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Questões Inéditas...meu agradecimento por confiar no nosso trabalho e ter adquirido o nosso Mega Pack. Nosso material tem a finalidade de complementar os estudos de quem já possui

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Questões Inéditas Direito Penal ...................................................................................................................................... 4

Direito Processual Penal ................................................................................................................... 13

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Olá, campeão (ã)! Tudo tranquilo (a)? Aqui quem fala é o Lucas, um dos criadores do Q2! Queria deixar

meu agradecimento por confiar no nosso trabalho e ter adquirido o nosso Mega Pack.

Nosso material tem a finalidade de complementar os estudos de quem já possui uma base na matéria.

Além disso, possui um direcionamento para concursos das áreas Policiais e de Tribunais.

Última Atualização:

• 24/01/2020

Próxima Atualização:

• 05/03/2020

A atualização será reenviada automaticamente para seu e-mail a partir do dia 05/03, caso ocorram

atualizações.

Os comentários das nossas questões foram feitos com base no estudo de vários Livros, Cursos e Sites para concursos como:

• ARAÚJO, Renan. Curso de Direito Processual Penal TJ-AM. 2019. Estratégia Concursos.

• CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal. 10° ed. São Paulo: Saraiva, 2003.

• NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Processo Penal e Execução Penal. 6. ed. rev. atual. ampl. 2010. Editora Revista dos Tribunais Ltda, São Paulo - SP.

• NOGUEIRA, Paulo. Lúcio. Curso Completo de Processo Penal. São Paulo: Saraiva, 1985.

• TÁVORA, Nestor; ALENCAR, Rosmar Rodrigues. Curso de Direito Processual Penal. 4 ed. Salvador: JusPODIVM, 2010,

• TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Processo Penal. 35ª ed. Volume 1. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2013.

• SITE: http://portal.stf.jus.br/

• SITE: https://www.buscadordizerodireito.com.br/ (Autor: CAVALCANTE, Márcio André Lopes).

• SITE: https://www.jusbrasil.com.br/

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Direito Penal

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(Q2/Q2/2020) 01) Com a criação da Lei 13.964/19, o Art. 25. do Código Penal, que trata sobre legítima defesa, passou a ter um Parágrafo único considerando, expressamente, também um caso de legítima defesa o agente de segurança pública que repele agressão ou risco de agressão a vítima mantida refém durante a prática de crimes.

Comentário:

Legítima Defesa

- CP/41, Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.

Parágrafo único. Observados os requisitos previstos no caput deste artigo, considera-se também em legítima defesa o agente de segurança pública que repele agressão ou risco de agressão a vítima mantida refém durante a prática de crimes. (Lei 13.964/2019)

Gabarito: Correto.

(Q2/Q2/2020) 02) Conforme as alterações apresentadas pela Lei 13.964/19, transitada em julgado a sentença condenatória, a multa será executada perante o juiz da execução penal.

Comentário:

Execução da Multa

Antes da Lei Anticrime Depois da Lei Anticrime (Lei 13.964/2019)

Art. 51 - Transitada em julgado a sentença condenatória, a multa será considerada dívida de valor, aplicando-se-lhes as normas da legislação relativa à dívida ativa da Fazenda Pública, inclusive no que concerne às causas interruptivas e suspensivas da prescrição.

Art. 51. Transitada em julgado a sentença condenatória, a multa será executada perante o juiz da execução penal e será considerada dívida de valor, aplicáveis as normas relativas à dívida ativa da Fazenda Pública, inclusive no que concerne às causas interruptivas e suspensivas da prescrição.

Entendimento do STF/ADI 3.150/DF

Responsável por executar a pena de multa: Ministério Público, na vara de execução penal, sendo aplicada a Lei de Execução Penal. Caso o MP se mantenha inerte por mais de 90 dias, após intimação, a Fazenda Pública executará, na vara de execuções fiscais, sendo aplicada a lei 6.830/80.

Entendimento do STJ/HC 441809/SP

Conforme o entendimento da Terceira Seção desta Corte, a pena pecuniária é considerada dívida de valor e, assim, possui caráter extrapenal, de modo que sua execução é de competência exclusiva da Procuradoria da Fazenda Pública.

- A Lei 13.964/19 passou a prever que a execução da multa será processada no Juízo da Execução Penal, dando forças a legitimidade do MP em executar a pena.

- Caso a multa não seja cumprida, não ocorrerá a conversão em pena privativa de liberdade. A multa será considerada uma dívida ativa da Fazenda Pública.

- A pena de multa não pode ser transferida para outro, sendo extinta no caso de morte do agente.

- No caso de pena pecuniária, esta será convertida.

Gabarito: Correto.

(Q2/Q2/2020) 03) Conforme as alterações apresentadas pela Lei 13.964/19, analise a assertiva. O tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade não pode ser superior a 30 (trinta) anos.

Comentário:

Limite das penas

- O condenado perde o direito à liberdade por tempo determinado.

- Tempo máximo de 40 anos no caso de crimes e o máximo de 05 anos nas contravenções penais;

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Antes da Lei Anticrime (Lei 13.964/2019) Depois da Lei Anticrime (Lei 13.964/2019)

CP/40. Art. 75 - O tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade não pode ser superior a 30 (trinta) anos.

CP/40. Art. 75. O tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade não pode ser superior a 40 (quarenta) anos.

§ 1º - Quando o agente for condenado a penas privativas de liberdade cuja soma seja superior a 30 (trinta) anos, devem elas ser unificadas para atender ao limite máximo deste artigo.

§ 1º Quando o agente for condenado a penas privativas de liberdade cuja soma seja superior a 40 (quarenta) anos, devem elas ser unificadas para atender ao limite máximo deste artigo.

Vale destacar que a nova redação em relação ao limite máximo de cumprimento da pena apresentada pela Lei 13.964/19 só será aplicada aos crimes cometidos a partir de sua vigência, não ocorrendo retroatividade.

§ 2º - Sobrevindo condenação por fato posterior ao início do cumprimento da pena, far-se-á nova unificação, desprezando-se, para esse fim, o período de pena já cumprido.

Gabarito: Errado.

(Q2/Q2/2020) 04) Conforme as alterações apresentadas pela Lei 13.964/19 em relação ao livramento condicional, analise a assertiva. O condenado que cometeu crime hediondo ou equiparado, com resultado morte não terá direito ao livramento condicional.

Comentário:

Requisitos do livramento condicional

Art. 83 - O juiz poderá conceder livramento condicional ao condenado a pena privativa de liberdade igual ou superior a 2 (dois) anos, desde que: I - cumprida mais de um terço da pena se o condenado não for reincidente em crime doloso e tiver bons antecedentes; (Requisito Objetivo) II - cumprida mais da metade se o condenado for reincidente em crime doloso; (Requisito Objetivo) IV - tenha reparado, salvo efetiva impossibilidade de fazê-lo, o dano causado pela infração; (Requisito Objetivo) V - cumpridos mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime hediondo, prática de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, tráfico de pessoas e terrorismo, se o apenado não for reincidente específico em crimes dessa natureza. (Requisito Objetivo)

Antes da Lei Anticrime (Lei 13.964/2019) Depois da Lei Anticrime (Lei 13.964/2019)

Art. 83 - O juiz poderá conceder livramento condicional ao condenado a pena privativa de liberdade igual ou superior a 2 (dois) anos, desde que: III - comprovado comportamento satisfatório durante a execução da pena, bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído e aptidão para prover à própria subsistência mediante trabalho honesto; (Requisito Subjetivo)

Art. 83 - O juiz poderá conceder livramento condicional ao condenado a pena privativa de liberdade igual ou superior a 2 (dois) anos, desde que: III - comprovado: a) bom comportamento durante a execução da pena; (Requisito Subjetivo) b) não cometimento de falta grave nos últimos 12 (doze) meses; (Requisito Objetivo) c) bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído; e (Requisito Subjetivo) d) aptidão para prover a própria subsistência mediante trabalho honesto; (Requisito Subjetivo)

Parágrafo único - Para o condenado por crime doloso, cometido com violência ou grave ameaça à pessoa, a concessão do livramento ficará também subordinada à constatação de condições pessoais que façam presumir que o liberado não voltará a delinquir. (Requisito Subjetivo)

Cabe destacar que a Lei 13.964/19 alterou a LEP, no Art. 112. VI, a. e VIII, passando a prever a vedação ao livramento condicionado para quem foi condenado por crime hediondo ou equiparado, com resultado morte.

Além disso, a Lei 13.964/19 inseriu na Lei 12.850/13 o § 9º em seu Art. 2º a proibição do livramento condicionado para quem foi condenado expressamente em sentença por fazer parte de organização

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criminosa ou por crime praticado por meio de organização criminosa, quando houver elementos probatórios que indiquem a manutenção do vínculo associativo.

LEP. Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos: VI - 50% (cinquenta por cento) da pena, se o apenado for: a) condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, com resultado morte, se for primário, vedado o livramento condicional; VIII - 70% (setenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime hediondo ou equiparado com resultado morte, vedado o livramento condicional.

Lei 12.850/13. Art. 2º. § 9º O condenado expressamente em sentença por integrar organização criminosa ou por crime praticado por meio de organização criminosa não poderá progredir de regime de cumprimento de pena ou obter livramento condicional ou outros benefícios prisionais se houver elementos probatórios que indiquem a manutenção do vínculo associativo.

Gabarito: Correto.

(Q2/Q2/2020) 05) Conforme as alterações apresentadas pela Lei 13.964/19 em relação aos efeitos da condenação, analise a assertiva. Na hipótese de condenação por infrações às quais a lei comine pena máxima superior a 5 anos de reclusão, poderá ser decretada a perda, como produto ou proveito do crime, dos bens correspondentes à diferença entre o valor do patrimônio do condenado e aquele que seja compatível com o seu rendimento lícito.

Comentário:

Efeitos Específicos – Lei 13.964/19

Antes da Lei Anticrime (Lei 13.964/2019) Depois da Lei Anticrime (Lei 13.964/2019)

Não havia previsão CP/40. Art. 91-A. Na hipótese de condenação por infrações às quais a lei comine pena máxima superior a 6 (seis) anos de reclusão, poderá ser decretada a perda, como produto ou proveito do crime, dos bens correspondentes à diferença entre o valor do patrimônio do condenado e aquele que seja compatível com o seu rendimento lícito. § 1º Para efeito da perda prevista no caput deste artigo, entende-se por patrimônio do condenado todos os bens: I - de sua titularidade, ou em relação aos quais ele tenha o domínio e o benefício direto ou indireto, na data da infração penal ou recebidos posteriormente; e II - transferidos a terceiros a título gratuito ou mediante contraprestação irrisória, a partir do início da atividade criminal. § 2º O condenado poderá demonstrar a inexistência da incompatibilidade ou a procedência lícita do patrimônio. § 3º A perda prevista neste artigo deverá ser requerida expressamente pelo Ministério Público, por ocasião do oferecimento da denúncia, com indicação da diferença apurada. § 4º Na sentença condenatória, o juiz deve declarar o valor da diferença apurada e

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especificar os bens cuja perda for decretada. § 5º Os instrumentos utilizados para a prática de crimes por organizações criminosas e milícias deverão ser declarados perdidos em favor da União ou do Estado, dependendo da Justiça onde tramita a ação penal, ainda que não ponham em perigo a segurança das pessoas, a moral ou a ordem pública, nem ofereçam sério risco de ser utilizados para o cometimento de novos crimes.

Gabarito: Errado.

(Q2/Q2/2020) 06) Em relação às causas impeditivas de prescrição e às alterações e inserções da Lei 13.964/19, julgue a seguinte assertiva. A prescrição poderá continuar quando existir pendência de embargos de declaração ou de recursos aos Tribunais Superiores, quando inadmissíveis.

Comentário:

Causas impeditivas da prescrição

Antes da Lei Anticrime (13.964/2019) Depois da Lei Anticrime (13.964/2019)

Art. 116 - Antes de passar em julgado a sentença final, a prescrição não corre: I - enquanto não resolvida, em outro processo, questão de que dependa o reconhecimento da existência do crime; II - enquanto o agente cumpre pena no estrangeiro.

Art. 116 - Antes de passar em julgado a sentença final, a prescrição não corre: I - enquanto não resolvida, em outro processo, questão de que dependa o reconhecimento da existência do crime; II - enquanto o agente cumpre pena no exterior; III - na pendência de embargos de declaração ou de recursos aos Tribunais Superiores, quando inadmissíveis; e IV - enquanto não cumprido ou não rescindido o acordo de não persecução penal.

Parágrafo único - Depois de passada em julgado a sentença condenatória, a prescrição não corre durante o tempo em que o condenado está preso por outro motivo.

Gabarito: Errado.

(Q2/Q2/2020) 07) Cannavaro subtraiu para si o relógio de Valéria no valor de R$ 97.000,00, o infrator usou da violência e do emprego de arma de fogo de uso restrito. Consoante a Lei 13.964/19 (Pacote Anticrime) e o assunto Crimes Contra o Patrimônio, analise a seguinte alternativa. Cannavaro poderá ser responsabilizado a uma pena acima de dez anos de prisão.

Comentário: CP/40. Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência: Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.

Lei Anticrime (Lei 13.964/2019)

CP/40. Art. 157. § 2º-B. Se a violência ou grave ameaça é exercida com emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido, aplica-se em dobro a pena prevista no caput deste artigo.

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Gabarito: Correto.

(Q2/Q2/2020) 08) Joseias, mediante grave ameaça e o uso de arma branca, subtraiu para si a Ferrari de Ítalo. Conforme o Pacote Anticrime (Lei 13.964/19), o delito cometido por Joseias incide majorante, pois ocorreu grave ameaça com a utilização de arma branca.

Comentário:

Antes da Lei Anticrime (Lei 13.964/2019) Depois da Lei Anticrime (Lei 13.964/2019)

A Majorante em relação ao emprego de arma branca por meio de violência ou grave ameaça estava revogada.

CP/40. Art. 157. § 2º A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) até metade (Majorante aplicável no roubo próprio e impróprio – Chamado também de Roubo Circunstanciado): VII - se a violência ou grave ameaça é exercida com emprego de arma branca;

Gabarito: Correto.

(Q2/Q2/2020) 09) Jansen obteve, para si, vantagem ilícita, induzindo José em erro e prejudicando Antônio, jovem milionário de 32 anos. Conforme o Pacote Anticrime (Lei 13.964/19), o delito cometido por Jansen se procede mediante ação penal pública condicionada, pois exige representação.

Comentário:

Lei Anticrime (Lei 13.964/2019)

CP/40. Art. 171. § 5º Somente se procede mediante representação (Ação Penal Pública Condicionada), salvo se a vítima for (Ação Penal Pública Incondicionada): I - a Administração Pública, direta ou indireta; II - criança ou adolescente; III - pessoa com deficiência mental; ou IV - maior de 70 (setenta) anos de idade ou incapaz.

Crime de Estelionato

Antes da Lei Anticrime (Lei 13.964/2019) Antes da Lei Anticrime (Lei 13.964/2019)

Ação Penal Pública Incondicionada

Regra

Ação Penal Pública Condicionada;

Exceção

Ação Penal Pública Incondicionada, se a vítima for:

I - a Administração Pública, direta ou indireta; II - criança ou adolescente; III - pessoa com deficiência mental; ou IV - maior de 70 (setenta) anos de idade ou incapaz.

Gabarito: Correto.

(Q2/Q2/2020) 10) O delito de concussão passou a prever uma pena mais elevada com a criação da Lei 13.964/19.

Comentário:

Concussão

Bem Jurídico Protegido: Moral da Administração Pública.

- Crime próprio;

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- É possível o concurso de pessoas com um particular, desde que este saiba da condição de funcionário público do agente.

Se o funcionário público for um Fiscal de Rendas, aplica-se a Lei 8.137/90, por ser norma penal especial.

- Sujeito Passivo: Administração Pública.

- Tipo Subjetivo: Dolo, sem fim específico. É possível a tentativa (Doutrina).

Antes da Lei 13.964/19 Após a Lei 13.964/19

CP/40. Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida: Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.

CP/40. Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Lei 13.964/2019)

A Lei 13.964/19 elevou a pena do delito de Concussão de 2 a 12 anos.

Consumação: Será consumado no momento que o agente pratica a conduta de exigir a vantagem indevida, não importando se conseguiu ou não (Independente de resultado naturalístico).

- Não se confunde com corrupção passiva,enquanto a concussão exige vantagem indevida, a corrupção solicita ou recebe vantagem indevida, ainda que fora da função ou antes de assumi-la.

Gabarito: Correto.

(Q2/Q2/2020) 11) Conforme a Lei 13.968/19, que trata das alterações referentes ao tipo penal do Art. 122, analise a assertiva. Litoffo, por motivo torpe, instigou Cabral, rapaz de 22 anos e com discernimento em dia, a praticar automutilação. A prática de automutilação por Cabral, resultou na morte deste. Litoffo poderá responder a uma pena superior a dez anos de reclusão.

Comentário:

Induzimento, Instigação ou Auxílio ao Suicídio ou a Automutilação - CP/40. Art. 122.

Antes da Lei 13.968/2019 Depois da Lei 13.968/2019

CP/40. Art. 122 – Induzir (cria a possibilidade – Participação Moral) ou instigar (Reforça a ideia - Participação Moral) alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça: Pena - reclusão, de dois a seis anos, se o suicídio se consuma; ou reclusão, de um a três anos, se da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave. Parágrafo único - A pena é duplicada: I - se o crime é praticado por motivo egoístico; II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência.

CP/40. Art. 122. Induzir (cria a possibilidade – Participação Moral) ou instigar (Reforça a ideia - Participação Moral) alguém a suicidar-se ou a praticar automutilação ou prestar-lhe auxílio material para que o faça: Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. § 1º Se da automutilação ou da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, nos termos dos §§ 1º e 2º do art. 129 deste Código: (Crime Qualificado) Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. § 2º Se o suicídio se consuma ou se da automutilação resulta morte: (Crime Qualificado) Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. § 3º A pena é duplicada: (Majoração da Pena) I - se o crime é praticado por motivo egoístico, torpe ou fútil; II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência. § 4º A pena é aumentada até o dobro se a conduta

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é realizada por meio da rede de computadores, de rede social ou transmitida em tempo real. (Majoração da Pena) § 5º Aumenta-se a pena em metade se o agente é líder ou coordenador de grupo ou de rede virtual. (Majoração da Pena) § 6º Se o crime de que trata o § 1º deste artigo resulta em lesão corporal de natureza gravíssima e é cometido contra menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência, responde o agente pelo crime descrito no § 2º do art. 129 deste Código (Lesão Corporal Qualificada – Gravíssima). § 7º Se o crime de que trata o § 2º deste artigo é cometido contra menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência, responde o agente pelo crime de homicídio, nos termos do art. 121 deste Código.

Elemento subjetivo: Dolo (é possível por dolo eventual), não sendo possível a forma culposa.

OBS: O suicídio não é considerado crime, mas sim a conduta da pessoa que incentiva a outra a cometer tal ato. Essa conduta é uma conduta principal e não acessória, sendo o próprio núcleo do tipo penal. Desta forma, o agente que incentiva o suicídio é o autor e não partícipe do crime.

OBS: Apenas a pessoa que tenha discernimento é que pode ser sujeito passivo de tal crime.

OBS: Se da automutilação ou da tentativa de suicídio resulta em lesão corporal de natureza gravíssima e é cometido contra menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência, responde o agente pelo crime descrito no § 2º do art. 129 deste Código (Lesão Corporal Qualificada – Gravíssima).

OBS: Se o suicídio se consuma ou se da automutilação resulta morte contra menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência, responde o agente pelo crime de homicídio, nos termos do art. 121 deste Código.

OBS: A nova redação apresentada pelo Art. 122. CP pune o sujeito ativo pelo mero exaurimento da conduta, ou seja, se o delito não resultar em nada ou acarretar lesão corporal de natureza leve, a pessoa que fez o mero induzimento, instigação, auxilio material a lesão ou suicídio, responderá conforme o Art. 122.

Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio - CP/40. Art. 122. Resultado Vítima Com Discernimento Vítima Vulnerável ou Sem Discernimento

Não acarreta lesão Tipificação do Art. 122, Caput, CP. Tipificação do Art. 122 c/ Art. 122, §3º,II.

Lesão Leve Tipificação do Art. 122, Caput, CP. Tipificação do Art. 122 c/ Art. 122, §3º,II.

Lesão Grave Tipificação do Art. 122, §1º, CP. Tipificação do Art. 122, §1º, CP.

Lesão Gravíssima Tipificação do Art. 122, §1º, CP. Tipificação do Art. 129, §2º, CP.

Morte Tipificação do Art. 122, §2º, CP. Tipificação do Art. 121, CP.

Consumação do Crime (Crime é Formal): Ocorre quando o agente pratica o ato, sendo a morte ou as lesões uma mera condição objetiva de punibilidade.

Gabarito: Correto.

(Q2/Q2/2020) 12) Consoante a Lei 13.968/19, que trata das alterações referentes induzimento, instiação ou Auxílio ao Suicídio ou a Automutilação (Art. 122. CP), analise a assertiva.

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A pena de induzimento à prática de automutilação é majorada se a conduta é realizada por meio da rede de computadores, de rede social ou transmitida em tempo real.

Comentário: CP/40. Art. 122. Induzir (cria a possibilidade – Participação Moral) ou instigar (Reforça a ideia - Participação Moral) alguém a suicidar-se ou a praticar automutilação ou prestar-lhe auxílio material para que o faça: Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. § 4º A pena é aumentada até o dobro se a conduta é realizada por meio da rede de computadores, de rede social ou transmitida em tempo real. (Majoração da Pena) Gabarito: Correto.

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Direito Processual Penal

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(Q2/Q2/2019) 01) Conforme a Lei 13.964/2019, que aperfeiçoa a legislação penal e processual penal, o Código de Processo Penal prevê expressamente, a partir da inserção do Juiz das Garantias, uma estrutura acusatória.

Comentário:

Juiz das Garantias – Suspensão da Nova Redação

Entenda o Caso

Dia 24/12/19 Sancionado Pacote Anticrime, passando a valer a partir do dia 23/01/20.

Dia 15/01/20

O Presidente do STF, Ministro Dias Toffoli, suspende, liminarmente, os Arts. 3º-B, 3º-C, 3º-D, caput, 3º-E e 3º-F do CPP pelo prazo de 180 dias e os arts. 3º-D, parágrafo único, e 157, § 5º, do CPP por tempo indeterminado. Conforme o Ministro, “o novo instituto demanda uma organização que deve ser implementada de maneira consciente em todo o território nacional, respeitando-se a autonomia e as especificidades de cada tribunal”.¹

Dia 22/01/20

O Vice-Presidente do STF, Ministro Luiz Fux, decide por meio de outra liminar revogar, monocraticamente, a liminar do Ministro Dias Toffoli. Na sua liminar, o Ministro Luiz Fux decidiu suspender a eficácia por tempo INDETERMINADO dos Arts. 3º-A, 3º-B, 3º-C, 3º-D, 3ª-E, 3º-F, do CPP (Juiz das Garantias); os Art. 28, caput, do CPP; Art. 157, §5º, do CPP; Art. 310, §4°, do CPP. Conforme o Ministro, “Em suma, concorde-se ou não com a adequação do juiz das garantias ao sistema processual brasileiro, o fato é que a criação de novos direitos e de novas políticas públicas gera custos ao Estado, os quais devem ser discutidos e sopesados pelo Poder Legislativo, considerados outros interesses e prioridades também salvaguardados pela Constituição”.²

Nesse sentido, a liminar de suspensão, por tempo indeterminado, apresentada pelo Vice-Presidente do STF, Luiz Fux, na ADI 6.299, faz com que não possamos afirmar que o CPP prevê, expressamente, a estrutura acusatória, pois tal previsão estava inserida no Art. 3º-A. Fonte¹: https://www.conjur.com.br/dl/liminar-suspende-implantacao-juiz.pdf Fonte²: https://www.conjur.com.br/dl/fux-liminar-juiz-garantias-atereferendo.pdf

Sistemas Processuais

Inquisitivo: O julgador acumula funções de Juiz e acusador. Existe carência do contraditório e da ampla defesa e a confissão é considerada a prova fundamental.

Guilherme de Souza Nucci – Sistema Inquisitivo

É caracterizado pela concentração de poder nas mãos do julgador, que exerce, também, a função de acusador; a confissão do réu é considerada a rainha das provas; não há debates orais, predominando procedimentos exclusivamente escritos; os julgadores não estão sujeitos à recusa; o procedimento é sigiloso; há ausência de contraditório e a defesa é meramente decorativa.

Acusatório: Existe a separação entre as figuras do acusador e do julgador, existindo o contraditório, a ampla defesa e a isonomia entre as partes. Adotado no Br.

Com a aprovação do pacote anticrime, o CPP/41 passou a prevê, de forma expressa, a estrutura acusatória. (Redação Suspensa Conforme ADI 3.299)

CPP/41. Art. 3º-A. O processo penal terá estrutura acusatória, vedadas a iniciativa do juiz na fase de investigação e a substituição da atuação probatória do órgão de acusação. (Lei 13.964/2019) (Redação Suspensa Conforme ADI 3.299) Fonte: NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Processo Penal e Execução Penal. 6. ed. rev. atual. ampl. 2010. Editora Revista dos Tribunais Ltda, São Paulo - SP.

Gabarito: Errado.

(Q2/Q2/2019) XX) A Lei 13.964/19 (Pacote Anticrime) inseriu no CPP/41 o Juiz das garantias. Este é responsável pelo controle da legalidade da investigação criminal e pela salvaguarda dos direitos individuais cuja franquia tenha sido reservada à autorização prévia do Poder Judiciário. No entanto, apesar de sua criação, os dispositivos do Juiz das garantias apresentados no CPP foram suspensos, por tempo indeterminado, mediante decisão monocrática do Vice-Presidente do STF.

Comentário: CPP/41. Art. 3º-B. O juiz das garantias é responsável pelo controle da legalidade da investigação criminal e pela salvaguarda dos direitos individuais cuja franquia tenha sido reservada à autorização prévia do Poder Judiciário, competindo-lhe especialmente... (Lei 13.964/2019)

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Juiz das Garantias – Suspensão da Nova Redação

Entenda o Caso

Dia 24/12/19 Sancionado Pacote Anticrime, passando a valer a partir do dia 23/01/20.

Dia 15/01/20

O Presidente do STF, Ministro Dias Toffoli, suspende, liminarmente, os Arts. 3º-B, 3º-C, 3º-D, caput, 3º-E e 3º-F do CPP pelo prazo de 180 dias e os arts. 3º-D, parágrafo único, e 157, § 5º, do CPP por tempo indeterminado. Conforme o Ministro, “o novo instituto demanda uma organização que deve ser implementada de maneira consciente em todo o território nacional, respeitando-se a autonomia e as especificidades de cada tribunal”.¹

Dia 22/01/20

O Vice-Presidente do STF, Ministro Luiz Fux, decide por meio de outra liminar revogar, monocraticamente, a liminar do Ministro Dias Toffoli. Na sua liminar, o Ministro Luiz Fux decidiu suspender a eficácia por tempo INDETERMINADO dos Arts. 3º-A, 3º-B, 3º-C, 3º-D, 3ª-E, 3º-F, do CPP (Juiz das Garantias); os Art. 28, caput, do CPP; Art. 157, §5º, do CPP; Art. 310, §4°, do CPP. Conforme o Ministro, “Em suma, concorde-se ou não com a adequação do juiz das garantias ao sistema processual brasileiro, o fato é que a criação de novos direitos e de novas políticas públicas gera custos ao Estado, os quais devem ser discutidos e sopesados pelo Poder Legislativo, considerados outros interesses e prioridades também salvaguardados pela Constituição”.²

Nesse sentido, a liminar de suspensão, por tempo indeterminado, apresentada pelo Vice-Presidente do STF, Luiz Fux, na ADI 6.299, torna, atualmente, o Art. 3º-A inaplicável. Fonte¹: https://www.conjur.com.br/dl/liminar-suspende-implantacao-juiz.pdf Fonte²: https://www.conjur.com.br/dl/fux-liminar-juiz-garantias-atereferendo.pdf

Dia 15/01/20 – Min. Dias Toffoli

Suspensão da Eficácia do Juiz das Garantias – ADI 6.298

Pelo exposto, ante a urgência de análise liminar, tendo em vista a entrada em vigor da Lei nº 13.964/19 no dia 23 de janeiro de 2020 (art. 20 da lei), concedo parcialmente a medida cautelar pleiteada, ad referendum do Plenário, para: (i) suspender-se a eficácia dos arts. 3º-D, parágrafo único, e 157, § 5º, do Código de Processo Penal, incluídos pela Lei nº 13.964/19; (ii) suspender-se a eficácia dos arts. 3º-B, 3º-C, 3º-D, caput, 3º-E e 3º-F do CPP, inseridos pela Lei nº 13.964/2019, até a efetiva implementação do juiz das garantias pelos tribunais, o que deverá ocorrer no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias, contados a partir da publicação desta decisão; (iii) conferir-se interpretação conforme às normas relativas ao juiz das garantias (arts. 3º-B a 3º-F do CPP), para esclarecer que não se aplicam às seguintes situações: (a) processos de competência originária dos tribunais, os quais são regidos pela Lei nº 8.038/1990; (b) processos de competência do Tribunal do Júri; (c) casos de violência doméstica e familiar; e (d) processos criminais de competência da Justiça Eleitoral. (iv) fixarem-se as seguintes regras de transição: (a) no tocante às ações penais que já tiverem sido instauradas no momento da efetiva implementação do juiz das garantias pelos tribunais (ou quando esgotado o prazo máximo de 180 dias), a eficácia da lei não acarretará qualquer modificação do juízo competente. O fato de o juiz da causa ter atuado na fase investigativa não implicará seu automático impedimento; (b) quanto às investigações que estiverem em curso no momento da efetiva implementação do juiz das garantias pelos tribunais (ou quando esgotado o prazo máximo de 180 dias), o juiz da investigação tornar-se-á o juiz das garantias do caso específico. Nessa hipótese, cessada a competência do juiz das garantias, com o recebimento da denúncia ou queixa, o processo será enviado ao juiz competente para a instrução e o julgamento da causa. Por razões de celeridade processual e sem prejuízo de reanálise pelo eminente Relator, solicito, desde já, as informações aos requeridos, no prazo de 5 dias (art. 10 da Lei 9.868/99). Após, abra-se vista, sucessivamente, no prazo de três dias, ao Advogado-Geral da União e ao

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Procurador-Geral da República.

Dia 22/01/20 – Min. Luiz Fux

Suspensão da Eficácia do Juiz das Garantias – ADI 6.298

Ex positis, na condição de relator das ADIs 6.298, 6.299, 6.300 e 6305, com as vênias de praxe e pelos motivos expostos: (a) Revogo a decisão monocrática constante das ADIs 6.298, 6.299, 6.300 e suspendo sine die a eficácia, ad referendum do Plenário, (a1) da implantação do juiz das garantias e seus consectários (Artigos 3º-A, 3º-B, 3º-C, 3º-D, 3ª-E, 3º-F, do Código de Processo Penal); e (a2) da alteração do juiz sentenciante que conheceu de prova declarada inadmissível (157, §5º, do Código de Processo Penal); (b) Concedo a medida cautelar requerida nos autos da ADI 6305, e suspendo sine die a eficácia, ad referendum do Plenário, (b1) da alteração do procedimento de arquivamento do inquérito policial (28, caput, Código de Processo Penal); (b2) Da liberalização da prisão pela não realização da audiência de custodia no prazo de 24 horas (Artigo 310, §4°, do Código de Processo Penal);

Gabarito: Correto.

(Q2/Q2/2019) XX) Um dos motivos para a suspensão do Juiz das garantias, por meio de liminar do Min. Luiz Fux, monocraticamente, por tempo indeterminado, é o custo que a criação de novos direitos e de novas políticas públicas gerará ao Estado Brasileiro, sendo motivo para discussão no Poder Legislativo.

Comentário:

Juiz das Garantias – Suspensão da Nova Redação

Entenda o Caso

Dia 24/12/19 Sancionado Pacote Anticrime, passando a valer a partir do dia 23/01/20.

Dia 15/01/20

O Presidente do STF, Ministro Dias Toffoli, suspende, liminarmente, os Arts. 3º-B, 3º-C, 3º-D, caput, 3º-E e 3º-F do CPP pelo prazo de 180 dias e os arts. 3º-D, parágrafo único, e 157, § 5º, do CPP por tempo indeterminado. Conforme o Ministro, “o novo instituto demanda uma organização que deve ser implementada de maneira consciente em todo o território nacional, respeitando-se a autonomia e as especificidades de cada tribunal”.¹

Dia 22/01/20

O Vice-Presidente do STF, Ministro Luiz Fux, decide por meio de outra liminar revogar, monocraticamente, a liminar do Ministro Dias Toffoli. Na sua liminar, o Ministro Luiz Fux decidiu suspender a eficácia por tempo INDETERMINADO dos Arts. 3º-A, 3º-B, 3º-C, 3º-D, 3ª-E, 3º-F, do CPP (Juiz das Garantias); os Art. 28, caput, do CPP; Art. 157, §5º, do CPP; Art. 310, §4°, do CPP. Conforme o Ministro, “Em suma, concorde-se ou não com a adequação do juiz das garantias ao sistema processual brasileiro, o fato é que a criação de novos direitos e de novas políticas públicas gera custos ao Estado, os quais devem ser discutidos e sopesados pelo Poder Legislativo, considerados outros interesses e prioridades também salvaguardados pela Constituição”.²

Gabarito: Correto.

(Q2/Q2/2019) 04) José, policial militar do Estado do Ceará, está sendo investigado por fatos relacionados ao uso de força letal praticados no exercício de sua profissão. Conforme a Lei 13.964/2019: I - José poderá constituir defensor, inclusive nas situações de exclusão de ilicitude previstas no Código Penal. II – José deverá ser citado da instauração do procedimento investigatório, podendo constituir defensor no prazo de até 24 horas a contar do recebimento.

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III – Não sendo nomeado defensor pelo investigado durante o prazo previsto, a autoridade responsável pela investigação deverá intimar a Polícia Militar do Ceará para que indique, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, um defensor para a representação de José. Assinale a alternativa correta: A) Apenas, I. B) I e II. C) I, II, e III. D) Apenas, II E) I e III.

Comentário: Item I: Correto. CPP/41. Art. 14-A. Nos casos em que servidores vinculados às instituições dispostas no art. 144 da Constituição Federal figurarem como investigados em inquéritos policiais, inquéritos policiais militares e demais procedimentos extrajudiciais, cujo objeto for a investigação de fatos relacionados ao uso da força letal praticados no exercício profissional, de forma consumada ou tentada, incluindo as situações dispostas no art. 23 do Código Penal (Situações de Exclusão de Ilicitude), o indiciado poderá constituir defensor. CF/88. Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: I - polícia federal; II - polícia rodoviária federal; III - polícia ferroviária federal; IV - polícias civis; V - polícias militares e corpos de bombeiros militares. VI - polícias penais federal, estaduais e distrital. Item II: Errado. CPP/41. Art. 14-A. § 1º Para os casos previstos no caput deste artigo, o investigado deverá ser citado da instauração do procedimento investigatório, podendo constituir defensor no prazo de até 48 (quarenta e oito) horas a contar do recebimento da citação. Item III: Correto. CPP/41. Art. 14-A. § 2º Esgotado o prazo disposto no § 1º deste artigo com ausência de nomeação de defensor pelo investigado, a autoridade responsável pela investigação deverá intimar a instituição a que estava vinculado o investigado à época da ocorrência dos fatos, para que essa, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, indique defensor para a representação do investigado. Gabarito: Letra E.

(Q2/Q2/2019) 05) Consoante a Lei 13.964/2019, se a vítima, ou seu representante legal, não concordar com o arquivamento do inquérito policial, poderá, no prazo de 15 dias do recebimento da comunicação, submeter a matéria à revisão da instância competente do órgão ministerial, conforme dispuser a respectiva lei orgânica.

Comentário:

Arquivamento do Inquérito Policial – Suspensão da Nova Redação

Entenda o Caso

Dia 24/12/19 Sancionado Pacote Anticrime, passando a valer a partir do dia 23/01/20.

Dia 15/01/20 O Presidente do STF, Ministro Dias Toffoli, suspende, liminarmente, os Arts. 3º-B, 3º-C,

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3º-D, caput, 3º-E e 3º-F do CPP pelo prazo de 180 dias e os arts. 3º-D, parágrafo único, e 157, § 5º, do CPP por tempo indeterminado. Conforme o Ministro, “o novo instituto demanda uma organização que deve ser implementada de maneira consciente em todo o território nacional, respeitando-se a autonomia e as especificidades de cada tribunal”.¹

Dia 22/01/20

O Vice-Presidente do STF, Ministro Luiz Fux, decide por meio de outra liminar revogar, monocraticamente, a liminar do Ministro Dias Toffoli. Na sua liminar, o Ministro Luiz Fux decidiu suspender a eficácia por tempo INDETERMINADO dos Arts. 3º-A, 3º-B, 3º-C, 3º-D, 3ª-E, 3º-F, do CPP (Juiz das Garantias); os Art. 28, caput, do CPP; Art. 157, §5º, do CPP; Art. 310, §4°, do CPP. Conforme o Ministro, “Em suma, concorde-se ou não com a adequação do juiz das garantias ao sistema processual brasileiro, o fato é que a criação de novos direitos e de novas políticas públicas gera custos ao Estado, os quais devem ser discutidos e sopesados pelo Poder Legislativo, considerados outros interesses e prioridades também salvaguardados pela Constituição”.²

Antes da Lei 13.964/2019 Após a Lei 13.964/2019

CPP/41. Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de informação ao procurador-geral, e este oferecerá a denúncia, designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender.

CPP/41. Art. 28. Ordenado o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer elementos informativos da mesma natureza, o órgão do Ministério Público comunicará à vítima, ao investigado e à autoridade policial e encaminhará os autos para a instância de revisão ministerial para fins de homologação, na forma da lei. § 1º Se a vítima, ou seu representante legal, não concordar com o arquivamento do inquérito policial, poderá, no prazo de 30 dias do recebimento da comunicação, submeter a matéria à revisão da instância competente do órgão ministerial, conforme dispuser a respectiva lei orgânica. § 2º Nas ações penais relativas a crimes praticados em detrimento da União, Estados e Municípios, a revisão do arquivamento do inquérito policial poderá ser provocada pela chefia do órgão a quem couber a sua representação judicial.

- Necessidade de homologação judicial para o arquivamento do inquérito policial.

- O Arquivamento será realizado pelo próprio membro do MP. A instância de revisão ministerial fará a homologação, na forma da lei.

Arquivamento realizado por homologação judicial.

O processo de arquivamento passa a ser realizado exclusivamente pelo MP. Não existe mais controle do poder judiciário em relação ao arquivamento do inquérito.

Redação Válida Atualmente. Redação suspensa conforme a ADI 6.299.

Nesse sentido, a liminar de suspensão, por tempo indeterminado, apresentada pelo Vice-Presidente do STF, Luiz Fux, na ADI 6.299, faz com que a redação antiga passe a valer novamente. Sintetizando, o Art. 28 do CPP continua com a participação do poder judiciário. Fonte¹: https://www.conjur.com.br/dl/liminar-suspende-implantacao-juiz.pdf Fonte²: https://www.conjur.com.br/dl/fux-liminar-juiz-garantias-atereferendo.pdf

Gabarito: Errado.

(Q2/Q2/2019) 06) Consoante a Lei 13.964/2019, se a vítima, ou seu representante legal, não concordar com o arquivamento do inquérito policial, poderá, no prazo de 30 dias do recebimento da comunicação, submeter a matéria à revisão da instância competente do Poder Judiciário, conforme dispuser a respectiva lei orgânica.

Comentário:

Arquivamento do Inquérito Policial – Suspensão da Nova Redação

Entenda o Caso

Dia 24/12/19 Sancionado Pacote Anticrime, passando a valer a partir do dia 23/01/20.

Dia 15/01/20 O Presidente do STF, Ministro Dias Toffoli, suspende, liminarmente, os Arts. 3º-B, 3º-C, 3º-D, caput, 3º-E e 3º-F do CPP pelo prazo de 180 dias e os arts. 3º-D, parágrafo único, e 157, § 5º, do CPP por tempo indeterminado. Conforme o Ministro, “o novo instituto

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demanda uma organização que deve ser implementada de maneira consciente em todo o território nacional, respeitando-se a autonomia e as especificidades de cada tribunal”.¹

Dia 22/01/20

O Vice-Presidente do STF, Ministro Luiz Fux, decide por meio de outra liminar revogar, monocraticamente, a liminar do Ministro Dias Toffoli. Na sua liminar, o Ministro Luiz Fux decidiu suspender a eficácia por tempo INDETERMINADO dos Arts. 3º-A, 3º-B, 3º-C, 3º-D, 3ª-E, 3º-F, do CPP (Juiz das Garantias); os Art. 28, caput, do CPP; Art. 157, §5º, do CPP; Art. 310, §4°, do CPP. Conforme o Ministro, “Em suma, concorde-se ou não com a adequação do juiz das garantias ao sistema processual brasileiro, o fato é que a criação de novos direitos e de novas políticas públicas gera custos ao Estado, os quais devem ser discutidos e sopesados pelo Poder Legislativo, considerados outros interesses e prioridades também salvaguardados pela Constituição”.²

Antes da Lei 13.964/2019 Após a Lei 13.964/2019

CPP/41. Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de informação ao procurador-geral, e este oferecerá a denúncia, designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender.

CPP/41. Art. 28. Ordenado o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer elementos informativos da mesma natureza, o órgão do Ministério Público comunicará à vítima, ao investigado e à autoridade policial e encaminhará os autos para a instância de revisão ministerial para fins de homologação, na forma da lei. § 1º Se a vítima, ou seu representante legal, não concordar com o arquivamento do inquérito policial, poderá, no prazo de 30 dias do recebimento da comunicação, submeter a matéria à revisão da instância competente do órgão ministerial, conforme dispuser a respectiva lei orgânica. § 2º Nas ações penais relativas a crimes praticados em detrimento da União, Estados e Municípios, a revisão do arquivamento do inquérito policial poderá ser provocada pela chefia do órgão a quem couber a sua representação judicial.

- Necessidade de homologação judicial para o arquivamento do inquérito policial.

- O Arquivamento será realizado pelo próprio membro do MP. A instância de revisão ministerial fará a homologação, na forma da lei.

Arquivamento realizado por homologação judicial.

O processo de arquivamento passa a ser realizado exclusivamente pelo MP. Não existe mais controle do poder judiciário em relação ao arquivamento do inquérito.

Redação Válida Atualmente. Redação suspensa conforme a ADI 6.299.

Nesse sentido, a liminar de suspensão, por tempo indeterminado, apresentada pelo Vice-Presidente do STF, Luiz Fux, na ADI 6.299, faz com que a redação antiga passe a valer novamente. Sintetizando, o Art. 28 do CPP continua com a participação do poder judiciário. Fonte¹: https://www.conjur.com.br/dl/liminar-suspende-implantacao-juiz.pdf Fonte²: https://www.conjur.com.br/dl/fux-liminar-juiz-garantias-atereferendo.pdf

Gabarito: Errado.

(Q2/Q2/2019) 07) Com a publicação da Lei 13.964/2019 (Pacote Anticrime), o Código de Processo Penal passou a ter previsão expressa de todo o trâmite do Acordo de Não Persecução Penal.

Comentário:

Acordo de Não Persecução Penal

Antes Lei 13.964/2019 - Resolução Nº 181 Após Lei 13.964/2019

Sem previsão no CPP/41. Implantado no CPP/41.

Art. 18. Não sendo o caso de arquivamento, o Ministério Público poderá propor ao investigado acordo de não persecução penal quando, cominada pena mínima inferior a 4 (quatro) anos e o crime não for cometido com violência ou grave ameaça a pessoa, o investigado tiver confessado formal e circunstanciadamente a sua prática, mediante as

CPP/41. Art. 28-A. Não sendo caso de arquivamento e tendo o investigado confessado formal e circunstancialmente a prática de infração penal sem violência ou grave ameaça e com pena mínima inferior a 4 (quatro) anos, o Ministério Público poderá propor acordo de não persecução penal, desde que necessário e suficiente para

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seguintes condições, ajustadas cumulativa ou alternativamente: I – reparar o dano ou restituir a coisa à vítima, salvo impossibilidade de fazê-lo; II – renunciar voluntariamente a bens e direitos, indicados pelo Ministério Público como instrumentos, produto ou proveito do crime; III – prestar serviço à comunidade ou a entidades públicas por período correspondente à pena mínima cominada ao delito, diminuída de um a dois terços, em local a ser indicado pelo Ministério Público; IV – pagar prestação pecuniária, a ser estipulada nos termos do art. 45 do Código Penal, a entidade pública ou de interesse social a ser indicada pelo Ministério Público, devendo a prestação ser destinada preferencialmente àquelas entidades que tenham como função proteger bens jurídicos iguais ou semelhantes aos aparentemente lesados pelo delito; V – cumprir outra condição estipulada pelo Ministério Público, desde que proporcional e compatível com a infração penal aparentemente praticada. § 1º Não se admitirá a proposta nos casos em que: I – for cabível a transação penal, nos termos da lei; II – o dano causado for superior a vinte salários mínimos ou a parâmetro econômico diverso definido pelo respectivo órgão de revisão, nos termos da regulamentação local; III – o investigado incorra em alguma das hipóteses previstas no art. 76, § 2º, da Lei nº 9.099/95; IV – o aguardo para o cumprimento do acordo possa acarretar a prescrição da pretensão punitiva estatal; V – o delito for hediondo ou equiparado e nos casos de incidência da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006; VI – a celebração do acordo não atender ao que seja necessário e suficiente para a reprovação e prevenção do crime. § 2º A confissão detalhada dos fatos e as tratativas do acordo serão registrados pelos meios ou recursos de gravação audiovisual, destinados a obter maior fidelidade das informações, e o investigado deve estar sempre acompanhado de seu defensor. § 3º O acordo será formalizado nos autos, com a qualificação completa do investigado e estipulará de modo claro as suas condições, eventuais valores a

reprovação e prevenção do crime, mediante as seguintes condições ajustadas cumulativa e alternativamente: I - reparar o dano ou restituir a coisa à vítima, exceto na impossibilidade de fazê-lo; II - renunciar voluntariamente a bens e direitos indicados pelo Ministério Público como instrumentos, produto ou proveito do crime; III - prestar serviço à comunidade ou a entidades públicas por período correspondente à pena mínima cominada ao delito diminuída de um a dois terços, em local a ser indicado pelo juízo da execução, na forma do art. 46 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal); IV - pagar prestação pecuniária, a ser estipulada nos termos do art. 45 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), a entidade pública ou de interesse social, a ser indicada pelo juízo da execução, que tenha, preferencialmente, como função proteger bens jurídicos iguais ou semelhantes aos aparentemente lesados pelo delito; ou V - cumprir, por prazo determinado, outra condição indicada pelo Ministério Público, desde que proporcional e compatível com a infração penal imputada. § 1º Para aferição da pena mínima cominada ao delito a que se refere o caput deste artigo, serão consideradas as causas de aumento e diminuição aplicáveis ao caso concreto. § 2º O disposto no caput deste artigo não se aplica nas seguintes hipóteses: I - se for cabível transação penal de competência dos Juizados Especiais Criminais, nos termos da lei; II - se o investigado for reincidente ou se houver elementos probatórios que indiquem conduta criminal habitual, reiterada ou profissional, exceto se insignificantes as infrações penais pretéritas; III - ter sido o agente beneficiado nos 5 (cinco) anos anteriores ao cometimento da infração, em acordo de não persecução penal, transação penal ou suspensão condicional do processo; e IV - nos crimes praticados no âmbito de violência doméstica ou familiar, ou praticados contra a mulher por razões da condição de sexo feminino, em favor do agressor.

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serem restituídos e as datas para cumprimento, e será firmado pelo membro do Ministério Público, pelo investigado e seu defensor. § 4º Realizado o acordo, a vítima será comunicada por qualquer meio idôneo, e os autos serão submetidos à apreciação judicial. § 5º Se o juiz considerar o acordo cabível e as condições adequadas e suficientes, devolverá os autos ao Ministério Público para sua implementação. § 6º Se o juiz considerar incabível o acordo, bem como inadequadas ou insuficientes as condições celebradas, fará remessa dos autos ao procurador-geral ou órgão superior interno responsável por sua apreciação, nos termos da legislação vigente, que poderá adotar as seguintes providências: I – oferecer denúncia ou designar outro membro para oferecê-la; II – complementar as investigações ou designar outro membro para complementá-la; III – reformular a proposta de acordo de não persecução, para apreciação do investigado; IV – manter o acordo de não persecução, que vinculará toda a Instituição. § 7º O acordo de não persecução poderá ser celebrado na mesma oportunidade da audiência de custódia. § 8º É dever do investigado comunicar ao Ministério Público eventual mudança de endereço, número de telefone ou e-mail, e comprovar mensalmente o cumprimento das condições, independentemente de notificação ou aviso prévio, devendo ele, quando for o caso, por iniciativa própria, apresentar imediatamente e de forma documentada eventual justificativa para o não cumprimento do acordo. § 9º Descumpridas quaisquer das condições estipuladas no acordo ou não observados os deveres do parágrafo anterior, no prazo e nas condições estabelecidas, o membro do Ministério Público deverá, se for o caso, imediatamente oferecer denúncia. § 10 O descumprimento do acordo de não persecução pelo investigado também poderá ser utilizado pelo membro do Ministério Público como justificativa para o eventual não oferecimento de suspensão condicional do processo. § 11 Cumprido integralmente o acordo, o Ministério Público promoverá o arquivamento da investigação, nos termos desta Resolução.

§ 3º O acordo de não persecução penal será formalizado por escrito e será firmado pelo membro do Ministério Público, pelo investigado e por seu defensor. § 4º Para a homologação do acordo de não persecução penal, será realizada audiência na qual o juiz deverá verificar a sua voluntariedade, por meio da oitiva do investigado na presença do seu defensor, e sua legalidade. § 5º Se o juiz considerar inadequadas, insuficientes ou abusivas as condições dispostas no acordo de não persecução penal, devolverá os autos ao Ministério Público para que seja reformulada a proposta de acordo, com concordância do investigado e seu defensor. § 6º Homologado judicialmente o acordo de não persecução penal, o juiz devolverá os autos ao Ministério Público para que inicie sua execução perante o juízo de execução penal. § 7º O juiz poderá recusar homologação à proposta que não atender aos requisitos legais ou quando não for realizada a adequação a que se refere o § 5º deste artigo. § 8º Recusada a homologação, o juiz devolverá os autos ao Ministério Público para a análise da necessidade de complementação das investigações ou o oferecimento da denúncia. § 9º A vítima será intimada da homologação do acordo de não persecução penal e de seu descumprimento. § 10. Descumpridas quaisquer das condições estipuladas no acordo de não persecução penal, o Ministério Público deverá comunicar ao juízo, para fins de sua rescisão e posterior oferecimento de denúncia. § 11. O descumprimento do acordo de não persecução penal pelo investigado também poderá ser utilizado pelo Ministério Público como justificativa para o eventual não oferecimento de suspensão condicional do processo. § 12. A celebração e o cumprimento do acordo de não persecução penal não constarão de certidão de antecedentes criminais, exceto para os fins previstos no inciso III do § 2º deste artigo. § 13. Cumprido integralmente o acordo de não persecução penal, o juízo competente decretará a extinção de punibilidade. § 14. No caso de recusa, por parte do Ministério Público, em propor o acordo de não persecução

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§ 12 As disposições deste Capítulo não se aplicam aos delitos cometidos por militares que afetem a hierarquia e a disciplina. § 13 Para aferição da pena mínima cominada ao delito, a que se refere o caput, serão consideradas as causas de aumento e diminuição aplicáveis ao caso concreto.

penal, o investigado poderá requerer a remessa dos autos a órgão superior, na forma do art. 28 deste Código.

Gabarito: Correto.

(Q2/Q2/2019) 08) De acordo com a Lei 13.964/2019, não sendo caso de arquivamento e tendo o investigado confessado formal e circunstancialmente a prática de infração penal sem violência ou grave ameaça e com pena mínima inferior a 4 (quatro) anos, o Ministério Público poderá propor acordo de não persecução penal, desde que necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime, podendo ser aplicada condições ajustadas cumulativa e alternativamente.

Comentário:

Acordo de Não Persecução Penal

Lei 13.964/2019

Implantado no CPP/41.

CPP/41. Art. 28-A. Não sendo caso de arquivamento e tendo o investigado confessado formal e circunstancialmente a prática de infração penal sem violência ou grave ameaça e com pena mínima inferior a 4 (quatro) anos, o Ministério Público poderá propor acordo de não persecução penal, desde que necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime, mediante as seguintes condições ajustadas cumulativa e alternativamente:

Condições Cumulativas e Alternativas

I - reparar o dano ou restituir a coisa à vítima, exceto na impossibilidade de fazê-lo; II - renunciar voluntariamente a bens e direitos indicados pelo Ministério Público como instrumentos, produto ou proveito do crime; III - prestar serviço à comunidade ou a entidades públicas por período correspondente à pena mínima cominada ao delito diminuída de um a dois terços, em local a ser indicado pelo juízo da execução, na forma do art. 46 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal); IV - pagar prestação pecuniária, a ser estipulada nos termos do art. 45 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), a entidade pública ou de interesse social, a ser indicada pelo juízo da execução, que tenha, preferencialmente, como função proteger bens jurídicos iguais ou semelhantes aos aparentemente lesados pelo delito; ou V - cumprir, por prazo determinado, outra condição indicada pelo Ministério Público, desde que proporcional e compatível com a infração penal imputada.

Gabarito: Correto.

(Q2/Q2/2019) 09) Em relação às medidas assecuratórias e as alterações trazidas pela Lei 13.964/2019, responda a assertiva: Cabral Moambeiro, juiz da 38º comarca do Rio da Várzea, determinou de ofício, após o trânsito em julgado da sentença condenatória de João, a avaliação e a venda dos bens em leilão público cujo perdimento já tinha sido decretado. José, vítima de João, teve alguns prejuízos com a infração do condenado. Com a venda dos bens, o valor apurado será recolhido apenas aos cofres públicos.

Comentário:

Antes da Lei 13.964/2019 Depois da Lei 13.964/2019

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CPP/41, Art. 133. Transitada em julgado a sentença condenatória, o juiz, de ofício ou a requerimento do interessado, determinará a avaliação e a venda dos bens em leilão público.

CPP/41. Art. 133. Transitada em julgado a sentença condenatória, o juiz, de ofício ou a requerimento do interessado ou do Ministério Público, determinará a avaliação e a venda dos bens em leilão público cujo perdimento tenha sido decretado. § 1º Do dinheiro apurado, será recolhido aos cofres públicos o que não couber ao lesado ou a terceiro de boa-fé. § 2º O valor apurado deverá ser recolhido ao Fundo Penitenciário Nacional, exceto se houver previsão diversa em lei especial.

Gabarito: Errado.

(Q2/Q2/2019) 10) Em relação às medidas assecuratórias e as alterações trazidas pela Lei 13.964/2019, responda a assertiva: Toni Mesquita, juiz da 77º comarca do Rio da Várzea, determinou, a requerimento do Ministério Público, após o trânsito em julgado da sentença condenatória de Moscow, a avaliação e a venda de uma obra de arte de relevante valor cultural em leilão público cujo perdimento já tinha sido decretado. Vale destacar que o furto feito por Moscow não tinha uma vítima determinada. No caso tratado, poderá haver a destinação da obra de arte a um museu público.

Comentário: CPP/41. Art. 124-A. Na hipótese de decretação de perdimento de obras de arte ou de outros bens de relevante valor cultural ou artístico, se o crime não tiver vítima determinada, poderá haver destinação dos bens a museus públicos. (Lei 13.964/2019) Gabarito: Correto.

(Q2/Q2/2019) 11) Em relação às medidas assecuratórias e as alterações trazidas pela Lei 13.964/2019, responda a assertiva: É possível, após a constatação do interesse público, a utilização de bem sequestrado pelos órgãos de segurança pública do sistema socioeducativo para o desempenho de suas atividades, desde que o juiz autorize.

Comentário: CPP/41. Art. 133-A. O juiz poderá autorizar, constatado o interesse público, a utilização de bem sequestrado, apreendido ou sujeito a qualquer medida assecuratória pelos órgãos de segurança pública previstos no art. 144 da Constituição Federal, do sistema prisional, do sistema socioeducativo, da Força Nacional de Segurança Pública e do Instituto Geral de Perícia, para o desempenho de suas atividades. (Lei 13.964/2019) Gabarito: Correto.

(Q2/Q2/2019) 12) Em relação às medidas assecuratórias e as alterações trazidas pela Lei 13.964/2019, responda a assertiva: O juiz poderá autorizar, constatado o interesse público, a utilização de bem sequestrado, apreendido ou sujeito a qualquer medida assecuratória pelos órgãos de segurança pública do Instituto Geral de Perícia para o desempenho de suas atividades. Se o bem apreendido for veículo, embarcação ou aeronave, o órgão público beneficiário deverá fazer o pagamento de multas, encargos e tributos anteriores à disponibilização do bem para a sua utilização, que deverão ser cobrados de seu responsável.

Comentário: CPP/41. Art. 133-A. O juiz poderá autorizar, constatado o interesse público, a utilização de bem sequestrado, apreendido ou sujeito a qualquer medida assecuratória pelos órgãos de segurança pública previstos no art. 144 da Constituição Federal, do sistema prisional, do sistema socioeducativo, da Força Nacional de Segurança Pública e do Instituto Geral de Perícia, para o desempenho de suas atividades. (Lei 13.964/2019)

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§ 3º Se o bem a que se refere o caput deste artigo for veículo, embarcação ou aeronave, o juiz ordenará à autoridade de trânsito ou ao órgão de registro e controle a expedição de certificado provisório de registro e licenciamento em favor do órgão público beneficiário, o qual estará isento do pagamento de multas, encargos e tributos anteriores à disponibilização do bem para a sua utilização, que deverão ser cobrados de seu responsável. (Lei 13.964/2019) Gabarito: Errado.

(Q2/Q2/2019) 13) Em relação à Cadeia de Custódia inserida pela Lei 13.964/2019 no Código de Processo Penal, responda a assertiva: A Cadeia de custódia se refere ao conjunto de procedimentos utilizados para manter e documentar a cronologia histórica do vestígio coletado em locais ou em vítimas de crimes com a finalidade de encontrar sua posse e manuseio desde o seu reconhecimento até o descarte.

Comentário: CPP/41. Art. 158-A. Considera-se cadeia de custódia o conjunto de todos os procedimentos utilizados para manter e documentar a história cronológica do vestígio coletado em locais ou em vítimas de crimes, para rastrear sua posse e manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte. (Lei 13.964/2019) Gabarito: Correto.

(Q2/Q2/2019) 14) Em relação à Cadeia de Custódia inserida pela Lei 13.964/2019 no Código de Processo Penal, aquela compreende o rastreamento do vestígio em diversas etapas, dentre elas existe a etapa de: A) Fixação que consiste no ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo isolar e preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local de crime. B) Isolamento que é aquele que distingue um elemento como de potencial interesse para a produção da prova pericial. C) Coleta que se refere ao exame pericial em si, manipulação do vestígio de acordo com a metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e químicas, a fim de se obter o resultado desejado, que deverá ser formalizado em laudo produzido por perito. D) Descarte que é o procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a legislação vigente e, quando pertinente, mediante autorização judicial.

Comentário:

Etapas do Rastreamento do Vestígio – CPP/41. Art. 158-B

1ª Reconhecimento Ato de distinguir um elemento como de potencial interesse para a produção da prova pericial;

2ª Isolamento Ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo isolar e preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local de crime;

3ª Fixação

Descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local de crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição no laudo pericial produzido pelo perito responsável pelo atendimento;

4ª Coleta Ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial, respeitando suas características e natureza;

5ª Acondicionamento

Procedimento por meio do qual cada vestígio coletado é embalado de forma individualizada, de acordo com suas características físicas, químicas e biológicas, para posterior análise, com anotação da data, hora e nome de quem realizou a coleta e o acondicionamento;

6ª Transporte

Ato de transferir o vestígio de um local para o outro, utilizando as condições adequadas (embalagens, veículos, temperatura, entre outras), de modo a garantir a manutenção de suas características originais, bem como o controle de sua posse;

7ª Recebimento

Ato formal de transferência da posse do vestígio, que deve ser documentado com, no mínimo, informações referentes ao número de procedimento e unidade de polícia judiciária relacionada, local de origem, nome de quem transportou o vestígio, código de rastreamento,

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natureza do exame, tipo do vestígio, protocolo, assinatura e identificação de quem o recebeu;

8ª Processamento

Exame pericial em si, manipulação do vestígio de acordo com a metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e químicas, a fim de se obter o resultado desejado, que deverá ser formalizado em laudo produzido por perito;

9ª Armazenamento Procedimento referente à guarda, em condições adequadas, do material a ser processado, guardado para realização de contraperícia, descartado ou transportado, com vinculação ao número do laudo correspondente;

10ª Descarte Procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a legislação vigente e, quando pertinente, mediante autorização judicial.

Gabarito: Letra D.

(Q2/Q2/2019) 15) Em relação à Cadeia de Custódia inserida pela Lei 13.964/2019 no Código de Processo Penal, analise a seguinte assertiva: É proibida a entrada em locais isolados bem como a remoção de quaisquer vestígios de locais de crime após a liberação por parte do perito responsável, sendo tipificada como fraude processual a sua realização.

Comentário: CPP/41. Art. 158-C. A coleta dos vestígios deverá ser realizada preferencialmente por perito oficial, que dará o encaminhamento necessário para a central de custódia, mesmo quando for necessária a realização de exames complementares. § 2º É proibida a entrada em locais isolados bem como a remoção de quaisquer vestígios de locais de crime antes da liberação por parte do perito responsável, sendo tipificada como fraude processual a sua realização. Gabarito: Errado.

(Q2/Q2/2019) 16) Sobre o assunto Medidas Cautelares e as alterações apresentadas pelo Pacote Anticrime (Lei 13.964/2019), analise as assertivas: O juiz poderá decretar medidas cautelares a requerimento das partes ou, durante o curso da investigação criminal por representação da autoridade policial ou mediante requerimento do Ministério Público, não sendo mais possível decretá-la de ofício.

Comentário:

Decretação de Medidas Cautelares

Antes da Lei 13.964/2019 Após a Lei 13.964/2019

CPP/41. Art. 282. § 2º As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz, de ofício ou a requerimento das partes ou, quando no curso da investigação criminal, por representação da autoridade policial ou mediante requerimento do Ministério Público.

CPP/41. Art. 282. § 2º As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz a requerimento das partes ou, quando no curso da investigação criminal, por representação da autoridade policial ou mediante requerimento do Ministério Público.

As medidas cautelares não poderão ser mais decretadas de ofício pelo juiz.

Gabarito: Correto.

(Q2/Q2/2019) 17) Audiência de custódia consiste no direito que a pessoa presa possui de ser conduzida (levada), sem demora, à presença de uma autoridade judicial (magistrado) que irá analisar se os direitos fundamentais dessa pessoa foram respeitados, se a prisão em flagrante foi legal ou se deve ser relaxada e se a prisão cautelar (antes do trânsito em julgado) deve ser decretada (art. 310, II) ou se o preso poderá receber a liberdade provisória (art. 310, III) ou medida cautelar diversa da prisão (art. 319).

CAVALCANTE, Márcio André Lopes. A falta da audiência de custódia enseja nulidade da prisão preventiva? O preso deverá ser colocado em liberdade?. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: . Acesso em: 30/12/2019

Em relação à Audiência de Custódia e as alterações apresentadas pela Lei 13.964/2019, responda a assertiva:

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O juiz, após o recebimento do auto de prisão em flagrante, deverá promover audiência de custódia com a presença do acusado, seu advogado constituído ou membro da Defensoria Pública e o membro do Ministério Público no prazo máximo de 48 horas após a realização da prisão.

Comentário: CPP/41. Art. 310. Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, o juiz deverá promover audiência de custódia com a presença do acusado, seu advogado constituído ou membro da Defensoria Pública e o membro do Ministério Público, e, nessa audiência, o juiz deverá, fundamentadamente: I - relaxar a prisão ilegal; ou II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do art. 312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão; ou III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança. Gabarito: Errado.

(Q2/Q2/2019) 18) Em relação à prisão preventiva e as modificações apresentadas pelo pacote anticrime (Lei 13.964/2019), responda: Decretada a prisão preventiva, deverá o órgão emissor da decisão revisar a necessidade de sua manutenção a cada 60 dias, mediante decisão fundamentada, a pedido do Ministério Público, sob pena de tornar a prisão ilegal.

Comentário:

Prisão Preventiva

Antes da Lei 13.964/2019 Após a Lei 13.964/2019

Art. 316. O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no correr do processo, verificar a falta de motivo para que subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem.

CPP/41. Art. 316. O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar a prisão preventiva se, no correr da investigação ou do processo, verificar a falta de motivo para que ela subsista, bem como novamente decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem. Parágrafo único. Decretada a prisão preventiva, deverá o órgão emissor da decisão revisar a necessidade de sua manutenção a cada 90 (noventa) dias, mediante decisão fundamentada, de ofício, sob pena de tornar a prisão ilegal.

Gabarito: Errado.

(Q2/Q2/2019) 19) Em relação à prisão preventiva e as modificações apresentadas pelo pacote anticrime (Lei 13.964/2019), responda: A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública por conveniência da instrução criminal quando existir prova de perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado.

Comentário:

Prisão Preventiva

Antes da Lei 13.964/2019 Após a Lei 13.964/2019

CPP/41. Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria. Parágrafo único. A prisão preventiva também poderá ser decretada em caso de descumprimento

CPP/41. Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria e de perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado. §1º................................................................................

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de qualquer das obrigações impostas por força de outras medidas cautelares.

............................ § 2º A decisão que decretar a prisão preventiva deve ser motivada e fundamentada em receio de perigo e existência concreta de fatos novos ou contemporâneos que justifiquem a aplicação da medida adotada.

A Lei 13.964/2019 acrescentou no Art. 312 do CPP/41 o termo “perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado”, além de inserir um novo §.

Gabarito: Correto.

(Q2/Q2/2019) 20) Em relação à prisão preventiva e as modificações apresentadas pelo pacote anticrime (Lei 13.964/2019), responda: A) É possível a decretação da prisão preventiva com a finalidade de antecipação de cumprimento de pena. B) Não é possível a decretação da prisão preventiva como decorrência mediata de investigação criminal. C) É possível a decretação da prisão preventiva a partir da apresentação ou recebimento de denúncia. D) Não é possível a prisão preventiva como decorrência imediata de investigação criminal.

Comentário: CPP/41. Art. 313. § 2º Não será admitida a decretação da prisão preventiva com a finalidade de antecipação de cumprimento de pena ou como decorrência imediata de investigação criminal ou da apresentação ou recebimento de denúncia. (Lei 13.964/2019).

Prisão Preventiva – Não Admissão de Prisão Preventiva

Lei 13.964/2019 - CPP/41. Art. 313. § 2º

Não será admitida a decretação da prisão preventiva: * Com a finalidade de antecipação de cumprimento de pena; * Como decorrência imediata de investigação criminal; * A partir da apresentação ou recebimento de denúncia.

Gabarito: Letra D.

(Q2/Q2/2019) 21) Em relação à prisão preventiva e as modificações apresentadas pelo pacote anticrime (Lei 13.964/2019), responda: A decisão judicial, que apresentar reprodução de ato normativo, explicando a relação com a causa ou a questão decidida será considerada fundamentada.

Comentário:

Prisão Preventiva – Fundamentação de Decisão Judicial

Lei 13.964/2019

CPP/41. Art. 315. § 2º Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que:

I - limitar-se à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida;

II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso;

III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;

IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador;

V - limitar-se a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos;

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VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento.

Gabarito: Correto.

(Q2/Q2/2019) 22) Em relação à Lei 13.964/2019 e às nulidades apresentadas pelo Código de Processo Penal, analise a seguinte alternativa: O pacote anticrime, Lei 13.964/2019, estabeleceu que o processo poderá ser nulo no caso de decisão que carece de fundamentação.

Comentário:

Nulidades

Antes da Lei 13.964/2019 Após a Lei 13.964/2019

Não existia. CPP/41. Art. 564. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos: V - em decorrência de decisão carente de fundamentação.

A Lei 13.964/2019 acrescentou no Art. 564, do CPP/41 o inciso “V”, estabelecendo que ocorrerá nulidade em decorrência de decisão carente de fundamentação.

Gabarito: Correto.

(Q2/Q2/2019) 23) Em relação à Lei 13.964/2019 e ao recurso em sentido estrito apresentados pelo Código de Processo Penal, analise a seguinte alternativa: O recurso extraordinário e o recurso especial serão processados e julgados no Supremo Tribunal Federal e no Superior Tribunal de Justiça na forma estabelecida por leis especiais, pela lei processual civil e pelos respectivos regimentos internos.

Comentário:

Recurso Extraordinário e Recurso Especial

Antes da Lei 13.964/2019 Após a Lei 13.964/2019

CPP/41. Art. 638. O recurso extraordinário será processado e julgado no Supremo Tribunal Federal na forma estabelecida pelo respectivo regimento interno.

CPP/41. Art. 638. O recurso extraordinário e o recurso especial serão processados e julgados no Supremo Tribunal Federal e no Superior Tribunal de Justiça na forma estabelecida por leis especiais, pela lei processual civil e pelos respectivos regimentos internos.

A Lei 13.964/2019 passou a prever, de forma expressa, a possibilidade de recurso especial para o STJ.

Gabarito: Correto.