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Do Diretório ao Consulado
Lição nº 101 e 102 27/01/2015Sumário:
A revolução Francesa.A ação da Convenção: o Terror (continuação).
Do Diretório ao Consulado.
Novo cultoCom a morte de seus “amigos”, Robespierre ficou com o comando supremo e todos o
temiam.
Farto do culto ateu da Razão, decidiu impor ao povo francês uma nova religião: a doutrina do Ser Supremo, que se vinculava numa espécie de figura divina, o Arquiteto Supremo, de que falavam os iluministas.
No dia 8 de Junho de 1794, no jardim das Tulherias, organizou-se um cortejo especial: a primeira Festa do Ser Supremo.
Fim do TerrorAlguns membros mais influentes da Convenção, conspirando juntos, decidiram que deviam destruir
Robespierre. Aprisionaram-no. Alguns dos seus amigos mais fiéis vieram em seu auxílio, levando-o para a Câmara Municipal.
A Guarda Nacional invadiu a Câmara Municipal e encontraram Robespierre a redigir uma ordem contra os seus acusadores. Antes que fizesse algo, um dos guardas disparou, atingindo-o no maxilar, o que o impossibilitou de falar.
Na manhã de 28 de Julho de 1794, Robespierre (juntamente com outros 22 prisioneiros) foi julgado. O seu julgamento durou apenas meia hora: foram todos condenados à morte e subiram ao cadafalso naquela mesma tarde. O Terror chegara ao fim.
Período Pós-TerrorO fim do Terror provocou uma instabilidade política e militar que se prolongou
durante 5 anos.
Logo após a morte de Robespierre, a guilhotina não ficou de modo algum ociosa, continuando a matança.
Em breve surgirá um novo capítulo na evolução da França: o Diretório. E uma nova personagem começava a tornar-se conhecido nos campos de batalha: Napoleão Bonaparte.
ReformasApós o período do Terror, mas ainda no período legislativo da Convenção, realizaram-se várias reformas:
A Praça da Revolução foi rebatizada como Praça da Concórdia (imagem superior);
Reduziu-se a barulhenta participação da assistência durante os debates da Convenção;
Encerrou-se o Clube dos Jacobinos; Concedeu-se a liberdade de culto; O Tribunal Revolucionário Extraordinário passou
por uma completa reorganização.
ProblemaApesar das várias reformas feitas, os novos governadores da França
continuavam com um problema: abastecer a população esfomeada.
A «Lei do Máximo» é abolida, na esperança que os agricultores produzissem mais. Todavia, o problema da fome não foi solucionado e esta persistia. A Convenção tornou-se cada vez mais impopular, gerando muitas revoltas.
Fim da Convenção e início do DiretórioAo terminar as suas funções, a Convenção aprovou, em Agosto de 1795, uma
nova Constituição. Era a Constituição do Ano III, destinada a estabelecer a ordem e a concórdia sob a alçada da burguesia.
Deu-se origem a uma nova etapa da Revolução Francesa:o Diretório.
Curiosidades:
Como diretores foram eleitos a 31 de Outubro de 1795: • Paul Barras; • La Revellière;• Reubell;• Carnot;• Le Tourneau.
Os três primeiros eram mais radicais e os dois últimos mais moderados.
Paul François Jean Nicolas Visconde de Barras(1755-1828)
Lição nº 103 e 104 29/01/2015Sumário:
A revolução Francesa.Do Diretório ao Consulado.Do Consulado ao Império.
DiretórioApesar da Constituição de 1795 ter durado quatro anos, o período do Diretório foi
de instabilidade política. Porquê?
A guerra da França contra a restante Europa, continuava; A crise económico-financeira agravou-se; Aumentaram os contrastes sociais; O poder estava restrito à burguesia;
DiretórioA crise do Diretório começa quando, em Outubro de 1795, um conjunto
de elementos, juntamente com a Guarda Nacional, saíram à rua para protestar contra o governo.
Nesta altura, o Diretório recorreu ao Napoleão, que era próximo de Paul Barras e que já havia mostrado a sua valentia em Toulon. Bonaparte silenciou esta revolta, ficando conhecido como o General Vendimário (do mês revolucionário).
DiretórioOs membros do Diretório pensavam que as vitórias militares poderiam
constituir um regime sólido.
Napoleão começa por destacar-se na Itália (14 vitórias).
Posteriormente e numa tentativa de enfraquecer a Grã-Bertanha, dirige-se para o Egito, que conquista para a França.
Do Diretório ao Consulado
No dia, 18 do Brumário do ano VIII da República (9 de Novembro de 1799), Napoleão Bonaparte, após ter regressado da sua campanha do Egito, aproveitou a debilidade política do Diretório e executou um Golpe de Estado com o apoio popular e do exército.
Do Diretório ao Consulado
Aproveitando as intrigas e divisões do Diretório, ele “sequestrou” a Assembleia com o apoio do exército.
Passou-se a uma nova forma de governo: o Consulado. O governo passava para as mãos de três cônsules provisórios: Napoleão Bonaparte, Roger Ducos e Sieyèse.
Napoleão Bonaparte
Napoleão Bonaparte, nasceu na Córsega a 15 de Agosto de 1769, no seio de uma família da pequena nobreza.
Por ser o mais inteligente e energético entre os seus irmãos, ingressou na carreira militar muito novo, aos 10 anos.
Graças à concessão de uma bolsa, pôde finalizar os seus estudos militares na Academia de Paris. Em 1785 era já tenente de artilharia.
Em Dezembro de 1793, distinguiu-se em Toulon pelas suas qualidades militares e coragem aí evidenciadas, valendo-lhe a promoção a General de Brigada com apenas 24 anos.
Os sucessos das suas Campanhas Militares fizeram-no chegar a Cônsul e, poucos anos depois, a Imperador.
Regime do ConsuladoComeçava um novo regime: o Consulado.
Uma comissão encarregou-se de escrever uma nova Constituição (a Constituição do ano VIII).
O Consulado seria composto por três membros, onde um deles, o Primeiro Cônsul, teria atribuições executivas muito amplas, enquanto os outros dois se limitariam a assessorar e a aconselhar.
Curiosidade
A Constituição de 1799 era a mais autoritária e centralista que havia na França desde a Revolução. Porém foi submetida a um referendo e aprovada com cerca de 3 milhões de votos a favor e cerca de 1500 contra.
Consulado
Três Cônsules
10 Ministros 1 Conselho de Estado
1 Corpo Legislativo
(300 membros)Tribunado Senado
Dividido em cinco secções:• Guerra• Marinha• Interior• Fazenda• Legislação
MudançasAprovada a Constituição, remodelou-se o Consulado (o segundo e o terceiro e cônsules,
passaram a ser Cambacères e Lebrun).
Principais mudanças:
A condenação à penas de morte tornou-se rara; Construíram-se novas vias de comunicação e canais; Fomentou-se o comércio, a agricultura e a indústria; Reorganizou-se o exército; Fundaram-se escolas e liceus; Melhorou-se a relação com a Igreja Católica; Restauraram-se as igrejas suprimidas e abriram-se seminários; Restaurou-se o Calendário Romano.
Do Consulado ao ImpérioAproveitando esta época de prosperidade, Bonaparte levou uma
proposta ao Senado: tornar-se Cônsul Vitalício.
Posteriormente, Fouché aconselhou Bonaparte a pôr em prática o seu propósito de tornar o Consulado hereditário.
Termina a Era de Bonaparte, começa a era de Napoleão.
3. 572.329 disseram SIM 2.569 disseram NÃO
O ImpérioNo dia 2 de Dezembro de
1804 teve lugar a cerimónia oficial de coroação, para a qual foi convidou o Papa Pio VII. Mas o seu papel não foi fulcral, pois Napoleão corou-se a ele mesmo (e depois a sua mulher, Josefina) e o Papa apenas deu a bênção.
“Onde maior foi o Imperador, foi nas guerras em Itália. Ali foi um herói. Agora é um Imperador. Em Itália não tinha mais do que uma mão de homens, quase sem armas, sem pão, sem sapatos, sem dinheiro, sem administração, e sem ajuda de ninguém. Tinha que criar tudo: e tudo criou ele. Ali foi onde ele foi mais admirável.” General Lassalle, 1809 (citado por Comellas, 1982, p. 213)