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SIMULADO 01 Duração: 3h30min LINGUAGENS QUESTÃO 1 Inverno! inverno! inverno! Tristes nevoeiros, frios negrumes da longa treva boreal, descampados de gelo cujo limite escapa-nos sempre, desesperadamente, para lá do horizonte, perpétua solidão inóspita, onde apenas se ouve a voz do vento que passa uivando como uma legião de lobos, através da cidade de catedrais e túmulos de cristal na planície, fantasmas que a miragem povoam e animam, tudo isto: decepções, obscuridade, solidão, desespero e a hora invisível que passa como o vento, tudo isto é o frio inverno da vida. Há no espírito o luto profundo daquele céu de bruma dos lugares onde a natureza dorme por meses, à espera do sol avaro que não vem. POMPEIA, R. Canções sem metro. Campinas: Unicamp, 2013. Reconhecido pela linguagem impressionista, Raul Pompeia desenvolveu-a na prosa poética, em que se observa a) imprecisão no sentido dos vocábulos. b) dramaticidade como elemento expressivo. c) subjetividade em oposição à verossimilhança. d) valorização da imagem com efeito persuasivo. e) plasticidade verbal vinculada à cadência melódica. QUESTÃO 2 Como a percepção do tempo muda de acordo com a língua Línguas diferentes descrevem o tempo de maneiras distintas e as palavras usadas para falar sobre ele moldam nossa percepção de sua passagem. O estudo “Distorção temporal whorfiana: representando duração por meio da ampulheta da língua”, publicado no jornal da APA (Associação Americana de Psicologia), mostra que conceitos abstratos, como a percepção da duração do tempo, não são universais. Os autores não só verificaram uma mudança da percepção temporal conforme a língua falada como observaram que a transição de uma língua para outra por um mesmo indivíduo modificava sua estimativa de uma duração de tempo. Isso implica que visões diferentes de tempo convivem no cérebro de um indivíduo bilíngue. “O fato de que pessoas bilíngues transitam entre essas diferentes formas de estimar o tempo sem esforço e inconscientemente se encaixa nas evidências crescentes que demonstram a facilidade com que a linguagem se entremeia furtivamente em nossos sentidos mais básicos, incluindo nossas emoções, percepção visual e, agora, ao que parece, nossa sensação de tempo”, disse o pesquisador ao site Quartz. LIMA, J. D. Disponível em: www.nexojornal.com.br. Acesso em: 24 ago. 2017. O texto relata experiências e resultados de um estudo que reconhece a importância a) da compreensão do tempo pelo cérebro. b) das pesquisas científicas sobre a cognição. c) da teoria whorfiana para a área da linguagem. d) das linguagens e seus usos na vida das pessoas. e) do bilinguismo para o desenvolvimento intelectual. Texto para a próxima questão: X. MAR PORTUGUÊS Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal! Por te cruzarmos, quantas mães choraram, Quantos filhos em vão rezaram! Quantas noivas ficaram por casar Para que fosses nosso, ó mar! Valeu a pena? Tudo vale a pena Se a alma não é pequena. Quem quer passar além do Bojador Tem que passar além da dor. Deus ao mar o perigo e o abismo deu, Mas nele é que espelhou o céu. PESSOA, Fernando. Mar Português. In: Antologia Poética. Organização Walmir Ayala. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2014. p. 15. QUESTÃO 3 O sentido da tirinha é construído a partir da relação que estabelece com os famosos versos de Fernando Pessoa: “Tudo vale a pena / Se a alma não é pequena” (versos 7-8). O modo como esses dois textos se relacionam é chamado de a) paráfrase b) linearidade c) metalinguagem d) intencionalidade e) intertextualidade A questão a seguir refere-se a A e B, trechos de capítulos da obra Ginástica doce e yoga para crianças: método La Douce. A. CAPÍTULO 2 O CORPO Conhecer bem o corpo para fazê-lo trabalhar melhor Cinco extremidades: a cabeça, as mãos, os pés Para comunicar-se com tudo que a cerca, a criança usa a cabeça, as duas mãos e os dois pés. A cabeça permite-lhe ter acesso a todas as informações disponíveis. Sede do cérebro, ela fornece os recursos necessários para bem compreender seu ambiente. É igualmente através desta parte do corpo que penetram duas fontes de energia: o ar e o alimento. A cabeça se articula através do pescoço. Corredor estreito entre o cérebro e a parte inferior do corpo, o pescoço deve ser flexível para facilitar a qualidade das trocas. As mãos e os pés são verdadeiras antenas. Sua riqueza em terminações nervosas e vasos sanguíneos, assim como a possibilidade das inúmeras articulações, fazem deles instrumentos de extraordinária precisão. B. CAPÍTULO 8 AS EXTREMIDADES 8.4 OS PÉS 2. O limpador de para-brisas Posição: sentada com os braços atrás do corpo e as mãos apoiadas no chão Gire os tornozelos para dentro e para fora; Levante e abaixe os calcanhares mantendo as barrigas das pernas no chão (os dois juntos; depois um de cada vez).

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SIMULADO

01

Duração: 3h30min

LINGUAGENS

QUESTÃO 1 Inverno! inverno! inverno! Tristes nevoeiros, frios negrumes da longa treva boreal,

descampados de gelo cujo limite escapa-nos sempre, desesperadamente, para lá do horizonte, perpétua solidão inóspita, onde apenas se ouve a voz do vento que passa uivando como uma legião de lobos, através da cidade de catedrais e túmulos de cristal na planície, fantasmas que a miragem povoam e animam, tudo isto: decepções, obscuridade, solidão, desespero e a hora invisível que passa como o vento, tudo isto é o frio inverno da vida. Há no espírito o luto profundo daquele céu de bruma dos lugares onde a natureza dorme por meses, à espera do sol avaro que não vem.

POMPEIA, R. Canções sem metro. Campinas: Unicamp, 2013.

Reconhecido pela linguagem impressionista, Raul Pompeia desenvolveu-a na prosa poética, em que se observa

a) imprecisão no sentido dos vocábulos. b) dramaticidade como elemento expressivo. c) subjetividade em oposição à verossimilhança. d) valorização da imagem com efeito persuasivo. e) plasticidade verbal vinculada à cadência melódica. QUESTÃO 2

Como a percepção do tempo muda de acordo com a língua

Línguas diferentes descrevem o tempo de maneiras distintas – e as palavras usadas para falar sobre ele moldam nossa percepção de sua passagem. O estudo “Distorção temporal whorfiana: representando duração por meio da ampulheta da língua”, publicado no jornal da APA (Associação Americana de Psicologia), mostra que conceitos abstratos, como a percepção da duração do tempo, não são universais. Os autores não só verificaram uma mudança da percepção temporal conforme a língua falada como observaram que a transição de uma língua para outra por um mesmo indivíduo modificava sua estimativa de uma duração de tempo. Isso implica que visões diferentes de tempo convivem no cérebro de um indivíduo bilíngue. “O fato de que pessoas bilíngues transitam entre essas diferentes formas de estimar o tempo sem esforço e inconscientemente se encaixa nas evidências crescentes que demonstram a facilidade com que a linguagem se entremeia furtivamente em nossos sentidos mais básicos, incluindo nossas emoções, percepção visual e, agora, ao que parece, nossa sensação de tempo”, disse o pesquisador ao site Quartz.

LIMA, J. D. Disponível em: www.nexojornal.com.br. Acesso em: 24 ago. 2017.

O texto relata experiências e resultados de um estudo que reconhece a importância

a) da compreensão do tempo pelo cérebro. b) das pesquisas científicas sobre a cognição. c) da teoria whorfiana para a área da linguagem. d) das linguagens e seus usos na vida das pessoas. e) do bilinguismo para o desenvolvimento intelectual. Texto para a próxima questão:

X. MAR PORTUGUÊS

Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal! Por te cruzarmos, quantas mães choraram, Quantos filhos em vão rezaram! Quantas noivas ficaram por casar Para que fosses nosso, ó mar! Valeu a pena? Tudo vale a pena Se a alma não é pequena. Quem quer passar além do Bojador Tem que passar além da dor. Deus ao mar o perigo e o abismo deu, Mas nele é que espelhou o céu.

PESSOA, Fernando. Mar Português. In: Antologia Poética. Organização Walmir Ayala. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2014. p. 15.

QUESTÃO 3 O sentido da tirinha é construído a partir da relação que estabelece com os famosos versos de Fernando Pessoa: “Tudo vale a pena / Se a alma não é pequena” (versos 7-8). O modo como esses dois textos se relacionam é chamado de a) paráfrase b) linearidade c) metalinguagem d) intencionalidade e) intertextualidade A questão a seguir refere-se a A e B, trechos de capítulos da obra Ginástica doce e yoga para crianças: método La Douce. A. CAPÍTULO 2 O CORPO Conhecer bem o corpo para fazê-lo trabalhar melhor Cinco extremidades: a cabeça, as mãos, os pés Para comunicar-se com tudo que a cerca, a criança usa a cabeça, as duas mãos e os dois pés. A cabeça permite-lhe ter acesso a todas as informações disponíveis. Sede do cérebro, ela fornece os recursos necessários para bem compreender seu ambiente. É igualmente através desta parte do corpo que penetram duas fontes de energia: o ar e o alimento. A cabeça se articula através do pescoço. Corredor estreito entre o cérebro e a parte inferior do corpo, o pescoço deve ser flexível para facilitar a qualidade das trocas. As mãos e os pés são verdadeiras antenas. Sua riqueza em terminações nervosas e vasos sanguíneos, assim como a possibilidade das inúmeras articulações, fazem deles instrumentos de extraordinária precisão. B. CAPÍTULO 8 AS EXTREMIDADES 8.4 OS PÉS 2. O limpador de para-brisas Posição: sentada com os braços atrás do corpo e as mãos apoiadas no chão − Gire os tornozelos para dentro e para fora; − Levante e abaixe os calcanhares mantendo as barrigas das pernas no

chão (os dois juntos; depois um de cada vez).

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QUESTÃO 4 É correto afirmar: a) O conteúdo e o léxico especializados e o modo de articulação das

frases provam que A é um texto científico; B é um texto ilustrativo do que se apresenta em A, mais especificamente no último parágrafo.

b) B complementa a descrição do corpo que se tem em A, na medida em que permite a visualização dos movimentos que comprovam a ideia de que os pés são instrumentos de extraordinária precisão.

c) A, em linguagem acessível, expõe pressupostos que fundamentam a prática proposta em B, tomada, no contexto, como técnica útil para o bom funcionamento do corpo.

d) Considerados o contexto de comunicação em que A e B estão inseridos e a específica organização de cada um deles, conclui-se que o emissor das mensagens tem como interlocutor, em A e em B, as crianças.

e) Na dissertação A tem-se, pois é a regra, o presente do indicativo; foge à regra o uso de figuras de linguagem – Corredor estreito e antenas − e de frases simples, típicas do tipo de texto a que pertence B.

Texto para a próxima questão:

O texto é um excerto de Baú de Ossos (volume 1), do médico e escritor mineiro Pedro Nava. Inclui-se essa obra no gênero memorialístico, que é predominantemente narrativo. Nesse gênero, são contados episódios verídicos ou baseados em fatos reais, que ficaram na memória do autor. Isso o distingue da biografia, que se propõe contar a história de uma pessoa específica.

1O meu amigo Rodrigo Melo Franco de Andrade é autor

2do

conto “Quando minha avó morreu”. Sei por ele que é uma história autobiográfica.

3Aí Rodrigo confessa ter passado, aos 11 anos, por fase

da vida em que 4se sentia profundamente corrupto. Violava as

promessas feitas de noite a Nossa Senhora; mentia desabridamente; faltava às aulas para tomar banho no rio e pescar na Barroca com companheiros vadios; furtava

5pratinhas de dois mil-réis...

6Ai! de mim

que mais cedo que o amigo também 7abracei a senda do crime e

enveredei pela do furto... 8Amante das artes plásticas desde cedo,

educado no culto do belo, eu não pude me conter. Eram duas coleções de postais pertencentes a minha prima Maria Luísa Palleta. Numa, toda a vida de Paulo e Virgínia – do idílio infantil ao navio desmantelado na procela. Pobre Virgínia, dos cabelos esvoaçantes! Noutra, a de Joana d’Arc, desde os tempos de pastora e das vozes ao da morte. Pobre Joana dos cabelos em chama! Não resisti. Furtei, escondi e depois de longos êxtases, com medo, joguei tudo fora. Terceiro roubo, terceira coleção de postais – a que um carcamano, chamado Adriano Merlo, escrevia a uma de minhas tias. Os cartões eram fabulosos. Novas contemplações solitárias e piquei tudo de latrina abaixo. Mas o mais grave foi o roubo de uma nota de cinco mil-réis, do patrimônio da própria Inhá Luísa. De posse dessa fortuna nababesca, comprei um livro e uma lâmpada elétrica de tamanho desmedido. Fui para o parque Halfeld com o butim de minha pirataria. Joguei o troco num bueiro. Como ainda não soubesse ler, rasguei o livro e atirei seus restos em um tanque.

9A

lâmpada, enorme, esfregada, não fez aparecer nenhum gênio. Fui me desfazer de mais esse cadáver na escada da Igreja de São Sebastião. 10

Lá a estourei, tendo a impressão de ouvir os trovões e o morro do Imperador desabando nas minhas costas. Depois dessa série de atos gratuitos e delitos inúteis, voltei para casa.

11Raskólnikov. O mais

estranho é que houve crime, e não castigo. Crime perfeito. Ninguém desconfiou. Minha avó não deu por falta de sua cédula.

12Eu fiquei por

conta das Fúrias de um remorso, que me perseguiu toda a infância, veio comigo pela vida afora, com a terrível impressão de que eu poderia reincidir porque vocês sabem,

13cesteiro que faz um cesto...

14Só me

tranquilizei anos depois, já médico, quando li num livro de Psicologia que só se deve considerar roubo o que a criança faz com proveito e dolo. O furto inútil é fisiológico e psicologicamente normal. Graças a Deus! Fiquei absolvido do meu ato gratuito...

(Pedro Nava. Baú de ossos. Memórias 1. p. 308 a 310.)

QUESTÃO 5 No trecho “abracei a senda do crime e enveredei pela do furto...” (ref. 7), foi empregada linguagem figurada. Assinale V ou F, conforme seja verdadeiro ou falso o que se diz sobre esse trecho. ( ) O sentido primeiro do vocábulo “senda” é caminho. ( ) No texto, o vocábulo “senda” foi empregado para indicar aquilo que

é feito habitualmente; prática observada; hábito, rotina. ( ) O trecho foi composto com duas metáforas: uma expressa pelo

vocábulo “senda” e outra pelo vocábulo “furto”. ( ) O substantivo “senda” e o verbo enveredar (“enveredei”) formam

uma única metáfora, a metáfora do caminho. ( ) Em linguagem não metafórica, teríamos algo como o que segue:

comecei a praticar crimes, mais especificamente o furto. ( ) O verbo abraçar (“abracei”), usado também em sentido figurado,

fortalece a metáfora do caminho, pois, dentre as várias acepções desse verbo, estão as de envolver, tomar como seu, adotar.

Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência: a) V, F, F, V, V, V. b) F, F, V, V, F, F. c) V, V, V, F, F, F. d) V, V, F, V, V, V. Texto para a próxima questão:

– Emilie já está acordada? – perguntei. – Dizem que

1tua avó

2há muito tempo não dorme; ela

3sonha

dia e noite contigo, com 4teu irmão e com os peixes que vai comprar de

manhãzinha no mercado; a essa hora 5já deve estar de volta para

conversar com os animais.

A conversa com os animais, os sonhos de Emilie, o passeio ao mercado na hora que

6o sol revela tantos matizes do verde e ilumina a

lâmina escura do rio. 7Na fala da mulher que permanecera diante de

mim, havia uma parte da vida passada, um inferno de lembranças, 8um

mundo paralisado à espera de movimento. Sim, com certeza 9Emilie já

lhe havia contado algo a nosso respeito. A mulher sabia que éramos irmãos e que Emilie nos havia adotado. Talvez já soubesse da existência dos quatro

10filhos de Emilie: Hakim e Samara Délia,

11que passaram a

ser nossos tios, 12

e os outros dois, inomináveis, filhos ferozes de Emilie, que tinham o demônio tatuado no corpo e uma língua de fogo.

13Já eram quase sete horas quando resolvi sair de casa. Retirei

do alforje o caderno, o gravador e 14

as cartas que me enviaste da Espanha e coloquei tudo sobre uma mesinha de ônix, ao lado do desenho afixado na sala. Por distração ou hábito, deixei no pulso o relógio. Nunca imaginei que naquele dia iria consultá-lo mil vezes, muitas inutilmente,

15outras para que o tempo voasse ou desse um salto

inesperado. Lá fora, a claridade ainda era tênue, e, ao olhar para a vegetação estática do jardim, a mulher opinou:

16“Só mais tarde é que vai

chover”. Hatoum, Milton. Relato de um certo Oriente. São Paulo: Companhia das Letras,

2013, p. 9.

QUESTÃO 6 Analise as proposições em relação à obra Relato de um certo Oriente, Milton Hatoum, e ao trecho retirado e destacado acima: I. No período “outras para que o tempo voasse ou desse um salto

inesperado” (ref. 15) há a figura de linguagem prosopopeia. II. Em “‘Só mais tarde é que vai chover’” (ref. 16) a palavra destacada é,

morfologicamente, advérbio e pode ser substituída por apenas, sem prejuízo à correção gramatical e ao sentido, no texto.

III. A leitura do segundo parágrafo leva o leitor a inferir que as atitudes de Emilie trazem resquícios que fogem ao padrão de normalidade, reforçados pelas expressões: “há muito tempo não dorme” (ref. 2), “sonha dia e noite contigo” (ref. 3) e “já deve estar de volta para conversar com os animais” (ref. 5).

IV. Em relação ao período “e os outros dois, inomináveis, filhos ferozes de Emilie, que tinham o demônio tatuado no corpo e uma língua de fogo” (ref. 12), o final da obra revela que a revolta deles era devido aos seus nomes serem de origem árabe, o que causava estranheza no lugarejo em que moravam, pois recebiam muitos codinomes.

V. Da leitura da obra, infere-se que o suicídio de Hakim, segundo o relato do fotógrafo Doner, foi devido a uma paixão que tivera em Marselha, sendo forçado a deixá-la, para vir para o Brasil com a família.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente as afirmativas I, IV e V são verdadeiras. b) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras. c) Somente as afirmativas I, III e V são verdadeiras. d) Somente as afirmativas I, II e III são verdadeiras. e) Somente as afirmativas II, IV e V são verdadeiras.

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Texto para a próxima questão: Para responder à questão seguinte, leia o seguinte texto, em que a autora, colunista de gastronomia, recorda cenas de sua infância:

Uma tia-avó

Fico abismada de ver de quanta coisa não me lembro. Aliás, não me lembro de nada.

Por exemplo, 1as férias em que eu ia para uma cidade do

interior de Minas, acho que nem cidade era, era uma rua, e passava por Belo Horizonte,

2onde tinha uma tia-avó.

Não poderia repetir o rosto dela, sei que muito magra, vestido até o chão,

3fantasma em cinzentos, levemente muda, deslizando por

4corredores de portas muito altas.

O clima da casa era de passado 5embrulhado em papel de

seda amarfanhado, e posto no canto para que não se atrevesse a voltar à tona. Nem um riso,

6um barulho de copos tinindo. Quem estava ali

sabia que quanto menos se mexesse menor o perigo de sofrer. Afinal o mundo era um

7vale de lágrimas.

8A casa dava para a rua, não tinha jardim, a não ser que você

se aventurasse a subir uma escada de cimento, lateral, que te levava aos

9jardins suspensos da Babilônia.

Nem precisava ser sensível para sentir a secura, 10

a geometria esturricada dos canteiros

11sob o céu de anil de Minas. Nada, nem uma

flor, só coisas que espetavam e 12

buxinhos com formatos rígidos e duras palmas e os

13urubus rodando alto, em cima, esperando… O quê?

14Segredos enterrados, medo, sentia eu

15destrambelhando escada

abaixo. 16

Na sala, uma cristaleira antiga com um 17

cacho enorme de uvas enroladas em papel brilhante azul.

Para mim, pareciam 18

uvas de chocolate, recheadas de bebida, mas não tinha coragem de pedir, estavam lá ano após ano, intocadas. A avó, baixinho, permitia, “Quer, pode pegar”, com voz neutra, mas eu declinava,

19doida de desejo.

Das comidas comuns da casa, não me lembro de uma couvinha que fosse, não me lembro de empregadas, cozinheiras, sala de jantar, nada.

Enfim, Belo Horizonte para mim era uma terra triste, de 20

mulheres desesperadas e mudas enterradas no tempo, 21

chocolates sedutores e proibidos. Só valia como passagem para a

22roça brilhante

de sol que me esperava. Nina Horta, Folha de S. Paulo, 17/07/2013. Adaptado.

QUESTÃO 7 Embora tenha sido publicado em jornal, o texto contém recursos mais comuns na linguagem literária do que na jornalística. Exemplificam tais recursos a hipérbole e a metáfora, que ocorrem, respectivamente, nos seguintes trechos:

a) “corredores de portas muito altas” (ref. 4); “fantasma em cinzentos” (ref. 3). b) “vale de lágrimas” (ref.7); “passado embrulhado em papel de seda”

(ref. 5). c) “doida de desejo” (ref. 19); “um barulho de copos tinindo” (ref. 6). d) “mulheres desesperadas” (ref. 20); “sob o céu de anil de Minas”

(ref.11). e) “roça brilhante de sol” (ref. 22); “chocolates sedutores e proibidos” (ref.

21). QUESTÃO 8

O veneno do bem

Imagine que você cortou o rosto e, em vez de dar pontos, o seu médico passa uma supercola feita de sangue de boi e veneno de cascavel. Isso pode mesmo acontecer. Mas não se assuste. A história moderna das serpentes não tem nada a ver com o medo ancestral que inspiram. Para a ciência, elas guardam produtos utilíssimos nas glândulas letais. O mais recente é uma cola de pele genuinamente brasileira, que, segundo os testes já feitos, dá uma cicatrização perfeita. A descoberta pertence à equipe do professor Benedito Barraviera, da Universidade Estadual Paulista, em Botucatu. E não é a primeira feita no Brasil. Nos anos 1960, o médico Sérgio Ferreira, atual presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, descobriu na jararaca uma molécula que em 1977 virou remédio contra a hipertensão.

Disponível em: www.super.abril.com.br. Acesso em: 2 mar. 2012 (fragmento).

Nos diferentes textos, pode-se inferir, entre outras informações, quais são os objetivos de seu produtor e quem é seu público-alvo. No trecho, para aproximar-se do interlocutor, o autor a) emprega uma linguagem técnica de domínio do leitor. b) enfatiza informações importantes para a vida do leitor. c) introduz o tema antecipando possíveis reações do leitor. d) explora um tema sobre o qual o leitor tem reconhecido interesse. e) apresenta ao leitor, de forma minuciosa, a descoberta dos médicos.

INGLÊS TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 4 QUESTÕES:

HEROISM: WHY HEROES ARE IMPORTANT

The term "hero" comes from the ancient Greeks. For them, a hero

was a mortal who had done something so far beyond the normal scope of

human experience that he left an immortal memory behind him when he

died, and thus received worship like that due to the gods. But people who

had committed unthinkable crimes were also called heroes. Originally,

heroes were not necessarily good, but they were always extraordinary; 1to be a hero was to expand people's sense of what was possible for a

human being.

Today, it is much harder to detach the concept of heroism from

morality; we only call heroes those whom we admire and wish to emulate.

But still the concept retains that original link to possibility. We need

heroes first and foremost because our heroes help define the limits of our

aspirations. We largely define our ideals by the heroes we choose, and

our ideals - things like courage, honor and justice - largely define us. 2Our

heroes are symbols for us of all the qualities we would like to possess

and all the ambitions we would like to satisfy. A person who chooses

Martin Luther King as a hero is going to have a very different sense of

what human excellence involves than someone who chooses, say,

Madonna.

That is why it is so important for us as a society, globally and locally,

to try to shape these choices. Of course, this is a perennial moral issue,

but it is clear that the greatest obstacle to the appreciation and adoption

of heroes in our society is pervasive and corrosive cynicism and

skepticism. This obstacle of cynicism has been seriously increased by

scandals like the steroids mess in sports competitions and by our leaders'

opportunistic use of heroic imagery for short term political gain.

The best antidote to this cynicism is realism about the limits of

human nature. 3We are cynical because so often our ideals have been

betrayed. We need to separate out the things that make our heroes

noteworthy, and forgive the shortcomings that blemish their heroic

perfection. The false steps and frailties of heroic people make them more

like us, and since most of us are not particularly heroic, that may seem to

reduce the heroes' stature. But this pulls in the other direction as well:

these magnificent spirits, 4these noble souls, amazingly, they are like us,

they are human too.

Again, the critical moral contribution of heroes is the expansion of

our sense of possibility. Heroes can help us lift our eyes a little higher to

build more boldly and beautifully than others, and we may all benefit by

their examples. 5And Heaven knows we need those examples now.

SCOTT LABARGE

www.scu.edu

QUESTÃO 9

The concept of heroism is central to human experience.

Nowadays, the choice of a hero results from:

a) peer pressure b) common sense c) mass notoriety d) individual evaluation QUESTÃ0 10

"And Heaven knows we need those examples now". (ref. 5)

According to the fragment above, hero figures are currently regarded as:

a) scarce b) dubious c) remarkable d) inspirational QUESTÃ0 11

According to the text, the application of the term "hero" has changed over

time in terms of meaning.

As compared to the past, the word "hero" now is best characterized as:

a) less specific b) less tangible c) more general d) more restricting

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QUESTÃ0 12

The author claims that skepticism is an obstacle to the adoption of

heroes.

The reason for this is best expressed in the following fragment:

a) "to be a hero was to expand people's sense of what was possible for a human being." (ref. 1)

b) "Our heroes are symbols for us of all the qualities we would like to possess and all the ambitions we would like to satisfy." (ref. 2)

c) "We are cynical because so often our ideals have been betrayed." (ref. 3)

d) "these noble souls, amazingly, they are like us, they are human too." (ref. 4)

ESPANHOL TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 4 QUESTÕES:

HÉROE Y SOCIEDADE: UM MUNDO SIN HÉROES

En la sociedad actual hay mucho gurú, hay mucho ídolo, mucho

predicador, hay mucho de todo, pero ningún héroe. Sí, héroes. De esos

capaces de dar vuelta, con sus acciones y hazañas desinteresadas, los

acontecimientos de la historia. ¿Dónde están aquellos que dejaban su

vida por una causa que creían justa? ¿Es casual que un mundo sin

proyecto de futuro carezca de idealismos heroicos? 2¿No necesitamos

héroes o ya no nos importan?

1Abordar un tema semejante es, sin lugar a dudas, una tarea tan

titánica como polémica. Afirmar que ya no existen héroes es dar por

tierra los esfuerzos de muchísimas personas que, con sus acciones,

hacen un mundo mejor para todos. Bomberos, rescatistas, médicos,

científicos, ecologistas, voluntarios varios, todos ellos, y a su manera,

son héroes. ¡Claro que lo son! Algunos arriesgan sus vidas a diario para

salvar la de desconocidos. Otros luchan contra la muerte y encuentran

curas para enfermedades terminales. Y están aquellos que, de forma

voluntaria, ofrecen una mano al que la necesita, sin pedir nada a cambio.

Pero 3nosotros hablamos de otro tipo de héroes. Aquel ser mítico que

puede cambiar la historia con una de sus hazañas, con su sacrificio. 4Hablamos de un Gandhi, de un Martin Luther King, de un William

Wallace, entre tantos otros que nos dejó el pasado. Gente, común y

corriente, que dejó su marca en la historia y que cambió el mundo y

nuestra concepción del mismo. Personas que inspiraron (e inspiran) con

su valor y sus ideales al mundo entero.

En un excelente escrito, que 5recomendamos inmensamente leer de

cabo a rabo, Joaquín Aguirre llega a la conclusión de que los valores

heroicos y los valores sociales necesitan estar vinculados. Y que para

que aparezca un héroe en la sociedad actual, la misma debe tener un

grado de cohesión suficiente como para que se lo reconozca como tal.

"Sin valores no hay héroe; sin valores compartidos, precisando más, no

puede existir un personaje que permita la ejemplificación heroica. El

héroe es siempre una propuesta, una encarnación de ideales. La

condición de héroe, por tanto, proviene tanto de sus acciones como del

valor que los demás le otorgan."

Y hete aquí el problema. La cohesión social hoy no existe. Los

valores no son unánimes, sino que hay tantos ideales como personas.

Los que unos creen importante, otros lo desechan por trivial. Somos una

sociedad individualista, que vive en un mundo globalizado sin ningún

sentido de comunidad. Lo que para un pequeño grupo de individuos

puede ser un héroe, para toda la mayoría es o un payaso o un enemigo.

Lo que es peor, y mucho más importante, es que no hay ninguna

coincidencia hacía donde queremos dirigirnos como mundo, como

sociedad.

MAXIMILIANO FERZZOLA. www.neoteo.com

QUESTÃ0 9

Se encuentra en el texto una explicación de Joaquín Aguirre para la

ausencia de héroes.

Según él, héroes suelen surgir cuando la sociedad se propone a:

a) valorar situaciones límites b) lograr objetivos colectivos c) constituir distintos grupos d) reconocer necesidades individuales QUESTÃ0 10

El uso de la primera persona del plural puede tener distintos objetivos.

La frase en la que el autor, además de implicarse, incluye al lector es:

a) "¿No necesitamos héroes o ya no nos importan?" (ref. 2) b) "nosotros hablamos de otro tipo de héroes." (ref. 3) c) "Hablamos de un Gandhi, de un Martin Luther King," (ref. 4) d) "recomendamos inmensamente leer de cabo a rabo," (ref. 5)

QUESTÃO 11 Maximiliano Ferzzola hace defensa de un tipo específico de héroe.

Por su explicación, se puede concluir que su héroe se caracteriza por

encima de todo por:

a) investigar con ahinco la cura para enfermedades b) luchar con coraje contra las calamidades naturales c) ofrecer con presteza ayuda a los pobres necesitados d) buscar con hombría soluciones para las injusticias sociales QUESTÃ0 12

"Abordar un tema semejante es, sin lugar a dudas, una tarea tan titánica

como polémica." (ref. 1)

Esa afirmación del autor puede ser entendida como:

a) identificar ideales es necesario b) tratar de valores es impositivo c) exponer ideas es controverso d) explicitar argumentos es inapropriado

MATEMÁTICA QUESTÃO 13

Uma empresa oferece dois cursos não obrigatórios aos seus funcionários no momento da admissão: Primeiros Socorros e Prevenção de Incêndios. Essa empresa tem hoje 500 funcionários. Desses, 200 fizeram o curso de Primeiros Socorros, 150 fizeram o de Prevenção de Incêndios e 70 fizeram os dois cursos. O Departamento de Pessoal da empresa está fazendo uma pesquisa sobre a qualidade dos cursos ofertados e sorteia aleatoriamente, dentre seus funcionários, aqueles que responderão a um questionário. Qual é a probabilidade de se sortear um funcionário que não tenha feito nenhum dos dois cursos? a) 86% b) 44% c) 42% d) 30% e) 6% QUESTÃO 14 Dados os conjuntos A = {x € IR I -2 < X ≤ A} e B = {X € IR I X > 0}, a intersecção entre eles é dada pelo conjunto

a) {X € IR I 0 < X ≤ 4} b) {x € IR I X ≤ 0} c) {x € IR I X > -2} d) {x € IR I X ≤ 4} QUESTÃO 15 Em uma pesquisa para estudar a incidência de três fatores de risco (A, B e C) para doenças cardíacas em homens, verificou-se que, do total da população investigada,

15% da população apresentava apenas o fator A; 15% da população apresentava apenas o fator B; 15% da população apresentava apenas o fator C; 10% da população apresentava apenas os fatores A e B; 10% da população apresentava apenas os fatores A e C; 10% da população apresentava apenas os fatores B e C; em 5% da população os três fatores de risco ocorriam simultaneamente. Da população investigada, entre aqueles que não apresentavam o fator de risco A, a porcentagem dos que não apresentavam nenhum dos três fatores de risco é, aproximadamente,

a) 20% b) 50% c) 25% d) 66% e) 33% QUESTÃO 16 Uma equipe de professores corrigiu, em três dias de correção de um

vestibular, números de redações iguais a 702, 728 e 585. Em cada

dia, as redações foram igualmente divididas entre os professores.

O número de professores na equipe é um divisor de a) 52 b) 54 c) 60 d) 68 e) 77

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QUESTÃO 17

Com relação ao movimento dos cometas no universo, sabemos que muitos deles passam pelo planeta Terra em períodos de anos definidos. Os cometas A e B passam de 20 em 20 anos e 35 em 35 anos respectivamente, e suas últimas aparições na Terra ocorreram em 1930. A próxima passagem dos dois pela Terra ocorrerá no ano de:

a) 2072 b) 2.060 c) 2.075 d) 2.070 e) 2.065 QUESTÃO 18 A cor de uma estrela tem relação com a temperatura em sua superfície. Estrelas não muito quentes (cerca de 3 000 K) nos parecem avermelhadas. Já as estrelas amarelas, como o Sol, possuem temperatura em torno dos 6 000 K; as mais quentes são brancas ou azuis porque sua temperatura fica acima dos 10.000 K. A tabela apresenta uma classificação espectral e outros dados para as estrelas dessas classes.

Estrelas da Sequência Principal

Classe Espectral

Temperatura Luminosidade Massa Raio

O5 40.000 55 10 40 18

B0 28.000 42 10 18 7

A0 9.900 80 3 2.5

G2 5.770 1 1 1

M0 3.480 0,06 0,5 0,6

Temperatura em Kelvin

Luminosa, massa e raio, tomando o Sol como unidade. Disponível em: http://www.zenite.nu. Acesso em: 1 maio 2010 (adaptado).

Se tomarmos uma estrela que tenha temperatura 5 vezes maior que a temperatura do Sol, qual será a ordem de grandeza de sua luminosidade? a) 20 000 vezes a luminosidade do Sol. b) 28 000 vezes a luminosidade do Sol. c) 28 850 vezes a luminosidade do Sol. d) 30 000 vezes a luminosidade do Sol. e) 50 000 vezes a luminosidade do Sol. QUESTÃO 19 Sabe-se que n é um número natural e maior do que 1. Então o valor da expressão

2n 2n 22 2

5

é

a) 1

5

b) 2 c) 2

n

d) n

2

e) n

5

QUESTÃO 20

O valor numérico da expressão 2 268 32 está compreendido no

intervalo a) [30,40[ b) [40,50[ c) [50,60[ d) [60,70[

QUÍMICA QUESTÃO 21 Certas ligas estanho-chumbo com composição específica formam um eutético simples, o que significa que uma liga com essas características se comporta como uma substância pura, com um ponto de fusão definido, no caso 183°C. Essa é uma temperatura inferior mesmo ao ponto de fusão dos metais que compõem esta liga (o estanho puro funde a 232°C e o chumbo puro a 320°C) o que justifica sua ampla utilização na soldagem de componentes eletrônicos, em que o excesso de aquecimento deve sempre ser evitado. De acordo com as normas internacionais, os valores mínimo e máximo das densidades para essas ligas são de 8,74 g/mL e 8,82 g/mL, respectivamente. As densidades do estanho e do chumbo são 7,3 g/mL e 11,3 g/mL, respectivamente. Um lote contendo 5 amostras de solda estanho-chumbo foi analisado por um técnico, por meio da determinação de sua composição percentual em massa, cujos resultados estão mostrados no quadro a seguir.

Amostra Porcentagem de

Sn (%) Porcentagem de

Pb (%)

I 60 40

II 62 38

III 65 35

IV 63 37

V 59 41

Com base no texto e na análise realizada pelo técnico, as amostras que atendem às normas internacionais são a) I e II. b) I e III. c) II e IV. d) III e V. e) IV e V. QUESTÃO 22 Um dos problemas ambientais atuais é gerado pelo descarte inadequado de materiais plásticos, motivo pelo qual tem sido estimulada sua reciclagem. Essa reciclagem apresenta várias dificuldades, uma das quais é a natureza do material encaminhado para processamento, constituído por uma mistura de diferentes polímeros, que devem ser separados antes de processados. Na tabela são apresentadas as densidades dos polímeros presentes em um lote de material a ser reciclado, bem como dos líquidos, totalmente miscíveis entre si, disponíveis para a separação dos polímeros por flotação. O fluxograma representa as etapas do processo utilizado para a separação dos polímeros; após cada etapa, as frações são separadas e secadas antes de serem submetidas às etapas seguintes.

Com respeito aos líquidos utilizados nas etapas finais do processo, é possível dizer que: a) X pode ser álcool puro. b) Y pode ser glicerina pura. c) X pode ser tanto álcool puro como glicerina pura. d) Y pode ser tanto glicerina pura como álcool puro. e) X e Y podem ser misturas de água e glicerina.

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QUESTÃO 23

Considere uma mistura heterogênea constituída de acetona, água, sal de cozinha, areia, limalha de ferro e óleo. Essa mistura foi submetida ao seguinte esquema de separação:

Com relação às técnicas usadas nas operações 1 a 5, assinale a alternativa que contém a sequência correta utilizada na separação dos diferentes componentes da mistura: a) Separação magnética, filtração, decantação, destilação simples e

destilação fracionada. b) Levigação, decantação, destilação simples, filtração e destilação

fracionada. c) Separação magnética, filtração, destilação fracionada, decantação e

destilação simples. d) Levigação, filtração, dissolução, destilação simples e decantação. e) Separação magnética, filtração, decantação, destilação fracionada e

destilação simples. QUESTÃO 24 Uma liga de estanho e chumbo se comporta como uma mistura eutética.

Assinale a alternativa que representa o gráfico temperatura ( C)

tempo (min) da curva de aquecimento de uma substância pura e de

uma mistura eutética, respectivamente.

Considere: S sólido L líquido G gasoso (estados

físicos da matéria) a)

b)

c)

d)

e)

QUESTÃO 25 São dadas as seguintes informações relativas aos átomos. I. X é isóbaro de Y e isótono de Z. II. Y tem número atômico 56, número de massa 137 e é isótopo de Z. III. O número de massa de Z é 138. Os quatro números quânticos do elétron diferenciador do átomo X são: Adote a convenção de que o primeiro elétron a ocupar um orbital possui

o número quântico de spin igual a 1 2.

a) n = 5; ℓ = 0; m = 0; s = +1

2.

b) n = 6; ℓ = 0; m = 0; s = -1

2.

c) n = 4; ℓ = 2; m = +2; s = +1

2.

d) n = 6; ℓ = 1; m = 0; s = -1

2.

e) n = 6; ℓ = 0; m = -1; s = -1

2.

QUESTÃO 26 O ano de 2015 foi eleito como o Ano Internacional da Luz, devido à importância da luz para o Universo e para a humanidade. A iluminação artificial, que garantiu a iluminação noturna, impactou diretamente a qualidade de vida do homem e o desenvolvimento da civilização. A geração de luz em uma lâmpada incandescente se deve ao aquecimento de seu filamento de tungstênio provocado pela passagem de corrente

elétrica, envolvendo temperaturas ao redor de 3.000 C.

Algumas informações e propriedades do isótopo estável do tungstênio estão apresentadas na tabela.

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A partir das informações contidas na tabela, é correto afirmar que o átomo neutro de tungstênio possui a) 73 elétrons. b) 2 elétrons na camada de valência. c) 111 nêutrons. d) 184 prótons. e) 74 nêutrons. QUESTÃO 27 Numere a segunda coluna de acordo com a primeira, relacionando os nomes dos cientistas com os modelos atômicos.

1. Dalton

2. Rutheford

3. Niels Bohr

4. J. J. Thomson

( ) Descoberta do átomo e seu tamanho relativo.

( ) Átomos esféricos, maciços, indivisíveis.

( ) Modelo semelhante a um "pudim de passas" com cargas positivas e

negativas em igual número.

( ) Os átomos giram em torno do núcleo em determinadas órbitas.

Assinale a sequência CORRETA encontrada:

a) 1 - 2 - 4 - 3 b) 1 - 4 - 3 - 2 c) 2 - 1 - 4 - 3 d) 3 - 4 - 2 - 1 e) 4 - 1 - 2 - 3 QUESTÃO 28 O mercúrio e o chumbo são ameaça constante para o homem. A inalação de vapores de mercúrio, que atinge os garimpeiros que empregam o mercúrio para extrair ouro, provoca vertigens, tremores e danos aos pulmões e ao sistema nervoso. No caso do chumbo, que sob forma metálica não é venenoso, seus compostos, usados durante muito tempo como pigmentos de tintas, podem ocasionar infertilidade e envenenamento (plumbismo), causa provável da morte de alguns pintores renascentistas. Pela posição desses dois elementos na tabela periódica, podemos afirmar que: a) o chumbo é mais eletronegativo do que o mercúrio. b) chumbo e mercúrio pertencem ao mesmo grupo da tabela periódica. c) chumbo e mercúrio não possuem o mesmo número de camadas ocupadas. d) chumbo e mercúrio possuem o mesmo raio atômico. e) cloreto de mercúrio II, HgCØ‚, possui massa molar maior do que cloreto de chumbo II, PbCØ‚.

BIOLOGIA QUESTÃO 29

Entre as pessoas muito pobres, a deficiência calórica e protéica está

comumente associada à deficiência de vitaminas e sais minerais.

Assinale a alternativa que indica os efeitos causados pela deficiência ou

ausência das vitaminas A, D e de FERRO.

a) raquitismo, cegueira noturna, distrofia muscular. b) raquitismo, escorbuto, hemorragia. c) anemia, esterilidade, raquitismo. d) cegueira noturna, hemorragia, escorbuto. e) cegueira noturna, raquitismo, anemia. QUESTÃO 30 Os adubos inorgânicos industrializados, conhecidos pela sigla NPK, contêm sais de três elementos químicos: nitrogênio, fósforo e potássio. Qual das alternativas indica as principais razões pelas quais esses elementos são indispensáveis à vida de uma planta? a) Nitrogênio - É constituinte de ácidos nucléicos e proteínas; Fósforo - É

constituinte de ácidos nucléicos e proteínas; Potássio - É constituinte de ácidos nucléicos, glicídios e proteínas.

b) Nitrogênio - Atua no equilíbrio osmótico e na permeabilidade celular; Fósforo - É constituinte de ácidos nucléicos; Potássio - Atua no equilíbrio osmótico e na permeabilidade celular.

c) Nitrogênio - É constituinte de ácidos nucléicos e proteínas; Fósforo - É constituinte de ácidos nucléicos; Potássio - Atua no equilíbrio osmótico e na permeabilidade celular.

d) Nitrogênio - É constituinte de ácidos nucléicos, glicídios e proteínas; Fósforo - Atua no equilíbrio osmótico e na permeabilidade celular; Potássio - É constituinte de proteínas.

e) Nitrogênio - É constituinte de glicídios; Fósforo - É constituinte de ácidos nucléicos e proteínas; Potássio - Atua no equilíbrio osmótico e na permeabilidade celular.

QUESTÃO 31 A água é um dos componentes mais importantes das células. A tabela a seguir mostra como a quantidade de água varia em seres humanos, dependendo do tipo de célula. Em média, a água corresponde a 70% da composição química de um indivíduo normal.

Tipo de célula Quantidade

de água

Tecido nervoso – substância cinzenta 85%

Tecido nervoso – substância branca 70%

Medula óssea 75%

Tecido conjuntivo 60%

Tecido adiposo 15%

Hemácias 65%

Ossos sem medula 20%

Durante uma biópsia, foi isolada uma amostra de tecido para análise em um laboratório. Enquanto intacta, essa amostra pesava 200 mg. Após secagem em estufa, quando se retirou toda a água do tecido, a amostra passou a pesar 80 mg. Baseado na tabela, pode-se afirmar que essa é uma amostra de a) tecido nervoso - substância cinzenta. b) tecido nervoso - substância branca. c) hemácias. d) tecido conjuntivo. e) tecido adiposo. QUESTÃO 32 As moléculas mais utilizadas pela maioria das células para os processos de conversão de energia e produção de ATP (trifosfato de adenosina) são os carboidratos. Em média, um ser humano adulto tem uma reserva energética na forma de carboidratos que dura um dia. Já a reserva de lipídeos pode durar um mês. O armazenamento de lipídeos é vantajoso sobre o de carboidratos pelo fato de os primeiros terem a característica de serem:

a) isolantes elétricos. b) pouco biodegradáveis. c) saturados de hidrogênios. d) majoritariamente hidrofóbicos. e) componentes das membranas. QUESTÃO 33 Sobre as macromoléculas biológicas presentes em todos os organismos, é correto afirmar que

a) os carboidratos são as macromoléculas encontradas em maior quantidade nos tecidos vivos.

b) os carboidratos podem ter função estrutural como, por exemplo, a quitina presente nos artrópodes.

c) os monômeros das proteínas são os aminoácidos cujas diversificadas funções incluem o armazenamento de energia.

d) os ácidos graxos saturados são encontrados somente em animais, pois as plantas não produzem colesterol.

e) as bases nitrogenadas encontradas no DNA e no RNA são as mesmas.

QUESTÃO 34 A mutação conhecida como 35delG que ocorre no gene conexina 26, encontrado no braço longo do cromossomo 13, é responsável pela surdez congênita. Esse locus é conhecido como hot spot (ponto quente) do gene, um lugar suscetível a alterações, provavelmente por causa da repetição da base guanina. A base nitrogenada que se repete no gene conexina 26 é a) exclusiva do ácido desoxirribonucleico b) presa ao fosfato do DNA por ligações fosfodiéster c) classificada como púrica ou purina d) unida à base adenina por duas ligações de hidrogênio e) complementar à base uracila

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QUESTÃO 35

No interior de uma célula mantida a 40 C ocorreu uma reação

bioquímica enzimática exotérmica. O gráfico 1 mostra a energia de

ativação (Ea) envolvida no processo e o gráfico 2 mostra a atividade da

enzima que participa dessa reação, em relação à variação da temperatura.

Se essa reação bioquímica ocorrer com a célula mantida a 36 C, a

energia de ativação (Ea) indicada no gráfico 1 e a velocidade da

reação serão, respectivamente,

a) a mesma e a mesma. b) maior e menor. c) menor e menor. d) menor e maior. e) maior e maior. QUESTÃO 36 Os ácidos nucleicos são assim denominados devido ao seu caráter ácido e em razão de terem sido originalmente descobertos no núcleo das células. Sobre essas moléculas, podemos afirmar corretamente que a) as duas cadeias polinucleotídicas de DNA se orientam de forma

antiparalela e mantêm-se unidas por ligações fosfodiéster. b) uma das diferenças entre os dois tipos de ácidos nucleicos é a sua

localização dentro das células, o DNA somente no núcleo e o RNA somente no citoplasma.

c) na cadeia polinucleotídica de RNA, os nucleotídeos se ligam uns aos outros por meio de ligações de hidrogênio.

d) na composição dos nucleotídeos dessas moléculas, são encontradas uma hexose, um fosfato e uma base nitrogenada.

e) se no DNA de uma célula forem encontrados 18% de nucleotídeos

com a base nitrogenada timina (T), serão encontrados, também,

32% de nucleotídeos com a base nitrogenada citosina (C).

FÍSICA QUESTÃO 37

Automóveis cada vez mais potentes estão sempre sendo apresentados na mídia, de modo a atrair compradores. O desempenho de um novo modelo é registrado no gráfico abaixo:

Se esse automóvel continuar se deslocando com a mesma aceleração

dos 4 primeiros segundos de contagem do tempo, ele atingirá, aos 10

segundos, uma velocidade de:

a) 108 km/h b) 198 km/h c) 216 km/h d) 230 km/h e) 243 km/h QUESTÃO 38 Uma partícula realizou um movimento unidimensional ao longo de um

eixo ox e o comportamento da sua posição x, em função do tempo t,

foi representado em um gráfico, ilustrado na figura a seguir.

Analise as seguintes afirmativas referentes ao movimento realizado por essa partícula:

I. Entre os instantes 3 s e 6 s, a partícula realizou um movimento

uniforme.

II. Entre os instantes 0 s e 3 s, a partícula realizou um movimento

acelerado.

III. Entre os instantes 3 s e 6 s, a partícula estava em repouso.

IV. No instante 8 s, a partícula estava na origem do eixo x.

Estão corretas apenas as afirmativas a) I e II. b) I e IV. c) II e III. d) III e IV. QUESTÃO 39 Considere uma partícula sendo atirada verticalmente para cima com forças de arrasto desprezíveis. Diante disso, são feitas as seguintes afirmações: I. A velocidade varia de forma constante a cada instante de tempo. II. A velocidade da partícula e sua aceleração no ponto de altura máxima

se anulam. III. Os tempos de subida e descida, em relação ao ponto de lançamento,

são diferentes. IV. Em uma determinada altura, durante a trajetória, as velocidades na

subida e na descida são iguais.

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Estão corretas apenas as afirmações a) II e III. b) II e IV. c) I e III. d) I e IV. QUESTÃO 40 Existem várias versões do Caminho de Santiago, que são trajetos percorridos anualmente por milhares de peregrinos que se dirigem à cidade de Santiago de Compostela, na Espanha, com a finalidade de venerar o apóstolo Santiago Maior. Considere que uma pessoa

percorreu um desses caminhos em 32 dias, andando a distância total

de 800 km e caminhando com velocidade média de 3,0 km h. O

tempo que essa pessoa caminhou por dia, em média, foi de

a) 7 horas e 20 minutos. b) 8 horas e 20 minutos. c) 7 horas e 40 minutos. d) 8 horas e 40 minutos. e) 9 horas e 40 minutos. QUESTÃO 41 A velocidade dos navios em relação ao solo é medida por uma unidade

denominada nó que equivale aproximadamente a 1,85 km h.

Considere um navio que partiu às 02 : 00 h em direção a um porto

situado a 74.000 m, com uma velocidade de 10 nós em relação à

água. Supondo que não existam correntes marítimas e que a velocidade do navio permaneça constante, o navio chegará ao porto às a) 18:00 h b) 09:40 h c) 06:00 h d) 04:00 h QUESTÃO 42 A volta da França é uma das maiores competições do ciclismo mundial. Num treino, um ciclista entra num circuito reto e horizontal (movimento

em uma dimensão) com velocidade constante e positiva. No instante 1t ,

ele acelera sua bicicleta com uma aceleração constante e positiva até o

instante 2t . Entre 2t e 3t , ele varia sua velocidade com uma

aceleração também constante, porém negativa. Ao final do percurso, a

partir do instante 3t , ele se mantém em movimento retilíneo uniforme.

De acordo com essas informações, o gráfico que melhor descreve a velocidade do atleta em função do tempo é a)

b)

c)

d)

QUESTÃO 43 Um corpo que descreve um movimento retilíneo e uniformemente

variado sai do repouso e varia sua velocidade em 2 m s a cada

segundo. Nessas condições, podemos dizer que a velocidade do corpo e

o seu deslocamento ao final do primeiro minuto, são, em m s e m,

respectivamente

a) 120 e 36 b) 100 e 30 c) 120 e 1800 d) 100 e 60 e) 120 e 3600 QUESTÃO 44

Um automóvel possui velocidade constante v 20 m s. Ao avistar

um semáforo vermelho à sua frente, o motorista freia o carro imprimindo

uma aceleração de 22 m s . A distância mínima necessária para o

automóvel parar, em m, é igual a

(Despreze qualquer resistência do ar neste problema)

a) 50.

b) 200.

c) 400.

d) 10.

e) 100.

HISTÓRIA QUESTÃO 45 (Upe-ssa 1) Obser ve a i mag em a seguir:

Afirmo, portanto, que tínhamos atingido já o ano bem farto da Encarnação do Filho de Deus, de 1348, quando, na mui excelsa cidade de Florença, (...) sobreveio a mortífera pestilência. (...) apareciam no começo, tanto em homens como nas mulheres, ou na virilha ou na axila,

algumas inchações (...) chamava‐as o populacho de bubões (...). Giovanni Boccaccio, Decamerão.

A respeito da Peste Negra do século XIV, é correto afirmar: a) Provocou gravíssima queda demográfica, que afetou grande parte da

produção econômica europeia.

b) Originou‐se no Oriente, penetrou no continente europeu pelos portos e manteve‐se restrita à Península Itálica.

c) Foi provocada pela fome e pela desnutrição dos camponeses e favoreceu o processo de centralização política.

d) Foi contida pelo caráter de subsistência da economia europeia, que dificultava o contato humano e, assim, o contágio.

e) Estimulou as investidas contra os territórios muçulmanos no movimento conhecido como Segunda Cruzada.

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QUESTÃO 46 Os comentadores do texto sagrado (…) reconhecem a submissão da mulher ao homem como um dos momentos da divisão hierárquica que regula as relações entre Deus, Cristo e a humanidade, encontrando ainda a origem e o fundamento divino daquela submissão na cena primária da criação de Adão e Eva e no seu destino antes e depois da queda.

CASAGRANDE, C., A mulher sob custódia, in: História das Mulheres, Lisboa: Afrontamento, 1993, v. 2, p. 122‐123.

O excerto refere-se à apreensão de determinadas passagens bíblicas pela cristandade medieval, especificamente em relação à condição das mulheres na sociedade feudal. A esse respeito, é correto afirmar: a) As mulheres originárias da nobreza podiam ingressar nos conventos e

ministrar os sacramentos como os homens de mesma condição social.

b) A culpabilização das mulheres pela expulsão do Paraíso Terrestre servia de justificativa para sua subordinação social aos homens.

c) As mulheres medievais eram impedidas do exercício das atividades políticas, ao contrário do que acontecera no mundo greco-romano.

d) As mulheres medievais eram iletradas e tinham o acesso à cultura e às artes proibido, devido à sua condição social e natural.

e) A submissão das mulheres medievais aos homens esteve desvinculada de normatizações acerca da sexualidade.

QUESTÃO 47 Os estudiosos muçulmanos adaptaram a herança recebida dos povos arabizados. Entre os domínios conquistados pelos muçulmanos estavam a Mesopotâmia e o antigo Egito, civilizações que desde cedo observaram os fenômenos astronômicos. O estudo dos fenômenos naturais no Crescente Fértil possibilitou a agricultura e perdurou por milênios. Nas costas do Mar Egeu, na região da Jônia, surgiram no século VI a.C. as primeiras explicações dos fenômenos naturais desvinculadas dos desígnios divinos. E as conquistas de Alexandre permitiram o início do intercâmbio entre o conhecimento grego, de um lado, e o dos antigos impérios egípcio, babilônico e persa, de outro. Além disso, houve trocas científicas e culturais com os indianos. O império árabe-islâmico foi, a partir do século VII, o herdeiro desse legado científico multicultural, ao qual os estudiosos muçulmanos deram seus aportes ao longo da Idade Média.

(Adaptado de Beatriz Bissio, O mundo falava árabe. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2012, p. 200-201.)

Considerando o texto acima sobre o Islã Medieval e seus conhecimentos, assinale a alternativa correta.

a) A extensão do território sob domínio islâmico e a liberdade religiosa e cultural implementada nessas áreas aceleraram a construção de novos conhecimentos pautados na cosmologia ocidental.

b) A partir do século VII, o avanço dos exércitos islâmicos garantiu a expansão do império de forma ditatorial sobre antigos núcleos culturais da Índia até as terras gregas do Império Bizantino, chegando à Espanha.

c) Os conhecimentos sobre os fenômenos naturais construídos pelos mesopotâmicos, egípcios, macedônicos, babilônicos, persas, entre outros povos, foram ignorados pelo Islã Medieval, marcado pelo fundamentalismo religioso.

d) A difusão de saberes multiculturais foi uma das marcas do Império árabe-islâmico, sendo ele a via de transmissão do sistema numérico indiano para o Ocidente e de obras da filosofia greco-romana para o Oriente.

QUESTÃO 48 Um grande manto de florestas e várzeas cortado por clareiras cultivadas, mais ou menos férteis, tal é o aspecto da Cristandade – algo diferente do Oriente muçulmano, mundo de oásis em meio a desertos. Num local a madeira é rara e as árvores indicam a civilização, noutro a madeira é abundante e sinaliza a barbárie. A religião, que no Oriente nasceu ao abrigo das palmeiras, cresceu no Ocidente em detrimento das árvores, refúgio dos gênios pagãos que monges, santos e missionários abatem impiedosamente.

J. Le Goff. A civilização do ocidente medieval. Bauru: Edusc, 2005. Adaptado.

Acerca das características da Cristandade e do Islã no período medieval, pode-se afirmar que a) o cristianismo se desenvolveu a partir do mundo rural, enquanto a

religião muçulmana teve como base inicial as cidades e os povoados da península arábica.

b) a concentração humana assemelhava-se nas clareiras e nos oásis, que se constituíam como células econômicas, sociais e culturais, tanto da Cristandade quanto do Islã.

c) a Cristandade é considerada o negativo do Islã, pela ausência de cidades, circuitos mercantis e transações monetárias, que abundavam nas formações sociais islâmicas.

d) o clero cristão, defensor do monoteísmo estrito, combateu as práticas pagãs muçulmanas, arraigadas nas florestas e nas regiões desérticas da Cristandade ocidental.

e) a expansão econômica islâmica caracterizou-se pela ampliação das fronteiras de cultivo, em detrimento das florestas, em um movimento inverso àquele verificado no Ocidente medieval.

QUESTÃO 49 Este documento, do século XIV, encontra-se nos arquivos de Assize, na ilha de Ely, na Inglaterra: Adam Clymne foi preso como insurgente e traidor de seu juramento e porque traiçoeiramente com outros celebrou uma insurreição em Ely. Penetrando na casa de Thomas Somenour onde se apossou de diversos documentos e papéis selados. E ainda, que o mesmo Adam no momento da insurreição, estava andando armado e oferecendo armas, levando um estandarte, para reunir insurgentes, ordenando que nenhum homem de qualquer condição, livre ou não, deveria obedecer ao senhor e prestar os serviços habituais, sob pena de degola. O acima mencionado Adam é culpado de todas as acusações. Pela ordem da justiça, o mesmo Adam foi levado e enforcado.

(Leo Huberman. História da riqueza do homem, 2008. Adaptado)

Considerando o documento, é correto afirmar que, no século XIV, ]a) as violentas revoltas e mortes de camponeses foram provocadas pelo

desespero em não conseguir pagar, em dinheiro, aos senhores feudais, as novas taxas e o aumento das já existentes, além da exigência de mais tempo de trabalho nas reservas senhoriais.

b) as revoltas camponesas aconteceram, tanto na Inglaterra como na França, contra os cercamentos, que empobreceram os trabalhadores e os obrigaram a deixar a terra pelo não pagamento do aumento dos aluguéis, o que enriqueceu ainda mais os senhores da terra.

c) a impossibilidade de juntar dinheiro para a compra da terra onde trabalhavam fez com que muitos camponeses se revoltassem, porque se colocaram contra os senhores que aumentaram os impostos e exigiram o pagamento de novos; algo considerado ilegal.

d) o recrudescimento da servidão decorria de uma nova estrutura econômica presente na Inglaterra, onde as pequenas propriedades rurais e os campos comunais perdiam espaço para os latifúndios produtores de matéria-prima para a nascente indústria.

e) as insurreições camponesas ocorridas na Inglaterra e parte do Norte da Europa decorreram do rápido processo de dissolução dos laços servis de produção, dirigido por uma nova elite de proprietários rurais, que detinha forte representação no Parlamento inglês.

QUESTÃO 50 O surgimento das primeiras universidades, nos séculos XII e XIII, marca um momento capital da história do Ocidente medieval. Em relação à época anterior, esse momento comportou elementos de continuidade e de ruptura. Os primeiros devem ser buscados na localização urbana das universidades, no conteúdo dos ensinamentos, no papel social dos homens de saber. Já os elementos de ruptura foram inicialmente de ordem institucional. No âmbito das instituições educativas, este sistema era novo e original. As comunidades autônomas dos mestres e dos estudantes eram protegidas pelas mais altas autoridades leigas e religiosas daquele tempo, permitindo tanto progressos no domínio dos métodos intelectuais e em sua difusão como uma inserção mais eficiente das pessoas de saber na sociedade da época.

(Adaptado de J. Verger, Cultura, ensino e sociedade no ocidente nos séculos XII e XIII. Bauru: EDUSC, 2001, p.189-190.)

Considerando o texto e seus conhecimentos sobre o período medieval, assinale a alternativa correta. a) A Igreja Católica apoiava a estruturação das universidades medievais,

que representavam o avanço das ciências e a superação de dogmas e das teorias teocêntricas.

b) A organização institucional diferencia as universidades medievais das corporações de ofícios, visto que seu método de estudo estava calcado na escolástica, caracterizando o atraso do mundo medieval.

c) Uma ruptura trazida pelas universidades medievais foi o início da atuação dos copistas nas bibliotecas, que copiavam sistematicamente a produção de autores latinos críticos aos dogmas religiosos.

d) A institucionalização das universidades medievais era um dado novo no período; essas instituições se caracterizavam pelo apoio das autoridades de dentro e de fora da Igreja, e pela maior autonomia e inserção social de seus membros.

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QUESTÃO 51

TEXTO I A centralização econômica, o protecionismo e a expansão ultramarina engrandeceram o Estado, embora beneficias sem a burguesia incipiente. ANDERSON, P. In: DEYON, P. O mercantilismo. Lisboa: Gradiva, 1989 (adaptado).

TEXTO II As interferências da legislação e das práticas exclusivistas restringem a operação benéfica da lei natural na esfera das relações econômicas.

SMITH, A. A riqueza das Nações. São Paulo: Abril Cultural, 1983 (adaptado).

Entre os séculos XVI e XIX, diferentes concepções sobre as relações entre Estado e economia foram formuladas. Tais concepções, associadas a cada um dos textos, confrontam-se, respectivamente, na oposição entre as práticas de

a) valorização do pacto colonial — combate à livre-iniciativa. b) defesa dos monopólios régios — apoio à livre concorrência. c) formação do sistema metropolitano — crítica à livre navegação. d) abandono da acumulação metalista — estímulo ao livre-comércio. e) eliminação das tarifas alfandegárias — incentivo ao livre-cambismo. QUESTÃO 52 A cidade medieval é, antes de mais nada, uma sociedade da abundância, concentrada num pequeno espaço em meio a vastas regiões pouco povoadas. Em seguida, é um lugar de produção e de trocas, onde se articulam o artesanato e o comércio, sustentados por uma economia monetária. É também centro de um sistema de valores particular, do qual emerge a prática laboriosa e criativa do trabalho, o gosto pelo negócio e pelo dinheiro, a inclinação para o luxo, o senso da beleza. E ainda um sistema de organização de um espaço fechado com muralhas, onde se penetra por portas e se caminha por ruas e praças e que é guarnecido por torres.

LE GOFF, J.; SCHMITT, J.-C. Dicionário temático do Ocidente Medieval. Bauru: Edusc, 2006.

No texto, o espaço descrito se caracteriza pela associação entre a ampliação das atividades urbanas e a a) emancipação do poder hegemônico da realeza. b) aceitação das práticas usurárias dos religiosos. c) independência da produção alimentar dos campos. d) superação do ordenamento corporativo dos ofícios. e) permanência dos elementos arquitetônicos de proteção.

GEOGRAFIA

QUESTÃO 53

Uma das características da globalização é a intensidade das inovações tecnológicas nas telecomunicações e na informática. Nos últimos anos, as redes sociais da Internet tiveram papel relevante na difusão de ideários políticos, contribuindo para a) disseminar doutrinas de extrema direita que resultaram em atentados

terroristas em países como a Noruega e os Estados Unidos. b) difundir ideais democráticos e organizar movimentos por democracia

contra regimes autoritários na Europa Ocidental. c) flexibilizar a censura à informação nos meios de comunicação em

regimes socialistas autoritários como a China e Coreia do Norte. d) disponibilizar para a opinião pública documentos secretos dos

governos, denunciando casos de desrespeito aos direitos humanos, a exemplo do site Wikileaks.

QUESTÃO 54 A charge ao lado brinca com o olhar geopolítico dos Estados Unidos sobre o mundo, na qual fica evidente o caráter pejorativo.

O termo “bêbados derrotados” para se referir à Rússia a) relaciona-se à reação xenófoba da população dos Estados Unidos às

migrações em massa de trabalhadores russos para os EUA após o fim do socialismo, taxando-os como beberrões e sem qualificação profissional.

b) refere-se ao fim da Guerra Fria, quando a URSS, derrotada frente à superioridade militar dos Estados Unidos, é obrigada por este país a se desfazer de todo seu arsenal nuclear.

c) faz referência ao excessivo consumo de vodka por parte da cúpula do partido comunista soviético, principal causa do fim do socialismo e da própria desintegração da antiga URSS.

d) faz referência à supremacia do capitalismo estabelecida com a crise do socialismo, sistema socioeconômico dominante neste país durante a maior parte do século XX.

QUESTÃO 55

Em finais do século XX, o processo de expansão do mercado mundial incorporou novos territórios, em virtude de diversos eventos políticos e econômicos. No caso dos países constantes do gráfico, o padrão de evolução do PNB per capita pode ser explicado por problemas associados a: a) processo de unificação territorial violento. b) crise mundial originada nos Estados Unidos. c) encarecimento dos serviços da dívida externa. d) transição da economia socialista para a capitalista. QUESTÃO 56

G-20 adota linha dura para combater crise

Grupo anuncia maior controle para o sistema financeiro

Cercada de expectativas, a reunião do G-20, grupo que congrega os

países mais ricos e os principais emergentes do mundo, chegou ao fim,

em Londres, com o consenso da necessidade de combate aos paraísos

fiscais e da criação de novas regras de fiscalização para o sistema

financeiro. Além disso, os líderes concordaram, dentre várias medidas,

em injetar US$ 1,1 trilhão na economia para debelar a crise.

Adaptado de http://zerohora.clicrbs.com.br

A passagem da década de 1980 para a de 1990 ficou marcada como um

momento histórico no qual se esgotou um arranjo geopolítico e teve

início uma nova ordem política internacional, cuja configuração mais

clara ainda está em andamento.

Conforme se observa na notícia, essa nova geopolítica possui a seguinte

característica marcante:

a) diminuição dos fluxos internacionais de capital b) aumento do número de polos de poder mundial c) redução das desigualdades sociais entre o Norte e o Sul d) crescimento da probabilidade de conflitos entre países centrais e

periféricos

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QUESTÃO 57

A atual Divisão Internacional do Trabalho é bem mais complexa do que

aquela encontrada ao longo da Segunda Revolução Industrial. Hoje há

maior variedade de formas de integração dos países às redes globais de

produção e circulação de riquezas.

As representações gráficas apresentadas foram feitas usando a técnica

de anamorfose, a qual altera a área dos territórios de modo proporcional

à informação que se quer apresentar.

A diferença na participação dos Estados Unidos, no primeiro e no

segundo gráficos, pode ser explicada em função dos seguintes fatores:

a) declínio das suas empresas e crise das multinacionais asiáticas b) participação do país no NAFTA e desenvolvimento acentuado da

indústria bélica c) sucessão de crises no setor de informática e grande número de

bancos globais do país d) elevação do custo de produção no território nacional e liderança no

setor de tecnologia de ponta QUESTÃO 58

A história em quadrinhos ilustra a relação entre oferta e procura como

propulsora da dinâmica de mercado.

Essa relação, no entanto, representa um problema central para a

economia, indicado na seguinte alternativa:

a) caráter contraditório do salário, que tanto é um custo para o empregador como é a base do consumo no mercado.

b) desequilíbrio provocado pela ação do Estado na economia, que tanto promove a acumulação como evita as crises econômicas.

c) desestímulo à poupança, que tanto aumenta o consumo nas nações desenvolvidas como amplia o mercado de produtos primários.

d) efeito negativo da redução dos lucros da economia globalizada, que tanto incentiva investimentos como produz o equilíbrio entre oferta e procura.

QUESTÃO 59 O gráfico e a reportagem a seguir estão relacionados a uma das temáticas mais importantes no mundo atual: a imigração.

"SOMOS FRANCESES, MAS NÃO FRANCESES DE VERDADE"

Manifestantes da comunidade de imigrantes incendiaram centenas de

carros e vários estabelecimentos comerciais durante a noite desta sexta-

feira (04/11) nos subúrbios pobres de Paris. Um incêndio a sudoeste da

capital francesa, em Trappes, consumiu um pátio de estacionamento

com 27 ônibus. (...)

Nas noites anteriores houve episódios nos quais os policiais utilizaram

bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha, e alguns

manifestantes responderam com tiros de munição real.

Os distúrbios se espalharam por várias outras cidades na noite de

quinta-feira, tendo havido ataques similares na cidade de Dijon, no norte

da França, e em Marselha, na costa mediterrânea.

Thomas Crampton e Katrin Bennhold

(Divulgado pelo NIEM - Núcleo Interdisciplinar de Estudo Migratórios - UERJ.

Uol. Mídia Global, 05/11/2005.)

A principal causa para a mudança verificada no gráfico, a partir de

meados dos anos 1970, e a correspondente consequência que ajuda a

compreender os problemas atuais da imigração estão apontadas em:

a) crise do modelo produtivo fordista - dificuldade de integração dos imigrantes, aumentando sua segregação.

b) elevação do crescimento vegetativo nacional - aumento dos gastos sociais do Estado, resultando em menor demanda de mão de obra.

c) término da Guerra Fria - crescimento político da extrema-direita, favorecendo a adoção de medidas de restrição à entrada de imigrantes.

d) consolidação da União Europeia - utilização crescente da mão de obra europeia, substituindo os imigrantes das nações subdesenvolvidas.

QUESTÃO 60 "Por trás da conversa mole de flexibilização e racionalização das relações de trabalho, está apenas outro capítulo, versão periferia dependente, da volta triunfante do capital ao seu paraíso perdido do “deixa fazer” total, pisando em todos os direitos conquistados pelo trabalho em 100 anos, no caminho. Estamos numa onda de retroação. Nações se desfazem em tribos, o mercantilismo selvagem volta travestido de globalização e o capital mal pode esperar a passagem do milênio para estar de novo no século XIX, desta vez com o computador e sem os socialistas."

(VERÍSSIMO, Luiz Fernando. "Jornal do Brasil", 11/08/98.)

Segundo alguns cientistas sociais, o quadro de retrocesso, denominado

pelo colunista como "onda de retroação", ocorre porque:

a) em função da crise energética em escala mundial, retorna-se às técnicas produtivas do passado

b) com o fim do bloco socialista, os capitalistas tentam reduzir as conquistas sociais dos trabalhadores

c) através do advento da informática, a indústria deixa de interligar as suas diversas unidades de produção

d) pela desaceleração do processo de industrialização, as relações de trabalho tradicionais perdem sua posição de destaque