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muito para além da pedagogia da libertação de Paulo Frente está uma compreensão mais ampla do que significa propriamente liberdade
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Psicologia da Libertação
1. Pedagogia 2. Psicologia
3. De Dentro Pra Fora, De Fora Pra Dentro
4. Retrato Psicológico 5. Caminho Pedagógico
6. Teologia da Libertação 7. Conhecimento da Libertação 8. Pedagogia da Libertação 9. Libertação da Pedagogia
10. Novamor
Vitória, quinta-feira, 24 de dezembro de 2009. José Augusto Gava.
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Capítulo 1 Pedagogia
PONTE É SALTO PERMANENTE
IMPOTÊNCIA DA ESQUERDA
(e é declaração de Conhecimento – Magia-Arte, Teologia-Religião, Filosofia-Ideologia, Ciência-Técnica e Matemática -, particularmente declaração tecnocientífica)
IMPOTÊNCIA DA DIREITA
O Ocidente geme pelo Oriente...
(se não aparece o construtor de
pontes, se o sumo pontífice não se manifestar não haverá reunião)
... e o Oriente grita pelo Ocidente.
esquerda do centro
(a esquerda querendo trabalhar
como pessoa inteira)
corpomente do centro
(a integridade restaurada)
direita do centro (a direita
tentando funcionar como indivíduo
completo) Enfim, só é possível unir esquerda e direita
pelo centro. E para isso precisamos do pontífice. Para construir TODAS as pontes precisamos do sumo pontífice.
1. centro das figuras ou psicanálises; NO CASO, AQUI, O CENTRO DA PSICOLOGIA
2. centro das metas ou psico-sínteses; 3. centro das produções ou economias; 4. centro das organizações ou sociologias; 5. centro dos espaçotempos ou geo-histórias. O sumo pontífice é um construtor de pontes, é um
engenheiro, mas engenheiro psicológico; é um arquiteto, porém arquiteto de almas: ele estende uma passagem para costurar as duas margens da essênciexistência, aproximando-as uma da outra sem esquecer ou esconder as independências.
ESSÊNCIA A ESSÊNCIEXISTÊNCIA
essênciexistência EXISTÊNCIA Céu
T-C ou C-T Terra
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A Pedagogia geral NÃO É a construção de pontes, é a tecnociência (psicológica) da transferência do Conhecimento (Magia-Arte, Teologia-Religião, Filosofia-Ideologia, Ciência-Técnica e Matemática). Não é o duto que passa de um lado ao outro do canal, o contentor; é a psicologia que orienta o fluxo para passagem no maior ou menor corte reto, dizendo que tamanho deve ter e para quem. A ponte é a arquiengenharia psicológica que sustenta os dutos e os dimensiona. A Pedagogia é o que diz o que deve passar, quando e para quem.
A PEDAGOGIA PSICOLÓGICA
1. pedagogia das figuras (há um fluxo constante de informações sobre como se vestir, calçar, andar, falar, etc.);
(é condução PSICOLÓGICA de almas ao conhecimento e, portanto, à autoconfiança a respeito das pessoambientes). São cinco os gêneros:
2. pedagogia dos objetivos (como é que a coletividade diz aos indivíduos que metas seguir?);
3. pedagogia das produções (há que substituir os que morrem ou adoecem ou enfraquecem biológica ou psicologicamente);
4. pedagogia das organizações (qual é o minimax – máximo com mínimo - dos aparelhos e dos quadros políticadministrativos ou governempresariais ou pessoambientais?);
5. pedagogia dos espaçotempos (como usar adequadamente os espaços permissivos e os tempos transcorríveis?).
A MAIS CENTRADA E PERFEITA DAS TRANSFERÊNCIAS
EMISSÃO
(100 % de aproveitamento na emissão, no meio e na recepção: conseqüentemente, a Pedagogia é parte da Teoria da Informação)
MEIO RECEPÇÃO
RE-RECEPÇÃO REEMISSÃO
Capítulo 2 Psicologia
O PROBLEMA DO CONTRÁRIO-COMPLEMENTA
R (é encontrar, dentre todas as ofertas-ilusões, o caminho único que é o mais eficiente)
... e aqui fica o quadrado que deve
recebê-lo.
Aqui o
conhecimento está
“redondinho” ...
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O problema é sempre o da quadratura do círculo ou da circulação do quadrado; é o da adaptação mútua para produzir o quadrondo (quadrado-redondo).
1. pois os opressores são todos, e não uma categoria em particular (o modelo pirâmide diz que uns são PROVISORIAMENTE mais opressores que outros, pois pela dialética TUDO vira o contrário-complementar no ciclo certo);
A EQUIVOCADA PEDAGOGIA DA LIBERTAÇÃO
2. pois é preciso identificar em cada quadra geo-histórica (Antiguidade de 10000 a.C. a 476, Idade Média de 476 a 1453, Idade Moderna de 1453 a 1789, Idade Contemporânea de 1453 a 1991 e Idade Pós-Contemporânea de 1991 para frente) quem foram os opressores e seus apoiadores (estes são, direta e indiretamente, os mais surpreendentes dentre todos);
3. não é no CANAL, no meio, que deve agir o dilatador ou libertador, mas na fonte e no destinatário; neste, para receber, e naquele para que esteja disposto a enviar (o diâmetro do canal de fluxo é importante, mas se as extremidades estiverem dispostas a dialogar o canal será automaticamente alargado para BANDA LARGA DE TRANSFERÊNCIA das mensagens); é assim como você ter uma BLT de Internet em casa: isso não te dá grandeza nem te liberta, apenas possibilita chegar às informações que possibilitariam libertar. Não é a pedagogia que liberta, mas a Filosofia por trás dela, aliás, todo o Conhecimento; a pedagogia do oprimido tem focado o canal;
4. o que liberta é, principalmente, de um lado a vontade de quem quer receber (apesar de apresentada a mensagem as PESSOAS - indivíduos, famílias, grupos, empresas - podem se recusar a recebê-las; é necessário haver EMPENHO PESSOAL do receptor); e, do outro lado, o emissor deve POR PRINCÍPIO colocar-se contrário ao opressor: ele deve ter idéia e vontade de sair da classe dos opressores e se bandear à classe dos oprimidos;
5. depois, a MENSAGEM PSICOLÓGICA deve ser libertadora, deve apontar os meios, os recursos que facilitarão aos oprimidos safarem-se da opressão, da capitulação a ela; a pedagogia do oprimido não aponta os instrumentos de libertação psicológica geral nem socioeconômica em particular;
6. lembre-se que o opressor também é oprimido, porque não consegue escapar à justificação da opressão e também porque é em outras instâncias oprimido pelo conjunto;
7. muitos outros índices de insuficiência. Entrementes, no Brasil da mesmice a Pedagogia da
Libertação foi algo de maravilhoso, a coisa mais entusiasmante com que deparei antes do modelo.
PEDAGOGIA DA LIBERTAÇÃO (geralmente associada a Paulo Freire, na realidade todos os iluminados a pregaram, inclusive o maior deles, Cristo). Não estou denegrindo Paulo Freire, pelo contrário,
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ele foi um gigante no mundo inteiro, particularmente no Brasil, aonde tantos anãos medrosos vieram nascer para atingir o gigantismo de sua pequenez medonha.
Pedagogia libertadora Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A pedagogia libertadora, também denominada pedagogia da libertação, faz parte dos postulados centrais de Paulo Freire, a qual é conhecida e pesquisada em diversas
universidades ao redor do mundo. A Pedagogia Libertadora utiliza "temas geradores", ou seja, os alunos são
alfabetizados com as palavras que usam no dia-a-dia, sempre associando o processo de alfabetização com a vida.
A PEDAGOGIA DA LIBERTAÇÃO
O maior educador que conheci em minha geração foi sem dúvida Paulo Freire que delineou a Pedagogia da
Libertação, intimamente relacionada com a visão do terceiro mundo e das classes oprimidas na tentativa de
elucidá-las e conscientizá-las politicamente. Suas maiores contribuições foram no campo da educação
popular para a alfabetização e a conscientização política de jovens e adultos operários, chegando a influenciar em movimentos como os das CEBs - Comunidades Eclesiais de
Base. No entanto, a obra de Paulo Freire ultrapassa esse espaço e atinge toda a educação, sempre com o conceito básico de que não existe uma educação neutra: segundo a sua visão,
toda a educação é, em si, política. Palavras (articuladoras do pensamento crítico) e a
pedagogia da pergunta, são princípios da pedagogia de Paulo Freire. A maioria dos pedagogos desenvolvem seu trabalho tendo com base os conceitos de Paulo Freire.
NO MODELO PIRÂMIDE CINCO CANAIS PARA A TRANSFERÊNCIA
canal econômico (produção sem opressão)
canal psicanálítico
(figuras equilibradas)
canal geo-histórico (espaços e tempos
livres e libertários)
canal psico-sintético
(objetivos que contentem)
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canal sociológico (organizações sem
despotismo)
Tem de ser libertadora em todas essas instâncias!
Capítulo 3 De Dentro Pra Fora, De Fora Pra
Dentro
Serra Do Luar Walter Franco
Amor, vim te buscar
Em pensamento Cheguei agora no vento
Amor, não chora de sofrimento Cheguei agora no vento
Eu só voltei prá te contar Viajei...Fui prá Serra do Luar Eu mergulhei...Ah!!!Eu quis voar Agora vem, vem prá terra descansar
Viver é afinar o instrumento De dentro prá fora De fora prá dentro
A toda hora, todo momento De dentro prá fora De fora prá dentro
A toda hora, todo momento De dentro prá fora De fora prá dentro Amor, vim te buscar
Em pensamento Cheguei agora no vento
Amor, não chora de sofrimento Cheguei agora no vento
Eu só voltei prá te contar Viajei...Fui prá Serra do Luar Eu mergulhei...Ah!!!Eu quis voar Agora vem, vem prá terra descançar
WALTER, BEM FRANCO
Viver é afinar o instrumento (de dentro) De dentro prá fora
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De fora prá dentro A toda hora, todo momento
De dentro prá fora De fora prá dentro
A toda hora, todo momento De dentro prá fora De fora prá dentro
Tudo é uma questão de manter A mente quieta A espinha ereta
E o coração tranquilo Tudo é uma questão de manter
A mente quieta A espinha ereta
E o coração tranquilo A toda hora, todo momento
De dentro prá fora De fora prá dentro
A toda hora, todo momento De dentro prá fora De fora prá dentro RESUMO DA ÓPERA
Viver é afinar o instrumento
De dentro prá fora De fora prá dentro
A toda hora, todo momento De dentro prá fora De fora prá dentro
A toda hora, todo momento De dentro prá fora De fora prá dentro
de dentro pra fora a afinação do instrumento corpomental é delicadíssima,
porque o instrumento é
delicadíssimo (e nem é o indivíduo,
é o conjunto)
de fora pra dentro
LIBERTAÇÃO PSICOLÓGICA
a)
(de dentro para fora e de fora para dentro, pojamento e despojamento, ensinar a possuir e ensinar a despossuir)
a.1. libertação dos indivíduos (o treinamento deve ser metódico, sistemático, diário em casa e fora de casa, nas escolas desde o pré-primário; de fato, desde o útero);
a.2) libertação das famílias (as pessoas compram em excesso, consomem em excesso, carregam pesos enormes dos supermercados só porque não foram treinadas em auto-contenção);
a.3) libertação dos grupos;
LIBERTAÇÃO DAS PESSOAS:
a.4) libertação das empresas (elas perseguem metas solitárias não-ambientais e nos castigam com excessos cujos custos serão
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pagos no futuro e deveriam estar embutidos desde já);
b) b.1) libertação das cidades-municípios (por
quê nos impingiram essas idéias de crescimento a qualquer custo?);
b.2) libertação dos estados (beleza, dignidade, firmeza de caráter, amor, dedicação deveriam ser os valores a serem ensinados nas escolas);
b.3) libertação das nações (o descontrole dos proponentes do Capitalismo geral nos conduziu a porto em alto-mar, diante da mais profunda das fossas submarinas, e ali furou o casco de todo mundo, vendendo-nos as canções de lamentação na hora de nossa morte, amém);
b.4) libertação do mundo (isso virá através da mais profunda e generalizada crise vivida pela humanidade, uma lição profundíssima).
É o movimento de pensar e perguntar.
LIBERTAÇÃO DOS AMBIENTES:
CONVERSAÇÃO
(é biunívoca, mesmo quando de muitos a muitos; para conversar é preciso que um pouco do outro caiba em sua memória)
emissor/receptor
receptor/emissor
Qualquer família-umbigo (veja a cartilha A
Gente-Umbigo e a Empurração) com cinco carros na garagem e uma casa ampla pensa que é livre, mas na realidade todos nós somos prisioneiros em um ou outro sentido; outros, que não possuem sequer um carro e têm no máximo uma casa simples são livres noutro sentido, prisioneiros naquele. Quase todos nós somos prisioneiros e livres ao mesmo tempo: se compartilhássemos, poderíamos ser muito mais livres em muito mais coisas.
Realmente, é preciso afinar o Instrumento geral.
Capítulo 4 Retrato Psicológico
Quando se faz consulta com homeopatas eles
procuram indagar sobre tudo a nosso respeito, tanto pessoa quanto ambiente, o que é o certo, pois somos conjunto, sempre hólon (do grego através de Koestler: holo, todo e on, parte; partodo ou todoparte no modelo pirâmide).
Ademais, como o modelo pirâmide frisou tanto, não deveriam os médicos estar tratando somente dos corpos, pois somos corpomentes, nem os psicólogos apenas das mentes: deveriam tratar-nos psicologicamente dos corpomentes, especializando-se na compreensão e uso da língua, inclusive no sentido de domínio profundo do vernáculo.
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PSICOLOGIA DA LÍNGU
Linguagem Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A (a língua é a alma do negócio)
Linguagem é qualquer e todo sistema de signos que serve de meio de comunicação de ideias ou sentimentos através de signos convencionados,
sonoros, gráficos, gestuais etc., podendo ser percebida pelos diversos órgãos dos sentidos, o que leva a distinguirem-se várias espécies de linguagem:
visual, auditiva, tátil, etc., ou, ainda, outras mais complexas, constituídas, ao mesmo tempo, de elementos diversos.[1][2] Os elementos constitutivos da linguagem são, pois, gestos, sinais, sons, símbolos ou palavras, usados para representar conceitos de comunicação, ideias, significados e pensamentos. Embora os animais também se comuniquem, a linguagem propriamente dita
pertence apenas ao Homem.[3]
Algumas áreas do cérebro envolvidas no processamento da linguagem: Área de Broca (Azul), Área de Wernicke (Verde), Giro supramarginal (Amarelo),
Giro angular (Laranja) ,Cortex auditivo primário (Rosa) Generalidades
Não se devem confundir os conceitos de linguagem e de língua. Enquanto aquela (linguagem) diz respeito à capacidade ou faculdade de exercitar a
comunicação, latente ou em ação ou exercício, esta última (língua ou idioma) refere-se a um conjunto de palavras e expressões usadas por um povo, por
uma nação, munido de regras próprias (sua gramática). Noutra acepção (anátomo-fisiológica), linguagem é função cerebral que
permite a qualquer ser humano adquirir e utilizar uma língua. Por extensão, chama-se linguagem de programação ao conjunto de códigos
usados em computação. O estudo da linguagem, que envolve os signos, de uma forma geral, é
chamado semiótica. A linguística é subordinada à semiótica porque seu objeto de estudo é a língua,[4] que é apenas um dos sinais estudados na
semiótica. Origens da linguagem humana
A respeito das origens da linguagem humana, alguns estudiosos defendem a tese de que a linguagem foi criada a partir de uma comunicação gestual com
as mãos.[5] A partir de alterações no aparelho fonador, os seres humanos passaram a poder produzir uma variedade de sons muito maior do que a dos
demais primatas. Funções da linguagem
Obs:Para melhor compreensão das funções de linguagem, torna-se necessário o estudo dos elementos da comunicação. Antigamente, tinha-se a idéia que o
diálogo era desenvolvido de maneira "sistematizada" (alguém pergunta - alguém espera ouvir a pergunta, daí responde, enquanto outro escuta em
silêncio, etc). Exemplo: Elementos da comunicação
• Emissor - emite, codifica a mensagem; • Receptor - recebe, decodifica a mensagem;
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• Mensagem - conteúdo transmitido pelo emissor; • Código - conjunto de signos usado na transmissão e recepção da
mensagem; • Referente - contexto relacionado a emissor e receptor;
• Canal - meio pelo qual circula a mensagem. Porém, com os estudos recentes dos linguistas, essa teoria sofreu uma
modificação, pois, chegou-se a conclusão que quando se trata da parole, entede-se que é um veículo democrático (observe a função fática), assim,
admite-se um novo formato de locução, ou, interlocução (diálogo interativo):
• locutor - quem fala (e responde); • locutário - quem ouve e responde;
• interlocução - diálogo nota: as respostas, dos "interlocutores" podem ser gestuais, faciais etc. por
isso a mudança (aprimoração) na teoria. Observação: as atitudes e reações dos comunicantes são também referentes e
exercem influência sobre a comunicação Funções da linguagem
• Emotiva (ou expressiva) - a mensagem centra-se no "eu" do emissor, é carregada de subjectividade. Ligada a esta função está, por norma, a
poesia lírica. • Função apelativa (imperativa) - com este tipo de mensagem, o emissor
actua sobre o receptor, afim de que este assuma determinado comportamento; há frequente uso do vocativo e do imperativo. Esta função da linguagem é frequentemente usada por oradores e agentes
de publicidade. • Função metalinguística - função usada quando a língua explica a
própria linguagem (exemplo: quando, na análise de um texto, investigamos os seus aspectos morfo-sintácticos e/ou semânticos).
• Função informativa (ou referencial) - função usada quando o emissor informa objectivamente o receptor de uma realidade, ou
acontecimento. • Função fática - pretende conseguir e manter a atenção dos
interlocutores, muito usada em discursos políticos e textos publicitários (centra-se no canal de comunicação).
• Função poética - embeleza, enriquecendo a mensagem com figuras de estilo, palavras belas, expressivas, ritmos agradáveis, etc.[3]
Também podemos pensar que as primeiras falas conscientes da raça humana ocorreu quando os sons emitidos evoluiram para o que podemos reconhecer
como 'interjeições". As primeiras ferramentas da fala humana. Linguagem humana
A função biológica e cerebral da linguagem é aquilo que mais profundamente distingue o homem dos outros animais. Podemos considerar que o
desenvolvimento desta função cerebral ocorre em estreita ligação com a bipedia e a libertação da mão, que permitiram o aumento do volume do
cérebro, a par do desenvolvimento de órgãos fonadores e da mímica facial Devido a estas capacidades, para além da linguagem falada e escrita, o
homem - aprendendo pela observação de animais - desenvolveu a língua de sinais adaptada pelos surdos em diferentes países, não só para melhorar a
comunicação entre surdos, mas também para utilizar em situações especiais, como no teatro e entre navios ou pessoas e não animais que se encontram
fora do alcance do ouvido, mas que se podem observar entre si.
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Linguagem e línguas: Taxonomia das línguas As línguas do mundo foram agrupadas em famílias de línguas que têm
semelhanças. Os maiores grupos são as línguas indo-européias, línguas afro-asiáticas e as línguas sino-tibetanas.
Línguas construídas Uma das muitas línguas planejadas que existem, o esperanto, foi criada por
L. L. Zamenhof. O Esperanto é uma compilação de vários elementos de diferentes línguas humanas cuja intenção é de ser uma língua de fácil
aprendizagem, de forma a proporcionar a toda a população humana uma forma mais fácil e democrática de se comunicar. Hoje é possível encontrar recursos didáticos - gratuitos ou não - na rede mundial para aprendê-la; é
uma língua viva em ascensão. Outras línguas artificiais cada vez mais exploradas e conhecidas hoje em dia
são as criadas por J. R. R. Tolkien, autor dos livros da série O Senhor dos Anéis. Segundo o próprio autor, ele criou todo um mundo de aventuras para ter um contexto e um lugar próprio onde inserir as línguas que tinha criado. Na lista de línguas que Tolkien criou podem encontra-se: Quenya, Sindarin,
Adûnaic, Entish, Khuzdûl. O número de línguas artificiais, geralmente chamadas conlangs (palavra que
vem do inglês constructed language, "língua construída") tem vindo a aumentar a cada dia. Há vários sites na Internet que aprofundam o tema,
contendo listas e breves introduções a centenas ou mesmo milhares de línguas artificiais. A maioria das pessoas que se dedica ao fenómeno, os
chamados conlangers, fazem parte de uma lista de distribuição de emails: a CONLIST.
Idiomas minoritários e línguas minoritárias Idiomas minoritários, como pode facilmente ser deduzido, são línguas utilizadas por certos segmentos minoritários de uma civilização. Muito
embora, em certos casos, uma língua pode até ser falada pela maioria dos habitantes de um país em seu cotidiano, mas mesmo assim ser a língua não oficial ou nacional e, para todos os efeitos, permanecendo na condição de
idioma minoritário. Um exemplo a ser citado seria o idioma tetum prevalente na nova nação (Timor-Leste), onde o idioma oficial nacional escolhido foi a
língua de Camões. Línguas minoritárias podem existir restritas à condição oral, isto é, somente
falada ou podem ser também escritas (ou semi-escritas). Normalmente idiomas minoritários podem ser divididos entre duas categorias: Idiomas
autóctones e idiomas alóctones. Autóctone significa natural da terra, indígena. Alóctone significa basicamente língua transplantada ou língua de
imigração. Muitas línguas minoritárias autóctones, como as indígenas do continente
americano, adotaram um sistema de escrita europeu com forma de autonomia ante a adaptação.
Outras línguas transplantadas, ao passar do tempo, tornaram-se basicamente línguas faladas mas muito pouco escritas. Um exemplo disso é o idioma
alemão cultivado no sul do Brasil por quase duzentos anos (em 2005) que é utilizado em casa e nos círculos mais íntimos, sendo que o português é a
língua pública e escrita. Vejamos alguns exemplos pertinentes ao Brasil: Na primeira categoria se
encaixam idiomas nativos como o mbyá-guaraní, o caingangue (kaingang), o terena, etc… já na segunda categoria se enquadram línguas regionais
brasileiras que resultaram da incursão de povos de fora, como o idioma
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alemão (nas suas distintas variações como o pomerano ou Pommersch Platt e o Hunsrückisch, também conhecido por Riograndenser Hunsrückisch ou Hunsrückisch Platt), o italiano ou talian, o japonês, o romani (um falar cigano) e o yorubá ou Iorubá (sendo que esta língua de origem africana
permanece viva mais nos rituais religiosos afro-brasileiros, como no candomblé de Salvador da Bahia).
Além disso existem línguas que resultam de contato com o estrangeiro, por exemplo, brasileiros que habitam regiões fronteiriças e que,
conseqüentemente, aprendem a falar castelhano (ou ao menos o chamado portunhol ou portuñol). Nas fronteiras dos Estados Unidos, similarmente,
surge o falar Chicano ou Spanglish. Ainda dentro desta categoria podem ser classificadas aquelas línguas novas que resultam de tais contatos, tomando vida própria e passando a funcionar
como língua comum ou franca entre dois ou mais grupos de falantes de idiomas diferentes. Por exemplo, a Língua Geral do Brasil colonial, mas que
é, ainda hoje, falada em certas localidades do Amazonas. E, também, comparativamente, pode-se citar o Jargão Chinook (ou Chinook Jargon) que
surgiu no noroeste da América do Norte, que foi utilizado por diferentes tribos da região, por europeus e até mesmo por imigrantes chineses. Em
ambos os casos, tanto a Língua Geral como o Jargão Chinook (pronunciado xâ-núk) surgiram formas escritas, além da oral.
Também temos os exemplos de línguas de contato adotadas através da incursão de brasileiros nas academias e universidades estrangeiras, por
exemplo o francês e o inglês. As línguas artificiais ou construídas também são línguas minoritárias, inclusive a língua de sinais, conforme já citado neste
espaço. Também vale notar os regionalismos que surgem praticamente em todas as culturas do mundo. No Brasil podemos citar variações distintas da língua
nacional que se desenvolveram através dos anos, como por exemplo as falas do gaúcho, do carioca, do nordestino, do capixaba, do baiano, do mineiro,
etc. Existem mais duas categorias distintas de falares freqüentemente ignorados
quando se fala nas línguas do mundo: A primeira destas classificações tratando-se das línguas inventadas por
crianças e jovens para se comunicarem entre si em segredo na presença de adultos, geralmente de seus pais (play languages). Um exemplo disso é o chamado "pig latin" (Igpay Atinlay) que existe principalmente no mundo
cultural anglo-saxão. No mundo cultural castelhano existe o jargão jeringonzo, também chamado de jeringonza e jeringôncio). No Brasil existe a
chamada Língua do P. A segunda destas categorias são as linguagens próprias de profissões ou de certos meios que são, muitas vezes, considerados de má ou questionável
reputação. No mundo teuto (alemão) existe o falar Rotwelsch ou Gaunersprache (o falar da malandragem), sendo que seus equivalentes na Grã-Bretanha, na França e na Argentina são, respectivamente, o cant, o
argot e o lunfardo. Um assunto controverso que tem emergido em certos meios já desde antes de virada do milênio é justamente a preservação e, até mesmo, o reavivamento
de línguas minoritárias ou de línguas minoritárias em determinados contextos. O primeiro é o caso do irlandês na Irlanda ou do maori na Nova
Zelândia - este último exemplo sendo considerado um dos grandes sucessos. O segundo caso, o do galego na Espanha, considerado por muitos uma
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variedade do português, ou o francês no Canadá pois são línguas internacionais mas com estatuto minoritário nesse contexto. Existe toda uma
preocupação com o rápido desaparecimento de idiomas no mundo, especialmente com o advento da globalização.
A modo de exemplo, apesar de mais de duzentas línguas serem faladas na República do Brasil, a vasta maioria dos brasileiros acredita que se fala
somente português. Linguagens não-humanas
Para muitos autores uma das principais distinções entre homem - animal ou Homo sapiens outros hominídeos se dá através da linguagem.
Estudos sobre os macacos chimpanzés (Pan) identificaram mais de cem sinais para comportamentos de jogo, agressão, alarme, organização do bando,
sexo, etc. Esse número tem sido revisto com os experimentos de ensino da linguagem a primatas bem como com a análise da interação dos cães,
especialmente pastores, com as atividades profissionais humanas. Mas isso nem se compara à linguagem humana. Pesquisas sobre
desenvolvimento da linguagem já identificaram entre estudantes de universidades um vocabulário de 80 mil palavras.
Diferenças cerebrais entre homens e mulheres Com o avanço da neurociência, decorrente principalmente do avanço do
processamento computadorizado de imagens, diferenças comportamentais e de aptidão entre homens e mulheres passaram a ter
fundamentação científica na diferenciação cerebral anatômica e funcional entre os gêneros de nossa espécie.
Informalmente, e até mesmo folcloricamente, costuma-se atribuir diferenças comportamentais e de aptidão entre homens e mulheres. Muitas destas características diferenciadas entre os sexos ganharam
respaldo científico ao serem apontadas na sociobiologia e comprovadas na neurociência.
Pesquisas mostram que homens e mulheres têm
áreas diferentes do cérebro ativadas por um estímulo sexual. Edward O. Wilson ,o "pai" da sociobiologia, da Universidade de
Harvard, afirmou que as mulheres tendem a ser melhores do que os homens em empatia, em habilidades verbais, sociais, e de proteção, dentre outras, enquanto que os homens tendem a ser melhores em
habilidades de independência, de dominação, em habilidades matemático-espaciais, e outras características.
Tais características foram, por muito tempo, identificadas como conseqüência da influência social. No entanto, as diferenças de gênero
já se manifestam desde alguns meses após o nascimento, quando a
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influência social ainda é pequena. Como observaram Anne Moir e David Jessel, no livro "Brain Sex".
E sendo assim, estas características distintas devem ser atribuídas às diferenças estruturais e funcionais existentes entre os sexos. A neurociência, diante de algumas descobertas realizadas, devido ao
emprego e evolução de exames computadorizados, apontou que muitas destas distinções entre os organismos de homens e mulheres encontram-
se em seus cérebros.
Áreas do cérebro relacionadas à linguagem.
Eis algumas destas descobertas: • LIP(lóbulo ínfero-pariental):
Este lóbulo, uma área bilateral e localizada logo acima do nível das orelhas, é consideravelmente maior nos homens do que nas
mulheres. E sendo o volume desta área, ao que tudo indica (devido à constatação de que o LIP foi encontrado mais desenvolvido em pessoas como Albert Einstein e outros físicos e matemáticos), correlacionado com as habilidades mentais em matemática, seria esta uma prova da melhor aptidão masculina para a matemática, como afirmou Edward
Wilson. Ainda observando o LIP, constatou-se que nos homens, sua parte
esquerda é mais desenvolvida do que a direita e que nas mulheres ocorre o contrário. E como o lado esquerdo está relacionado à percepção do
tempo e do espaço e à capacidade de rotação mental de figuras tridimensionais, e o lado direito está relacionado à memória envolvida na compreensão e manipulação das relações espaciais e à percepção de nossos próprios sentimentos ou emoções, estas constatações ratificam o
que foi dito por Wilson. • Áreas de Broca e Wernicke (áreas nos lobos frontais e temporais
relacionadas à linguagem): Um estudo dirigido pelo Dr. Godfrey Pearlson, da Universidade Johns Hopkins University, constatou que estas áreas são
significantemente maiores nas mulheres, fornecendo assim um motivo biológico para a notória superioridade mental das mulheres relacionada à
linguagem. Outro aspecto que propicia um melhor desenvolvimento mental
feminino para linguagem é que o cérebro das mulheres processa a linguagem verbal simultaneamente nos dois lados (ou hemisférios) do
cérebro frontal, enquanto que os homens tendem a processá-la apenas no hemisfério esquerdo.
• Número de neurônios: De acordo com a Dr. Gabrielle de Courten- Myers, da Universidade
de University of Cincinnati, as mulheres são mais propensas à demência
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(devido à doença de Alzheimer, por exemplo) uma vez que possuem menos neurônios do que os homens (constatou-se que os homens
possuem mais células nervosas no seu córtex cerebral, em contra partida as mulheres possuem o neuropil, região onde ocorrem as sinapses, mais desenvolvido). É válido salientar, que o maior número de neurônios no
homem é devido ao seu maior número de células musculares, decorrente do seu maior porte corporal.
Diferença no hipotálamo dos homens heterossexuais, das mulheres e dos homossexuais:
Dr. Simon LeVay descobriu que o volume de um núcleo específico do hipotálamo (terceiro grupo de célula no núcleo intersticial do
hipotálamo inferior) é duas vezes maior em homens heterossexuais do que nas mulheres e nos homossexuais, o que pode ser revelado como
uma possível existência de uma base biológica para a homossexualidade. Portanto, tais revelações indicam que a diferenciação
cromossômica na determinação sexual dos humanos, distingue além da modelagem corporal e os sistemas reprodutores, órgão onde até então,
acreditava-se ser igual em ambos os sexos, o cérebro.
Ressonância magnética revela que fluxo de sangue na área do cérebro
que controla emoções de homossexuais é parecido com o do sexo oposto Por Jaquelyne Cruz
AS PESSOAS QUE MARIA É (Maria é uma “alma penada”, pois ela é ave que carrega as penas dos outros; e vice-
versa – é a isso que se chama “sociedade)
AS PESSOAMBIENTES DE MARIA E MARIA VAI COM OS OUTROS
(com seus ambientes, que ela carrega por toda parte, embora nem se dê conta
disso, nem pense que leva junto tudo que a humanidade
é) Maria-indivíduo Maria-cidade/município Maria-família Maria-estado Maria-grupo Maria-nação
Maria-empresa Maria-mundo Qual é o retrato-de-Maria? É preciso estudar Maria. Maria não é somente corpo biológico-p.2 e não
pode ser estudada como tal. Ela é psicológica-p.3, situa-se todo um super-reino acima.
A libertação de Maria depende de entendermos sua alma, conjunto corpomental. Não se trata apenas de estudar o mecanismo de transferência ou pedagogia, que é purismo, que é coisa restrita aos intelectuais; é preciso ENGAJAMENTO nos problemas-soluções que Maria causa aos
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outros e nos que são dirigidos a ela. É fundamental pesquisar o entorno de Maria, o lugar onde ela vive, o que come, como trabalha, suas relações sexuais, produtivas, organizativas, perceptivas.
O DICIONÁRIENCICLOPÉDICO DE MARIA DICIONÁRIO DE MARIA
D/E DE MARIA ENCICLOPÉDIA DE MARIA
palavras que Maria fala, ouve, lê
as figuras que são referências
para Maria
Maria é feliz? Se for, aprenderá com maior facilidade. A
Pedagogia geral deve levar isso em conta. Maria é principalmente palavrimagens, ela vive
disso; por via de conseqüência não apenas psicólogos devem ser lingüistas como também os médicos devem receber treinamento em psicologia e em lingüística.
1. psicólogos devem ser lingüistas; DUAS NOVAS VERDADES
2. médicos devem receber treinamento em psicologia (e por via de conseqüência devem ser lingüistas).
lingüistas É TUDO UMA COISA SÓ
psicólogos
médicos
(e outros, como arquitetos, engenheiros, políticos – no fundo todos nós estamos
tratando do mesmo assunto de diferentes modos, a
conformação da alma humana)
1. Conhecimento (distância de Maria até a Magia-Arte, a Teologia-Religião, a Filosofia-Ideologia, a Ciência-Técnica e a Matemática);
AS CHAVES QUE ABREM MARIA
2. a chave psicológica de Maria (a figura ou psicanálise, os objetivos ou psico-síntese, a produção ou economia, a organização ou sociologia, o espaçotempo ou geo-história);
3. a bandeira elementar de Maria (ar, água, terra/solo, fogo/energia, vida em volta);
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4. a agropecuária-extrativismo que produz alimentos para ela, as indústrias que a servem, o comércio que viabiliza as transferências, os serviços em torno dela, os bancos por ela freqüentados);
5. a proteção de Maria (lar, armazenamento, saúde, segurança e transporte);
6. a relação dela com as classes de tarefas (operários, intelectuais, militares, financistas, burocratas);
7. e por aí afora. Então, se temos de socorrer Maria, se temos de
libertá-la é fundamental conhecer Maria e tudo que a aprisiona. Seria compreensível se os militares fossem a missão de resgate sem conhecer o lugar e suas defesas? Além disso, contrariedades de Maria, seus problemas simples e complexos também têm proteções, eles se recusam a desistir fácil, eles lutam para sobreviver e para continuar a atenazar Maria.
Capítulo 5 Caminho Pedagógico
Qual é o caminho pedagógico de Maria? Ao reunir 15, 30, 60, 90 indivíduos numa sala
nós estamos agindo como se houvesse uma MÉDIA DE PERCEPÇÃO com a qual o professor falasse. Não há ou rarissimamente haveria. Ou o professor está muito adiantado, ou adiantado, ou raramente em torno da média, ou atrasado, ou muito atrasado. É curva do sino. Como poderia não ser?
Até poderia acontecer de o professor continuar a falar a todos, porém seria o caso de haver SISTEMATICAMENTE atendimento particular a cada um todos os dias. De fato, o ensinaprendizado é, presentemente, muito ordenado, quando deveria ser desordenado também, caótico. Como arranjar tantos professores? Penso que uma quantidade grande deles, vários milhares deveriam estar em linha, on line, de modo que os alunos pudessem postar perguntas.
AS DUAS ESCOLAS
A VIDA DA ESCOLA
(como já coloquei noutros textos)
EM CASA A ESCOLA DA VIDA turno da manhã turno da tarde
respostas perguntas dos professores dos alunos
ordenada caótica Pense nisto: se duas pessoas caminham pela mesma
trilha elas vêem a mesma picada? Não, pois possuem receptores externos diferentes e interpretadores internos distintos.
Se Alice viu o País das Maravilhas é porque sua mente estava propensa àquilo.
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ALIENALICEALICE-PESSOA
(o ambiente fora de Alice) ALICE-AMBIENTE
Alice que está pronta para receber o ambiente
(Alice via as coisas mais doidas)
o ambiente que motiva Alice e a atrai para ele
(Alice acreditava mesmo estar vendo tudo aquilo)
Quem se droga SE DROGA, porque quem se droga tem
que optar por receber a droga e usá-la: ela participa; comidas, bebidas, emoções, palavras, lugares, tudo é droga em alguma medida, levando por vezes a vícios, porque Alice é neuro-química – dado que todo objeto é físico-químico, tudo é químico, e com isso interfere com Alice de dois modos, um dos quais é químico.
Como Maria Alice interage com as pessoas e os ambientes? Pense em todas as multíplices exigências que a cercam!
Não é fácil transitar pela vida. Se a gente for pensar, a complexidade (aliás,
faria sentido filmar em ritmo cinematográfico um dia real de qualquer pessoa, editando depois para caber em duas horas ou menos) que é viver, não prosseguirá. Como Clarice Lispector disse, se formos descrever como um pé sucede outro não reconheceremos o andar.
Como conduzir Maria (a parte equilibrada de Alice) Alice (a parte desequilibrada de Maria) pela vida? Suas exigências não se parecem com a de Joaquina, Hermenegilda ou Bárbara. Para libertar Maria Alice PRECISAMOS CONHECÊ-LA.
Capítulo 6 Teologia da Libertação
ENSINAPRENDIZADOS BAIXOS PEDAGOGIAS ALTAS E BAIXAS
ENSINAPRENDIZADOS ALTOS Arte Magia
Religião Teologia Ideologia Filosofia Técnica Ciência
Matemática A Teologia da Libertação relativa a Maria Alice
é o canal que livra ou tentaria livrar Maria Alice, e é própria dela, é UMA LINHA QUE VAI DELA A i DEUS-NATUREZA através da compreensão alta da religião seguida por Maria Alice.
O CANAL DA LIBERTAÇÃO (é o buraco através do qual a libertação passa, e esta é psicológica, lembre-se; portanto a teologia – enquanto
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psicologia – da libertação de Maria Alice é exclusiva dela; pode inclusive acontecer de Maria Alice já estar livre, de ela não precisar ser libertada; a fração teológica que fala em libertação deveria, no mínimo, perguntar a ela)
Capítulo 7 Conhecimento da Libertação
Idealmente, tratando-se de cada ser humano,
todos os conhecimentos deveriam se reunir e estudar aquele ser especial. De fato, podemos perfeitamente ver que só i Deus-Natureza (ELI, Elea, Ele-Ela) pode libertar qualquer criatura de seus medos, seus desconhecimentos, suas angústias, seus sofrimentos. Não há libertação parcial. Só a libertação total vale, e esta só poderia ser proporcionada pelo não-finito quando o ser fosse, verdadeiramente, absorvido em i. Fora disso tudo é ilusão.
A ESTRELA DOS MAGOS (4 + 4, E NO CENTRO A MATEMÁTICA) EM VOLTA DO INDIVÍDUO (mesmo assim só resolverá parcialmente; isso nos faz concluir que qualquer que seja o professor ele NÃO VAI conseguir libertar ninguém totalmente; por conseguinte a pedagogia da libertação é um interesse de classe a que podem se contrapor outros; é porisso que ela é falha, pois podem sempre alegar ser ela interessada na substituição das classes no poder e fora dele, e daí propugnadora da substituição de uma opressão por outra, como aconteceu na URSS)
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Se o Conhecimento não pode libertar as pessoas,
SE SEGUE que não adianta mesmo nada alargar o canal de tráfego dele, porque uma opressão será substituída por outra. Como na questão da pobreza, que é estatística, não adianta nada prometer o fim dela, só a mudança de nível; também a opressão só termina no assintótico da Curva do Sino, só finda quando i Deus-Natureza assume o indivíduo como co-existente. O indivíduo só fica conhecendo PERFEITAMENTE em i e só em i é realmente libertado.
Todas as tentativas humanas serão sempre falhas, serão apenas substituição de uma opressão por outra, de um opressor por outro: em todo caso a opressão será menor, igual ou maior. E a questão é esta: se a opressão não pode terminar fora de i que adianta alargar o canal de transferência?
Capítulo 8 Pedagogia da Libertação
Como a Pedagogia da Libertação, ao propor sua
escolha de reconformação do fluxo no canal e seu direcionamento, não pode nos libertar, então fatalmente substituirá um gênero de opressão por outro. Entretanto, como vimos, é questão de graduação, de estar mais no alto ou mais em baixo ou, como no caso da pobreza, de haver maior ou menor espalhamento dela.
Acho que todo mundo há de convir que uma opressão que nos conduza a maior respeito, dignidade, amorosidade, companheirismo, motivação - e a todo o lado bom do dicionário - é melhor, é notavelmente melhor do que outra que nos conduza ao lado ruim do dicionário.
Ora, a Pedagogia da Libertação de Paulo Freire, a Teologia da Libertação e outras considerações para com o ser humano são isso, orientação para o lado bom, pois essa é, como diz o povo, “gente do bem”.
Bola de Meia, Bola de Gude A MÚSICA DE MILTON
Milton Nascimento
Há um menino Há um moleque
Morando sempre no meu coração Toda vez que o adulto balança
Ele vem pra me dar a mão Há um passado no meu presente
Um sol bem quente lá no meu quintal Toda vez que a bruxa me assombra
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O menino me dá a mão E me fala de coisas bonitas
Que eu acredito Que não deixarão de existir Amizade, palavra, respeito
Caráter, bondade alegria e amor Pois não posso
Não devo Não quero
Viver como toda essa gente Insiste em viver
E não posso aceitar sossegado Qualquer sacanagem ser coisa normal
Bola de meia, bola de gude O solidário não quer solidão
Toda vez que a tristeza me alcança O menino me dá a mão
Há um menino Há um moleque
Morando sempre no meu coração Toda vez que o adulto fraqueja
Ele vem pra me dar a mão RESUMO DA ÓPERA
1. Amizade 2. Palavra 3. Respeito 4. Caráter
5. Bondade 6. Alegria 7. Amor
O único caminho para a libertação é tirarmos de dentro de nós aquilo que nos distancia de i Deus-Natureza não-finito e tudo que fazemos para repeli-lo. Contudo, como saber o que é i, o modo completo dele, e o que dele nos afasta? Para saber isso deveríamos ser i.
Porém, há uma referência, o Sumo Bem de Platão. Se formos senhores bons estaremos a caminho, eu creio. E habilitar a psicologia para caminhar para i é treiná-la para o que é bem e bom.
Capítulo 9 Libertação da Pedagogia
1º) estar em i seria o melhor; 2º) depois disso, ver (emocionalmente) i; 3º) ainda depois, compreender i. Estar plenamente em i não poderemos, a menos que
ele nos chame; vê-lo depende de permissão (lembre-se o quanto nos mitos religiosos Satanás sofre por não poder
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vê-lo); compreender é uma escada estática e uma escalada dinâmica. Bom, se 2º é difícil e 1º impossível sem a chamada, pelo menos as pessoas podem entender – resultando daí serem a permissão e o estímulo ao Conhecimento geral dois bons índices dos racionais.
Por conseguinte, a própria Pedagogia geral deve ser libertada de seu orgulho CAPACITANTE, de sua idéia de capacitar os seres humanos, como se isso fosse um legado (orgulhoso) de cima para baixo, dos que sabem aos que não sabem: todos sabemos e todos não sabemos.
Capítulo 10 Novamor
SEM AMOR EU NADA SERIA
Se eu falar as línguas dos homens e dos anjos, e não tiver caridade, sou como o metal que soa, ou como o sino que tine. E se eu tiver o dom de profecia, e conhecer todos os mistérios, e quanto se pode saber; e se tiver toda a fé, até a ponto de transportar montanhas, e não tiver caridade, não sou nada. E se eu distribuir todos os meus bens em o sustento dos pobres, e se entregar o meu corpo para ser queimado, se todavia não tiver caridade, nada disto me aproveita. A caridade é paciente, é benigna; a caridade não é invejosa, não
obra temerária nem precipitadamente, não se ensoberbece, não é ambiciosa, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal, não
folga com a injustiça, mas folga com a verdade. Tudo tolera, tudo crê, tudo espera, tudo sofre. A caridade nunca jamais há de acabar, ou deixem de ter
lugar às profecias, ou cessem as línguas, ou seja abolida a ciência.
(como disse São Paulo)
Monte Castelo Renato Russo (recortes do Apóstolo Paulo e de Camões).
Ainda que eu falasse A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos Sem amor, eu nada seria... É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade O amor é bom, não quer o mal
Não sente inveja Ou se envaidece... O amor é o fogo
Que arde sem se ver É ferida que dói E não se sente
É um contentamento Descontente
É dor que desatina sem doer... Ainda que eu falasse A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos Sem amor, eu nada seria...
É um não querer Mais que bem querer
É solitário andar Por entre a gente
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É um não contentar-se De contente
É cuidar que se ganha Em se perder...
É um estar-se preso Por vontade
É servir a quem vence O vencedor
É um ter com quem nos mata A lealdade
Tão contrário a si É o mesmo amor...
Estou acordado E todos dormem, todos dormem
Todos dormem Agora vejo em parte
Mas então veremos face a face É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade... Ainda que eu falasse A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos Sem amor, eu nada seria...
Enfim, é preciso abrandar. A razão para isso é simples: os caminhos
tortuosos não são minimax (máximo com o mínimo) e não fazem avançar com celeridade até o ponto em que i Deus-Natureza PODE (ou não, não depende de nós) absorver a criatura no esplendor do Conhecimento total.
Todo tipo de armadilha posta por outrem ou auto-posta pelos indivíduos (ou pelas pessoas e os ambientes) pode ter como resposta os sentimentos ruins do lado ruim do dicionário, e não seriam referendados por i, POIS É FÁCIL seguir por aquele caminho: a prova de estar na vida é resolver os problemas, inclusive o chamado “problema do mal”.
Sendo a compreensão tão extraordinariamente difícil e os caminhos a trilhar até ela tão desesperadamente abstrusos e intrincados, seguramente são selecionadas para absorção as pessoas com a mais alta carga do lado bom, pois elas venceram a tentação de descair em si e de desconsiderar o próximo.
O CAMINHO FÁCIL
maledicência
(o lado ruim do dicionário é o lado das facilidades na vida, o que empurra os outros, o que os diminui, o que reduz suas chances; preencha abaixo)
orgulho fúria sadismo humilhar gula mentira
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O PADRE NOSSPadre Nosso que estais no céu, santificado seja o Vosso nome, Venha a nós, ao Vosso reino, seja feita a Vossa vontade
assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje.
Perdoai as nossas dívidas assim como nós perdoamos os nossos devedores,
e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.
Amém.
O (bem que Jesus avisou)
RESUMO DA ÓPERA
1. não nos deixeis cair em tentação, 2. livrai-nos do mal.
Livrai-nos do mal. Mal do orgulho de imaginarmos saber mais que os
outros (podemos de fato saber e certamente um físico sabe mais que nós: não é saber que é ruim, é ter orgulho disso que é). Orgulho de classe de ter. Orgulho de cor. Orgulho de sexo. Orgulho de descendência. Orgulho de idade e todos esses orgulhos.
Iniciamos nosso percurso com uma qualquer pedagogia da libertação e chegamos à Pedagogia geral; principiamos com uma qualquer psicologia da libertação e chegamos à Psicologia geral; concluímos que a Lingüística e a Psicologia são a mesma coisa; e que a medicina é imprópria, devendo ser convertida à Psicologia. Teremos então Medicina-Psicologia-Linquística com um canal completo, total.
E o amor a i como nossa guia principal. Fora disso não há chance de libertação. Não é possível libertar o ser humano, mas a luta
pela libertação é fundamental. Vitória, sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010. José Augusto Gava.
ANEXOS Capítulo 1
SUMO PONTÍFICEPontifex maximus
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(o grande construtor de pontes)
Tópicos do governo de Roma
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Reino de Roma
República Romana Império Romano
Principado Dominato Império Ocidental Império Oriental
Magistraturas Ordinárias:
• Cônsul • Pretor • Questor
• Promagistrado
• Edil • Tribuno • Censor
• Governador
Magistraturas Extraordinárias:
• Dictator • Magister Equitum
• Triunvirato • Decenvirato
Mandatos oficiais — ofícios, títulos, honoríficos:
• Pontifex Maximus • Legatus
• Dux • Officium
• Praefectus • Vicarius
• Vigintisexviri
• Magister Militum • Imperator
• Princeps senatus • Imperador • Augustus • Caesar
• Tetrarquia
Política e Direito:
• Assembléias Romanas • Senado Romano
• Imperium
• Direito Romano • Cursus honorum • Colegialidade
Glossário da Roma Antiga Na Roma Antiga, o termo latino Pontifex Maximus
(literamente "Máximo Construtor de Pontes" ou "Supremo Construtor de Pontes") designava o sacerdote Supremo do colégio dos Sacerdotes, a mais alta dignidade na religião romana. Inicialmente somente os patrícios podiam ocupá-lo,
até um plebeu ser designado para o cargo em 254 a.C.. De início um posto religioso durante a República, foi
gradualmente politizado até ser incorporado pelo imperador, a partir de César Augusto. A última referência do uso do título pelos imperadores foi por Graciano,[1]
imperador de 375-383, que, no entanto, decidiu omitir as palavras "Pontifex maximus" de seu título[2].[3]
Etimologia De acordo com a interpretação habitual, o termo significa Pontifex siginifica literalmente "construtor de ponte"
(pons + facere); "maximus" significa literalmente "máximo", "maior" ou "supremo". Este título talvez tenha sido originalmente usado em seu sentido literal: a posição da construtor de pontes era realmente importante em Roma, onde as grandes pontes ao longo do Tibre, o rio sagrado, adornadas com estátuas de divindades, eram utilizadas
somente por autoridades prestigiadas com funções sacras. No entanto, sempre entendeu-se seu sentido simbólico: os pontífices seriam o construtor da ponte entre os deuses e
os homens (Van Haeperen). Uma visão alternativa minoritária é que Pontifex significa "preparador de estrada", derivada da palavra pont etrusca,
que significa "estrada",[3] sendo a palavra romana uma distorção da palavra etrusca.
Pontífices pagãos O Collegium Pontificum (Colégio dos Pontífices) foi o mais
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importante sacerdócio da Roma antiga. A fundação deste colégio sagrado é atribuída ao segundo rei de Roma, Numa Pompílio. É seguro dizer que o Collegium foi encarregado de atuar como consultor do rex (rei) em todos os assuntos
de religião. O Collegium foi chefiado pelo Pontifex Maximus, sendo o cargo vitalício. Antes de o cargo ser criado, as funções administrativas e religiosas foram
naturalmente exercidas pelo rei. Muito pouco é conhecido sobre este período da história no que diz respeito a
pontífices romanos, pois as principais fontes históricas foram perdidas e muitos eventos neste período são
considerados como lendários ou míticos, o que dificulta a separação entre o que realmente ocorreu e o que seria mito. A maior parte dos registros da antiga Roma foram destruídos, quando foi assaltada pelos gauleses em 390
a.C.. Desenvolvimento durante a República romana
Na República romana, o Pontifex Maximus foi o mais alto cargo na antiga religião romana. Ele era o mais importante dos Pontifices no principal colégio sagrado (Collegium
Pontificum) que ele dirigia. Provavelmente após a queda da monarquia, os romanos também criaram o sacerdócio do Rex sacrorum ou "rei dos ritos" ou "rei dos ritos sagrados"
para executar as funções religiosas de rituais e sacrifícios anteriormente feitas pelo rei. O Pontifex
Maximus foi, no entanto, expressamente proibido de exercer qualquer cargo político ou de participar do Senado como uma precaução para evitar que o Pontifex se tornasse um
tirano. O Rex Sacrorum era ainda subordinado aos fundadores da República romana como o Pontifex Maximus
como mais um meio para evitar a tirania.[4] Outros membros deste sacerdócio incluem as Flamines (cada uma dedicada a uma grande divindade), e os Vestales. Durante o início da República, o Pontifex Maximus selecionava os membros para
ocupar estes cargos. No entanto, havia muitos outros funcionários religiosos, incluindo o Augures e o
Haruspices (originalmente cargos etruscos que liam a vontade dos deuses: a partir do vôo e do comportamento das aves e das entranhas do sacrifício de animais), Fetiales e
muitas outras faculdades e gabinetes individuais. A residência oficial do Pontifex Maximus foi a Domus
Publica que se situava entre a Casa das Virgens Vestais e a Via Sacra, perto da Regia, no Fórum Romano. Seus deveres religiosos foram realizados a partir da Regia ou "casa do
rei". A menos que o Pontifex maximus fosse também magistrado, ele não estava autorizado a vestir a toga
praetexta, ou seja, a toga púrpura. No entanto, ele podia ser reconhecido pela faca de ferro (secespita)[3] ou a patera [5] e às vestes ou togas com uma parte do manto
cobrindo a cabeça. O Pontifex tinha autoridade política e religiosa. Não está claro qual das duas funções possuía maior importância. Na prática, especialmente durante a República tardia, o cargo de Pontifex Maximus era geralmente ocupado por um membro de uma família proeminente politicamente. Foi uma posição cobiçada principalmente pelo grande prestígio que confere ao seu titular; Júlio César tornou-se Pontifex em 73 a.C e Pontifex maximus em 63 a.C. Sendo assim Pontifex Maximus não era um trabalho de tempo integral e não exclui o
oficial-titular de uma exploração secular da magistratura ou de trabalhar nas forças armadas.
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O mais recente estudo geral do Colégio Pontifício (Van Haeperen 2002) omite os primeiros períodos da história
romana, pois pouco se sabe. A principal fonte romana sobre os pontífices perdeu-se, apenas um pouco sobreviveu nos escritos de Aulo Gélio e Nônio Marcelo. Mais informações podem ser encontradas nas observações feitas por Cícero, Tito Lívio, Dionísio de Halicarnasso e outros escritores tardios. Algumas destas fontes apresentam uma extensa lista de ações cotidianas que eram tabu para o Pontifex
Maximus; parece difícil conciliar estas listas como provas de que muitos Pontífices Maximos eram proeminentes membros da sociedade em que viviam, sem restrições nas suas vidas.
Eleições e número de pontífices O Pontífice era eleito por co-optatio (ou seja, os restantes membros nomeavam seus novos pontífices)
vitaliciamente; os pontífices eram inicialmente cinco, incluindo o Pontifex Maximus.[1][3] Os pontífices só podiam provir de uma família patrícia. No entanto, em 300 a.C o lex Ogulnia admitiu um plebeu para ocupar o cargo, de modo que parte do prestígio do título foi perdido. Mas foi só em 254 a.C. que Tibério Coruncanius se tornou o primeiro Pontifex Maximus plebeu.[6] A lex Ogulnia também aumentou o
número de pontífices para nove (incluindo o Pontifex maximus). Em 104 a.C a lex Domitia determinou que a eleição iria ser votada pelo Comitia tributa (uma
assembléia do povo dividida em distritos), e pela mesma lei apenas 17 das 35 tribos da cidade podiam votar. Esta lei foi abolida em 81 a.C por Lúcio Cornélio Sula na lex
Cornelia de Sacerdotiis, que restaurou aos grandes colégios sacerdotais seu pleno direito de co-optatio (Liv. Epit. 89; Pseudo-Ascon. Em Divinat. P102, ed. Orelli; Dion Cass. xxxvii.37). Também sob Sula, o número de pontífices foi aumentado para quinze, incluindo o Pontifex maximus. Em 63 a.C, quando Júlio César foi eleito Pontifex Maximus, o direito de Sula foi abolido e uma versão modificada da lex Domitia foi reintegrada, prevendo a eleição pela
Comitia tributa mais uma vez, mas mais tarde Marco Antônio voltou a restaurar o direito de co-optatio para o colégio (Dion Cass. xliv.53). Também sob Júlio César, o número de
pontífices foi aumentado para dezesseis, incluindo o Pontifex Maximus. O número de pontífices variou durante o
império, mas acredita-se que tenha sido normalmente quinze. Funções
O principal dever do Pontifices era manter pax deorum ou paz dos deuses.
A imensa autoridade do sacro colégio de pontífices foi centrada no Pontifex Maximus, os outros pontífices
formavam um consilium ou seja, lhe aconselhavam. Suas funções foram parcialmente de sacrifícios rituais, embora fosse uma função importante, mais esta não era sua função mais notável, sendo seu poder real na administração dos
leigos na jus divinum ou lei divina.
[7][8][9]
[10] Os poderes relacionados ao jus divinum são descrita como segue:
1. A regulação de todas as cerimônias expiatórias necessárias para da evitar pestes, relâmpagos e etc.
2. A consagração de todos os templos e outros lugares sagrados e objetos dedicados aos deuses pelo Estado
através do seu magistracies. 3. O regulamento do calendário, tanto astronomicamente
quanto suas conseqüencias para a vida pública do
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Estado. 4. A administração da lei relativa aos enterros e
lugares de enterro e ao culto dos mortos ou antepassados.
5. A fiscalização de todos os casamentos por conferratio, isto é, inicialmente de todos os
casamentos patrícios legais. 6. A administração da lei de adoção e da sucessão
testamentária. O pontífices tinham muitas outras funções relevantes e de
prestígio, como serem os encarregados de cuidar dos arquivos do estado, a manutenção das atas oficiais dos magistrados eleitos e a lista dos magistrados, e que
manter o registro de suas próprias decisões (commentarii). O Pontifex maximus também está sujeita a vários tabus. Entre eles está a proibição de deixar a Itália. No entanto, Plutarco relatou que Públio Cornélio Cipião
Nasica Serápio (141 - 132 a.C) como o primeiro Pontifex Maximus a deixar Itália, quebrando assim o tabu sagrado depois de ter sido forçado pelo Senado à deixar a Itália. Públio Licínio Crasso Dives Muciano (132 - 130 a.C) foi o primeiro a sair voluntariamente da Itália. Posteriormente,
tornou-se comum e não era mais contra a lei para o Pontifex maximus deixar a Itália. Entre os mais notáveis
do destaca-se Júlio César (63 - 44 a.C). Os Pontifices cuidavam do calendário romano e
determinavam, os dias necessários à serem adicionados para sincronizar o calendário com as estações do ano. Os
Pontifices muitas vezes foram políticos, e como o mandato do magistrado romano do correspondia à um ano civil, este poder era propenso a abusos: um Pontifex poderia alongar um ano em que ele ou um dos seus aliados políticos estava
no cargo, ou recusar-se a alongar um em que seus opositores estavam no poder. Sob a sua autoridade como Pontifex Maximus, Júlio César introduziu a reforma no
calendário que criou o calendário juliano, com uma falha de um dia por século, corrigido pela introdução de um dia
no ano bissexto, utilizado até a atualidade em nosso calendário gregoriano. Sob o Império Romano
Após o assassinato de César em 44 a.C, seu aliado Marco Emílio Lépido foi selecionado como Pontifex Maximus.
Embora Lépido eventualmente fosse enviado para o exílio por Augusto, que desejava consolidar seu poder, ele manteve o ofício sacerdotal até sua morte em 13 a.C,
quando Augusto se autodenominou Pontifex Maximus e passou à exercer o direito de nomear outros pontífices. Assim, a partir de Augusto, a eleição dos pontífices e a adesão no
colégio sagrado era considerado um sinal de favor imperial.[3] Com isto, ao Imperador foi dada uma dignidade religiosa e a responsabilidade de todo o culto romano do Estado. A maioria dos autores afirmam que o poder de
nomear os pontífices não foi realmente utilizado como um instrumentum regni, um poder do governo, mais apenas como
um cargo simbólico. Deste ponto em diante, Pontifex Maximus era um dos muitos títulos do Imperador, lentamente, ele perdeu seus poderes
específicos e históricos e tornou-se simplesmente um título referente ao aspecto sacro dos direitos e poderes imperiais. Durante o período Imperial, um vice-capitão exercia as funções de Pontifex Maximus, no lugar dos
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imperadores quando eles estavam ausentes (Van Haeperen). Após 235 d.C., o pequeno número de senadores pagãos
interessados em acumularem cargos, se tornavam pontífices. Originalmente apenas um pessoa de uma mesma família era membro do Colégio dos Pontífices, e nem uma pessoa podia ter mais de um sacerdócio neste colegiado. Obviamente,
estas regras se relaxaram na parte posterior do século III d.C. Em períodos de governo conjunto, dois pontifices
maximi poderiam servir juntos, como Pupieno e Balbino em 238 - uma situação impensável nos tempos republicanos. Na crise do terceiro século, usurpadores não hesitaram em reivindicar para si o papel não só do Imperador, mas de Pontifex Maximus também. Os primeiros imperadores romanos cristãos continuaram a utilizar o título, até que ele foi abandonado por Graciano, em sua vasta campanha contra o paganismo, possivelmente no ano 376, no momento da sua visita a Roma (Van Haeperen) ou, mais provavelmente em 383, quando uma delegação de senadores pagãos implorou para restaurar o Altar da Vitória (monumento pagão) na
Casa do Senado.[11] Cristianismo e Catolicismo
Uma nova porta na Cidade do Vaticano em que está escrito "Benedictus XVI Pont (ifex) Max (imus) Anno Domini MMV Pont (ificatus) I.", ou seja, "Bento XVI, Pontífice
Máximo, no ano de Nosso Senhor de 2005, no primeiro ano de seu pontificado."
No cristianismo o termo "pontífice" aparece na Bíblia para descrever sacertodes (Hebreus 5, 1-4), e em alguns casos o próprio Jesus (Hebreus 3, 1) não devendo ser confundido
com o título paralelo do paganismo. No catolicismo, o Papa é chamado de Sumo Pontífice (em latim Summus Pontifex), em algumas ocasiões o título de Pontífice Máximo ou Pontifex maximus é informalmente
utilizado. A lista oficial dos títulos papais publicado no Anuário Pontifício, coloca o termo "Sumo Pontífice da
Igreja Universal" (em latim, Summus Pontifex Universalis Ecclesiae) como o quarto título oficial dos papas. Não se sabe exatamente quando o termo entrou em uso.
Originalmente os termos Summus Pontifex ou Pontifex eram empregados frequentemente ao sumo sacerdote judeu, cujo local, os bispos cristãos posteriormente ocuparam, como suas próprias dioceses (conforme descrito em uma carta pelo Papa Clemente I ainda no século I[12]). Pelo menos à partir do século V, o título de "Pontifex" ou "Summus Pontifex" eram usados para descrever bispos notáveis em detrimento de outros menos importantes,[12] por exemplo, Hilário de Arles (m. 449) é denominado "summus pontifex" por Eucherio de Lyon. O Arcebispo de Cantuária Lanfranc (m. 1089), é denominado "Primas et Summus Pontifex", por
seu biógrafo, Milo Crispin.[12] Em 220, em plena perseguição aos cristãos, Tertuliano
utilizou o termo para referir-se ao papa Calixto I, embora não se saiba se a utilização do termo era comum nos três
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primeiros séculos do cristianismo. Diz-se frequentemente que o Papa Dâmaso I (366-384), foi o primeiro papa a usar
oficialmente o título de Pontífice,[13] o Imperador Teodósio I no seu édito De fide catholica[14] de 27 de
fevereiro de 380 refere-se a Dâmaso como um "Pontifex", porém, não utiliza os termos Summus Pontifex ou Pontifex Maximus. O Papa Nicolau I (m. 867) é chamado de "summus pontifex et universalis papa" por seu legado Arsênio, a partir de então os exemplos do uso do termo para os papas são comuns.[12] Após o século XI, parece que o termo passou
à ser utilizado apenas para os papas. Sem citar sua fonte, a Enciclopédia Britânica atribui ao Papa Leão I (440-461) a utilização do título Pontifex
Maximus.[15] Outras fontes afirmam, mais uma vez sem citar prova documental, que o título foi usado pela primeira vez
pelo papa Gregório I.[16] O Dicionário Oxford da Igreja Cristã diz que foi no século XV, que "Pontifex Maximus" tornou-se um título de honra para os Papas.[17] Porém
somente muito mais tarde na história do papado o título de "Pontifex Maximus" apareceria em edifícios, monumentos e moedas referindo-se ao papa no Renascimento e nos tempos
modernos. Lista incompleta
• 753 a.C. - 712 a.C. - Reis de Roma • 712 a.C. - Numa Marcius
• … • 509 a.C. - Papirius
• … • 449 a.C. - Furius
• 431 a.C. - Cornelius Cossus • 420 a.C. - Minucius
• 390 a.C. - Follius Flaccinator • …
• 332 a.C. - Cornelius Callissa • 304 a.C. - Cornelius Scipio Barbatus
• … • 254 a.C. - Tiberius Coruncanius
• 243 a.C. - Lucius Caecilius Metellus • 237 a.C. - Lucius Cornelius Lentulus Caudinus • 212 a.C. - Públio Licínio Crasso Dives Muciano
• 183 a.C. - Gaius Servilius Geminus • 180 a.C. - Marcus Aemilius Lepidus
• … • 150 a.C. - Publius Cornelius Scipio Nasica
• 141 a.C. - Publius Cornelius Scipio Nasica Serapio • 132 a.C. - Públio Licínio Crasso Dives Muciano
• 130 a.C. - Publius Mucius Scaevola • 115 a.C. - Lucius Caecilius Metellus Dalmaticus
• 103 a.C. - Gnaeus Domitius Ahenobarbus • 89 a.C. - Quintus Mucius Scaevola
• 81 a.C. - Quinto Cecílio Metelo Pio • 63 a.C. - Gaius Julius Caesar
• 44 a.C. - Marcus Aemilius Lepidus • 12 a.C. - Caesar Augustus
• 12 a.C. a 376 d.C. - Imperadores romanos • Em algum momento indeterminado posterior à data presente, o título de "Pontifex Maximus" passou à ser
aplicado para os papas (ver restantes papas). Referências
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Capítulo 2 Paulo Freire
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Paulo Freire
Nome completo Paulo Reglus Neves Freire
Nascimento 19 de setembro de 1921 Recife, Pernambuco
Morte 2 de maio de 1997 (75 anos) São Paulo
Nacionalidade Brasileiro
Ocupação Educador
Escola/tradição Marxista
Principais interesses Educação
Idéias notáveis Pedagogia crítica
Paulo Reglus Neves Freire (Recife, Brasil 19 de setembro de 1921 — São Paulo, Brasil 2 de maio de 1997) foi um
educador brasileiro. Destacou-se por seu trabalho na área da educação popular, voltada tanto para a escolarização como para a formação da consciência. É considerado um dos
pensadores mais notáveis na história da pedagogia mundial[1], tendo influenciado o movimento chamado
pedagogia crítica.
Paulo Freire nasceu em Biografia 19 de setembro de 1921 em Recife.
Sua família fazia parte da classe média, mas Freire vivenciou a pobreza e a fome na infância durante a
depressão de 1929, uma experiência que o levaria a se preocupar com os mais pobres e o ajudaria a construir seu revolucionário método de alfabetização. Por seu empenho em
ensinar os mais pobres, Paulo Freire tornou-se uma inspiração para gerações de professores, especialmente na América Latina e na África. Pelo mesmo motivo, sofreu a
perseguição do regime militar no Brasil (1964-1985), sendo preso e forçado ao exílio.[carece de fontes?
O educador procurou fazer uma síntese de algumas correntes do pensamento filosófico de sua época, como o
existencialismo cristão, a fenomenologia, a dialética hegeliana e o materialismo histórico.
]
[carece de fontes?]
A partir de suas primeiras experiências no Rio Grande do
Essa visão foi aliada ao talento como escritor que o ajudou a conquistar um amplo público de pedagogos, cientistas sociais, teólogos e militantes políticos, quase sempre
ligados a partidos de esquerda.
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Norte, em 1963, quando ensinou 300 adultos a ler e a escrever em 45 dias, Paulo Freire desenvolveu um método inovador de alfabetização, adotado primeiramente em
Pernambuco. Seu projeto educacional estava vinculado ao nacionalismo desenvolvimentista do governo João Goulart.
Freire entrou para a Primeiros trabalhos
Universidade do Recife em 1943, para cursar a Faculdade de Direito, mas também se dedicou aos estudos de filosofia da linguagem. Apesar disso, nunca exerceu a profissão, e preferiu trabalhar como professor numa escola de segundo grau lecionando língua portuguesa. Em 1944, casou com Elza Maia Costa de Oliveira, uma colega de trabalho. Os dois viveram juntos pelo resto de suas
vidas e tiveram cinco filhos. Em 1946, Freire foi indicado ao cargo de diretor do
Departamento de Educação e Cultura do Serviço Social no Estado de Pernambuco, onde iniciou o trabalho com
analfabetos pobres. Também nessa época aproximou-se do movimento da Teologia da Libertação.
Em 1961 tornou-se diretor do Departamento de Extensões Culturais da Universidade do Recife e, em 1962, realizou
junto com sua equipe as primeiras experiências de alfabetização popular que levariam à constituição do Método Paulo Freire. Seu grupo foi responsável pela
alfabetização de 300 cortadores de cana em apenas 45 dias. Em resposta aos eficazes resultados, o governo brasileiro
(que, sob o presidente João Goulart, empenhava-se na realização das reformas de base) aprovou a multiplicação
dessas primeiras experiências num Plano Nacional de Alfabetização, que previa a formação de educadores em massa e a rápida implantação de 20 mil núcleos (os
"círculos de cultura") pelo País. Em 1964, meses depois de iniciada a implantação do Plano,
o golpe militar extinguiu esse esforço. Freire foi encarcerado como traidor por 70 dias. Em seguida passou por um breve exílio na Bolívia e trabalhou no Chile por
cinco anos para o Movimento de Reforma Agrária da Democracia Cristã e para a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação. Em 1967, durante o exílio chileno, publicou no Brasil seu primeiro livro,
Educação como Prática da Liberdade, baseado fundamentalmente na tese Educação e Atualidade Brasileira,
com a qual o Freire concorrera, em 1959, à cadeira de História e Filosofia da Educação na Escola de Belas Artes
da Universidade do Recife. O livro foi bem recebido, e Freire foi convidado para ser professor visitante da Universidade de Harvard em 1969. No ano anterior, ele havia concluído a redação de seu mais famoso livro, Pedagogia do Oprimido, que foi publicado em varias línguas como o espanhol, o inglês (em 1970), e até o hebraico (em 1981). Em razão da rixa política entre a
ditadura militar e o socialismo cristão de Paulo Freire[carece de fontes?], ele não foi publicado no Brasil até 1974, quando o general Geisel assumiu a presidência do
país e iniciou o processo de abertura política. Depois de um ano em Cambridge, Freire mudou-se para
Genebra, na Suíça, trabalhando como consultor educacional do Conselho Mundial de Igrejas. Durante esse tempo, atuou
como consultor em reforma educacional em colônias portuguesas na África, particularmente na Guiné-Bissau e
em Moçambique.
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Com a Anistia em 1979 Freire pôde retornar ao Brasil, mas só o fez em 1980. Filiou-se ao Partido dos Trabalhadores na cidade de São Paulo, e atuou como supervisor para o
programa do partido para alfabetização de adultos de 1980 até 1986. Quando o PT foi bem sucedido nas eleições
municipais de 1988, para a gestão de Luiza Erundina (1989-1993), Freire foi nomeado secretário de Educação da cidade de São Paulo. Exerceu esse cargo de 1989 a 1991. Dentre as
marcas de sua passagem pela secretaria municipal de Educação está a criação do MOVA - Movimento de
Alfabetização, um modelo de programa público de apoio a salas comunitárias de Educação de Jovens e Adultos que até hoje é adotado por numerosas prefeituras (majoritariamente petistas ou de outras orientações de esquerda) e outras
instâncias de governo. Em 1986, sua esposa Elza morreu. Dois anos depois, em 1988, o educador casou-se com a também pernambucana Ana Maria Araújo Freire, conhecida pelo apelido "Nita", que além de conhecida muito antiga era sua orientanda no
programa de mestrado da PUC-SP. Em 1991 foi fundado em São Paulo o Instituto Paulo Freire, para estender e elaborar as idéias de Freire. O instituto mantém até hoje os arquivos do educador, além de realizar numerosas atividades relacionadas com o legado do pensador e a atuação em temas da educação brasileira e mundial.
Freire morreu de um ataque cardíaco em 2 de maio de 1997, às 6h53, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, devido a complicações na operação de desobstrução de artérias.
A Justiça Federal, no Forum Mundial de Educação Profissional de 2009, realizado em Brasília, fez o pedido de perdão post mortem à viúva Ana Maria Freire e família,
assumindo o pagamento de "reparação econômica"[1]. A Pedagogia da Libertação
Painel Paulo Freire no CEFORTEPE - Centro de Formação,
Tecnologia e Pesquisa Educacional da Secretaria Municipal de Educação de Campinas-SP
Paulo Freire delineou uma Pedagogia da Libertação, intimamente relacionada com a visão marxista do Terceiro Mundo e das consideradas classes oprimidas na tentativa de
elucidá-las e conscientizá-las politicamente. As suas maiores contribuições foram no campo da educação popular para a alfabetização e a conscientização política de jovens e adultos operários, chegando a influenciar em movimentos como os das Comunidades Eclesiais de Base
(CEB). No entanto, a obra de Paulo Freire não se limita a esses campos, tendo eventualmente alcance mais amplo, pelo menos
para a tradição de educação marxista, que incorpora o conceito básico de que não existe educação neutra. Segundo a visão de Freire, todo ato de educação é um ato político.
Obras 1959: Educação e atualidade brasileira. Recife:
Universidade Federal do Recife, 139p. (tese de concurso público para a cadeira de História e Filosofia da Educação de Belas Artes de Pernambuco). 1961: A propósito de uma
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administração. Recife: Imprensa Universitária, 90p. 1963: Alfabetização e conscientização. Porto Alegre: Editora
Emma. 1967: Educação como prática da liberdade. Introdução de Francisco C. Weffort. Rio de Janeiro: Paz e Terra, (19
ed., 1989, 150 p). 1968: Educação e conscientização: extencionismo rural. Cuernavaca (México): CIDOC/Cuaderno 25, 320 p. 1970: Pedagogia do oprimido. New York: Herder & Herder, 1970 (manuscrito em português de 1968). Publicado com Prefácio de Ernani Maria Fiori. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 218 p., (23 ed., 1994, 184 p.). 1971: Extensão ou comunicação?. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1971. 93 p. 1976: Ação cultural para a liberdade e outros escritos.
Tradução de Claudia Schilling, Buenos Aires: Tierra Nueva, 1975. Publicado também no Rio de Janeiro, Paz e terra, 149 p. (8. ed., 1987). 1977: Cartas à Guiné-Bissau. Registros de uma experiência em processo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, (4 ed., 1984), 173 p. 1978: Os cristãos e a
libertação dos oprimidos. Lisboa: Edições BASE, 49 p. 1979: Consciência e história: a práxis educativa de Paulo
Freire (antologia). São Paulo: Loyola. 1979: Multinacionais e trabalhadores no Brasil. São Paulo:
Brasiliense, 226 p. 1980: Quatro cartas aos animadores e às animadoras culturais. República de São Tomé e Príncipe:
Ministério da Educação e Desportos, São Tomé. 1980: Conscientização: teoria e prática da libertação; uma introdução ao pensamento de Paulo Freire. São Paulo:
Moraes, 102 p. 1981: Ideologia e educação: reflexões sobre a não neutralidade da educação. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 1981: Educação e mudança. Rio de Janeiro: Paz e
Terra. 1982: A importância do ato de ler (em três artigos que se completam). Prefácio de Antonio Joaquim Severino. São Paulo: Cortez/ Autores Associados. (26. ed., 1991). 96 p. (Coleção polêmica do nosso tempo). 1982: Sobre educação (Diálogos), Vol. 1. Rio de Janeiro: Paz e Terra ( 3 ed., 1984), 132 p. (Educação e comunicação, 9). 1982: Educação popular. Lins (SP): Todos Irmãos. 38 p. 1983: Cultura popular, educação popular. 1985: Por uma pedagogia da pergunta. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 3ª Edição 1986:
Fazer escola conhecendo a vida. Papirus. 1987: Aprendendo com a própria história. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 168 p. (Educação e Comunicação; v.19). 1988: Na escola que fazemos: uma reflexão interdisciplinar em educação popular. Vozes. 1989: Que fazer: teoria e prática em
educação popular. Vozes. 1990: Conversando con educadores. Montevideo (Uruguai): Roca Viva. 1990: Alfabetização -
Leitura do mundo, leitura da palavra. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 1991: A educação na cidade. São Paulo: Cortez, 144 p. 1992: Pedagogia da esperança: um reencontro com a Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra (3 ed. 1994), 245 p. 1993: Professora sim, tia não: cartas a quem ousa ensinar. São Paulo: Olho d'água. (6 ed. 1995), 127 p. 1993: Política e educação: ensaios. São Paulo: Cortez, 119
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Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987; 5ª Edição. 1996: Pedagogia da Autonomia. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 2000:
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Ver também • Método Paulo Freire
• Pedagogia da Autonomia • Instituto Paulo Freire
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38
• Educação popular • Educação de Jovens e Adultos
• Analfabetismo Ligações
Biblioteca Digital Paulo Freire • Centro Paulo Freire
• Instituto Paulo Freire • Centro de Investigação em Educação Paulo Freire da
Universidade de Évora • Cátedra Paulo Freire
• Paulo Freire e a Emancipação Digital • Projeto Memória
• Entrevista com a viúva de Paulo Freire, autora do livro “Paulo Freire, uma história de vida”, lançado
pela editora Villa das Letras Carta de Paulo Freire aos professores