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PUBLICAÇÃO MENSAL DA AUTORIDADE NACIONAL DE PROTECÇÃO CIVIL / N.º40 / JULHO 2011 / ISSN 1646–9542 40 Verão, para muitos de nós, significa descanso e lazer nos mais variados cenários: à beira mar, no campo, na montanha, na cidade. Não podemos esquecer, contudo, que esta altura do ano comporta riscos para os quais é necessário estar alerta. Alguns destes poderão ter repercursões complexas se forem negligenciados alguns princípios básicos ou caso se ignorem as recomendações difundidas pelas autoridades . Esta edição do PROCIV, que se assume como guia orientador para umas férias em segurança, contou com contributos de algumas das entidades com maior responsabilidade na sensibilização dos cidadãos para os riscos da época: Direcção-Geral da Saúde, Instituto da Água, Instituto de Socorros a Náufragos, Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, Polícia de Segurança Pública, INEM, para além, claro, da ANPC. Verão é também uma época propícia para a deflagração de incêndios florestais. O combate a este flagelo, nos últimos anos, tem dado ainda mais consistência à nossa convicção de que grande parte do sucesso do trabalho reside na eficácia da primeira intervenção. Melhorámos bastante neste domínio, fruto de uma maior e melhor vigilância e fiscalização, da introdução no Dispositivo de equipas especializadas em combate indireto e de uma abordagem assente no conceito de comando único. Não nos podemos esquecer, todavia, que a maioria dos incêndios florestais têm origem em atos negligentes, pelo que será sempre insuficiente o esforço e a dedicação dos milhares de Bombeiros, Sapadores, Militares, Forças de Segurança e demais Agentes de Proteção Civil se não houver uma mudança de comportamento por parte das pessoas. Arnaldo Cruz ................................................................. EDITORIAL Distribuição gratuita Para receber o boletim PROCIV em formato digital inscreva-se em: julho de 2011 www.prociv.pt ....................... ................................................................ Este Boletim é redigido ao abrigo do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Férias em Segurança DIVULGAÇÃO – PÁG.2 | TEMA – PÁG. 3 A 6 | RECURSOS – PÁG. 7 | AGENDA – PÁG 8 © Ian Brown

PUBLICAÇÃO MENSAL DA AUTORIDADE NACIONAL DE … · 2016-05-23 · PUBLICAÇÃO MENSAL DA AUTORIDADE NACIONAL DE PROTECÇÃO CIVIL / N.º40 / JULHO 2011 / ISSN 1646–9542 40 Verão,

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P U BL IC AÇ ÃO M E N SA L DA AU T OR I DA DE N AC IO N A L DE P RO T E C Ç ÃO C I V I L / N .º4 0 / J U L HO 2 01 1 / I SS N 164 6 – 95 4 2

40 Verão, para muitos de nós, significa descanso e lazer nos mais variados cenários: à beira mar, no campo, na montanha, na cidade. Não podemos esquecer, contudo, que esta altura do ano comporta riscos para os quais é necessário estar alerta. Alguns destes poderão ter repercursões complexas se forem negligenciados alguns princípios básicos ou caso se ignorem as recomendações difundidas pelas autoridades . Esta edição do PROCIV, que se assume como guia orientador para umas férias em segurança, contou com contributos de algumas das entidades com maior responsabilidade na sensibilização dos cidadãos para os riscos da época: Direcção-Geral da Saúde, Instituto da Água, Instituto de Socorros a Náufragos, Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, Polícia de Segurança Pública, INEM, para além, claro, da ANPC. Verão é também uma época propícia para a deflagração de incêndios florestais. O combate a este flagelo, nos últimos anos, tem dado ainda mais consistência à nossa convicção de que grande parte do sucesso do trabalho reside na eficácia da primeira intervenção. Melhorámos bastante neste domínio, fruto de uma maior e melhor vigilância e fiscalização, da introdução no Dispositivo de equipas especializadas em combate indireto e de uma abordagem assente no conceito de comando único. Não nos podemos esquecer, todavia, que a maioria dos incêndios florestais têm origem em atos negligentes, pelo que será sempre insuficiente o esforço e a dedicação dos milhares de Bombeiros, Sapadores, Militares, Forças de Segurança e demais Agentes de Proteção Civil se não houver uma mudança de comportamento por parte das pessoas. Arnaldo Cruz

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .E DI T OR I A L

Distribuição gratuitaPara receber o boletim

P RO C I V em formato digital inscreva-se em:

julho de 2011

www.prociv.pt

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Este Boletim é redigido ao abrigo do Acordo

Ortográfico da Língua Portuguesa.

Férias em SegurançaDIVULGAÇÃO – PÁG.2 | TEMA – PÁG. 3 A 6 | RECURSOS – PÁG. 7 | AGENDA – PÁG 8 © Ian Brown

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D I V U L G A Ç Ã O

P. 2 . P R O C I VNúmero 40, julho de 2011

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Nesta fase, o dispositivo integrou 2 201 bombeiros, 50 equipas de intervenção da Força Especial de Bombeiros

(FEB), 638 elementos do Grupo de Intervenção, Proteção e Socorro da GNR (GIPS), 819 elementos do Serviço de Proteção da Natureza e Ambiente (SEPNA), 216 elementos da PSP, 1611 elementos da Autoridade Florestal Nacional, 153 elementos do Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB) e 93 sapadores florestais. No âmbito da vigilância, estiveram envolvidos 210 elementos nos posto de vigia.Dados do Instituto de Meteorologia indicam que o mês de maio registou a temperatura mais elevada desde 1931, mas apesar disso, a área ardida foi inferior à média do decénio, segundo relatório da Autoridade Florestal Nacional, recentemente divulgado.Os distritos de Braga, Viana do Castelo, Aveiro, Vila Real e Viseu foram os que apresentam o maior número de ocorrências, tendo sido o distrito de Braga aquele que

registou o número mais elevado de incêndios florestais (188 desde o início deste ano).O histórico do último decénio mostra que em 2011 o número contabilizado de ocorrências é inferior a 2002, 2003, 2005 2009, e a área ardida inferior a 2005 e 2009. Comparando os registos do corrente ano com os valores médios do decénio anterior, registaram-se menos 479 ocorrências (-11%), tendo, contudo, ardido mais 945h a de espaços florestais (+16%).Julho é o primeiro mês da «Fase Charlie», que se prolonga até 30 de setembro. Nesta fase estarão empenhados 9.210 elementos, apoiados por 202 2 veículos e 4 1 meios aéreos.Nesta fase o dispositivo irá integrar 3.598 bombeiros, 24 2 equipas de intervenção da FEB, 654 elementos do GIPS, 939 elementos do SEPNA, 219 elementos da PSP, 1 455 elementos da Autoridade Florestal Nacional, 238 elementos do Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade e 36 sapadores florestais.

Incêndios Florestais

Fase Bravo: dispositivo enfrentou acima de 1800 ocorrênciasOs distritos de Braga, Viana do Castelo, Aveiro, Vila Real e Viseu foram os que apresentam o maior número de ocorrências, tendo sido o distrito de Braga aquele que registou o número mais elevado de incêndios florestais nos primeiros cinco meses do ano.

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N O T Í C I A S

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O novo Ministro da Administração Interna (MAI), Miguel Macedo, tem 52 anos, nasceu em Braga e é licenciado em direito.Foi vereador na Câmara Municipal da-quela cidade entre 1993 e 1997, secretário de Esta-do da Juventude em 1990 e 1991 e secretário de Estado da Justiça entre 2002 e 2005.

Perfil Novo Ministro da Administração Interna visitou ANPCO novo Ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, reuniu pela primeira vez com elementos da estrutura dirigente e operacional da ANPC no passado dia 24 de junho, para avaliar o dispositivo de combate aos incêndios. Tratou-se da primeira aparição pública do novo MAI após a tomada de posse do XIX Governo.Neste encontro, o Ministro participou no briefing operacional realizado no Comando Nacional de Operações de Socorro da ANPC e assistiu a breves apresentações institucionais efetuadas pelos oficiais

de ligação de cada uma das entidades com assento no Centro de Coordenação Operacional Nacional (CCON).À saída do encontro e confrontado com questões colocadas pelos jornalistas, Miguel Macedo referiu, entre outros, que o dispositivo montado continuará intocável em todos os seus aspectos e em toda a sua operacionalidade durante este período crítico dos incêndios florestais.

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T E M A

P R O C I V . P.3Número 40, julho de 2011

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FÉRIASOs meses de verão são

os mais apetecíveis, mas também aqueles que exigem

maiores cuidados. É tempo de férias, calor, praia, lazer,

diversão. Uma época em que o turismo se potencia e com

ele surgem alguns riscos. Existem gestos muito simples

que possibilitam aproveitar o calor e sair incólume dos

perigos da estação.

A maioria das ocorrências nas praias resulta da subesti-mação dos riscos decorrentes do estado do mar (rebenta-ção, correntes, vento e morfologia e natureza dos fundos) conjugada com a sobrestimação das capacidades próprias em termos de natação e à vontade na água em situações adversas e também de outros fatores, como a doença sú-bita originada por um conjunto de causas de que se des-tacam a hidrocussão por choque térmico, a congestão, as doenças neurológicas (por ex. epilepsia), as doenças me-tabólicas (por ex. diabetes ), a hipoglicémia (resultante de alimentação inadequada), os acidentes vasculares ce-rebrais e acidentes cardio-respiratórios e, ainda, os trau-mas severos resultante de saltos para a água e desportos aquáticos.

De sublinhar ainda a existência de outros fenómenos potenciadores de risco, como é o caso das arribas instáveis e da queda de blocos.Portugal tem cerca de 70 praias em risco iminente de derrocada. É importante cumprir a sinalização!

RISCOS E SEGURANÇA NAS PRAIAS

INCÊNDIO EM HOTÉIS

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Número 40, julho de 2011

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2.

Se optar pelos parques de campismo, então respeite a natureza e evite alguns riscos. O campismo é muito as-sociado à ideia de levar o conforto de casa para férias, sem gastar muito dinheiro. Mas o excesso de mobiliário implica uma carga de incêndio perigosa e riscos acres-cidos. As botijas de gás de tamanho doméstico sem pro-teção, a proliferação de grelhadores e fogões, o espaço exíguo entre as caravanas e as tendas, os cabos elétricos a cruzar os céus e o chão, bem como a dificuldade em remover todo o material em caso de necessidade, são o quadro comum nos nossos parques. Os incêndios são fre-quentes. Os meios de evacuação poderão não ser os mais eficazes, é difícil encontrar as saídas de emergência e existem inúmeros obstáculos à deslocação. Por tudo isto,

não faça lume exceto quando forem utilizados equipamentos para cozinhar, autorizados para

o efeito pelo regulamento interno do parque, não proli-fere o seu espaço com objetos desnecessários que só vão aumentar a potencialidade de incêndio, evite o uso de aparelhos a gás sem os devidos cuidados de segurança, pois estes podem causar explosões e incêndios; tenha cuidado com a utilização de instalações elétricas ou ex-tensões porque podem configurar risco de eletrocussão e incêndios; cumpra as demais regras de segurança con-tra risco de incêndio em vigor no parque de campismo e mantenha as distâncias regulamentadas entre tendas e caravanas; conheça as condições de segurança do par-que, informando-se previamente na receção sobre as mesmas; reconheça os caminhos de evacuação e as saídas normais e de emergência.

INCÊNDIO EM PARQUES DE CAMPISMO

Em tempo de verão as temperaturas do ar tendem a aumentar. Todos os anos regista-se um elevado núme-ro de mortes associadas às ondas de calor. Mais um risco que pode evitar durante as suas férias. Nos dias de muito calor ingira água ou outros líquidos não açucarados com regularidade, mesmo que não sinta sede. Pessoas que so-fram de epilepsia, doenças cardíacas, renais ou de fígado ou que tenham problemas de retenção de líquidos devem consultar um médico antes de aumentarem o consumo de líquidos. Se tem idosos em casa incentive-os a beber pelo menos mais um litro de água por dia para além da que bebem normalmente. Eles poderão rejeitar mas deve insistir. Procure manter-se dentro de casa ou em locais frescos. Em casa, durante o dia, abra as janelas e mante-nha as persianas fechadas de modo a permitir a circula-ção de ar. Durante a noite, abra bem as janelas para que o ar circule e a casa arrefeça. Evite sair à rua nas horas de maior calor, mas se tiver de o fazer, proteja-se usando um chapéu ou um lenço. Vista roupas leves de algodão e de cores claras. As cores escuras absorvem maior quantida-de de calor. Evite usar vestuário com fibras sintéticas ou lã. Provocam transpiração, podendo levar à desidratação. Evite fazer exercício físico ou outras atividades que exi-jam muito esforço. Evite estar de pé durante muito tem-po, especialmente em filas ao sol. Se tiver oportunidade, desloque-se nas horas de maior calor para locais com ar condicionado. Um pequeno du-che de água tépida arrefece o seu corpo rapidamente au-mentando o seu conforto. Se o seu corpo estiver muito quente não deve tomar banho com água muito fria.

Em viagem:• Viaje de preferência a horas de menos calor ou à noite;• Quando viajar de automóvel faça-o por períodos curtos. Se tiver que fazer grandes viagens leve consigo água ou outros

líquidos não alcoólicos. • Proteja os passageiros da exposição ao sol, cobrindo as janelas com telas apropriadas, que não difi-cultem ou prejudiquem a condução. Nunca viaje com as janelas totalmente fechadas a não ser que tenha ar condi-cionado no seu carro. Se viajar com crianças mantenha-as o mais arejadas possível, vestindo-lhes o mínimo de rou-pa e dando-lhes frequentemente água a beber.• Tenha atenção aos idosos que viajam consigo. Não de-vem vestir de negro nem roupas de fibra sintética e devem também beber um suplemento de água. • Coma poucas quantidades de cada vez e várias vezes ao dia. As refeições devem ser ligeiras, sopas frias ou tépi-das, saladas, grelhados, comidas com pouca gordura e pouco condimentadas, acompanhadas de preferência com água. Num organismo desidratado são absorvidas rapidamente podendo levar a estados de embriaguez com maior facilidade.

Na praia:• Vá à praia apenas nas primeiras horas da manhã (até às 11h00) ou ao fim da tarde (depois das 17h00). • Mantenha-se à sombra, use chapéu, óculos escuros e cre-

mes de proteção solar. Uma exposição ao sol prolongada leva a queimaduras de pele que só por si aumentam a per-da de líquidos.

CALOR INTENSO

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Número 40, julho de 2011

Se gosta de passear no campo ou na montanha no verão, é importante respeitar algumas medidas de segurança, to-mando precauções mesmo que os percursos sejam curtos ou pareçam fáceis. Os acidentes podem acontecer e é im-portante conhecer e transmitir aos amigos e familiares alguns princípios básicos:

• Planeie antecipadamente o percurso que vai fazer e veri-fique as restrições existentes;• Informe-se sobre as condições climatéricas do local e consulte a previsão do tempo antes de qualquer atividade em ambientes naturais; • Não viaje sozinho. Prefira grupos pequenos que se har-monizam melhor com a natureza e causam menos impac-tes; • Informe sempre alguém acerca do seu destino;

• Escolha as atividades que vai realizar na sua visita conforme a sua condição física e o seu nível de ex-

periência; • Cada um é responsável pela sua própria segurança. • O salvamento em ambientes naturais é complexo, po-dendo levar dias. Não arrisque sem necessidade; • Avise as entidades do local por si escolhido, sobre a sua experiência, o tamanho do grupo, o equipamento que le-vam, o percurso e a data prevista para regresso. Estas in-formações facilitarão o seu resgate em caso de acidente; • Aprenda as técnicas básicas de segurança, como nave-gação (como usar um mapa e uma bússola) e primeiros socorros; • Tenha certeza de que possui equipamento apropriado para cada situação; • Desconfie dos declives (podem esconder armadilhas)!• Não faça fogueiras!

PASSEIOS NO CAMPO OU MONTANHA

DESLOCAÇÕES DE AUTOMÓVEL

Os rios e ribeiras ganham cada vez mais adeptos no que toca a passar férias. A verdade é que Portugal tem muitos rios que têm sido cada vez mais aproveitados para fins tu-rísticos. Não só se realizam passeios de barco ou de canoa, como são um destino balnear, principalmente para as lo-calidades que não dispõem de costa marítima.Todos os anos, no entanto, têm ocorrido acidentes nestes espaços.

É, pois, importante cumprir as seguintes regras:

• Frequente praias vigiadas;• Respeite os sinais das bandeiras;• Respeite as instruções dos Nadadores Salvadores e as normas dos Editais de Praia;• Procure nadar acompanhado;• Procure conhecer as praias fluviais que frequenta.

PRAIAS FLUVIAIS

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Todos os anos há inúmeros portugueses que regressam do estrangeiro para passar férias nas suas aldeias, vilas ou cidades de origem e onde possuem casas, que na maio-ria das vezes estão desabitadas durante o ano. Ao redor destas casas constata-se muitas das vezes a existência de matérias combustíveis que podem tornar-se fontes de ig-nição, provocando incêndios graves. Siga, por isso, as seguintes recomendações:

• Tome em atenção a proteção da sua habitação, no caso do incêndio se desenvolver nas proximidades;• Retire os cortinados inflamáveis e feche todas as per-sianas, ou coberturas, de janelas não combustíveis, para tentar evitar a propagação do incêndio para o interior da casa;• Feche todas as janelas e portas para evitar fenómenos de sucção;• Feche todas as válvulas do gás e regue os depósitos com água;• Acenda uma luz em todas as divisões para ter visibilida-de em caso de presença de fumos;• Ponha os objetos que não sejam danificados pela água no interior de piscinas ou de tanques;

• Remova materiais combustíveis do interior e das ime-diações da sua casa;• Molhe abundantemente as paredes e toda a zona circun-dante da casa;• Esteja preparado para evacuar todos os membros da sua família e os seus animais, caso o incêndio se aproxime da sua habitação, ou por ordem das autoridades;• As piscinas ou tanques são zonas potencialmente mais seguras.

Se ficar preso num incêndio:• Procure não entrar em pânico;• Identifique uma zona com água na qual poderá defender-se de altas temperaturas;• Cubra a sua cabeça e a parte superior do seu corpo com roupas molhadas;• Respire o ar junto ao chão através de uma roupa molhada a fim de evitar a inalação de fumos;• Se não existe água nas proximidades, procure um abrigo numa área aberta ou num afloramento de rochas. Mante-nha-se deitado e se possível cubra-se com a terra do pró-prio solo.

INCÊNDIOS FLORESTAIS: INTERFACE URBANO-FLORESTAL

Se pensa ir de férias para fora do país, saiba que o Gabinete de Emergência Consular (GEC) do Minis-tério dos Negócios Estrangeiros presta apoio con-sular, em situações de emergência, aos cidadãos na-cionais. O GEC funciona 24 horas por dia com um sistema de atendimento permanente através dos nú-meros 707 202 000 ou do telemóvel 96 170 64 72. O Gabinete disponibiliza, ainda, um Sistema de Gestão de Emergência que oferece um serviço de registo que per-mite aos cidadãos nacionais que viajam para o estrangei-ro informar sobre a sua identificação, contactos mais di-retos, percurso(s) da viagem com indicação do(s) país(es) de destino, datas de partida e chegada, locais de pernoita

e respetivos contactos, bem como a indicação, opcional, do nome de um familiar ou amigo a ser contactado em situação de emergência. O GEC pode ser contac-tado, também, por fax (21 792 97 75) ou por email: [email protected].

VIAGENS AO ESTRANGEIRO

A habitação constitui um espaço privado que, quando devassado, ofende o nosso direito à privacidade e causa prejuízos materiais, acrescidos de inevitáveis danos psicológicos. A Polícia de Segurança Pública (PSP) ativa, entre 01 de Julho e 15 de Setembro, a «Operação Férias», que visa auxiliar os cidadãos a gozarem as férias mais tranquilamente.Assim, se vai gozar as suas férias durante aquele período, tome atenção a algumas medidas preventivas que

devem ser tomadas:• Dê uma aparência de actividade à sua residência, peça a alguém que abra regularmente as persianas ou cortinas durante o dia e ligue a iluminação interior algumas noites;• Não diga a estranhos que vai de férias;• Verifique e feche bem portas e janelas;• Não deixe acumular a correspondência na sua caixa de correio. Peça a alguém da sua confiança para a recolher;•Catalogue, se possível, os seus objectos de valor e anote os seus números de série.

A SEGURANÇA DOS SEUS BENS

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R E C U R S O S

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P R O C I V . P.7Número 40, julho de 2011

Programa de Gestão de Risco e Crises no Setor Turístico, da Organização Mundial do Turismo (OMT).

Manual «Fire Safety in European Hotels». Edição Confederação de Hotéis, Restaurantes e Cafés da União Europeia (HOTREC). Fevereiro, 2010.

A APHORT – Associação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e Turismo recomenda aos seus associados o manual «Fire Safety in European Hotels», um documento

elaborado pela HOTREC, a Confederação Europeia do setor. Embora não substitua o cumprimento da legislação portuguesa, este manual é considerado

um documento de leitura obrigatória para todos os responsáveis de segurança. Disponível na internet em w w w.hotrec.eu.

A principal missão do Programa de Gestão de Riscos e Crises da OMT é apoiar os seus membros no processo de avaliação e mitigação dos riscos suscetíveis de colocar em causa o fluxo de viagens e turistas, através de um adequado planeamento, desenvolvimento e implementação de sistemas de gestão de crise que visam reduzir o impacto de situações de catástrofe e acidentes graves, como os

ocorridos por exemplo no arquipélago da Madeira no ano passado. Os seus principais projetos e serviços incluem o reforço da rede de comunicações entre os vários intervenientes (empresas, autoridades turísticas e serviços competentes de proteção e socorro) e e implementação de sistemas de assistência em caso de emergência. Este programa é permanentemente

supervisionando pela OMT e tem como utilizadores finais as empresas privadas do setor e as autoridades públicas a operar aos níveis nacional, regional e local da gestão e promoção de destinos turísticos.

http://rcm.unwto.org

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Com o objetivo de comunicar cada vez mais e melhor com os cidadãos, a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC)tem vindo a disponibilizar conteúdos multimédia nalgumas das mais importantes plataformas e redes sociais, como é o caso do facebook, twitter, flickr

e youtube. Nos últimos anos estas plataformas e redes têm vindo a ter um grande desenvolvimento, registando cada vez mais utilizadores.Através destas páginas são divulgadas notícias atuais sobre a Instituição, agenda de eventos, medidas de

prevenção e autoproteção, assim como clips áudio, video e fotos.Aceda a estas páginas através do sítio na internet da ANPC e siga a nossa atividade!

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Edição e propriedade – Autoridade Nacional de Protecção Civil Diretor – Arnaldo Cruz Redação e paginação – Filipe Távora e Gisela Oliveira Fotos: ANPC / Free Images Live / Free Photos BizDesign – Barbara Alves Impressão – Europress Tiragem – 2000 exemplares ISSN – 1646– 9542

Os artigos assinados traduzem a opinião dos seus autores. Os artigos publicados poderão ser transcritos com identificação da fonte.

Autoridade Nacional de Protecção Civil Pessoa Coletiva nº 600 082 490 Av. do Forte em Carnaxide / 2794–112 Carnaxide Telefone: 214 247 100 Fax: 214 247 180 [email protected] www.prociv.pt

A G E N D A

P. 8 . P R O C I V

P U B L I C A Ç Ã O M E N S A L

Número 40, julho de 2011

3 de JULHOODIVELAS1 1 4º ANIVERSÁRIO DA ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DE BOMBEIROSA Associação Humanitária de Bombeiros de Odivelas comemo-ra neste dia o seu 11 4 .º aniversá-rio. Foi no ano de 1896 que um grupo de homens se reuniu para formar uma comissão no senti-do de fundarem uma Corporação de Bombeiros Voluntários, tendo daí nascido a Real Associação dos Bombeiros Voluntários de Odive-las, oficialmente constituída no dia 29 de junho de 1897.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Projecto co-financiado por:

23 e 24 de MAIO

LISBOA

CONFERÊNCIA SOBRE IDENTIDADE

CULTURAL DO VOLUNTARIADO

NOS PAÍSES DO MEDITERRÂNEO

Este encontro, que se realiza na

Fundação Calouste Gulbenkian,

enquadra-se no programa das

actividades do Ano Europeu do

Voluntariado (AEV-2011).

1 2 de JULHOINSTITUTO NACIONAL DE RECURSOS BIOLÓGICOS, OEIRASWORKSHOP SOBRE A FLORESTA PORTUGUESANo âmbito do Ano Internacional das Florestas e considerando a importância do estabelecimento de sinergias entre a investigação aplicada e as diversas fileiras do setor florestal, a Unidade de Inves-tigação de Silvicultura e Produtos Florestais decidiu organizar no dia 1 2 de julho, no auditório do campus de Oeiras do INRB, um workshop subordinado ao tema “O Contributo da Investigação para o Desenvolvimento da Floresta em Portugal”. A entrada é livre.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

18 de JULHOMUSEU MUNICIPAL DE VILA DE REIEXPOSIÇÃO «MEMÓRIAS DOS BOMBEIROS DE VILA DE REI»Esta iniciativa, integrada nas co-memorações do Dia Internacional dos Museus, irá mostrar variados tipos de material pertencente aos Bombeiros Voluntários de Vila de Rei, como fotografias, instrumen-tos, documentos, entre outros, que contam toda a história desta Asso-ciação, desde a sua criação até aos dias de hoje.A exposição estará aberta de terça a domingo, das 09h30 às 1 2 h30 e das 14h00 às 17h00.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .