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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS. CURSO DE ADMINISTRAÇÃO MARILENE DE ESPINDOLA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO diagnóstico dos fatores que interferem no trabalho dos funcionários da Star Cont – Reefer Service Administração de Recursos Humanos ITAJAI (SC) 2009

QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO diagnóstico dos fatores que …siaibib01.univali.br/pdf/Marilene de Espindola.pdf · 2009. 8. 12. · o intuito de identificar os fatores determinantes

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS. CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

MARILENE DE ESPINDOLA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO

QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO diagnóstico dos fatores que interferem no trabalho dos funcionários da Star

Cont – Reefer Service

Administração de Recursos Humanos

ITAJAI (SC) 2009

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MARILENE ESPÍNDOLA

QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO:

diagnóstico dos fatores que interferem no trabalho dos funcionários da Star Cont-

Reefer Service

Trabalho desenvolvido para o Estágio Supervisionado do Curso de Administração do Centro de Educação de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade do Vale do Itajaí.

ITAJAÍ- SC, 2009.

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AGRADECIMENTOS

Reservo este espaço para agradecer as pessoas

que colaboraram e deram força para que este

trabalho fosse concluído com êxito:

A Deus, que ajudou a enfrentar todas as barreira e a

chegar até este momento, que é mais do que um

objetivo alcançado, um sonho que demandou

persistência e força de vontade para ser realizado.

Em especial, a minha mãe Helena, que me ensinou

a lutar pelos meus objetivos e me deu todo o apoio

durante toda esta longa caminhada, sem ela nada

disso teria se concretizado.

A minha amiga Gláucia, que me ajudou desde o

inicio deste trabalho, dando tranqüilidade e

segurança nos momentos mais difíceis.

Aos professores que contribuíram para que pudesse

alcançar meu objetivo de concluir este curso, de

forma especial á professora Claudia, por ter aceito a

dura batalha de ser minha orientadora, o qual me

ajudou com extrema dedicação, paciência e

amizade.

A todas as pessoas, que de alguma forma

colaboraram para que este objetivo fosse alcançado.

O meu muito Obrigado!!!

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“Muitos dos fracassos desta vida estão

concentrados nas pessoas que desistiram por não

saberem que estava muito perto da linha de

chegada”.

Thomas Edison

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EQUIPE TÉCNICA

a) Nome da estagiária

Marilene Espíndola

b) Área de estágio

Recursos Humanos

c) Orientadora de campo

Gláucia Martins dos Anjos

d) Orientadora de estágio

Profª. Claudia Silva Ribeiro Alves

e) Responsável pelo Estágio Supervisionado em Administração

Prof. Eduardo Krieger da Silva MSc

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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

a) Razão social

Star Cont Refrigeração Comércio de Peças e Prestação de Serviços Ltda. ME

b) Endereço

Rua Maria da Glória, nº 46

Itajaí, Santa Catarina

c) Setor de desenvolvimento de estágio

Recursos Humanos

d) Duração do estágio

240 horas

e) Nome e cargo da orientadora de campo

Gláucia Martins dos Anjos

Gerente Administrativa

f) Carimbo e visto da empresa

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AUTORIZAÇAO DA EMPRESA

"

"

"

" " " " " " ITAJAI , 08 de junho de 2009.

A empresa Star Cont , pelo presente instrumento, autoriza a Universidade do Vale do

Itajaí – UNIVALI, a publicar, em sua biblioteca, o trabalho de conclusão de Estagio durante o Estagio

supervisionado pela acadêmica Marilene Espindola.

"

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" " " "

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" " " aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa"

Gláucia Martins dos Anjos

RESUMO

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A Qualidade de vida no trabalho visa uma maior participação por parte dos funcionários, criando um ambiente integrado com superiores, com colegas de trabalho, visando sempre a compreensão das necessidades dos funcionários. O presente trabalho tem como objetivo geral, diagnosticar os fatores que interferem na qualidade de vida no trabalho dos funcionários da Star Cont. E como objetivo especifico Identificar o perfil dos funcionários desta empresa, as condições de trabalho oferecidas pela empresa, os fatores que interferem na qualidade de vida e apresentar sugestões para empresa. A tipologia do trabalho foi pesquisa-diagnóstico, utilizou-se a abordagem quantitativo com aparte qualitativa, ,buscou-se com os funcionários pesquisados da empresa Star Cont, através de uma questionário elaborado com base no autor Walton (apud, FERNANDES, 1996)onde teve 60 participantes. Os resultados obtidos na pesquisa apontam algumas relevância que interferem de modo insatisfatório na qualidade de vida dos funcionários da Star Cont, está em relação a compensação justa e adequada remuneração, quanto a tarefa que realiza, quanto sua expectativas e os benefícios. Mais percebe-se que os funcionários também estão satisfeitos quanto alguns critérios como condição de trabalho,segurança, horas trabalhada,estrutura do local do trabalho.Verificou-se que a qualidade de vida no trabalho, está satisfazendo os funcionário, sugere-se a empresa proporcionar incentivo ao estudo, oferecendo bolsas para seus funcionários em nível Superior.

PALAVRAS-CHAVE: qualidade de vida no trabalho, funcionários, empresa.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

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Quadro 1: Indicadores de Qualidade de Vida no Trabalho................................................................................................ 54

Quadro 2: Modelo de Werther e Davis ............................................................................................................................ 55

Quadro 3: Modelo de Belanger............................................................................................................................................. 57

Figura 1: Organograma de empresa...................................................................................................................................... 67

Gráfico 1: As condições de trabalho.................................................................................................................................... 76

Gráfico 2: Número de horas trabalhada.............................................................................................................................. 77

Gráfico 3 Condições de segurança no Trabalho ................................................................................................................ 78

Gráfico 4 : Compensação Justa e Adequada........................................................................................................................ 79

Gráfico 5 Benefícios.............................................................................................................................................................. 80

Gráfico 6 : Adequação do Salário......................................................................................................................................... 81

Gráfico 7: Comunicação do Superior.................................................................................................................................. 82

Gráfico 8: Autonomia de opinar no Ambiente de trabalho................................................................................................. 83

Gráfico 9: Reconhecimento pela Empresa............................................................................................................................ 84

Gráfico 10: Estimulo da Empresa quanto ao crescimento profissional............................................................................. 85

Gráfico 11: Relacionamento Interpessoal........................................................................................................................ 86

Gráfico 12: Reconhecimento pelo seu Líder..................................................................................................................... 87

Gráfico 13: Respeito com as Pessoas:.............................................................................................................................. 88

Gráfico 14: Respeito quanto a Crença religiosa................................................................................................................ 89

Gráfico 15: Estress.............................................................................................................................................................. 90

Gráfico 16: Tempo Adequado para o Lazer com a Família................................................................................................. 91

Gráfico 17: Tempo para desempenhar todas as suas tarefas................................................................................................ 92

Gráfico 18: Assumir novas Responsabilidades................................................................................................................... 93

Gráfico 19: Programas de Interação.................................................................................................................................. 94

Gráfico 20: definições de metas e objetivos...................................................................................................................... 95

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................................................................................. 10 1.1 Problema de pesquisa .......................................................................................................................... 11 1.2 Objetivos do trabalho ........................................................................................................................... 12 1.3 Aspectos metodológicos ..................................................................................................................... 12 1.3.1 Caracterização da pesquisa............................................................................................................ 13 1.3.2 Contexto e participantes da pesquisa............................................................................................ 14 1.3.3 Procedimentos e instrumentos de coleta de dados..................................................................... 14 1.3.4 Tratamento e análise dos dados .................................................................................................... 15

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ......................................................................................................................... 16 2.1 Administração......................................................................................................................................... 17 2.1.2 Princípios da administração científica .......................................................................................... 19 2.1.3 Teoria da Burocracia ....................................................................................................................... 21 2.1.4 Abordagem Clássica ....................................................................................................................... 22 2.1.5 Teoria das Relações Humanas ..................................................................................................... 24 2.1.6 Teoria Estruturalista ........................................................................................................................ 25 2.1.7 Teoria dos Sistemas........................................................................................................................ 26 2.1.8 Teoria comportamental ................................................................................................................... 27 2.1.9 Teoria da Contingência................................................................................................................... 28 2.1.10 Áreas da administração ................................................................................................................. 29

2.2 Recursos Humanos ............................................................................................................................... 30 2.2.1 Recrutamento e Seleção ................................................................................................................. 33 2.2.2 Cargos e Salários ............................................................................................................................. 34 2.2.3 Benefícios .......................................................................................................................................... 36 2.2.4 Treinamento....................................................................................................................................... 37 2.2.5 Segurança e higiene no trabalho.................................................................................................... 38

2.3 Motivação e satisfação do funcionário ............................................................................................ 40 2.4 Cultura Organizacional......................................................................................................................... 41 2.4.1Clima Organizacional ........................................................................................................................ 43

2.5 Liderança ................................................................................................................................................. 45 2.6 Qualidade De Vida No Trabalho ......................................................................................................... 48 2.6.1 Modelos de Qualidade de Vida no Trabalho ................................................................................ 52 2.6.2 Condições de trabalho ..................................................................................................................... 59 2.6.3 Fatores que interferem na Qualidade de Vida no Trabalho ....................................................... 61

3 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DE CAMPO................................................................................. 63 3.1 Caracterização da Empresa ................................................................................................................ 63

3.1.2 Valores.................................................................................................................................................. 64 3.1.3 Missão ................................................................................................................................................ 64 3.1.4 Visão ................................................................................................................................................... 64 3.1.5 Estrutura Organizacional ................................................................................................................. 65 3.1.6 Principais Atividades ........................................................................................................................ 66 3.1.7 Principais Clientes ............................................................................................................................ 66 3.1.8 Principais fornecedores ................................................................................................................... 67

3.2 Resultados da Pesquisa....................................................................................................................... 67 3.2.1 Verificação das condições de trabalho oferecidas pela empresa ............................................. 67 3.2.2 Identificação do Perfil do Funcionário............................................................................................ 72

2.3 Sugestões De Melhorias ...................................................................................................................... 93 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................................................... 95 4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................................ 97

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1 INTRODUÇÃO

Qualidade de vida é o grande tema desse século. Muito tem se debatido e

estudado sobre o tema QVT (Qualidade de Vida no Trabalho). A Qualidade de vida

não refere somente à prática de exercícios físicos e cuidados com a saúde, mas

também à diversos fatores que determinam se uma pessoa leva ou não, uma vida

adequada de acordo com seus padrões pessoais.

Com a crescente necessidade de termos sucesso em todos os setores da

vida, trabalho, família, amigos. O insucesso em um desses setores pode se refletir

radicalmente no outro. Um trabalhador fracassado como “homem da casa” transfere

para o trabalho toda a possibilidade de se realizar. Assim, o trabalho assume

grandes dimensões na vida das pessoas. É o que podemos chamar de Qualidade de

Vida no Trabalho e Auto Realização Humana.

Neste contexto, é perfeitamente pertinente e muito relevante percebe-

se que a QVT está relacionada com o que o ser humano traz consigo: sentimentos e

ambições. Um funcionário sempre quer ser parte da engrenagem: trabalhar, dar

sugestões, debater idéias, ajudar a empresa a crescer. Ninguém mais quer ser

comparado a um robô que apenas recebe ordens e simplesmente as executa.

Verificou-se que o empregado deve ser como um parceiro das organizações,

visto que todo o processo de produção se realiza com a participação conjunta de

colaboradores, fornecedores, acionistas e clientes.

O mercado torna-se cada vez mais turbulento, e muitas organizações

buscam tornarem-se mais competitivas. Para isso, precisam aumentar o seu quadro

de pessoas com talentos e, mais do que isto, desenvolvê-lo cada vez mais. Sendo

que o mundo mutável como está, em uma economia sem fronteiras, as organizações

precisam preparar-se continuamente para os desafios da inovação e da

concorrência (CHIAVENATO, 2004).

Em um mercado dinâmico e competitivo, as empresas buscam a retenção

dos seus melhores talentos, através de programas de aperfeiçoamento contínuo,

plano de remuneração e pacotes de benefícios, que mantenham o funcionário

motivado e que o recompense pelos seus resultados.

Mas, de nada adiantará altos salários ou um amplo pacote de benefícios se

a empresa não manter um clima organizacional satisfatório, com empatia entre os

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funcionários, desde uma estrutura interna com condições de trabalho, segurança e

saúde no trabalho, direitos, crescimento e segurança profissional.

Assim, a qualidade de vida refere-se à satisfação das necessidades do

indivíduo, afetando as condições do ambiente de trabalho, a oportunidade de

crescimento, a interação social no trabalho, a compensação justa e adequada e o

grau de motivação interna para o trabalho; são evidentemente fatores importantes

para o alcance da produtividade.

Somando estes fatores, foi possível avaliar a qualidade de vida dos

funcionários em uma organização, avaliando quais os pontos que a mantém elevada

e pontos deficientes, que necessitam de ações corretivas.

1.1 Problema de pesquisa

A qualidade de vida no trabalho só pode ser atingida com a integração do

funcionário e do patrão. O funcionário percebendo e discutindo seus interesses e

aspirações. O patrão dando condições e promovendo satisfação do funcionário,

melhorando assim a produtividade da empresa, Foi pensando nisso que essa

pesquisa, buscou a resposta para a seguinte questão: Quais os principais fatores do

ambiente organizacional que interferem na qualidade de vida dos funcionários da

Star Cont – Reefer Service?

Através deste trabalho, foi possível identificar a percepção dos

colaboradores da empresa Star Cont, quanto aos principais fatores do ambiente de

trabalho que interferem na qualidade de vida dos funcionários.

Souza (2002) afirma que o crescimento do setor de serviços tem

evidenciado a importância das empresas dedicarem maior atenção à qualidade com

que seus serviços são prestados. Dentre todos os aspectos que devem ser

considerados, um dos mais relevantes, mas muitas vezes deixado em segundo

plano, refere-se à qualidade que deve estar presente nos serviços prestados

internamente aos próprios funcionários das empresas, ou seja, na relação cliente-

fornecedor interno.

O trabalho não acarretou custo para a organização e se tornou viável porque

a empresa aprovou o tema proposto pela acadêmica e disponibilizou documentos,

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informações e acesso aos funcionários, onde foram aplicados os questionários, com

o intuito de identificar os fatores determinantes da qualidade de vida no trabalho.

A importância do estudo para a organização foi que os gestores puderam

fazer uma pesquisa do ambiente organizacional da Star Cont, buscando identificar o

nível de satisfação dos colaboradores quanto a Qualidade de Vida no Trabalho.

Do ponto de vista acadêmico, o conhecimento sobre os fatores da Qualidade

de Vida no Trabalho, pode abrir espaço para o desenvolvimento pessoal e

crescimento profissional, especialmente relacionado ao tema.

1.2 Objetivos do trabalho

Roesch (2005) afirma que o objetivo geral atua como medida que indica o

sucesso do estágio ou da pesquisa, chamando a atenção de que se os objetivos não

foram efetivamente alcançados, a avaliação positiva do trabalho fica comprometida

O objetivo geral do presente estudo foi identificar os fatores que interferem

na qualidade de vida no trabalho dos funcionários da Star Cont.

Segundo Roesch (2005, p.96):

Uma distinção importante é entre objetivos geral e objetivos específicos. O objetivo geral define o propósito de trabalho. Num projeto, não é suficiente definir apenas objetivos gerais, visto que estes são amplos e dificilmente podem ser avaliados.

Nesse sentido, foram traçados os seguintes objetivos específicos:

• Verificar as condições de trabalho oferecidas pela empresa

• Identificar o perfil dos funcionários da Star Cont conforme solicitação da

empresa.

• Identificar os fatores que interferem a qualidade de vida no trabalho na

percepção dos funcionários, definidos por Walton (apud FERNANDES,

1996).

• Apresentar sugestões para empresa.

1.3 Aspectos metodológicos

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Neste item foi apresentado os aspectos metodológicos utilizados na

presente pesquisa, enfatizando as questões ligadas ao tipo de pesquisa, área de

abrangência, bem como a apresentação e análise das informações.

Segundo Marconi e Lakatos (2006, p.105), “a especificação da metodologia

da pesquisa é a que abrange o maior número de itens, pois responde, a um só

tempo, às questões ‘como?, com quê?, onde?, quanto?”.

1.3.1 Caracterização da pesquisa

O método adotado para o estudo foi quantitativo com aporte qualitativo, a

fase quantitativa do estudo se concretizou por meio da aplicação de questionário,

cujos resultados foram analisados com técnicas e métodos estatísticos de forma

exploratória, neste sentido Roesch (2005, p.130) argumenta que:

Se o propósito do projeto implica medir relações entre variáveis (associação ou

causa-efeito), ou avaliar o resultado de algum sistema ou projeto, recomenda-se

utilizar preferentemente o enfoque da pesquisa quantitativa e utilizar a melhor

estratégia de controlar o delineamento da pesquisa para garantir uma boa

interpretação dos resultados.

O método quantitativo foi empregado para quantificar os dados coletados

através dos questionários aplicados aos colaboradores da Star Cont Além disso de

acordo com Vergara (2004), considera-se que a pesquisa exploratória traz mais as

informações, dando aos funcionários a oportunidade de colocarem sua expressão

ao papel.

Oliveira (1999) aponta que o método quantitativo indica a quantificação de

dados através das opiniões, coleta de dados e informações. Já o método qualitativo

segundo o autor, se diferencia do quantitativo por não empregar dados estatísticos.

A pesquisa qualitativa responde a questões muito particulares. Ela se preocupa com

um nível de realidade que não pode ser quantificado.

Os métodos qualitativos são apropriados quando o fenômeno em estudo é complexo, de natureza social e não tende à quantificação. Normalmente, são usados quando o entendimento do contexto social e cultural é um elemento importante para a pesquisa. Para aprender métodos qualitativos é preciso aprender a observar, registrar e analisar interações reais entre pessoas, e entre pessoas e sistemas (LIEBSCHER, 1998, p.123)

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O estudo proposto teve como tipologia o modelo de pesquisa-diagnóstico,

que segundo Roesch (1999, p.71), “propõe levantar e definir problemas, explorar o

ambiente. Como decorrência do diagnóstico efetuado, espera-se que no trabalho

sejam apresentadas sugestões à empresa para resolver os problemas levantados”.

A pesquisa foi caracterizada pelo método descritivo, na intenção de obter

informações relacionada às atitudes dos colaboradores dentro da organização.

As pesquisas descritivas têm como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relação entre variáveis. São inúmeros os estudos que podem ser classificados sob este título e uma de suas características mais significativas está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados, tais como o questionário e a observação sistemática. (GIL, 2002, p. 42).

1.3.2 Contexto e participantes da pesquisa

A presente pesquisa foi composta pela gerente de recursos humanos e por

60 colaboradores representados por toda população da empresa Star Cont.

Roesch (2007) conceitua população como pessoas que compartilham uma

característica ou um grupo de características, é especialmente projetada para gerar

medidas precisas e confiáveis que permitam uma análise estatística.

A pesquisa foi considerada um censo. Considerando que todos os

integrantes da empresa participaram.

Para Malhotra (2001, p.301) censo é a “enumeração completa dos

elementos de sua população ou de objeto de estudo”.

1.3.3 Procedimentos e instrumentos de coleta de dados

Marconi e Lakatos (1999, p.34), relatam que “a coleta de dados é a etapa da

pesquisa em que se inicia a aplicação dos instrumentos elaborados e das técnicas

selecionadas, a fim de se efetuar a coleta dos resultados previstos”.

Os dados foram coletados através de fontes primárias e secundárias.

Segundo Mattar (2001) os dados primários são aqueles coletados com o único

objetivo de satisfazer às necessidades da pesquisa, e os dados secundários, são aqueles

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que já foram coletados e catalogados outrora pela empresa e que já estão disponíveis

para consulta.

Os instrumentos de coleta de dados foram questionário, entrevista semi-

estrutura e observação não participante, tendo em vista otimizar o tempo disponível,

obtendo respostas mais rápidas e precisas.

Roesch (1999) define questionário como um instrumento mais utilizado em

pesquisa quantitativa, que propõe levantar as informações relevantes ao hábitos,

costumes e preferências.

Os dados secundários foram coletados na administração da empresa e nos

documentos existentes.

Para a elaboração dos instrumentos de pesquisa foi utilizado como

referencial teórico o autor Walton (apud Fernandes 1996) que propôs oito categoria

spara avaliar a qualidade de vida no trabalho, os quais foram descrito no decorrer

desse trabalho.

1.3.4 Tratamento e análise dos dados

A partir da pesquisa foi possível identificar os fatores que interferem na

qualidade de vida no trabalho dos colaboradores da empresa Star Cont., e

possibilitou identificar fatores que poderão ajudar a melhorar o ambiente

organizacional.

Para a organização, a análise dos dados, segundo Mattar (2001, p.181), foi

“o processamento dos dados compreendendo os passos necessários para

transformar os dados brutos coletados em dados trabalhando que permitirão a

realização das análises e interpretações”.

Chiavenato (2000, p.192), relata que “o objetivo principal das análises é

permitir ao pesquisador, o estabelecimento das conclusões a partir dos dados

coletados”.

Segundo Roesh (2005), o tratamento e análise de dados são formas para se

avaliar os dados, se estes são confiáveis.

Para a análise dos dados, foi adotado no trabalho a pesquisa quantitativa,

sendo que os dados foram coletados por meio de questionário, foram tabulados e

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apresentados através de gráficos, quadros e seguidos de textos explicativos, sendo

utilizada a técnica de análise descritiva.

O estudo descritivo, segundo Richardson (1999), representa um nível de

análise que permite identificar as características dos fenômenos, possibilitando

também a ordenação e a classificação destes.

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

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Neste capítulo são apresentadas às informações que fundamentam

teoricamente este trabalho, que se refere à área de recursos humanos e que

enfatiza as questões relacionadas à Qualidade de Vida no Trabalho.

2.1 Administração

Toda empresa existe para um determinado propósito ou objetivo, e os

administradores são responsáveis por combinar e utilizar os recursos de que dispõe

a organização para garantir que essas empresas alcancem seus propósitos.

Segundo Chiavenato (2002), a tarefa básica da administração é fazer as

coisas por meio das pessoas de maneira eficiente e eficaz, seja nas indústrias,

comércios, organizações de serviços públicos, hospitais, universidades, entre outras.

Na visão de Maximiano (2007) a administração é a ação de administrar um

conjunto de princípios, normas e funções, tendo como finalidade ordenar os fatores

de produção controlando sua produtividade e eficiência, para se obter determinado

resultado.

Assim, verifica-se que a administração é um processo de tomada de decisão

e realização de ações, que compreende quatro processos interligados:

planejamento, organização, execução e controle.

A administração é importante na realização dos objetivos da empresa, e o

administrador possui papel fundamental para obter os resultados esperados pelas

organizações.

Para Certo (2003), a administração é o processo que permite alcançar as

metas de uma empresa, fazendo uso do trabalho com e por meio de pessoas e

outros recursos da empresa. Uma comparação entre essa definição e as definições

fornecidas por vários autores da área de administração mostra que existe um alto

grau de concordância de que a administração possui as três principais

características relacionadas, que são:

• é um processo ou uma série de atividades contínuas e relacionadas;

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• implica alcançar os objetivos da empresa e se concentra nisso;

• alcança esses objetivos fazendo uso do trabalho com e por meio de

pessoas e outros recursos da empresa.

A administração assume um papel cada vez mais importante na vida das

organizações, a partir do momento em que os grandes pensadores e estudiosos

perceberam que os resultados obtidos com a aplicação das técnicas administrativas

seriam muito melhores para o ambiente empresarial, buscando sempre manter a

eficiência e eficácia em seus processos, por meio de homens e máquinas.

Pensando nisso que surgiu as escolas da administração, onde seu

pressuposto maior é dar um suporte teórico sobre a administração.

2.1.1 Escolas da Administração

Apesar de todo o progresso ocorrido no conhecimento humano, a chamada

Ciência da Administração somente surgiu no despontar do século XX, com um

acontecimento histórico da maior transcendência.

Destaca Chiavenato (2000) que, com a invenção da máquina a vapor por

James Watt (1736-1819) e sua aplicação à produção, surgiu uma nova concepção

de trabalho que modificou completamente a estrutura social e comercial da época,

provocando profundas e rápidas mudanças de ordem econômica, política e social

que, no lapso de um século, foram maiores do que as mudanças ocorridas em todo

o milênio anterior, conhecido como Revolução Industrial.

A Teoria Geral da Administração é uma área nova e recente do

conhecimento humano. Para que ela surgisse foram necessários muitos séculos de

preparação e muitos antecedentes históricos, que permitiram e viabilizaram as

condições indispensáveis ao seu aparecimento.

Relata Chiavenato (2000) que a Teoria Geral da Administração começou

com a ênfase nas tarefas (atividades executadas pelos operários em uma fábrica),

através da Administração Científica de Taylor. A seguir, a preocupação básica

passou para a ênfase na estrutura, com a Teoria Clássica de Fayol e com a Teoria

da Burocracia de Weber, seguindo-se mais tarde a Teoria Estruturalista. A reação

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humanística surgiu com a ênfase nas pessoas, por meio da Teoria das Relações

Humanas, mais tarde desenvolvida pela Teoria Comportamental.

A ênfase no ambiente surgiu com a Teoria dos Sistemas, sendo completada

pela Teoria da Contingência. Cada uma dessas variáveis – tarefas, estrutura,

pessoas, ambiente e tecnologia – provocou a seu tempo uma diferente teoria

administrativa, marcando um gradativo passo no desenvolvimento da Teoria Geral

da Administração. Cada teoria administrativa privilegia ou enfatiza uma ou mais

dessas cinco variáveis (CHIAVENATO, 2000).

As teorias da administração nos ajudam a entender processos essenciais,

segundo Stoner e Freeman (1999), teoria é um conjunto coerente de pressupostos

elaborado para explicar as relações entre dois ou mais fatos observáveis. A teoria é

aquela que embasa todas as nossas ações dentro da organização e sobre todos os

seus stakeholders (agentes influenciadores, grupos de interesse). Todas as teorias

da administração são produtos do ambiente, forças sociais, econômicas, políticas,

tecnológicas e culturais.

É importante salientar, que não existem uma teoria, modelo ou padrão para

os acontecimentos, e a teoria que é eficaz em um determinado lugar pode não ser

eficaz em outro determinado local.

Maximiano (2007) relata que muitas idéias e técnicas da atualidade têm

raízes antigas e procuram resolver problemas que as organizações sempre

enfrentaram e continuarão a enfrentar. Ao longo dos séculos, essas idéias e

técnicas, influenciadas pelas circunstâncias de cada momento histórico, evoluíram

continuamente.

E para resolver os problemas na organização os princípios da administração

cientifica, vem sugerir alguns métodos e técnica, para melhorar a produtividade.

2.1.2 Princípios da administração científica

A abordagem desta escola era a ênfase nas tarefas, devido à tentativa de

aplicar métodos da ciência aos problemas da administração. Com o objetivo de

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alcançar eficiência nos processos, foi utilizado como método a observação e a

mensuração. O objetivo era eliminar o desperdício sofrido na área produtiva.

Explicam Motta e Vasconcelos (2004) que o pensamento central dessa

escola pode ser resumido na afirmação de que alguém será um bom administrador à

medida que planejar cuidadosamente seus passos, organizar e coordenar

racionalmente.

Taylor defendia a divisão do trabalho, e sua característica mais marcante foi

a busca de uma organização científica do trabalho, enfatizando tempos e métodos,

sendo o precursor da Teoria da Administração Científica.

A administração científica é uma abordagem de baixo para cima (do operário para o supervisor e gerente) e das partes (operários e seus cargos) para o todo (organização empresarial), no século XX, a atenção para o método de trabalho, para os movimentos necessários à execução de uma tarefa, para o tempo padrão determinado para sua elaboração (ANDRADE; AMBONI, 2007, p.51).

Para Taylor apud Chiavenato (2000), a administração deve ser estudada e

embasada cientificamente e não empiricamente, a improvisação teria que ser

substituída por planejamento e o empirismo à ciência, o trabalho deve ser analisado

de forma completa, inclusive os tempos e movimentos para estabelecer padrões que

serviriam para criar formas de remuneração por produtividade.

Taylor tentou utilizar técnicas científicas para melhorar a produtividade das

pessoas no trabalho. As implicações de seus esforços, se não seus próprios

princípios da administração científica, são encontradas em muitos ambientes de

administração atualmente.

Destaca Maximiano (2007) que uma das preocupações marcantes dos

administradores desta época era a eficiência dos processos de fabricação. Em 1903,

Taylor divulgou um estudo no qual propunha sua filosofia de administração, que

compreendia quatro princípios:

• o objetivo da boa administração era pagar salários altos e ter baixos

custos de produção;

• com esse objetivo, a administração deveria aplicar métodos de

pesquisa para determinar a melhor maneira de executar tarefas;

• os empregados deveriam ser cientificamente selecionados e treinados,

de maneira que as pessoas e as tarefas fossem compatíveis;

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• deveria haver uma atmosfera de íntima e cordial cooperação entre a

administração e os trabalhadores, para garantir um ambiente psicológico favorável à

aplicação desses princípios.

A forma usada por Taylor está sendo usado até os dias atuais, como o

processo produtivo, divisão do trabalho em tarefas, além de estimular os estudos

tecnológicos na busca da automação industrial que hoje permitem que o trabalho

humano seja utilizado em tarefas, utilize menos a força física, poupando o trabalho

na busca do enriquecimento do conhecimento.

E para que aconteça essa divisão de tarefas a teoria da burocracia, vem

auxiliar essas divisões.

2.1.3 Teoria da Burocracia

Max Weber era um intelectual alemão do final do século XIX, cujas idéias

tiveram um impacto importante no campo da administração e da sociologia das

organizações.

Para Schermerhorn (2006), as idéias de Max Weber se desenvolveram, em

parte, como uma reação àquilo que ele considerava como deficiências de

desempenho nas organizações na sua época. Max Weber estava preocupado com o

fato de que as pessoas se encontravam em posição de autoridade, não em função

de suas habilidades relacionadas ao trabalho, mas em função de sua posição social

ou de sua situação privilegiada na sociedade alemã. Por esta e por outras razões,

ele acreditava que as organizações falhavam em alcançar o seu potencial de

desempenho.

Maximiano (2004, p.60) destaca que “segundo Weber, a administração

burocrática é a forma mais racional de exercer a dominação”. A organização

burocrática possibilita o exercício da autoridade e a obtenção da obediência com

precisão, continuidade, disciplina, rigor e confiança.

A burocracia proporciona uma maneira racional de organizar pessoas e

atividades no sentido de alcançar objetivos específicos.

Andrade e Amboni (2007) afirmam que Max Weber concebeu o objeto da

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sociologia como a captação da relação de sentido da ação humana. Para ele,

conhecer um fenômeno social dá chances para o gestor verificar e sentir o conteúdo

simbólico da ação ou das ações que estão em sua volta.

Schermerhorn (2006) apresenta as características que definem a

organização burocrática de Weber:

• clara divisão do trabalho: as tarefas são bem definidas e os

trabalhadores se tornam fortemente capacitados para desempenhá-las;

• clara hierarquia de autoridade: autoridade e responsabilidade são bem

definidas para cada posição, e cada posição se reporta a um nível hierárquico mais

elevado;

• regras e procedimentos formais: diretrizes escritas direcionam o

comportamento e as decisões nas tarefas, e arquivos são mantidos para fins de

registro histórico;

• impessoalidade: regras e procedimentos são aplicados de maneira

imparcial e uniforme, sem que nenhuma pessoa receba tratamento preferencial;

• carreiras baseadas no mérito: os trabalhadores são selecionados e

promovidos com base em sua capacidade e no seu desempenho, e os

administradores são empregados de carreira na organização.

Verifica-se atualmente na administração que muitas formas das

organizações inovadoras buscam os mesmos objetivos de Weber, porém com

diferentes abordagens sobre o modo como as organizações devem ser estruturadas.

A abordagem Clássica vem dar suporte a essa organização, utilizando os

princípios gerais da administração como ferramenta base.

2.1.4 Abordagem Clássica

A Teoria Clássica surgiu em 1916, na França; ao contrário da Administração

Científica onde a ênfase era nas tarefas, essa tinha como característica a ênfase na

estrutura como base para o alcance da eficiência.

Chiavenato (2000) descreve que a Abordagem Clássica dominou as quatro

primeiras décadas do século XX e que as teorias eram antagônicas uma da outra,

apesar de contribuírem para nortear a administração.

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A abordagem conceituava que homem e máquina deveriam produzir o

máximo, trabalhar na capacidade máxima sem ociosidade, mesmo que o destino

dos produtos fossem os armazéns.

Na visão de Andrade e Amboni (2007), a Teoria Clássica é uma abordagem

de cima para baixo (da direção para a execução) e do todo (organização) para as

partes competentes (unidades de trabalho). Predominava a ênfase na estrutura

organizacional, com os elementos e os princípios gerais da administração, com a

departamentalização.

Isso possibilitou a melhor maneira de subdividir a empresa sob a

centralização de um supervisor principal.

Explica ainda Schermerhorn (2006) que, nesta escola, foram desenvolvidos

os trabalhos de Henri Fayol, que apresentavam a administração apropriada das

organizações e as pessoas dentro delas. Ele identificou cinco regras ou deveres da

administração, que se assemelham bastante às quatro funções da administração,

utilizadas até hoje nas empresas:

• visão de futuro: completar um plano de ação para o futuro;

• organização: fornecer e mobilizar recursos para implementar o plano;

• comando: liderar, selecionar e avaliar trabalhadores de modo a obter o

melhor trabalho em direção a um plano;

• coordenação: conjugar esforços diversificados, garantindo que as

informações sejam compartilhadas e que os problemas sejam solucionados;

• controle: garantir que as coisas aconteçam de acordo com o plano e

adotar ações corretivas necessárias.

Verifica-se que Fayol acreditava que a administração podia ser ensinada,

tendo bastante preocupação em melhorar a qualidade da administração e em

estabelecer alguns princípios, que visam guiar a ação administrativa.

Algumas dessas ações administrativa é humanizar a organização através da

teoria das relações humanas.

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2.1.5 Teoria das Relações Humanas

A abordagem humanística ocorre com o aparecimento da Teoria das

Relações Humanas, nos Estados Unidos, a partir da década de 1930. Ela surgiu

graças ao desenvolvimento das ciências sociais, notadamente a psicologia e, em

particular, a psicologia do trabalho.

Explicam Motta e Vasconcelos (2004) que a causa imediata do

aparecimento da Escola de Relações Humanas foram os estudos e as experiências

realizadas por professores da Universidade de Harvard na Western Eletric, em sua

fábrica de equipamentos telefônicos de Hawthorne, a partir de 1927.

Afirmam também Andrade e Amboni (2007) que a Escola das Relações

Humanas surgiu nos Estados Unidos, devido à onda de desemprego resultante da

crise de 1929 e foi impulsionada pelos resultados da pesquisa desenvolvida na

Western Eletric, no bairro de Hawthorne.

Fundamenta Schermerhorn (2006) que as abordagens de recursos humanos

sustentam que as pessoas necessitam de realização social e de auto-realização, e

supõe que as pessoas no trabalho buscam a satisfação das relações sociais,

respondendo a pressões do grupo e buscando a realização pessoal.

Os estudos de Hawthorne ajudaram a transferir a atenção, por parte dos

administradores e dos pesquisadores da administração, de preocupações técnicas e

estruturais da abordagem clássica para preocupações sociais e humanas como

pontos-chave para a produtividade.

A partir dessas questões, os estudiosos passaram a se preocupar com o

fator humano no trabalho, contrariando os pressupostos defendidos por Taylor de

que a organização era uma máquina desprovida de valores humanos, em que o

homem era considerado como uma peça de uma máquina, sem qualquer tipo de

consideração para a empresa.

Os estudos nesta época mostraram que os sentimentos, as atitudes e as

relações das pessoas com seus colegas de trabalho devem ser importantes para a

administração, e reconheceram a importância do trabalho do grupo.

Visando integrar o grupo de trabalho, a teoria estruturalista vem organizar

essa socialização.

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2.1.6 Teoria Estruturalista

Esta teoria surgiu por volta da década de 50, buscando conciliar as teses

propostas pela Teoria Clássica e de Relações Humanas, tendo a necessidade de

visualizar a organização como uma unidade social grande e complexa, onde

interagem muitos grupos sociais que compartilham alguns dos objetivos da

organização, mas que podem incompatibilizar-se com outros.

Para Andrade e Amboni (2007), a Escola Estruturalista surgiu em

decorrência do declínio do movimento das reações humanas, no final da década de

1950. O impasse criado pela Escola Clássica e pela de Relações Humanas não foi

superado pela Teoria da Burocracia. Neste sentido que surgiu a escola

Estruturalista, como conseqüência dos seguintes aspectos:

• oposição entre os aspectos formais, e os defendidos pelos autores da

escola clássica informais, valorizados pelos autores da Escola de Relações

Humanas;

• a necessidade de visualizar a organização como um todo, e não de

forma compartimentada e isolada. A organização lida com muitas variáveis

complexas de ordem interna e externa. Ela tanto influencia como pode ser

influenciada pelo ambiente externo direto e indireto;

• a repercussão dos resultados dos estudiosos estruturalistas na

compreensão das organizações como um todo integrado e complexo.

Na visão de Motta e Vasconcelos (2004), o estruturalismo é um método

analítico comparativo, ou seja, para o estruturalismo, o conceito de sistema

considera em sua análise o relacionamento das partes na constituição do todo, ou

seja, o estruturalismo implica totalidade e interdependência, já que inclui os

conjuntos cujos elementos sejam relacionados por mera justaposição.

Simplificando, os conjuntos que interessam ao estruturalista são sistemas,

ou seja, apresentam como característica básica o fato de que o todo é maior do que

a simples soma das partes.

Conforme Chiavenato (2000), a teoria estruturalista inaugura os estudos dos

ambientes dentro do conceito de que as organizações são sistemas abertos em

constante interação com seu meio ambiente. Até então, a teoria administrativa havia

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se confinado aos estudos dos aspectos internos da organização dentro de uma

concepção de sistema fechado.

2.1.7 Teoria dos Sistemas

A Teoria Geral dos Sistemas foi formulada e desenvolvida pelo economista

Kenneth Boulding e pelo biólogo Ludwig Von Bertalanffy, em 1950, com o objetivo

de sintetizar as idéias comuns a várias disciplinas.

De acordo com Schermerhorn (2006), na teoria dos sistemas, as

organizações podem ser vistas como sistemas abertos que interagem com seus

ambientes no processo contínuo, e diz respeito a transformar insumos em produtos

(bens e/ou serviços acabados). O ambiente externo representa um elemento crítico

na visão das organizações como sistemas abertos, representando uma fonte tanto

de recursos quanto de respostas do consumidor, e pode apresentar um impacto

significativo sobre as operações e os resultados.

Conforme Andrade e Amboni (2007), a Teoria Geral de Sistemas não busca

solucionar problemas ou tentar soluções práticas, mas sim produzir teorias e

formulações conceituais que possam criar condições de aplicação na realidade

empírica.

Nesta teoria, a organização representa uma coleção de partes ou

subsistemas que se inter-relacionam e devem funcionar conjuntamente, de modo a

atingir um propósito em comum.

Maximiano (2004) apresenta que a Teoria Geral dos Sistemas explora todos

e a totalidade, através de duas idéias básicas, que são:

• a realidade é feita de sistemas, que são feitos de elementos

interdependentes. A realidade não é feita de elementos isolados, sem qualquer

relação entre si;

• para compreender a realidade, é preciso analisar não apenas

elementos isolados, mas também suas inter-relações.

O objetivo principal é que todos os subsistemas, desempenhem de um modo

que facilite a elevada produtividade para toda a empresa.

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E para que isso aconteça, a teoria comportamental vem destacar que o

funcionário é uma das principais ferramentas para essa produtividade, desde que

seja visto como um colaborador e não como uma máquina.

2.1.8 Teoria comportamental

Na visão de Andrade e Amboni (2007), a Escola Comportamentalista surgiu

no final da década de 1940, com uma redefinição geral de conceitos administrativos

no momento em que passou a criticar as escolas anteriores. A Escola

Comportamentalista amplia e diversifica os conteúdos já explorados pelos

estudiosos mecanicistas e humanistas.

A abordagem comportamental, também chamada de behaviorista, marca

uma forte ênfase da ciência do comportamento na teoria administrativa e a busca de

soluções democráticas e flexíveis para os problemas organizacionais. Originou-se

das ciências comportamentais e, mais especificamente, na psicologia

organizacional.

Para Chiavenato (2000), a abordagem comportamental se preocupa com a

estrutura e se desloca para a preocupação com os processos, com a dinâmica

organizacional e com o comportamento das pessoas na organização, ou seja, o

comportamento organizacional.

A Teoria Comportamental faz parte de uma abordagem que busca destacar

as pessoas que fazem parte da organização, procurando associar os objetivos dos

funcionários com os da empresa.

No entendimento de Maximinano (2004), o enfoque comportamental é outra

maneira de enxergar as pessoas nas organizações, considerando as pessoas em

sua totalidade e como parte mais importante das organizações e de seu

desempenho.

Quando se utiliza o enfoque comportamental, as pessoas ficam em primeiro

plano, ficando em segundo plano o sistema técnico, formado pelas máquinas,

equipamentos, produtos e regras.

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2.1.9 Teoria da Contingência

A Teoria da Contingência enfatiza que não há nada de absoluto nas

organizações ou na teoria administrativa, tendo como resultado que tudo é relativo e

tudo depende. Ela surgiu a partir de várias pesquisas feitas para verificar os modelos

de estruturas organizacionais mais eficazes em determinados tipos de empresas.

No entendimento de Andrade e Amboni (2007), a Teoria da Contingência

surgiu por meio do desenvolvimento de várias pesquisas realizadas com o intuito de

verificar que tipos de estruturas organizacionais eram compatíveis com a realidade

das indústrias. Essa teoria tem um aspecto proativo, e não reativo, pois considera

relevante a constante identificação das condições ambientais e das práticas

administrativas, para que estejam sempre em sintonia.

O pensamento contingencial tenta combinar respostas administrativas com os problemas e oportunidades específicos de diferentes situações, particularmente aqueles impostos pelas diferenças individuais e diferenças no ambiente. A abordagem moderna da administração não tenta encontrar a única e melhor maneira de administrar em todas as circunstâncias. Em vez disso, a perspectiva contingencial tenta ajudar os administradores a compreender as diferenças da situação e responder a elas de maneira apropriada (SCHERMERHORN, 2006, p.221).

As pesquisas realizadas, cada qual isoladamente, pretendiam confirmar se

as organizações mais eficazes seguiam os pressupostos da Teoria Clássica, como

divisão do trabalho, amplitude de controle, hierarquia de autoridade etc.

Para Chiavenato (2000), na Teoria Contingencial há o deslocamento da

visualização de dentro para fora da organização, a ênfase é colocada no ambiente e

nas demandas ambientais sobre a dinâmica organizacional.

Robbins (2003) enfoca que a administração não se baseia em princípios

simplistas, sendo que devem ser analisados diversos fatores que são contingenciais

e influenciadores.

Todas as funções interligadas formam a organização, ou seja, a

administração é o trabalho com recursos humanos, financeiros e materiais, para

atingir objetivos organizacionais através do desempenho das funções de planejar,

organizar, liderar e controlar (STONER; FREEMAN, 1999).

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2.1.10 Áreas da administração

Deve-se notar que a finalidade da administração é estabelecer e alcançar o

objetivo, ou objetivos, da organização. Ao fazê-lo, desempenham-se funções de

administrador a planejador, e manipulam-se recursos humanos, recursos financeiros

e recursos materiais.

Para Maximinano (2004), as funções organizacionais são as tarefas

especializadas que as pessoas e os grupos executam, para que a organização

consiga realizar seus objetivos. Todas as organizações possuem aproximadamente

as mesmas funções, sendo que as mais importantes são: produção, marketing,

finanças e recursos humanos. A coordenação de todas essas funções

especializadas é o papel da administração geral.

Destaca Maximinano (2004) as principais atividades desempenhadas por

cada uma das funções organizacionais:

• produção ou operações: o objetivo básico de produção é fornecer o

produto ou serviço da organização. No centro de qualquer organização, encontra-se

um sistema de operações produtivas, que utiliza e transforma recursos para fornecer

bens e serviços aos clientes, usuários ou público-alvo;

• marketing: o objetivo básico da função de marketing é estabelecer e

manter a ligação entre a organização e seus clientes, consumidores, usuários ou

público-alvo. Tanto as organizações lucrativas quanto as não lucrativas realizam

atividades de marketing;

• finanças: a função financeira cuida do dinheiro da organização, e tem

por objetivo a proteção e a utilização eficaz dos recursos financeiros, o que inclui a

maximização do retorno dos acionistas, no caso das empresas. Ao mesmo tempo, a

função financeira busca manter certo grau de liquidez, para que a organização

consiga cumprir seus compromissos. A função financeira abrange as decisões de:

investimento, financiamento, controle e destinação dos resultados;

• recursos humanos: a função de recursos humanos, ou de gestão de

pessoas, tem como objetivo encontrar, atrair e manter as pessoas de que a

organização necessita. Isso envolve atividades que começam antes de uma pessoa

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ser empregada da organização e vão até depois que a pessoa se desliga.

Conforme Chiavenato (2002), a administração pode ser empregada em

vários tipos de tarefas através dos processos de planejar, organizar, dirigir e

controlar ações. É utilizada a fim de fazer opções e definir caminhos adequados para

o desempenho da empresa.

2.2 Recursos Humanos

Quando se fala em Administração de Recursos Humanos, lembra-se de

pessoas que participam das organizações e que desempenham determinados

papéis.

A Administração de Recursos Humanos é o ramo especializado da Ciência

da Administração que envolve todas as ações que têm como objetivo a integração

do trabalhador no contexto da organização e o aumento de sua produtividade,

visando também contribuir política e estrategicamente para melhores relações de

trabalho na organização (CHIAVENATO, 2002).

Com o passar nos anos, as empresas passaram a valorizar os Recursos

Humanos como uma forma de aproximar os funcionários da empresa, de forma que

o grupo trabalha para atingir um objetivo comum.

Conforme Milkovich e Boudreau (2000, p.19), por administração de

Recursos Humanos entende-se “uma série de decisões integradas que formam as

relações de trabalho; sua qualidade influencia diretamente a capacidade da

organização e de seus empregados em atingir seus objetivos”.

Ressaltam Tachizawa, Ferreira e Fortuna (2001), na passagem do

paradigma industrial para o paradigma pós-industrial, que sintetiza a evolução do

antigo processo de gestão (baseado em economia de estaca) para o novo (baseado

em economia de escopo), destacam as principais mudanças a serem observadas

pelos gestores em seus futuros modelos de gestão:

• da produção em massa de bens homogêneos para a produção em

pequenos lotes;

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• da uniformidade e padronização para a produção flexível de uma

variedade de produtos;

• de grandes estoques e inventários para um estágio sem estoques;

• de testes de qualidade a posteriori para uma fase de controle de

qualidade integrado ao processo;

• de um estágio de produtos defeituosos nos estoques para uma fase de

rejeição imediata de peças com defeito;

• de perda de tempo de produção devido a longos períodos de preparo

das máquinas, pontos de estrangulamento nos estoques etc., para uma fase de

redução do tempo perdido, reduzindo-se a porosidade do dia de trabalho;

• da organização voltada para os recursos para uma organização

voltada para a demanda;

• da integração vertical e (em alguns casos) horizontal para a integração

horizontal, com subcontratação de terceiros;

• de um estágio de redução de custos através do controle dos salários

para uma fase de aprendizagem na prática integrada ao planejamento a longo

prazo.

Dentro destas mudanças, a gestão de pessoas também evidencia algumas

alterações na forma de controle do trabalho, quando comparado o paradigma

industrial com o paradigma pós-industrial, conforme destacado por Tachizawa,

Ferreira e Fortuna (2001):

• de realização de uma única tarefa para um regime de múltiplas tarefas;

• de pagamento pro rata (baseado em critérios da definição do emprego)

para pagamento pessoal em função de resultados por equipe;

• de um regime de alto grau de especialização de tarefas para a

eliminação da delimitação de tarefas;

• de pouco ou nenhum treinamento no trabalho para uma fase de longo

treinamento no trabalho e educação continuada;

• de organização vertical do trabalho para uma organização horizontal

do trabalho;

• de nenhuma experiência de aprendizagem para a aprendizagem no

trabalho;

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• da ênfase na redução da responsabilidade do trabalhador

(disciplinamento da força de trabalho) para uma ênfase na co-responsabilidade do

trabalhador;

• de nenhuma ou pouca preocupação com a segurança no trabalho para

uma grande estabilidade no emprego para trabalhadores do quadro central;

• de um regime de autocracia para uma liderança participativa.

De acordo com Milkovich e Boudreau (2000), a administração de recursos

humanos identifica quatro grandes categorias de atividades: recrutamento,

desenvolvimento, recompensa e relações trabalhistas. A natureza de cada uma

delas varia com o passar do tempo e são diferentes para cada empresa,

dependendo de suas condições organizacionais e externas, assim como de seus

objetivos específicos.

O setor de Recursos Humanos não é apenas um setor de recrutamento,

seleção e administração de pessoal; é um órgão vital de um organismo complexo

em que os indivíduos são a seiva que os alimenta, ou seja, seu principal foco é o de

suprimento dos recursos humanos, imprescindíveis à organização. A manutenção

destes recursos obedece a uma regra que promove construção e bem-estar

(CHIAVENATO, 2004).

Na visão de Lacombe (2005), as organizações selecionam, formam,

integram e aperfeiçoam um grupo de pessoas para trabalhar numa empresa como

uma verdadeira equipe, com objetivos definidos, fazendo com que cada membro

conheça seu papel, coopere com os demais e produza resultados.

A Gestão de Pessoas é uma das áreas que mais vêm sofrendo mudanças,

visto que o mercado está se voltando para a integração dos funcionários dentro das

organizações. Atualmente, o foco é uma gestão participativa, onde os funcionários

tornam-se importantíssimos para o alcance dos objetivos e metas organizacionais.

O recrutamento tanto quanto a seleção, apresentam a finalidade de obter e

colocar a disposição do processo produtivo pessoas que apresentam em certo perfil,

compatível com as necessidades definidas pela empresa.

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2.2.1 Recrutamento e Seleção

Os recursos humanos estão constantemente entrando e saindo das

organizações, e movimentando-se dentro delas. Gerenciar esse movimento de

pessoas é uma das atividades da Administração de Recursos Humanos.

Conforme Milkovich e Boudreau (2000), a organização com a mais perfeita

definição de funções, estrutura organizacional e sistema de recompensas não vai

funcionar direito, a menos que contrate um número e tipo certos de funcionários,

colocados nas posições mais adequadas e consiga mantê-los dentro da empresa.

O recrutamento envolve um processo que varia conforme a organização. O

início do processo de recrutamento depende da decisão e da necessidade de

contratação de um setor da empresa.

O recrutamento é a atração inicial e a pré-seleção de candidatos a ocupar

uma vaga de emprego. Para Certo (2003), seu propósito é limitar o amplo campo de

possíveis funcionários a um grupo relativamente pequeno de pessoas a partir do

qual alguém eventualmente será contratado.

Gil (2001) relata que o recrutamento visa atrair candidatos potencialmente

qualificados e aptos a ocupar cargos dentro da organização. Existem diversas

formas de recrutamento, portanto, o selecionador deve escolher o método mais

adequado, considerando a natureza dos cargos e os meios oferecidos pela

empresa.

De acordo com Pontes (2001), o recrutamento é uma tarefa muito ativa de

criar interesse e atrair candidatos às vagas existentes na organização.

O segundo passo para fornecer recursos humanos adequados a uma

empresa é a seleção, que é escolher uma pessoa para ser contratada em meio a

todas as outras que foram recrutadas.

Na visão de Certo (2003), a seleção é representada como uma série de

etapas pelas quais os candidatos têm de passar para ser contratados. Cada etapa

reduz o total do grupo de candidatos, até que, finalmente, uma pessoa é contratada.

Se todos os indivíduos fossem iguais e reunissem as mesmas condições para aprender e trabalhar, a seleção poderia ser desprezada. Contudo, há enormes diferenças individuais, tanto físicas (estatura, peso, sexo, força etc.) como psicológicas (temperamento, caráter, aptidão etc.) que levam as

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pessoas a se comportarem diferentemente, a perceberem situações de forma diferente e a desempenharem diferentemente com maior ou menor sucesso nas ocupações da organização. As pessoas diferem tanto na capacidade para aprender uma tarefa como no nível de realização da mesma após a aprendizagem. A estimação dessas duas variáveis – tempo de aprendizagem e nível de execução – é uma tarefa da seleção (CHIAVENATO, 2004, p.132).

O objetivo da seleção de recursos humanos seria colocar todos os

candidatos em empregos perfeitamente adequados ao seu tipo. De um lado, tem-se

a análise do cargo a ser preenchido, informando os requisitos indispensáveis ao

ocupante desse cargo; de outro, vários candidatos extremamente diferenciados

concorrendo às vagas oferecidas pela empresa.

Cabe ao gestor analisar, então, duas variáveis que devem se adequar: os

requisitos do cargo e o perfil das características dos candidatos recrutados.

Para Marras (2000), a seleção de pessoal é uma atividade de

responsabilidade do sistema de Administração de Recursos Humanos, que tem por

finalidade escolher, sob metodologia específica, candidatos a empregos recebidos

pelo setor de recrutamento, para o atendimento das necessidades internas da

empresa.

Os gestores das organizações também devem analisar se a estrutura de

cargos e salários, estão em conformidade com o organograma da empresa.

2.2.2 Cargos e Salários

O desenho de cargos define o conteúdo do cargo, ou seja, as tarefas a

serem desempenhadas, suas responsabilidades, seus relacionamentos, como as

atividades devem ser executadas, a quem na organização o ocupante estará

subordinado e quem serão os seus subordinados, encaixando o cargo no

organograma da organização.

Segundo Chiavenato (2002), cargo nada mais é o que a pessoa faz. É toda

atividade desempenhada por uma pessoa, definindo sua importância e a posição

hierárquica, a subordinação, os subordinados, ou seja, define a posição da pessoa

dentro da organização segundo o cargo o qual ocupa. O desenho de cargos define:

• o que o ocupante deve fazer;

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• como o ocupante deve fazer;

• o conjunto de tarefas que compõe o cargo.

Segundo Araújo (2006), o cargo é um conjunto de atribuição de natureza e

requisitos semelhantes e que têm responsabilidades específicas a serem praticadas

pelo seu ocupante (do cargo).

A atividade de cargos tem a responsabilidade da análise e avaliação de

cargos, considerando os critérios já estabelecidos a cada cargo e em relação aos

demais, observando as responsabilidades e limitações para o seu desempenho.

A função dos salários está ligada ao cargo ocupado pelo funcionário.

Na visão de Gil (2001), a descrição de cargos pode ser definida como a

apresentação organizada das atividades e atribuições de um cargo, procurando

relatar o que é feito, de que forma e por que a pessoa que ocupa o cargo exerce

determinadas tarefas.

No entendimento de Araújo (2006), o estudo de cargos e salários é um

instrumento que permitirá à empresa a administração de seus recursos humanos na

contratação, movimentações horizontais (méritos) e verticais (promoções) de seus

profissionais e retenção dos talentos da empresa.

A definição de cargos e salários estabelecerá uma política salarial eficaz que

permitirá a ascensão profissional dos funcionários de acordo com suas aptidões e

desempenho.

Para Marras (2000), as organizações utilizam diferentes tipos de salários,

que são:

• salário nominal (ou bruto): é o salário que consta na ficha de registro,

na carteira profissional e em todos os documentos legais. Note que este poderá ser

expresso em hora, dia, semana, mês, ou outros, de acordo com o tipo de

contratação existente;

• salário efetivo (ou líquido): é o salário bruto descontadas as obrigações

legais, tais como contribuição previdenciária, imposto de renda e outras, de acordo

com o tipo de contratação, ou seja, embora haja outros valores que o funcionário

receberá por ocasião de alguns eventos, tais como o FGTS (Fundo de Garantia do

Tempo de Serviço);

• salário complessivo: é o salário bruto complementado pelas parcelas

adicionais, tais como hora extra, adicional noturno e outros;

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• salário profissional: é o salário expresso na lei destinado a algumas

profissões, tais como médicos e engenheiros. O salário profissional não é

necessariamente aquele que o funcionário recebe. É sim uma obrigação do

empregador tê-lo como salário nominal, não impedindo que seja maior que o

estabelecido em lei ou acordo sindical.

Os funcionários devem ser recompensados pelas atividades que prestam à

organização em que trabalham, além dos salários, estas recompensas também

podem ser oferecidas através dos planos de benefícios sociais.

2.2.3 Benefícios

Os benefícios possuem um aspecto competitivo no mercado de trabalho,

pois constituem uma preocupação da organização para a preservação das

condições físicas e mentais de seus funcionários.

Para Marras (2001, p.133), “o plano de benefício de cada empresa deve

ajustar-se à cultura organizacional e às demandas dos seus empregados, não

podendo apenas seguir as tendências das outras empresas”.

Milkovich e Boudreau (2000) definem que os benefícios são os aspectos

indiretos da remuneração total dos empregados; eles incluem remuneração fora do

trabalho, pagamento de seguro e assistência médica, serviços aos empregados e

renda de aposentadoria.

Os benefícios devem atender às necessidades dos funcionários em três

áreas de suas vidas. No cargo, com gratificações, prêmios por desempenho etc.;

fora do cargo e dentro da organização, compreendendo refeitórios, transportes,

entre outros; fora da organização, na comunidade, abrangendo prática de esportes,

atividades recreativas etc. (CHIAVENATO, 2004).

As organizações devem elaborar planos de benefícios sociais que

proporcionem vantagens aos funcionários e também à empresa, para que esta

obtenha retorno sobre o seu investimento.

Além dos benefícios que as empresas oferecem, elas devem também,

assegurar que seus funcionários tenham treinamento e se desenvolvam

continuamente.

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2.2.4 Treinamento

Muitas empresas já perceberam que seu diferencial são os recursos

humanos que compõem seu quadro de funcionários. Assim, as empresas treinam

intensamente novos profissionais e mantêm programas de treinamento contínuos

para os mais experientes, tendo como objetivo o aumento da produtividade, a

produtividade do funcionário e a lucratividade.

Para Marras (2000, p.146) “o treinamento produz um estado de mudança no

conjunto de Conhecimentos, Habilidades ou Atitudes de cada trabalhador, uma vez

que implementa ou modifica a bagagem particular de cada um”.

Conforme Milkovich e Boudreau (2000), o treinamento é o processo de

ajudar o empregado a adquirir eficiência no seu trabalho presente ou futuro, através

de apropriados hábitos de pensamento e ação, habilidades, conhecimentos e

atitudes.

Treinamento é a experiência aprendida que produz uma mudança

relativamente permanente em um indivíduo e que melhora sua capacidade de

desempenhar um cargo. O treinamento pode envolver uma mudança de habilidades,

conhecimentos, atitudes ou comportamento. Isso significa mudar aquilo que os

empregados conhecem, como eles trabalham, suas atitudes perante o seu trabalho

ou suas interações com os colegas ou supervisores (CHIAVENATO, 2004).

Conforme Albrecht (2004), muitas organizações vêm investindo em

treinamento de funcionários e desenvolvimento de carreira, com ênfase dada às

várias habilidades que precisam ser desenvolvidas. As organizações, através de

treinamento, buscam desenvolver habilidades e capacidades nos profissionais,

investindo nos talentos que a empresa possui.

O treinamento proporciona ao treinando novos conhecimentos, habilidades e

hábitos relacionados ao seu trabalho.

Na visão de Tachizawa, Ferreira e Fortuna (2001), os principais objetivos do

treinamento são:

• preparar as pessoas para a execução imediata das diversas tarefas

peculiares à organização;

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• dar oportunidades para o contínuo desenvolvimento pessoal, não apenas

no cargo atualmente ocupado, mas também em outros que o indivíduo possa vir a

exercer;

• mudar a atitude das pessoas, a fim de criar entre elas um clima mais

satisfatório, aumentando-lhes a motivação e tornando-as mais receptivas às técnicas

de supervisão e gestão.

Além da realização de treinamentos, o gestor em Recursos Humanos deve

avaliar os resultados em relação à eficiência do treinamento. Os principais objetivos

dessa avaliação deverá ser a identificação dos resultados e as repercussões obtidos

e concluir se a situação posterior ao treinamento é melhor do que a anterior.

Nenhuma organização consegue manter um bom nível de produtividade sem

uma equipe de profissionais bem preparados. O fator humano influi de maneira

fundamental no nível de desenvolvimento da organização.

Acredita-se que através do treinamento, os funcionários sentem-se mais

capacitados e seguros na função que exercem, e com isso a empresa também

deveria proporcionar um lugar onde a segurança e a higiene seja um dos princípios

da mesma.

2.2.5 Segurança e higiene no trabalho

Os funcionários esperam exercer suas atividades em um local adequado e

que ofereça condições de trabalho ideais no que refere-se à saúde e à segurança no

ambiente de trabalho.

Aponta Zocchio (2001), que as empresas são responsáveis pela segurança

e pela saúde de seus empregados no exercício do trabalho, sendo que suas

obrigações são definidas pela Constituição Brasileira de 1988.

A segurança no trabalho tem como objetivo prever acidentes, analisando

suas ocorrências e trabalhando no sentido da redução ou eliminação das doenças

ocupacionais e dos riscos acidentais.

De acordo com Tachizawa, Ferreira e Fortuna (2001), higiene e segurança

no trabalho é um grupo de procedimentos com o propósito de zelar pela saúde física

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e mental dos profissionais, protegendo-os dos riscos existentes no desempenho de

suas funções e no ambiente de trabalho.

Conforme Araújo (2006), a segurança no trabalho preocupa-se em manter e

assegurar que a estrutura da organização e os procedimentos executados durante a

jornada de trabalho estejam corretos, ou seja, garantir que as pessoas se encontram

em um ambiente seguro. Sua formação e complementação necessitam da aplicação

de três conceitos básicos, que são:

• identificação das principais causas: estar atento às ocorrências de

acidentes de trabalho é uma característica importante dos gestores da organização,

principalmente do gestor de pessoas. Identificar as principais causas de acidentes é

de fato essencial para que os gestores possam seguir à segunda condição;

• correção e manutenção das estruturas físicas: após a identificação das

principais causas dos acidentes de trabalho, os gestores responsáveis devem

prosseguir na correção dessas causas e, em seguida, providenciar para que sejam

realizadas as manutenções necessárias. Esta manutenção é bastante importante

porque garante a segurança das estruturas físicas nas quais as pessoas se

encontram diariamente para executarem suas atividades;

• prevenção, redução e eliminação de acidentes: a CIPA (Comissão

Interna de Prevenção de Acidentes) tem a atribuição de promover a prevenção dos

acidentes, com isso, tende a reduzir ou eliminar acidentes em muitas situações. Os

gestores devem estar sempre preparados para prevenir, porque se reduz e/ou

elimina acidentes dos mais diferentes graus de gravidade.

A implementação de um sistema de segurança e higiene no trabalho torna-

se cada vez mais incorporada ao dia-a-dia das organizações, uma vez que

começam a perceber as vantagens desta prática, inclusive como forma de

sobreviver no mercado.

É recomendável que todas as organizações estabeleçam normas para a

mais ampla divulgação e treinamento dos funcionários, para criar condições da

elevação do nível de segurança.

Já a higiene no trabalho pode, além de referir-se aos aspectos físicos, estar

relacionada à parte psicológica apresentada no ambiente de trabalho, sendo que

esta diz respeito a motivação dos seus funcionários.

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2.3 Motivação e satisfação do funcionário

A motivação cobre grande variedade de formas comportamentais. A

diversidade de interesses percebida entre os indivíduos permite aceitar que as

pessoas não fazem as mesmas coisas pelas mesmas razões. É com esta

diversidade que se encontra a principal fonte de informações a respeito do

comportamento humano.

Afirmam Montana e Charnov (2003) que a motivação pode ser descrita como

o processo de estimular um indivíduo para empreender uma ação que conduza à

satisfação de uma necessidade ou à realização de uma meta desejada.

Para Chiavenato (2000), as pessoas são diferentes no que diz respeito à

motivação, as necessidades variam de pessoa para pessoa, gerando diversos

padrões de comportamento; os valores sociais e a aptidão para alcançar os

objetivos também são diferentes.

Andrade e Amboni (2007) explicam que a motivação pode ser descrita como

o direcionamento e a persistência da ação. Esta ação evidencia comportamentos e

atitudes positivas ou negativas em relação aos objetivos pretendidos. Quatro

características básicas servem de parâmetro para a definição de motivação:

• a motivação é definida como um fenômeno individual: cada pessoa é

única e todas as teorias maiores assim o consideram;

• a motivação é descrita, geralmente, como intencional: considera-se que

esteja sob o controle do trabalhador, e comportamentos que são influenciados pela

motivação são vistos como escolhas de ação;

• a motivação é multifacetada: os fatores de maior importância são: o que

mantém as pessoas ativas (estímulos) e a força de um indivíduo para adotar o

comportamento desejado (escolha comportamental);

• o propósito das teorias de motivação é predizer comportamento: a

motivação não é comportamento em si e não é desempenho; motivação se refere à

ação e às forças internas e externas que influenciam a escolha de ação de um

indivíduo.

É importante para a empresa forme lideres em direferentes setores da

empresa, pois o mesmo tem a função de motivar seus subordinados.

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Atualmente tudo o que se tem pensado ou dito a respeito de sucessos ou

fracassos organizacionais vem sendo interpretado à luz de uma possível influência

nos níveis de satisfação motivacional no trabalho, pois embora a motivação seja

considerada como algo um tanto complexo, por abranger um número grande de

variáveis que devem ser analisadas em profundidade, conhecendo o sentido que as

pessoas atribuem àquilo que fazem e admitindo ser o trabalho o referencial que liga

o homem ao mundo real , é possível disciplinar talentos e aguardar o momento

oportuno para chegar a recompensadora satisfação emocional.

2.4 Cultura Organizacional

Perceber a cultura organizacional implica em analisar o contexto sócio-

econômico e político e as contradições entre os modelos praticados nas

organizações e os modelos idealizados na academia por estudiosos.

Uma organização deve ter como base a cultura e o bom senso para

humanizar as relações de trabalho e poder interpretar e estabelecer práticas, tendo

em vista que as pessoas interagem socialmente e criam um sentido comum para as

suas ações, baseadas não somente em recompensas financeiras.

Pois ainda segundo Luz (2003,p 14) “A cultura organizacional é constituída

de aspectos dão a empresa um modo particular. Ela representa um conjunto de

crenças, valores estilos de trabalhos relacionamentos, que distingue uma

organização das outras”.

Os estudos de cultura organizacional devem destacar os fatores humanos,

reconhecendo que a organização é um sistema de significado compartilhado, para

aprender, mudar e evoluir ao longo do tempo precisando promover a interação social

entre seus membros e entre si mesma e o ambiente.

Estimar a força da cultura implica, no mínimo, observar em que proporção

os membros da organização demonstram compartilhar as manifestações culturais,

como: atributos físicos, slogans, práticas, expressões de sentimentos, etc. e

entender o sistema de progressão de carreiras: o que faz o funcionário/colaborador

ser promovido, ou seja, se o sistema de recompensas avalia as qualificações, a

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formação acadêmica, os cursos no exterior, as performances, o tempo de serviço, a

lealdade, etc.

Segundo Bueno (2001, p. 55) "a nova cultura empresarial requer formas de

comunicação que obedeçam a um a outra lógica, afinada com a agilidade das

tecnologias emergentes, mas também com o incremento da massa crítica".

Os padrões globais de eficiência e modernização promovem mudanças que

exigem conhecimento da cultura organizacional e estabelecem que as pessoas

sejam senhoras do destino e gestoras de projetos – tanto o profissional quanto o de

vida.

Para Fígaro (2002) as transformações que se dão no mundo do trabalho

ocorrem por causa da comunicação, não apenas como instância de sociabilidade,

mas como técnicas, instrumentos e procedimentos: como integrante das forças

produtivas.

Incorporar a cultura e a comunicação – mundo macro – facilitará conhecer a

realidade da sociedade contemporânea e suas formas de expressão ao considerar

que ambas fazem parte do processo, mas estudadas separadamente se constituirão

impulsionadoras dos fatores acima citados e compreender as transformações nas

relações de trabalho que ocorrem na contemporaneidade.

Entender a cultura organizacional implica em analisar o contexto sócio-

econômico e político e as contradições entre os modelos praticados nas

organizações e os modelos idealizados na academia por estudiosos, mas ainda

pouco utilizado nas relações de trabalho.

Cultura não existe sem pessoas e sem comunicação, na medida em que

envolve a construção de significados por meio da interação social.

Sendo assim, a cultura e a comunicação conduzem a gestão de processos

organizacionais ao construírem significados, criarem conhecimentos, ajudarem na

tomada de decisões e ampliarem a percepção sobre a vulnerabilidade das

organizações que não priorize o clima organizacional.

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2.4.1Clima Organizacional

O clima organizacional está ligado ao moral e à satisfação das necessidades

dos colaboradores, devendo-se ter em mente que os resultados podem ser

negativos ou positivos, visto que isto irá depender de como os participantes se

sentem em relação à organização.

O conceito de clima organizacional envolve fatores estruturais, como o tipo de organização, tecnologia utilizada, políticas da companhia, metas operacionais, regulamentos internos, além de atitudes e comportamento social que são encorajados ou sancionados através dos fatores sociais. Ele resulta de um complexo envolvimento de componentes relacionados com aspectos formais e informais da estrutura organizacional, dos sistemas de controle, das regras e regulamentos internos e das relações interpessoais existentes na organização (CHIAVENATO, 2002, p.242).

Bom Sucesso (2002) destaca que a pesquisa de clima e de qualidade de

vida é uma estratégia essencial, que identifica até que ponto as expectativas

individuais vêm sendo atendidas pela organização e mostra como as crenças e

valores defendidos pela empresa estão se concretizando na perspectiva do

empregado.

Para Tachizawa, Ferreira e Fortuna (2001) deve-se estabelecer os seguintes

objetivos para uma pesquisa de clima organizacional:

• estudar a cultura organizacional da empresa;

• avaliar a imagem que os empregados fazem da empresa, de sua missão

e de seus objetivos;

• medir o grau de satisfação dos empregados com os diferentes aspectos

da organização;

• analisar os padrões de motivação e satisfação, bem como as

necessidades e expectativas dos empregados;

• verificar se existe integração entre os objetivos dos empregados e os

objetivos da organização;

• verificar se existe correlação entre a satisfação na organização e a oferta

do composto de benefícios e serviços;

• verificar o nível de integração entre as áreas/departamentos;

• estudar as relações funcionais entre os empregados;

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• analisar os padrões de produtividade;

• medir o grau de envolvimento dos empregados com suas tarefas e

responsabilidades, com os clientes e com os agentes internos e externos.

A pesquisa de clima mostra as diretrizes para a qualidade de vida, pois

permite identificar a satisfação com o trabalho, com as lideranças, e assim motivar

os funcionários.

2.4.1.1 Conflitos

Davis, Newstrom (1996, p.175) assim define conflito, como “desacordo a

respeito de metas a atingir ou aos métodos usados para a sua realização”.

Devido à complexidade das organizações e principalmente das pessoas que

nela ingressam, com diferentes objetivos e personalidade, são inevitáveis os

conflitos.

A causa principal do conflito é a frustração. Já a ausência do conflito

significa, muitas vezes, acomodação, apatia, estagnação, improdutividade.

Os conflitos ocorrem principalmente quando há baixa motivação entre seus

membros, seja por frustração ou barreiras à satisfação de suas necessidades, o

clima organizacional passa a refletir um estado depressivo, desinteressado, apático,

improdutivo e insatisfeito, podendo, em casos extremos, a ficar agressivo,

tumultuando e prevalecendo a agressividade, situações em que os membros se

defrontam abertamente com a organização (DAVIS; NEWSTROM, 1996).

Megginson, Mosley e Pietri (1999) destacam que há dois pontos sobre

conflitos que devem ser bem compreendidos. Em primeiro lugar, o conflito é

inevitável nas organizações; em segundo lugar, o conflito não é inerentemente

negativo ou destrutivo, podendo levar a mudanças desejáveis.

Percebe-se que níveis moderados de conflito em uma organização até

podem trazer benefícios, se forem manejados adequadamente.

Segundo Megginson, Mosley e Pietri (1999), os conflitos surgem comumente

em uma organização como resultado de problemas de comunicação, de estrutura

organizacional ou de relacionamento pessoais, através das seguintes causas:

• comunicação: incompreensão semântica, devido à falta de conhecimento

da língua ou a informação incompleta ou ambígua;

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• estrutura: luta de poder entre departamentos com objetivos ou sistemas

de recompensas, competição por recursos escassos ou interdependência de dois ou

mais grupos para atingir seus objetivos;

• pessoal: incompatibilidade de metas pessoais ou de valores sociais dos

empregados com o papel e com o comportamento necessários ao trabalho.

Visando tudo isso a Cultura organizacional tem como priori a analise de todo

o comportamento dos funcionários em relação a estrutura da organização da

empresa.

2.5 Liderança

Liderança é o processo pelo qual um indivíduo influencia outros a realizar os

objetivos desejados. Dentro da organização de uma empresa, o processo de

liderança tem a forma de um gerente que influencia os subordinados a realizarem os

objetivos definidos pela alta gerência. Existem dois tipos diferentes de liderança em

qualquer organização: aqueles que são definidos, ou líderes formais, e aqueles que

agem como líderes de maneira informal. Embora diferentes, ambos os tipos exercem

comportamentos de liderança para influenciar os outros.

McCall Jr citado no estudo de Garrido (2000, p. 88) menciona que "existe um

crescente consenso de que líderes eficientes têm atributos identificáveis dominados

por habilidades aprendidas, atitudes desenvolvidas e valores...". Garrido (2000, p.

89) complementa que "independentemente da personalidade ou dons naturais, os

líderes eficientes precisam aprender a direcionar, alinhar pessoas, agir

consistentemente dentro de um conjunto de valores fundamentais, lidar de forma

eficiente com as exigências e estresses inerentes ao cargo administrativo,

compreender a si mesmos e aprender com a experiência. As habilidades de

liderança são aprendidas e retocas ao longo do tempo, podendo as caraterísticas da

pessoa a ajudar a aprender."

Um líder formal é alguém que foi oficialmente investido de autoridade e

poder organizacional e geralmente recebe o título de gerente, diretor ou supervisor.

A quantidade de poder é teoricamente determinada pela posição ocupada dentro da

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organização. As políticas de promoção organizacional são feitas para garantir que as

pessoas com habilidades técnicas e de liderança ocupem posições de poder.

Santos ( 2000 ) Pode-se dizer portanto que os líderes precisam conhecer e

lutar pela diversidade de idéias existentes, mas precisam ter constantemente a

devoção, a flexibilidade, a adaptação, a tenacidade, a persistência, o

comprometimento, a paixão para defendê-las e implementá-las. Ao repensar estas

colocações na formação dos profissionais, significa em suma capacitar pessoas,

fornecendo-lhes valores éticos e respectivas técnicas, é necessário além de um

profundo conhecimento profissional ter a versatilidade, a credibilidade, a integridade,

o respeito e a confiança para que se possa enfrentar com planejamento as

estruturas e tratar das respectivas mudanças organizacionais oscilantes no mercado

de trabalho.

Um líder informal não terá o mesmo título de liderança oficial, mas exercerá

uma função de liderança. Esse indivíduo, sem autoridade formal, designação de

poder, posição ou até mesmo responsabilidade, pode pelo mérito de um atributo

pessoal ou desempenho superior influenciar outros a exercer a função de liderança.

Neste aglomerado de teorias relacionadas à liderança surgem algumas

conclusões de ordem prática para o administrador dirigir as pessoas. Chiavenato

(2000) propõem quatro tipos específicos de liderança:

Líder apoiador: é aquele que se preocupa com os assuntos, bem-estar e

necessidades dos subordinados; líder diretivo: é aquele que conta aos subordinados

exatamente o que pretende fazer; líder participativo: é aquele que consulta os

subordinados a respeito das decisões, encorajando-os a participar delas e utiliza as

idéias dos liderados; e líder orientado para metas ou resultados: é aquele que

formula objetivos claros e desafiadores para os subordinados e os motiva a alcançá-

los.

Poder é o que distinguir a posição de liderança. Os tipos de poder

organizacional são: poder legítimo, poder de recompensa, poder coercitivo, poder de

especialização, poder de referência e poder de informação.

O poder legítimo é o poder inerente à estrutura organizacional em si. Esse

poder é atribuído a um indivíduo que ocupa uma posição específica dentro da

organização. Caso o indivíduo deixe o cargo, o poder continua a existir na posição e

não pode seguir o indivíduo. Esse poder é legítimo na organização, e o indivíduo é

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investido de poder. A posse do poder está geralmente associada a um título oficial,

como gerente, vice-presidente, diretor, supervisor e outros semelhantes.

O poder de recompensa também é inerente à estrutura organizacional.

Segundo Chiavenato (2000) o fato de os funcionários subordinados desejarem as

recompensas, eles são influenciados pela possibilidade de recebê-las como produto

de seu desempenho. Os gerentes acenam com uma variedade de recompensas

para motivar o desempenho no trabalho. Se o gerente não puder dar a recompensa

desejada, ou se as recompensas disponíveis não forem desejadas, diminuirá muito o

poder de recompensa do gerente.

O poder coercitivo está relacionado à habilidade do gerente em punir um

funcionário. A punição se manifesta de várias maneiras, indo de uma simples

advertência, até uma suspensão ou o desligamento efetivo. Um ponto importante a

se lembrar: punir ou ameaçar de punição não promove o desempenho desejado do

funcionário, apenas intimida as ações indesejadas. Mesmo que a punição não

promova o comportamento desejado, servindo apenas para intimidar ações

indesejadas, ela é uma ferramenta gerencial poderosa. A habilidade de um gerente

em punir os trabalhadores pode ser reprimida pelos contratos sindicais ou pela

aplicação das leis trabalhistas antidiscriminatórias.

O poder de especialização está relacionado segundo Chiavenato (2000) às

habilidades de um gerente. Esse poder deriva dos talentos especiais, do

conhecimento, das habilidades e da experiência anterior de um indivíduo. Esses

talentos concedem poder ao indivíduo, pois a organização precisa deles e os

valoriza. O poder, que deriva de um conhecimento especial ou educação avançada,

pode não estar relacionado com a idade ou o tempo de serviço. Essa forma de

poder permite que uma pessoa relativamente jovem ou nova na força de trabalho

ganhe influência dentro da organização.

Ainda o Autor cita que o poder de referência, muitas vezes chamado de

carisma pessoal, é o poder de um indivíduo de influenciar um outro por sua força de

caráter. Um gerente pode ser admirado por uma característica pessoal específica, e

essa admiração cria a oportunidade para a influência interpessoal. Por exemplo, os

publicitários há muito tempo reconhecem o poder de referência ao fazer uso de

esportistas para endossar um produto. O carisma de um astro do esporte

supostamente leva à aceitação do endosso, mesmo que o atleta tenha pouca

credibilidade fora da arena esportiva. Um gerente que é bonito, talentoso ou

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simplesmente simpático é visto pelos subordinados como inspirador e motivador.

Essa pessoa tem carisma, e isso lhe confere poderes como gerente.

O poder de informação deriva da posse de informação importante em um

momento crítico quando esta é necessária ao funcionamento da organização. A

posse de informação pode não ter relação alguma com a posição organizacional ou

poder atribuído a um indivíduo. Alguém que esteja "por dentro" tem poderes reais.

Assim sendo, a secretária de um gerente pode na realidade estar em uma posição

poderosa se tiver a confiança do gerente ou adquirir conhecimentos sobre a

empresa. De modo contrário, se a informação de uma pessoa for "notícia

ultrapassada", o poder organizacional diminui.

2.6 Qualidade De Vida No Trabalho

Segundo Santos (apud MERINO 2000, p.13) “o trabalho é uma forma de

atividade própria do homem, enquanto ser social”. O trabalho se relaciona

diretamente com algum tipo de retorno, preferencialmente de ordem material ou

monetária. O trabalho constitui a aplicação de forças e faculdades para atingir um

objetivo.

O trabalho sempre ocupou um lugar muito importante na vida de todas as

pessoas, pois grande parte dela se passa dentro das organizações, assim ele possui

um grande valor em nossa sociedade.

Segundo Marras (2001), o trabalho e a qualidade de vida têm sido uma

preocupação constante do homem desde o início de sua existência. Inicialmente

com os economistas liberais como Adam Smith, que foi um dos grandes

incentivadores da racionalização da produção, através da especialização das etapas

da produção, como meio para a maior destreza do trabalhador e a minimização do

tempo de produção, passando pela administração científica com destaque para o

nome de Frederick Taylor, que surgiu em parte pela necessidade de aumentar a

produtividade principalmente nos Estados Unidos onde a oferta de mão-de-obra

qualificada era insuficiente no início do século XX, sendo necessário descobrir

maneiras de aumentar a eficiência dos operários, e a Escola de Relações Humanas

que teve na figura de Elton Mayo e seus companheiros da Universidade de Harvard

os pioneiros da aplicação do método científico em seus estudos das pessoas no

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ambiente de trabalho, lançando a idéia do "homem social" motivado pela vontade de

estabelecer relações com os outros.

São muitas as interpretações para a Qualidade de Vida no Trabalho. Elas

passam pelo foco médico com o diagnóstico de doenças do indivíduo, até a

exigência de elementos estruturais para o desenvolvimento de uma atividade

produtiva.

E, nas organizações, a preocupação constante com a competitividade, que

requer produtividade com qualidade, tem levado-as a aumentar o nível de satisfação

dos empregados no desenvolver de suas atividades profissionais, buscando neles

efetivos aliados na corrida pela sobrevivência, pois profissionais desmotivados e

insatisfeitos com certeza não produzirão produtos e serviços de qualidade e,

conseqüentemente, comprometerão as chances de sobrevivência da organização.

A Qualidade de Vida no trabalho é resultante direta da combinação de diversas dimensões básicas da tarefa e de outras dimensões não dependentes diretamente da tarefa, capazes de produzir motivação e satisfação em diferentes níveis, além de resultar em diferentes tipos de atividade e condutas dos indivíduos pertencentes a uma organização. ( RODRIGUES, 1999,p. 48).

Para Sucesso (2002), a Qualidade de Vida no trabalho esta relacionada

com diversos fatores, partindo da escolha da profissão, envolvendo a cultura

organizacional onde o indivíduo está inserido e também a infra-estrutura familiar.

Destaca ainda na sua tentativa de definição a questão das relações interpessoais,

os conflitos e o relacionamento em equipe e a auto-estima.

A qualidade de vida no trabalho constitui-se de diagnósticos, reestruturação

e de operacionalização das mudanças organizacionais, em outro contexto, estar

sempre voltado a facilitar ou trazer satisfação ao trabalhador na execução de suas

tarefas.

Para Marras (2001), enquanto as organizações preocupam-se em ser mais

competitivas, produzindo mais e melhor a custos menores, os funcionários buscam

no interior das empresas onde trabalham a compensação do estresse causado pela

busca frenética de resultados.

A qualidade de vida no trabalho está sempre ligada à satisfação das

necessidades dos trabalhadores, ao seu desempenho e desenvolvimento

organizacional, ou seja, a conciliação dos interesses dos trabalhadores e da

organização no sentido de humanizar as situações de trabalho.

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50

Para Guimarães (1999), a qualidade de vida no trabalho representa uma

categoria praticamente desconhecida pelos representantes da direção das empresas

e pelos trabalhadores que, limitadamente, associam-na à melhoria das condições

físicas ambientais, ou seja, nada mais do que um método de assepsia ambiental

(melhorias somente no ambiente físico) ou de engenharia de segurança (redução de

riscos).

A proposta básica de qualidade de vida no trabalho é desenvolver um

espírito participativo entre os colaboradores da organização, cujos resultados seriam

uma melhor integração entre capital e trabalho. A qualidade de vida no trabalho é ter

pessoas comprometidas e que gostem do que fazem, pois quando há sentimentos

no trabalho, os resultados são obviamente diferenciados.

Davis (1996, p.38) afirma que Qualidade de Vida no Trabalho “são

condições favoráveis de um ambiente de trabalho para os empregados”, restringindo

sua idéia ás questões ambiental.

Fernandes (1999, p.13) cita que “não se pode falar em qualidade de

produtos e serviços se aqueles que vão produzi-los não tem qualidade de vida no

trabalho”.

Segundo Marras (2001), é possível perceber que as condições que

melhorariam a Qualidade de Vida no Trabalho são abordadas de forma a

contemplarem, (quando não coincidentes) os seguintes aspectos: salário adequado

e satisfatório, segurança e saúde no trabalho (condições físicas de trabalho que

reduzam ao mínimo o risco de doenças ocupacionais e acidentes de trabalho),

desenvolvimentos das capacidades humanas, autonomia no trabalho, múltiplas

habilidades, informações e perspectivas de crescimento profissional, integração

social e senso comunitário dentro das organizações, respeito à individualidade de

cada trabalhador, tratamento justo, e espaço de vida no trabalho e fora dele.

Qualidade de Vida no trabalho possui um conceito amplo, o qual inclui

fatores pessoais que são entendidos como necessidades, valores, crenças e

expectativas dos trabalhadores e fatores situacionais como tecnologia, sistema de

ambiente de trabalho e estado geral da economia, sendo comum a todos os autores

que abordam o tema, a conciliação dos interesses dos trabalhadores e da

organização no sentido de humanizar as situações de trabalho.

Segundo Búrigo (1997, p.15):

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(...) a QVT busca humanizar as relações de trabalho na organização, mantendo uma relação estreita com a produtividade e principalmente com a satisfação do trabalhador no seu ambiente de trabalho. Constitui-se, ainda, em condição de vida no trabalho, associada ao bem-estar, à saúde e à segurança do trabalhador .

Para que a QVT (Qualidade de vida no trabalho) possa de fato contribuir

com os aspectos motivacionais que cercam cada pessoa no seu ambiente de

trabalho, administradores devem estimular seus funcionários para que sejam ativos,

apreciem seu trabalho, trabalhem de forma cooperativa em equipes, desenvolvam

novas competências, alcancem metas ambiciosas, sejam mais reconhecidos,

considerando desejos, necessidades e expectativas individuais e procurando uma

convergência entre estes e os objetivos organizacionais.

Qualidade de vida no trabalho (QVT) é o conjunto das ações de uma empresa que envolve a implementação de melhorias e inovações gerenciais e tecnológicas no ambiente de trabalho. A construção da qualidade de vida no trabalho ocorre a partir do momento em que se olha a empresa e as pessoas como um todo, o que chamamos de enfoque biopsicossocial. O posicionamento biopsicossocial representa o fator diferencial para a realização de diagnóstico, campanhas, criação de serviços e implantação de projetos voltados para a preservação e desenvolvimento das pessoas, durante o trabalho na empresa. (FRANÇA, 2001, p.80)

A expressão Qualidade de Vida tem sido usada com crescente freqüência

para descrever certos valores ambientais e humanos, negligenciados pelas

sociedades industriais em favor do avanço tecnológico, da produtividade e do

crescimento econômico.

Porém, com os trabalhadores convivendo com uma rotina diária cada vez

mais desgastante e massacrante, onde o único objetivo do empregador é a

produtividade gerando lucro, neste contexto, a definição exata de Qualidade de Vida

no Trabalho, nos tempos atuais, se torna mais desafiador.

Segundo França (2001) é preciso que a QVT, que busca humanizar as

relações de trabalho na organização, resgate o senso de valorização das pessoas

(auto-estima) hoje tão abalado pela necessidade de sobrevivência, fazendo com que

muitos se sujeitem a salários indignos e a condições sub-humanas ou desumanas

de trabalho. É preciso que os administradores, diretores, gerentes de empresas

reflitam que nenhum outro tipo de atividade é tão amplamente motivador ou tem a

mesma importância psicológica que o trabalho. Neste sentido, a QVT constitui

importante passo para aquelas organizações que desejarem sucesso

organizacional.

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52

2.6.1 Modelos de Qualidade de Vida no Trabalho

Os tópicos a seguir apresentam os modelos que identificam fatores

determinantes da QVT criados por autores para identificar a qualidade de vida no

trabalho nas organizações.

2.6.1.1. Modelo de Walton para Qualidade de Vida no Trabalho

O modelo de Walton foi escolhido como referencial teórico para a

elaboração da pesquisa devido sua amplitude. O modelo aborda questões

elementares da situação do trabalho incluindo fatores higiênicos, condições físicas,

aspectos relacionados à segurança e remuneração, sem no entanto, descuidar dos

demais aspectos, também contemplados em outras abordagens.

Também procurou-se perceber outros elementos indicativos de qualidade

de vida, sem a preocupação em realizar uma análise sistemática do tema, mas sim,

de englobá-los nas dimensões gerais de QVT. sendo o único que enfatiza questões

elementares à realização do trabalho priorizando os fatores higiênico, condições

físicas, aspectos relacionado a segurança e à remuneração.

Para o Buss (2002), independentemente da posição hierárquica, existem

pessoas insatisfeitas diante das deficiências encontradas em sua qualidade de vida

no trabalho, cujo esperavam acrescentar tarefas adicionais e mais desafiadoras, que

proporcionassem mais satisfação.

Conforme Buss 2002, quando pretendia associar uma melhor qualidade de

vida no trabalho com o desempenho da organização, apresentam-se em oito

critérios que interferem mais significativamente no indivíduo em situação de trabalho.

No entanto, o autor admite que pesquisas realizadas com grupos de trabalhadores

ou ambientes diferentes podem gerar um conjunto distinto de critérios, ou seja,

mudando o contexto, pode resultar em uma alteração da hierarquia e importância

dos critérios e dimensões que interferem na qualidade de vida no trabalho.

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Segundo Rodrigues (1999), o artigo escrito por Walton pode ser considerado

como um clássico por ter apresentado um modelo de análise importante sobre a

Qualidade de Vida no Trabalho.

As dimensões e os seus respectivos indicadores de QVT, apresentados por

Walton apud Fernandes (1999), são:

• compensação justa e adequada: eqüidade salarial interna e externa e

benefícios;

• condições de trabalho: condições físicas seguras e salutares e jornada

de trabalho;

• oportunidade de uso e desenvolvimento das capacidades: autonomia,

uso de habilidades variadas e perspectivas sobre o processo total do trabalho;

• oportunidade de crescimento contínuo e segurança: oportunidade de

desenvolver carreira e segurança no emprego;

• integração social no trabalho: apoio dos grupos primários, igualitarismo e

ausência de preconceitos;

• constitucionalismo: normas e regras, respeito à privacidade e adesão à

padrões de igualdade;

• trabalho e o espaço total da vida: relação do papel do trabalho dentro

dos outros níveis de vida do empregado;

• relevância social da vida no trabalho: responsabilidade social da

organização frente ao ambiente.

O modelo de Walton estabelece que dependendo do grupo de trabalhadores

ou do ambiente, podem ser gerados conjuntos distintos de critérios que,

dependendo do contexto podem assumir novas hierarquias de importância na

Qualidade de Vida no Trabalho.

Na visão de França (2003), o trabalho de Walton forneceu um modelo de

análise de experimentos importantes sobre Qualidade de Vida no Trabalho com

base nestas categorias. Embora não sejam desconhecidas a diversidade das

preferências e as diferenças individuais relativas a cultura, classe social, educação,

formação e personalidade, tais fatores são intervenientes, de modo geral, na

Qualidade de Vida no Trabalho.

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54

2.6.1.2. Modelo de Westley para Qualidade de Vida no Trabalho

Westley apud Fernandes (1999) apresenta seu modelo para avaliação da

qualidade de vida na organização, através de quatro indicadores principais:

indicador econômico, indicador político, indicador psicológico e indicador sociológico.

O autor defende sua idéia afirmando que:

(....) a insegurança e a injustiça são decorrentes da concentração do poder e da concentração dos lucros e conseqüência exploração dos trabalhadores. Já a alienação advém das características desumanas que o trabalho assumiu pela complexidade das organizações, levando a uma ausência do significado do trabalho e à anomia, uma falta de envolvimento moral com as próprias tarefas.(WESLEY, apud FERNANDES, 1996, p.43)

Ainda referindo-se à exploração dos trabalhadores,à alienação e a autonomia,

o autor do modelo aponta pra solução ou minimização destes problemas o

enriquecimento do trabalho, que seria adotado em nível individual e os métodos

sócio-técnicos (diferenciado-os do enriquecimento do trabalho pelo fato de ser

ascendente na pirâmide da estrutura organizacional) seriam apresentados para a

reestruturação do grupo de trabalho (RODRIGUES, 1999).

O Quadro 1 apresenta o resumo do modelo de Westley (apud Fernandes

1999):

INDICADORES DE QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO ECONOMICO POLITICO PSICOLOGICO SOCIOLOGICO

* Equidade Salarial *Remuneração Adequada * Benefícios * Local de Trabalho * Carga Horária * Ambiente Externo

* Segurança * Emprego * Atuação Sindical * Retroinformação *Liberdade e Expressão *Valorização do Cargo *Relacionamento com a Chefia

*Realização Potencial * Nível de Desafio *Desenvolvimento Pessoal *Desenvolvimento Profissional * Criatividade * Auto-Avaliação * Variedade de Tarefa * Identificação com a Tarefa

*Participação na decisões * Autonomia *Relacionamento Interpessoal *Grau de Responsabilidade * Valor pessoal

Swcftq""3<"Kpfkecfqtgu"fg"Swcnkfcfg"fg"Xkfc"pq"Vtcdcnjq0"

Fonte: Adaptado de Westley apud Fernandes (1999).

De acordo com o Quadro 1, cada indicador abrange fatores diferentes de

como o indivíduo analisa o contexto organizacional no qual está inserido. O estudo

desenvolvido por Westley apud Fernandes (1999) permite identificar como principais

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fatores determinantes de QVT: o próprio trabalhador, as relações interpessoais, os

colegas, os chefes, o próprio trabalho, a política de administração de recursos

humanos e a empresa, são fatores-chaves que oferece possibilidade de atendimento

tanto das necessidades do individuo como da organização, vindo ao encontro das

expectativas dos empregados.

Para França (2003), são os conflitos políticos que traíram a conseqüência da

insegurança, o econômico, a injustiça, o psicológico, a alienação e o sociológico, a

autonomia.

2.6.1.3. Modelo de Werther & Davis para Qualidade de Vida no Trabalho

Werther & Davis apud Fernandes (1999) estruturaram um modelo para se

medir a qualidade de vida no trabalho, que são os elementos de aspectos

organizacionais, ambientais e comportamentais, apresentados no Quadro 2.

Elementos Organizacionais Elementos Ambientais Elementos Comportamentais

* Abordagem mecanística

* Fluxo de trabalho

* Práticas de trabalho

* Habilidade e disponibilidades

de empregados

* Expectativas sociais

*Autonomia

*Variedade

*Identidade de tarefa

* Retroinformação

Swcftq""4<"Oqfgnq"fg"Ygtvjgt"("Fcxku"*Gngogpvqu"fg"SXV+0"

Fonte: Adaptado de Werther & Davis apud Fernandes (1999).

Os autores Werther & Davis apud Fernandes (1999) estruturaram um

modelo para se medir a QVT, sendo que os elementos mostrados no Quadro 2

influenciam o projeto de cargos em termos de QVT. Assim, os esforços para

melhorar a QVT procuram nos dar os cargos mais produtivos e satisfatórios. Embora

sejam usadas muitas técnicas diferentes sob o título de QVT, a maioria dos métodos

acarreta a reformulação dos cargos, com a participação dos trabalhadores afetados.

O nível comportamental estabelece o ponto mais sensível para o sucesso

de um cargo, segundo Wether & Davis apud Rodrigues (1999), os autores defendem

a idéia de que o projeto de cargo não deve visar apenas a eficiência, mas também

considerar a autonomia para promoção da responsabilidade, a variedade do cargo

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como forma de redução de fadiga e o tédio, a identidade da tarefa (despertando o

senso de realização e orgulho pelos resultados de uma nação) e a retro informação,

permitindo ao trabalhador saber a repercussão de seu trabalho e com isso ter mais

motivação.

Na análise de França (2003), existe certa falta de coerência nos projetos de

cargo, pois enquanto os elementos comportamentais fazem com que os

especialistas acrescentem mais autonomia, variedades, identidade de tarefa os

fatores de eficiência apontam para maior especialização, menor variedade,

autonomia mínima e outros fatores conflitantes.

2.6.1.4. Modelo de Belanger para Qualidade de Vida no Trabalho

Belanger apud Fernandes (1999) destaca quatro itens para que seja

efetuada a análise da qualidade de vida nas organizações, sendo destacados

aspectos ligados ao trabalho em si; crescimento pessoal e profissional; tarefas com

significado e funções e estruturas organizacionais abertas, visualizados no Quadro

3.

O trabalho em si

* Criatividade

* Variabilidade

* Autonomia

* Envolvimento

* Feedback

Crescimento pessoal e profissional

* Treinamento

* Oportunidade de crescimento

* Relacionamento no Trabalho

* Papéis organizacionais

Tarefas co-significado

* Tarefas completas

* Responsabilidade aumentada

* Recompensas financeiras / não-financeiras

* Enriquecimento

Funções e estruturas abertas * Clima de criatividade

* Transferência de objetos

Swcftq""5: Modelo de Belanger.

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Fonte: Adaptado de Belanger apud Fernandes (1999).

O quadro 3 segundo Belanger apud Rodrigues (1999) aborda, na dimensão

crescimento pessoal e profissional, variáveis como possibilidade de ascensão

profissional e desenvolvimento de potencialidade.

Cada um dos quatro aspectos citados no Modelo de Belanger possui seus

tópicos, que são analisados quando ocorre a avaliação da QVT.

Na visão de França (2003), proporcionar aos indivíduos melhores condições

de vida e cargo mais satisfatório para própria pessoa, com reflexo na produtividade.

2.6.1.5. Modelo de Hackman e Oldhan para Qualidade de Vida no Trabalho

Os autores partem do pressuposto de que Qualidade de Vida no Trabalho

pode ser avaliada em função das dimensões da tarefa, do estado psicológico do

trabalhador e dos resultados pessoais e de trabalho (RODRIGUES, 1999).

Os estados psicológicos críticos envolvem a percepção do trabalhador na

significância do trabalho, o grau de responsabilidade pelos resultados e o

conhecimento real dos resultados obtidos.

Dentro dos resultados pessoais e de trabalho estão incluídos a satisfação

geral e a motivação para o trabalho de alta qualidade, bem como a rotatividade

baixa.

Conforme Davis e Newstrom (1996, p.151) “as dimensões essenciais

tendem a promover a motivação, a satisfação e a qualidade do trabalho e a reduzir a

rotatividade e absenteísmo.

Para operacionalizar o modelo, os autores criaram o Job Diagnostic Surve

(Inventário de Diagnóstico das Características do Trabalho) e, a interpretação dos

resultados permite entender a Qualidade de Vida no Trabalho como resultado direto

da “combinação de dimensões básicas da tarefa, capazes de produzir motivação e

satisfação em diversos graus, gerando diferentes tipos de atitudes e condutas nos

indivíduos pertencentes a determinadas organizações” (RODRIGUES, 1999 p.125).

Vieira (1996, p.43) sintetiza o modelo de Hackman & Oldham, afirmando que

“os autores sistematizaram as dimensões ou características do cargo que

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consideram ser determinantes na Qualidade de Vida no Trabalho, por serem

capazes de oferecer recompensas intrínsecas e assim satisfazer os indivíduos no

trabalho e automotivá-los para tarefas.”

2.6.1.6. Modelo de Nadler e Lawler para Qualidade de Vida no Trabalho

Nadler e Lawler apud Rodrigues (1999) destacam Qualidade de Vida no

Trabalho é a grande esperança das organizações para atingirem altos níveis de

produtividade, sem esquecer a motivação e satisfação do individuo.

Chiavenato (2000) descreve que para Nadler e Lawler, a Qualidade de Vida

no Trabalho esta fundamentada em quatro aspectos:

• Participação dos funcionários nas decisões.

• Reestruturação do trabalho através do enriquecimento das tarefas e de

grupos autônomos de trabalho.

• Inovação nos sistemas de recompensas para influenciar clima

organizacional.

• Melhoria no ambiente de trabalho quanto às condições físicas e

psicológicas, horário de trabalho etc.

Na medida em que esses quatro aspectos são incrementados, haverá uma

melhoria na Qualidade de Vida no Trabalho. Pode-se perceber a importância da

empresa valorizar os trabalhadores, enfatizando as condições físicas e psicológicas

dos mesmos, possibilitando oportunidades para estarem em sintonia com objetivos

da organização. Assim, ao investir em melhores condições de vida no trabalho e do

trabalhador, a empresa estará investindo indiretamente na elaboração de seus

produtos, garantindo uma melhor qualidade e produtividade.

Na visão de França (2003), é nesse ambiente que as práticas e os valores

da Qualidade de Vida no Trabalho encontram campo fértil para sua difusão.

Nadler e Lawler apud Fernandes (1999) consideram o processo de

participação dos problemas da organização, a reestruturação do trabalho, as

inovações nos sistema de recompensas e a melhoria do meio-ambiente do trabalho

são atividades representativas nas tentativas de ampliar a Qualidade de Vida no

Trabalho

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2.6.2 Condições de trabalho

Segundo Chiavenato (2000), os quatro itens mais importantes das condições

ambientais de trabalho são:

• Iluminação: refere-se a quantidade de luminosidade que incide no local

de trabalho. Um sistema de iluminação deve ser suficiente para fornecer toda a

quantidade de luz necessária a que cada tipo de trabalho exige, e ser constante e

uniformemente distribuída para evitar a fadiga dos olhos.

• Ruído: refere-se ao som ou barulho indesejável. O efeito desagradável

dos ruídos depende da intensidade do som, da variação dos ritmos ou

irregularidades e a freqüência ou tom dos ruídos. A exposição prolongada a níveis

elevados de ruídos produz perda de audição proporcional ao tempo de exposição.

• Temperatura: existem cargos nos quais o ocupante precisa vestir roupas

adequadas para proteger sua saúde como o caso de quem trabalha próximo à

fornos de siderurgia etc. Em outros locais de trabalho que tem temperatura baixa

como em frigorífico também exigem roupas específicas. Neste caso a

insalubridade constitui a característica principal.

• Umidade: refere-se á conseqüência do alto grau de teor higrométrico

do ar.

As empresas contratam pessoas e pedem resultados, lealdade e

envolvimento. O homem busca remuneração justa e adequada, espera convivência

sadia e oportunidade de crescimento. Essas expectativas afetam diretamente a

análise da qualidade de vida nas organizações.

As diversas variáveis que formam os aspectos que configuram a qualidade

de vida no trabalho mostram a complexidade de sua promoção, pois viver com

qualidade envolve a integração de enorme rede de atores sociais, com múltiplas

demandas.

Destaca Bom Sucesso (2002) que parte da responsabilidade na promoção

da qualidade de vida são decididas por meio de políticas públicas, que deveriam

providenciar a regulamentação do trabalho, os serviços de interesse coletivo como

segurança, educação, saúde e habitação. As organizações se vêem impulsionadas

a realizar a sua parte, devendo:

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60

• divulgar a missão e os objetivos, disseminando a todos as informações

necessárias à visão global da empresa;

• treinar e desenvolver os seus integrantes, facilitando a mudança de

comportamento e reduzindo a tensão que cerca os processos de mudança;

• investir na melhoria dos processos, de modo a ampliar a

responsabilidade e a autonomia, tornando o trabalho mais gratificante;

• promover profissionais competentes, éticos, respeitosos, habilidosos e

polidos;

• investir na modernização e tecnologia que contribuam para satisfazer as

necessidades dos indivíduos comprometidos e responsáveis;

• promover melhoria contínua nas condições de trabalho, segurança,

horários, regras;

• estabelecer remuneração justa, atrelada à contribuição nos resultados;

• dispensar de forma ética e respeitosa aqueles que não se alinham à

cultura da empresa ou prejudicam o clima e a qualidade de vida dos colegas e

líderes;

• reduzir as enormes e injustas diferenças entre os maiores e os menores

salários praticados, que reforçam a má distribuição de renda e discriminam funções

administrativas e operacionais, a partir de benefícios desproporcionais aos

ocupantes de funções gerenciais;

• implantar sistemas de feedback de desempenho, que permita ao

empregado saber, de forma honesta, como o seu desempenho é avaliado pela

empresa;

• propiciar programas de conscientização e de ajuda no desenvolvimento

de hábitos viabilizados da qualidade de vida no trabalho;

• estimular a reflexão sobre a importância e responsabilidade com a QVT;

• desenvolver a consciência sobre os aspectos motivadores relevantes na

ótica de cada indivíduo; e,

• identificar ações que possam contribuir para uma vida melhor na

organização.

Conforme Marcondes (2007), funcionários insatisfeitos com as condições de

trabalho e com os próprios produtos lançados, irão fazer uma contra-propaganda,

que se multiplica fora da empresa a sensação de descontentamento que os

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61

dominam. E, caso estejam satisfeitos com a empresa, este ato transpassa para o

cliente externo.

2.6.3 Fatores que interferem na Qualidade de Vida no Trabalho

Conforme Maximiano (2004), o conceito de QVT baseia-se em uma visão

ética da condição humana. A ética, como base da QVT, procura identificar, eliminar

ou, pelo menos, minimizar todos os tipos de riscos ocupacionais. Isso envolve desde

a segurança do ambiente físico, até o controle do esforço físico e mental requerido

para cada atividade, bem como a forma de gerenciar situações de crise que

comprometam a capacidade de manter salários e empregos.

A qualidade de vida refere-se à satisfação das necessidades do indivíduo,

afetando atitudes pessoais e comportamentais, a criatividade, a vontade de inovar

ou aceitar mudanças, a capacidade de adaptar-se às mudanças no ambiente de

trabalho e o grau de motivação interna para o trabalho; são evidentemente fatores

importantes para o alcance da produtividade.

Kanaane (1999) afirma que a qualidade de vida está diretamente

relacionada ao desenvolvimento organizacional, isto é, voltada para aspectos de

satisfação no cargo e valorização do trabalho.

Explica Bom Sucesso (2002) que, de modo geral, qualidade de vida no

trabalho diz respeito a: renda capaz de satisfazer às expectativas pessoais e sociais;

orgulho pelo trabalho realizado; vida emocional satisfatória; auto-estima; imagem da

empresa/instituição junto à opinião pública; equilíbrio entre trabalho e lazer; horários

e condições de trabalho sensatos; oportunidades e perspectivas de carreira;

possibilidade de uso do potencial; respeito aos direitos; justiça nas recompensas.

As dificuldades em relação à qualidade de vida dizem respeito aos conflitos

decorrentes de não estarem satisfeitos com a sua profissão ou com a organização,

conflitos nas relações interpessoais, além da insatisfação da pessoa consigo

mesma.

Fernandes (1999) explica que, precisa-se saber quais são suas

expectativas, necessidades e exigências, ou seja, quais são os fatores

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intervenientes na sua qualidade de vida, o que, com certeza, ira afetar seu nível de

satisfaça, refletindo-se em produtividade.

Explica Vieira (1996) que, trabalho de qualidade como aquele que não

oferece ameaças à saúde física e mental do trabalhador, fornecendo a possibilidade

material da classe trabalhadora reproduzir-se em suas condições materiais

(habitação, alimentação, educação, saúde, etc.), através de uma política de salário

justa, com participação na produtividade no qual o trabalhador pode expor suas

idéias e influenciar em decisões que afetam sua condição de vida na organização.

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63

3 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DE CAMPO

Este capitulo apresenta a empresa e o resultado da pesquisa realizada na

Star Cont Reefer Service, destacando inicialmente o histórico e a estrutura

organizacional.

3.1 Caracterização da Empresa

A empresa foi fundada por Valter Rodrigues dos Anjos, em 27 de março de

1997, iniciando suas operações em 01 de maio do mesmo ano, inscrita sob a razão

social ‘Star Cont Refrigeração e Comércio de Peças e Prestação de Serviços Ltda.

ME’, situada na cidade de Itajaí, em Santa Catarina.

Suas atividades estão voltadas para o ramo portuário, sendo que de inicio já

prestava serviços na fiscalização e conferência dos números de lacres que são

colocados em container reefer e dry.

Com o crescimento do Porto de Itajaí, suas atividades passaram a atender

grandes armadores, exportadores, importadores e despachantes, se especializando

em container reefer, onde presta serviços de monitoramento, manutenção e reparo

de maquinários e estruturas de container reefer.

A empresa tem sua matriz situada na cidade de Itajaí, com o nome fantasia

de Star Cont - Reefer Service, expandindo-se para outros portos como o de Imbituba

e São Francisco do Sul, em Santa Catarina; Paranaguá, no Paraná; Ponta do Félix,

em Antônina, no Paraná; e Santos, em São Paulo.

No ano de 2004, a empresa era administrada por Valter Rodrigues dos Anjos

e Roseli Martins do Anjos, contando com o auxilio de seus 60 (sessenta)

funcionários, espalhados pelos diversos portos que a empresa atende.

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3.1.2 Valores

Da mesma maneira que uma pessoa ou família tem seus valores

estabelecidos, como honestidade, ética, educação com os mais velhos, respeito ao

próximo, etc, uma empresa não é diferente. Segundo Porto (2008) ela deve pautar

sua existência por valores semelhantes aos desejáveis em uma pessoa. Esses

valores devem ser coerentes com as necessidades de seus clientes e outras partes

interessadas, como acionistas, funcionários, fornecedores e comunidade.

São quatro palavras que se encaixam ao contexto da empresa Star Cont:

honestidade, eficiência, valor humano e trabalho, que nestes anos de atividade

dizem respeito também a seus clientes.

3.1.3 Missão

Porto (2009), define que a missão representa a razão de existência de uma

organização. Para isso a missão deve abranger o propósito básico da organização e

a transmitir seus valores a funcionários, clientes, fornecedores e a sociedade

A Star Conf Reefer Service tem como missão capacitar seus técnicos de

refrigeração de containeres, buscando soluções ecologicamente corretas para os

reparos, visando assim a redução de custos e uma melhor qualidade de vida no

trabalho.

3.1.4 Visão

Andrade (2002), também define que visão de uma organização dever ser a

situação futura desejada a longo prazo, dever ser uma meta ambiciosa, e servir

como um guia para a definição dos objetivos e a realização da missão.

A empresa possui uma visão estratégica no mercado, centralizando suas

operações na satisfação plena do cliente, viabilizando o compromisso de fidelidade,

ser mais do que prestador de serviço, estando na posição de parceiro.

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3.1.5 Estrutura Organizacional

Para Porto (2008), qualquer organização seja publica ou privada, seja

grande ou pequena, necessita compreender sua missão no mercado e a partir disso

estabelecer sua visão para dentro de seus padrões. É importantíssimo respeitar

suas características, pois assim poderá encontrar soluções que ajudam a

desenvolver e reforçar a sua qualidade organizacional e de seus produtos. Os

produtos e serviços são os caminhos pelo qual a organização leva para a sociedade

a sua missão e a visão orienta o processo de criação deste caminho, estimulando o

rompimento com a situação atual e o estado futuro desejado.

A Star Cont - Reefer Service é uma micro-empresa, embora possua um

quadro de funcionários bastante elevado.

A empresa possui uma estrutura bem definida com suas divisões e

subdivisões, sendo que cada colaborador tem suas tarefas determinadas para o

melhor aproveitamento do quadro de funcionários.

A Figura 1 demonstra o organograma da empresa.

Hkiwtc"3:"Organograma da empresa Fonte: Dados fornecidos pela empresa.

Conforme a Figura 1, percebe-se que a empresa possui um organograma

com os setores bem definidos, e todas as atividades desempenhadas pela empresa

são acompanhadas pela diretoria.

DIRETORIA

Comercial Faturamento Operacional Financeiro

Recursos

Humanos

Emissão de

Títulos

Terminais Portos Contas a Pagar Contas a

Receber

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3.1.6 Principais Atividades

A Star Cont - Reefer Service realiza atividades de comercialização de peças

e maquinários, além da prestação de serviços de monitoramento, manutenção e

reparos de equipamentos reefers nos recintos alfandegados como a Estação

Aduaneira do Interior (EADI), em Itajaí, e em outros terminais. Exerce também os

acompanhamentos de cargas, embarcando técnicos em navios, principalmente nas

épocas da safra da maça.

A empresa possui um sistema de informatização chamado Siscon

“Monitoramento On-Line”, que fornece informações aos seus clientes sobre

exatamente onde estão localizados os containeres reefer e qual a temperatura que

se encontram no momento desejado. Este serviço de atendimento aos clientes é

totalmente seguro, feito através da Internet, devendo somente ser acessado o site

da empresa, com senhas diferenciadas para cada cliente.

Já o serviço prestado no Porto de Itajaí requer qualificação e atenção dos

técnicos da empresa, pois se trabalha com diversas cargas e temperaturas

diferenciadas. Cerca de 60% da movimentação de container que ocorre no Porto é a

Star Cont quem presta os serviços.

3.1.7 Principais Clientes

Para conquistar os clientes e atuar em um mercado competitivo é necessário

atender e identificar as oportunidades, gerando um diferencial para a empresa. A

conquista e o sucesso no mercado é conseqüência de um bom atendimento com

qualidade.

A Star Cont possui clientes de diferentes regiões e países. Ela atende os

principais armadores, exportadores, importadores e despachantes, prestando um

serviço qualificado.

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3.1.8 Principais fornecedores

A empresa Star Cont - Reefer Service utiliza um planejamento para efetuar

suas compras, que é definido pela quantidade e necessidade que cada um dos

clientes necessita.

Geralmente, as compras de peças são efetuadas de acordo com a

movimentação de container reefer no Porto de Itajaí, levando em conta que a

empresa possui um estoque das principais peças, que são as mais utilizadas e que

têm origem internacional.

Na maioria das vezes, as compras são efetuadas através de representantes

que visitam a empresa. A forma de pagamento é uma negociação entre a empresa e

o fornecedor, podendo ser através de cheque pré-datado ou boleto bancário.

A empresa utiliza fornecedores brasileiros, trocando peças importadas por

nacionais, reduzindo custos e qualificando a mão-de-obra brasileira.

3.2 Resultados da Pesquisa

O presente capítulo apresenta o resultado da pesquisa, aplicado através de

entrevista com a gerente da área de Recursos Humanos e um questionário com 60

funcionários da empresa Star Cont Reefer, que teve como finalidade atender o

objetivo geral do estudo que é identificar os fatores que interferem na qualidade de

vida no trabalho dos funcionários da empresa Star Cont Reefer.

3.2.1 Verificação das condições de trabalho oferecidas pela empresa

O assunto qualidade de vida nas organizações, vem sendo um fator

influente no desempenho dos colaboradores em relação aos grandes desafios do

trabalho no cotidiano.

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Desta forma, as empresas vêm se adequando a essa nova tendência por

uma questão de resultado. O Quadro 4 apresenta as condições de trabalho

oferecidas pela empresa na visão da Gerente de Recursos Humanos

Condições de trabalho A empresa oferece segurança para os funcionário ?

Sim, fornecendo todos os equipamentos de IPI, sendo que alguns funcionário insistente em não utilizar,os supervisores sempre ficam de olho.

Quanto as horas de trabalho dos colaboradores a empresa acha adequada?

Sim, são de oito horas, mais devido as horas extras sempre ultrapassa 3 horas.

Quanto a condição de trabalho (iluminação, moveis, climatização, espaço e higiene) ?

O espaço de trabalho é sempre limpo, luzes da sala sempre ligada

Quadro 04 : Condições de trabalho. Fonte: Dados primários

Com base na resposta da entrevista, o Quadro 4 enfatiza as condições de

trabalho oferecidas pela organização, e segundo observa-se a empresa procura

sempre propor um ambiente onde prioriza a segurança e o bem estar do

funcionário. WALTON (apud FERNADES,1996) afirma que a segurança no trabalho,

e a oportunidades iguais de emprego, planos de enriquecimento de cargos e a

relação positiva, proposta por psicólogos, entre moral e produtividade.

O Quadro 5 mostra a percepção da entrevista quanto a compensação justa

e adequada do modelo de Walton (apud, FERNANDES, 1996).

Compensação justa e adequada O salário que a empresa paga está adequado com as tarefas que o funcionário desempenha?

Sim, pois é o que os sindicatos dos portuários exigem que pagamos

A remuneração que os funcionários recebem satisfaz suas expectativas pessoais e sociais?

Sim, pois além do salário oferecemos alguns benefícios

Os benificios da empresa fornece aos funcionários,é satisfatório? Quais são eles?

Sim ticket alimentação, plano de saúde e odontológico.estamos querendo implantar auxilio no curso de Inglês 50%

Quadro 05: Compensação justa e adequada Fonte: Dados primários

O Quadro 5 tem como relevância a questão salarial oferecida pela empresa e

segundo a entrevistada a empresa procura oferecer um salário que é exigido pelo

sindicato, com alguns benefícios como ticket alimentação planos odontológico e de

saúde. Segundo Walton apud Fernades (1996) é através da compensação justa e

adequada que pretende-se buscar o respeito e a equidade interna e externa.

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O Quadro 6 a seguir, apresenta informações quanto a oportunidade de uso e

desenvolvimento das capacidades.

Oportunidade de uso e desenvolvimento das capacidades Os funcionários da empresa tem liberdade para opinar no seu ambiente de trabalho?

Sim, a cada 15 dias se faz uma reunião para discutir algumas situações,e escutar o que os funcionários tem a dizer.

Existe uma boa comunicação entre os supervisores e seus liderados?

Sim, nessas reuniões os supervisores conversam com sua equipe depois é repassado tudo para o diretor da empresa, que analisa os pros e contras. Devido a isso podemos perceber que esta tendo uma boa comunicação entre eles

Quadro 06:Oportunidade de uso e desenvolvimento das capacidades Fonte: Dados primários

Verifica-se com o Quadro 6 que através da oportunidade de uso e

desenvolvimento das capacidades verificar a opinião dos funcionários e buscar

valorizar essas idéias com a aprovação do diretor. Percebe–se que existe uma boa

comunicação entre funcionários e supervisores.

O Quadro 7, apresenta informações, segundo a entrevista com a gerente

quanto a oportunidade de crescimento e segurança de se trabalhar na empresa.

Quadro 07: Oportunidade de crescimento e segurança Fonte: Dados primários

Oportunidade de crescimento e segurança A empresa possui um plano de carreira aos seus funcionários como funciona?

Não chega ser um plano de carreira, mas para substituir um funcionário não contratamos e sim remanejamos para que todos tenham crescimento dentro da empresa

A empresa oferece treinamento aos seus funcionários? De que maneira? Existe um programa de treinamento aos seus funcionários na busca de desafios como?

Treinamento sim, a cada dois meses, um funcionário mais antigo da empresa oferece treinamento sobre os equipamentos, e palestra com vários assuntos, pois esse funcionário fez vários cursos em escola técnica, temos isso como um programa de treinamentos.

A empresa orienta e estimula os funcionários na busca de desafios, como?

Não, mas estamos com projeto de motivação ao funcionário, estamos discutindo isso com o diretor da empresa.

A empresa reconhece a dedicação dos funcionários como ?

Sim, temos o mural com foto que mostra o funcionário do mês com isso ele escolhe o premio que quer um sacolão ou um jantar na pizzaria com a família. Esse funcionário é selecionado quando dá alguma sugestão para a melhoria da empresa etc...

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Segundo Walton (apud, FERNANDES, 1996) as tarefas devem contribuir

para a expansão das capacidades; as habilidades adquiridas devem ser utilizadas

em outras tarefas futuras e deve haver a possibilidade de avanço na carreira.

Observa-se através do Quadro 7, que a empresa estimula seus funcionários,

oferecendo recompensa ao funcionário destaque, quanto ao plano de carreira

segundo a entrevistada essa empresa faz um remanejamento quando necessário,

aproveitando esse funcionário que se destaca no setor.

A seguir, o Quadro 8 apresenta a opinião da entrevistada em relação a

interação social dos funcionários no trabalho.

Quadro 08: Interação social no trabalho Fonte: Dados primários

Através do Quadro 8, pode-se observar que a empresa procura sempre

oportunizar o dialogo entre os supervisores e os demais funcionários, promovendo

palestras dinâmicas onde se discute os principais problemas, desenvolvendo uma

interação entre os participantes, pois segundo Walton (apud, FERANDES,1996) a

identidade do trabalhador e sua auto-estima são influenciadas por um ambiente livre

de preconceitos, um bom relacionamento interpessoal; uma comunicação aberta e a

mobilidade nos níveis hierárquicos;

O Quadro 9, apresenta a resposta da gestora quanto ao fator

constituicionlismo.

Interação social no trabalho Os funcionários sentem que tem oportunidade de crescimento? como ?

Sim pois damos oportunidade para os funcionários da empresa em determinado cargo, ao invés de contratação imediata de pessoas fora da empresa.

Os funcionários recebem informações claras e objetivas sobre o desempenho de tarefas? de que forma?

Sim os supervisores nesse caso sempre conversam com os funcionários individualmente. Dessa forma o funcionário que não esta desempenando o seu trabalho terá a oportunidade de melhorar as suas tarefas.

Que tipo de reconhecimento é oferecido ao funcionário por um trabalho bem feito? Quem faz esse reconhecimento?

Damos um jantar na pizzaria ou um sacolao o reconhecimento é feito entre os supervisores e o diretor.

Existe um relacionamento de cooperação entre os diversos departamentos da empresa? Como?

Sim, nas palestras sempre fazemos dinâmicas e percebemos que não há divergência entre eles. Eles também tem um time de futebol que a empresa da maior força, patrocinando o uniforme do time.

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Constituicionalismo A empresa respeita a crença religiosa de cada funcionário? Qual o indicador?

Sim isso é algo particular de cada funcionário

Os funcionários são tratados e respeitados de forma igualitária?Como ?

Sim, os diretores da empresa tentam respeitar os funcionários como se fossem membro da família, um funcionário não é melhor do que o outro, somos todos iguais.

Quadro 09: Constituicionalismo Fonte: Dados primários

Segundo o autor Walton (apud FERNANDES,1996) os direitos dos

trabalhadores devem estar na base da sua relação com os empregadores,

contribuindo para a sua privacidade fora do trabalho, liberdade de expressão e

igualdade no tratamento no emprego.

Observa-se no Quadro 9 que os funcionários estão sendo bem assessorados

no fator constitucionalismo.

A seguir, o Quadro 10 apresenta a visão do gestor quanto ao trabalho e o

espaço de vida.

Trabalho e o espaço de vida Os funcionários conseguem desempenhar todas suas tarefas durante o seu horário de trabalho?

Nem sempre, o administrativo sim, mais o operacional responsável pelo porto geralmente sempre fica depois do horário.

Os funcionários conseguem manter um tempo adequado para lazer com a família conciliando o trabalho?

Sim o expediente da empresa é de segunda a sexta, e final de semana temos rodízio de plantão.

Os trabalhos desenvolvidos proporcionam um sentimento de pressão, podendo deixar os funcionários estressados no final do expediente?

Não, pois qualquer problema que o funcionário tiver em relação ao problema ao trabalho, terá ao lado dele o supervisor que poderá orienta-lo

Quadro 10: Trabalho e o espaço de vida Fonte: Dados primários

Em relação a variável trabalho e o espaço de vida, verifica-se através do

Quadro 10 que o funcionário tem uma carga horária de segunda a sexta-feira, tendo

um plantão no fim de semana que funciona através de rodízio, entre os

colaboradores, a empresa, segundo a entrevistada, procura solucionar qualquer

eventual problema no horário de expediente, respeitando assim a vida privada do

trabalhador, com momentos para o lazer e a família.

A seguir, o Quadro 11 apresenta relevância social na vida no trabalho.

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Relevância social na vida no trabalho Os funcionários da empresa participam da definição de metas e dos objetivos do seu ambiente de trabalho?

Sim, os funcionários tem livre arbítrio para falar alguma coisa, sempre nas reuniões destacando o que de melhor para eles.

Os funcinários são incentivados a assumir maiores responsabilidades na empresa?

Sim, todos os funcionários estão cientes que poderão ocupar cargos maiores dentro da empresa, sendo é claro que seja capacitado para o mesmo.

O programa de integração que a empresa possui, contribui para a melhoria da qualidade de vida no trabalho dos seus funcionários ?

Sim, pois é através desse programa que os funcionários perdem um pouco da sua timidez, e começam a conquistar o seu espaço, fazendo novas amizades.

Quadro 11: Relevância social na vida no trabalho Fonte: Dados primários

Para Walton apud Fernandes (1996) a imagem da organização no tocante a

sua responsabilidade social pode afetar a auto-estima do trabalhador e a sua

percepção quanto ao valor do trabalho e sua carreira. E isso vê-se com clareza que

segundo o Quadro 11 é uma preocupação dessa empresa.

3.2.2 Identificação dos Perfil do Funcionários

Para identificar o perfil dos funcionários, utilizou-se algumas questões como

sexo,idade, estado civil, ,escolaridade, tempo de empresa, renda familiar, etc,

conforme a solicitação da empresa, para atualização de dados. Na tabela 1

apresenta o perfil dos respondentes da empresa Star Cont.

Tabela 1 – Perfil dos funcionários pesquisados Sexo: Total Masculino 45 Feminino 15 Faixa Etária: até 25 anos 24 de 26 à 35 anos 31 mais de 45 anos 5 Estado Civil: Solteiro(a) 25 Casado(a) 32 Divorciado(a) 3 Escolaridade Ensino Fundamental completo 6 Ensino Médio incompleto 18 Ensino Médio completo 27

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Superior completo 6 Superior Incompleto 3 Tempo de empresa menos de 3 anos 21 Entre 3 e 8 anos 27 Mais de 9 anos 12 Você pratica algum excercício físico ? Sim 9 Não 51 Você encontra tempo para descansar e descontrair? às vezes 4 freqüentemente 10 sempre 46 Filhos Sim 25 Não 35 Renda familiar 801 a 1.500 reais 25 1501 a 3.000 reais 30 3.001 a 6.000 reais 5 Residência Própria 36 Alugada 3 Mora com os pais ou parentes 21

Fonte: Dados da pesquisa.

Quanto ao perfil dos respondente percebe-se que a maioria é do sexo

masculino, com faixa etária de 26 a 35 anos, casados, com o ensino médio

completo. Estão na empresa entre 3 a 8 anos, não praticam exercício físicos, mais

sempre procuram descansar e descontrair-se de alguma maneira, sendo que a

maioria não possui filhos, a maioria dos funcionários recebem entre 1.501 a 3.000

reais e possuem sua casa própria.

3.2.2.1 Identificação dos fatores que interferem na Qualidade de Vida no Trabalho

considerando os fatores de Walton (apud FERNANDES 1996).

Com o objetivo de identificar os fatores que interferem na qualidade de vida

no trabalho, foi aplicado um questionário com os funcionários da empresa Star

Conf- Reefer, que responderam questões considerando os fatores de Walton (apud

FERNANDES, 1996), tais como : condições de trabalho, condições de segurança no

trabalho,numero de horas trabalhadas.

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74

3.2.2.1 Condições de Trabalho

Este item apresenta o resultado da pesquisa relacionado às questões

sobre o ambiente físico seguro e saudável dos funcionários.

O Gráfico 1 a seguir, apresenta o resultado da pesquisa em relação as

condições de segurança dentro do ambiente de trabalho.

95,00%

5,00%

Sempre quase sempre raramente Nunca não tem opinião Grafíco 1 : As condições de segurança Fonte:׃ Dados primários

Observa-se através do Gráfico 1 que 95% dos funcionários que foram

questionados estão satisfeitos em relação as condições de segurança no seu

ambiente de trabalho. A satisfação no trabalho faz parte de um contexto maior, que

é a satisfação com a própria vida. Nesse sentido, a satisfação (ou não) de um

indivíduo, extra trabalho, influenciará os seus sentimentos no local de trabalho. Da

mesma forma, a satisfação (ou não) no trabalho influenciará o condição do seu local

de trabalho. ( WALTON apud FERNANDES, 1996)

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75

O Gráfico 2 a seguir, apresenta o resultado da pesquisa em relação a

adequação do Numero de horas que o funcionário trabalha diariamente.

48%

7%

45%

Sempre quase sempre raramente Nunca

Grafíco 2: Numero de horas trabalhada Fonte: : Dados primários

O Gráfico 2 apresenta que 48% dos funcionários consideram adequadas o

número de horas trabalhados diariamente, enquanto que 45% responderam que

raramente está adequada estas horas. Percebe-se que grande parte dos

funcionários setem-se insatisfeitos com o número de horas trabalhadas diariamente.

O Gráfico 4 apresenta a opinião dos funcionários em relação as condições

do seu local de trabalho.

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76

97%

3%

Sempre quase sempre raramente Nunca

Grafíco 3: Condições de segurança no trabalho Fonte: Dados primários

Através do gráfico 3 observa-se que 97% dos funcionários sentem-se

seguros no seu ambiente de trabalho,ou seja, 58 pessoas acreditam que a empresa

sempre se preocupa com o aspecto de iluminação, moveis, espaço e higiene.

Segundo Walton (1973 apud FERNANDES, 1996) buscar humanizar a organização,

no sentido de criar melhorias nas condições e nas relações de trabalho, traz como

resultado para os trabalhadores melhores condições de trabalho e para as empresas

aumenta a produtividade.

3.2.2.2 Compensação justa e Adequada

Este item apresenta gráficos que estão relacionados com as perguntas a

plicadas através de questionários sobre salário, benefícios que a empresa oferece e

remuneração justa.

O Gráfico 4 a seguir apresenta a opinião dos funcionários quanto a

compensação justa e adequada.

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77

83%

7%

Sempre quase sempre raramente Nunca

Grafíco 4: Compensação Justa e Adequada Fonte: Dados primários

Percebe-se através do gráfico 4, que 83% dos funcionários consideram que

seu salário está adequado às tarefas que desempenham. Os empregados de uma

organização, em suas interações com seus pares, no âmbito interno e externo,

observam-se e julgam-se, mutuamente, e comparam as recompensas recebidas.

Dessa comparação, resulta um sentimento de justiça, ou não. Segundo Davis e

Newstrom (1996, p.79). A maioria dos empregados está preocupada com alguma

coisa a mais do que ter suas necessidades satisfeitas; eles também querem que o

sistema de recompensas seja justo. Esse aspecto de justiça aplica-se a todos os

tipos de recompensas – psicológicas, sociais e econômicas (...).

O Gráfico 5 apresenta o resultado sobre a satisfação do funcionário em

relação aos benefícios oferecido pela empresa.

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78

75%

8%

17%

Sempre quase sempre raramente Nunca

Grafíco 5: Benefícios Fonte: Dados primários

De acordo com o gráfico 5, percebe-se que 75% dos funcionários

pesquisados quase sempre consideram adequados os benefícios oferecidos pela

empresa. Para Chiavenato (2002, p.271) “[...] os benefícios sociais são aquelas

facilidades, conveniências, vantagens e serviços que as organizações oferecem aos

seus empregados, no sentido de poupar-lhes esforços e preocupação”. Tendo em

vista que cada setor reúne em si, um padrão de colaboradores e estes, apresentam

problemas e soluções muitas vezes idênticas ou de simetria em suas soluções,

deve-se buscar em um único setor a tentativa de se identificar a visão destes, no

que tange a qualidade de vida no trabalho relacionada aos benefícios.

O gráfico 6 traz o resultado da pesquisa em relação a satisfação da

remuneração com as expectativas pessoais e sociais dos funcionários.

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79

8,33%

88,34%

3,33%

Sempre quase sempre raramente Nunca

Grafíco 6: Adequação do sálario Fonte : Dados primários

Quanto ao salário oferecido de acordo com o Gráfico 6 88,34% dos

funcionários opinaram que este quase sempre está adequado as sua expectativas

sociais e pessoais. Walton (1973 apud FERNANDES,1996) cita este aspecto como

uma maneira de comparar a qualidade de vida com a remuneração oferecida para a

função exercida dentro da empresa.

3.2.2.3 Oportunidade de Uso e Desenvolvimento das Capacidades.

Este item apresenta gráficos que estão relacionados com oportunidade de

uso e desenvolvimento das capacidades dos funcionários.

O Gráfico 7 a seguir apresenta o resultado da pesquisa em relação a

comunicação do Supervisor.

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80

28%

60%

12%

Sempre quase sempre raramente Nunca

Grafíco 7: Comunicação do supervisor Fonte : Dados primários

Observa-se no Gráfico 7 que 60% dos funcionários recebem informações do

supervisor quanto realizou um bom trabalho, 28% quase sempre , e 12% pessoas

dizem que raramente são informados.

O Gráfico 8 a seguir apresenta o resultado o resultado em relação a

autonomia de opinar no ambiente de trabalho.

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81

70,00%

25,00%

5,00%

Sempre quase sempre raramente Nunca não tem opinião Grafíco 8: Autonomia de opinar no ambiente de trabalho Fonte: Dados primários

Observa-se no gráfico 8 que 70% dos funcionários sempre tem autonomia

para opinar no seu ambiente de trabalho e 25% consideram que raramente tem

autonomia. Oportunidades imediatas para desenvolver e usar as capacidades

humanas é considerar por Walton (apud FERNANDES,1996) como potencialidades,

e desafio pessoal-profissional. Indicadores: Estima e Capacitação múltipla; sua

autonomia no ambiente de trabalho.

3.2.2.4 Oportunidade de crescimento e segurança

Este item apresente gráficos que estão relacionados a oportunidade de

crescimento e segurança dentro da empresa.

O Gráfico 9 apresenta a opinião dos funcionários quanto ao reconhecimento

da empresa quanto a dedicação de cada colaborador.

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82

16,67%

56,67%

26,66%

Sempre quase sempre raramente Nunca não tem opinião

Grafíco 9: Reconhecimento da empresa Fonte : Dados primários

Observa-se através do Gráfico 9 que 56,67% dos funcionários, sentem-se

reconhecidos pela empresa.

O gráfico 10 apresenta a opinião dos funcionários em relação a empresa, se

ela estimula seus colaboradores na busca de novos desafios o resultado sobre o

estimulo da empresa quanto ao treinamento profissional.

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83

33,33%

61,67%

5,00%

Sempre quase sempre raramente Nunca não tem opinião Grafíco 10: Estimulo da empresa quanto ao crescimento profissional Fonte da pesquisa: Dados primários

Observa-se no gráfico 10 que 61,67% dos funcionários que quase sempre

recebem estimulo de crescimento profissional, 33,33% que corresponde a 34

pessoas que nunca, a empresa não possui plano de carreira, 5% que corresponde a

16 pessoas não quiseram opinar sobre o assunto. Analisando este gráfico percebe-

se a insatisfação dos funcionários quanto a oportunidade de crescimento dentro

desta empresa, pois segundo Walton (apud, FERNANDES 1996) Oportunidades

futuras para o crescimento contínuo e a garantia de emprego: oportunidade de

carreira, uso do conhecimento, das habilidades expandidas e das habilidades recém

adquiridas.Indicadores: Carreira, Desenvolvimento pessoal e Estabilidade no

emprego.

No gráfico 11 veremos sobre a interação social no trabalho.

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84

35,00%

65,00%

Sempre quase sempre raramente Nunca não tem opinião

Grafíco 11: Relacionamento Interpessoal Fonte : Dados primários

Observa-se no gráfico 11 65% que funcionários, dizem seu relacionamento

é que sempre bom; As atividades são compartilhadas por duas ou mais pessoas. E,

para que essas atividades sejam executadas com sucesso, é preciso que haja

confiança, uma boa comunicação, cooperação, respeito e amizade entre os

membros do grupo. Essa relação provocará aumento de interação e cooperação,

repercutindo favoravelmente nas atividades e, conseqüentemente, na motivação e

produtividade do grupo. Por outro lado, quando, no grupo, não há interação gerando

sentimentos negativos de antipatia e rejeição, há um afastamento entre esses

membros repercutindo negativamente na produtividade.

No gráfico 12 observamos como os entrevistados percebem seu

relacionamento com seu líder.

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85

71,67%

21,67%

6,66%

Sempre quase sempre raramente Nunca não tem opinião

Grafíco 12: Reconhecimento pelo seu lider Fonte :Dados primários

Observa-se no gráfico 12que 71,67% dos funcionários responderam que

sempre são reconhecidos pelo seu líder. Segundo Walton (apud, FERNANDES

1996) no que se refere à ausência de grandes diferenças hierárquicas e

preconceitos, relacionamento marcado por apoio mútuo, franqueza interpessoal e

respeito às individualidades.

3.2.2.5 Constitucionalismo.

Este item apresenta gráficos que estão relacionados com constitucionalismo

através de um questionários sobre respeito com as pessoas, respeito com as

crenças religiosas.

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73,33%

23,33%

3,33%

Sempre quase sempre raramente Nunca não tem opinião

Grafíco 13 :respeito com as pessoas Fonte : Dados primários

Observa-se no gráfico 13 73,33% dos funcionários sempre são tratados

com respeito; 23,33% afirmam que quase sempre tem noção de seus direitos e 3,

33% não opinaram Segundo Walton (apud FERNANDES 1996) o

Constitucionalismo na organização é noção de cidadania, indicadores de direitos

garantidos. No gráfico observamos

No gráfico 14 verificamos como a empresa se refere a religiosidade do seu

funcionário segundo o mesmo.

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87

86,67%

11,67%1,66%

Sempre quase sempre raramente Nunca não tem opinião

Grafíco 14: Respeito quanto a crença religiosa. Fonte : Dados primários

Observa-se no gráfico 14 86,67% dos funcionários sempre, são respeitados

sua crença religiosa, 11,67% responderam que quase sempre é respeitada e 1,6%

não opinaram. As pessoas são produtos do meio em que vivem, têm emoções,

sentimentos e agem de acordo com o conjunto que as cercam seja o espaço físico

ou social e aqui vale ressaltar as crenças religiosas. Na visão de Rios (apud

Fernandez, 1996), a Qualidade de Vida se relaciona com o bem-estar por meio de

fatores como: saúde, nível de educação, situação econômica, relações sociais e

familiares, moradia, atividades recreativas, auto-estima, crenças religiosas,

autonomia, domínio ambiental, metas na vida e grau de desenvolvimento pessoal.

3.2.2.6 O trabalho e espaço de vida.

Os gráficos a seguir veremos as respostas referentes aos estress,o tempo

adequado quanto ao lazer com a família,tempo para desempenhar todas as funções.

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31,67%

65,00%

3,33%

Sempre quase sempre raramente Nunca não tem opinião Grafíco 15: Estress Fonte : Dados primários

Observa-se no gráfico15 que 65% dos funcionários nunca sentem-se

estressados no fim do expediente , 31,67 % responderam que raramente estão

estressados no fim da jornada de trabalho; O stress pode ser desencadeado por

características pessoais (fatores internos) ou pode se originar das várias áreas da

vida de um indivíduo (fatores externos), tais como social, familiar e ocupacional. No

que se refere, particularmente ao stress ocupacional, constata-se que as

modificações nos processos e organização do trabalho, além da competitividade

organizacional gerada pelo fenômeno da globalização, vêm causando um fenômeno

de instabilidade emocional e física nos ocupantes dos postos de trabalho, que

podem, por meio de agentes estressantes lesivos derivados diretamente do trabalho

ou por motivos deste, afetar a saúde do trabalhador. (VILLALOBOS apud CORRÊA;

MENEZES, 2002).

No gráfico a seguir verificaremos a importância do lazer para os funcionários

pesquisados.

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89

93%

5% 2%

Sempre quase sempre raramente Nunca não tem opinião

Grafíco 16: Tempo Adequado para o lazer com a Família. Fonte : Dados primários

Observa-se no gráfico 16, 93% dos funcionários, sempre conseguem

conciliar o trabalho com o lazer, 5 % disseram que quase sempre consegue conciliar

e 2% não opinaram. Paiva (2003) declara que a definição de lazer utilizada não deve

ser considerada como uma idéia fechada sobre o tema, pois se deve levar em

consideração aspectos da sociedade e da época em que se está inserido, bem

como a relação com outros componentes da estrutura social. Se não forem

considerados – sociedade, cultura, época, ambiente, gênero dos indivíduos, grau de

escolaridade e idade – o entendimento do lazer poderá ser equivocado.

A seguir veremos o gráfico referente ao tempo que os funcionários levam

para desempenhar sua função

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90

97%

3%

Sempre quase sempre raramente Nunca não tem opinião

Grafíco 17 :Tempo para desempenhar todas as suas tarefas. Fonte : Dados primários

Observa-se no gráfico 17, 97% dos funcionários responderam que sempre

conseguem desempenhar todas as sua tarefas no horário de expediente, e 3% não

opinaram. Pois segundo Walton (1973, apud FERNANDES, 1996) o trabalho e

espaço total na vida do indivíduo: valorização de outros pilares que sustentam a vida

das pessoas. Indicadores: Liberdade de expressão, Vida pessoal preservada e

Horários previsíveis;

3.2.2.7 A relevância social da vida no trabalho.

A seguir veremos resultado no que se refere a assumir novas

responsabilidades, programa de integração, definições de metas e objetivos.

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91

78%

15%

7%

Sempre quase sempre raramente Nunca não tem opinião

Grafíco 18: Assumir novas responsabilidades Fonte: Dados primários

Observa-se no gráfico 18 indica que 78% dos funcionários se sentem-se

apto para assumir maiores responsabilidade do que já possui na empresa; 15%

responderam que quase sempre estão preparados para assumirem maiores

responsabilidade, 7% não responderam

O gráfico 19 referente sobre o programa de interação.

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20%

35%

42%

3%

Sempre quase sempre raramente Nunca não tem opinião

Grafíco 19: Programa de integração Fonte: Dados primários

Observa-se no gráfico 19, 42% dos funcionários responderam que

raramente o programa contribui para a qualidade de vida no trabalho; 35%

responderam que quase sempre contribui para qualidade de vida, 20% que sempre

contribui o programa para a qualidade de vida no trabalho e 3% não opinaram.

O gráfico 20 veremos os resultados referente a definição de metas e dos

objetivos segundo os entrevistados.

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63,33%

28,33%

5,00% 3,33%

Sempre quase sempre raramente Nunca não tem opinião Grafíco 20: Definições de Metas e dos Objetivos Fonte: dados primários

Observa-se no gráfico 20, 63,33% dos funcionários responderam que

sempre participam destas definições, 28,33% quase sempre participam. Segundo

Walton (apud FERNANDES1996) a relevância social do trabalho: ações referentes

ao meio ambiente, oportunidade de emprego, atendimento das necessidades

sociais. Indicadores: Imagem da empresa e Responsabilidade social da empresa.

3.3 Sugestões para a empresa

Por meio dos resultados obtidos após o estudo da Qualidade de Vida no

Trabalho onde foram analisados as variáveis na visão de Walton apud Fernandes

(1996) verificou-se alguns pontos negativos, variáveis a seguir:

Compensação justa e adequada,

• Analisar e rever o plano de Benefícios, pois percebeu-se que uma

parte significativa dos funcionários estão insatisfeitos.

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• Promover programas de socialização (futebol, festas comemorativas)

para melhor a integração entre gestores e colegas de trabalho.

• Divulgar e promover melhor os programas de reconhecimento na

empresa.

• Incentivar a participação dos funcionários em relação a definição de

metas e objetivos da empresa.

Os resultados obtidos forneceram subsídios para a proposição de melhorias

à empresa, visando ao aumento do nível de satisfação de seus colaboradores com

sua QVT, e seguindo a metodologia citada, a estagiária sugere algumas sugestões

de melhoria, já tendo visto que a maioria dos funcionários responderam estar

sempre ou quase sempre satisfeitos com todos os itens do questionário, mesmo

assim verificou-se que não somente alguns funcionários, devem estar satisfeitos

com a empresa, mais sim todos deveram sentir-se satisfeito e valorizados pela a

empresa e assim produziram mais.

A pesquisa aponta que os funcionário estão contentes quanto a condição de

trabalho, mais observou-se que a falta de plano de carreira é uns dos principais

fatores que vem desagradando os funcionários, e quando foi pedido para que eles

fizessem sugestões para a melhoria do seu ambiente de trabalho, apareceu como

sugestão ajuda da empresa com relação a faculdade.

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Na tentativa de estabelecer uma integração entre os conceitos de Qualidade

de Vida no Trabalho(QVT) e Qualidade de Vida (QV), entende-se que o indivíduo

tem que ser considerado sob um ponto de vista holístico, pois assim, acreditamos

que um baixo nível de QVT, na maioria das vezes, significa baixa qualidade de vida

geral.

É importante ressaltar que a QVT não pode ser confundida com a

distribuição de benefícios. As organizações que proporcionam, aos seus

colaboradores, facilidades tais como horários flexíveis, assistência médica e

educacional, além de atividades culturais e de lazer, extensivas as suas famílias, e

realizam atividades que envolvem e beneficiam a comunidade em que vivem,

indicam uma maior sensibilidade em relação a eles. No entanto, isto não é o

bastante.

Em função do acima exposto, o presente trabalho teve como objetivo geral

diagnosticar os fatores que interferem na qualidade de vida dos funcionário da Star

Cont. A qualidade de vida no trabalho é tratada por diversos autores, porém o

modelo utilizado para este trabalho foi o autor Walton apud Fernandes (1996),

porque facilitou,através do seu modelo o levantamento de dados e

consequentemente para que os objetivos fossem alcançados.

Faz-se necessário, então, diminuir a distância entre o discurso e a prática,

para que a QVT não seja apenas mais um modismo, mas que faça parte de um

plano organizacional estratégico e não venha a desaparecer diante da primeira

dificuldade a ser enfrentada. Um real investimento na QVT tornará o trabalho mais

humanizado, favorecendo, além de um clima saudável de trabalho, a diminuição de

acidentes, de afastamentos por problemas de saúde e de reclamações trabalhistas.

A partir de ações preventivas e educativas em relação, principalmente, à

saúde física e mental dos seus colaboradores, é que as organizações abrirão

espaço para o surgimento de sentimentos de participação e integração, o que,

certamente, se refletirá em aumento de produtividade e bem-estar generalizado.

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96

Além disso, percebe-se a necessidade de ações que promovam o efetivo

envolvimento desses trabalhadores na elaboração e implementação desses

programas de QVT, bem como de uma preparação dos mesmos, e de seus

superiores, para lidar com esse indicador de verdadeira democracia nos processos

de trabalho. Desta forma, as organizações estarão encarando-os não apenas como

mais um recurso, mas oferecendo condições para que se tornem seres humanos de

qualidade total e que possam, assim, alcançar a QV que desejam e merecem.

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APÊNDICE

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Apendece C- Questionário para identificar a percepção dos funcionário em relação aos fatores que interferem na qualidade de vida no trabalho.

raramente Responda as questões assinalando ao lado.

Sempre Quase sempre

Nunca Não tenho opinião

1. Condições de Trabalho a)A empresa oferece condições de segurança dentro do seu ambiente de trabalho?

b)Você considera adequado o número de horas que trabalha diariamente?

c) As condições do seu local de trabalho (iluminação,móveis, climatização, espaço, higiene) permitem seu bom desempenho?

2. Compensação Justa e Adequada a) O seu salário está adequado a tarefa que você desempenha?

b) Os beneficios que a empresa oferece, estão adequadas as suas necessidades?

c) Sua remuneração satisfaz suas expectativas pessoais e sociais?

3. Oportunidade de Uso e Desenvolvimento das Capacidades a) Seu supervisor lhe informa se realizou um bom trabalho?

b) Você tem autonomia de opinar no ambiente de trabalho?

4. Oportunidade de Crescimento e Segurança a) Sua dedicação é reconhecida pela empresa?

b)A empresa fornece constantemente programas de treinamento e aperfeiçoamento para sua função?

c) A empresa estimula os funcionários na busca de desafios que contribuiam para o crescimento profissional e a produtividade dos funcionários?

d) A empresa possui um programa de carreira e crescimento?

5. Integração Social no Trabalho a) Você sente que tem oportunidade de crescimento dentro da empresa onde atua?

b)Você recebe informações claras e objetivas sobre o seu desempenho no trabalho?

c) Você sente tranquilidade em expressar suas idéias, sugestões e criticas?

d) Quando você desempenha bem sua função, você tem reconhecimento pelo seu lider?

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e) Há um bom relacionamento interpessoal entre as equipes do seu ambiente de trabalho?

6. Constitucionalismo a) A organização respeita sua crença religiosa?

b)Todos na empresa são tratados e respeitados igualmente?

7. Trabalho e Espaço de vida a)Você consegue desempenhar todas as suas tarefas durante o seu horário de trabalho?

b)Você consegue manter um tempo adequado para lazer com a familia conciliando seu trabalho?

c)Você sente-se estressado no final do expediente?

8. Relevância Social da vida no Trabalho a) Você participa da definição das metas e dos objetivos relacionados ao seu trabalho?

b) O programas integração contribuem para sua Q.V.T?

c)Você se sente apto para assumir maiores responsabilidades do que as possui atualmente?

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Apêndice B- Questionário para identificação do perfil dos funcionários para a atualização dos dados da empresa. Dados Pessoais 1. Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino

2. Faixa Etária: ( ) até 25 anos ( ) de 26 à 35 anos ( ) de 36 à 45 anos ( ) mais de 45 anos

3. Estado Civil:

( ) Solteiro(a) ( ) Casado(a) ( ) Divorciado(a) ( ) viúvo(a) ( ) Outros

4 .Escolaridade

( ) Ensino fundamental completo ( ) Ensino fundamental incompleto ( ) Ensino médio incompleto ( ) Ensino médio completo ( ) superior incompleto ( ) superior completo ( ) pós-graduação / especialização / mestrado / doutorado

5. Há quanto tempo você trabalha na empresa?

( ) menos de 3 anos ( ) entre 4 e 8 anos ( ) mais de 9 anos

6. Você pratica algum exercício físico de forma regular? ( ) Sim ( ) Não

7. Você encontra tempo para descansar e descontrair-se?

( ) nunca ( ) raramente ( ) às vezes ( ) freqüentemente ( ) sempre

8. Você possui filhos? ( ) Sim ( ) Não

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9. Qual a renda total, mensal (aproximada) de sua família? Some sua renda com esposa (o) e com a dos filhos (que ainda dependem de você). ( ) 501 a 800 reais ( ) 801 a 1.500 reais ( ) 1.501 a 3.000 reais ( ) 3001 a 6.000 reais ( ) acima de 7.000 reais 10 Sua residência é ( ) Própria ( ) Alugada ( ) Cedida/emprestada ( ) Mora com os pais ou parentes

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"Apendence A- Roteiro da Entrevista semi-estruturada com o gestor da empresa para verifica as condições de trabalho oferecida pela empresa. Questionário 1- A empresa oferece condições de segurança para seus funcionários? De que maneira? 2. A empresa considera adequado o número de horas que seus colaboradores trabalham diariamente? Geralmente qual a carga horária diária dos funcionários? 3. A empresa oferece uma boa condição de trabalho aos seus funcionários quanto a (iluminação, moveis, climatização, espaço e higiene) ?

COMPENSAÇÃO JUSTA E ADEQUADA 4. O Salário que a empresa paga a seus funcionários está adequado com as tarefas que eles desempenham? Como? 5. A remuneração que os funcionários recebem satisfaz suas expectativas pessoais e sociais? Por quê? 6. Os benefícios que a empresa fornece aos funcionários, é satisfatório? Quais são eles?

OPORTUNIDADE DE USO E DESENVOLVIMENTO DAS CAPACIDADES

7. Os funcionários da empresa têm liberdade para opinar no seu ambiente de trabalho? Qual o indicador? 8. Existem uma boa comunicação entre os superiores e seus liderados? Como você percebe isso?

OPORTUNIDADE DE CRESCIMENTO E SEGURANÇA 9- A empresa possui um plano de carreira aos seus funcionários? Como funciona? 10- A empresa oferece treinamento aos seus funcionários? De que maneira? Existe um programa de treinamento e desenvolvimento? 11- A empresa orienta e estimula os funcionários na busca de desafios, como? 12. A empresa reconhece a dedicação dos funcionários? Como?

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INTEGRAÇÃO SOCIAL NO TRABALHO 13. Os funcionários sentem que tem oportunidade de crescimento? Como? 14. Os funcionários recebem informações claras e objetivas sobre o desempenho de suas tarefas? De que forma? 15. Que tipo de reconhecimento é oferecido ao funcionário por um trabalho bem feito? Quem faz o reconhecimento? 16. Existe um relacionamento de cooperação entre os diversos departamentos da empresa? Como?

CONSTITUCIONALISMO 17- A empresa respeita a crença religiosa de cada funcionário? Qual o indicador? 18- Os funcionários são tratados e respeitados de forma igualitária? Como?

TRABALHO E ESPAÇO DE VIDA

19- Os funcionários conseguem desempenhar todas as suas tarefas durante o seu horário de trabalho? 20- Os funcionários conseguem manter um tempo adequado para lazer com a família conciliando o trabalho? 21- Os trabalhos desenvolvidos proporcionam um sentimento de pressão, podendo deixar os funcionários estressados no final do expediente?

RELEVÂNCIA SOCIAL DA VIDA NO TRABALHO 22- Os funcionários da empresa participam da definição das metas e dos objetivos do seu ambiente de trabalho?

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23- Os funcionários são incentivados a assumir maiores responsabilidades na empresa? 24- O programa de integração que a empresa possui, contribui para a melhoria da qualidade de vida no trabalho dos seus funcionários?

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DECLARAÇÃO

Itajaí, 08 de junho de 2009.

A Star Conf - Reefer Service declara, para os devidos fins, que a estagiária

Marilene Espíndola, aluna do curso de Administração do Centro de Educação de

Ciências Sociais Aplicadas da Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI, cumpriu a

carga horária de estágio prevista para o período de 04/08/2008 a 01/06/2009, seguiu

o cronograma de trabalho estipulado no Projeto de Estágio e respeitou nossas

normas internas.

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Gláucia Martins dos Anjos

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ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS

Marilene Espíndola

Estagiária

Gláucia Martins dos Anjos

Orientadora de campo

Profª. Claudia Silva Ribeiro Alves

Orientadora de estágio

Prof. Eduardo Krieger da Silva MSc

Responsável pelo Estágio Supervisionado