Questionário de Ética

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Faculdades Integradas de Patos Curso de Bacharelado em Direito - 1 perodo A Disciplina: tica Geral e Profissional Aluno: Danilo Torres Barros

Questionrio

Patos/Pb Abril, 2011

Questo 01. Qual o papel tico dos defensores pblicos? Olhar no olho, tratar o materialmente despido de proteo como cidado, levantar a sua auto-estima, apresentar-lhe os direitos e a maneira de "tir-los do papel", dando voz a quem historicamente no a tem, um dos meios de acesso Justia, incumbido Defensoria Pblica; e, por consequncia, h um papel transformador ainda subutilizado: se o Estado preocupa-se com o necessitado atravs da Defensoria, este vai respeit-lo, ao contrrio do que acontece atualmente. Eis, assim, por exemplo, a diferena fundamental entre advocacia dativa e Defensoria Pblica: compromisso institucional legal com o acesso justia e o seu papel transformador e no, como ocorre com a advocacia dativa, acesso ao judicirio. A defesa tcnica no a funo primeira do Defensor Pblico; esta apenas mais das suas possibilidades e prerrogativas viabilizadoras da efetividade do acesso justia ao necessitado. a Defensoria Pblica, desta forma, a responsvel pela descoberta do verdadeiro problema que aflige o brasileiro excludo (na grande maioria dos casos, o diagnstico inicial, provocador da procura do Defensor, a ponta de um iceberg). Tal descoberta viabilizada por um atendimento digno, estruturado, inserido em uma verdadeira rede de cidadania, mediante estrutura humana e material na conformidade da determinao constitucional. O simples ato de protocolizar uma petio inicial apenas aumentaria o tamanho da parte submersa que um dia acabar por estourar e, provavelmente, prejudicar a vida em sociedade. No se pode simplesmente diminuir a febre, mas tem-se que curar a infeco.Questo 02. Em que consiste o processo tico na ao profissional dos defensores pblicos?

o direito de ter direitos que a Defensoria Pblica capaz de efetivar; direitos estes protagonizados diariamente pelas relaes vividas (e sofridas) por milhes de brasileiros. Se se brasileiro tem-se direito ao Estado Democrtico de Direito do qual constitui-se a Repblica Federativa do Brasil. Tal democracia concretizada sedimenta

o sentimento pblico e respeito ao Estado, capaz de firmar um crescimento nacional responsvel. Todavia, os mandamentos constitucionais, para prejuzo nacional, no tm sido devidamente cumpridos, o que implica uma trgica realidade de excluso social. Tal omisso estatal em conceder, de fato, Defensoria Pblica, o que esta j possui de direito, prejudica toda a sociedade brasileira, privada de uma grande e benfica transformao social positiva.

A Defensoria Pblica um agente de transformao social, instrumento de realizao do primado constitucional da igualdade de todos perante a lei que se esfora para, da melhor forma possvel dada a ausncia de sua devida estruturao (existe Estado brasileiro que em absoluta desobedincia Lei Maior ainda no conta, inexplicavelmente, com aDefensoria Pblica), mostrar que sem o acesso justia aos necessitados paz social uma palavra despida de efetividade. E a paz interessa a todos. O fato que valorizar a Defensoria Pblica valorizar o povo brasileiro.Questo 03. Quais so as maiores dificuldades no exerccio da profisso do defensor pblico?

Prevista na Constituio de 1988, a Defensoria Pblica s foi criada efetivamente em 1994, mas s entrou em funcionamento em 2002. Ainda hoje conta com apenas 112 defensores para atender uma clientela potencial de 92 milhes de brasileiros. Diante desse quadro, compreensvel que o defensor-geral da Unio Eduardo Flores Vieira defina a instituio como o primo pobre da magistratura e do Ministrio Pblico. O rgo muito recente e esse um bom argumento para explicar suas fraquezas. De l para c se priorizou ou se preocupou, (e a eu digo asautoridades competentes: o governo dos estados e o prprio presidente da Repblica) muito mais com aquele Estado julgador (Poder Judicirio e a Magistratura) e com o Estado acusador (Ministrio Pblico). Em

compensao no houve preocupao com o Estado defensor, que a Defensoria Pblica. Ou seja, no houve polticas pblicas e preocupao das autoridades de atender a populao carente, fazer com que ela tivesse acesso Justia. Em se tratando de uma populao carente como a do Brasil, ou seja, 90 milhes de pessoas vivendo na pobreza, se no tivermos uma estrutura organizada para este fim, que a Defensoria Pblica no mbito da Constituio, estas pessoas esto completamente abandonadas. Por falta de uma poltica pblica voltada Defensoria (hoje ela com toda a sua importncia e relevncia na questo social, na prpria questo da segurana pblica que tanto auxilia o pas), ela est abandonada.