Raciocionio Critico

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    Rua das Marrecas, 15 Centro CEP 20031-120. Rio de Janeiro RJ. Telefax: (21) 2544-3752/2544-9202

    RACI OC NI O CR TI CO VERBAL

    Pro fa . Jn ia And radePro fa . de po r t ugus e de d i scu rs i vas pa ra concursos

    Au to r a do l i v ro Redao pa r a Concursos Ed i to r a Fer re i ra

    Ol candidatos!

    Mais uma vez, outro desafio imposto vida dos concurseiros: resolverquestes de rac ioc n io c r t i co , conforme est expresso no concurso para oICMS de So Paulo.

    Bom, vamos a alguns esclarecimentos que podem ajudar vocs quantoao entendimento do que venha a ser rac ioc n io c r t i co:

    a)Em primeiro lugar, raciocnio crtico, considerando seu aspecto geral, tema ver com todo o tipo de pensamento lgico, baseado em diferentesargumentos que possam justificar determinada ideia ou concluso.Trata-se de algo permevel a todas as reas de conhecimento, j queherdamos o processo cientfico-racional como forma de chegarmos adeterminadas concluses. O termo senso cr t ico , por exemplo, j seria

    uma viso pessoal sobre os objetos a serem analisados; e o rac iocn ioc r t i co, se comparado ao senso crtico, seria a construo de uma ideiamais objetiva, facilmente comprovada e objetivamente demonstrada aosdemais.

    b) Tecnicamente falando, tambm me restringindo mais situao de vocsnos concursos, podemos dividir as linhas de raciocnio entre duasvertentes: a de uma lgica numrica, ou seja, pertinente ao campomatemtico, e a de uma lgica textual, pertinente ao campo do

    julgamento de inferncias e de interpretaes. Resumindo isso seriadizer que o raciocnio crtico envolve conhecimentos de raciocnio lgico-matemtico e conhecimentos sobre tcnicas de interpretao. Da aexplicao para o surgimento de duas nomenclaturas: rac ioc n io c r t i cove rba l e rac ioc n io lg ico-numr ico ou m a te m t i c o .

    c) Tambm esclareo, pessoal, que, a despeito de as bancas terem deixadode apresentar o nome raciocnio crtico nos edital, o assun to japareceu em d iversas p rovas de concursos pb l icos: na FGV (amaior especialista no assunto, a meu ver, vocs podem conferir isso nasprovas de portugus do ICMS RJ), no Cespe (em questes de raciocnio

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    lgico propriamente dizendo ou em provas de portugus como as do

    TJRJ de 2008), na FCC (em menor nmero, est principalmente nasprovas de portugus para as reas fiscais), na Esaf (nas primeirasquestes de interpretao) e no NCE (nas provas antigas de portugusdo Ncleo de Computao, que hoje responde pela alcunha de FundaoJos Bonifcio). Ento, no novidade esse assutno nas provas emostrarei algumas questes para vocs.

    d)O que vocs precisam efetivamente saber para as provas que cobramexpressamente rac ioc n io c r t i co em seus editais?

    preciso aprofundar o estudo da lgica matemtica, porque vocs podemno estar livres disso, j que o campo do estudo da argumentao muitoamplo e o raciocnio lgico ferramenta imprescindvel para a melhoria quanto observao de relaes de causa e efeito, de modalizaes, de contradiesetc.

    Alm disso, devem treinar bastante interpretao (cursos de portugus paraconcursos), porque tudo leva a crer que a FCC expor problemas de lgica,inseridos em textos com eventos em sequncia. Mas, sem problemas, pois, nos

    exemplos que comentarei daqui a algumas linhas, tentarei mostrar tudo issocom clareza para vocs.

    Bom, esclareo, antes de entrar nos exemplos comentados, que noestou dizendo que a prova ser meramente vinculada ao campo das Letras.Meu papel aqui somar conhecimentos, com base em fatos objetivos, paraajud-los a se preparar adequadamente para a prova. Por isso, entendam que para somar os problemas que vou elucidar a outros que so pertinentes seara do Raciocnio Lgico-quantitativo.

    Ento, vamos recuperar o que a FCC props para Raciocnio Crtico. Paratal, vou fatiar o programa para explicar caso a caso:

    A Prova de Raciocnio Crtico objetiva testar as habilidades de raciocnio, envolvendo: (a) elaborao de

    argumentos; (b) avaliao da argumentao; e (c) formulao ou avaliao de planos de ao.

    Primeiramente, cabe explicar que, apesar do termo elaborao, a provade vocs ser objetiva, ou seja, no h que se elaborar texto, porque o edital claro incluir raciocnio crtico no rol das disciplinas listadas paraconhecimentos gerais.

    Por que tanto se fala em argumentao?

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    Porque, certamente, haver textos que precedem muitas questes seguidas

    de opes construdas com oposies, com relaes de causa e efeito, comrelao de condicionalidade, com alternncias etc.

    Caberia ao candidato, ento, saber, a partir da narrativa textual, julgar queconcluso ou que argumento seria pertinente para cumprir o problema expostopelo enunciado.

    As questes podem abordar assuntos de quaisquer reas, e sua resoluo independe do

    conhecimento especfico do assunto envolvido.

    Viram? O prprio edital no explica que os conhec imen t os que envo lvemrac ioc n io c r t i co so t ransversa is . at interessante dizer isso, porque ocandidato pode pensar o seguinte: ora, se pertinente interpretao, porqueisso j no vem includo no programa de portugus?

    Na verdade, pessoal, em portugus isso j existe h muito tempo. Inclusiveisso explica por que alguns alunos erram tanto as questes de interpretao,mesmo sendo exmios leitores.

    As bancas, certamente, esto cientes de que interpretaes inteligentes e

    objetivas so instrumentos decisivos na seleo de candidatos. Seria um modoclaro, por exemplo, de as bancas dizerem o seguinte: em minhas provas nocabe somente decoreba, preciso raciocinar o que consta nelas. E a FCC,como muitos j o sabem, precisava dessa desculpa. Afinal, sempre foiconsiderada pelos candidatos que fazem provas para tribunais como umabanca pr-decoreba, cujas provas eram quase fechadas por candidatos quedecoravam todo o programa. Agora, ela reservou uma rea s para cobrarleitura e raciocnio.

    Programa Construo de argumentos: reconhecimento da estrutura bsica de um argumento; concluses

    apropriadas; hipteses subjacentes; hipteses explicativas fundamentadas; analogia entre argumentos com

    estrutura semelhantes.

    Bacana! Nesta aulinha, vou apresentar a vocs algumas ferramentasimprescindveis validao de argumentos. A gente vai entender um poucocomo funcionam os modos verbais, como operam as conjunes, comoentendemos as relaes de causa e efeito etc.

    Como sempre, serei bem objetiva (falo muito agora, mas explicopontualmente o necessrio), para evitar o tralal, trolol do estudo dainterpretao. Bom, espero cumprir isso!

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    Avaliao de argumentos: fatores que reforam ou enfraquecem uma argumentao; erros de raciocnio;

    mtodo utilizado na exposio de razes.

    Tambm vou mostrar que a construo de uma interpretao racional mais objetiva do que subjetiva. Esse o primeiro passo para vocs acertaremquestes.

    Formulao e avaliao de um Plano de Ao: reconhecimento da convenincia, eficcia e eficincia de

    diferentes planos de ao; fatores que reforam ou enfraquecem as perspectivas de sucesso de um plano

    proposto; hipteses subjacentes a um plano proposto.

    Essa parte do programa praticamente uma cpia de programas anteriores

    da FGV. Fica, portanto, a recomendao para que estudem questes de lgicae de interpretao extradas da prova de portugus da FGV. um nortecerteiro para esperar o que vem por a na prova da FCC.

    Essa parte que envolve Plano de Ao indicia claramente que haver umenredo, ou seja, um conjunto de aes que culminar num evento ou numconcluso, que ser o mote para vocs julgarem a validade deles. Portanto,friso, acho quase impossvel essas questes estarem destitudas de um viscrtico-verbal.

    S para reforar esse meu ponto de vista, eu convido vocs a analisaremum programa de Raciocnio Lgico-matemtico de um concursocontemporneo ao do ICMS/SP. Trata-se do programa do TRT da 9 regio:

    Raciocnio lgico-matemtico: Estrutura lgica de relaes arbitrrias entre pessoas, lugares, objetos ou

    eventos fictcios; deduzir novas informaes das relaes fornecidas e avaliar as condies usadas para

    estabelecer a estrutura daquelas relaes. Compreenso e elaborao da lgica das situaes por meio de:

    raciocnio verbal, raciocnio matemtico, raciocnio sequencial, orientao espacial e temporal, formao de

    conceitos, discriminao de elementos. Compreenso do processo lgico que, a partir de um conjunto de

    hipteses, conduz, de forma vlida, a concluses determinadas.

    O edital deste concurso, o do TRT da 9 R., foi publicado em 2012, masas provas ocorrem em 2013. Se vocs repararem bem, apesar da troca depalavras, h semelhanas evidentes entre o que ela passar a exigir para algica matemtica com a razo crtico-verbal. A nica diferena entre oprograma do ICMS e os programas explcitos de raciocnio lgico est no fatode o anterior remeter-se claramente formao e anlise de argumentos e denarrativas. Reafirmo, no entanto, que argumentos podem ser construdos compalavras e com smbolos. E um dado inesquecvel dessa transversalidade estnuma questo de portugus do ICMS RJ (FGV) em que variveis X e Y

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    tomaram conta da construo de relaes de condicionalidade, adio,

    alternncia etc.Ento, vamos a algumas demonstraes importantes de como resolver

    questes de raciocnio crtico-verbal:

    1 DI CA: OS LI MI TES DA I NTERPRETAO

    Humberto Eco empregou esse ttulo que tambm dou a esta passagemde dicas para expor, por meio de ensaios, as possibilidades de se interpretar otexto. No querendo entrar em toda discusso proposta por Eco, vou tocar

    num ponto central do que apregoa o terico: a relao entre o leitor e o textodeve ser ntima.

    Entendamos, Eco prope essa relao mais estreita, pessoal, para evitaros excessos de interpretao. Notem bem este termo: excessos deinterpretao.

    E o que isso tem exatamente a ver bom o que pretendemos no campo dorac ioc n io c r t i co?

    Tomando-se o exposto por Eco, o que vocs devero fazer ap rove i ta r o que es t exp ressamen te esc r i to no tex to . Suposies,possibilidades interpretativas no devem ser abandonadas, no isso quequero dizer. Mas, quando lemos um enunc iado e vo l tamos ao tex to embusca de respos tas , devemos , num p r ime i ro momen to , en tende rexa tamen te o que es t no tex to , considerar a essncia objetiva de suaspalavras.

    Depois dessa anlise objetiva, se necessrio o for, faremos uma anlisesuplementar do texto, ou seja, de suas possibilidades, das intencionalidades do

    autor, por exemplo.

    Por enquanto, i m p o r t a -n o s l im i t a r o e n te n d i m e n to a o q u e es t n ot ex t o , apr ove i t ando a essnc ia de pa lav ras-chave .

    Guardem esse trechinho destacado, porque vou acion-lo, ao mostrar osexerccios.

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    2 DI CA: A SEMN TI CA DE ALGUMAS FLEXES VERBAI S

    Como o verbo a classe de palavras que mais sofre acidentes, ou seja,flexes, natural que o verbo se encarregue de boa parte do sentidotransmitido pelo texto ou pelas sentenas.

    Ento, conheamos alguns pontos basilares das flexes:

    1 - temos trs modos ve rba is indicativo, subjuntivo e imperativo. Cadamodo possui um significado natural, ou seja, um significa-raiz, digamos assim.

    Ento, verbos flexionados no indicativo esto vinculados ideia de fato, de

    certeza. J verbos flexionados no subjuntivo trazem a essncia de umasuposio, de uma dvida. Importam-nos esses dois modos, ok. O imperativo,que indica aes de ordem, conselho, pedido etc., no to interessante parao momento. Mas guardem o seguinte:

    I nd i ca t i vo = cer t eza , f a to , co isa concre ta .

    Sub j un t i vo = dv ida , possib i l i dade, suges to .

    Em contrapartida, esclareo, pessoal, que o aspecto semntico no

    esttico em termos de sentido. H construes do indicativo, por exemplo, quefogem a essa regra geral. Mas fiquemos, por enquanto, com a generalizaomesmo.

    2 - Flexes de tempo: alguns tempos verbais se destacam na anlise textuale apresentam diferenas de sentido notrias. A gente no pode, por exemplo,entender que, em geral, uma frase que traz um verbo flexionado no passadopossa ter o mesmo sentido de outra com verbo flexionado no presente. At ha possibilidade de isso ocorrer, mas em geral passado passado e presente

    presente.Assim, se vamos rac ioc inar uma sen tena , p rec isamos pres ta r

    mu i ta a teno su t i l eza ve rba l da f rase. Ento, comecemos peloseguinte:

    a. Pre t r i to Pe r fe i to do Ind ica t i vo : trata-se de um tempo verbalvinculado a aes ou estados j findados, ou seja, bem concludos.Exemplo: Passeino concurso em 2008.

    O Perfeito do Indicativo um tempo tpico dos textos narrativos, j que seuaspecto conclusivo pode dar aos eventos do texto mais movimento, ou seja,

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    mais dinamismo; e as narrativas, em geral, so marcadas por acontecimentos

    que sucedem outros.b. Pre t r i to imper fe i to do ind ica t i vo : trata-se de um tempo verbal

    passado, menos dinmico do que anterior. muito comum haverpretrito imperfeito em textos descritivos, pois o tempo tende aoesttico. Com ele, possvel fotografar imagens, cores etc. Por serimperfeito, este pretrito responsvel por aes que se prolongaramnum determinado perodo temporal no passado. Por isso, ele trazimpreciso temporal quanto s aes ou estados descritos. Exemplo:antes, eues tudava sozinho.

    Comparando os exemplos de um de outro, vejam que temos o seguinte:a ao passar conclusiva e mais precisa, pois o candidato passouem 2008; j a ao estudar foi prolongada num tempo muitoimpreciso, antes. Temos, ento, respectivamente, pretrito perfeito epretrito imperfeito.

    c. F u tu ro d o P re t r i t o d o I n d i c a t i v o : apesar de ser exatamente doindicativo, o futuro do pretrito (-ria) no contm a certeza que, em

    geral, est expressa nos demais tempos do indicativo. O Futuro doPretrito indicia possibilidade, probabilidade e hiptese. A gente nopode julgar que ele indica exatamente uma dvida pontual, porque advida , em regra, a incerteza mxima. Mas a hiptese, por exemplo, o meio termo entre a certeza e a dvida. Portanto, guardem isto: Futurodo Pretrito indica hiptese, possibilidade.

    Exemplo: se tivesse uma boa grana, m o n t a r i a um negcio prprio.

    Veja que o enunciador no tem dvidas sobre montar seu negcio. Mas

    ele depende de ter grana; montar o negcio, portanto, possvel, desde quese tenha grana.

    Ento, guardemos essas noes gerais:

    Pre t r i t o pe r fe i t o : ao conc lu da .

    Pre t r i t o im pe r fe i to : ao que se p ro longou n o passado .

    Fu t u ro do p r e t r i t o : ao p rovve l , possve l , dependen t e de

    ou t r a ao .

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    3 DI CA: O PAPEL DE ALGUNS CONECTORES

    No campo dos conectores, ns vamos nos limitar s conjunes. Naverdade, lanaremos luz sobre algumas poucas conjunes que socomumente empregadas nas construes lgico-argumentativas.

    Assim, a gente precisa conhecer as conjunes seguintes:

    a. As causais: porque, j que, c o m o (es ta a ma is empregada nasques tes de rac ioc n io c r t i co ) , visto que, na medida em que, emrazo de, por, porquanto etc.

    O nome j diz tudo: tais conjunes representam aquilo que fato,causa, ou, no limiar do entendimento, justificativa, explicao para aexistncia de algum evento.

    b. As conjunes concessivas: embora, apesar de, posto que, mesmo que,no obstante, por mais que, ainda que, a despeito de, malgrado etc.

    As concessivas representam a leve oposio, considerada tambmressalva.

    c. As finais: para (que), a fim de (que).

    O nome j diz que representam finalidade.

    d. Condicionais: se, desde que, contanto que etc.

    As condies geralmente se vinculam a ideias de dvida. Ento, a gentej pode antecipar que elas esto ligadas a ideias de dvida ou hiptese,ou seja, ao subjuntivo mesmo.

    e. Consecutivas: tal... que, to... que, tanto...que etc.Evidenciam-se o efeito gerado por uma ao anteriormente expressa.

    f. Aditivas: e, nem, mas tambm, fora, afora etc.

    Desse grupo, a mais empregada o e mesmo. E bom estar atentosempre soma de aes dadas nos eventos listados nas questes-problema.

    g. Alternativas: ou...ou, ora...ora, seja...seja.

    Tambm so altamente empregadas nas questes de raciocnio.

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    h. Adversativas: mas, no entanto, entretanto, todavia, contudo, porm.

    Ajudam a formular oposies declaradamente fortes, mas explcitas queas concessivas.

    i. Conclusivas: portanto, por isso, por conseguinte, logo etc.

    Apresentam a concluso extrada da narrativa. Normalmente, as bancaspedem para o candidato julgar a validade de uma concluso.

    Ento, amigos, guardemos esse rol de conjunes. Ser til na hora deentender como funcionam as relaes entre sentenas e, mais tarde, como se

    chegar soluo mais adequada para os problemas enunciados.

    4 DI CA: RADI CALI SMOS E MODALI ZAES

    A criao de uma lgica pressupe tambm o uso, em geral, deexpresses que denotam radicalismo, tal como supor uma generalizao,empregada por pronomes indefinidos ou por advrbios de restrio: todo,qualquer, nenhum, apenas, somente, s etc.

    Naturalmente, a gente deve grifar no texto esses radicalismos, porque

    eles no podem ser vistos como similares a expresses atenuantes, como asseguintes: muitos, quase, a maioria, a minoria, poucos, em alguns casos etc.

    Alguns verbos tambm ajudam nesse processo de modalizao. Osverbos PODER, DEVER e expresses como POSSVEL etc. tambm soatenuantes que devem ser levados em conta na hora de analisarmos cadacaso.

    Sendo assim, no podemos compreender que so de mesmo valor asproposies: va i chove r hoje noitee pode chove r hoje noite.

    A primeira frase est vinculada ideia de certeza e a segunda, apesar detrazer um verbo no indicativo, est vinculada ideia de possibilidade, j que overbo PODER atenua a certeza de haver chuva.

    5 DI CA: AS RELAES ENTRE SENTENAS

    Conhecidas as ferramentas bsicas da interpretao, vamos parteintermediria do nosso estudo: as relaes entre sentenas.

    Comecemos pelas relaes de causa e efe i t o (=consequncia):

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    a. Fiquem bem atentos relao entre verbos, quando as sentenas

    trouxerem mais de um verbo. o sinal mais seguro para secompreender causa e efeito.

    Exemplo A:

    Comprei o carro para chegar m ais pontualm ente ao t rabalho.

    Observem que h duas aes verbais: comprar e chegar.

    Agora, pensemos a ordem desses eventos, considerando-se o contextofrasal: compra-se o carro primeiramente e depois se chega pontualmente ao

    trabalho.

    Ou seja, comprar primeira ao e chegar ao secundria, permitidapor aquela primeira.

    Ento, se comprar a primeira ao, ela ser a causa. Se chegar asegunda, ela ser o efeito ou consequncia. O que a gente v quecomprar X permite pessoa chegar a Y.

    A relao que temos de Causa e Efei t o , nessa ordem.

    Exemplo B: vou a Braslia, porque prometi lecionar portugus para umaturm a de l.

    Neste exemplo B, a gente v que ordem se inverteu, porque o feito veiona primeira parte da sentena, enquanto a causa veio na segunda.Retomando, temos o seguinte: ir... o efeito, motivado pelo prometer.Primeiramente, eu prometo..., depois eu vou.

    b. Depois fiquem atentos s conjunes, preferencialmente, causais econsecutivas. Mas lembro a vocs que h conjunes, como as finais e

    as conclusivas, que podem tambm indicar o efeito advindo de umacausa.

    Vou a Bras l ia, porqu e p rom et i . . .

    Aosecundria=efeito Aoprimria=causa

    Relao de e fe i t o e causa nessa ordem

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    Naquele exemplo do comprei o carro para chegar mais pontualmente ao

    trabalho, vejam que temos uma conjuno final (para), mas a relaoentre sentenas de causa e efeito.

    Ento, ateno! No confundamos o papel da conjuno com a relaoentre sentenas. Uma conjuno pode ser final, expressar realmentefinalidade, mas as relaes entre frases podem ser tambm de causa eefeito.

    Ento, a gente no pode entender que causa e efeito uma relaoexclusivamente marcada por conjunes causais ou consecutivas. Elas

    ajudam muito no processo. Mas a relao ocorre entre os eventos (verbosprincipalmente) intercambiados entre as sentenas.

    Agora, vamos para outra relao entre frases, muito comum, nas provasde raciocnio crtico: a relao de condicionalidade.

    Tomemos os seguintes exemplos:

    a. Se todos obedecessem s leis, haveria menos violncia.b. Se todos obedecem s leis, h m enos violncia.Tanto em a quanto em b , h a conjuno condicional SE. Mas somente um

    perodo expressa uma condio propriamente dita.

    Seria o perodo de sentenas da opo a , j que a condio est vinculada ideia de dvida, possibilidade, sugesto.

    Vejam que o verbo obedecer, na primeira sentena, est flexionado nosubjuntivo, indicando exatamente uma suposio, uma hiptese.

    J o verbo da opo b est flexionado no presente do indicativo (elesobedecem). Ento, mesmo havendo a conjuno condicional SE, o que estexpresso ali uma certeza!

    Ento, amiguinhos, comum as bancas apresentarem uma conjuno, masas relaes entre verbos revelarem outra verdade. Isso quer dizer que muitasvezes as conjunes mascaramuma relao revelada pelo verbo.

    Faam um teste simples para entender a causa: tentem trocar a conjunoSE, de ambas as opes, por uma causal tambm simples PORQUE.

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    Fizemos o devido ajuste frasal, mantendo a substituio na mesma orao

    em que estava a conjuno original e chegamos ao seguinte: h menosviolncia p o rq u e todos obedecem s leis.

    Vejam que, na sentena a , isso no ocorre com facilidade.

    Resumindo para o concurso: SE + ve rbo no ind icat i vo = Causa.

    De posse dessas informaes bem basilares, a gente j possui instrumentossuficientes para solucionar questes de raciocnio crtico.

    Vamos a elas!

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    QUESTES COMENTA DA S

    Texto para as questes 01, 02 e 03

    Questo 1 - Cespe. Infere-se do primeiro perodo do texto que algumas

    reminiscnciasa)no nos do descanso, sejam boas, sejam dolorosas.b)no nos deixam em paz at causar muita dor.c) precisam vir a pblico, oralmente ou por escrito.d)so impublicveis ou dolorosas.e)E devem ser esquecidas de vez.

    Questo 2 - Cespe. No segundo pargrafo do texto, o autor usa o exemplo dequem passa a vida na mesma casa de famlia (R.10-11) para reforar suaideia de que

    a)a convivncia rotineira favorece as lembranas de pessoas e fatos.b)ele prprio poderia ser um conviva de muito boa memria.c) a vida familiar faz lembrar somente as circunstncias, e no os fatos.

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    d)viver em casa de famlia ou em hospedarias faz mal memria.e)viver em famlia com seus eternos mveis e costumes descansa a mente

    e estimula a memria.

    Questo 3 - Cespe. No terceiro pargrafo do texto, o autor explica por queescreveu antes seja olvido que confuso (R.17). De acordo com suaargumentao,

    a) livros confusos so mais fceis de interpretar que os omissos.b) livros confusos despertam nele ideias finas.c) livros omissos despertam a imaginao dele.d) livros confusos podem ser melhorados com reflexes profundas.e)E livros omissos so piores porque no possvel complement-los.

    Questo 4 FGV. Os computadores esto presentes na vida da maioria daspessoas. Para no ficar desatualizado, o Sr. Aderbal deseja comprar umcomputador pessoal. Esse computador, para satisfazer suas necessidades,precisa ser muito rpido. Sabe-se que, alm do processador, todos osperifricos influenciam no desempenho geral do computador. Caso o Sr.Aderbal compre um Pentium 200 MMX, um dos processadores mais rpidos domercado, pode-se concluir que:

    a.) Com certeza o computador atender suas necessidades.

    b .) Pode ser que esse computador atenda suas necessidades.c.) Esse computador no atender suas necessidades.d .) Possuindo uma placa de vdeo, este computador com certeza atendersuas necessidades.e.) As alternativas (b) e (d) esto corretas.

    Questo 5 FGV. O dono de uma livraria enfrenta um problema paraadministrar seu estoque. Ele precisa optar por uma metodologia que mantenhauma grande quantidade de livros organizada, de forma que seus funcionriospossam encontrar o que o cliente deseja. Sabe-se que 100% dos livros que

    vende so para os alunos de um colgio de 1 e 2 graus localizado em frente sua loja e que, conhecendo os hbitos de seus clientes, os pequenosestudantes, que normalmente j viram o livro que desejam mas sempreesquecem o nome do autor e o nome do livro, a forma mais rpida e prtica deorganizar seu estoque atendendo suas necessidades :

    a.) Disciplina / Assunto / Cor da Capab .) Autor / Nome do Livroc.) Editora / Autor / Nome do Livrod .) Assunto / Editora / Autor / Nome do Livro

    e.) Disciplina / Assunto / Editora / Autor / Nome do Livro

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    Questo 6. FGV. Dois dicionrios de sinnimos e antnimos de uma mesmalngua apresentam definies diferentes para uma mesma palavra. Os dois sode autores diferentes e produzidos na mesma poca. Podemos concluir que:

    a.) Os dois dicionrios esto errados.b .) Os dois dicionrios esto corretos.c.) Os dois autores so inimigos.d .) Os dois dicionrios podem ser incompletos, mas corretos.e.) Os dois dicionrios podem ser completos e corretos.

    Questo 7. FGV. Para que certa dieta seja efetiva, ou seja, proporcione perdade peso corporal pessoa que a ela se submete, necessrio que sejaadministrada exatamente como prescrita por um nutricionista qualificado. Adieta administrada exatamente como prescrita por um nutricionistaqualificado apenas se a pessoa que a ela se submete paga por uma consultaparticular com esse profissional.

    Sabe-se que, em geral, nutricionistas qualificados cobram valores de consultaacessveis a apenas uma pequena parcela da populao brasileira.

    A partir das informaes acima, possvel concluir que:

    a) Se uma pessoa administra a dieta exatamente como prescrita por umnutricionista qualificado, conseguir perder peso corporal.

    b)Uma pessoa que no possua renda elevada no poder perder pesocorporal por meio dessa dieta.

    c) Entre as pessoas que se submeterem a essa dieta, a proporo dasque possuem alta renda dever ser superior proporo das que

    possuem baixa renda.

    d)Se uma pessoa no perde peso corporal ao administrar essa dieta, porque no a administrou exatamente como prescrita por umnutricionista qualificado.

    e) Se uma pessoa no paga por uma consulta particular com umnutricionista qualificado, no perder peso corporal ao administraressa dieta.

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    Questo 8 FGV. Dada a seguinte afirmao:

    Se h emprego de controle biolgico eficaz em lavouras, ento no h perdade produo decorrente do ataque de pragas agrcolas. Por sua vez, se no hperda de produo decorrente do ataque de pragas agrcolas, ento, h lucrosuficiente para investir no aprimoramento de alternativas ao uso deagrotxicos em lavouras.

    Se no h lucro suficiente para investir no aprimoramento de alternativas aouso de agrotxicos em lavouras, pode-se concluir que:

    a)No h emprego de controle biolgico eficaz e h perda de produodecorrente do ataque de pragas agrcolas.

    b)H emprego de controle biolgico eficaz e h perda de produodecorrente do ataque de pragas agrcolas.

    c) H emprego de controle biolgico eficaz e no h perda de produodecorrente do ataque de pragas agrcolas.

    d)No h emprego de controle biolgico eficaz e no h perda de produodecorrente do ataque de pragas agrcolas.

    e)Pode haver emprego de controle biolgico eficaz, mas no pode haverperda de produo decorrente do ataque de pragas agrcolas.

    Questo 9. Uma sentena lgica equivalente a Se o prato X feito com bonsingredientes, ento os gestores do restaurante Y fizeram boas contrataes :

    A. Se o prato X no feito com bons ingredientes, ento os gestores dorestaurante Y no fizeram boas contrataes.

    B. Se os gestores do restaurante Y no fizeram boas contrataes, ento oprato X no feito com bons ingredientes.

    C. O prato X feito com bons ingredientes ou os gestores do restaurante Yfizeram boas contrataes.

    D. Se os gestores do restaurante Y fizeram boas contrataes, ento o prato X feito com bons ingredientes.

    E. O prato X feito com bons ingredientes ou os gestores do restaurante Y no

    fizeram boas contrataes.

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    Questo 10. NCE. a diminuio dos processos normais de metabolismo ecrescimento economizam energia... equivale a a energia economizada aose reduzirem os processos normais de metabolismo e crescimento; o itemabaixo em que as duas frases NO se equivalem :

    (A) O governo criou a cesta bsica para ajudar os pobres.

    O governo pretende ajudar os pobres, criando a cesta bsica.

    (B) Os alunos esto mais contentes hoje do que ontem.

    Os alunos estavam menos contentes ontem do que esto hoje.

    (C) Meles esto na promoo: compre dois a R$1,00 cada e leve

    outro de graa.

    Meles esto na promoo, trs por R$2,00.

    (D) O aluguel de R$10,00 por volta na pista, a qualquer hora.

    No h momento em que a taxa por volta na pista seja diferente de R$10,00.(E) O quadrado azul, com manchas vermelhas dentro.

    O objeto azul um quadrado com manchas vermelhas dentro.

    Gabar i to em destaque e so luo pa ra os p rob lem as p ropos tos :

    1 . B p r ime i ramen te , vamos nos l im i ta r ao tex to . No pensemosnada fo r a de le , ok .

    Ass im, temos o segu in te : o enunc iado d iz para a gen te ana l isa rapenas o p r im e i ro pe r odo . Ass im, no bom le r o tex t o todo . Ocer to l im i ta r -se a le r a passagem H dessas remin iscnc iasque no descansam an tes que a pena ou a l ngua as pub l ique . .

    Ve jam como fc i l so luc ionar a ques to . Tomemos para isso aspa lav ras-chave desse t recho : remin iscnc ia , no descansam,pena, l ngu a, pub l ique .

    Ora , pessoa l , a opo A ser e l im inada por que o t recho no f a lanada sob re do r , ou seja , i sso in t e rp re t ao a lm do esc r i to .

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    A opo B t raz v r ios te rmos s im i la res aos do t recho : pb l i co ,

    o ra l m e n te ( = l n g u a ) , e sc r i t o ( = p e n a) . e sta a c o r re ta , o k .A opo C d iz que so impub l i cve is . Mas o tex to d i z pub l ique . Es t con t r ad i t r ia , en to .

    A opo D d iz devem se r esquec idas . I sso no tem no t ex to .

    Respost a cor ret a : opo C.

    2 . vamos nos l im i ta r novamen te ao que o enunc iado pede . En to ,devemos le r apenas o que consta n o segundo pa rg ra fo . Leiam e

    acom panhem a e l im inao de opes:

    Opo B : o na r rado r de ixa c la ro que sua memr ia no boa .Po r t an to , a opo con t rad iz o tex t o .

    Opo C: h o r ad ica l i sm o somen t e . O tex t o no se l im i t a a i sso .

    Opo D: a a l te rnnc ia inv l ida , porque, segundo nar rador , amemr ia de le que ru im s im i la r a a lgum que t i vesse v i v ido emhospedar ias . Da conc lu i -se que v iver em hospedar ias no faz bem

    m emr ia . J quem passa a v ida em casa de fam l i a g rava tu do pe lacon t inu idade e repet i o con fo r m e d iz c laram en te o tex to .

    Opo E: es ta opo perde a respos ta para a opo A, porque na Econs ta a i de ia de descansa r a memr ia . Es ta i de ia no es tp re se n te n o t e x to .

    Opo A a cor r e ta po r e l im inao , po is tem os o segu in t e j ogo d epa lav ras-chave :

    - conv ivncia ro t i ne i ra = con t inu idade e repe t i o .

    - lem bran a de pessoas e de fa t os = . .. que se lhe g rava t udo . .

    3 . novam en te vam os nos ate r ao ped ido do enunc iado . Ass im, devemosle r , ago ra , ob je t i vam en te o te rce i ro pa rg ra fo .

    Obse rvando tambm as opes , no tamos a ex i s tnc ia de um jogo depa lav ras en t re do is t i pos de l i v ros os con fusos e os omissos . En t o ,vamos s e l im inaes de opes por comparao com o que cons ta no

    t e x t o :

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    a. l i v ros con fusos no so ma is fce is de in te rp re ta r po rque nadase emenda bem nos l i v ros con fusos .

    b . Os l i v ros que despe r tam ne le i de ias f i na is so os om issos .c. Os l iv ros omissos desper tam a imag inao de le? S im, porque

    despe r tam ne le i de ias f i na is .

    d . No , po rque nada se emenda bem nos l i v ros con fusos.e. No , po rqu e novam en te nada se em enda bem n os con fusos .3 . P r i m e i ra m e n te f u j a m o s p ro v i s o r i a m e n te d o c o m c e r t e z a d aopo A. Vamo s por e l im inao:

    a. co r tam os o com cer t eza , po rqu e no h esta cer t ezaexpressa no tex to . A opo a t poder ia ser v l ida , se not i vssem os ou t r a m e lho r .

    b . Como o s r . Ade rba l comprou um compu tado r comprocessado r ve loz , pode se r que o compu tado r a tenda ssuas necess idades.

    c. Er rado . O compu tado r possu i um p rocessado r rp ido e s r .Aderba l p rec isa desse t ipo de computador para sa t is fazersuas necess idades.

    d . Novamen te apa rece o rad ica l i smo com ce r teza e al im i tao p laca de v deo . Mas o tex t o d i z que a ve loc idade in f l uenc iada po r todos os pe r i f r i cos.

    e. Como a ide ia da p laca de v deo no t raz ou t ros per i f r icos , aopo f i cou l im i tada novam en te .

    Po r t an to , a m e lho r respos ta a da opo B , j qu e , em m e ioaos rad ica l i smos e l im i taes impos tas pe la a rgumen taodas dem ais opes , a B t r aba lha com a ide ia de m oda l izao,ind icando que poss ve l que o compu tado r a tenda snecess idades do s r . Aderba l .

    4 . Vamos reso lve r a ques to po r e l im inao .Opes C, E e D: devem ser re fu tadas , porque t razem mui tose lem en tos pa ra so luciona r o p rob lem a do esquec im en to dos

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    c l i en tes ( h te rmo que nem aba rcado pe lo tex to ed i to ra ) e

    t r a z e m a u to r e n o m e d o l i v r o , j u s ta m e n te o s i t e n s q u e n oco labo ram, segundo o tex to , com a lembrana dos l i v ros quee les dese jam adqu i r i r .

    Opo B - mu i ta gen te marca r ia es ta . Mas pensemos um poucono segu in te : se os a lunos esquecem o nom e do au to r e do l i v ro ,por que org an izar a lo ja , obedecendo es tes i tens?

    No d . O tex t o negou os i t ens .

    Ento sobra a opo A, que t raz ou t ros i tens , sem os quea t rapa lham a lembr ana dos c li en tes .

    5 . Vamos po r e l im inao , mas sempre reco r rendo ao tex to . Sepensa rem ide ias que no es to no tex to , con t inua ro e r randoques tes :

    a. no h nada no tex to que d i z que eles esta r iam e r rados .b . A in fo r m ao insu f i cien te .c. I s so n o t e m n o t e x to .d . a respos ta cor re ta . Mas le ia a E an tes de en tender a

    exp l icao para a respos ta D.

    e. Eles no so comple tos , porque um d ic ionr io no t raz os ign i f i cado p ropos to pe lo ou t ro pa ra a mesma pa lav ra .Por tan to , a respos ta cor re ta a opo D. E les soincomp le tos . Ju lga r que so co r re tos ou inco r re tos no vemao caso . O que ma ta a ques to o fa to de um de te r umt i p o d e i n f o rm a o q u e o o u t ro n o t e m .

    6 . Novamen te , l e iamos o tex to com a teno e a cada opo l i da ,comparemos seu con tedo com o que h no tex to . Recomendosem pre qu e t r aba lhemos com e l im inao de opes . Ou t ro dadoin te ressan te t raze r pa ra o tex to os conhec imen tos que l i s te ipa ra in t e rp re t a r tex t os ( m odos ve rba is e tc .) . Vam os e l im ina ra lgum as passagens :

    a. i ncor re ta . A opo d iz , no ind ica t ivo , que a pessoa perderpeso . Mas , vo l tando ao tex to , h uma cons t ruo no

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    s u b j u n t i v o : P a ra q u e a d i e t a s e j a e fe t i v a . N s t e m o s u m a

    suposio no tex t o , no um a cer t eza , com o que r a opo A .b . I nco r re ta . A in fo rmao excede o tex to . No se fa la no tex to

    sobre pessoas com renda e levada. Quem entendeu issoin fe r iu poss ib i l i dade in te rp re ta t i va , j que o tex to se l im i ta ad ize r que nu t r i c ion is tas cob ram va lo res de consu l taacess ve is a apenas uma pequena parce la da popu laobras i le i ra . Quando lemos essa f rase , esquecemos a le i tu ra ,sem que re r , e j pensamos em quem tem d inhe i ro . Ass im,j u lgam os q u e q u em n o o t em n o p od e t er acesso a u mnut r ic ion is ta qua l i f i cado e , por isso , no perder peso .Cu idado com i sso tambm, po rque a a f i rma t i va pe rde r es t novamen te no ind ica t i vo e o tex to t raba lha com aposs ib i l idade de perda do peso .

    c. I s so no d pa ra ju lga r , po rque o tex to no exp ressa are lao en t r e rendas . A re lao es t en t re a per da de peso e oacesso ao nu t r ic ion is t a qua l i f i cado .

    d . O tex to no t raz in fo rmao sob re a pessoa que no pe rdepeso. Ele fa la sob r e a poss ib i l idade de ser perder peso . Assim ,l i m i t e m -s e b e m a o q u e es t n o t e x to .

    e. Corre t ss ima, porque o tex to de fende que a poss ib i l idade deperd er peso es t necessar iam ent e l igada d ie ta p rescr i t a pornu t r i c ion ista qua l i f i cado que cob ra pe la consu l ta .

    Para que cer ta d ie ta se ja e fe t iva , . . . necessr ia que se jaa d m i n i s t r a d a ex a ta m e n te c om o p re s cr i t a p o r u m n u t r i ci o n i st a

    qua l i f i cado .

    9 . Vamos com preend er a sen tena dada. Quando h sen t ena , ou se ja ,um tex to ma is cu r to , bom que sa ibamos en tende r a re laoes tabe lec ida en t re os verbos da sen t ena :

    Se o prato X feito com bons ingredientes, ento os gestores do restauranteY fizeram boas contrataes.

    Ora , pensemos o segu in te : o que deve oco r re r p r ime i ro? O p ra to se r

    fe i to com bons ing red ien tes ou os ges to res faze rem boascont ra taes?

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    Com o fazer o p ra to X pos te r io r s con t raes . Pe la o rdem f r asal tem -

    se uma re lao de e fe i to e causa , ou se ja , a f rase t rouxe e e fe i top r ime i ramen te e causa depo is , i s so cons ide rando a o rdem em que aspa lav ras es to escr i tas :

    a. f azer o p r a to X com bons i ng red ien tes = e fe it ob . os gesto r es f i zeram boas con t ra taes = c au s a.

    Ent o , vam os an l ise das opes :

    a. err ada , porqu e no re lao de causa e e fe i to es t e r rada . Co loca-se o p ra to com bons ing red ien tes como cond io pa ra as boascont ra taes . T raduz indo : as con t ra taes podem ser boas , e op ra t o pode r no se r bom .

    b . Cor re ta . Ago ra s im ! A o rdem d i re ta , respe i tando -sep r im e i ram en te a causa con t r a ta r bem ou no e fazer p ra toscom bons ing red ien tes ou no . Ou se ja , a nega t i va meroengodo , o t raz a co r reo fa to de o rdem dos even tos segu i r ocurso d i re i to : causa e e fe i to . Mesmo os tempos verba is sendo

    d ive rsos, a questo t raz a lgo ve rdade i ro : se no p resen t e o p ra t o Xdeve-se s boas con t ra taes , en to , se os ges to res no f ize ramboas con t ra t aes , os ingred ien tes no so bons .

    c. I n c or re to , p o rq u e o t e x to n o t r a b a lh a c om a l t e rn n ci a .d . I n c or re to , p o rq u e o t e m p o v e rb a l d i f e ren te d o q u e f o i e x p o s to

    no enunc iado . Na opo h verbo no passado, ao passo que noenunc iado h ve r bo no p resen t e .

    e. Novam en te houv e a l te rnnc ia e a questo es t i nco r re ta .10 . a cor r e ta aqu i a opo C. Ve jam os o m ot ivo : em to das as opes,se vocs fo rem e l im inando pa lav ras-chave en t re as duas sen tenas ,no ta ro que em quase todas as pa lav ras o r ig ina is so mant idas . J aopo C t raz uma cons t ruo que no conserva as pa lav ras-chaveo r ig ina is . Desse modo , o cand ida to tende a ju lg - la equ iva len te reesc r i ta , po rque e le i n t e rp re t a o qu e no es t escr i t o a l i .

    No tem os a demons t r ao :

    a. o gove rn o c r i ou a cesta bs i ca para a ju da r os pob r es.

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    O gover no p r e tend e a judar os pobres, cr iand o a cesta bs ica .

    Ve ja que temos en t re as duas opes os segu in tes te rmos s im i la res :gover no , a ju dar , os pobr es , c r ia r , cesta b s ica .

    H s um a d i fe rena : p re tende a juda r e a juda r .

    a m esma in t e rp r e tao en t re as duas expr esses verb a is? No!

    Mas num a p rova de r aciocn io c r t i co vocs devem sem pre p r ocu ra r am e lho r resposta . I sso no que r d i ze r um compr om isso com a ve rdade,como so luo n ica para ques to . O compromisso mu i tas vezes es t

    em se ju lga r a so luo ma is adequada , med ian te a e l im inao dasm enos adequadas ao p ropos to .

    No caso desse exerc c io , va le lembrar que a banca quer NOequ iva lnc ia en t r e f rases.

    Vam os pa ra a b :

    Os a lunos es to ma is con t en tes ho je do que on tem

    Os a lunos es tavam m enos con t en tes on tem do que esto ho j e .

    A in t e rp re t ao co r re ta v i s ve l , mas con tem os pa lav ras , po is ma issegu r o e , p ra t i camen t e , i n fa l ve l : a lunos , con ten t es, ho je , on t em .

    H d i fe rena en t re tem pos ve rba is? H .

    Mas h um a lg ica const r u da pe lo adv rb io m a is e pe lo adv rb io m e n o s .

    Agora , ve j am os a C:

    me les es to na p romoo : compre do i s a R$ 1 ,00 e l eve ou t ro de

    g r a a .

    Me les esto n a p rom oo , t r s po r R$2 ,00 .

    Amigos , no f iquem fazendo con tas , porque vocs esquecem otex to , quando fazem i sso . Ana l i sem as pa lav ras , sem a t r i bu i rs ign i f i cados a e las , pensem ne las como um mecan ismo chave-fechadura , ou se ja , para se te r equ iva lnc ia , ta l como pede o

    enun c iado , p rec iso enca ix- las um as s ou t r as .

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    Ento , responda pa ra s i : t udo o que es t na p r ime i ra f rase

    enca ixa na segund a?Se no en tenderam, exp l ico : na segunda f rase , no se fa la em

    com pr a e ou em levar , ou sej a , fa l ta a essnc ia da l ngua os verbos !

    Raciocnio crtico verbal isso! Espero que ajudado com este pouquinho!

    At me esqueci da apresentao. Mas h tempo! Meu nome JniaAndrade Viana, sou professora de portugus e de discursivas para concursospblicos, no Ponto dos Concursos, e sou autora do livro Redao para

    Concursos, pela Editora Ferreira.Acompanhem o site da Editora, porque em breve (em fevereiro) darei

    uma palestra gratuita sobre Raciocnio Crtico. A motivao da palestra esclarecer mais sobre o assunto, resolver questes e ajudar as vtimas daschuvas de vero no Rio de Janeiro.

    No dia 10/01, haver uma palestra sobre questes de lngua portuguesanas provas da FCC. Darei dicas tambm sobre as questes com mais chancesde aparecerem nas provas. A palestra tambm tem a finalidade solidria, tal

    como a palestra de fevereiro sobre Raciocnio Crtico. Haver tambm para osinteressados uma palestra para quem ir fazer o concurso da OAB 2 fase.Darei dicas importantes sobre como organizar o texto.

    Enfim, confiram tudo isso na pgina da Editora Ferreira!

    Boa prova para todos!

    Profa. Jnia Andrade