante o primeiro grau de jurisdição, juntamente com o preparo dorecurso.

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§ 3º O prazo para o recolhimento de preparo de recurso deve ser feito, independentede intimação, até quarenta e oito horas seguintes à interposição, sob pena de deserção.

Art. 441. As importâncias referentes às hipóteses previstas no parágrafo único doartigo 104 da Lei Estadual 1.071/90 deverão ser recolhidas ao FUNJECC, assinalando no campoOUTROS da guia de recolhimento assim como o quantitativo proveniente das fotocópiasparticulares.

Seção IIIDo Preparo das Cartas Precatórias

Art. 442. No cálculo do preparo das cartas precatórias procedentes da Justiça Federalou de outros Estados da Federação devem constar todos os itens que são considerados para ocálculo do preparo de ações, conforme previstos nas tabelas anexas ao Regimento de Custas e,também, a Taxa Judiciária.

Art. 443. A taxa judiciária que compõe o valor do preparo de carta precatóriaprocedente de outros Estados e da Justiça Federal, bem como da carta rogatória, será calculadasobre o valor da causa constante destas, na hipótese de não constar, deve-se localizar a cópia dapetição inicial da causa, se anexada, para a verificação do valor, porém, se inexistente, deve-secobrar o equivalente a cinco UFERMS.

Art. 444. O serviço de protocolo deve anexar informação nas cartas precatórias, deordem ou rogatórias, quando estas forem recebidas via malote, a fim de possibilitar a cobrança doporte postal, caso ainda não tenha sido recolhido.

Art. 445. A carta precatória devolvida por falta de comprovação do pagamento dascustas, se reapresentada e instruída com o comprovante do recolhimento realizado na época daprimeira apresentação, será submetida ao recálculo, para aferição de eventual diferença.

Art. 446. Por ocasião da reapresentação de carta precatória, com o pedido derealização de ato que não constava na primeira apresentação, deverá o interessado comprovar orecolhimento das custas pela nova distribuição, excetuada a carta precatória aditada, que esteja nojuízo deprecado.

Art. 447. As cartas precatórias expedidas por determinação do juízo ou em processode assistência judiciária gratuita deverão ser cumpridas independentemente do pagamento decustas e emolumentos.

Art. 448. Nas cartas precatórias expedidas em processos em que uma das partes nãoseja beneficiária da assistência judiciária, nas criminais e nas de interesse do juízo, serão contadasas custas antes de sua devolução.

§ 1º Se oriundas deste Estado, após o seu cumprimento, contadas as custas finais, aparte será intimada para o recolhimento do valor devido no prazo de cinco dias, sob pena deinscrição em Dívida Ativa, que se fará no juízo deprecado, na hipótese de o feito originário tersido extinto, ou no juízo deprecante, se o processo de que foi extraída a carta precatória estiverem tramitação.

§ 2º Se oriundas de outras unidades da Federação, o seu seguimento, com devolução,exigirá o recolhimento prévio das custas, sob pena de inscrição na Dívida Ativa no juízodeprecado.

§ 3º Cumpre certificar, nos autos, a expedição de carta precatória e, se entregue emmãos, o nome da pessoa que a retirou, mediante recibo.

§ 4º Tratando-se de execução, deverão integrar a carta precatória e o pedido dacitação e penhora conta atualizada do débito e, para efeito de pagamento, a verba honoráriafixada pelo juízo deprecante, incluindo-se as custas da própria carta.

§ 5º Deverá constar nas cartas precatórias o valor da causa.

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Seção IVDos Selos de Autenticidade

Art. 449. Nos atos de reconhecimento de firma e de autenticação de cópias dedocumentos, bem como em todos os documentos entregues aos usuários para a certeza ecomprovação da prática dos demais atos notariais e registrais de qualquer natureza, seráobrigatória a aplicação de um selo de autenticidade.

§ 1º A falta de aplicação do selo de autenticidade tornará ineficaz o ato praticado pelonotário e pelo registrador e os sujeitará às sanções legais.

§ 2º O valor do selo de autenticidade não poderá ser repassado aos usuários dosserviços notariais e registrais.

Art. 450. Todos os cartórios de notas e registradores que constam no quadropermanente dos ofícios de justiça do foro extrajudicial, de que trata o anexo III da Lei 1.511/94,com seus respectivos titulares, serão cadastrados na Secretaria de Finanças do TJ/MS, para efeitode aquisição e de recebimento dos selos de autenticidade.

§ 1º O cadastro deverá conter o nome de três pessoas da serventia, que ficarãoautorizadas a solicitar e a receber os selos de autenticidade.

§ 2º Não será fornecido o selo de autenticidade aos cartórios notariais e registrais semque estes estejam devidamente cadastrados.

Art. 451. No pedido de fornecimento dos selos de autenticidade será consignadonúmero inteiro, múltiplo de vinte e cinco para cada espécie (azul, vermelho e amarelo), e seráendereçado à Secretaria de Finanças do TJ/MS, acompanhado da guia de recolhimento aoFUNJECC, no valor correspondente ao quantitativo solicitado.

Parágrafo único. O ofício de registro civil das pessoas naturais, quando dispensadodo pagamento antecipado do selo de autenticidade, protocolará o pedido acompanhado da decisãodo Corregedor-Geral de Justiça, sob pena de indeferimento.

Art. 452. O responsável cadastrado pela serventia, na comarca de Campo Grande,efetuará a retirada dos selos de autenticidade na sede do Tribunal de Justiça do Estado de MatoGrosso do Sul.

Parágrafo único. Os selos de autenticidade serão encaminhados, via malote, ao juizdiretor do foro de cada comarca do interior do Estado e retirados por responsável cadastrado,caso não fique consignado no pedido a opção pelo recebimento na Secretaria de Finanças doTJ/MS.

Art. 453. Cada cartório será responsável pelo arquivamento de todos os documentosreferentes ao pedido e ao recebimento de selos de autenticidade. Deve manter balanço mensal emque constará a numeração dos selos recebidos, dos utilizados, dos eventualmente extraviados ousubtraídos e dos remanescentes.

Parágrafo único. O balanço será remetido à Corregedoria-Geral de Justiça até o diacinco de cada mês.

Art. 454. O uso do selo de autenticidade é exclusivo do cartório que o solicitou. Évedado o seu repasse de uma para outra serventia.

Art. 455. Os notários e os registradores, os substitutos ou os interventores designadospara responder pela serventia velarão pela guarda e pela conservação dos selos.

Art. 456. A quantidade e a numeração do selo de autenticidade extraviado ousubtraído será imediatamente comunicada pelo representante da serventia à Secretaria deFinanças do TJ/MS, para o seu cancelamento pela Corregedoria-Geral de Justiça. Arcará com asdespesas decorrentes do cancelamento aquele que lhe der causa.

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Art. 457. A aplicação do selo de autenticidade será efetuada de forma a criar suavinculação com o respectivo documento, observando-se o seguinte procedimento:

a) a utilização do selo observará rigorosamente a ordem seqüencial da numeração desérie nele contida;

b) cada ato notarial ou de registro receberá um selo;c) o documento que possuir mais de um ato receberá tantos selos quanto o número de

atos praticados;d) o documento que possuir mais de uma folha e representar um só ato receberá o

selo na folha em que houver a assinatura do agente autorizado a praticá-lo;e) o documento que possuir mais de uma folha e representar mais de um ato receberá

tantos selos quanto o número de atos praticados, os quais poderão estar distribuídos pelodocumento;

f) a fotocópia autenticada que contiver mais de um documento fotocopiado receberánúmero de selos de acordo com a quantidade de documentos conferidos com o original;

g) o carimbo da serventia deverá ser colocado sobre parte do selo de autenticidade.Art. 458. Nos documentos que necessitarem da aplicação do selo constará,

obrigatoriamente, a seguinte advertência: “válido somente com o selo de autenticidade”.Art. 459. O descumprimento do disposto nesta Seção sujeitará o infrator às sanções

previstas no artigo 32 da Lei 8.935/94.

Subseção IDa Gratuidade dos Atos de Registro Civil e de Óbito

Art. 460. Os assentos de registro civil de nascimento e os de óbito, bem como aemissão da respectiva primeira certidão, realizados gratuitamente pelos cartórios de registro civildas pessoas naturais do ofício de justiça do foro extrajudicial serão reembolsados peloFUNJECC, observado o seguinte procedimento:

a) os titulares dos cartórios encaminharão à Corregedoria-Geral de Justiça, noprimeiro dia útil do mês subseqüente ao da prática do ato, relação dos atos de assentos de registrocivil de nascimento e de óbito realizados gratuitamente, bem como das respectivas primeirascertidões expedidas durante o mês;

b) o quantitativo dos atos praticados gratuitamente será informado pela Corregedoria-Geral de Justiça à Secretaria de Finanças do TJ/MS, que providenciará o reembolso do valorequivalente até o décimo dia útil do mês subseqüente ao da sua realização, mediante depósito dorespectivo valor em conta corrente, a ser aberta pelo titular da serventia.

Parágrafo único. A relação de que trata a letra "a" do caput deste artigo, que seráassinada pelo titular da serventia, conterá a natureza do ato, a data em que foi praticado, onúmero do livro e o da folha do seu lançamento, o nome completo do registrando ou do falecido,lançado, no registro de nascimento ou no assento de óbito, o valor unitário do emolumento e omontante a ser reembolsado.

Seção VDo Módulo Custas do Sistema de Automação do Judiciário

Art. 461. As comarcas que dispõem do Módulo Custas do Sistema de Automação doJudiciário deverão realizar os cálculos das custas processuais e de atualização de valoresempregando o referido programa.

Art. 462. Os recolhimentos das custas judiciais pelo sistema informatizado serãoefetivados através de boletos bancários emitidos pelo sistema SAJ/CUSTAS, que expedirá

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também a Guia de Recolhimento Judicial (GRJ) ou Guia de Recolhimento Judicial Resumida(GRJR), dependendo do tipo do recolhimento, nas quais conterão o detalhamento dos itens queserão recolhidos, ficando dispensada da remessa ao setor financeiro do Tribunal de Justiça decópia da guia emitida.

Art. 463. A Guia de Recolhimento Judicial (GRJ) ou Guia de Recolhimento JudicialResumida (GRJR), obrigatoriamente, acompanhará a petição inicial, passando a fazer parteintegrante do processo a ser formado e, também, serão juntadas aos autos em trâmite, com orespectivo boleto, após o devido recolhimento, a fim de facilitar a identificação dos atos quetiveram as custas pagas para a sua realização.

Parágrafo único. Poderá ser disponibilizada à parte, quando solicitada, uma via daGuia de Recolhimento Judicial ou da Guia de Recolhimento Judicial Resumida.

Art. 464. O boleto bancário é composto de três vias, sendo que a última via contémum código de barras, que possibilita ao contribuinte o pagamento em qualquer agência bancária,caixas eletrônicos ou casas lotéricas. As vias terão a seguinte destinação: processo, contribuinte ebanco.

Art. 465. A comprovação do pagamento das custas processadas pelo sistemainformatizado será feita através da conferência da autenticação realizada pela agência bancária ouda verificação do comprovante expedido pelo caixa eletrônico.

Art. 466. O item “Valor da Guia/boleto bancário” deve ser computado,obrigatoriamente, quando da emissão de qualquer guia/boleto bancário.

Art. 467. Nas comarcas que dispõem do módulo SAJ/Custas, excepcionalmente,serão aceitos comprovantes de recolhimento de custas efetuados através da guia de recolhimentoFUNJECC.

Art. 468. A Guia de Recolhimento Judicial Resumida (GRJR), emitida pelo sistemainformatizado, tem por finalidade o recolhimento de outros atos não relacionados a processos,tais como: certidão, busca, fotocópia, etc. e servirá, também, para o recolhimento do preparo derecursos e de ações de competência da instância superior; para a complementação de custas, cujosvalores são especificados pelo servidor.

Art. 469. As ações e cartas precatórias serão cadastradas previamente no programaSAJ/Custas, pelos servidores lotados no setor de distribuição, onde não houver a Central deExpedição de Guia de Recolhimento - CEGR, visando à emissão do boleto bancário e guia para orecolhimento do preparo.

Parágrafo único. Visando impedir o cadastramento em duplicidade, o Distribuidor,quando da recepção das petições iniciais, deverá, antes do cadastramento definitivo, observarrigorosamente se as petições já foram previamente cadastradas no SAJ/Custas.

Art. 470. A comarca que dispuser do sistema informatizado SAJ/Custas, quando dadistribuição de carta precatória constatar a falta do preparo ou de sua insuficiência, deverá anexarao ofício que solicitar a regularização do preparo, uma via da guia com o detalhamento dorecolhimento e do boleto bancário, a fim de facilitar ao contribuinte o recolhimento.

Art. 471. O programa SAJ/Custas possibilita o cálculo do preparo das cartasprecatórias extraídas de processos em trâmite na comarca, que poderá ser feito antes da remessaao juízo deprecado, indicando para tanto os itens especificados para esta finalidade existentes natabela “E”, utilizando-se o número do processo originário, para a emissão da Guia e BoletoBancário.

Parágrafo único. Para cada preparo de carta precatória será emitida guia e boletobancário específicos, contendo os itens que o compõe.

Art. 472. A baixa no sistema informatizado das guias pagas será processadaautomaticamente, pela Corregedoria-Geral de Justiça, através de sistema bancário de transmissãode dados, contudo, excepcionalmente, quando necessária, a baixa no sistema poderá ser

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processada manualmente, situação em que o escrivão ou o diretor de cartório ficará responsávelpela sua execução, ou outro servidor previamente autorizado pela Corregedoria-Geral de Justiça.

Parágrafo único. Na baixa manual de guia, deverá constar a data da autenticaçãobancária existente no boleto ou a data constante do comprovante emitido pelo caixa eletrônico.

Art. 473. No item “Carta de Sentença” disponível no SAJ/Custas está computado ovalor da fotocópia e da conferência, por unidade das peças que comporão a Carta de Sentença.

Art. 474. Compete ao setor de distribuição de feitos a realização e a conferência doscálculos dos preparos.

Art. 475. O cálculo das custas devidas durante a tramitação do processo (custasintermediárias) é de competência dos servidores lotados nos cartórios, ficando o escrivão oudiretor de cartório responsável pela supervisão do serviço.

Art. 476. Nas comarcas onde houver Central de Expedição de Guia de Recolhimento- CEGR, esta será responsável pelo cálculo das custas e expedição das guias e boleto bancários.

Art. 477. O cartório que dispor de impressora adequada à impressão da guia e boletobancário emitidos pelo SAJ/Custas, nas comarcas que não possui a CEGR, poderão imprimir osreferidos documentos e entregá-los ao contribuinte, porém, se ainda não dispõe de impressoraapropriada, deve, após a realização do cálculo das custas intermediárias, entregar ao interessadouma anotação contendo o número do cálculo gerado pelo sistema e o número do processo,indicando em seguida o local onde serão impressos a guia e o boleto bancário.

Art. 478. A contadoria ao realizar o cálculo das custas finais, deverá salvá-lo nosistema e imprimir uma via para que seja integrada aos autos.

Parágrafo único. A guia e o boleto bancário somente serão impressos quando ocontribuinte comparecer para efetivar o recolhimento.

Art. 479. O setor judiciário competente utilizar-se-á da forma pro rata, para calcular aatualização de valores.

Art. 480. As dúvidas atinentes à utilização do programa serão dirimidas pelaCorregedoria-Geral de Justiça.

Capítulo XIDo Estágio de Estudantes de Direito em Ofícios de Justiça

Art. 481. É admitido o estágio de estudantes de Direito nos cartórios do foro judicial.Parágrafo único. O estagiário será designado pelo juiz diretor do foro, dentre alunos

do curso de bacharelado de Direito de estabelecimento de ensino, oficial ou oficializado, sediadono Estado, por indicação do juiz da vara em que será exercida a função.

Art. 482. A designação de estagiário será precedida de convocação por edital. Deveráo candidato instruir o requerimento de habilitação com os seguintes documentos:

I - certificado de matrícula escolar;II - atestado de idoneidade, fornecido por juiz, por promotor público, por delegado de

polícia ou por membro da diretoria de seção ou subseção da Ordem dos Advogados do Brasil;III - atestado de sanidade física e mental;IV - título que possua;V - declaração assinada do cargo, função, profissão ou atividade, pública ou

particular, que o candidato exerça, para exame da compatibilidade dos horários.§ 1º O edital deverá ser afixado no átrio do fórum e encaminhado ao estabelecimento

de ensino correspondente para ampla divulgação.§ 2º Encerradas as inscrições, a secretaria da direção do foro ordenará os documentos

oferecidos, que serão apreciados pelo juiz diretor do foro, para a oportuna designação, dentro da

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possibilidade do serviço cartorário e da ordem de preferência, caso seja manifestada pelocandidato.

§ 3º Havendo conveniência para o serviço, poderá o juiz da vara em que será exercidaa função, designar estagiário independentemente de prévia convocação por edital.

Art. 483. O estagiário firmará compromisso, perante o juiz diretor do foro, de bemdesempenhar a função, e a exercerá, dentro dos dez dias seguintes, na vara para a qual foidesignado.

§ 1º Compete ao estagiário:I - auxiliar no desempenho do serviço cartorário, sob a orientação do juiz e do

escrivão ou diretor de cartório, de acordo com a sua aptidão pessoal e a necessidade da serventia;II - estudar e examinar autos e papéis;III - colaborar na elaboração de peças, termos e documentos judiciais, para oportuna

conferência e autenticação pelo escrivão ou diretor de cartório;IV - dar ciência ao juiz, ao escrivão ou diretor de cartório, das irregularidades que

observar nos serviços a que tiver acesso.§ 2º É vedado ao estagiário:I - elaborar, sem a supervisão do escrivão ou diretor de cartório, peças, termos e

documentos judiciais, assim como subscrevê-los;II - intervir em qualquer ato processual ou atender ao público com o fim de orientar a

solução de conflitos de interesses afetos ao órgão judicial.Art. 484. São deveres do estagiário, além daqueles específicos do pessoal cartorário:I - seguir, no serviço de estágio, a orientação que receber do juiz, do escrivão ou

diretor de cartório;II - permanecer na serventia ou à disposição do juízo durante o horário que lhe for

fixado;III - apresentar à diretoria do foro, a cada dois meses, relatório circunstanciado do seu

desempenho no estágio, o qual será juntado ao prontuário individual.Art. 485. Compete ao juiz da vara em que o estagiário estiver vinculado:I - visar o atestado de freqüência;II - fornecer informações reservadas sobre o desempenho do estagiário, sempre que

solicitadas pelo juiz diretor do foro;III - propor a dispensa ou o remanejamento do estagiário, indicando a conveniência

daquele e do serviço judicial;IV - orientar o estagiário, possibilitando-lhe o máximo aproveitamento na

complementação do currículo escolar.Art. 486. A freqüência é obrigatória e será atestada mensalmente, pelo escrivão ou

diretor de cartório, em duas vias, uma das quais ficará em poder do estagiário, e a outra, remetidaà direção do foro, para as anotações e os controles necessários.

§ 1º A falta injustificada do estagiário ao expediente, por mais de oito diasconsecutivos ou quinze alternados, será comunicada ao juiz diretor do foro, para as providênciascabíveis.

§ 2º É permitido ao estudante afastar-se do estágio no período de exames e de provascurriculares, com o prévio conhecimento do juiz, do escrivão ou diretor de cartório.

Art. 487. A secretaria da direção do foro certificará o período estagiado.Art. 488. O estagiário poderá ser dispensado a qualquer tempo, a critério do juiz da

vara a que estiver vinculado e, facultativamente, quando concluído o curso de bacharelado.Art. 489. O juiz diretor do foro, à vista dos elementos que constam no prontuário

individual e dos assentamentos organizados pela direção do foro, poderá expedir certificado deaproveitamento àquele que tenha estagiado pelo prazo mínimo de doze meses.

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§ 1º O aproveitamento, que tem como pressuposto a assiduidade e a regularapresentação dos relatórios, é avaliado pelas informações dos juízes e dos escrivães ou diretoresde cartório, sob cuja orientação o estagiário exerceu a função, e por entrevistas realizadas por juizconvocado pelo diretor do foro.

§ 2º O certificado de estágio com aproveitamento poderá, a critério da comissãoorganizadora do concurso, ser apreciado como título para ingresso na magistratura estadual.

Art. 490. O certificado deve ser requerido pelo interessado, dentro dos trinta dias quese seguirem à cessação do estágio.

Art. 491. Ao estudante de Direito que integre, como servidor público de qualquercategoria, pelo prazo mínimo de vinte e quatro meses, o quadro funcional dos ofícios de justiçaou das varas, poderá ser fornecido, para os mesmos fins, certificado de aproveitamento noexercício de função pública, com base apenas nas anotações que constam no prontuário funcionale no que for atestado pelo juiz, pelo escrivão ou diretor de cartório.

Art. 492. A função de estagiário é gratuita e desempenhada sem ônus para o Estado.Art. 493. O estágio é incompatível com outras atividades relacionadas ao exercício

da advocacia, às funções judiciárias ou policiais.

Capítulo XIIDo Registro de Protesto

Seção IDa Ordem dos Serviços em Geral

Art. 494. Todos os documentos apresentados ou distribuídos no horário regulamentarserão protocolados dentro de vinte e quatro horas, obedecendo à ordem cronológica de entrega.

Parágrafo único. Ao apresentante será entregue recibo com as característicasessenciais do título ou do documento de dívida. São de sua responsabilidade os dados fornecidos.

Art. 495. Nos títulos e nos documentos de dívida apresentados a protesto constará aidentificação do devedor, que se fará pelo número do RG, do CPF, do título eleitoral ou dacarteira profissional, quando se tratar de pessoa física, e o número do CNPJ, quando pessoajurídica.

Art. 496. Ao tabelião de protestos cumpre apenas examinar as formalidades erequisitos do título ou do documento de dívida; não lhe cabe investigar a ocorrência decaducidade ou de prescrição.

Parágrafo único. Os títulos ou os documentos de dívida que, por qualquer motivo,não puderem ser protocolados, neles será anotada a irregularidade e serão devolvidos aoapresentante.

Art. 497. Os títulos emitidos em moeda estrangeira fora do Brasil serão apresentadoscom a devida tradução, por tradutor público juramentado, e, no instrumento, serão transcritos odocumento e sua tradução.

§ 1º O pagamento, em qualquer caso, será efetuado em moeda corrente nacional.Cabe ao apresentante a conversão na data da apresentação do documento para protesto.

§ 2º Tratando-se de títulos e de documentos de dívida emitidos no Brasil, em moedaestrangeira, cuidará o tabelião de observar as disposições do Dec.-Lei 857/69 e da legislaçãocomplementar.

Art. 498. Tratando-se de título expresso em obrigações reajustáveis ou sujeito àcorreção monetária, o pagamento será feito pela atualização vigente no dia da apresentação, novalor indicado pelo apresentante.

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Art. 499. Somente poderão ser protestados ou protocolados os títulos e osdocumentos de dívida pagáveis ou indicados para aceite nas praças localizadas no território dacomarca.

Parágrafo único. Quando não for requisito do título e não houver indicação da praçade pagamento ou aceite, será considerada a praça do estabelecimento do sacado ou devedor; caso,ainda, não constem tais indicações, observar-se-á a praça do credor ou sacador.

Art. 500. O protesto de cheque poderá ser lavrado no lugar do pagamento ou dodomicílio do emitente e deverá conter a prova da apresentação ao banco sacado e o motivo darecusa do pagamento, salvo se o protesto tiver a finalidade de instruir medidas pleiteadas contra oestabelecimento de crédito.

Parágrafo único. É vedado o apontamento de cheques, se tiverem sido devolvidospelo estabelecimento bancário sacado por motivo de furto, roubo ou extravio das folhas ou dostalonários, desde que não tenham circulado por meio de endosso nem estejam garantidos poraval.

Art. 501. Quando o sacado retiver a letra de câmbio ou a duplicata enviadas paraaceite além do prazo legal, o protesto por tais fundamentos poderá se basear nas indicações daduplicata ou na segunda via da letra de câmbio documentos, que conterão os mesmos requisitoslançados pelo sacador ao tempo da emissão.

Art. 502. O prazo para registro do protesto é de três dias úteis, contados daprotocolização do título ou do documento de dívida.

§ 1º Na contagem desse prazo, exclui-se o dia do protocolo e inclui-se o dovencimento.

§ 2º Considera-se não útil o dia em que não há expediente bancário para o público ouaquele que não obedecer ao horário normal.

§ 3º Quando a intimação for efetivada no último dia do prazo, excepcionalmente, oualém dele, por motivo de força maior, o protesto será lavrado no primeiro dia útil subseqüente.

§ 4º Quando, excepcionalmente, o tríduo legal para o registro do protesto forexcedido, a circunstância deverá ser mencionada no instrumento, com o motivo do atraso.

Seção IIDas Intimações

Art. 503. A intimação do devedor será expedida pelo tabelião e encaminhada aoendereço fornecido pelo apresentante do título ou do documento de dívida. Considerar-se-ácumprida quando comprovada a sua entrega no local indicado.

Parágrafo único. A remessa da intimação poderá ser feita por portador do própriotabelião ou por qualquer outro meio, desde que o recebimento fique assegurado e comprovadopor protocolo, aviso de recebimento (AR) ou documento equivalente.

Art. 504. A intimação deverá conter:a) nome do devedor com seu domicílio e seu endereço residencial;b) advertência de que o pagamento de títulos ou de documentos de dívida

apresentados para protesto será efetuado em moeda corrente nacional ou em chequeadministrativo, emitido por estabelecimento bancário, sem prejuízo dos emolumentos devidos,que serão pagos antes da prática do ato;

c) menção de o protesto ser por falta de pagamento ou aceite;d) data para o pagamento;e) nome do apresentante do título ou do documento de dívida;f) natureza, número, data de emissão, valor e data do vencimento do título ou do

documento de dívida;

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g) data da apresentação e número do protocolo;h) endereço do tabelionato.Art. 505. As despesas decorrentes da realização de intimações serão suportadas pelo

devedor, desde que compatíveis com as diligências realizadas para sua intimação.Art. 506. A intimação será feita por edital, afixado no tabelionato e publicado na

imprensa, onde houver jornal local de circulação diária, se a pessoa indicada para aceitar ou pagarfor desconhecida, sua localização incerta ou ignorada, for residente ou domiciliada fora dacompetência territorial do delegatário, ou, ainda, ninguém se dispuser a receber a intimação noendereço fornecido pelo apresentante.

Art. 507. Os editais conterão os mesmos requisitos exigidos para as demais formasde intimação Certificar-se-á neles a data da afixação.

Art. 508. Dispensa-se a intimação do sacado ou aceitante, caso tenha firmado, notítulo, declaração de recusa do aceite ou do pagamento e na hipótese de protesto do falido.

Art. 509. Na conta dos emolumentos será especificado o valor correspondente a cadaato realizado, para cientificação do devedor.

Seção IIIDos Livros e do Arquivo

Art. 510. O tabelionato de protesto de títulos e de outros documentos de dívida devedispor dos seguintes Livros:

a) Protocolo dos Títulos e dos Documentos de Dívida Apresentados;b) Registro de Protestos;c) Indicador Pessoal.Art. 511. O tabelionato arquivará também:a) intimações expedidas;b) editais;c) documentos apresentados para averbações e ordens de cancelamento de protestos;d) requerimentos de retirada de títulos ou de documentos de dívida pelo apresentante;e) comprovantes da devolução dos títulos ou dos documentos de dívida irregulares;f) mandados e ofícios judiciais;g) comprovantes de entrega de pagamento aos credores;h) documentos apresentados para expedição de certidões de homônimos.Art. 512. Os livros serão abertos e encerrados pelo tabelião, por seu substituto legal

ou por escrevente especialmente autorizado, e suas folhas serão numeradas e rubricadas.Art. 513. A escrituração dos livros ficará a cargo do tabelião, de seu substituto legal

ou do escrevente devidamente autorizado, conforme o disposto nos §§ 3º e 4º do artigo 20 da Lei8.935/94.

Art. 514. Os livros e os arquivos serão conservados pelo tabelião de protesto detítulos e documentos de dívida pelos prazos previstos no artigo 35 da Lei 9.492/97, e aeliminação do acervo dependerá de prévia autorização do juiz.

Parágrafo único. Quando os documentos forem microfilmados ou gravados porprocesso eletrônico de imagens, não subsiste a obrigatoriedade de sua conservação.

Art. 515. Os mandados judiciais de sustação de protesto deverão ser conservados,juntamente com os respectivos documentos, até solução definitiva por parte do juízo.

Art. 516. O Livro de Protocolo ou Apontamento ou de Apresentação de Títulos e deDocumentos de Dívida deverá ser escriturado diariamente, mediante processo manual, mecânico,eletrônico ou informatizado, em folhas soltas, todas numeradas e rubricadas, e conterá termos de

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abertura e de encerramento, que posteriormente serão encadernados; também deverá contercolunas destinadas às seguintes informações:

a) número de ordem;b) natureza e número do título ou do documento de dívida;c) data do vencimento;d) valor;e) saldo devedor;f) nome do apresentante;g) nome do cedente ou credor;h) nome e identificação do devedor ou sacado;i) motivo do protesto;j) emolumentos;k) ocorrências.§ 1º Na coluna “ocorrências“ serão lançados o resultado, a liquidação do título, a

sustação judicial, a retirada pelo apresentante, o protesto ou a devolução por irregularidade.§ 2º No final de cada expediente será lavrado termo de encerramento, em que

constará o número de títulos apresentados no dia. A data do protocolo deverá coincidir com a dotermo de encerramento.

Art. 517. O Livro de Registro de Protestos será escriturado em folhas soltas e seráformado pelos termos originais. Entregar-se-á a cópia à parte.

§ 1º As folhas serão numeradas e rubricadas pelo tabelião ou pelo seu substituto legal.Conterá termo de abertura e de encerramento, que posteriormente serão encadernados.

§ 2º Fica permitido o uso de termos impressos ou reproduzidos por outro meio.Cuidar-se-á para que contenham todos os requisitos exigidos por lei.

§ 3º No Livro de Registro de Protestos, serão também lavrados os termos de protestospara fins especiais.

Art. 518. O termo de protesto deve conter:a) data e número de apresentação ou de protocolo;b) nome e endereço do apresentante ou portador;c) transcrição do título ou do documento de dívida e das declarações nele inseridas ou

reprodução das indicações feitas pelo portador ou apresentante;d) certidão da intimação feita, resposta eventualmente dada ou declaração da falta de

resposta;e) certidão de não haver sido encontrada ou ser desconhecida a pessoa indicada para

aceitar ou pagar;f) indicação dos intervenientes voluntários e das firmas por eles honradas;g) aquiescência do portador ao aceite por honra;h) número do documento de identificação do devedor e seu endereço;i) data e assinatura do tabelião, seu substituto legal ou auxiliar autorizado;j) anotação do tipo e do motivo do protesto;k) valor dos emolumentos cobrados.Art. 519. Quando o tabelionato conservar, em seus arquivos, gravação eletrônica de

imagem, cópia reprográfica ou micrográfica do título ou do documento de dívida, dispensa-se, notermo e no instrumento, a sua transcrição literal, bem como as demais declarações nele inseridas.

Parágrafo único. Nesse caso, será feita, no termo, menção expressa de que o integra,como parte, a cópia do título ou do documento de dívida protestado.

Art. 520. O deferimento de processamento de concordata não impede a lavratura doprotesto de títulos ou de documentos de dívida.

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Art. 521. Os índices poderão ser elaborados pelo sistema de fichas, microfichas oubanco eletrônico de dados, conterão nomes dos devedores e serão para localização dos protestosregistrados.

Parágrafo único. Os índices conterão referência ao livro e à folha, ao microfilme ouao arquivo eletrônico em que estiver registrado o protesto ou ao número do registro e aoscancelamentos de protestos efetivados.

Seção IVDo Pagamento do Título em Cartório

Art. 522. O pagamento de título ou de documento de dívida apresentado paraprotesto será feito em moeda corrente nacional, diretamente ao tabelião de protesto, no valorcorrespondente ao declarado pelo apresentante, acrescido dos emolumentos e demais despesascomprovadas. O interessado poderá, a seu critério, fazer o pagamento do valor devido por meiode cheque administrativo, proveniente de instituição financeira de sua escolha, desde que emitidoem nome e à ordem do apresentante e pagável na mesma praça. De igual forma, os emolumentose as demais despesas comprovadas, de responsabilidade do devedor, deverão ser pagos por este,em moeda corrente nacional ou por meio de cheque administrativo, hipótese em que o valordevido ao apresentante deverá ser feito em apartado.

§ 1º Em se tratando de pagamento com cheque administrativo, a quitação dada pelotabelionato fica condicionada à efetiva liquidação.

§ 2º O tabelião verificará a regularidade formal do cheque e, se suspeitar deirregularidade, reterá este e o título até que se esclareça sua ocorrência. Positivado oesclarecimento, devolverá o cheque ao interessado, salvo se configurado ilícito penal.

Art. 523. Considera-se prorrogado o prazo de pagamento até o primeiro dia útilsubseqüente se o vencimento ocorrer em feriado bancário, ainda que haja expediente no foroextrajudicial.

Art. 524. Não será recusado pagamento oferecido dentro do prazo legal, desde quefeito no tabelionato competente e no horário de funcionamento dos serviços.

Art. 525. No ato do pagamento, o tabelião dará a quitação e devolverá o título ou odocumento de dívida a quem o fizer.

Art. 526. Subsistindo parcelas vincendas, quando do pagamento no tabelionato, dar-se-á quitação da parcela paga em apartado e devolver-se-á o original ao apresentante.

Art. 527. O tabelião colocará à disposição do credor ou do apresentante autorizado,no primeiro dia útil seguinte ao recebimento, o dinheiro ou o cheque administrativo e fornecerárecibo de quitação, em que constarão os valores recebidos e, se for o caso, o valor da devoluçãodo depósito dos emolumentos e demais despesas.

Seção VDa Desistência e da Sustação do Protesto

Art. 528. O apresentante poderá, por pedido escrito, retirar o título ou o documentode dívida antes de registrado o protesto, se pagos os emolumentos e demais despesas.

Parágrafo único. O tabelião devolverá o título ou o documento de dívida no ato daapresentação do requerimento, que será arquivado em pasta própria e em ordem cronológica. Estaocorrência deverá ser anotada no Livro de Protocolo.

Art. 529. O título ou documento de dívida cujo protesto houver sido sustadojudicialmente somente poderá ser pago, protestado ou retirado com autorização judicial.

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§ 1º Revogada a ordem de sustação, não se procederá a nova intimação do devedor, eo protesto só não será lavrado até o primeiro dia útil subseqüente ao recebimento, se amaterialização do ato depender de consulta a ser formulada ao apresentante.

§ 2º Tornada definitiva a ordem de sustação, o título ou o documento de dívida seráencaminhado ao juízo respectivo, se não constar determinação expressa para qual das partes eledeverá ser entregue, ou se decorridos trinta dias sem que a parte autorizada tenha comparecido aotabelionato para retirá-lo.

Seção VIDas Averbações e dos Cancelamentos

Art. 530. O tabelião poderá, de ofício ou a requerimento do interessado, proceder àretificação de erros materiais no assento.

§ 1º O interessado, ao requerer a retificação deverá apresentar o instrumento deprotesto expedido e documentos que comprovem o erro.

§ 2º Não serão cobrados emolumentos para a averbação de retificação decorrente deerros materiais.

Art. 531. O cancelamento do protesto será solicitado diretamente ao tabelionato porqualquer interessado, mediante a apresentação do documento protestado. Ficará a cópia arquivadaem pasta própria.

§ 1º Na impossibilidade de apresentação do original do título ou do documento dedívida protestado, será exigida a declaração de anuência, com identificação e firma reconhecida,daquele que figurou no registro de protesto como credor, originário, ou por endosso translativo.

§ 2º Se o endossatário tiver figurado como simples mandatário na apresentação dotítulo para protesto, basta apresentar somente a declaração de anuência do mandante.

Art. 532. O cancelamento do registro de protesto, por outro motivo que não opagamento do título ou do documento de dívida, somente se efetuará por determinação judicial ese pagos os emolumentos devidos ao tabelião.

Parágrafo único. Se a extinção da obrigação decorrer de processo judicial, ocancelamento do registro do protesto poderá ser solicitado com a apresentação da certidãoexpedida pelo juízo processante, com menção do trânsito em julgado, que substituirá o título ou odocumento de dívida protestado.

Art. 533. O cancelamento será feito pelo próprio tabelião, por seu substituto legal oupor auxiliar autorizado.

Art. 534. Os expedientes de cancelamento, com os respectivos documentos, serãonumerados em ordem crescente e assim arquivados. Na averbação do cancelamento constará onúmero desse expediente.

Parágrafo único. Quando o protesto lavrado for registrado em microfilme ou emgravação eletrônica, o termo de cancelamento será lançado em documento apartado, arquivadojuntamente com os documentos que instruíram o pedido e anotado no índice respectivo.

Art. 535. Cancelado o registro de protesto, não mais constará nas certidões expedidaso protesto ou seu cancelamento, a não ser mediante requerimento escrito do devedor ourequisição judicial.

Art. 536. As averbações de pagamento feitas até a data da vigência da Lei 6.690/79,serão havidas como cancelamento.

Art. 537. A expressão “títulos cambiais” empregada no artigo 1º da Lei 6.690/79,abrange todos os títulos, as letras, os documentos e os papéis protestados, ainda que nãocambiais.

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Seção VIIDas Informações e das Certidões

Art. 538. O Livro de Protocolo é considerado sigiloso e dele somente serãofornecidas certidões e informações mediante requerimento escrito do devedor ou requisiçãojudicial.

Parágrafo único. As informações do protesto têm caráter sigiloso e seu fornecimentoé da competência privativa dos tabeliães de protesto, na forma da Lei 9.492/97.

Art. 539. As certidões negativas serão fornecidas no prazo máximo de cinco diasúteis e abrangerão o período mínimo dos cinco anos anteriores, contados da data do pedido, salvoquando se referir a protesto específico.

§ 1º As certidões não retiradas dentro de trinta dias, contados a partir da datadesignada para sua entrega, serão inutilizadas, e acarretará a perda dos emolumentos recolhidos.

§ 2º As certidões e informações conterão, obrigatoriamente, a identificação dodevedor que se fará pelo número do RG ou do CPF, se pessoa física, e o do CNPJ, se pessoajurídica.

Art. 540. Os cartórios fornecerão às entidades representativas da indústria e docomércio ou àquelas vinculadas à proteção do crédito, quando solicitada, certidão diária, emforma de relação, dos protestos tirados e dos cancelamentos efetuados, com a nota de que se tratade informação reservada da qual não se poderá dar publicidade pela imprensa, nem mesmoparcialmente.

Parágrafo único. O fornecimento das certidões de que trata o caput deste artigo serásuspenso quando, por culpa da entidade solicitante, houver violação do sigilo que se impõe àsinformações e às certidões sobre protestos.

Art. 541. Havendo protesto a certificar em nome igual ao de pessoa indicada pelosolicitante, mas sendo possível determinar que não se trata do protestado, por meio do registrogeral de identificação civil, o oficial emitirá certidão negativa, sem fazer alusão ao homônimo.

Art. 542. Se o interessado considerar que o protesto se refere a homônimo e nãoconstarem no cadastro do tabelionato elementos individuais identificadores, deverá juntar aopedido de expedição de certidão:

a) cópia autêntica da cédula de identidade;b) atestado firmado por duas testemunhas que declarem conhecer o interessado e de

não se referir a ele aquele protesto;c) declaração, pelo interessado, sob responsabilidade civil e criminal, dessa

circunstância.

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Seção VIIIDas Disposições Gerais

Art. 543. O serviço de protesto de títulos e de outros documentos de dívida estásujeito ao regime jurídico estabelecido nas Leis 8.935/94 e 9.492/97, que definem a competênciae atribuições dos tabeliães de protesto de títulos.

Art. 544. Aos tabeliães de protesto de títulos e de outros documentos de dívidacumpre prestar os serviços a seu cargo, observando rigorosamente os deveres próprios dadelegação pública que lhes foi atribuída, de modo a garantir autenticidade, publicidade, segurançae eficácia dos atos jurídicos.

Art. 545. Os tabeliães de protesto de títulos são civilmente responsáveis,pessoalmente, por todos os prejuízos que causarem, por culpa ou dolo, pelos substitutos quedesignarem ou escreventes que autorizarem, assegurado o direito de regresso.

Art. 546. A reprodução de microfilme, de processamento eletrônico de imagem, detítulo ou de qualquer outro documento arquivado, quando autenticado pelo tabelião, por seusubstituto legal ou por escrevente autorizado, guarda o mesmo valor do original,independentemente de restauração judicial.

Art. 547. Os delegatários ficam obrigados a divulgar, em local visível ao público, atabela de custas e de emolumentos.

Art. 548. As consultas serão dirigidas ao juiz corregedor permanente, que submeterásua decisão à apreciação do Corregedor-Geral de Justiça, para efeito normativo, caso repute,fundamentadamente que a matéria seja de interesse geral e mereça tratamento uniforme.

Art. 549. Sempre que ocorra fundada dúvida sobre a autenticidade de firma queconsta em documentos públicos ou particulares, o oficial do registro deverá, sob pena deresponsabilidade, exigir o seu reconhecimento.

Art. 550. Os serviços registrais manterão fichas com padrão de firmas dosserventuários dos cartórios ou dos substitutos eventuais e dos juízes das respectivas comarcas,destinadas à confrontação com os títulos ou os documentos públicos que forem apresentados pararegistro ou para averbação.

Parágrafo único. A confrontação prevista neste artigo é isenta de emolumentos e nãoimporta em ato notarial.

Art. 551. A adoção de sistema de computação, de microfilmagem, de disco ótico ououtros meios de reprodução prescinde da autorização da Corregedoria-Geral de Justiça. Osalvamento dos lançamentos deve ocorrer em duas cópias diárias: uma, guardada na própria sededo serviço, e a outra, a ser armazenada em local distinto, com as cautelas devidas.

Parágrafo único. O responsável pelo serviço cientificará o Corregedor-Geral deJustiça sobre os dados necessários para o acesso ao programa, disponibilizando, para talfinalidade, suporte técnico permanente, de modo a viabilizar o controle do sistema pelaCorregedoria, mesmo na ausência do titular ou na vacância da serventia.

Art. 552. Os termos de abertura e de encerramento dos livros deverão ser assinadospelo oficial. É vedada a lavratura concomitante de ambos os termos.

Parágrafo único. Na hipótese de o livro ser encerrado com o número superior àqueleprevisto no termo de abertura, deverá ser ressalvado o motivo da ocorrência.

Art. 553. Os titulares permanecerão nos serviços registrais durante todo o expediente;só se ausentarão por motivo justificável; deve estar presente, nesse caso, o substituto designadopara responder pelo serviço na sua ausência e no seu impedimento.

Art. 554. Nas dependências dos serviços registrais, o titular, seu substituto e osdemais funcionários usarão crachá de identificação.

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Capítulo XIIIDo Serviço Notarial

Seção IDa Lavratura dos Atos Notariais

Art. 555. O tabelião ou o substituto, devidamente nomeado, antes da lavratura dequaisquer atos, deverá:

I - aconselhar, com imparcialidade e independência, todos os integrantes da relaçãonegocial, instruindo-os sobre a natureza e as conseqüências do ato que pretendem realizar;

II - identificar as partes e demais interessados, que deverão apresentar RG, CPF ouCNPJ;

III - exigir dos representantes das pessoas jurídicas que figurem como partesintervenientes os documentos relativos à representação;

IV - conferir as procurações, para verificar se outorgam os poderes competentes e seo nome das partes coincide com o correspondente ao ato a ser lavrado; sendo procuração porinstrumento público lavrado em outro cartório, verificar se a firma de quem subscreveu o trasladoou a certidão está reconhecida na comarca onde está produzindo efeitos, cuidando de sua atualvalidade, e, se passado no estrangeiro, atende a todas as exigências legais;

V - exigir os documentos de propriedade, com a apresentação de certidão atualizadada matrícula do imóvel ou de fotocópia autenticada; é vedada cópia do carimbo de autenticação;

VI - tratando-se de partes, de espólio, de massa falida, de herança jacente ou vacante,de sub-rogação de gravames de concordatária, de incapazes e de outros que, para dispor ouadquirir imóveis ou direitos a eles relativos, dependem de autorização judicial, exigir osrespectivos alvarás e observar se a firma do juiz confere com a que consta nos seus arquivos ouse está devidamente reconhecida;

VII - exigir certidões fiscais quando necessárias, comprovantes do pagamento delaudêmio e prova do pagamento do imposto de transmissão, eventualmente devidos;

VIII - obrigar a apresentação do certificado de quitação ou de certidão daregularidade referente à previdência, se for o caso;

IX - verificar, nos atos que tenham por objeto imóveis rurais, os certificados decadastro do INCRA, acompanhados das provas de quitação do último Imposto Territorial Rurallançado ou, se o prazo para o seu pagamento ainda não tenha vencido, do Imposto TerritorialRural correspondente ao exercício imediatamente anterior;

X - exigir certidão da situação do imóvel junto à Fazenda Pública Municipal, em duasvias; nelas deve constar a data de emissão e o prazo de validade; seu destino será: a primeira viapara o arquivo do cartório, e a segunda via acompanhará a escritura e servirá de controle daprefeitura, quando de suas averbações. Consignar-se-á no ato que o débito de tributo municipalfica vinculado ao imóvel.

§ 1º Se o tabelião ou o oficial do registro de imóveis, verificar a existência de fatodelituoso em tese pelas partes envolvidas no ato notarial pretendido, comunicarão o fatoimediatamente ao juiz corregedor permanente.

§ 2º O adquirente pode, no ato de lavratura, dispensar a apresentação das certidõesfiscais, referidas no inciso VII, assumindo a responsabilidade de exibi-las ao registrar a escriturano ofício imobiliário competente. Nesta hipótese, o tabelião ou substituto fará constar o seguintetexto na escritura: “O adquirente declara que dispensa a exibição das certidões fiscais neste ato,assumindo a responsabilidade de exibi-las por ocasião do registro da escritura no Serviço deRegistro de Imóveis.”

Art. 556. As escrituras, para sua validade e solenidade, devem conter:

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I - a data do ato com indicação do local;II - o lugar onde foi lido e assinado, com endereço completo, se não se tratar de sede

do cartório;III - o nome, a qualificação completa e a capacidade das partes e demais

comparecentes, com expressa referência à nacionalidade, à profissão, ao domicílio, ao endereçoresidencial, ao estado civil, se casados, ao regime de bens, ao número do documento deidentidade e à repartição expedidora, número de inscrição no CPF ou no CNPJ e, quandorepresentados, também dos seus procuradores;

IV - menção à data, aos livros e às folhas do cartório em que foi lavrada a procuração,e a data da expedição da certidão, quando exibida por esta forma;

V - quando se tratar de pessoa jurídica, certidão atualizada da Junta Comercial ou doórgão em que tiver sido registrado o seu ato constitutivo, cláusula do contrato ou artigo dosestatutos sociais pela qual se delega a representação legal, autorização para a prática do ato, seexigível, e ata da assembléia geral que elegeu a diretoria;

VI - nas escrituras de doação, se parentes, o grau de parentesco entre doadores edonatários;

VII - se de interesse de menores ou de incapazes, menção expressa à idade e porquem são assistidos ou representados, ressalvada a faculdade contida no artigo 539 do CódigoCivil;

VIII - indicação clara e precisa da natureza do negócio jurídico e de seu objeto;IX - a declaração, quando for o caso, da forma do pagamento, se em dinheiro ou em

cheque, que será identificado pelo seu número e pelo nome do banco sacado, ou outra formaestipulada pelas partes;

X - declaração de que é dada quitação da quantia recebida, quando for o caso;XI - indicação da documentação apresentada e transcrição dos documentos exigidos

por lei;XII - declaração de que a escritura foi lida em voz alta, perante as partes e demais

comparecentes, que a aceitaram como está redigida, salvo se elas forem alfabetizadas edispensarem a leitura;

XIII - cota por carimbo referente aos emolumentos cobrados pela prática do ato;XIV - termo de encerramento.Art. 557. As escrituras relativas a imóveis e direitos a eles referentes devem conter

também:I - com precisão, as características, as confrontações e as localizações dos imóveis,

mencionando os nomes dos confrontantes e, ainda, quando se tratar só de terreno, se fica do ladopar ou do ímpar do logradouro, em que quadra e a que distância, em metros da edificação ou daesquina mais próxima. Exigir-se-á dos interessados certidão do registro imobiliário.

II - título de aquisição do alienante, com menção da natureza do negócio, doinstrumento, da matrícula e do registro anterior, do seu número e do cartório.

III - nas escrituras lavradas em decorrência de autorização judicial, serãomencionados, por certidão, em breve relatório, com todas as minúcias que permitam identificá-los, os respectivos alvarás;

IV - declaração de que o imóvel se encontra livre e desembaraçado de quaisquer ônusreais, judiciais ou extrajudiciais; caso contrário, especificar-se-á o ônus;

V - declaração de que não há débito relativo a condomínio, impostos, taxas esemelhantes; se houver, especificar-se-á o débito;

VI - quando se tratar de imóvel rural, transcrição resumida, de certificado de cadastro,mencionando-se número, área e módulo;

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VII - inteiro teor da autorização emitida pelo órgão competente para fins dedesmembramento de imóvel rural;

VIII - número, data e local de expedição do certificado de quitação ou de certidão deregularidade da previdência; se as partes não estiverem sujeitas a tais contribuições, será feita adeclaração dessa circunstância;

IX - indicação da guia de pagamento do imposto de transmissão; em caso deimunidade ou de isenção, certificar-se-á a situação mediante certidão expedida pela repartiçãofiscal;

X - nas escrituras relativas à transferência do domínio útil, transcrição do alvará queautorizou a transferência;

XI - expressa referência ao pacto antenupcial e aos seus ajustes, número de seuregistro e cartório do registro de imóveis, quando o ato disser respeito a objeto de convençãoantenupcial.

Art. 558. Ainda que o imóvel esteja matriculado, não se fará registro que dependa daapresentação de título anterior, a fim de que se preserve a continuidade do registro.

Art. 559. Na escrituração dos livros, os números relativos à data da escritura, aopreço e à metragem deverão ser escritos por extenso.

Art. 560. Nas escrituras de substabelecimento e naquelas em que as partes se fizeremrepresentar por procurador substabelecido, o tabelião exigirá apresentação dos instrumentos deprocuração e de substabelecimento, se estes não tiverem sido lavrados nas próprias notas docartório; serão arquivados em pasta própria, com remissões recíprocas.

§ 1º Os tabeliães dos cartórios de notas, ao lavrarem instrumento público desubstabelecimento de procuração ou de revogação de mandato escriturado em suas própriasserventias, averbarão essas circunstâncias, imediatamente e sem ônus para parte, à margem do atorevogado ou substabelecido.

§ 2º Quando o ato revogatório ou de substabelecimento tiver sido lavrado em outraserventia, o tabelião, imediatamente e mediante o pagamento pelo interessado da despesa postalda carta registrada, comunicará essa circunstância ao tabelião que lavrou o ato original,encaminhando-lhe cópia do substabelecimento ou da escritura de revogação de mandato quelavrou.

§ 3º Deverá o tabelião anotar, à margem do ato substabelecido ou revogado, onúmero da pasta e a folha em que foi arquivado o documento referido, com remissões recíprocas.

Art. 561. Não é permitida às partes a assinatura de livros total ou parcialmente embranco ou em confiança, seja qual for o motivo alegado.

Art. 562. Se alguma das partes ou intervenientes não souber assinar, outra pessoacapaz assinará a seu rogo; deverá o tabelião declarar na escritura tal circunstância e colher aimpressão digital do polegar, indicando se direito ou esquerdo. Em torno da impressão deverá serescrito o nome da pessoa a que pertence.

Art. 563. Evitar-se-ão emendas e entrelinhas, caso ocorram, devem ser ressalvadas nofinal do instrumento, antes das assinaturas e das subscrições.

§ 1º Mesmo que ressalvadas, ficam reprovadas as entrelinhas que afetam partesessenciais do ato, como as referentes ao preço, ao objeto e à forma de pagamento.

§ 2º Localizado e comprovado erro material na lavratura de escritura e de procuraçãoque não altera a substância do ato, o tabelião ou seu substituto designado para responder peloserviço na sua ausência e no seu impedimento, procederá à retificação necessária.

§ 3º Quando o erro material referir-se à substância do ato, nos termos do artigo 139do Código Civil, ele somente poderá ser sanado mediante escritura de re-ratificação.

§ 4º Na escritura de re-ratificação, lavrada em decorrência de erro cometido pelotabelião, quer material, quer resultante de inobservância legal, não serão devidos emolumentos.

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Nos demais casos, as custas serão devidas pela metade e calculadas sobre o valor equivalente daescritura anterior, salvo se a retificação envolver o próprio valor.

Art. 564. Na escritura tornada sem efeito, deverá o tabelião certificar os motivos,datar e assinar o ato, observando o Regimento de Custas.

Parágrafo único. Na ausência de assinatura de uma das partes, o tabelião declararáincompleta a escritura e incluirá no ato as assinaturas faltantes; pelo ato serão devidosemolumentos. Ficará proibido o fornecimento de certidão ou de traslado sem ordem judicial.

Seção IIDos Testamentos

Art. 565. O testamento particular e o cerrado poderão ser escritos em idiomaestrangeiro. Neste caso, o tabelião solicitará a presença de um tradutor habilitado para servir deintérprete e assinar o instrumento público.

Art. 566. O indivíduo inteiramente surdo, sabendo ler, lerá o seu testamento e, se onão souber, designará quem o leia em seu lugar, em presença das testemunhas.

Art. 567. Ao cego só se permite o testamento público, que lhe será lido, em alta voz,duas vezes: uma, pelo oficial, e a outra, por uma das testemunhas, designada pelo testador. Far-se-á de tudo circunstanciada menção no testamento.

Art. 568. Em caso de testamento cerrado, o tabelião, na presença de pelo menoscinco testemunhas, depois de ouvir do testador que aquele é o seu testamento, que o dá por bom,firme e valioso e quer que seja aprovado, iniciará, imediatamente, após a última palavra, oinstrumento de aprovação, manuscrito ou datilografado.

§ 1º Não havendo espaço em branco, rubricará as folhas e iniciará o instrumento emfolha separada; fará disso circunstanciada menção.

§ 2º Deverá o tabelião rubricar todo o testamento.§ 3º Lavrado o instrumento de aprovação, o tabelião o lerá na presença do testador,

que o assinará, sabendo escrever, com as testemunhas do ato.§ 4º Não sabendo assinar, uma das testemunhas indicadas pelo testador assinará a seu

rogo.§ 5º Pode fazer testamento cerrado o surdo-mudo, contanto que o escreva todo e o

assine de sua mão, e que, ao entregá-lo ao oficial público, diante das cinco testemunhas, escreva,na face externa do papel ou do envoltório, que aquele é o seu testamento, cuja aprovação lhepede.

Art. 569. Em seguida, depois de assinado, o tabelião passará a cerrar e coser otestamento.

Art. 570. Costurado e entregue o testamento cerrado ao testador, o tabelião, no livropróprio ou de notas, apenas lançará nota do lugar, do dia, do mês e do ano em que o testamentofoi aprovado e entregue. Sugere-se, na ausência de outra forma consagrada, o modelo abaixo:

"Aprovação de testamento cerrado.Declaro, de acordo com o disposto no artigo 1.874 do Código Civil, ter lavrado hoje,

em cartório (ou no lugar onde tiver sido aprovado), nesta cidade de....., o instrumento deaprovação de testamento de....., que pelo mesmo me foi apresentado na presença dastestemunhas......, que com ele o assinaram. Depois de costurado e lavrado, guardadas as demaisformalidades legais, entreguei-o ao apresentante.

Data e assinatura do tabelião."Parágrafo único. Não há necessidade de testemunha para essa nota.

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Seção IIIDos Livros e do Arquivo

Art. 571. Os cartórios de notas deverão ter os seguintes livros e os seguintesarquivos.

§ 1º Livros:I - de Escrituras;II - de Procurações;III - de Testamentos.§ 2º Arquivos:I - original ou fotocópia das terceiras vias do ITBI;II - comunicações à Secretaria da Receita Federal do Ministério da Fazenda da

jurisdição;III - alvarás;IV - certificados da previdência;V - arquivamento das recomendações do juiz corregedor permanente e da

Corregedoria-Geral de Justiça feitas aos cartórios de notas e aos cartórios de registro de imóveis;VI - procurações e substabelecimentos oriundos de outros cartórios.Art. 572. Os documentos referidos nos atos notariais que devem ficar arquivados,

serão numerados e colocados em pastas individualizadas e, no final, encadernadas, mencionando-se, no corpo à margem do instrumento, número e folha da pasta, que conterão no máximoduzentas folhas cada uma.

Art. 573. Faculta-se, para o arquivo dos papéis do cartório, o sistema demicrofilmagem, observada a legislação pertinente.

Art. 574. Os índices dos Livros de Escrituras, de Procurações e de Testamentos,deverão conter os nomes de todos os outorgantes e de todos os outorgados, inclusive os de suasmulheres, figurando cada uma na respectiva letra.

Parágrafo único. Todos os índices do tabelionato poderão ser elaborados pelosistema de fichas, de livros ou de informatização.

Art. 575. Os tabeliães deverão manter, em segurança, em local adequado,devidamente ordenados, os livros e os documentos do cartório, e responderão por sua segurança,por sua ordem e por sua conservação.

Art. 576. O desaparecimento ou a danificação de qualquer livro deverá serimediatamente comunicada ao juiz corregedor permanente e à Corregedoria-Geral de Justiça.

Parágrafo único. Autorizada pelo juiz corregedor permanente, far-se-á, desde logo, arestauração do livro desaparecido ou danificado, à vista dos elementos que constam nos índices,nos arquivos do cartório, no registro de imóveis e nos traslados e nas certidões exibidos pelosinteressados, se possível.

Art. 577. Não se permite livro sem escrituração desde longa data, enquanto novos sãoabertos e escriturados, já que tal situação possibilita escrituras com datas anteriores à efetivaçãodo ato.

Seção IVDas Cópias e das Autenticações

Art. 578. Os traslados e as certidões dos atos notariais serão fornecidos no prazo decinco dias, contados a partir da lavratura ou do pedido. Necessariamente, serão subscritos pelotabelião ou por seu substituto legal, e todas as folhas rubricadas.

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Art. 579. É vedado, sob pena de responsabilidade administrativa, civil e criminal, aextração de traslados e certidões de atos ou termos incompletos, a não ser por ordem judicial.

Art. 580. Os traslados e certidões poderão ser expedidos sob a forma datilográfica,reprodução reprográfica ou pelo sistema fideicópia ou de informatização.

Art. 581. Compete exclusivamente aos tabeliães, aos substitutos e aos auxiliaresautorizados a autenticação das cópias de documentos particulares e públicos.

Art. 582. Os tabeliães, ao autenticarem cópias reprográficas, não deverão se restringirà mera conferência dos textos ou ao aspecto morfológico da escrita, mas verificar, com cautela,se o documento copiado contém rasuras ou quaisquer outros sinais suspeitos indicativos depossíveis fraudes, caso em que o notário poderá recusar-se a autenticá-lo.

Art. 583. Não será extraída, autenticada ou utilizada para a prática de nenhum atonotarial reprodução reprográfica de outra reprodução reprográfica, autenticada ou não, dedocumento público ou particular, senão sob pública-forma.

§ 1º Não se sujeitam a essa restrição a cópia ou o conjunto de cópias reprográficasque, emanadas de autoridade ou de repartição pública e devidamente autenticadas, constituemdocumento originário, tais como cartas de ordem, de sentença, de arrematação, de adjudicação,formais de partilha, certidões positivas de registros públicos e de protestos e certidões da JuntaComercial.

§ 2º Só se extrairá pública-forma de reproduções reprográficas oriundas de outrascomarcas, se estiver reconhecida a firma do signatário da autenticação.

Art. 584. Nos documentos em que houver mais de uma reprodução, a cada umacorresponderá um instrumento de autenticação.

§ 1º Sempre que possível, o instrumento de autenticação constará no anverso dacópia; quando tenha de constar no verso, inutilizar-se-ão com carimbo os espaços remanescentes.

§ 2º Em todo instrumento de autenticação constará necessariamente o carimboindividualizado de quem o firmou.

Art. 585. São consideradas válidas as cópias dos atos notariais escriturados nos livrosdo serviço consular brasileiro produzidas por máquinas fotocopiadoras, se autenticadas porassinatura original de autoridade consular brasileira.

Seção VDo Reconhecimento de Firmas

(Vide Anexo I - Dos tipos de reconhecimento de firmas)

Art. 586. O depósito de firmas, no cartório, deverá ser feito em ficha-padrão queconterá os seguintes elementos:

I - nome do depositante, sua filiação, sua naturalidade, data do seu nascimento, seuestado civil, sua profissão, seu endereço e seu telefone;

II - especificação dos documentos apresentados pelo depositante, CPF, RG ou outrodocumento de identificação, com data de emissão e nome do órgão expedidor;

III - duas assinatura do depositante;IV - rubrica do serventuário (titular da serventia ou auxiliar autorizado para

reconhecimento);Parágrafo único. A renovação da ficha-padrão só pode ser exigida na hipótese de

alteração dos padrões de assinatura anteriormente depositada ou se houver alteração dos dadosobrigatórios. É proibida a cobrança de emolumentos a qualquer título em caso de renovação daficha padrão.

Art. 587. No caso de depositante cego ou portador de visão subnormal, o cartoráriocertificará exibição dos documentos previstos no artigo 586, bem como que as assinaturas do

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depositante e as de dois apresentantes devidamente qualificados foram lançadas na presença donotário.

Art. 588. A autorização do auxiliar cartorário para reconhecer firmas e proceder aautenticações consistirá em designação feita pelo titular e encaminhada à Corregedoria-Geral deJustiça, para anotação.

Parágrafo único. O reconhecimento de firma é ato privativo do tabelião ou doauxiliar autorizado, que deverá ter a identificação de sua assinatura por carimbo individualizado.

Art. 589. Os tabeliães estão autorizados a extrair, às expensas dos interessados,cópias reprográficas do documento de identidade apresentado para preenchimento da ficha-padrão, caso em que serão devidamente arquivadas para fácil verificação.

Art. 590. O reconhecimento de firma por semelhança deve ser procedido mediantecuidadoso confronto entre a assinatura lançada no documento e o padrão existente no cartório.

Parágrafo único. O tabelião responderá administrativa, civil e criminalmente pelaautenticidade da firma não depositada que vier a ser reconhecida por semelhança.

Art. 591. Tratando-se de reconhecimento autêntico, é essencial que a assinatura,identificado o manuscritor, seja lançada na presença do serventuário. Nessa oportunidade, exige-se que a ficha-padrão seja preenchida, se ainda não existe no cartório.

Parágrafo único. É vedado o reconhecimento por abono, salvo no caso de procuraçãofirmada por réu preso e outorgada a advogado, desde que visada pelo diretor do presídio, comsinal ou carimbo de identificação.

Art. 592. Ao reconhecer a firma o servidor deverá mencionar o nome do firmatário. Évedado o uso dos termos "retro", "supra", "acima", "infra", etc.

Art. 593. Para o reconhecimento de firma poderá o tabelião, havendo justo motivo,exigir a presença do signatário ou a apresentação do documento de identificação e de inscrição noCPF.

Art. 594. É vedado o reconhecimento de assinaturas reprografadas, bem como defirmas em documentos sem data, incompletos, que não contenham forma legal e objeto lícito ounos redigidos em outros idiomas, salvo se acompanhados de tradução oficial.

Parágrafo único. Se o instrumento contiver todos os elementos do ato, pode otabelião ou seu auxiliar autorizado reconhecer a firma de apenas uma das partes, não obstantefaltar a assinatura das demais.

Art. 595. É proibida a entrega de fichas-padrão para o preenchimento fora docartório; no entanto, o tabelião ou o substituto legal poderá preenchê-la e colher a assinatura emoutro local, diante da impossibilidade do comparecimento do interessado ao cartório.

Seção VIDas Disposições Gerais

Art. 596. Competem aos tabeliães de notas os seguintes atos:I - formalizar juridicamente a vontade das partes;II - lavrar testamento público e de sua revogação e aprovação de testamento cerrado;III - lavrar escrituras de instituição de fundação, de emancipação, de reconhecimento

de filho, de pacto antenupcial e de todos os atos e os contratos para os quais a lei exija ou facultea forma pública;

IV - lavrar todos os atos e os contratos que tenham por objeto bens imóveis ou direitoa eles relativos, quando exigido por lei o instrumento público;

V - lavrar procuração pública, substabelecimento e respectivos instrumentos derevogação;

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VI - reconhecer firma, letra ou chancela, bem como autenticar cópia e outrosdocumentos;

VII - expedir traslado, certidão, fotocópia e outros instrumentos autorizados por lei;VIII - abrir e encerrar os livros do seu ofício (é vedada a lavratura concomitante de

ambos os atos) e rubricar as respectivas folhas;IX - usar o sinal público e com ele autenticar os atos que expedir em razão do ofício;X - fiscalizar o pagamento dos impostos devidos nos atos e nos contratos que tiver de

lançar em suas notas; não pode praticar o ato antes do respectivo pagamento;XI - comunicar à Corregedoria-Geral de Justiça relação dos atos que envolvam a

aquisição e a transferência de imóvel rural por pessoa física ou jurídica estrangeira;XII - remeter à Corregedoria-Geral de Justiça, ao cartório de registro de imóveis de

sua comarca e à Secretaria de Fazenda uma ficha com sua assinatura e sinal público; incumbeigual obrigação ao seu substituto;

XIII - arquivar o original ou as fotocópias das procurações referidas nas escrituraslavradas em cartório da comarca ou fora dela;

XIV - organizar e manter em dia o índice alfabético ou o fichário pelo nome daspartes dos atos lançados em suas notas;

XV - remeter trimestralmente, até o décimo dia do trimestre seguinte, à FazendaPública Estadual e Municipal (mensalmente, a declaração de operação imobiliária à Secretaria daReceita Federal, atendidas as normas por esta expedidas) a relação de todos os contratos detransmissão inter vivos que lavrar em seu cartório; nela consignará, conforme a ordem numérica ecronológica dos atos, o valor da transação e o favorecido do tributo

XVI - expedir pública-forma, bem como conferir e consertar as extraídas por outrostabeliães.

Art. 597. Somente o tabelião, seu substituto ou auxiliar autorizado poderão colher aassinatura dos interessados fora do cartório.

Parágrafo único. No ato da colheita da assinatura será preenchida a ficha-padrão, senão existir no arquivo do cartório.

Art. 598. Os livros de registro, bem como as fichas que os substituam, somente sairãodo cartório mediante autorização judicial.

Art. 599. A redação dos instrumentos públicos far-se-á sempre no idioma nacional.Art. 600. No serviço de que é titular, o notário não poderá praticar, pessoalmente,

qualquer ato de seu interesse ou de interesse de seu cônjuge ou de parentes, na linha reta ou nacolateral, consangüíneos ou afins, até o terceiro grau.

Art. 601. Os documentos de outras localidades, públicos ou particulares, referidosnos atos notariais deverão ter suas firmas reconhecidas na comarca de origem ou onde irãoproduzir seus efeitos.

Art. 602. As escrituras de instituição de fundação, ou de seu interesse, ainda que naqualidade de outorgante ou de interveniente, não serão lavradas sem a intervenção do MinistérioPúblico.

Art. 603. É vedada a lavratura de contrato de estabelecimento de sociedade de fato deaparência conjugal, cujo teor não tenha efeitos jurídicos.

Art. 604. As assinaturas das partes e das testemunhas, quando houver, deverão serlançadas logo após a lavratura do ato; não se admitirão espaços em branco, e todos os que nãohouverem sido aproveitados deverão ser inutilizados com traços horizontais ou com umaseqüência de traços e pontos.

Art. 605. Todos os atos notariais deverão ser assinados com tinta preta ou azul,indelével; lançar-se-á em frente o nome por extenso, de forma legível.

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Art. 606. Os delegatários ficam obrigados a divulgar, em local visível ao público, atabela de custas e de emolumentos.

Art. 607. As consultas serão dirigidas ao juiz corregedor permanente, que submeterásua decisão à apreciação do Corregedor-Geral de Justiça, para efeito normativo, caso repute,fundamentadamente que a matéria seja de interesse geral e mereça tratamento uniforme.

Art. 608. Sempre que ocorra fundada dúvida sobre a autenticidade de firma queconsta em documentos públicos ou particulares, o oficial deverá, sob pena de responsabilidade,exigir o seu reconhecimento.

Art. 609. Os serviços notariais manterão fichas com padrão de firmas dosserventuários dos cartórios ou dos substitutos eventuais e dos juízes das respectivas comarcas,destinadas à confrontação com os títulos ou os documentos públicos que forem apresentados paraaverbação.

Parágrafo único. A confrontação prevista neste artigo é isenta de emolumentos e nãoimporta em ato notarial.

Art. 610. A adoção de sistema de computação, de microfilmagem, de disco ótico ououtros meios de reprodução prescinde da autorização da Corregedoria-Geral de Justiça. Osalvamento dos lançamentos deve ocorrer em duas cópias diárias: uma, guardada na própria sededo serviço, e a outra, a ser armazenada em local distinto, com as cautelas devidas.

Parágrafo único. O responsável pelo serviço cientificará o Corregedor-Geral deJustiça sobre os dados necessários para o acesso ao programa, disponibilizando, para talfinalidade, suporte técnico permanente, de modo a viabilizar o controle do sistema pelaCorregedoria, mesmo na ausência do titular ou na vacância da serventia.

Art. 611. Na hipótese de o livro ser encerrado com o número superior àquele previstono termo de abertura, deverá ser ressalvado o motivo da ocorrência.

Art. 612. Os titulares permanecerão nos serviços notariais durante todo o expediente;só se ausentarão por motivo justificável; deve estar presente, nesse caso, o substituto designadopara responder pelo serviço na sua ausência e no seu impedimento.

Art. 613. Nas dependências dos serviços notariais, o titular, seu substituto e osdemais funcionários usarão crachá de identificação.

Capítulo XIVDo Registro Civil de Pessoas Naturais

Seção IDos Livros e Escrituração

Art. 614. São Livros obrigatórios dos ofícios de registro civil das pessoas naturais:I - “A”, de registro de nascimento, com trezentas folhas;II - “B”, de registro de casamento e da conversão da união estável em casamento,

com trezentas folhas;III - “B Auxiliar”, de registro de casamento religioso para efeitos civis, com trezentas

folhas;IV - “C”, de registro de óbitos , com trezentas folhas;V - “C Auxiliar”, de registro de natimortos, com trezentas folhas;VI - “D”, de registro de proclamas, com trezentas folhas;VII - “E”, de registro dos demais atos relativos ao estado civil; poderá ser autorizado

pelo juiz o seu desdobramento, com cento e cinqüenta folhas.Art. 615. Além dos previstos na Lei de Registros Públicos e dos obrigatórios e

comuns a todos os cartórios, o cartório de registro civil de pessoas naturais deverá possuir osseguintes Livros:

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I - Visitas do Ministério Público;II - Registro de Feitos;III - Registro das Habilitações de Casamento.Art. 616. Considerando a quantidade dos registros, o juiz poderá autorizar a

diminuição do número de páginas dos livros, até a terça parte.Art. 617. Os oficiais do registro civil de pessoas naturais deverão arquivar em pastas

próprias:I - cópias de comunicações de óbitos, desdobradas segundo os destinatários;II - petições de registro tardio;III - mandados e outros documentos que devam ser cumpridos;IV - cópias de atestado de óbito;V - procurações.Art. 618. A cada um dos livros exigidos pela Lei de Registros Públicos

corresponderá um índice alfabético dos assentos lavrados, pelos nomes das pessoas a que sereferirem, o qual, a critério do oficial, poderá ser organizado pelo sistema de fichas.

§ 1º Constará nos índices o nome de todos os integrantes dos assentos; nos decasamento, o nome do contraente e da contraente e também os eventualmente adotados por estesem virtude do matrimônio.

§ 2º Os cartórios organizarão um índice para os registros extemporâneos denascimento.

Art. 619. No Livro de Registro de Feitos serão registrados, em ordem e em sérieanual, as petições de abertura de assento de nascimento e os pedidos de retificação sumária deregistro de nascimento.

Art. 620. Serão registrados, no Livro de Registro das Habilitações de Casamento, emordem e em série anual, os processos de habilitação para o casamento.

Art. 621. Para a qualificação das testemunhas e das pessoas que assinam a rogodever-se-á mencionar a nacionalidade, a idade, a profissão, o estado civil, o endereço residenciale o número do documento de identificação.

Art. 622. À margem dos atos praticados por pessoas analfabetas, deverá ser colhida arespectiva impressão digital de um dos polegares, indicando-se a mão, com anotação dessascircunstâncias no corpo do termo.

§ 1º As impressões digitais devem ser colhidas com nitidez, pouca tinta, o maistransparente possível e sem borrões.

§ 2º Recomendam-se, por cautela, impressões datiloscópicas das pessoas que assinammal, de modo ilegível, demonstrando não saber ler ou escrever.

§ 3º As assinaturas que devem constar nos termos são aquelas usuais das partes;poderão os oficiais, por cautela e para facilitar a identificação futura, colher, ao lado, asassinaturas com o nome por inteiro.

Art. 623. Serão registrados no Livro "E" do primeiro ofício do registro civil, asemancipações, as interdições, as sentenças declaratórias de ausência, as sentenças que deferirem aadoção e os demais atos previstos nos parágrafos 2º, 4º e 5º do artigo 32 da Lei 6.015/1973, bemcomo a averbação de seu cancelamento.

Parágrafo único. Depois do trânsito em julgado, as sentenças de separação judicial ede divórcio serão averbadas no livro “E” do registro civil da sede da comarca em que tenham sidoproferidas, desde que em jurisdição diversa daquela em que hajam de ser averbadas no livro “B”,fazendo-se remissões recíprocas quando for o caso.

Seção IIDo Nascimento

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Art. 624. O assento de nascimento deverá conter:I - dia, mês, ano e lugar do nascimento e hora certa, se possível determiná-la, ou

aproximada;II - o sexo do registrando;III - o fato de ser gêmeo, quando assim tiver acontecido;IV - o nome posto à criança;V - a declaração de que a criança nasceu morta, morreu no ato ou logo após o parto;VI - a ordem de filiação de outros irmãos do mesmo prenome que existirem ou

tiverem existido;VII - o nome, a naturalidade devidamente comprovada por documento oficial, a

profissão dos pais, a idade da genitora do registrando, em anos completos, na ocasião do parto, eo domicílio e o endereço residencial do casal, com endereço discriminado;

VIII - o nome dos avós paternos e dos maternos;IX - o nome, profissão e endereço residencial das duas testemunhas do assento,

quando se tratar de parto ocorrido sem assistência médica em residência ou fora de unidadehospitalar ou casa de saúde.

§ 1º No caso de gêmeos, será declarada, no assento especial de cada um, a ordem denascimento. Os gêmeos e os irmãos que tiverem o prenome igual deverão ser inscritos com duploprenome ou nome completo diverso, de modo que possam distinguir-se.

§ 2º O nascimento da pessoa natural, no território nacional, será registrado nacircunscrição do local em que tiver ocorrido o parto ou de endereço residencial dos pais, no prazode quinze dias, que será ampliado em até três meses, para os lugares distantes mais de trintaquilômetros da sede do cartório.

Art. 625. Os nascimentos de pessoas com 12 (doze) anos ou mais somente serãoregistrados mediante despacho judicial em petição que deverá conter as exigências do artigo 624,com assinaturas do interessado ou seu representante legal, bem como das testemunhasqualificadas, com as firmas reconhecidas, ou por mandado judicial

Art. 626. A petição despachada, que servirá de mandado, após a audiência doMinistério Público, será registrada imediatamente no livro competente e nela será anotada alavratura do assento; arquivar-se-á em pasta própria, independentemente de autuação.

Art. 627. Nos registros de nascimento não se mencionará a circunstância da filiação,salvo em virtude de decisão judicial.

Art. 628. Os assentos de nascimento, lavrados antes da vigência da ConstituiçãoFederal de 5.10.88, poderão ser retificados pelos registradores, à vista de pedido fundamentadodos interessados ou por decisão judicial, na hipótese de dúvida suscitada pelo oficial do registro,assegurada a intervenção do Ministério Público no procedimento.

Art. 629. O prazo para declaração de nascimento pela mãe é prorrogado por quarentae cinco dias, totalizando sessenta dias, ou, havendo distância maior de trinta quilômetros da sededo cartório, de três meses mais quarenta e cinco dias.

Art. 630. Os pais menores de idade, relativa ou absolutamente incapazes, poderãodeclarar o nascimento de seus filhos, independentemente de assistência ou representação de seusgenitores, devendo, entretanto, o oficial do registro redobrar as cautelas para a realização do ato.

Art. 631. Em registro de nascimento de menor em que está determinada somente amaternidade, o oficial remeterá ao juiz certidão integral do registro, o nome, profissão, identidadee endereço residencial do suposto pai, a fim de ser averiguada oficiosamente a procedência daalegação.

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§ 1º O juiz, sempre que possível, ouvirá a mãe sobre a paternidade alegada emandará, em qualquer caso, notificar o suposto pai, independentemente de seu estado civil, paraque se manifeste sobre a paternidade que lhe é atribuída.

§ 2º Todos os atos referentes ao procedimento administrativo serão realizados emsegredo de justiça.

§ 3º No caso do suposto pai confirmar expressamente a paternidade, será lavradotermo de reconhecimento e remetida certidão ao oficial do registro, para a devida averbação.

§ 4º Se o suposto pai não atender no prazo de trinta dias, à notificação judicial ounegar a alegada paternidade, o juiz remeterá os autos ao representante do Ministério Público paraque intente, havendo elementos suficientes, a ação de investigação de paternidade.

Art. 632. São isentos de qualquer encargo, gozando de absoluta prioridade, osregistros e certidões, mesmo fora de prazo, necessários à regularização de atos relativos a criançaou a adolescente em situação irregular.

§ 1º Não haverá incidência de emolumentos ou de multas no registro de nascimento,mesmo quando efetuado fora do prazo.

§ 2º O registro de nascimento de menor abandonado, sob a jurisdição do juiz daInfância e da Juventude, far-se-á por iniciativa deste, por mandado.

Art. 633. Qualquer alteração posterior do nome somente será feita por ordemjudicial, arquivando-se o mandado e publicando-se a alteração do registro pela imprensa.

Parágrafo único. A publicação de que trata o caput deste artigo diz respeito à própriasentença; nela devem ser mencionados o nome que consta no registro e aquele que passa a seradotado por força da decisão.

Art. 634. O prenome será definitivo; todavia, admite-se a sua substituição porpseudônimo, ou acréscimo deste, desde que não proibido em lei, ou em virtude de fundadaalegação de coação ou ameaça decorrente da colaboração do interessado na apuração de crime, seautorizado judicialmente.

Art. 635. Quando se tratar de natimorto, não será dado nome, nem usado o termo"feto": o registro será efetuado no Livro "C - Auxiliar", com o índice em nome do pai ou da mãe,dispensando-se o assento de nascimento.

Parágrafo único. Se a criança chegou a respirar e morreu por ocasião do parto, serãofeitos, necessariamente, os dois assentos, o de nascimento e o de óbito, com os elementoscabíveis e remissões recíprocas.

Seção IIIDa Adoção

Art. 636. O ato constitutivo da adoção proveniente de decisão judicial será registradono ofício da comarca onde tramitou o processo, mediante mandado do qual não se fornecerácertidão; proceder-se-á ao cancelamento do registro anterior. Havendo mais de uma serventia nacomarca, observar-se-á aquela correspondente ao endereço residencial de quem adotar.

§ 1º O registro consignará o nome dos pais adotivos como pais, bem como o nome deseus ascendentes.

§ 2º O registro original do menor será cancelado por mandado, que será arquivado.§ 3º Nenhuma observação sobre a origem do ato poderá constar nas certidões de

registro.Art. 637. A critério da autoridade judiciária, poderá ser fornecida certidão para a

salvaguarda de direitos.Art. 638. Se o assento primitivo houver sido lavrado em cartório de outra comarca, o

juiz que conceder adoção determinará expedição de mandado cancelatório àquele ofício. Antes de

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ser feita a averbação, incumbe ao interessado ou ao oficial obter o "cumpra-se" do diretor do forolocal, no próprio mandado ou ofício.

Art. 639. O processamento e o julgamento dos pedidos de adoção competirão ao juizda Infância e da Juventude.

Art. 640. A adoção será sempre assistida pelo Poder Público.§ 1º Em se tratando de menores de dezoito anos ou de maiores já sob guarda ou tutela

dos adotantes, observar-se-á o disposto no Estatuto da Criança e do Adolescente.§ 2º Nas demais hipóteses, serão observadas as regras da lei civil.

Seção IVDo Casamento

Subseção IDa Habilitação

Art. 641. As questões relativas à habilitação para o casamento devem ser resolvidaspelo juiz diretor do foro.

Parágrafo único. A dispensa de publicação dos editais de proclamas é decompetência do juiz diretor do foro.

Art. 642. Na habilitação para o casamento, deverão ser apresentados os seguintesdocumentos:

I - certidão de nascimento ou prova equivalente;II - declaração do estado, do domicílio e do endereço residencial atual dos contraentes

e de seus pais, se forem conhecidos;III - autorização das pessoas sob cuja dependência legal estiverem, ou ato judicial que

a supra;IV - declaração de duas testemunhas maiores, parentes ou estranhas, que atestem

conhecer os pretendentes e afirmem não existir impedimento que os iniba de casar;V - certidão de óbito do cônjuge falecido, da anulação do casamento anterior ou da

averbação da sentença de divórcio.Art. 643. Se algum dos contraentes houver residido a maior parte do último ano em

outro Estado, apresentará prova de que o deixou sem impedimento para casar ou de que cessou oexistente.

Art. 644. Na petição inicial, os nubentes declararão o regime de bens a vigorar e onome que a contraente passará a usar.

Art. 645. A escolha de regime de bens diverso do legal será formalizada pelaescritura pública. É ineficaz a simples declaração de vontade reduzida a termo no processo dehabilitação matrimonial.

Parágrafo único. O oficial fará constar, no assento, a existência de pacto antenupcial,com menção textual do cartório, do livro, das folhas e da data em que foi lavrada a respectivaescritura, cujo translado ou certidão será entranhado no processo de habilitação.

Art. 646. A petição pela qual os interessados requererem a habilitação poderá serassinada a rogo, com duas testemunhas, caso sejam analfabetos os contraentes.

Art. 647. O consentimento de pais analfabetos, para que seus filhos menores possamcontrair matrimônio, deverá ser dado:

I - por meio de procurador constituído por instrumento público; ouII - nos autos de habilitação, por termo de consentimento subscrito pelo oficial, pelo

juiz de paz e por uma pessoa a rogo do analfabeto, comprovada a presença do declarante pelatomada de sua impressão digital ao pé do termo, na presença efetiva de testemunhas que,devidamente qualificadas, também assinarão o respectivo termo.

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Art. 648. Nas habilitações ao casamento de menores não enquadrados nas proibiçõesdo Código Civil, bastará apenas o consentimento do cônjuge sob cuja guarda estiver confiado omenor pretendente, desde que o outro (pai ou mãe) esteja separado de fato e não tenha sidolocalizado, por encontrar-se em lugar incerto e não sabido.

Parágrafo único. Do cônjuge presente ao ato de consentimento colher-se-ádeclaração da situação especial, a qual também deverá ser assinada por duas testemunhasidôneas.

Art. 649. No processo de habilitação de casamento é dispensado o reconhecimento defirmas, desde que a assinatura seja lançada na presença do oficial e a circunstância seja por estecertificada, vedada a cobrança de emolumentos por este ato.

Art. 650. Apresentada a petição com os documentos, será autuada e registrada,anotando-se, na capa, o número e as folhas do livro e a data do registro.

Parágrafo único. Estando em ordem a documentação, o processo será encaminhadoao Ministério Público pelo oficial do Registro Civil, indo após ao juiz de paz, para homologação.

Art. 651. Quando um dos nubentes residir em município diverso daquele onde seprocessa a habilitação, será para ali remetida a cópia do edital. O oficial desse município, deposse dessa cópia, fará o seu registro, afixa-la-á em local ostensivo do cartório e publica-la-á naforma da lei.

§ 1º Transcorrido o prazo de publicação, o oficial certificará que foram cumpridas asformalidades legais, se houve ou não impedimento, e remeterá a certidão ao oficial do processo.

§ 2º O oficial do processo somente expedirá certidão de habilitação para o casamentodepois de receber e juntar aos autos a certidão provinda de outro distrito.

§ 3º As despesas de publicação do edital serão pagas pelo interessado.Art. 652. Se houver apresentação de impedimento, o oficial dará aos nubentes ou aos

seus representantes a respectiva nota, indicando os fundamentos, as provas e, se o impedimentonão se opôs de ofício, o nome do opoente.

Art. 653. Os nubentes terão o prazo de três dias para indicar as provas quepretenderem produzir.

§ 1º A seguir, os autos serão remetidos ao juízo, e lá serão produzidas as provas, noprazo de dez dias, com ciência do Ministério Público.

§ 2º Encerrada a instrução, serão ouvidos os interessados e o Ministério Público, noprazo de cinco dias. Decidirá o juiz em igual prazo.

Art. 654. Os autos de habilitação ao casamento devem ser margeados pelosemolumentos; devem também indicar o número da guia do respectivo recolhimento.

Subseção IIDa Celebração

Art. 655. Mediante petição dos contraentes, a autoridade que houver de presidir aocasamento designará dia, hora e lugar para sua celebração, atendidas, sempre que possível, asconveniências dos interessados.

Art. 656. A solenidade será celebrada no cartório de registro civil, com todapublicidade, a portas abertas, presentes, pelo menos, duas testemunhas, parentes ou não doscontraentes. Em caso de força maior, querendo as partes e consentindo a autoridade celebrante, acerimônia será realizada noutro edifício público ou particular.

Art. 657. Quando o casamento for em prédio particular, ficará este de portas abertasdurante o ato.

Parágrafo único. Nesta hipótese, se algum dos contraentes não souber ou não puderescrever, serão 4 (quatro) as testemunhas.

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Art. 658. Presentes os contraentes, em pessoa ou por procurador especial, juntamentecom as testemunhas e o oficial do registro, o presidente do ato, ouvindo dos nubentes a afirmaçãode que persistem no propósito de se casarem por livre e espontânea vontade, declarará efetuado ocasamento, nestes termos: “de acordo com a vontade que ambos acabais de afirmar perante mim,de vos receberdes por marido e mulher, eu, em nome da lei, vos declaro casados.”

Art. 659. A falta ou o impedimento do juiz de paz ou de seu suplente será suprida poroutro, nomeado pelo juiz de direito para o ato, dentre eleitores residentes no distrito, nãopertencentes a órgão de direção ou de ação de partido político, dotados de requisitos de ordemmoral e cultural compatíveis

Parágrafo único. Na falta ou no impedimento do oficial do Registro Civil, outro seránomeado ad hoc, pelo presidente do ato.

Art. 660. Após a celebração do matrimônio, será lavrado assento, que deverá serassinado pelo juiz de paz, pelos cônjuges, pelas testemunhas e pelo oficial, consignando-se:

I - nome, nacionalidade, data e lugar de nascimento, profissão, domicílio e endereçoresidencial atual de cada cônjuge;

II - nomes, nacionalidades, datas de nascimento ou de morte, domicílios e endereçosresidenciais atuais dos pais;

III - nome do cônjuge precedente e ata da dissolução do casamento anterior, quandofor o caso;

IV - data de publicação dos proclamas e de celebração do casamento;V - relação dos documentos apresentados ao oficial do registro;VI - nome, profissão, domicílio e endereço residencial atual de cada testemunha;VII - regime de casamento, com declaração de data e do cartório em cujas notas foi

lavrada a escritura antenupcial, quando o regime não for o da comunhão parcial ou oobrigatoriamente estabelecido;

VIII - nomes que passam a ter os cônjuges, em virtude do casamento;IX - nome e idade dos filhos havidos em matrimônio anterior ou legitimados pelo

casamento;X - à margem do termo, a impressão digital dos contraentes que não souberem

assinar, anotando-se à sua volta o seu nome.Art. 661. Realizado o casamento, será este certificado nos autos pelo oficial, com

indicação da data, do número do livro e das folhas em que foi lavrado; deverá ser comunicado aocartório do lugar em que tiver sido registrado o nascimento dos contraentes.

Art. 662. Após as providências legais, o processo de habilitação para o casamentoserá arquivado, observada a ordem cronológica.

Art. 663. A procuração ad nuptias deverá conter poderes especiais para receberalguém em nome do outorgante, bem como o nome da pessoa com quem o mandante vai se casare o regime de bens a ser adotado.

Art. 664. Caso não seja mencionado o regime de casamento, vigorará, quanto aosbens, o regime de comunhão parcial, a não ser que seja apresentado pacto antenupcial, de quetenha participado, pessoalmente o contraente.

Subseção IIIDo Casamento Religioso com Efeitos Civis

Art. 665. Nas certidões de habilitação para casamento perante autoridade ou ministroreligioso, serão mencionados o prazo legal da validade da habilitação e o número respectivo doprocesso.

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Parágrafo único. Nos autos de habilitação, constará o recibo da entrega da certidãoaos nubentes.

Art. 666. O termo ou o assento do casamento religioso será assinado pelo celebrantedo ato, pelos nubentes e pelas testemunhas; é exigido, para seu registro, o reconhecimento dafirma do celebrante.

Art. 667. No prazo de trinta dias, a contar da realização, o celebrante ou qualquerinteressado poderá, apresentando o assento ou o termo do casamento religioso, que deverá contera data da celebração, o lugar, o culto religioso, o nome do celebrante, sua qualidade, o cartórioque expediu a habilitação, a data desta, os nomes, as profissões, os endereços residenciais e asnacionalidades das testemunhas que o assinaram e os nomes dos contraentes, requerer o registroao oficial do cartório que expediu a certidão, que o fará no prazo de vinte e quatro horas.

Art. 668. O casamento religioso, celebrado sem a prévia habilitação perante o oficialde registro público, poderá ser registrado desde que apresentados pelos nubentes, com orequerimento de registro, a prova do ato religioso e os documentos exigidos pelo Código Civil.Tais documentos suprirão eventual falta de requisitos no termo da celebração.

Parágrafo único. Processada a habilitação com a publicação dos editais e certificadaa inexistência de impedimentos, o oficial fará o registro do casamento religioso, de acordo com aprova do ato e os dados que constam no processo, observado o disposto no artigo 70 da Lei6.015/73.

Subseção IVDo Casamento em Iminente Risco de Vida

Art. 669. Ocorrendo iminente risco de vida de algum dos contraentes e não sendopossível a presença da autoridade competente para presidir o ato, o casamento poderá realizar-sena presença de seis testemunhas, que com os nubentes não tenham parentesco, até segundo grau,que comparecerão, dentro de dez dias, perante a autoridade judiciária mais próxima, para quesejam reduzidas a termo suas declarações.

§ 1º Se as testemunhas não comparecerem espontaneamente, poderá qualquerinteressado requerer a sua intimação.

§ 2º Autuadas as declarações e encaminhadas à autoridade judiciária competente, seoutra for a que as tomou por termo, será ouvido o órgão do Ministério Público, e realizar-se-ão asdiligências necessárias para verificação da inexistência de impedimento para o casamento.

§ 3º Ouvidos dentro de quinze dias os interessados que o requereram e o órgão doMinistério Público, o juiz decidirá em dez dias.

§ 4º Contra a decisão caberá apelação com ambos os efeitos.§ 5º Transitada em julgado a sentença, o juiz mandará registrá-la no Livro de

Casamento.

Subseção VDa Conversão da União Estável em Casamento

Art. 670. A conversão da união estável em casamento deverá ser requerida pelosconviventes ao juiz competente e assento no registro civil.

Parágrafo único. O assento da conversão da união estável em casamento será lavradono Livro "B", exarando-se o determinado no artigo 70 da Lei 6.015/1973, inutilizando-se osespaços relativos à celebração do casamento e do presidente do ato, constando do termo que setrata de conversão de união estável em casamento.

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Seção VDo Registro de Óbito

Art. 671. As comunicações ou declarações de óbito deverão ser arquivadas, naserventia, em ordem cronológica.

Art. 672. Será enviada, até o dia quinze de cada mês, ao juiz da zona eleitoral em queestiver situado o cartório, relação dos óbitos de pessoas alistáveis (maiores de dezesseis anos)ocorridos no mês anterior, para cancelamento das inscrições.

§ 1º No período eleitoral, a comunicação de óbitos ao juiz da zona eleitoral em queestiver situado o cartório deverá ser feita diariamente, durante os trinta dias que antecederemrespectivamente as datas de votação.

§ 2º Nas comarcas abrangidas por mais de uma zona eleitoral, a comunicação deóbito será dirigida ao juiz da zona eleitoral mais recente.

Art. 673. Os óbitos de brasileiros do sexo masculino com idade entre dezessete equarenta e cinco anos serão comunicados, em relação mensal, à circunscrição de recrutamentomilitar que abrange o distrito do cartório.

Art. 674. O oficial deverá observar a ordem das pessoas obrigadas a declarar óbito econsignará, no termo, algum motivo justo apresentado para que essa ordem não seja seguida.

Art. 675. As declarações de óbito das pessoas encontradas mortas e não reconhecidasoportunamente, poderão ser feitas pelo Instituto Médico Legal, e lavrar-se-á o respectivo assentono cartório do registro civil da circunscrição territorial competente.

Seção VIDa Emancipação, da Interdição, da Ausência e da Morte Presumida

Art. 676. No cartório do primeiro ofício ou da primeira subdivisão judiciária de cadacomarca serão registrados, no Livro "E", as sentenças de emancipação e os atos dos pais que aconcederem, em relação aos menores nela domiciliados.

Parágrafo único. Se os pais são separados ou divorciados, os tabeliães ficamautorizados a lavrar escrituras de emancipação concedida apenas pelo cônjuge que detiver aguarda e posse do emancipando.

Art. 677. O registro será feito mediante trasladação da sentença oferecida em certidãoou do instrumento e limitar-se-á, se for de escritura pública, às referências da data, do livro, dafolha e do ofício em que for lavrada, sem dependência, em qualquer dos casos, da presença detestemunhas, mas com a assinatura do apresentante. Nele sempre constarão:

I - data do registro e da emancipação;II - nome, idade, filiação, profissão, naturalidade e endereço residencial do

emancipado, data e cartório em que foi registrado seu nascimento;III - nome, profissão, naturalidade e endereço residencial dos pais ou do tutor.Art. 678. Quando o juiz conceder emancipação, deverá comunicá-la, de ofício, ao

oficial de registro, se não constar nos autos que foi efetuado o registro da emancipação dentro deoito dias.

Art. 679. Antes do registro, a emancipação, em qualquer caso, não produzirá efeito.Art. 680. As interdições serão registradas na serventia do primeiro ofício ou da

primeira subdivisão judiciária de cada comarca, no Livro "E", bem como junto ao serviçoregistral onde ocorreu o assento de nascimento, declarando-se:

I - data do registro;

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II - nome, idade, estado civil, profissão, naturalidade, domicílio e endereçoresidencial do interdito, data e cartório em que forem registrados o nascimento e o casamento,bem como nome do cônjuge, se for casado;

III - data da sentença, nome e vara do juiz que a proferiu;IV - nome, profissão, estado civil, domicílio e endereço residencial do curador;V - nome do requerente da interdição e causa desta;VI - limites da curadoria, quando for parcial a interdição;VII - lugar onde está internado o interdito.Art. 681. A comunicação, com os dados necessários, acompanhados de certidão de

sentença, será remetida pelo juiz ao serviço registral, para registro de ofício, se o curador ou opromovente não o tiver feito dentro de oito dias.

§ 1º Antes de registrada a sentença, não poderá o curador assinar o respectivo termo.§ 2º Quando se tratar de sentença declaratória de interdição por incapacidade civil

absoluta, cumprirá ao escrivão ou diretor de cartório remeter extrato da decisão ao TribunalRegional Eleitoral do Estado.

Art. 682. O registro das sentenças declaratórias de ausência que nomearem curadorserá feito no cartório do domicílio anterior do ausente, com as mesmas cautelas e os mesmosefeitos do registro de interdição, declarando-se:

I - data do registro;II - nome, idade, estado civil, profissão e domicílio anterior do ausente, data e

cartório em que foram registrados o nascimento e o casamento, bem como o nome do cônjuge, sefor casado;

III - tempo de ausência até a data da sentença;IV - nome do promotor do processo;V - data da sentença e nome e vara do juiz que a proferiu;VI - nome, estado civil, profissão, domicílio e endereço residencial do curador e os

limites da curatela.Art. 683. A sentença declaratória de morte presumida será registrada no Livro “E” e

averbada na serventia onde ocorreu o assento de nascimento, com comunicação à justiça eleitoralpela serventia.

Seção VIIDa Averbação

Art. 684. Será feita pelo oficial do cartório em que constar o assento a averbação àvista da carta de sentença, de mandado ou de petição acompanhada de certidão ou de documentolegal e autêntico, com audiência do Ministério Público.

Parágrafo único. Nenhuma averbação decorrente de pedido de retificação, derestauração e de suprimento no assento de registro civil será feita se, no mandado ou na carta desentença, não constar referência ao trânsito em julgado da decisão.

Art. 685. As sentenças de separação judicial e de divórcio, após o trânsito emjulgado, serão registradas, sob forma de averbação, à margem dos assentos de casamento.

Art. 686. Na averbação, far-se-á a indicação da vara e do nome do juiz que proferiu asentença, a data desta e o seu trânsito em julgado, a parte conclusiva da decisão e o nome que amulher passou a adotar.

Art. 687. Os mandados para registro das sentenças de separação judicial, de divórcio,de nulidade e de anulação de casamento conterão somente os dados necessários, omitindo o quepossa violar o sigilo imposto pelo artigo 155 do Código de Processo Civil.

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Art. 688. O mandado será entregue à parte ou ao seu representante, para oencaminhamento necessário.

Art. 689. Quando requerida por terceiros interessados, a certidão da averbaçãolimitar-se-á à parte conclusiva da sentença.

Art. 690. No Livro de Nascimento serão feitas as averbações das perdas danacionalidade brasileira, do pátrio poder e da suspensão deste.

Seção VIIIDas Disposições Gerais

Art. 691. Os assentos de nascimento, de óbito e de casamento de brasileiros em paísestrangeiro serão considerados autênticos, nos termos da lei do lugar em que forem feitos quandolegalizadas as certidões pelos cônsules ou quando os assentos forem por eles tomados, nos termosdo regulamento consular.

§ 1º Os assentos de que trata este artigo serão, porém, trasladados nos cartórios doprimeiro ofício do domicílio do registrado, de seus pais ou no primeiro ofício do Distrito Federal,em falta de domicílio conhecido, quando tiverem de produzir efeito no país ou, antes, por meio desegunda via que os cônsules serão obrigados a remeter por intermédio do Ministério das RelaçõesExteriores.

§ 2º O filho de brasileiro ou de brasileira nascido no estrangeiro cujos pais nãoestejam ali a serviço do Brasil, registrado no consulado brasileiro ou não, desde que venha aresidir no território nacional, poderá requerer, em seu domicílio, o registro provisório do termo denascimento no Livro “E” do primeiro ofício do registro civil.

§ 3º No termo e nas certidões do nascimento registrado na forma do § 2º constará quesó valerão como prova da nacionalidade brasileira se o interessado fizer a opção por esta aqualquer tempo.

§ 4º Poderá ser manifestada a opção pela nacionalidade brasileira perante o juízofederal. Deferido o pedido, proceder-se-á ao registro definitivo no Livro “E” do cartório doprimeiro ofício do domicílio do optante.

Art. 692. A certidão relativa ao nascimento do filho legitimado por subseqüentematrimônio deverá ser fornecida sem o teor da declaração ou da averbação a esse respeito, comose fosse legítimo; na certidão de casamento também será omitida a referência àquele filho, salvohavendo, em qualquer dos casos, determinação judicial, deferida em favor de quem demonstreinteresse em obtê-la.

Art. 693. Os filhos havidos ou não da relação do casamento ou por adoção terão osmesmos direitos e as mesmas qualificações; serão proibidas quaisquer designaçõesdiscriminatórias referentes à filiação.

Art. 694. Nos casos de omissão, de erro, de retificação, de restauração e desuprimento, deverá o oficial observar o cumprimento do artigo 109 e seguintes da Lei 6.015/73.

Art. 695. Não serão cobrados emolumentos pelo registro civil de nascimento e peloassento de óbito, bem como pela primeira certidão.

Art. 696. Os oficiais do registro de pessoas naturais providenciarão o mais rápido efacilitado atendimento aos oficiais de justiça e avaliadores em diligência.

Art. 697. É competente para a inscrição da opção de nacionalidade o cartório doendereço residencial do optante ou de seus pais. Se forem residentes no estrangeiro, far-se-á oregistro no Distrito Federal.

Art. 698. Os oficiais deverão observar, rigorosamente, sob pena de responsabilidade,a jurisdição territorial de sua competência.

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Art. 699. Os mandados que tiverem de ser cumpridos em outra comarca deverão teras suas firmas reconhecidas pelo escrivão ou diretor do cartório.

Parágrafo único. Fica dispensado o reconhecimento de firma em mandado, quandoapresentado por oficial de justiça e avaliador.

Art. 700. O registrador fica autorizado, se o ato lhe competir, a reconhecer a firmados subscritores de títulos e de documentos públicos destinados a registro em outras comarcas.

Art. 701. O serviço de registro civil das pessoas naturais será prestado, pelo sistemade plantão, também aos sábados, aos domingos e nos feriados.

Art. 702. Na Comarca da Capital, os cartórios de registro civil de pessoas naturaisfuncionarão nos dias úteis, das oito às onze horas e das treze às dezessete horas, desde queobservada a jornada mínima de seis horas; aos sábados, aos domingos e nos feriados, oexpediente encerrar-se-á às catorze horas; o servidor, após essa hora, deixará afixado, do ladoexterno do prédio, indicação do local onde poderá ser encontrado.

Parágrafo único. Nas demais comarcas do Estado, nos sábados, nos domingos e nosferiados, garantido o mínimo de seis horas diárias de atendimento ao público, poderá o juiz,atendidas as peculiaridades locais, fixar horário diverso.

Art. 703. Quando, por qualquer motivo, o cartório não puder efetuar registro,averbação, anotação ou fornecer certidões, deverá certificar a recusa no próprio requerimento edar nota explicativa para que o interessado possa, conhecendo os motivos, levar estes aoconhecimento do juiz.

Art. 704. Serão fornecidas gratuitamente as certidões, para alistamentos militar eeleitoral.

Art. 705. O oficial do registro remeterá à Fundação Instituto Brasileiro de Geografiae Estatística - IBGE - dentro dos primeiros oito dias dos meses de janeiro, de abril, de julho e deoutubro de cada ano, um mapa dos nascimentos, dos casamentos e dos óbitos ocorridos notrimestre anterior, bem como atenderá, a pedido do mencionado órgão, a requisição de correçãodo mapa, se esta for necessária.

§ 1º Os oficiais do registro deverão também encaminhar, mensalmente, ao InstitutoNacional de Seguro Social - INSS - relação de óbitos registrados no mês de referência.

§ 2º Mesmo que não ocorra nenhum óbito, ainda assim, o oficial deverá encaminharmensalmente ao INSS essa comunicação.

Art. 706. Os delegatários ficam obrigados a divulgar, em local visível ao público, atabela de emolumentos.

Art. 707. As consultas serão dirigidas ao juiz corregedor permanente, que submeterásua decisão à apreciação do Corregedor-Geral de Justiça, para efeito normativo, caso repute,fundamentadamente que a matéria seja de interesse geral e mereça tratamento uniforme.

Art. 708. Sempre que ocorra fundada dúvida sobre a autenticidade de firma queconsta em documentos públicos ou particulares, o oficial do registro deverá, sob pena deresponsabilidade, exigir o seu reconhecimento.

Art. 709. Os serviços registrais manterão fichas com padrão de firmas dosserventuários dos cartórios ou dos substitutos eventuais e dos juízes das respectivas comarcas,destinadas à confrontação com os títulos ou os documentos públicos que forem apresentados pararegistro ou para averbação.

Parágrafo único. A confrontação prevista neste artigo é isenta de emolumentos e nãoimporta em ato notarial.

Art. 710. A adoção de sistema de computação, de microfilmagem, de disco ótico ououtros meios de reprodução prescinde da autorização da Corregedoria-Geral de Justiça. Osalvamento dos lançamentos deve ocorrer em duas cópias diárias: uma, guardada na própria sededo serviço, e a outra, a ser armazenada em local distinto, com as cautelas devidas.

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Parágrafo único. O responsável pelo serviço cientificará o Corregedor-Geral deJustiça sobre os dados necessários para o acesso ao programa, disponibilizando, para talfinalidade, suporte técnico permanente, de modo a viabilizar o controle do sistema pelaCorregedoria, mesmo na ausência do titular ou na vacância da serventia.

Art. 711. Os termos de abertura e de encerramento dos livros deverão ser assinadospelo oficial, nas épocas próprias.

Parágrafo único. Na hipótese de o livro ser encerrado com o número superior àqueleprevisto no termo de abertura, deverá ser ressalvado o motivo da ocorrência.

Art. 712. Os titulares permanecerão nos serviços registrais durante todo o expediente;só se ausentarão por motivo justificável; deve estar presente, nesse caso, o substituto designadopara responder pelo serviço na sua ausência e no seu impedimento.

Capítulo XVDo Registro Civil de Pessoas Jurídicas

Seção IDos Livros e Escrituração

Art. 713. Compete aos oficiais do Registro Civil de Pessoas Jurídicas,independentemente de despacho judicial:

I - registrar contratos, atos constitutivos, estatutos ou compromissos das sociedadescivis, religiosas, morais, científicas ou literárias, associações de utilidade pública, bem como osdas fundações, exceto os das de direito público;

II - registrar as sociedades civis revestidas das formas estabelecidas nas leiscomerciais, com exceção das sociedades anônimas;

III - matricular jornais e demais publicações periódicas, oficinas impressoras,empresas de radiodifusão que mantenham serviços de notícias, reportagens, comentários, debatese entrevistas e as empresas que tenham por objeto o agenciamento de notícias;

IV - averbar, nas respectivas inscrições e matrículas, todas as alteraçõessupervenientes que importem em modificações das circunstâncias que constam no registro,atendidas as diligências das leis especiais em vigor;

V - dar certidão dos atos que praticarem em razão do ofício;VI - registrar os atos constitutivos e os estatutos dos partidos políticos.§ 1º Para registro dos atos constitutivos das sociedades a que se refere o artigo 1 da

Lei 6.839/80, e de alterações desses atos, exigir-se-á a comprovação de inscrição no respectivoórgão de disciplina e de fiscalização do exercício profissional.

§ 2º Será, obrigatória também a comprovação da existência de um responsáveltécnico da empresa, quando a lei assim o dispuser.

Art. 714. É vedado o registro de quaisquer atos relativos às associações e àssociedades civis, se os atos constitutivos não estiverem registrados no mesmo cartório.

Art. 715. É vedado, na mesma comarca, o registro de sociedade, de associações e defundações com a mesma denominação.

Art. 716. A execução dos serviços concernentes ao registro do comércio constituiatribuição exclusiva das juntas comerciais.

Art. 717. Além dos livros obrigatórios e comuns a todas as serventias, deve o cartóriodo registro civil das pessoas jurídicas manter os seguintes Livros:

I - "A", para os fins indicados nos incisos I e II do artigo 114 da Lei 6.015/73, comtrezentas folhas;

II - "B", para a matrícula de oficinas impressoras, jornais, periódicos, empresas deradiodifusão e agências de notícias, com cento e cinqüenta folhas;

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III - Protocolo, para anotação dos registros.Art. 718. O Livro de Protocolo poderá ser escriturado pelo sistema de folhas soltas,

arquivadas em pastas, em ordem numérica e cronológica, e conterá, no máximo, duzentas folhas.§ 1º No Livro Protocolo, a coluna destinada ao lançamento do dia e do mês poderá

ser substituída por termo de encerramento diário.§ 2º O número de ordem crescente começará em um, sem interrupção.Art. 719. Os atos constitutivos de pessoas jurídicas e suas alterações não poderão ser

registrados, quando o seu objeto ou circunstâncias relevantes indiquem destino ou atividadesilícitos ou contrários, nocivos ou perigosos ao bem público, à segurança do Estado e dacoletividade, à ordem pública ou social, à moral e aos bons costumes.

Parágrafo único. Ocorrendo quaisquer desses motivos, o oficial do registro, de ofícioou por provocação de qualquer autoridade, sobrestará o processo de registro e suscitará dúvidapara o juiz competente que a decidirá.

Art. 720. Os exemplares de contratos, de atos, de estatutos e de publicações,registrados e arquivados, serão encadernados por período certo ou microfilmados, com índice emordens cronológica e alfabética; é permitida a adoção do sistema de fichas.

Parágrafo único. Será elaborado idêntico índice para todos os registros lavrados.Art. 721. A existência legal das pessoas jurídicas só começa com o registro de seus

atos constitutivos.Parágrafo único. Se o funcionamento de sociedade depende de aprovação de

autoridade, sem esta não poderá ser feito o registro.

Seção IIDo Registro da Pessoa Jurídica

Art. 722. Para o registro, deverá o representante legal da pessoa jurídica formularpetição ao oficial, acompanhada de duas vias do estatuto, do compromisso ou do contrato.

§ 1º Os atos e os contratos constitutivos de pessoas jurídicas, sob pena de nulidade, sópodem ser admitidos a registro, quando vistados por advogado.

§ 2º O registro dos atos constitutivos e a averbação das fundações serão feitosmediante aprovação do Ministério Público.

Art. 723. Todas as folhas dos contratos constitutivos de sociedade deverão serrubricadas por todos os sócios. Nas entidades sem fins lucrativos, a rubrica será aposta pelorepresentante legal.

Art. 724. O requerimento será autuado juntamente com as duas vias do estatuto, decompromisso ou de contrato. O oficial deverá numerar e rubricar as folhas dos autos e certificaros atos realizados.

Art. 725. O oficial lançará, nas duas vias, a certidão do registro, com o respectivonúmero de ordem, do livro e da folha. Uma das vias será entregue ao representante, e a outra,arquivada em cartório; o oficial rubricará as folhas em que estiver impresso o contrato, ocompromisso ou o estatuto.

Art. 726. O registro das sociedades, das fundações e dos partidos políticos consistirána declaração, feita no livro, pelo oficial, do número de ordem, da data da apresentação e daespécie do ato constitutivo, com as seguintes indicações:

a) a denominação, o fundo social, quando houver, os fins e a sede da associação ou dafundação, bem como o tempo de sua duração;

b) o modo por que se administra e representa a sociedade, ativa e passivamente,judicial e extrajudicialmente;

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c) se o estatuto, o contrato ou o compromisso é reformável no tocante à administraçãoe de que modo;

d) se os membros respondem ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais;e) as condições de extinção da pessoa jurídica e, nesse caso, o destino de seu

patrimônio;f) os nomes dos fundadores ou dos instituidores e dos membros da diretoria,

provisória ou definitiva, com indicação da nacionalidade, do estado civil e da profissão de cadaum, bem como o nome e o endereço residencial do apresentante dos exemplares;

g) o nome e o número de inscrição na OAB do advogado que vistou o contrato.Art. 727. Todo documento que autorize averbação, incluindo a publicação no Diário

da Justiça do Estado, quando se referir à alteração dos atos constitutivos, deverá ser arquivadonos autos que deram origem ao registro, com a respectiva certidão do ato realizado, e quandoarquivado separadamente dos autos originais e suas averbações, estas deverão reportar-seobrigatoriamente a ele, com referências recíprocas.

Art. 728. É vedado o registro, no cartório de registro civil das pessoas jurídicas, deconstituição de firmas individuais, de sociedades de advogados, de sociedades cooperativas e defactoring.

Seção IIIDo Registro de Jornais, Oficinas Impressoras, Empresas de

Radiodifusão e Agências de Notícias

Art. 729. O pedido de matrícula conterá as informações e será instruído com osseguintes documentos:

I - em caso de jornais ou de outros periódicos:a) título do jornal ou de periódico, sede da redação, administração e oficinas

impressoras, esclarecendo, quanto a estas, se são próprias ou de terceiros, e indicando, neste caso,os respectivos proprietários;

b) nome, idade, endereço residencial e prova da nacionalidade do diretor ou doredator-chefe;

c) nome, idade, endereço residencial e prova da nacionalidade do proprietário;d) se propriedade de pessoa jurídica, exemplar do respectivo estatuto ou do contrato

social e nome, idade, endereço residencial e prova de nacionalidade dos diretores, dos gerentes edos sócios da pessoa jurídica proprietária;

II - em caso de oficinas impressoras:a) nome, nacionalidade, idade e endereço residencial do gerente e do proprietário, se

pessoa natural;b) sede da administração, lugar, rua e número onde funcionam as oficinas e

denominação destas;c) exemplar do contrato ou do estatuto social, se pertencentes à pessoa jurídica;III - em caso de empresas de radiodifusão:a) designação da emissora, sede de sua administração e local das instalações do

estúdio;b) nome, idade, endereço residencial e prova da nacionalidade do diretor ou do

redator-chefe responsável pelos serviços de notícias, reportagens, comentários, debates eentrevistas;

IV - em caso de empresas noticiosas:a) nome, nacionalidade, idade e endereço residencial do gerente e do proprietário, se

pessoa natural;

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b) sede da administração;c) exemplar do contrato ou do estatuto social, se pessoa jurídica.Parágrafo único. As alterações em qualquer dessas declarações ou documentos

deverão ser averbadas na matrícula no prazo de oito dias, e a cada declaração, a ser averbada,deverá corresponder um requerimento.

Art. 730. Se o oficial verificar a intempestividade dos requerimentos de averbação ouque os pedidos de matrícula referem-se a publicações já em circulação, representará ao juizcorregedor permanente, que decidirá sobre a aplicação da multa.

Art. 731. O processo de matrícula será o mesmo do registro previsto no artigo 121 daLei 6.015/73.

Seção IVDas Disposições Gerais

Art. 732. Os delegatários ficam obrigados a divulgar, em local visível ao público, atabela de custas e de emolumentos.

Art. 733. As consultas serão dirigidas ao juiz corregedor permanente, que submeterásua decisão à apreciação do Corregedor-Geral de Justiça, para efeito normativo, caso repute,fundamentadamente que a matéria seja de interesse geral e mereça tratamento uniforme.

Art. 734. Sempre que ocorra fundada dúvida sobre a autenticidade de firma queconsta em documentos públicos ou particulares, o oficial do registro deverá, sob pena deresponsabilidade, exigir o seu reconhecimento.

Art. 735. Os serviços registrais manterão fichas com padrão de firmas dosserventuários dos cartórios ou dos substitutos eventuais e dos juízes das respectivas comarcas,destinadas à confrontação com os títulos ou os documentos públicos que forem apresentados pararegistro ou para averbação.

Parágrafo único. A confrontação prevista neste artigo é isenta de emolumentos e nãoimporta em ato notarial.

Art. 736. A adoção de sistema de computação, de microfilmagem, de disco ótico ououtros meios de reprodução prescinde da autorização da Corregedoria-Geral de Justiça. Osalvamento dos lançamentos deve ocorrer em duas cópias diárias: uma, guardada na própria sededo serviço, e a outra, a ser armazenada em local distinto, com as cautelas devidas.

Parágrafo único. O responsável pelo serviço cientificará o Corregedor-Geral deJustiça sobre os dados necessários para o acesso ao programa, disponibilizando, para talfinalidade, suporte técnico permanente, de modo a viabilizar o controle do sistema pelaCorregedoria, mesmo na ausência do titular ou na vacância da serventia.

Art. 737. Os termos de abertura e de encerramento dos livros deverão ser assinadospelo oficial. É vedada a lavratura concomitante de ambos os termos.

Parágrafo único. Na hipótese de o livro ser encerrado com o número superior àqueleprevisto no termo de abertura, deverá ser ressalvado o motivo da ocorrência.

Art. 738. Os titulares permanecerão nos serviços registrais durante todo o expediente;só se ausentarão por motivo justificável; deve estar presente, nesse caso, o substituto designadopara responder pelo serviço na sua ausência e no seu impedimento.

Art. 739. Nas dependências dos serviços registrais, o titular, seu substituto e osdemais funcionários usarão crachá de identificação.

Capítulo XVIDo Registro de Títulos e Documentos

Seção I

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Das Atribuições

Art. 740. No registro de títulos e documentos será feita a transcrição:I - dos instrumentos particulares, para a prova das obrigações convencionais de

qualquer valor;II - do penhor comum sobre coisas móveis;III - da caução de títulos de crédito pessoal e da dívida pública federal, estadual ou

municipal, ou de bolsa ao portador;IV - do contrato de penhor de animais, não compreendido nas disposições do artigo

10 da Lei 492/37;V - do contrato de parceria agrícola ou pecuária;VI - do mandado judicial de renovação de contrato de arrendamento;VII - facultativo, de quaisquer documentos, para sua conservação.Art. 741. Caberá ao registro de títulos e documentos a realização de quaisquer

registros não atribuídos expressamente a outro ofício.Art. 742. É vedado o registro de quaisquer atos relativos a associações e sociedades

civis, mesmo que os atos constitutivos estejam registrados no registro civil de pessoas jurídicas.Art. 743. Quando se tratar de transcrição facultativa e de ato praticado no registro de

títulos e documentos, será feita expressa menção a essa circunstância, consignando-se livro efolha ou microfilme.

Art. 744. À margem dos respectivos registros, serão averbadas quaisquer ocorrênciasque os alterem, quer em relação às obrigações, quer atinentes às pessoas que nos atos figurem,inclusive quanto à prorrogação dos prazos.

Art. 745. São registrados, no registro de títulos e documentos, para surtir efeitos emrelação a terceiros:

I - os contratos de locação de prédios, sem prejuízo de serem também levados aoregistro imobiliário, quando consignada cláusula de vigência no caso de alienação da coisalocada;

II - os documentos decorrentes de depósitos ou de cauções feitos em garantia decumprimento de obrigações contratuais, ainda que em separado dos respectivos instrumentos;

III - as cartas de fiança, em geral, feitas por instrumento particular, seja qual for anatureza do compromisso por elas abonado;

IV - os contratos de locação de serviços não atribuídos a outras repartições;V - os contratos de compra e venda em prestações, com reserva de domínio ou não,

qualquer que seja a forma de que se revistam, os de alienação ou de promessa de venda referentesa bens móveis e os de alienação fiduciária;

VI - todos os documentos de procedência estrangeira, acompanhados da respectivatradução, para produzirem efeitos em repartições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dosMunicípios ou em qualquer juízo ou tribunal;

VII - as quitações, recibos e contratos de compra e venda de automóveis, bem como openhor destes, qualquer que seja a forma de que se revistam;

VIII - os atos administrativos expedidos para cumprimento de decisões judiciais, semtrânsito em julgado, pelas quais for determinada a entrega, pelas alfândegas e pelas mesas derenda, de bens e de mercadorias procedentes do exterior;

IX - os instrumentos de cessão de direito e de crédito, de sub-rogação e de dação empagamento.

Art. 746. Quando se tratar de documentos legalizados por autoridade consularbrasileira, o registro previsto no inciso VI do artigo 745 não exige o reconhecimento da respectivafirma.

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Art. 747. Os atos enumerados nos parágrafos anteriores serão registrados dentro devinte dias contados a partir da sua assinatura, pelas partes, no domicílio dos contratantes e, seresidentes em circunscrições territoriais diversas, no domicílio de todos.

§ 1º Os registros de documentos apresentados, depois de findo o prazo, produzirãoefeitos a partir da data da apresentação.

§ 2º Todos os registros de atribuição do registro de títulos e documentos serão feitosindependentemente de prévia distribuição.

Seção IIDos Livros e da Escrituração

Art. 748. Além dos livros obrigatórios e comuns a todas as serventias, no registro detítulos e documentos, haverá os seguintes Livros:

I - "A", protocolo para apontamento de todos os títulos, documentos e papéisapresentados, diariamente, para serem registrados ou averbados;

II - "B", para trasladação integral de títulos e de documentos, sua conservação e suavalidade contra terceiros, ainda que registrados, por extratos, em outros livros;

III - "C", para inscrição, por extratos, de títulos e de documentos, a fim de surtiremefeitos em relação a terceiros e de autenticação da data;

IV - "D", indicador pessoal.Parágrafo único. A escrituração do Livro "C" poderá ser feita pelo sistema de

microfilmagem ou de informatização.Art. 749. Conforme a necessidade do serviço, os livros de registro poderão ser

desdobrados sem prejuízo da unidade do protocolo e de sua numeração em ordem rigorosa. Osdesdobramentos serão indicados por "E", "F", "G", "H", etc, precedidos da identificaçãooriginária do Livro ("B" ou "C").

Art. 750. Na parte superior de cada página do livro, escrever-se-ão o título, a letra, onúmero e o ano em que começar.

Art. 751. O Livro "A" deverá conter colunas em que se indicarão o número deordem, o dia e o mês, a natureza do título e a quantidade do lançamento, nome do apresentantepara anotações e averbações.

§ 1º A numeração de ordem será contínua e infinita.§ 2º Em seguida ao registro, far-se-á, no protocolo, remissão ao número da página do

livro em que foi ele lançado. Mencionar-se-ão também o número e a página de outros livros emque houver qualquer nota ou declaração concernente ao mesmo ato.

Art. 752. O Livro "B" terá lançados, antes de cada registro, o número de ordem, adata do protocolo e o nome do apresentante; conterá colunas para as declarações de número deordem, de dia e de mês, de transcrição e, finalmente, para anotações e para averbações.

§ 1º A escrituração do Livro "B" é contínua. A lei veda que, no registro de folhassoltas, seja reservada uma folha para cada registro.

§ 2º A transcrição no Livro “B” poderá ser realizada por meio de cópia reprográficados documentos apresentados, ou por sistema de informatização, os quais serão reproduzidos emfolhas previamente impressas e numeradas, com a anotação dos demais dados exigidos em lei.Todas as folhas reproduzidas serão assinadas e datadas pelo registrador ou substituto.

Art. 753. Poderá ser implantada, como livro auxiliar do Livro "B" e em caráterfacultativo, pasta classificadora de cópias reprográficas autenticadas dos títulos, dos documentosou de papéis levados a registro integral.

§ 1º Essas pastas deverão ser numeradas, em correspondência com o Livro "B"atinente. Também devem ser encadernadas assim que encerradas.

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§ 2º A adoção desse sistema não implica dispensa de qualquer anotação necessária,prevista para o protocolo ou para o Livro "B".

Art. 754. Deverá ser declarado, no registro e nas certidões, que, além do registrofeito, ficou arquivado em cartório o original ou cópia reprográfica, autenticada no própriocartório, do documento registrado.

Art. 755. O Livro "C" conterá colunas em que se declare o número de ordem, o dia eo mês, a espécie e o resumo do título e, finalmente, anotações e averbações.

Art. 756. O Livro "D" será dividido alfabeticamente, para a indicação do nome detodas as pessoas que, ativa ou passivamente, individual ou coletivamente, figurarem nos livros deregistro, e deverá conter, além dos nomes das pessoas, indicando, se possível, o RG e o CPF,referências aos números de ordem e de páginas dos outros livros e de anotações.

Parágrafo único. É recomendável a substituição do Livro "D" pelo sistema de fichas,a critério e sob a responsabilidade do oficial, que é obrigado a fornecer, com presteza, ascertidões pedidas, pelos nomes das partes que figurarem, por qualquer modo, nos livros deregistros. Também é facultada a elaboração de índice mediante processamento eletrônico dedados, em papel ou microfichas.

Art. 757. Se a mesma pessoa já estiver mencionada no indicador pessoal, somenteserá feita, na coluna de anotações, uma referência ao número de ordem, página e número do livroem que estiver lançado o novo registro ou a averbação.

Art. 758. Se, no mesmo registro ou averbação, figurar mais de uma pessoa, ativa oupassivamente, o nome de cada uma será lançado distintamente, no indicador, com referênciarecíproca na coluna das anotações.

Art. 759. Ao oficial é facultado efetuar o registro por meio de microfilmagem, desdeque por lançamentos remissivos, com menção ao protocolo, ao nome dos contratantes, à data e ànatureza dos documentos apresentados, e que os microfilmes sejam havidos como partesintegrantes dos livros de registro, nos seus termos de abertura e encerramento.

§ 1º Nesse caso, os documentos serão lançados, pela ordem de apresentação, no Livro"A" e, a seguir, microfilmados, resultando cada fotograma como uma folha solta do livrocorrespondente ao registro.

§ 2º Das averbações procedidas por meio de microfilmagem serão feitas remissões nacoluna apropriada do Livro "A". Facultar-se-á também que as remissões sejam feitas apenas doLivro "D", em nome de todos os interessados.

Art. 760. Para que o cartório possa utilizar-se, nos registros, de sistema demicrofilmagem, deverá estar autorizado pelo órgão competente do Ministério da Justiça.

Parágrafo único. Quando o cartório, para tais serviços, se valer de empresasespecializadas, estas deverão estar igualmente autorizadas.

Seção IIIDa Transcrição e da Averbação

Art. 761. O registro integral dos documentos consistirá na sua trasladação, com amesma ortografia e a mesma pontuação, com referências às entrelinhas ou a quaisqueracréscimos, alterações, defeitos ou vícios que tiver o original apresentado, e, bem assim, commenção precisa das suas características exteriores e das formalidades legais; poderá a transcriçãodos documentos mercantis, quando levados a registro, ser feita na mesma disposição gráfica emque estiverem escritos, se o interessado assim o desejar.

Art. 762. Feita a trasladação do Livro "B", na última linha, de maneira a não ficarespaço em branco, será conferida, e realizado o seu encerramento; depois do que, o oficial, seusubstituto legal ou o escrevente designado assinará o seu nome por inteiro.

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Art. 763. Quando o documento a ser registrado no Livro "B" for impresso, idêntico aoutro já anteriormente registrado na íntegra, no mesmo livro, poderá o registro limitar-se aconsignar o nome das partes contratantes, as características do objeto e demais dados queconstam nos claros preenchidos, e, quanto ao mais, fará remissão àquele já registrado.

Art. 764. Para o registro de contrato de constituição de sociedade civil no Livro "B",deverá ser exigida a comprovação do registro da própria sociedade.

§ 1º Se já regularmente registrada a pessoa jurídica, é dispensável o registro integraldo contrato de sua constituição.

§ 2º Por nenhuma forma deverá ser feito o registro do contrato constitutivo, quando asociedade estiver regularmente registrada no registro civil de pessoas jurídicas ou na JuntaComercial.

Art. 765. O registro resumido consistirá na declaração da natureza do título, dodocumento ou do papel, do valor, do prazo, do lugar em que tenha sido feito, do nome e dacondição jurídica das partes, do nome das testemunhas, da data da assinatura e doreconhecimento de firma por tabelião, se houver, o nome deste, o do apresentante, o número deordem e a data do protocolo, e da averbação, a importância e a qualidade do imposto pago; depoisdo que, será datado e rubricado pelo oficial, por seu substituto legal ou pelo escreventedesignado.

Art. 766. O registro de contratos de penhor, de caução e da parceria será feito noLivro “B”, com declaração do nome, da profissão e do domicílio do credor e do devedor, do valorda dívida, dos juros, das penas, do vencimento e das especificações dos objetos apenhados dapessoa em poder de quem ficam, da espécie do título, das condições do contrato, da data e donúmero de ordem.

Parágrafo único. Nos contratos de parceria, será considerado credor, para fim deregistro, o parceiro proprietário e devedor, o parceiro cultivador, criador ou de qualquer modoexercente da atividade produtiva.

Art. 767. O registro ou a averbação de título, de documento ou de papel em quetenham interesse as fundações não serão efetuados sem a intervenção do Ministério Público.

Parágrafo único. Para o registro de contratos de prestação de serviço, quandopertinentes às disposições da Lei 5.194/66, é necessária a apresentação de prova de registro dapessoa física ou jurídica no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia.

Seção IVDa Ordem dos Serviços

Art. 768. Apresentado o título, o documento ou o papel para registro ou averbação,serão anotados, no protocolo, a data da apresentação, sob o número de ordem que se seguirimediatamente, a natureza do instrumento, a espécie de lançamento a fazer e o nome doapresentante.

§ 1º Serão reproduzidas, no título, no documento ou no papel, as declarações relativasao número de ordem, à data e à espécie de lançamento a fazer.

§ 2º As anotações serão datilografadas. Admitir-se-á também o uso de carimbos e dechancela mecânica.

Art. 769. Protocolado o título ou o documento, far-se-á, em seguida, no livrorespectivo, o lançamento (o registro integral, o resumido ou a averbação), e, concluído, declarar-se-ão no corpo do título, do documento ou do papel, o número de ordem e a data doprocedimento no livro competente. Rubricará o oficial ou os servidores autorizados essadeclaração e as demais folhas do título, do documento ou do papel.

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Art. 770. Os títulos, os documentos e os papéis escritos em língua estrangeira, umavez adotados os caracteres comuns, poderão ser registrados no original, no Livro "B", para efeitoda sua conservação ou perpetuidade.

Parágrafo único. Todavia, para registro no Livro "C", deverão ser apresentadossempre traduzidos regularmente.

Art. 771. Depois de concluídos os lançamentos nos livros respectivos, será feita, noprotocolo, referência ao número de ordem sob o qual tiver sido feito o registro ou a averbação.

Art. 772. O apontamento do título, do documento ou do papel no protocolo será feitoem seguida e imediatamente um depois do outro. Sem prejuízo da numeração individual de cadadocumento, se a mesma pessoa apresentar simultaneamente diversos documentos de idênticanatureza, para lançamento de mesma espécie, serão eles lançados no protocolo englobadamente.

Parágrafo único. Será lavrado o termo de encerramento diariamente, ainda que nãotenha sido apresentado título, documentos ou papéis para apontamento.

Art. 773. Nos termos de encerramento diário do protocolo, lavrados ao findar a horaregulamentar, deverão ser mencionados, pelos respectivos números, os títulos apresentados cujosregistros ficarem adiados, com declaração dos motivos do adiamento.

Parágrafo único. Nenhuma nova apresentação será admitida, após encerrado oexpediente regulamentar de atendimento ao público, mesmo que se prolongue o funcionamentodo cartório para ultimação de serviços.

Art. 774. O lançamento dos registros e das averbações nos livros respectivos seráfeito, também seguidamente, na ordem de prioridade do seu apontamento no protocolo, quandonão for obstado por ordem de autoridade judiciária competente ou por dúvida superveniente.

Parágrafo único. Nesse caso, seguir-se-ão os registros ou as averbações dosimediatos, sem prejuízo da data autenticada pelo competente apontamento.

Art. 775. Todo registro ou averbação será datado e assinado por inteiro, pelo oficial,por seu substituto legal ou pelo escrevente designado e autorizado. Separar-se-á um do outro comuma linha horizontal.

Art. 776. Os títulos deverão ter sempre um número diferente, conforme a ordem deapresentação, ainda que se refiram à mesma pessoa.

Art. 777. O registro e a averbação deverão ser imediatos, ou, quando não o possamser, por acúmulo de serviço, deverão ser feitos no prazo estritamente necessário e sem prejuízo daordem de prenotação.

§ 1º Em qualquer caso, será fornecido ao apresentante, após o protocolo e olançamento das declarações prescritas no corpo do título, recibo contendo declaração da data daapresentação, do número de ordem no protocolo e indicação do dia em que o título deve serentregue, devidamente legalizado.

§ 2º Esse recibo será restituído pelo apresentante contra a devolução do título.Art. 778. Deverá ser recusado o registro de título, de documento ou de papel que não

se reviste das formalidades legais exigíveis.§ 1º Quando houver suspeita de falsificação, o oficial poderá sobrestar o registro,

depois de protocolado o título, o documento ou o papel, até que notifique o apresentante dessacircunstância.

§ 2º Quando evidente a falsificação, o documento será encaminhado, apósprotocolado, ao juiz, para as providências cabíveis.

§ 3º Se ainda assim houver insistência do apresentante, o registro será feito com anota da ocorrência. Porém, o oficial poderá submeter a dúvida ao juiz ou notificar o signatáriopara assistir ao registro e mencionar também as alegações por ele aduzidas.

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Art. 779. Quando o título, já registrado por extrato, for levado a registro integral ouquando for exigido simultaneamente, pelo apresentante, o duplo registro, tal circunstância serámencionada no lançamento posterior.

Parágrafo único. Igualmente, nas anotações do protocolo, serão feitas referênciasrecíprocas, para verificação das diversas espécies de lançamento do mesmo título.

Art. 780. As procurações levadas ao registro de títulos e de documentos deverãotrazer reconhecidas as firmas dos outorgantes.

Parágrafo único. Em se tratando de traslado, deverá ser reconhecida a firma de quemo tiver assinado.

Art. 781. Em todas as folhas do título, do documento ou do papel que tiver sidoregistrado e as certidões fornecidas será identificado o cartório, e serão elas rubricadas, facultadachancela mecânica, antes de sua entrega aos representantes.

Art. 782. O oficial, quando o apresentante requerer, deverá notificar do registro ou daaverbação os demais interessados que figurarem no título, no documento ou no papel apresentadoe terceiros que lhe sejam indicados.

§ 1º Para tanto, poderá o oficial requisitar dos oficiais de registro de outrosmunicípios as notificações necessárias.

§ 2º Por esse procedimento, poderão ser feitos avisos, denúncias e notificações,quando não for exigida intervenção judicial.

§ 3º As certidões de notificação ou da entrega de registros deverão ser lavradas nascolunas de anotações, no livro próprio, à margem dos respectivos registros.

Art. 783. Nos cartórios que utilizam sistema de microfilmagem, as certidões denotificação ou de entrega de registro terão referência no Livro "D", para localização.

Art. 784. O serviço de notificações e demais diligências poderá ser realizado porauxiliares designados pelo oficial.

§ 1º As notificações decorrentes de registro de títulos e de documentos serão feitasmediante aviso entregue pessoalmente e ou por carta registrada com aviso de recebimento.

§ 2º No caso de não se efetivar a notificação na forma deste artigo, o que serácertificado pelo oficial, seguir-se-á à notificação por edital.

Art. 785. Deverá o cartório organizar sistema de controle que permita, comsegurança, comprovar a entrega das notificações ou de assemelhados.

Seção VDo Cancelamento

Art. 786. O cancelamento de registro ou de averbação será feito em virtude desentença, de documento autêntico de quitação ou de exoneração do título registrado.

§ 1º Apresentado documento hábil, o oficial certificará, na coluna das averbações dolivro respectivo, o cancelamento e sua razão, mencionando o documento que o autorizou, datandoe assinando a certidão e de tudo fazendo referência nas anotações do protocolo.

§ 2º Sendo insuficiente o espaço da coluna das averbações para se proceder aocancelamento, será feito novo registro, com referências recíprocas, na coluna própria.

Art. 787. Para o cancelamento de registro de penhor, deverá ser exigida a quitação docredor, com firma reconhecida, se o respectivo documento exibido for particular.

Art. 788. Os requerimentos de cancelamento deverão ser arquivados juntamente comos documentos que os instruírem.

Parágrafo único. No verso dos requerimentos arquivados, será anotada, em resumo, aprovidência tomada em sua decorrência.

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Seção VIDa Autenticação de Microfilmes

Art. 789. Os serviços de registro de títulos e de documentos poderão microfilmarseus próprios documentos, desde que autorizados pelo Ministério da Justiça, através doDepartamento Federal de Justiça, mediante requerimento instruído com cópia do título denomeação do oficial, da ata de instalação do cartório e com prova da existência de equipamentopara microfilmagem (nota fiscal, recibo de compra, etc.).

Parágrafo único. Constituem equipamento mínimo para microfilmagem amicrofilmadora e a leitora copiadora.

Art. 790. Para a autenticação de microfilmes apresentados por particulares, serãoexigidos:

I - requerimento em que constem a qualificação completa do apresentante e aindicação do número de rolo do microfilme;

II - filme original de câmara e rolo cópia, ou filme simultâneo em prata; quando setratar de cópia, esta poderá ser diazóica ou produzida por outro processo que asseguredurabilidade e permanência de imagens;

III - termos de abertura e de encerramento de acordo com os modelos fixados peloDecreto 1.799/96, devidamente assinados pelo responsável pela microfilmagem e pelosdocumentos;

IV - termos de correção ou de emenda, quando houver, também subscritos peloresponsável;

V - certificado de garantia de serviços de microfilmagem, quando executados porfirmas especializadas.

Art. 791. Verificar-se-á, em seguida, se:I - o original do filme e sua cópia são iguais;II - o filme está legível e íntegro;III - os termos possuem elementos de localização do conteúdo do filme;IV - por inspeção procedida no filme, foi cumprida a legislação em vigor.Parágrafo único. Deverão ser registrados os termos de abertura, de encerramento e

outros, se houver, bem como o certificado de garantia de serviços de microfilmagem, quandoestes forem executados por firmas especializadas.

Art. 792. Somente será expedida a certidão de validade do microfilme, conforme omodelo fixado em lei, após cumpridos todos esses requisitos.

Parágrafo único. Deverá ser chancelado o início e o final do filme original, commarca indelével própria do serviço notarial, bem como o número de registro dos respectivostermos.

Art. 793. Para a autenticação de cópia em papel a partir de microfilme, o interessadopoderá trazer cópia já extraída. Nesse caso, será exigida a identificação do responsável pelaexecução do serviço, que atestará o número de páginas do documento, os números do filme e dorolo, a data de sua feitura e o número, a data e o registro da autenticação do filme, com indicaçãodo respectivo serviço notarial.

§ 1º A autenticação da cópia em papel dependerá da autenticação do próprio rolo dofilme, para valer contra terceiros.

§ 2º Quando o próprio interessado fornecer a cópia em papel, serão cobrados apenasos emolumentos da autenticação.

Art. 794. Para a autenticação de cópia em papel, será sempre indispensável oconfronto da cópia com o filme, original ou duplicado.

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§ 1º O confronto deverá ser feito mediante projeção da imagem do filme em aparelhoapropriado.

§ 2º Para a autenticação de cópia em papel, a imagem nele reproduzida deverá serlegível, independentemente de recurso de ampliação.

Art. 795. Comparadas as imagens e constatado que são iguais, as cópias serãoautenticadas mediante carimbo, com indicação do cartório, e nelas constarão os seguintes dizeres:

"Autenticação. Para os fins previstos no artigo 14 do Decreto 1.799/96, atesto aautenticidade desta cópia, que foi extraída do microfilme que me foi exibido, de propriedadede..........

(Local e data)Assinatura do servidor responsável."

Seção VIIDas Disposições Gerais

Art. 796. Os delegatários ficam obrigados a divulgar, em local visível ao público, atabela de custas e de emolumentos.

Art. 797. As consultas serão dirigidas ao juiz corregedor permanente, que submeterásua decisão à apreciação do Corregedor-Geral de Justiça, para efeito normativo, caso repute,fundamentadamente que a matéria seja de interesse geral e mereça tratamento uniforme.

Art. 798. Sempre que ocorra fundada dúvida sobre a autenticidade de firma queconsta em documentos públicos ou particulares, o oficial do registro deverá, sob pena deresponsabilidade, exigir o seu reconhecimento.

Art. 799. Os serviços registrais manterão fichas com padrão de firmas dosserventuários dos cartórios ou dos substitutos eventuais e dos juízes das respectivas comarcas,destinadas à confrontação com os títulos ou os documentos públicos que forem apresentados pararegistro ou para averbação.

Parágrafo único. A confrontação prevista neste artigo é isenta de emolumentos e nãoimporta em ato notarial.

Art. 800. A adoção de sistema de computação, de microfilmagem, de disco ótico ououtros meios de reprodução prescinde da autorização da Corregedoria-Geral de Justiça. Osalvamento dos lançamentos deve ocorrer em duas cópias diárias: uma, guardada na própria sededo serviço, e a outra, a ser armazenada em local distinto, com as cautelas devidas.

Parágrafo único. responsável pelo serviço cientificará o Corregedor-Geral de Justiçasobre os dados necessários para o acesso ao programa, disponibilizando, para tal finalidade,suporte técnico permanente, de modo a viabilizar o controle do sistema pela Corregedoria,mesmo na ausência do titular ou na vacância da serventia.

Art. 801. Os termos de abertura e de encerramento dos livros deverão ser assinadospelo oficial. É vedada a lavratura concomitante de ambos os termos.

Parágrafo único. Na hipótese de o livro ser encerrado com o número superior àqueleprevisto no termo de abertura, deverá ser ressalvado o motivo da ocorrência.

Art. 802. Os titulares permanecerão nos serviços registrais durante todo o expediente;só se ausentarão por motivo justificável; deve estar presente, nesse caso, o substituto designadopara responder pelo serviço na sua ausência e no seu impedimento.

Art. 803. Nas dependências dos serviços registrais, o titular, seu substituto e osdemais funcionários usarão crachá de identificação.

Capítulo XVIIDo Registro de Imóveis

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Seção IDas Atribuições

Art. 804. No registro de imóveis, além da matrícula, serão feitos os registros e asaverbações a que se refere o artigo 167 da Lei 6.015/73, bem como:

I - o registro de:a) cédulas de crédito à exportação;b) cédulas de crédito comercial;c) ato de tombamento definitivo de bens imóveis, requerido pelo órgão competente,

federal, estadual ou municipal, do serviço de proteção do patrimônio histórico e artístico;d) cédula de produto rural (Lei 8.929/94).II - a averbação de:a) fusão, cisão e incorporação de sociedade;b) indisponibilidade dos bens que constituem reservas técnicas das companhias

seguradoras;c) tombamento definitivo de bens imóveis, promovido pelo órgão competente,

federal, estadual ou municipal, do serviço de proteção do patrimônio histórico e artístico;d) cédula de produto rural.§ 1º Todos os atos enumerados no artigo supra são obrigatórios e deverão ser

efetuados na serventia da situação do imóvel, salvo as averbações, que serão efetuadas namatrícula ou à margem do registro a que se referem, ainda que o imóvel tenha passado apertencer a outra circunscrição, e os registros relativos a imóveis situados em comarcas oucircunscrições limítrofes, que serão feitos em todas elas, devendo os registros de imóveis fazerconstar dos registros tal ocorrência.

§ 2º O desmembramento territorial posterior ao registro não exige sua repetição nonovo cartório.

§ 3º Os atos relativos às vias férreas deverão ser registrados no cartóriocorrespondente à estação inicial da respectiva linha.

§ 4º Consideram-se englobadas na designação registro as expressões inscrição etranscrição referidas na Lei Civil.

5º Os oficiais de registro de imóveis deverão exigir a sexta via da Anotação deResponsabilidade Técnica, quando da apresentação para registro, dos trabalhos de engenharia,arquitetura e agronomia, tais como desmembramento, remembramento, demarcação de área,divisão, loteamentos.

Art. 805. Os registros de imóveis poderão registrar as ações expropriatórias em nomedo Poder Público expropriante, mediante certidão da emissão provisória na posse do imóvel, e,subseqüentemente, os instrumentos de cessão ou promessa de cessão de direitos relativos a essasações a terceiros.

Art. 806. Procedidos os registros a que alude o artigo 805, poderão ser registrados osinstrumentos referidos em lei para edificações em condomínio.

Art. 807. Para efeito de título de filiação de propriedade objeto de inscriçãocondominial, deverá constar, nas certidões das ações expropriatórias a serem registradas, onúmero do último registro do imóvel abrangido pela desapropriação.

Art. 808. Os oficiais de registro de imóveis providenciarão o mais rápido e facilitadoatendimento aos oficiais de justiça e avaliadores que estejam em diligências.

Seção IIDas Certidões

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Art. 809. A certidão de matrícula expedida pelo sistema reprográfico não pode sercobrada por pessoa, e sim por folha.

Art. 810. A certidão pode ser expedida por cópia reprográfica da matrícula.Acrescentar-se-á, após o último ato nela consignado, o encerramento, que será datilografado oucarimbado.

Art. 811. Em toda certidão constarão a data em que o imóvel passou a pertencer a suacircunscrição, a que pertencia anteriormente, quando e a qual passou a pertencer, se for o caso.

Art. 812. Sempre que solicitada busca pelo indicador real, será expedida certidãoapós efetivas buscas dadas com os elementos de indicação que aparecerem na descrição doimóvel. Evitar-se-á fazer constar imóveis que evidentemente não se confundem com o solicitadoe o uso de expressões que demonstram não ter havido busca.

Seção IIIDos Livros e da Escrituração

Art. 813. Haverá, no registro de imóveis, além dos livros comuns, os seguintes:I - Livro 1 - Protocolo;II - Livro 2 - Registro Geral;III - Livro 3 - Registro Auxiliar;IV - Livro 4 - Indicador Real;V - Livro 5 - Indicador Pessoal;VI - Livro de Registro de Aquisição de Imóveis Rurais por Estrangeiros;VII - Livro para Registro das Comunicações Relativas a Diretores e Ex-

Administradores de Sociedades, em Regime de Intervenção e Liquidação Extrajudicial.Art. 814. São requisitos do registro no Livro 2:I - a data;II - os nomes dos transmitentes ou devedores e dos adquirentes ou credores, com a

respectiva qualificação;III - o título de transmissão ou do ônus;IV - a forma do título, sua procedência e sua caracterização;V - o valor do contrato, da coisa ou da dívida, prazo desta, condição e mais

especificações, inclusive juros, se houver.§ 1º O testamento não é título que enseje registro de transmissão.§ 2º É vedado o registro da cessão, enquanto não registrado o respectivo

compromisso de compra e venda.§ 3º O protesto contra alienação de bens, o arrendamento e o comodato, são atos

insuscetíveis de registro porque não elencados no artigo 167 da Lei nº 6.015/1973.Art. 815. O Livro 3, Registro Auxiliar, será destinado ao registro dos atos que, sendo

atribuídos ao registro de imóveis por disposição legal, não dizem respeito diretamente a imóvelmatriculado.

Art. 816. São registrados no Livro 3:I - a emissão de debêntures, sem prejuízo do registro eventual e definitivo na

matrícula do imóvel, da hipoteca, da anticrese ou do penhor que abonarem especialmente taisemissões, firmando-se pela ordem do registro a prioridade entre as séries de obrigações emitidaspela sociedade;

II - as cédulas de crédito rural, de crédito industrial, de crédito à exportação e decrédito comercial, sem prejuízo do registro da hipoteca cedular;

III - as convenções de condomínio;

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IV - o penhor de máquinas e de aparelhos utilizados na indústria, instalados e emfuncionamento, com ou sem os respectivos pertences;

V - as convenções antenupciais;VI - os contratos de penhor rural;VII - os títulos que, a requerimento do interessado, forem registrados no seu inteiro

teor, sem prejuízo do ato praticado no Livro 2.Art. 817. Os registros no Livro 3 serão feitos de forma resumida, e arquivar-se-á uma

via dos instrumentos que lhes derem origem.Art. 818. Ao registrar convenção de condomínio, deverá o cartório mencionar

expressamente o número do registro de especificação do condomínio feito na matrícula doimóvel; no registro de especificação, far-se-á remissão ao número do registro da convenção.

Art. 819. A alteração da especificação exige a anuência da totalidade doscondôminos.

Art. 820. As escrituras antenupciais serão registradas no cartório do domicílioconjugal, sem prejuízo de sua averbação obrigatória no lugar da situação dos imóveis depropriedade dos cônjuges ou dos que forem sendo adquiridos e sujeitos a regime de bens diversodo comum.

Art. 821. O registro de convenção antenupcial mencionará, obrigatoriamente, osnomes e a qualificação dos cônjuges, as disposições ajustadas quanto ao regime de bens e a dataem que se realizou o casamento, tudo constará em certidão que deverá ser apresentada com aescritura; se essa certidão não for arquivada em cartório, deverão ainda ser mencionados, noregistro, o cartório em que se realizou o casamento, o número do assento, o livro e a folha em quetiver sido lavrado.

Art. 822. Os atos de tombamento definitivo de imóveis, requeridos pelo órgãocompetente, federal, estadual ou municipal, do serviço de proteção ao patrimônio histórico eartístico, serão registrados, em seu inteiro teor, no Livro 3, além de averbada a circunstância àmargem das respectivas transcrições ou matrículas, sempre com as devidas remissões.

Parágrafo único. Havendo posterior transmissão inter vivos ou causa mortis dos benstombados, é recomendável que o cartório comunique imediatamente o fato ao órgão federal,estadual ou municipal competente.

Art. 823. Os livros poderão ser substituídos pelo sistema de fichas ou registrados embanco de dados informatizado.

Parágrafo único. Adotado o sistema de fichas, recomenda-se o arquivamento pelaordem numérica dos registros.

Art. 824. As fichas deverão ser escrituradas com capricho, arquivadas com segurançae, de preferência, em invólucro de plástico transparente.

Art. 825. As fichas dos Livros 2 e 3 deverão ser rubricadas pelo oficial ou por quemo substitua, e os atos assinados pelo escrevente autorizado que os tenha praticado.

Art. 826. O protocolo, sob o sistema de folhas soltas, deverá ser datilografado ouimpresso por outro método.

Art. 827. É dispensável lavrar-se termo diário de abertura no protocolo; todavia, deveser encerrado diariamente.

Art. 828. Prenotado o título para suscitação de dúvida, a circunstância serámencionada na coluna de anotações, reservando-se espaço para anotações futuras.

Art. 829. Na coluna "natureza formal do título" do protocolo, bastará referência àcircunstância de se tratar de escritura pública, de instrumento particular ou de mandado ou ordemjudicial; nesta última forma serão identificados por sua espécie (formal de partilha, carta deadjudicação, carta de arrematação, etc.).

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Art. 830. Na coluna do protocolo, destinada à anotação dos atos formalizados, serãolançados, em forma resumida, os atos praticados nos Livros 2 e 3, bem como as averbaçõesefetuadas nos livros anteriores ao atual sistema de registro (exemplos: R1/457; AV4/1950; R758;Av1 na T 3.789 - L3D).

Art. 831. Os emolumentos devidos pelos registros das cédulas de crédito rural sãoprevistos no Regimento de Custas do Estado, assim como, no Livro 3, os devidos pelo registrodas cédulas de crédito industrial, de crédito à exportação e de crédito comercial.

Art. 832. Adotado o sistema de fichas para o Livro 4, serão elas arquivadas conformeas ruas, os distritos, os municípios, os nomes e as situações, quando se tratar de imóveis urbanose rurais.

Art. 833. Tratando-se de imóvel localizado em esquina, devem ser abertas indicaçõespara todas as ruas confluentes.

Art. 834. Sempre que for averbada a mudança da denominação do logradouro para aoqual o imóvel faça frente, a construção de prédio ou a mudança de sua numeração, deverá serfeita nova indicação no Livro 4. Se forem utilizadas fichas, será feita outra e conservada aanterior, com remissões recíprocas.

Art. 835. No caso dos imóveis possuírem indicações semelhantes, deverá sermencionado o número da inscrição no cadastro do INCRA.

Art. 836. No Livro 5, deverá constar o nome do proprietário, o número do CPF ou doRG ou a filiação respectiva, quando se tratar de pessoa física; o número do CNPJ, quando setratar de pessoa jurídica.

Art. 837. Após a averbação do casamento, em sendo o caso, deve ser abertaindicação do nome adotado pela mulher com remissão ao nome antigo, cuja indicação serámantida.

Art. 838. O Livro de Registro de Aquisição de Imóveis Rurais por Estrangeiros terá oformato adotado no regulamento da lei que o instituiu.

Art. 839. O Livro de Registro de Aquisição de Imóveis Rurais por Estrangeirospoderá também ser elaborado por fichas, desde que estas contenham os elementos deautenticidade das matrículas.

Art. 840. Todas as aquisições de imóveis rurais por estrangeiros serão comunicadas,trimestralmente, ao INCRA e à Corregedoria-Geral de Justiça. É dispensável a comunicaçãonegativa atinente ao período.

Art. 841. Os cartórios manterão um livro destinado ao registro dos ofíciosencaminhados pela Corregedoria-Geral de Justiça ou pelos interventores e liquidantes deinstituições financeiras em intervenção ou liquidação extrajudicial comunicarão aindisponibilidade dos bens de diretores e de ex-administradores das referidas sociedades.

Parágrafo único. Haverá também nos cartórios uma pasta destinada ao arquivamentode ofícios e de comunicações de indisponibilidade de bens, tais como improbidadeadministrativa, concedidas em ações civis públicas e cautelares.

Art. 842. Os registros conterão o número de ordem, a data de sua efetivação, aindicação do ofício que lhe deu origem, os nomes e a qualificação das pessoas cujos bens foramdeclarados indisponíveis.

Art. 843. O livro a que se referem os parágrafos precedentes conterá uma colunadestinada à averbação das comunicações que cancelam ou alteram os respectivos registros.

Art. 844. Todas as comunicações serão arquivadas em pastas ou em classificadorpróprio, depois de certificado, no verso, o respectivo registro ou averbação.

Art. 845. A indisponibilidade de bens será averbada à margem da transcrição ou damatrícula dos imóveis.

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Seção IVDa Matrícula

Art. 846. No preenchimento do Livro 2, se for utilizado livro encadernado ou defolhas soltas, serão observadas as seguintes normas:

I - no alto da face de cada folha, será lançada a matrícula do imóvel, com seusrequisitos, e, no espaço restante e no verso, serão lançados, por ordem cronológica e em formanarrativa, os registros e as averbações dos atos pertinentes ao imóvel matriculado;

II - preenchida uma folha, será feito o transporte para a primeira folha em branco domesmo livro ou do livro da mesma série que estiver em uso, na qual continuarão os lançamentos,com remissões recíprocas;

III - o número da matrícula será repetido na nova folha, sem necessidade dotransporte dos dados que constam na folha anterior;

IV - cada lançamento de registro será precedido pela letra R e o da averbação pelasletras AV, seguindo-se o número do lançamento e o da matrícula (exemplos: R1/780, R2/780,AV3/780, R4/780, AV5/ 780, etc.).

Art. 847. Sendo utilizadas fichas, serão observadas as seguintes normas:I - ao se esgotar o espaço no anverso da ficha e se tornar necessária a utilização do

verso, será consignada, ao pé da ficha, a expressão: "continua no verso";II - se for necessário o transporte para nova ficha, proceder-se-á da seguinte maneira:a) no pé do verso da ficha anterior será inscrita a expressão: "continua na ficha n...";b) o número da matrícula será repetido na ficha seguinte, que levará o número de

ordem correspondente (exemplo: matrícula n 325 - ficha n 2; matrícula n 325 - ficha n 3; eassim sucessivamente);

III - é dispensável a repetição do número da matrícula em seguida ao número deordem do lançamento de cada ato.

Art. 848. Cada imóvel terá matrícula própria, que será obrigatoriamente aberta porocasião do primeiro registro ou ainda:

I - quando se tratar de averbação que deve ser feita no antigo Livro de Transcriçãodas Transmissões e nele não houver espaço;

II - nos casos de fusão de imóvel;III - a requerimento do proprietário.Art. 849. É facultada a abertura de matrícula de ofício, nas seguintes hipóteses:I - para cada lote ou unidade autônoma, logo em seguida ao registro de loteamento, de

desmembramento ou de condomínio;II - no interesse do serviço, desde que não acarrete despesa para os interessados.Art. 850. A matrícula será aberta com os elementos que constam no título

apresentado e no registro anterior; se este tiver sido efetuado em outra circunscrição, deverá serapresentada a certidão atualizada do respectivo cartório, a qual ficará arquivada.

§ 1º A certidão atualizada, quando apresentada na nova circunscrição, não poderá termais de quinze dias de sua expedição.

§ 2º Aberta a matrícula na nova circunscrição imobiliária, local da situação atual doimóvel, o oficial deverá comunicar o fato à circunscrição de origem nos três dias subseqüentes,sob pena de responsabilidade.

§ 3º É irregular a abertura de matrícula para parte ideal.§ 4º Será, igualmente, irregular a abertura de matrícula da parte do imóvel sobre a

qual tenha sido instituída servidão, que, corretamente, deverá ser registrada na matrícula doimóvel todo.

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§ 5º O ônus sobre parte do imóvel deve ser registrado na matrícula. É incorreta aabertura de matrícula da parte onerada.

§ 6º Não deve constar na matrícula a indicação de rua ou de qualquer outrologradouro público, sem que tal circunstância conste no registro anterior.

§ 7º Ao proceder a abertura de matrícula de imóvel rural decorrente de transcriçãodeverá, o registrador, observar os preceitos do artigo 176, § 1º, incisos I e II, da Lei de RegistrosPúblicos.

Art. 851. A matrícula só será cancelada por decisão judicial, porém será elaencerrada:

I - quando, em virtude de alienações parciais, o imóvel for inteiramente transferido aoutros proprietários;

II - pela fusão, nos termos dos parágrafos seguintes.Art. 852. Quando dois ou mais imóveis contíguos, pertencentes ao mesmo

proprietário, constarem em matrículas autônomas, pode ele requerer a fusão delas em uma só, denovo número, encerrando-se as primitivas.

Art. 853. Podem também ser unificadas, com abertura, de matrícula única:I - dois ou mais imóveis que constam em transcrições anteriores à Lei dos Registros

Públicos, à margem das quais será averbada a abertura da matrícula que os unificar;II - dois ou mais imóveis, registrados por ambos os sistemas, caso em que, nas

transcrições, será feita a averbação prevista no inciso anterior, e as matrículas serão encerradas.Art. 854. São requisitos da matrícula:I - o número de ordem, que seguirá ao infinito;II - a data;III - a identificação e a caracterização do imóvel;IV - o nome e a qualificação do proprietário;V - o número e a data do registro anterior ou em se tratando de imóvel oriundo de

loteamento, o número do registro ou da inscrição do loteamento.Art. 855. Na identificação e na caracterização do imóvel, devem ser observadas as

seguintes regras:I - se urbano:a) localização e o nome do logradouro para o qual faz frente;b) o número, quando se tratar de prédio, ou, sendo terreno, se fica do lado par ou do

ímpar do logradouro, em que quadra e a que distância em metros da edificação ou da esquinamais próxima; o número do lote e da quadra, se houver;

II - se rural:a) a localização e a denominação;b) o distrito em que se situa o imóvel;c) as confrontações, com menção correta do lado em que se situa; não se admitem

expressões genéricas, tais como "com quem de direito" ou "com sucessores" de determinadapessoa;

d) a área do imóvel;e) a designação cadastral, se houver;f) fazer constar facultativamente os elementos consignados no comprovante do

lançamento do imposto (área, fração mínima de parcelamento, etc.).§ 1º É obrigatória a apresentação do certificado de cadastro dos imóveis rurais;

transcrever-se-ão, na matrícula, os elementos nele constantes (área, módulo, fração mínima deparcelamento).

§ 2º Se não constarem, no título e no registro anterior, os elementos e as referênciasindispensáveis à caracterização do imóvel, serão utilizados documentos oficiais.

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Art. 856. Na qualificação do proprietário, quando se tratar de pessoa física, constarásua nacionalidade, seu estado civil, sua profissão, seu domicílio, seu número do CPF ou do RGou, na falta deste, sua filiação e, sendo casado, o nome do cônjuge e o regime de bens nocasamento, bem como se este se realizou antes ou depois da Lei 6.515/77; em havendo pactoantenupcial, deverá ser mencionado o número de seu registro no cartório de registro de imóveiscompetente.

Art. 857. As averbações das circunstâncias atualmente previstas no artigo 167, II, 4,5, 10 e 13, da Lei 6.015/73, serão, quando da respectiva matrícula, incorporadas à descrição doimóvel. Irregular, portanto, será o imóvel matriculado com a mesma descrição anterior,mencionando-se, em seguida, o conteúdo das averbações precedentemente efetuadas.

Art. 858. A descrição do imóvel não poderá incluir construção que não conste noregistro anterior ou que nele não tenha sido regularmente averbada.

Parágrafo único. Na descrição do imóvel, não deverá ser feita referência a lotes erespectivos números, se não se tratar de loteamento ou de desmembramento regularmenteregistrado, ou de subdivisão do imóvel que consta em planta arquivada no cartório, antes da Lei6.766/79.

Art. 859. Deverá ser feita a averbação logo após a abertura da matrícula, se o registroanterior estiver em outro cartório.

Art. 860. Quando houver divisão de imóvel, deverá ser aberta matrícula para cadaquinhão. Será registrado, em cada qual, o título da divisão. Na originária, averbar-se-á a divisãona matrícula originária com o subseqüente encerramento.

Art. 861. Ao se abrir matrícula em decorrência de sentença de usucapião, serámencionado, se houver, o registro anterior.

Art. 862. Aberta a matrícula, não mais poderão ser feitas averbações à margem datranscrição anterior.

Art. 863. Quando for apresentado título anterior à vigência do Código Civil referentea imóvel ainda não registrado, a matrícula será aberta com os elementos que constam no título.

Art. 864. Deverão ser comunicados os negócios imobiliários às prefeiturasmunicipais, para efeito de atualização de seus cadastros.

Seção VDos Classificadores do Registro de Imóveis

Art. 865. Os cartórios deverão arquivar, separadamente e de forma organizada, empastas, classificadores ou microfichas:

I - atos da Corregedoria-Geral de Justiça e do juiz corregedor permanente dosregistros públicos;

II - cédulas de crédito rural;III - cédulas de produto rural;IV - cédulas de crédito industrial;V - cédulas de crédito à exportação;VI - nota de crédito à exportação;VII - cédulas de crédito comercial;VIII - comunicações relativas a diretores e ex-administradores de sociedades em

regime de liquidação extrajudicial;IX - comunicações relativas a indisponibilidade de bens;X - certificado de quitação e de regularidade de situação, expedidos pelo INSS;XI - cópias de comunicações feitas à Corregedoria-Geral de Justiça, relativas às

aquisições de imóveis rurais por estrangeiros;

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XII - recibos de comunicações, às prefeituras municipais, dos registros translativos depropriedade;

XIII - recibos das comunicações, ao órgão da Receita Federal, das operaçõesimobiliárias realizadas;

XIV - leis e decretos municipais relativos a mudança de denominação de logradourospúblicos;

XV - o arquivamento das recomendações do juiz corregedor permanente e daCorregedoria-Geral de Justiça feitas às serventias notariais e do registro de imóveis;

XVI - as cópias dos ofícios que encaminharem comunicações ao órgão da ReceitaFederal deverão ser arquivadas juntamente com os respectivos comprovantes de entrega.

XVII - cópias de comunicações expedidas ao INCRA, relativas às aquisições deimóveis rurais por estrangeiros.

Art. 866. As cédulas de produto rural, de crédito rural, industrial, à exportação, notade crédito à exportação e comercial deverão ser arquivadas em ordem cronológica, lavrando-setermos de abertura e de encerramento (vedada a realização de ambos), numerando-se erubricando-se cada folha. Haverá, em cada volume, no máximo duzentas folhas.

Art. 867. No verso de cada uma das vias mencionadas no artigo 866 deverá sercertificado o ato praticado.

Seção VIDo RegistroSubseção I

Do Processo do Registro

Art. 868. Protocolado o título, verificar-se-á, antes do registro, se estão presentes nodocumento os requisitos mínimos para o ato pretendido.

Parágrafo único. Será procedido o registro, dentro do prazo de trinta dias,ressalvados outros prazos fixados em lei.

Art. 869. Apresentado título de segunda hipoteca, com referência expressa àexistência de outra anterior, o oficial, depois de prenotá-lo, aguardará durante trinta dias que osinteressados na primeira promovam a inscrição. Esgotado esse prazo, que correrá a partir da datada prenotação, sem que seja apresentado o título anterior, o segundo será inscrito e obterápreferência sobre aquele.

Art. 870. Não serão registrados, no mesmo dia, títulos pelos quais se constituamdireitos reais contraditórios sobre o mesmo imóvel.

Art. 871. Prevalecerão, para efeito de prioridade de registro, quando apresentados nomesmo dia, os títulos prenotados sob o número de ordem mais baixo, protelando-se o registro dosapresentados posteriormente, pelo prazo correspondente a, pelo menos, um dia útil.

Art. 872. O disposto nos artigos 190 e 191 da Lei 6.015/73 não se aplica às escrituraspúblicas da mesma data e apresentadas no mesmo dia, que determinem, taxativamente, a hora dasua lavratura. Prevalecerá, para efeito de prioridade, a que foi lavrada em primeiro lugar.

Art. 873. O título de natureza particular apresentado em uma só via será arquivadoem cartório. Fornecerá o oficial, a pedido, certidão do título.

Art. 874. Se o imóvel não estiver matriculado ou registrado em nome do outorgante,o oficial exigirá a prévia matrícula e o registro do título anterior, qualquer que seja a sua natureza,para manter a continuidade do registro.

Art. 875. Havendo exigência de qualquer ordem, estas deverão ser formalizadas deuma só vez, por escrito, em papel timbrado e com assinatura do servidor responsável.

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Art. 876. Não se conformando o apresentante com a exigência, ou não a podendosatisfazer, será o título, a seu requerimento e com a declaração de dúvida, remetido ao juízocompetente para dirimi-la, obedecendo-se ao seguinte:

I - no Livro 1, será anotada, à margem da prenotação, a existência da dúvida;II - após certificar, no título, a prenotação e a suscitação da dúvida, rubricará o oficial

todas as suas folhas;III - em seguida, o oficial dará ciência dos termos da dúvida ao apresentante,

fornecendo-lhe cópia da suscitação e notificando-o para impugná-la no prazo legal;IV - certificado o cumprimento do disposto no inciso III, remeter-se-ão ao juízo

competente, mediante carga, as razões da dúvida, acompanhadas do título.Art. 877. Ocorrendo direta suscitação pelo próprio interessado de "dúvida inversa", o

título também deverá ser prenotado, assim que o registrador a receber do juízo para a informação,observando-se, ainda, o disposto nos incisos I e II do artigo 876.

Art. 878. Transitada em julgado a decisão da dúvida, o oficial procederá da seguinteforma:

I - se for julgada procedente, os documentos serão restituídos à parte,independentemente de traslado, dando-se ciência da decisão ao oficial, para que a consigne noprotocolo e cancele a prenotação;

II - se for julgada improcedente, o interessado apresentará novamente os seusdocumentos, com o respectivo mandado ou a certidão da sentença, que ficarão arquivados, paraque, desde logo, se proceda ao registro. Declarará o oficial o fato na coluna de anotações doprotocolo.

Art. 879. Cessarão automaticamente os efeitos da prenotação se, decorridos trintadias do seu lançamento no protocolo, o título não tiver sido registrado por omissão do interessadoem atender às exigências legais.

Art. 880. Todos os atos serão assinados e encerrados pelo oficial ou por seusubstituto legal. Poderá fazê-lo o auxiliar expressamente por eles designado e autorizado, aindaque os primeiros não estejam afastados ou impedidos.

Art. 881. Nas vias dos títulos restituídos aos apresentantes, serão declaradosresumidamente os atos praticados.

Subseção IIDas Retificações do Registro

Art. 882. A retificação do registro só poderá ser feita pelo próprio oficial,diretamente, quando se tratar de erro evidente; se o erro decorreu do título, somente a retificaçãodeste poderá ensejar a do registro.

Art. 883. O serviço registral deve cuidar para que, sob a forma de averbação deabertura de ruas, não dê causa a loteamento irregular.

Subseção IIIDas Pessoas

Art. 884. O registro e a averbação poderão ser provocados por qualquer pessoa,incumbindo-lhe as despesas respectivas.

Art. 885. Nos atos a título gratuito, o registro poderá também ser promovido pelotransferente, acompanhado da prova de aceitação do beneficiado.

Art. 886. O registro de penhor rural independe do consentimento do credorhipotecário.

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Art. 887. São considerados, para fins de escrituração, credores e devedores,respectivamente:

I - nas servidões, o dono do prédio dominante e o do prédio serviente;II - no uso, o usuário e o proprietário;III - na habitação, o habitante e o proprietário;IV - na anticrese, o mutuante e o mutuário;V - no usufruto, o usufrutuário e o nuproprietário;VI - na enfiteuse, o senhorio e o enfiteuta;VII - na constituição de renda, o beneficiário e o rendeiro censuário;VIII - na locação, o locatário e o locador;IX - nas promessas de compra e venda, o promitente-comprador e o promitente-

vendedor;X - nas penhoras e nas ações, o autor e o réu;XI - nas cessões de direito, o cessionário e o cedente;XII - nas promessas de cessão de direitos, o promitente-cessionário e o promitente-

cedente.

Subseção IVDos Títulos

Art. 888. Somente são admitidos a registro:I - escrituras públicas, inclusive as lavradas em consulados brasileiros;II - escritos particulares autorizados em lei, assinados pelas partes e testemunhas, com

as firmas reconhecidas, dispensado o reconhecimento de firma quando se tratar de atos praticadospor entidades vinculadas ao Sistema Financeiro da Habitação;

III - atos autênticos de países estrangeiros, com força de instrumento público,legalizados e traduzidos na forma da lei e registrados no registro de títulos e documentos, assimcomo as sentenças proferidas por tribunais estrangeiros após homologação pelo SupremoTribunal Federal;

IV - cartas de sentença, formais de partilha, certidões e mandados extraídos de açõesjudiciais.

Art. 889. Tratando-se de usucapião, os requisitos da matrícula devem constar nomandado judicial.

Art. 890. Incumbe ao oficial impedir o registro de título que não satisfaça osrequisitos exigidos pela lei, quer sejam substanciados em instrumento público ou particular, querem instrumentos judiciais, exigindo-se os documentos de propriedade, com a apresentação decertidão atualizada da matrícula do imóvel.

Subseção VDa Averbação e do Cancelamento

Art. 891. As averbações serão efetuadas na matrícula ou à margem da transcrição ouinscrição a que se referirem, ainda que o imóvel tenha passado a pertencer a outra circunscrição.

Art. 892. Serão objeto de averbação as sub-rogações e outras ocorrências que, porqualquer modo, alterem o registro.

Art. 893. As averbações serão feitas a requerimento dos interessados, com firmareconhecida e instruído com documento comprobatório. A alteração de nome só pode seraverbada, quando devidamente comprovada por certidão do registro civil.

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§ 1º Na hipótese de extinção do usufruto pela morte do usufrutuário, será feita aaverbação mediante a apresentação da respectiva certidão de óbito.

§ 2º Os desmembramentos de imóveis urbanos não subordinados ao registro especialda Lei 6.766/79, dependerão de prévia aprovação da prefeitura municipal. Nos rurais, atender-se-á à legislação especial do INCRA.

§ 3º Serão averbadas as alterações da destinação do imóvel, de rural para urbano, bemcomo a mudança da zona urbana ou de expansão urbana do município, se alterada a situação doimóvel.

Art. 894. Poderão ser averbados os denominados "termos de responsabilidade pelapreservação de floresta", emitidos para os fins da legislação florestal, por iniciativa do InstitutoBrasileiro de Meio Ambiente, com a anuência do proprietário.

Art. 895. O cancelamento será efetuado mediante averbação, em que constarão omotivo que o determinou e a menção do título em virtude do qual foi feito.

Art. 896. O cancelamento poderá ser total ou parcial e referir-se a qualquer dos atosdo registro.

Art. 897. Será feito o cancelamento:I - em cumprimento de decisão judicial transitada em julgado;II - a requerimento unânime das partes que tenham participado do ato registrado, se

capazes, com as firmas reconhecidas;III - a requerimento do interessado, instruído com documento hábil.Art. 898. O cancelamento da hipoteca só poderá ser feito:I - à vista de autorização expressa ou de quitação outorgada pelo credor ou por seu

sucessor, em instrumento público ou particular;II - em razão de procedimento administrativo ou contencioso, no qual o credor tenha

sido intimado;III - na conformidade da legislação referente às cédulas hipotecárias.Art. 899. É dispensável a averbação de cancelamento de registro de compromisso de

compra e venda, se ocorre o registro da escritura definitiva pelo compromissário comprador.§ 1º Se, por conveniência do serviço, a averbação vier a ser efetuada, deverá sempre

suceder ao registro da escritura definitiva; porém, não serão devidos emolumentos e custas poraquele ato.

§ 2º Nos loteamentos registrados sob a égide do Dec.-Lei 58/37, caso o imóvel tenhadeixado de pertencer à circunscrição, sempre deverá ser exigida, para averbação de compromissode compra e venda, de cessão ou de promessa de cessão, certidão atualizada da novacircunscrição imobiliária, a qual ficará arquivada em cartório.

Art. 900. As averbações de mudança dos nomes de logradouros decretada pelo PoderPúblico serão procedidas de ofício.

Art. 901. As escrituras públicas ou os escritos particulares que tenham por objetoimóvel hipotecado a entidades do Sistema Financeiro de Habitação serão registrados ainda que ocredor não intervenha no instrumento negocial. Bastarão, para o registro, a comprovação daexpressa e prévia comunicação ao credor hipotecário feita pelo alienante, observados os demaisrequisitos e os prazos a que aludem os artigos 192 e 193 da Lei 6.015/73.

Parágrafo único. A comunicação ao credor hipotecário não implica consentimentotácito, mas o registro do contrato prescinde de anuência expressa do credor; é suficiente acomunicação do devedor da sua intenção de alienar.

Seção VIIDos Loteamentos e dos Desmembramentos

Subseção I

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Do Processo de Loteamento e de Desmembramento

Art. 902. Os loteamentos urbanos são regidos pela Lei 6.766/79, e os ruraiscontinuam a sê-lo pelo Dec.-Lei 58/37.

Art. 903. O parcelamento de imóvel rural, para fins urbanos, obedecerá àsdisposições contidas nos artigos 3 e 53 da Lei 6.766/79.

Art. 904. Os requerimentos de registro de loteamentos ou de desmembramentosdevem ser autuados em processos, que terão suas folhas numeradas e rubricadas pelo oficial doregistro ou por seu substituto legal. Os documentos enumerados no artigo 18 da Lei 6.766/79deverão figurar na ordem por ele estabelecida. Também deverá, ser apresentada a licençaambiental.

Art. 905. Será indispensável a correspondência da descrição e da área do imóvel a serloteado, com as que constarem na transcrição ou na matrícula. Exigir-se-á prévia retificaçãojudicial, se necessário for.

Art. 906. Se o loteamento ou o desmembramento abranger vários imóveis do mesmoproprietário, com transcrições ou matrículas diferentes, é imprescindível que se proceda,previamente, à sua unificação ou fusão e à abertura de matrícula para o imóvel que resultar dessaunificação ou fusão, a fim de ser lançado, na matrícula então aberta, o registro do loteamento oudo desmembramento.

Art. 907. Quando o loteador for pessoa jurídica, incumbirá ao oficial:I - verificar a regularidade da representação societária;II - exigir a apresentação do Certificado de Regularidade de Situação expedido pelo

INSS.Art. 908. Após a autuação do pedido e dos documentos apresentados, deverão ser

certificadas as datas da apresentação, do protocolo e do número de ordem, a expedição e aafixação dos editais.

Art. 909. Tratando-se de loteamento urbano, far-se-á publicar o edital, em resumo ecom pequeno desenho de localização da área, em três dias consecutivos. Nas capitais, apublicação do edital far-se-á no Diário da Justiça do Estado e num dos jornais de circulaçãodiária. Nos demais municípios, a publicação far-se-á apenas num dos jornais locais, se houver,ou, não havendo, em jornal da região.

Art. 910. Nos loteamentos rurais, sujeitos ao Dec.-Lei 58/37 a publicação do editalfar-se-á conforme o disposto no artigo 2 do referido decreto.

Art. 911. Todas as restrições presentes no loteamento, inclusive as impostas peloPoder Público, deverão, obrigatoriamente, constar no registro.

Art. 912. Os documentos apresentados para registro de loteamento, tais como títulosde aquisição e certidões de propriedade, com eventuais ônus, deverão vir sempre no original,assim como plantas e alvarás de licença.

Art. 913. Poderá o cartório aceitar fotocópia desde que seja exibido o original dodocumento; nesta hipótese, a cópia arquivada será autenticada pelo oficial do cartório.

Art. 914. O registro do loteamento só poderá ser cancelado nos termos do artigo 23 eseus parágrafos, da Lei 6.766/79.

Art. 915. No cancelamento do registro de contrato de compromisso porinadimplência, deverá ser consignada, na averbação, a ocorrência ou não do disposto no artigo 35da Lei 6.766/79.

Art. 916. A intimação do devedor-adquirente para fins de constituição em mora, seráfeita pessoalmente, esgotando-se todos os meios possíveis para sua localização, deverá constar naintimação o valor da dívida, dos juros e demais despesas, discriminadamente, bem como ainformação de que o pagamento far-se-á em cartório, do qual se fornecerá o endereço completo.

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Art. 917. Não se aplica o disposto no artigo 18 da Lei 6.766/79 aos conjuntoshabitacionais construídos pelas pessoas jurídicas relacionadas no artigo 8 da Lei 4.380/64.

§ 1º Entende-se como conjunto habitacional o empreendimento em que oparcelamento do imóvel urbano, com ou sem abertura de ruas, é feito para alienação de unidadeshabitacionais já edificadas pelo próprio empreendedor.

§ 2º Os empreendimentos promovidos por particulares, embora referentes a conjuntoshabitacionais, sujeitam-se ao artigo 18 da Lei 6.766/79, ainda que sejam financiados comrecursos do Sistema Financeiro da Habitação.

Art. 918. O registro das transmissões das unidades habitacionais deve ser precedidode averbação da edificação do conjunto na matrícula do imóvel parcelado, a ser aberta, se aindanão efetuada.

Art. 919. Para a averbação a que se refere o artigo 918, o cartório de registro deimóveis exigirá o depósito dos seguintes documentos:

I - planta do conjunto contendo a subdivisão das quadras, as dimensões e aenumeração das unidades e o sistema viário, se houver;

II - prova da aprovação pela prefeitura;III - o ato constitutivo do agente empreendedor, observados o artigo 8, IV, e

parágrafo único da Lei 4.380 e o artigo 18 da Lei 5.764/71;IV - quadro indicativo das áreas ocupadas pelas unidades, logradouros, se houver, e

espaços livres;V - memorial descritivo em que constem a descrição sucinta do empreendimento, a

identificação das unidades e das quadras, a indicação das áreas públicas que passarão ao domíniodo município no ato de averbação e as limitações que incidem sobre as unidades;

VI - contrato padrão;VII - certificado de quitação do INSS, referente à obra, que poderá ser apresentado

quando do registro da primeira operação relativa à unidade;VIII - o "habite-se".Parágrafo único. Os documentos serão autuados, numerados e rubricados pelo oficial

ou por seu auxiliar autorizado; os processos assim formados serão arquivados separadamente; aidentificação de cada conjunto deverá constar na autuação.

Art. 920. Na averbação constarão de forma resumida:I - a área dos logradouros e dos espaços que passam para o domínio do município;II - a identificação das quadras e das unidades nelas compreendidas.Art. 921. Feita a averbação, o cartório elaborará ficha auxiliar, que fará parte

integrante da matrícula, na qual constarão todas as unidades; reservar-se-á espaço para anotaçãodo número da matrícula a ser aberta quando do primeiro ato de registro relativo a cada uma delas.

Art. 922. As certidões de ações cíveis e penais, inclusive da Justiça Federal e as deprotestos devem referir-se ao loteador e a todos aqueles que, no período de dez anos, tenham sidotitulares de direitos reais sobre o imóvel; serão extraídas, outrossim, na comarca de situação doimóvel e, se distintas, naquelas onde domiciliados o loteador e os antecessores abrangidos pelodecênio.

§ 1º Tratando-se de pessoa jurídica, é imprescindível a juntada de certidões doserviço de distribuição criminal relativas à empresa e a todos os sócios.

§ 2º Para as finalidades previstas no artigo 18, § 2, da Lei 6.766/79, sempre que, nascertidões pessoais e reais, constar a distribuição de ações cíveis, deve ser exigida certidãocomplementar, esclarecedora de seu desfecho ou do estado atual.

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§ 3º Tal providência será desnecessária quando se tratar de ação que, pela sua próprianatureza, desde logo aferida na certidão do serviço de distribuição, não tenha qualquerrepercussão econômica ou, de outra parte, relação com o imóvel objeto do loteamento.

Art. 923. Cuidando-se de imóvel urbano que, há menos de cinco anos, eraconsiderado rural, deve ser exigida certidão negativa de débito para com o órgão competente.

Subseção IIDa Regularização de Loteamento e de Desmembramento

Art. 924. Na hipótese de registro de loteamentos ou de desmembramentosirregulares, requeridos pelo município ou pelo adquirente de lote, não se aplicam as exigênciasdos artigos 18 e 19 da Lei 6.766/79.

Parágrafo único. Para esse fim, os interessados apresentarão requerimento ao cartóriode registro de imóveis acompanhado dos seguintes documentos:

I - planta do loteamento ou de desmembramento, devidamente aprovada pelomunicípio, contendo as subdivisões das quadras, as dimensões e a numeração dos lotes,logradouros, espaços livres e outras áreas com destinação específica;

II - quadro indicativo das áreas ocupadas pelos lotes, dos logradouros, dos espaçoslivres e outras áreas com destinação específica;

III - certidão de propriedade, com menção de alienações e ônus, nos casos em que oimóvel tenha passado para outra circunscrição imobiliária;

IV - anuência da autoridade competente em áreas de interesse especial, assimdefinidas pelo Estado ou pela União, tais como as necessárias à preservação do meio ambiente, asque dizem respeito à proteção dos mananciais ou do patrimônio cultural, artístico, histórico,paisagístico e científico, as reservadas para planejamento regional e urbano e as destinadas ainstalação de distritos e de áreas industriais.

Art. 925. Aplica-se o disposto no artigo 924 às regularizações requeridas pelospróprios loteadores, desde que, comprovadamente, os parcelamentos sejam anteriores a 19.12.79 etodos os lotes já tenham sido alienados ou compromissados.

§ 1º A comprovação será feita com planta aprovada pelo município ou com certidõesque demonstrem lançamento individual de imposto sobre os lotes, sempre anteriormente a19.12.79.

§ 2º Além dos documentos referidos, os loteadores deverão apresentarnecessariamente:

I - declaração de que não há lotes por alienar ou compromissar;II - relação de todos os adquirentes, compromissários-compradores ou cessionários

dos lotes;III - cópia do ato de aprovação do loteamento e comprovante do termo de verificação,

pelo município, da execução das obras exigidas por legislação municipal;IV - comprovante de aprovação de cronograma, com duração máxima de quatro anos,

acompanhado de competente instrumento de garantia para a execução das obras;V - certidão atualizada da matrícula.Art. 926. De posse dos documentos apresentados, o oficial registrará o parcelamento

na matrícula do imóvel, que, se ainda inexistente, será aberta nessa ocasião, e os dados faltantesserão tomados da planta então apresentada.

§ 1º Se o parcelamento abranger dois ou mais imóveis, será procedida a unificação oufusão.

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§ 2º Para tal unificação ou fusão, poderá ser aceita a nova descrição apresentada pelorequerente, desde que, juntamente com a planta, permita a perfeita identificação do imóvel com aque consta nos registros anteriores.

Art. 927. Nos loteamentos ou nos desmembramentos regularizados pelo município,valerá, como título hábil ao registro dos lotes, o contrato de compromisso de venda e compracelebrado antes da regularização, desde que o adquirente comprove, perante o oficial, opagamento ou o depósito de todas as prestações do preço avençado, bem como do imposto detransmissão devido, sem prejuízo do cumprimento de outras exigências previstas na Lei dosRegistros Públicos.

§ 1º Gozará de idêntica validade o contrato de cessão, desde que firmado numa dasvias do compromisso de venda e compra, ou, embora formalizado em instrumento separado,venha acompanhado do instrumento de compromisso de venda e compra.

§ 2º Para tal fim, o oficial, achando a documentação em ordem, procederá ao registroda transmissão de propriedade e arquivará uma via do título e os comprovantes do pagamento. Sea documentação for microfilmada, poderá ser devolvida.

§ 3º Na hipótese prevista neste artigo, o compromisso de venda e compra e a cessãoserão registrados.

Art. 928. O depósito previsto no artigo 38, § 1, da Lei 6.766/79, só será admissívelquando o loteamento ou o desmembramento não se achar registrado ou regularmente executadopelo loteador.

§ 1º Em qualquer das hipóteses, estará condicionado à apresentação de prova de que oloteador foi notificado pelo adquirente do lote, pelo município ou pelo Ministério Público. Talcomprovação será dispensada se o interessado demonstrar haver sido notificado pelamunicipalidade para suspender o pagamento das prestações.

§ 2º Em se tratando de loteamento ou de desmembramento não registrado, o depósitodependerá, ainda, da apresentação do contrato de compromisso de compra e venda ou de cessão,e a prova de que o imóvel está transcrito ou registrado em nome do promitente-vendedor.

Art. 929. Os depósitos serão feitos junto ao registro de imóveis competente, que osdepositará em estabelecimento de crédito oficial, quando houver, com incidência de juros ecorreção monetária.

Parágrafo único. As contas assim abertas só poderão ser movimentadas com expressaautorização judicial.

Art. 930. O adquirente do lote poderá efetuar os recolhimentos independentementede pagamento de juros ou de quaisquer acréscimos, mesmo que em atraso com as prestações.

Parágrafo único. De todos os recolhimentos efetuados, devem ser fornecidos recibosou cópias das guias correspondentes, para se obter o registro de propriedade de lote adquirido.

Art. 931. Se ocorrer o reconhecimento judicial da regularidade do loteamento antesdo vencimento de todas as prestações, os adquirentes dos lotes, uma vez notificados pelo loteadorpelo registro de imóveis, passarão a pagar as remanescentes diretamente ao vendedor, retendo oscomprovantes dos depósitos até então efetuados.

Parágrafo único. O levantamento das prestações depositadas, regularizado oloteamento, será promovido judicialmente, nos termos do artigo 38 da Lei 6.766/79.

Seção VIIIDas Incorporações

Art. 932. O pedido de incorporação deverá ser autuado em processo, que terá suasfolhas numeradas e rubricadas, com os documentos na ordem estabelecida no artigo 32 da Lei4.591/64; certificar-se-ão, em seguida, o número de ordem e as datas do protocolo e do registro.

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Art. 933. As certidões dos distribuidores, contadores e partidores cíveis e criminais,inclusive da Justiça Federal, as negativas de impostos e as de protestos de títulos vem referir-seaos alienantes do terreno (atuais proprietários e compromissários-compradores, se houver, e seuscônjuges) e ao incorporador.

Parágrafo único. As certidões cíveis e criminais referir-se-ão ao período de dez anose as de protesto ao período de cinco anos antecedentes ao pedido.

Art. 934. Tratando-se de pessoa jurídica, é indispensável a juntada de certidões doserviço de distribuição criminal, bem como as relativas aos sócios.

Parágrafo único. Todas as certidões deverão ser extraídas na comarca da situação doimóvel e, se distintas, naquelas onde estejam domiciliadas as pessoas supramencionadas. Exigir-se-á que não tenham sido expedidas há mais de sessenta dias.

Art. 935. Não poderá o oficial registrar pedido de incorporação, sem que oapresentante exiba planta ou croqui dos espaços destinados à guarda de veículos; a demarcaçãodesses espaços poderá constar na planta aprovada.

Art. 936. Em caso de divergência, deverá ser obedecida a medida da área que constarno registro. Não se admitirá que se refira à que consta na planta aprovada.

Art. 937. A averbação de construção de prédio só poderá ser feita mediantedocumento hábil ("habite-se" ou alvará de conservação) expedido pelo município, no qual constea área construída, que deverá ser conferida com a da planta aprovada e já arquivada; quandohouver divergência, o registro não poderá ser feito antes que sejam procedidas as correçõesnecessárias.

Art. 938. A instituição e a especificação do condomínio será registrada mediante aapresentação do respectivo instrumento (público ou particular) que caracteriza ou identifica asunidades autônomas, acompanhado do projeto aprovado e do "habite-se"; exigir-se-á também aconvenção do condomínio, que será registrada no Livro 3.

Seção IXDas Disposições Gerais

Art. 939. Os delegatários ficam obrigados a divulgar, em local visível ao público, atabela de custas e de emolumentos.

Art. 940. As consultas serão dirigidas ao juiz corregedor permanente, que submeterásua decisão à apreciação do Corregedor-Geral de Justiça, para efeito normativo, caso repute,fundamentadamente que a matéria seja de interesse geral e mereça tratamento uniforme.

Art. 941. Sempre que ocorra fundada dúvida sobre a autenticidade de firma queconsta em documentos públicos ou particulares, o oficial do registro deverá, sob pena deresponsabilidade, exigir o seu reconhecimento.

Art. 942. Os serviços registrais manterão fichas com padrão de firmas dosserventuários dos cartórios ou dos substitutos eventuais e dos juízes das respectivas comarcas,destinadas à confrontação com os títulos ou os documentos públicos que forem apresentados pararegistro ou para averbação.

Parágrafo único. A confrontação prevista neste artigo é isenta de emolumentos e nãoimporta em ato notarial.

Art. 943. A adoção de sistema de computação, de microfilmagem, de disco ótico ououtros meios de reprodução prescinde da autorização da Corregedoria-Geral de Justiça. Osalvamento dos lançamentos deve ocorrer em duas cópias diárias: uma, guardada na própria sededo serviço, e a outra, a ser armazenada em local distinto, com as cautelas devidas.

Parágrafo único. O responsável pelo serviço cientificará o Corregedor-Geral deJustiça sobre os dados necessários para o acesso ao programa, disponibilizando, para tal

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finalidade, suporte técnico permanente, de modo a viabilizar o controle do sistema pelaCorregedoria, mesmo na ausência do titular ou na vacância da serventia.

Art. 944. Os termos de abertura e de encerramento dos livros deverão ser assinadospelo oficial. É vedada a lavratura concomitante de ambos os termos.

Parágrafo único. Na hipótese de o livro ser encerrado com o número superior àqueleprevisto no termo de abertura, deverá ser ressalvado o motivo da ocorrência.

Art. 945. Os titulares permanecerão nos serviços registrais durante todo o expediente;só se ausentarão por motivo justificável; deve estar presente, nesse caso, o substituto designadopara responder pelo serviço na sua ausência e no seu impedimento.

Art. 946. Nas dependências dos serviços registrais, o titular, seu substituto e osdemais funcionários usarão crachá de identificação.

ANEXO IDOS TIPOS DE RECONHECIMENTOS DE FIRMAS

1. ConceitoÉ o ato pelo qual o tabelião certifica que a assinatura aposta num documento

particular é da lavra da pessoa que declara firmá-lo, ou, em outras palavras, a assinatura éautêntica.

Assim, presume-se verdadeira a firma reconhecida. Todavia, trata-se de presunçãojuris tantum, ou seja, que admite prova em contrário, a ser feita por perícia grafotécnica, salvo noreconhecimento autêntico.

2. ModalidadesDas diferentes modalidades de reconhecimento de firma destacam-se quatro, a saber:

autêntico, por semelhança, direto por abonação e indireto por abonação.

2.1 Reconhecimento autênticoNo reconhecimento autêntico, por certeza ou verdadeiro, o tabelião reconhece a

assinatura feita em sua presença por pessoa conhecida, lavrando no documento o termo seguinte:“Reconheço verdadeira a firma (ou a letra e a firma) supra de ..., feita perante mim,

pelo próprio, do que dou fé”.(local e data)Em testemunho (sinal público) da verdade (a)...

2.2 Reconhecimento por semelhançaNo reconhecimento por semelhança, por assemelhação ou comparado, o tabelião

declara por comparação que a firma tem os caracteres análogos aos da signatário, que tem vistaou consta em firma arquivada em cartório. A fórmula usada é a seguinte:

“Reconheço por semelhança a firma (ou a letra e a firma, ou a ficha e o sinalpúblico) de..., do que dou fé”.

(local e data)Em testemunho (sinal público) da verdade, (a)...Na prática, tem sido omitida a expressão "por semelhança".Para esse fim, cada cartório organiza o necessário fichário composto de ficha assinada

mais de uma vez pelo interessado, na qual constam os principais dados para a identificação deste.

2.3 Reconhecimento direto por abonação

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Nesta modalidade, uma ou diversas pessoas declaram no próprio documento que afirma a ser reconhecida é do próprio punho de pessoa ou simplesmente assinam ao lado.

Forma da declaração:"Declaro (ou declaramos), sob as penas da lei, que a firma (ou a letra e a firma, ou a

firma e o sinal público) supra é do próprio punho de..., meu conhecido, (local e data) (a)..."Forma do termo:"Reconheço a firma (ou a letra e a firma, ou a firma e o sinal público) supra de...

como sendo do próprio, por me asseverar pessoa que merece fé, a qual, para tal fim, declarou eassinou à margem, (local e data). Em testemunho (sinal público) da verdade, (a)..."2.4Reconhecimento indireto por abonação

Este difere do direto pela circunstância do tabelião reconhecer as firmas de dois oumais abonadores, isto é, dos signatários da declaração. Destarte, a firma do abonador éreconhecida diretamente, e a do abonado, indiretamente.

3. Fotocópias e cópias fotostáticasNão se reconhecem firmas que constam em documentos fotocopiados ou em cópias

fotostáticas; vale dizer, quando as firmas também estejam copiadas. Há que se reconhecer,primeiramente, as firmas, para depois copiar.

ANEXO IIRELAÇÕES DE CLASSES POR ORDEM ALFABÉTICA

RELAÇÃO DAS CLASSES EXISTENTES NO SISTEMA DE AUTOMAÇÃO DOJUDICIÁRIO SAJ/PG

Código Descrição Área5041 Abertura de Testamento Particular Cível5207 Abertura, Registro e Cumprimento de Testamento Cível6719 Abuso do Poder Econômico Cível6801 Acidente de Trânsito Cível5232 Acidente de Trabalho Cível6277 Acordo de Alimentos Cível5231 Ação Civil Pública Acidentária Cível6264 Ação de Curatela dos Interditos Cível5050 Ação de Depósito Cível6260 Ação de Especialização de Hipoteca Legal Cível6270 Ação de Evicção Cível6722 Ação de Responsabilidade do Fornecedor de Produtos e Serviços Cível6721 Ação Discriminatória Cível5002 Ação Monitória Cível5004 Ação Popular Cível6258 Ação Relativa à Fiscalização das Fundações Cível5005 Adjudicação Compulsória Cível6844 Alienação de Coisas Vagas Cível6727 Alienação de Quinhão em Coisa Comum Cível5008 Alienação Judicial Cível5007 Alienação Locação e Administração da Coisa Comum Cível5208 Alienação, Arrendamento e Oneração de Bens Dotais Cível

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5006 Alienação, Arrendamento ou Oneração de Bens de Menores Cível5012 Alimentos Cível6288 Alteração de Cláusula Contratual Cível6731 Alvará de Pesquisa Mineral Cível5013 Alvará Judicial Cível6300 Anulação de Obrigação em Geral Cível6298 Anulação de Adjudicação Cível6290 Anulação de Ato Jurídico Cível6342 Anulação de Auto de Infração de Trânsito Cível6284 Anulação de Registro Civil Cível6729 Anulação e Substituição de Título ao Portador Cível6344 Anulatória Cível6295 Anulatória de Casamento Cível6296 Anulatória de Partilha Cível6733 Anulatória de sentença Arbitral (Lei 9.307/96) Cível6293 Anulatória de Testamento Cível5014 Anulatória de Título Cível6814 Aposentadoria por Idade Cível6815 Aposentadoria por invalidez Cível6817 Aposentadoria por Tempo de Serviços Cível6738 Apreensão de Embarcações Cível5015 Apuração de Remanescente Cível5016 Arbitramento de Aluguel Cível6302 Arbitramento de Honorários Cível5209 Arrecadação de Bens de Ausentes e Herança Jacente Cível6735 Arrecadação de Coisas Vagas Cível6736 Arribas Forçadas Cível5019 Arrolamento Cível5021 Autofalência Cível6368 Autorização para Intervenção Cirúrgica Cível6741 Avaria a Carga do Segurador Cível6739 Avarias Cível5023 Averbação de Registro de Imóveis Cível5024 Averbação de Rua Cível5025 Averbação em Matrícula Cível5022 Averbação no Registro Civil Cível6481 Averiguação de Paternidade Cível6840 Baixa de Material Permanente Cível5027 Busca e Apreensão - Alienação Fiduciária Cível6309 Busca e Apreensão com Reserva de Domínio Cível6312 Busca e Apreensão de Títulos Cível5029 Cancelamento de Averbação Cível5030 Cancelamento de Cláusula Cível5031 Cancelamento de Hipoteca ou Anticrese Cível5032 Cancelamento de Protesto Cível5034 Cancelamento de Registro Civil Cível5118 Cancelamento de Registro Público Cível

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5033 Cancelamento de Usufruto Cível5220 Cancelamento e Retificação de Registro Público Cível6709 Cautelar Obras de Conservação em Coisa Litigiosa ou Judicial Cível6712 Cautelar de Afastamento de menor autorizado a contrair casamento Cível5009 Cautelar de Alimentos Provisionais Cível5018 Cautelar de Arresto Cível5210 Cautelar de Arrolamento de Bens Cível5035 Cautelar de Caução Cível6718 Cautelar de Demolição de Prédio Cível6677 Cautelar de Depósito Cível6713 Cautelar de Depósito de Incapazes castigados imoderadamente Cível5078 Cautelar de Exibição Judicial Cível6715 Cautelar de Guarda e Educação dos filhos Cível5087 Cautelar de Homologação de Penhor Legal Cível6717 Cautelar de Interdição de Prédio Cível5098 Cautelar de Justificação Cível5109 Cautelar de Notificação Cível6320 Cautelar de Posse em Nome de Nascituro Cível6711 Cautelar de Posse Provisória de Filho Cível5136 Cautelar de Protesto Cível6303 Cautelar de Protesto Contra Alienação de Bens Cível5137 Cautelar de Protesto e Apreensão de Títulos Cível6745 Cautelar de Protesto Formado a Bordo Cível6716 Cautelar de Regulamento do Direito de Visita Cível6714 Cautelar de Separação de Corpos Cível6767 Cautelar de Suspensão de Pagamento Cível5175 Cautelar de Sustação de Protesto Cível6710 Cautelar Entrega de Bens Uso Pessoal do Cônjuge e Filhos Cível6786 Cautelar Fiscal Cível6378 Cobrança - Ordinário Cível5036 Cobrança - Sumário Cível6323 Cobrança de Comissão Cível5206 Cobrança de Condomínio Cível6806 Cobrança de Dívidas Cível5037 Codicilo Cível5038 Cominatória Cível5201 Concordata Cível5039 Concordata Preventiva Cível5040 Concordata Suspensiva Cível5234 Condenação ao Cumprimento Obrigação de Fazer ou Não Fazer Cível5235 Condenação à Entrega de Coisa Certa ou Incerta Cível5233 Condenação em Dinheiro Cível6802 Condomínio e Locações Cível6742 Confirmação de Testamento Particular Cível5043 Consignação de Aluguel e Acessórios de Locação Cível5227 Consignação em Pagamento Cível6818 Constituição de Usufruto Vitalício Cível

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6832 Constituição de Servidão Cível6826 Consulta Cível6804 Consumidor Cível6353 Contra Interpelação Cível6355 Contra Protesto Cível5044 Contra-notificação Cível5045 Conversão de Separação em Divórcio Cível6330 Conversão de Separação Consensual em Divórcio Consensual Cível6743 Cumprimento de Obrigação de Fazer ou não Fazer Cível5048 Declaração de Insolvência Civil Cível5236 Declaração de Nulidade de Contrato Cível6783 Declaração de Nulidade de Registro de Nascimento Cível5049 Declaratória Cível6409 Declaratória (extinção de obrigação - inexigibilidade) Cível5047 Declaratória de Ausência Cível6848 Declaratória de Inconstitucionalidade Cível6338 Declaratória de Inexistência de Obrigação Cível6764 Declaratória de Inexistência de Relação Jurídica Cível6337 Declaratória de Nulidade de Ato Jurídico Cível6339 Demarcação Cível6340 Demolitória Cível5051 Desapropriação Cível5228 Desapropriação e Indenização p/ Aposs. Adm. Cível5237 Desconstituição de Contrato Cível6347 Despejo Cível5052 Despejo - para uso de ascendente ou descendente Cível5053 Despejo por Falta de Pagamento Cível6348 Despejo para uso Próprio Cível6349 Destituição de Curador Cível6350 Destituição de Inventariante Cível5055 Dispensa de Registro Especial Cível5166 Dissolução de Sociedade de Fato Cível7075 Dissolução de União Estável Cível5057 Dissolução e Liquidação de Sociedades Cível5058 Divisão Cível5059 Divisão Cumulada com Demarcação Cível5060 Divórcio Consensual Cível5061 Divórcio Litigioso Cível5221 Dúvida de Protestos Cível5222 Dúvida Inversa de Protestos Cível5223 Dúvida Inversa de Títulos e Documentos Cível6358 Embargos a Arrematação Cível6410 Embargos à Adjudicação Cível5514 Embargos à Execução Cível6689 Embargos à Execução Fiscal Cível6357 Embargos de Devedor Cível7062 Embargos de Retenção de Benfeitoria Cível

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5181 Embargos de Terceiro Cível6724 Embargos na Execução por Carta Cível6728 Especialização de Hipoteca Legal Cível6418 Execução Contra Fazenda Pública Cível5518 Execução de alimentos Provisórios Cível6362 Execução de Honorários Cível5073 Execução de Obrigação de Fazer Cível6341 Execução de Obrigação de Não Fazer Cível5213 Execução de Prestação Alimentícia Cível6795 Execução de Sentença Cível5075 Execução de Título Executivo Extrajudicial Cível6683 Execução de Título Executivo Judicial Cível6363 Execução Entrega Coisa Certa Cível6364 Execução Entrega Coisa Incerta Cível6819 Execução Fiscal de Outros Órgãos Cível6756 Execução Fiscal Estadual Cível6757 Execução Fiscal Federal Cível5230 Execução Fiscal Municipal Cível5077 Execução Hipotecária Cível6417 Execução Por Quantia Certa Contra Devedor Insolvente Cível6416 Execução Por Quantia Certa Contra Devedor Solvente Cível5241 Execuções de Decisões do Juizado Informal de Conciliação Cível6775 Exibição de Documentos Cível5079 Exoneração de Alimentos Cível6762 Exoneração de obrigação Cível5080 Extinção de Bem de Família Cível5081 Extinção de Condomínio Cível5082 Extinção de Fideicomisso Cível6744 Extinção de Usufruto Cível5083 Falência Cível6411 Guarda de Incapaz e Interditos Cível5088 Imissão de Posse Cível7079 Improbidade Administrativa Cível5089 Impugnação a Inscrição de Loteamento Cível5090 Indenização Cível6275 Indenização por Acidente de Trânsito Cível6380 Indenização por Danos Morais Cível6383 Insolvência Cível6749 Instituição de Arbitragem Cível6750 Instituição de Bem de Família Cível5091 Interdição Cível5092 Interdito Proibitório Cível5094 Inventário Cível6384 Inventário Negativo Cível5095 Investigação de Paternidade Cível5242 Investigação de Paternidade (negatórias) Cível5097 Investigação de Paternidade cumulada com Alimentos Cível

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5099 Justificação Cível5100 Levantamento de Depósito Cível5101 Liquidação Extrajudicial Cível6831 Mandamental Cível5103 Manutenção de Posse Cível7073 Manutenção Contratual Cível5106 Modificação de Cláusulas Cível6845 Modificação de Prenome Cível5108 Negatória de Filiação Cível6747 Negatória de Paternidade Cível6746 Nomeação de Tutor ou Curador Cível5111 Nulidade Cível6395 Nulidade de adjudicação Cível6392 Nulidade de Ato Jurídico Cível6394 Nulidade de Casamento Cível6393 Nulidade de Cláusula Contratual Cível6396 Nulidade Constituição de Usufruto Cível5110 Nulidade de Doação Cível5112 Nulidade de Partilha Cível5114 Nulidade de Testamento Cível5113 Nulidade e anulação de Reconhecimento de Filho Cível5115 Nunciação de Obra Nova Cível6397 Obrigação de Entregar Cível6398 Obrigação de Fazer Cível6329 Obrigação de Não Fazer Cível5116 Oposição Cível5120 Outorga Judicial de Consentimento Cível5122 Partilha Cível5123 Pedido de Abertura, Reg e Cumprimento de Testamento Cível6469 Pedido de Averbação de Registro Civil Cível6823 Pedido de Registro de Óbito Cível5125 Pedido de Registro Tardio e Registro de Indígena Cível7065 Pedido de Benefício Previdenciário Cível6726 Pedido de Restituição de Coisa Arrecadada Cível6462 Pedido de Restituição de Coisa na Falência e Concordata Cível6471 Pedido de Retificação de Registro Civil e Casamento Cível6816 Pensão por Morte Cível5126 Possessórias Cível7082 Preempção/Direito de Preferência Cível6805 Prestação de Serviços Cível5065 Procedimento de Dúvida de Registro de Títulos e Documentos Cível5062 Procedimento de Dúvida de Cartório de Notas e Protestos Cível5063 Procedimento de Dúvida de Registro Civil Pessoas Naturais Cível5064 Procedimento de Dúvida de Registro de Imóveis Cível6475 Procedimento de Naturalização Cível5131 Procedimento Disciplinar (Reg. Civil, Tab. Notas) Cível5130 Procedimento Disciplinar Administrativo Cível

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5132 Procedimento Disciplinar (Imóv., Tít. E Doc., Protestos) Cível6413 Procedimento Especial de Menor Cível5138 Protesto Interruptivo de Prescrição Cível5139 Providências Administrativas (Imóv., Tít. E Doc., Protestos) Cível5140 Providências Administrativas (Reg. Civil, Tab. Notas) Cível6301 Provisão Cível6294 Reclamação Trabalhista Cível6781 Reconhecimento Inexist. Nulid. Ato Jurídico c/c Reivindicatória Cível6784 Reconhecimento de Maternidade Cível5143 Reconhecimento de Paternidade Cível5144 Reconhecimento de Sociedade de Fato Cível7076 Reconhecimento de União Estável Cível5215 Reconhecimento e Dissolução de Sociedade de Fato Cível7074 Reconhecimento e Dissolução de União Estável Cível5146 Redibitória Cível5226 Registro Torrens Cível5147 Regulamentação de Visitas Cível5148 Regularização de Loteamento Cível5149 Reintegração de Posse Cível6841 Reintegração de Servidão Cível5150 Reivindicatória Cível6740 Remoção e Dispensa de Tutor ou Curador Cível6274 Renovatória de Cláusula Contratual Cível5151 Renovatória de Contrato de Locação Cível5239 Reparação de Danos - Ordinário Cível6676 Reparação de Danos - Sumário Cível5134 Reparação de Danos por acidente de Veículos Cível6782 Repetição de Indébito Cível6297 Rescisão de Contrato Cível6415 Rescisão de Contrato com Reintegração de Posse Cível5152 Rescisória Cível7061 Restabelecimento da Sociedade Conjugal Cível7088 Restabelecimento de Venc. por Gratif. de Produt. Fiscal Cível6836 Restauração de Assento de Certidão de Nascimento Cível5153 Restauração de Autos Cível6278 Restauração de bens Cível7085 Restauração de Registro Público Cível6765 Restituição de Indébito Cível6774 Restituição de Valores Desembolsados Cível5154 Retificação de Área Cível6865 Retificação de Cadastro Cível5155 Retificação de Cancelamento e Anulação de Registro Civil Cível7067 Retificação de Partilha Cível5156 Retificação de Protesto Cível5157 Retificação de Registro Civil Cível5158 Retificação de Registro de Casamento Nuncupativo Cível5159 Retificação no Registro Imobiliário Cível

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5119 Retificação de Registro Público Cível6776 Revisão de Pensão Previdenciária Cível6766 Revisional Cível5160 Revisional de Alimentos Cível5161 Revisional de Aluguel Cível6787 Revisional de Contrato Cível5162 Revocatória Cível5163 Revogação de Mandato Cível6276 Revogação de Procuração Cível5165 Separação Consensual Cível5167 Separação Litigiosa Cível5164 Separação de Corpos Cível5169 Sindicância Cível6269 Sobrepartilha Cível5170 Sonegados Cível5171 Sub-rogação de Vínculo Cível6273 Substituição de Curador Cível6828 Sucessão Provisória (art. 1.165 do CPC) Cível5173 Suprimento de Idade Cível5218 Suprimento de Idade e de Consentimento para Casar Cível6267 Testamento Cível6834 Tradução de Documentos Estrangeiros Cível5176 Transcrição de Registro Civil Cível6478 Transcrição de Registro Nascimento e Casamento Cível5178 Unificação de Imóveis para Fusão de Registros Cível5179 Usucapião Cível7081 Usucapião de Coisa Móvel Cível6263 Usucapião de Terras Particulares Cível6265 Usucapião Especial Cível6261 Venda de Coisa Comum Cível5180 Verificação de Contas Cível6259 Vistoria Cível6730 Vistoria em Fazenda Avariada Cível6803 Vizinhança Cível6850 A Apurar Cível/Crime6720 Ação Cautelar Inominada Cível/Crime5001 Ação Civil Pública Cível/Crime6768 Alienação de Bem Apreendido Cível/Crime5211 Busca e Apreensão de Menores Cível/Crime5507 Carta de Ordem Cível/Crime5127 Carta Precatória Cível/Crime5026 Cautelar de Busca e Apreensão Cível/Crime5093 Cautelar de Interpelação Cível/Crime5135 Cautelar de Produção Antecipada de Provas Cível/Crime5168 Cautelar de Seqüestro Cível/Crime6324 Cobrança de Honorários Cível/Crime5046 Curatela dos Interditos Cível/Crime

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6351 Destituição ou Suspensão do Pátrio Poder Cível/Crime5068 Emancipação Cível/Crime6359 Exame Insanidade Cível/Crime6419 Execução Provisória Cível/Crime5084 Guarda de Menor Cível/Crime6373 Hábeas Data Cível/Crime6660 Habilitação para Adoção Cível/Crime6375 Homologação de Acordo Cível/Crime6390 Liquidação de Sentença Cível/Crime5102 Mandado de Segurança Cível/Crime5214 Modificação ou Revogação de Guarda Cível/Crime6785 Pedido de Guarda e Responsabilidade Cível/Crime7060 Pedido de Homologação Especial Cível/Crime6760 Pedido de Providências Cível/Crime6825 Pedido de Restituição de Bens Imóveis Cível/Crime6824 Pedido de Restituição de Bens Móveis Cível/Crime5129 Prestação de Contas Cível/Crime6863 Processo Administrativo Disciplinar Cível/Crime6763 Regularização de Guarda e Visita Cível/Crime6674 Representação (Maior) Cível/Crime5172 Suprimento de Consentimento Cível/Crime5177 Tutela Cível/Crime6970 Abandono de função (323) Crime6858 Abandono de Incapaz Crime6971 Abandono função (Prejuízo Público-323, § 1º CP) Crime6924 Abandono intelectual de filho (246) Crime6925 Abandono moral de menor (247) Crime6376 Abandono Material Crime6610 Abate Clandestino de Animais Crime6217 Aborto (arts. 124 a 128, CP) Crime6218 Abuso de Autoridade (L. 4.898/65) Crime7015 Abuso na prática da aviação (Lei 3.688/41, A. 35) Crime5003 Ação Penal Falimentar Crime7084 Ação Penal Militar Crime6281 Adoção Internacional Crime6282 Adoção Nacional Crime6611 Adulteração de Chassi Crime6922 Adultério (240, caput) Crime6968 Advocacia administrativa (321, caput) Crime6969 Advocacia administrativa qualificada (321, parágrafo único) Crime7049 Afastar-se condutor do local acidente (Lei 9.503/97, A. 305) Crime6612 Agiotagem Crime6286 Agressão Crime6896 Alteração de local especialmente protegido (166) Crime6657 Alvará Crime6289 Ameaça Crime7001 Anúncio de meio abortivo (Lei 3.688/41, A. 20) Crime

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6952 Apologia de crime ou criminoso (287) Crime6898 Apropriação de coisa achada (169, parágrafo único, II) Crime6897 Apropriação de tesouro (169, parágrafo único, I) Crime6027 Apropriação Indébita (art. 168 e 169, CP) Crime6595 Apuração de Ato Infracional Crime6688 Apuração de Crimes em espécie (ECA) Crime6687 Apuração de Infração administrativa Crime6685 Apuração de Irregularidade em entidade de atendimento Crime6304 Argüição de Falsidade Crime

6940Arremesso de projétil, qualific. resultado lesão corporal (264,parágrafo único, 1ª P)

Crime

6939 Arremesso de projétil (264, caput) Crime7017 Arremesso ou colocação perigosa (Lei 3.688/41, A. 37) Crime6305 Arrombamento Crime6442 Art. 232 do ECA Crime6423 Art. 238 do ECA Crime6607 Art. 37, III da C.F. Crime6609 Art. 37, IX da C.F. Crime6613 Arts. 20 a 22 da Lei 5.250/67 Crime6615 Assédio Sexual Crime7019 Associação Secreta (Lei 3.688/41, A. 39) Crime6937 Atentado a segurança de outro meio de transporte (262, caput) Crime6907 Atentado contra a liberdade de associação (199) Crime6905 Atentado contra a liberdade de trabalho (197, I e II) Crime6938 Atentado Contra Segurança de Outro Meio Transporte (262, § 2º) Crime6906 Atentado Liberdade Contr. Trabalho Boicotagem Violenta (198) Crime6936 Atentado Segurança Transporte Marítimo/Fluvial/Aéreo (261, § 3º) Crime6016 Atentado Violento ao Pudor (art. 214, CP) Crime6616 Ato Libidinoso Diverso da Conjunção Carnal Crime6917 Ato obsceno (233) Crime6656 Auto de Infração Administrativa Crime6982 Auto-acusação falsa (341) Crime6308 Autorização de Viagem Crime6367 Autorização para Aborto Crime6655 Autorização para Matrícula Crime6851 Averiguação de Causa Mortis Crime7078 Averiguação de Estupro Crime6852 Averiguação de Incêndio Crime6853 Averiguação de Responsabilidade Crime6857 Averiguação de Suicídio Crime7043 Bebidas Alcoólicas (Lei 3.688/41, A. 63) Crime6315 Calúnia Crime6654 Carta de Guia Crime7086 Casa de Prostituição Crime6307 Cautelar de Atentado Crime7072 Cautelar Satisfativa de Afastamento do Agressor do Lar Crime6957 Certidão e Atestado ideologicamente falso (301, caput) Crime

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6322 Coação Crime6619 Coação no Curso do Processo (art. 344 do CP) Crime6658 Comunicação de Flagrante Crime6981 Comunicação falsa de crime ou contravenção (340) Crime6620 Concorrência Desleal Crime6604 Concussão (Art. 316 CP) Crime6967 Condescendência criminosa (320) Crime6849 Conduta e Atividades Lesivas ao Meio Ambiente (Lei 9.605/98) Crime

7051Confiar a direção de veículo a Pessoa sem habilitação (Lei 9.503/97,A. 310)

Crime

6920 Conhecimento prévio de impedimento matrimonial (237) Crime6882 Constrangimento ilegal qualificado (146, § 1º) Crime6622 Constrangimento Ilegal Crime6996 Contratação de operação de crédito (359-A, e parágrafo único) Crime6888 Correspondência Comercial (152) Crime

7050Corrida, Competição Automobilística sem autorização (Lei 9.503/97,A. 308)

Crime

6947 Corrup, adult/falsific subst aliment/medic, culp. (272, § 2º) Crime6625 Corrupção Ativa Crime6626 Corrupção de Menores Crime6946 Corrupção ou poluição água potável, culposo (271, parágrafo único) Crime6965 Corrupção Passiva Privilegiada (317, § 2º) Crime6331 Corrupção Passiva Crime6629 Corrupção, Adulteração ou falsificação de remédios Crime6860 Crime contra o Consumidor Crime6205 Crime contra a Administração da Justiça (arts. 338 a 359, CP) Crime6206 Crime Contra a administração em Geral (arts. 312 a 337, CP) Crime6829 Crime Contra a Administração Pública Crime6207 Crime Contra a Economia Popular (L. 1521/51) Crime6208 Crime Contra a Família (arts. 235 a 249, CP) Crime6209 Crime Contra a Fé Pública (arts. 289 a 311, CP) Crime6007 Crime Contra a Honra (arts. 138 a 140, CP) Crime6210 Crime Contra a Incolumidade Pública (arts. 250 a 280, CP) Crime6211 Crime Contra a Liberdade Individual (arts. 146 a 147 e 149, CP) Crime6847 Crime Contra a Ordem Econômica (Lei 8.176/91) Crime6212 Crime Contra a Ordem Tributária (L. 8.137/90) Crime6213 Crime Contra a Organização do Trabalho (arts. 197 a 207, CP) Crime6214 Crime Contra a Paz Pública (arts. 286 a 288, CP) Crime6215 Crime Contra a Propriedade Imaterial (arts. 184 a 186, CP) Crime6216 Crime Contra as Relações de Consumo (L. 8.078/90) Crime6332 Crime Contra o Patrimônio Crime6356 Crime de Charlatanismo Crime6627 Crime de Dano ao Patrimônio Público Crime6630 Crime de Delito previsto na Lei 8.666/93 Crime6632 Crime de Desaparecimento de Pessoa Crime6637 Crime de Divulgação de Segredo Crime6641 Crime de Erro Médico Crime

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6642 Crime de Favorecimento a Prostituição Crime6228 Crime de Imprensa (L. 5.250/67) Crime6644 Crime de Induzimento a Especulação Crime6645 Crime de Invasão de Domicílio Crime6240 Crime de Sonegação Fiscal (L. 4.729/65) Crime6618 Crime Ecológico (Lei 9.605/98) Crime6245 Crime Falimentar (arts. 186 a 190 do D.L. 7.661/45) Crime6647 Crime Lei 5.478/68 - Art. 21 e 22 - (Ação de alimentos) Crime

6018Crime Praticados por Particular contra a Administração em Geral(328-337, CP)

Crime

6334 Crime Responsabilidade de Funcionário Público Crime7053 Crimes Ambientais Crime7059 Crimes contra a criança e adolescentes - ECA Crime6835 Crimes contra os Índios e a Cultura Indígena (Lei 6.001/73) Crime6812 Crimes culposos Crime7044 Crueldade contra animais (Lei 3.688/41, A. 64) Crime6335 Curandeirismo Crime6336 Dano Crime6895 Dano em coisa valor artístico, arqueológico ou histórico (165) Crime6855 Defraudação de Penhor Crime7048 Deixar de prestar socorro a vítima (Lei 9.503/97, A. 304) Crime6798 Denunciação Caluniosa (art. 339 do CP) Crime7009 Desabamento de construção (Lei 3.688/41, A. 29) Crime6933 Desabamento/desmoronamento culposo (256, parágrafo único) Crime6343 Desacato (331) Crime6935 Desastre ferroviário culposo (260, § 2º) Crime

6995Desobediência a decisão judicial sobre perda/suspensão de direito(359)

Crime

6345 Desobediência (330) Crime6346 Desordem Crime6856 Desvio de Bens Crime6352 Difamação Crime6934 Difusão de doença ou praga, culposa (259, parágrafo único) Crime7013 Direção não licenciada de aeronave (Lei 3.688/41, A. 33) Crime7014 Direção perigosa de veículo na via pública (Lei 3. 688/41, A. 34) Crime6202 Direção Perigosa Crime6773 Dirigir Alcoolizado (art. 306 da Lei 9.503/97) Crime6354 Disparo de arma de fogo (Lei 3.688/41, A. 28) Crime7036 Distribuição ou transp. De list. Ou avisos (Lei 3.688/41, ª 56) Crime6862 Duplicata Simulada Crime7042 Embriaguez (Lei 3.688/41, ª 62) Crime7018 Emissão de fumaça de vapor ou gás (Lei 3.688/41, ª 38) Crime6954 Emissão de título portador sem permissão legal (292, caput) Crime6964 Emprego irregular de verbas ou rendas públicas (315) Crime6923 Entrega de filho menor a pessoa inidônea (245, caput) Crime

6945Envenenamento água potável/subst alimento/medic, culposo (270, §2º)

Crime

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6941 Epidemia culposa (267, § 2º, 1º P.) Crime6893 Esbulho possessório (161, § 1º, I) Crime6918 Escrito ou objeto obsceno (234 e parágrafo único) Crime6013 Estelionato e Outras Fraudes Crime6015 Estupro (art. 213, CP) Crime6992 Evasão mediante violência contra a pessoa (352) Crime6361 Execução penal Crime6659 Execução de Medidas Sócio-educativa Crime6366 Execução Pena de Multa Crime6912 Exercício de atividades com Infração de decisão administrativa (205) Crime6864 Exercício ilegal da medicina, arte dentária ou farmacêutica (282) Crime7028 Exercício Ilegal Com Coisas Antigas Obras Arte (Lei 3.688/41, ª 48) Crime6983 Exercício arbitrário das próprias razões (345) Crime6989 Exercício arbitrário ou abuso de poder (350 e parágrafo único) Crime6972 Exercício Funcional Ilegalmente Antecipado ou Prolongado (324) Crime7027 Exercício ilegal de profissão ou atividade (Lei 3.6888/41, ª 47) Crime7034 Exibição ou guarda de lista de sorteio (Lei 3.688/41, ª 54) Crime6929 Explosão culposa (251, § 3º) Crime6878 Exposição ou abandono de recém-nascido (134, caput) Crime6025 Extorsão (art. 158 a 160, CP) Crime6931 Fabr, fornec, aquis., posse/transporte explos/gás/asfix (253) Crime7000 Fabrico, com. Ou det. De armas ou munição (Lei 3.688/41, ª 18) Crime6960 Falsa identidade (307) Crime6959 Falsidade de atestado médico (302) Crime6369 Falsidade Ideológica Crime6958 Falsidade material de atestado ou certidão (301, § 1º) Crime6846 Falsificação de Documento Particular (art. 298 do CP) Crime6797 Falsificação de Documento Público (art. 297 do CP) Crime7077 Falsificação de Selo ou Sinal Público (art. 296 do CP) Crime7021 Falso alarma (Lei 3.688/41, ª 41) Crime6772 Falso Testemunho (art. 342 do CP) Crime7012 Falta de habilidade para dirigir veículo (Lei 3.688/41, ª 32) Crime

6223Falta de habilitação para dirigir veículo automotor (art. 309, L.9.503/97)

Crime

6986 Favorecimento Pessoal (348, caput) Crime6987 Favorecimento Pessoal privilegiado (348, § 1º) Crime6988 Favorecimento real (349) Crime6902 Fraude à execução (179) Crime6900 Fraude em refeição, alojamento e transporte (176, caput) Crime6901 Fraude na fundação ou adm. De soc. Por ações (177, § 2º) Crime6899 Fraude no comércio (175, caput) Crime6985 Fraude processual (347, caput) Crime6854 Fraudes e Abusos por Sociedade Crime6910 Frustração de direito assegurado por lei trabalhista (203) Crime6911 Frustração de lei sobre a nacionalização do trabalho (204) Crime6371 Fuga Crime6991 Fuga pessoa presa/submet. áb. Segur - culposo (351, § 4º) Crime

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6990 Fuga pessoa presa/submet. Med de segur (351, caput) Crime6224 Furto Crime6890 Furto de coisa comum (156) Crime6984 Furto, supressão/dano coisa própria em poder de terceiro (346) Crime7087 Guia de Execução de Pena Alternativa Crime6372 Guia de Recolhimento Crime6029 Hábeas Corpus Crime7058 Homicídio Culposo (art. 302 do CT Lei 9.503/97) Crime7057 Homicídio Culposo (art. 121, § 3º do CP Lei 9.503/97) Crime6001 Homicídio Doloso (art. 121, CP) Crime7024 Imitação de moeda para propaganda (Lei 3.688/41, ª 44) Crime

6916Impedimento ou perturbação de cerimônia funerária (209, parágrafoúnico)

Crime

6915 Impedimento ou perturbação de cerimônia funerária (209, caput) Crime

6979Impedimento, perturbação ou fraude de concorrência (335 eparágrafo único)

Crime

6886 Impedimento Comunicação ou Conversação (151, § 1º, III) Crime7041 Importunação ofensiva ao pudor (Lei 3.688/41, ª 61) Crime7035 Impressão de bilhetes, lista ou anúncios (Lei 3.688/41, ª 55) Crime6928 Incêndio culposo (250, § 2º) Crime6761 Incidentes Criminais Crime6951 Incitação ao Crime (286) Crime6921 Inscr de desp não empenhadas restos a pagar (239-B) Crime7004 Indevida custódia de doente mental (Lei 3.688/41, ª 23) Crime6926 Induzinto Fuga, Entrega Arbitr. Ou Sonegação Incapazes (248) Crime6919 Induzimento Erro Essencial e Ocult Imped Matrimonial (236) Crime6229 Induzimento, Instigação ou Auxílio ao Suicídio (art. 122, CP) Crime6230 Infanticídio (art. 123, CP) Crime6942 Infração de medida sanitária prevent, qualific. (268, parágrafo único) Crime6943 Infração de medida sanitária preventiva (268, caput) Crime6382 Injúria Crime6881 Injúria qualificada (140, § 2º) Crime6887 Instal ou utiliz estação de aparelho radioel (151, § 1º, IV) Crime7005 Instr. De empr. Usual na prática de furto (Lei 3.688/41, ª 24) Crime

7003Internação irregular em estabelecimento psiquiátrico (Lei 3.688/41,ª22)

Crime

6894 Introd.ou abandono de animais em propriedade alheia (164) Crime6932 Inundação culposa (254, 2ª parte) Crime6980 Inutilização de edital ou de sinal (336) Crime7030 Jogo de azar (Lei 3.688/41, ª 50) Crime7038 Jogo do bicho (Lei 3.688/41, ª 58) Crime6026 Latrocínio (art. 157, § 3º, CP) Crime6875 Lesão corporal leve (129, caput) Crime6005 Lesão Corporal Culposa (art. 129, § 6º, CP) Crime7069 Lesão Corporal Culposa (art. 303, caput, CTB) Crime6004 Lesão Corporal Dolosa (art. 129, CP) Crime6389 Lesão Corporal Seguida de Morte Crime

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6391 Locupletamento Crime7033 Loteria estadual (Lei 3.688/41, ª 53) Crime7032 Loteria estrangeira (Lei 3.688/41, ª 52) Crime7031 Loteria não autorizada (Lei 3.688/41, ª 51) Crime6663 Mandado de Busca e Apreensão Crime7029 Matrícula ou escritura de indústria e prof. (Lei 3.688/41, ª 49) Crime6999 Maus-tratos (136, caput) Crime6949 Medicam desacordo com receita méd - culposo (280, par. único) Crime6686 Medida contra os pais ou responsáveis Crime6661 Medidas de Proteção Crime7040 Mendicância (Lei 3.688/41, ª 60) Crime6963 Modificação/alteração não autorizada sist de inform. (313-B, caput) Crime6953 Moeda falsa (289, § 2º) Crime6993 Motim de presos (354) Crime6998 Não cancelamento de restos a pagar (359-F) Crime7011 Omissão de caut. Na guarda ou cond. De animais (Lei 3.688/41, ª 31) Crime7046 Omissão de comunicação de crime (Lei 3.688/41, ª 66) Crime6944 Omissão de notificação de doença (269) Crime6879 Omissão de socorro - qualific. pelo result. (135, parágrafo único) Crime6628 Omissão de socorro Crime

6948Outras substâncias nocivas à saúde Pública - culposo (278, parágrafoúnico)

Crime

6908 Paralisação de trabalho, seguida viol ou perturb ordem (200, caput) Crime6909 Paralisação de trabalho de interesse coletivo (201) Crime6310 Peculato Crime6962 Peculato culposo (312, § 2º) Crime6671 Pedido de Escuta Telefônica Crime6251 Pedido de Explicações Crime6769 Pedido de Homologação de acordo que precede a remissão Crime6665 Pedido de Homologação de Arquivamento Crime6664 Pedido de Homologação de Remissão Crime6668 Pedido de Internação Crime6669 Pedido de Prisão Preventiva Crime6670 Pedido de Prisão Temporária Crime6672 Pedido de Quebra de Sigilo Bancário Crime6667 Pedido de Registro de Nascimento Crime6673 Pedido de Resposta Crime6234 Periclitação da Vida e da Saúde (arts. 130 a 136, CP) Crime6876 Perigo de contágio venéreo (130, caput) Crime7010 Perigo de desabamento (Lei 3.688/41, ª 30) Crime6877 Perigo para a vida ou a saúde outrem (132) Crime6631 Perturbação da tranqüilidade (Lei 3.688/41, ª 65) Crime7022 Perturbação do trabalho ou sossego alheio (Lei 3.688/41, ª 42) Crime7047 Porte de drogas Ilícitas Crime6021 Porte Ilegal de Arma (art. 10 da Lei 9.437/97) Crime7006 Posse não just inst empr usual prát furto (Lei 3.688/41, ª 25) Crime6997 Prestação de garantia graciosa (359-E) Crime

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6311 Prevaricação (319) Crime6684 Proteção dos interesses individuais, difusos e coletivos Crime7020 Provocar tumulto. Conduta inconveniente (Lei 3.688/41, A 40) Crime7037 Publicidade de sorteio (Lei 3.688/41, ª 57) Crime

6028Quadrilha ou Bando e outro crime c/a paz pública (arts. 268 a 288,CP)

Crime

6252 Queixa Crime Crime7089 Disc./Preconceito Raça, Cor, etc. (Lei 7.716/89) Crime6633 Rapto Consensual Crime6634 Rapto Violento Crime6955 Receb/utiliz, como dinheiro, tít ao port emit (292, parágrafo único) Crime6291 Receptação Culposa Crime6292 Receptação Dolosa Crime7023 Recusa de moeda de curso legal (Lei 3.688/41, A. 43) Crime6474 Representação Contra Menores Crime6675 Representação por Infração Administrativa Crime6976 Resistência (329, caput) Crime6793 Resistência (art. 329 do CP) Crime7070 Restituição de Coisa Apreendida Crime6636 Resultante de Preconceito de Raça e de Cor (L. 9.459/97) Crime6008 Rixa (art. 137, CP) Crime6880 Rixa qualificada (137, parágrafo único) Crime6011 Roubo (art. 157, CP) Crime6237 Roubo e Extorsão (arts. 157 a 160, CP) Crime6839 Rufianismo - Coibir a exploração da Prostituição (A. 230 CP) Crime6238 Sedução (art. 217, CP) Crime6640 Sedução de Menor Crime6239 Seqüestro e Cárcere Privado (art. 148, CP) Crime6643 Simulação de qualidade de funcionário (Lei 3.688/41, A. 45) Crime7016 Sinais de perigo (Lei 3.688/41, A. 36) Crime7090 Sonegação Papel/Objeto Valor Probatório (art.356 CP) Crime6884 Sonegação ou destruição de correspondência (151, § 1º, I) Crime6927 Subtração de incapazes (249, caput) Crime6648 Supressão de Documentos Crime5174 Suspensão e Extinção do Pátrio Poder Crime6328 Tentativa de Estupro Crime6321 Tentativa de Furto Crime6268 Tentativa de Homicídio Crime6833 Tentativa de Invasão de Domicílio Crime6319 Tentativa de Roubo Crime6843 Termo Circunstanciado de Ocorrência Crime6241 Tortura (L. 9.455/97) Crime

7052Trafegar velocidade incompatível com segurança (Lei 9.503/97, A.311)

Crime

6019 Tráfico de Entorpecentes (art. 12 da Lei 6.368/76) Crime

6914Ultraje a Culto, Impedimento ou Perturbação Ato (208, parágrafoúnico)

Crime

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6913 Ultraje a Culto, Impedimento ou Perturbação Ato (208, caput) Crime6821 Ultraje Público ao Pudor (art. 233 a 234 do CP) Crime6930 Uso culposo de gás tóxico ou asfixiante (252, parágrafo único) Crime6961 Uso de documento de identidade alheia (308) Crime6266 Uso Documento falso Crime7026 Uso ilegítimo de uniforme ou distintivo (Lei 3.688/41, A. 46) Crime6859 Uso Indevido de Documentos Crime7055 Uso Indevido de Entorpecentes (art. 15 da Lei 6.368/76) Crime6020 Uso Indevido de Entorpecentes (art. 16 da Lei 6.368/76) Crime7056 Uso Indevido de Entorpecentes (art. 17 da Lei 6.368/76) Crime6956 Uso/restit à circul papéis públ falsif-privilég (293, § 4º) Crime6891 Usurpação - alteração de limite (161, caput) Crime6892 Usurpação de águas (161, § 1º, I) Crime6975 Usurpação de função pública (328, caput) Crime6904 Usurpação de nome ou pseudônimo alheio (185) Crime6012 Usurpação Esbulho Possessório e de Dano (arts. 161 a 166, CP) Crime7039 Vadiagem (Lei 3.688/41, A.59) Crime6649 Venda de Arma a Menor Crime6650 Venda de Arma e Munição a Menor Crime6651 Venda de Bebida alcoólica a Menor Crime6652 Venda de Munição a Menor Crime

6794Venda, Exposição, Depos. Entreg. Cons.Prod.Condições (A. 274/275CP)

Crime

7002 Vias de fato (Lei 3.688/41, A. 21) Crime6885 Violação comunic Teleg, radioelet ou telef. (151, § 1º, II) Crime6653 Violação de Correspondência Crime6903 Violação de direito autoral (184, caput) Crime6883 Violação de domicílio qualificado (150, § 1º) Crime7007 Violação de lugar ou objeto (Lei 3. 688/41, A. 26) Crime6973 Violação de sigilo funcional (325 e parágrafo único) Crime6889 Violação de segredo profissional (154) Crime7080 Violação de Sepultura (art. 210 do CP) Crime6974 Violação do sigilo de propostas de concorrência (326) Crime6994 Violência ou fraude em arrecadação judicial (358) Crime

RELAÇÃO DOS INCIDENTES PROCESSUAIS EXISTENTES NOSISTEMA DE AUTOMAÇÃO DO JUDICIÁRIO SAJ/PG

Código Descrição Área6874 Concurso de Credores Cível6796 Execução Provisória de Sentença Cível7066 Habilitação de Crédito Cível5523 Habilitação de Crédito na Falência ou Concordata Cível6374 Habilitação em Inventário Cível5525 Impugnação ao Pedido de Assistência Judiciária Cível5526 Impugnação ao Valor da Causa Cível5527 Impugnação de Crédito Cível

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5544 Inquérito Judicial Falimentar Cível5530 Levantamento de Interdição Cível6837 Pedido de Assistência (art. 50 CPC) Cível7068 Precatório de Requisição de Pagamento Cível7063 Proposta de Locação de Bem Integrante da Massa Falida Cível5539 Remoção de Inventariante Cível5516 Exceções (Incompetência/Suspeição/Impedimento) Cível/Crime5528 Incidente Falsidade Cível/Crime5536 Restituição de Coisa Apreendida Cível/Crime6691 Cautelar de Alienação de Bens Crime6693 Pedido de Busca e Apreensão Crime6870 Pedido de Cautela Crime6695 Pedido de Comutação de Pena Crime6697 Pedido de Exame de Insanidade Mental Crime6696 Pedido de Exame Dependência Toxicológica Crime6314 Pedido de Fiança Crime6698 Pedido de Indulto Crime6699 Pedido de Liberação de Veículo Crime6700 Pedido de Liberdade Provisória (com ou sem fiança) Crime6703 Pedido de Livramento Condicional Crime6873 Pedido de Prisão Preventiva Crime6871 Pedido de Prisão Temporária Crime6704 Pedido de Progressão ao Regime Crime6872 Pedido de Providências Crime6705 Pedido de Relaxamento de Prisão Crime6820 Pedido de Revogação de Prisão Preventiva Crime

RELAÇÃO DOS RECURSOS EXISTENTES NO SISTEMA DEAUTOMAÇÃO DO JUDICIÁRIO SAJ/PG

Código Descrição Área6866 Apelação Cível Cível6792 Agravo Cível/Crime6868 Embargos de Declaração Cível/Crime6867 Recurso em Matéria Criminal (ação penal privada) Crime6869 Recurso em Matéria Criminal (ação pública) Crime7083 Recurso em Sentido Estrito Crime

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ANEXO IIIRELAÇÕES DE CLASSES POR ORDEM NUMÉRICA

RELAÇÃO DAS CLASSES EXISTENTES NO SISTEMA DEAUTOMAÇÃO DO JUDICIÁRIO SAJ/PG

Código Descrição Área5001 Ação Civil Pública Cível/Crime5002 Ação Monitória Cível5003 Ação Penal Falimentar Crime5004 Ação Popular Cível5005 Adjudicação Compulsória Cível5006 Alienação, Arrendamento ou Oneração de Bens de Menores Cível5007 Alienação Locação e Administração da Coisa Comum Cível5008 Alienação Judicial Cível5009 Cautelar de Alimentos Provisionais Cível5012 Alimentos Cível5013 Alvará Judicial Cível5014 Anulatória de Título Cível5015 Apuração de Remanescente Cível5016 Arbitramento de Aluguel Cível5018 Cautelar de Arresto Cível5019 Arrolamento Cível5021 Autofalência Cível5022 Averbação no Registro Civil Cível5023 Averbação de Registro de Imóveis Cível5024 Averbação de Rua Cível5025 Averbação em Matrícula Cível5026 Cautelar de Busca e Apreensão Cível/Crime5027 Busca e Apreensão - Alienação Fiduciária Cível5029 Cancelamento de Averbação Cível5030 Cancelamento de Cláusula Cível5031 Cancelamento de Hipoteca ou Anticrese Cível5032 Cancelamento de Protesto Cível5033 Cancelamento de Usufruto Cível5034 Cancelamento de Registro Civil Cível5035 Cautelar de Caução Cível5036 Cobrança - Sumário Cível5037 Codicilo Cível5038 Cominatória Cível5039 Concordata Preventiva Cível5040 Concordata Suspensiva Cível5041 Abertura de Testamento Particular Cível5043 Consignação de Aluguel e Acessórios de Locação Cível5044 Contra-notificação Cível5045 Conversão de Separação em Divórcio Cível5046 Curatela dos Interditos Cível/Crime

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5047 Declaratória de Ausência Cível5048 Declaração de Insolvência Civil Cível5049 Declaratória Cível5050 Ação de Depósito Cível5051 Desapropriação Cível5052 Despejo - para uso de ascendente ou descendente Cível5053 Despejo por Falta de Pagamento Cível5055 Dispensa de Registro Especial Cível5057 Dissolução e Liquidação de Sociedades Cível5058 Divisão Cível5059 Divisão Cumulada com Demarcação Cível5060 Divórcio Consensual Cível5061 Divórcio Litigioso Cível5062 Procedimento de Dúvida de Cartório de Notas e Protestos Cível5063 Procedimento de Dúvida de Registro Civil Pessoas Naturais Cível5064 Procedimento de Dúvida de Registro de Imóveis Cível5065 Procedimento de Dúvida de Registro de Títulos e Documentos Cível5068 Emancipação Cível/Crime5073 Execução de Obrigação de Fazer Cível5075 Execução de Título Executivo Extrajudicial Cível5077 Execução Hipotecária Cível5078 Cautelar de Exibição Judicial Cível5079 Exoneração de Alimentos Cível5080 Extinção de Bem de Família Cível5081 Extinção de Condomínio Cível5082 Extinção de Fideicomisso Cível5083 Falência Cível5084 Guarda de Menor Cível/Crime5087 Cautelar de Homologação de Penhor Legal Cível5088 Imissão de Posse Cível5089 Impugnação a Inscrição de Loteamento Cível5090 Indenização Cível5091 Interdição Cível5092 Interdito Proibitório Cível5093 Cautelar de Interpelação Cível/Crime5094 Inventário Cível5095 Investigação de Paternidade Cível5097 Investigação de Paternidade cumulada com Alimentos Cível5098 Cautelar de Justificação Cível5099 Justificação Cível5100 Levantamento de Depósito Cível5101 Liquidação Extrajudicial Cível5102 Mandado de Segurança Cível/Crime5103 Manutenção de Posse Cível5106 Modificação de Cláusulas Cível5108 Negatória de Filiação Cível5109 Cautelar de Notificação Cível

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5110 Nulidade de Doação Cível5111 Nulidade Cível5112 Nulidade de Partilha Cível5113 Nulidade e anulação de Reconhecimento de Filho Cível5114 Nulidade de Testamento Cível5115 Nunciação de Obra Nova Cível5116 Oposição Cível5118 Cancelamento de Registro Público Cível5119 Retificação de Registro Público Cível5120 Outorga Judicial de Consentimento Cível5122 Partilha Cível5123 Pedido de Abertura, Reg e Cumprimento de Testamento Cível5125 Pedido de Registro Tardio e Registro de Indígena Cível5126 Possessórias Cível5127 Carta Precatória Cível/Crime5129 Prestação de Contas Cível/Crime5130 Procedimento Disciplinar Administrativo Cível5131 Procedimento Disciplinar (Reg. Civil, Tab. Notas) Cível5132 Procedimento Disciplinar (Imóv., Tít. E Doc., Protestos) Cível5134 Reparação de Danos por acidente de Veículos Cível5135 Cautelar de Produção Antecipada de Provas Cível/Crime5136 Cautelar de Protesto Cível5137 Cautelar de Protesto e Apreensão de Títulos Cível5138 Protesto Interruptivo de Prescrição Cível5139 Providências Administrativas (Imóv., Tít. E Doc., Protestos) Cível5140 Providências Administrativas (Reg. Civil, Tab. Notas) Cível5143 Reconhecimento de Paternidade Cível5144 Reconhecimento de Sociedade de Fato Cível5146 Redibitória Cível5147 Regulamentação de Visitas Cível5148 Regularização de Loteamento Cível5149 Reintegração de Posse Cível5150 Reivindicatória Cível5151 Renovatória de Contrato de Locação Cível5152 Rescisória Cível5153 Restauração de Autos Cível5154 Retificação de Área Cível5155 Retificação de Cancelamento e Anulação de Registro Civil Cível5156 Retificação de Protesto Cível5157 Retificação de Registro Civil Cível5158 Retificação de Registro de Casamento Nuncupativo Cível5159 Retificação no Registro Imobiliário Cível5160 Revisional de Alimentos Cível5161 Revisional de Aluguel Cível5162 Revocatória Cível5163 Revogação de Mandato Cível5164 Separação de Corpos Cível

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5165 Separação Consensual Cível5166 Dissolução de Sociedade de Fato Cível5167 Separação Litigiosa Cível5168 Cautelar de Seqüestro Cível/Crime5169 Sindicância Cível5170 Sonegados Cível5171 Sub-rogação de Vínculo Cível5172 Suprimento de Consentimento Cível/Crime5173 Suprimento de Idade Cível5174 Suspensão e Extinção do Pátrio Poder Crime5175 Cautelar de Sustação de Protesto Cível5176 Transcrição de Registro Civil Cível5177 Tutela Cível/Crime5178 Unificação de Imóveis para Fusão de Registros Cível5179 Usucapião Cível5180 Verificação de Contas Cível5181 Embargos de Terceiro Cível5201 Concordata Cível5206 Cobrança de Condomínio Cível5207 Abertura, Registro e Cumprimento de Testamento Cível5208 Alienação, Arrendamento e Oneração de Bens Dotais Cível5209 Arrecadação de Bens de Ausentes e Herança Jacente Cível5210 Cautelar de Arrolamento de Bens Cível5211 Busca e Apreensão de Menores Cível/Crime5213 Execução de Prestação Alimentícia Cível5214 Modificação ou Revogação de Guarda Cível/Crime5215 Reconhecimento e Dissolução de Sociedade de Fato Cível5218 Suprimento de Idade e de Consentimento para Casar Cível5220 Cancelamento e Retificação de Registro Público Cível5221 Dúvida de Protestos Cível5222 Dúvida Inversa de Protestos Cível5223 Dúvida Inversa de Títulos e Documentos Cível5226 Registro Torrens Cível5227 Consignação em Pagamento Cível5228 Desapropriação e Indenização p/ Aposs. Adm. Cível5230 Execução Fiscal Municipal Cível5231 Ação Civil Pública Acidentária Cível5232 Acidente de Trabalho Cível5233 Condenação em Dinheiro Cível5234 Condenação ao Cumprimento Obrigação de Fazer ou Não Fazer Cível5235 Condenação à Entrega de Coisa Certa ou Incerta Cível5236 Declaração de Nulidade de Contrato Cível5237 Desconstituição de Contrato Cível5239 Reparação de Danos - Ordinário Cível5241 Execuções de Decisões do Juizado Informal de Conciliação Cível5242 Investigação de Paternidade (negatórias) Cível5507 Carta de Ordem Cível/Crime

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5514 Embargos à Execução Cível5518 Execução de alimentos Provisórios Cível6001 Homicídio Doloso (art. 121, CP) Crime6004 Lesão Corporal Dolosa (art. 129, CP) Crime6005 Lesão Corporal Culposa (art. 129, § 6º, CP) Crime6007 Crime Contra a Honra (arts. 138 a 140, CP) Crime6008 Rixa (art. 137, CP) Crime6011 Roubo (art. 157, CP) Crime6012 Usurpação Esbulho Possessório e de Dano (arts. 161 a 166, CP) Crime6013 Estelionato e Outras Fraudes Crime6015 Estupro (art. 213, CP) Crime6016 Atentado Violento ao Pudor (art. 214, CP) Crime

6018Crime Praticados por Particular contra a Administração em Geral(328-337, CP)

Crime

6019 Tráfico de Entorpecentes (art. 12 da Lei 6.368/76) Crime6020 Uso Indevido de Entorpecentes (art. 16 da Lei 6.368/76) Crime6021 Porte Ilegal de Arma (art. 10 da Lei 9.437/97) Crime6025 Extorsão (art. 158 a 160, CP) Crime6026 Latrocínio (art. 157, § 3º, CP) Crime6027 Apropriação Indébita (art. 168 e 169, CP) Crime

6028Quadrilha ou Bando e outro crime c/a paz pública (arts. 268 a 288,CP)

Crime

6029 Hábeas Corpus Crime6202 Direção Perigosa Crime6205 Crime contra a Administração da Justiça (arts. 338 a 359, CP) Crime6206 Crime Contra a administração em Geral (arts. 312 a 337, CP) Crime6207 Crime Contra a Economia Popular (L. 1521/51) Crime6208 Crime Contra a Família (arts. 235 a 249, CP) Crime6209 Crime Contra a Fé Pública (arts. 289 a 311, CP) Crime6210 Crime Contra a Incolumidade Pública (arts. 250 a 280, CP) Crime6211 Crime Contra a Liberdade Individual (arts. 146 a 147 e 149, CP) Crime6212 Crime Contra a Ordem Tributária (L. 8.137/90) Crime6213 Crime Contra a Organização do Trabalho (arts. 197 a 207, CP) Crime6214 Crime Contra a Paz Pública (arts. 286 a 288, CP) Crime6215 Crime Contra a Propriedade Imaterial (arts. 184 a 186, CP) Crime6216 Crime Contra as Relações de Consumo (L. 8.078/90) Crime6217 Aborto (arts. 124 a 128, CP) Crime6218 Abuso de Autoridade (L. 4.898/65) Crime

6223Falta de habilitação para dirigir veículo automotor (art. 309, L.9.503/97)

Crime

6224 Furto Crime6228 Crime de Imprensa (L. 5.250/67) Crime6229 Induzimento, Instigação ou Auxílio ao Suicídio (art. 122, CP) Crime6230 Infanticídio (art. 123, CP) Crime6234 Periclitação da Vida e da Saúde (arts. 130 a 136, CP) Crime6237 Roubo e Extorsão (arts. 157 a 160, CP) Crime6238 Sedução (art. 217, CP) Crime

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6239 Seqüestro e Cárcere Privado (art. 148, CP) Crime6240 Crime de Sonegação Fiscal (L. 4.729/65) Crime6241 Tortura (L. 9.455/97) Crime6245 Crime Falimentar (arts. 186 a 190 do D.L. 7.661/45) Crime6251 Pedido de Explicações Crime6252 Queixa Crime Crime6258 Ação Relativa à Fiscalização das Fundações Cível6259 Vistoria Cível6260 Ação de Especialização de Hipoteca Legal Cível6261 Venda de Coisa Comum Cível6263 Usucapião de Terras Particulares Cível6264 Ação de Curatela dos Interditos Cível6265 Usucapião Especial Cível6266 Uso Documento falso Crime6267 Testamento Cível6268 Tentativa de Homicídio Crime6269 Sobrepartilha Cível6270 Ação de Evicção Cível6273 Substituição de Curador Cível6274 Renovatória de Cláusula Contratual Cível6275 Indenização por Acidente de Trânsito Cível6276 Revogação de Procuração Cível6277 Acordo de Alimentos Cível6278 Restauração de bens Cível6281 Adoção Internacional Crime6282 Adoção Nacional Crime6284 Anulação de Registro Civil Cível6286 Agressão Crime6288 Alteração de Cláusula Contratual Cível6289 Ameaça Crime6290 Anulação de Ato Jurídico Cível6291 Receptação Culposa Crime6292 Receptação Dolosa Crime6293 Anulatória de Testamento Cível6294 Reclamação Trabalhista Cível6295 Anulatória de Casamento Cível6296 Anulatória de Partilha Cível6297 Rescisão de Contrato Cível6298 Anulação de Adjudicação Cível6300 Anulação de Obrigação em Geral Cível6301 Provisão Cível6302 Arbitramento de Honorários Cível6303 Cautelar de Protesto Contra Alienação de Bens Cível6304 Argüição de Falsidade Crime6305 Arrombamento Crime6307 Cautelar de Atentado Crime6308 Autorização de Viagem Crime

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6309 Busca e Apreensão com Reserva de Domínio Cível6310 Peculato Crime6311 Prevaricação (319) Crime6312 Busca e Apreensão de Títulos Cível6315 Calúnia Crime6319 Tentativa de Roubo Crime6320 Cautelar de Posse em Nome de Nascituro Cível6321 Tentativa de Furto Crime6322 Coação Crime6323 Cobrança de Comissão Cível6324 Cobrança de Honorários Cível/Crime6328 Tentativa de Estupro Crime6329 Obrigação de Não Fazer Cível6330 Conversão de Separação Consensual em Divórcio Consensual Cível6331 Corrupção Passiva Crime6332 Crime Contra o Patrimônio Crime6334 Crime Responsabilidade de Funcionário Público Crime6335 Curandeirismo Crime6336 Dano Crime6337 Declaratória de Nulidade de Ato Jurídico Cível6338 Declaratória de Inexistência de Obrigação Cível6339 Demarcação Cível6340 Demolitória Cível6341 Execução de Obrigação de Não Fazer Cível6342 Anulação de Auto de Infração de Trânsito Cível6343 Desacato (331) Crime6344 Anulatória Cível6345 Desobediência (330) Crime6346 Desordem Crime6347 Despejo Cível6348 Despejo para uso Próprio Cível6349 Destituição de Curador Cível6350 Destituição de Inventariante Cível6351 Destituição ou Suspensão do Pátrio Poder Cível/Crime6352 Difamação Crime6353 Contra Interpelação Cível6354 Disparo de arma de fogo (Lei 3.688/41, A. 28) Crime6355 Contra Protesto Cível6356 Crime de Charlatanismo Crime6357 Embargos de Devedor Cível6358 Embargos a Arrematação Cível6359 Exame Insanidade Cível/Crime6361 Execução penal Crime6362 Execução de Honorários Cível6363 Execução Entrega Coisa Certa Cível6364 Execução Entrega Coisa Incerta Cível6366 Execução Pena de Multa Crime

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6367 Autorização para Aborto Crime6368 Autorização para Intervenção Cirúrgica Cível6369 Falsidade Ideológica Crime6371 Fuga Crime6372 Guia de Recolhimento Crime6373 Hábeas Data Cível/Crime6375 Homologação de Acordo Cível/Crime6376 Abandono Material Crime6378 Cobrança - Ordinário Cível6380 Indenização por Danos Morais Cível6382 Injúria Crime6383 Insolvência Cível6384 Inventário Negativo Cível6389 Lesão Corporal Seguida de Morte Crime6390 Liquidação de Sentença Cível/Crime6391 Locupletamento Crime6392 Nulidade de Ato Jurídico Cível6393 Nulidade de Cláusula Contratual Cível6394 Nulidade de Casamento Cível6395 Nulidade de adjudicação Cível6396 Nulidade Constituição de Usufruto Cível6397 Obrigação de Entregar Cível6398 Obrigação de Fazer Cível6409 Declaratória (extinção de obrigação - inexigibilidade) Cível6410 Embargos à Adjudicação Cível6411 Guarda de Incapaz e Interditos Cível6413 Procedimento Especial de Menor Cível6415 Rescisão de Contrato com Reintegração de Posse Cível6416 Execução Por Quantia Certa Contra Devedor Solvente Cível6417 Execução Por Quantia Certa Contra Devedor Insolvente Cível6418 Execução Contra Fazenda Pública Cível6419 Execução Provisória Cível/Crime6423 Art. 238 do ECA Crime6442 Art. 232 do ECA Crime6462 Pedido de Restituição de Coisa na Falência e Concordata Cível6469 Pedido de Averbação de Registro Civil Cível6471 Pedido de Retificação de Registro Civil e Casamento Cível6474 Representação Contra Menores Crime6475 Procedimento de Naturalização Cível6478 Transcrição de Registro Nascimento e Casamento Cível6481 Averiguação de Paternidade Cível6595 Apuração de Ato Infracional Crime6604 Concussão (Art. 316 CP) Crime6607 Art. 37, III da C.F. Crime6609 Art. 37, IX da C.F. Crime6610 Abate Clandestino de Animais Crime6611 Adulteração de Chassi Crime

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6612 Agiotagem Crime6613 Arts. 20 a 22 da Lei 5.250/67 Crime6615 Assédio Sexual Crime6616 Ato Libidinoso Diverso da Conjunção Carnal Crime6618 Crime Ecológico (Lei 9.605/98) Crime6619 Coação no Curso do Processo (art. 344 do CP) Crime6620 Concorrência Desleal Crime6622 Constrangimento Ilegal Crime6625 Corrupção Ativa Crime6626 Corrupção de Menores Crime6627 Crime de Dano ao Patrimônio Público Crime6628 Omissão de socorro Crime6629 Corrupção, Adulteração ou falsificação de remédios Crime6630 Crime de Delito previsto na Lei 8.666/93 Crime6631 Perturbação da tranqüilidade (Lei 3.688/41, ª 65) Crime6632 Crime de Desaparecimento de Pessoa Crime6633 Rapto Consensual Crime6634 Rapto Violento Crime6636 Resultante de Preconceito de Raça e de Cor (L. 9.459/97) Crime6637 Crime de Divulgação de Segredo Crime6640 Sedução de Menor Crime6641 Crime de Erro Médico Crime6642 Crime de Favorecimento a Prostituição Crime6643 Simulação de qualidade de funcionário (Lei 3.688/41, A. 45) Crime6644 Crime de Induzimento a Especulação Crime6645 Crime de Invasão de Domicílio Crime6647 Crime Lei 5.478/68 - Art. 21 e 22 - (Ação de alimentos) Crime6648 Supressão de Documentos Crime6649 Venda de Arma a Menor Crime6650 Venda de Arma e Munição a Menor Crime6651 Venda de Bebida alcoólica a Menor Crime6652 Venda de Munição a Menor Crime6653 Violação de Correspondência Crime6654 Carta de Guia Crime6655 Autorização para Matrícula Crime6656 Auto de Infração Administrativa Crime6657 Alvará Crime6658 Comunicação de Flagrante Crime6659 Execução de Medidas Sócio-educativa Crime6660 Habilitação para Adoção Cível/Crime6661 Medidas de Proteção Crime6663 Mandado de Busca e Apreensão Crime6664 Pedido de Homologação de Remissão Crime6665 Pedido de Homologação de Arquivamento Crime6667 Pedido de Registro de Nascimento Crime6668 Pedido de Internação Crime6669 Pedido de Prisão Preventiva Crime

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6670 Pedido de Prisão Temporária Crime6671 Pedido de Escuta Telefônica Crime6672 Pedido de Quebra de Sigilo Bancário Crime6673 Pedido de Resposta Crime6674 Representação (Maior) Cível/Crime6675 Representação por Infração Administrativa Crime6676 Reparação de Danos - Sumário Cível6677 Cautelar de Depósito Cível6683 Execução de Título Executivo Judicial Cível6684 Proteção dos interesses individuais, difusos e coletivos Crime6685 Apuração de Irregularidade em entidade de atendimento Crime6686 Medida contra os pais ou responsáveis Crime6687 Apuração de Infração administrativa Crime6688 Apuração de Crimes em espécie (ECA) Crime6689 Embargos à Execução Fiscal Cível6709 Cautelar Obras de Conservação em Coisa Litigiosa ou Judicial Cível6710 Cautelar Entrega de Bens Uso Pessoal do Cônjuge e Filhos Cível6711 Cautelar de Posse Provisória de Filho Cível6712 Cautelar de Afastamento de menor autorizado a contrair casamento Cível6713 Cautelar de Depósito de Incapazes castigados imoderadamente Cível6714 Cautelar de Separação de Corpos Cível6715 Cautelar de Guarda e Educação dos filhos Cível6716 Cautelar de Regulamento do Direito de Visita Cível6717 Cautelar de Interdição de Prédio Cível6718 Cautelar de Demolição de Prédio Cível6719 Abuso do Poder Econômico Cível6720 Ação Cautelar Inominada Cível/Crime6721 Ação Discriminatória Cível6722 Ação de Responsabilidade do Fornecedor de Produtos e Serviços Cível6724 Embargos na Execução por Carta Cível6726 Pedido de Restituição de Coisa Arrecadada Cível6727 Alienação de Quinhão em Coisa Comum Cível6728 Especialização de Hipoteca Legal Cível6729 Anulação e Substituição de Título ao Portador Cível6730 Vistoria em Fazenda Avariada Cível6731 Alvará de Pesquisa Mineral Cível6733 Anulatória de sentença Arbitral (Lei 9.307/96) Cível6735 Arrecadação de Coisas Vagas Cível6736 Arribas Forçadas Cível6738 Apreensão de Embarcações Cível6739 Avarias Cível6740 Remoção e Dispensa de Tutor ou Curador Cível6741 Avaria a Carga do Segurador Cível6742 Confirmação de Testamento Particular Cível6743 Cumprimento de Obrigação de Fazer ou não Fazer Cível6744 Extinção de Usufruto Cível6745 Cautelar de Protesto Formado a Bordo Cível

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6746 Nomeação de Tutor ou Curador Cível6747 Negatória de Paternidade Cível6749 Instituição de Arbitragem Cível6750 Instituição de Bem de Família Cível6756 Execução Fiscal Estadual Cível6757 Execução Fiscal Federal Cível6760 Pedido de Providências Cível/Crime6761 Incidentes Criminais Crime6762 Exoneração de obrigação Cível6763 Regularização de Guarda e Visita Cível/Crime6764 Declaratória de Inexistência de Relação Jurídica Cível6765 Restituição de Indébito Cível6766 Revisional Cível6767 Cautelar de Suspensão de Pagamento Cível6768 Alienação de Bem Apreendido Cível/Crime6769 Pedido de Homologação de acordo que precede a remissão Crime6772 Falso Testemunho (art. 342 do CP) Crime6773 Dirigir Alcoolizado (art. 306 da Lei 9.503/97) Crime6774 Restituição de Valores Desembolsados Cível6775 Exibição de Documentos Cível6776 Revisão de Pensão Previdenciária Cível6781 Reconhecimento Inexist. Nulid. Ato Jurídico c/c Reivindicatória Cível6782 Repetição de Indébito Cível6783 Declaração de Nulidade de Registro de Nascimento Cível6784 Reconhecimento de Maternidade Cível6785 Pedido de Guarda e Responsabilidade Cível/Crime6786 Cautelar Fiscal Cível6787 Revisional de Contrato Cível6793 Resistência (art. 329 do CP) Crime

6794Venda, Exposição, Depos. Entreg. Cons.Prod.Condições (A. 274/275CP)

Crime

6795 Execução de Sentença Cível6797 Falsificação de Documento Público (art. 297 do CP) Crime6798 Denunciação Caluniosa (art. 339 do CP) Crime6801 Acidente de Trânsito Cível6802 Condomínio e Locações Cível6803 Vizinhança Cível6804 Consumidor Cível6805 Prestação de Serviços Cível6806 Cobrança de Dívidas Cível6812 Crimes culposos Crime6814 Aposentadoria por Idade Cível6815 Aposentadoria por invalidez Cível6816 Pensão por Morte Cível6817 Aposentadoria por Tempo de Serviços Cível6818 Constituição de Usufruto Vitalício Cível6819 Execução Fiscal de Outros Órgãos Cível

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6821 Ultraje Público ao Pudor (art. 233 a 234 do CP) Crime6823 Pedido de Registro de Óbito Cível6824 Pedido de Restituição de Bens Móveis Cível/Crime6825 Pedido de Restituição de Bens Imóveis Cível/Crime6826 Consulta Cível6828 Sucessão Provisória (art. 1.165 do CPC) Cível6829 Crime Contra a Administração Pública Crime6831 Mandamental Cível6832 Constituição de Servidão Cível6833 Tentativa de Invasão de Domicílio Crime6834 Tradução de Documentos Estrangeiros Cível6835 Crimes contra os Índios e a Cultura Indígena (Lei 6.001/73) Crime6836 Restauração de Assento de Certidão de Nascimento Cível6839 Rufianismo - Coibir a exploração da Prostituição (A. 230 CP) Crime6840 Baixa de Material Permanente Cível6841 Reintegração de Servidão Cível6843 Termo Circunstanciado de Ocorrência Crime6844 Alienação de Coisas Vagas Cível6845 Modificação de Prenome Cível6846 Falsificação de Documento Particular (art. 298 do CP) Crime6847 Crime Contra a Ordem Econômica (Lei 8.176/91) Crime6848 Declaratória de Inconstitucionalidade Cível6849 Conduta e Atividades Lesivas ao Meio Ambiente (Lei 9.605/98) Crime6850 A Apurar Cível/Crime6851 Averiguação de Causa Mortis Crime6852 Averiguação de Incêndio Crime6853 Averiguação de Responsabilidade Crime6854 Fraudes e Abusos por Sociedade Crime6855 Defraudação de Penhor Crime6856 Desvio de Bens Crime6857 Averiguação de Suicídio Crime6858 Abandono de Incapaz Crime6859 Uso Indevido de Documentos Crime6860 Crime contra o Consumidor Crime6862 Duplicata Simulada Crime6863 Processo Administrativo Disciplinar Cível/Crime6864 Exercício ilegal da medicina, arte dentária ou farmacêutica (282) Crime6865 Retificação de Cadastro Cível6875 Lesão corporal leve (129, caput) Crime6876 Perigo de contágio venéreo (130, caput) Crime6877 Perigo para a vida ou a saúde outrem (132) Crime6878 Exposição ou abandono de recém-nascido (134, caput) Crime6879 Omissão de socorro - qualific. pelo result. (135, parágrafo único) Crime6880 Rixa qualificada (137, parágrafo único) Crime6881 Injúria qualificada (140, § 2º) Crime6882 Constrangimento ilegal qualificado (146, § 1º) Crime6883 Violação de domicílio qualificado (150, § 1º) Crime

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6884 Sonegação ou destruição de correspondência (151, § 1º, I) Crime6885 Violação comunic Teleg, radioelet ou telef. (151, § 1º, II) Crime6886 Impedimento Comunicação ou Conversação (151, § 1º, III) Crime6887 Instal ou utiliz estação de aparelho radioel (151, § 1º, IV) Crime6888 Correspondência Comercial (152) Crime6889 Violação de segredo profissional (154) Crime6890 Furto de coisa comum (156) Crime6891 Usurpação – alteração de limite (161, caput) Crime6892 Usurpação de águas (161, § 1º, I) Crime6893 Esbulho possessório (161, § 1º, I) Crime6894 Introd. ou abandono de animais em propriedade alheia (164) Crime6895 Dano em coisa valor artístico, arqueológico ou histórico (165) Crime6896 Alteração de local especialmente protegido (166) Crime6897 Apropriação de tesouro (169, parágrafo único, I) Crime6898 Apropriação de coisa achada (169, parágrafo único, II) Crime6899 Fraude no comércio (175, caput) Crime6900 Fraude em refeição, alojamento e transporte (176, caput) Crime6901 Fraude na fundação ou adm. De soc. Por ações (177, § 2º) Crime6902 Fraude à execução (179) Crime6903 Violação de direito autoral (184, caput) Crime6904 Usurpação de nome ou pseudônimo alheio (185) Crime6905 Atentado contra a liberdade de trabalho (197, I e II) Crime6906 Atentado Liberdade Contr. Trabalho Boicotagem Violenta (198) Crime6907 Atentado contra a liberdade de associação (199) Crime6908 Paralisação de trabalho, seguida viol ou perturb ordem (200, caput) Crime6909 Paralisação de trabalho de interesse coletivo (201) Crime6910 Frustração de direito assegurado por lei trabalhista (203) Crime6911 Frustração de lei sobre a nacionalização do trabalho (204) Crime6912 Exercício de atividades com Infração de decisão administrativa (205) Crime6913 Ultraje a Culto, Impedimento ou Perturbação Ato (208, caput) Crime

6914Ultraje a Culto, Impedimento ou Perturbação Ato (208, parágrafoúnico)

Crime

6915 Impedimento ou perturbação de cerimônia funerária (209, caput) Crime

6916Impedimento ou perturbação de cerimônia funerária (209, parágrafoúnico)

Crime

6917 Ato obsceno (233) Crime6918 Escrito ou objeto obsceno (234 e parágrafo único) Crime6919 Induzimento Erro Essencial e Ocult Imped Matrimonial (236) Crime6920 Conhecimento prévio de impedimento matrimonial (237) Crime6921 Inscr de desp não empenhadas restos a pagar (239-B) Crime6922 Adultério (240, caput) Crime6923 Entrega de filho menor a pessoa inidônea (245, caput) Crime6924 Abandono intelectual de filho (246) Crime6925 Abandono moral de menor (247) Crime6926 Induzinto Fuga, Entrega Arbitr. Ou Sonegação Incapazes (248) Crime6927 Subtração de incapazes (249, caput) Crime6928 Incêndio culposo (250, § 2º) Crime

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6929 Explosão culposa (251, § 3º) Crime6930 Uso culposo de gás tóxico ou asfixiante (252, parágrafo único) Crime6931 Fabr, fornec, aquis., posse/transporte explos/gás/asfix (253) Crime6932 Inundação culposa (254, 2ª parte) Crime6933 Desabamento/desmoronamento culposo (256, parágrafo único) Crime6934 Difusão de doença ou praga, culposa (259, parágrafo único) Crime6935 Desastre ferroviário culposo (260, § 2º) Crime6936 Atentado Segurança Transporte Marítimo/Fluvial/Aéreo (261, § 3º) Crime6937 Atentado a segurança de outro meio de transporte (262, caput) Crime6938 Atentado Contra Segurança de Outro Meio Transporte (262, § 2º) Crime6939 Arremesso de projétil (264, caput) Crime

6940Arremesso de projétil, qualific. resultado lesão corporal (264,parágrafo único, 1ª P)

Crime

6941 Epidemia culposa (267, § 2º, 1º P.) Crime6942 Infração de medida sanitária prevent, qualific. (268, parágrafo único) Crime6943 Infração de medida sanitária preventiva (268, caput) Crime6944 Omissão de notificação de doença (269) Crime6945 Envenenamento água potável/subst alimento/medic, culposo (270, § 2º) Crime6946 Corrupção ou poluição água potável, culposo (271, parágrafo único) Crime6947 Corrup, adult/falsific subst aliment/medic, culp. (272, § 2º) Crime

6948Outras substâncias nocivas à saúde Pública - culposo (278, parágrafoúnico)

Crime

6949 Medicam desacordo com receita méd - culposo (280, parágrafo único) Crime6951 Incitação ao Crime (286) Crime6952 Apologia de crime ou criminoso (287) Crime6953 Moeda falsa (289, § 2º) Crime6954 Emissão de título portador sem permissão legal (292, caput) Crime6955 Receb/utiliz, como dinheiro, tít ao port emit (292, parágrafo único) Crime6956 Uso/restit à circul papéis públ falsif-privilég (293, § 4º) Crime6957 Certidão e Atestado ideologicamente falso (301, caput) Crime6958 Falsidade material de atestado ou certidão (301, § 1º) Crime6959 Falsidade de atestado médico (302) Crime6960 Falsa identidade (307) Crime6961 Uso de documento de identidade alheia (308) Crime6962 Peculato culposo (312, § 2º) Crime6963 Modificação/alteração não autorizada sist de inform. (313-B, caput) Crime6964 Emprego irregular de verbas ou rendas públicas (315) Crime6965 Corrupção Passiva Privilegiada (317, § 2º) Crime6967 Condescendência criminosa (320) Crime6968 Advocacia administrativa (321, caput) Crime6969 Advocacia administrativa qualificada (321, parágrafo único) Crime6970 Abandono de função (323) Crime6971 Abandono função (Prejuízo Público-323, § 1º CP) Crime6972 Exercício Funcional Ilegalmente Antecipado ou Prolongado (324) Crime6973 Violação de sigilo funcional (325 e parágrafo único) Crime6974 Violação do sigilo de propostas de concorrência (326) Crime6975 Usurpação de função pública (328, caput) Crime

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6976 Resistência (329, caput) Crime

6979Impedimento, perturbação ou fraude de concorrência (335 eparágrafo único)

Crime

6980 Inutilização de edital ou de sinal (336) Crime6981 Comunicação falsa de crime ou contravenção (340) Crime6982 Auto-acusação falsa (341) Crime6983 Exercício arbitrário das próprias razões (345) Crime6984 Furto, supressão/dano coisa própria em poder de terceiro (346) Crime6985 Fraude processual (347, caput) Crime6986 Favorecimento Pessoal (348, caput) Crime6987 Favorecimento Pessoal privilegiado (348, § 1º) Crime6988 Favorecimento real (349) Crime6989 Exercício arbitrário ou abuso de poder (350 e parágrafo único) Crime6990 Fuga pessoa presa/submet. Med de segur (351, caput) Crime6991 Fuga pessoa presa/submet. áb. Segur - culposo (351, § 4º) Crime6992 Evasão mediante violência contra a pessoa (352) Crime6993 Motim de presos (354) Crime6994 Violência ou fraude em arrecadação judicial (358) Crime6995 Desobediência a decisão judicial sobre perda/suspensão de direito (359) Crime6996 Contratação de operação de crédito (359-A, e parágrafo único) Crime6997 Prestação de garantia graciosa (359-E) Crime6998 Não cancelamento de restos a pagar (359-F) Crime6999 Maus-tratos (136, caput) Crime7000 Fabrico, com. Ou det. De armas ou munição (Lei 3.688/41, ª 18) Crime7001 Anúncio de meio abortivo (Lei 3.688/41, A. 20) Crime7002 Vias de fato (Lei 3.688/41, A. 21) Crime7003 Internação irregular em estabelecimento psiquiátrico (Lei 3.688/41, ª 22) Crime7004 Indevida custódia de doente mental (Lei 3.688/41, ª 23) Crime7005 Instr. De empr. Usual na prática de furto (Lei 3.688/41, ª 24) Crime7006 Posse não just inst empr usual prát furto (Lei 3.688/41, ª 25) Crime7007 Violação de lugar ou objeto (Lei 3. 688/41, A. 26) Crime7009 Desabamento de construção (Lei 3.688/41, A. 29) Crime7010 Perigo de desabamento (Lei 3.688/41, ª 30) Crime7011 Omissão de caut. Na guarda ou cond. De animais (Lei 3.688/41, ª 31) Crime7012 Falta de habilidade para dirigir veículo (Lei 3.688/41, ª 32) Crime7013 Direção não licenciada de aeronave (Lei 3.688/41, A. 33) Crime7014 Direção perigosa de veículo na via pública (Lei 3. 688/41, A. 34) Crime7015 Abuso na prática da aviação (Lei 3.688/41, A. 35) Crime7016 Sinais de perigo (Lei 3.688/41, A. 36) Crime7017 Arremesso ou colocação perigosa (Lei 3.688/41, A. 37) Crime7018 Emissão de fumaça de vapor ou gás (Lei 3.688/41, ª 38) Crime7019 Associação Secreta (Lei 3.688/41, A. 39) Crime7020 Provocar tumulto. Conduta inconveniente (Lei 3.688/41, A 40) Crime7021 Falso alarma (Lei 3.688/41, ª 41) Crime7022 Perturbação do trabalho ou sossego alheio (Lei 3.688/41, ª 42) Crime7023 Recusa de moeda de curso legal (Lei 3.688/41, A. 43) Crime7024 Imitação de moeda para propaganda (Lei 3.688/41, ª 44) Crime

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7026 Uso ilegítimo de uniforme ou distintivo (Lei 3.688/41, A. 46) Crime7027 Exercício ilegal de profissão ou atividade (Lei 3.6888/41, ª 47) Crime7028 Exercício Ilegal Com Coisas Antigas Obras Arte (Lei 3.688/41, ª 48) Crime7029 Matrícula ou escritura de indústria e prof. (Lei 3.688/41, ª 49) Crime7030 Jogo de azar (Lei 3.688/41, ª 50) Crime7031 Loteria não autorizada (Lei 3.688/41, ª 51) Crime7032 Loteria estrangeira (Lei 3.688/41, ª 52) Crime7033 Loteria estadual (Lei 3.688/41, ª 53) Crime7034 Exibição ou guarda de lista de sorteio (Lei 3.688/41, ª 54) Crime7035 Impressão de bilhetes, lista ou anúncios (Lei 3.688/41, ª 55) Crime7036 Distribuição ou transp. De list. Ou avisos (Lei 3.688/41, ª 56) Crime7037 Publicidade de sorteio (Lei 3.688/41, ª 57) Crime7038 Jogo do bicho (Lei 3.688/41, ª 58) Crime7039 Vadiagem (Lei 3.688/41, A. 59) Crime7040 Mendicância (Lei 3.688/41, ª 60) Crime7041 Importunação ofensiva ao pudor (Lei 3.688/41, ª 61) Crime7042 Embriaguez (Lei 3.688/41, ª 62) Crime7043 Bebidas Alcoólicas (Lei 3.688/41, A. 63) Crime7044 Crueldade contra animais (Lei 3.688/41, A. 64) Crime7046 Omissão de comunicação de crime (Lei 3.688/41, ª 66) Crime7047 Porte de drogas Ilícitas Crime7048 Deixar de prestar socorro a vítima (Lei 9.503/97, A. 304) Crime7049 Afastar-se condutor do local acidente (Lei 9.503/97, A. 305) Crime

7050Corrida, Competição Automobilística sem autorização (Lei 9.503/97,A. 308)

Crime

7051Confiar a direção de veículo a Pessoa sem habilitação (Lei 9.503/97,A. 310)

Crime

7052 Trafegar velocidade incompatível com segurança (Lei 9.503/97, A. 311) Crime7053 Crimes Ambientais Crime7055 Uso Indevido de Entorpecentes (art. 15 da Lei 6.368/76) Crime7056 Uso Indevido de Entorpecentes (art. 17 da Lei 6.368/76) Crime7057 Homicídio Culposo (art. 121, § 3º do CP Lei 9.503/97) Crime7058 Homicídio Culposo (art. 302 do CT Lei 9.503/97) Crime7059 Crimes contra a criança e adolescentes - ECA Crime7060 Pedido de Homologação Especial Cível/Crime7061 Restabelecimento da Sociedade Conjugal Cível7062 Embargos de Retenção de Benfeitoria Cível7065 Pedido de Benefício Previdenciário Cível7067 Retificação de Partilha Cível7069 Lesão Corporal Culposa (art. 303, caput, CTB) Crime7070 Restituição de Coisa Apreendida Crime7072 Cautelar Satisfativa de Afastamento do Agressor do Lar Crime7073 Manutenção Contratual Cível7074 Reconhecimento e Dissolução de União Estável Cível7075 Dissolução de União Estável Cível7076 Reconhecimento de União Estável Cível7077 Falsificação de Selo ou Sinal Público (art. 296 do CP) Crime

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7078 Averiguação de Estupro Crime7079 Improbidade Administrativa Cível7080 Violação de Sepultura (art. 210 do CP) Crime7081 Usucapião de Coisa Móvel Cível7082 Preempção/Direito de Preferência Cível7084 Ação Penal Militar Crime7085 Restauração de Registro Público Cível7086 Casa de Prostituição Crime7087 Guia de Execução de Pena Alternativa Crime7088 Restabelecimento de Venc. por Gratif. de Produt. Fiscal Cível7089 Disc./Preconceito Raça, Cor, etc. (Lei 7.716/89) Crime7090 Sonegação Papel/Objeto Valor Probatório (art.356 CP) Crime

RELAÇÃO DOS INCIDENTES PROCESSUAIS EXISTENTESNO SISTEMA DE AUTOMAÇÃO DO JUDICIÁRIO SAJ/PG

Código Descrição Área5516 Exceções (Incompetência/Suspeição/Impedimento) Cível/Crime5523 Habilitação de Crédito na Falência ou Concordata Cível5525 Impugnação ao Pedido de Assistência Judiciária Cível5526 Impugnação ao Valor da Causa Cível5527 Impugnação de Crédito Cível5528 Incidente Falsidade Cível/Crime5530 Levantamento de Interdição Cível5536 Restituição de Coisa Apreendida Cível/Crime5539 Remoção de Inventariante Cível5544 Inquérito Judicial Falimentar Cível6314 Pedido de Fiança Crime6374 Habilitação em Inventário Cível6691 Cautelar de Alienação de Bens Crime6693 Pedido de Busca e Apreensão Crime6695 Pedido de Comutação de Pena Crime6696 Pedido de Exame Dependência Toxicológica Crime6697 Pedido de Exame de Insanidade Mental Crime6698 Pedido de Indulto Crime6699 Pedido de Liberação de Veículo Crime6700 Pedido de Liberdade Provisória (com ou sem fiança) Crime6703 Pedido de Livramento Condicional Crime6704 Pedido de Progressão ao Regime Crime6705 Pedido de Relaxamento de Prisão Crime6796 Execução Provisória de Sentença Cível6820 Pedido de Revogação de Prisão Preventiva Crime6837 Pedido de Assistência (art. 50 CPC) Cível6870 Pedido de Cautela Crime6871 Pedido de Prisão Temporária Crime6872 Pedido de Providências Crime6873 Pedido de Prisão Preventiva Crime

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6874 Concurso de Credores Cível7063 Proposta de Locação de Bem Integrante da Massa Falida Cível7066 Habilitação de Crédito Cível7068 Precatório de Requisição de Pagamento Cível

RELAÇÃO DOS RECURSOS EXISTENTES NO SISTEMA DEAUTOMAÇÃO DO JUDICIÁRIO SAJ/PG

Código Descrição Área6792 Agravo Cível/Crime6866 Apelação Cível Cível6867 Recurso em Matéria Criminal (ação penal privada) Crime6868 Embargos de Declaração Cível/Crime6869 Recurso em Matéria Criminal (ação pública) Crime7083 Recurso em Sentido Estrito Crime

DJMS-03(493):2, 31.1.2003