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1 UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO QUALIDADE DE VIDA E DESEMPENHO ACADÊMICO Itatiba 2007

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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO

QUALIDADE DE VIDA E DESEMPENHO ACADÊMICO

Itatiba 2007

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Kátia Ribeiro Biolchi RA: 002200300669

QUALIDADE DE VIDA E DESEMPENHO ACADÊMICO

Itatiba 2007

Trabalho de Conclusão de Curso do curso de Psicologia da Universidade São Francisco, sob a orientação da Profª Ms. Katya Luciane de Oliveira como exigência para a obtenção do título de Psicólogo.

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Ao meu esposo, Marcelo, meus pais,

Amado Carlos e Maria Inês, meus irmãos,

Patrícia, Ronaldo e Kelly, pessoas

incentivadoras, compreensivas sempre dispostas

a ajudar. Sem vocês com certeza não teria forças

para lutar, até nos momentos mais difíceis, vocês

sempre estiveram presentes me apoiando.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus por me fortalecer a cada dia, me direcionando nos

melhores caminhos e na companhia das melhores pessoas;

A realização desta pesquisa foi possível devido às pessoas importantes que fazem parte

deste projeto, que possibilitaram a realização de um sonho.

Novamente à minha família, pois esse sonho só foi possível pela nossa união. Amor,

obrigado pela sua compreensão, paciência e tolerância durante esses cinco anos, devido às

ausências nos dias dos namorados, aniversários de casamento, namoro e no seu próprio

aniversário. Você é maravilhoso, sempre disposto a ajudar no que for preciso, ouvindo

atentamente às leituras do TCC;

Às minhas amigas inseparáveis Marina e Patrícia que contribuíram para a execução deste

sonho, ou com palavras de apoio, indicação de literaturas, horas e horas de discussão e análise

para a escolha do tema. Valeu a pena esses cinco anos nós estarmos juntas, no MC Donald’s,

nosso café de sábado na engenharia, churrascos, aniversários, reuniões em Atibaia, Campinas,

Bragança... Foi muito bom conhecer vocês!!!! Má, muito obrigada pelo exemplo, de pessoa,

amiga, profissional, de dedicação e perseverança. Por me proporcionar um crescimento, nossas

reflexões foram de tamanha significância. É gratificante ter você como parte desta história, deste

sonho;

Aos colaboradores do sétimo semestre do curso de Psicologia do diurno e noturno. Foi

essencial a participação de todos;

Aos professores Katya Luciane de Oliveira e Makilim Baptista, por direcionar e orientar

esta pesquisa, atender nos corredores da faculdade sempre se mostrando atenciosos e dispostos a

ajudar. Valeu!!! E, por fim, a mim mesma que junto com vocês trilhei esse caminho, buscando

sempre melhorar e aprender com tudo e com todos.

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SUMÁRIO

LISTA DE TABELAS .................................................................................................

LISTA DE FIGURAS ..................................................................................................

RESUMO .....................................................................................................................

APRESENTAÇÃO ......................................................................................................

6

7

8

9

INTRODUÇÃO............................................................................................................ 10

OBJETIVO .................................................................................................................. 30

MÉTODO .................................................................................................................... 31

Participantes ................................................................................................................ 31

Instrumento................................................................................................................... 31

Procedimento ............................................................................................................... 32

RESULTADOS ........................................................................................................... 33

DISCUSSÃO E CONCLUSÃO................................................................................... 44

CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................... ............................................................ 52

CRONOGRAMA ......................................................................................................... 55

REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 57

ANEXOS ...................................................................................................................... 63

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1. - Distribuição dos resultados dos participantes relativos ao tempo para

descanso........................................................................................................................... 36

Tabela 2. - Distribuição dos resultados dos participantes relativos ao desempenho

acadêmico........................................................................................................................ 39

Tabela 3. - Distribuição dos resultados dos participantes relativos à realização das

tarefas............................................................................................................................... 42

Tabela 4. - Distribuição dos resultados dos participantes referentes ao desempenho

acadêmico........................................................................................................................ 44

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1. - Distribuição das respostas dos participantes relativos à freqüência do

sono..................................................................................................................................... 38

Figura 2. - Distribuição das respostas dos participantes relativa à disposição

diária................................................................................................................................... 40

Figura 3. - Distribuição das respostas dos participantes do G1 e G2 relativos ao suporte

familiar................................................................................................................................ 43

Figura 4. - Distribuição das respostas dos participantes referentes ao apoio

social....................................................................................................................................45

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RESUMO

Biolchi, K. R. (2007). Qualidade de vida e desempenho acadêmico. Trabalho de Conclusão de

Curso. Curso de Psicologia, da Universidade São Francisco. Itatiba, 67p.

A qualidade de vida abrange cinco dimensões, como saúde física, psicológica, nível de

independência, relações sociais e meio ambiente, não possuindo uma definição precisa desse

conceito. Esses fatores, segundo pesquisas referentes ao assunto contribuem para o desempenho

acadêmico dos estudantes. O objetivo da pesquisa foi comparar se há diferença na qualidade de

vida e desempenho acadêmico entre estudantes universitários do diurno e noturno. Participaram

28 estudantes do curso de graduação em psicologia. O instrumento utilizado foi uma escala

contendo 30 afirmações abordando assuntos relativos á qualidade de vida e ao desempenho

acadêmico. A participação dos estudantes foi voluntária e a coleta de dados ocorreu de forma

coletiva em uma única sessão, para aqueles estudantes que assinaram o termo de consentimento

livre e esclarecido. Os dados foram submetidos à estatística descritiva. De modo geral, os

resultados evidenciaram semelhanças na qualidade de vida dos estudantes dos dois grupos. Com

relação ao desempenho acadêmico, o grupo do noturno (53%; n=9) apresentou maior

preocupação em atingir a média final em relação aos estudantes do diurno (46%; n=5). Portanto,

concluiu-se que os grupos só poderão obter êxito quando se conscientizarem da interligação entre

a qualidade de vida e o desempenho acadêmico. Sugere-se que novos estudos sejam realizados.

Palavras-chave: Qualidade de vida; Desempenho acadêmico; Estudantes.

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APRESENTAÇÃO

Esta pesquisa trata-se dos contextos da Qualidade de Vida, o quanto esse tema tem se

desenvolvido em diversas áreas e especialidades. E, mesmo sendo um tema em desenvolvimento,

existem lacunas. Portanto, esta pesquisa pretende-se contribuir preenchendo possivelmente uma

parte dessa lacuna. O presente estudo mostra a importância da qualidade de vida no meio em que

o estudante universitário está inserido para obter motivação frente às dificuldades e facilidades do

dia-a-dia, e com isso podendo-se alcançar sucesso, auto-realização nos diversos campos, a saber:

social, profissional, afetivo entre outros. A pesquisa faz também uma relação com o Desempenho

Acadêmico dos estudantes universitários do curso de Psicologia, de uma instituição particular do

interior de São Paulo. O assunto vem sendo relacionado com motivação, sucesso e auto-

realização e esses fatores junto com a falta de qualidade de vida gera o fracasso escolar segundo

pesquisa na área, pois, hoje em dia os estudantes assumem diversas responsabilidades, muitas

vezes exigidas pela sociedade, como por exemplo, faculdade, trabalho, estágio, academia, bom

relacionamento social e afetivo, lazer o que acaba sobrecarregando e afetando então na qualidade

de vida. Possivelmente para atingir um melhor resultado, foi proposto trabalhar com dois grupos

respectivamente, uma turma de estudantes do noturno e outra de estudantes do diurno. O qual

supõe-se que por meio da comparação entre dois grupos poderá chegar num resultado mais

fidedigno.

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INTRODUÇÃO

Contextos da Qualidade de Vida Historicamente, a expressão qualidade de vida (QV) tem sido referência de inúmeros

discursos acadêmicos, políticos e ideológicos com o interesse das Nações Unidas de mensurar os

níveis de vida de diversas comunidades mundiais. Atualmente, não se tem uma definição precisa

desse conceito, pois inicialmente algumas investigações associavam a qualidade de vida a um

conceito quantitativo, ou seja, relativo a recursos materiais disponíveis para determinado

indivíduo ou sociedade. Entretanto, constata-se que os esforços atuais em defini-lo tendem para

uma abordagem mais ampla e integradora (Corrêa, 2001).

O termo qualidade de vida foi utilizado pela primeira vez em 1964, pelo presidente

americano Lyndon Johnson, no qual declarou que os objetivos de bem estar da população não

poderiam ser medidos por meio do balanço dos bancos, mas pela qualidade de vida que

proporcionassem as pessoas. Então, inicialmente os trabalhos de qualidade de vida focalizavam

as ações terapêuticas e as condições provenientes desse procedimento. Passando somente mais

tarde a preocupação em conhecer a intervenção que a qualidade de vida produzia no paciente.

Mesmo com toda essa preocupação com o tema, nas literaturas científicas ainda existem certas

lacunas referentes ao tema (Oliveira, 1999).

No Brasil, vem crescendo o interesse pelo tema qualidade de vida no campo da saúde.

Alguns trabalhos publicados foram considerados tendo em vista sua contribuição para o avanço

das pesquisas sobre o tema no país e também por sua uniformidade com as tendências históricas

observadas no contexto internacional. Em diferentes especialidades médicas encontram-se

trabalhos sobre qualidade de vida, como por exemplo, na psiquiatria, neurologia, oftalmologia,

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oncologia, ginecologia entre outros. Na psicologia destaca-se mais uma vez a contribuição para o

setor da saúde (Seidl & Zannon, 2004).

Contudo, a Organização Mundial da Saúde, desde a constituição de 1988, propõe o

conceito de qualidade de vida a partir de cinco dimensões saúde física; saúde psicológica; nível

de independência (em aspectos de mobilidade, atividades diárias, dependência de medicamentos

e cuidados médicos e capacidade laboral); relações sociais e meio ambiente. Considerando as

várias dimensões do ser humano na determinação dos níveis de qualidade de vida de cada

indivíduo, além de agregar a esse conceito que a sensação de bem estar dos indivíduos é relativo

a fatores objetivos e subjetivos da experiência humana (Souza & Carvalho, 2003).

Os mesmos autores Souza e Carvalho (2003) afirmam-se que os fatores subjetivos não

podem ser excluídos das considerações acerca da qualidade de vida mesmo que os indicadores

sejam usados como critérios de materiais específicos da experiência cotidiana, observa-se uma

percepção integral desse conceito. Em relação a esse aspecto, Rueda (1997) considera a qualidade

de vida complexa com possibilidades de desenvolver algumas formas de medidas objetivas por

meio de uma série de indicadores, considerando a vivência que o sujeito e o grupo social podem

ter de si mesmos.

Souza (1999) explica que existem dois caminhos para um pesquisador avaliar a qualidade

de vida, um objetivo e outro subjetivo. Sendo as diferenças entre os dois substanciais, ou seja,

quando a troca de um pelo outro traz implicações importantes na condução da pesquisa. Além

disso, existe uma dificuldade para se utilizar os valores objetivos, pois falta o conhecimento da

associação entre condições objetivas de vida e a percepção subjetiva destas condições, que

fornece o contato mais formal com a realidade apresentando um valor maior nas decisões

comportamentais.

Segundo Seidl e Zannon (2004), quando se trata da qualidade de vida relacionada à saúde,

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os instrumentos de mensuração tendem a manter o caráter multidimensional, avaliando a

percepção geral da qualidade de vida, embora habitualmente recaia sobre os sintomas

incapacidades ou limitações ocasionados pela enfermidade. Para verificar o crescimento de

medidas de avaliação da qualidade de vida e sua disponibilidade para as diversas especialidades,

dados de levantamento verificaram grande crescimento do número de instrumentos de qualidade

de vida relacionada à saúde no período de 1990-1999.

A partir do início da década de 1990, nota-se um consenso entre os estudiosos da área

quanto a dois aspectos relevantes da qualidade de vida: a subjetividade e a

multidimensionalidade. Quanto à subjetividade, muitos autores consideram a percepção da

pessoa sobre o seu estado de saúde e sobre os aspectos do seu contexto de vida, isto é, como o

indivíduo avalia a sua situação pessoal. No que tange à multidimensionalidade, refere-se ao

reconhecimento de que o construto é composto por diferentes dimensões. A identificação destas

tem sido objeto de pesquisa científica, em estudos empíricos, qualitativos e quantitativos (Seidl &

Zannon, 2004).

Quando se considera a qualidade de vida como um construto multidimensional, se

enfatiza a formação por elementos econômicos, sócio-demográficos e pelo nível de bem-estar

subjetivo a cerca da própria experiência de satisfação global ou específica com domínios gerais

ou particulares da vida. Também se prioriza a intensidade e a freqüência da experiência afetiva

positiva ou da experiência afetiva negativa, e também a cerca dos inúmeros aspectos ou fatores

psicossociais da saúde mental dos indivíduos. Então, deve-se indicar maneiras de medi-la, pois

não há um índice nem instrumento absoluto para caracterizá-la (Pereira, 1993).

Portanto, a qualidade de vida não pode ser tomada como um único conceito, mas

entendida dentro da experiência cotidiana e pessoal de cada um dos envolvidos. Prover ótimas

condições de sobrevivência não garante a elevação dos níveis de qualidade de vida, pois de nada

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adiantam os recursos se o beneficiário não pode se favorecer deles. Além disso, viver com

qualidade é uma condição que satisfaz as exigências e as demandas que determinada situação

inflige aos indivíduos, dentro de um dado contexto particular. Qualquer fenômeno social deve ser

considerado no âmbito de seu contexto histórico e entendido dentro da conjuntura política,

econômica e cultural, na qual se processa inclusive a condição de qualidade de vida (Sliwiany,

1997).

O desenvolvimento pessoal e social diz respeito ao processo de crescimento na direção da

melhora da qualidade de vida e das relações com as pessoas consigo, com o outro, com os grupos

dos quais participa e com a natureza. Nota-se que o estudante universitário precisa aprender sobre

si e sobre o mundo, sendo este um processo educativo. A educação é uma chave que abre a

possibilidade de transformar o estudante anônimo, naquele que sabe que pode escolher que é

sujeito participante de sua reflexão, em relação ao mundo e da sua própria história (Ramalho

2000).

De acordo com Seidl e Zannon (2004), o conceito qualidade de vida abrange dois

aspectos. O primeiro se delimita na linguagem cotidiana e o segundo no contexto da pesquisa

científica, atingindo diferentes campos, além das especialidades da saúde. Por isso, devido à

utilização em diversos campos, a melhoria da qualidade de vida passou a ser um dos resultados

mais esperados, tanto das práticas assistenciais, quanto da promoção da saúde e prevenção de

doenças. Alguns indicadores são considerados para avaliar a qualidade de vida, dentre eles a

eficácia e a eficiência de determinados tratamentos relacionados à saúde podem servir de

parâmetro de qualidade.

Quando se trata dos indicadores de qualidade dos serviços de saúde, Campbell (2000)

definiu-os em dois níveis: o individual observado pelo acesso às estruturas, processos de cuidado

e efetividade do cuidado recebido pelo indivíduo e o coletivo aferido pela qualidade dos cuidados

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de saúde recebidos pelas populações, indicados pelo acesso a cuidados efetivos e eficientes,

capazes de otimizar benefícios para toda a população. Para se avaliar a efetividade do cuidado

recebido pelo indivíduo foi desenvolvido um instrumento padronizado em forma de questionário

para investigar a percepção de apoio social provido pelos serviços a indivíduos em tratamentos e

um outro instrumento para avaliar a expectativa desses indivíduos em aderir ao tratamento (Leite,

2002).

Esses questionários permitiram avaliar as desigualdades sociais na adesão e a eficácia do

tratamento, concluindo que estas podem afetar nas relações interpessoais dos indivíduos,

influenciando suas condições de vida, além de implicar em oportunidades desiguais num

contexto de mercado de trabalho, de remuneração, de acesso à educação, à moradia adequada e

aos serviços de saúde de qualidade. Observa-se, então, que a qualidade de vida está relacionada

com o bem estar físico, social e emocional, principalmente, quando se trata de estudantes

universitários, dos quais a sociedade impõe esses aspectos como exigência ao indivíduo do

exercício adequado de sua profissão, superando o preparo técnico (Drachler, Côrtes, Castro &

Leite, 2003).

Na sociedade em geral, com o fim da revolução industrial e o início da era da

informatização, com a redefinição do papel do trabalho ocasionada por motivos como o

esvaziamento populacional do meio rural que gerou a reversão da produção, a mulher acabou

assumindo um lugar de destaque na tomada de decisões e também um aumento da consciência

ecológica o qual proporcionou uma modificação nos conceitos de progresso e desenvolvimento

iniciando, assim, a economia movida pela prestação de serviços, no que automaticamente

acarretou uma perda da qualidade de vida e uma menor preocupação com o lazer (Bonalume,

2000).

O estudo sobre a qualidade de vida em estudantes universitários, teve início em 1987,

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quando houve uma preocupação constante das instituições de ensino superior em executar

projetos de pesquisa e extensão conhecendo as dimensões da qualidade de vida. Quando tais

questões fossem respondidas haveria a compreensão da qualidade de vida no ambiente de

trabalho da instituição universitária, na qual possibilitaria a manutenção do curso caso a avaliação

fosse positiva e a reformulação se a avaliação fosse negativa (Pereira, 1993).

Constata-se que com o passar dos anos e a chegada da maturidade, o tempo se torna cada

vez mais precioso. Pensar em lazer ou qualidade de vida é sempre o segundo plano, pois as

obrigações familiares e sociais vêm em primeiro lugar. Aproveitá-lo então esse tempo livre que

surge, de forma interessante e satisfatória tem sido o desejo e a busca de muitos estudantes. Saber

dominar o tempo é tarefa árdua, mas possível, porque hoje os estudantes vivem em cidades que

não param de crescer e que, consequentemente acabam isolando-os. A busca de um sentido na

vida depende, em grande parte, de cada um, pois fazer tudo com paixão e respeitar os desejos e os

valores é um bom caminho (Pekelman, 1996).

Segundo Pekelman (1996), as pessoas têm procurado seu bem estar e o estado de

felicidade, mas para atingir esses objetivos deve-se manter consigo mesmo o compromisso de

nunca perder o encanto pela vida. O tempo de lazer empregado com qualidade e com paixão pelo

que se faz é a grande oportunidade da vida. Conquistar e reconquistar coisas que dêem prazer

motiva a mudança na qualidade de vida. A conquista de um tempo para si pode ser fruto da

imaginação ou da realidade que faz com que o tempo seja um aliado e se preencha, em grande

parcela, com ações que proporcionam prazer e felicidade.

Desempenho acadêmico e qualidade de vida

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Para Marcellino, Garcia e Damineli (2005), a qualidade de vida ainda é uma expressão

verbal que necessita de fundamentação, mas poderá vir a transformar-se num conceito

extremamente útil, principalmente, para expressar as novas relações dos estudantes universitários

com sua vida cotidiana levando em consideração o bom desempenho acadêmico. Sendo

importantes pesquisas que apontem melhorias para esse desempenho e não apenas fatores

responsáveis pelo fracasso escolar. Muitos consideram o significado de qualidade de vida como

uma ecologia da produção, em que um grupo de pessoas trabalha num certo ambiente

estabelecendo entre os colegas um conjunto de relações sociais.

Nas pesquisas referentes ao desempenho acadêmico e aos fatores geradores do fracasso,

muitas vezes, os fatores se referem à aspectos biológicos, psicológicos, pedagógicos e sociais.

Vários fatores contribuem para o desempenho do estudante, dentre eles a influência da família e

do ambiente, a qualidade de vida, outras experiências escolares e a própria instituição de ensino

também podem interferir. As dificuldades de aprendizagem também aparecem como um dos

inúmeros fatores correlacionados ao fracasso no desempenho acadêmico (Pavarini, 2002).

Atualmente, os estudantes, profissionais e pesquisadores participam de grupos de estudos

e investem em vários projetos de ações no lazer em todo o país. Mesmo que o lazer não se

constitua uma possibilidade de formação ou atuação profissional exclusiva de alguma área

específica, vem prestando consideráveis contribuições ao incremento da produção científica,

pedagógica, cultural e social específica sobre o lazer no Brasil. Sendo um campo multidisciplinar,

o lazer pode ser desenvolvido em diferentes âmbitos como social, grupal ou até mesmo

individual (Werneck & Isayama, 2000).

A classificação de lazer mais difundida foi elaborada por Dumazedier (1973),

distinguindo cinco campos fundamentais: os interesses físico-esportivos, os sociais, os artísticos,

os manuais e os intelectuais. Camargo (1998) acrescenta a esses cinco campos um sexto,

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relacionado aos interesses turísticos. Esses campos estão intimamente relacionados, sendo

diferenciados apenas para denotar a diversidade cultural que integra o lazer. Dessa forma, é

fundamental procurar alternativas de lazer com enfoques diferenciados que abrangem os vários

interesses, ampliando o acervo de experiências e descobrindo novas chances de realização

(Werneck & Isayama, 2000).

Para Ramalho (2000), as experiências vivenciadas com a execução de programas de lazer

pode desenvolver um papel relacionado à sua política e na medida em que essa prática é

reconhecida como parte integrante da educação é uma das oportunidades privilegiadas de

aprendizagem social, auto-aperfeiçoamento, além de construção e desenvolvimento cultural. O

lazer constitui parte fundamental na relação com o bom desempenho, sendo ele profissional ou

acadêmico, pois no campo de atuação pode promover a cidadania e a melhora da qualidade de

vida.

Segundo Camargo (1998), o lazer é a principal atividade do tempo livre dos estudantes

universitários, no qual estes se divertem, repousam e se auto desenvolvem por meio de conversa,

leitura e esporte. Nessa direção, Dumazedier (1973) define o lazer como sendo o conjunto de

ocupações, no qual além do indivíduo descançar e divertir-se desenvolve sua participação social

voluntária mesmo que seja para livrar-se das obrigações profissionais, familiares e sociais.

Porém, a sociedade enxerga como lazer as atividades realizadas depois das obrigações familiares,

profissional e sócia políticas.

Constata-se que a ausência ou a baixa freqüência de alguns desses fatores citados acima

podem interferir na qualidade de vida dos estudantes universitários e também podem se

relacionar ao seu desempenho acadêmico, principalmente em alunos universitários noturnos que

trabalham durante o dia e a noite vão para a universidade. Nota-se, na maioria das vezes, que

estes estudantes reservam seus finais de semana para estudo e descanso, deixando de lado o lazer

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e que esta é uma atividade para aquelas pessoas que não trabalham, mas estudam. Por conta

disso, muitos estudantes reservam o tempo de lazer para os períodos de férias escolares (Largura,

2000).

Segundo Marcellino e cols. (2005), entender o lazer em sua especificidade, em estreita

relação com as demais áreas de atuação do homem não significa deixar de considerar os

processos de alienação que ocorrem em quaisquer dessas áreas. Entende-se que esse processo

parece ser uma postura que contribui para abrir possibilidades de alteração do quadro atual da

vida social, tendo em vista a realização humana com base em mudanças do plano cultural.

Um segundo aspecto a destacar, é a necessidade de procurar o entendimento da totalidade

das relações sociais, nas quais o trabalho ocupa posição fundamental, sem excluir é claro uma

compreensão das dimensões do não trabalho, ou seja, a não obrigação. O lazer é entendido como

a cultura compreendida no seu sentido mais amplo – vivenciada no tempo disponível. É

fundamental definir o caráter desinteressado dessa vivência, buscando recompensa e satisfação na

atuação do tempo livre (Marcellino & cols, 2005).

O lazer atua como meio de promoção cultural e social, isto é, uma necessidade cotidiana

ligada à existência social e um dos instrumentos de mudanças, de compreensão de valores e

papéis sociais. Observa-se que o grande desafio para a comunidade é pensar numa política social

global, passando pelas cinco transições (econômica, política, social, empresarial e demográfica).

Para que os estudantes tenham acesso às oportunidades e se beneficiem das alternativas geradas

pelo crescimento econômico, é importante a construção de ações, no campo social, acadêmico e

profissional obtendo, assim, uma melhora em sua qualidade de vida (Ramalho 2000).

O lazer é visto como fruto da sociedade urbano – industrial e, dialeticamente incide sobre

ela, como gerador de novos valores que a contestam, mas não quer dizer que o lúdico e o prazer

não possam manifestar-se, por exemplo, na população rural, pelo contrário, o lazer é entendido

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como especificidade concreta, e na sua singularidade, com possibilidades de gerar valores que

ampliam o universo das manifestações do brinquedo, do jogo, da festa, da recreação, para além

do próprio lazer, obtendo, assim, uma significante mudança na qualidade de vida (Marcellino &

cols, 2005).

Em relação ao conceito de especificidade concreta, Marcellino e cols. (2005), consideram

que o lazer deverá levar em conta o entendimento amplo em termos de conteúdo. Assim

destacam-se as atitudes que envolvem os valores que propiciam a consideração dos seus aspectos

educativos, as suas possibilidades como instrumento de mobilização e de participação cultural,

além das barreiras sócio-culturais verificadas para seu efetivo exercício, tanto intraclasses como

interclasses sociais.

Para Pekelman (1996), o lazer não é inatividade, o tédio, por sua vez, é uma insatisfação

da vivência atual, e pode ser superado quando há modificação do conteúdo das ocupações. O

interessante é estabelecer metas em função das suas habilidades e potencialidades, empreendendo

sempre algo novo. O lazer significa necessariamente escolher o que se gosta de fazer e pode ser

vivenciado a sós, a dois, em família, entre amigos ou em grupo. Buscar novas atividades e travar

novos conhecimentos que ampliem as relações é uma boa saída para não ficar isolado.

A dedicação de um tempo para o lazer não pode ser pensada apenas como um momento

de transmissão de informações, mas como construção de contextos educativos e de processos em

que diferentes estudantes desenvolvam relações de reciprocidade entre si, de forma cooperativa.

Relações estas de construção de significados e de valores culturais conscientes sejam em relação

ao jogo, ao poder ou desigualdades existentes no cotidiano que interfere a busca pela qualidade

de vida (Pinto, 2000).

Segundo Marcellino e cols. (2005), o tempo livre é uma categoria peculiar de tempo.

Algumas horas por dia, um pouco mais no fim de semana, muito mais nas férias melhoram a

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qualidade de vida. Esse fato ocorre pois, deixam de estar presentes o caráter obrigatório do

trabalho ou da faculdade, o caráter instrumental das tarefas de manutenção doméstica, o caráter

de compromisso social, político ou religioso, como os encontros familiares, a participação no

sindicato, na igreja, entre outros.

Segundo Bramante (2000a), falar de tempo livre remete imediatamente a noção de um

tempo social, constituinte do que se denomina de vida cotidiana. Entende-se como tempo livre o

espaço onde as pessoas podem se manifestar de forma imediata às relações que mantêm entre si e

com a natureza em função de suas necessidades. É a manifestação rápida num tempo, num ritmo

e num espaço das complexas relações que regulamentam a vida das pessoas, numa época

histórica determinada, que poderá influenciar em sua qualidade de vida.

A disponibilidade de tempo significa possibilidade de opção pela atividade prática ou

contemplativa. Essa cultura vivenciada no tempo disponível não é considerada em contraposição,

mas em estreita ligação com o trabalho e com as demais esferas da vida social, combinando os

aspectos tempo e atitude. A especificidade do lazer é considerada em sua manifestação na

sociedade atual como reivindicação social. Portanto, seu significado é diferente do entendimento

da antiguidade clássica, sendo uma questão de cidadania, de participação cultural (Marcellino &

cols, 2005).

Aponta-se que o ganho de um tempo de lazer nas sociedades atuais é fruto de lutas e

conquistas, ou seja, é definido como um direito conquistado, já que é o oposto das atividades

obrigatórias e necessárias da vida cotidiana. Na ocupação do tempo livre muitos vivenciam

atividades de lazer, porém alguns acreditam que ter um trabalho remunerado é uma forma de

preencher o tempo livre. Para a melhora da qualidade de vida, então, é preciso realizar atividades

em vários segmentos, dividindo o tempo entre as prioridades pessoais e obrigações profissionais

(Pekelman, 1996).

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No contexto universitário, o tempo livre afigura-se como um tempo de total

disponibilidade do estudante universitário. Disponibilidade física em primeiro lugar para ir onde

bem entender, caminhando, pedalando, de ônibus, de trem ou de automóvel. O corpo está

disponível para o descanso, para a preguiça, para o esforço e para o prazer, e a escolha do que

fazer com ele é estritamente individual. Não pesam mais sobre essa decisão e estrutura

hierárquica do trabalho ou da faculdade, nem as lideranças políticas ou as relações sociais e

familiares (Marcellino & cols, 2005).

A influência da área social proporciona que as condutas dos estudantes no âmbito de uma

organização estruturada aconteçam dentro do que é permitido e conhecido, pois o tempo livre

será aquele no qual a prática da liberdade esteja permanentemente em jogo entre necessidades

exteriores e as necessidades internas dos mesmos, no qual o grau de autonomia da rotina atinja

seu nível mais alto, pensando em estratégias de melhoria no desempenho acadêmico e

desenvolvimento da qualidade de vida (Bramante, 2000b).

Ao escolher as atividades, deve-se levar em consideração se tais escolhas trarão um bem

estar pessoal, pois há várias opções, porém o tempo livre deve ser apreciado e cultivado não só

por seus valores utilitários, mas por seu valor autônomo. Procurar opções em diversos campos,

diversificar ao máximo as atividades e planejar o cotidiano incluem o estabelecimento de uma

rotina, podendo constar de ações programadas, como exercícios físicos e mentais, atividades

individuais, sociais, ocupacionais, integrativas, educacionais, familiares, artísticas, religiosas,

culturais e atividades ligadas à saúde e beleza (Pekelman, 1996).

Desse modo, conclui-se que o tempo livre também é um tempo de disponibilidade

psíquica e mental. A imaginação, a sensibilidade e a memória tornam-se despojadas de tudo

quanto possa estar voltado a produtividade no trabalho, ao desempenho acadêmico, a obrigação

na família, ao compromisso na vida social, política, entre outros. A capacidade de pensar e de

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sentir dos estudantes pode ser dedicada a resgatar emoções, idéias, lembranças que ficaram

sufocadas no dia-a-dia (Marcellino & cols, 2005).

Para Pichón Riviere (1988), a vida cotidiana pode ser distinguida em três regiões nas

quais se desenvolvem as relações e satisfazem as necessidades anteriormente citadas. Estas

regiões são o trabalho, a família e o tempo livre, sendo que cada uma delas tem suas

particularidades, necessidades e desenvolvimento. Nesse percurso constrói-se a subjetividade, e

nenhuma vai em detrimento da outra, as três regiões estão articuladas e se complementam

permanentemente. Por meio da subjetividade o estudante avalia a sua situação pessoal

relacionando com seu desempenho acadêmico e qualidade de vida.

A dupla jornada de trabalho e estudo dos alunos universitários pode se constituir em um

fator de queda no rendimento escolar, devido ao cansaço nas aulas e a falta de tempo para se

dedicarem aos estudos e trabalhos acadêmicos. Esses fatores, além de diminuir a capacidade de

aprendizagem, podem comprometer a qualidade de vida daqueles estudantes que necessitam abrir

mão de algumas áreas, como por exemplo, o lazer, o descanso para poderem dar conta de forma

mínima de suas exigências educacionais (Oliveira, 1999).

Essa desintegração implica na inter-relação harmoniosa de vários fatores que moldam e

diferenciam o cotidiano do ser humano, resultando numa rede de fenômenos, pessoas e situações.

Fatores como de natureza biológica, psicológica e sócio-cultural, como saúde física, mental,

longevidade, satisfação no trabalho, relações familiares, disposição, produtividade, dignidade e

espiritualidade estão associados à qualidade de vida (Simurro, Nicoletti & Skarbnik, 2000).

A imaginação do estudante pode vaguear sem pressa, enriquecendo-o com uma percepção

mais apurada de si mesmo e do seu ambiente. Poderá dar vazão a sua criatividade, ao seu espírito

inventivo, muitas vezes ignorado, seja imaginando ou sonhando. O resultado disso é uma

satisfação extremamente gratificante, mas como a decisão de dar conta dessa disponibilidade

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psíquica é exclusivamente de cada um, há quem prefira simplesmente dormir e quem sabe

sonhar, do que outros que com a possibilidade de não ter nada o que fazer desespera-se quando se

defronta com um tempo livre (Marcellino & cols, 2005).

Durante toda a sua vida o ser humano sofre a influência dos agentes externos de natureza

física e social que atuam sobre o seu organismo, estimulando-lhes capacidades e aptidões,

promovendo o seu desenvolvimento físico e mental, das influências que ele recebe do mundo, as

mais amplas e profundas, são as de natureza social. Portanto, o homem é um ser eminentemente

social, de modo que cabe à sociedade um papel decisivo no processo de sua formação. O homem

é um ser biológico que se adapta ao meio e é desse composto individual, social e pessoal que

resulta a complexidade do processo educativo (Pavarini, 2002).

Cada mudança cultural, por menor que seja, não acontece de modo tranqüilo. Envolve

conflitos entre tendências conservadoras e inovadoras, e barreiras históricas condicionadas pelo

jogo do poder dominante. Por isso, precisa-se pensar na formação e na atuação profissional não

como um tempo linear, diacrônico, um momento depois do outro, mas como um tempo

sincrônico, ou seja, com o momento dado, reunindo conjunto de condições de experiências com

seus conflitos e resistências (Pinto, 2000).

Oliveira (1999) relaciona problemas emocionais comuns em diversos cursos

universitários, devido às condições de vida pouco satisfatórias dos estudantes e coloca a

importância de realizar um programa de saúde mental para os universitários começando por

medidas de assistência sócio-econômica que lhes proporcionem condições adequadas para o

cumprimento de suas obrigações acadêmicas. Assim, exigiria da universidade uma integração da

transmissão de informações e técnicas dentro de um contexto mais amplo e mais profundo de

formação da personalidade dos estudantes.

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Alguns autores, como Tavares e cols. (2006), observam-se certa convergência do ponto de

vista no que se refere à responsabilidade da universidade em proporcionar programas que

melhorem o desempenho acadêmico dos estudantes. Possibilitando confiança para que enfrentem

possíveis desafios acadêmicos diretamente relacionados com a aprendizagem. A importância do

desenvolvimento de estratégias de aprendizagem para o sucesso acadêmico é uma constante nos

diferentes contextos da formação, tanto na prática educacional como no desenvolvimento da

teoria.

Os mesmos autores acima consideram que, para os estudantes universitários, a tomada de

consciência sobre a atividade mental produz conhecimentos significativos e, por conseguinte,

influencia a gestão da atividade mental posterior além da qualidade de vida. As expectativas de

desempenho e os julgamentos de auto-eficácia tendem também a influenciar o planejamento e

controlar as atividades e procedimentos tomados, assim como os desempenhos causados pelos

resultados esperados. A tomada de consciência conduz a um maior conhecimento e experiência,

aumentando a possibilidade de eficácia na realização acadêmica e melhora em sua qualidade de

vida (Tavares & cols, 2006).

Domingos, Miyazaki, Valerio e Pucci (1996) apontam que o sucesso na qualidade de vida

deve abranger os aspectos social, afetivo, profissional e saúde. Um déficit em uma dessas áreas

poderá comprometer o bem estar geral do indivíduo. Marques (1994) ressalta que talvez a maior

dificuldade na obtenção da mesma está no desperdício, não apenas por se fazer muitas coisas ao

mesmo tempo, mas pelo fato de não se demorar o suficiente numa atividade. A qualidade de vida

também, pode estar relacionada ao auto-aperfeiçoamento e a auto-realização, ou seja, uma busca

constante de melhores níveis de desempenho e realizações pessoais.

Segundo Marques (1994), Maslow foi um grande contribuinte para o conhecimento

profundo de si mesmo, da própria natureza humana e dos valores do ser. Para ele a auto-

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realização é a experiência, e a pessoa vive um sentimento de elevação autêntica como ser humano

e isto a liberta de seu isolamento porque realizando plenamente suas potencialidades ela

necessariamente sente-se útil e valiosa para si e para os outros, enfatizando a humanização e

obtendo, assim, uma melhora em sua qualidade de vida.

Conseqüentemente a auto-realização desenvolve um sentimento pleno pelo ser humano,

deixando de lado o individualismo. Esse processo requer que a pessoa esteja enraizada em seus

valores mais autênticos e desenvolvendo ações que sejam coerentes com os princípios de sua

existência. A pessoa auto-realizada toma iniciativas e cria as condições necessárias ao seu próprio

crescimento, ela mesma facilita situações que proporcionam as aprendizagens de que necessita,

conforme os momentos e etapas de sua vida. Já as pessoas que se auto-aperfeiçoam irradiam seus

valores e seus modos de viver, criando um ambiente favorável ao crescimento das pessoas ao seu

redor (Marques, 1994).

Além da auto-realização e auto-aperfeiçoamento, um aspecto afetivo que pode estar

relacionado ao desempenho acadêmico é a motivação. Estudos apontam a falta de motivação

como a causa freqüente para o fracasso no desempenho escolar, principalmente, no ensino

superior, quando o estudante já completou sua escolaridade obrigatória e entrou na fase optativa

dos estudos. Por envolver uma série de fatores emocionais, familiares e entre outros, no contexto

educacional a motivação adquire um significado e uma importância que influencia a

aprendizagem e o desenvolvimento do estudante (Zenorini, 2002).

A influência da motivação para a aprendizagem no desempenho acadêmico do estudante

universitário tem sido objeto de estudo de muitos pesquisadores no campo da psicologia e da

educação. Pois a motivação além de influenciar a aprendizagem e o desenvolvimento do

estudante, como citado acima o levando a investir em seu processo de aprendizagem, esse

investimento produz não só um rendimento acadêmico melhor, mas também contribui para o

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desenvolvimento pessoal de forma mais ampla (Zenorini, 2002).

Rego, Tavares, Cunha e Cardoso (2005) discutem que quando o bom desempenho do

estudante e sua motivação estão relacionados com uma qualidade de vida adequada, o mesmo

apresenta interesse em fazer as coisas da melhor forma e um forte desejo de assumir

responsabilidade pessoal, pois encontra soluções para todos os seus problemas, além de preferir

situações em que o feedback quanto ao seu desempenho é notável. Esses poucos estudantes

tendem a ser bem sucedidos, porém realistas, nos quais reagem positivamente frente à

competição, tomando iniciativa e não desistindo de realizá-las da melhor forma.

Para que os estudantes obtenham sucesso em seu desempenho, estudos apontam como

componentes necessários, além da motivação, às estratégias de aprendizagem, levando em conta

uma qualidade de vida adequada. Considerando esses aspectos, observa-se que a identificação

dos fatores motivacionais e o uso de estratégias de aprendizagem possibilitam aos estudantes a

busca de alternativas para que possam desenvolver uma aprendizagem mais efetiva, partindo-se

do pressuposto que a motivação pode ser despertada, e as estratégias modificadas ou

aperfeiçoadas, de forma que permita um maior comprometimento do estudante (Zenorini, 2002).

Os estudantes mais motivados preferem manter maiores vínculos nas relações

interpessoais, são mais cooperativos e aceitam melhor os desejos do outro, embora quando

ameaçados se defendem. Geralmente, no campo do trabalho, procuram posições de liderança e

prestígio, sendo mais competitivo do que os com baixo desempenho e má qualidade de vida.

Essas posições atingidas pelos estudantes também estão relacionadas com os níveis salariais e a

satisfação financeira. Contudo, mesmo atingido esse degrau, pesquisas mostram que eles não

desenvolvem comportamentos de dependência, pelo contrário, ficam mais motivados para subir

(Rego & cols, 2005).

Pouco se fala sobre o êxito acadêmico ou sobre o bom desempenho. Talvez, por ser o lado

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inverso do fracasso, e em razão de alguns estudantes terem mais privilégios que aqueles que

trabalham. Essa problemática entre desempenho atingido e o esperado tem sido objeto de

discussão nos meios educacionais, gerando enormes controvérsias. Pois, sabe-se que a construção

do conhecimento envolve a emoção e, por esta ser uma ação, ela implica em trocas afetivas.

Assim, o indivíduo que aprende está presente, além de sua aprendizagem adquirida, experiências

na instituição de ensino, o qual constituirá sua personalidade (Pavarini, 2002).

Segundo Pavarini (2002), o sentido e o significado da aprendizagem precisam estar em

evidência durante toda a escolaridade, de forma a promover nos estudantes o compromisso e a

responsabilidade com a própria aprendizagem, explicitar a necessidade de desenvolverem suas

diferentes capacidades, enfatizando que a apropriação do conhecimento é a base para sua

identidade e liberdade. Nessa perspectiva, todos são capazes de aprender e a instituição de ensino

deve proporcionar ambientes de construção dos conhecimentos e dos desenvolvimentos de

potencialidades, com variadas competências.

A mesma autora conclui que, muitas vezes, a dificuldade para aprender não é só

conseqüência da má qualidade de ensino, da falta de qualidade de vida ou do não preparo dos

professores. Observa que quando os estudantes estão em outros contextos, fora da universidade,

eles surpreende pela capacidade de refletir, opinar, perceber, criticar, atuando de maneira

diferente. O que contraria as pesquisas referentes ao assunto quando responsabilizam apenas a

universidade ou o estudante (Pavarini, 2002).

A universidade pode ser considerada uma instituição representativa do tecido social, que

não poderá deixar de contribuir para a criação de movimentos mobilizadores da luta contra as

perspectivas na melhora da qualidade de vida e desempenho acadêmico. Deve lutar dentro de

suas especificidades pela criação de uma sociedade genuinamente humana, em outras palavras,

seja na prestação de serviços a comunidade, seja na produção de conhecimento, seja na formação

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profissional, a instituição tem um papel fundamental a cumprir, investir maciçamente em

educação e pesquisa (Húngaro & Sousa, 2000).

Segundo Ramalho (2000), a educação permite modificar a realidade, alterando o seu

rumo, provocando rupturas necessárias e construindo forças que garantam a sustentação de

espaços onde o novo seja buscado, alcançado e refletido. A função social do educador ou

professor é ser agente de transformação, pois, cabe a ele auxiliar na organização dos desejos e

necessidades dos estudantes com o qual trabalha. Por meio da compreensão e do conhecimento

da realidade da vida, o educador pode perceber o sentido e o significado das ações dos

estudantes, passando a funcionar como um espelho no qual irá se reconhecer com a mesma

imagem, que reflete a confiança, o respeito, o afeto, assim como algo que se acredita ser possível

alcançar.

Nessa direção, além da motivação do estudante, deve-se levar em consideração o papel do

professor ou educador e também da universidade, que resumidamente se destacam em duas

funções: uma de caráter remediativo, que consiste na recuperação dos estudantes por meio da

adoção de estratégias de ensino adequadas e da prática de tarefas que proporcionem a

participação ativa dos mesmos, e outra de caráter preventivo, que implica na implementação e na

manutenção otimizada da motivação para aprender, prevenindo a ocorrência de condições

negativas (Zenorini, 2002).

Zenorini (2002) aborda que a relação entre o professor e o estudante pode motivá-lo

profundamente, fazendo com que ele aprenda mais e melhor. O estudante precisa sentir vontade

de aprender e sentir-se a vontade na sala de aula. Por outro lado, o professor tem que demonstrar

satisfação com o conteúdo e com a aula, pois a sua ação pode formar simpatias ou antipatias em

relação à determinada matéria, e é nesse sentido que a motivação do estudante vai depender da

motivação do professor.

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O ensino na graduação é uma decorrência de diversas atividades, pois o ensino assume

uma forma específica de exercício. Sendo que o professor ensina a partir da sua experiência como

aluno. Contudo, se anteriormente como aluno ele foi preocupado com seu desempenho

acadêmico, considerando a qualidade de vida como fator relativamente necessário para seu

aprendizado, entende-se que passará esses fatores durante sua docência, ou seja, uma docência

preocupada com a ação humana, cultural e histórica que estará presente na trajetória desses

futuros profissionais em busca de sucesso e auto-realização (Cunha, 2006).

Observa-se que o sucesso desejado pelos estudantes universitários em relação ao seu

desempenho acadêmico não pode ser entendido apenas pelas notas obtidas em avaliações, mas

por diversos fatores relacionados à experiência vivida por ele em seu desempenho cognitivo,

raciocínio, habilidade, afetivo, motivação, auto-realização, relações interpessoais, qualidade de

vida entre outros. Sabe-se que o ensino superior provoca mudanças nos estudantes tanto na esfera

pessoal, profissional, social quanto afetiva o que poderá influenciar na qualidade de vida

(Schleich, Polydoro & Santos, 2006).

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OBJETIVO

O presente estudo teve por objetivo comparar se havia diferença na qualidade de vida e

desempenho acadêmico entre universitários do diurno e noturno. Além disso, pretendeu-se

contribuir com o campo de pesquisa sobre o tema proporcionando uma reflexão e um

aprofundamento aos interessados no assunto.

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MÉTODO

Local

Esta pesquisa foi realizada em uma universidade privada de uma cidade do interior de São

Paulo. Tratava-se de uma universidade de grande porte, no ramo da formação profissional; com

campus e com cursos nas áreas de ciências biológicas, ciências exatas, ciências humanas e

sociais. O campus em que a pesquisa foi realizada tinha 14 cursos.

Participantes

Participaram 28 estudantes do curso de graduação em psicologia que cursavam o 7º

semestre. A média de idade foi de 28 anos. Os estudantes foram divididos em dois grupos:

- Grupo 1 (G1): Composto por 11 (39,2%) estudantes do diurno.

- Grupo 2 (G2): Composto por 17 (60,8%) estudantes do noturno.

No G1 a média de idade foi de 31 anos e no G2 de 26 anos. O gênero masculino

representou 17,8% (n=5) da amostra geral e o feminino 82,2% (n=23). No G1 o gênero

masculino representou 27,2% (n=3) da amostra e o feminino 72,8% (n=8). No G2 o gênero

masculino representou 11,7% (n=2) da amostra e o feminino 88,3% (n=15).

Instrumento

Foi utilizada uma escala contendo 30 afirmações abordando assuntos relativos à

Qualidade de Vida e ao Desempenho Acadêmico. As alternativas de respostas estavam dispostas

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em escala likert de 3 pontos: sempre, às vezes e nunca. Os participantes assinalaram com um X

apenas uma alternativa de resposta (ANEXO 1).

Procedimento

A coleta foi realizada em sala de aula, coletivamente com dia e horário previamente

estabelecido pela instituição de ensino e ocorreu para aqueles estudantes que assinaram o termo

de consentimento livre e esclarecido (ANEXO 2). Primeiramente foi esclarecido aos

colaboradores que a pesquisa tratava-se de um trabalho de conclusão de curso, foi ressaltada a

importância da colaboração dos estudantes e a não obrigatoriedade de participação. A aplicação

durou 20 minutos. Cabe esclarecer que este estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa

da Universidade São Francisco parecer nº. 32/07.

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RESULTADOS

Os dados foram organizados em planilha Excel e submetidos à estatística descritiva,

conforme o objetivo deste estudo. A primeira afirmação versou sobre a saída dos estudantes

universitários para se divertir nos finais de semana. Desse modo, observou-se que na amostra

geral 18% (n=5) responderam que sempre saiam nos finais de semana para se divertir, 75%

(n=21) responderam que saem às vezes e 7% (n=2) responderam nunca. No G1 18% (n=2)

responderam sempre, 73% (n=8) responderam às vezes e 9% (n=1) responderam nunca.

Constatou-se que no G2 semelhantemente 18% (n=3) responderam que sempre saiam para se

divertir, 76% (n=13) responderam às vezes e 6% (n=1) responderam nunca.

Com relação à não saída dos estudantes quando tem prova ou trabalho, observou-se que a

maior parte (46%; n=13) respondeu que às vezes não sai, uma outra parte (43%; n=12)

respondeu que sempre quando tem prova ou trabalho não sai para se divertir e uma pequena

parcela (11%; n=3) respondeu nunca. Já no G1 a maior parte (46%; n=5) respondeu que sempre

não sai quando tem prova ou trabalho, uma outra parte (27%; n=3) respondeu que às vezes não

sai e a mesma proporção respondeu nunca. No G2 observou-se que a maior parte (59%, n=10)

respondeu que quando tem prova ou trabalho às vezes não sai, uma outra parte (41%; n=7)

respondeu que sempre e ninguém respondeu nunca.

Quanto a utilização do fim de semana para estudar para prova ou fazer trabalho, constatou-

se que 43% (n=12) responderam que sempre utilizavam o fim de semana para estudar, 57%

(n=16) responderam que às vezes utilizam e ninguém respondeu que nunca precisa utilizar o fim

de semana para estudar ou fazer trabalho. No G1 55% (n=6) responderam que sempre utilizavam

o fim de semana para estudar, 45% (n=5) responderam que utilizava às vezes e também não

houve resposta para a opção nunca. Diferente do G1, a maior parte do G2 (65%; n=11)

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respondeu que às vezes utilizava o fim de semana para estudar, uma outra parte (35%; n=6)

respondeu que sempre utilizava e igualmente não houve resposta para a opção nunca.

No que diz respeito à separação de um tempo para descanso, a Tabela1 apresenta os dados

gerais e grupais relativos aos assuntos: meu fim de semana é reservado para descanso; em

feriados prefiro ficar em casa descansando e/ou estudando; e tiro um dia da semana para

descansar e/ou divertir. Um estudante não respondeu a afirmação 5, representando 4% da amostra

geral e 6% da amostra do G2.

Tabela1. Distribuição dos resultados dos participantes relativos ao tempo para descanso.

A afirmação relativa se o curso de psicologia exige muito de preparação e disposição,

averiguou-se na amostra geral que a maior parte (79%; n=22) respondeu que sempre o curso

exigia preparação e uma pequena parcela (21%; n=6) respondeu que às vezes era exigido

preparação e disposição. A maior parte no G1 (82%; n=9) e G2 (76%; n=13) respondeu que

Afirmações F e %

Sempre F e %

Às vezes F e % Nunca

Meu fim de semana é reservado para descanso.

Geral 2 23 2 7 82 7

G1 0 11 0 Em feriados prefiro ficar em casa descansando e/ou estudando. Tiro um dia da semana para descansar e/ou divertir.

G2 Geral G1 G2 Geral G1 G2

0 2 12 11 39 5 45 6 35 10 36 3 27 7 42

100 12 71 15 54 5

45 10 59 12 43 7

64 5

29

0 2

12 2 7 1 9 1 6 6

21 1 9 5

29

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sempre o curso exigiu preparação e disposição e uma pequena parcela nos dois grupos (18%;

n=2) e (24%; n=4) respondeu que às vezes eram exigidos tais requisitos.

Na afirmação referente ao desempenho acadêmico, se não trabalhasse minhas notas seriam

melhores, observou-se que no geral 50% (n=14) responderam que sempre as notas seriam

melhores se não trabalhassem, 39% (n=11) responderam que às vezes as notas seriam melhores e

11% (n=3) responderam que independentemente de não trabalhar as notas nunca mudariam. O

G1 na mesma proporção constatou-se que 55% (n=6) responderam que sempre as notas

melhorariam caso não trabalhasse, 27% (n=3) responderam que às vezes melhoraria e 18% (n=2)

responderam nunca. No G2 houve um empate 47% (n=8) nas respostas referentes a sempre e às

vezes e 6% (n=1) respondeu que nunca a nota melhoraria se não trabalhasse.

Com relação ao total de horas dormidas pelos estudantes, observou-se na amostra geral que

a maior parte (46%; n=13) respondeu que nunca dorme em torno de 8 horas por dia, uma outra

parte (36%; n=10) respondeu que dorme às vezes 8 horas por dia e uma pequena parcela (18%;

n=5) respondeu que sempre dorme. A Figura 1 mostra a distribuição das freqüências e

porcentagens das respostas dos participantes do G1 e G2.

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Figura 1. Distribuição das respostas dos participantes relativos à freqüência do sono.

A afirmação que investigou se as férias escolares coincidem com as férias do trabalho,

constatou na amostra geral que 25% (n=7) responderam que sempre coincidiu uma com a outra,

36% (n=10) responderam que às vezes as férias escolares coincidiam com as do trabalho e 39%

(n=4) responderam nunca. No G1 36% (n=4) responderam que sempre as férias coincidem, 55%

(n=6) responderam que às vezes e 9% (n=1) responderam nunca. No G2 18% (n=3)

responderam que sempre há coincidência de uma férias com a outra, 23% (n=4) responderam que

às vezes coincidem e a maioria (59%; n=10) respondeu que nunca.

Com relação a fazer trabalho e estudar utilizando o horário de almoço; acredito que

devido à falta de tempo as notas são prejudicadas e quando está em época de prova ou trabalho o

cansaço é maior, a Tabela 2 apresenta os dados sobre as respostas dos participantes da amostra

geral e dos grupos em questão.

35%47%18%64%

18%18% 0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

m

G1

G2

Legenda

Sempre Às Vezes Nunca

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Tabela 2. Distribuição dos resultados dos participantes relativos ao desempenho acadêmico.

A décima primeira afirmação versou sobre se nas férias os estudantes costumavam viajar.

Desse modo, observou-se que a maior parte (75%; n=21) respondeu que às vezes costumava

viajar, uma outra parte (14%; n=4) respondeu que sempre viajava nas férias, uma pequena

parcela (7%; n=2) respondeu que nunca viajava e um participante (4%) não respondeu essa

questão representando 9% no G1, no qual a maior parte (64%; n=7) respondeu que às vezes

costumava viajar e uma outra parte (27%; n=3) respondeu que sempre. No G2 a maior parte

(82%; n=14) também respondeu que viajava às vezes nas férias, uma outra parte (12%; n=2)

respondeu que nunca viajava e uma pequena parcela (6%; n=1) respondeu que sempre viajava.

Quanto a acordar todos os dias disposto, constatou que na amostra geral 11% (n=3)

responderam que sempre acordavam todos os dias dispostos, 68% (n=19) responderam que às

Afirmações F e %

Sempre F e %

Às vezes F e % Nunca

Faço trabalho e estudo para prova no meu horário de almoço.

Geral 4 13 11 14 47 39

G1 0 4 7 Acredito que devido á falta de tempo minhas notas são prejudicadas. Em época de prova ou trabalho sinto muito cansado.

G2 Geral G1 G2 Geral G1 G2

0 4 24 5 18 3 27 2 11 18 64 9 82 9 53

36 9 52 17 61 5 46 12 71 10 36 2 18 8 47

64 4 24 6 21 3 27 3 18 0 0 0 0 0 0

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vezes e 21% (n=6) responderam que nunca. Portanto, a Figura 2 mostra a distribuição das

freqüências e porcentagens das respostas dos participantes do G1 e G2.

Figura 2. Distribuição das respostas dos participantes relativa à disposição diária.

Na afirmação sobre ajudar a família com trabalhos domésticos, investigou que 54%

(n=15) responderam que sempre ajudavam à família com os trabalhos domésticos, 36% (n=10)

responderam que às vezes ajudavam e 10% (n=3) responderam nunca. No G1 64% (n=7)

responderam que sempre ajudavam à família com os trabalhos domésticos 18% (n=2)

responderam que ás vezes e a mesma proporção respondeu nunca. Já no G2 houve um empate,

47% (n=8) responderam que sempre ajudavam e que às vezes ajudavam à família e 6% (n=1)

responderam nunca.

Com relação ao desempenho acadêmico, a afirmação: meus amigos que não trabalham têm

melhor desempenho nas provas e trabalhos, averiguou-se que na amostra geral, a maior parte

(72%; n=20) respondeu que às vezes os amigos que não trabalhavam possuem melhor

desempenho nas provas e trabalhos, uma outra parte (21%; n=6) respondeu que sempre o

desempenho é melhor e uma pequena parcela (7%; n=2) respondeu que nunca. Semelhante a esse

9% 36% 12% 55%

12%76%

0

2

4

6

8

10

12

14

G1 G2

Legenda

Sempre Às Vezes Nunca

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resultado prossegue, a maior parte no G1 (73%; n=8) e no G2 (70%; n=12) respondeu que às

vezes as notas dos amigos que não trabalhavam são melhores, uma outra parte no G1 (18%; n=2)

e G2 (24%; n=4) respondeu que sempre e uma pequena parcela (9%; n=1) e (6%; n=1)

respondeu que nunca.

A afirmação ‘organizo meus dias para realizar todas as tarefas’ levantou que na amostra

geral 29% (n=8) responderam que sempre organizavam seus dias para realizar todas as tarefas,

64% (n=18) responderam que às vezes organizavam e 7% (n=2) responderam que nunca

organizavam os dias. Para o G1, 36% (n=4) responderam que sempre, 55% (n=6) responderam

que organizavam os dias às vezes e 9% (n=1) responderam nunca. No G2 24% (n=4)

responderam que sempre organizavam os dias para realizar todas as tarefas, 70% (n=12)

responderam que às vezes e 6% (n=1) responderam que nunca organizava.

No que tange à falta de disposição, freqüência e dispensa do trabalho, a Tabela 3 apresenta

os dados sobre as respostas dos participantes. Desse modo, as afirmações: ‘já pensei em desistir

da faculdade por falta de disposição’; ‘frequentemente falto às aulas para estudar’ e peço

dispensa do trabalho quando preciso realizar alguma tarefa da faculdade; os resultados foram

descritos na Tabela 3.

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Tabela 3. Distribuição dos resultados dos participantes relativos à realização das tarefas.

A décima sexta afirmação versou sobre se os estudantes se alimentam bem todos os dias,

desse modo observou-se que a maior parte (64%; n=18) respondeu que às vezes se alimentava

bem, uma outra parte (21%; n=6) respondeu que nunca se alimentava bem, uma pequena parcela

(11%; n=3) respondeu que sempre se alimentava bem e um participante deixou em branco

representando 4% da amostra geral e 6% na amostra do G2. No G1 a maior parte (82%; n=9)

respondeu que às vezes e uma pequena parcela (18%; n=2) respondeu nunca. No G2 a maior

parte (52%; n=9) respondeu também que às vezes, uma outra parte (24%; n=4) respondeu que

nunca se alimentava bem e uma pequena parcela (18%; n=3) respondeu que sempre se

alimentava bem.

Minha família compreende meu cansaço foi uma afirmativa realizada. Assim, na amostra

geral 43% (n=12) responderam que a família sempre compreendia o cansaço, 50% (n=14)

Afirmações F e %

Sempre F e %

Às vezes F e % Nunca

Já pensei em desistir da faculdade por falta de disposição.

Geral G1

1 4 1 8

10 36 5 46

17 60 5

46 Frequentemente falto às aulas para estudar. Peço dispensa do trabalho quando preciso realizar alguma tarefa da faculdade.

G2 Geral G1 G2 Geral G1 G2

0 0 0 0 0 0 0 0 5

18 1 8 4

24

5 29 15 54 5 45 10 59 9 32 5 46 4 24

12 71 13 46 6

55 7

41 14 50 5

46 9

52

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responderam que às vezes e 7% (n=2) responderam que a família nunca compreendeu. Desse

modo, a Figura 3 mostra a distribuição das freqüências e porcentagens dos participantes do G1 e

G2.

Figura 3. Distribuição das respostas dos participantes do G1 e G2 relativos ao suporte familiar.

Constatou-se que na afirmação sobre desenvolver outra atividade fora do contexto

profissional ou acadêmico, a maior parte da amostra geral (47%; n=13) respondeu que às vezes

conseguia desenvolver outra atividade fora do contexto profissional e acadêmico, uma outra parte

(32%; n=9) respondeu que sempre desenvolvia e uma pequena parcela (21%; n=6) respondeu

que nunca. No G1 houve um empate 37% (n=4) responderam que sempre conseguia e a mesma

porcentagem obteve às vezes e uma pequena parcela (26%; n=3) respondeu que nunca. No G2 a

maior parte (53%; n=9) respondeu às vezes, uma outra parte (29%; n=5) respondeu que sempre e

uma pequena parcela (18%; n=3) respondeu que nunca conseguiu desenvolver outra atividade

fora do contexto profissional ou acadêmico.

Quanto a realizar todas as tarefas propostas no tempo combinado, observou-se no grupo

geral que 39% (n=11) responderam que sempre conseguiam realizar as tarefas no tempo

combinado e 61% (n=17) responderam que às vezes conseguia. Igualmente no geral o G1 e G2

36%64% 29% 59%12%

0

2

4

6

8

10

12

G2 G1

Legenda Sempre Às Vezes Nunca

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também tiveram somente duas opções escolhidas. Respectivamente 45% (n=5) e 35% (n=6)

responderam que sempre conseguiam realizar as tarefas no tempo combinado e 55% (n=6) e 65%

(n=11) responderam às vezes.

As afirmações: já participei de exames e/ou provas substitutivas; entrego meus trabalhos

depois da data combinada e no fim do semestre fico preocupado se atingirei a média, desse modo

a Tabela 4 apresenta os dados sobre as respostas dos participantes. Um participante do G2 deixou

a questão em branco, o que representou 6% e na amostra geral 3%.

Tabela 4. Distribuição dos resultados dos participantes referentes ao desempenho acadêmico.

A vigésima terceira afirmação versou sobre acreditar que as coisas melhorarão quando

acabar a faculdade, portanto no geral 64% (n=18) responderam que sempre acreditavam que as

coisas iriam melhorar e 36% (n=10) responderam que às vezes poderiam melhorar. No G1 82%

Afirmações F e %

Sempre F e % Às vezes

F e % Nunca

Já participei de exames e/ou provas substitutivas. Entrego meus trabalhos depois da data combinada. No fim de semestre fico preocupado se atingirei a média.

Geral G1 G2 Geral G1 G2 Geral G1 G2

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 10 36 4 36 6 35

14 50 4

36 10 59 8

29 3

27 5

29 14 50 5

46 9

53

14 50 7 64 7 41 20 71 8 73 12 71 3 11 2 18 1 6

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(n=9) responderam sempre e apenas 18% (n=2) responderam às vezes. No G2 não houve uma

diferença significativa como no G1, 53% (n=9) responderam que sempre e 47% (n=8)

responderam que às vezes poderiam melhorar.

No que diz respeito ao relacionamento social, a afirmação ‘tenho um bom relacionamento

com as pessoas á minha volta’, constatou no grupo geral que 86% (n=24) responderam que

sempre tiveram um bom relacionamento social e apenas 14% (n=4) responderam que às vezes

tinham um bom relacionamento. Desse modo, a Figura 4 mostra a distribuição das freqüências e

porcentagens das respostas dos participantes.

Figura 4. Distribuição das respostas dos participantes referentes ao apoio social.

91%9%

82% 18%

0

2

4

6

8

10

12

14

16

G1 G2

Legenda

Sempre Às Vezes

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DISCUSSÃO E CONCLUSÃO

Na primeira afirmação foi abordado o assunto relativo à saída dos estudantes

universitários aos finais de semana. Os dois grupos, G1 composto por alunos do diurno e G2

composto por alunos do noturno responderam semelhantemente que a maioria sai às vezes nos

finais de semana para se divertir. O que hipotetiza que independente do horário em que estudam

ou da carga horária de trabalho, eles conseguem se desligar e ir em busca de um momento de

lazer. Como afirma Pekelman (1996), quando o lazer é empregado como uma oportunidade pode

motivar a mudança na qualidade de vida fazendo com que os estudantes conquistem um tempo

único para si.

No que tange a não saída dos estudantes quando tem prova ou trabalho, observou-se que

no G1 a maior parte respondeu que sempre não sai quando tem prova e no G2 a maioria

respondeu que às vezes não saia. Supõe-se que essa decisão de sair ou não quando tem prova

possa afetar no desempenho acadêmico desses estudantes, no caso seria o grupo do diurno mais

preocupado em estudar aproveitando então o final de semana. Porém, na literatura encontra-se ao

contrário, pois geralmente são os estudantes do noturno que reservam seus finais de semana para

estudar por não possuir outro dia para tal finalidade já que trabalham durante o dia e a noite vão

para a universidade (Largura, 2000).

Com relação à utilização do fim de semana para estudar para prova ou fazer trabalho, a

maioria no G1 sempre utiliza o fim de semana para estudar e no G2 os estudantes utilizam às

vezes. Para Oliveira (1999), o fato dos estudantes universitários terem uma vida dupla entre o

trabalho e os estudos podem ocasionar como um fator de queda no rendimento acadêmico,

comprometendo assim na qualidade de vida, pois muitos abrem mão do final de semana para

concluir suas obrigações acadêmicas.

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No que diz respeito à administração do tempo para descanso, ou seja, como os estudantes

universitários organizam esse tempo, foi abordado em três afirmações esse assunto. Desse modo,

tanto o G1 dos estudantes do diurno quanto o G2 dos estudantes do noturno responderam que às

vezes conseguem reservar o final de semana para descanso ou ficar em casa aos feriados para

descansar. Porém, somente a maioria do G2 respondeu que sempre tira um dia da semana para

descansar. Como já citou Oliveira (1999) que a falta de descanso pode provocar nos estudantes

queda em sua capacidade de aprendizagem além de influenciar na qualidade de vida dos mesmos

pelo único fato de não separar um tempo para descanso ou lazer. Portanto, pode-se afirmar que os

estudantes do noturno apesar de ter uma vida dupla de trabalho e faculdade conseguem reservar

pelo menos um dia para tal finalidade.

Quanto à preparação e disposição que o curso de psicologia exige, os dois grupos

apresentaram um consenso de que realmente esse curso sempre exigiu muita preparação e

disposição dos estudantes. Nota-se que essa afirmação pode estar relacionada à aprendizagem dos

mesmos durante toda a sua escolaridade já que o conhecimento é fundamental para o estudante

desenvolver juntamente com a universidade diferentes capacidades (Pavarini, 2002).

Uma das afirmações referentes ao desempenho acadêmico, se não trabalhasse minhas

notas seriam melhores, averiguou que a maior parte do G1 respondeu que sempre as notas

melhorariam caso não trabalhassem. E no G2 houve um empate entre as opções sempre e às

vezes. O que sugere que apesar dos alunos do diurno trabalhar menos ou não trabalharem,

apresentam uma maior preocupação em obter melhores notas do que os alunos do noturno que

demonstram divididos em relação a isso. Os autores Schleich e cols. (2006) afirmam que o

sucesso desejado pelos estudantes universitários em seu desempenho acadêmico não pode ser

compreendido apenas pelas notas obtidas nas avaliações, mas deve-se levar em consideração os

diversos fatores que estão relacionados à sua qualidade de vida.

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Com relação ao total de horas dormidas pelos estudantes, observou-se com a correria e

diversos compromissos que eles assumem, seu sono sofre influência por esses fatores, já que o

ideal sugere que as pessoas durmam em torno de oito horas diárias. Porém, mais uma vez os

grupos apresentaram resultados diferentes do que apontam pesquisas na área. Sendo a maioria no

G1 dos estudantes do diurno optado pela alternativa que nunca dormem oito horas por dia e o G2

dos estudantes do noturno responderam que às vezes chegam a dormir o ideal de horas. Talvez

isso possa estar relacionado com a chegada da maturidade, no qual os estudantes acabam

assumindo muitas responsabilidades sociais, profissionais e familiares, o que afeta na rotina

diária (Pekelman, 1996).

No que tange sobre a coincidência das férias escolares com as do trabalho, verificou que

no G1 os estudantes responderam que ás vezes ambas as férias coincidem e no G2 eles

responderam que nunca as férias chegam a coincidir. Hipotetiza-se que de alguma forma os

estudantes do noturno sempre se mantém ocupados, ou pelo trabalho ou pela faculdade. Para

Largura (2000) e Marcelino e cols. (2005), os estudantes acabam deixando o lazer somente para a

época de férias, pois muitos utilizam o fim de semana para estudar ou descansar. E quando

chegam as férias às atividades obrigatórias deixam de estar presentes, fazendo com que eles

aproveitem esse tempo para se divertirem. Por isso durante as férias observa-se uma melhora

significativa na qualidade de vida desses estudantes. O que faz pensar que sem essas obrigações

diárias eles desenvolvam cada minuto do tempo livre com qualidade.

As afirmações referentes aos fatores que influenciam no desempenho acadêmico, como

por exemplo, utilizar o horário de almoço para fazer trabalho e estudar para a prova, prejudicação

nas notas devido à falta de tempo e cansaço em época de prova ou trabalho, levantou diferenças e

semelhanças nos dois grupos. Com relação a utilizar o horário do almoço para fazer alguma

tarefa da faculdade, a maioria dos estudantes do diurno G1 respondeu que nunca utilizam esse

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tempo, ao contrário no grupo do noturno G2 que a maior parte utiliza o horário de almoço para

realizar alguma atividade acadêmica. Quanto a acreditar que as notas são prejudicadas pela falta

de tempo, os dois grupos responderam que às vezes acreditam que se tivessem mais tempo suas

notas seriam melhores. E em relação ao cansaço os dois grupos também responderam que sempre

se sentem cansados em épocas de prova ou trabalho. Segundo Zenorini (2002), além da

motivação e uma boa qualidade de vida, os estudantes necessitam aprender a utilizar estratégias

de aprendizagem para ir em busca de novas alternativas que conciliem o trabalho e universidade.

Verificou-se em uma das afirmativas se nas férias os estudantes costumavam viajar, uma

semelhança nas respostas dos dois grupos. Ambos viajam nas férias às vezes. Porém, apenas no

G2 apareceu à alternativa nunca como uma das opções, o que confirma que os estudantes do

noturno não conseguem conciliar as férias do trabalho com a da universidade conforme citado

acima. Contudo, independente das férias coincidirem uma com a outra, percebe-se que os

estudantes universitários necessitam de um tempo livre para colocar em prática sua liberdade

dentro do aspecto social, pois este desenvolve tamanha influencia na qualidade de vida fazendo

com que consigam estabelecer estratégias que visam a melhoria do desempenho acadêmico

(Bramante, 2000).

Quanto a acordar todos os dias disposto, tanto o G1 quanto o G2 respondeu que às vezes

acordam dispostos. Deve-se levar em consideração outros fatores, como por exemplo, total de

horas dormidas, saúde física e emocional, época de prova entre outros. Seidl e Zannon (2004)

consideram essenciais para a melhoria da qualidade de vida os fatores que buscam a promoção da

saúde e a prevenção de doenças. Drachler e cols. (2003) partem do pressuposto de que a

qualidade de vida está relacionada com o bem estar físico, social e emocional e os estudantes

sofrem pressões e exigências da sociedade de modo geral, de que tem que dar conta de tudo e de

todos.

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Com relação o estudante ajudar a família com trabalhos domésticos, observou-se que no

G1 os estudantes do diurno sempre ajudam a família com os trabalhos domésticos. Já no G2 os

estudantes do noturno empataram entre as respostas sempre e às vezes. Ressalta que a média de

idade dos estudantes do G1 foi de 31 anos, o que subtende provavelmente que muitas já são

casadas, constituíram famílias e no G2 a média de idade é de 26 anos, sendo a maioria solteira e

sem filhos. Pichón Riviere (1988) dividiu a vida cotidiana em três partes onde se processam e

desenvolvem as relações: trabalho, família e tempo livre. Cada uma delas possui suas

necessidades, particularidades e desenvolvimento. No geral, essa divisão faz com que o estudante

se auto avalie podendo relacionar esses aspectos com o seu desempenho acadêmico e qualidade

de vida.

No que diz respeito à afirmação: ‘meus amigos que não trabalham têm melhor

desempenho nas provas e trabalhos’, averiguou-se que a maioria dos dois grupos respondeu

semelhantemente que às vezes as notas dos amigos que não trabalham são melhores. A questão

das notas em avaliações pode não estar relacionada se um aluno é melhor do que o outro, mas

poderá ter uma relação com a motivação somada com a qualidade de vida. Pois, quando o bom

desempenho se relaciona com esses fatores, o estudante além de apresentar interesse em fazer

tudo da melhor forma, encontra soluções para resolver todos os seus problemas, inclusive o da

falta de tempo (Rego & cols, 2005).

As afirmações: ‘organizo meus dias para realizar todas as tarefas’ e ‘realizo todas as

tarefas propostas no tempo combinado’, os dois grupos apresentaram as mesmas respostas

respectivamente, que às vezes organizam os dias e conseguem realizar todas as tarefas propostas

no tempo combinado. Isso pode ser compreendido conforme Marques (1994) considerou de auto-

realização. O qual para ele a pessoa auto-realizada toma iniciativas e cria condições necessárias

ao seu próprio crescimento, facilitando situações que proporcionem aprendizagens.

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De acordo com as afirmações ‘já pensei em desistir da faculdade por falta de disposição’;

‘frequentemente falto às aulas para estudar’ e ‘peço dispensa do trabalho quando preciso realizar

alguma tarefa da faculdade’; os estudantes do diurno G1 empataram entre as opções às vezes e

nunca pensaram em desistir, o G2 dos alunos do noturno responderam que nunca pensaram. Em

relação à freqüência de falta para estudar, o G1 nunca falta e no G2 a maioria respondeu que às

vezes falta para estudar. Quanto à dispensa no trabalho, novamente houve um empate entre as

opções às vezes e nunca no G1 e no G2 a maior parte respondeu que nunca pede dispensa do

trabalho para realizar alguma tarefa da faculdade. Pavarini (2002) descreve que o ser humano

sofre influência externa de natureza física e social e essa influência faz com que ele se

desenvolva. Contudo, se o estudante universitário não conseguir administrar esses agentes

influenciadores que estão presentes em sua qualidade de vida também não conseguirá atingir o

bom desempenho acadêmico.

Quanto a se alimentar bem todos os dias, os dois grupos responderam igualmente que às

vezes se alimentam bem. As questões de se alimentar assim como a relacionada ao sono fazem

parte das necessidades básicas de todo ser humano. No entanto, percebe-se que os estudantes

parecem deixar essas necessidades básicas em segundo plano, optando por tentar cumprir outras

necessidades. Como citam Souza e Carvalho (2003), que a qualidade de vida é entendida a partir

de cinco dimensões englobando saúde física, psicológica, nível de independência, relações

sociais além de envolver a sensação de bem estar referente a fatores objetivos e subjetivos.

Na afirmação minha família compreende meu cansaço, observou-se que no G1 a maioria

respondeu que sempre a família compreende e no G2 a maior parte dos estudantes respondeu que

a família às vezes compreende seu cansaço. A relação familiar assim como fatores de natureza

biológica, psicológica e sócio-cultural, como saúde física, mental, longevidade, satisfação no

trabalho, disposição, produtividade, dignidade e espiritualidade estão associados a uma boa

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qualidade de vida, por isso subtende-se que a compreensão da família em relação ao cansaço

pode contribuir para atingir com êxito todos esses fatores (Simurro & cols, 2000).

Constatou-se que sobre desenvolver outra atividade fora do contexto profissional ou

acadêmico houve um empate no G1 composto por estudantes do diurno entre as alternativas

sempre e às vezes. Já no G2 os estudantes do noturno responderam na maioria que às vezes

conseguem desenvolver outra atividade fora do contexto profissional ou acadêmico. Para

Pekelman (1996), ao escolher as atividades, os estudantes deve-se levar em consideração se tais

atividades trarão um bem estar pessoal, porque assim com prazer eles conseguirão cumprir todas

as suas atividades extras.

As afirmações relativas ao fracasso no desempenho acadêmico: ‘já participei de exames

e/ou provas substitutivas’; ‘entrego meus trabalhos depois da data combinada’ e ‘no fim de

semestre fico preocupado se atingirei a média’. Desse modo, respectivamente houve uma

diferença significativa entre o G1 que a maioria respondeu que nunca participaram de provas

substitutivas, e o G2 a maior parte respondeu que às vezes participa. Quanto a entregar o trabalho

fora da data combinada os dois grupos responderam que nunca entregam o trabalho depois da

data combinada. E também os dois grupos responderam que às vezes no final de semestre ficam

preocupados se atingirão a média. Pouco se fala sobre o êxito ou bom desempenho acadêmico,

talvez seja pela razão de que alguns estudantes tenham mais privilégios do que aqueles que não

trabalham (Pavarini, 2002).

Com relação a acreditar que as coisas melhorarão quando acabar a faculdade, tanto o G1

como o G2 responderam que às vezes as coisas poderiam melhorar, sendo a diferença dessa

resposta mais evidenciada no G1. Independente das respostas dos estudantes, a universidade pode

ser considerada como uma instituição representativa da área social, que não poderá deixar de

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contribuir para a criação de movimentos mobilizadores que mude as perspectivas na melhora da

qualidade de vida e desempenho acadêmico dos mesmos (Húngaro & Sousa, 2000).

Portanto, ‘tenho um bom relacionamento com as pessoas à minha volta’, foi uma das

afirmações presentes na escala. Os dois grupos com uma diferença muito grande das outras

alternativas responderam que sempre possuem um bom relacionamento social. Bramante (2000)

coloca que a influência da área social no ambiente acadêmico proporciona aos estudantes

modificações de suas necessidades internas e externas, no qual essas são utilizadas para ir em

busca na melhoria do desempenho acadêmico e no desenvolvimento da qualidade de vida.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

De modo geral, os resultados evidenciaram semelhanças com relação à qualidade de vida

e o desempenho acadêmico dos estudantes do diurno e noturno. Grupos G1 e G2

respectivamente. Pode-se dizer, então, que apesar das pesquisas levantarem que os alunos do

noturno são os mais prejudicados em sua qualidade de vida e no desenvolvimento acadêmico

devido à dupla jornada que levam entre o trabalho e faculdade, estão conseguindo ou tentando

inverter esse quadro.

Esta pesquisa levantou algo que chama muito à atenção, a média de idade entre os

estudantes do diurno e noturno é significativa para avaliar os resultados. Respectivamente a

média de idade foi de 31 anos para 26 anos. Isso indica que deve-se levar em consideração os

resultados atingidos e esperados pelos dois grupos.

Com relação ao grupo dos estudantes do diurno G1, além da maioria ser mais velha, os

dados levantaram que eles também são casados e possuem em média 2 a 3 filhos. No G2 a maior

parte dos estudantes do noturno são solteiros e não possuem filhos.

Hipotetiza-se que os estudantes do diurno apresentam uma maior preocupação em atingir

um bom desempenho acadêmico, com melhores notas, não participando de provas substitutivas,

não faltando às aulas para estudar ou fazer trabalho e aproveitando o final de semana para

estudar. Conclui-se que esses estudantes relacionam a qualidade de vida com o desempenho

acadêmico, pois conseguem concretizar todas as tarefas.

No que tange ao apoio familiar, percebe-se que é um fator extremamente importante nesse

grupo. Sendo evidente a compreensão da família sobre o cansaço, indisposição e falta de tempo

para com o estudante. Por ser uma turma mais madura, observou-se uma maior motivação por

parte deles em concluir de maneira tranqüila o curso de graduação, aproveitando cada

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oportunidade que surge. Talvez seja pelo fato de que muitos já concluíram outros cursos ou

optaram primeiramente por casar, ter filhos, se estabelecer financeiramente para depois

novamente se dedicarem aos estudos.

Sugere-se que por isso valorizam esse tempo de estudo conseguindo conciliar com casa,

família e emprego, pois estão em busca de sua auto-realização. Com relação a um tempo de lazer,

fator essencial para uma boa qualidade de vida, os estudantes do diurno reservam para a época de

férias, planejando viagens, pois conseguem tira-la juntamente com a do trabalho.

Quanto ao G2, os dados apontaram que atualmente eles demonstram mais preocupação

com a qualidade de vida do que com o bom desempenho acadêmico. Por isso a maioria sai nos

finais de semana para se divertirem e deixarem de pensar somente em trabalho ou faculdade. No

entanto, reserva um dia da semana para descansar, diferente do G1 que prefere adiantar tarefas

em seus momentos livres. Devido a essas escolhas, os estudantes do noturno acabam utilizando o

horário do almoço, faltas acadêmicas para concluir trabalhos ou estudar para provas, o que talvez

responda por que muitos precisam fazer provas substitutivas.

Referente a ajudar as famílias em trabalhos domésticos, os estudantes do G2 não

conseguem, ou pela falta de tempo ou má administração do mesmo. Observou-se que esse

comportamento faz com que o apoio familiar não exista com freqüência pelo simples fato deles

não compreenderem o cansaço dos estudantes.

Por outro lado, sabe-se que quando os estudantes estão motivados, buscam além da sua

auto-realização, mais valorização e crescimento profissional, conseguindo então organizar e

conciliar trabalho com faculdade. Sendo essa motivação que influencia no desenvolvimento de

estratégias para superar o cansaço, falta de tempo, inúmeros compromissos e obrigações.

Verifica-se, de modo geral, em toda universidade independente do curso, se o aluno

trabalha ou não, que quando ele quer se destacar e trilhar um caminho brilhante já na vida

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acadêmica, ele consegue, pois depende muito mais dele do que de todos esses fatores. Claro que

esses fatores influenciam bastante, mas mesmo assim o estudante determinado consegue passar

por cima desses obstáculos e conviver naturalmente com eles.

Algo evidenciado em comum nos dois grupos foi à questão de ambos acreditarem que o

curso de Psicologia exige muita preparação e disposição. Como é um curso ligado a área de

humanas, da saúde é fato que espera-se do estudante universitário disposição física, mental,

social, familiar para concretizar a escolha dessa profissão, além de tornar não só mais um

profissional e sim antes do profissional tornar-se um ser humano preocupado e integrado com o

bio-psicosocial e espiritual.

Portanto, pode-se concluir que os dois grupos sabem da importância da relação entre a

qualidade de vida e desempenho acadêmico. No entanto o G1 apresenta maior preocupação em

atingir um bom desempenho acadêmico e o G2 uma maior preocupação com a qualidade de vida.

Como os dois conceitos estão interligados, os dois grupos só poderão obter êxito quando se

conscientizar dessa interligação. Realizar programas que visam melhorar a saúde mental dos

universitários seria o ideal.

Sendo uma pesquisa acadêmica sabe-se da limitação do estudo, o qual os estudantes que

colaboram muitas vezes não se encontram dispostos para tal finalidade. Pois muitos apresentam

resistência em participar, ou pelo fato de não gostar do assunto ou simplesmente por utilizar seu

precioso tempo, mesmo sabendo que também passarão pela mesma situação. Sugere-se então que

novos estudos sejam realizados.

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CRONOGRAMA TOTAL DE EXECUÇÃO DA PESQUISA

Etapa I - 8º semestre

ATIVIDADES 2006 AGO SET OUT NOV DEZ

01-15 16-30 01-15 16-31 01-15 16-30 01-15 16-31 01-15 16-30 01

Levantamento Bibliográfico

02 Definição do problema e objetivos

03 Elaboração Método

06 Elaboração termo consentimento

07

Elaboração plano análise de dados

08 Fechamento projeto

09 Envio ao comitê de ética

Etapa II - 9º semestre

ATIVIDADES 2007 JAN/FEV MAR ABR MAI JUN/JUL

01-15 16-30 01-15 16-31 01-15 16-30 01-15 16-31 01-15 16-30 01

continua

Levantamento Bibliográfico

10 Retorno provável da avaliação do comitê

11 Contato com o local onde a pesquisa será realizada

12 Coleta dados

13 Tratamento dos dados

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Etapa III - 10º semestre

ATIVIDADES 2007 AGO SET OUT NOV DEZ

01-15 16-30 01-15 16-31 01-15 16-30 01-15 16-31 01-15 16-30 14 Elaboração da

discussão e conclusão

15 Elaboração das considerações finais

16 Feedback ao local de coleta

17 Formação da versão final do projeto

18

Apresentação banca

19 Fechamento

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ANEXOS

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ANEXO 1

Escala de Qualidade de Vida

E Q V Nome: ____________________________________ Idade: _________ Estado Civil: _______________________________Nº.de filhos: ____ Semestre: ______________________Período: () Diurno () Noturno Trabalho: () Sim () Não Renda Familiar: ________ Neste questionário são apresentadas 30 afirmações sobre a sua compreensão a respeito da qualidade de vida. É necessário, por gentileza, que você responda a todas as questões assinalando com um X a alternativa que melhor se aplica a você e, se por um acaso, nenhuma das opções estiverem de acordo com a sua resposta, por favor, escolha aquela que mais se aproxime do que você percebe.

Nº AFIRMAÇÕES SEMPRE ÁS

VEZES NUNCA

01 Nos fins de semana saio para me divertir. 02 Quando tem prova ou trabalho não saio. 03 Para estudar para prova ou fazer trabalho utilizo

o fim de semana.

04 Durmo em torno de 8 horas por dia. 05 Meu fim de semana é reservado para descanso. 06 Faço trabalho e estudo para prova no meu

horário de almoço.

07 Acordo todos os dias disposto. 08 Ajudo minha família com trabalhos domésticos. 09 Acredito que devido à falta de tempo minhas

notas são prejudicadas.

10 As férias escolares coincidem com as férias do trabalho.

11 Nas férias costumo viajar. 12 O curso exige muita preparação e disposição. 13 Se não trabalhasse minhas notas seriam

melhores.

14 Em época de prova ou trabalho sinto muito cansado.

15 Minha família compreende meu cansaço. 16 Todos os dias me alimento bem. 17 Meus amigos que não trabalham têm melhor

desempenho nas provas e trabalhos.

18 Organizo os meus dias para realizar todas as tarefas.

19 Desenvolvo outra atividade fora do contexto profissional ou acadêmico.

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SEMPRE ÁS

VEZES NUNCA

20 Realizo todas as tarefas propostas no tempo combinado.

21 Tenho um bom relacionamento com as pessoas á minha volta.

22 Já pensei em desistir da faculdade por falta de disposição.

23 Acredito que as coisas vão melhorar quando acabar a faculdade.

24 Frequentemente falto às aulas para estudar. 25 Já participei de exames e/ou provas

substitutivas.

26 Em feriados prefiro ficar em casa descansando e/ou estudando.

27 Tiro um dia da semana para descansar e/ou divertir.

28 Entrego meus trabalhos depois da data combinada.

29 No fim do semestre fico preocupado se atingirei a média.

30 Peço dispensa do trabalho quando preciso realizar alguma tarefa da faculdade.

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ANEXO 2

TERMO DE CONSENTIMENTO ESCLARECIDO (1ª via)

QUALIDADE DE VIDA E DESEMPENHO ACADÊMICO

Eu,........................................................................................... RG......................... Idade............... Endereço:................................................................................................................, abaixo assinado, dou meu consentimento livre e esclarecido para participar como voluntário do projeto de pesquisa supra-citado, sob a responsabilidade do(s) pesquisador(es) Katya Luciane de Oliveira e de Kátia Ribeiro Biolchi do curso de Psicologia-Itatiba, da Universidade São Francisco.

Assinando este Termo de Consentimento estou ciente de que:

1 - O objetivo da pesquisa é verificar se há diferença na qualidade de vida e desempenho acadêmico entre universitários do diurno e noturno;

2- Durante o estudo será utilizada uma escala contendo 30 afirmações abordando assuntos relativos à Qualidade de Vida e Desempenho Acadêmico. As alternativas de respostas estão dispostas em escala likert de 3 pontos: sempre, às vezes e nunca. Os participantes irão assinalar com um X apenas uma alternativa de resposta. A coleta será realizada em sala de aula, coletivamente e ocorrerá para aqueles estudantes que tiverem assinado o termo de consentimento livre e esclarecido. Primeiramente será esclarecido aos colaboradores que a pesquisa trata-se de um trabalho de conclusão de curso, será ressaltada a importância da colaboração dos estudantes e a não obrigatoriedade de participação. Estima-se 20 minutos de aplicação.

3 - Obtive todas as informações necessárias para poder decidir conscientemente sobre a minha participação na referida pesquisa;

4 - Estou livre para interromper a qualquer momento minha participação na pesquisa;

5 – Meus dados pessoais serão mantidos em sigilo e os resultados gerais obtidos na pesquisa serão utilizados apenas para alcançar os objetivos do trabalho, expostos acima, incluída sua publicação na literatura científica especializada;

6 - Poderei contatar o Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade São Francisco para apresentar recursos ou reclamações em relação à pesquisa pelo telefone: (11) 4534-8040;

7 - Poderei entrar em contato com o responsável pelo estudo, Katya Luciane de Oliveira, sempre que julgar necessário pelo telefone (11) 4534 8019;

8- Este Termo de Consentimento é feito em duas vias, sendo que uma permanecerá em meu poder e outra com o pesquisador responsável.

Assinatura:_____________________ Itatiba, março de 2007

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ANEXO 2

TERMO DE CONSENTIMENTO ESCLARECIDO (2ª via)

QUALIDADE DE VIDA E DESEMPENHO ACADÊMICO

Eu,........................................................................................... RG......................... Idade............... Endereço:................................................................................................................, abaixo assinado, dou meu consentimento livre e esclarecido para participar como voluntário do projeto de pesquisa supra-citado, sob a responsabilidade do(s) pesquisador(es) Katya Luciane de Oliveira e de Kátia Ribeiro Biolchi do curso de Psicologia-Itatiba, da Universidade São Francisco.

Assinando este Termo de Consentimento estou ciente de que:

1 - O objetivo da pesquisa é verificar se há diferença na qualidade de vida e desempenho acadêmico entre universitários do diurno e noturno;

2- Durante o estudo será utilizada uma escala contendo 30 afirmações abordando assuntos relativos à Qualidade de Vida e Desempenho Acadêmico. As alternativas de respostas estão dispostas em escala likert de 3 pontos: sempre, às vezes e nunca. Os participantes irão assinalar com um X apenas uma alternativa de resposta. A coleta será realizada em sala de aula, coletivamente e ocorrerá para aqueles estudantes que tiverem assinado o termo de consentimento livre e esclarecido. Primeiramente será esclarecido aos colaboradores que a pesquisa trata-se de um trabalho de conclusão de curso, será ressaltada a importância da colaboração dos estudantes e a não obrigatoriedade de participação. Estima-se 20 minutos de aplicação.

3 - Obtive todas as informações necessárias para poder decidir conscientemente sobre a minha participação na referida pesquisa;

4 - Estou livre para interromper a qualquer momento minha participação na pesquisa;

5 – Meus dados pessoais serão mantidos em sigilo e os resultados gerais obtidos na pesquisa serão utilizados apenas para alcançar os objetivos do trabalho, expostos acima, incluída sua publicação na literatura científica especializada;

6 - Poderei contatar o Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade São Francisco para apresentar recursos ou reclamações em relação à pesquisa pelo telefone: (11) 4534-8040;

7 - Poderei entrar em contato com o responsável pelo estudo, Katya Luciane de Oliveira, sempre que julgar necessário pelo telefone (11) 4534 8019;

8- Este Termo de Consentimento é feito em duas vias, sendo que uma permanecerá em meu poder e outra com o pesquisador responsável.

Assinatura:_____________________ Itatiba, março de 2007