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Tratamento com inseticida e qualidade fisiológica destas sementes 415 QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE TRIGO TRATADAS PARA CONTROLE DE PRAGAS DE ARMAZENAMENTO Cairo Cezar Ferreira 1 Francisco Amaral Villela² Aline Klug Radke³ Luís Eduardo Panozzo 4 O trigo (Triticum aestivum L.), pertencente à família Poaceae, é cultivado em todos os continentes, e seu consumo aumenta anualmente no Brasil e no mundo (Corrêa, 2015). O cultivo de trigo contribui para a viabilização econômica da propriedade produtora de milho e soja auxiliando na melhoria do solo pela da incorporação de restos culturais. O trigo está presente na alimentação humana há cerca de 10 mil anos. Da região da Mesopotâmia, distribuiu-se pelo mundo. Na Europa, o cultivo do trigo expandiu-se nas regiões mais frias, como Rússia e Polônia. Pelas mãos dos europeus, no século XV, alcançou as Américas. No Brasil, chegou em 1534, trazido por Martim Afonso de Souza, porém só a partir da década de 1940, as áreas de cultivo de trigo começaram a se expandir no Rio Grande do Sul e no Paraná, que se transformou no principal Estado produtor no Brasil (ABITRIGO, 2012). Pesquisas na área de sementes permitiram aumentar a área cultivada e o rendimento da cultura de trigo. Atualmente, a produção de trigo no Brasil se encontra nas regiões Centro- oeste, Sudeste e Sul. O Rio Grande do Sul produziu 1,5 milhões de toneladas na safra 2014/15, ocupando a segunda colocação 1 Eng. Agr., Mestre Profissional em C&T de Sementes, PPG em C&T de Sementes, D.Ft./FAEM/UFPel. ² Eng. Agr., Dr. Professor do PPG em C&T de Sementes, D.Ft./FAEM/UFPel. E- mail [email protected] ³ Eng. Agr., Doutoranda do PPG em C&T de Sementes, D.Ft./FAEM/UFPel. 4 Eng. Agr., Dr. Professor do PPG em C&T de Sementes, D.Ft./FAEM/UFPel.

QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE TRIGO TRATADAS … · recomendados, como doses, nomes comerciais, intervalo de segurança, formulações, classe toxicológica e empresa registrante,

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Tratamento com inseticida e qualidade fisiológica destas sementes

415

QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE TRIGO TRATADAS PARA CONTROLE DE PRAGAS DE

ARMAZENAMENTO

Cairo Cezar Ferreira1 Francisco Amaral Villela²

Aline Klug Radke³ Luís Eduardo Panozzo4

O trigo (Triticum aestivum L.), pertencente à família

Poaceae, é cultivado em todos os continentes, e seu consumo

aumenta anualmente no Brasil e no mundo (Corrêa, 2015). O

cultivo de trigo contribui para a viabilização econômica da

propriedade produtora de milho e soja auxiliando na melhoria do

solo pela da incorporação de restos culturais.

O trigo está presente na alimentação humana há cerca de

10 mil anos. Da região da Mesopotâmia, distribuiu-se pelo

mundo. Na Europa, o cultivo do trigo expandiu-se nas regiões

mais frias, como Rússia e Polônia. Pelas mãos dos europeus, no

século XV, alcançou as Américas. No Brasil, chegou em 1534,

trazido por Martim Afonso de Souza, porém só a partir da década

de 1940, as áreas de cultivo de trigo começaram a se expandir

no Rio Grande do Sul e no Paraná, que se transformou no

principal Estado produtor no Brasil (ABITRIGO, 2012).

Pesquisas na área de sementes permitiram aumentar a

área cultivada e o rendimento da cultura de trigo. Atualmente, a

produção de trigo no Brasil se encontra nas regiões Centro-

oeste, Sudeste e Sul. O Rio Grande do Sul produziu 1,5 milhões

de toneladas na safra 2014/15, ocupando a segunda colocação

1 Eng. Agr., Mestre Profissional em C&T de Sementes, PPG em C&T de Sementes, D.Ft./FAEM/UFPel. ² Eng. Agr., Dr. Professor do PPG em C&T de Sementes, D.Ft./FAEM/UFPel. E-mail [email protected] ³ Eng. Agr., Doutoranda do PPG em C&T de Sementes, D.Ft./FAEM/UFPel. 4 Eng. Agr., Dr. Professor do PPG em C&T de Sementes, D.Ft./FAEM/UFPel.

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dos estados maiores produtores desse cereal (CONAB, 2015).

Nesse contexto, há necessidade da adoção de práticas culturais

para preservar a qualidade das sementes, sendo o tratamento de

sementes pós colheita uma das etapas importantes para um bom

armazenamento.

O trigo semeado na região meridional do Brasil (Norte e

Oeste do Paraná, Sul e Sudoeste de São Paulo e Mato Grosso

do Sul) tem apresentado problemas de qualidade de sementes,

especialmente em razão de ocorrência de chuvas no período de

pré-colheita e de danos mecânicos causados na colheita,

secagem e armazenamento (OHLSON et al., 2010).

A obtenção de sementes de alta qualidade somente

acontece se há manejo adequado durante sua produção,

colheita, beneficiamento, armazenamento e transporte. O

armazenamento dos lotes de sementes deve ser criterioso.

Semente de qualidade superior pode ser chamada aquela que

após o período de armazenamento ainda manterá sua

capacidade de gerar uma plântula normal, mesmo em ambientes

desfavoráveis (CORRÊA, 2015).

Pós-colheita, pragas de armazenamento e tratamento

de sementes

A pós-colheita de sementes e grãos é um processo

dinâmico que demanda conhecimentos específicos, assim como

tecnologia especializada e cuidados constantes. Entre esses

cuidados, está a preocupação com a infestação causada por

insetos pragas de produtos armazenados (LIMA JÚNIOR, 2012).

O armazenamento de sementes de trigo ocorre no verão,

recebendo interferência de fatores como temperatura, umidade

relativa do ar e insetos-pragas de armazenamento (OHLSON et

al., 2010). Dentre os insetos-pragas de armazenamento, em

especial Sitophilus zeamais, S. oryzae, Rhyzopertha dominica,

Ephestia kuehniella e Ephestia elutella podem ser responsáveis

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Tratamento com inseticida e qualidade fisiológica destas sementes

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pela deterioração física, fisiológica e sanitária do lote de

sementes no armazenamento (LORINI, 2008).

O conhecimento dos hábitos alimentares de cada inseto-

praga constitui fator importante para definir o manejo a ser

aplicado durante o período de armazenamento. Segundo esse

hábito, os insetos-pragas podem ser classificados em primários

ou secundários.

Os insetos-pragas primários atacam sementes e grãos

inteiros e sadios e dependendo da parte que atacam podem ser

denominados insetos-pragas primários internos ou externos. Os

primários internos perfuram as sementes e nestas penetram para

completar seu desenvolvimento. Alimentam-se de todo o tecido

de reserva da semente e possibilitam a instalação de outros

agentes de deterioração. Exemplos desses insetos-pragas são

as espécies Rhyzopertha dominica, Sitophilus oryzae e Sitophilus

zeamais. Os insetos-pragas primários externos destroem a parte

exterior da semente (cobertura protetora) e, posteriormente,

alimentam-se da parte interna sem, no entanto, se

desenvolverem no interior. Há destruição da semente apenas

para fins de alimentação. Como exemplo cita-se a Plodia

interpunctella (LORINI, 2008).

Os insetos-pragas secundários não conseguem atacar

sementes e grãos inteiros, pois dependem que estes estejam

danificados ou quebrados para que possam alimentar-se. Esses

insetos-pragas encontram-se nas sementes trincadas, quebradas

ou mesmo danificadas por insetos-pragas primários e,

geralmente, ocorrem desde o período de recebimento até o de

beneficiamento dos lotes de sementes. Multiplicam-se

rapidamente e causam prejuízos elevados. Como exemplos

citam-se as espécies Cryptolestes ferrugineus, Oryzaephilus

surinamensis e Tribolium castaneum (LORINI, 2008).

A descrição, a biologia e os danos de cada inseto-praga

devem ser conhecidos, para que seja adotada a melhor

estratégia para evitar os respectivos prejuízos, Lorini et al (2009)

destaca que existem dois principais grupos de insetos-pragas

que atacam as sementes de trigo armazenadas, besouros e

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traças. Entre os besouros encontram-se as espécies: R.

dominica, Sitophilus oryzae, S. zeamais. As espécies de traças

mais importantes são Sitotroga cerealella, Ephestia kuehniella e

Ephestia elutella. Entre esses insetos-pragas, R. dominica, S.

oryzae e S. zeamais ( gorgulho do cereais) são os mais

preocupantes economicamente e justificam a maior parte do

controle químico praticado nos armazéns de sementes.

Os insetos-pragas que comumente infestam unidades de

beneficiamento de sementes precisam ser controlados para

evitar os prejuízos à qualidade e à comercialização das

sementes. Para isto, é necessário medidas de controle como a

limpeza das instalações, assim como a limpeza e secagem das

sementes para evitar o ataque de insetos-pragas (Lorini, 2008;

Lorini et al. 2009).

Os insetos-pragas de armazenamento são limitadores da

conservação de sementes de trigo, pois danificam o produto

dificultando ou inviabilizando sua utilização, causando perdas

qualitativas e quantitativas. As sementes requerem o uso de

medidas preventivas, caso não estejam infestadas e curativas se

infestadas por insetos-pragas, para garantir a preservação da

qualidade fisiológica e sanitária durante o período de

armazenamento.

Dependendo das condições ambientais em que as

sementes são armazenadas, especialmente trigo, pode ocorrer

incremento da incidência de insetos-pragas, o que exige a

adoção de medidas preventivas e corretivas de controle de

insetos-pragas para evitar ou minimizar danos causados às

sementes armazenadas. Dentre estas medidas o expurgo, o

tratamento de sementes com inseticidas e o uso de terra de

diatomáceas, podem constituir-se em técnicas eficientes no

controle de insetos-pragas durante o armazenamento de

sementes de trigo.

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Tratamento com inseticida e qualidade fisiológica destas sementes

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Sementes de trigo, tratamentos preventivos e

curativos

Para evitar o desenvolvimento ou eliminar insetos-pragas

presentes na massa de grãos e sementes, torna-se necessária a

adoção de medidas de controle que podem ser preventivas ou

curativas.

O controle químico de insetos-pragas de grãos

armazenados é realizado, normalmente, com inseticidas

protetores, que apesar de eficazes podem causar intoxicações

aos aplicadores, presença de resíduos tóxicos nos grãos e o

desenvolvimento de populações de insetos-pragas resistentes

(BENHALIMA et al., 2004). Detalhes sobre os inseticidas

recomendados, como doses, nomes comerciais, intervalo de

segurança, formulações, classe toxicológica e empresa

registrante, podem ser buscados no trabalho de LORINI et al.

(2009), apresentados na Tabela 1.

Um dos problemas que tem aumentado no Brasil refere-se

à resistência de pragas ao pequeno número de inseticidas

registrados no país. Já foram detectadas raças resistentes aos

inseticidas químicos utilizados para controle. Torna-se, portanto,

urgente a necessidade de se fazer o manejo integrado de pragas,

para que se possa preservar estes inseticidas por maior tempo,

devido à dificuldade de substituição (LORINI, 2008).

Para o controle preventivo, dentre os pós-inertes, os mais

utilizados para o controle de insetos-pragas são as argilas e

areias, terra de diatomáceas, sílica aerogel (silicato de sódio) e

não derivados de sílica (rochas fosfatadas) (KLJAJIC et al.,

2009). Dentre estes, a terra de diatomáceas destaca-se no

controle prevde insetos-pragas de grãos e sementes

armazenadas (LORINI et al., 2009).

A terra de diatomáceas é obtida de depósitos de

carapaças de algas diatomáceas oriundas da era Cenozóica,

constituídas predominantemente de sílica amorfa (dióxido de

sílica). Existem aproximadamente 250 gêneros e 8.000 espécies

de algas diatomáceas, cujas carapaças ricas em sílica foram

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Produção Técnico-Científica em Sementes - Volume I

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sendo depositadas há mais ou menos 20 a 80 milhões de anos

no fundo dos oceanos e lagos, formando camadas que podem ter

de poucos centímetros a centenas de metros. As camadas

depositadas principalmente em águas marinhas são extraídas e

trituradas formando um pó fino, semelhante a talco, que é

utilizado no controle de insetos-pragas (SUBRAMANYAM e

ROESLI, 2000).

Conforme Fontes et al. (2010), o valor da diatomita e seu

largo uso são determinados pelas suas propriedades como a

forma de partículas, granulometria e composição química. Os

insetos- pragas morrem devido ao modo de ação da terra

diatomácea, que se dá pela desidratação ou dessecação, uma

vez que partículas do pó aderem ao corpo dos insetos e ocorre a

remoção da cera epicuticular, devido à abrasão no tegumento ou

a adsorção. Assim, o inseto perde água excessivamente e morre

(KORUNÌC, 1998).

O tratamento curativo deve ser realizado somente se

houver a infestação de insetos-pragas, através de expurgos com

fosfina, cujos efeitos na qualidade fisiológica das sementes ainda

não estão totalmente elucidados (BRIDI et al., 2010).

Para que o expurgo seja eficaz na mortalidade de todas as

fases de vida dos insetos-pragas de sementes armazenadas é

necessária uma concentração mínima de 400 mg.dm-3 de fosfina,

por período mínimo de 120 horas (DAGLISH et al., 2002). A

liberação da fosfina proveniente da formulação comercial em

pastilhas, única com registro no país, é dependente da

temperatura e umidade relativa do ar no local de aplicação.

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Tratamento com inseticida e qualidade fisiológica destas sementes

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Quanto maior a temperatura e umidade relativa do ar, mais

rapidamente a concentração mínima necessária é atingida.

Assim, a taxa de liberação do gás fosfina proveniente das

pastilhas fumigantes, determinarão o tempo necessário de

duração do expurgo para a mortalidade total dos insetos-pragas,

uma vez que a exigência anterior seja atendida (LORINI et al.,

2011). A distribuição do gás deve ser uniforme em todos os

pontos da massa de sementes a serem tratadas, controlando

assim todos os insetos-pragas, nas suas diferentes formas do

ciclo de vida (LORINI et al., 2002).

A hermeticidade do local a ser expurgado, no caso lotes de

sementes, deve ser considerada para que se consiga esta

concentração pelo tempo necessário para garantir a eficácia do

processo (LORINI et al., 2009).

Sumarizando os métodos de controle de insetos-pragas de

sementes armazenadas, verifica-se a necessidade e o uso

adequado dos inseticidas registrados para controle dos insetos-

pragas (Tabela 1).

Desta forma o presente trabalho teve como o propósito de

determinar o efeito dos tratamentos inseticidas, aplicados para

controle de insetos-pragas durante o armazenamento, na

qualidade fisiológica das sementes de trigo.

Avaliação da qualidade fisiológica após tratamento

O experimento foi conduzido na Unidade de

Beneficiamento de Sementes (UBS) da Embrapa Produtos e

Mercado do Escritório de Londrina, em casa de vegetação e no

laboratório de Análise de Sementes da Embrapa Soja,

localizados no município de Londrina, PR. O período de duração

do trabalho foi de setembro de 2010 a agosto de 2011.

As sementes, colhidas em setembro de 2010, com

umidade média de 13%, foram pré-limpas e armazenadas em

silos ventiláveis até serem beneficiadas e tratadas em dezembro

de 2010.

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Tratamento com inseticida e qualidade fisiológica destas sementes

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Após o beneficiamento, foram segregados quatro lotes de

sementes de trigo, cultivar BRS 210, produzidos na safra

2010/2010 e aplicados os tratamentos inseticidas em três, cada

um com 1.850 kg, acondicionados em sacaria de papel

multifoliado com capacidade para 25 kg, deixando o quarto lote,

de 25 kg, como testemunha sem aplicação de inseticida.

Os tratamentos consistiram em:

a) Expurgo com fosfina na dose de 2,0 g de i.a. .m-3 (2

pastilhas de 3 g cada de Fertox.m-3). Depois de beneficiadas e

ensacadas, as sementes foram cobertas com lona de expurgo e

colocados pesos do tipo “cobras de areia” ao redor do lote

garantindo a hermeticidade. As pastilhas foram colocadas em

caixinhas medindo 10x10x10 cm nos dois lados do lote, no piso

do armazém. Durante o expurgo de 216 horas foi monitorada a

concentração do gás fosfina, diariamente, medindo a quantidade

de gás liberado pelas pastilhas fumigantes. Para medição foi

usado o medidor de concentração Silo Chek, cuja leitura máxima

é de 2.000 mg.dcm-3.

b) Tratamento químico líquido aplicado logo após o

beneficiamento das sementes, usando pirimiphos-methyl a 6 g de

i.a. .t-1 (12 mL de Actellic 500 EC.t-1) + bifenthrin a 0,4 g de i.a. .t-1

(16 mL de ProStore 25 CE.t-1). Para aplicação dos inseticidas nas

sementes foi usado o tratador modelo Grazmec, de modo que as

sementes receberam a calda inseticida, no volume de 2,0 l.t-1, à

medida que eram homogeneizadas no tratador e, posteriormente,

embaladas em sacarias valvuladas de papel multifoliado e

formados os blocos;

c) Pó inerte aplicado logo após o beneficiamento das

sementes, usando terra de diatomáceas a 860 g.i.a. .t-1 (Keepdry

a 1000 g.t-1). Para aplicação da terra de diatomáceas nas

sementes foi usado o tratador modelo Grazmec, de forma que as

sementes receberam o pó inerte dentro de um duto com

helicóide, na quantidade de 1000 g de Keepdry.t-1 de sementes.

Depois de homogeneizadas no tratador foram embaladas em

sacarias valvuladas de papel multifoliado e formados os blocos.

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Produção Técnico-Científica em Sementes - Volume I

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Após o tratamento e a formação dos blocos, as sementes

foram armazenadas sob condições ambientais não controladas

de temperatura e umidade relativa do ar, por um período de seis

meses, de dezembro de 2010 a julho de 2011.

Foi monitorada a presença de insetos-pragas de sementes

armazenadas, através da ficha de monitoramento de pragas,

realizada quinzenalmente durante todo o período experimental.

Nos lotes de sementes tratados com inseticidas, as

amostras foram retiradas mensalmente no período de janeiro a

julho de 2011. Todavia, no lote testemunha, as amostras foram

retiradas mensalmente no período de janeiro a abril de 2011,

uma vez que o lote encontrava-se com elevada infestação por

insetos-pragas, correndo- se o risco de contaminação de toda a

UBS e, por isto, foi descartado.

Para avaliação da germinação, emergência e vigor

(envelhecimento acelerado), mensalmente foram coletadas

amostras nos quatro lotes de sementes e levadas ao Laboratório

de Análise de Sementes e à casa de vegetação. As amostras de

cada lote de sementes foram provenientes de 15 subamostras,

retiradas com calador simples, formando uma amostra

representativa do lote.

As amostras de sementes foram submetidas às seguintes

avaliações:

Germinação – foram utilizados rolos de papel, com quatro

subamostras de 50 sementes cada, semeadas em papel

Germitest umedecidas com quantidade de água, equivalente a

duas vezes e meia a massa do substrato seco, e colocadas em

germinador a 20°C. As avaliações foram realizadas conforme as

Regras para Análise de Sementes (BRASIL, 2009) e os

resultados expressos em porcentagem de plântulas normais.

Emergência de plântulas em casa de vegetação − foram

semeadas quatro subamostras de 50 sementes, em caixas

plásticas contendo areia lavada e esterilizada. Foram efetuadas

irrigações periódicas e as avaliações, realizadas após 21 dias da

semeadura, por meio de contagem das plântulas emergidas,

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Tratamento com inseticida e qualidade fisiológica destas sementes

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sendo os resultados expressos em porcentagem de plântulas

emergidas.

Teste de envelhecimento acelerado − conduzido com

quatro subamostras de 50 sementes, foi utilizado de caixas

plásticas tipo gerbox, com compartimento individual

(minicâmaras), contendo 40 mL de água, uma bandeja de tela de

alumínio, onde as amostras de sementes foram distribuídas

formando uma camada uniforme. As caixas foram mantidas em

incubadora por 60 horas a 42ºC. Decorrido o período de

envelhecimento, as amostras foram submetidas ao teste de

germinação, seguindo metodologia descrita anteriormente,

(KRZYZANOWSKI et al., 1999).

Os resultados da medição da concentração de fosfina

durante o expurgo das sementes foram representados

graficamente e os dados de germinação e vigor (envelhecimento

acelerado) foram submetidos à análise de variância. Para análise

estatística, os dados foram transformados em raiz quadrada de

x+1. Para as análises estatísticas, foi utilizado o software SASM -

Agri (CANTERI et al., 2001).

Obtenção de dados

As análises dos resultados mostraram que os tratamentos

com inseticidas foram eficazes na prevenção e controle dos

insetos-pragas de sementes de trigo, deixando-as isentas de

infestação (Tabela 2).

O monitoramento do gás fosfina durante o expurgo

demonstrou a manutenção da concentração mínima necessária

para eliminar todas as fases de vida dos insetos- pragas,

garantindo a eficácia do tratamento (Figura 1). Em menos de 24

h, a concentração da fosfina ultrapassou 1.000 mg.dcm-3 e

manteve-se acima desse nível, até sete dias (168 h) após a

aplicação (Figura 1). Estes resultados evidenciam o período de

ação e a capacidade de difusão da fosfina na pilha e no interior

dos sacos de sementes. Além disso, vale destacar o cuidado

necessário devido à persistência do produto.

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Produção Técnico-Científica em Sementes - Volume I

426

Tabela 2 – Concentração de fosfina em diferentes partes do lote de sementes de trigo no período de 216 horas - (mg.dcm-3) de fosfina.

Pontos de

medição da

fosfina* no lote

Concentração de fosfina (mg/dcm-3)/Tempo após a

liberação da fosfina (horas)

3 24 48 72 96 120 144 168 192 216

Inferior

esquerda 333 1940 ≥2000 ≥2000 ≥2000 1745 1403 1041 805 653

Superior

esquerda 238 1913 ≥2000 ≥2000 ≥2000 1785 1344 1027 661 660

Inferior direita 339 1880 ≥2000 ≥2000 ≥2000 1708 1322 1018 823 653

Superior direita 340 1894 ≥2000 ≥2000 ≥2000 1720 1321 1022 673 656

Centro 330 1975 ≥2000 ≥2000 ≥2000 1741 1365 1070 678 671

Dentro do saco

de sementes 282 1883 ≥2000 ≥2000 ≥2000 1737 1310 1023 741 595

Média 310 1914 ≥2000 ≥2000 ≥2000 1739 1344 1034 730 648

*Fosfina a 2 g/m3 de PH3( = 6 g/m3 de Fertox = 2 pastilhas por m3)

Figura 1 - Concentração de fosfina (PH3) durante o período de expurgo de sementes de trigo cultivar BRS 210. Embrapa Produtos e Mercado - Escritório de Londrina, 2010.

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Tratamento com inseticida e qualidade fisiológica destas sementes

427

Os resultados das avaliações de germinação e emergência

em casa de vegetação não diferiram entre os tratamentos

empregando fosfina, inseticidas líquidos e terra de diatomáceas

(Tabela 2), nas sete épocas de avaliação. Todavia, as sementes

não submetidas aos tratamentos inseticidas apresentaram

germinação nula aos 90 dias e emergência em areia aos 120

dias de armazenamento. Entre março e abril (30 dias) ocorreu

uma redução de 40 pontos percentuais na emergência em areia

das sementes não tratadas.

Em análise geral, as sementes submetidas aos três

tratamentos inseticidas apresentaram ao final de sete meses de

armazenamento, em condições ambientais, uma redução média

de germinação e emergência de oito pontos percentuais

relativamente ao início do período de armazenamento. Esta

ocorrência pode ser atribuída às condições ambientais

prevalecentes durante o período de armazenamento, que embora

favoráveis, sempre há redução de qualidade, conforme destacam

Baudet e Villela (2012). Armazenando sementes de trigo,

cultivares IAC-24 e IAC-362, durante 12 meses com aplicação

trimestral de fosfina com exposição por 120h, Rocha Junior e

Usberti (2007) verificaram que a fosfina foi eficiente no controle

da infestação por insetos-pragas e a qualidade fisiológica das

sementes não tratadas decresceu mais rápida e acentuadamente

do que a das sementes expurgadas.

O teste de envelhecimento acelerado (Tabela 2) indicou

redução de vigor nas sementes não tratadas a partir do mês de

março (90 dias) em relação às sementes tratadas com

inseticidas. Esta ocorrência evidencia a redução antecipada de

vigor (Tabela 2) relativamente à germinação (Tabela 2),

concordando com as afirmações de Marcos Filho (2005). Vale

destacar que mesmo as sementes tratadas com inseticidas

apresentaram, de maneira geral, redução de vigor a partir de

quatro meses de armazenamento.

Pode-se observar que decorridos sete meses após o uso

dos tratamentos, o vigor das sementes reduziu drasticamente em

comparação ao primeiro mês de armazenamento. O vigor das

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sementes de trigo, avaliado pelo teste de envelhecimento

acelerado, apresentou redução de 26 pontos percentuais nas

sementes tratadas com fosfina e 20 pontos percentuais nas

sementes que receberam terra de diatomáceas, em comparação

ao início do período de armazenamento.

Tabela 2 – Germinação, emergência de plântulas em casa de vegetação e envelhecimento acelerado em sementes de trigo submetidas aos tratamentos para controle de insetos-pragas durante o armazenamento. Londrina, PR, 2011.

Tratamentos

Meses

Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul.

Germinação (%)

Testemunha (sem controle) 89 a 94 a 90 a - b - b - b - b

Expurgo com fosfina 93 a 93 a 90 a 87 a 94 a 90 a 89 a

Tratamento químico 96 a 96 a 96 a 92 a 90 a 92 a 88 a

Terra de diatomáceas 91 a 91 a 94 a 90 a 90 a 87 a 85 a

CV (%) 2,02 1,74 1,59 2,56 2 2,91 1,88

Emergência (%)

Testemunha (sem controle) 91 a 90 a 89 a 49 b - b - b - b

Expurgo com fosfina 94 a 91 a 88 a 89 a 90 a 89 a 86 a

Tratamento químico 93 a 92 a 93 a 91 a 88 a 92 a 86 a

Terra de diatomáceas 96 a 90 a 91 a 92 a 88 a 88 a 86 a

CV(%) 1,38 1,37 1,98 1,61 1,77 2,27 1,35

Envelhecimento acelerado (%)

Testemunha (sem controle) 62 a 61 a 50 b - b - b - b - c

Expurgo com fosfina 70 a 64 a 68 a 36 a 43 a 39 a 44 a

Tratamento químico 58 a 61 a 68 a 46 a 35 a 33 a 35 b

Terra de diatomáceas 56 a 59 a 67 a 38 a 45 a 38 a 36 b

CV (%) 4,94 4,7 5,56 11 9,03 13,29 6,07

* Médias seguidas de mesma letra na coluna, não diferem entre

si pelo teste de Tukey a 5% de significância.

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Tratamento com inseticida e qualidade fisiológica destas sementes

429

A utilização de 42°C, por 60h, no teste de envelhecimento

acelerado permitiu estimar os efeitos de tratamento, a

semelhança do verificado por Ohlson et al (2010), ao concluírem

que o teste de envelhecimento acelerado, utilizando temperatura

de 43⁰C, por 48 h, forneceu informações consistentes que

permitiram a diferenciação de lotes de sementes de trigo.

Uma análise geral dos resultados obtidos permite verificar

que os tratamentos com fosfina, inseticidas líquidos e terra de

diatomáceas permitiram um eficiente controle de insetos-pragas

durante os sete meses de armazenamento das sementes de

trigo, sob condições ambientais não controladas, mantendo

elevada a qualidade fisiológica até o final do período de

armazenamento.

Considerações finais

Os tratamentos com inseticidas foram eficazes na

prevenção e controle dos insetos-pragas de sementes. O

monitoramento do gás fosfina durante o expurgo demonstrou a

manutenção da concentração mínima necessária para eliminar

todas as fases de vida dos insetos-pragas.

Os inseticidas químicos e a terra de diatomáceas não

permitiram o desenvolvimento de insetos-pragas e não afetaram

negativamente a qualidade fisiológica das sementes de trigo

durante o armazenamento das sementes pelo período de sete

meses.

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