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SAPOPEMBA V. DIVA V. GUARANI r SÃO PAULO 28/11 A 20/12 DE 1985 32 ANO IV DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Que as dificuldades não superem a esperança Fim do Mobral e a criação do Programa Educar Pág. 8 is expectativas dos moradores e a nova administração municipal. Pág. 5 MAGAZINE CENTER DIVA Ano Novo, de roupa nova e o Magazine Cenfer Diva tem uma variedade de artigos para as festividades de fim de ano e o verão que se C aproxima. Tudo em moda masculina, feminina e Infantil, além de Jeans de famosas grifes, Levl'$, Lee, Vilejack e US Top. Tudo em 3 pagamentos sem l acréscimo. O Magazine Center Diva deseja aos seus clientes e amigos os votos de boas festas. Av. Sapopemba, 3.407 - Vila Diva - fone 918-1948

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• SAPOPEMBA • V. DIVA • V. GUARANI r

SÃO PAULO 28/11 A 20/12 DE 1985 — N° 32 — ANO IV — DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Que as dificuldades não superem a esperança

Fim do Mobral e a criação do Programa Educar

Pág. 8 is expectativas dos moradores e a nova administração

municipal. Pág. 5

MAGAZINE CENTER DIVA Ano Novo, de roupa nova e o Magazine Cenfer Diva tem uma

variedade de artigos para as festividades de fim de ano e o verão que se C aproxima. Tudo em moda masculina, feminina e Infantil, além de Jeans de famosas grifes, Levl'$, Lee, Vilejack e US Top. Tudo em 3 pagamentos sem l

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Jornal do Bairro 28/11 a 20/12 de 1985

Editorial As conquistas dos moradores

e a Constituinte 86 . E mais um ano está chegando ao seu final e com saldo positivo a nossa

região obteve significativos benefícios, através de entidades organizadas e movimentos reivindicatórios. Um exemplo dessa força é o início das obras da Adutora do Rio Claro, após décadas de abandono.

Inúmeras obras em andamento e projeto aprovado, como o Córrego Capão do Embira, Hospital Geral do Sapopemba e o Hospital de Vila

Prudente são conquistas de entidades e movimentos reivindicatórios que organizados, lutam por condições dignas para uma região ainda carente e.sem recursos.

A movimentação dos moradores que ocorre há alguns anos, principalmente entre as camadas populares, tem a força e vontade de

resolver os gritantes problemas que afligem a maior parte da população. Temos claro, também, que essas lutas específicas não excluem da luta

maior que se trava na sociedade brasieira pela institucionalização de um regime verdadeiramente democrático, com eleição para Presidente, uma

Constituinte autônoma e soberana. Um regime em que todos os brasileiros tenham liberdade de participação, expressão, manifestação e organização.

O fato de, hoje, pequenas entidades e comissões estarem reivindicando, colocando todos os erros do modelo econômico, político e

social que nos foi imposto nos últimos vinte anos e a reformulação que só vai acontecer quando a sociedade civil participar e lutar por transformações.

O ano de 1986, promete importantes acontecimentos políticos e a Constituinte entre outras, tem um peso fundamental no encaminhamento político do país e nesse sentido as entidades, além de reivindicar,também pode promover a discussão da questão,que está presente na vida diária do

cidadão. Nessa edição Dalmo Dallari escreve sobre a Constituinte, e

entrevistamos Brasil Vita e a proposta do PTB, após eleger Jânio Quadros à Prefeitura da cidade e para que os nossos leitores possam discutir e estarem

a par das tendências políticas da nossa cidade e do país.

Agradecemos aos nossos colaboradores, anunciantes e leitores por mais uma etapa

vencidaflue só foi conquistada com a participação de todos.

Para 86, muita energia positiva e que seja de prosperidade e muita amizade.

Nesta edição;

Boca Livre

Economia: As medidas do governo

As perspectivas dos moradores

Mural: Festa no Largo de Santa Adélia

Constituinte na opinião de Dalmo Dallari.

Acontecendo Corais de Natal

Os "Corais de Natal" é a programação que o departamento de teatros de bairro escolheu para o mês de dezembro. Para o Teatro Arthur Azevedo localizado na Av. Paes de barros, 955 - Mooca, foi escalado o Coralusp que contará também com a partici- pação de mais três grupos: o Indaka-Mavula, Tainá e Coral Tarde. Essa programação fica- rá até o dia 22 de dezembro, sempre aos domingos às 20:30, com entrada grátis.

Imagens do Teatro O livro "Imagens do Teatro Paulista", com-

posto por 300 páginas, é visualmente um álbum fotográfico que através de 300 fotos o leitor poderá acompanhar a evolução da linguagem teatral, do início do século até hoje. O livro refere-se a três assuntos enfatizados pelo acervo da Divisão de Pesquisa do Centro Cultural de São Paulo que são o ator, a visão panorâmica do palco e os temas mais persistentes na criação teatral em São Paulo.

A primeira parte da obra é ilustrada com imagens coloridas, exemplificando os documentos do acervo que registram a cor dos espetáculos e os exemplares de cartazes que acompanham a traje- tória teatral. O texto acompanha as imagens de maneira que o leitor tenha uma visão da evolução histórica do teatro paulista, assinalando as fases mais importantes de alteração da linguagem da cena e que estão evidentes nas imagens selecio- nadas.

O livro "Imagens do Teatro Paulista" conta com duas introduções referindo-se à contribuição desta obra para o conhecimento do Teatro no nos- so pais. A primeira introdução é de Gianfrancesco Guarnieri, Secretário de Cultura do Município, e a outra é de Alfredo Mesquita, um grande incentiva- dor do Teatro em São Paulo.

Correio mudou de endereço A agência do Correio do Sapopemba

está atendendo em seu novo endereço à avenida Israel da Fonseca, 54-B, próximo à Praça da Paineira, de 2* a 6" feiras das 8 às 18 horas e aos sábados das 8 às 12'horas,

Carro com computador

a bordo

A Fiat Automóveis lançou o computador a bordo para a sua linha de veículos, sendo o primeiro do mercado brasileiro. Desde o lan- çamento do carro Prêmio, ao lado do Uno, um dos modelos mais vendidos da linha Fiat, sendo que até a primeira quinzena de no- vembro a produção já atingiu 20 mil uni- dades.

O destaque maior para os carros da li- nha Fiat é por sua característica de luxo e conforto. E o uso da informática com a dis- ponibilidade do computador de bordo que fornece uma série de informações utéis ao motorista, principalmente sobre o nível de consumo « antnnnmia do vaículo.

Crônica de uma cidade pequena

A Crônica de uma cidade pequena sur- giu em 83, de uma adaptação feita por Maria Helena Lopes da obra de Gabriel Garcia Már- quez, "Crônica de uma Morte Anunciada". Eleito melhor espetáculo gaúcho de 64, a peça trata o cotidiano de uma população "abandonado a seu destino e emaranhada nos inevitáveis clientelismos, nas pequenas corrupções, nos moralismos, no poder abu- sivo dos ricos e servilismo dos pobres, nas suas intrigas e conchavos".

A peça Crônica de uma. cidade peque- na, com o grupo Tear, estará em cartaz no Centro Cultural até o dia 22 de dezembro, com ingressos a 10 mil cruzeiros. Ficha Téc- nica: Atores — Eleonora Prado, Lúcia Serpa, Marco Fronchetti, Marcos Carbonell, Maria Lúcia Raimundo, Marta Biavaschi, Nazaré Cavalcanti, Pedro Wayne, Roberto Mallet, Sérgio Lulkin e Sônia Copplni. Música — Ayigs Pothoff. Ambientação Cênica — Anto- nio^Barth. Figurinos — Tçare. Roteiro e Dire- ção — Maria Helena Lopes.

Opinião do Leitor Prezada editora.

Através do Jornal do Bairro manifesto o meu descontentamento com as eleições de 15 de novembro e como é sabido 62% da população também terá que suportar 3 anos de administração Jânio Quadros. Que o nos- so povo, de saudosismo, até é possível, mas eleger Jânio realmente é um retrocesso que será sentido em doses homeopáticas e o reflexo claro desse atraco são os novos se- cretários indicados que pertenceram a uma época paternalista e de ditadura da história de nossa cidade.

_E 85 está chegando ao seu final, na região se fossemos realizar um balanço dos benefícios alcançados e o fortalecimento dos movimentos populares, certamente fe- ríamos bons resultados, já que a administra- ção Mário Covas permitiu a participação mais ampla dos moradores nos processos reivindicatórios, culturais e que nem todos

notaram. Se dizem que o povo não tem me- mória, essa afirmação serve há milhares de habitantes da região que em 15 de novembro depositaram seus votos em Jânio Quadros. Como morador não creio em grandes mu- danças, visto que de mãos beijadas receberá centenas de obras em andamento, por exem- plo a canalização do Córrego do Capão do Embira, a finalização da avenida Luís Inácio de Inhaia Melo, além de outros benefícios desta administração

Espero que Jânio realmente seja a mu- dança tão esperada pela população, pois em 86 a responsabilidade de todos será maior quando elegeremos o governador e de fazer valer a vontade popular para uma Constituin- te soberana.

Diogenes Dery Vila Diva

•:'jt'"j Diretora Responsável: Laura Kioko Kamisaki- MTb. 14.291 Redatores: Laura K. Kamisaki e Luiz Lopes Charge Marcos dos Santos Monteiro Fotografia: Elza Tieko Kamisaki Colaboradores: Irede Cardoso, Rogério Itokazu e Mércia Lopes Jornal do Bairro: Fotolito e Publicação de Página Livre Editorial Ltda. Endereço: Av. Sapopemba, 3889 — s/3 Vila Diva — Cep. 03374 — Fone: 918-2220. Composição: OESP Gráfica S.A. Impressão. Empresa Folha da Manhã S/A Circulação: Jardim Colorado, Santa Ciara, Sapopemba, Vila Diva, Vila Guarani, Vila Invernada e Água Rasa. Tira- gem: 20 mil exemplares.

28/11 a 20/12 de 1985 Jornal do Bairro

ioca Livre

Asfalto para a Rua Aguti Após o final do novo trecho da Avenida

Luiz Inácio Anhala Mello até a Vila Toistó! de Carvalho, inaugurada no último dia 7 de dezembro, todas as transversais foram as- faltadas, ficando apenas cerca de 30 m da rua Aguti (antiga Rua 2) sem asfalto. Os moradores estão-se movimentando junto à Prefeitura para conseguir asfalto para a rua Aguti, que fica entre as ruas Tindó e Angl- cal do Piauí, nas proximidades do terminal do ônibus Vila Tolstói, em direção ao Termi-

nal dos Trólebus de Vila Prudente. Segundo o morador Francisco Romero da Rua Aguti há 15 anos, diz que o engenheiro da amplia- ção da Av. Anhala Mello confirmou que a rua precisa ser asfaltada porque esta será um ponto de entrada para a avenida. Então, Administração Regional de Vila Prudente, não é bom dar uma olhada no local?

A reivindicação está sendo encaminha- do pelo morador Sidney Carvalho Mendes junto aos órgãos municipais.

Como limpar abaixa â9água em casa Quando você for usar a água de sua

casa, é preciso ter certeza de que ela está boa para ser consumida. A caixa dágua de sua casa é um dos pontos mais importantes para garantir a qualidade da água.

Na caixa dágua normalmente deposita- se uma camada de lodo e pode entrar peque- nos animais como ratos, insetos e pássaros, que podem causar risco de doenças graves como: diarréia, febre tifóide, hepatite, vermi- noses e outras. Para evitar essas doenças devemos tomar dois cuidados: primeiro, lim- par e desinfetar a caixa d'água, ao menos duas vezes por ano. E segundo ponto é man- tê-la bem tampada.

Neste período de férias aproveite paca realizar a limpeza da caixa da áQua da se- guinte forma: 1°) fechar a entrada da água para a caixa; 2o) esvaziar a caixa abrindo torneiras e dando descarga no banheiro; 3o) passo para sua segurança, firme bem a esca- da antes de Iniciar a limpeza, cuidado com os fios elétricos e cuidado com a remoção da tampa.

A seguir esses passos deve-se fazer o seguinte enquanto esvazia a caixa, escovar as paredes e o fundo retirando o lodo se houver, através de baldes, usar somente es- cova de fibras vegetais ou plástico, não usar sabões, detergentes ou outros produtos de limpeza. Então enxaguar as paredes e o fun- do da caixa e tornar a esvaziar a caixa.

Para desinfectar a Caixa d'água deve-se proceder da seguinte forma: deixar entrar água na caixa e ao mesmo tempo adicionar 1 litro de água de lavadeira (Q.Boa. Cândida ou similares) para cada 1000 litros de água, depois encher a caixa d'água e aguardar por duas horas e fechar a entrada da água. Ago- ra uma observação: não use essa água de forma alguma.

Após a higienização com água sanitária deve-se esvaziar a caixa novamente, tampar a caixa dágua e anotar do lado de fora a data da limpeza. Abrir a entrada da água da caixa. Pronto. Você já poderá usar a água pura e limpa livre de sujeiras. O manual da limpeza da Caixa d'água foi realizado através do apoio das Secretarias de Obras e do Melo Ambiente, Educação e Saúde.

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FUVEST-86: SAIBA AS CONFUSÕES DESSE ANO

Pode-se dizer que a prova da primeira fase da Fuveste desse ano, realizada no últi- mo dia 8 de Dezembro, foi um verdadeiro escândalo.

Pelo menos cinco questões causaram grande polêmica e indignação entre os pro- fessores de cursinho que tentavam resolver a prova de Conhecimentos Gerais no domin- go à tarde. Os resultados das resoluções de três questões; Física, uma de Literatura e uma de Geografia feitas por esses professo- res simplesmente não batiam corretamente com o gabarito oficial divulgado pela FU- VEST duas horas depois do início da prova Os erros cometidos na prova (parcialmente corrigidos pela FUVEST depois) foram de várias ordens, e que no final das contas comprometeram em muito a oredlbilidade em que o candidato tem com o maior vesti- bular do país.

O primeiro dos erros, a questão 43 de Física nada de mais grave e certamente não causaria maiores celeumas caso não fosse um dos vários equívocos a ser constatados no decorrer da prova. A questão tratava de um problema de Óptica e que resolvida pelos professores deu alternativa C. Contudo, no gabarito oficial aparecia como alternativa correta a letra B. Mais tarde veio a retifica- ção: a resposta era C mesmo. Tinha havido um erro de transcrição: ao se datilografar o gabarito houve a troca acidenta) das letras.

Mas com i. questão 44, também de Físi- ca, a história foi bem diferente. Era um pro- blema que misturava Estática com conceitos de Força Elástica. Era uma questão concei- ;uai e pelo seu grau de dificuldade ficaria melhor colocada na prova de Física de 2' Fase. Mas o fato é que nenhuma das alterna- tivas propostas era a correta. Os professores do Curso e Colégio Objetivo resolveram o problema, que deu uma resposta que não batia nem com o gabarito oficial (a alternati- va E) e muito menos com as quatro alternati- vas restantes. Na manhã seguinte a FUVEST admitiu que houvera um erro na confecção da questão e que por isso invalidou a mesma.

Uma outra confusão ocorreu com ã questão 46. Era um problema de Termologia que mostrava um gráfico temperatura X ca- lor especifico. Usando as informações do qráfico na equação de calor sensível, o can- didato achava o resultado de 5,S cal/0gC. Como indicava a alternativa A (o gabarito oficial da tarde de Domingo) o calor específi- co ficava entre os valores 5 e 6. Mas também

Rogério Itokazu ficavam entre os valores 3 e 10, como indica- vam a alternativa D. Era um problema sim- ples mas causou confusão por causa de uma provável distração por parte do examinador. Mais tarde da FUVEST admitiu as respostas A e D como corretas.

Como se pode ver a parte de Física foi realmente a "premiada". Contudo houve problemas em questões de Literatura e Geo- grafia. A de número 70 se referia ao escritor português Bocage. A questão perguntava qual a melhor definição ao escritor. Pelo gabarito oficial a resposta era D:Bocage foi um poeta pré-romântico. Mas os professores dos cursinhos são unânimes em afirmar que a resposta A; que afirma que Bocage é o poeta mais representativo do Arcadismo por- tuguês, é também correta. Apesar das insis- tências, a FUVEST não cedeu nessa questão.

A questão 93, de Geografia, por sua vez, se referia à União Soviética e perguntava em qual região do país mais se concentravam os Sovkoves. Ela é polêmica por dois motivos: é muito difícil para um aluno do nível de 2° Grau e além disso ela é tão ambígua quanto as questões 46 e 70. Pois vejamos: segundo uma professora de cursinho, o candidato deveria raciocinar do seguinte modo: os Sovkhoves são fazendas-experimentais con- troladas diretamentes pelo Estado e que por isso recebem toda a infra-estrutura necessá- ria por parte do g'overno. Desse modo elas seriam prioritárias nas regiões mais inóspi- tas e atrasadas do país. É o que dizia a alternativa C (Gabarito oficial): "ocupação recente a agricultura problemática do ponto climático (Sibéria e Casaquistáo)". Realmen- te uma questão bastante difícil. Mas o que é pior, segundo a própria professora, em quantidades numéricas os Sovkoves se con- centram mais em regiões como Ucrânia e Azerbaidjão. Desse modo a alternativa E também estaria correta. Nessa questão a FU- VEST não parece também querer reconside- rá-la. Sem dúvida a FUVEST desse ano foi um vestibular atípico. Mas salvo esses erros pode-se dizer que ela manteve a tradição de ser um prova de bom nível; com questões objetivas e equilibradas. Como já é também tradição haver questões absurdamente sim- ples se alternando com questões complexas ou muito trabalhosas. As do primeiro grupo seriam: 5 de Biologia, 7 de Biologia, 13 de Ouímica, a 26 de Matemática, mesmo a 44 de Física e a 86 de Geografia. Dentre as comple- xas estariam a 20 de Química, a 33 de Mate- mática, a 80 de História e a 87 de Geografia.

Aguardem! Na próxima edição (/o Jornal do

Bairro daremos Início a uma série de reportagens sobre os recursos

de saúde da região.

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* 4 Jornal do Bairro 28/11 a 20/12 de 1985

Brasil Vita diz que prefeito eleito administrará com diálogo

Vereador Brasil Vita

Joáo Brasil Vita nasceu na Capital, com 63 anos é advogado e empresário ligado è Glgllo S/A de S. B. do Campo e presidente da Squll S/A de Canoas (RS).

Seu primeiro mandato como vereador da cidade lol em 1959, sendo desde então reeleito consecutlvamente. Em 1973, como presidente da Câmara, chegou a assumir Interinamente a Prefeitura de São Paulo.

Atualmente, ó o 1' vice-presidente da Câmara e deve tentar a candidatura ao Se- nado em 86, em sua primeira aventura fora da vereança.

Com bom relacionamento com Jânio Quadros, Brasil Vita é considerado um dos nomes fortes do PTB e, nesse momento em que a Prefeitura muda de mãos, o Jornal do Bairro tez uma entrevista sobre o Prefeito eleito, seus planos e o futuro do PTB. JB — Qual é seu nfvel de relacionamento com o Prefeito Jânio Quadros?

Brasil Vita — Conheço Jânio desde nos- sa meninice no bairro do Cambuci. Entre nós sempre houve perfeito entendimento no que tange ao respeito à coisa pública. Acredito que a honestidade no trato do dinheiro pú- blico sempre deve ser a nota predominante no exercício do cargo de administrador.

JB — Como o senhor avalia os primeiros planos de governo anunciados por Jânio?

Brasil Vita — Jânio demonstrou em sua plataforma o atendimento social como meta prioritária. O transporte, por sua vez, desde que nào possa ser estatizado por falta de meios, precisa merecer a fiscalização total nas empresas privadas. Segurança, segundo toda a publicidade sobre ela exercida, mere- cerá de Jânio um atendimento especial, criando-se a Guarda Municipal. Esta guarda, cuidando dos próprios da Prefeitura, permi- tirá à Polícia Militar melhor exercício de suas funções, já que o número de homens poderá ser inteiramente desviado para o policiamen- to ostensivo. E outra, não é verdade que Jânio Quadros seja contra o prosseguimento das obras do Metrô. 0 que ele pretende é, também através de seus representantes, tra- tar de sua administração.

JB — O senhor acredita que o PTB enfrentará problemas, já que não possui a maioria na Câmara dos Vereadores?

Brasil Vita — O PTB não é minoritário, porque nenhum partido é majoritário. Nem mesmo o PMDB, que tinha 15 e agora 13 cadeiras. É preciso que haja coligações com os demais partidos, isto é, com o PFL e uma parte do PMDB e até com o PT, se for o caso.

JB — O Prefeito eleito Jânio Quadros possui um gênio multo forte. Isso pode pre- judicar o relacionamento com a Câmara?

Brasil Vita — O temperamento de Jânio não vai lhe prejudicar no relacionamento com a Câmara, pois política é a arte do diálogo, e Jânio é muito hábil no trato de discussões políticas. Acredito que haverá bom entrosamento entre vereadores e Pre- feito. Está claro que Jânio não. terá a unani- midade de opiniões a seu favor, mas, acredi- to, terá ele perfeito diálogo com os membros do Poder Legislativo Municipal.

JB Qual a sua opinião sobre afirmação de alguns adversários de que o PTB não possui um rosto ideológico e vive apenas de carismas pessoais?

Brasil Vitá — O PTB, ao contrário do que se propala, é o único partido com ideologia partidária, pois o trabalhismo, que engaja o neocapitalismo, tem sua filosofia calcada nos ensinamentos de Larski, Frohmm, Stur- zo, e, entre nós, a saudosa figura de Alberto Pasqualini. É bem verdade que muitos pete- bistas Ignoram isto que estou falando, mas, de qualquer modo, muitos dos dirigentes petebistas, entre eles eu, conhecem esta filo- sofia político-administrativa.

JB — A coligação com o PFL está completa- mente concretizada? Brasil Vita — A coligação com a Frente Libe- ral não está solidificada ainda, todavia, a escolha de alguns elementos desse partido no Secretariado Municipal e a promessa de Jânio de prestigiar Olavo Setúbal na campa- nha para o Governo do Estado, poderão ci- mentar esta coligação. JB — O PTB tem força a nível nacional para sozinho levar Jânio ao Planalto? Brasil Vita — Essa hipótese de levar Jânio ao Planalto é muito remota. Possível, mas pou- co ou nada provável. JB — O PTB não corre o risco de desapare- cer no caso de criação de um partido de centro para apoiar o presidente José Sarney? Brasil Vita — Não acredito que o PTB desa- pareça com a criação de um partido de cen- tro. O PTB tem raízes e isto impede o seu desaparecimento. Ele irá conviver com esse eventual partido de centro. Aliás, nem acre- dito que tal criação aconteça. O Presidente Sarney está ligado ao PMDB e não tem ne- nhum interesse na criação de um partido novo.

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yAíé quando livres do Leão, Delfim, cavalo e outros bichos?

Multo se tem dito dos avanços, no plano material, da classe trabalhadora nesse governo. Não há o que negar. Agindosob inspiração das bandeiras do PMDB, em particular da COPAG (comis- são que presidida pelo Prof. José Serra deu os primeiros contornos ao plano de ação desse governo) os primeiros sinais positivos para a implantação da justiça social nesse país. Senão vejamos:

1 — Os reajustes salariais, neste ano, tem garantido ganhos reais na mé- dia dos salários da ordem de 15%; a massa salarial, que inclui os ganhos pro vinientes dos novos empregos, deverá crescer, acima da inflação, não menos que 20%. Rapidamente recupera-se as perdas salariais havidas nos últimos anos.

2 — O pacote Fiscal recém-aprova- do pelo Congresso, graças a existência e apoio da Aliança Democrática, não atingiu a classe trabalhadora menos fa- vorecida (fato ímpar nos últimos vinte anos); ao contrário, a beneficiou. Os assalariados que perderam até 10 salá- rios mínimos (Gr^6 milhões por mês) e que representam 90% dos trabalhado- res tiveram sua carga fiscal reduzida. Para 1986, por essa medida, garante-se um ganho real nos salários.

3 — A adoção de um índice para corrigir as remunerações do fator TRA- BALHO e do fator..CAPITAL (IPCA no caso) é um avanço. Nos últimos dois anos, só para exemplificar, o INPC (me- dida de ajuste do salário) evolui 780%, a ORTN ( medida de atualização do capi- tal)cresceu907%. Os assalariados perde- ram 127 pontos percentuais (15% em termos reais) para os rentitas. O IPCA, hoje adotado como índice universal, neste ano será de 225%, contra 220% da ORTN e 215% do INPC. Portanto, a prio- ri, não se pode afirmar que sua adoção é danosa à classe trabalhadora.

4 - A Nova República abandonou os execráveis decretos-leis delfinianos, que arrochavam os salários. A perda do poder aquisitivo da classe trabalhadora foi facilmente sentida pelos problemas sociais que dela advieram: aumento nos índices de doenças endêmicas, de mortalidade infantil, de criminalidade, e assim por diante.

5 — A política recessiva, adotada pelas antigas autoridades monetárias, em nome do reajuste econômico para pagar uma dívida externa por elas mes- mas criada, trouxe ao povo brasileiro fome e miséria e o medo do desempre-

go. A nova política de retomada do crescimento econômico traz para este ano um índice de crescimento indus- trial da ordem de 8% e uma retomada na aeracão de novos empregos.

6— Acelerou-se os programas de duplementação alimentar. Os filhos me- nores da população mais carentes terão assegurado uma porção alimentar (leite e refeição escolar), passo importante na direção da eliminação da miséria abso- luta.

7. No plano sindical, o respeito às legítimas reivindicações dos trabalha- dores através dos Sindicatos estão as- seguradas. Não mais reprimiu-se os tra- balhadores em greve (os poucos re- pressores foram exemplarmente puni- dos). Não mais interviu-se em Sindica- tos em nome da segurança nacional. Anistiou-se os dirigentes sindicais "cas- sados". Com democracia garantem-se os direitos dos cidadãos. O quadro ró- seo, acima descrito, representa avan- ços na direção desejada, mas não con- quistas definitivas. Os benefícios de or- dem salarial foram fruto muito mais da vontade política dos governantes do que da existência de mecanismos estru- turais, que garantam os direitos e avan- ço da classe trabalhadora. Ainda deve- mos acrescentar que apesar de todos esses ganhos salariais, o salário míni- mo do trabalhador brasileiro é da or- dem de um quinto daquele percebido por qualquer trabalhador de um país industrialmente desenvolvido (e somos a oitava potência industrial do mundo ocidental).

O que seria então as reais conquis- tas para os trabalhadores que esse Go- verno Democrático ainda não alinha- vou? 1 — Seguro — desemprego que assegure ao trabalhador um mínimo de recursos para sua subsistência quando das crises cíclicas da economia ou da situação do seu trabalho. 2 — Escala móvel de reajuste salarial, forma melhorada dá trimestralidade que ga- rante um dimensionamento preciso das perdas provocadas pelo processo infla- cionário. 3 — Política alimentar que ofe- reça ao trabalhador acesso físico e eco- nômico aos gêneros alimentícios de pri- meira necessidade. 4 — Sistema de as- sistência médico-hospitalar que privile- gie aqueles que mais precisam. 5 — Política de ensino que elimine, de vez, o analfabetismo crônico do país. 6 — De- mocratização da administração das em- presas públicas e privadas, reconhe- cendo o seu caráter social. 7 — Enfim, esperança por melhores dias, traduzida pela constante possibilidade de refor- mulação e reestruturação da sociedade (constituinte, sempre).

Só assim, podemos ter certeza de que a voracidade do leão, a experteza do Delfin, as paradas dos cavalos e tan-

tas outras atitudes animalescas não mais governam o destino do povo brasi- leiro.

Vladlmlr Rloll, é membro do Conselho de Administração do Banco do Estado de São Paulo e da Caixa Econômica Estadual.

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28/11 a 20/12 de 1985 Jornal do Bairro

Os problemas da região e o que

os moradores esperam do novoprefelto Laura K. Kamlnakl

Sem grandes expectativas e poucos co- mentários, os moradores de diversos bairros da região, ainda desconhecem o direciona- mento que Jânio Quadro dará à Prefeitura de São Paulo. Entidades organizadas e comis- sões de moradores retomam as reivindica- ções que não puderam ser atendidas pela administração Mário Covas.

A periferia foi a grande meta da Prefeitu- ra dó PMDB e. nesse plano, as obras sociais tais como: creches, postos de saúde e esco- las públicas foram instaladas em inúmeros bairros, numa tentativa de reduzir as desi- gualdades sociais das áreas periféricas do centro. Entretanto, numa região caracteriza- da pela falta de infra-estrutura, as condições básicas como pavimentação, iluminação são as reclamações comuns e necessitam de maior tempo para sua execução.

O problema de infra-estrutura afeta igualmente a todos: moradores, trabalhado- res e comerciantes e o exemplo nítido acon- teceu no ano passado no Conjunto Habita- cional Teotônio Vilela, quando milhares de famílias chegaram para ocupar as 5.200 uni- dades (casas e apartamentos), enquanto não existia comércio, escolas, ônibus e hospitais que pudessem atender à demanda, que de-

veria ser estudada e p^nAiada pela Cohab com a participação da Prefeitura. Em conse- qüência disso, o resto da região foi afetado, sendo o transporte o mais prejudicado.

O reflexo do setor habitacional atingiu outras áreas substanciais da vida do cidadão e também serve como alerta para que os projetos habitacionais apresentem estrutu- ras Dásicas e não aconteçam aleatoriamente, e num plaho mais avançado mereça uma análise na Constituinte, pois os fatores so- ciais e estruturais de uma localidade devem ser considerados para que um todo funcione bem.

O agravante continua sendo o transpor- te, dividido entre as empresas Canaã, Trans- leste e CMTC, que são alvos constantes de reclamações. A moradora Sueli Maria de Je- sus, do Jardim Rodolfo Pirani, que reivindica melhoria da condução, afirma qué o bairro é muito distante do Centro e aJJnha Jardim Rodolfo Pirani — Pq. DPedroll, via Mateo Bei, não atende aos moradores que necessi- tam passar pela avenida Sapopemba e solici- ta à CMTC a implantação de uma nova linha, que facilitará a vida de milhares de trabalha- dores que descem ao longo da via.

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Já Maria José Barbieri Moraes, do Jar- dim Colorado, reclama contra a redução de ônibus na linha Jardim Colorado-Praça Fer- nando Costa que há um mês sofreu altera- ção com o corte de carros. A linha especial que funciona no período das 6 às 7 horas da manhã, com intervalo de 15 em 15 minutos, foi reduzido de quatro para dois ônibus, difi- cultando a vida dos moradores que no horá- rio de pico não conseguem tomar condução na Estrada Barreira Grande. Outro aspecto apontado por Maria José é que a referida linha poderia vender passes integração (Ôni- bus-Metrô). visto que muitas pessoas des- cem na Estação e necessariamente utilizam o Metrô.

O transporte que mereceu atenção espe- cial da Prefeitura, através do Secretário Ge- túlio Hanashiro, viabilizou diversos melhora- mentos no setor, como a construção do Ter- minal de São Matheus, centenas de ônibus Padron servindo a população. Entretanto, ainda existem outros problemas a serem so- lucionados como as empresas permissioná- rias Canaã e Transleste, cujo desempenho não tem atendido satisfatoriamente os usuá- rios.

Canalização do Córrego Taboão: promessa do novo Prefeito

Conservação de praças e vias públicas

Durante muito tempo, as administrações regionais de Vila Prudente e Moóca pouco fizeram pela conservação das praças e vias públicas e as reações desse setor só aconte- ceram no último semestre desse ano. Cons- tantemente recebemos reclamações de pra- ças abandonadas, bocas de lobo entupidas e ruas esburacadas que ficam sem conserva- ção e conserto durante anos, na espera da boa vontade dos administradores.

córrego Taboão, promessa rfe Jânio O prefeito Mário Covas deixa um grande

feito de sua administração a, drenagem do Córrego Capão do Embira entre a Água Rasa e Vila Formosa. Com obras iniciadas em maio de 83, hoje já foram construídos 3 000 metros de canal, dos 4.367 e a sua conclusão está prevista para março de 1987. Já do pre- feito eleito Jânio Quadros os moradores do Jardim Colorado aguardam com grande an- siedade a canalização do Córrego Taboão que fora prometida em campanha e Messias Vanderley Boni, com quase 20 anos de bair- ro, disse que "espera que Jânio não se es- queça do que prometeu, agora que conquis- tou a Prefeitura". Segundo Messias, para o Prefeito as árvores, os lagos, o ar puro do Ibirapuera oferecem condições de serviços, enquanto ele tem que trabalhar em compa- nhia das ratazanas e outros insetos que inva- dem sua residência. O córrego Taboão é uma antiga reclamação dos moradores e no período de verão chega até a provocar inun- dações na Estrada Barreira Grande e rua Anaruçu. Messias conclui que se Jânio não cumprir será mais um entre muitos que não cumprem suas promessas.

Conservação deve ser constante Os reclamos são muitos e a população

de Vila Prudente, num total de 91.128 votos depositou suas esperanças em Jânio Qua- dros que ganha uma região com os seus principais problemas como o Córrego Capão do Embira em andamento, a finalização da Av. Luis Inácio de Anhaia Melo e, recente- mente, através da atuação do governo do Estado, teremos a duplicação da Adutora do Rio Claro, com tubulação de aço e que per- mitirá o aterro da vala em Vila Primavera. Enfim, são benefícios conquistados nos últi- mos três anos através da mobilização dos moradores e a luta deve ser mantida para que todos participem democraticamente com os novos administradores que tomam posse em 2 de janeiro.

Segue ao lado, entrevista com o Diretor de Operação da empresa Vega Sopave, so- bre o contrato assinado com a Prefeitura no que tange à coleta de lixo e conservação pública.

A Vega Sopave e a conservação pública

Coleta de lixo, varrlçào de ruas, capina- çào de vias e calçadas, limpezas de buei- ros, serviços de remoção (com determina- ção da Prefeitura) e serviço de lavagem de ruas quando se realizam telras-llvres, são os Itens e responsabilidades firmados no contrato entre a Vega-Sopave S/A e a Pre- feitura de São Paulo, segundo Informações do Diretor de Operação Caries Yoshimura.

O contrato assinado no mês de outubro passado, afirmou Carlos, tem a finalidade de atender todos os bairros que estão com- preendidos na Administração de Vila Pru- dente, com o prazo de 4 anos e melo, com a possibilidade de mais melo ano de duração.

A varrlção ide ruas e caplnação de vias e calçadas deve acontecer uma vez por semana, sendo que nas avenidas principais a limpeza será diária e os moradores que desejarem maiores Informações ou mesmo reclamar podem ligar para 271-1S80, com o Departamento de Tráfego da Vega-Sopave.

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Jornal do Bairro 28/11 a 20/12 de 1985

Um dia inteiro dedicado ao som e à reflexão foi o que aconteceu no último dia 15, no Largo de Santa Adélia. No coreto existente no local, vários grupos e artistas apresenta- ram-se no show "concentração da Juventu- de Construindo uma Nova Sociedade".

A iniciativa foi da Pastoral da Juventude da Região Belém e teve como objetivo reunir os jovens e realizar um ato de protesto con- tra a forma de convocação da Assembléia Nacional Constituinte e a favor da Reforma Agrária Já.

Entre as apresentações dos grupos mu- sicais, alguns jovens comentavam a impor- tância da Constituinte e outros temas como: a força política dos estudantes, os movimen- tos populares de saúde, o trabalho realizado

pelos jovens junto áos moradores de corti- ços e faveias, além da presença do líder sindical Waldemar Rossi, da oposição do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, falando sobre o trabalho como força de transformação.

Esse encontro vem sendo planejado desde agosto e, segundo Sueli de Almeida da Góes — coordenadora da Região Belém da Pastoral da Juventude — teve o objetivo principal de levar o jovem a refletir sobre a importância de seu papel na construção de um país melhor, sobretudo no final de 85, o Ano Internacional da Juventude, além de ser um protesto pelo fato do jovem não obter a oportunidade de, como toda sociedade, ter voz ativa na elaboração de uma nova Consti- tuição.

BALANÇO CULTURAL DE 86 No último semestre, o Jornal do Bairro

realizou uma série de matérias sobre a pro- dução cultural em nossa região, seus valo- res, problemas e infra-estrutura (quase ne- nhuma) disponível. Ainda há linguagens e muitos grupos a serem mostrados aos nos- sos leitores, mas nessa época do ano são comuns as avaliações do desempenho de cada área, e a cultural não poderia fugir à regra.

Do lado das realizações, o ano de 85 pode ser caracterizado como muito bom. Os vários grupos culturais da cidade concretiza- ram sua posição, promovendo eventos varia- dos, num leque de opções que vão do teatro à dança, da poesia à música.

Esses grupos atingiram tal representati- vldade que, pela primeira vez, a Secretaria Municipal de Cultura resolveu reuni-los, cap- tando subsídios para a elaboração de uma política cultural. Em outubro passado acon- teceu o 1 Congresso de Movimentos Popula- res de Cultura da Cidade de São Paulo, no mínimo uma boa oportunidade para a troca de experiências.

Parece ainda muito cedo para discutir- 'se os efeitos desse Congresso quanto à ação conjunta dos grupos, mas o resultado das urnas a 15 de novembro deslocou um ponto de interrogação para a questã da política cultural a ser seguida pelo secretário indica- do por Jânio Quadros.

A preocupação dos grupos é justificada pelo fato de muitas realizações dependerem diretamente da cessão de palcos, aparelha-

Luiz Loprs gens de som e Iluminação, por exemplo, via Secretaria ou Paulistur.

Quando o novo prefeito acena com a possibilidade de extinção da Paulistur fica difícil não manter um pé atrás quanto às suas intenções para com a cultura em São Paulo. Não que esse órgão cumpra um papel imprescindível em relação aos grupos cultu- rais — na verdade, muitas pessoas ligadas a esses grupos também consideram a Paulis- tur um elefante branco —, mas a sua elimina- ção é preocupante pois, até agora, não há indícios de que suas gigantescas verbas e estruturas sejam reaplicadas em benefício do movimento cultural paulistano.

Dessa forma, 86 bate à porta trazendo, de um lado, um crescimento da produção individual e coletiva dos artistas da periferia e, do outro, um corte na verba destinada à cultura, dentro do espírito de austeridade defendido por Jânio em sua campanha. É evidente que numa cidade com graves pro- blemas sociais como São Paulo não se pode pretender que a questão cultural seja enca- rada como prioridade do governo. Apenas devemos cuidar para que as boas idéias não sejam desperdiçadas e que a já escassa ver- ba destinada a este setor não seja gasta em pequenos projetos milionários, privilegiando uma visão elitista de cultura.

A população não quer apenas assistir grandes bales ou orquestras. Quer, também, espaço e oportunidade para divulgar seus próprios artistas e seus trabalhos junto à comunidade.

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60g de manteiga ou margarina, 250g de carne de cabrito desessada, cortada em tiras, 3 cebolas médias.

bem picadas, 1/4 de xícara de nozes cortadas em pedaços, 2 síc. de arroz cru, 1 tomate grande sem pele e sem sementes, picado 1/4 de xícara de passas, sem sementes, picadas, sal pimenta a gosto, 4 xícaras de caldo de galinha fercente.

AqitítÇü a tmtf^^JfàV Wf™1* de cabrito até que dourem. Retire da panela e na mesma manteiga frite a cebela até que fique' macias não doure. Junte a nozes e o arroz. Deixe cozinhar sobre fogo müdio por ò minutos, mexendo sem parar. Acres- cente o tomate, as passas, o sal, a pi- menta e o caldo de galinha. Mexa bem e tampe. Cozinhe em fogo lento ate que o arroz esteja macio e todo o líquido tenha sido absorvido. Junte a carne e aqueça bem.

ANUNCIAR TAMBÉM É COLABORAR No início do 4° ano de atividades, a equipe do Jornal do Bairro com

multa disposição e trabalho, contamos com a força de colaboradores e principalmente com o apoio dos comerciantes. Muitos anunciantes partici- pam desta nossa caminhada desde o primeiro número, acreditando em uma imprensa regional contribuindo com as transformações de nossas vilas e delas participando com franca atuação.

Desta forma agradecemos a todos os anunciantes, por fazer manter nessa região um órgão de informação, que de maneira preferencial trata dos problemas atinentes aos bairros de Santa Clara, Jardim Colorado, Sapopem- ba. Vila Diva e Vila Guarani.

Chamamos a atenção também para nossos futuros clientes, sobre a importância da publicidade e do poder adquirido pelo Jornal do Bairro. Não adie mais sua veiculação, anuncie através do telefone 918-2220.

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28/11 a 20/12 de 1985 Jornal do Bairro

Constituiçaoou Emendão DALMO DALLARI

O Brasil precisa de uma Constituição. A lei que vigora atualmente'no Brasil como Constituição tem vários defeitos muito graves. Em primeiro lugar ela não tem legitimidade, pois foi imposta aos brasileiros por um ato de forço, tendo sido decretada por três ministros militares que não eram representantes do povo.

Como conseqüência dessa origem existe outro defeito gravíssimo, que é o caráter autoritário, antidemocrático, do espírito da Constituição. Isso está claramente exposto em muitos dispositivos, como, por exemplo, no que atribui poderes ao Conselho de Segurança Nacional para fixar os objetivos nacionais permanentes do Brasil, colocando o Conselho acima do Congresso Nacional. Outra prova muito evidente do espírito antidemocrático é o poder dado ao Presidente da República para decretar o estado de emergência, suspendendo garantias constitucionais, sem ouvir o Congresso Nacional. O Presidente da República pode torna-se ditador por um decreto dele próprio.

A par dessas falhas fundamentais, é importante ressaltar também que a atual Constituição define uma ordem injusta, assegurando direitos para os que já têm patrimônio econômico, sem dar meios para que os mais pobres consigam ter nem mesmo a casa própria, ainda que modesta.

A Constituição está em desacordo com a realidade brasileira e é isso que explica, por exemplo, o grande número de conflitos de terras, de favelados, de crianças que vivem nas ruas em situação marginal e de muitos outros sinais de discriminação e miséria.

Por todos esses motivos o Brasil necessita de uma Constituição, que seja legítima, democrática, que reflita a vontade do povo brasileiro. Só desse modo poderão ser definidos de modo diferente os direitos e deveres fundamentais dos brasileiros, dando-se nova organização à sociedade brasileira e abrindo caminhos para que sejam eliminadas as injustiças sociais que existem agora.

0 único meio para se chegar a essa Constituição autêntica e justa seria uma Assembléia Nacional Constituinte de verdade. Isso quer dizer que o povo brasileiro deveria ter a possibilidade de eleger representantes para fazerem a Constituição. Esses representantes seriam os constituintes, que não deveriam ser obrigados a pertencer a um partido político e só deveriam receber mandato para elaborar a Constituição. Realizada essa tarefa acabaria o mandato.

Neste momento o direito do povo está bloqueado, pois o Presidente do República, os grandes partidos e a maioria do Congresso Nacional querem que tudo fique como está. Por isso apenas fingiram que estavam convocando uma Constituinte, quando, na realidade, querem só que o povo eleja deputados e senadores em 1986, dandoa eles o poder de fazer uma nova Constituição. É evidente que para manter os seus privilégios eles pretendem fazer apenas um emendão, sem fazer qualquer alteração importante na ordem política, econômica e social.

O povo deve dar aos maus representantes a resposta que eles merecem. Nas próximas eleições ninguém deverá votar em quem já tiver sido deputado ou senador, abrindo exceção apenas para aqueles que, comprovadamente, de maneira clara e concreta, tiverem ficado a favor do povo. É preciso eliminar da vida pública os oportunistas, os demagogos, os que usam belas palavras e se dizem comprometidos com o povo mas que na hora das decisões preferem agradar o governo e os poderosos. 0 povo deve enterrar os caveiras da democracia.

PRESTANDO CONTAS fTfffffff GOVERNO MONTORO

MONTORO AUTORIZA VENDA DE TERRAS DO ESTADO A TRABALHADORES RURAIS

O governador Franco Montoro sancio- nou lei, de sua iniciativa, que permite a venda de terras públicas estaduais a tra- balhadores rurais que as ocupam e explo- ram há mais de três anos. São terras não utilizadas pela administração e que passa- rão a pertencer a quem, de fato, nelas tra- balha. É mais um passo importante na busca de uma solução para o problema dos trabalhadores rurais desprotegidos, que anseiam pela posse de uma porção de terra de forma regular e legal.

A nova lei surgiu de estudos da Secreta- ria de Agricultura e Abastecimento, que enfrentava inúmeros problemas com "posses" irregulares, tanto de trabalhado- res dedicados à agricultura como de aven- tureiros e oportunistas. A lei, agora san- cionada pelo governador, visa resolver, principalmente, a situação dos ocupantes de lotes das antigas colonizações realiza- das por aquela Secretaria.

O secretário Nelson Nicolau, em sua ex-

posição de motivos que encaminhou o projeto de lei, salienta que essa ini- ciativa "virá atender ex- clusivamente aqueles que foram párias das aluais leis agrárias estaduais e desabonados pelas ini- ciativas governamentais anteriores, ou que servi- ram de suporte a embus- tes de administradores desavisados e tendencio- sos". A lei limita a área a ser vendida entre 15 e 20 hec- tares e exige comprovação de que o inte- ressado more no imóvel e dele tire seu sus- tento mínimo e o de seus dependentes, bem como exclui do rol de possíveis inte- ressados os funcionários públicos e seus parentes e todo aquele que possua ou ocu- pe qualquer outro imóvel rural.

O Executivo tem prazo de 60 dias para regulamentar a lei. Os interessados terão prazo de 180 dias, contados a partir da re- gulamentação, para requerer os seus be- nefícios e apresentar proposta de compra com a documentação exigida.

DEPOIS DE 16 ANDS, FUNCIONÁRIOS VOLTAM A RECEBER ADICIONAL DE INSALUBRIDADE

Foi devolvido aos trabalhadores do Estado, inclusive das autarquias, adicional de insalu- bridade, para quem exerce atividade conside- rada insalubre. O benefício havia sido retira- do dos funcionários ha 16 anos e, agora, vol- ta através de lei assinada pelo governador

Montoro. O secretário João Yunes, da Saúde, ressal-

tou que "trata-se de uma proposta nova, de- mocrática e não elitista como era antes, por- que os que ganhavam mais recebiam adicio- nal maior. Achamos que não era justo, pois o

risco é o mesmo para o médico, o enfermei- ro, o auxiliar e o laboratorista. Hoje o adicio- nal incide sobre dois salários mínimos, para todos, independentemente do salário do fun- cionário, deixando de privilegiar quem ganha

GOVERNADOR VAI A BRASÍLIA SOLICITAR AJUDA PARA REGIÕES ATINGIDAS PELA SECA

Franco Montoro convidara o presidente Jo- sé Sarney a visitar as regiões do Estado atin- gidas pela seca e já marcou audiência, no pn> ximo dia 24, para reivindicar do Governo Fe- deral medidas que se somem às adotadas pe- lo Governo do Estado, visando socorrer às po- pulações carentes e aos trabalhadores rurais desempregados.

A decisão foi tomada em reunião, no dia 18, presidida pelo governador e com a presença dos secretários de Governo e Planejamento, dos presidentes do Banespa e da Caixa Econô- mica Estadual, do líder do Governo da As-' sembléia, prefeitos das regiões atingidas e pre- sidentes de Escritórios Regionais do Governo.

O governador solicitará também, ao Go- verno Federal, medidas de financiamento ime- diato, como a rolagem da dívida dos agricul- tores afetados e financiamentos em caráter ur- gente e subvencionados, para permitir o ime- diato reinicio da produção de alimentos.

10 ANOS DE CEPAM

O governador Franco Montoro partici- gW,4ia 18f.da.comemorisção4o 10?at\iver- sário da Fundação Prefeito Faria Lima -Cen- tro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal - CEPAM. O órgão, vinculado à Secretaria do Interior, assessora as prefeitu- ras na solução de problemas administrativos e tem participado de diversos projetos, como a redivisão administrativa do Estado, os Consórcios Municipais, a Rede de Comu- nicação de Experiências Municipais, além de promover cursos e preparar recursos hu- manos.

Montoro disse que "a Democracia deve ser um estilo de sociedade; é preciso criarmos uma sociedade democrática e é nesta pers- pectiva que se coloca a função histórica do CEPAM".

ATOS DA SEMANA Principais atos do Governador * Convênio entre a Secretaria da Promoção

Social e a Prefeitura de São José dos Cam- pos, no valor de 7 bilhões, para obras assis- tenciais.

* Convênios entre o FUMEST e 10 Estâncias, no valor total de 1,5 bilhão, para obras di- versas.

* Convênios entre o DAEE e as prefeituras de Auriflama, Lavínia, Amparo e Irapuã para obras de microdrenagem, no valor de 235 milhões de cruzeiros.

* Convênio entre a DOP e 70 prefeituras mu- nicipais, para implantação de 178 pontes metálicas.

* Convênio entre as Secretarias de Educação,

Interior, Agricultura, o Consórcio Educação Municípios Agricultura e a Prefeitura de Monte Aprazível, para desenvolvimento de projetos agropecuários.

* Convênio entre a Secretaria de Esportes e Tu- rismo e a Prefeitura de Cardoso, para obras no Grande Lago.

* Convênio entre a Secretaria da Educação e sete prefeituras municipais, para atendimen- to odontológico em escolas de 1? grau.

* Decreto elevando às categorias de 2? clas- se a Delegacia de Polícia de Ribeirão Pires; de 3? classe, as Delegacias de Polícia de Ca- choeira Paulista Mirassol e Tanabi; e de 4? classe a de Boituva.

* Entrega de novos ferry-boals para trans- porte de carros e caminhões entre Santos e Guarujá.

SÃO PAULO MUDOU

JUQUERI OFERECE CONDIÇÕES MAIS HUMANAS "O que foi feito aqui significa uma grande re- volução. No início de minha administração encontramos o Juqueri completamente aban- donado, um espetáculo dantesco e promís- cuo." Com estas palavras o governador Fran- co Montoro ressaltou a grande mudança rea- lizada no Hospital Psiquiátrico e no Mani- cômio Judiciário, em Franco da Rocha, on- de esteve inspecionando as reformas realiza- das pela Secretaria da Saúde.

A atual Administração já investiu, em 1984 el985,maisde2,5 bilhões de cruzeiros, recuperando uma área de 42.422 metros qua- drados. Ao mesmo tempo, foi implantado o processo de laborterapia e ampliado o qua- dro de funcionários. No próximo ano, está prevista a aplicação de mais de 4,2 bilhões de cruzeiros em novas obras. "Estamos oferer cendo, assim, condições de vida mais huma- nas aos nossos doentes mentais", concluiu o governador.

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Desejamos boas festas e que 86 seja de paz e prosperidade.

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Fim do Mobral não causa espanto na população

COMO NASCEU O NOBRAL

A necessidade de se lutar contra o analfabe- tismo exigia a criação de um órgão e penetração nacional no campo da educação de massa. Quan- do o governo elaborou o Plano Decenal de Desen- volvimento e Social, em 1967, a educação passou a ser considerada de caráter prioritário.

O mobral — Fundação do Movimento Brasi- leiro de Alfabetização — foi criado pela lei n0 5.379 de 15 de dezembro de 1967 do ministro da Educa- çãoTarso Dutra e enviada ao Congresso Nacional. Mas, só iniciou as suas funções em 8 de setembro de 1970, dia consagrado internacionalmente à alfa- betização. O primeiro presidente do órgão foi Má- rio Henrique Simonsen, até 1973, depois Arlindo Lopes Corrêa, até início de 1980, Cláudio Barroso Joaquim Moreira até dezembro de 1984 e Interina- mente, neste aro, Vicente Barreto assumiu a presi- dência do mobral

O fim do Mobral não chegou a causar es- panto porque, até hoje, não havia atingido um só de seus objetivos O que está por trás da extinção do MOBRAL? Depois de uma desastrosa carreira, o órgão reconheceu que não cumpriu sua função principal que era alfabetizar adolescentes e adul- tos, de 14 a 35 anos e de 35 anos a mais de 60 anos, analfabetos, e semi-alfabetizados numa condição de desempregados, subempregados e empregados sem qualificação profissional. Dai firmar os objeti- vos dos alunos em estudar visando a ascensão social. O Mobral não nega seu papel de preparador de mão-de-obra para o mercado de trabalho, mas sem nenhum espírito crítico da realidade.

Atualmente, segundo dados do Ministério da Educação, o total de analfabetos e semi- alfabetizados é de 65 milhões de pessoas, mais da metade da população brasileira. Culpa do Mobral ou de um sistema que esmagou pela opressão e pela miséria essa metade da população indicada pelo próprio MOBRAL? O "voluntariado" no Mo- bral acabou-se revelando multo mais dispendioso do que se o órgão tivesse dado uma remuneração razoável aos monitores e se o Pais estivesse em busca de sua afirmação.

Mércia Lopes

No último dia 25 de novembro o presidente José Sarney anunciou a extinção do Mobral — Movimento Brasileiro de Alfabetização —, em funcionamento desde o dia 8 de setembro de 1970, e assinou o decreto da criação da Fundação Educar, que desenvolverá noções de História, Geografia, Português, Matemática e Ciências a jovens (mais de 14 anos) e adultos.

Na criação do novo órgão Educar o Ministro da Educação, Marco Maciel, demonstrou uma preocupação com a evasão dos alunos após um ano de alfabetiza- ção, fato corriqueiro no Mobral. O Educar tem por objetivo ampliar os cursos de alfabetização e complementação de um ano para quatro anos,.a exemplo do que acontece no município de São Paulo, desde março de 1984, com o Programa de Educação de Adultos mantido pela Secretaria da Família e Bem-Estar Social (FA- BES) com verba da Prefeitura.

Uma das prioridades do programa Educar será a regionalização e descentraliza- ção das ações quanto às cartilhas e verbas de manutenção. Num pais como o Brasil, com grandes contrastes regionais, não se pode determinar um método e uma cartilha unificada, a exemplo do Mobral. Cabe ao MEC, juntamente com a Fundação Educar, coordenar e acompanhar os governos estaduais e prefeituras. Cabe à área de Implantação do programa discutir, preparar e organizar uma cartilha e o Educar contribuir no financiamento de sua confecção.

Na implantação do Programa de Alfabetiza- ção de Adultos o Mobral instalou-se em mais de 3.000 municípios do território brasileiro. O método utilizado foi o de Paulo' Freire, mas totalmente desvirtuado e ai se explicam as causas de fracasso total de 15 anos de atividade que não conseguiu erradicar o analfabetismo e nem ao menos diminuir os índices de analfabetismo numa percentagem interior a 10 por cento, mas ocorreu o contrário

O método Paulo Freire de alfabetização, mal copiado pelo Mobral, jamais poderia ser posto em execução no Brasil atual. Porque ele foi criado para um país em transição, onde o povo está mobi- lizado em busca de sua libertação e sua identidade cultural. Prova disto, são exemplos de Angola, Mo- çambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde, Chile, Nica- rágua e outros países onde houve luta de liberta- ção nacional ou contra ditaduras, os métodos de alfabetização adotados, alguns semelhantes ao dü Paulo Freire, tiveram êxito total.

Ás dificuldades apontadas por vários moni- tores do Mobral em relação às deficiências verifica- das em adultos que freqüentaín cursos noturnos de alfabetização, vão desde uma "preguiça mental", até o total desinteresse em aprender as primeiras letras. Culpa deles? Não, dizem os monitores, a culpa é do desemprego, do salárío-mínimo que não dá para quase nada, da marginalização social e da miséria. Melhorar os níveis de vida do trabalhador é dar ao Mobral melhores condições de penetração. "Desfederalizar" o Mobral, segundo notícias divul- gadas pela grande imprensa, é transferir a respon- sabilidade do fracasso aos estados e aos municí- pios. Os mentores do Mobral precisam entender que o analfabetismo cresceu apesar da existência do órgão e que as causas repousam nos fatores da desagregação social. Na verdade, o Mobral tam- bém acabou sendo vítima de um sistema perverso.

O programa de Educação de Adultos da Fabes (Secretaria da Família e Bem Estar Social) vem atuando com autonomia desde março de 1984, do Mobral, e financiado pela Prefeitura do Municí- pio de São Paulo. Atualmente o programa atende 29.614 alunos e dura dois anos e melo, sendo um

Nossos AnufKiantes

ano para alfabetização e um ano e meio de suplên- cia que eqüivale às quatro primeiras séries do pri- meiro grau.

A coordenadora do projeto da Fabes, Vicen- tina Velasco diz que quando o programa de educa- ção de adultos estava ligado ao Mobral, a nossa atuação não tinha muita "liberdade' . Então, "a partir de 1984 a Fabes mudou a filosofia de educa- ção e utilizamos um método global de alfabetiza- ção a partir da realidade e da problemática do cotidiano dos alunos".

O programa de Educação de Adultos da Fabes tem uma cartilha própria para a alfabetiza- ção e suplências, que aplicam palavras e a lingua- gem corrente dos alunos para ensinar sílabas sim- ples e complexas. Ao final de cada fase que eqüiva- le a 5 meses, o aluno faz uma prova final e só passa se tiver domínio da leitura e escrita de pequenos textos.

Estão envolvidos no Programa de Educa- ção de Adultos da Fabes cerca de 1.600 monitores que atuam em salas cedidas pelas Escolas Munici- pais, Sindicatos, Sociedade Amigos de Bairros (SABs), Igrejas e demais entidades assistenciais. Para requerer o programa em locais carentes que necessitem de alfabetização da comunidade local os interessados devem-se dirigir à Fabes-Vila Pru- dente na rua Genoveva DAscoli, n0 37. Vila Pruden- te.

O nosso anunciante do mês é Oseias Fonseca de Menezes, do depósito de Maté- rias EFE-TRÊS na Viia Rica. Oseias é natu- ral da Bahia e conta que São Paulo foi uma opção na vida dele, porque na paulicéia ele daria continuidade a sua profissão de co- merciante, estabelecendo-se com o depó- sito há 21 anos atrás. Afirma que a Vila Rica é um bairro promissor e mudou muito e atualmente necessita de um banco para facilitar a vida dos comerciantes e atender à população que aumenta cada vez mais.

Oseias, tem São Paulo no coração e a hospitalidade dos paulistanos foi um gran- de incentivo para que aqui se estabeleces- se e firmasse suas raízes.

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