52
UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO Curso de Enfermagem PRISCILA PAULA DE FREITAS COSTA TAMARA IZEPE DA SILVA LIMA ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA INSERÇÃO, MANUTENÇÃO E REMOÇÃO DO CATETER CENTRAL DE INSERÇÃO PERIFÉRICA EM NEONATOS Bragança Paulista 2015

ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA INSERÇÃO, MANUTENÇÃO …lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2685.pdf · Tabela 3- Distribuição dos ... (EUA), começou a ser utilizado,

  • Upload
    lyhanh

  • View
    216

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO

Curso de Enfermagem

PRISCILA PAULA DE FREITAS COSTA

TAMARA IZEPE DA SILVA LIMA

ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA INSERÇÃO,

MANUTENÇÃO E REMOÇÃO DO CATETER CENTRAL DE

INSERÇÃO PERIFÉRICA EM NEONATOS

Bragança Paulista

2015

PRISCILA PAULA DE FREITAS COSTA - RA: 001201100284

TAMARA IZEPE DA SILVA LIMA - RA: 001201101841

ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA INSERÇÃO,

MANUTENÇÃO E REMOÇÃO DO CATETER CENTRAL DE

INSERÇÃO PERIFÉRICA EM NEONATOS

Monografia apresentado ao Curso de

Enfermagem, da Universidade São Francisco,

como requisito parcial para obtenção do título

de Bacharel em Enfermagem.

Orientadora: Profa. Dra. Beatriz Helena de

Mattos Araujo Verri.

Bragança Paulista

2015

DEDICATÓRIAS

Dedico este trabalho primeiramente a Deus por ser essencial em minha vida, autor do meu

destino, meu guia, socorro, presente na hora da angustia, aos meus pais, esposo e a toda

minha família por sua capacidade de acreditar em mim. Mae seu cuidado e dedicação foi

que deram em alguns momentos a esperança para seguir; ao meu esposo Eduardo, pessoa

com quem partilho a vida, com quem me sento viva de verdade. Obrigado pelo carinho,

paciência e pela capacidade de me trazer paz na correria de cada semestre.

Priscila Paula de Freitas Costa

Dedico este trabalho primeiramente A Deus e a Nossa Senhora de Aparecida por tem me

iluminado e me trazido paz para enfrentar todas as dificuldades; aos meus pais Antonio e

Vera e meu irmão Lucas que me apoiaram em todos os momentos difíceis , sei que eles

não mediram esforços pra que este sonho se realizasse, sem a compreensão, ajuda e

confiança deles nada disso seria possível ; ao meu marido Diogo por estar sempre ao meu

lado, pela compreensão e por fazer minha vida muito mais feliz com sua presença.

Tamara Izepe da Silva Lima

AGRADECEMOS

Agradecemos a Prof.ª Dr.ª Beatriz Helena Verri por seus ensinamentos, paciência e

orientação e incentivo que tornaram possível a conclusão desse TCC. Aos nossos amigos

pelas alegrias, tristezas e dores compartilhadas. Ao curso de enfermagem da USF, e as

pessoas com quem convivemos nesse tempo de graduação, que de alguma forma

estiveram e estão próximas de nós, fazendo esta vida valer cada vez mais a pena.

“Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no mar. Mas o

mar seria menor se lhe faltasse uma gota”.

Madre Tereza de Calcutá

RESUMO

O Cateter Central de Inserção Periférica vem sendo utilizado como alternativa de acesso

venoso estável e eficaz para neonatos criticamente enfermos. Esse procedimento tornou-se

vantajoso, porque permite reduzir a frequência de punções intravenosas,

consequentemente, minimiza procedimentos invasivos, o estresse e o desconforto do

neonato. Este estudo teve como objetivo geral descrever o conhecimento do enfermeiro no

processo de inserção, manutenção e remoção do PICC em neonatos. A pesquisa foi

desenvolvida na Santa Casa de Bragança Paulista na UTI Neonatal, a amostra foi de 4

enfermeiros. Tratou-se de uma pesquisa de campo do tipo exploratório-descritivo de

pesquisa qualitativa, na qual foi aplicado um questionário com 16 questões com o intuito de

analisar o conhecimento dos enfermeiros sobre O PICC em neonatos. Os resultados

mostram que 50% das enfermeiras encontram-se na faixa etária entre 25 a 35 anos, em

relação a complicações mais frequentes encontradas ao período pós inserção do PICC

100% das enfermeiras responderam ser arritmia cardíaca,100% citaram alguns cuidados de

enfermagem na manutenção do PICC como observar sinais flogisticos, manter curativo bem

aderido a pele, evitar molhar durante o banho, evitar sujidade na parede do cateter, e todas

citaram manutenção com fhush, demonstrando assim um bom conhecimento sobre PICC

em neonatos.

Palavra Chave: assistência de enfermagem, cateter central de inserção periférica, neonatos

ABSTRACT

The Catheter Peripherally Inserted Central has been used as an alternative stable and

effective venous access for critically ill newborns. This procedure has become advantageous

because it reduces the frequency of intravenous puncture thus minimizing invasive

procedures, the stress and discomfort of the neonate. This study aimed to describe the

nurse's knowledge in the process of insertion, maintenance and removal of PICC in

neonates. The research was developed at the Santa Casa de Bragança Paulista in the

NICU, the sample was 4 nurses. This was an exploratory-descriptive qualitative research

field research, in which we applied a questionnaire with 16 questions in order to analyze the

knowledge of nurses about the PICC in neonates. The results show that 50% of nurses are

aged between 25-35 years compared to more frequent complications found to after insertion

of PICC period 100% of nurses responded that cardiac arrhythmia, 100% cited some nursing

care in PICC maintenance how to observe signs of inflammation, keep dressing well adhered

to the skin, avoid watering during the bath, avoid soiling the wall of the catheter, and all cited

maintenance with fhush, demonstrating a good knowledge of PICC in neonates.

Keyword: nursing care, central catheter peripherally inserted, newborns

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1- Distribuição das enfermeiras da UTI neonatal de acordo com a idade (n)...........20

Gráfico 2- Distribuição dos enfermeiros segundo o sexo(n)..................................................21

Gráfico 3- Distribuição das enfermeiras de acordo com a indicação para instalação do PICC

(%)..........................................................................................................................................22

Gráfico 4- Distribuição quanto à localização do PICC (%)....................................................23

Gráfico 5- Distribuições em relação às complicações pós inserção do PICC (%).......................24

Gráfico 6- Distribuição quanto ao edema em membro do RN (%)........................................26

Gráfico 7- Distribuição quanto à flebite mecânica (%)...........................................................28

Gráfico 8- Distribuição sobre inserção do PICC (%).............................................................29

Gráfico 9- Distribuição sobre manobras utilizadas durante resistência do PICC (%)............30

Gráfico 10- Distribuição sobre remoção do PICC caso obstrução (%)..................................31

Gráfico 11- Distribuição quanto à estabilização do cateter (%).............................................32

Gráfico 12- Distribuição quanto à implantação do PICC (%).................................................33

LISTA DE TABELAS

Tabela1- Aspectos relacionados ao local do posicionamento ponta do cateter (%)..............25

Tabela 2- Aspectos sobre tempo de troca do curativo (%)....................................................27

Tabela 3- Distribuição dos enfermeiros, segundo o tempo de permanência do cateter em

RN, na Santa Casa de Bragança Paulista 2015 (%)..............................................................35

LISTA DE SIGLAS E ABREVIAÇÕES

ABESE- Academia Brasileira de Especialistas em Enfermagem

ANVISA- Agencia Nacional de Vigilância Sanitária

CCIH- Comissão Central de Infecção Hospitalar

COREN- Conselho Regional de Enfermagem

EUA- Estados Unidos da América

PICC- Cateter Central de Inserção Periférica

RN- Recém Nascido

SOBETI- Sociedade Brasileira de Enfermagem

UTIN- Unidades de Terapia Intensiva Neonatais

SUMÁRIO

RESUMO

ABSTRACT

LISTA DE GRÁFICOS

LISTA DE TABELAS

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

INTRODUÇÃO.................................................................................................................................12

1.1 Implantação do PICC em Recém Nascido................................................................................15

2 JUSTIFICATIVA...........................................................................................................................16

3 OBJETIVOS..................................................................................................................................17

3.1 Objetivos Gerais........................................................................................................................17

3.2 Objetivos específicos................................................................................................................17

4 METODOLOGIA...........................................................................................................................18

4.1Desenho do Estudo....................................................................................................................18

4.2 Local do Estudo........................................................................................................................18

4.3 Período do Estudo....................................................................................................................18

4.4 População do Estudo................................................................................................................18

4.5 Critério de Inclusão...................................................................................................................18

4.6 Critério de Exclusão..................................................................................................................18

4.7 Procedimento Ético Legal.........................................................................................................19

4.8 Instrumento de Coleta dos Dados.............................................................................................19

4.9 Analise dos Dados....................................................................................................................20

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES.................................................................................................21

CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................................................36

CONCLUSÃO..................................................................................................................................38

REFERÊNCIA..................................................................................................................................40

APÊNDICES....................................................................................................................................43

Apêndice A......................................................................................................................................44

Apêndice B......................................................................................................................................48

Apêndice C......................................................................................................................................50

Apêndice D......................................................................................................................................54

12

1. INTRODUÇÃO

O cateter PICC é um dispositivo intravenoso que permite a infusão de soluções

hiperosmolares com Ph não fisiológico, drogas parenteral vesicantes ou irritantes e

nutrição parenteral prolongada (CAMARA, 2001)

O PeripherallyInserted Central VenousCatheter (PICC), ou Cateter

Central de Inserção Periférica (CCIP) foi descrito na literatura pela

primeira vez em 1929, mas somente em 1970, nos Estados Unidos

da América (EUA), começou a ser utilizado, primeiramente, restrito às

unidades de terapia intensiva neonatais, (UTIN) e, após, expandido a

outras unidades (JESUS; SECOLLI, 2007; LORENÇO; OHARA,

2010).

No Brasil, seu uso inicia na década de 90, em áreas como: neonatologia, pediatria,

terapia intensiva, oncologia e cuidados domiciliares (VENDRAMIN, 2005).

Descreve-se o PICC como um dispositivo intravenoso inserido através de uma veia

superficial da extremidade e que progride até vasos centrais, adquirindo

características de cateter central (LORENÇO; OHARA, 2010).

A inserção e a manipulação do PICC no cenário brasileiro cabem privativamente, aos

enfermeiros e aos médicos, desde que tenham capacitação teórico-prática (JESUS;

SECOLI, 2007).

O Cateter Central de Inserção Periférica (PICC) vem sendo utilizado como alternativa

de acesso venoso estável e eficaz para neonatos criticamente enfermos. Trata-se de

um cateter longo e flexível, inserido através de uma veia periférica que, por meio de

uma agulha introdutora, progride até o terço distal da veia cava superior ou veia cava

inferior, adquirindo dessa forma propriedades de acesso venoso central (BELO et al,

2012).

Esse procedimento tornou-se vantajoso, porque permite reduzir a frequência de

punções intravenosas, consequentemente, minimiza procedimentos invasivos, o

estresse e o desconforto do neonato.

O PICC é considerado por muitos autores como um dispositivo de acesso vascular

seguro, por permitir administração de fluidos e medicamentos que não podem ser

infundidos em veias periféricas diretamente na circulação central.

A inserção do cateter PICC é um procedimento de alta complexidade, por isso o

enfermeiro deve receber a qualificação e/ou capacitação por órgão competentes.

13

A Resolução RDC n° 45 da Agencia Nacional de Vigilância Sanitária

(ANVISA) determina que cabe ao enfermeiro manter o acesso venoso

periférico, incluindo a instalação do cateter PICC. Dispõe ainda que o

profissional deve participar da escolha do tipo de acesso venoso

central, em consonância com o médico responsável pelo atendimento

do paciente.

O Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo lançou um

parecer em 15 de Março de 1999, que foi amparado pela Câmera

Técnica Assistencial, no qual favoreceu e autorizou o enfermeiro a

realizar o procedimento de inserção de PICC, desde que seja

devidamente treinado e especializado a executar a passagem do

cateter periférico, mas, para isso é preciso que exista um protocolo

hospitalar (COREN, 1999)

A Sociedade Brasileira de Enfermeiros em Terapia Intensiva

(SOBETI), instituída em 1996, foi a primeira a certificar e qualificar os

enfermeiros brasileiros para passagem de PICC. A referida sociedade

em parceria com a ABESE (Academia Brasileira de Especialistas em

Enfermagem) e juntas reforçam a atenção dos enfermeiros na

importância da assistência de enfermagem em unidades de terapia

intensiva, em situações de passagem e retirada do PICC (TOMA

2004).

Segundo Phillips (2001, apud CAMARGO,2007) para realizar com eficácia uma terapia

intravenosa, o enfermeiro precisa ter domínio do conhecimento da anatomia e da

fisiologia da pele e do sistema vascular, além de estar familiarizado com a resposta

fisiológica do sistema vascular quanto ao calor, frio e estresse.

Na utilização do cateter PICC, o sucesso aumenta com o conhecimento sobre as

propriedades dos cateteres e com a devida habilitação do profissional responsável

pela inserção, manutenção e remoção do dispositivo.

O PICC é um cateter longo de 20 a 60 centímetros de comprimento e varia de 1 a 5

french (Fr) de calibre, tendo um a dois lúmens (CAMARA, 2001)

Atualmente, os cateteres disponíveis no mercado são produzidos com dois tipos de

materiais bio compatíveis: silicone e poliuretano.

A inserção do cateter PICC deve contar com a técnica de barreira máxima, ou seja,

uso de gorro, máscara, capote estéril, campos estéreis (GOMELLA, 2006 apud

CAMARGO,2007).

14

A SOBETI (2004) recomendam como medidas prévias para inserção

do cateter PICC: solicitar ao serviço de radiologia a presença de um

técnico para realizar radiografia de tórax ao inserir o cateter; proceder

a assepsia das mãos; avaliar as condições do recém-nascido;

providenciar e checar material necessário para execução do

procedimento; posicionar o paciente em decúbito dorsal, mantendo o

membro preferencialmente o superior direito, em ângulo de 90° em

relação ao tórax; mensurar com fita métrica o perímetro braquial e a

distancia entre o ponto de punção e a articulação escapulo umeral,

deste ponto até a fúrcula esternal e, em seguida, até o terceiro

espaço intercostal.

Como qualquer punção venosa, a inserção do PICC é um procedimento doloroso ao

recém-nascido. Segundo Silva e Nogueira (2004), antes da inserção do cateter PICC é

preciso solicitar á equipe médica a analgesia ou sedação ao recém-nascido.

A manutenção diária do cateter PICC deve ser realizada por pessoal treinado e

capacitado e os curativos feitos apenas pelo enfermeiro que recebeu a qualificação

e/ou capacitação para a inserção, manutenção e remoção do cateter.

Segundo a SOBETI (2004), o curativo realizado no PICC cumpre duas funções: cria

um ambiente que protege a área onde está inserido o cateter e evita que haja

deslocamento.

Pezzi (2004, apud CAMARGO,2007) recomenda trocar o curativo

após 24 horas de inserção do cateter e depois a cada sete dias,

substituindo os intermediários (conexão de dupla via, torneirinha,

equipo) a cada 72 horas. Exceto quando se infundi nutrição

parenteral que a recomendação é a cada 24 horas com desinfecção

prévia da extensão do cateter com álcool a 70%. Os autores propõem

ainda que se registre data e hora do curativo e evolução de suas

condições no prontuário do paciente.

A manutenção do cateter é realizada diariamente, durante toda a

internação do paciente, através da infusão de soro fisiológico a 0,9%

sob baixa pressão antes e após a infusão de medicamentos e

soluções intravenosas.

Os registros referentes á passagem do cateter e manutenção devem

conter: material escolhido, sítio de inserção; número de tentativas;

intercorrências durante o procedimento; laudo da radiografia de

controle pós-inserção; curativos realizados; medicamentos infundidos;

permeabilidade do cateter. Caso haja sinais de foco infeccioso,

15

notificar a Comissão Central de Infecção Hospitalar (CCIH) (BARBER,

BOOTH, KING, CHAKREVERTH, 2002; PEZZI, 2004).

1.1 IMPLANTAÇÃO DO PICC EM RECÉM NASCIDOS

Segundo Silva e Nogueira (2004, p.27), para a realização da técnica, são necessários dois

profissionais capacitados e treinados, podendo ser dois enfermeiros ou um enfermeiro e um

técnico ou auxiliar de enfermagem.

A técnica de inserção do PICC exige do enfermeiro perícia técnica

capacidade de julgamento clínico e tomada de decisão consciente,

segura e eficaz. É uma prática especializada, de alta complexidade,

sendo que o profissional que a realiza deve adquirir conhecimento

teórico-prático nos cursos de qualificação e incorporá-los aos

conhecimentos pré-existentes, oriundos de outras áreas no decorrer

de sua formação. Os cursos de qualificação fornecem ao enfermeiro

a sustentação teórico-prática básica que o conduzem à realização do

procedimento com segurança e competência. (LOURENÇO e

OHARA, 2010).

De acordo com o artigo 11 da Lei n° 7.498/ 86, que dispõe sobre a

regulamentação do exercício da enfermagem, é privativo ao

enfermeiro o cuidado direto de enfermagem a pacientes graves,

incluindo os cuidados de maior complexidade que exijam

conhecimento cientifico, capacitação técnica e capacidade de tomar

decisões.

Os profissionais devem estar capacitados para realização de um

procedimento que exija técnica asséptica com paramentação

adequada (SILVA; NOGUEIRA, 2004).

16

2 JUSTIFICATIVA

O cateter central de inserção periférica PICC, vem sendo utilizado amplamente em

pacientes com terapia intravenosa devido ao menor risco de complicações. A

passagem do PICC em recém nascidos trazem muitos benefícios como acesso

venoso seguro, diminuição da dor causada por punções venosas frequentes,

diminuição do estresse causado por manipulação excessiva.

O PICC e de responsabilidade exclusivamente do enfermeiro.Ele tem

competênciatécnica e legal para inserir e manipular o PICC.

O uso do dispositivo requer conhecimento, destreza e habilidade para seu manuseio

pela equipe de enfermagem, devendo-se reduzir as ocorrências que comprometem

sua permanência.

Ocomprometimento da equipe e a valorização da qualidade assistencial e gerencial de

enfermagem poderá, contribuir para o aprimoramento da prática de enfermagem na

inserção, manutenção e avaliação da utilização dos cateteres.

Este estudo justifica–se pela necessidade de conhecer como o PICC vem sendo

utilizado pela equipe de enfermagem e sobre qualificação para realizar o procedimento

do PICC e manuseá-lo. Dessa forma pretendemos colaborar para melhoria da

assistência de enfermagem na utilização do PICC, criar subsídios para o

aperfeiçoamento dessa prática.

17

3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL:

Descrever o conhecimento do enfermeiro no processo de inserção,

manutenção e remoção do PICC em neonatos.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Verificar a prevalência de sucesso de sua inserção em neonatos, assim como

os benefícios e complicações deste dispositivo.

Conhecer o tempo de permanência que o PICC permanece instalado.

Compreender a atuação de enfermeiros na utilização do PICC, e verificar o

conhecimento teórico e prático de enfermagem sobre a técnica de inserção do

PICC.

18

4 METODOLOGIA

4.1 DESENHO DO ESTUDO

Trata-se de um estudo exploratório-descritivo de pesquisa qualitativa com o intuito de

conhecer a prática do enfermeiro no procedimento de inserção, manutenção e

remoção do cateter central de inserção periférica em neonatos em uma Unidade de

Terapia Intensiva Neonatal.

4.2 LOCAL DO ESTUDO

A pesquisa foi desenvolvida na Santa Casa de Bragança Paulista na UTI neonatal,

onde foi abordado com os enfermeiros do setor de neonatologia, os conceitos básicos

sobre atuação, inserção, manutenção e remoção do PICC. A UTI neonatal da Santa

Casa de Bragança Paulista abrange atendimentos de alta e média complexidade,

possuí 10 leitos onde recebe neonatos e crianças, a equipe de enfermagem é formada

por 1 Enfermeiro coordenador e 3 Enfermeiros assistenciais e 16 técnicos de

enfermagem.

4.3 PERÍODO DO ESTUDO

A pesquisa foi realizada no período de dezembro a janeiro de 2015.

4.4 POPULAÇÃO DO ESTUDO

A população do estudo constitui-se da totalidade de enfermeiros da unidade de terapia

intensiva neonatal

4 enfermeiros

4.5 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO

Todos os enfermeiros habilitados por meio do curso de capacitação a realizarem o

procedimento PICC, que aceitarem participar da pesquisa.

4.6 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO

Os enfermeiros que não aceitarem participar da entrevista.

19

4.7 PROCEDIMENTO ÉTICO-LEGAL

Foram respeitados no transcorrer da pesquisa todos os aspectos éticos e legais e

necessários para a preservação dos sujeitos participantes da mesma, tais como: sigilo

dos nomes ou de qualquer informação que possa levar à identificação do sujeito

participante da pesquisa. Utilizaremos o termo de consentimento livre e esclarecido

para todos os sujeitos que participaram das entrevistas.

4.8 INSTRUMENTO DE COLETA DOS DADOS

As entrevistas foram realizadas com enfermeiros habilitados e técnicos de

enfermagem, utilizamos como instrumento de coleta de dados de pesquisa um

questionário que foi elaborado a partir da literatura consultada e dos conteúdos dos

cursos de qualificação sobre alguns aspectos da técnica de inserção, manutenção e

remoção do PICC.

4.9 ANÁLISE DOS DADOS

Os dados obtidos referentes às questões fechadas e abertas foram analisados em

números percentuais, sendo representados em gráficos e tabelas, analisados à luz

dos relatos e categorias analíticas desmembradas

20

5 Resultados e Discussões

Apresentaremos os principais resultados e discussões das entrevistas realizadas com

as 4 enfermeiras da UTI neonatal da Santa Casa de Bragança Paulista. Iremos a partir

de agora confrontar as respostas sobre os conhecimentos na atuação de inserção,

manutenção e remoção do PICC. Para melhor organização dos dados

apresentaremos na ordem do instrumento de coleta.

5.1 Dados socioeconômicos

Em relação a idade verificamos que a faixa etária predominante das enfermeiras

variou de 25 a 55 anos, na qual as faixas etárias predominantes foram de 25 a 35

anos (50%), seguidas de 37 a 45 anos (25%), e de 50 a 55 anos (25%). Sendo assim

a maioria (75%) abaixo de 45 anos o que demonstra um perfil jovem das

entrevistadas.

Gráfico 1- Distribuição das enfermeiras da UTI neonatal de acordo com a idade,

Bragança Paulista, 2015 (n= 4).

21

Segundo a predominância de sexo, verificou-se a presença de 100% das

entrevistadas do sexo feminino. Isso revela o perfil da profissão.

Gráfico 2- Distribuição dos enfermeiros segundo o sexo, Bragança Paulista, 2015 (n=

4).

5.2 Indicação para instalação do PICC

Quanto a indicação para instalação do PICC verificamos que (75%) das entrevistadas

responderam necessidade de acesso venoso central, e (25%) acesso venoso por mais

de 3 dias.

Esta tecnologia é utilizada principalmente em pacientes neonatais e pediátricos que

necessitam de acesso central seguro por mais de seis dias e são indicados para

neonatos nas seguintes situações: recém-nascidos prematuros extremos, pequeno,

apto ou grande para a idade gestacional; nutrição parenteral por tempo prolongado;

patologias cirúrgicas de amplo porte; síndromes e malformações; uso de antibióticos,

quimioterápicos e drogas vasoativas; e diagnósticos de síndrome da imunodeficiência

adquirida, câncer, fibrose cística, desidratação, endocardites, desnutrição e doenças

infecciosas (MINGORANCE et al,2013).

Segundo Vendramin et al (2007), este cateter oferece uma alternativa segura de

acesso intravenoso central, de permanência prolongada, que permite administrar

soluções de alta osmolaridade e extremos de pH ou vesicantes às veias periféricas.

22

Gráfico 3- Distribuição das enfermeiras de acordo com a indicação para instalação do

PICC, Bragança Paulista, 2015 (n= 4).

5.3 Localização do PICC

Quando questionadas sobre o local indicado para inserção do PICC (100%) das

entrevistadas citaram região braquial.

Segundo Baggio, Bazzi e Bilibio(2010) os principais acessos de escolha para inserção

periférica do PICC em membros superiores são a veias basílica, cefálica e braquial

com progressão do cateter até a veia cava superior.

23

Gráfico 4- Distribuição quanto a localização do PICC, Bragança Paulista, 2015 (n= 4).

5.4 Complicação ao período pós inserção do PICC

Em relação a complicações mais frequentes encontradas ao período pós inserção do

PICC (100%) das enfermeiras responderam ser arritmia cardíaca.

Quando uma porção do cateter se quebra e migra para a circulação sanguínea. O

fragmento do cateter pode se deslocar para o tórax e alojar-se na artéria pulmonar ou

no ventrículo direito, causando embolia pulmonar, arritmia cardíaca, septicemia,

endocardite, trombose e até mesmo a morte (JESUS; SECOLI, 2008).

Todas as entrevistadas citaram a complicação mais frequente ser arritmia cardíaca,

mas segundo o autor existem outras também como tromboses.

24

Gráfico 5- Distribuição em relação às complicações pós inserção do PICC, Bragança

Paulista, 2015 (n= 4).

5.5 Localização da ponta do cateter

Quando questionadas sobre o local do posicionamento da ponta do cateter, (50%) das

entrevistadas relataram terço inferior de veia cava superior, (25%) citou metade

superior da veia cava superior e (25%) relatou ser em terço médio da veia cava

superior.

Mensurar a extensão da veia, seguindo seu suposto trajeto no local escolhido para

punção até a junção do manúbrio esternal com a cabeça da clavícula direita - após

descer paralelamente ao externo até o terceiro espaço intercostal. Esta mensuração

indicará o comprimento da veia escolhida até 1/3 inferior da veia cava superior, local

ideal para posicionar a ponta do PICC (Feitosa; Antunes; Arantes, 2002, apud

TEIXEIRA; PEREIRA; SILVA, 2009).

Segundo Camargo et al (2008). O sucesso na inserção do PICC é obtido quando a

ponta do cateter posiciona-se centralmente, isto é, em veia cava superior. Se a ponta

progredir para além da veia cava superior, manobras de tração serão aplicadas no

cateter para seu reposicionamento. Pontas de cateteres posicionadas centralmente

estão associadas com baixas taxas de complicações comparadas aos cateteres não

centrais. Assim, a manutenção da ponta do cateter em posição central é de suma

25

importância para reduzir o risco de complicações decorrentes do uso desse

dispositivo.

Sendo assim concluímos que todas estão corretas pois segundo o autor é indicado em

veia cava superior, não interferindo se é em terço médio, inferior ou metade superior.

Tabela1- Aspectos relacionados ao local do posicionamento ponta do cateter,

Bragança Paulista, 2015 (%).

Local posicionamento Enfermeiras Porcentagem %

Metade superior da veia cava superior 1 25%

Terço inferior da veia cava superior 2 50%

Terço médio da veia cava superior 1 25%

Nenhuma das anteriores 0 0%

Total 4 100%

5.6 Edema em membro do RN

Quanto ao edema (50%) das entrevistadas citaram elevar e reposicionar melhor o

membro afetado, e (50%) remover imediatamente o PICC.

De acordo com o protocolo instalação de cateter venoso central para inserção

periférica PICC (2010) é indicado à retirada do PICC quando ocorrer: término da

terapia proposta; presença de sinais flogísticos no sítio de inserção ou ao longo do

percurso da veia; febre ou hipotermia sem outro foco de infecção aparente; trombose

no membro do acesso; obstrução irreversível; rompimento do cateter.

26

Gráfico 6- Distribuição quanto ao edema em membro do RN, Bragança Paulista, 2015

(n= 4).

5.7 Curativos subsequentes do PICC

Quando questionadas sobre os curativos subsequentes (100%) das enfermeiras

citaram ser trocado a cada 7 dias ou sempre que necessário.

Sabe-se que o curativo possui duas funções: a criação de um ambiente que proteja o

local de inserção do cateter e a de evitar o seu deslocamento. Portanto, recomenda-se

que a primeira troca do curativo seja realizada após 24 horas da colocação do cateter

e as subsequentes a cada 7 dias ou antes se ficar úmido, solto ou apresentar qualquer

outra condição que comprometa a sua condição estéril (BELO et al, 2012).

Segundo AOKI (2007). O curativo deve ser trocado a cada 24 horas após a inserção

do cateter e conseguinte a cada 7 dias, exceto na presença de sujidade, descolamento

do curativo, presença de sangramento local ou situações que ameacem a integridade

do local de inserção

27

Tabela 2- Aspectos sobre tempo de troca do curativo Bragança Paulista, 2015 (%).

Tempo de troca do curativo Enfermeiras Porcentagem %

Ser trocado a cada 7 dias 0 0%

Ser trocado a cada 5 dias 0 0%

Ser trocado a cada 7 dias ou sempre que necessário 4 100%

Ser trocado a cada 5 dias ou sempre que necessário 0 0%

Total 4 100%

5.8 Flebite mecânica

Nesta questão verificamos que (100%) das entrevistadas relataram que a flebite

mecânica é mais comum de ocorrer dentro de 24- 72 horas.

A flebite mecânica ocorre devido a um trauma durante a inserção, remoção ou

movimentação do dispositivo PICC no interior do vaso, é evidenciada de 48 a 72 horas

após a inserção ou retirada. É a complicação mais evidenciada com PICC (JESUS;

SECOLI, 2008).

28

100%

0%

Ocorrência de flebite mecânica

No dia da inserção Dentro de 24- 72 horas

Depois 60 dias da inserção do cateter Dentro de 2 semanas de inserção

Gráfico 7- Distribuição quanto à flebite mecânica, Bragança Paulista, 2015 (n= 4).

5.9 Obrigatório após a inserção do PICC

Quando questionadas sobre ser obrigatório após a inserção do PICC (100%) relataram

verificar radiológica do posicionamento do cateter e registros adequados.

O exame radiológico confere ao enfermeiro a confirmação do posicionamento

adequado do cateter após sua inserção, sendo uma medida de segurança para o

profissional e para o paciente (BAGGIO; BAZZI; BILIBIO, 2010).

29

Gráfico 8- Distribuição sobre inserção do PICC, Bragança Paulista, 2015. (n= 4).

5.10 Manobras utilizadas caso resistência na progressão durante a inserção do

PICC

Nesta questão observou se que a totalidade das enfermeiras entrevistadas (100%)

citaram que todas as manobras citadas estão corretas.

De acordo com o Manual da Biomedical as manobras são, fazer uma leve rotação no

braço, lavar com SF, abrir e fechar a mão, aplicar calor sem comprometer o campo

estéril.

Sendo assim observamos que as enfermeiras estão utilizando as técnicas corretas.

30

Gráfico 9- Distribuição sobre manobras utilizadas durante resistência do PICC,

Bragança Paulista, 2015. (n= 4).

5.11 O que fazer em caso de obstrução

Quanto a remoção o PICC caso ele seja obstruído 3 enfermeiras (75%) afirmaram ser

falso a necessidade de removê-lo e 1 enfermeira (25%) respondeu que é necessário a

remoção.

Segundo Silva et al (2004) o PICC deve ser removido do recém nascido ao término da

indicação terapêutica, na ocorrência de obstrução ou rompimento do cateter e sempre

que houver sinais de infecção ou de extravasamento de líquidos.

31

Gráfico 10- Distribuição sobre remoção do PICC caso obstrução, Bragança Paulista,

2015 (%).

5.12 Numero de PICC que passou, e experiências

Quando questionadas sobre o número de PICC que as entrevistadas passaram

100% relataram não ter um número exato, porem citam ser muitos, em relação a

experiência elas descrevem alguns com facilidade da passagem e outros com

dificuldade na punção, outros punção fácil e progressão difícil e até mesmo sem êxito.

Ou seja como todo serviço em saúde são inúmeros os fatores que fazem com que seja

exitosa ou não a experiência. A patologia, a nutrição, as condições hemodinâmicas

fazem a diferença.

5.13 Objetivo da estabilização do cateter

Quando questionadas sobre estabilização do cateter as 4 enfermeiras entrevistadas

(100%) afirmaram que o objetivo é evitar complicações para o RN e perda do cateter e

(25%) também relata prevenir migração do cateter.

Segundo Harada e Pedreira (2011) a estabilização do cateter tem como objetivo

preservar a integridade do dispositivo, da pele e do vaso sanguíneo de inserção do

cateter; prevenir a migração do cateter nos casos em que ocorre o rompimento de

cateteres longos; reduzir a ocorrência de complicações da terapia intravenosa como.

Sendo assim as enfermeiras estão corretas em relação aos objetivos o que é um fato

bastante positivo.

32

Gráfico 11- Distribuição quanto à estabilização do cateter, Bragança Paulista, 2015.

(n= 4).

5.14 Cuidados de enfermagem em relação ao PICC para evitar possíveis

complicações e perdas

No presente estudo, todas (100%)citaram alguns cuidados de enfermagem na

manutenção do PICC como observar sinais flogisticos, manter curativo bem aderido a

pele, evitar molhar durante o banho, evitar sujidade na parede do cateter, e todas

citaram manutenção com fhush.

Se o PICC estiver sendo usado para terapia medicamentosa intermitente, recomenda-

se lavá-lo com 100 unidades de heparina a cada 24 horas ou então manter uma

infusão contínua de solução fisiológica a 0,9 % que auxilia na desobstrução e

incompatibilidade de medicamentos. Observar periodicamente a presença de sinais de

complicações locais, tais como: hiperemia, edema, vasoespasmo, sangramento, sinais

de infecção, entre outros. (SILVA; NOGUEIRA, 2004).

5.15 Implantação do PICC em RN

Quando questionado sobre o que é preciso para implantação do PICC 3 delas (75%)

citaram tempo prolongado de terapia intravenosa, metade (50%) relataram indicação,

33

habilidade técnica e manter RN confortável, uma (25%) capacitação profissional

especifica, protocolo institucional, termo de consentimento livre e esclarecido.

Segundo SILVA et al., (2004). Para a realização da técnica, são necessários dois

profissionais capacitados e treinados, podendo ser dois enfermeiros ou um enfermeiro

e um técnico ou auxiliar de enfermagem.

De acordo com o artigo 11 da Lei n° 7.498/86, que dispõe sobre a regulamentação do

exercício da enfermagem, é privativo ao enfermeiro o cuidado direto de enfermagem a

pacientes graves incluindo os cuidados de maior complexidade que exijam

conhecimento cientifica, capacitação técnica e capacidade de tomar decisões.

Verificamos que todas abordaram os pré requisitos corretamente.

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

Tempo prolongadode terapia

intravenosa

Indicação,habilidade técnica,

manter RNconfortável

Capacitaçãoespecifica, protocoloinstitucional, termode consentimentolivre e esclarecido

75%

50%

25%

Implantação do PICC

Gráfico12- Distribuição quanto à implantação do PICC, Bragança Paulista, 2015 (n=

4).

5.16 Cuidados para retirada do cateter

Quanto aos cuidados para retirada todas (100%) citaram a importância de se verificar

a medida introduzida do cateter e a mesma que foi inserida, metade (50%) citaram

observar se não há resistência durante retirada, outras (50%) citaram que o

procedimento deve ser realizado pelo enfermeiro e citou sobre a importância de se

observar a integridade do cateter, uma (25%) referiu termino da terapia intravenosa e

cateter sem uso há 24 horas ou menos, utilização de técnica asséptica, e remoção do

34

curativo cuidadosamente, aplicar compressas mornas e aguardar 15 a 20 minutos

antes de tentar novamente.

Segundo Harada e Pedreira (2011) a remoção do PICC exige um profissional

capacitado e alguns cuidados específicos como: A remoção do PICC deve ser feita de

forma asséptica e delicadamente a cada centímetro a fim de evitar o risco de embolia

gasosa ou rompimento do PICC. Após a retirada do PICC deverá ser observado e

mensurado a fim de assegurar a remoção completa.

A remoção do cateter deve ser feita de forma asséptica e delicadamente a cada

centímetro. Em caso de resistência, aplicar uma compressa úmida e morna na área

acima do trajeto do cateter por 20 a 30 minutos para favorecer a vasodilatação e tentar

a remoção novamente. Na segunda tentativa, se for mantida resistência, refazer o

curativo e tentar tira-lo após 12 a 24 horas. As principais causas de dificuldade de

remoção do cateter PICC são: seu uso prolongado e sua aderência a parede vascular,

ocorrência de flebite, irritação química ou mecânica dos vasos, presença de infecção,

infusão de soluções em baixa temperatura, causando vasoconstrição local. Espasmo

venoso, movimento do cateter contra a parede vascular. (NUNES; OLIVEIRA, 2007).

5.17 Tempo médio de permanência do cateter em RN

Quando questionadas sobre o tempo de permanência do cateter em RN a metade das

entrevistadas 50% responderam de 10 a 15 dias, uma 25% respondeu 10 dias, e uma

25% respondeu de 15 a 30 dias.

Segundo Silva et al (2004) cateteres centrais de longa permanência, exceto os

umbilicais não possuem indicação de troca rotineira ou prazos para retirada, embora

estudos confirmem que após 14 dias de manutenção do acesso central, o risco de

contaminação e colonização aumenta consideravelmente. Entretanto para retirada do

cateter deve-se considerar o quadro clínico do RN, a presença de sinais local ou

sistêmico de infecção e a viabilidade de outro aceso venoso para continuidade da

terapia infusional.

Não há tempo especificado para a permanência do cateter e o sítio de punção deve

ser avaliado diariamente, observando se há sinais de infecção (dor, rubor,

endurecimento, calor e secreção (LIMA, 2009).

35

Sendo assim as enfermeiras relataram um tempo médio de permanência do cateter

em RN, de acordo com as vivencias e experiências delas na UTI Neonatal.Pois de

acordo com os autores, não existe prazo para retirada do cateter

Tabela 3- Distribuição dos enfermeiros, segundo o tempo de permanência do cateter

em RN, Bragança Paulista 2015 (%)

Tempo de permanência do cateter Enfermeiras Porcentagem %

10 dias 1 25%

10 a 15 dias 2 50%

15 a 30 dias 1 25%

Total 4 100%

36

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Para a realização deste estudo fez se necessário conhecer e analisar o conhecimento

dessas enfermeiras para a realização dos cuidados aos neonatos e verificar a

importância e a necessidade da educação em saúde voltada a estes profissionais.

Os dados apresentados nesta pesquisa nos mostram que há fatores que demonstram

ótimo nível de conhecimento adquirido pelos enfermeiros.

A importância de uma boa inserção, manutenção e remoção do PICC evita infecções e

perdas, assim reduzindo o custo para as instituições hospitalares consequente às

perdas frequentes do cateter por sua manipulação incorreta e por ser um

procedimento ainda novo e invasivo dentro da neonatologia.

O aumento considerável da utilização do PICC em neonatos implica em manter os

profissionais de saúde constantemente atualizados, no intuito de manter o cateter o

maior tempo possível em boas condições de uso sem ocasionar complicações ao

neonato.

A técnica de inserção do PICC exige do enfermeiro perícia técnica, capacidade de

julgamento clínico e tomada de decisão consciente, segura e eficaz. É uma prática

especializada, de alta complexidade, sendo que o profissional que a realiza deve

adquirir conhecimento teórico-prático nos cursos de qualificação.

A educação em saúde é de extrema importância para os cuidados prestados as RNS,

instruindo os enfermeiros para que colaborarem na melhoria na assistência da saúde,

transferindo conhecimentos, e criando possibilidades para sua construção de uma

assistência com qualidade e segurança.

Espera-se, com a realização deste estudo, que outras pesquisas sejam realizadas

sobre PICC em neonatos, visando promover a qualificação, as orientações e as

informações adequadas a estes profissionais, a fim de promover assistência com

qualidade aos mesmos.

A realização deste trabalho foi muito importante para nosso desenvolvimento

profissional e também pessoal, pois com ele obtivemos mais conhecimento sobre

37

trabalho das enfermeiras e mostrou os caminhos e os compromissos que devemos

assumir e percorrer em relação a uma assistência de qualidade.

38

7 CONCLUSÃO

Este trabalho teve como objetivo avaliar o conhecimento da atuação do enfermeiro na

inserção, manutenção e remoção do PICC em neonatos na UTI da Santa Casa de

Bragança Paulista. Os resultados obtidos levaram as seguintes conclusões.

Quanto às características socioeconômicas da amostra estudada observamos que a

idade predominante das enfermeiras foi de 25 a 35 anos, todas mulheres.

Em relação ao conhecimento das entrevistadas sobre a indicação para a instalação o

PICC, verificou- se que 3 (75 %) referiram necessidade de acesso venoso central.

De acordo com o local indicado para inserção do PICC 4(100%) citaram região

braquial.

Em relação a ocorrência de complicações ao período pós inserção 100% referiram

arritmia cardíaca.

Sobre o local do posicionamento da ponta do cateter, 2 (50%) das entrevistadas

relataram terço inferior de veia cava superior.

Em relação ao edema 2 (50%) das entrevistadas citaram elevar e reposicionar melhor

o membro afetado.

Quanto aos curativos subsequentes 4 (100%) das enfermeiras citaram ser trocado a

cada 7 dias ou sempre que necessário.

Verificamos que 4 (100%) das entrevistadas relataram que a flebite mecânica é mais

comum de ocorrer dentro de 24- 72 horas.

Após a inserção do PICC 4 (100%) relataram verificar radiologicamente o

posicionamento do cateter e registros adequados.

A totalidade das enfermeiras entrevistadas (100%) citaram que todas as manobras

utilizadas caso ocorra resistência na progressão durante a inserção do PICC citadas

estão corretas.

39

Quanto a remoção o PICC caso ele seja obstruído 3 enfermeiras (75%) afirmaram ser

falso a necessidade de removê-lo.

Sobre o número de PICC que as entrevistadas passaram 4(100%) relataram não ter

um número exato, porem citam ser muitos, em relação à experiência elas descrevem

alguns com facilidade da passagem e outros com dificuldade na punção, outros

punção fácil e progressão difícil e até mesmo sem êxito.

Em relação a estabilização do cateter as 4 enfermeiras entrevistadas (100%)

afirmaram que o objetivo é evitar complicações para o RN e perda do cateter.

Quanto as possíveis complicações e perdas todas (100%) citaram alguns cuidados de

enfermagem na manutenção do PICC como observar sinais flogisticos, manter

curativo bem aderido a pele, evitar molhar durante o banho, evitar sujidade na parede

do cateter, e todas citaram manutenção com fhush.

Quando questionadas sobre o que é preciso para implantação do PICC 3 delas (75%)

citaram tempo prolongado de terapia intravenosa, metade (50%) relataram indicação,

habilidade técnica e manter RN confortável

Sobre os cuidados para retirada todas (100%) citaram a importância de se verificar a

medida introduzida do cateter e a mesma que foi inserida, metade (50%) citaram

observar se não há resistência durante retirada, outras (50%) citaram que o

procedimento deve ser realizado pelo enfermeiro e citaram sobre a importância de se

observar a integridade do cateter.

Quanto ao tempo de permanência do cateter em RN a metade das entrevistadas 50%

responderam de 10 a 15 dias.

Com estas informações tão positivas destacamos a importância da educação

permanente na busca de excelência técnica e melhor assistência de enfermagem

40

8 REFERÊNCIA

AOKI Gislaine, SILVA Gislene Rosa, SAKAMOTO Letícia Yumi, CORRÊA Ana de Lourdes, ZAGO Maria Angélica Borges da Silva. Conhecimento do profissional de enfermagem sobre os cuidados em relação ao cateter central de inserção periférica (PICC) em UTI neonatal- UNIVAP 2007.

BAGGIO, M.A; BAZZI, F.C.S.d; BILIBIO, C.A.C. Cateter central de inserção periférica: descrição da utilização em UTI Neonatal e Pediátrica. Revista Gaúcha de Enfermagem. Porto Alegre 2010. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1983-14472010000100010&script=sci_arttext.> Acesso em 10/04/2015

BARBER, J.M; BOOTH D.M; KING J.A; CHAKRAVERTY S. A nurse led peripherally inserted central catheter line insertion service is effective with radiological support. Clin Radiol. 2002; 57(5):352-4.

BELO, M.P.M; SILVA, R.A.M.C; NOGUEIRA, I.L.M; MIZOGUTI, D.P. VENTURA, C.M.U. Conhecimento de enfermeiros de Neonatologia acerca do Cateter Venoso Central de Inserção Periférica. Revista Brasileira de enfermagem. Brasília 2012. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71672012000100006.> Acesso em 11/04/2015.

BRASIL, Ministério da Saúde, Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Resolução RDC n. 45 de 12 de março de 2003. Dispõem sobre o regulamento Técnico de Boas Práticas de Utilização das Soluções Parenterais (SP) em Serviços de Saúde. Brasília, 2003. Disponível em URL:http:// http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/e8e87900474597449fc2df3fbc4c6735/RDC+N.%C2%BA+45,+DE+12+DE+MAR%C3%87O+DE+2003.pdf?MOD=AJPERES

CAMARGO, P.P.d. Procedimento de inserção, manutenção e remoção do cateter central de inserção periférica em neonatos. Dissertação(Mestrado) – Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, 2007. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7132/tde.../Patricia_Ponce.pdf> Acesso em 30/09/2014.

CAMARGO, P.P; KIMURA, A.F; TOMA, E; TSUNECHIRO, M.A. Localização inicial da ponta de cateter central de inserção periférica (PICC) em recém-nascidos. Revista da Escola de Enfermagem da USP. São Paulo 2008. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342008000400015> Acesso em 10/04/2015.

CÂMARA, S.M.C; TAVARES, T.J.L; CHAVES, E.MC. Cateter venoso de inserção periférica: análise do uso em recém-nascidos de uma unidade neonatal pública em Fortaleza. Revista da Rede de enfermagem do Nordeste, 2007. Disponível em: http://www.revistarene.ufc.br/revista/index.php/revista/article/ view/638/pdf. Acesso em: 02/ 09/2014.

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução nº 258 de 12 de julho de 2001. Rio de Janeiro. 2001. Disponível em:http://www.portalcofen.gov.br/legislação/r258.htm.> Acesso em 29/09/ 2014.

41

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM (COREN), oficio n.0426/99/PRSG de 15 de março de 1999. Dispõe sobre a competência técnica do enfermeiro para a inserção do cateter periférico central. São Paulo, 1999. Disponível em http://www. corensp.org.br/0426/99.> Acesso em 28/09/2014.

HARADA, M. de J. C. S.; PEDREIRA, M. d. L. G. Terapia Intravenosa e infusões. São Caetano do Sul, São Paulo: Yendis Editora, 2011.

JESUS, V. C. d; SECOLI, S. R. Complicações Acerca do Cateter Venoso Central De Inserção Periférica (PICC). Ciência Cuidado e Saúde. v. 06, n. 2, abr./jun. 2007.Disponívelem:http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/CiencCuidSaude/article/view/4174/2762 >. Acesso em: 02/09/ 2014.

LIMA, F. D. A escolha do dispositivo de cateterização venosa periférica: contribuições para o cuidado de enfermagem. Rio de Janeiro Março de 2009. Disponível em http://www4.unirio.br/propg/posgrad/stricto_paginas/site%20Enfermagem/SiteENFv3/dissertacoes/dissertacoes%202009/escolha%20do%20dispositivo%20de%20cateterizacao%20venosa%20periferica%20contribuicoes%20para%20o%20cuidado%20de%20enferma.pdf.> Acesso em 02/04/2015.

LOURENÇO, S.A. OHARA, C.V.S. Conhecimento dos enfermeiros sobre a técnica de inserção do cateter central de inserção periférica em recém-nascidos. Rev. Latino-Am. Enfermagem Disponível em: www.scielo.br/pdf/rlae/v18n2/pt_08.pdf.> Acesso em 28/08/2014.

MINGORANCE, P; JOHANN, D.A; LAZZARI, L.S.M. de; PEDROLO, E; DANSKI, M.T.R. Relações significativas acerca do cateter central de inserção periférica. Rev enferm UFPE on line. Recife, 7(5):1295-300, maio. 2013. Disponível em http://www.revista.ufpe.br/revistaenfermagem/index.php/revista/article/.../6045%20Em%C2%A0cache. > Acesso em 02/04/2015.

PROTOCOLO, Instalação de Cateter Venoso Central para Inserção Periférica – PICC. Disponível em http://www.portaldaenfermagem.com.br/downloads/Protocolo-PICC.pdf em 11/04/2015.

SILVA GRG, NOGUEIRA MFH. Terapia intravenosa em recém-nascidos: orientações para o cuidado de enfermagem. Rio de Janeiro: Cultura Médica; 2004.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENFERMEIROS DE TERAPIA INTENSIVA (SOBETI). Curso qualificação em inserção, utilização e cuidados com cateter venoso central de inserção periférica - CCIP - Neonatal/Pediatra. São Paulo; 2004. Disponível em: http://www.ibrati.org/sei/docs/tese_557.doc>Acesso em: 29/ 08/2014

TEIXEIRA, A.C; PEREIRA, E.D.L; SILVA, L. O conhecimento da equipe de enfermagem sobre o manuseio do cateter central de inserção periférica- picc em uma utin de um hospital do sul de minas. Monografia da Universidade José do Rosário Vellano. Varginha 2009.Disponivel em http://www.paulomargotto.com.br/documentos/PICC-2009.pdf>Acesso em 10/04/2015.

TOMA E. Avaliação do uso do PICC- Cateter de Inserção Periférica em recém nascidos. Tese (Doutorado) USP. São Paulo.

VENDRAMIN, P. Cateter central de inserção periférica (CCIP). In: Harada MJCS, Rego RC, Orgs. Manual de terapia intravenosa em pediatria. São Paulo: ELLU; 2005.

42

VENDRAMIM P, PEDREIRA MLG, PETERLINI MAS. Cateteres centrais de inserção periférica em crianças de hospitais do município de São Paulo. Revista Gaúcha de Enfermagem 2007. Disponível em http:/www.seer.ufrgs.br/RevistaGauchadeEnfermagem/article/download/.../26.> Acesso em 05/04/2015.

43

APÊNDICES

APÊNDICE A - Termo de Consentimento Esclarecido

INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

Nome:

Idade:

Sexo: F ( ) M ( )

Questionário:

1. Qual das afirmativas é indicação para a instalação de um PICC?

a) Precário acesso venoso

b) Acesso venoso por mais de 3 dias

c) Necessidade de acesso venoso central

d) Reposição hídrica de urgência

2. Qual o local indicado para inserção do PICC?

a) Região braquial

b) Região axilar

c) Região temporal

d) Membro inferior

3. A complicação mais frequente encontrada e associada ao período pós-

inserção do PICC é:

a) Arritmia cardíaca

44

b) Pneumotórax

c) Trombose venosa

d) Infarto do miocárdio

4. Para o PICC ser considerado bem Posicionado em veia cava superior deverá

ter sua ponta na:

a) Metade superior da Veia cava superior

b) Terço inferior da veia cava superior

c) Terço médio da veia cava superior

d) Nenhuma das anteriores

5. Quando observamos início de edema em membro do RN onde está inserido o

PICC devemos:

a) Suspeitar de PICC com posicionamento periférico

b) Suspeitar da ponta do PICC em átrio direito

c) Elevar e reposicionar melhor o membro afetado

d) Remover imediatamente o PICC

6. Os curativos subseqüentes do PICC devem:

a) Ser trocado a cada 7 dias

b) Ser trocado a cada 5 dias

c) Ser trocado a cada 7 dias ou sempre que necessário

d) Ser trocado a cada 5 dias ou sempre que necessário

7. Uma flebite mecânica é mais comum de ocorrer:

a) No dia da inserção

b) Dentro de 24 – 72 horas

45

c) Depois 60 dias da inserção do cateter

d) Dentro de 2 semanas de inserção

8) Após a inserção do PICC é obrigatório:

a) Verificar radiológica do posicionamento do cateter e registros adequados

b) Trocar o curativo com 6 horas de inserção

c) Verificar a permeabilidade a cada 6 horas

d) Registrar o procedimento em prontuário

9. Durante a inserção do PICC caso ocorra resistência na progressão pode se

utilizar como Manobras:

a) Fazer flush com soro fisiológico

b) Massagear o trajeto da veia no sentido da progressão do cateter

c) Mudar o posicionamento do braço

d) Utilizar compressas mornas sem comprometer o campo estéril

e) Todas as alternativas

10. Um PICC obstruído deve ser imediatamente removido

( ) verdadeiro ( ) falso

11. Quantos PICC você já passou? Conte-me um pouco sobre sua experiência.

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

12. Qual o objetivo da estabilização do cateter?

46

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

13. Quais são os cuidados de enfermagem que devem ser realizados em relação

ao PICC para evitar possíveis complicações e perdas?

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

14. O que é preciso para implantação do PICC em RN?

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

15. Quais devem ser os cuidados para retirada do cateter?

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

16. Na unidade em que você trabalha qual é o tempo médio de permanência do

cateter nos RN?

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

47

APÊNDICE B TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

AUTORIZAÇÃO

Bragança Paulista, ____ de setembro de 2010.

ExmoSr Dr.......................................

Responsável pela Instituição do Estudo

Vimos solicitar as dignas providências no sentido de autorizar a coleta de dados da

pesquisa intitulada “ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA INSERÇÃO, MANUTENÇÃO E

REMOÇÃO DO CATETER DE INSERÇÃO PERIFÉRICA EM NEONATOS” em

desenvolvimento pela minha orientanda, Beatriz Helena de Mattos Araújo Verri

alunas do 8º semestre do Curso de Enfermagem, do Centro de Ciências e Biológicas

da Saúde da Universidade São Francisco, como exigência parcial para conclusão do

curso de graduação.

Trata-se de um estudo descritivo, exploratório, de campo, com abordagem

qualiquantitativa tendo como objetivo conhecer a opinião dos enfermeiros sobre sua

atuação na inserção, manutenção e remoção do cateter de inserção periférica.

A coleta de dados somente será realizada após autorização do Comitê de Ética em

Pesquisa da Universidade São Francisco - USF, e as informações colhidas não

possuirão nenhuma forma de identificação dos participantes, visto que todas as

informações serão convertidas em dados numéricos. Em anexo, enviamos o Projeto

de Pesquisa.

Agradecendo antecipadamente a valiosa colaboração de VS, colocamo-nos à

disposição para quaisquer esclarecimentos.

Atenciosamente

_______________________________

Profª Beatriz Helena M.A. Verri

48

(orientadora)

Meu Endereço:

Rua ......

Cidade............

Telefone: ............

E-mail: ...............

Declaro que conheço o projeto de pesquisa em questão e autorizo a realização

do mesmo após apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa da USF.

_________________________________________

Dr............................................................

CPF:..................................

(Responsável pela Instituição do Estudo)

CARIMBO:

49

APÊNDICE C TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE

ESCLARECIDO

COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA – UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO

ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA INSERÇAO, MANUTENÇÃO E REMOÇÃO

DO CATETER CENTRAL DE INSERÇÃO PERIFÉRICA EM NEONATOS

Pesquisadores:

Nome Priscila Paula de Freitas Costa

RG: 07562963665

Rua: Conrado Stefani

Cidade Bragança Paulista

Telefone: (11)998611821

e-mail: [email protected]

Nome: Tamara Izepe da Silva

RG: 17091697

Rua:José Albino Leme

Cidade Toledo

Telefone(35)9895-3809

e-mail: [email protected]

Pesquisadora responsável:

Profª .......

RG:

Rua .....

50

Cidade....

Telefone: .....

E-mail: .......

O abaixo assinado:

Nome:________________________________________________________________

_

Endereço:_____________________________________________________________

_

Cidade/Estado:_________________________________________________________

_

RG: ___________________________Idade _________declara que é de livre

espontânea vontade que está participando como voluntário do projeto de pesquisa

supracitado, de responsabilidade do pesquisador. O voluntário está ciente que:

I. Os Objetivos desta pesquisa são:

Objetivo Geral

Conhecimento dos enfermeiros sobre sua atuação na inserção, manutenção e

na remoção do PICC

Objetivos Específicos

Conhecimento e princípios requeridos para que o enfermeiro planeje, realize e

desenvolva a terapia intravenosa

Critérios de práticas que fundamentam o desenvolvimento de competências do

enfermeiro para realização da terapia intravenosa em neonatos

Prevenção de infecção relacionada ao uso de cateteres;

Recomendações específicas para prevenção de infecção relacionada a

cateteres;

Conhecimento sobre método de punção venosa das 15 etapas de Phillips;

51

Problemas durante a cateterização intravenosa periférica, prevenção e

recomendações;

Conhecimento sobre intervalo para troca dos curativos e fixação;

II. Será realizado um estudo descritivo, exploratório, de campo, a partir de um

instrumento de coleta de dados, a fim de contemplar os objetivos deste estudo.

III. A participação neste estudo não acarretará nenhum prejuízo que possa

comprometer a assistência prestada por esta instituição.

IV. Obteve todas as informações necessárias para poder decidir conscientemente

sobre a participação no referido estudo.

V. Está livre para interromper a participação no estudo a qualquer momento ou

deixar de responder qualquer pergunta.

VI. A interrupção do estudo não lhe causará prejuízo referente ao atendimento

oferecido por esta instituição.

VII. Responderá a um formulário, ao qual, não possuirá nenhuma forma de

fornecer sua identidade, visto que todas as informações obtidas serão convertidas

em dados numéricos.

VIII. Uma vez encerrado o trabalho os resultados poderão ser divulgados em

eventos e revistas científicas, onde serão mantidos sigilo e anonimato de qualquer

informação fornecida.

IX. Poderá entrar em contato com a pesquisadora, sempre que necessário, pelo

telefone supracitado.

52

X. Poderá entrar em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa para apresentar

recursos ou reclamações em relação ao estudo (Fone: (11) 2454-8981 – Comitê

de Ética em Pesquisa da Universidade São Francisco - USF).

XI. Este Termo de Consentimento, livre esclarecido, constará de duas vias, sendo

uma delas entregue ao voluntário.

Bragança Paulista, ____ de _____________ de 2010.

Assinatura da voluntária: _______________________________

Assinatura do responsável pela pesquisa:

Prof.ª .............

Assinatura: ____________________________________________