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Psico-USF, v.7, n.1, p. 25-34 Jan./Jun. 2002 25

Escala de avaliação de tipos psicológicos: validade e precisão

Ilmara Fátima De MoraesFundação Municipal de Ensino Superior de Bragança Paulista

Ricardo Primi1

ResumoEste estudo investiga as validades de conceito e com referência ao critério, e a precisão por consistência interna daEscala de Autoavaliação Tipológica, desenvolvida com base na teoria tipológica de C. G. Jung, para ser utilizadacomo critério em um estudo de validação do QUATI. Participaram 185 estudantes de oito cursos de graduação. Osinstrumentos construídos para avaliar as atitudes e funções propostas por Jung devem refletir umadimensionalidade de maneira consistente com sua teoria de tipos psicológicos. A análise fatorial e o estudo daconsistência interna indicaram que as dimensões intuição-sensação, introversão-extroversão e pensamento-sentimento parecem ter sido adequadamente operacionalizadas, embora os coeficientes estejam abaixo dos valoresaceitáveis. Alguns problemas foram encontrados na representação da dimensão intuição-sensação. O estudo davalidade com referência ao critério, tomando como parâmetros a Escala Heteroavaliação, construída para esse fim, eo Questionário de Avaliação Tipológica (QUATI) confirmam as qualidades do instrumento. Nosso estudo sugere anecessidade de aperfeiçoamento da Escala de Autoavaliação Tipológica, já que esta apresentou característicaspromissoras em termos de validade e precisão.Palavras-chave: Avaliação Psicológica; Tipos Psicológicos de C. G. Jung; Validade e Precisão.

Psychological type evaluation scale: validity and reliability

AbstractThis study investigates the conceptual and criterion validity, and internal consistency reliability of the PsychologicalType Evaluation Scale, for psychological type assessment based on C. G. Jung's theory. This scale has beendeveloped as a criterion measure to study the validity of the Typological Assessment Questionaire (QUATI). Theparticipants were 185 undergraduate students from eight courses. If the scale evaluates attitudes and functions asproposed by Jung, it must reflect a dimensionality in a consistent manner with his theory of psychological types.Factor analysis and internal consistency studies have indicated that introversion-extroversion and thinking-feelingdimensions seem to be adequately represented although the coefficients are below the acceptable values. Problemswere found in the representation of the intuition - sensation dimension. The investigation of the criterion validity,taking as external criteria the scores from the Scale for Hetero-Evaluation and QUATI, confirms the qualities of theAuto-Evaluation Scale. Additional studies are suggested concerning the improvement of Auto-Evaluation Scale,which showed encouraging characteristics related to validity and reliability.Keywords: Psychological Assessment; Jung's Psychological Types; Validity and Reliability.

1 Endereço para correspondência:Universidade São Francisco - Laboratório de Avaliação Psicológica e Educacional (LabAPE) - Rua Alexandre RodriguesBarbosa, 45 – Itatiba/SP - 13251-900.e-mail: [email protected].

Introdução

Desde 1921, quando a teoria dos tipospsicológicos de C. G Jung (1991) foi publicada pelaprimeira vez, instrumentos têm sido desenvolvidos para

avaliar a tipologia psicológica com base em suas idéias.No Brasil Zacharias (1999) publicou o Questionário deAvaliação Tipológica (QUATI), no entanto, os dadossobre sua precisão e validade são ainda incipientes. Esteestudo apresenta o desenvolvimento de uma escala em

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duas formas (auto e heteroavaliação) para avaliação dastrês dimensões subjacentes aos tipos psicológicos deJung (extroversão-introversão, intuição-sensação epensamento-sentimento) e os resultados da investigaçãodas propriedades psicométricas da escala. Esteinstrumento serviu como medida de critério em umestudo em andamento sobre a validade do QUATI(Moraes, 2001).

Dentre os instrumentos baseados no modeloJungiano, o mais conhecido é o Myers - Briggs TypeIndicator, padronizado em 1962 (Myers, 1995). Doisoutros pesquisadores, Gray e Wheelwright (1945, 1946)desenvolveram um questionário que foi submetido aanálises sofisticadas em estudos posteriores doinstrumento (Gray 1947, 1949) como, por exemplo, oproblema da consistência das respostas. Em umaamostra de 1.000 participantes, Gray analisou os itensdo questionário comparando as respostas dadas pelopróprio respondente e as respostas fornecidas por umparente, amigo ou esposo. As correlações foram altascom um coeficiente médio de 0,85, sendo que quandouma questão recebia baixa proporção de respostasconsistentes por parte dos respondentes, a mesmatendência se observava por parte dos colaboradores.Gray também estudou o problema da pureza dos itensprocurando estabelecer se o item era capaz dediscriminar introvertidos de extrovertidos, funçãosensação de intuição, função pensamento desentimento. Uma questão era considerada impuraquando se mostrava associada a mais de um aspecto(ex.: na maior parte do tempo você prefere associar-secom pessoas práticas ou imaginativas? 60% das pessoascom predominância da função sensação preferempessoas práticas, mas uma porcentagem significativa deextrovertidos também o fazem).

Gorlow, Simonson e Krauss (1966)compuseram o Questionário de Auto-Descriçãovalendo-se de 100 proposições baseadas nas descriçõesdos oito tipos realizadas pelo próprio Jung (1991), asquais, na opinião de dois juízes, melhor representavamessas descrições. Os resultados foram tratados pelaanálise fatorial que extraiu oito fatores identificadospelos autores da seguinte maneira: (a) Fator I, tiposentimento introvertido; (b) Fator II, tipo pensamentointrovertido A; (c) Fator III, tipo pensamentoextrovertido; (d) Fator IV, tipo pensamentointrovertido B; (e) Fator V, tipo sensação extrovertido;(f) tipo intuição extrovertido; (g) Fator VII e Fator VIII,não interpretáveis por apresentarem uma mistura detipos e temas contraditórios.

Keirsey (1999), apesar de ter iniciado seusestudos sob a influência de Myers, uma das autoras doMBTI, desenvolveu uma teoria de personalidade

própria, voltada para a questão do temperamento e seuinstrumento, o Keirsey Temperament Sorter II, que consisteem uma medida desse aspecto e não do caráter. Umaversão desse instrumento pode ser encontrado naInternet (Keirsey, 1999a). São 70 frases para seremcompletadas com uma das duas alternativasapresentadas para cada item. No final do questionáriohá um link para os resultados. Outra versão doinstrumento foi utilizada no Brasil por Ramos da Silva(1992) em sua pesquisa com estudantes da Universidadede São Paulo.

No Brasil, Zacharias (1999) desenvolveu uminstrumento de avaliação denominado Questionário deAvaliação Tipológica (QUATI), cujo estudo devalidação não corresponde às análises clássicasrequeridas em estudos de validação, tais como medidasde precisão e de validade (Anastasi & Urbina, 2000;Cronbach, 1996; Cone, 1998; Hershberger, 1999).Existem algumas formas de verificação da precisão doinstrumento, sendo uma delas a homogeneidade deitens, que diz respeito à coerência do item com osoutros da escala que avaliam o mesmo construto. Avalidade do instrumento é a característica maisimportante a ser considerada. Podemos considerar trêstipos principais de validade: de conteúdo, de construto ede critério. A validade de conteúdo consiste em verificarse o conteúdo dos itens do teste abrange uma amostrarepresentativa do universo de comportamentos a seremavaliados. A validação de conceito ou de construtoconsiste em verificar se a operacionalização realizadapor meio do instrumento está de acordo com asdefinições ou conceitos da teoria que o fundamenta(Anastasi & Urbina, 2000). Hershberger (1999) afirmaque a evidência de validade de construto é fundamentalpara aceitação de um teste como medida de um traçoparticular. Para a determinação de sua validade decritério, é preciso verificar se o instrumento secorrelaciona com medidas externas compatíveis, obtidaspor diferentes métodos, daquilo que o instrumentopretende medir (Cronbach, 1996; Cone, 1998). Um dosprocedimentos para determinar a validade de critério é avalidação concomitante ou simultânea, que pode serfeita pela comparação do instrumento com um outro jávalidado, obtendo-se o coeficiente de validade mediantemétodos de correlação estatística entre os resultadosobtidos nos dois instrumentos.

Este estudo é parte de uma investigação maisampla envolvendo a análise das característicaspsicométricas do QUATI (Zacharias, 1999). Paraverificar a validade com referência ao critério daqueleinstrumento, foi construída uma escala para avaliação datipologia psicológica com base na teoria dos tipospsicológicos de C. G. Jung. Essa escala foi desenvolvida

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em duas formas: auto (EAT) e heteroavaliação (EHT).Este artigo apresenta os resultados da investigação davalidade e da precisão dessas duas formas da escala deavaliação tipológica desenvolvida pelos autores. Oestudo da validade envolveu a validade de construto e avalidade de critério. A investigação da precisãoenvolveu a consistência interna dos itens.

Com relação à validade de construto, supôs-seque os construtos da teoria tipológica de Jung foramadequadamente operacionalizados pelos itens doquestionário. Esperou-se encontrar, por meio da análisefatorial, três dimensões bipolares, sendo uma dimensãorelacionada à atitude da pessoa perante o mundo, asaber: introversão-extroversão, e duas dimensõesrelativas às funções adaptativas da consciência, ou seja,pensamento-sentimento e intuição-sensação. A teoriatambém pressupõe a predominância de uma atitude ede uma função adaptativa, auxiliada por uma funçãosecundária, o que caracteriza o tipo em questão.

A abordagem junguiana aqui enfocada foidesignada pelo próprio Jung como tipológica.Entretanto suas discussões não se contrapõem demaneira absoluta às concepções de traços já que mesmoalguns instrumentos construídos com base em suatipologia têm sido tratados dentro de perspectivas detraços dimensionais (Meehl, 1992). Esse problema podeser verificado nas discussões acerca do MBTI,considerando as críticas de Barbuto (1997), em relação àoperacionalização da tipologia proposta por Jung,realizada por Myers e Briggs (Myers, 1995) naconstrução desse instrumento e as análises de Salter,Evans e Forney (1997), por exemplo.

A tipologia junguiana é interpretada nesteestudo adotando-se uma concepção de dimensõescontínuas das possibilidades de adaptação do indivíduoà realidade, uma vez que as funções opõem-se entre siaos pares, num continuum em que um dos opostos tendea se desenvolver mais, constituindo-se em funçãoprincipal, auxiliado por uma das funções que também sedesenvolveu mais do que sua oposta. As demaisfunções tendem a subdesenvolver-se, tornando-sefunções inferiores, no sentido de subdesenvolvidas, etendem a permanecer mais próximas das camadasinconscientes.

O tipo psicológico surge da identificação dosujeito com a função privilegiada, e, por esse motivo, amais desenvolvida. Ao longo da vida, vai ocorrendo apredominância de uma forma de adaptação, que vai secristalizando, às vezes mais, outras menos, enquanto asoutras funções vão sendo negligenciadas. Mas Jung(1991) afirma não haver um tipo puro, pois issosignificaria que a pessoa estaria totalmente possuída poruma função, com completa atrofia das outras. Essa

interpretação da proposta de Jung em termos dedimensões contínuas, e não dicotômicas, como poderiaparecer à primeira vista, está de acordo com o queafirma Barbuto (1997). Nessa linha de pensamento, otipo, que segundo Jung, resulta do modo como essasatitudes e funções se conjugam e se organizam napessoa, seria uma configuração de traços, conceito estecompatível com as idéias de Cattell (1975). Osinstrumentos construídos para avaliar essas atitudes efunções propostas por Jung deveriam, portanto, refletiressa dimensionalidade de maneira consistente com ateoria.

A investigação da validade de critério foirealizada por meio da correspondência entre a auto-descrição do participante e a heterodescrição realizadapor um de seus pares, escolhido por ele próprio pararesponder uma escala paralela a de auto avaliação. Osresultados obtidos nessas escalas foram tambémcorrelacionados com os resultados do QUATI(Zacharias, 1999), cuja validade de construto e precisãode teste-reteste foram avaliadas em outro estudo(Moraes, 2001).

MétodoParticipantes

O número de participantes totalizou 185, sendo131 do sexo feminino e 54 do sexo masculino, com idadeentre 18 e 53 anos, cuja média foi de 26,7 anos e desviopadrão 7,9, dos quais foram excluídos automaticamente oscasos inválidos. Eram alunos, à época da avaliação, dosúltimos anos dos cursos de licenciatura em EducaçãoFísica - Matutino e Noturno, Artes, Ciências Biológicas,História, Geografia, Letras, e do primeiro ano dos cursosde Medicina Veterinária e Nutrição.

MateriaisFoi utilizada uma Escala de Autoavaliação

Tipológica (EAT) elaborada pela própria autora, compostade 60 características relacionadas às atitudes e funçõespropostas por Jung, dispostas em 30 itens bipolares,devendo o participante indicar o lado correspondente e ograu de importância dessa característica, a saber:extremamente importante ou importante. Uma escalasemelhante foi utilizada para obter informações por partede um amigo indicado pelo próprio respondente (Escalade Heteroavaliação Tipológica - EHT).

Também foi utilizado o Questionário deAvaliação Tipológica - QUATI Versão II, elaborado porZacharias (1999). O QUATI - Versão II é composto por93 itens, organizados em seis situações, sendo 15 itens paracada uma das cinco situações, a saber: “A Festa”, “OTrabalho”, “A Viagem”, “O Estudo”, “Lazer”. A últimasituação, “Vida Pessoal”, é composta de 18 itens. O

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respondente é solicitado a assinalar para cada item uma dasduas respostas (a) ou (b) apresentadas, indicando o queefetivamente faria e não o que gostaria de fazer em cadasituação correspondente. No caso de o respondente ficarem dúvida quanto ao que faria, a orientação é de que nãomarque resposta e passe imediatamente para a questãoseguinte, não devendo retornar para tentar responder asquestões não respondidas. O QUATI permite a obtençãode três escores a saber: pensamento-sentimento, intuição-sensação e extroversão-introversão.

ProcedimentoAs aplicações ocorreram nas respectivas salas de

aulas, com a autorização por escrito da direção e com acessão do tempo necessário por parte do professorresponsável pela aula, obtida previamente em acordo verbalentre este e a pesquisadora. No dia e horário combinados, apesquisadora dirigiu-se à classe e foi apresentada peloprofessor ao grupo, ao qual fez ampla explanação da razãoda aplicação, para obter a colaboração dos participantes. Osrespondentes concordaram em participar da pesquisa, tendosido informados do propósito da mesma e das questõeséticas envolvidas. Os alunos que não desejaram participarforam dispensados da realização do procedimento.

A aplicação dos instrumentos foi coletiva. Foramdistribuídas as folhas de respostas para que os sujeitospreenchessem o cabeçalho com os dados pessoaissolicitados e aguardassem as instruções. Primeiramente foiaplicada a EAT. Após sua devolução foi solicitado a cadaparticipante que indicasse um colega para responder a EHT.As instruções foram fornecidas a esses colegas na medidaem que as folhas de respostas lhes eram entregues,enfatizando que eles deveriam assinalar as características quecorrespondessem ao colega, de acordo com as instruções.

Após o recolhimento de todas estas folhas derespostas, foram distribuídos cadernos de questões doQUATI e explicadas as instruções constantes na primeirapágina do mesmo. Confirmada a compreensão dasinstruções foi solicitado que os sujeitos respondessem aoquestionário. Não houve limite de tempo para execução,porém a aplicação total do procedimento de avaliaçãodurou em média 55 minutos em cada classe.

Resultados e DiscussãoEstudo da validade conceitual

Procedeu-se à análise fatorial por componentesprincipais dos instrumentos, utilizando-se o SPSS(Statistical Package for Social Sciences). A decisão sobre onúmero de fatores a serem extraídos foi tomadaanalisando-se o gráfico scree.

Uma primeira análise da EAT e da EHT resultouem 7 fatores que não apresentaram significado psicológicoclaro entre os conteúdos. Decidiu-se pela separação entre os

itens das funções pensamento-sentimento (PSST) esensação-intuição (SSIN) dos itens das atitudes introversão-extroversão (IE). Foram extraídos dois fatores para asfunções PSST e SSIN, os quais se mostravam maisclaramente no gráfico scree, e um fator para as Atitudes IE.A decisão por este único fator foi tomada por causa doreduzido número de itens e da configuração do gráficoscree.

Procedeu-se à rotação oblimin, que nãoconfirmou a hipótese de correlação entre os fatoresextraídos. Optou-se, então pela rotação varimax, maiscoerente com a ausência de correlação entre os fatores.

Foram realizadas a inversão dos itens negativos, aexclusão dos itens inconsistentes e o cálculo das médias daimportância atribuída aos itens de cada fator. Alguns itensforam reclassificados com base no modo como seagruparam na análise fatorial. A decisão por essa alteraçãofoi tomada após uma análise mais acurada do conteúdodesses itens, motivada pela observação do modoinconsistente como haviam se agrupado na analise fatorial,revelando um conflito entre a organização teórica e osdados empíricos, talvez pela dificuldade para operacionalizarcertos conceitos utilizando descritores apropriados, que foiresolvido pela mudança na classificação dos itens. Quatroitens foram excluídos por apresentarem correlaçõesdesprezíveis.

Nas Tabelas 1 e 2 são apresentados os itens e ascargas (correlação item - fator) dos fatores na EAT e naEHT. Em ambas as escalas o Fator 1 agrupou itens dasFunções PSST e o Fator 2, itens das Funções SSIN. Para aescala introversão-extroversão foi extraído apenas um fator,como dito anteriormente.

Observou-se que os itens não se agruparam demaneira idêntica na EAT e na EHT, o que indica que nemsempre os itens são utilizados da mesma maneira na auto ena heteroavaliação. Em ambas escalas, pensamento-sentimento aparece de forma relativamente constante,porém na heteroavaliação, a busca de bem-estar imediato ede realizações a curto prazo são atribuídas ao tiposentimento, o que pode ser considerado um aspecto deimediatismo atribuído a este tipo. Na auto-avaliação ascaracterísticas opostas sacrifício e busca contínuas de metasassociam-se ao tipo intuição. Com relação à avaliação dadimensão intuição, na heteroavaliação aparecemcomponentes de sentimento, tais como sociabilidade,interesse comunitário e cordialidade ou diplomacia. Éinteressante notar que a valorização do sentimento(PSST21), que na heteroavaliação apresentou carga elevadadimensão SSIN, na auto-avaliação, embora apresente cargaelevada na dimensão PSST, apresenta também uma cargaimportante na dimensão SSIN. Isso indica queprovavelmente há um importante componente desentimento na dimensão intuição ou vice-versa.

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Tabela 1 - Itens e cargas fatoriais da escala de auto-avaliaçpensamento-sentimento e sensação-intuição

E

Itens Conteúdo dos Itens

PSST31 é questionador; é conformado

SSIN11 busca perceber a realidade em detalhes; percebe arealidade como um todo, globalmente

PSST12 observador; imaginativo

PSST13 tem idéias originais; inspira-se no modelo dosoutros

SSIN14 busca conforto físico; busca conforto espiritual

SSIN15 busca bem-estar imediato; sacrifica-se no presenteem benefício de uma satisfação no futuro

SSIN16 busca realizações a curto prazo; seu prazer está embuscar alcançar metas continuamente

SSIN18 guia-se por valores estéticos; guia-se por valoreshumanistas

SSIN19 vive o presente; nunca está satisfeito com opresente

PSST20 prático e realista; criativo e futurista

PSST21 valoriza a lógica acima de tudo; valoriza osentimento acima de tudo

SSIN22 interessa-se mais pelas coisas do que pelas pessoas;interessa-se mais pelas pessoas do que pelas coisas

PSST23 prefere a verdade "nua e crua"; prefere a verdadeamenizada

PSST24 não aceita conclusões sem argumentar; tende aaceitar conclusões sem argumentar muito

PSST25valoriza mais o trabalho do que as relações sociais;valoriza mais as relações sociais do que o trabalhopropriamente dito

PSST26organiza fatos e idéias logicamente semdificuldade; tem dificuldade para organizar fatos eidéias logicamente

SSIN27 valoriza mais a ciência e a pesquisa; valoriza maisações e movimentos comunitários

PSST28 é critico; evita crítica para não ferir os sentimentosalheios

PSST29guia-se mais pela lógica do que pelos valorespessoais; guia-se mais pelos valores pessoais doque pela lógica

PSST30 busca verdades objetivas, concretas; buscaverdades universais, ideais

Por fim com relação à dimensão introversão-extroversão, houv

E

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ão e da escala de heteroavaliação para as funções

scala de Auto-avaliação Escala de Heteroavaliação1

PS - ST2

SS - IN1

PS - ST2

SS - IN

0,685 -0,295 0,637 0,109

0,191 0,034 0,267 -0,040

0,426 -0,035 0,565 0,140

0,311 -0,333 0,442 -0,188

0,228 0,536 -0,080 0,587

-0,093 0,306 -0,468 0,072

-0,116 0,462 -0,478 0,253

-0,052 0,610 -0,205 0,571

0,043 0,564 -0,212 0,216

0,145 0,036 0,269 0,081

0,551 0,379 0,118 0,663

0,181 0,690 -0,243 0,642

0,403 -0,077 0,459 -0,123

0,462 -0,274 0,698 0,129

0,122 0,143 0,115 0,497

0,496 -0,179 0,509 -0,169

0,288 0,035 0,070 0,409

0,693 0,025 0,555 0,317

0,450 0,177 0,153 0,631

0,450 0,057 0,386 0,113

e consistência entre as cargas nas duas escalas.

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Tabela 2 - Itens e cargas fatoriais da escala de auto-avaliação e da escala de heteroavaliação para as atitudesintroversão-extroversão

Escala de Auto-avaliação Escala de Heteroavaliação

Núm

ero

do It

em

Conteúdo do Item I - E I - E

IE1 introvertido; extrovertido 0,73 0,76

IE2 reflexivo (pensar); objetivo (fazer) 0,48 0,67

IE3 planejador; realizador 0,37 0,53

IE4 reservado e discreto; expansivo e pouco discreto 0,73 0,61

IE5 mais à vontade no mundo das idéias (ideal); mais a vontade nomundo das pessoas (concreto) 0,59 0,53

IE6 busca compreender os motivos internos das pessoas; buscalocalizar as causas externas das ações das pessoas -0,10 -0,01

IE7 guia-se por valores subjetivos nas questões essenciais; guia-se porvalores objetivos nas questões essenciais -0,01 0,13

IE8 prefere a teoria à prática; prefere a prática à teoria 0,37 0,39

IE9 pensa antes de agir; age para depois pensar 0,18 0,21

IE32 é a melhor companhia para diversões; tem pouco interesse emdiversões e recreação + -0,55 -0,53

+ Nota: Este item foi renomeado, sendo que o conteúdo do item está invertido.

Estudo da precisão por consistência interna

A Tabela 3 apresenta os coeficientes deconsistência interna calculados pelo modelo Alfa deCronbach obtidos para a EAT e para a EHT, para134 sujeitos, excluídos os casos inválidos.

Em ambas as escalas, a exclusão do item 7(IE) elevaria o coeficiente de consistência internapara do fator introversão-extroversão, para α = 0,62na EAT e para α = 0,66 na EHT.

Observa-se que os coeficientes deconsistência interna de ambas as escalas estão abaixodo aceitável (α = 0,70). No entanto, quando seconsidera o cálculo de precisão corrigida, pelafórmula de Spearman-Brown, para número fixo dedoze itens, observa-se que os coeficientes, na suamaioria, aumentariam para valores aceitáveis.

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Tabela 3 - Consistência interna da Escala de Auto-avaliação e da Escala de Heteroavaliação a partir doscoeficientes alfa padronizados obtidos

Escala deAuto-avaliação Escala de Heteroavaliação

Intro

vers

ão -

Ext

rove

rsão

Sens

ação

-In

tuiç

ão

Pens

amen

to -

Sent

imen

to

Intro

vers

ão -

Ext

rove

rsão

Sens

ação

-In

tuiç

ão

Pens

amen

to -

Sent

imen

to

N° de itens 9 6 12 9 5 9

Alfa 0,56 0,62 0,66 0,64 0,52 0,66Alfa

Correção deSpearman -

Brown p/ 12itens

0,63 0,77 0,66 0,70 0,72 0,72

Validade com referência ao critério

A Tabela 4 traz as correlações encontradasentre os fatores da EAT e da EHT. Observa-se queentre essas escalas as únicas correlações significativas,embora baixas, foram entre fatores destinados àavaliação das mesmas dimensões. A EHT apresentamais dependência entre seus fatores, uma vez quehouve correlação significativa entre sentimento comsensação e introversão e entre pensamento comintuição e extroversão (PSST e SSIN: r = -0,20; p=0,007; PSST e IE: r= -0,25; p = 0,0006).

Um ponto importante a ser considerado naheteroavaliação é a questão da imprecisão gerada pelaheterogeneidade dos avaliadores. Presumiu-se que otempo de convívio durante o curso, uma vez que na

maioria dos cursos estudados os participantesencontravam-se no último ano, seria suficiente parauma medida homogeneamente confiável. Entretanto,não se pode descartar que possivelmente os avaliadoresapresentaram variados graus de intimidade com oscolegas que avaliaram. Como esse ponto não foicontrolado, quanto mais a realidade tenha sidodiscrepante do pressuposto assumido, maior foi o errode medida nas heteroavaliações decorrente de umavariância muito grande no conhecimento que os hetero-avaliadores tinham das pessoas avaliadas. Contudo,como se observa nos resultados, mesmo diante disso, osresultados encontrados são surpreendentementecoerentes.

Tabela 4 - Correlações entre a escala de auto-avaliação e a escala de heteroavaliação.Escala de Heteroavaliação

Pensamento -Sentimento Sensação - Intuição Introversão -

ExtroversãoPensamento - Sentimento 0,189* 0,012 -0,132

Sensação - Intuição -0,046 0,281** -0,033

Esca

la de

Aut

o–a

valia

ção

Introversão - Extroversão -0,173 -0,104 0,396***N = 175 * p < 0,05; ** p < 0.01; ***p < 0,001

A Tabela 5 apresenta a comparação entre osfatores originais do QUATI e os fatores das escalas deauto e de heteroavaliação. O fator original extroversão-introversão do QUATI correlaciona-se significativamentena direção esperada com os mesmos fatores na auto e naheteroavaliação. O fator pensamento-sentimento do

QUATI apresenta correlação significativa com o fatorpensamento-sentimento da escala de autoavaliação, masnão com a escala de heteroavaliação. Com esta apresentacorrelação significativa, embora baixa, com o fatorsensação-intuição. Não há correlação significativa do fatororiginal intuição-sensação do QUATI com as duas escalas.

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A comparação das dimensões encontradaspor Moraes (2001) com base na análise fatorial do noQUATI com os fatores das escalas de auto e deheteroavaliação indica que as escalas pensamento-sentimento e extroversão-introversão correlacionam-sesignificativamente com as escalas correspondentes na autoe na heteroavaliação. Os fatores sociabilidade e crítico-conciliador do QUATI apresentam correlação significativacom pensamento-sentimento da escala de auto-avaliação,confirmando a hipótese levantada na análise fatorial.Embora a pessoa que se relate mais sociável e conciliadoratenda a ser mais sentimento, a sociável tende a extroversãoe a conciliadora tende a introversão como mostram ossinais das correlações destes fatores com a dimensão

introversão-extroversão. Teórico-prático correlaciona-seapenas marginalmente com sensação-intuição e comintroversão-extroversão na auto-avaliação.

É importante notar que tanto a dimensãooriginal pensamento-sentimento quanto a dimensãopensamento-sentimento, obtida após a análise fatorial doQUATI, correlacionam-se com intuição naheteroavaliação, sendo que há correlação significativa entrea mesma dimensão após análise fatorial e a dimensãointuição na auto-avaliação. Como as cargas em intuição sãobem menores do que em sentimento, podemos considerarque haja um componente de intuição no sentimento,conforme os dados se agruparam em nosso estudo.

Tabela 5 - Comparação entre a escala de auto-avaliação, a escala de heteroavaliação e o QUATI

Escala de Auto-avaliação Escala de Heteroavaliação

Pensamento -Sentimento

Sensação -Intuição

Introversão -Extroversão

Pensamento -Sentimento

Sensação -Intuição

Introversão -Extroversão

Extroversão-Introversão

0,077 -0,103 -0,545*** 0,052 0,103 -0,362***

Intuição -Sensação -0,057 -0,086 -0,025 -0,134 0,027 0,042

QU

ATI

Fato

res

origi

nais

Pensamento- Sentimento 0,533*** 0,037 -0,090 0,0617 0,158* -0,036

Sociabilidade 0,252*** -0,111 0,156* 0,059 -0,019 0,045Pensamento- Sentimento 0,545*** 0,175* -0,044 0,220** 0,142 -0,031

Intuição -Sensação 0,207** -0,087 -0,340*** 0,028 0,059 -0,235**

Crítico -Conciliador 0,327*** -0,042 -0,222** 0,029 0,034 -0,135

Teórico -Prático -0,018 -0,133 0,197** 0,068 0,024 0,080

EI1 -Fora -Dentro

0,064 -0,051 -0,264*** -0,045 0,080 -0,212**

EI2 -Expansivo -Reflexivo

0,161* -0,103 -0,569*** 0,158 0,118 -0,381***

EI3 -Agitado -Tranqüilo

0,139 -0,225** -0,348*** 0,131 -0,045 -0,233**

QU

ATI

Fato

res a

pós a

nális

e fat

orial

EI4 -Disperso -Compenetrado

-0,137 0,119 -0,276*** -0,159* 0,072 -0,187*

* p < 0,05; ** p < 0.01; ***p < 0,001

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Escala de avaliação de tipos psicológicos: validade e precisão 33

O Fator EI2, expansivo-reflexivo dadimensão extroversão-introversão do QUATI,correlaciona-se também com pensamento-sentimentoda escala de auto-avaliação. A pessoa que se relatareflexiva tende a sentimento e a expansiva tende apensamento. O Fator EI3, - agitado-tranqüilo doQUATI, além de correlacionar-se com a dimensãoextroversão-introversão, apresenta correlaçãosignificativa com sensação-intuição da escala de auto-avaliação. A pessoa que se descreve como agitada tendea intuição e a que se relata como tranqüila tende asensação. O Fator EI4, disperso-compenetrado doQUATI apresenta correlação significativa comextroversão-introversão, mas também compensamento-sentimento da escala de heteroavaliação. Apessoa que se relata compenetrada tende a pensamentoe a que se descreve como dispersa tende a sentimentoquando avaliada por pares.

Em síntese, esses achados confirmam osproblemas localizados na operacionalização das funçõesintuição e sensação, enquanto as dimensõespensamento-sentimento e introversão-extroversãoapresentaram coeficientes significativos de correlaçãoentre os três instrumentos na direção esperada.

ConclusãoEste estudo investigou a validade de

construto, a validade de critério e a precisão porconsistência interna dos itens de uma escala paraavaliação da tipologia psicológica, construída com basena teoria dos tipos psicológicos de C. G. Jung, sendoque os resultados obtidos satisfizeram parcialmente asexpectativas.

A análise fatorial permitiu investigar adimensionalidade do instrumento, fornecendoinformação sobre sua validade conceitual, bem como aconsistência interna dos itens, que diz respeito a suaprecisão. A aplicação de outros instrumentos destinadosa avaliar as mesmas dimensões no mesmo grupo depessoas avaliadas pelo primeiro instrumento permitiuconsiderar essas diferentes medidas como critérios decomparação, que, caso sejam coerentes entre si, seconstituem parâmetros de validade com referência aocritério.

O estudo da validade com referência aocritério, tomando como parâmetros a escala deheteroavaliação, construída para esse fim, e osresultados obtidos no QUATI, tanto em suaorganização original como no reagrupamento proposto,valendo-se da análise fatorial realizada em outro estudo,apontam que as dimensões introversão-extroversão,pensamento-sentimento e intuição-sensação parecemter sido adequadamente operacionalizadas na escala em

questão, apesar de intuição e sentimento teremapresentado alguns componentes não tão claramentedistinguíveis.

De qualquer modo, este estudo sugere anecessidade de aperfeiçoamento do instrumento, bemcomo de outros estudos envolvendo maior número departicipantes e maior diversidade entre os grupos. Umavez que o estudo da consistência interna pela correçãode Spearman-Brown indica melhora nos coeficientescaso haja o mesmo número de itens em cada dimensão,isto sugere que seria produtivo um trabalho visando àampliação do número de itens do instrumento deacordo com cada agrupamento, além da exclusão dositens que não apresentaram boa consistência.

Finalmente, não se pode deixar de assinalarque a escala de auto-avaliação apresentou característicaspromissoras em termos de validade e precisão, o quesugere a possibilidade de estudos complementares paraseu aperfeiçoamento.

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Recebido em 12/12/2001Revisado em 13/04/2002Aceito em 24/05/2002

Sobre os Autores:Ilmara Fátima de Moraes é psicóloga, mestre em Psicologia pelo Programa de Estudos Pós-Graduados emPsicologia da Universidade São Francisco e docente da Fundação Municipal de Ensino Superior de BragançaPaulista (FESB).Ricardo Primi é psicólogo, doutor em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pela USP com partedesenvolvida na Yale University (EUA), professor do Curso de Graduação e do Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia da Universidade São Francisco, e coordenador do Laboratório de Avaliação Psicológica eEducacional.