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{1 [EDIçãO 10 | MARçO 2014] www.psicobela.com.br [EDIçãO 10 | MARçO 2014] www.psicobela.com.br Mudança de rumo 7 CAMINHOS SOBRE MUDAR Grace Almeida FAZENDO O MELHOR, SEMPRE na poltrona Grace Almeida

Psicobela Digital | edição 10 | Março 2014

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Os tempos são de mudança, tantas oportunidades, possibilidades e vontades. Por um lado tão bom, por outro pode gerar dúvidas, precipitações, incertezas e a escolha do caminho pode destoar do talento ou da vontade. Ou simplesmente em algum momento do percurso surge à vontade, a oportunidade de alçar voos em novas direções, experimentar versões novas de trabalho, carreira, sucesso! Para onde vamos, o que queremos, será que vai dar certo?

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Mudançade rumo

7 CAMINHOS SObre MUDAr

Grace AlmeidaFAZeNDO O MeLHOr, SeMPre

na poltrona

Grace Almeida

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Os tempos são de mudanças. São tantas oportunidades, possibilidades e vontades que agitam nossas ideias. Se por um lado isso carrega vantagens, por outro pode gerar frustrações, precipitações, incertezas. E a escolha do caminho profissional pode destoar do talento ou da satisfação.

Muitos de nós provavelmente, em algum momento já questionou em algum grau a direção que tomou, ou sonhou com caminhos não percorridos e suas promessas não alcançadas.

A questão é o que fazer com isso. Muitos optam por apostar no sonho, lançam-se em novas direções. Alguns, mais preparados, outros que correm mais riscos. Há também os que estacionam a margem do sonho, e outros que nem ousam fazer planos.

editorial

Maria MartaCRP 08/07401

O fato é que mudar de rumo na profissão ou o rumo da profissão pode alterar o curso de muitas situações na vida. Mas, não fazê-lo, pode sufocar a própria trajetória.

Nesse ano que ainda está com ares de novo, nessa primeira edição o assunto é abordado com a diversidade dos olhares de colaboradores experientes e a autenticidade da entrevistada. A empresária Grace Almeida, com a autoridade de quem fez por si mesma a travessia.

Inspire-se, invista e mude. Se for esse seu desejo, transforme-o em destino.

Um beijo e que bons ventos soprem na direção que te favoreça!

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relacionamento

espiritual

profissional

física

emocional

financeiro

social

áreasas7

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nestaedição

nº 10 { março

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Tenho um sonho e o seu apoio é importante pra mim

Mudar de rumo pode ser uma negação de sua vocação ou o encontro com sua missão no mundo. Como descobrir?

Não mudaremos tudo. Mas...

Quem você quer ser quando crescer?

Na Poltrona

Cuidar da carreira sem descuidar de você

E se... não der certo?

Planeje-se e Mude!

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[expediente]Direcão geral: Psicóloga Maria Marta Ferreira[CRP 08/07401] Projeto editorial: Clecyo de Sousa [clecyo.com]Sistema web: Projetual

Psicobela é marca registrada na República Federativa do Brasil, através do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e do Instituto Nacional da Propriedade Industrial - INPI. | ® 2013 – Todos os direitos são reservados.

Maria Marta

Luciana Chemim

Grace Almeida

Joice Goveia

Michele Chibior

Gilvanise Gulicz

Jeanine Rolim

Rua Dom Alberto Gonçalves, 66 | Mercês - Curitiba/PR(41) 3015-8818 | (41) 9186-1464

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Marcos Meier

psicobela.com.br @mariamartaferreirapsicobela.saudeemocional [email protected]

Mudançade rumo

Café + conhecimento + ricas trocas pra discutir o amor durante o ano todo.

Acompanhe nas redes sociais e no site www.anacamargo.com.br a programação mensal e conheça mais sobre este empolgante projeto.

Na FNAC do Parque Shopping Barigui, mensalmente você tem um bate papo na companhia dos autores da Agenda 12X12.

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Tenho um sonho e o seu apoio é importante

pra mim

A opinião, o apoio das pessoas que amamos tem um peso

primordialmente importante em nossas decisões, especialmente

daquelas que terão também suas vidas alteradas em algum grau

pelas decisões que tomamos.

Maria MartareLACIONAMeNtO

Conheço pessoas que mudaram de cidade, de país, alteraram suas rotinas, contribuíram financeiramente, apoiaram psicologicamente para que o sonho de um parceiro pudesse tornar-se realidade.

Há muitas histórias assim: pais que apoiam filhos, amigos que dão aquele empurrãozinho. Filhos que ajudam os pais, irmãos que se apoiam Maridos ou esposas que aceitam a missão de buscar junto com seu parceiro a travessia do sonho de um deles, que pode tornar-se de ambos. De alguma forma por escolha ou levados pelas circunstâncias não estamos sozinhos nessas empreitadas.

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Café + conhecimento + ricas trocas pra discutir o amor durante o ano todo.

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Tão fundamental quanto ter um plano de ação, ou uma intenção em mente é agir. Vale lembrar que o caminho se faz ao percorrê-lo e que as condições ideais para começar nunca vão chegar. E preciso partir enquanto elas estão a caminho.

Os exercícios da gratidão e da humildade também não podem faltar na bagagem do sonhador. Observe quem já fez, converse com quem está fazendo. Compartilhe com seu parceiro esperanças, expectativas, receios. Mas, não o responsabilize em demasia pela sua própria escolha. Lembre-se ser apoiado é bem diferente de ser carregado.

O projeto é seu? Então a responsabilidade maior também. O projeto é do outro? Você tem parte nisso. A questão é como dividir, somar, subtrair, multiplicar. Na matemática dos sonhos transformados em metas, os lucros ou prejuízos dependem da qualidade da parceria dos sonhadores.

Sem assumir riscos, não avançamos. Muitas vezes um parceiro dá o suporte para o

outro lançar-se na direção das suas metas. Isso é importante

porque a segurança em ter alguém apoiando pode ser a força extra

para prosseguir.

{Maria Marta}Psicóloga [CRP 08/07401][email protected]

Mas, alguns cuidados precisam ser adotados, porque é necessário preservar os relacionamentos para que não sofram prejuízos durante o processo de transição. Para que um casal consiga um grau de parceria importante, muitas conversas, acordos, planejamento em muitas direções e principalmente cooperação, generosidade, doação, são necessárias, para que tal mudança de rumo não se reverta em abalos e ou lesões futuras no relacionamento.

A honestidade e franqueza precisam estar muito calibradas, pois tudo que não precisamos é alguém que embarque em um projeto, sabendo dos riscos e possibilidades e omita o que pensa e sente verdadeiramente. Isso porque no futuro essa quietude, ou o que é pior omissão, transformam-se em cobranças, acusações.

Naturalmente que ao embarcar num projeto de mudança de carreira, de vida, os riscos estão presentes. Contabilizar lucros ou prejuízos é uma realidade da qual não dá para fugir. Ninguém entra numa empreitada esperando fracassar, mas precisamos estar preparados porque infelizmente nem sempre a primeira tentativa é bem sucedida. Resistência, confiança, muito trabalho e fé fazem parte do processo e da conquista do sucesso.

Sem assumir riscos, não avançamos. Muitas vezes um parceiro dá o suporte para o outro lançar-se na direção das suas metas. Isso é importante porque a segurança em ter alguém apoiando pode ser a força extra para prosseguir. No entanto a medida do apoio é outro ponto delicado, porque situações muito confortáveis podem minimizar os esforços e pressão demais pode enfraquecer quem ainda tem muitos degraus a subir.

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO ANUAL

Informações e inscrições: [email protected]

Cronograma de Eventos 2014

MÊS DIAS E HORÁRIOS EVENTO

ABRIL

03/04 (quinta) – 19 horas Palestra: Não faça dieta - Pratique Mudança!

10/04 (quinta) – 19 horas Workshop Tempo 1: Não faça dieta - Pratique Mudança!

24/04 (quinta) – 19 horas Workshop Tempo 2: Não faça dieta - Pratique Mudança!

MAIO

08/05 (quinta) – 19 horas Palestra: Relacionamentos Modernos - Gêneros reinventados, amores esperados!

15/05 (quinta) – 19 horas Workshop Tempo 1: Relacionamentos Modernos - Gêneros reinventados, amores esperados!

29/05 (quinta) – 19 horas Workshop Tempo 2: Relacionamentos Modernos - Gêneros reinventados, amores esperados!

JUNHO Copa do Mundo Sem Atividades

JULHO

03/07 (quinta) – 19 horas Palestra: Relacionamentos Modernos - Gêneros reinventados, amores esperados!

17/07 (quinta) – 19 horas Workshop Tempo 1: Relacionamentos Modernos - Gêneros reinventados, amores esperados!

31/07 (quinta) – 19 horas Workshop Tempo 2: Relacionamentos Modernos - Gêneros reinventados, amores esperados!

AGOSTO

07/08 (quinta) – 19 horas Palestra: Mulher Moderna - Dilemas, Desafios e Conquistas!

14/08 (quinta) – 19 horas Workshop Tempo 1: Mulher Moderna - Dilemas, Desafios e Conquistas!

28/08 (quinta) – 19 horas Workshop Tempo 2: Mulher Moderna - Dilemas, Desafios e Conquistas!

SETEMBRO

04/09 (quinta) – 19 horas Palestra: Emoções Gerenciadas - Ganhos Ampliados!

11/09 (quinta) – 19 horas Workshop Tempo 1: Emoções Gerenciadas - Ganhos Ampliados!

25/09 (quinta) – 19 horas Workshop Tempo 2: Emoções Gerenciadas - Ganhos Ampliados!

OUTUBRO

02/10 (quinta) – 19 horas Palestra: Mulher Moderna - Dilemas, Desafios e Conquistas!

16/10 (quinta) – 19 horas Workshop Tempo 1: Mulher Moderna - Dilemas, Desafios e Conquistas!

30/10 (quinta) – 19 horas Workshop Tempo 2: Mulher Moderna - Dilemas, Desafios e Conquistas!

NOVEMBRO

06/11 (quinta) – 19 horas Palestra: Emoções Gerenciadas - Ganhos Ampliados!

13/11 (quinta) – 19 horas Workshop Tempo 1: Emoções Gerenciadas - Ganhos Ampliados!

27/11 (quinta) – 19 horas Workshop Tempo 2: Emoções Gerenciadas - Ganhos Ampliados!

DEZEMBRO Sem Atividades Sem Atividades

Rua Dom Alberto Gonçalves, 66 | Mercês - Curitiba/PR | (41) 3015-8818 | (41) 9186-1464

psicobela.com.br @mariamartaferreirapsicobela.saudeemocional [email protected]

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Quem você quer ser quando crescer?

Cresci em meio a livros, códigos, doutrinas e jurisprudências, de

modo que minha vida profissional foi se desenhando antes mesmo

que eu pudesse escolher “o que ser quando crescer”.

Lembro que toda fila de inscrição para o vestibular era um tormento. Primeiro porque me sentia despreparada para decidir o que eu queria fazer durante toda a minha vida. Aquilo pra mim era um peso, confesso. E depois porque entre direito e jornalismo, eu queria fazer os dois.

Venceu a genética, a lógica, o exemplo.

Quando me dei conta já estava comendo doutrinas, sonhando com Súmulas, respirando prazos.

PrOFISSIONALLuciana Chemim

Aprendi com meu pai a visualizar cada caso como sendo o mais importante e, admito, isso muitas vezes me tirou a fome e o sono.

Cada processo revelava uma história e saber que poderia contribuir com um desfecho feliz despertava meu olhar romântico para a vida. Era meu jeito de tornar mais suaves casos difíceis, que pareciam sem solução.

Porém, sentia que faltava algo, mas não sabia ao certo o que era.

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Fui aprendendo com a vida, com as escolhas que fiz, certas ou erradas,

que pra ser feliz é preciso ter coragem.

Foi quando, após um período difícil em minha vida, um amigo mandou um email indicando uma vaga para professor orientador dentro da minha área de atuação. Só que a vaga pretendida era em outra cidade.

Isso aconteceu há três anos. Larguei tudo. Meus pais, irmãos, amigos, trabalho e a rotina a que estava acostumada para dar uma chance ao novo.

Durante a viagem de 500 km assisti ao filme do que teria sido minha vida até ali. Fui jogando pela estrada o que não deu certo, me esvaziando dos lixos internos acumulados com o tempo e deixando para traz sentimentos de bloqueio, como a insegurança e o medo.

Foi uma viagem difícil porque, além de ter me desprendido do confortável rumo ao desconhecido, estaria longe das pessoas que mais amava.

Fui aprendendo com a vida, com as escolhas que fiz, certas ou erradas, que pra ser feliz é preciso ter coragem. Aprendi que toda mudança implica em perder algo para que o novo entre. Aprendi a me desgarrar até daquilo que um dia me fez bem. Aprendi que o medo estaciona e que a oportunidade pode passar e te pegar cochilando.

Sentia que aquele era o momento de abraçar novos horizontes e me lancei. Com a alma aberta, o coração um pouco apreensivo e a mente cheia de ideias novas.

Sabia que não poderia adiar aquela decisão, não podia me entregar pela metade, não cabia vacilos naquele momento.

Mudei de cidade, de casa, de emprego. Esvaziei as malas de mágoas passadas e as substitui pela leveza da esperança. Mergulhei para dentro de mim e encontrei uma fortaleza que eu ignorava. Olhei para o novo que se pôs a minha frente e pensei: entre e seja bem-vindo!

Nenhum recomeço é fácil, mas é recompensador fazer o que se gosta. A vida me deu essa chance e tudo que eu precisava fazer era aceitar e viver.

Hoje não consigo me imaginar fazendo outra coisa. Ter renunciado ao comodismo me trouxe mais do que uma cidade ou um emprego novo. Encontrei a mim mesma. Reavaliei posturas, deixei extravasar minha criatividade, enfrentei medos e inseguranças bobos, conheci pessoas maravilhosas, chorei de saudade incontáveis vezes, aprendi a valorizar os bons momentos, os bons amigos, o lado bom de cada situação.

Mudar o rumo na minha carreira fez a minha vida se transformar. É aquela velha história: às vezes basta um pequeno passo seu para que o Universo inteiro se movimente.

Então, se pudesse dar um conselho para alguém, diria: arrisque-se sempre que a oportunidade bater ou o coração gritar. Arrisque-se sempre que a poltrona ficar dura demais e a alma pedir. Arrisque-se quantas vezes forem necessárias. Só não deixe a vida passar sem efetivamente fazer tudo que puder, para tornar-se quem você veio pra ser.

{LUCiaNa CHEMiM}Advogada e [email protected]

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O dia era comum, encontrei Grace no final da tarde em sua loja no

Bigorrilho. A visita deveria ser rápida com o objetivo apenas de deixar pertences do meu filho que passaria a noite na casa dela, curtindo a

companhia do filho de Grace, pois são amigos e colegas de

turma na escola.

GraceAlmeida

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O dia era comum, encontrei Grace no final da tarde em sua loja no

Bigorrilho. A visita deveria ser rápida com o objetivo apenas de deixar pertences do meu filho que passaria a noite na casa dela, curtindo a

companhia do filho de Grace, pois são amigos e colegas de

turma na escola.

O que deveria ser uma entrega de mochila tornou-se um agradável bate papo, percorri a loja com olhos interessados (há peças formidáveis por todos os lados) e conheci o ateliê. As horas corriam e o assunto tornava-se cada minuto mais interessante.Naquele ínterim Grace compartilhou um pouco da sua experiência profissional e quando o tema dessa edição estava em pauta, logo pensamos que ela teria a história que precisávamos. Em nosso recente contato Grace estava em viagem conferindo as novas tendências e lançamentos para próxima estação, e em alguma pausa em meio a tudo isso respondeu gentilmente nossa entrevista. Confira os caminhos que fizeram os olhos de nossa entrevistada brilhar tanto quanto suas belas bijoux.

POR {CLECYO DE SOUSa}

NA POLtrONA

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Psicobela Digital – Grace, se pudesse resumir sua trajetória destacando de 03 a 05 atitudes suas que fizeram a diferença na sua transição de carreira, quais destacaria?

grace almeiDa – PAIXÃO – ACREDITAR – PERSISTÊNCIA – OLHAR ATENTO PARA O MERCADO – BUSCA CONTÍNUA EM SURPREENDER O CLIENTE.

PD – Qual a atividade que realizava anteriormente e qual o momento que percebeu que precisava alterar a direção das velas, mudar de rumo?

GA – Eu trabalhava na indústria farmacêutica, na área de marketing, e gostava muito do meu trabalho. Nas horas vagas confeccionava meus próprios acessórios, pois sempre gostei de tudo que é diferente e tinha dificuldade em encontrar peças que realmente me encantassem. Os modelos que eu usava fazia muito sucesso e, quando percebi, já tinha algumas pessoas vendendo as bijoux que eu confeccionava na madrugada, pois tinha que trabalhar durante o dia e a noite eu ia para a faculdade. Não era fácil dar conta de tudo e em algum momento eu quis desistir, mas o destino me empurrava para um caminho que eu nunca havia planejado - abrir uma loja e trabalhar o dom que Deus tinha me presenteado. Quando percebi que tudo conspirava a favor, perdi o medo e abri mão do meu emprego fixo com um excelente salário porque o “dom” falou mais alto.

PD – Quando você definiu e decidiu que mudaria sua atividade, quais os principais receios que estavam presentes. O que você temia?

GA – Tomar uma decisão dessas não é fácil, pois a gente não quer trocar o certo pelo duvidoso. Creio que o que sempre fez muita diferença foi acreditar

na minha capacidade de criação, no olhar atento que eu tinha e que é a base para minhas criações. O retorno do público sempre foi surpreendente e era o meu combustível para seguir em frente e trabalhar muito para não decepcionar as pessoas que acreditavam no meu trabalho. Além disso, tive apoio total do meu marido que me via amanhecer produzindo peças, sem querer parar. Ele falava que eu não me cansava porque fazia o que gostava. Ele estava certo...

PD – Há pessoas que nos inspiram a ter fé. Você teve alguém que foi um referencial para você?

GA– Não, livre e espontânea vontade.

PD – Você teve algum modelo inspirador? Alguém que te motivou à mudança?

GA - Minha família é minha maior inspiração. Minha mãe é uma mulher muito forte e guerreira. Cresci vendo ela nunca desistir e sempre acreditar nos projetos que investia. Meu irmão então é um exemplo de empreendedorismo e foi ele quem me disse que não deveria desistir, mas sim seguir em frente com os produtos que eu desenvolvia, pois ele já acreditava em mim e via ali uma oportunidade de negócio.

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PD – Casos assim precisam de planejamento, preparação. Conte-nos como organizou esse percurso, o que considera importante?

GA - Confesso que não tive tempo de planejar e nem de me preparar, pois tudo aconteceu muito rápido. Apesar disso, vejo a importância de se ter um plano de negócios. Passos como pesquisa de mercado, concorrentes, diferenciais, previsão de faturamento x despesas, etc., são fundamentais para iniciar um negócio com o “pé no chão”. Percebo que as pessoas sonham em trabalhar por conta, sem ter um chefe, mas não têm consciência da responsabilidade que se assume. Sou formada em administração de empresas, com ênfase em marketing, o que também me proporciona um diferencial na administração do meu negócio.

Hoje eu olho para o mercado e vejo muitas oportunidades de se ter um negócio de sucesso. Há muitas áreas deficientes de prestação de serviço. O público está buscando atendimento e produtos de qualidade e isso falta no mercado.

PD – Você sofreu pressões, cobranças? Como as pessoas que conviviam com você pessoal e profissionalmente encaram sua decisão?

GA - Creio que as pessoas mais afastadas olharam desconfiadas, mas minha família realmente me pressionou muito, mas foi para que eu desistisse do meu emprego fixo e agarrasse a oportunidade que eu tinha nas mãos, pois todos acreditavam em mim.

PD – Atualmente observamos uma infinidade de possibilidades no mercado de negócios. Isso gera muitas dúvidas. Como identificou entre tantas possibilidades a direção a seguir?

GA - Hoje eu olho para o mercado e vejo muitas oportunidades de se ter um negócio de sucesso. Há muitas áreas deficientes de prestação de serviço. O público está buscando atendimento e produtos de qualidade e isso falta no mercado. Então, quando se pensa em abrir um negócio, independentes do segmento, acho que se deve ter em mente que é preciso fazer diferente, fazer melhor, surpreender o seu cliente e para oferecer esses diferenciais no dia a dia é preciso muita paixão pelo seu negócio e também pelas pessoas. Vontade de fazer bem e direito, encantar mesmo.

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PD – A maioria das pessoas inicia sua vida profissional numa direção que imaginava como vocação, oportunidade, interesse. Mas em algum momento desiste, almeja novos caminhos. Isso gera culpa, sensação de tempo desperdiçado? Como foi com você?

GA - Minha única culpa é não ter percebido antes que eu tinha um dom e que deveria ter olhado para ele. Todos são privilegiados e nascem com algum dom, mas percebo que nem sempre as pessoas olham para ele como oportunidade de fazer algo que goste e ainda ganhar dinheiro. Normalmente, escolhem uma carreira da moda ou que tenha boas perspectivas de futuro, ignorando se há aptidão

para seguir por aquele caminho. Sempre falo aqui na loja, se você faz o que gosta, faz melhor, e se faz melhor, tem mais chance de obter sucesso.

PD – Qual conselho você daria para aqueles que estão acalentando o desejo de mudar de rumo, mas temem demais a situação, receiam não bancar as consequências?

GA - Meu conselho é que olhem atentamente para a sua trajetória. O que realmente você gosta de fazer. Seja qual for o novo rumo, é fundamental que seja em algo que lhe dá prazer, pois é isso que o levará adiante nos momentos de dificuldade, que certamente existirão.

Minha única culpa é não ter perce-bido antes que eu tinha um dom e que deveria ter olhado para ele. To-dos são privilegiados e nascem com algum dom, mas percebo que nem sempre as pessoas olham para ele como oportunidade de fazer algo que goste e ainda ganhar dinheiro.

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PD – Qual foi à parte mais difícil e a mais estimulante do processo de mudança?

GA - A parte mais difícil creio que é você deixar de ser empregado e passar a ser patrão. É um novo contexto e você é quem vai fazer acontecer para cumprir com as responsabilidades que assumiu e isso te acompanha diariamente, mês após mês. O grande estímulo é o público que elogia o meu trabalho constantemente. Faço com muito amor e esse reconhecimento é imensurável e faz com que eu queira fazer sempre melhor.

PD – Você pensa às vezes como seria sua carreira se não tivesse ousado mudar de rumo? E como seria?

GA - Olho para trás e percebo que realmente nasci para fazer algo diferente, pois sempre me destacava nas empresas por onde passei pelo atendimento diferenciado que prestava aos clientes. Ainda assim nunca planejei ter um negócio próprio. Mas percebo que não poderia ser diferente e hoje tenho a chance de atender a expectativa de uma fatia do mercado que está aí, buscando produtos e atendimento de boa qualidade.

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Esporte: Corrida

Uma pessoa: Pode ser duas? Meu irmão e minha mãe.

Música: Aleluia (cantada pelo meu filho).

Um Filme: Em busca da felicidade.

Uma flor: Orquídeas.

Estação do Ano: Verão.

Prato preferido: Frango assado.

Um lugar perfeito: Minha casa.

Pior pesadelo: Aquele que você sabe que está sonhando e

não consegue acordar.

Lazer: Dias de descanso com a família na praia.

Um sonho: Continuar sendo merecedora do dom com o qual fui

presenteada e, de alguma forma, fazer o bem para mulheres

que precisam aumentar sua autoestima.

essencialPra VOCÊ

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Marcos Meier

eSPIrItUAL

Quem não decide engana-se achando que nada decidiu, pois não escolher é deixar, por decisão, tudo como está. Ou seja, deixar a vida levar, é decidir que as pressões sociais, outras pessoas ou as circunstâncias decidam. E isso não é sábio. É decidir ser passivo diante do mundo. É “não ter missão”.

Mudar de rumo pode ser uma negação

de sua vocação ou o encontro com sua

missão no mundo. Como descobrir? Quando eu era aluno na faculdade,

um colega me disse, referindo-se a um dilema em que ele estava envolvido: “Não vou decidir nada, vou deixar a vida me levar”. Na época eu não tive muitos argumentos para discutir, mas hoje eu teria.

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Uma semente só se torna árvore se deixar de ser semente. E isso deve “doer”, pois ela precisa romper sua casca, deixar-se quebrar e admitir que jamais será novamente o que sempre foi, para então tornar-se árvore.

Mudar não é fácil, pode trazer dor, desconforto, insegurança e tantos outros sentimentos que nos tiram temporariamente a paz, mas é a mudança que nos impulsiona ao crescimento. Uma semente só se torna árvore se deixar de ser semente. E isso deve “doer”, pois ela precisa romper sua casca, deixar-se quebrar e admitir que jamais será novamente o que sempre foi, para então tornar-se árvore. Nós somos assim também. Quando passamos por sofrimentos, crises, e conflitos, a gente muda. Olhamos para trás e vemos que já não sofreríamos tanto, que nossas decisões teriam sido abreviadas e que a vida não teria sido tão pesada, pois somos novas pessoas,

{MarCOS MEiEr}Psicólogo, escritor e palestrante. Contatos pelo site www.marcosmeier.com.br

mais maduras, mais resilientes, mais capazes de agir sob pressão. E tudo isso porque amadurecemos com a dor.

Voltando às primeiras reflexões desse texto, decidir novos rumos para nossa vida, seja nos relacionamentos, na vida espiritual ou na profissional pode trazer dor. E se mesmo conscientes do sofrimento decidimos, é porque não podíamos mais continuar no estado inicial, pois a força interior que nos levaria a ser algo extremante novo ou diferente se tornou irresistível.

Assim, quero lhe trazer alento caso você esteja no meio de um turbilhão de emoções por ter tomado decisões apesar das críticas dos que estavam próximos. A dor vai passar. E uma nova pessoa vai surgir. Mais capaz, mais sábia, mais madura. E, se por outro lado, você estiver dentro de um grande dilema entre decidir ou deixar as coisas como estão, quero lhe animar: decida. Siga seu caminho. Não é fácil, mas só assim você se tornará verdadeiro e sua missão fará sentido.

Ao vivo todas as quintas, às 15h30 na TV Evangelizar – CANAL 16

A terapia na TV. Você nunca aprendeu e se divertiu tanto!

www.falecommaria.com

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E se... não der certo?

A grande ansiedade sobre qualquer mudança está no

resultado. Ruminamos o insistente pensamento “e se não der certo?”. A mudança nos move do conforto da situação atual conhecida e nos leva ao total desconhecido e as milhões de possibilidades de consequências

– boas e ruins.

Joice GoveiaeMOCIONAL

Por mais estranho que pareça, com o tempo se torna mais confortável manter um emprego estável, com o salário garantido, na área de conhecimento em que se está desempenhando em modo automático, do que arriscar toda a aprendizagem e evolução forçadas na mudança – seja de emprego/empresa ou mesmo de área de atuação. É a manutenção da insatisfação conhecida do que o risco de mudar.

O medo de trocar “seis por meia dúzia” ou ainda não conseguir sucesso nos mantém no mesmo

lugar, fazendo as mesmas atividades, com os mesmos hábitos. Ao longo do tempo, com a falta de motivação, o desempenho diminui e os sintomas de estresse aumentam.

Quando se trata em mudanças de emprego ou carreira, arriscamos nossa sensação de estabilidade e segurança frente a todo nosso sistema social. As contas mensais virão, junto com a cobrança (sua e dos outros) de “o que você vai fazer da vida?”.

Também não há problema algum em não ter certeza ainda de que rumo tomar. Converse com

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pessoas das suas áreas de interesse, pesquise, conheça o mercado de trabalho, procure ajuda em consultorias e psicoterapeutas. Permita que seus sonhos deixem de ser irreais e meras ilusões para ganhar formas de planejamento, realização e sucesso.

Se quiser se desafiar a mudar (ou mesmo verificar se a situação atual está boa assim como está), proponho algumas perguntas que podem movimentar e usar sua ansiedade favoravelmente ao sucesso, ao novo.

E se... eu mudar?

1) O que especificamente eu quero mudar agora?

2) Quais os recursos pessoais que preciso para realizar esta mudança? (características pessoais e habilidades).

Se quiser se desafiar a mudar (ou mesmo verificar se a situação atual

está boa assim como está), proponho algumas perguntas que podem

movimentar e usar sua ansiedade favoravelmente ao sucesso, ao novo.

3) Quais recursos externos são necessários para esta mudança? (formação e especialização, consultoria, parcerias)?

4) O que perco com esta mudança? (O que se faz necessário abrir mão para a nova situação)?

5) O que ganho com esta mudança? (O que pode ser adicionado, alterado, melhorado com a nova situação a curto, médio e longo prazo)?

6) Quanto tempo ou quantas etapas preciso para realizar a mudança? (considerando os recursos necessários?).

7) O que precisaria acontecer lá no futuro para eu saber que alcancei a mudança desejada com sucesso?

Mudar causa ansiedade essencialmente porque não apresenta nenhuma garantia que a nova situação possa ser melhor do que a situação atual. Muitas vezes a expectativa se torna tão perfeita e adiante no futuro que o resultado permanece “por vir”. A motivação é perdida no meio do caminho, logo após os primeiros insucessos, uma vez que o resultado esperado é mantido lá ao longe, imenso e perfeito.

Se você puder abrir mão de controlar os resultados e se abrir para o processo de mudança, pode se surpreender com o alcance de seu potencial.

{JOiCE GOVEia}Psicóloga [CRP 08/1141][email protected]: [41] 3023-9372 – [41] 9925-8561

(41) 3223-7671

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Hoje, em busca de maior crescimento profissional, maior renda financeira, os workholics estão em alta. Profissionais ficam cada vez mais tempo trabalhando, fazendo horas extras, levando tarefas para casa, prejudicando o tempo de investimento na vida pessoal.

É sabido que funcionários saudáveis são mais produtivos e custam menos para a empresa. E falando francamente o conquista maior visibilidade não é o profissional que trabalha mais do que o necessário, mas o que realiza suas tarefas com qualidade, no tempo que tem que ser feito. Isso demonstra organização. Tudo bem, existem pessoas que trabalham durante o dia em um trabalho e a noite em outro. Ok. Mas isso não significa que podem deixar de lado o cuidado consigo mesmas.

Chico Xavier nos lembra de algo que vale a pena considerar - “A gente pensa que está em Londres, Paris, Milão. A gente pensa que está em um carro importado. A gente pensa que está dentro de uma mansão. Mas na verdade a gente está dentro de um corpo, e se nós não estivermos bem com nosso íntimo, estaremos mal em qualquer lugar”.

Por esse e muitos outros motivos, cuide-se. De todos os investimentos que podemos fazer em nossa carreira, o mais importante é garantir o bem-estar, nossa saúde. Segundo a pesquisa Global HR Barometer 2013, da consultoria Michael Page, as empresas em operação no Brasil investiram mais em programas de saúde e bem-estar (atendimento

Cuidar da carreira sem descuidar de você

Michele Chibior

FÍSICA

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nutricional e incentivo a atividade física) do que a média global – 47%, ante 42%. Isso é ótimo, mas não espere essa iniciativa partir apenas da empresa, comece por você.

Temos acompanhado com preocupação doenças que antes eram mais presentes apenas em idosos acometerem com frequência pessoas cada vez mais jovens, como obesidade, diabetes, colesterol alterado, hipertensão, entre outros, que podem ser prevenidos pela alimentação e hábitos de vida saudáveis.

E não é tão difícil assim, com algum investimento nessa direção você consegue. Vale lembrar que a maioria das pessoas de sucesso são pessoas persistentes e se você gastar energia demais com o desnecessário, faltará energia para o que é essencial.

Fique atento a pequenas mudanças no dia-a-dia que já são um bom começo:

• Durma bem! Não precisa ser 8 horas por dia, mas o suficiente para que acorde disposto e descansado;

• Pratique atividade física. Antes procure um médico para avaliar sua saúde e depois um profissional de educação física para orientar os exercícios;

• Alimente-se bem! Assim como você não coloca qualquer combustível no seu carro, não deve colocar qualquer alimento para dentro do seu corpo! Procure ajuda de um nutricionista para orientações individualizadas;

• Tome água! Pelo menos 2 litros. Ande com uma garrafinha para melhor controle da quantidade!

• Comece a substituir alimentos refinados por integrais. Exemplo: coma 2x por semana arroz integral; na elaboração de um bolo, use metade de farinha integral;

• Consuma mais alimentos orgânicos, principalmente os alimentos que contém mais teores, como morango, tomate, pimentão, cenoura, alface, pepino;

• Consuma menos industrializados. Evite colocar produtos artificiais em seu corpo, aromatizantes, conservantes, corantes, etc. Eles só intoxicam o organismo;

• Reduza o consumo de sal. Um dos inimigos da saúde, o sódio, em excesso, prejudica a saúde. Abuse dos temperos naturais;

• Faça refeições frequentes, de 3 em 3 horas. Assim você evita exagerar nas refeições principais.

Cuidar da saúde é um investimento para a vida toda, e é um diferencial valioso. Quem cuida da alimentação tem boa memória, não falta ao trabalho por motivos de doença e tem mais energia para as tarefas diárias.

Qualidade de vida não é opcional. Pense nisso!

Temos acompanhado com preocupação doenças que antes eram mais presentes

apenas em idosos acometerem com frequência pessoas cada vez mais jovens,

como obesidade, diabetes, colesterol alterado, hipertensão, entre outros, que

podem ser prevenidos pela alimentação e hábitos de vida saudáveis.

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{MiCHELE CHibiOr}Nutricionista da Nutritiba - Nutrição e Coaching para Emagrecimento.

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Tudo muito lindo, tudo muito vós, eles, nós. Mas quando menos esperamos, nos damos conta do quão eu nos tornamos. As brincadeiras em grupo, as atividades da turma na escola, o encontro dos escoteiros, do time disso ou daquilo... tudo, absolutamente tudo sucumbe diante da competitividade obrigatória à sobrevivência num mundo de vestibulares, concursos e seleções. Ninguém sabe explicar bem como ou quando isso acontece, mas de repente nos vemos pulando da cama cedo, envoltos “na correria durante o dia”, atravessando a cidade pra ir vender nosso tempo a alguém em troca de uma coisa a qual chamamos

Crescemos ouvindo que somos seres sociais. O médico que me deu um tapinha no bumbum ao nascer, a mãe e o pais que me disseram que eu sou a fulaninha, filha deles, irmã do ciclano e por aí afora. Definitivamente: somos sociais. Existo a partir do outro, não há verão com uma andorinha só, a força vem da união, sonho que se sonha junto é realidade.

Jeanine Rolim

SOCIAL

Não mudaremos tudo. Mas...

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dinheiro e que nos ensinaram ser tão importante. Por fim, chegamos “mortos” em casa. Exauridos demais para tudo. Ensimesmados demais para outros.

Mas fazer o que? A vida segue, os boletos também. É preciso continuar. Será? Ou a melhor pergunta seria: “Assim mesmo?” Não haveria outros jeitos, meios , formas, de sermos todos menos eu e um pouco mais nós? Precisamos mesmo de tudo isso? De tantas roupas, carros, casas mirabolantes, viagens alucinantes e jantares a preços exorbitantes? Em que parte da história se perdeu o menininho que dividia o sanduba com o colega no lanchinho da pré escola? A menininha que ajudava a outra a subir a escada então gigante do escorregador. Em que capítulo ficaram os jovens idealistas, com mil planos para salvar o mundo? E aonde é que dorme esse adulto que de vez em quando chora frente à Tv numa notícia de fome, morte e miséria?

Não somos Deus, não mudaremos tudo. Mas podemos mudar a nós mesmos um pouquinho, um “muitinho”. Quem sabe uma hora a menos naquelas tantas extras que fazemos pode se tornar em uma passadinha num asilo, orfanato, hospital. Uma aula dada como voluntário, uma flor entregue a um idoso que há tanto não ganha sequer um sorriso alheio. Um beijo, um abraço, um livro, um olhar.

Seremos, talvez, um pouco mais pobres da “coisa dinheiro”, mas bem mais ricos de essência, de paz consigo mesmo, de aprendizados e amores dados. Comecemos.

Mas fazer o que? A vida segue, os boletos também. É preciso continuar.

Será? Ou a melhor pergunta seria: “Assim mesmo?” Não haveria outros

jeitos, meios , formas, de sermos todos menos eu e um pouco mais nós?

Precisamos mesmo de tudo isso?

{JEaNiNE rOLiM }Palestrante e escritorajeaninerolim.blogspot.com.br

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Planeje-se e Mude!

Gilvanise Gulicz

FINANCeIrO

E tal mudança não aconteceu porque um dia acordei entediada com a paisagem e resolvi telefonar para uma transportadora e pedir que viessem ‘simplesmente’ buscar minhas coisas porque acordei com vontade de mudar de endereço. Definitivamente, não é assim que acontece uma mudança. Se vou mudar de casa existe um motivo. Para mudar de profissão, também: estou insatisfeita, cansada das atividades desenvolvidas, desmotivada, estressada ou apenas em busca de novos desafios.

Mudar de profissão muitas vezes requer planejamento, organização de reservas, o que faz muita gente desistir de alçar novos voos. Mas

existem várias maneiras de buscar novas direções, que talvez não

sejam maneiras necessariamente ‘simples’, mas seguramente

possíveis. Mudar de profissão é quase como mudar de casa e

acredito que a maioria de nós já mudou de casa pelo menos uma

vez na vida. Eu já mudei.

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Então, primeiramente, preciso identificar os motivos que me levam a querer mudar de profissão.

Uma vez identificados os motivos, preciso encontrar um novo lugar: um lugar que se adeque ao meu jeito de ser, às minhas necessidades, habilidades, aptidões e que seja exatamente como desejo, mas, para tanto, preciso identificar exatamente o que desejo. Preciso definir o que é um emprego melhor, qual é a profissão que vai me fazer feliz. Aqui entra a necessidade do autoconhecimento, da reflexão. E, finalmente, preciso de uma reserva financeira, porque esse novo lugar, essa nova profissão, pode demandar um ‘novo eu’, ou seja, para mudar de profissão é preciso investir em cursos, especializações, capacitações. Algumas vezes é preciso investir em um local, um espaço físico ou em aparelhos, máquinas especializadas. Sem falar em divulgação, marketing e itens similares, quando se trata de empreender.

Agora é chegado o momento de identificar ‘quanto custa o lugar para onde vou?’. Assim consigo prever quanto tempo devo poupar para dar o passo seguinte: sair do trabalho atual. Desta maneira posso calcular quanto necessito para efetivar minha mudança e avalio quanto posso economizar por mês, eliminando

todo e qualquer gasto ‘supérfluo’. Se eu almoço em restaurantes todos os dias, posso passar a preparar a comida em casa e levar para o local de trabalho, economizando assim centenas de reais por alguns meses. É comum, neste estágio, começarem as auto sabotagens: ‘Ah, mas no meu local de trabalho não dá para esquentar a comida’. Então a solução é levar algo que não precise ser esquentado e que, ainda assim, seja gostoso: saladas com carnes desfiadas ou tortas frias, por exemplo.

O importante é estarmos atentos às inúmeras desculpas que aparecem nesta fase e que podem colocar tudo a perder. Para mudar é preciso persistência e determinação. Outra maneira de economizar é evitar gastos com viagens, roupas, sapatos, revistas, acessórios. Tudo que puder esperar, deve esperar. É preciso estabelecer prioridades. E há também a possibilidade de pensar em alguma atividade que possa gerar renda extra: o que eu sei fazer que pode ser vendido? Vale artesanato, alimentos, customização de roupas, tradução, revisão de textos, aulas particulares: qual a minha habilidade extra?

Finalmente a última etapa: mãos à obra em direção ao sucesso!

Preciso definir o que é um emprego melhor, qual é a

profissão que vai me fazer feliz. Aqui entra a necessidade do

autoconhecimento, da reflexão.

{GiLVaNiSE GULiCz }CRP 08/4116www.portalvocacional.com.br

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