Psicologia das dinâmica de grupo resumo

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  • 7/26/2019 Psicologia das dinmica de grupo resumo

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    Resumos de Dinmicas de Grupo

    A Janela de Johari

    Objectivos:- Medir o grau de lucidez nas relaes interpessoais (grau de conhecimento que

    ns temos dos outros);

    - Promover, de forma positiva e cautelosa, a comunicao interpessoal e o

    relacionamento entre os grupos;

    - Procura de feedback (positivo ou negativo) em relao aos outros.

    A janela de Johari dividida em 4 vidros e cada vidro corresponde a uma rea:

    - Eu Aberto ou Pblico:

    - rea que integra aquilo que ns sabemos de ns e que no nos importamos de

    transmitir aos outros;

    - Quanto mais estreita a nossa relao com os outros, maior a sua dimenso.

    - Eu Cego:

    - rea que integra as percepes e os conhecimentos que os outros possuem a

    nosso respeito e que ns prprios desconhecemos, ou seja, desconhecido do Ego (tiques,...).

    - Eu Secreto ou Oculto:

    - rea que integra tudo o que, conscientemente, no partilhamos com ningum,

    ou seja, uma rea do conhecimento pertencente ao Ego e que no se partilha com os outros;

    - Diminui com a capacidade de nos aceitarmos e de nos revelarmos.

    - Eu Desconhecido:

    - rea que integra tudo aquilo que desconhecido (inconsciente) para ns e

    para os outros, ou seja, a falta de auto-conhecimento, isto , aquilo que nem ns prpriosconhecemos a nosso respeito;

    - Diminui com o relacionamento interpessoal.

    Conhecido peloDesconhecido pelo

    prprioprprio

    Conhecido pelosoutros

    Pblico ( Eu Aberto) Cego ( Eu Cego)Hetero-

    ConhecimentoDesconhecido

    pelos outros

    Secreto (Eu Secreto)Desconhecido (Eu

    Desconhecido)Auto-Conhecimento

    Dois processos:- Feedback- Auto-Revelao/Auto-Exposio

    Pblico ( Eu Aberto) Cego ( Eu Cego)

    Auto-Exposio

    Secreto (Eu Secreto)Desconhecido (Eu

    Desconhecido) Procura de FeedBack

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    Estilos Interpessoais

    Eu Desconhecido(Janela I/Estilo I)- Predominnio do eu desconhecido, resultante da procura de informao e de

    auto-exposio deficitrias: FeedBack Negativo Auto-Exposio Negativa

    Consequncias:- Tendncia para gerar hostilidade nos outros;- A falta de relacionamento pode ser mal interpretada, gerando insatisfao

    nos interlocutores.

    Eu Secreto(Janela II/Estilo II)- Predominnio do eu secreto, revelador de predisposio para procurar

    informao a seu respeito (procura de feedBack) mas de pouca vontade de se expr: FeedBack Positivo Auto-Exposio Negativa

    Consequncias:- O sujeito pode ser visto como superficial, distante, inseguro, manipulador,

    gerando tenses e sentimentos negativos nos seus interlocutores.

    Eu Cego(Janela III/Estilo III)- Forte utilizao da auto-exposio e fraca procura de feedBack:

    FeedBack Negativo Auto-Exposio Positiva

    Consequncias:- O sujeito pode ser percebido como egocntrico, com demasiada auto-

    confiana e insensvel ao feedback.

    Eu Aberto(Janela IV/Estilo IV)- Utilizao ampla e equilibrada tanto da auto-exposio como da procura de

    feedback, sendo o eu aberto aquele que assume maior dimenso: FeedBack Positivo Auto-Exposio Positiva

    Consequncias:- Permite franqueza e empatia;- Ao inicio, este estilo pode conduzir defesa nos outros por no estarem

    habituados a relaes interpessoais autnticas.

    A Anlise Transaccional

    - Permite ao sujeito ter conscincia do modo como age e se comporta, na relao com osoutros; Permite reflectir sobre si mesmo e esclarecer-se:

    - Promove o auto-conhecimento porque torna compreensvel a energia quemobiliza o sujeito para comunicar com o mundo exterior.

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    Anlise Estrutural

    Estados do Ego:

    - a maneira especifica de cada pessoa pensar, sentir e comportar-se;- Quando as pessoas interagem fazem-no a partir de um dos diferentes estados do Ego.

    3 Estados do Ego:- Reflectem o registo, no crebro do sujeito, das experincias reais, vividas

    ao longo do seu desenvolvimento;- Trata-se, no de papis desempenhados, mas de realidades psicolgicas

    que condicionam esses papis;- Os estados do ego so: Pai (P), Adulto (A) e Criana (C).

    Estado Pai

    - o estado formado e influenciado por todas as pessoas que contriburam para o

    crescimento individual;- o estado reservatrio de normas, valores, preconceitos e modelos de actuao ( avida aprendida).

    Estado Adulto

    - o estado onde predomina o pensamento lgico, racional e objectivo e que secaracteriza pela capacidade do EU receber informaes;

    - um estado que exige autonomia e independncia e que traduz um comportamentocalmo, sensato e eficaz ( a vida experimentada);

    - Este estado surge quando o sujeito comea a perceber a diferena entre a vida que oPai lhe ensinou, a vida como ele a sentiu e desejou e avida como ele a v por si prprio.

    Estado Criana

    - o estado emocional que reflecte o modo como a criana, na primeira fase dodesenvolvimento, se relaciona com o Mundo.

    Sub-Estados do Ego:

    Estado Pai

    Pai Critico:- Positivo: o que impe normas sociais e formula juzos de valor. (Ex: Tem

    cuidado; Deita-te cedo; No fumes...)- Negativo: o Pai ou a Me ameaadores que reprimem e ordenam.

    (Ex: s um intil; No entendes nada...)Pai Nutritivo:

    - Positivo: d ordens, impe limites e quer v-los aplicados.(Ex: Eu explico-te; Toma cuidado; Descansa...)

    - Negativo: impede o desenvolvimento da criana, priva-a deautonomia.

    (Ex: No corras; No faas isso...)

    Estado Criana

    Adaptada (com medo, vergonha):

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    - o EU que corresponde criana dcil e que se comporta tal como se esperadela;

    - Aceita sem contestao o que se lhe pede.(Ex: Eu gosto do que tu gostas; Desculpa incomodar...)

    Espontnea (impulsiva, brincalhona):

    - o EU que exprime de forma espontnea as suas emoes, alegrias e tristezas.(Ex: Esta tarde vou sair; Oh, que pena...) Pequeno Professor(criativa):

    - o EU que se manifesta atravs da criatividade e da inveno;- O sujeito tem confiana em si e acredita que vai encontrar a melhor soluo.

    (Ex: Eu resolvo o problema...) Rebelde:

    - o EU que se revela atravs de comportamentos negativos, agressivos, denegativismo e de oposio

    (Ex: No me chateies; No te vou ajudar...)

    Transaces

    - So as trocas de energia, de estmulos e respostas entre os estados do EU de diferentespessoas;

    - Qualquer transaco tem duas partes: o Estmulo e a Resposta.

    Tipos de Transaces:- Transaco Complementar

    Quando o estado do EU solicitado ao indivduo responde ao estado do EUque originou a transaco;

    O estado do Ego que estimulado aquele de onde a resposta parte.

    Transaco Complementar I:- Estmulo do Pai para a Criana: No desperdices a tua mesada;- Resposta da Criana para o Pai: Vou comprar o livro e guardar o resto.

    Transaco Complementar II:- Estmulo da Criana para o Pai: Ajuda-me a ler este livro;- Resposta do Pai para a Criana: Nunca fazes nada sozinho.

    Transaco Complementar III:- Estmulo do Adulto para Adulto: O que pensas desta soluo?;- Resposta do Adulto para Adulto De acordo com os dados, a mais indicada.

    - Transaco Cruzada Quando o sujeito no responde ao mesmo estado que solicitou a resposta.

    Transaco Cruzada I:- Estmulo do Pai para a Criana- Resposta do Adulto para o Adulto

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    Transaco Cruzada II:- Estmulo da Criana para o Pai: No sei como se faz este trabalho.- Resposta do Adulto para o Adulto: Quais so as tuas dificuldades?.

    - Transaco Oculta Possu um nvel social (aparente) e um nvel psicolgico (oculto): este ltimofornece mais informao que o nvel social.

    Transaco Oculta:- Estmulo Psicolgico da Criana para o Pai- Resposta Psicolgica do Pai para a Criana

    - Estmulo Social do Adulto para o Adulto- Resposta Social do Adulto para o Adulto

    Estilos de Comunicao

    - Estilo Agressivo: O individuo agressivotem como principal objectivo vencer sobre os

    outros, dominar e forar os outros a perder; O agressivo procura valorizar-se custa dos outros, dominar os

    outros e ignorar e desvalorizar, sistematicamente, aquilo que eles dizem ou fazem; Age como infalvel e intocvel; Apresenta-se extremamente crtico; Torna-se tirnico na relao com os outros, desprezando os seus

    sentimentos e direitos.

    Consequncias da Agressividade nas Relaes Interpessoais:- Promoo de relaes interpessoais desfavorveis, insatisfatrias e

    stressantes;- Desenvolvimento de mal-estar psicolgico nos interlocutores;- Desenvolvimento de atitudes negativas por parte dos interlocutores;- Evitamento de contacto, de franqueza e de veracidade por parte dos

    interlocutores, nomeadamente no que respeita a questes crticas.

    Frases tpicas do agressivo:- Os outros so todos uns imbecis;- Prefiro ser lobo aser cordeiro;- No nos podemos deixar levar.

    - Estilo Passivo: O individuo passivo apresenta-se submisso, apagado,

    desvalorizando-se na relao com os outros; Tem medo de decidir e avanar porque receia a decepo

    (raramente manifesta desacordo); Dificilmente diz No, nomeadamente em resposta a um pedido,

    nunca se impondo e tende a aceitar tudo da parte dos outros;

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    Tende a ignorar os seus direitos, sentimentos, pensamentos enecessidades e no os manifesta;

    Receia os conflitos, evitando-os a todo o custo.

    Consequncias da Passividade nas Relaes Interpessoais:

    - Desenvolvimento de sentimentos negativos do prprio;- Perda de respeito por si prprio;- Desenvolvimento de sofrimento pessoal;- Desconhecimento dos outros quanto aos desejos, interesses e

    pensamentos do interlocutor passivo Conduz ao estabelecimento de uma comunicao deficitria eineficaz, podendo levar degradao da relao com os outros.

    Frases tpicas do passivo:- No quero dramatizar;- No gosto de atacar moinhos;

    - No estou altura de fazer isso.

    - Estilo Manipulador: O individuo manipuladortenta utilizar os outros para atingir os seus

    fins; Oculta/Esconde os seus verdadeiros objectivos; Fala por meias palavras: especialista em rumores e conflitos e diz-

    que-disse; Apresenta-se sempre cheio de boas intenes; Expe opinies, atitudes e perspectivas diferentes consoante o

    interlocutor; A sua arma favorita a culpabilidade (faz chantagem moral).

    Consequncias da Manipulao nas Relaes Interpessoais:- Perda progressiva de credibilidade junto dos outros;- Perda total de confiana da parte dos outros, a mdio/longo prazo;- Tendncia para a exibio posterior de comportamentos vingantivos

    com eventual uso do poder.

    Frases tpicas do manipulador:

    - Temos de saber mexer os cordelinhos;- O fim justifica os meios;- Mostra-te mais esperto que os outros.

    - Estilo Assertivo: O individuo assertivopronuncia-se de forma clara e construtiva; Negoceia com os outros assentando em objectivos claros,

    estabelecidos de modo preciso e tendo em conta os interesses mtuos, no recorrendo a ameaas; No permite que o pisem; Estabelece, com os outros, uma relao assente na confiana.

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    Consequncias da Assertividade nas Relaes Interpessoais:- Favorecimento do clima interpessoal e intragrupal;- Bem-estar psicolgico do prprio;- Possibilidade de satisfao dos interesses envolvidos;- Convite auto-afirmao por parte dos outros;

    - Reduo das tenses inter-individuais.

    A tcnica DEEC

    Descrever: o sujeito A descreve o comportamento do sujeito B de uma forma to precisa eobjectiva quanto possvel, sem emitir juzos de valor; factual.

    Expressar: o sujeito A transmite ao sujeito B o que pensa e sente em relao ao seucomportamento. Revela os seus sentimentos, preocupaes e desacordos.

    Especificar: o sujeito A prope ao sujeito B uma forma realista de modificar o seucomportamento.

    Consequncia: o sujeito A tenta interessar ao sujeito B pela soluo proposta, indicando-lhe as possiveis consequncias benficas do novo comportamento que lhe proposto.

    A escuta activa

    Diferena entre ouvir e escutar:

    - Ouvir: processo fisiolgico; processo passivo que ocorre sem nenhuma ateno ouesforo especial.

    - Escutar: processo activo que envolve uma srie de passos ou etapas.

    Aspectos Fundamentais: Focamos a nossa ateno na mensagem verbal e no verbal; Evitamos distrair-nos com o que se passa nossa volta; Focalizamos a nossa ateno na pessoa que transmite e no naquilo que vamos dizer a

    seguir; Mantemos o nosso papel de pessoa que escuta activamente e evitamos interromper; Evitamos assumir que j sabemos o que a pessoa nosvai dizer antes de ela o fazer; Lemos a mensagem transmitida a partir do ponto de vista do emissor, evitando, assim,

    fazer juzos de valor; Colocamos questes para clarificarmos informao nomeadamente quanto aos aspectos

    relativamente aos quais parece estarmos em desacordo; Reformulamos a mensagem sem fazermos interpretaes; Sumariamos a mensagem numa forma mais fcil de reter mas devemos ser cuidadosos para

    no deixarmos de fora questes cruciais; Acompanhamos a pessoa que fala ao longo do seu discurso atravs de feedback; Expressamos suporte pessoa que fala no fim de ela terminar a sua mensagem; Respondemos honestamente: mesmo que a pessoa discorde da nossa opinio, ela tem o

    direito de esperar uma resposta honesta; Resistimos tendncia para responder aos sentimentos da outra pessoa na tentativa de

    resolver o problema em questo. A nossa misso/tarefa mais limitada, ou seja, consiste:- em encorajar a pessoa a exprimir e a clarificar os seus sentimentos;- em promover uma atmosfera de apoio/suporte.

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    Conflitos

    Modelo Estrutural- Factores:

    Predisposies comportamentais Presses Sociais

    do prprio (1) sobre o prprio (2)

    Comportamentos do Prprio (4) Comportamentos do Outro (4)

    Estrutura de Incentivos (3)

    Predisposies comportamentais Presses Sociais

    do outro sobre o outro

    (1)

    Predisposies Comportamentais:- Motivaes, Capacidades Predisposies comportamentais, o que diferente de afirmarque:

    - Cada parte possu traos inflexveis;- O comportamento no varia de situao para situao.

    - Os individuos possuem uma hierarquia de respostas para lidarem com as situaes de conflito.- Estilo Dominante:

    - Elevada necessidade de poder Competio.- Elevada necessidade de afiliao Colaborao.

    (2) Presses Sociais:

    - Presso de Pertena: grupo que a parte representa:- o grupo aprova os comportamentos da parte que vo ao encontro dos seusobjectivos e pune aqueles que os comprometem.

    - Presso do Ambiente Social: partes neutras ou espectadoras:- Objectivo: preveno da ruptura do sistema.- Normas que impedem a violncia.- Normas que constrangem o uso do poder coercivo.

    Consequncias das Presses Sociais:- Presso de Pertena: Fenmenos como a elevada coeso interna e o

    desviopara o risco levam a que o grupo tenda a pressionar a parte que o

    representa no sentido da adopo de comportamentos competitivos.

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    - Presso de Ambiente Social:- Impede comportamentos mais assertivos;- Impede o confronto entre as partes, aumentando a

    possibilidade de: No resoluo do conflito;

    Acumulao de questes e sentimentos; Confronto posterior mais violento e destrutivo.

    (3) Estrutura de Incentivos:- Inter-relao entre os interesses das partes;- O que est em jogo na relao: Dependncia de uma parte relativamente outra.

    Dependncias diferentes: Motivaes diferentes para negociar.- Conflito de interesses: grau de compatibilidade entre os interesses das partes:

    - problemas comuns;- questes competitivas;

    - questes mistas.

    (4)

    Regras e Procedimentos:- Determinam os comportamentos das partes;- Regras de deciso: especificam quais as alternativas que devem ser seleccionadas/evitadas

    quando surgem problemas.- Procedimentos de negociao: governam a frequncia das interaces entre as partes, a

    dimenso das sesses, a respectiva composio em termos de quantos e que elementos, etc.- Mecanismos de Mediao e Arbitragem: estabelecem a interveno de terceiros quando as

    partes no conseguem chegar a um acordo.

    Consequncias das Regras de Deciso:- Desencorajam a resoluo do problema;- Promovem um pensamento preto no branco aumentando a

    probabilidade da adopo de comportamentos competitivos;- Tendem a proliferar:

    Perda de tempo e de energia para lidar com as regras; Aumento dos comportamentos de evitamento devido

    ao receio da violao de regras desconhecidas.

    Consequncias dos Procedimentos de Negociao:- Longo perodo entre as negociaes Esteretipos negativos,

    hostilidade e acumulao de questes Desencorajamento da colaborao;- Apresentaes formais Vinculao de cada parte s suas

    posies Encorajamento da competio;- Considerao de vrias questes durante a negociao cada

    questo tende a ser vista como estando associada s restantes pela sua pertinncia prpria.

    Consequncias da Arbitragem:

    - Vantagens:- Termina a competio e previne a escalada do conflito;- Pode conduzir identificao de solues mais integrativas do que

    as partes so capazes de percepcionar.

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    - Desvantagens:- Pouco eficaz na reduo da hostilidade entre as partes;- Pode promover algum grau de competio;- A parte perdedora tende a ver a deciso como invlida e o rbitro

    como injusto.

    Grupos

    Percepo: Qualquer nmero de pessoas envolvidas numa interaco face-a-face num ou emvrios contactos, em que cada membro recebe alguma impresso ou percepo distinta dos outrosmembros que lhe permite ter alguma reaco aos outros enquanto seres individuais.

    Motivao: Conjunto de individuos cuja existncia compensadora.

    Objectivos Grupais: Unidades compostas por duas ou mais pessoas que estabelecem contactocom determinado propsito e que o consideram significativo.

    Organizao: Sistema organizado de dois ou mais individuos que se encontram inter-relacionados de tal forma que o sistema desempenha determinada funo, possui um conjunto de regrasrelativas ao relacionamento dos seus membros e um conjunto de normas que regulam a funo do grupoe de cada um dos seus membros.

    Interdependncia: Conjunto de individuos que esto interdependentes no sentido em queexiste a probabilidade de um evento que afecte um deles, afectar todos os outros.

    - Groupness Um agregado ser tanto menos grupo quanto:

    - Maior o nmero dos seus membros;- Menor a interaco entre os seus membros;- Menor a sua histria;- Mais o seu futuro se reduz ao horizonte prximo da interaco

    corrente.

    Tipos de Grupos

    Grupos Formais:- Grupos Permanentes;- Grupos Temporrios.

    Grupos Informais:- Grupos Instrumentais;- Grupos de Amizade;- Grupos de Interesse.

    - Grupos Estdios de Desenvolvimento Forming: Fase de Formao Storming: Fase de Conflito Norming: Fase de Estruturao Performing: Fase de Execuo Adjouring: Fase de Dissoluo

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    Forming:- Os membros familiarizam-se uns com os outros e com o grupo;- Tendem a cuidadosamente monitorizar o seu comportamento de forma a evitar

    determinados constrangimentos;- Os membros sentem-se relutantes em discutir os seus pontos de vista e valores sobre

    determinados assuntos com pessoas que no conhecem;- Ainda no existem normas especficas sobre a interaco e os objectivos do grupo e ospapis de cada um so uma incerteza: nesta fase, a tenso pode tornar -se demasiada para as pessoasque sentem que tm poucas competncias sociais, que acabam por evitar entrar em contacto com novosgrupos;

    - Com o tempo, este gelo inicial quebrado e os membros comeam a conhecer-se melhor,as caracteristicas das personalidades, os interesses e as atitudes passam a ser previsiveis e atinge-se umdeterminado nivel de familiaridade entre os membros (isto s acontece com o investimento pessoal decada membro e com o tempo).

    Storming:- Esta fase tende a acontecer quando os membros comeam a definir os objectivos dogrupo, as relaes entre os membros e os papis que cada membro desempenhar no grupo;

    - Muitas vezes, os membros comeam a desafiar a autoridade do lder, e at estaremestabelecidos os padres de autoridade, poder e comunicao, o conflito tende a existir.

    Vantagens dos Conflitos:- Permite que os membros compreendam as perspectivas uns dos

    outros atravs do confronto;- Ajuda a clarificar os objectivos na medida em que fora os membros

    a fazerem opes que refletem as preferncias de negociao do grupo;

    - Providncia a ventilao de hostilidades pessoais.

    Desvantagens dos Conflitos:- Se o conflito entra numa escalada que foge ao controlo pode destruir

    o grupo.

    Norming:

    - Nesta fase, os grupos tornam-se organizados e unidos, o apoio mtuo, o suporte e acooperao entre os membros aumentam;

    - Os membros passam a tentar tomar decises com base no consenso;- O grupo torna-se mais coeso;- O grupo resolve os conflitos sobre os objectivos, papis e autoridade e prepara-se para

    se dediar ao trabalho que tem em mas;- As normas tornam-se mais claras;- Quando as diferenas de opinio aparecem tendem a ser resolvidas de forma construtiva

    e a comunicao entre os membros flui de forma produtiva.

    Performing:

    - A produtividade dos grupos tende a desenvolver-se quando o grupo se torna maismaduro (nem todosos grupos atingem essa maturidade);

    - o tempo constitui uma das condies necessrias para o desenvolvimento de umarelao de trabalho.

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    A tarefa requer o esforo do grupo em lugar do esforo individual; Est presente no grupo um individuo com experincia de liderana prvia; O grupo se depara com situaes stressantes (fracassos,...).

    Tipologias das Teorias de Liderana

    Perspectivas

    Tericas

    Universal Contingencial

    Construto Focal Traos do Lder Tipo I Tipo III

    Comportamentos do Lder Tipo II Tipo IV

    LideranaTeorias Tipo II- Os comportamentos do lder universal:

    A abordagem de Bales e colaboradores A abordagem de Lewin e colaboradores

    A abordagem de Bales

    - As duas funes da liderana:

    Funo Instrumental: Respeita realizao da tarefa ou objectivo especifico dogrupo.

    Funo Expressiva: Respeita manuteno ou reforo das relaes sociaisentre os membros do grupo.

    Os estudos de Lewin e colaboradores

    - Estudos sobre estilos de liderana:- Inicio: Kurt Lewin (1938);- Grupos Naturais;- Lderes Formais/Lderes Emergentes

    Lderes Formais:

    - Dispem, logo partida, de poder institucional;- Liberdade quanto forma como vai utilizar esse poder:

    limites que estabelece quanto participao e consulta dos subordinados.

    Estilos de Liderana:- Mtodo:

    - Observao de 4 grupos;- Grupos de 5 rapazes de 10/11 anos de idade;- Tarefa tipos de tempos livres;- Lderes: adultos comportando-se de forma:

    - autoritria

    - democrtica- permissiva

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    - Cada grupo reuniu-se a seguir s actividades escolares durante 3 perodos de tempo;- Os estilos de liderana variaram de perodo para perodo e sucederam-se por ordem

    diferente nos diversos grupos;- Os lderes adultos foram cuidadosamente treinados para desempenharem cada um doa

    diferentes tipos de liderana.

    Lder Autoritrio- Determina toda a politica do grupo;- Dita os mtodos e fases de execuo de forma sucessiva;- Distribui elogios com favoritismos.

    Lder Democrtico- Descreve os passos gerais para atingir os objectivos propostos e os procedimentos

    alternativos;- Encoraja os membros do grupo a decidirem as suas proprias politicas;

    - Concede liberdade aos membros para trabalharem com quem escolherem;- Distribui as criticas e os elogios com objectividade e imparcialidade.

    Lder Permissivo- Apresenta uma postura no participante nas actividades;- Mantem-se distante e indiferente;- Concede total liberdade ao grupo para proceder como bem entender.

    Resultados (rendimento, satisfao e agressividade):

    - Consoante o tipo de liderana, os padres de comportamento observados variaram muito:

    Hostilidade e Agresso: Grupos Autoritrios e Grupos Democrticos; Bodes Expiatrios: Grupos Autoritrios;

    Simpatia: O lder democrtico foi o preferido;

    Produtos Realizados: No houve diferenas quantitativas significativas; As soluesdos grupos democrticos revelam-se mais criativas Excelncia da LideranaDemocrtica.

    Liderana Teorias Tipo IV Sobre a necessidade de uma abordagemcontingencial

    Teoria Situacional Modelo de Vroom e Yetton

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    Desempenho Grupal

    Incovenientes dos grupos:- Desindividualizao;- Anonimato;- Difuso de Responsabilidade;

    - Desvio para o Risco;- Pensamento Grupal;- Contgio de Emoes;- Movimentos Sociais Extremistas;- Presses para a Uniformidade.

    Tarefas dos GruposTipos de Tarefa: Factor contextual que mais influncia moderadora parece

    exercer nos processos de grupo.

    Tarefas AditivasTarefas Disjuntivas- Intelectuais- Decisrias

    Tarefas Aditivas:Tarefas em que as contribuies individuais se adicionam.- Fenmenos/Problemas:

    Anonimato; Percepo de redundncia de esforos; Falhas na coeso entre os membros do grupo; Perdas por processo:

    - Coordenao- Motivao Indolncia, inrcia ou preguia social; Efeito Ringelmann (traco corda).

    Tarefas Disjuntivas Decisrias:Tarefas em que o grupo tem de escolher uma soluo a partir das vriaspropostas feitas pelos seus membros (soluo negociada consenso).

    - Fenmenos/Problemas: Influncia informativa e normativa; Polarizao colectiva; Pensamento Grupal.

    Pensamento Grupal:

    - Sndroma;- Busca do Consenso;- Iluso do Consenso;- Tomada da Deciso Errada.

    Condies Antecedentes:- Elevada Coeso;- Isolamento do Grupo;- Falta de procedimentos rigorosos de busca/procura e avaliao;- Liderana directiva;- Elevado stress e crena na impossibilidade de uma melhor alternativa.

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    Sintomas:- Iluso de invulnerabilidade;- Racionalizao colectiva;- Crena na moralidade intrseca do grupo;- Presso directa sobre os desviantes;

    - Auto-censura;- Iluso de unanimidade.

    Preveno:- Liderana imparcial e no directiva;- Encorajamento de cada membro como avaliador crtico (advogados do

    diabo);- Constituio de sub-grupos com diferentes lderes;- Anlise dos perigos e intenes inferidos sobre os rivais;- Presena de especialistas externos com posio crtica.

    Relaes Interpessoais

    Para termos uma ideia de como uma pessoa existem:- Sinais/dicas verbais;- Dicas no verbais:

    Naturais:- Rosto- Cabelo- Movimento Corporal

    Artificiais:

    - Roupa- Acessrios- Perfume

    Dimenses:- Inteligncia;- Simpatia;- Honestidade, ...

    Contextos em que ocorrem:- Atraco interpessoal;

    - Marketing politico;- Seleco do pessoal;- Atendimento ao pblico.

    Auto- Monitorizao

    - Controlo deliberado e estratgico do prprio comportamento de forma a permitir aprojeco, nos outros, de uma imagem apropriada aos contextos sociais nos quais as interaces ocorrem;

    - Conhecimento do impacto dos comportamentos verbais e no verbais prprios noprocesso de formao de impresses a seu respeito;

    - A auto-monitorizao pode ser: Elevada ou Reduzida.

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    Auto-Monitorizao Elevada:- Sensibilidade auto-apresentao dos outros;- Uso da auto-apresentao dos outros para a auto-monitorizao prpria;- Repertrios auto-apresentacionais bem desenvolvidos.

    Auto-Monitorizao Reduzida:- Insensibilidade auto-apresentao dos outros;- No uso da auto-apresentao dos outros para a auto-monitorizao prpria;- Repertrios auto-apresentacionais mal desenvolvidos.

    Mensurao:- Escala de Lennox e Wolfe 13 itens, duas sub-escalas:

    - capacidade para modificar a auto-apresentao;- sensibilidade ao comportamento expressivo dos outros.

    - Escala de Likert de 6 pontos:

    - elevada pontuao elevada auto-monitorizao.- Escala de Snyder e Gangested 18 itens, respostas de verdadeiro/falso

    Auto-Monitorizao nas Organizaes

    Escolher um Trabalho:

    Elevada Auto-Monitorizao: Preferncias por trabalhos em que os papis esto claramente definidos eonde possivel exercitar as suas competncias de auto-monitorizao.

    Reduzida Auto-Monitorizao: Preferncias por trabalhos consonantes com o seu perfil personalstico.

    Escolher uma Organizao:

    Elevada Auto-Monitorizao: Utilizao predominante dos amigos e conhecimentos.

    Reduzida Auto-Monitorizao: Utilizao predominante de anncios e agncias.

    Na entrevista (a entrevistar):

    Elevada Auto-Monitorizao: Escolha dos candidatos que aparentam corresponder ao perfil (maior

    centrao na aparncia).

    Reduzida Auto-Monitorizao: Escolha dos candidatos cuja personalidade e comportamento parecemadequados ao perfil (maior centrao nas caracteristicas pessoais).

    A ser entrevistado:

    Elevada Auto-Monitorizao: Gesto da imagem para aparentar corresponder ao perfil.

    Reduzida Auto-Monitorizao: Apresentao de si mesmo.

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    A trabalhar:

    Elevada Auto-Monitorizao: Maior eficcia em papis de medio de grupos divergentes.

    Reduzida Auto-Monitorizao: Maior eficcia em tarefas que requerem as suas caracteristicas pessoais e

    em que sentem a importncia do seu trabalho; Maior neutralizao do comportamente de liderana.

    A eficcia relativa do desempenho de sujeitos com elevada e reduzida auto -monitorizao contingencial: Requisitos de Funo.

    De sada:

    Elevada Auto-Monitorizao: Tendncia para sair amigavelmente Boas referncias para um posterioremprego; Maior capacidade para descrever as exigncias da funo O entrevistador poder transpresta informao para a seleco do pessoal.

    Reduzida Auto-Monitorizao: Tendncia para falar abertamente acerca das razes do seu abandono,ainda que tal implique conflito; Uso da informao subjacente sua sada como condicionante de futurasescolhas profissionais.

    ConflitosModelo Processual/Modelo Estrutural

    Duas faces:

    Vantagens:- Revela os problemas existentes;

    - Gera novas ideias;- Conduz criao de novas alianas;- Contribui para a distribuio do poder e da influncia.

    Desvantagens:- Desvia a ateno dos objectivos;- Gera ressentimentos entre os envolvidos;- Contribui para a insatisfao no trabalho;- Aumenta o stress.

    Comunicao e Gesto:

    - O conflito pensado e tratado como se possuse qualidades prprias;- Uma boa forma de encararmos o conflito consiste na anlise no modo comoeste pensado e das preferncias/intenes relativas aos comportamentos decomunicao que ocorrem em situaes divergentes.

    Modelo Processual(Etapas)

    Reaco do Outro FrustraoConceptualizao

    ComportamentoResultado

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    Frustrao:- Desacordo;- No aceitao de um pedido;- Insulto;- No cumprimento de uma norma;

    - Interferncia com o desempenho.

    Conceptualizao:

    - Definio do Problema:- Auto-centrao- Profundidade de anlise- Dimenso do problema

    - Alternativas e Resultados Possiveis:- Ganhador/Perdedor- Soma Zero- Insolvel

    - Indeterminada

    Comportamentos:- Orientao:

    Competitiva Colaboradora Evitamento Acomodativa Partilha/Compromisso

    Objectivos Estratgicos:

    - Dimenso Integrativa- Dimenso Distributiva

    Comportamento Tctico:- Tcticas Competitivas (distributivas)

    - Uso do poder: Poder de Informao Poder Coercivo Poder de Recompensa

    - Tcticas Colaborativas (integrativas)- Identificao dos interesses de ambas as partes;

    - Procura de alternativas e identificao das suas consequncias paraambas as partes;- Identificao da que melhor satisfaz ambas as partes.

    Interaco:- Reavaliao do problema e/ou das alternativas;- Comportamento gera comportamento;- Enviesamentos na hetero-percepo;- Simplificao cognitiva (ganhador/perdedor);- Comunicao;- Percepo da incompatibilidade de objectivos;

    - Deslocao do problema inicial para a competio em si mesma;- Contaminao com outros problemas.

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    Resultados: Curto Prazo: Satisfao/frustrao constituem a base para o prximo

    episdio;Longo Prazo: Comportamentos acomodativos e colaborativos tendem a ser

    mais eficazes.

    Scores

    Score grupo-chave: Eficcia do grupo. Score individuo-chave: Eficcia individual; Permite identificar o membro mais competente. Score individuo-grupo: Influncia social.

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