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Aula 00 Conhecimentos Bancários e Atualidades do Mercado Financeiro p/ BB (com videoaulas) Professor: Vicente Camillo 00000000000 - DEMO

Questões de Conhecimentos Bancários

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Várias questões comentadas de conhecimentos bancários

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  • Aula 00

    Conhecimentos Bancrios e Atualidades do Mercado Financeiro p/ BB (comvideoaulas)

    Professor: Vicente Camillo

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    SUMRIO PGINA

    1. Apresentao 01

    2. Sistema Financeiro Nacional 05

    3. Instituies Normativas 11

    4. Instituies Financeiras Bancrias 48

    5. Instituies Financeiras No Bancrias 61

    6. Instituies Financeiras Auxiliares 70

    7. Lista de Questes Apresentadas 81

    8. Gabarito Questes 103

    1. APRESENTAAO

    Estimado aluno (a), tudo bem?

    Fico muito satisfeito em ministrar este curso de Conhecimentos

    Bancrios e Atualidades do Mercado Financeiro para o Banco do Brasil.

    O curso est sendo lanado com base no ltimo edital, publicado em

    19.12.2014 pela CESGRANRIO (disponvel aqui). importante citar que o

    presente curso contempla 100% do contedo exigido pelo edital, tanto

    no material pdf, quanto nas videoaulas. O contedo do curso ser

    adaptado para atender integralmente o futuro edital, sem custo

    adicional para quem j estiver matriculado

    A expectativa que o novo edital saia em breve,

    contemplando vagas nos estados de Amazonas (parte do

    estado), Santa Catarina (parte do estado), Rio de Janeiro,

    Minas Gerais, Esprito Santo e Rio Grande do Sul.

    AULA 00: SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

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    Bom, meu nome Vicente Camillo, sou economista formado pela

    Universidade Estadual Paulista (UNESP) e atualmente trabalho na Comisso

    de Valores Mobilirios, cuja sede (meu local de trabalho) no Rio de

    Janeiro/RJ.

    Ministro aulas de Economia e Conhecimentos Bancrios aqui no

    Estratgia Concursos, alm de tambm colaborar em outros cursos virtuais

    e presenciais nas disciplinas de Economia, Sistema Financeiro e Finanas

    Pblicas.

    Alm do meu e-mail [email protected],

    voc pode me encontrar no Frum de Dvidas disponvel na rea restrita

    aos alunos matriculados no curso.

    Nosso curso ser dividido em 07 aulas. Em todas adotaremos a

    mesma metodologia: apresentao terica e resoluo de (muitos!)

    exerccios. Os exerccios resolvidos priorizam o estilo da CESGRANRIO. No

    entanto, outras bancas eventualmente sero tratadas, quando os exerccios

    apresentam interesse didtico e podem ajudar na compreenso do assunto.

    Adicionalmente informo que TODOS os tpicos tero videoaulas.

    As aulas em vdeo ajudam muito na compreenso do assunto, principalmente

    auxiliando os alunos que preferem aprender com este instrumento. Ou seja, o

    curso ir atender a todos! Importante salientar que a stima aula composta

    de videoaula com a resoluo de diversos exerccios da CESGRANRIO, alm

    de material em PDF com a resoluo das duas ltimas provas de

    Conhecimentos Bancrios e Atualidades do Mercado Financeiro organizadas

    pela CESGRANRIO.

    O aluno interessado na aprovao neste certame necessita cumprir

    com dois objetivos: compreender a matria e saber resolver as questes.

    Nada adianta saber tudo sobre conhecimentos bancrios, mas no ter a

    prtica (a manha) na resoluo de questes.

    Afinal, o que importa pontuar o mximo possvel na prova!

    Por isto que me comprometo na oferta destes dois pressupostos

    necessrios para sua aprovao. A apresentao da teoria ser feita de

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    modo a facilitar a compreenso e memorizao da mesma. A resoluo de

    questes permite colocar em prtica o esforo da compreenso.

    As aulas tero em mdia entre 60 80 pginas, mas podem exceder

    este nmero (como esta Aula). No se assuste com o tamanho! Parte da aula

    destinada ao comentrio de questes, bem como apresentao das

    questes de forma a organizar o estudo, com as resolues e gabarito ao

    final da aula.

    Por fim, informo que as datas previstas nos cronogramas abaixo so

    apenas uma sugesto para o seu estudo. Elas certamente estaro

    disponveis antes das datas limites.

    Espero que esteja pronto para iniciar esta caminhada.

    Antes de iniciar, segue um aviso e o cronograma de aulas para sua

    organizao e conhecimento.

    Este curso protegido por direitos autorais (copyright), nos termos

    da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislao sobre

    direitos autorais e d outras providncias. Grupos de rateio e

    pirataria so clandestinos, violam a lei e prejudicam os professores

    que elaboram os cursos.

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    Espero que aprecie a experincia e apresente o resultado to

    esperado: a aprovao!

    Sucesso e bons estudos!

    Data Aula Contedo

    01/04 DEMONSTRATIVA

    Estrutura do Sistema Financeiro Nacional: Conselho Monetrio Nacional; COPOM Comit de

    Poltica Monetria. Banco Central do Brasil; Comisso de Valores

    Mobilirios; (Noes gerais).

    10/04 01

    Produtos Bancrios: Noes de cartes de crdito e dbito, crdito

    direto ao consumidor, crdito rural, caderneta de poupana,

    capitalizao, previdncia, investimentos e seguros.

    20/04 02 Noes do Mercado de capitais e

    de Cmbio.

    30/04 03

    Garantias do Sistema Financeiro Nacional: aval; fiana; penhor mercantil; alienao fiduciria;

    hipoteca; fianas bancrias; Fundo Garantidor de Crdito (FGC).

    10/05 04

    Crime de lavagem de dinheiro: conceito e etapas. Preveno e combate aocrime de lavagem de dinheiro: Lei n 9.613/98 e suas

    alteraes, Circular Bacen 3.461/2009 e suas alteraes e Carta-Circular Bacen 3.542/12.

    20/05 05 Autorregulao Bancria

    30/05 06 Atualidades do Mercado

    Financeiro 30/05 07 Resoluo de Exerccios

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    2. SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

    O Sistema Financeiro Nacional (SFN) nosso ponto de partida,

    pois rene instituies, pblicas e privadas, que permitem a realizao dos

    fluxos de renda entre os agentes superavitrios e os agentes deficitrios da

    economia.

    Como assim?

    Na economia h dois tipos de pessoas: aquelas que poupam,

    consumindo menos do que ganham e aquelas que no poupam, ou seja,

    gastam mais do que seus rendimentos.

    Imagine quo difcil (e desorganizado) seria o encontro entre estas

    pessoas. As que gastam mais do que a renda, seja para consumir ou investir,

    necessitam de recursos extras para cumprir com suas obrigaes.

    Os indivduos que poupam gostariam de aplicar seus recursos,

    obtendo remunerao extra em alguma aplicao financeira.

    Para resolver este problema foi criado o SFN: reunir as instituies

    que realizam a intermediao entre agentes credores (superavitrios) e

    agentes devedores (deficitrios).

    Esta a funo principal.

    Mas, como tudo na vida, h outras funes pelas quais o SFN existe.

    H, inclusive, uma funo estabelecida pela prpria Constituio

    Federal de 1988 (CF/88).

    No artigo 192, a CF/88 dispe que o SFN estruturado de forma a

    promover o desenvolvimento equilibrado do Pas e servir aos interesses

    da coletividade.

    Nada mais natural. Afinal, o desenvolvimento equilibrado do Pas

    depende de eficiente intermediao financeira, efetuada pelas instituies

    que compem o SFN.

    s pensar no seguinte: as empresas interessadas em investir no

    Pas, promovendo emprego e crescimento econmico, no dispem de todo

    o capital necessrio para tanto. Desta maneira, necessitam recorrer s

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    instituies financeiras para captar recursos para seus investimentos. Quanto

    mais eficiente esse processo (intermediao financeira), mais barato pode

    custar estes recursos, incentivando mais investimentos, mais gerao de

    empregos e assim por diante.

    Desta forma, o SFN tambm atende funo de promover

    desenvolvimento equilibrado.

    Outra funo importante a fiscalizao do funcionamento do

    prprio sistema. Afinal, nada adianta promover a interao entre poupadores

    e devedores e no fiscalizar.

    Desta maneira, o SFN serve tambm para fiscalizar o Sistema

    Financeiro Nacional, atravs de instituies (que veremos adiante) que

    servem para isto.

    Por fim, a ltima funo a diversificao de riscos.

    No se assuste com o nome!

    Diversificar riscos serve para reduzir riscos de calote no sistema

    financeiro.

    Vamos citar um exemplo.

    O professor precisa de recursos para adquirir uma empresa. O aluno,

    poupador e prudente, possui este recurso, mas considera o professor

    caloteiro e, desta maneira, no ir emprestar recursos ao professor.

    Estaramos em uma situao complicada, pois os investimentos

    pretendidos pelo professor podem apresentar bons resultados no futuro,

    contribuindo no desenvolvimento. Mas, como no possui recursos para tanto,

    no os realiza.

    Mas, se o aluno (assim como outras pessoas) decide depositar seus

    recursos em entidades do SFN (como um banco comercial, por exemplo),

    esta pode intermediar a captao de recursos e a concesso de

    financiamento para os investimentos do professor.

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    Naturalmente, caso o professor no pague as parcelas do

    emprstimo (cumprindo a profecia de caloteiro), o banco no iria se ver em

    situao difcil, pois uma grande instituio.

    Desta forma, houve diversificao de risco atravs do SFN. O aluno

    no ir ficar prejudicado, pois suas economias continuaro l mesmo com o

    calote do professor. Os demais poupadores, assim como a instituio

    financeira, tambm se sentiro na mesma situao confortvel, visto a

    diversificao de risco realizada.

    Portanto, podemos resumir as funes do SFN antes de continuar

    com a aula:

    Intermediao de recursos entre poupadores e devedores

    Promover o desenvolvimento equilibrado

    Fiscalizao das instituies participantes

    Diversificao de riscos.

    O que acham de analisarmos uma questo sobre o assunto?

    1. (CESPE Banco do Brasil 2009) O SFN atua na intermediao financeira, ou seja, no processo pelo qual os agentes que esto

    superavitrios, com sobra de dinheiro, transferem esses recursos para

    aqueles que estejam deficitrios, com falta de dinheiro.

    Tente

    Resolver

    a Questo

    Sozinho

    Na prxima pgina, a soluo.

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    exatamente a funo de intermediao. Ou seja, o SFN promove de

    maneira mais eficiente a intermediao de recursos entre os agentes

    superavitrios aos deficitrios.

    GABARITO: CORRETO

    Bom, j conhecemos as funes do SFN.

    Mas, quais as instituies que dele fazem parte?

    Resumidamente, as entidades pertencentes ao SFN esto divididas

    entre rgos normativos, entidades supervisoras e operadores:

    rgos Normativos Constitudos por instituies que estabelecem as diretrizes e normativas gerais do SFN. A principal entidade o

    Conselho Monetrio Nacional.

    Entidades Supervisoras Enquanto os rgos normativos estabelecem

    as diretrizes, as entidades supervisoras regulam e fiscalizam as

    atividades das entidades que pretende regular. Podem, inclusive, aplicar

    multas e demais sanes s entidades que no atendem aos

    determinantes regulamentares.

    importante frisar que mesmo que chamadas de supervisoras, estas

    entidades tambm elaboram normas (regulamentam) nos mercados que

    supervisionam. Por exemplo: a CVM entidade supervisora do ponto de

    vista do SFN, mas, por regulamentar o mercado de capitais, tambm

    RGOS NORMATIVOS ENTIDADES SUPERVISORAS

    Conselho Monetrio Nacional

    (CMN)Banco Central do Brasil (BACEN)

    Instituies financeiras

    captadoras de

    depsitos vista

    Demais instituies

    financeiras

    Outros intermedirios

    financeiros e

    administradores de

    recursos de terceiros

    Conselho de Seguros Privados

    (CNSP)

    Comisso de Valores Mobilirios

    (CVM)

    Bolsas de mercadorias

    e futurosBancos de Cmbio

    Entidades abertas de

    previdncia complementar

    Conselho Nacional de

    Previdncia Complementar

    (CNPC)

    Superintendncia de Seguros

    Privados (SUSEP)Resseguradores Bolsas de valores

    Sociedades de

    capitalizao

    Superintendncia Nacional de

    Previdncia Complemebntar

    (PREVIC)

    Entidades fechadas de

    previdncia

    complementar (fundos

    de penso)

    Sociedades

    seguradoras

    OPERADORES

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    pode ser entendida como entidade normativa em relao ao mercado de

    capitais.

    O modo como so classificadas depende do referencial (se do ponto de

    vista do SFN, ou do ponto de vista do mercado em que atuam), ou da

    viso do autor.

    Operadores Todas as demais entidades que fazem parte do SFN e participam da intermediao financeira. Nesta aula, elas esto divididas

    em Instituies Financeiras Bancrias, Instituies Financeiras No

    Bancrias e Instituies Financeiras Auxiliares.

    Todas as instituies solicitadas pelo Edital sero contempladas a

    partir de agora. Iniciamos com o Conselho Monetrio Nacional.

    Antes, duas questes:

    2. (FCC Banco do Brasil - 2011) O Sistema Financeiro Nacional integrado por:

    (A) Ministrios da Fazenda e do Planejamento, Oramento e Gesto.

    (B) Secretaria do Tesouro Nacional e Conselho Monetrio Nacional.

    (C) rgos normativos, Entidades supervisoras e Operadores.

    (D) Receita Federal do Brasil e Comisso de Valores Mobilirios.

    (E) Secretarias estaduais da Fazenda e Ministrio da Fazenda.

    03. (CESPE - Banco do Brasil - 2009) O Banco Nacional de

    Desenvolvimento Econmico e Social uma das principais entidades

    supervisoras do SFN.

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    02. Como vimos, o SFN composto de rgos normativos, Entidades

    supervisoras e Operadores.

    GABARITO: LETRA C

    03. Claro que no! Citamos acima que as entidades supervisoras so o

    BACEN, a CVM, a SUSEP e a PREVIC. Portanto, no h o BNDES neste rol.

    GABARITO: ERRADO

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    3. INSTITUIES NORMATIVAS

    Como o prprio nome sugere, as instituies normativas so as

    responsveis por estabelecer as normas do SFN e de seus mercados. Assim,

    esto aqui inclusas o CMN, o Bacen, o COPOM, a CVM e o CRSFN.

    Vejamos.

    3.1. CONSELHO MONETRIO NACIONAL

    O Conselho Monetrio Nacional (CMN) foi criado pela Lei 4.595 de

    1964.

    composto pelo Ministro da Fazenda (que o Presidente do CMN),

    pelo Ministro do Planejamento, Oramento e Gesto (MPOG) e pelo

    Presidente do Banco Central do Brasil.

    Portanto, que fique memorizada a composio do CMN:

    Ministro da Fazenda o Presidente do CMN

    Ministro do MPOG

    Presidente do BACEN

    As reunies do CMN so realizadas, ordinariamente, 1 vez por

    ms. O Presidente do CMN pode convocar reunies extraordinrias quando

    lhe for conveniente.

    As deliberaes do CMN so realizadas mediante resolues, por

    maioria de votos, cabendo ao Presidente a prerrogativa de deliberar, nos

    casos de urgncia e relevante interesse, ad referendum dos demais

    membros.

    Mas o que seria esse tal de ad referendum?

    Quando a matria urgente e de interesse relevante (guarde esta

    hiptese, pois apenas nela pode haver este tipo de deliberao), o Presidente

    decide a matria e depois submete o assunto, na reunio seguinte do

    Conselho, ao referendo dos demais membros (Ministro do MPOG e

    Presidente do BACEN). Ou seja, necessrio que os demais membros

    ratifiquem a deciso tomada pelo Presidente do CMN.

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    O Conselho possui funo exclusivamente normativa, ou seja, atua

    na fixao e estabelecimento de diretrizes, regulamentao, regulao e

    disciplina do SFN.

    interessante recordar estas expresses grafadas acima, pois elas

    podem fazer diferena no momento da prova. Afinal, como o CMN no possui

    atividade executiva, qualquer questo que apresente, entre suas funes,

    termos como executar, fiscalizar, supervisionar, efetuar, receber,

    fazer, entre outras afins, suspeita.

    Um timo exemplo foi dado no concurso de Escriturrio do Banco do

    Brasil realizado em 2012. Vejamos:

    4. (CESGRANRIO BANCO DO BRASIL 2012) O Sistema Financeiro Nacional formado por um conjunto de instituies voltadas para a

    gesto da poltica monetria do Governo Federal, cujo rgo

    deliberativo mximo o Conselho Monetrio Nacional.

    As funes do Conselho Monetrio Nacional so

    (A) assessorar o Ministrio da Fazenda na criao de polticas oramentrias

    de longo prazo e verificar os nveis de moedas estrangeiras em circulao no

    pas.

    (B) definir a estratgia da Casa da Moeda, estabelecer o equilbrio das contas

    pblicas e fiscalizar as entidades polticas.

    (C) estabelecer as diretrizes gerais das polticas monetria, cambial e

    creditcia; regular as condies de constituio, funcionamento e fiscalizao

    das instituies financeiras e disciplinar os instrumentos das polticas

    monetria e cambial.

    (D) fornecer crdito a pequenas, mdias e grandes empresas do pas, e

    fomentar o crescimento da economia interna a fim de gerar um equilbrio nas

    contas pblicas, na balana comercial e, consequentemente, na poltica

    cambial.

    (E) secretariar e assessorar o Sistema Financeiro Nacional, organizando as

    sesses deliberativas de crdito e mantendo seu arquivo histrico.

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    Mesmo no tendo sido apresentadas as funes do CMN (o que ser feito a

    seguir), podemos ver que as alternativas a, b, d e e apresentam funes

    distintas das diretrizes gerais do SFN. A letra d chega a citar, inclusive, que

    cabe ao CMN conceder emprstimos, o que , evidentemente, um absurdo.

    J a alternativa c contm os termos condizentes com a funo normativa

    exercida pelo CMN. Ou seja, regular estabelecer diretrizes e disciplinar

    totalmente compatvel com as funes normativas que o CMN exerce.

    GABARITO: LETRA C

    Continuando, devemos compreender que a funo primeira do CMN

    formular a poltica da moeda e do crdito. Moeda e crdito so as

    formas principais em que os recursos so transferidos entre os agentes

    superavitrios e deficitrios na economia.

    Ou seja, esta funo primria deve permitir que a poltica de moeda e

    crdito atenda ao progresso econmico e social do Pas, assim como seja

    administrada de maneira eficiente, a fim de manter a estabilidade do SFN e,

    em ltima anlise, do prprio Pas.

    No entanto, formular a poltica de moeda e crdito algo muito amplo

    e abstrato. O CMN tambm atua de forma mais prtica, atendendo a diversas

    funes que objetivam a formulao da poltica de moeda e crdito.

    Vejamos as principais com os devidos comentrios. Ressalta-se que

    as funes aqui citadas da mesma maneira que na Lei, pois como a banca

    ir cobrar na prova

    Regular o valor interno da moeda - Serve tanto para prevenir, como

    corrigir os surtos inflacionrios ou deflacionrios de origem interna ou

    externa, as depresses econmicas e outros desequilbrios oriundos de

    fenmenos conjunturais. Ligada a esta funo, est tambm as medidas

    adotadas pelo CMN para adaptar o volume dos meios de pagamento s

    reais necessidades da economia nacional e seu processo de

    desenvolvimento

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    Regular o valor externo da moeda e o equilbrio no balano de

    pagamento do Pas, tendo em vista a melhor utilizao dos recursos

    em moeda estrangeira O CMN pode editar diretrizes com o objetivo de regular o valor da moeda nacional em relao ao valor das moedas

    internacionais, principalmente o dlar. Nas transaes que o Brasil

    estabelece como os demais pases h troca de moedas. Ou seja, quando

    o Pas efetua vendas ao exterior, ele recebe l fora provavelmente em

    dlares e necessita converter estes dlares em reais. H a necessidade de

    converso das moedas, medida que regulamentada pelo CMN

    Estabelecer as metas de inflao As metas de inflao so estabelecidas anualmente pelo CMN e consistem na variao anual de

    ndice de preos de ampla divulgao. Atualmente o ndice utilizado o

    IPCA.

    Orientar a aplicao dos recursos das instituies financeiras, quer

    pblicas, quer privadas - Orientar a aplicao de recursos significa

    estabelecer diretrizes para que haja, nas diferentes regies do Pas,

    condies favorveis ao desenvolvimento harmnico da economia

    nacional

    Propiciar o aperfeioamento das instituies e dos instrumentos

    financeiros, com vistas maior eficincia do sistema de pagamentos

    e de mobilizao de recursos Trata-se de uma importante funo com vistas a melhorar a atividade principal do SFN: a intermediao financeira.

    Desta maneira, o CMN pode estabelecer diretrizes com o objetivo de

    trazer eficincia intermediao de recursos entre poupadores e

    devedores.

    Zelar pela liquidez e solvncia das instituies financeiras As instituies financeiras, participantes do SFN, possuem importantes

    funes na economia. Imagine que os depsitos de todos os brasileiros

    sejam efetuados no Banco do Brasil. O que acontece com a economia

    brasileira se a BB quebrar? Provavelmente algo muito trgico. Desta

    maneira, o CMN tem como funo criar diretrizes para zelar pela liquidez

    (necessidade de recursos para cumprimento de obrigaes a curto prazo)

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    e solvncia (garantia de cumprimento de todas as obrigaes) das

    instituies financeiras participantes do SFN.

    Coordenar as polticas monetria, creditcia, oramentria, fiscal e da

    dvida pblica, interna e externa O Governo tem diversas funes a cumprir. Dentre elas est a poltica monetria e creditcia (oferta de

    moeda, liquidez e recursos para investimentos na economia) e a poltica

    fiscal (compreende os gastos do governo com consumo investimento, que

    so evidenciados no oramento pblico). A fim de prevenir abusos e

    irregularidades no gerenciamento destas polticas, sobretudo em relao

    ao crescimento da dvida pblica, interna e externa, o CMN coordena as

    diretrizes destas atividades.

    Autorizar as emisses de papel-moeda Veremos adiante que as emisses de papel-moeda esto a cargo do Banco Central. No entanto, o

    CMN autoriza as emisses. A prpria Lei fornece um exemplo desta

    funo. Quando necessrio atender as exigncias das atividades

    produtivas e da circulao da riqueza do Pas, o CMN pode autorizar o

    Banco Central emitir, anualmente, at o limite de 10% dos meios de

    pagamento existentes at 31 de dezembro do ano anterior, desde que

    autorizado pelo Poder Legislativo para tanto.

    Desta funo do CMN derivam outras, como:

    (i) Estabelecer condies para que o Banco Central da Repblica do

    Brasil emita moeda-papel;

    (ii) Aprovar os oramentos monetrios, preparados pelo Banco

    Central da Repblica do Brasil, por meio dos quais se estimaro

    as necessidades globais de moeda e crdito; e

    (iii) Determinar as caractersticas gerais das cdulas e das moedas

    Todas elas so referentes autorizao concedida ao Banco Central para

    a emisso de papel-moeda.

    Fixar as diretrizes e normas da poltica cambial Como j mencionado, cabe ao CMN regular o valor da moeda. Uma das maneiras de se fazer

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    isto atravs da fixao de diretrizes e normas que a poltica cambial deve

    seguir.

    Disciplinar o crdito em todas as suas modalidades e as operaes

    creditcias em todas as suas formas, inclusive aceites, avais e

    prestaes de quaisquer garantias por parte das instituies

    financeiras Certas instituies financeiras realizam operaes de crdito, ou seja, emprestam recursos aos indivduos que solicitarem. Ao

    CMN cabe regular e disciplinar as maneiras que estas atividades sero

    feitas.

    Regular a constituio, funcionamento e fiscalizao dos que

    exercerem atividades subordinadas ao SFN, bem como a aplicao

    das penalidades previstas Basicamente, cabe ao CMN regular e disciplinar a atuao de todas as instituies pertencentes ao SFN.

    Limitar, sempre que necessrio, as taxas de juros, descontos

    comisses e qualquer outra forma de remunerao de operaes e

    servios bancrios ou financeiros, inclusive os prestados pelo Banco

    Central da Repblica do Brasil O CMN, sempre que entender necessrio, pode limitar as taxas de juros, bem como outras remuneraes

    usufrudas pela prestao de servios bancrios e financeiros. Esta funo

    j foi utilizada em demasia no perodo que o Brasil apresentou alta

    inflao.

    Disciplinar as atividades das Bolsas de Valores e dos corretores de

    fundos pblicos (atualmente chamadas de sociedades corretoras de

    ttulos e valores mobilirios) As Bolsas de Valores e as Sociedades Corretores de Ttulos e Valores Mobilirios so entidades participantes do

    SFN (veremos adiante suas caractersticas), que seguem diretrizes gerais

    estabelecidas pelo CMN.

    Expedir normas gerais de contabilidade e estatstica a serem

    observadas pelas instituies financeiras Normas contbeis e de estatstica so fundamentais para o exerccio das atividades do SFN.

    Desta maneira, cabe ao CMN expedi-las.

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    Acredito que temos funes suficientes para resolver qualquer

    questo da prova sobre o assunto. A Lei apresenta outras, mas so menos

    importantes, ou muito especficas e pouco utilizadas.

    Que tal resolvermos algumas questes?

    5. (CESGRANRIO Banco do Brasil - 2010) O Sistema Financeiro Nacional (SFN) constitudo por todas as instituies financeiras

    pblicas ou privadas existentes no pas e seu rgo normativo mximo

    o(a):

    (A) Banco Central do Brasil.

    (B) Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social.

    (C) Conselho Monetrio Nacional.

    (D) Ministrio da Fazenda.

    (E) Caixa Econmica Federal.

    6. (CESGRANRIO BACEN - 2009) - O Conselho Monetrio Nacional a entidade superior do sistema financeiro nacional, NO sendo de sua

    competncia:

    (A) estabelecer a meta de inflao.

    (B) zelar pela liquidez e pela solvncia das instituies financeiras.

    (C) regular o valor externo da moeda e o equilbrio do balano de

    pagamentos.

    (D) regular o valor interno da moeda, prevenindo e corrigindo surtos

    inflacionrios ou deflacionrios.

    (E) fixar o valor do supervit primrio do oramento pblico.

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    5. Esta fcil! O rgo mximo do SFN, responsvel pelas diretrizes e

    normas gerais, o Conselho Monetrio Nacional.

    GABARITO: LETRA C

    6. Questo interessante!

    A fixao do valor do supervit primrio, ou seja, da economia que o governo

    deve fazer para pagar as despesas com juros no funo do CMN. Mesmo

    que este esteja responsvel coordenar as polticas monetria e fiscal,

    estabelecer o valor do supervit primrio funo do executivo.

    Ateno! pois coordenar polticas algo normativo, enquanto fixar o valor do

    supervit primrio algo executivo e, portanto, no relacionado ao CMN.

    GABARITO: LETRA E

    7. (CESPE Banco do Brasil - 2009) A rea normativa do SFN tem como rgo mximo o Banco Central do Brasil (BACEN).

    8. (CESPE - Banco do Brasil - 2009) As funes do CMN incluem:

    adaptar o volume dos meios de pagamento s reais necessidades da

    economia e regular o valor interno e externo da moeda e o equilbrio do

    balano de pagamentos.

    9. (CESPE Procurador do Bacen 2013) O Conselho Monetrio Nacional

    a) tem competncia para emitir papel-moeda.

    b) tem capacidade normativa de conjuntura, sendo suas resolues normas

    que vinculam as instituies financeiras.

    c) tem por funo a fiscalizao do mercado de aes.

    d) funciona como ltima instncia recursal das decises emitidas pelo

    Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional.

    e) rgo do BACEN, formulador da poltica econmica, monetria, bancria

    e creditcia.

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    7. O rgo mximo do SFN o CMN. Como este rgo normativo,

    evidentemente, tambm o rgo mximo da rea normativa.

    GABARITO: ERRADO

    8. Exato. Vimos especificamente esta funo acima.

    GABARITO: CERTO

    9. Questo recentssima do to cobiado cargo de Procurador do Banco

    Central.

    Como vimos exaustivamente, o CMN possui funo normativa e, como rgo

    superior do SFN, suas normas recaem sobre todos as demais entidades do

    Sistema.

    Portanto, o CMN tem capacidade normativa de conjuntura, sendo suas

    resolues normas que vinculam as instituies financeiras.

    GABARITO: LETRA B

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    3.2. BANCO CENTRAL

    Na tabela com as instituies pertencentes ao SFN, o Banco Central

    do Brasil (Bacen) figura como entidade supervisora, segue as diretrizes do

    Conselho Monetrio Nacional e supervisiona as entidades financeiras

    captadoras (ou no) de depsitos vista, bancos de cmbio e demais

    instituies financeiras intermedirias.

    Evidentemente, bastante coisa!

    Antes de detalhar suas funes, podemos resumi-las para facilitar a

    memorizao:

    i. Emisso de Moeda e execuo dos servios de meio circulante.

    ii. Formulao, execuo, e acompanhamento das polticas cambial,

    monetria e creditcia.

    iii. Formulao, execuo e acompanhamento da poltica de relaes

    financeiras com o exterior.

    iv. Recebimento de depsitos compulsrios e voluntrios dos bancos

    comerciais e concesso de crdito a eles.

    v. Depositrio das reservas internacionais do Pas.

    EMISSOR DE MOEDA

    Esta a primeira e, talvez, mais conhecida funo do Bacen.

    O Banco Central detm o monoplio das emisses de papel-moeda e

    moeda metlica. O CMN estabelece os limite e diretrizes para a emisso,

    mas quem emite os Reais o Banco Central.

    A moeda algo necessrio e sua importncia, intuitiva. Todas as

    transaes econmicas realizadas no Pas so liquidadas em moeda.

    Quando compramos ou vendemos bens e servios utilizamos moeda para

    pagar/receber estes bens.

    Seria muito estranho se fosse de outra maneira. Imagine que este

    curso fosse vendido mediante a entrega de alimentos ao Estratgia

    Concursos. Os alunos interessados a aprovao do Concurso trariam

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    alimentos at a sede do Estratgia, que forneceria as aulas. Seria algo

    extremamente custoso e ineficiente.

    No entanto, o excesso de moeda tambm algo prejudicial.

    Quantidade de moeda superior necessidade dos indivduos geralmente

    provoca inflao.

    Vamos a um exemplo.

    No Brasil existe apenas 1 produto a venda (pipoca), vendido pelo

    prprio governo. Os habitantes do Pas, tendo ao todo R$ 1.000,00, compram

    1 mil unidades de pipoca ao preo de R$ 1,00.

    Portanto, 1mil unidades de pipoca so vendidas por ms.

    Agora, o Brasil eleva a quantidade de moeda em 100%, ou seja, h

    disponvel R$ 2 mil em circulao.

    Mas, a quantidade de pipoca produzida permanece a mesma. Afinal,

    demora certo tempo para mais milho ser produzido, mais panelas fabricadas

    e assim por diante.

    O que acontece com o preo da pipoca?

    Bom, as mesmas 1 mil unidades de pipoca passam a ser vendidas

    por R$ 2,00. Toda a moeda na economia s pode comprar pipoca, pois este

    o nico produto vendido. Evidentemente ningum ir rasgar dinheiro.

    Portanto, mais moeda na economia provocou aumento no preo da

    pipoca.

    O exemplo simples, mas serve para demonstrar o efeito do

    aumento da quantidade de moeda em circulao na economia.

    Mais moeda = preos mais altos = mais inflao.

    Alm da emisso de moeda propriamente dita, o Bacen pode

    controlar a quantidade de moeda em circulao na economia de outras

    formas, efetuando, assim, a poltica monetria.

    Abaixo, seguem as maneiras possveis:

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    i. Emisso de moeda Exemplo j citado, mas que est repetido devido a

    sua importncia. De acordo com os limites autorizados pelo CMN, o

    Bacen emite papel-moeda e moeda metlica.

    ii. Executar os Servios de Meio Circulante Substituir as moedas com defeito , ou rasgadas, ou at mesmo que desaparecem de circulao.

    Desta maneira, o Bacen atende demanda por moeda.

    iii. Exercer o controle do crdito sob todas as suas formas Ao controlar o crdito em circulao na economia, o Bacen controla a

    quantidade de moeda.

    iv. Receber os recolhimentos compulsrios e os depsitos voluntrios

    vista das instituies financeiras Os Bancos Comercias que recebem depsitos vista podem criar dinheiro. Quando depositamos

    certa quantia em nossa conta corrente permanecemos com o saldo

    pronto para ser sacado.

    No entanto, o Banco utiliza estes valores para realizar suas operaes

    financeiras. Ele pode emprestar a outros correntistas ou aplicar o dinheiro

    de diversas outras formas. Deste modo, o saldo que aparece em nossa

    conta corrente apenas virtual. Ele no est l fisicamente, pois foi

    alocado em outras aplicaes.

    Estas operaes, ao elevar a quantidade de moeda em circulao,

    promovem tambm aumento de preos e da inflao. Nesta perspectiva,

    o Banco Central recolhe compulsoriamente certo percentual dos

    depsitos vista e a prazo alocado nos Bancos Comerciais. Esta

    operao, conhecida popularmente como compulsrio permite ao

    Bacen controlar a quantidade de moeda em circulao na economia

    Da mesma maneira, o Bacen pode recolher os depsitos voluntrios dos

    Bancos Comerciais, ou seja, servir de Banco dos Bancos.

    v. Efetuar, como instrumento de poltica monetria, operaes de

    compra e venda de ttulos pblicos federais O Governo Federal pode apresentar dficit em suas operaes financeiras. Simplesmente, se

    tiver mais despesas que receitas em determinado perodo, o Governo

    est com a conta no negativo.

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    Mas, existem algumas formas de financiar este dficit. Umas delas a

    emisso de ttulos pblicos. O Governo, atravs da Secretaria do

    Tesouro Nacional, vende estes ttulos ao setor privado, que compra os

    papeis na expectativa de auferir rendimentos.

    O Banco Central pode realizar operaes de compra e venda destes

    ttulos junto ao setor privado.

    Ateno! O Banco Central no pode comprar ttulos diretamente do

    Governo Federal. Isto proibido pela CF/88. O que ele faz comprar

    os ttulos que esto em posse do setor privado, a fim de realizar

    poltica monetria.

    simples. Comprando os ttulos do setor privado, o BACEN paga em

    dinheiro, elevando a quantidade de moeda em circulao na economia.

    Do mesmo modo, caso queira vender ttulos ao setor privado, este paga

    com dinheiro. Como resultado, menos dinheiro permanece em circulao

    na economia.

    Resumindo:

    VENDA DE TTULO AO SETOR PRIVADO DIMINUI A

    CIRCULAO DE MOEDA

    COMPRA DE TTULOS DO SETOR PROVADO AUMENTA A

    CIRCULAO DE MOEDA.

    Desta maneira, caso o Banco Central pretenda realizar uma poltica

    monetria expansionista (aumentar a quantidade de moeda na economia)

    ele compra ttulos do setor privado. Do contrrio, caso queira praticar

    poltica monetria contracionista, vende ttulos ao setor privado.

    Este tipo de operao chamado de operao de mercado aberto

    (open market) e ser vista com maiores detalhes na Aula que tratar do

    tema mercado monetrio.

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    BANCO DOS BANCOS

    J foi mencionada umas das operaes em que o BACEN serve

    como banco dos bancos. Ao receber depsitos voluntrios das instituies

    financeiras, cumpre esta funo.

    Mas, h algumas outras que se enquadram neste quesito.

    Basicamente, o BACEN funciona como banco dos bancos quando

    presta servios eminentemente financeiros aos Bancos Comerciais. Quando

    um banco comercial precisa de financiamento e o BACEN concede, ele age

    como banco dos bancos. Do mesmo modo, como j citado, quando os

    bancos comerciais procuram um repouso para seus recursos, o Banco

    Central atende e os deposita em seus cofres.

    Esta funo j foi detalhada. Vamos compreender como o Banco

    Central concede emprstimos aos Bancos Comerciais.

    O Banco Central realiza operaes de redesconto e emprstimos

    s instituies financeiras bancrias. Bom, vamos por partes.

    Primeiramente, cabe definir o que so instituies financeiras

    bancarias. So aquelas que exercem as atividades de Bancos Comerciais,

    ou seja, que recebem depsitos vista. Desta maneira, um Banco de

    Investimentos, mesmo que faa parte do SFN, no pode receber do Banco

    Central emprstimos e redescontos, tendo em vista que no recebem

    depsitos vista (mais adiante este tema ser tratado com mais detalhes).

    Os redescontos so crditos concedidos pelo Banco Central s

    instituies financeiras bancrias que sofram de problemas de liquidez no

    curto prazo, ou seja, que apresentam dbitos mais elevados que crditos e

    no tenham como cumprir com suas obrigaes no curto prazo. Um bom

    exemplo o Banco Comercial que no consegue cumprir com os saques

    dirios de seus correntistas.

    Nesta hiptese, o Banco Central concede recursos a estas

    instituies, que garantem a operao depositando ttulos pblicos federais

    nos cofres do Bacen. A operao chamada de redesconto pois este o

    nome da taxa de juros cobrada, o redesconto.

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    Nestes casos o BACEN funciona como emprestador de ltima

    instncia. Isto , como os bancos no conseguem tomar emprstimos no

    mercado com outras instituies financeiras, pois esto geralmente em

    situao de dificuldade, eles recorrem ao BACEN.

    Bom, estes conceitos so mais do que suficientes para a

    compreenso da funo de Banco dos Bancos exercida pelo BACEN, e so

    resumidos como:

    i. Receber depsitos voluntrios

    ii. Conceder emprstimos e redescontos

    BANCO DO GOVERNO

    O Banco Central o responsvel pelo depsito das reservas

    internacionais que o Pas possui.

    Nas transaes econmicas que o Brasil efetua com outras naes, o

    Pas pode apresentar saldos positivos, ou negativos.

    Por exemplo, nas transaes feitas com a Argentina, o Brasil pode

    exportar R$ 1 mil e importar R$ 10 mil. Neste cenrio apresenta um dficit de

    R$ 9 mil.

    Mas, pode tambm apresentar supervits. Neste caso, o Brasil

    recebe mais recursos do que precisa para pagar suas operaes com o resto

    do mundo e, portanto, acumula reservas internacionais.

    O que fazer com estas reservas? Ora, depositar no Bacen!

    A Lei 4.595/64 define que o Bacen deve ser o depositrio das

    reservas oficiais de ouro e moeda estrangeira e de Direitos Especiais de

    Saque (DES).

    exatamente o que acabamos de explicar. As reservas se dividem

    em 3 maneiras: moeda estrangeira (comumente em dlar dos Estados

    Unidos) ouro e DES.

    Os Direitos Especiais de Saque nada mais so que uma moeda

    criada pelo Fundo Monetrio Internacional (FMI), que serve para ser trocada

    entre os Bancos Centrais dos pases.

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    Neste tpico, ainda necessrio fazer um alerta.

    As transaes entre o Banco Central e o Governo Federal so

    limitadas e devem seguir diversos regulamentos.

    Em suma, precisamos saber que:

    i. O Banco Central no pode conceder emprstimos e financiamentos

    ao Governo Central. Isto j foi explicado quando citamos a proibio do

    Banco Central em comprar ttulos emitidos pelo Tesouro Nacional.

    ii. As disponibilidades de caixa do Governo Federal sero depositadas

    no Banco Central. Ou seja, os valores em caixa que pertencem Unio,

    reservados para cumprir com suas obrigaes ou para simples reserva,

    devem ser depositados no BACEN.

    SUPERVISO DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

    Vimos que o BACEN parte das Instituies Supervisoras do

    SFN.

    Evidentemente, deve supervisionar algum, ou algo. As instituies

    sob superviso do BACEN so:

    i. Instituies que captam depsitos vista. Os Bancos Comerciais so o

    melhor exemplo.

    ii. Instituies financeiras que no captam depsitos vista. Os Bancos de

    Investimento servem de exemplo: eles atuam captando depsitos a prazo

    e aplicando-os em ttulos das mais diversas espcies.

    iii. Bancos de Cmbio

    iv. Outras entidades financeiras que intermediam recursos.

    O Bacen exerce a atividade de superviso de diversas maneiras.

    necessrio compreender as seguintes:

    Exercer a fiscalizao das instituies financeiras e aplicar as

    penalidades previstas

    Conceder autorizao s instituies financeiras, a fim de que

    possam:

    a) funcionar no Pas;

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    b) instalar ou transferir suas sedes, ou dependncias, inclusive no

    exterior;

    c) ser transformadas, fundidas, incorporadas ou encampadas;

    d) praticar operaes de cmbio, crdito real e venda habitual de ttulos

    da dvida pblica federal, estadual ou municipal, aes, debntures,

    letras hipotecrias e outros ttulos de crdito ou mobilirios;

    e) ter prorrogados os prazos concedidos para funcionamento;

    f) alterar seus estatutos;

    g) alienar ou, por qualquer outra forma, transferir o seu controle acionrio.

    Determinar que as matrizes das instituies financeiras registrem

    os cadastros das firmas que operam com suas agncias h mais de

    um ano

    Autorizar instituies financeiras estrangeiras a operar no Brasil.

    Esta autorizao valida apenas mediante Decreto do Poder

    Executivo. Desta forma, conclui-se que, para uma instituio

    financeira estrangeira funcionar, faz-se necessria AUTORIZAAO

    DO BACEN E DECRETO DO PODER EXECUTIVO.

    Estabelecer condies para a posse e para o exerccio de quaisquer

    cargos de administrao de instituies financeiras privadas, assim

    como para o exerccio de quaisquer funes em rgos consultivos,

    fiscais e semelhantes.

    Regular a execuo dos servios de compensao de cheques e

    outros papis

    Exercer permanente vigilncia nos mercados financeiros e de

    capitais sobre empresas que, direta ou indiretamente, interfiram

    nesses mercados e em relao s modalidades ou processos

    operacionais que utilizem

    Todas as funes acima so autoexplicativas e, como j sabemos,

    cabem ao Bacen.

    Bom, finalizamos as funes exercidas pelo BACEN.

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    Para auxiliar, que tal um esquema para memorizar o tpico?

    Agora, alguns exerccios:

    10. (FCC Banco do Brasil 2006) NO se refere a uma competncia do Banco Central do Brasil:

    a) exercer a fiscalizao das instituies financeiras.

    b) executar os servios do meio circulante.

    c) emitir moeda-papel e moeda metlica.

    d) receber os recolhimentos compulsrios.

    e) fixar as diretrizes e normas da poltica cambial.

    Emisso de Moeda Execuo dos servios de meio circulante Emissor de Moeda Redesconto Cofre dos bancos comerciais Banco dos Bancos

    Depositrio das reservas internacionais Depositrio do caixa do Governo Federal Banco do Governo Autorizao e fiscalizao das instituies financeiras, que

    recebem depsitos a vista ou nao, assim como bancos de cmbio e demais instituies intermedirias

    Superviso

    Formulao, execuo, e acompanhamento das polticas cambial, monetria e creditcia Outras

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    As diretrizes e normas da poltica cambial so estabelecidas pelo CMN. Ao

    Bacen cabe a formulao, execuo, e acompanhamento da poltica cambial

    GABARITO: LETRA E

    11. (CESPE Banco do Brasil 2009) Realizar operaes de redesconto e emprstimo s instituies financeiras e regular a execuo dos

    servios de compensao de cheques e outros papis so as

    atribuies do BACEN.

    12. (CESPE Banco do Brasil 2009) Alm de autorizar o funcionamento e exercer a fiscalizao das instituies financeiras,

    emitir moeda e executar os servios do meio circulante, compete

    tambm ao BACEN traar as polticas econmicas, das quais o CMN o

    principal rgo executor.

    13. (FCC Banco do Brasil 2011) O Banco Central do Brasil tem como atribuio

    (A) receber os recolhimentos compulsrios dos bancos.

    (B) garantir a liquidez dos ttulos de emisso do Tesouro Nacional.

    (C) acompanhar as transaes em bolsas de valores.

    (D) assegurar o resgate dos contratos de previdncia privada.

    (E) fiscalizar os repasses de recursos pelo BNDES.

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    11. Perfeito! Citamos estas funes do Bacen, a saber: redesconto e regular

    a execuo dos servios de compensao de cheques, entre outros papeis.

    GABARITO: CERTO

    12. As funes do Bacen esto citadas corretamente. Mas, como foi

    enfatizado, o CMN no exerce funes executivas, mas, to somente,

    normativas.

    GABARITO: ERRADO

    13. A funo do Bacen receber os recolhimentos compulsrios dos bancos.

    Todas as demais so funes de outras entidades.

    Por exemplo, o acompanhamento de transaes na Bolsa de Valores

    executado pela prpria Bolsa e pela CVM.

    GABARITO: LETRA A

    14. (CESPE Caixa Econmica Federal 2010) Ao exercer as suas atribuies, o BACEN cumpre funes de competncia privativa. A

    respeito dessas funes, julgue os itens subsequentes.

    I Ao realizar as operaes de redesconto s instituies financeiras, o

    BACEN cumpre a funo de banco dos bancos.

    II Ao emitir meio circulante, o BACEN cumpre a funo de banco

    emissor.

    III Ao ser o depositrio das reservas oficiais e ouro, o BACEN cumpre a

    funo de banqueiro do governo.

    IV Ao autorizar o funcionamento, estabelecendo a dinmica operacional,

    de todas as instituies financeiras, o BACEN cumpre a funo de

    gestor do Sistema Financeiro Nacional.

    V Ao determinar, por meio do Comit de Poltica Monetria (COPOM), a

    taxa de juros de referncia para as operaes de um dia (taxa SELIC), o

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    BACEN cumpre a funo de executor da poltica fiscal.

    Esto certos apenas os itens

    A I, II, III e IV.

    B I, II, III e V.

    C I, II, IV e V.

    D I, III, IV e V.

    E II, III, IV e V.

    15. (CESGRANRIO Banco Central 2009) O Banco Central do Brasil o rgo executivo central do sistema financeiro e suas competncias

    incluem

    (A) aprovar o oramento do setor pblico brasileiro.

    (B) aprovar e garantir todos os emprstimos do sistema bancrio.

    (C) administrar o servio de compensao de cheques e de outros papis.

    (D) organizar o funcionamento das Bolsas de Valores do pas.

    (E) autorizar o funcionamento, estabelecendo a dinmica operacional de

    todas as instituies financeiras do pas.

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    14. Vejamos os itens:

    I O redesconto cumpre com a funo de Banco dos Bancos do Bacen.

    Correto.

    II O monoplio das emisses que o Bacen possui cumpre com sua funo

    de Banco Emissor. Correto

    III Ao depositar as reservas internacionais do Governo, o Bacen assume a

    forma de Banco do Governo. Correto.

    IV Ao fiscalizar as instituies financeiras, o Bacen cumpre sua funo de

    Supervisor do SFN. Correto

    V Cumprindo esta funo o Bacen est fazendo poltica monetria. Errado

    GABARITO: LETRA A

    15. O Banco Central no tem qualquer funo referente ao oramento

    pblico. Tambm no garante todos os emprstimos do sistema bancrio,

    no organiza o funcionamento de Bolsas de Valores (funo da CVM) e a

    administrao dos servios de compensao de cheques e outros papeis

    funo do Banco do Brasil (salientando que o Bacen exerce a superviso

    desta funo do BB)

    GABARITO: LETRA E

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    3.3. COPOM

    O Conselho de Poltica Monetria (COPOM) foi institudo em 20 de

    junho de 1996, com o objetivo de implementar a poltica monetria, definir

    a meta da Taxa Selic e analisar o Relatrio de Inflao.

    As funes do COPOM esto quase que diariamente na mdia

    comum e especializada.

    Afinal, todos j nos deparamos com a legenda Selic. Mas, afinal, qual

    o seu significado.

    A SELIC a taxa de juros mdia apurada diariamente pelo Sistema

    Especial de Liquidao e Custdia (Selic). Portanto, antes de saber seu

    significado, j sabemos que a taxa tem este nome devido ao sistema em que

    apurado. Ok?

    A taxa SELIC determinada nas operaes de financiamento,

    lastreadas por ttulos pblicos federais, realizadas diariamente no mercado.

    Vamos entender por meio de um exemplo.

    Os Bancos Comerciais emprestam recursos a outros Bancos

    Comerciais diariamente, pois todos eles devem fechar o dia com entradas e

    sadas de recursos equilibradas. Isto , caso a CEF encerre o dia com

    retiradas maiores que depsitos, ele precisa captar recursos no mercado

    para equilibrar o saldo destas operaes.

    Ento, a CEF recorre a outros Bancos Comerciais, que emprestam

    estes recursos, cobrando, evidentemente, uma taxa de juros para realizar

    esta operao.

    Digamos que a taxa de juros mdia cobrada neste tipo de operao

    igual a 20% a.a. Ou seja, a Taxa Selic de 20% a.a.

    O COPOM entende que esta taxa muito alta e, em suas reunies,

    estabelece que o objetivo da Taxa Selic de 10% a.a.

    O Banco Central, cumprindo sua funo de responsvel pela poltica

    monetria, comea a conceder crdito aos bancos no mercado com esta taxa

    de juros (10% a.a.). Pela lei da oferta e da procura, esta taxa inferior

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    ocasiona maior demanda por recursos conferidos pelo BACEN, ao invs dos

    recursos concedidos pelos Bancos Comerciais.

    O que acontece com a Taxa Selic?

    Os Bancos Comerciais, interessados nestes financiamentos, passam

    a reduzir a taxa de juros cobrada em suas operaes. Como a Taxa SELIC

    uma mdia estabelecida nas operaes de mercado, ela passa a ter o valor

    reduzido, at a meta definida pelo COPOM.

    Portanto, a definio da Taxa Selic pelo COPOM influncia em seu

    valor real, que determinado pelo mercado.

    Desta forma que fique gravado: o COPOM estabelece a meta da

    Taxa Selic; o valor real determinado nas operaes de mercado, nas

    quais o Bacen intervm.

    Bom, agora que j sabemos o que a Taxa Selic, podemos

    prosseguir com o que nos interessa: composio e funes do COPOM.

    O COPOM composto pelo Presidente mais os Diretores do

    Banco Central do Brasil.

    As reunies ordinrias do COPOM so realizadas a cada 45 dias,

    somando, portanto, 8 reunies ordinrias por ano. O Presidente do Banco

    Central pode convocar reunies extraordinrias, desde que, presentes, no

    mnimo, o Presidente (ou seu substituto) e metade do nmero de Diretores.

    As deliberaes so feitas por maioria simples dos votos, cabendo ao

    Presidente o voto de qualidade. Ou seja, caso acontea empate, o Presidente

    pode desempatar a votao.

    A definio da Taxa Selic, e seu eventual vis, so feitas nas

    reunies do COPOM, mediante votao.

    J explicamos a Taxa Selic. Mas, o que seria seu vis?

    O vis a tendncia da Taxa Selic. Ou seja, qual provavelmente ser

    a definio da Taxa Selic na prxima reunio. Esta sinalizao importante,

    pois passa economia qual o objetivo de poltica monetria pretendido pelo

    Banco Central.

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    Um vis de alta para a Taxa Selic significa que o COPOM entende

    que a meta da Taxa Selic deve aumentar no futuro prximo, assim como as

    demais taxas de juros cobradas nas operaes financiamento.

    Provavelmente o Banco Central entende necessria a prtica de poltica

    monetria mais rgida, que encarea o custo do dinheiro (atravs da elevao

    da taxa de juros), reduzindo o valor das operaes de financiamento.

    A lgica simples. A taxa de juros representa o custo dos

    emprstimos. A captao de financiamentos deve ser amortizada com o

    acrscimo de juros. Quanto mais alta esta taxa, mais caro o financiamento e,

    consequentemente, menos atrativo aos tomadores.

    E a reduo de financiamentos resulta em efeitos recessivos na

    economia. E estes efeitos recessivos geram variaes no comportamento da

    inflao.

    Como foi citado acima, cabe ao COPOM analisar o Relatrio de

    Inflao. Caso entenda que a inflao segue acima da meta, ou do intervalo

    da meta, pode apertar ainda mais a poltica monetria atravs do aumento da

    meta (ou elevao do vis) da Taxa Selic. Novamente, taxa Selic mais

    elevada resulta em retrao de emprstimos e efeitos recessivos na

    economia, conduzindo a inflao ao centro da meta, ou dentro do intervalo

    permitido.

    E qual seria, atualmente, a meta de inflao?

    Resposta: 4,5% a.a., podendo variar em 2% para cima e 2% para

    baixo. Portanto a inflao pode se situar no intervalor 2,5% - 6,5% a.a.

    Como vimos no tpico destinado ao CMN, a meta de inflao

    definida pelo Conselho Monetrio Nacional. Cumpre ao Banco Central,

    atravs do COPOM, executar as polticas necessrias para cumprimento da

    meta fixada.

    Caso a meta no seja cumprida, o Presidente do Banco Central do

    Brasil divulgar publicamente as razes do descumprimento, por meio de

    carta aberta ao Ministro de Estado da Fazenda, contendo:

    i. Descrio detalhada das causas do descumprimento;

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    ii. Providncias para assegurar o retorno da inflao aos limites

    estabelecidos; e

    iii. O prazo no qual se espera que as providncias produzam efeito.

    Pelo visto, descumprir a meta de inflao coisa sria.

    Desta maneira, possvel compreender a relevncia na

    determinao da Taxa Selic e na atuao do COPOM.

    Portanto, vamos resumir as funes e composio do COPOM:

    Composto pelo Presidente e demais Diretores do Banco Central do

    Brasil

    8 reunies ordinrias por ano (Reunio a cada 45 dias)

    Implementar a poltica monetria, definir a meta da Taxa Selic e

    analisar o Relatrio de Inflao.

    Apenas lembrando que todas estes conceitos sero mais detalhados

    no momento que estudarmos o tpico mercado monetrio. Afinal, estas

    transaes so l realizadas. Que tal algumas questes sobre o assunto?

    16. (CESPE Banco do Brasil 2009) O Comit de Poltica Monetria (COPOM) do BACEN foi institudo em 1996, com os objetivos de

    estabelecer as diretrizes da poltica monetria e de definir a taxa de

    juros. A criao desse comit buscou proporcionar maior transparncia

    e ritual adequado ao processo decisrio do BACEN. Acerca do COPOM

    e da taxa bsica de juros, julgue os prximos itens.

    I O COPOM, constitudo no mbito do BACEN, tem como objetivo

    implementar as polticas econmica e tributria do governo federal..

    II Desde a adoo da sistemtica de metas para a inflao como diretriz de

    poltica monetria, as decises do COPOM visam cumprir as metas para a

    inflao definidas pelo CMN. Se as metas no forem atingidas, cabe ao

    presidente do BACEN divulgar, em carta aberta ao ministro da Fazenda, os

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    motivos do descumprimento, as providncias e o prazo para o retorno da taxa

    de inflao aos limites estabelecidos.

    17. (FCC Banco do Brasil 2013) O Comit de Poltica Monetria (COPOM), institudo pelo Banco Central do Brasil em 1996 e composto

    por membros daquela instituio, toma decises

    (A) sobre a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP).

    (B) a respeito dos depsitos compulsrios dos bancos comerciais.

    (C) de acordo com a maioria dos participantes nas reunies peridicas de

    dois dias.

    (D) a serem ratificadas pelo Ministro da Fazenda.

    (E) conforme os votos da Diretoria Colegiada.

    18. (FCC Banco do Brasil 2010) O Comit de Poltica Monetria COPOM tem como objetivo:

    a) Reunir periodicamente os ministros da Fazenda e do Planejamento,

    Oramento e Gesto e o presidente do Banco Central do Brasil.

    b) Coletar as projees das instituies financeiras para a taxa de inflao.

    c) Divulgar mensalmente as taxas de juros de curto e longo prazos praticadas

    no mercado financeiro.

    d) Promover debates acerca da poltica monetria at que se alcance

    consenso sobre a taxa de juros de curto prazo a ser divulgada em ata.

    e) Implementar a poltica monetria e definir a meta da Taxa SELIC e seu

    eventual vis.

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    16. I O item est incorreto. A poltica tributria do governo federal no tem

    relao com o COPOM.

    GABARITO: INCORRETO

    II Como vimos acima, ao Banco Central, atravs do COPOM, cabe adotar

    as medidas necessrias para o cumprimento das metas de inflao (definidas

    pelo CMN). O descumprimento das metas obriga o Presidente do BACEN

    divulgar, em carta aberta ao ministro da Fazenda, os motivos do

    descumprimento, as providncias e o prazo para o retorno da taxa de inflao

    aos limites estabelecidos.

    GABARITO: CORRETO

    17. O COPOM delibera conforme maioria de votos de seus membros. Ou

    seja, conforme os votos da Diretoria Colegiada do Banco Central (Presidente

    do Bacen + Diretores).

    Cabe ressaltar que o Copom toma decises sobre a Taxa Selic.

    Adicionalmente, h mais participantes nas reunies do Conselho, como

    outros membros do Banco Central. No entanto, as decises so tomadas to

    somente pela maioria dos Diretores do Bacen.

    GABARITO: LETRA E

    18. A funo do COPOM praticamente nica: implementar a poltica

    monetria e definir a meta da Taxa SELIC e seu eventual vis.

    Alm desta funo, cabe ao COPOM analisar o Relatrio de Inflao.

    GABARITO: LETRA E

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    3.4. CVM

    A Comisso de Valores Mobilirios a entidade supervisora do

    mercado de capitais.

    Muito bem! Mas, o que seria esse tal de mercado de capitais?

    O mercado financeiro dividido em 4 subsistemas: mercado

    monetrio, mercado cambial, mercado de crdito e mercado de capitais.

    Quando estudamos as funes do BACEN, vimos que ele

    responsvel pela formulao, execuo, e acompanhamento das polticas

    cambial, monetria e creditcia.

    perceptvel que falta nestas atribuies a formulao, execuo e

    acompanhamento do mercado de capitais. Pois bem, no falta mais. Isto

    feito pela CVM.

    Antes de adentrarmos na composio e competncias da CVM, cabe

    apresentar a caracterstica de cada um destes mercados.

    O mercado monetrio engloba as operaes realizadas com ttulos

    pblicos, as quais proporcionam o controle da quantidade de moeda e da

    taxa de juros da economia.

    Vimos que, dentre as funes do Banco Central, est a de realizar

    operaes de mercado aberto, negociando ttulos pblicos com o setor

    privado, e a de atingir a meta da Taxa Selic estabelecido pelo COPOM.

    Nestas operaes, h tanto a determinao da taxa de juros, como a da

    quantidade de moeda em circulao na economia.

    O mercado de crdito envolve as operaes de crdito, de curto e

    mdio prazos, destinadas ao financiamento de investimentos e capital de giro

    das empresas e de bens de consumo da economia em geral

    Basicamente, este mercado composto pelos Bancos Comerciais e

    Mltiplos, alm de regulado pelo Bacen, como j foi citado.

    O mercado de cmbio o segmento financeiro em que ocorrem as

    operaes de compra e venda de moedas internacionais conversveis, ou

    seja, o mercado em que se estabelece a converso entre moedas.

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    J foi mencionada a existncia de transaes comerciais/econmicas

    entre pases. Naturalmente, como cada um tem sua moeda, h que se

    converter a moeda domstica (Real) em moeda internacional aceita pelo

    outro pas cujo Brasil realiza suas transaes

    Estas trocas (cmbio) so feitas no mercado de cmbio.

    E, por fim, o mercado de capitais funciona para intermediar recursos

    entre poupadores e devedores para financiar principalmente investimentos de

    longo prazo.

    Se atente diferena entre mercado de capitais e mercado de

    crdito: enquanto este serve para financiar dispndios de curto e mdio

    prazos, o mercado de capitais tem a utilidade de financiar o investimentos de

    longo prazo.

    Que tal estes conceitos de forma resumida?

    Abaixo, no quadro:

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    Mercado Finalidade Instituies Prazo

    CRDITO

    Atender as necessidades

    de liquidez, capital de giro,

    investimentos de mdio

    prazo e consumo

    Bancos comerciais,

    Sociedades de crdito,

    Empresas de

    arrendamento mercantil

    Curto e mdio

    prazos

    MONETRIO

    Gerenciar a liquidez

    (quantidade de moeda) e

    taxa de juros da economia

    Banco Central, Bancos

    Comerciais, Fundos de

    Investimento e

    Corretoras de Valores

    Mobilirios

    Curtssimo prazo

    CMBIO

    Gerenciar a transao e

    quantidade de divisas

    externas e domstica

    Banco Central, Bancos

    Comerciais, Fundos de

    Investimento e

    Corretoras de Valores

    Mobilirios, Sociedades

    de Cmbio

    Curto, mdio e

    longo prazos,

    dependendo do

    tipo de operao

    CAPITAIS

    Atender as necessidades

    de investimento de longo

    prazo das empresas

    Bancos de

    Investimento,

    Corretoras, Bolas de

    Valores, Mercados de

    Balco

    Longo prazo

    Desta maneira, o mercado de capitais assume um importante papel

    no processo de desenvolvimento econmico. Fato que justifica sua

    superviso por uma nica e exclusiva instituio do SFN: a CVM.

    A Comisso de Valores Mobilirios administrada por um Diretor

    Presidente e quatro Diretores, os quais formam o Colegiado da instituio.

    Possuem mandato de 5 anos e so indicados pelo Presidente da Repblica e

    aprovados (ou no) em sabatina pelo Senado Federal.

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    A CMV uma Autarquia Especial, ligada ao Ministrio da Fazenda.

    Para os fins do nosso concurso, este fato significa que a CVM possui

    autonomia administrativa e financeira, exerce atividade de governo de

    forma descentralizada, tutelada pelo Ministrio da Fazenda, mas no

    trabalha de forma subordinada.

    Explicando:

    Autonomia Financeira e Administrativa: - A CVM tambm obtm

    recursos a partir de suas funes, ou seja, a partir de taxas cobradas das

    instituies supervisionadas, dentro outros recursos derivados, como

    multas. H que se ressaltar que a CVM tambm beneficiada pelo

    oramento federal, ou seja, pelos recursos oramentrios.

    Atividade Descentralizada Pertence administrao indireta, ou seja,

    exerce as funes pelas quais foi criada com personalidade jurdica

    prpria, podendo contrair direitos e obrigaes independentemente de

    autorizao do Governo Central (Unio Federal).

    Autarquia vinculada ao Ministrio da Fazenda O Ministrio da

    Fazenda (MF), rgo da administrao direta, exerce a tutela sobre a

    CVM. Ou seja, o MF pode fiscalizar os atos da CVM e sobre eles exercer

    certa coordenao, a fim de compatibiliz-los com os programas do

    Governo Federal.

    Um bom exemplo desta forma de atuao o exerccio dos Diretores da

    CVM. So indicados pelo Presidente da Repblica, mas no podem ser

    por ele exonerados ou afastados do cargo. Os dirigentes da Comisso

    somente perdero o mandato em virtude de renncia, de condenao

    judicial transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar.

    Desta forma, mesmo que a administrao direta exera fiscalizao

    sobre a CVM, no significa que a CVM est subordinada ao Ministrio da

    Fazenda.

    Bom, j sabemos como a CVM est organizada.

    Agora, necessrio entender quais suas atuaes e funes.

    Como j citado, a CVM entidade supervisora do SFN e, desta

    maneira, exerce superviso sobre certas entidades, que so basicamente

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    instituies participantes do mercado de capitais: bolsa de valores, corretoras

    de valores mobilirios, agentes autnomos de investimentos etc.

    Assim como o BACEN possui diversas funes, a CVM atua de

    muitas maneiras. Mas aqui um pouco mais simples, pois a atuao da CVM

    est intrinsecamente relacionada ao mercado de capitais e seus

    participantes.

    Memorizem esta regra: se a questo abordar tema relacionado ao

    mercado de capitais, ou a seus participantes, provavelmente estar

    fazendo referncia CVM.

    A seguir seguem as principais funes da CVM com as devidas

    explicaes:

    i. Regulamentar, com observncia da poltica definida pelo Conselho

    Monetrio Nacional, as matrias expressamente previstas na Lei

    6.404/76 Mais uma vez, o CMN fornece as diretrizes gerais e a entidade supervisora (CVM) atende a estas normas. Neste caso, a CVM

    deve regulamentar as matrias expressas na Lei de Sociedade por Aes

    (Lei 6.404/76). No precisamos entrar em detalhes sobre a Lei, mas

    preciso saber que a CVM tambm regula as empresas organizadas por

    aes (empresas S.A.).

    ii. Administrar os registros institudos por esta Lei Para se tornar uma

    empresa S.A., a companhia precisa se registrar na CVM. Ademais, caso

    ela pretenda emitir algum valor mobilirio (como aes em bolsa de

    valores, debntures, entre outros ttulos), deve tambm registrar a

    emisso na CVM.

    iii. Fiscalizar permanentemente as atividades e os servios do mercado

    de valores mobilirios, bem como a veiculao de informaes

    relativas ao mercado, s pessoas que dele participem, e aos valores

    nele negociados a funo de fiscalizao da CVM propriamente dita. Ou seja, a Comisso deve fiscalizar as atividades, servios e informaes

    dos participantes do mercado de capitais.

    iv. Propor ao Conselho Monetrio Nacional a eventual fixao de

    limites mximos de preo, comisses, emolumentos e quaisquer

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    outras vantagens cobradas pelos intermedirios do mercado Assim como o Banco Central pode propor limites cobrana de taxas

    nos mercado de crdito, cambial e monetrio, a CVM faz o mesmo no

    mercado de capitais.

    v. Fiscalizar e inspecionar as companhias abertas dada prioridade s

    que no apresentem lucro em balano ou s que deixem de pagar o

    dividendo mnimo obrigatrio As empresas por aes possuem acionistas pulverizados. Ou seja, as pessoas interessadas podem

    comprar aes das empresas, mesmo no conhecendo o dono ou os

    administradores. Isto feito atravs de plataforma especfica, como a

    Bolsa de Valores. Naturalmente, os acionistas esto interessados na

    remunerao que podem usufruir sendo parte da empresa. Esta

    remunerao geralmente traduzida como dividendo, que a

    distribuio do lucro da empresa por acionista. A CVM deve dar

    prioridade fiscalizao das empresas que deixem de pagar o dividendo

    mnimo obrigatrio. No obstante, as demais companhias abertas

    tambm so fiscalizadas.

    Que tal questes sobre o assunto?

    19. (FCC Banco do Brasil 2006) O mercado de capitais pode atuar positivamente para o crescimento econmico. Para que esse mercado

    cumpra seu papel, dentre as condies necessrias, correto

    mencionar:

    a) assegurar a observncia de prticas comerciais equitativas no mercado de

    valores mobilirios, o que constitui uma funo da Comisso de Valores

    Mobilirios.

    b) fiscalizar e inspecionar as companhias abertas, o que constitui uma funo

    do Banco Central do Brasil.

    c) fiscalizar permanentemente as atividades e os servios do mercado de

    valores mobilirios, o que constitui uma funo da Superintendncia de

    Seguros Privados.

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    d) apurar e punir condutas fraudulentas no mercado de valores mobilirios, o

    que constitui uma funo do Tesouro Nacional.

    e) prevenir ou corrigir situaes anormais do mercado, inclusive com a

    suspenso da negociao de determinado valor mobilirio, o que constitui

    funo do Conselho Monetrio Nacional.

    20. (CESGRANRIO Banco do Brasil 2010) A Comisso de Valores Mobilirios (CVM) uma autarquia ligada ao Poder Executivo que atua

    sob a direo do Conselho Monetrio Nacional e tem por finalidade

    bsica:

    a) normatizao e controle do mercado de valores mobilirios.

    b) compra e venda de aes no mercado da Bolsa de Valores.

    c) fiscalizao das empresas de capital fechado.

    d) captao de recursos no mercado internacional

    e) manuteno da poltica monetria.

    21. (FCC Banco do Brasil 2012) Compete Comisso de Valores Mobilirios CVM disciplinar as seguintes matrias:

    I. registro de companhias abertas.

    II. execuo da poltica monetria.

    III. registro e fiscalizao de fundos de investimento.

    IV. registro de distribuies de valores mobilirios.

    V. custdia de ttulos pblicos.

    Est correto o que se afirma APENAS em

    a) I, II e III.

    b) I, II e IV.

    c) I, III e IV.

    d) II, III e V.

    e) III, IV e V.

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    19. A fiscalizao do mercado de valores mobilirios (outro nome do mercado

    de capitais) exercida pela CVM.

    Desta forma, apenas a Alternativa A pode estar correta. A CVM assegura a

    observncia de prticas comerciais equitativas no mercado de capitais, fator

    necessrio para que o mercado promova o financiamento dos investimentos

    a longo prazo.

    GABARITO: LETRA A

    20. A funo precpua da CVM a normatizao e controle do mercado de

    valores mobilirios.

    GABARITO: LETRA A

    21. Vejamos as afirmativas:

    I o registro de companhias abertas funo da CVM

    II a execuo da poltica monetria funo do Bacen

    III - fundos de investimento esto dentro do mercado de capitais, pois servem

    de intermedirios entre demandantes e ofertantes de poupana de longo

    prazo; portanto, so fiscalizados pela CVM

    IV os valores mobilirios so os ttulos transacionados no mercado de

    capitais; desta maneira, o registro destes ttulos funo da CVM

    V a custdia de ttulos pblicos no funo da CVM, pois ttulos pblicos

    no so valores mobilirios; mesmo que fossem, a custdia no estaria a

    cargo da CVM, pois existem entidades que cumprem com esta funo.

    GABARITO: LETRA C

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    3.5. CONSELHO DE RECURSOS DO SISTEMA FINANCEIRO

    NACIONAL (CRSFN)

    O CRSFN rgo responsvel para julgar, em segunda e ltima

    instncia, os recursos interpostos sobre a aplicao de penalidades

    administrativas pelo Banco Central do Brasil e pela Comisso de

    Valores Mobilirios.

    necessrio comentar que o CRSFN no necessariamente uma

    instituio normativa. No entanto, serve de instancia recursal de decises

    tomadas por rgos normativos do SFN e, por isto, est nesta seo.

    Como j vimos, BACEN e CVM supervisionam diversos mercados,

    podendo, inclusive, impor penalidades aos participantes que descumpram

    regras vigentes.

    Os participantes podem recorrer destas decises ao CRSFN.

    O Conselho composto por 8 membros e respectivos suplentes,

    designados pelo Ministrio da Fazenda com mandato de 2 (dois) anos. Os

    membros devem possuir reconhecida competncia, e conhecimentos

    especializados sobre os mercados financeiros e de capitais. Observa-se a

    seguinte composio:

    2 representantes do Ministrio da Fazenda

    1 representante do Bacen

    1 representante da CVM

    4 representantes de entidades de classe, dos mercados financeiro e de

    capitais

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    4. INSTITUIOES FINANCEIRAS BANCRIAS

    O Sistema Financeiro Nacional no composto apenas pelo CMN,

    Banco Central, COPOM, CVM e CRSFN. H outros rgos, sobretudo

    aqueles que efetuam as operaes financeiras propriamente ditas.

    Nesta seo sero tratados conceitos bsicos sobre estas entidades.

    O que so, para que servem, quais as principais atividades exercidas.

    Antes, h que se detalhar o porqu estas entidades esto dividas em

    instituies financeiras bancarias, no bancarias e auxiliares.

    Comecemos pela diferena entre instituies financeiras bancrias e

    no bancrias.

    O mercado bancrio composto de instituies financeiras que

    captam depsitos vista e, portanto, multiplicam a moeda em circulao na

    economia.

    Guarde este conceito: para ser bancria, a instituio deve captar

    depsitos vista.

    Esta regra aparentemente simples permite ganhar pontos preciosos

    no momento da prova. H grandes chances de a Banca tentar confundir os

    candidatos sobre a diferena entre instituio bancria e no bancria.

    Outra maneira de confundir denominar as instituies bancrias de

    instituies monetrias. No se assuste, pois as duas entidades representam

    a mesma coisa. Do mesmo modo, as instituies no bancrias so tambm

    chamadas de no monetrias.

    Fique com o esquema:

    Mas, como seria este processo de multiplicar a moeda?

    Instituio Financeira

    Capta Depsitos

    vista

    Bancria (Monetria)

    Instituio Financeira No Capta

    Depsitos vista

    No Bancria (No

    Monetria)

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    As instituies bancrias, assim como qualquer outra entidade,

    possuem ativos e passivos. Seus ativos correspondem s aplicaes que

    possuem. Por exemplo, ttulos pblicos, aes de empresas, entre outros

    investimentos diversos.

    O financiamento destas aplicaes feito de diversas formas e

    corresponde ao passivo destas instituies.

    A modalidade de financiamento que nos interessa so os depsitos

    vista. Todos os indivduos que realizam transaes bancrias j realizaram

    depsitos vista. Consistem nos valores lquidos, prontamente disponveis

    aos correntistas.

    Desta forma, quando nos dirigimos ao banco para realizar um saque

    da conta corrente, o dinheiro estar ali pronto para ser sacado e utilizado. At

    aqui tudo bem!

    Mas, apesar de no ser to aparente assim, nossas disponibilidades

    lquidas (depsitos vista) no esto totalmente reservadas no caixa do

    banco. Elas so circulantes e financiam diversas outras aplicaes do banco.

    Assim, caso voc tenha um saldo de R$ 1 mil em conta corrente, parte deste

    valor provavelmente estar financiando outro indivduo com saldo negativo.

    Consequentemente, se todos os correntistas forem ao banco sacar

    toda sua disponibilidade, o banco no ter como pagar a todos.

    Por isto diz-se que os bancos multiplicam os depsitos vista. Ou

    seja, eles elevam a quantidade de depsitos vista em sua posse.

    Na teoria econmica, este valor dado pelo multiplicador bancrio,

    o qual multiplica a quantidade de depsitos vista, resultando na quantidade

    de moeda em circulao. No preciso conhec-lo a fundo, pois, felizmente,

    no est expressamente solicitado pelo Edital. Mas, ao menos voc sabe o

    conceito por trs do multiplicador bancrio.

    Isto , a possibilidade de receber depsitos vista, alm de

    categorizar