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DINÂMICA DE DINÂMICA DE GRUPO/RECURSOS Pp GRUPO/RECURSOS Pp ELABORADO POR: ELABORADO POR: Professora MSc. Maria Professora MSc. Maria Maristela Chaves Maristela Chaves Schneider Schneider

1. DinâMica De Grupo

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Material utilizado na docência do curso de Psicopedagogia.

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Page 1: 1. DinâMica De Grupo

DINÂMICA DE DINÂMICA DE GRUPO/RECURSOS PpGRUPO/RECURSOS Pp

ELABORADO POR: ELABORADO POR: Professora MSc. Maria Professora MSc. Maria

Maristela Chaves SchneiderMaristela Chaves Schneider

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DINÂMICA DE DINÂMICA DE GRUPO/RECURSOS PpGRUPO/RECURSOS Pp

Ao longo da vida, todos nós Ao longo da vida, todos nós participamos de diversos grupos, participamos de diversos grupos, desde o grupo familiar, chamado desde o grupo familiar, chamado por Pichon-Rivière de grupo por Pichon-Rivière de grupo primário, até os outros, primário, até os outros, considerados grupos secundários. considerados grupos secundários. 

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DINÂMICA DE DINÂMICA DE GRUPO/RECURSOS PpGRUPO/RECURSOS Pp

Dentro desses grupos, cada um tem um Dentro desses grupos, cada um tem um “papel” a ser desempenhado.“papel” a ser desempenhado.

O/a educador/a deve estar atento para O/a educador/a deve estar atento para que esses “papéis” não sejam que esses “papéis” não sejam cristalizados. cristalizados.

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Nesses encontros vivenciais, são Nesses encontros vivenciais, são importantes: relatos, leituras de importantes: relatos, leituras de textos, elaboração de poesias, textos, elaboração de poesias, encenações, jogos e dinâmicas que encenações, jogos e dinâmicas que vão possibilitar a relação dialógica, na vão possibilitar a relação dialógica, na qual a interação, a identificação e o qual a interação, a identificação e o acolhimento farão parte da acolhimento farão parte da construção do conhecimento e da construção do conhecimento e da integração do grupo.integração do grupo.

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DINÂMICA DE DINÂMICA DE GRUPO/RECURSOS PpGRUPO/RECURSOS Pp

Há aquele aluno/a que deseja sempre Há aquele aluno/a que deseja sempre a liderança, há outro que questiona a liderança, há outro que questiona exaustivamente, há os “desligados” e exaustivamente, há os “desligados” e os ausentes. Também é muito comum os ausentes. Também é muito comum a presença do “bode expiatório”, que a presença do “bode expiatório”, que é aquele que assume as “culpas” do é aquele que assume as “culpas” do grupo e se sobrecarrega de tarefas.grupo e se sobrecarrega de tarefas.

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Segundo Madalena Freire: “(...) um grupo Segundo Madalena Freire: “(...) um grupo se constrói no espaço heterogêneo das se constrói no espaço heterogêneo das diferenças entre cada participante: da diferenças entre cada participante: da timidez de um, do afobamento do outro; timidez de um, do afobamento do outro; da serenidade de um, da explosão do da serenidade de um, da explosão do outro; do pânico de um, da sensatez do outro; do pânico de um, da sensatez do outro; da seriedade desconfiada de um, outro; da seriedade desconfiada de um, da ousadia do risco do outro; da mudez da ousadia do risco do outro; da mudez de um, da tagarelice do outro; do riso de um, da tagarelice do outro; do riso fechado de um, da gargalhada debochada fechado de um, da gargalhada debochada do outro; da lividez de um, do encarnado do outro; da lividez de um, do encarnado do rosto do outro.”do rosto do outro.”

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É no contexto de diferenças - que são É no contexto de diferenças - que são sugeridas e aplicadas as dinâmicas de sugeridas e aplicadas as dinâmicas de grupo. grupo. Têm a função de contribuir para o Têm a função de contribuir para o fortalecimento e conhecimento fortalecimento e conhecimento interpessoal do grupo. interpessoal do grupo. Devemos ter atenção quando nos Devemos ter atenção quando nos propomos a trabalhar com dinâmicas de propomos a trabalhar com dinâmicas de grupo, no espaço escolar.grupo, no espaço escolar. Muitas vezes, a opção pelas dinâmicas Muitas vezes, a opção pelas dinâmicas tem o objetivo de atrair a atenção dos tem o objetivo de atrair a atenção dos participantes para um determinado tema, participantes para um determinado tema, entrosar as pessoas, sensibilizá-las...entrosar as pessoas, sensibilizá-las...

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DINÂMICA DE DINÂMICA DE GRUPO/RECURSOS PpGRUPO/RECURSOS Pp

E é aí que o/a educador/a, o/a Pp E é aí que o/a educador/a, o/a Pp precisa ser bastante criterioso/a precisa ser bastante criterioso/a com suas escolhas, para que com suas escolhas, para que essas dinâmicas sejam sempre essas dinâmicas sejam sempre pensadas como ações pensadas como ações educativas. educativas. 

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Quando um grupo se inicia, todos chegam Quando um grupo se inicia, todos chegam trazendo o que é seu. Desconfiados, trazendo o que é seu. Desconfiados, apreensivos, alegres, interessados, apreensivos, alegres, interessados, observadores, distraídos, esperançosos, observadores, distraídos, esperançosos, temerosos, tímidos, expansivos, silenciosos, temerosos, tímidos, expansivos, silenciosos, resistentes, eles vêm se aproximando em resistentes, eles vêm se aproximando em busca de algo, cada um com seu jeito, sua busca de algo, cada um com seu jeito, sua forma, seu temperamento, sua história de forma, seu temperamento, sua história de vida, seu desejo, seu destino. Mãos soltas e vida, seu desejo, seu destino. Mãos soltas e olhares inquietos, começam a ver outros olhares inquietos, começam a ver outros seres, outros olhos e ao se darem as mãos seres, outros olhos e ao se darem as mãos somam afetos, alegrias, preocupações, somam afetos, alegrias, preocupações, carinhos e medos. Nilsson p.2carinhos e medos. Nilsson p.2

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DINÂMICA DE DINÂMICA DE GRUPO/RECURSOS PpGRUPO/RECURSOS Pp

Um grupo se forma quando todos Um grupo se forma quando todos encontram nele seu lugar, lugar encontram nele seu lugar, lugar flexível, garantindo a cada um flexível, garantindo a cada um sua importância, seu significado. sua importância, seu significado. Eu, você, o outro, nós.Eu, você, o outro, nós.

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DINÂMICA DE DINÂMICA DE GRUPO/RECURSOS PpGRUPO/RECURSOS Pp

Um grupo tem o poder de dar Um grupo tem o poder de dar sentimento de pertença, sentimento de pertença, valorização por seus pares, valorização por seus pares, facilitando o relacionamento facilitando o relacionamento consigo mesmo, fortalecendo a consigo mesmo, fortalecendo a auto-estima e preparando as auto-estima e preparando as pessoas para a convivência em pessoas para a convivência em diferentes contextos.diferentes contextos.

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DINÂMICA DE DINÂMICA DE GRUPO/RECURSOS PpGRUPO/RECURSOS Pp

Na dinâmica grupal é importante Na dinâmica grupal é importante observar o vínculo, papéis, liderança, observar o vínculo, papéis, liderança, limites, comunicação, sentimento de limites, comunicação, sentimento de pertencer, capacidade de conviver com pertencer, capacidade de conviver com as diferenças, de resolução de conflitos, as diferenças, de resolução de conflitos, de trabalho em grupo, de cooperação, de trabalho em grupo, de cooperação, de produção de um saber coletivo.de produção de um saber coletivo.

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DINÂMICA DE DINÂMICA DE GRUPO/RECURSOS PpGRUPO/RECURSOS Pp

Para Madalena Freire, embasada Para Madalena Freire, embasada em Pichón, no grupo são assumidos em Pichón, no grupo são assumidos os seguintes papéis:os seguintes papéis:

Líder de Mudança:Líder de Mudança: é aquele que é aquele que encaminha tarefas, enfrenta encaminha tarefas, enfrenta conflitos, busca soluções, conflitos, busca soluções, arrisca-se diante do novo.arrisca-se diante do novo.

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Líder da resistência:Líder da resistência: este freia este freia avanços, remete o grupo ao avanços, remete o grupo ao começo, sabota tarefas, ou seja, começo, sabota tarefas, ou seja, assume o papel do advogado do assume o papel do advogado do diabo.diabo.

O bode expiatório:O bode expiatório: assume as assume as culpas do grupo, livrando-o do culpas do grupo, livrando-o do mal-estar, medo e ansiedades.mal-estar, medo e ansiedades.

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O silencioso:O silencioso: é aquele que é aquele que assume as dificuldades dos assume as dificuldades dos demais para estabelecer demais para estabelecer comunicação, fazendo com que comunicação, fazendo com que o resto do grupo se sinta o resto do grupo se sinta obrigado a falar. Vale ressaltar obrigado a falar. Vale ressaltar que o fato de falar também pode que o fato de falar também pode significar um silêncio... a significar um silêncio... a omissão...um silêncio interno.omissão...um silêncio interno.

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O porta-vozO porta-voz: é por onde : é por onde emergem as ansiedades do emergem as ansiedades do grupo. Através da sensibilidade grupo. Através da sensibilidade apurada ele consegue expressar apurada ele consegue expressar os sentimentos , conflitos que os sentimentos , conflitos que muitas vezes estão latentes no muitas vezes estão latentes no discurso do grupo.discurso do grupo.

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PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA TRABALHAR COM GRUPOSTRABALHAR COM GRUPOS

Vínculo AfetivoVínculo Afetivo

Colocações de Limites Colocações de Limites

Respeito Mútuo Respeito Mútuo

Confiança na capacidade e no Confiança na capacidade e no processo do grupo.processo do grupo.

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TIPOS DE GRUPOSTIPOS DE GRUPOS

Para Zimermann:Para Zimermann:

PeloPelo grupo: o qual , segundo um modelo grupo: o qual , segundo um modelo exortativo (animador), funciona exortativo (animador), funciona gravitando em torno de um líder, através gravitando em torno de um líder, através do recurso da sugestão ou de do recurso da sugestão ou de identificação com ele;identificação com ele;

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Em Em grupo: as interpretações são grupo: as interpretações são dirigidas ao indivíduo. De certa dirigidas ao indivíduo. De certa forma, é um tratamento individual de forma, é um tratamento individual de cada membro na presença dos cada membro na presença dos demais;demais;

DoDo grupo: o enfoque interpretativo grupo: o enfoque interpretativo esta sempre dirigido ao grupo como esta sempre dirigido ao grupo como uma totalidade gestáltica;uma totalidade gestáltica;

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DeDe grupo: a atividade grupo: a atividade interpretativa parte das interpretativa parte das individualidades para a individualidades para a generalidade e desta para o generalidade e desta para o indivíduo.indivíduo.

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Pode-se ainda classificar os Pode-se ainda classificar os grupos em duas grandes grupos em duas grandes categorias:categorias:

Grupos OperativosGrupos Operativos

Grupos PsicoterápicosGrupos Psicoterápicos

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Grupos OperativosGrupos Operativos

Ensino-aprendizagem,Ensino-aprendizagem,

Institucionais, Institucionais,

Comunitários e Comunitários e

Terapêuticos.Terapêuticos.

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Ensino-aprendizagemEnsino-aprendizagem:: ideologia ideologia fundamental fundamental “aprender a “aprender a aprender” + “mais importante do aprender” + “mais importante do que encher a cabeça de que encher a cabeça de conhecimentos é formar conhecimentos é formar cabeças”.cabeças”.

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InstitucionaisInstitucionais:: atividade operativa atividade operativa que pode acontecer em escolas que pode acontecer em escolas que reúnam alunos, pais e que reúnam alunos, pais e mestres para encontrarem uma mestres para encontrarem uma ideologia comum e de formação ideologia comum e de formação humanística. Empresas têm humanística. Empresas têm adotado essas atividades com o adotado essas atividades com o objetivo de aumentar a objetivo de aumentar a produtividade, investindo no produtividade, investindo no pessoal já existente nela.pessoal já existente nela.

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ComunitáriosComunitários:: segundo a OMS, segundo a OMS, saúde é “um completo bem estar saúde é “um completo bem estar físico, psíquico e social”, por isso, físico, psíquico e social”, por isso, as técnicas grupais voltadas à as técnicas grupais voltadas à saúde mental com gestantes, saúde mental com gestantes, crianças, líderes comunitários, etc. crianças, líderes comunitários, etc. propiciam a integração e o incentivo propiciam a integração e o incentivo as capacidades positivas desses as capacidades positivas desses indivíduos em suas comunidades.indivíduos em suas comunidades.

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Terapêuticos:Terapêuticos: conhecidos também conhecidos também como grupos de auto ajuda.como grupos de auto ajuda.

Promove a saúde física, mental Promove a saúde física, mental e/ou psicológica das pessoas.e/ou psicológica das pessoas.

Pode ser de formação espontânea Pode ser de formação espontânea ou por necessidade. ou por necessidade.

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Dividem-se em 6 sub-grupos:Dividem-se em 6 sub-grupos:

Adictos, cuidados primários de Adictos, cuidados primários de saúde (prevenção), saúde (prevenção),

Reabilitação (mutilados), Reabilitação (mutilados), Sobrevivência social Sobrevivência social

(homossexuais), (homossexuais), suporte (pacientes terminais), suporte (pacientes terminais),

problemas sexuais e conjugais. problemas sexuais e conjugais.

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Os grupos operativos propiciam Os grupos operativos propiciam benefícios psicoterápicos e os benefícios psicoterápicos e os psicoterápicos se utilizam do psicoterápicos se utilizam do esquema referencial operativo.esquema referencial operativo.

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Grupos PsicoterápicosGrupos Psicoterápicos

A terminologia de “grupo A terminologia de “grupo psicoterápico” fica mais restrita as psicoterápico” fica mais restrita as terapias que têm objetivos como terapias que têm objetivos como a aquisição dos aspectos a aquisição dos aspectos inconscientes dos indivíduos e do inconscientes dos indivíduos e do grupo. grupo.

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Grupoterapia se utiliza de outras Grupoterapia se utiliza de outras fontes:fontes:

Psicodramática, teoria sistêmica, Psicodramática, teoria sistêmica, corrente cognitivo-comportamentalista corrente cognitivo-comportamentalista e de inspiração Psicanalítica.e de inspiração Psicanalítica.

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Abordagem múltipla holísticaAbordagem múltipla holística, na , na qual se faz uma combinação de qual se faz uma combinação de todas as anteriores.todas as anteriores.

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Psicodramática:Psicodramática: eixo fundamental eixo fundamental cenário, protagonista, diretor, cenário, protagonista, diretor, ego auxiliar, público ego auxiliar, público ee cena a ser cena a ser apresentada.apresentada. A dramatização pode A dramatização pode propiciar a reconstituição dos propiciar a reconstituição dos primitivos estágios evolutivos do primitivos estágios evolutivos do indivíduo e ocorre em três etapas:indivíduo e ocorre em três etapas:

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a primeira é a técnica da duplaa primeira é a técnica da dupla

Tem como objetivo o Tem como objetivo o reconhecimento da reconhecimento da indiferenciação entre o “eu” e o indiferenciação entre o “eu” e o “outro”.“outro”.

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A segunda etapa é a técnica A segunda etapa é a técnica do espelhodo espelho

O protagonista assiste à O protagonista assiste à representação que outra pessoa representação que outra pessoa faz dele e isso permite que ele faz dele e isso permite que ele reconheça a si próprio.reconheça a si próprio.

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A terceira etapa é a técnica da A terceira etapa é a técnica da inversão de papéisinversão de papéis

O indivíduo pode se colocar no O indivíduo pode se colocar no lugar do outro desenvolvendo lugar do outro desenvolvendo um sentimento de um sentimento de consideração pelos outros.consideração pelos outros.

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ESTAS ETAPAS NÃO SÃO ESTAS ETAPAS NÃO SÃO ESTANQUES.ESTANQUES.

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Teoria Sistêmica:Teoria Sistêmica: princípio básico princípio básico os grupos funcionam como um os grupos funcionam como um sistema onde há constante sistema onde há constante interação, complementação e interação, complementação e suplementação dos diferentes suplementação dos diferentes papéis de cada um dos papéis de cada um dos componentes do grupo. Dessa componentes do grupo. Dessa forma, qualquer modificação forma, qualquer modificação obrigatoriamente afetará os demais obrigatoriamente afetará os demais e o sistema como um todo.e o sistema como um todo.

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Cognitivo-comportamental:Cognitivo-comportamental: eixo eixo fundamental fundamental todo indivíduo processa todo indivíduo processa informações, recebendo estímulos e informações, recebendo estímulos e dados e gerando apreciações. É uma dados e gerando apreciações. É uma teoria de aprendizado social onde são teoria de aprendizado social onde são valorizadas as expectativas que os valorizadas as expectativas que os indivíduos sentem necessidade de indivíduos sentem necessidade de cumprir, a qualificação de seus valores, cumprir, a qualificação de seus valores, os significados que ele dá a suas atitudes os significados que ele dá a suas atitudes e crenças e também a sua forma de e crenças e também a sua forma de adaptação à cultura vigente. adaptação à cultura vigente.

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Tem três objetivos centrais: Tem três objetivos centrais: reeducaçãoreeducação em nível consciente em nível consciente das percepções errôneas, das percepções errôneas, treinamentotreinamento de habilidades de habilidades comportamentais e comportamentais e modificaçãomodificação no no estilo de viver.estilo de viver.

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Psicanalítica:Psicanalítica: é formada por é formada por muitas escolas: freudiana, teóricos muitas escolas: freudiana, teóricos das relações objetivas, psicologia das relações objetivas, psicologia do ego, psicologia do do ego, psicologia do selfself, , estruturalista. estruturalista.

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PsicanalíticaPsicanalítica

Há divergências entre estas escolas.Há divergências entre estas escolas.

Convergem no que é proveniente do Convergem no que é proveniente do material inconsciente dinâmico.material inconsciente dinâmico.

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É formada por diversas escolas:É formada por diversas escolas:

freudiana, teóricos das relações freudiana, teóricos das relações objetivas, psicologia do ego, psicologia objetivas, psicologia do ego, psicologia do do selfself, estruturalista. , estruturalista.

o Grupos Grupos ggrandesrandes , que pertencem a , que pertencem a área da macrosociologia eárea da macrosociologia e

o pequenospequenos que pertencem a que pertencem a micropsicologia. micropsicologia.

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Ainda em relação a micropsicologia Ainda em relação a micropsicologia existem os agrupamentos, entendidos existem os agrupamentos, entendidos como um conjunto de pessoas que como um conjunto de pessoas que convivem, partilhando de um mesmo convivem, partilhando de um mesmo espaço e que guardam entre si uma espaço e que guardam entre si uma certa valência de inter-relacionamento certa valência de inter-relacionamento e uma potencialidade em virem a se e uma potencialidade em virem a se constituir como um grupo constituir como um grupo propriamente dito. Sartre classifica propriamente dito. Sartre classifica como sendo um “coletivo”. como sendo um “coletivo”.

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PsicanalíticaPsicanalítica

Pode-se dizer que a passagem Pode-se dizer que a passagem da condição de serialidade para a da condição de serialidade para a de grupo implica na de grupo implica na transformação de “interesses transformação de “interesses comuns” para a de “interesses em comuns” para a de “interesses em comum”. comum”.

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Segundo Zimermann:Segundo Zimermann:

Um grupo não é um mero Um grupo não é um mero somatório de indivíduos. A partir somatório de indivíduos. A partir do momento que constitui uma do momento que constitui uma nova entidade ele passa a se nova entidade ele passa a se comportar como se fosse comportar como se fosse individualidade;individualidade;

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Todos os integrantes se reúnem Todos os integrantes se reúnem em torno de tarefas e objetivos em torno de tarefas e objetivos comuns;comuns;

O tamanho do grupo não pode O tamanho do grupo não pode ultrapassar o limite de preservar a ultrapassar o limite de preservar a comunicação: visual, auditiva, comunicação: visual, auditiva, verbal e conceitual;verbal e conceitual;

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Deve haver a instituição de um Deve haver a instituição de um enquadre e o cumprimento das enquadre e o cumprimento das combinações nele feitas. Além de combinações nele feitas. Além de ter os objetivos claramente ter os objetivos claramente definido, local das reuniões, de definido, local das reuniões, de tempo, algumas regras e outras tempo, algumas regras e outras variáveis equivalentes que variáveis equivalentes que delimitam e normatizam a delimitam e normatizam a atividade grupal proposta;atividade grupal proposta;

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O grupo é uma unidade que se O grupo é uma unidade que se manifesta como uma totalidade, manifesta como uma totalidade, de modo que tão importante de modo que tão importante como o fato de ele se organizar como o fato de ele se organizar a serviço de seus membros é, a serviço de seus membros é, também, a recíproca disso. também, a recíproca disso.

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É indispensável preservar as É indispensável preservar as identidades específicas de cada identidades específicas de cada um dos indivíduos;um dos indivíduos;

É inevitável a formação de um É inevitável a formação de um campo grupal dinâmico, em que campo grupal dinâmico, em que gravitam fantasias, ansiedades, gravitam fantasias, ansiedades, identificações, papéis...identificações, papéis...

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É inerente a interação afetiva, a É inerente a interação afetiva, a qual costuma ser de natureza qual costuma ser de natureza múltipla e variada.múltipla e variada.

Em todo grupo coexistem duas Em todo grupo coexistem duas forças contraditórias: uma forças contraditórias: uma tendente a sua coesão e a outra, a tendente a sua coesão e a outra, a sua desintegração.sua desintegração.

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O campo grupal se processa O campo grupal se processa em dois planos: o da em dois planos: o da intencionalidade consciente intencionalidade consciente (grupo de trabalho) e outro da (grupo de trabalho) e outro da interferência de fatores interferência de fatores inconscientes ( desejos inconscientes ( desejos reprimidos, ansiedades e reprimidos, ansiedades e defesas). defesas).

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No campo grupal se processam No campo grupal se processam fenômenos como os de fenômenos como os de resistência e contra-resistência, resistência e contra-resistência, de transferência e de transferência e contratransferência, de actings contratransferência, de actings (fingimento, representação),de (fingimento, representação),de processos identificatórios.processos identificatórios.

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O fenômeno da Ressonância – O fenômeno da Ressonância – mensagem de cada indivíduo vai mensagem de cada indivíduo vai ressoando no inconsciente dos ressoando no inconsciente dos outros e produzindo o aporte de outros e produzindo o aporte de associações e manifestações que associações e manifestações que gravitam em torno de uma gravitam em torno de uma ansiedade básica comum. ansiedade básica comum.

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É necessário distinguir entre a É necessário distinguir entre a emergência de fenômenos emergência de fenômenos grupais e um processo grupal grupais e um processo grupal terapêutico. A diferença é que o terapêutico. A diferença é que o grupo terapêutico tem grupo terapêutico tem especificidades próprias.especificidades próprias.

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O grupo terapêutico tem uma O grupo terapêutico tem uma coordenação para que a sua integração coordenação para que a sua integração seja mantida. Este coordenador deve seja mantida. Este coordenador deve estar equipado com logística e técnicas estar equipado com logística e técnicas definidas, assim como recursos táticos definidas, assim como recursos táticos e estratégicos; a atividade interpretativa e estratégicos; a atividade interpretativa parte das individualidades para a parte das individualidades para a generalidade e desta para o indivíduo.generalidade e desta para o indivíduo.

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JEAN-MARIE AUBRY & ST-JEAN-MARIE AUBRY & ST-ARNAUD(1978) “ Uma das primeiras ARNAUD(1978) “ Uma das primeiras características do grupo, em graus características do grupo, em graus diferentes e sob modalidades diversas, é a diferentes e sob modalidades diversas, é a procura de um objetivo comum”(AUBRY, procura de um objetivo comum”(AUBRY, 1978: 7) A segunda característica é a 1978: 7) A segunda característica é a interação psicológica, ou seja, a forma que interação psicológica, ou seja, a forma que os membros do grupo estabelecem os membros do grupo estabelecem intercâmbio entre si.intercâmbio entre si.

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Cada grupo tem sua própria Cada grupo tem sua própria dinâmica, e o afastamento de um dinâmica, e o afastamento de um membro ou a chegada de outro membro ou a chegada de outro pode modificá-lo profundamente. pode modificá-lo profundamente.

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Em suma, grupo é “uma entidade Em suma, grupo é “uma entidade moral, dotada de finalidade, moral, dotada de finalidade, existência e dinamismo próprios, existência e dinamismo próprios, distintas da soma dos indivíduos que distintas da soma dos indivíduos que a constituem, mas intimamente a constituem, mas intimamente dependentes das relações que se dependentes das relações que se estabelecem entre estes diferentes estabelecem entre estes diferentes indivíduos”.indivíduos”. ( (AUBRY, 1978: 7)AUBRY, 1978: 7)

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Divisões:Divisões:

Segundo número de membros:Segundo número de membros:

MicrogrupoMicrogrupo: aquele que cada : aquele que cada participante pode entrar em participante pode entrar em relação com os outros relação com os outros diretamente e em intermediário. diretamente e em intermediário. Tal grupo dificilmente Tal grupo dificilmente ultrapassara de 25 membros;ultrapassara de 25 membros;

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MacrogrupoMacrogrupo: Quando ultrapassa de : Quando ultrapassa de 25 pessoas, desta maneira um ou 25 pessoas, desta maneira um ou diversos agentes de comunicação diversos agentes de comunicação se interporão, então, entre os se interporão, então, entre os membros: conferencista, membros: conferencista, coordenador de assembléia, entre coordenador de assembléia, entre outros.outros.

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Segundo objetivos do grupo:Segundo objetivos do grupo:

De trabalhoDe trabalho: toda sua atividade é orientada : toda sua atividade é orientada para a busca do objetivo comum;para a busca do objetivo comum;

De formaçãoDe formação: os membros se colocam : os membros se colocam numa situação de laboratório para analisar numa situação de laboratório para analisar o próprio processo da discussão e das o próprio processo da discussão e das relações interpessoais.relações interpessoais.

Misto e intermediárioMisto e intermediário: une a eficiência do : une a eficiência do grupo de trabalho e o realismo psicológico grupo de trabalho e o realismo psicológico do grupo de formação.do grupo de formação.

Page 65: 1. DinâMica De Grupo

JUDY GAHAGAN (1980: 125) JUDY GAHAGAN (1980: 125)

somente consideramos um grupo somente consideramos um grupo quando atividades se relacionam quando atividades se relacionam mutuamente, de forma sistemática, mutuamente, de forma sistemática, para um determinado fim. Para esta para um determinado fim. Para esta autora, um grupo deve ser concebido autora, um grupo deve ser concebido como um sistema cujas partes se como um sistema cujas partes se inter-relacionam.inter-relacionam.

Page 66: 1. DinâMica De Grupo

AFONSO HENRIQUE LISBOA DA AFONSO HENRIQUE LISBOA DA FONSECA(1985) FONSECA(1985)

““Grupo é uma configuração social Grupo é uma configuração social intermediária que articula a realidade intermediária que articula a realidade da esfera do indivíduo com as demais da esfera do indivíduo com as demais dinâmicas macrosociais.(FONSECA, dinâmicas macrosociais.(FONSECA, 1985: 175) 1985: 175)

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WILLIAM SCHUTZ(1978)WILLIAM SCHUTZ(1978)

"Grupos de Encontro" como "Grupos de Encontro" como "método de relacionamento "método de relacionamento humano baseado na abertura e humano baseado na abertura e honestidade, consciência de si honestidade, consciência de si mesmo, responsabilidade por si mesmo, responsabilidade por si mesmo, percepção alerta do corpo, mesmo, percepção alerta do corpo, atenção nos sentimentos e ênfase atenção nos sentimentos e ênfase no aqui e agora"(1978, p.11).no aqui e agora"(1978, p.11).

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Princípios do encontro: Princípios do encontro: você é um organismo unificado, corpo, você é um organismo unificado, corpo, psique e espírito; psique e espírito; honestidade é a palavra chave para honestidade é a palavra chave para sua evolução, tornado-se um canal sua evolução, tornado-se um canal claro e desimpedido para assimilar claro e desimpedido para assimilar toda a energia do universo; toda a energia do universo; ser cônscio de si mesmo, conhecendo ser cônscio de si mesmo, conhecendo e gostando de si mesmo, daquilo que e gostando de si mesmo, daquilo que é, se respeitar, autoconsciência; é, se respeitar, autoconsciência;

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escolha e auto-responsabilidade; escolha e auto-responsabilidade; naturalidade, removendo naturalidade, removendo bloqueios psicológicos e modos bloqueios psicológicos e modos de vida, aberta e honesta.de vida, aberta e honesta.

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FELA MOSCOVICI(1997)FELA MOSCOVICI(1997)

O fator mais característico de O fator mais característico de grupo é o fato de que nele duas grupo é o fato de que nele duas ou mais pessoas se relacionam, ou mais pessoas se relacionam, para uma finalidade específica e para uma finalidade específica e consideram esta relação consideram esta relação significativa. significativa.

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Os grupos se diferenciam em tamanho, grau de Os grupos se diferenciam em tamanho, grau de intimidade entre participantes e função. Os intimidade entre participantes e função. Os pequenos grupos de até 30 pessoas, se pequenos grupos de até 30 pessoas, se caracterizam pelo fato de que cada um caracterizam pelo fato de que cada um participante se relaciona com todos os outros. participante se relaciona com todos os outros. Ao contrário nos grupos muito grandes, forma-Ao contrário nos grupos muito grandes, forma-se subgrupos. Quanto ao grau de intimidade, se subgrupos. Quanto ao grau de intimidade, há os grupos primários, onde os participantes há os grupos primários, onde os participantes têm contato direto, ex: grupos de famílias, têm contato direto, ex: grupos de famílias, parentes e amigos. Já nos secundários os parentes e amigos. Já nos secundários os contatos são mais formais e os papéis de cada contatos são mais formais e os papéis de cada participante são claramente definidos. participante são claramente definidos.

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Em relação à função, Moscovici Em relação à função, Moscovici classifica entre os orientados classifica entre os orientados para tarefa ( de estudo, de linhas para tarefa ( de estudo, de linhas de montagem, entre outros e, os de montagem, entre outros e, os sócio-emocionais ( presentes em sócio-emocionais ( presentes em festas, clubes e encontros festas, clubes e encontros sociais).sociais).

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Nas organizações:Nas organizações:

Grupo funcional:Grupo funcional: criado pela criado pela organização, para realizar uma organização, para realizar uma série de trabalhos de rotina, com série de trabalhos de rotina, com tema indefinido.tema indefinido.

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AGOSTINHO MINICUCCI(1992): AGOSTINHO MINICUCCI(1992):

"conjunto de pessoas que: "conjunto de pessoas que: são interdependentes na tentativa de são interdependentes na tentativa de

realização de objetivos comuns e realização de objetivos comuns e

visam a um relacionamento visam a um relacionamento interpessoal satisfatório" (p.20). interpessoal satisfatório" (p.20).

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Grupo por tarefaGrupo por tarefa:: criado para criado para realizar uma séria limitada de realizar uma séria limitada de trabalhos, com tempo trabalhos, com tempo estabelecido.estabelecido.

Grupo informalGrupo informal:: criado pelos criado pelos próprios membros com propósitos próprios membros com propósitos que podem ou não ser relevantes que podem ou não ser relevantes para a organização.para a organização.

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Trabalhar com grupos é:Trabalhar com grupos é:

estar constante e insistentemente tocando essa estar constante e insistentemente tocando essa matéria sutil e delicada de que é feito o ser humano. matéria sutil e delicada de que é feito o ser humano.

Num fazer permanente, educadores, Num fazer permanente, educadores, coordenadores, psicopedagogos, coordenadores, psicopedagogos, facilitadores, facilitadores, acreditam outra vez no potencial acreditam outra vez no potencial que cada pessoa têm. É importante planejar que cada pessoa têm. É importante planejar ações que vão nortear o processo junto ao ações que vão nortear o processo junto ao grupo, de modo a auxiliar na gestão e grupo, de modo a auxiliar na gestão e condução do processo como um todo. condução do processo como um todo.

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SUGESTÃO DE SUGESTÃO DE PLANEJAMENTO:PLANEJAMENTO:

1ª Etapa: quem é o grupo a ser 1ª Etapa: quem é o grupo a ser trabalhado? Elaborar um diagnóstico, trabalhado? Elaborar um diagnóstico, características, necessidades, faixa, características, necessidades, faixa, renda, etc...renda, etc...

2ª Etapa: Objetivos; O que se deseja 2ª Etapa: Objetivos; O que se deseja alcançar?alcançar?

3ª Etapa: Meta; Quantos vamos atender 3ª Etapa: Meta; Quantos vamos atender e em que tempo?e em que tempo?

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4ª Etapa :Estratégia; Como fazer 4ª Etapa :Estratégia; Como fazer para alcançar os objetivos?para alcançar os objetivos?

5ª Etapa: Recursos; quais os 5ª Etapa: Recursos; quais os recursos que dispomos?recursos que dispomos?

6ª Etapa: Cronograma; qual o tempo 6ª Etapa: Cronograma; qual o tempo disponível para o trabalho?disponível para o trabalho?

7ª Etapa: Acompanhamento e 7ª Etapa: Acompanhamento e avaliação; O que conseguimos? O avaliação; O que conseguimos? O que manter? O que modificar? que manter? O que modificar?