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Rosa dos Ventos

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Responsabilidade Corporativana Criação de Valor193196197203213217220225

A Nossa AbordagemHighlights 2011Promover a Saúde pela AlimentaçãoRespeitar o AmbienteComprar com ResponsabilidadeApoio às Comunidades EnvolventesSer um Empregador de ReferênciaCompromissos para 2012-2014

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A linha temporal que atravessa o passado, o presente e o futuro

mostra-nos que o que fizemos ontem tem consequências hoje e que o que fazemos

hoje terá consequências amanhã.Num mundo global, procuramos

continuar a criar valor sem perder os valores que nos apontam o Norte:

Humanidade, Mérito, Empreendedorismo e Cidadania.

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1. A NossA AbordAgem Responsabilidade CoRpoRativa – CRiação de valoR e sustentabilidade

O Grupo Jerónimo Martins procura gerir, de forma equilibrada, a relação entre prosperidade económica, desenvolvimento social e preservação ambiental, pautando a sua actuação pelo triple bottom-line: Lucro, Pessoas e Planeta.

Acreditamos que a nossa história de mais de dois séculos e valores como a Humanidade, o Mérito, o Empreendedorismo e a Cidadania, evidenciam a forma responsável como desenvolvemos os nossos negócios e a visão de médio e longo prazo que incorporamos nas decisões que são tomadas ao longo de toda a cadeia de valor.

Enquanto líderes da Distribuição Alimentar nos países onde ope-ramos, queremos assegurar o crescimento equilibrado das unidades de negócio em vendas e rentabilidade, incorporando preocupações ambientais e sociais na gestão dos negócios. Estamos conscientes de que a nossa dimensão nos confere uma significativa capacidade de influenciar práticas e processos e que a nossa actividade gera impactos relevantes nas comunidades e no meio ambiente. Assim, pretendemos promover o bem-estar socioeconómico nas regiões onde operamos.

RESPONSABILIDADECORPORATIVA DESENVOLVIMENTO

SUSTENTÁVEL

CRIAÇÃO DE VALOR

A nossa abordagem à Responsabilidade Corporativa a médio e longo prazo concretiza-se, por exemplo, no estímulo à adopção de boas práticas agrícolas e na exigência de elevados padrões de qualidade e segurança alimentar na produção, nos milhares de empregos que criamos anualmente, ou nas várias iniciativas de natureza ambiental que dinamizamos. Destacam-se, neste âmbito, os projectos de recicla-gem, de valorização de resíduos e de redução de emissões de gases com efeito de estufa, de sensibilização dos nossos clientes para ques-tões ambientais, bem como os programas para a racionalização dos consumos de água e energia que temos vindo a implementar.

StakeholderSNo desenvolvimento da actividade, contactamos com diversos interlocutores: clientes e consumidores, fornecedores e outros parceiros de negócio, accionistas e investidores, entidades de supervisão e organismos públicos, meios de comunicação social, organizações não-governamentais e associações, para além dos milhares de colaboradores que integram o Grupo. É através deste contacto, em muitos casos diário, que são construídas as relações de confiança que sustentam o crescimento equilibrado, a inovação e o de-senvolvimento do negócio, em especial nas conjunturas mais exigentes.

13 mm

10 mm

Clientese Consumidores

Accionistase Investidores

Potenciais

Colaboradores

Fornecedores, Parceiros

de Negócioe Prestadoresde Serviços

Organismos Oficiais, Entidades

de Supervisãoe Autarquias

Locais

Jornalistas

ONG’se Associações

As relações com as várias partes afectadas e interessadas na actividade de uma Organização são determinantes para a sua competitivida-

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RESPONSABILIDADE CORPORATIVA NA CRIAÇÃO DE VALOR

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de e êxito no longo prazo. Estamos conscientes de que a reputação e a sobrevivência das empresas não são apenas determinadas por uma pura lógica de mercado, mas também pela aceitação social que conseguem merecer, num permanente escrutínio da sua acti-vidade nos mais variados fora: nos órgãos de comunicação social, nas redes sociais, nas análises do mercado, nos rankings e índices de reputação, entre outros.

O trabalho constante de criação e partilha de valor por parte do Grupo Jerónimo Martins desenvolve-se, assim, através de uma rede de relações e dos diversos pontos de contacto diário com os nossos públicos estratégicos (stakeholders-chave).

Com o objectivo de garantir o alinhamento de toda a Organização em torno da observância de princípios de Responsabilidade Corpo-rativa no desenvolvimento da sua actividade, estão sistematizadas as linhas orientadoras de actuação em alguns documentos, cujo conteúdo se encontra integralmente disponível no website corporativo:

• Código de Conduta; • Política Nutricional; • Política de Compras Sustentáveis; • Política de Apoio às Comunidades Envolventes.

No sentido de assegurar o cumprimento, divulgação e reforço destes princípios, o Grupo Jerónimo Martins conta com duas Comissões independentes: a Comissão de Responsabilidade Corporativa e a Comissão de Ética.

A primeira colabora com o Conselho de Administração em matérias de orientação estratégica neste domínio, acompanhando e supervisionando de modo permanente as matérias relativas:

• Ao Governo Societário, Responsabilidade Social, Ambiente e Ética; • À sustentabilidade dos negócios do Grupo; • Aos Códigos Internos de Ética e de Conduta; • Aos sistemas de avaliação e resolução de conflitos de interesses, nomeadamente no que respeita a relações entre a Sociedade e os seus accionistas ou outros stakeholders.

A Comissão de Ética, por sua vez, tem como missão acompanhar a divulgação e o cumprimento do Código de Conduta em todas as Sociedades do Grupo.

Adicionalmente, são ainda disponibilizados outros interlocutores e canais de comunicação orientados para os diversos públicos com os quais nos relacionamos, como o Gabinete de Relações com Investi-dores; a Direcção de Comunicação e Responsabilidade Corporativas; a Provedoria do Cliente e, quer em Portugal quer na Polónia, o Serviço de Apoio ao Cliente; as Direcções de Recursos Humanos e outras.

Prioridades: Os Cinco Pilares da Responsabilidade CorporativaA Responsabilidade Corporativa do Grupo Jerónimo Martins assenta em cinco grandes eixos transversais, incorporados na cultura das Companhias e nos processos que orientam a sua actuação.

I – Promover a Saúde pela Alimentação A promoção da saúde pela alimentação materializa-se em duas estra-tégias de actuação, transversais aos países e sectores onde operamos: i. promover a qualidade e a diversidade dos produtos alimentares que de-senvolvemos e/ou comercializamos; e ii. promover a segurança alimentar.

II – Respeitar o AmbientePretendemos contribuir para ligar eficazmente a oferta e a procura, de modo a promover práticas mais sustentáveis de produção e de consumo. Neste âmbito, o Grupo e as suas Companhias têm levado a cabo diversas iniciativas que incidiram em três áreas prioritárias: alterações climáticas, biodiversidade e gestão de resíduos.

III – Comprar com ResponsabilidadeO Grupo procura incorporar preocupações éticas e ambientais nas cadeias de abastecimento, desenvolvendo relacionamentos comerciais duradouros, procurando praticar preços justos e estimulando a produção nacional nos países onde opera.

IV – Apoiar as Comunidades EnvolventesPor tradição e por sentido de missão, o Grupo Jerónimo Martins mantém-se profundamente envolvido com as comunidades onde está presente, apoiando, institucionalmente e através das suas Companhias, causas e instituições que prestam assistência aos grupos mais frágeis da sociedade, como sejam crianças, jovens e idosos.

V – Ser um Empregador de Referência Através da criação de emprego pretendemos ser um agente dinamiza-dor nos mercados onde actuamos, promovendo simultaneamente políticas salariais justas e equilibradas e um ambiente de trabalho esti-mulante e positivo, num compromisso firme para com os colaboradores.

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FornecedoresClientes, ONG’se Associações

Clientes e ConsumidoresONG’s e Associações

Colaboradores

ONG’s eAssociações,

Clientes,Colaboradores

FornecedoresClientes, ONG’se Associações

Outros: Accionistas e Investidores.Jornalistas, Organismos Oficiais

PROMOVERA SAÚDE PELAALIMENTAÇÃO

EMPREGADOR

APOIARAS COMUNIDADES

ENVOLVENTES

COMPRAR COMRESPONSABILIDADE

RESPEITARO AMBIENTE

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RESPONSABILIDADE CORPORATIVA NA CRIAÇÃO DE VALOR

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2. HigHligHts 2011

Promover a Saúde pela Alimentação • Aposta em produtos destinados a pessoas com necessidades alimentares específicas. Em Portugal, foram lançados 32 produtos da gama Pura Vida, da Marca Própria Pingo Doce. Na Polónia, foram lançados 21 novos produtos de Marca Própria com o objectivo de reforçar a oferta com propostas nutricionalmente mais saudáveis. Na Indústria, a gama Becel foi alargada com produtos que contribuem para a redução dos níveis de colesterol; • Aposta em ingredientes naturais e pouco transformados. Lançamento da nova gama de Sopas Frescas Knorr e dos novos caldos Knorr Natura. Reformulações de várias bebidas e sobremesas na Polónia; • Reformulações nutricionais de produtos de Marca Própria com o objectivo de reduzir os teores de açúcar, sal e gordura, e/ou aumentar o teor de fibra. Em Portugal, foram eliminadas dos nossos produtos mais de seis toneladas de açúcar, 26 toneladas de sal, 15 toneladas de gordura e acrescentadas quase 15 toneladas de fibra. Na Polónia, foram eliminadas 14 toneladas de gordura e, no total, 471 toneladas de açúcar.; • Certificação HACCP das cozinhas industriais em Portugal.

Respeitar o Ambiente • Definição de uma estratégia e de um plano de actividades para a protecção da Biodiversidade; • Lançamento do projecto “Equipas para a Gestão dos Consumos de Água e Energia” nas Companhias da Distribuição em Portugal;

Poupanças totais em 2011: - Electricidade: 5.638.091 kWh (redução de 1,8%

relativamente a 2010) - Água: 10.169 m3 (redução de 1,3% relativamente a 2010)

• Aumento do número de ecopontos disponibilizados nas lojas Pingo Doce em cerca de 77%, totalizando, em 2011, 309 recipientes.

Comprar com ResponsabilidadeManutenção da política de preferência, em igualdade de circunstâncias e sempre que possível, pela aquisição de produtos a fornecedores locais, em Portugal e na Polónia.

Apoio às Comunidades EnvolventesSistematização de uma Política de Apoio às Comunidades Envol-ventes, com a identificação dos principais eixos de acção e grupos alvo preferenciais: combater a fome, a malnutrição e a exclusão social com impacto nas crianças e jovens carenciados e também nos mais velhos.

Total de apoios dados em 2011: 6,8 milhões de euros.

Ser um Empregador de ReferênciaForam criados, em 2011, mais de 5.200 novos postos de trabalho;No âmbito do Fundo de Emergência Social, constituído em Setembro, foi concedido apoio a mais de 1.200 famílias, através de 2.200 medidas de auxílio. Os pedidos de apoio efectuados pelos colaboradores no âmbito desta iniciativa foram repartidos pelas seguintes áreas: ajuda alimentar (56%), saúde (36%), orientação financeira (36%) e aconselhamento jurídico (20%).

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“Em 2011, a insígnia desenvolveu um produto alimentar inovador denominado ‘O Teu Primeiro Pingo Doce’.”

“Em 2011, foram lançados 32 produtos da gama Pura Vida, da Marca Própria do Pingo Doce.”

1. A Nossa Abordagem – P.193 2. Highlights 2011 – P.196

3. Promover a Saúde pela Alimentação 4. Respeitar o Ambiente – P.203

3. Promover A sAúde PelA AlimeNtAção3.1. intRodução

O Grupo Jerónimo Martins procura ter um papel pedagógico e construtivo junto dos consumidores na tomada de decisões com um impacto positivo na sua saúde, através do desenvolvimento e promoção de uma oferta de alimentação segura, saudável, nutritiva e acessível.

Neste contexto, as nossas prioridades estratégicas de desenvolvimento são as seguintes:

• Apostar na qualidade e inovação das Marcas Próprias; • Promover a segurança alimentar; • Prestar um serviço de confiança; • Disponibilizar informação nutricional completa sobre os produtos comercializados.

A promoção da saúde pela alimentação desenvolve-se em duas linhas de actuação transversais aos países e sectores onde operamos: i. promover a qualidade e a diversidade da alimentação; e ii. promover a segurança alimentar.

3.2. Qualidadee diveRsidadeAs nossas Companhias têm incorporado na sua oferta soluções que vão ao encontro de tendências em crescimento: adopção de estilos de vida mais saudáveis, procura cres-cente de soluções alimentares de conve-niência com perfil nutricional equilibrado e/ou de produtos que permitem satisfazer necessidades alimentares especiais.

3.2.1. lançamentosEm 2011, foram lançados 32 produtos da gama Pura Vida, da Marca Própria do Pingo Doce (aquém do inicialmente estimado devido ao nosso compromisso de elevados padrões de qualidade que temos para com os nossos clientes). Esta gama tem por ob-jectivo satisfazer necessidades alimentares cada vez mais específicas dos consumidores portugueses e contribuir para uma alimen-tação mais equilibrada. Entre outros no-vos produtos, a gama Pura Vida foi alargada com três tipos de cereais de pequeno-almoço, sete alternativas vegetarianas de refeições, seis referências de infusões, bebidas e iogurtes de soja e duas referências de gela-dos com proteína de ervilha.

O Pingo Doce tem tido, desde sempre, um cuidado particular com a alimentação in-fantil, procurando contribuir a médio e longo prazo para uma relação equilibrada entre a alimentação e estilos de vida mais activos. Em 2011, a insígnia desenvolveu um produto alimentar inovador denominado “O Teu Primeiro Pingo Doce” – um produ-to lácteo (tipo iogurte) destinado a bebés a partir dos seis meses, sem adição de açúcares e enriquecido com vitaminas e ferro.

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RESPONSABILIDADE CORPORATIVA NA CRIAÇÃO DE VALOR

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Na Polónia, com o objectivo de contribuir para uma oferta mais diversificada e para uma alimentação saudável junto dos consu-midores polacos, a Biedronka lançou neste segmento 21 produtos da Marca Própria, entre os quais se destacam: cereais in-tegrais “Just Fit Plus”, com fibra adiciona-da, proveniente da planta P. psyllium que tem propriedades benéficas para a saúde cardiovascular; refrigerantes “4Fit” com frutose e edulcorantes na sua composição; iogurtes líquidos “Miami” para crianças, en-riquecidos com cálcio e vitamina D.

No âmbito do projecto “Milk Start”, fo-ram lançadas, em 2011, três referências de merendas de cerais, enriquecidas com vita-minas e minerais (que satisfazem até 25% das necessidades diárias de crianças em idade escolar), seleccionadas pelos especia-listas do Instytut Matki i Dziecka (Instituto Mãe e Criança). Estas merendas consti-tuem uma refeição equilibrada e podem ser tomadas como reforço, de manhã ou ao lanche. O lançamento foi acompanhado por uma acção de sensibilização, dedicada à alimentação equilibrada, realizada com outras entidades parceiras, em 2.448 escolas básicas polacas e abrangendo 91.475 crianças.

Na área dos Frescos, em Portugal, foi alargada a oferta na categoria de produtos biológicos. Foi também introduzida uma gama de produtos de pastelaria (mais) sau-dável, sem açúcares adicionados que, neste momento, conta com duas referências: bolo simples e bolo com sabor a chocolate.

No Pingo Doce, observou-se também uma aposta em produtos de conveniência na cate-goria do Talho. Em 2011 foram lançadas 15 referências de confecção rápida, entre as quais 10 à base de carne de aves (frango e peru), que

são alternativas mais leves e saudáveis, algu-mas das quais particularmente indicadas para confeccionar com adição de pouca gordura.

No sector da Indústria, a Unilever Jerónimo Martins lançou em 2011 a gama de Sopas Frescas Knorr, com ingredientes 100% na-turais na sua composição, de preparação fácil e rápida. Também a marca Knorr alargou a gama de caldos Natura com uma nova varie-dade – caldo de peixe – produzida a partir de uma selecção de peixes da mais alta qualida-de. É de destacar também o alargamento da gama Knorr Sabores no Forno, que permite confeccionar pratos sem adição de gordura e que inclui uma elevada percentagem de es-peciarias e ervas aromáticas.

Destacam-se igualmente as novas referên-cias na gama dos chás Lipton Pyramid, principalmente as duas variedades de chá verde (laranja e tangerina; cidreira, limão e menta) e uma de chá branco, conhecido pelas suas propriedades antioxidantes.

Foram também lançadas duas referências da marca Becel: Becel Pro-Activ com Sabor a Manteiga, um creme vegetal com esteróis vegetais que contribui para a redução do co-lesterol; e Becel Cozinha Líquida, um  creme vegetal líquido para cozinhar, rico em ómega 3 e 6, com menos 30% de gordura que o azeite.

Na marca Olá foram lançadas, no total, quatro referências com teor calórico redu-zido nos gelados para crianças MAX (três referências) e nos gelados Solero.

3.2.2. ReformulaçõesNa Distribuição em Portugal, foram con-cluídas 34 reformulações de produtos de Marca Própria em 2011, as quais se inserem num plano que visa melhorar a qualidade nutricional pela redução dos teores de açúcar, sal e gordura, e/ou pelo aumento do teor de fibra.

Em consequência destas reformulações, fo-ram eliminadas dos nossos produtos mais de seis toneladas de açúcar, cerca de 26 tonela-das de sal, 15 toneladas de gordura e acres-centadas cerca de 15 toneladas de fibra.

Os exemplos mais relevantes destas re-formulações são: a polpa de tomate Pingo Doce, na qual foi reduzido o teor de sal (em 66%), os waffles da mesma marca nos quais foi reduzido em 55% o teor das gorduras saturadas através da substituição do óleo de palma por óleo de girassol (no total 1,3 toneladas de gorduras saturadas foram retiradas do mercado, como resultado desta reformulação) e alguns cereais de pequeno-almoço, como por exemplo: os Bran Flakes, os cereais Fruta&Fibra ou o Farelo de Trigo, aos quais foi acrescentada fibra e retirado açúcar.

Na Polónia, o foco de reformulações centrou-se na eliminação de ingredientes desnecessários e supérfluos, na substitui-ção de ingredientes artificiais por naturais e na redução do teor de gorduras. No total, foram reformuladas 58 referências em 2011, em consequência das quais foram reti-radas do mercado até 471 toneladas de açúcar e 14 toneladas de gordura, tendo-se adicionado simultaneamente sete toneladas de fruta.

Como exemplo destas reformulações, na

Em 2011, foram lançadas 15 referências de confecção rápida,

entre as quais 10 à base de carne de aves (frango e peru).

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“Destacam-se igualmente as novas referências na gama dos chás Lipton Pyramid, principalmente as duas variedades de chá verde (laranja e tangerina; cidreira, limão e menta) e uma de chá branco.”

“No sector da Indústria, a Unilever Jerónimo Martins lançou em 2011 a gama de Sopas Frescas Knorr, com ingredientes 100% naturais na sua composição, de preparação fácil e rápida.”

gama “Twój Deser” (“A Tua Sobremesa”), foram acrescentados sumos naturais de fruta às gelatinas e pudins de fruta (seis referências), bem como cacau, baunilha e natas naturais aos pudins de outros sabo-res. Também nas gamas dos refrigerantes “Dekada” e “Polaris” os aromas artificiais fo-ram substituídos por aromas naturais. Nas bebidas lácteas “Fruvita”, o teor de fruta foi aumentado de 0,3% para 3% e foi reduzido o teor de açúcar na gama de bebidas “4Fit” e no néctar de ananás “Melly”. Foram ainda retiradas gorduras, na ordem dos 25%, das sobremesas lácteas “Bom Creme”.

A Knorr, marca do portfólio da Unilever, reformulou a sua gama de sopas desidra-tadas. Neste âmbito, foram desenvolvidas novas receitas sem intensificadores de sa-bor, sem corantes artificiais e com o teor de sal reduzido em 10%. Na mesma pers-pectiva, foi igualmente levada a cabo uma reformulação do portefólio de molhos e caldos  Knorr desidratados, com o objec-tivo de reduzir os aditivos supérfluos.

3.2.3. promoção de escolhas Mais saudáveisDistribuição – PortugalO Pingo Doce continuou a sua aposta na informação nutricional, disponibili-zando nas embalagens dos produtos da Marca Própria tabelas nutricionais com-pletas, com indicação de valores por 100 g e por dose, bem como sinalética nutri-cional na parte da frente da embalagem. Na gama Pura Vida foi criada uma si-nalética específica para comunicação dos benefícios para a saúde. Por sua vez, nos produtos reformulados, os benefícios para saúde são destacados na frente das embalagens.

Na área dos Frescos continuou-se o esfor-ço de incluir informação nutricional nas etiquetas dos produtos frescos. Os produ-tos de Talho incluem já esta informação. Passámos também a integrar esta informa-ção nos produtos de Padaria e Pastelaria fabricados pelos nossos fornecedores. Ac-tualmente, 23% destes produtos, como por exemplo algumas variedades de pão saloio, pão de Rio Maior ou broa de milho, bem como cerca de 10 referências de Pastelaria, já a incluem, pretendendo-se alargá-la à totalidade da oferta nestas categorias.

Destacam-se ainda os folhetos temáticos produzidos no âmbito do programa “Sa-bores Mediterrânicos” (que promove os benefícios da Dieta Mediterrânica) dis-ponibilizados gratuitamente aos clien-tes do Pingo Doce. Em 2011 foi ainda lançada a revista bimensal “Sabe Bem”, à venda nas lojas Pingo Doce por um preço muito acessível, que inclui recei-tas que cumprem os requisitos da Dieta Mediterrânica.

Também as revistas “A Nossa Gente” (re-vista corporativa dirigida a todos colabo-radores do Grupo em Portugal), “Notícias Recheio” e “Amanhecer” (publicações di-rigidas aos clientes das insígnias Recheio e Amanhecer), publicaram artigos relati-vos a esta matéria, entre eles, por exemplo, sobre a preparação de lanches escolares equilibrados, alimentação saudável de bai-xo custo e informação nutricional.

Distribuição – PolóniaA área da alimentação saudável e equilibrada é habitualmente tratada na revista semanal “Kropka TV”, distribuída em exclusivo nas lojas Biedronka, através de textos que visam promover bons hábitos alimentares.

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PROGRAMA 100%

Desenvolvido pela Unilever Food Solutions, o Programa 100% foi lançado no início de 2011 para promover a alimentação saudável nas escolas. Já contribuiu para que mais de 28.000 refeições mais saudáveis tenham sido servidas, num total de 87 escolas abrangidas.

O programa visa melhorar a alimentação nas escolas através de medidas que tornam as cantinas mais atraentes e as refeições mais saudáveis para os alunos, ajudando as escolas a planear as suas ementas ao dar formação aos cozinheiros das cantinas, ensinando-os a usar os ingredientes de uma forma mais saudável e com o mínimo de desperdícios. Para que as refeições saudáveis existam para além da escola, as receitas estão disponíveis on-line (www.programa100porcento.com), para que os pais possam também confeccioná-las em casa.

O Programa 100% obteve, em 2011, os seguintes resultados: 375 cozinheiros formados por chefs de cozinha, 28.216 refeições 100% saudáveis servidas, 55.506 alunos abrangidos e 259 escolas inscritas, das quais 87 escolas já receberam formação.

Esta iniciativa conta com o apoio do Ministério da Educação, o apoio científico do Ministério da Saúde (Plataforma Contra a Obesidade) e com a parceria da Associação de Cozinheiros Profissionais de Portugal.

Nos folhetos semanais da Biedronka, disponíveis nas lojas, existe uma página dedicada à promoção de hábitos alimen-tares saudáveis, recorrendo ao know-how dos especialistas do Instytut Żywności i Żywienia (Instituto de Alimentação e Nutrição polaco). Em 37 dos 52 folhetos semanais foram também publicadas recomendações de especialistas da área da nutrição.

Em Julho de 2011, foi publicado e dis-tribuído gratuitamente aos clientes da Biedronka um folheto temático dedicado a refeições mais equilibradas, com baixo teor de gordura, ricas em fibra e produzidas com ingredientes frescos, como fruta, legumes e peixe. No mesmo sentido, facilitou-se a escolha do consumidor polaco através das etiquetas que identificam este tipo de produtos nas lojas.

Indústria – PortugalA marca Knorr continuou a patrocinar uma peça de teatro juvenil, nas escolas do 1º ci-clo, que promove uma alimentação saudável, tendo sido vista por mais de 20.000 alunos.

De igual modo, a Becel patrocinou a pri-meira edição do programa televisivo “Peso Pesado” em Portugal, o qual teve a colabo-ração da Nutricionista da Unilever JM e do Chef Executivo da Unilever Food So-lutions, com o intuito de promover uma alimentação equilibrada e mais saudável.

Prosseguindo a aposta na internacionali-zação da marca, a Gallo Worldwide refor-çou a comunicação dos benefícios do azei-te para a saúde, através, por exemplo, da colocação de um selo da Sociedade Brasi-leira de Cardiologia em produtos da marca comercializados no Brasil.

3.2.4. outros destaquesEm 2011 foi renovada a Certificação do Sistema de Gestão da Qualidade do Pingo Doce e do Recheio, segundo a norma ISO 9001:2008, no âmbito do “Desenvolvimen-to de Marcas Próprias e Acompanhamento do Produto/Fornecedor após Lançamento” (sobre esta renovação, ver também o ponto relativo à “Segurança Alimentar”).

Em Portugal, o tempo médio de resposta às reclamações de clientes quanto à qualidade dos Perecíveis comercializados é de 27 dias, tendo decrescido 16% em relação a 2010. Para os produtos da Marca Própria o tempo médio de resposta em 2011 foi de 19,6 dias, tendo-se registado um aumento de cerca de 10% face ao ano anterior. Esta situação re-sultou de um acréscimo de reclamações que implicaram a realização de análises labora-toriais externas.

Na Polónia, harmonizou-se o método de análise do tempo médio de resposta aos clientes em Julho, sendo que o tempo médio de resposta no segundo semestre cifrou-se na ordem dos 22 dias.

3.2.5. parcerias O Grupo Jerónimo Martins cooperou com diversas entidades e participou em diversas iniciativas nas áreas da saúde e nutrição no âmbito da promoção de hábitos alimentares saudáveis. Destacamos seguidamente algumas das parcerias desenvolvidas ao longo de 2011.

Distribuição – Portugal • Associação Portuguesa de Celíacos (APC), através da partilha da lista de produtos da marca Pingo Doce sem glúten e do apoio da APC aos produtos Pura Vida;

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• Fundação Portuguesa de Cardiologia, através da recomendação dos produtos de charcutaria com o símbolo “Escolha Saudável”.

Distribuição – Polónia • Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição, através da partilha de know-how com a insígnia Biedronka.

Indústria – Portugal • Parceria entre o Instituto Becel e a Fundação Portuguesa de Cardiologia na edição de uma brochura intitulada “Alimentação Saudável – Amiga do Coração”; • Colaboração do Instituto Becel com a Fundação Portuguesa de Cardiologia no Mês do Coração, no Dia Mundial do Coração, no Dia Mundial do Doente Coronário e no Dia Mundial da Alimentação; • Colaboração do Instituto Becel com a empresa Premivalor Consulting no âmbito do Estudo “Observatório das Doenças Civilizacionais (Hipertensão Arterial, Diabetes, Hipercolesterolemia e Obesidade)”.

3.3. segurança alimentarA segurança alimentar é uma prioridade nossa. Por isso, o Grupo investe na certificação e monitorização dos seus produtos, instala-ções e processos, bem como na formação em boas práticas laborais nesta área.

3.3.1. CertificaçõesAcompanhamento das certificações cuja renovação ocorreu em 2010:

• Certificação HACCP segundo o Codex Alimentarius das plataformas de food service do Recheio e lojas Recheio, com extensão geográfica a quatro novas lojas, num total de 31; • Certificação HACCP segundo o Codex Alimentarius da loja Recheio na Madeira; • Certificação do Sistema Gestão Integrado de Ambiente e HACCP, segundo as normas ISO 14001:2004 e Codex Alimentarius, na JMR (Centros de Distribuição).

Certificações Renovadas em 2011 • Biedronka: certificação ISO 22000:2005 (processos de armazenagem e distribuição, implementação de Marca Própria);

• Pingo Doce e Recheio: certificação ISO 9001:2008 referente ao Desenvolvimento de Marcas Próprias e Acompanhamento do Produto e do Fornecedor após o lançamento; • FIMA: ISO 9001 e ISO 14001 na produção de margarinas, creme para barrar e gorduras alimentares para fins domésticos e industriais e produção de caldos; BRC na produção de caldos; • OLÁ: ISO 9001, ISO 14001 e OHSAS 18001 na produção de gelados; • Gallo Worldwide: ISO 9001, ISO 14001, McDonald’s SQMS.

Novas Certificações • Certificação HACCP segundo o Codex Alimentarius das Cozinhas Centrais do Pingo Doce de Gaia, Aveiro, Peniche e Odivelas I, no âmbito da “Preparação e Confecção de Comidas”.

3.3.2. auditoriasAs Companhias do Grupo têm um acompanhamento permanente por parte de técnicos de Qualidade, no sentido de assegurar a im-plementação de procedimentos e a adequabilidade das instalações e equipamentos.

Distribuição – Portugal

Lojas e Centros de DistribuiçãoPingo Doce Recheio JMR(*)

2011 2010 2011 2010 2011 2010

Auditorias internas 1.780 1.753 103 110 10 9

Auditorias externas 2 1 2 1 1 1

Auditorias de acompanhamento 639 790 152 244 155 108

(*) JMR – centros de distribuição.

No âmbito das auditorias internas, foram verificados os seguintes níveis de desempenho:

Desempenho HACCP 2011 2010 Δ2011/2010

Pingo Doce 87% 87% 0%

Recheio 74% 74% 0%

Centros de distribuição 75% 91% -18%

Nota: No Pingo Doce, a implementação HACCP é avaliada com base em referenciais próprios. Já o Recheio, por ser certificado em HACCP, tem um referencial de avaliação distinto.

Os resultados mencionados em cima devem-se à alteração da me-todologia de avaliação utilizada nestas auditorias. No Recheio e nos Centros de Distribuição, fruto da certificação do sistema HACCP,

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RESPONSABILIDADE CORPORATIVA NA CRIAÇÃO DE VALOR

202

o referencial de avaliação é mais exigente, justificando assim indica-dores de desempenho inferiores aos do Pingo Doce.

Em 2011, no Pingo Doce e no Recheio, prosseguiu-se também a mo-nitorização das boas práticas de higiene e laboração, tendo sido realiza-das, no total, mais de 89 mil análises a superfícies de trabalho, a mani-puladores de perecíveis e aos próprios perecíveis manipulados nas lojas.

Distribuição – Polónia

Lojas e Centros de DistribuiçãoLojas CD

2011 2010 2011 2010

Auditorias internas 2.653 2.421 18 22

Auditorias externas - - 11 12

Desempenho HACCP 2011 2010 Δ2011/2010

Lojas 79% 76% +4%

Centros de distribuição 88% 84% +5%

Indústria – PortugalEm 2011, foram realizadas 201 auditorias na cadeia de abasteci-mento da Unilever Jerónimo Martins, as quais abrangeram par-ceiros de negócio e pontos de venda. As avaliações são feitas de acordo com os requisitos da Unilever, como as “Boas práticas na cadeia de distribuição para os gelados” e os “Standards de Qua-lidade relevantes para o Consumidor”, bem como em função dos requisitos legais aplicáveis.

3.3.3. análises laboratoriais de produtosForam realizadas 24.167 análises laboratoriais para monitorização das boas práticas de higiene e laboração.

Distribuição (Portugal e Polónia)

Controlo Analítico (Taxa de Conformidade)

2011 2010 Δ2011/2010

Pingo Doce 93,4% 95,3% -2,0%

Recheio 96,8% 96,7% +0,1%

Biedronka 94,7% 93,6% +1,2%

3.3.4. Formação em Higiene e segurança alimentarDurante 2011 foram revistos os conteúdos programáticos da for-mação em Higiene e Segurança Alimentar (HSA), assim como o esquema de formação, procurando-se uma melhor adaptação às necessidades e à realidade do negócio.

Na Polónia, intensificou-se de forma substancial a formação, tendo-se atingido um crescimento em formandos na ordem dos 42,5% (total de 5.070 formandos e de 1.445 horas de formação).

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2. Highlights 2011 – P.196 3. Promover a Saúde pela Alimentação – P.197

4. Respeitar o Ambiente 5. Comprar com Responsabilidade – P.213

203

4. resPeitAr o AmbieNte4.1. intRodução

O respeito pelo Ambiente é uma preocupação pre-sente no crescimento dos negócios do Grupo Jeró-nimo Martins, que pretende contribuir para ligar eficazmente a oferta e a procura de modo a promover práticas de produção e de consumo mais sustentáveis.

O Grupo e as suas Companhias têm levado a cabo diversas inicia-tivas de Gestão Ambiental que incidiram em três áreas prioritárias:

• Alterações climáticas; • Biodiversidade; • Gestão de resíduos.

Com o objectivo de melhorar continuamente o desempenho am-biental das actividades, produtos e serviços das suas Companhias, o Grupo assegurou, através dos Sistemas de Gestão Ambiental das Companhias da Distribuição e da Indústria – baseados nos princípios e requisitos da norma ISO 14001 – a actualização da legislação am-biental aplicável, a realização de diagnósticos e auditorias ambientais às unidades de negócio e a monitorização dos aspectos ambientais.

Principais Impactes AmbientaisEm 2011, na área da Distribuição, em Portugal e na Polónia, o Grupo trabalhou na redução dos impactes ambientais decorrentes de: i. consumo de água; ii. consumo de energia na conservação de alimentos, iluminação, climatização e funcionamento de equipa-mentos; iii. produção de resíduos sólidos orgânicos e embalagens de papel, cartão e plástico; e iv. emissões para a atmosfera e consumo de combustíveis fósseis no transporte de mercadorias e frota própria.

Auditorias ambientaisEm 2011, foram realizadas em Portugal 229 auditorias ambientais internas a lojas e Centros de Distribuição para garantir a sua conformidade com os requisitos legais e com os procedimentos internos de Gestão Ambiental do Grupo Jerónimo Martins.

As Companhias da Indústria procedem à avaliação e revisão anual dos aspectos ambientais que consideram mais relevantes, uma operação decorrente dos Sistemas de Gestão Ambiental implementados em conformidade com os requisitos da norma ISO 14001:2004.

Instalações com certificação ISO 14001Na Distribuição em Portugal, três dos oito Centros de Distribuição (Azambuja, Vila do Conde e Guardeiras) possuem certificação segundo a norma ISO 14001:2004 para o seu sistema de Gestão Ambiental. Também as quatro unidades fabris das Companhias da área da Indústria detêm certificação ambiental, de acordo com a norma ISO 14001:2004.

4.2. biodiveRsidadeReconhecendo a importância da Biodiversidade para a sustenta-bilidade das comunidades onde desenvolvemos as nossas activi-dades, levámos a cabo um processo de avaliação das principais ameaças e oportunidades de melhoria no que diz respeito a essas mesmas actividades, assim como às dos nossos fornecedores, seguindo a metodologia Ecosystem Services Review (ESR) proposta pelo World Research Institute (WRI). A avaliação dos riscos associados aos diferentes serviços dos ecossistemas permitiu identificar eixos prioritários de actuação e, assim, definir uma estratégia de protecção da Biodiversidade e um plano de actividades.

Os projectos contemplam diversas temáticas, essenciais na integração progressiva da Biodiversidade nos sistemas e práticas de gestão do Grupo:

• Gestão da informação; • Formação; • Parceria com fornecedores; • Investigação e desenvolvimento.

4.3. alteRações CliMátiCasAs nossas Companhias apostam na adopção de um comportamen-to responsável e pró-activo na implementação de acções que contribuam para a redução dos consumos energéticos e para a minimização da emissão de gases com efeito de estufa, de que são exemplos as medidas de racionalização de consumo de energia.

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4.3.1. pegada de CarbonoEm 2011, a pegada de carbono do Grupo Jerónimo Martins foi estimada em 1.006.339 toneladas equivalentes de dióxido de carbono, o que representa um aumento de 30% face a 2010, justificado pelo aumento do número de estabelecimentos e pela crescente aposta na oferta de Frescos, principalmente na Polónia.

Pegada de Carbono – Indicadores 2011

Valor global (âmbitos 1 & 2) – t CO2 eq. 1.006.339

Valor específico (âmbitos 1 & 2) – t CO2 eq./’000 ¤ 0,102

Pegada de Carbono – Indicadores 2011 (t CO2 eq.) 2010 (t CO2 eq.)

Pegada de Carbono Global (Âmbitos 1 & 2)

Distribuição Portugal 464.362 387.681

Distribuição Polónia 524.084 370.776

Indústria 17.893 16.803

Pegada de Carbono (Âmbito 1 – Impactes Directos)

Fugas de gases refrigerantes 141.702 222.312

Consumo de combustíveis 41.397 36.825

Frota de ligeiros 16.129 14.937

Redução de emissões de carbono resultantes do uso das energias renováveis -95 -90

Pegada de Carbono (Âmbito 2 – Impactes Indirectos)

Consumo de electricidade 795.917 502.933

Aquecimento 11.556 *

Pegada de Carbono (Âmbito 3 – Outros Impactes Indirectos)

Transporte de mercadorias para as lojas (distribuição) 127.132 125.273

Deposição de resíduos em aterro 54.070 43.340

Viagens de avião de colaboradores 1.439 **1.052

Fugas de gases refrigerantes (equipamento gerido por clientes da Olá) 876 *

Emissões CO2 evitadas na consequência do projecto de backhauling -4.457 -4.336

Notas: O cálculo da pegada de carbono das diferentes actividades de Jerónimo Martins segue a metodologia proposta pelo Greenhouse Gases Protocol do WBCSD nos seus três níveis: impactes directos, indirectos e de terceiros .Os valores apresentados tiveram em conta factores de emissão definidos pelo IPCC – Intergovernmental Panel on Climate Change (combustíveis, gases refrigerantes e resíduos), pela Agência Internacional de Energia (electricidade) e pela Agência Europeia do Ambiente (viagens aéreas).Não foram incluídas as emissões respeitantes à área de Serviços de Marketing, Representações e Restauração (estima-se que represente menos de 1% do total das emissões). Ou as emissões resultantes do aquecimento fornecido por entidades externas no caso das lojas na Polónia (não foi possível obter esta informação da parte dos fornecedores).Não foi possível calcular os valores de 2010 assinalados com * e foi corrigido o valor marcado com **.

4.3.2. Racionalização dos Consumos de energia e águaNa operacionalização do compromisso de combate ao fenómeno das alterações climáticas e de reforço da racionalização dos consumos de energia, a gestão do consumo de água reveste-se da máxima importância. Assim, são continuamente desenvolvidas acções que permitam minimizar o desperdício e aumentar a eficiência da utilização deste recurso natural.

“EQUIPAS PARA GESTÃO DOS CONSUMOS DE ÁGUA E ENERGIA”

Nas Companhias da Distribuição em Portugal destaca-se, em 2011, o lançamento do projecto “Equipas para Gestão dos Consumos de Água e Energia”, tendo em vista racionalizar os consumos de água e energia nas lojas.

No âmbito desta iniciativa foram nomeados Delegados de Ambiente e Segurança no Trabalho em cada loja, que receberam formação específica nesta área, que têm o objectivo de sensibilizar as equipas, acompanhar o desempenho ambiental e identificar oportunidades de melhoria nas operações.

Através deste projecto obteve-se uma redução like-for-like dos consumos de energia e água em 5.638.091 kWh e 10.169 m3, ou seja, de 1,8% e 1,3%, respectivamente. O objectivo inicial esperado era uma redução de 2% em ambos os casos.

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Outras medidas de redução do consumo de energia – DistribuiçãoTecnologia N.º Estabelecimentos

Iluminação LED no exterior de loja 42

Iluminação exterior controlada por foto células e/ou relógios astronómicos 10

Iluminação LED nos móveis de frio 42

Iluminação LED no interior de loja 143

Sistema de gestão de consumos centralizada 382

Arcas de congelados com compressor de velocidade e descongelação automática 37

Portas nos móveis de livre-serviço (excepto congelados) 1.927

Variador de velocidade para controlo dos motores dos ventiladores dos condensadores evaporativos 1.803

Recuperadores para aproveitamento do calor emitido pelos sistemas de frio 307

Energias renováveis – DistribuiçãoTecnologia N.º Lojas Poupança Energia/Mês Poupança CO2 /Ano

Colectores solares para aquecimento de água 5 8.240 kWh 43,5 t

Postos de iluminação alimentados a partir de painéis fotovoltaicos 1 5.000 kWh 30 t

Sistema tubular de transporte da luz solar 3 3.740 kWh 21,5 t

Medidas de redução do consumo de energia – IndústriaUnidade Medida Tomada Poupança Energia

(Esperada) /Ano

FIMA Substituição de vapor por água quente (no aquecimento dos óleos) Revisão da rede de purgadores e de caudalímetros de vapor 1.550.000 kWh

FIMA Alteração de iluminaçãoInstalação de variadores de frequência nos condensadores evaporativosInstalação de um novo compressor de ar 300.000 kWh

Olá Instalação de arrancadores suaves em compressores da rede de refrigeraçãoSubstituição do isolamento num túnel de congelação 252.000 kWh

Unilever JM Substituição dos equipamentos de cópia e impressãoIntrodução progressiva de iluminação LED 4.000 kWh

Consumo de energia (total)Consumo Absoluto 2011

Consumo de energia

Valor global – GJ 5.952.011

Valor específico – GJ/’000 ¤ 0,605

Consumo de energia por unidade de negócio

Distribuição Portugal – GJ 2.560.357

Distribuição Polónia – GJ 3.043.739

Indústria – GJ 291.968

Outros (estimativa) – GJ 55.947

OUTRAS MEDIDAS PARA DIMINUIçÃO DE CONSUMO DE ÁGUA

• FIMA: alteração dos sistemas de purgas dos condensadores evaporativos de amoníaco; redução de desperdício por eliminação de fugas; instalação de máquina de lavar utensílios – redução de consumo esperado de cerca de 9.000 m3 de água/ano.

• Olá: início da instalação de caudalímetros para medição de consumos por linha de produção, de modo a melhorar a monitorização e a possibilitar o estabelecimento de metas por equipa; realização de uma auditoria global à gestão de água efectuada por especialistas externos por forma a determinar um balanço global dos fluxos de água e apontar áreas de melhoria.

• Lever: lançamento de uma nova fórmula de detergentes em pó para a roupa, que conduziu a uma redução no consumo de água na produção de cerca de 40% face à anterior formulação.

• Pingo Doce: instalação de um sistema de esgotos a vácuo numa loja, cuja principal vantagem é eliminar o consumo de água.

• Centro de Distribuição na Azambuja: instalação de mecanismos automáticos de detecção do nível de água na linha de lavagem de caixas reutilizáveis, o que levou a uma poupança mensal de mais de 2.000 m3 de água.

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RESPONSABILIDADE CORPORATIVA NA CRIAÇÃO DE VALOR

206

Consumo de energia nas unidades de negócio

Distribuição 2011 2010 Δ2011/2010

Portugal – Retalho

Electricidade (kWh/m2) 877,2 899,9 -2,5%

Combustíveis (GJ*) 23.843 26.176 -8,9%

Portugal – Cash & Carry

Electricidade (kWh/m2) 362,4 349,4 +3,7%

Combustíveis (GJ*) 4.300 4.354 -1,2%

Portugal – Centros de Distribuição

Electricidade (kWh/UMC’000**) 116,6 113,6 +2,6%

Combustíveis (GJ*) 384 843 -54,4%

Portugal – Cozinhas Industriais e Fábricade Massas Frescas

Electricidade (kWh/t) 231,6 - -

Combustíveis (GJ*) 341 - -

Polónia – Lojas

Electricidade (kWh/m2) 593,7 474,9 +25,0%

Combustíveis (GJ*) 485.661 380.181 +27,7%

Polónia – Centros de Distribuição

Electricidade (kWh/UMC’000**) 54,5 40,9 +33,3%

* GJ = gigajoule (unidade de medida de energia).** Unidades de Medida de Compra.

A variação positiva do consumo de electricidade registada em al-gumas unidades de negócio, especialmente na Polónia, está rela-cionada com os investimentos realizados na área de Frescos, que envolveram equipamentos e áreas de Frio, necessárias ao armaze-namento e conservação destes produtos.

Indústria 2011 2010 Δ2011/2010

Consumo global de Electricidade (MWh) 24.088 25.413 -5,2%

Consumo global de Combustíveis (GJ*) 53.907 55.711 -3,2%

Consumo global de Vapor (GJ*) 134.197 139.898 -4,1%

Consumo de energia por unidade de

produto produzida (GJ*/t) 2,03 1,98 +2,5%

* GJ = gigajoule (unidade de medida de energia)

Consumo de água (total)Consumo Absoluto 2011

Consumo de água

Valor global – m3 2.612.679

Valor específico – m3/’000 ¤ 0,266

Consumo de água por unidade de negócio

Distribuição Portugal – m3 1.712.018

Distribuição Polónia – m3 559.710

Indústria – m3 303.541

Outros (estimativa) – m3 37.410

Consumo de água nas unidades de negócio Distribuição 2011 2010 Δ2011/2010

Portugal – Retalho (m3/m2) 2,94 2,98 -1,3%

Portugal – Cash & Carry (m3/m2) 0,74 0,75 -1,3%

Portugal – Centros de Distribuição (m3/UMC'000*) 0,72 0,82 -12,2%

Portugal – Cozinhas Industriais e Fábricade Massas Frescas (m3/ t) 8,54 - -

Polónia – Lojas (m3/m2) 0,49 0,65 -24,6%

Polónia – Centros de Distribuição (m3/UMC'000*) 0,07 0,07 0%

(*) UMC – Unidades de Medida de Compra.

Indústria 2011 2010 Δ2011/2010

Consumo global de água (mil m3) 303,5 326,3 -7,0%

Consumo de água por unidade de produto produzida (m3/ t) 2,24 2,25 -0,4%

De uma forma geral, os indicadores relativos ao consumo de água e energia tiveram uma evolução positiva, ou seja, revelam uma racionalização dos consumos face a 2010. A única excepção respeita ao consumo de energia na Polónia, cujo acréscimo é justificado por investimentos nas áreas e equipamentos de refrigeração.

4.3.3. Redução dos impactos ambientais Resultantes dos processos logísticosÉ objectivo das Companhias do Grupo a redução progressiva dos impactes ambientais associados aos processos logísticos ao longo das cadeias de valor em que se inserem as suas actividades, mediante a minimização do consumo de recursos materiais e energéticos e a redução da quantidade de emissões e resíduos. Nesta óptica, destacam-se, em 2011, as seguintes acções:

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207

Emissões na Distribuição • Em Portugal, limitação para 80km/h da velocidade de cerca de 80% da frota de distribuição, ao serviço exclusivo da JMR. Prevê-se que esta medida tenha uma redução de consumo até cerca de 1 litro por cada 100 quilómetros; • Também em Portugal, lançamento de projecto-piloto com duas viaturas híbridas do fabricante DAF, utilizadas em zonas urbanas; • Reforço em Portugal da operação de backhauling, tendo-se prestado este serviço a cerca de 60 fornecedores regulares, o que representou um volume de 211.158 paletes recolhidas. Estima-se que esta medida de rentabilização da frota tenha resultado numa poupança de 4.496.155 km aos fornecedores e numa diminuição de 4.343 toneladas de CO2 emitido para a atmosfera; • A operação de backhauling na Polónia correspondeu a um volume de 38.085 paletes recolhidas que resultou numa poupança de 114.536 km e numa diminuição de 114 toneladas de CO2 emitido para a atmosfera; • Na Polónia, substituição de 100 camiões com motor Euro 3 por outros com motor Euro 5, originando uma redução da emissão de CO2 de 56,5 t/ano;

• Igualmente na Polónia, teste de novas soluções na utilização de atrelados mais eficientes: um que utiliza CO2 como fluido refrigerante e outro que tem a capacidade de transportar 36 paletes, em vez de 33.

Emissões na Indústria • Na Unilever Jerónimo Martins, optimização da cadeia logística com a consolidação das cargas directas das fábricas para o cliente, reduzindo-se o transporte com consequente redução da emissão de CO2; • Ainda na Unilever Jerónimo Martins, continuação da optimização da frota de viaturas em termos de eficiência; substituição de 107 viaturas da frota por novas unidades com emissões de CO2 inferiores em 12% (menos de cerca de 50 toneladas de CO2 por ano que as anteriores); aquisição de uma viatura Renault Kangoo ZE, 100% eléctrica para o serviço de estafeta, que permite poupar emissões directas de mais de três toneladas por ano.

ResíduosEm Portugal, o uso de caixas plásticas reutilizáveis abrange as áreas de Carnes, Lacticínios, Peixe, Padaria e Fruta e Vegetais:Percentagem de Caixas Reutilizáveis vs. Número Total de Caixas Movimentadas

2011 2010 Δ2011/2010

Portugal 13,0% 10,4% +2,6 p.p

4.3.4. Gestão de Gases de RefrigeraçãoRelativamente à gestão de gases de refrigeração, as acções são realizadas segundo a premissa da minimização da libertação de poluentes. Assim, as Companhias do Grupo têm vindo a imple-mentar diversas acções, nomeadamente, minimização de fugas, investimento em tecnologias mais limpas e cooperação com pres-tadores de serviços na área de frio e climatização.

Nas várias Companhias, a única substância sujeita a regulamentação é o gás R22, que tem vindo a ser substituído sistematicamente por outras substâncias com menor impacte ambiental:

Número de Estabelecimentos

Portugal Distribuição

Polónia Distribuição

Portugal Indústria Total

Sistemas de frio com R22 15 1 1 17

Sistema de ar condicionado com R22 71 6 3 80

4.3.5. Racionalização do Consumo de papelO consumo de papel de escritório assume no Grupo uma dimensão relevante, tendo vindo a ser desenvolvidos vários projectos que visam a sua redução, com importantes benefícios para a sustenta-bilidade dos recursos florestais:

• Na Logística em Portugal, as acções de impressão frente e verso e a desmaterialização dos processos permitiram uma poupança de 5,2 milhões de folhas de papel; • Na Distribuição em Portugal, a gestão electrónica de encomendas, facturas e guias de remessa abrangeu 89% dos fornecedores no ano transacto, o que corresponde a 91% do volume de negócios (em 2011, estimou-se uma poupança de 2,4 milhões folhas de papel); • Na Polónia, a factura electrónica abrange já 34% dos fornecedores, o que corresponde a 68% do volume de documentos (em 2011 estimou-se uma poupança de 1,2 milhões folhas de papel).

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RESPONSABILIDADE CORPORATIVA NA CRIAÇÃO DE VALOR

208

4.4. Gestão de ResíduosO Grupo aposta na prevenção, minimização e valorização dos resíduos gerados, não só mediante a sua actividade, como também através do apoio que presta aos consumidores nesta tarefa. A sensibili-zação dos colaboradores e das populações para práticas correctas de separação de resíduos, bem como a procura de novas soluções de valorização dos mesmos, estão na base de actuação das nossas Companhias.

Taxa de valorização de resíduos

2011

Distribuição – Portugal 53,9%

Distribuição – Polónia 75,6%

Indústria – Portugal 90,5%

4.4.1. Caracterização de Resíduos

Distribuição – Portugal13 mm

10 mm

41,3%

8,4%

45,3%

4,1%0,7% 0,2%

Gorduras (Caixas de Retenção de Gorduras)

Embalagens de Cartão e Plástico Resíduos Orgânicos

Óleos Alimentares Usados

Resíduos Indiferenciados

Outras Embalagens

Distribuição – Polónia13 mm

10 mm

24,4%

75,6%

Resíduos IdiferenciadosEmbalagens de Cartão e Plástico

Indústria – Portugal13 mm

10 mm

23,8%15,3%

31,3%

9,7%

3,7%

Resíduos de Tratamento de EfluentesResíduos Biodegradáveis

Cartão e PapelOutros Resíduos

Resíduos Perigosos

Plástico, Metal, Vidro e Madeira

1,5%

Resíduos Indiferenciados

14,7%

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2. Highlights 2011 – P.196 3. Promover a Saúde pela Alimentação – P.197

4. Respeitar o Ambiente 5. Comprar com Responsabilidade – P.213

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4.4.2. valorização de Resíduos

Em 2011, destacaram-se os seguintes projectos:

• O Pingo Doce continuou a ampliar o número de ecopontos nas lojas, tornando-se numa referência para os clientes em matéria de valorização de resíduos. No final do ano, a rede de ecopontos abrangia 320 estabelecimentos, o que perfaz 85% do actual parque de lojas Pingo Doce, tendo sido instalados 308 Oleões, 309 recipientes para pilhas, 309 para pequenos electrodomésticos, 46 para lâmpadas fluorescentes e 46 para tinteiros; • O Pingo Doce realizou junto dos seus clientes, em parceria com Ecopilhas, uma campanha “Energia de Vida”, que resultou numa recolha de 16 toneladas de pilhas e baterias usadas; • Na Biedronka, destaque para o início da recolha de garrafas PET (politereftalato de etileno) em lojas na localidade de Proszkowice; • Na Olá, no sentido de reduzir os resíduos enviados para aterro, todos os resíduos resultantes da manutenção de jardim e outras áreas verdes produzidos pela Companhia foram enviados para valorização.

Resíduos depositados por Clientes nos ecopontos das lojasDistribuição – PortugalResíduo (Valores em Toneladas) 2011 2010 Δ2011/2010

Pilhas 45,40 33,26 +36%

Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (REEE) 135,48 150,49 -10%

Óleos alimentares usados 183,54 *129,80 +41%

Tinteiros 2,28 2,66 -14%

* Valor corrigido (face ao Relatório & Contas 2010)

Distribuição – PolóniaResíduo (Valores em Toneladas) 2011 2010 Δ2011/2010

Pilhas 16,82 15,50 +9%

Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (REEE) 413,34 135,00 +206%

4.4.3. ecodesign de embalagensReconhecendo a importância de ter uma nova perspectiva sobre as embalagens dos seus produtos, desenvolvemos parcerias com os

nossos fornecedores no sentido de melhorar o perfil de eco-eficiência das embalagens, seguindo estratégias de ecodesign. Pretendemos com esta abordagem:

• Reduzir o impacte ambiental associado a embalagens de artigos comercializados pelas nossas insígnias (em especial, no que concerne às suas Marcas Próprias); • Reduzir os custos associados aos materiais/componentes de embalagem, bem como os associados à gestão dos resíduos de embalagem; • Optimizar as operações de movimentação, transporte e exposição de mercadorias.

Desde o final de 2009, as Companhias do sector da Distribuição em Portugal iniciaram acções neste âmbito, das quais se destacam o desenvolvimento de um Manual de Ecodesign de Embalagens e a realização de acções de demonstração junto de nove fornecedores de Marca Própria.

ResultadosBenefícios Ambientais N.º Unidade

Poupança de materiais de embalagem 1.794 t de materiais / ano

Transportes evitados 22.731 t CO2 eq / ano

4.5. outRas aCçõespromoção do desempenho ambientalna Construção e Remodelação de unidadesna distribuiçãoCom o objectivo de minimizar os impactes ambientais na construção e na utilização de edifícios, todos os projectos de construção ou remodelação de unidades da Distribuição em Portugal estão sujeitos a critérios ambientais. De salientar que, em 2011:

• Foi desenvolvido um “Caderno de Encargos – Ambiente” para lojas novas e remodelações que reúne um conjunto de medidas construtivas e de equipamentos para melhorar o desempenho ambiental das lojas, bem como contribuir para maiores poupanças e facilitar as operações durante o tempo de vida das mesmas. Estas medidas encontram-se divididas em seis temas ambientais: consumo de água, consumo de energia, resíduos, águas residuais, emissões para a atmosfera e ruído;

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ECO-LOjA DA BIEDRONkA

Até 2011, foram definidas 10 medidas standard (que visam reduzir os consumos de água e de energia) para as novas lojas da Biedronka, entre as quais: tectos suspensos, recuperação de calor através de sistemas de refrigeração, torneiras automáticas e outras. Além disso, foram inauguradas três novas Eco-lojas que, adicionalmente a todas estas tecnologias, possuem também, entre outras soluções, compactadores de cartão.

• Com vista à melhoria contínua do desempenho ambiental pretendido para os intervenientes em empreitadas (construção e remodelação de lojas e outros edifícios e infra-estruturas) foi desenvolvida a norma técnica “Gestão Ambiental em Obra”. Esta norma define responsabilidades e sistematiza a principal legislação aplicável, bem como as boas práticas essenciais à salvaguarda do Ambiente; • Na Biedronka, as construções e remodelações consideram requisitos ambientais documentados em norma técnica; • Actualmente, a Biedronka dispõe de seis eco-lojas; • Áreas ajardinadas – 952 estabelecimentos com áreas ajardinadas (152 lojas Pingo Doce; 19 lojas Recheio; 756 lojas Biedronka; 25 outros estabelecimentos).

4.6. sensibilização dos ColaboRadoRese dos ConsuMidoRes Em 2011, o Grupo reforçou a aposta na formação e sensibilização ambiental dos seus colaboradores, com o objectivo de mudar atitudes e comportamentos e garantir uma adequada gestão de recursos naturais, emissões e resíduos. Merecem destaque as seguintes acções nesta área:

• Desenvolvimento de sinalética interna sobre a racionalização do consumo de água e energia; • Acções de formação sobre práticas internas de gestão ambiental para colaboradores das Companhias da Distribuição em Portugal, num total de 188 horas de formação. Na Lever foi realizada formação a prestadores de serviço na área ambiental para uma maior consciencialização sobre boas práticas ambientais. Nas unidades fabris da Indústria foram também realizadas formações em Ambiente, num total de 54 acções.; • Redacção de artigos sobre os temas “Pegada de Carbono” e “Racionalização do Consumo de Água e Energia” para a revista interna “A Nossa Gente” (distribuída a todos os colaboradores em Portugal) e nas unidades fabris da Lever/Olá/FIMA, no jornal “Bom Dia TPM”; • Sensibilização para a adopção de boas práticas ambientais, dirigida a colaboradores dos escritórios da Biedronka, com a inclusão de informação em manual operacional.

Conscientes de que as empresas devem desempenhar um papel activo na sensibilização da população em prol de um desenvolvimento sustentável, desenvolvemos em 2011 diversas iniciativas ambientais direccionadas para clientes e consumidores, das quais se destacam:

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211211

• Sensibilização e formação ambiental dos clientes do Recheio do canal HoReCa, através da publicação de diversos artigos na revista “Notícias Recheio”; • Sensibilização e formação ambiental dos clientes do Pingo Doce, através da publicação de diversos artigos na revista “Sabe Bem”; • Afixação de sinalética e informação ambiental, de forma permanente, em 316 lojas Pingo Doce; • Comercialização dos sacos de plásticos reutilizáveis por um valor simbólico de €0,02. Em cinco anos, o Pingo Doce atingiu os seguintes resultados: redução do consumo de sacos (em peso) em 47%, redução de 7.667 toneladas de sacos depositados em aterro, redução de 15.265 toneladas de emissão em CO2, representando uma redução de 11.926 toneladas de petróleo e gás natural. Paralelamente, o Pingo Doce disponibiliza para venda aos seus clientes sacos reutilizáveis de grande formato e trolleys; • Lançamento do Novo Saco Verde, desenvolvido pela Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED); • Participação do Pingo Doce na Campanha “Energia de Vida”, promovida pela Ecopilhas. Esta campanha foi lançada no Dia Mundial do Ambiente e consistiu na distribuição de mini-pilhões nos check-outs das lojas Pingo Doce aos clientes, com vista a promover a deposição de pilhas e pequenas baterias nos pilhões existentes nas lojas; • Apoio ao projecto nacional “Simula Menos Resíduos” da Agência Portuguesa do Ambiente, que consistiu na colocação em estabelecimentos de comércio de um simulador interactivo que associa a produção de resíduos a práticas de consumo; • Promoção de discussões públicas através da participação nos seminários “Consumo Sustentável: a resposta da Distribuição Moderna”, organizado pela APED, e “A Distribuição e a Produção de Mãos Dadas até ao Consumidor”, organizado pelo Grupo Jerónimo Martins para os seus fornecedores da área de Fruta e Vegetais; • Realização da acção “Nós cuidamos das ECO-práticas“, a 14 e 15 de Outubro, na continuidade da acção realizada em 2010 e que permitiu recolher mais de 40 toneladas

de resíduos de vidro em 15 lojas da Biedronka. Os mais de 25.000 clientes que entregaram pelo menos cinco embalagens de vidro, receberam simbolicamente uma planta (urze); • Publicação de uma série de artigos sobre protecção ambiental, intitulados “O lado verde da Biedronka”, na revista Kropka TV; • Lançamento de uma campanha nas lojas Biedronka sobre o correcto encaminhamento de pilhas usadas; • Realização de campanha de divulgação e sensibilização ambiental, sob o tema “Biedronka Good Life”, nas lojas desta insígnia. A campanha foi igualmente divulgada em jornais e revistas; • Utilização, por parte da Gallo Worldwide do rótulo das embalagens dos seus produtos para sensibilizar os consumidores para a necessidade de colocar o óleo alimentar usado nos oleões; • Continuação, no ano lectivo 2010-2011, da colaboração da Unilever Jerónimo Martins com a Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE, membro da Foundation for Environmental Education), em duas áreas: como patrocinador do programa Eco-Escolas e, com a Olá, no projecto Ecopraias. O programa Eco-Escolas tem como objectivo promover a educação ambiental nas escolas, tendo no ano passado distinguido com a bandeira verde 1.209 estabelecimentos de ensino pelo seu desempenho ambiental. No âmbito do Projecto Ecopraias, foram disponibilizados 142 Ecopontos distribuídos por 33 praias; • Adesão da Unilever Jerónimo Martins à “Hora da Terra”, uma iniciativa simbólica e global da World Wildlife Fund for Nature que se realizou entre as 20h30 e as 21h30 do dia 26 de Março, através do desligar de todas as luzes exteriores na sua sede e nas suas unidades de produção.

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DIA 4 De JUNHO,

vAmOs lImpAr A flOrestA.

2011 é o Ano Internacional das Florestas.O Pingo Doce junta-se a esta importante iniciativa dando apoioaos 8000 jovens voluntários que vão limpar as florestas nacionais.

Inscreve-te em www.juventude.gov.pt.Para mais informações vai a www.pingodoce.pt.

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“No âmbito do Ano Internacional das Florestas, o Pingo Doce organizou uma acção nacional de Limpeza de Florestas, no dia 4 de Junho, à qual se associaram mais de 5.000 jovens.”

4.7. paRCeRias e apoiosCom o objectivo de apoiar projectos de recuperação de habitats naturais e proteger a Biodiversidade, as Companhias da Distribuição em Portugal participaram nas seguintes iniciativas:

• O Pingo Doce continuou a apoiar o Oceanário de Lisboa, com uma verba anual de 100 mil euros; • No âmbito da parceria do Pingo Doce com a Liga para a Protecção da Natureza, a Companhia apoiou o projecto ECOs-Locais, o qual visa promover o voluntariado ambiental a nível local. Este projecto permitiu a concretização de iniciativas por 21 equipas (cerca de 200 participantes), em 2011; • No âmbito do projecto ECOs-Locais, o Pingo Doce apoiou ainda quatro acções específicas de recuperação de quatro áreas naturais em Portugal que contaram com a participação de funcionários do Grupo e dos seus familiares. Neste caso, é de salientar a limpeza de cinco quilómetros da margem do rio Tejo, a remoção de espécies vegetais infestantes em duas áreas florestais (num total de 15.000 m2) e a recolha e encaminhamento para reciclagem, quando possível, de cerca de 4.500 kg de resíduos; • No âmbito do Ano Internacional das Florestas, o Pingo Doce organizou uma acção nacional de Limpeza de Florestas, no dia 4 de Junho, à qual se associaram mais de 5.000 jovens. O apoio da Companhia consistiu na disponibilização do parque de lojas para a comunicação e promoção da acção, bem como na cedência de material para a limpeza das florestas e no fornecimento de refeições ligeiras, chapéus e t-shirts para os voluntários, num donativo no valor de 50 mil euros; • Com o intuito de promover uma cultura de eco-inovação, as Companhias da Distribuição em Portugal desenvolveram também um estudo sobre “Benchmarking dos consumos de água e energia em unidades de retalho e estabelecimentos grossistas”, em parceria com o Instituto Superior de Gestão da Universidade Técnica de Lisboa.

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5. ComPrAr Com resPoNsAbilidAde5.1. intRodução

O Grupo Jerónimo Martins considera os seus fornecedores, parceiros de negócio e prestadores de serviços como partes essenciais da construção das propostas de valor das suas marcas e insígnias, incorporando nas suas cadeias de abastecimento preocupações sociais, éticas e ambientais.

Neste contexto, a actividade comercial do Grupo rege-se por uma Política de Compras Sustentáveis, desenvolvida em 2010 e disponível em www.jeronimomartins.pt. Esta política pauta-se por princípios de qualidade e segurança alimentar, preços justos, preferência por alimentos saudáveis, bem-estar social e sustentabilidade.

Neste âmbito, e juntamente com o contrato comercial, os nossos fornecedores de Frescos em Portugal assinam um Código de Conduta de Fornecedores (igualmente disponível em www.jero-nimomartins.pt) que concretiza os princípios incluídos na Política de Compras Responsáveis.

Adicionalmente, assumimos, sempre que possível, a compra directa ao produtor, criando para esse efeito equipas de acompanhamento no terreno e orientando os produtores para a optimização do produto de acordo com as nossas definições.

5.2. CoMpRoMisso:oRiGeM naCional/loCal

As Companhias de Distribuição do Grupo optam, preferencialmente, e em circunstâncias de igualdade de condições, por fornecedores locais/nacionais, com vista a minimizar a pegada de carbono dos produtos comercializados e a potenciar o bem-estar socioeconómico das geografias onde desenvolvem as suas actividades.

O Grupo facilita também a escolha de produtos nacionais por parte do consumidor, identificando-os no Pingo Doce com as etiquetas “O melhor de Portugal está aqui.” Tanto no Pingo Doce como na Biedronka foram realizadas, ao longo de 2011, várias campanhas promovendo a produção nacional.

Em Portugal, mais de 80% dos produtos que o Grupo comer-cializa nas suas lojas são adquiridos junto de fornecedores locais. Na Polónia, mais de 90% dos produtos alimentares são comprados a fornecedores polacos. Entre estes, o leite, os produtos lácteos e os artigos de Padaria ascendem aos 100%.

Produtos Frescos em Portugal:Fornecedores Nacionais vs. Estrangeiros

13 mm

10 mm

Fornecedores Nacionais Fornecedores Estrangeiros

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Padaria e PastelariaPeixariaTalhoFruta e Legumes

Fruta e Legumes FrescosO Grupo Jerónimo Martins opta preferencialmente pela compra de fruta e legumes frescos a produtores nacionais, sendo que, excepcio-nalmente, recorre à importação nos seguintes casos: i. por motivos de sazonalidade na produção, nos casos de produtos em contra-ciclo produtivo, como o fornecimento de laranja ou de maçã durante o

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“No total, o Grupo Jerónimo Martins trabalha com mais de 300 fornecedores locais de carne que representam milhares de pequenos produtores.”

Verão; ii. quando não existe produção a nível nacional ou esta não tem volume suficiente para garantir o abastecimento das lojas; iii. quando a qualidade dos produtos nacionais não permite que seja cumprido o compro-misso de qualidade que o Grupo mantém com clientes e consumidores.

Tendo em conta estes factores, refira-se que, em 2011, apenas cerca de 30% de fruta fresca comercializada em Portugal foi im-portada. A título de exemplo, salienta-se o facto de 93% da castanha comercializada pelo Grupo em Portugal ter origem (cul-tivo) nacional, o mesmo acontecendo com 92% da tangerina. É também de realçar que cerca de 90% de cereja, 85% de laranja, 84% de pêra, cerca 65% de maçã e 60% de kiwi comercializados tiveram também origem em Portugal.

O Grupo ajudou ainda os produtores portugueses de maçã a organizarem a sua produção através de um plano de compras em que se compromete a adquirir quanti-dades pré-determinadas ao longo do ano. Desta forma, conseguimos proporcionar aos nossos clientes uma quantidade superior a 16 mil toneladas adicionais face a 2010. As variedades de maçã nacional incluem os tipos Golden, Starking, Royal Gala, Granny Smith, Reineta, Bravo-de-Esmolfe e Fuji.

Em Portugal, em 2011, mais de 99% dos legumes frescos comercializados pelo Grupo foram comprados a produtores locais, bem como 95% dos produtos de 4ª gama – composta por legumes pré-lavados e cortados para saladas e sopas – e ainda 83% dos produtos hortícolas de conservação.

Nos legumes, alguns produtos são de origem totalmente nacional, casos do alho francês,

agrião, grelos, nabo e nabiça, e cogumelos. Também a quase totalidade da cenoura e da alface comercializadas pelo Grupo foram cultivadas localmente, bem como a maioria das couves, abóbora, espinafre e ervas frescas (salsa, coentros, hortelã e manjericão).

Na categoria de Legumes, desenvolvemos projectos especiais, como a produção da batata Kennebec, concretizada em parce-ria com o fornecedor transmontano Agro-aguiar, situado em Vila Pouca de Aguiar. Esta produção é hoje realizada através do cultivo em minifúndio, à semelhança do que se verificava nos anos 60 e 70 do sé-culo passado, época em que foram produ-zidos milhares de toneladas destas batatas para todo o País. Pela sua importância, a batata Kennebec foi classificada como produto com Indicação Geográfica Prote-gida (IGP), mas quase desapareceu devido à desertificação social na sua área geo-gráfica de produção, em consequência da emigração. Graças a este projecto, as terras transmontanas são novamente plantadas com rigor e empreendedorismo nacionais.

Carne e PeixeEm Portugal, cerca de 82% da carne comercializada proveio de animais criados e abatidos no país. No total, o Grupo Jeró-nimo Martins trabalha com mais de 300 fornecedores locais de carne que representam milhares de pequenos produtores.

No âmbito desta política, o Grupo está a promover a organização dos produtores por-tugueses de borrego, existindo actualmente 70 fornecedores que garantem por esta via o escoamento da sua produção, com um preço fixo durante todo o ano (acima do preço mé-dio anual de mercado), e o respectivo paga-

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4. Respeitar o Ambiente – P.203 5. Comprar com Responsabilidade

6. Apoio às Comunidades Envolventes – P.217 7. Ser um Empregador de Referência – P.220

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mento. A acrescentar a estas vantagens estão ainda a organização lo-gística e a facilidade de transporte proporcionadas a estes produtores.

Adicionalmente, as insígnias Recheio e Pingo Doce contribuem para a protecção de raças autóctones, através da comercialização de carne bovina certificada, como a das raças Mertolenga, Barrosã e Alentejana.

No que se refere ao peixe fresco e congelado, a produção nacional não é suficiente para satisfazer as necessidades da procura. Não obstante este facto, o Grupo trabalha directamente com mais de 60 embarcações portuguesas, apoiando assim a pesca tradicional. Desta forma, em 2011, cerca de 45% do peixe comprado pelo Grupo foi adquirido a fornecedores nacionais. A totalidade das compras de peixe-espada preto foi realizada a fornecedores portugueses; situação semelhante aconteceu com cerca de 95% da sardinha, marmota e atum.

No caso da Indústria, 80% das matérias-primas utilizadas pela Gallo Worldwide são compradas a fornecedores portugueses, baseando as suas relações em parcerias duradouras, como são os casos da SAOV – Ribatejo, do Olival Fonte dos Frades, dos Olivais do Sul – Alentejo e da Cooperativa Valpaços – Trás-os-Montes.

5.3. CoMpRoMisso: diReitos HuManose do tRabalHadoR De acordo com a nossa Política de Compras Sustentáveis, recorre-mos unicamente a fornecedores que expressamente se comprometam com práticas e actividades que cumpram integralmente as disposições legais e os acordos nacionais e internacionais aplicáveis. Assumimos o compromisso de cessar relações comerciais com fornecedores sempre que tenhamos conhecimento de que estes e/ou os seus for-necedores desenvolvam práticas de abuso dos Direitos do Homem, da Criança e/ou dos Trabalhadores e/ou em caso de não incorpo-rarem preocupações éticas e ambientais no desenvolvimento da sua actuação nem estarem dispostos a desenhar um plano correctivo da sua actuação.

No âmbito do Código de Conduta de Fornecedores, os nossos parceiros de negócio adoptam os compromissos de respeitar as leis em matéria Social, Laboral e de Saúde, Higiene e Segurança no Trabalho dos países em que operam.

Também na Unilever Jerónimo Martins e na Gallo Worldwide, todos os fornecimentos efectuados subentendem uma aceitação integral dos princípios do Código de Fornecedores (disponível em www.unilever.pt). O questionário de pré-auditoria aos fornecedores da Companhia, por sua vez, inclui questões relacionadas com Segurança e Saúde no Trabalho e com o Código de Princípios de Negócio.

5.4. pRoMoção de pRátiCas Mais sustentáveis de pRodução Defendemos que a nossa qualidade de vida, presente e futura, de-pende de uma gestão atenta e cuidada dos recursos disponíveis. Acreditamos ser possível maximizar o potencial das empresas para transformar desafios ambientais em oportunidades económi-cas, assegurando uma boa qualidade de vida para o futuro. Desta forma, e em conjunto com os nossos fornecedores, procuramos incluir nas cadeias de abastecimento critérios ambientais que con-tribuam para reduzir os impactos nos processos de produção, ten-do em vista a dinamização de uma produção sustentável.

Entendemos que o negócio deve ser conduzido de acordo com uma filosofia win-win. Por isso, os contratos que o Grupo Jeróni-mo Martins assina com fornecedores em Portugal, principalmente na área dos Frescos, são celebrados por um ano, estabelecendo um preço fixo, estudado e acordado com o fornecedor, com garantias de pagamento.

Também na Polónia, a nossa prioridade é construir relações fortes de parceria e apoiar os nossos fornecedores no planeamento das suas capacidades tecnológicas e dos seus investimentos. Esta prática pos-sibilita uma melhor preparação destes para concorrer no mercado.

De igual modo, damos preferência a entregas padronizadas, em paletes, por parte dos fornecedores. O eventual trabalho de divisão e redistribuição da mercadoria é assegurado pelo Grupo, o que contribui para reduzir bastante os custos do fornecedor.

Em matéria de certificações, na Polónia, os fornecedores de fruta e de legumes possuem certificação Global Good Agricultural Practices (G.A.P.) que, entre outros, abrange aspectos ambientais, os fornecedores de carne têm a certificação do British Retail Consortium (BRC) e outros fornecedores as certificações ISO ou HACCP.

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RESPONSABILIDADE CORPORATIVA NA CRIAÇÃO DE VALOR

216

Em Portugal, sempre que o fornecedor não seja abrangido pelo nosso sistema de auditorias, deve possuir uma certificação em segurança alimentar reconhecida pela Global Food Safety Iniciative, nomeadamente as certificações BRC, IFS, Global G.A.P, Codex Alimentarius ou ainda a ISO 22000:2005. Adicionalmente, os enlatados de atum da marca Pingo Doce incluem o rótulo “Dolphin Safe” e 22 referências de artigos de higiene da mesma marca possuem certificação “Sustainable Forestry Initiative”.

No âmbito do sistema de auditorias desenvolvido e implementado pela Direcção de Qualidade e Segurança Alimentar, é realizada uma avaliação dos fornecedores que contempla um conjunto de requi-sitos ambientais, de âmbito legal, com um peso de 5% na avaliação da auditoria. Estes requisitos incluem critérios associados à água, aos efluentes líquidos, aos resíduos, às emissões para a atmosfera, ao ruído e à gestão e manipulação de substâncias perigosas.

Já no âmbito do Unilever Sustainable Living Plan, até 2015, todo o óleo de palma será adquirido de fontes certificadas sustentáveis, bem como, até 2020, todo o papel e embalagens de cartão. A partir de 2011, todo o chá Lipton Yellow Label vendido em Portugal passou a ter origem em plantações certificadas pela Rainforest Alliance enquanto os gelados Ben&Jerry’s continuaram a intro-duzir produtos com o selo de Comércio Justo. O compromisso é que todos os gelados da marca recebam o selo de Comércio Justo até final de 2012.

A Gallo Worldwide encoraja os seus parceiros a adoptarem práticas de produção de excelência, nomeadamente na utilização de práticas agrícolas sustentáveis, na selecção das variedades de azeitona e na definição dos momentos óptimos de colheita para maximizar o binómio qualidade/custo.

5.5. auditoRias a FoRneCedoResQualidade e SegurançaSão regularmente realizadas auditorias de qualidade e de conformi-dade junto dos fornecedores de Perecíveis e de Marca Própria, sendo obrigatórias para os que desenvolvam a sua actividade em território nacional. A avaliação e a aprovação destes fornecedores podem ocor-rer através de duas formas: documental ou por auditoria presencial.

A reavaliação de cada fornecedor ocorre periodicamente, com uma frequência pré-definida, baseada na classificação obtida: “Básico” (12 meses), “Alto” (18 meses) e “Excelente” (24 meses).

Auditorias a Fornecedores de Perecíveis em Portugal 2011 2010 Δ2011/2010

Auditoria de avaliação 270 297 -9%

Auditorias de acompanhamento 285 206 +38%

Auditorias a Fornecedores de Perecíveis na Polónia 2011 2010 Δ2011/2010

Auditoria de avaliação 37 38 -3%

Auditorias de acompanhamento 198 145 +37%

AmbienteAs Companhias do sector da Distribuição reconhecem ser funda-mental a cooperação com os seus fornecedores de modo a mini-mizarem os impactes ambientais. Neste sentido, em 2011, foram realizadas 35 auditorias a prestadores de serviços nas áreas de ma-nutenção e resíduos, tendo sido reconhecido a 6% um desempenho ambiental “Óptimo” e a 17% um desempenho ambiental “Alto”.

5.6. FoRMação a FoRneCedoResEm 2011, decorreu em Portugal um workshop destinado aos fornecedores com classificação “Básico”, nas áreas de Charcutaria e Lacticínios, ao nível dos pequenos produtores, com o intuito de sedimentar conhecimentos em matéria de HACCP, Boas Práticas e Aspectos Legais.

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IRMÃzINhAS DOS POBRES

A Congregação Irmãzinhas dos Pobres tem por missão o acolhimento de pessoas idosas pobres proporcionando-lhes os cuidados necessários, a segurança, o afecto e a qualidade de vida que merecem. A congregação, em Portugal, gere duas residências, uma em Lisboa e outra no Porto, onde são acolhidos cerca de 170 idosos, contando com donativos de particulares e peditórios públicos para fazer face às despesas de funcionamento. Na residência de Lisboa, as Irmãzinhas dos Pobres servem diariamente cerca de 400 refeições aos cerca de 100 idosos que aí residem. Desde Setembro de 2011, o Grupo apoia esta residência através de um donativo mensal em vales de compras para aquisição de géneros alimentares e produtos de higiene pessoal e doméstica nas lojas do Grupo.

6. APoiAr As ComuNidAdes eNvolveNtes6.1. intRodução

O Grupo Jerónimo Martins está consciente de que a sustentabilidade de um negócio é indissociável, a longo prazo, do sentido de responsa-bilidade alargada com que é conduzido e da contribuição activa para o bem-estar das comunidades envolventes das regiões onde desenvolve as suas actividades.

Em 2011, a Direcção Executiva aprovou a Política de Apoio às Comunidades En-volventes do Grupo Jerónimo Martins (disponível em www.jeronimomartins.pt). No âmbito desta política, são apoiados projectos e obras que promovam e se iden-tifiquem com os valores da Humanidade, do Mérito, do Empreendedorismo e da Cidadania, através do combate à subnu-trição e à fome, aos ciclos de pobreza e à exclusão social, junto de dois grupos prefe-renciais, considerados pelo Grupo como os mais frágeis das sociedades: o dos idosos e o das crianças e jovens carenciados.

Os apoios concedidos são maioritariamente sob a forma de donativos em vales de com-pras para aquisição de géneros alimentares e produtos de higiene pessoal e doméstica nas lojas do Grupo. Podem também cons-tituir-se em apoios directos e indirectos a iniciativas que visem, através de trabalho pedagógico realizado junto de crianças e jovens em risco: i. travar o abandono escolar e os factores que conduzem à ex-clusão social, bem como ii. incentivar o empreendedorismo.

6.2. MaioR pRoFissionalização

Todas as acções de apoio são devidamente monitorizadas e o seu impacto avaliado, para garantirmos, a cada momento, que a alocação de recursos seja orientada para onde são mais necessários e para onde possam fazer a maior diferença para o maior número de pessoas.

Em 2011, o Grupo Jerónimo Martins aderiu ao London Benchmarking Group, uma rede de empresas que utiliza um modelo estruturado (LBG model) para avaliar os impactos e as consequências, a curto e médio prazo, dos seus investimentos junto das comunidades envolventes.

É realizado um trabalho de acompanha-mento próximo das instituições apoiadas pelo Grupo a nível institucional e em regi-me continuado, mediante visitas periódicas que têm por objectivo, por um lado, apoiar as instituições na gestão do seu trabalho e, por outro, avaliar as condições e o bem-estar geral que proporcionam aos seus beneficiários.

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RESPONSABILIDADE CORPORATIVA NA CRIAÇÃO DE VALOR

218

6.3. apoios diReCtosEm 2011, os apoios directos atribuídos pelo Grupo Jerónimo Martins às comunidades envolventes foram de um montante total de 6,8 milhões euros.

Ao longo do ano, o Grupo Jerónimo Martins apoiou, a nível corporativo, diversas instituições com um montante total de 471 mil euros, mais 27% do que o verificado em 2010. Deste valor, 293 mil euros, ou 65%, foram destinados ao mecenato social, que teve como principais beneficiários as crianças e os jovens.

Apoios Institucionais, por tipo:13 mm

10 mm

17%

10%

65%

4%2%

Outros

Educacional

Cultural

SocialDireito Humanos

Empreendorismo

1% 1%

Científico

Em 2011, o Pingo Doce apoiou, ao nível central, as comuni-dades envolventes com donativos em géneros e em verba, num valor de cerca de 206 mil euros, com especial destaque para o apoio de 75 mil euros à Associação de Apoio à Investigação e Formação em Gastrenterologia e Hepatologia (sedeada no Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia), que se dedica aos es-tudos sob a esteatose hepática. A estes apoios acresce a doação

em géneros, feita directamente pelas lojas e pelos Centros de Distribuição às suas comunidades envolventes que, no período de Maio a Dezembro de 2011 (anteriormente estes donativos não eram contabilizados desta forma), atingiu o valor de 4,7 milhões de euros.

Na Madeira, os apoios concedidos, principalmente em géneros alimentares, atingiram em 2011 um valor de cerca de 230 mil euros.

Já o Recheio disponibilizou, através de donativos em géneros alimentares e em valor pecuniário, um apoio às comunidades envolventes que ascendeu a 137 mil euros.

A Biedronka disponibilizou apoios em 2011, predominantemente em géneros (98%), num valor de cerca de 628 mil euros (2,7 milhões de zlotys). O principal parceiro desta insígnia é, há vários anos, a Caritas Polska (Cáritas polaca). Ambas as entidades colaboram na celebração de eventos como o Dia da Criança, o Dia Internacional do Doente ou Dia de São Nicolau. O apoio da Companhia não se traduz apenas na doação de produtos alimentares mas também no apoio à organização dos eventos da instituição, incluindo a respectiva comunicação.

A Unilever Jerónimo Martins, em 2011, apoiou cerca de 20 Institui-ções Particulares de Solidariedade Social (IPSS), contribuindo com os seus produtos e uma verba total de 272 mil euros. O Banco Ali-mentar Contra a Fome foi o maior beneficiário destas contribuições.

Já a JMDPC apoiou em 2011 as comunidades envolventes com donativos em géneros num valor de mais de 111 mil euros.

6.4. voluntaRiado inteRno e outRas CaMpanHas No ano passado, em linha com os anos anteriores, foi realizada pelos colaboradores do Grupo Jerónimo Martins uma acção de voluntariado no âmbito do “Programa Aprender a Empreender”, da Associação Junior Achievement Portugal, desenvolvido com o objectivo de promover e encorajar o empreendedorismo junto das crianças e dos jovens.

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Em Dezembro, foi realizada uma cam-panha interna, junto dos colaboradores dos escritórios centrais, para a oferta de presentes de Natal pedidos (ao Pai Natal) por 58 crianças residentes no bairro Cova da Moura, em Lisboa. Por ocasião do Jantar de Natal de 2011 dos managers do Grupo Jerónimo Martins em Portugal foi também realizada uma campanha de angariação de fundos que reverteram para as Irmãzinhas dos Pobres, possibilitando a aquisição de equipamentos industriais de cozinha e colchões anti-escaras para esta instituição. O montante angariado de cerca de cinco mil euros foi igualado pelo Grupo, numa lógica de matching donation, elevando o total deste donativo para cerca de 10 mil euros.

6.5. apoios indiReCtosO Pingo Doce participou e incentivou di-versas campanhas de recolha de alimentos e outros bens, desenvolvidas com o objec-tivo de apoiar as comunidades envolventes.

No âmbito da campanha do Banco Alimen-tar, foram recolhidas, nas lojas da insígnia, mais de 1.500 toneladas de alimentos pelos voluntários da instituição, sendo vendidos um total de 347.930 vales, o que representa um valor de 117 mil euros. A campanha de angariação de fundos para a Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO) resultou num valor de cerca de 19 mil euros. Ao nível da campanha “10 milhões de es-trelas – num gesto pela paz” foram vendidas mais de 250 mil velas nas lojas da insígnia, garantindo uma receita de mais de 117 mil

euros para a Cáritas Portuguesa. No con-texto da campanha “Energia de Vida”, o Pingo Doce e a Ecopilhas recolheram mais de 16 toneladas de pilhas e baterias usadas, o que resultou numa doação de 10 mil litros de leite a 19 IPSS’s.

No decurso de três acções realizadas em 2011, a Biedronka conseguiu, em colabora-ção com a Federação dos Bancos Alimen-tares da Polónia, angariar 600 toneladas de alimentos. Foram também realizadas acções em parceria com a Caritas Polska, na sequência das quais foi possível recolher cerca de 160 toneladas de alimentos.

Pelo sexto ano consecutivo, a Unilever Jerónimo Martins voltou a co-organizar, com a TNT Express, a Marcha Contra a Fome (Walk the World) em Portugal, a favor do World Food Programme. Em resultado desta e de outras iniciativas (“Pole PO-Sition”) foram entregues mais de dois mil euros à Cáritas Portuguesa.

6.6. outRos apoiosAinda na Unilever Jerónimo Martins, foi desenvolvido, pelo terceiro ano consecu-tivo, o programa Fundo da Pele Vasenol. Este programa foi criado em 2009 com o objectivo de dar a conhecer aos portu-gueses a importância da pele e dos riscos de saúde que a ela estão associados. Esta acção conta com a parceria renovada da Associação Portuguesa da Psoríase (PSO Portugal) e com a colaboração da Socie-dade Portuguesa de Ciências Cosmetoló-gicas (SPCC).

ESPERANçA PARA O EURO

Nos dias 24 e 25 de Setembro de 2011 realizou-se na Polónia um torneio para 400 crianças institucionalizadas de 25 centros de acolhimento permanente, oriundas deste país mas também da Eslováquia, França, Ucrânia e Rússia. O torneio ‘Esperança para o Euro’ foi patrocinado pela Biedronka, que é também um dos sponsors oficiais do Euro 2012.

“MILk START” DA BIEDRONkA

Na Polónia, foram lançadas, em 2011, três referências de merendas para crianças em idade escolar, no âmbito do projecto “Milk Start”. Estas merendas constituem uma refeição nutricionalmente equilibrada e podem ser tomadas como reforço, durante a manhã ou ao lanche.

O projecto “Milk Start’” foi desenvolvido como resposta ao problema de subnutrição da população infantil polaca. Os produtos desta gama são vendidos a um preço muito acessível para o consumidor polaco, sem qualquer lucro para a Biedronka.

Sobre este projecto, pode também consultar o Subcapítulo 3. “Promover a Saúde pela Alimentação”.

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RESPONSABILIDADE CORPORATIVA NA CRIAÇÃO DE VALOR

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7. ser um emPregAdor de referêNCiA7.1. intRodução

O Grupo Jerónimo Martins pretende ser um agente dinamizador dos mercados de trabalho onde desenvolve as suas actividades e um promotor do bem-estar socioeconómico, através de práticas de avaliação de desempenho e de remuneração justas.

Em 2011, e mesmo apesar da recessão vivida em Portugal, o Grupo como um todo criou 5.202 novos postos de trabalho, o que repre-sentou um crescimento líquido de 8,5% face ao ano anterior. A Polónia foi verdadeiramente o motor deste crescimento, sobre-tudo decorrente da ambiciosa expansão da cadeia Biedronka.

Caracterização da nossa equipa: • Somos 66.270; • 76% são mulheres; • 39% dos cargos de management são ocupados por mulheres; • 19% têm idade inferior aos 25 anos, 43% compreendida entre os 25 e os 34 anos; 26% entre os 35 e os 44 anos; 10% entre os 45 e os 54, 2% 55 ou mais; • 81% são contratados a tempo inteiro; • 62% são efectivos.

7.2.diReitos HuManos e do tRabalHadoR7.2.1. Compromisso O Grupo garante o respeito pelo direito à igualdade de oportu-nidades, quer no âmbito dos processos de recrutamento quer ao nível da evolução profissional, proibindo qualquer prática discri-minatória, directa ou indirecta, ou de desrespeito pela dignidade pessoal. Paralelamente, existe uma preocupação com a evolução pessoal e profissional, baseada no mérito, dos colaboradores aos vários níveis da Organização. A todos é garantido um processo de avaliação de desempenho objectivo e transparente, assim como uma remuneração competitiva. Procuramos ainda fomentar uma cultura de protecção da parentalidade, que vai além do cumpri-mento das disposições legais nesta matéria, onde se inserem a disponibilização de duas creches em Portugal e campos de férias

para os filhos dos colaboradores em Portugal e na Polónia, bem como a protecção dos trabalhadores deficientes ou com capacidade reduzida de trabalho.

7.2.2. Como divulgamosEste compromisso é abrangido pelo Código de Conduta, dispo-nível em www.jeronimomartins.pt, que é dado a conhecer a todos os colaboradores que ingressam no Grupo, independentemente da sua função, tanto em Portugal como na Polónia.

Na Polónia, vigora também uma Política contra o Assédio Moral e uma Política Contra a Discriminação que reforçam e concretizam o compromisso do Grupo em garantir práticas não discriminatórias ou que atentem contra a dignidade dos colaboradores. Estas políticas, que abrangem qualquer colaborador com contrato de trabalho, destinam-se a combater eventuais abusos, definindo a actuação a adoptar sempre que sejam detectados casos desta natureza.

7.2.3. Como Garantimos que são RespeitadosO Grupo Jerónimo Martins disponibiliza a todos os seus colabo-radores, em Portugal e na Polónia, um Serviço de Atendimento aos Colaboradores (denominado “Entre Nós” em Portugal) que recebe contactos destes por telefone, e-mail ou carta. Este serviço constitui um canal de comunicação aberto à recepção de eventuais queixas relacionadas com Direitos Humanos, pedidos de esclare-cimento de natureza laboral ou pedidos de apoio social, garantindo a investigação e resolução adequadas de todas as situações. Este serviço assegura aos colaboradores confidencialidade, credibilidade e disponibilidade.

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“Com vista a garantir a sustentabilidade futura dos negócios, promovemos todos os anos, em Portugal e na Polónia, o Programa de Management Trainees, que visa recrutar recém-formados com grau de licenciatura ou mestrado.”

5. Comprar com Responsabilidade – P.213 6. Apoio às Comunidades Envolventes – P.217

7. Ser um Empregador de Referência 8. Compromissos para 2012-2014 – P.225

programa

trainees• 2011 | 2012

Serviço de Atendimento aos Colaboradores

N.º de contactos//N.º de procedimentos

iniciados% de procedimentos

concluídos

Portugal 2.655 99%

Polónia 1.486 97%

Adicionalmente, na Polónia, são realizadas regularmente reuniões periódicas com os sin-dicatos e com o “Fórum dos Colaboradores”, um órgão colectivo de auto-regulação, criado para defender os interesses dos colaboradores.

7.3. da atRaCção à RetençãoA atracção de talentos é uma das princi-pais vias para o Grupo Jerónimo Martins fortalecer a sua posição nos países onde está presente. Privilegiamos a mobilidade interna dos nossos Recursos Humanos entre as várias Direcções Funcionais e as diversas Companhias. No entanto, recor-remos igualmente ao recrutamento exter-no por forma a fazer face às necessidades estratégicas dos nossos negócios.

7.3.1. programa de trainees e estágiosCom vista a garantir a sustentabilidade futura dos negócios, promovemos todos os anos, em Portugal e na Polónia, o Pro-grama de Management Trainees, que visa recrutar recém-formados com grau de li-cenciatura ou mestrado. Em 2011, foram admitidos 51 trainees.

No ano de 2011, em Portugal, foram tam-bém realizados 466 estágios curriculares e profissionais.

Na Polónia, destaca-se o programa de es-tágios de Verão denominado “Férias que dão frutos”, que contou em 2011 com a participação de 48 jovens, assim como o programa “Liga de Especialistas” que visa recrutar recém-licenciados e estudantes dos últimos anos de cursos técnicos (ex. IT) e formá-los para serem os melhores especialistas na sua matéria.

7.3.2.programa “Mude cá dentro”Em Portugal, o Grupo lançou, em 2011, um Programa de Recrutamento Interno que possibilita aos colaboradores terem um papel activo e determinante no dese-nho do seu próprio percurso profissional.

Sob o mote “Mude Cá Dentro”, este pro-grama está sustentado numa política de de-senvolvimento contínuo dos colaboradores, tendo como objectivo proporcionar novos desafios profissionais e valorizar aqueles que diariamente contribuem para o crescimento do Grupo.

Ao longo do ano, foram divulgados 15 processos de recrutamento interno, aos quais se candidataram 123 colaboradores. Ao todo, e no âmbito deste Programa, 11 colaboradores integraram novas funções na Organização.

7.3.3. avaliação e RemuneraçãoAtravés dos sistemas de avaliação e de prá-ticas de remuneração atractivas e competi-tivas, pretendemos criar e manter equipas dinâmicas e motivadas para um desempe-nho de excelência.

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RESPONSABILIDADE CORPORATIVA NA CRIAÇÃO DE VALOR

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Indicadores:

• Número de promoções em 2011: 9.067. • Aumento do salário mínimo face a 2010: entre 1,67% e 5,24%, dependendo da Companhia (exclui a Indústria).

7.3.4. FormaçãoA formação e o desenvolvimento dos seus colaboradores são dois factores críticos para o Grupo Jerónimo Martins.

2011 Indicadores de Formação

N.º total de acções 21.378

Volume de formação* 1.466.017

* Volume de formação = n.º de horas realizadas x n.º de participantes

Formação de Desempregados Durante o ano, foram realizadas em Portugal sete acções de formação que abrangeram 97 desempregados, dos quais 49 acabaram por ser contratados pelo Grupo. Estas acções de formação são compostas por unidades de curta duração que fazem parte do Catálogo Nacional de Qualificações (CNQ), tendo uma duração de cerca de dois meses.

Foram ainda integrados noutros programas de formação, fora do âmbito do CNQ e em áreas específicas do nosso negócio (nomeada-mente em formações para operadores de Talho e de Padaria e Paste-laria), 32 desempregados, dos quais 29 foram, entretanto, contratados.

7.4. seGuRança e HiGiene no tRabalHoEm 2011, o Grupo prosseguiu o seu investimento na área de Se-gurança e Higiene no Trabalho (SHT), a qual considera funda-mental para o seu negócio.

Distribuição – PortugalNa Distribuição em Portugal, o foco das actividades nesta área prendeu-se com a criação e o desenvolvimento de oito centros de competências, em matérias como: segurança de loja, comuni-cação, formação e informação, aplicação informática para gestão de equipamentos de protecção individual e desenvolvimento da plataforma de e-learning.

Relativamente ao projecto “Loja Segura”, foi desenvolvido um caderno de encargos com um conjunto de requisitos de SHT a implementar na fase de construção e remodelação de lojas. Em simultâneo, e de forma a complementar este documento, foi elaborado um manual de sinalização de segurança. Para as cons-truções e remodelações no Recheio foi desenvolvida a informação técnica “Gestão de SHT em Obra”.

Na área da Formação, investiu-se na criação de novos cursos e módulos, assim como na revisão e adequação dos conteúdos formativos já existentes. Em 2011, foram administradas, no total, 23.049 horas de formação de SHT a 6.240 colaboradores.

Paralelamente, a área de SHT da Distribuição em Portugal desenvolveu outras actividades por forma a alcançar melhorias na segurança dos processos e dos seus profissionais, destacando-se as seguintes acções:

• Realização de 441 auditorias; • Actualização da avaliação de risco das lojas e armazéns da Logística.

Restauração e ServiçosNa área da Restauração e Serviços, destacam-se as seguintes actividades em 2011:

• Realização de um estudo de Qualidade do Ar Interior no edifício da sede, bem como de medições de iluminação no mesmo local; • Realização de 22 auditorias de SHT; • Elaboração do Manual de Medidas de Autoprotecção para as lojas, bem como do Manual de Segurança para os colaboradores; • Formação em SHT, num total de 92 horas.

IndústriaA Unilever Jerónimo Martins consolidou a realização de auditorias, conforme o plano estabelecido para 2011, com um aumento de 34% do número de auditorias realizadas (total de 411), assim como da quantidade de temas e áreas abrangidas.

De referir ainda que, no ano em análise, foram realizadas 2.069 horas de formação e sensibilização em matéria de segurança.

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“Em matéria de Responsabilidade Social orientada para os colaboradores com o objectivo de melhorar a sua qualidade de vida e a das suas famílias, mantiveram-se os principais eixos estratégicos de intervenção: Saúde e Bem-Estar, Educação, e Apoio Social.”

Nos escritórios centrais da Unilever Jeró-nimo Martins foi ainda implementado um Programa de Desfibrilhação Automática Externa, com instalação de cinco aparelhos, criando assim condições para a melhoria no socorro a vítimas de paragem cardíaca.

Nas fábricas da FIMA, Olá e Lever apostou-se fortemente na formação em socorrismo e combate a incêndios.

Relativamente à Gallo Worldwide, salien-tam-se as seguintes iniciativas:

• Implementação do Programa de Desfibrilhação Automática, licenciado pelo INEM, passando a empresa a contar com 12 socorristas formados em Suporte Básico de Vida e Desfibrilhação; • Alteração do fardamento, segurança das máquinas e instalação de uma nova plataforma elevatória de acesso que permitiu eliminar o risco de queda em algumas das operações.

Distribuição – PolóniaFoi concluído, em 2011, o processo de certi-ficação do Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho (SGSST) pela Det Norske Veritas (DNV), sendo a Jerónimo Martins Dystrybucja a primeira empresa do ramo a receber o certificado de conformidade com as normas PN-N-18001:2004 e OHSAS 18001:2007. Na sequência desta certificação, foram também realizadas 685 auditorias internas nos escritórios centrais e regionais, Centros de Distribuição e nas lojas Biedronka.

Foi iniciada também a cooperação com o Polska Rada Resuscytacji (Conselho Pola-co de Ressuscitação). O primeiro projecto realizado em conjunto foi a elaboração do manual de primeiros socorros.

Indicadores SHT Agregados (Grupo)

Índice de Frequência Índice de Gravidade

2010 25,46 0,53

2011 23,23 0,46

Nota: O Índice de Frequência = n.º de acidentes com baixa / n.º de Horas Homem Trabalhadas x 106; o Índice de Gravidade = n.º de dias úteis perdidos, na consequência de acidentes / n.º de Horas Homem Trabalhadas x 103.

7.5. MediCina no tRabalHoEm 2011 foram construídos ou remode-lados 35 gabinetes de saúde, existindo actualmente, no Grupo, 175 gabinetes. Este investimento, bem como alterações na estrutura de gestão deste serviço, reflectiu-se no número de exames médicos realizados no âmbito de Medicina no Trabalho – 46.085 exames, o que representa um aumento de 6% face ao ano anterior. 7.6. Responsabilidade soCial inteRnaEm matéria de Responsabilidade Social orientada para os colaboradores com o objectivo de melhorar a sua qualidade de vida e a das suas famílias (área de actuação denominada em Portugal “Jerónimo Martins Por Nós”), mantiveram-se os principais eixos estratégicos de intervenção: Saúde e Bem-Estar, Educação e Apoio Social.

7.6.1. saúde e bem-estarEm Portugal, no pilar Saúde e Bem-Estar realizaram-se programas de Ginástica Laboral e Ginástica de Correcção Postural, consultas de Medicina Curativa e consul-tas de Psicologia.

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FUNDO DE EMERGêNCIA SOCIAL

O Fundo de Emergência Social (FES) surgiu com a finalidade de apoiar os colaboradores do Grupo em situação de grande necessidade, concretizando o auxílio nas áreas alimentar, de saúde, de educação, jurídica e de aconselhamento e formação financeira.

Verbas aplicadas e sua repartição

Em seis meses – a partir de Setembro de 2011 – o Grupo investiu cerca de 400 mil euros no FES, com este a apoiar mais de 1.200 famílias através de 2.200 medidas de auxílio.

Os pedidos de apoio efectuados pelos colaboradores no âmbito desta iniciativa foram repartidos pelas seguintes áreas: ajuda alimentar (56%), saúde (36%), orientação financeira (36%) e aconselhamento jurídico (20%).

Na Polónia, através do programa “Vamos cuidar da saúde”, são realizados rastreios gra-tuitos que todos os colaboradores podem fazer nas instalações das várias entidades parceiras deste programa. As mulheres po-dem realizar rastreios para detecção do cancro da mama e do colo de útero, e os homens ras-treios a doenças cardiovasculares. Em 2011, aderiram a este programa 3.219 mulheres e 429 homens. Por outro lado, 1.347 pessoas beneficiaram de um programa de vacinação gratuita contra a gripe (sazonal).

Foram ainda realizados na Polónia, numa perspectiva de promoção de um estilo de vida activo, torneios de futebol e de voleibol, que contaram com a participação de 300 homens e 250 mulheres.

7.6.2. educaçãoEm Portugal, prosseguimos o programa Aprender e Evoluir, através do qual 491 colaboradores puderam obter a equivalência ao 6.º, 9.º e 12.º anos de escolaridade.

No que respeita a medidas dirigidas às fa-mílias dos colaboradores, foram realizados 14 Campos de Férias para um total de 917 crianças. Oferecemos ainda manuais escola-res a 40 famílias numerosas com baixos rendi-mentos e proporcionámos descontos em ma-terial escolar a cerca de 6.500 famílias. Além disso, foram criadas condições vantajosas na aquisição de manuais escolares, as quais bene-ficiaram 1.122 famílias. Oferecemos ainda um kit escolar a todos os filhos de colaboradores que, em 2011, e pela primeira vez, frequen-taram o ensino básico (1.º ano do 1.º ciclo), num universo total de 903 crianças.

Na Polónia, 500 crianças participaram nos Campos de Férias e, no Dia Internacional da Criança, oferecemos presentes a 2.250 filhos de colaboradores. Oferecemos também um kit escolar a todos os filhos de colaboradores que, pela primeira vez, frequentaram o ensino básico, num total de 2.166 crianças.

7.6.3. apoio social No âmbito do Apoio Social, criámos, em Portugal, o Fundo de Emergência Social, que tem por objectivo auxiliar colaboradores em situação de necessi-dade extrema.

Na Polónia, prosseguiu o programa “Podes contar com a Biedronka”, um Fundo para apoiar colaboradores em situações de necessidade, através de donativos pecuniários. Em 2011, aju-dámos cerca de 4.675 colaboradores da Biedronka. Apoiámos igualmente 97 famílias de colaboradores com filhos deficientes ou com doenças crónicas.

Em Portugal, o Grupo deu também continuidade à atribuição de um seguro de vida a todos os colaboradores com antiguidade igual ou superior a cinco anos e, pela primeira vez, ofereceu kits bebé a todos os colaboradores que passam pela experiência da maternidade/pater-nidade, num total de 350 ofertas.

Na Polónia, foram oferecidos cerca de 1.800 kits bebé e também mais de 71 mil kits de Natal aos colaboradores da Biedronka e aos seus filhos.

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8. ComPromissos PArA 2012-2014

Promover a Saúde pela Alimentação • Desenvolver políticas transversais a todas as Companhias do Grupo:

- Manual de Packaging;- Manual da Qualidade e Segurança Alimentar;

• Prosseguir a melhoria do perfil nutricional dos produtos Marca Própria, em Portugal e na Polónia:

- Fornecer produtos mais equilibrados, com menos sal, gorduras (principalmente saturadas), açúcares e um maior teor de fibra;

- Assegurar soluções alimentares para grupos de consumidores com necessidades específicas (diabéticos, vegetarianos, celí-acos, intolerantes à lactose, entre outros);

• Na Polónia, proceder ao repackaging de 800 SKU’s, colocando maior foco na informação nutricional nas embalagens; • Em Portugal, na área das Meal Solutions, ajustar as doses a uma alimentação racional (com foco no público-alvo infantil); desenvolver e implementar informação nutricional; • Em Portugal, reduzir o teor de açúcar e de gordura nos produtos de Pastelaria; • Em Portugal, desenvolver e implementar informação nutricional na Padaria.

Respeitar o Ambiente • Reduzir a pegada de carbono em 5% (LFL por 1.000€ de vendas).Em Portugal, reduzir consumo de água e electricidade em 2% por ano (LFL; por m2 de área de vendas); • Em Portugal, aumentar a quantidade recolhida de resíduos de clientes (óleo alimentar usado, pequenos electrodomésticos e lâmpadas usadas, pilhas e toners) em pelo menos 15% até 2014; • Em Portugal, aumento a taxa de valorização de resíduos em pelo menos 5 p.p. até 2014; • Na Polónia, testar e implementar a certificação Building Research Establishment Environmental Assessment Method (BREEAM) nas eco-lojas da Biedronka.

Comprar com Responsabilidade • Em todas as insígnias, garantir a continuidade de compra de, no mínimo, 80% de produtos alimentares a fornecedores nacionais; • Introduzir produtos certificados em sustentabilidade (certificações UTZ, Fairtrade, MSC ou outra) para pelo menos:

- Marca Própria – dois produtos;- Frescos – quatro produtos.

Apoiar as Comunidades Envolventes • O triénio 2012 - 2014 será de consolidação da avaliação de impactos e de aprofundamento da nossa intervenção social.

Manter o foco em:- Selecção cuidadosa das áreas de investimento social, de acordo

com a nossa política; - Monitorização dos nossos investimentos e avaliação

dos impactos de acordo com o modelo LBG (London Benchmarking Group);

• Em Portugal, aumentar o número de lojas Pingo Doce que apoiam instituições de solidariedade (2011: 75% das lojas; objectivo até final de 2014: 95%); • Na Polónia, reforçar o envolvimento em projectos de cariz social, ex. através das acções realizadas em parceria com a Cáritas Polska destinadas ao público-alvo infantil; • Na Polónia, aprofundar o programa de combate a malnutrição infantil, no âmbito do projecto “Partnerstwo dla Zdrowia” (Parceria para Saúde).

Ser um Empregador de ReferênciaNo triénio 2012-2014 vamos manter o foco na Responsabilidade Social interna. Vamos aprofundar o diálogo com os nossos cola-boradores, sobretudo das operações, com o objectivo de melhorar o nosso conhecimento sobre as suas realidades e, por essa via, aumentar o nosso impacto positivo nas suas vidas e, consequen-temente, a sua motivação e lealdade.