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RADIOLOGIA GERAL · O curso de técnico em radiologia além do conhecimento prático técnico diretamente ligado a profissão, ... Hittorf, Varley,Goldstein, Crookes, Hertz and Lenardt

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RADIOLOGIA GERAL Introdução O curso de técnico em radiologia além do conhecimento prático técnico diretamente ligado a profissão, também se depara com patologias tanto de ordem funcional quanto estrutural, do sistema neurológico, cardio-respiratório, reumatológico, traumato-ortopédico, postural e ginecológico. Para que a função do profissional em radiologia tenha sucesso absoluto, é necessário um conhecimento apurado e atenção na realização dos exames efetuados dentro do padrão técnico correto e acima de tudo, trazendo um diagnóstico de qualidade para paciente. E melhores resultados para a avaliação do médico radiologista no laudo a ser realizado. HISTÓRICO DA RADIOLOGIA

Wilhelm Conrad Roentgen nasceu em 27 de março de 1845, em Lennep, na Província do Baixo Reno, na Alemanha. Era o único filho de um fabricante e comerciante de roupas. Ingressou na Universidade de Utrecht em 1865, para estudar Física. Em 1869, obteve o Doutorado na Universidade de Zurich e foi indicado assistente do Prof. Kundt, acompanhando-o para Wurzburg no mesmo ano. Em 1874, qualificou-se como conferencista na Universidade de Strasbourg; em 1875, foi indicado como professor na Academia de Agricultura em Hohenheim, Wurtemberg. Em 1888, aceitou convite da Universidade de Wurzburg, onde sucedeu o Prof. Kohlrausch. Em 1900, já famoso pela sua descoberta, aceitou o convite da Universidade de Munich, por nomeação especial do governo da Bavária, como sucessor do Prof. Lommel. Ali permaneceu pelo resto de sua vida, embora lhe tenham sido oferecidas diversas e importantes posições no mundo científico da Alemanha. O primeiro trabalho de Roentgen foi publicado em 1870, tratando de aquecimento específico de gases, seguido alguns anos após por um artigo sobre a condutividade térmica dos cristais. Entre outros assuntos, estudou as

características elétricas do quartzo, a influência da pressão sobre os índices refratários de vários fluidos, a modificação dos planos da luz polarizada por influência eletromagnética, as variações das funções da temperatura e a compressibilidade da água e outros fluidos e os fenômenos relacionados com a dispersão de gotas de óleo na água. O nome de Roentgen, entretanto, está associado principalmente com sua descoberta dos raios que chamou de "raios-X", por desconhecer inicialmente sua natureza. Em 1895, Roentgen estudava os fenômenos que acompanhavam a passagem de uma corrente elétrica através de um gás de pressão extremamente baixa. Trabalhos anteriores neste campo já haviam sido desenvolvidos por Plucker, Hittorf, Varley,Goldstein, Crookes, Hertz and Lenardt. Em 8 de novembro de 1895, Roentgen trabalhava em seu laboratório em Wurzburg, na Baviera. O ambiente estava escurecido, uma vez que seus experimentos relacionavam-se com fenômenos luminosos e outras emissões geradas por descargas de correntes elétricas em tubos de vidro com vácuo. Estes tubos eram conhecidos como "tubos de Crookes", em homenagem ao cientista William Crookes. Roentgen estava interessado nos raios catódicos e na determinação de seu alcance, depois de emitidos pelos tubos de Crookes submetidos a descargas elétricas. Para surpresa do cientista, observou que o tubo recoberto por um cartão opaco foi submetido à descarga elétrica, um objeto em outro canto do laboratório brilhou, era um pedaço de papelão recoberto com platino-cianeto de Bário um écran primitivo, localizado distante do tubo de Crookes (aproximadamente 2 metros) para reagir à emissão de raios catódicos, tal como Roentgen imaginava. Imediatamente iniciou uma série de experimentos, colocando diversos materiais entre o tubo e o écran para testar os novos raios. Sabe-se que ele observou claramente os ossos de sua própria mão, enquanto segurava materiais próximos ao écran.

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É difícil para observadores atuais, acostumados com a imaginologia sofisticada atual, compreender a mistura de incredulidade e maravilha dos sentimentos experimentados pelo Cientista naquele dia histórico para a Humanidade. Nas últimas três décadas, entretanto ocorreram avanços importantes que se tornaram parte do arsenal do radiologista: o Ultra Som na década de 60, a Tomografia Computadorizada na década de 70, a Ressonância Nuclear Magnética na década de 80, A cintilografia ou medicina nuclear e a densitometria. No começo do século XX ocorreu uma revolução no meio médico, trazendo um grande avanço no diagnóstico por imagem. Desde esta época até os dias de hoje surgiram várias modificações nos aparelhos iniciais a fim de se reduzir a radiação ionizante usada nos pacientes, pois acima de certa quantidade é prejudicial à saúde. Assim foram surgindo tubos de Raios X, diafragmas para reduzir a quantidade de Raios X assim diminuindo a radiação secundária que, além de prejudicar o paciente, piorava a imagem final. Produção dos raios x A produção dos raios X é explicada do seguinte modo: os elétrons emitidos pelo catodo são fortemente atraídos pelo anodo, e chegam a este com grande energia cinética. Chocando-se com o anodo, e perdem a energia cinética, e cedem energia aos elétrons que estão nos átomos do anodo. Estes elétrons são então acelerados. E acelerados, emitem ondas eletromagnéticas que são os raios X. Já tínhamos visto que os raios X são ondas eletromagnéticas de comprimento de onda muito pequeno. Propriedade dos raios x Sendo ondas eletromagnéticas, os raios X possuem todas as propriedades gerais dessas ondas, que o leitor já conhece para o caso da luz: sofrem reflexão, refração, interferência, difração, polarização. Atravessam grandes espessuras de materiais. A facilidade maior ou menor com que os raios X atravessam as substâncias depende do comprimento de onda dos raios X, da espessura da substância e do seu peso atômico. Os raios X de menor comprimento de onda têm maior facilidade para penetrar nos corpos: são chamados raios X duros. Os de maior comprimento de onda penetram menos nos corpos: são chamados raios X moles. Atravessam com grande facilidade as substâncias de pequeno peso atômico, como por exemplo, os elementos fundamentais dos corpos orgânicos, carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio. As

substâncias pesadas são dificilmente atravessadas. Assim, o chumbo é usado frequentemente para barrar os raios X. Os raios X são usados em medicina para radiografias e para cura de certos tumores e certas moléstias de pele. A radiografia é uma fotografia tirada com raios X, em vez de ser tirada com luz. Os raios X podem exercer, sobre os tecidos, ações benéficas ou maléficas, conforme a dose com que são absorvidos. Assim como curam, também podem produzir doenças, como por exemplo, a doença de pele chamada radiodermite, muito perigosa porque pode se transformar em câncer.

Está provado que existe uma dose de raios X máxima que cada pessoa pode receber por semana. Qualquer pessoa pode ser submetida às doses compreendidas nesse limite máximo, sem perigo. Um fato perigoso se nota na quase totalidade dos hospitais e consultórios médicos que fazem aplicações de raios X, que os médicos e técnicos que trabalham com os aparelhos de raios X não controlam quanto de dose recebem durante o trabalho. Pois, assim como a luz que incide numa parede e se espalha por todas as direções, os raios X também se espalham quando encontram um obstáculo. Por causa disso, quando um técnico está manuseando o aparelho de raios X para fazer aplicação em outra pessoa, ele também recebe certa dose de raios X espalhada. Esses técnicos trabalham várias horas por dia, todos os dias, recebendo raios X, e quando não são controladas, suas vidas corre perigo. Embora eles se protejam com avental e luvas de chumbo, e óculos com vidro à base de chumbo, sempre recebem alguma dose.

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Atualmente, a aparelhagem de raio-X é altamente sofisticada; todavia, o método de produzir os raios-X, permanece basicamente o mesmo usado pelo próprio Roentgen. Uma corrente elétrica de alta voltagem passa através de um tubo com vácuo. Isto faz com que uma corrente de elétrons de um elemento metálico (catódio) aquecido eletricamente, atinja um alvo metálico (anódio), após passar contra o vácuo. Quando o feixe de elétrons colide com o anódio, são produzidos os raios-X. Os exames por imagem têm uma variedade de diferentes técnicas. Tais técnicas podem ser classificadas da seguinte forma: Métodos de exames por raio X: Raios-X simples; Raios-X contrastados; Raios-X por tomografia computadorizada. Outros métodos de exame por imagem Ultra-som Ressonância nuclear magnética Cintilografia (Medicina Nuclear) Métodos de Exames por Raios-X Os métodos de exames por raios-X são definidos da seguinte forma: Raios-X simples É o método no qual um feixe de raio-X passa através do paciente posicionado sobre uma placa radiográfica (chassis), e a quantidade de raios-X que passa pelo corpo do paciente impressiona o filme dentro da placa, com diferentes tonalidades de acordo com a densidade de cada estrutura. a) Radiodensidade como função da espessura

b) Radiodensidade como função da composição

c) A sombra projetada na película é a imagem do órgão.

Como na inspeção do paciente, também na inspeção de uma radiografia, devemos saber para o que estamos olhando. As características mais importantes para serem vistas em uma radiografia são: Densidade do osso; Relação entre os ossos; Solução na continuidade óssea; Contorno de um osso; Espessura da cartilagem articular; Modificações nos tecidos moles. Incidências em radiologia As incidências de rotina em um estudo radiológico são as seguintes: Antero-posterior – AP quando o raio-X incide na região anterior do paciente ou órgão a ser radiografado e o filme está localizado (região posterior) do mesmo. Ex.: Raio-X do abdome.

Póstero-anterior – PA quando o raio-X incide no paciente pela região posterior e o filme está posicionado na região anterior do mesmo. Ex.: raio-X póstero-anterior do tórax.

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Perfil ou lateral – P ou L: o paciente ou o membro a ser radiografado é posicionado no perfil absoluto e o raio-X incide lateralmente, impressionando a película radiográfica posicionada do outro lado.

Axial ou tangente: incidência onde o feixe de raio-X passa tangente a uma superfície ou espaço articular, imprimindo no filme, tumorações, saliências ou alterações de relevo articular. Ex.: Axial de 30, 60 e 90 graus da articulação fêmuro-patelar.

Oblíqua D e E: o paciente é posicionado com uma rotação corporal em 45 graus ou de acordo com o espaço articular a ser radiografado; a posição oblíqua pode ser realizada tanto em AP como em PA. Ex.: Oblíquas D e E da coluna lombar. Energia Conceito de Energia A energia é uma medida da capacidade de interação de um Sistema. A Unidade SI da energia é o Joule. Outras Unidades de Energia são: kVp, Joule, mA, eV... O que você tem em comum com o cachorro da vizinha, a TV, com postes de luz na rua e com um avião? Todos funcionam a base de energia. Ela faz com que tudo e todos trabalhem... A palavra “energia” é de origem grega, e significa “contém trabalho”. A energia aparece sob diversas formas, um raio de luz, uma cenoura, o sopro do vento, uma pilha de tijolos caindo sobre a sua cabeça... Sem energia, o mundo e todas as coisas teriam se transformado num pântano... Por que todas as coisas tendem seriamente a se igualarem, se tornarem “médias”... Por si só, as montanhas se desintegrariam nos mares... E os mares se encheriam com as montanhas desintegradas e se encontrariam na metade do caminho. Uma xícara de chá quente acalma e vai esfriando lentamente Cubos de gelo lentamente derretem até atingirem a temperatura ambiente Um recém nascido morre... A não ser que a energia para o processo. Tal coisa recebe o nome de lei de entropia crescente ou da máxima entropia. A primeira lei da termodinâmica é a lei da conservação e estabelece que, embora a energia não possa ser criada nem destruída, pode ser transformada de uma forma para outra. (Principio já expresso pelo matemático grego Pitágoras 500 a.C) ”Tudo muda nada é perdido”. “... Imagine que uma quantidade de calor é transformada em trabalho. Ao fazê-lo, não destruímos o calor, somente o transferimos para outro lugar ou, talvez, o tenhamos transformado em outra forma de energia.” Na verdade, tudo é feito de energia. Contornos, formas e movimentos de tudo que existe representam concentrações

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e transformações de energia. Tudo o que existe no mundo, do mais simples ao mais complexo, tenha ou não sido criado pelo homem – plantas, animais, os próprios seres humanos, sistemas, máquinas, instrumentos variados, pedras, edifícios, monumentos etc. – representam transformações de energia de um estado para o outro. Até recentemente, toda nossa energia vinha do sol direta ou indiretamente este astro produz muita energia, muito mais do que a raça humana pode esperar utilizar. Porém, para começar do início o primeiro homem e a primeira mulher tinham como fonte de energia somente a comida. Cansados de pular e correr para se esquentarem eles acenderam o fogo... E então, a madeira tornou-se o primeiro tipo de combustível. Todos se ajudavam generosamente, de modo que o fornecimento de energia parecia infindável... E lá pela era cristã, as florestas da África e do Oriente Médio tinha sido todas devastadas para se transformarem em combustível. Mas mudou-se para a Europa ocidental e passaram toda a idade média derrubando as florestas. Estranhamente, só começaram a limpar a América do norte na idade moderna e hoje ainda existem somente algumas florestas virgens na Sibéria e no Amazonas. Depois da madeira, veio o vento e com a água construíram moinhos, navios, moinhos movidos à água, bombas da água... Etc. Tudo muito bom, mas o vento também levou os navios dos paises civilizados para outras terras, onde os senhores civilizados pudessem saquear, escravizar e colonizar os chamados paises não civilizados. Foi o chamado comércio e assim iniciando a era de um novo combustível descoberto o carvão mineral e com a extração desse minério eclodiu a revolução industrial e o nascimento do capitalismo. Praticamente sem saída a humanidade viu o princípio do fim da energia vital que impulsionava o mundo. Mas foi através das pesquisas de vários cientistas de várias áreas que surgiu a descoberta de um novo tipo de energia. ENERGIA NUCLEAR Tipos de energia Podemos encontrar vários tipos de energia, dos quais se destacam duas categorias associadas ao movimento. Energia potencial (energia de posição) Energia cinética (energia do movimento) Que somadas nos dão à energia mecânica. Na categoria geral de energias do tipo potencial estão as energias que representam um potencial de interação armazenado por via de uma determinada posição relativa.

Estas energias podem ser libertadas e convertidas noutras formas de energia, alterando o estado do sistema. A energia potencial está associada a uma força restauradora (tende a puxar um objeto à sua posição inicial quando o objeto é deslocado). Dentro desta categoria encontramos: Energia gravitacional Energia elástica Energia eletrostática Energia térmica Energia química Energia nuclear Na categoria geral de energias do tipo cinético estão todas as energias relacionadas com um estado de movimento. Estas energias estão associadas a uma velocidade e, naturalmente, também podem ser convertidas noutras formas de energia. Fazem parte desta categoria: Energia cinética do movimento Energia do som Energia elétrica Energia térmica Energia da radiação Existem outras classificações de tipos de energia, como por exemplo, as energias obtidas a partir de combustíveis fósseis. E as energias renováveis ou alternativas, que compreendem os tipos de energia com um período de vida muito grande (muito maior que o das energias convencionais), ou com um período de renovação muito pequeno, perto da ordem de grandeza do período de utilização, ou, por outras palavras, tipos de energia que sejam alternativas às energias convencionais, nomeadamente, aos combustíveis fósseis. Atomística Um pouco de história Na Grécia antiga A idéia do átomo surgiu quando seus filósofos imaginaram a teoria de que uma partícula tão pequena que não pudesse ser mais dividida. Essa partícula recebeu o nome de átomo segundo a história, Leucipo foi o primeiro a conceber a idéia de pequenas partículas, cada vez menores, constituindo a matéria. Demócrito de Abdera, outro filósofo grego, discípulo de Leucipo, afirmava que o mundo material estava constituído

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de pequenas partículas o qual denominou átomo que significa: não tem partes. A = não Tomo = parte ou divisão Século XIX O modelo atômico proposto por John Dalton, no início do século XIX, era parecido com o dos gregos, a diferença básica é que as afirmações de Dalton eram baseadas em fatos experimentais enquanto que as dos gregos eram filosóficas. Tanto o modelo grego quanto o modelo de Dalton, o átomo era considerado como uma esfera maciça. Modelo atômico atual O modelo atômico atual aceita o átomo divido em: Núcleo (onde encontramos os prótons e neutros) Eletrosfera (onde encontramos os elétrons), a qual é distribuída em vários níveis energéticos. Toda a massa atômica esta concentrada praticamente, no núcleo atômico. A tabela a seguir apresenta as características principais dessas partículas. Partícula Massa relativa Carga relativa Prótons (p) 1 1 Nêutrons (n) 1 0

Elétrons (e) 1/1840 -1 ESTUDO DA ELESTROFERA CAMADA OU NÍVEL: É a região do átomo onde o elétron se move sem perder energia, indicando a distância que o elétron se encontra do núcleo, determinando assim a energia potencial do elétron. NÚMERO QUÂNTICO PRINCIPAL (n) Indica a camada em que o elétron se encontra.

CAMADA K L M N O P Q

n 1 2 3 4 5 6 7

Eletricidade

A eletricidade está presente a todo tempo ao nosso redor e até em nós mesmos. Na natureza a eletricidade pode ser observada no relâmpago, uma grande descarga elétrica produzida quando se forma uma enorme tensão entre duas regiões da atmosfera. No corpo humano também observamos a eletricidade: impulsos elétricos do olho para o cérebro. Nas células da retina existem substâncias químicas que são sensíveis à luz, quando uma imagem se forma na retina estas substâncias produzem impulsos elétricos que são transmitidos ao cérebro. Na Grécia antiga, Tales de Mileto fez algumas experiências com uma barra de âmbar (resina sólida fossilizada proveniente das árvores). Ele descobriu que, quando atritada com a pele de animal, a barra de âmbar adquire a propriedade de atrair pequenos pedaços de palha. A palavra eletricidade se origina do vocábulo elektron, nome grego do âmbar. Apesar das descobertas feitas pelos gregos, a eletricidade só teve seus conhecimentos sistematizados a partir da segunda metade do século XVIII. Eletricidade pode ser entendida como sendo o fenômeno resultante da interação das partículas que formam a matéria, em especial os elétrons. Eletrização, condutores e isolantes. Chamamos de condutores os corpos onde as partículas portadoras de carga elétrica conseguem se mover sem dificuldade, os corpos onde isso não acontece chamamos de isolantes. A eletrização é um fenômeno importante na eletricidade. Quando um corpo ganha elétrons dizemos que ele foi eletrizado negativamente, pois o número de elétrons no corpo é maior que o número de prótons no mesmo. E quando um corpo perde elétrons o número de prótons no corpo é maior que o de elétrons, então, dizemos que o corpo está eletrizado positivamente. Eletrização por atrito Na eletrização por atrito os corpos atritados ficam com cargas elétricas opostas, como por exemplo, o pedaço de flanela com cargas positivas e o bastão de vidro com cargas negativas. Eletrização por contato

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Na eletrização por contato os corpos ficam com a mesma distribuição superficial de cargas elétricas. Isto significa que se os corpos forem idênticos, eles terão a mesma carga elétrica. Eletrização por indução Dois corpos, A e B, sendo A positivamente eletrizado e B um corpo eletricamente neutro, são colocados próximos um do outro sem haver contato. As cargas positivas de A atraem as cargas negativas de B. Se aterrarmos o corpo B, as cargas elétricas negativas da terra vai se deslocar para o corpo B. Retirando o condutor que aterra o corpo B e só depois afastar o corpo A. Observamos então que o corpo B ficou negativamente eletrizado. Carga elétrica No núcleo do átomo estão os prótons e os nêutrons, e girando em torno deste núcleo estão os elétrons. Um próton em presença de outro próton se repele, o mesmo ocorre com os elétrons, mas entre um próton e um elétron existe uma força de atração, como no exemplo do âmbar e da palha. Desta maneira, atribuímos ao próton e ao elétron uma propriedade física denominada. CARGA ELÉTRICA. Diferença de potencial (ddp) Considere um aparelho que mantenha uma falta de elétrons em uma de suas extremidades e na outra em excesso. Este aparelho é chamado gerador e pode ser uma pilha comum. A falta de elétrons em um pólo e o excesso em outro origina uma diferença de potencial (ddp). Um aparelho elétrico só funciona quando se cria uma diferença de potencial entre os pontos em que estiver ligado para que as cargas possam se deslocar. Graças à força do seu campo eletrostático, uma carga pode realizar trabalho ao deslocar outra carga por atração ou repulsão. Essa capacidade de realizar trabalho é chamada potencial. Quando uma carga for diferente da outra, haverá entre elas uma diferença de potencial. A soma das diferenças de potencial de todas as cargas de um campo eletrostático é conhecida como força eletromotriz. A diferença de potencial (ou tensão) tem como unidade fundamental o volt(V). Corrente Elétrica

A corrente elétrica é um fluxo de elétrons que circula por um condutor quando entre suas extremidades houver uma ddp. Esta diferença de potencial chama-se tensão. A facilidade ou dificuldade com que a corrente elétrica atravessa um condutor é conhecida como resistência. Esses três conceitos: corrente, tensão e resistência estão relacionadas entre si, de tal maneira que, conhecendo dois deles, pode-se calcular o terceiro através da Lei de Ohm. Conhecendo as unidades de medida. DDP ou tensão é medida em Volts (V) Corrente elétrica é medida em Amperes (A) Resistência em Ohms (ohm). Lei de Coulomb Outra contribuição para a Eletricidade foi dada por Coulomb. Charles Augustin Coulomb desenvolveu uma teoria que chamamos hoje de Lei de Coulomb. Ele estudou a força de interação entre as partículas eletrizadas, sabemos hoje que as partículas de mesmo sinal se repelem e as de sinais opostos se atraem. Física básica das radiografias convencionais O que é o raio-X? O raio-X é uma onda eletromagnética, como a luz visível, as ondas de rádio, os raios infravermelhos, e os raios ultravioletas. As ondas eletromagnéticas têm como características: a sua freqüência e o seu comprimento de onda, sendo estas duas características inversamente proporcionais, ou seja, quanto maior a freqüência menor o comprimento de onda. A energia de uma onda é diretamente proporcional à sua freqüência. Como o raio-X é uma onda de alta energia, o seu comprimento de onda é muito curto da ordem de 10–12µ e sua freqüência é da ordem de 1016 Hz. O comprimento de onda do raio-X está próximo do raio-y, que é radioativo. Com este comprimento de onda muito curto, estes raios tem a capacidade de penetrar na matéria, o que possibilita sua utilização no estudo dos tecidos do corpo humano. Como é feita a produção do raio-X? Raios-X são produzidos ao se liberar energia no choque de elétrons de alta energia cinética contra uma placa de metal. Para tais efeitos utiliza-se um tubo de raio-X que consiste num tubo de vidro fechado é mantido o vácuo com 2 eletrodos de tungstênio (diodo), um ânodo (pólo positivo) e um cátodo (pólo negativo). O cátodo consiste num filamento de tungstênio muito fino que esquenta com a

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passagem de corrente elétrica de alta voltagem. Com isto os elétrons do tungstênio adquirem suficiente energia térmica para abandonar o cátodo (emissão termiônica). Devido à alta voltagem cria-se também uma diferença de potencial entre os eletrodos o que faz que os elétrons emitidos pelo filamento de tungstênio sejam acelerados em direção ao ânodo (pólo positivo). A energia cinética dos elétrons depende da voltagem entre os eletrodos: quanto mais alta a voltagem maior a energia cinética. O ânodo está revestido por tungstênio e funciona como alvo para os elétrons.

No choque dos elétrons com o alvo de tungstênio a maioria da energia cinética destes é transformada infelizmente em calor, mas uma pequena parte produz raios-X através de 4 fenômenos: Radiação característica, Radiação de freamento ou frenagem “Bremsstrahlung” Choque nuclear Formação de pares. A radiação característica ocorre quando o elétron em movimento choca-se com um elétron da camada interna do átomo do alvo de tungstênio e o desloca essa energia adquirida ao deslocar-se do cátodo para o ânodo é maior que a energia de ligação da camada eletrônica, com isso a camada de energia que este elétron do átomo ocupava fica

vaga. Este átomo agora ionizado precisa se estabilizar. Para isto um elétron de uma camada mais externa migra para a vaga na camada de energia interna, liberando neste processo uma determinada quantidade de energia (fótons) na forma de raios-X. Esta energia corresponde à diferença entre as energias de ligação das duas camadas (a externa, que o elétron ocupava, e a mais interna que ele passou a ocupar). O fenômeno é chamado de radiação característica, já que essa energia das camadas é particular de cada elemento (poderíamos descobrir qual é o elemento do alvo a partir da análise das energias dos fótons de Raios X produzidos pela radiação característica). No entanto a chance deste fenômeno (radiação característica) ocorrer não é muito grande.

Na radiação de freamento, ou efeito de “Bremsstrahlung”, o elétron em movimento tem sua trajetória desviada pela positividade do núcleo. Este desvio de trajetória é acompanhado por uma desaceleração o que faz que parte da energia cinética do elétron seja emitida como fóton de raio-X, que será a maior energia (maior freqüência) quanto maior for o ângulo de desvio da trajetória e quanto mais próximo estiver este elétron do núcleo. A desaceleração tem pouca chance de ocorrer em regiões próximas ao núcleo, devido à densidade nuclear. Assim, a maioria dos elétrons sofre interações distantes do núcleo e produzem fótons de baixa energia, agora não mais numa faixa de energia característica, mas sim numa variação constante, dependendo do co-seno do ângulo do desvio. A probabilidade de esse fenômeno ocorrer também é pequena, porém tende a ser a maior fonte dos fótons de raios-X em relação aos dois outros fenômenos.

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Fenômeno de Bremsstrahlung (desaceleração)

No choque nuclear, o elétron choca-se com o núcleo e produz um fóton de alta energia. Nesse caso, 100% da energia que ele adquiriu acelerando do cátodo para o ânodo são transformadas em fótons de raio-x. A Formação de Pares é uma das formas mais importantes da radiação eletromagnética de alta energia ser absorvida é a produção de par. O que é o tubo de raio-X? Os tubos de raio-X são formados por um tubo de vidro revestido por uma camada de óleo e chumbo, no seu interior há um filamento de tungstênio, um alvo de tungstênio e vácuo. O tungstênio é o material escolhido para este fim, pois tem um número atômico e um ponto de fusão alto e não derrete com o calor (ponto de fusão acima de 3.000 °C). É importante utilizar um material com estas características, pois parte da energia produzida dentro do tubo de raio-X é na forma de calor. O alvo de tungstênio no quais os elétrons irão chocar-se está em movimento (na verdade, é um disco em rotação) para que a área que está recebendo o choque com o feixe de elétrons seja constantemente mudada o que

distribui o efeito do bombardeio em torno da margem do alvo, possibilitando certo resfriamento. O tubo de vidro é revestido por chumbo, que por ser um material muito denso, tem grande absorção dos raios-X, e entre o vidro e o chumbo há uma camada de óleo para resfriá-lo. No tubo de raio-X há uma só abertura não revestida de chumbo e na qual são emitidos os raios-X na forma de um feixe piramidal (em forma de cone) que consegue “escapar” do tubo. Como descrito, os fótons são produzidos em todas as direções, porém só existe um lugar para que “escape” do tubo, e essa abertura são utilizados para direcionar o feixe. A corrente do filamento de tungstênio utilizada no tubo de raio-X é medida em miliampere (mA), e a diferença de potencial entre o pólo positivo e negativo é dada em kilovoltagem (geralmente de 35 a 150 kV). As características de kV e mA é que darão o brilho e o contraste da imagem obtida. Finalmente, o vácuo no tubo de raio-X é importante para evitar o choque dos elétrons com moléculas de gás, o que teria como efeito a desaceleração dos elétrons antes destes chegarem ao alvo (ânodo de tungstênio).

Esquema da Ampola de ânodo giratório

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Como é a interação do raio-X com a matéria? Na obtenção da imagem por raio-X dois tipos de interação entre o raio-X e a matéria são importantes: o efeito fotoelétrico e o efeito Compton. Aqui, diferente da produção de raio-X vista acima, é o fóton que vai interagir com o átomo do organismo que se quer estudar (ou melhor, produzir uma imagem). O efeito fotoelétrico ocorre quando um fóton de raio-X choca-se com um elétron de um átomo e desloca-o de sua camada orbitária no átomo. Com a perda do elétron, o átomo fica ionizado. Nesta situação toda a energia do fóton de raio-X é utilizada para deslocar o elétron. Este efeito é muito acentuado nos materiais muito densos como, por exemplo, no chumbo e depende do número atômico do elemento.

O efeito Compton neste caso o fóton aproxima-se do átomo, choca-se com um elétron orbitário pode ou não arrancá-lo da camada orbitária, dependendo da energia envolvida, mas o que é fundamental: não cede toda a sua energia e neste caso o fóton do raio-x é desviado de sua trajetória. Nesta nova trajetória ele pode interagir com outros átomos e sofrer de novo desvia de sua trajetória. No final, a trajetória deste fóton não é retilínea. Como a obtenção das imagens de raio-X depende da diferença de densidade entre as diversas estruturas, e do arranjo linear entre a fonte e o local de detecção (como a sombra de uma lâmpada). Uma trajetória não retilínea resulta em um prejuízo na interpretação das diferenças de densidade e borramento do contorno (imagine que mais que uma lâmpada ilumine um objeto, de forma a produzir mais que um limite da sua sombra).

Como é obtida a imagem de raio-X? A imagem de radiografia convencional depende dos fótons resultantes da interação com o objeto que dependem por sua vez da espessura do objeto e da capacidade deste de absorver raios-X. A detecção dos raios-X é feita através de um filme semelhante ao filme fotográfico. Este filme é composto de sais de prata (AgBr, AgI). Quando sensibilizado por um fóton de raio-X ou pela luz visível, o cátion de prata (íon positivo) acaba sendo neutralizado e vira metal (Ag0), e escurece. Por outro lado, o sal de prata que não foi sensibilizado pelo raio-X ou pela luz fica transparente. Os filmes normalmente são compostos de camadas de plástico (poliéster) protegidas da luz. O uso de camadas de prata recobrindo as duas superfícies do plástico aumenta a sensibilidade do filme aos raios-x. Resumindo a obtenção de imagens radiográficas: o feixe de raios-X piramidal vai atravessar o objeto que no nosso caso é o paciente. De acordo com as densidades das diversas estruturas que foram atravessadas pelo raio-X, haverá maior ou menor absorção destes raios. A resultante após a interação dos raios-X com o paciente é que irá sensibilizar o filme radiográfico, que dará a imagem final. É importante saber que as diferenças de densidade determinam as características radiológicas dos diferentes materiais e estruturas. Assim materiais densos como os metais absorvem muito os raios-X, pois tem um número atômico muito alto. Por outro lado, o ar, com densidade atômica e número atômico baixos não absorve os raios-x. Assim, temos em ordem crescente 5 densidades radiológicas básicas: ar, gordura, água, cálcio e metal. Quais os efeitos biológicos do raio-X? No início da descoberta dos raios-X não eram conhecidos os seus efeitos biológicos e não eram tomados os cuidados de proteção radiológica. Muitos foram os casos de dermatite actínica e mesmo outras doenças como leucemia e aplasia de medula.

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O efeito biológico dos raios-X sobre as células vivas inclui um efeito letal sobre elas (entre várias formas de lesões menores, como mutação). Este efeito é que é utilizado na radioterapia para o controle de tumores e está relacionado especialmente a altas doses de radiação. Há ainda efeitos comprovados de teratogênese devido a mutações, efeitos sobre os órgãos genitais, olhos, tiróide e medula óssea. O efeito da radiação é cumulativo e pequenas doses são acumuladas ao longo da vida, por isso, limites de exposição devem ser respeitados e a superexposição deve ser evitada. Esquema da Ampola de Crookes

Quem construiu e idealizou a primeira ampola de raios catódicos? Sir William Crookes

A qual Crookes estudava os raios catódicos que por sua vez idealizarão atualmente. O que são raios catódicos? Os raios catódicos são elétrons, que são arrancados do catodo por causa da diferença de potencial “ddp” existente entre o catodo e o anodo, e são atraídos pelo anodo. Saiba a utilização dos raios catódicos (elétrons) no nosso dia-a-dia Televisão O tubo de imagem dos televisores é uma ampola de Crookes (alto vácuo) com certas adaptações. Os raios catódicos

incidem na superfície interna do vidro, que é revestida com tinta fluorescente. Durante a descarga, a tela fica iluminada. Lâmpada Fluorescente A lâmpada fluorescente contém vapor de mercúrio (Hg) como gás residual. A parede interna do vidro da lâmpada é revestida de tinta fluorescente. Pela descarga no interior da lâmpada aparece a luz visível. (Lembrando que as lâmpadas fluorescentes são aquelas "brancas", chamadas também de lâmpadas frias). Importância dos Raios X Radiodiagnóstico - possibilidade de avaliar estruturas do corpo do indivíduo sem uso de técnicas invasivas como cirurgias exploratórias Radioterapia - tratamento de neoplasias. Propriedades dos Raios X Os raios X são produzidos quando elétrons em alta velocidade, provenientes do filamento aquecido, chocam-se com o alvo (anodo) produzindo radiação. O feixe de raios X pode ser considerado como um “chuveiro” de fótons distribuídos de modo aleatório. Os raios X possuem propriedades que os tornam extremamente úteis. 1. Enegrecem filme fotográfico; 2. Provocam luminescência em determinados sais metálicos; 3. É radiação eletromagnética ionizante, portanto não são defletidos por campos elétricos ou magnéticos, pois não tem carga; 4. Tornam-se “duros” (mais penetrantes) após passarem por materiais absorvedores; 5. Produzem radiação secundária (espalhada) ao atravessar um corpo; 6. Propagam-se em linha reta em todas as direções e na mesma velocidade da luz. 7. Atravessam um corpo tanto melhor, quanto maior for à tensão (voltagem) do tubo (kV); 8. No vácuo, propagam-se com a velocidade da luz. 9. Por não possuírem massa atravessam os corpos. 10. Produzem ionização por onde passam e impressionam filmes fotográficos. 11. Estimulam substâncias fluorescentes como o platino cianeto de bário e o sulfato de zinco. 12. Podem afetar células vivas, produzindo alterações somáticas e ou genéticas.

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O efeito da quilovoltagem (kV) É a passagem da corrente de alta tensão através de uma ampola de RX que resulta na produção de radiação. Quanto maior a kV, mais rapidamente os elétrons viajarão, maior a quantidade de energia liberada no impacto e menor os comprimentos de onda dos RX produzidos. Quanto maior o comprimento de onda, maior a força de penetração do feixe, afetando a qualidade da radiografia. Qualidade dos Raios: 40 a 60 kV / 0,5 A = raios moles 60 a 80 kV / 0,45 A = raios médios 80 a 100 kV / 0,4 A = raios duros Em radiodiagnóstico, os mais utilizados estão na faixa dos raios médios. Efeito da miliamperagem A quantidade de corrente que viaja através de uma ampola durante uma exposição depende do número de elétrons disponíveis A corrente da ampola (medida em miliampere) está diretamente relacionada com a quantidade de RX produzida No entanto, a quantidade de raios X produzida também depende da duração da exposição (mAs) A densidade da radiação é INVERSAMENTE proporcional à distância, visto que, os raios sendo divergentes, à medida que se afastam do objeto, menor é a quantidade de raios provenientes do foco que atingem este objeto e consequentemente o filme, assim produzindo imagem menos nítida. Posicionamento importante para evitar distorção da imagem A qualidade depende principalmente: O objeto a ser radiografado, precisa estar colocado junto ao filme, para que a imagem seja próxima ao tamanho real; A fonte de RX deve ser a menor possível e mais puntiforme possível, para se obter imagens mais nítidas; Os Raios X devem incidir perpendicularmente ao objeto a ser radiografado A formação da imagem radiográfica depende da impregnação do filme por sais de prata após a passagem da radiação. A precipitação determina imagens negras A não precipitação determina imagens brancas Densidades Radiológicas Quanto maior o peso atômico, maior dificuldade terão os raios para ultrapassar o corpo.

Quanto maior a espessura, maior dificuldade terá a radiação para ultrapassar o corpo. Maior densidade da matéria requer maior poder de penetração dos raios Densidade OSSO - radiopaco (branco) Densidade ÁGUA (cinza claro) Densidade GORDURA (cinza mais escuro) Densidade AR - radiotransparente (preto) Efeito de Adição de Imagem: quando estruturas de mesma densidade se sobrepõem (ex.: dois ossos determinam imagem mais radiopaca) Efeito de subtração: quando estruturas de densidades diferentes se sobrepõem (ex.: gás em duodeno sobreposto a imagem do fígado determina imagem menos radiopaca) Radiografia de articulação do carpo em projeção oblíqua – efeito de adição Proteção Radiológica Radiologistas, técnicos e auxiliares devem sempre usar avental e luvas plumbíferas, Dosímetros para medir a radiação recebida e quando possível proteger-se atrás de biombo de chumbo ou paredes espessas. Colima-se o feixe de radiação através de cones ou diafragmas dirigindo-o para o chão e utiliza-se maior kV e menor mAs. Radioproteção A principal regra da proteção radiológica esta na seguinte lei: LEI DO INVERSO DO QUADRADO DA DISTÂNCIA A distância interfere na intensidade da radiação e influência fatores como o tempo de exposição, mA, mAs e kV. “A intensidade da radiação decresce proporcionalmente ao inverso do quadrado da distância” Principio ALARA ou Principio de Otimização ALARA (As Low As Reasonably Achievable) é um acrônimo para a expressão. “Tão baixo quanto razoavelmente exeqüível”. Este é um princípio de segurança de radiação, com o objetivo de minimizar as doses a pacientes e trabalhadores e os lançamentos de resíduos de materiais radioativos empregando todos os métodos razoáveis.

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Bases para ALARA A filosofia atual de segurança da radiação é baseada no pressuposto conservador de que a dose de radiação e seus efeitos biológicos sobre os tecidos vivos são modelados por uma relação conhecida como “hipótese linear”. A afirmação é que cada dose de radiação de qualquer magnitude pode produzir algum nível de efeito prejudicial que pode se manifestar como um risco aumentado de mutações genéticas e câncer. O principio ALARA é usado como base para orientar todas as etapas do uso médico de radiação, os projetos de instalações dos equipamentos de irradiação e os procedimentos de proteção. Implementação do programa ALARA Um programa ALARA eficaz só é possível quando um compromisso com a segurança é feito por todos os envolvidos. As diretrizes e regulamentos não exigem apenas aderência aos limites de dose legal para o cumprimento regulamentar, mas também a investigação das doses que servem como pontos de alerta para o início de uma revisão do trabalho prático de um trabalhador de radiação. Redução de Exposições de Radiação Externa Os três princípios fundamentais do programa ALARA são: Tempo – minimizando o tempo de exposição direta, reduz-se a dose de radiação; Distância – dobrando a distância entre o corpo e a fonte de radiação, a exposição à radiação será dividida por um fator quatro; Blindagem – materiais de absorção utilizando chumbo para raios X e raios gama são uma forma eficaz de reduzir a exposição à radiação. Interpretação Radiológica Avaliar padrão radiográfico e posicionamento Mudança de posição de um órgão ou parte dele Variação no tamanho Variação no contorno ou forma Alteração na densidade Alteração na função Mudança na arquitetura radiográfica Principais tamanhos de filmes: 18x24 24x30 30x40 35x35 35x43

Efeitos determinísticos e estocásticos Efeitos determinísticos São efeitos em que a probabilidade de ocorrência é proporcional à dose de radiação recebida, sem a existência de limiar. Isto significa que doses pequenas, abaixo dos limites estabelecidos por normas e recomendações de radioproteção, podem induzir tais efeitos. Entre estes efeitos, destaca-se o câncer. A probabilidade de ocorrência de um câncer radioinduzido depende do número de clones de células modificadas no tecido ou órgão, uma vez que depende da sobrevivência de pelo menos um deles para garantir a progressão. O período de aparecimento (detecção) do câncer após a exposição pode chegar até 40 anos. No caso de leucemia, a freqüência passa por um máximo entre 5 e 7 anos, com período de latência de 2 anos. Consistem na imediata relação “causa e efeito” entre a exposição de um organismo a uma alta dose de radiação ionizante e os sintomas atribuídos à perda das funções de um tecido biológico. Em geral, trata-se aqui de um período de tempo curto (de algumas horas), em função da gravidade do dano causado. Efeitos estocásticos São efeitos causados por irradiação total ou localizados de um tecido, causando um grau de morte celular não compensado pela reposição ou reparo, com prejuízos detectáveis no funcionamento do tecido ou órgão. Existe um limiar de dose, abaixo do qual a perda de células é insuficiente para prejudicar o tecido ou órgão de um modo detectável. Isto significa que, os efeitos determinísticos, são produzidos por doses elevadas, acima do limiar, onde a severidade ou gravidade do dano aumenta com a dose aplicada. A probabilidade de efeito determinístico, assim definido, é nula para valores de dose abaixo do limiar, e 100% acima. Exemplos de efeitos determinísticos na pele, são: eritema e descamação seca para dose entre 3 e 5 Gy, com sintomas aparecendo após 3 semanas; descamação úmida acima de 20Gy, com bolhas após 4 semanas; necrose para dose acima de 50Gy, após 3 semanas. Como outros exemplos citam-se como efeitos determinísticos, a esterilidade temporária ou permanente, a opacidade das lentes, catarata, e depressão do tecido hematopoiético para exposições únicas e fracionada. São não aparentes, aos quais são associados períodos de latência da ordem de meses ou anos. Devido a esse grande intervalo de tempo, a relação “causa e efeito” é bem menos definida.

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Isso porque os efeitos estocásticos são geralmente associados à exposição a baixas doses de radiação. Esta pode ser entendida como decorrente da exposição a uma dose única (como a uma chapa de raios X) ou a uma dose “crônica” (devido, por exemplo, à radiação natural de fundo). Efeitos somáticos Surgem do dano nas células do corpo e o efeito aparece ns própria pessoa irradiada. Dependem da dose absorvida, da taxa de absorção da energia da radiação, da região e da área do corpo irradiada. Efeitos genéticos ou hereditários São efeitos que surgem no descendente da pessoa irradiada, como resultados do dano produzido pela radiação em células dos órgãos reprodutores, as gônadas. Tem caráter cumulativo e independe da taxa de absorção da dose. Efeitos imediatos e tardios Os primeiros efeitos biológicos causados pela radiação, que ocorrem num período de poucas horas até algumas semanas após a exposição, são denominados de efeitos imediatos, como por exemplo, a radiodermite. Os que aparecem depois de anos ou mesmo décadas, são chamados de efeitos retardados ou tardios, como por exemplo, o câncer. Se as doses forem muito altas, predominam os efeitos imediatos, e as lesões serão severas ou até letais. Para doses intermediárias, predominam os efeitos imediatos com grau de severidade menor, e não necessariamente permanentes. Poderá haver, entretanto, uma probabilidade grande de lesões severas a longo prazo. Para doses baixas, não haverá efeitos imediatos, mas há possibilidade de lesões a longo prazo. Os efeitos retardados, principalmente o câncer, complicam bastante a implantação de critérios de segurança no trabalho com radiações ionizantes. Não é possível, por enquanto, usar critérios clínicos porque, quando aparecem os sintomas, o grau de dano causado já pode ser severo, irreparável e até letal. Por enquanto, utilizam-se hipóteses estabelecidas sobre critérios físicos, extrapolações matemáticas e comportamentos estatísticos. Radiação primária O feixe de raios X que sai do gerador e incide sobre o paciente e o filme é chamado de feixe primário. Ele se projeta em linha reta obedecendo à divergência do raio a

partir do foco, e normalmente tem sua largura definida por meio de diafragmas. Nunca fique na direção de um feixe primário Radiação secundária Quando o feixe de radiação primária interage com um material qualquer (corpo do paciente, mesa, piso, etc.) a radiação é espalhada em todas as direções se constituindo no que chamamos radiação secundária. Efeito anódico Descreve um fenômeno no qual a intensidade da radiação emitida da extremidade do catodo do campo de raios X é maior do que aquela na extremidade do anodo. Isso é devido ao ângulo da face do anodo, de forma que há maior atenuação ou absorção dos raios X na extremidade do anodo. A diferença na intensidade do feixe de raios X entre catodo e anodo pode variar de 30% a 50%. Na realização de estudos radiológicos do fêmur, perna, úmero, coluna lombar e torácica deve-se levar em conta a influência do efeito anódico na realização das incidências radiológicas pertinentes a estes estudos.

Unidades e Grandezas das Radiações Atividade (A) Atividade de um radionuclídeo é a quantidade que exprime o grau de radioatividade ou o potencial de produção de

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radiação de uma determinada quantidade de material radioativo. A unidade de Atividade é o Curie (Ci). Originalmente foi definido como a quantidade de material radioativo que se desintegra com a mesma velocidade que um grama de rádio puro. Posteriormente foi definida mais rigorosamente como a quantidade de material radioativo em que se desintegram 3,7 x 1010 átomos por segundo. A unidade de Atividade no Sistema Internacional (SI) é o becquerel (Bq). É a quantidade de material radiativo em que um átomo se transforma por segundo. 1 Ci = 37g Bq Atividade específica é a relação entre a massa de material radioativo e a Atividade. Exprime-se pelo número de Ci ou Bq por unidade de massa ou de volume. Radionuclídeos São os isótopos radioativos têm grande importância nos procedimentos de medicina nuclear. Os radionuclídeos foram descobertos no final de século XIX, mais precisamente no ano de 1896 por Henry Becquerel. Becquerel observou que sais de urânio à semelhança dos raios X, que haviam sido descobertos por Wilhelm Conrad Roentgen em 1895, emitiam radiações que eram capazes de promover a ionização de gases e de impressionar chapas fotográficas. Os radionuclídeos são empregados em ciências biomédicas como fontes de radiação ou como marcadores radioativos. Dose absorvida (D) É uma medida da energia depositada num meio. É a energia depositada por unidade de massa do meio. Exprime a quantidade de energia que uma radiação ionizante comunica a uma determinada quantidade de matéria. Uma unidade especial para a dose absorvida é o RAD (Radiation Absorbed Dose ou Dose Absorvida de Radiação). Define-se como uma dose de 100 erg de energia por grama de matéria. No SI (Sistema Internacional) a sua unidade é J/kg a que foi dado o nome de gray (Gy). Um gray é a absorção de 1 J de radiação por 1 kg de matéria. 1 Gy = 1 J/kg = 1 m2 · s–2 Dado que 1J = 107 ergs 1 kg = 1000gr 1Gy = 10 7.10-3 erg/g = 10 4 erg/g = 100 RAD, Erg?

Unidade de medida de energia e trabalho do sistema CGS, correspondente ao trabalho produzido por uma força dinâmica ao impelir um corpo a 1cm de distância. (107ergs equivalem a 1 joule) Joule? Unidade de trabalho, de energia e de quantidade de calor equivalente ao trabalho realizado por uma força constante de 1 Newton, cujo ponto de aplicação se desloca da distância de um metro na direção da força. Símbolo J. Newton? Unidade de medida de força do Sistema Internacional, equivalente à força que transmite uma aceleração de um metro por segundo a um corpo com massa de um quilograma. Símbolo N. Dose equivalente (H) A dose equivalente (H) é uma medida da dose de radiação num tecido. Esta grandeza tem maior significado biológico que a dose absorvida, pois permite relacionar os vários efeitos biológicos de vários tipos de radiação. A sua unidade no Sistema Internacional é Sievert (Sv). O nome foi dado em homenagem ao médico sueco Rolf Maximilian Sievert (1896 – 1966) que estudou os efeitos biológicos da radiação. 1 Sv = 1 J/kg = 1 m2 ·s –2

Fatores de qualidade (Quality factors) (QF) A mesma dose absorvida pode produzir efeitos biológicos diversos. O risco para a saúde da exposição a uma dada radiação é expresso por fatores de qualidade QF. A dose equivalente obtém-se multiplicando a dose absorvida pelo fator de qualidade. Os fótons gama rápidos têm um fator de qualidade igual a 1, enquanto as partículas alfa têm fatores de qualidade próximos de 20. As partículas alfa podem ter um efeito destrutivo 20 vezes superior às partículas beta, para a mesma dose absorvida. Dose de radiação – Unidades antigas Exposição (X) O Roentgen (R) é uma unidade de exposição a radiações ionizantes. O nome foi dado como homenagem ao físico alemão Wilhelm Conrad Roentgen (1845 – 1923) que descobriu os raios X. É a quantidade de radiação necessária para libertar cargas positivas e negativas de uma unidade eletrostática de carga

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num centímetro cúbico de ar a pressão e temperatura normal. A unidade eletrostática de carga (statC) é a unidade de carga elétrica no sistema cgs de unidades. No Sistema Internacional a unidade de carga elétrica é o Coulomb (C). 1 statC = 3.3356 × 10-10 C Especificamente, o Roentgen é a quantidade de radiação necessária para produzir 1,610. 1012 pares de íons num centímetro cúbico de ar seco a 0ºC.

O Roentgen aplica-se apenas a radiações X e gama, no ar, até 3MeV. O Roentgen foi substituído pelo gray. 1 Gy = 100R. O rem (Roentgen Equivalent Man) (rem) é uma unidade de dose de radiação. O rem foi substituído pelo Sievert. 1 Sv = 100rem

Quadro – resumo

Grandeza Unidade antiga ou especial Unidade SI Equivalência Atividade (A) Ci (Curie) Bq (becquerel) 1 Ci = 37 G Bq Exposição (X) R (roentgen) Gy (gray) 1 Gy = 100 R Dose de radiação Rem (roentgen equivalente man) Sv (sievert) 1 Sv = 100 rem Dose absorvida (D) Rad (Radiation Absorbed Dose) Gy (gray) 1 Gy = 100 rad Dose equivalente (H) Sv (sievert)

T�cnicas para c�lculos de kV – mAs – mA

T�cnica de MaronkV = E x 2 + CF + 20Onde:E – espessura da regi�o a ser radiografada2 – rela��o num�rica de kV necess�rios para cada cm de espessuraCF – � a constante do filme ou grau de dureza em kV de acordo com o tamanho dos cristais de haleto de prata da emuls�o do filme (sensibilidade do filme).20 – uma constante que expressa um valor m�nimo de penetra��o (densidade)

Exemplo:Calcular o kV para uma regi�o com espessura de 15cm, utilizando-se um filme Sakura.

kV = E x 2 + CF + 20kV = 15.2 + 8 + 20kV = 30 + 8 +20kV = 58

T�cnica de MikissuNesta t�cnica n�o � utilizada a constante do filme, mas utiliza-se a constante K (constante do aparelho). Desta forma, o c�lculo � feito da seguinte maneira:

kV = E x 2 + KOnde: E – espessura da regi�o a ser radiografada2 – rela��o num�rica de kV necess�rios para cada cm de espessura.K – constante do aparelho (depende do tipo de aparelho)

Exemplo: Calcule o kV necess�rio para radiografar uma regi�o com 9cm de espessura, sabendo que a constante do aparelho � igual a 40.kV = E x 2 + KkV = E x 2 + 40kV = 9.2 + 40kV = 18 + 40kV = 58C�lculo de miliamperagem (mAs)

Existem duas maneiras para efetuarmos esse c�lculo:a) Conhecendo a mA e o tempo de exposi��o.b) Conhecendo a constante do aparelho e a constante miliamperim�trica de Maron (CM).

Caso (a)mAs = mA . t

Exemplo:Calcule a mAs para os seguintes casos:a) 150mA e 0,02sb) 250mA e 0,04sc) 200mA e 0,01sd) 300mA e 0,03s

Resolu��o:mAs = mA . ta) mAs = 150 . 0,02 mAs = 3b) mAs = 250 . 0,04 mAs = 10c) mAs = 200 . 0,01 mAs = 2d) mAs = 300 . 0,03 mAs = 9

DICA PR�TICA� importante lembrar que mA e o tempo s�o inversamente proporcionais, isto significa que, se aumentarmos a mA, devemos diminuir o tempo de exposi��o, para mantermos o mesmo mAs.Exemplo:200mA t = 0,03smAs = mA . tmAs = 200 . 0,03mAs = 6Alterando o mA para 300, vamos manter o mesmo mAs, ent�o:6 = 300 . tt = 6 � 300t = 0,02sFacilmente verificamos neste exemplo que, quando se aumenta a mA, � preciso diminuir o tempo para que a mAs mantenha-se a mesma.

Caso (b) mAs = kV . CMNeste caso, precisa-se conhecer o valor da CM o qual depende da regi�o que ser� radiografada, em m�dia, os valores da CM s�o os seguintes:

Regi�o a ser radiografada CMT�rax PA e Contrastes negativos 0,1 a 0,2M�sculos e V�sceras 1,5Ossos e Contrastes positivos 1,7 a 2,0Demais partes 0,4 a 0,5

Exemplo:T�rax PA com espessura de 15cm K = 35 CM = 0,1Ent�o:kV = E x 2 + KkV = 15 . 2 + 35kV = 65

mAs = kV . CMmAs = 65 . 0,1mAs = 6,5

Artifício (Dica prática)Na pr�tica costuma-se aumentar 10kV ao valor do kV calculado e, quando isto � feito, precisamos dividir a mAs por um fator 2. O artif�cio n�o deve ser usado em mamografia, ortopedia e concursos.Neste caso temos:kV = 65 + 10kV = 75mAs = 6,5 � 2mAs = 3,25Arredondando a mAs para menos temos: mAs = 3Conclus�o:T�rax PAEspessura 15cm, CM = 0,1 K = 3575kV – 3mAS

M�o adultoEspessura = 4cm CM = 0,5 K = 35kV = 4 . 2 + 35kV = 43mAs = 43 . 0,5mAs = 22,5Aumentando o kV em 10, temos:kV = 53

Como aumentando o kV em 10, temos que dividir mAs por 2. logo:mAs = 22,5 � 2mAs = 11,25mAs = 11

Conclus�o:M�o adultoEspessura 4cm CM = 0,5 K = 35kV = 53 mAs = 11

Supondo que para o caso de t�rax PA, usando 200mA. Nesta condi��o, qual ser� o tempo de exposi��o?Resolu��o:t = mAs � mAt = 3 � 200t = 0,0015sPara este caso, a t�cnica seria a seguinte:kV = 75mAs = 3mA = 200t = 0,0015s

Técnica geral de cálculo

Cálculo da tensão (kV)Corrente por segundo (mAs)

A f�rmula dos fatores de exposi��o radiogr�fica � uma ferramenta �til para a obten��o dos valores aproximados da tens�o (kV) e da corrente por segundo (mAs) necess�rias em uma exposi��o radiogr�fica.Os c�lculos propostos aplicam-se as regi�es do corpo de espessura igual ou superior a 10cm. Para as regi�es com espessuras menores que 10cm, como no caso das extremidades.Para obter os valores ideais de uma dose de exposi��o radiogr�fica exigem do profissional de t�cnicas radiol�gicas conhecimentos dos princ�pios f�sicos envolvidos na produ��o dos raios X.

Fatores geom�tricos da exposi��oMagnifica��oDistor��o das imagens Conhecimentos de anatomia humana Principais altera��es patol�gicas que interferem na densidade dos �rg�os ou da regi�o em estudo.

Parâmetros para utilizar a formula geralDFF 1 metroGrade Raz�o 8:1Filmes / Ecrans VerdesAparelho CalibradoEspessura Medida para cada regi�o Retifica��o Trif�sica (6 pulsos / ciclo)

� poss�vel atribuir ao equipamento radiol�gico uma constate denominada “C” relacionada com o potencial de rendimento do equipamento.

A constante “C”, dentro dos par�metros anteriormente descritos, equivale a 20 e ser� sempre utilizada nos c�lculos da formula da dosagem.

Calculo da tens�o (kV)� obtido com a medida da espessura do �rg�o ser� radiografada, multiplicada por 2 e somada com a constante “C” do equipamento igual a 20 ou o menor kV do aparelho.

E . 2 + C = kVE – Espessura da regi�o a ser radiografada2 – n�mero constante multiplicadorC – Constante do aparelho 20

Calculo da corrente por segundo (mAs)� obtido a partir do valor da tens�o multiplicadora por uma constante denominada constante miliamperim�trica regional (CMR) kV . CMR = mAs

CMR – � atribu�do aos diferentes �rg�os do corpo humano.

Constante miliamperim�trica regionalTECIDO CMR

Ossos 1,0Partes moles 0,8Pulm�o 0,05

Sele��o da mAA sele��o da mA depender� do paciente e da regi�o a ser radiografada.

Paciente contribuiSim mA baixo Tempo alto N�o mA alto Tempo baixo

Regi�o a ser radiografada apresenta “detalhes”Sim mA baixo Tempo altoN�o mA alto Tempo baixoRegi�o a ser radiografada apresenta movimentos involunt�riosSim mA alto Tempo baixoN�o mA baixo Tempo alto

Exerc�cios de fixa��o 1. Descreva o significado de cada elemento da equa��o da t�cnica de Maron:2. Descreva o significado de cada elemento da equa��o da t�cnica de Mikissu:3. Descreva o significado de cada elemento da equa��o da t�cnica de c�lculo de mAs caso a):4. Descreva o significado de cada elemento da equa��o da t�cnica de c�lculo de mAs caso b):5. Descreva o significado de cada elemento da equa��o da t�cnica geral de c�lculo da tens�o:6. Descreva o significado de cada elemento da equa��o da t�cnica geral de c�lculo da corrente por segundo:7. Qual mAs ter� uma radiografia feita com 950mA e 0,5s.8. Calcule o valor da mAs para 100mA e t = 0,3s.9. Calcule o valor da mAs para 500mA e t = 0,08s.10. Para realizar um exame de abd�men simples em um paciente com 27,8cm de espessura, sabendo-se que a CF � de �cran sem chassis e mA 150 com tempo de exposi��o de 0,04s. Calcule os fatores do problema. 11. Calcule 18cm DAP de um t�rax, onde a constante do aparelho � 29. Qual ser� o valor do kV:12. Um exame de pelve com DAP de 51,6cm e CF de filme dupont 0. Sabendo que o de mA 250 e t = 0,7s. Qual kV e mAs deste c�lculo?13. Neste caso espessura de 22cm, K = 57, CM = 1,7. Calcule:14. Determine os valores do kV, K, e mA em fun��o dos seguintes dados:a) E = 13,7cm, mAs = 3,0, t = 0,012s e CM = 1,5b) E = 17,9cm, mAs = 5,5, t = 0,07s e CM = 0,215. O kV final a ser considerado em uma radiografia de uma paciente que apresenta espessura igual a 22cm de t�rax e no aparelho existem tr�s tipos de valores de quilovoltagem utilizando o conhecimento t�cnico para o c�lculo. Considere o valor de kV de maior viabilidade kV = 21, kV = 25,5 ou kV = 28 para determinar o K no c�lculo:16. Utilizando a t�cnica de c�lculo geral. Calcule o kV para 18cm e 21,9cm de espessuras:17. Utilizando a t�cnica de c�lculo geral. Calcule o kV para 11,5cm e 0,9cm de espessuras:18. Utilizando a t�cnica de c�lculo geral. Calcule o mAs sabendo que o kV = 35 e o CMR ser� de tecido �sseo:19. Utilizando a t�cnica de c�lculo geral. Calcule o mAs sabendo que o kV = 55.5 e o CMR ser� de tecido pulmonar:20. Utilizando a t�cnica de c�lculo geral. Calcule o kV e o mAs respectivo das espessuras 10cm, 5cm , 14,8cm, 36cm e58cm sabendo que o CMR ser� de relativo a seguinte seq��ncia CMR= 0,8 (10cm), CMR= 0,8 (5cm), CMR= 0,05 (14,8cm), CMR= 1,0 (36cm) e CMR= 1,0 (58cm),

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Conceito de Radiação e Radioatividade Radiação é a transferência de energia Radioatividade é a emissão de partículas e energia, com intuito de atingir a estabilidade eletrônica. Fatores que afetam a qualidade da Imagem O fog ou véu é causado pela radiação secundária e representa um escurecimento (aumento de densidade indesejável) da radiografia. Aumenta a densidade e reduz o contraste de uma radiografia, podendo prejudicar a realização do diagnóstico. Velamento em decorrência de condições de estocagem insatisfatória, filmes usados depois de expirada a data de validade, chassis defeituosos que permitem a entrada de luz, falhas na câmara escura e processamento – BAIXO CONTRASTE. Ruído é um efeito que pode degradar significativamente a qualidade de uma imagem. A influência do ruído em uma imagem pode ser medida pela relação sinal-ruído. O ruído é geralmente causado pelos seguintes fatores: Variação da intensidade da fonte de raios X Variação de brilho da imagem de saída do intensificador de imagens Variação dos tons de cinza da imagem. A relação sinal-ruído representa o quanto o ruído prejudica a informação contida em uma imagem. Quanto maior o seu valor, menor a influência prejudicial causada pelo ruído. Também visualmente tremura ou granulação da imagem. Artefato é qualquer coisa que aparece na imagem que não faz parte do objeto radiografado. Os artefatos também são caracterizados por uma distorção ou um erro na imagem que não tem nenhuma relação com o objeto estudado. Algumas das causas dos artefatos são: Movimento (voluntário ou involuntário) do paciente. Ocorre quando o paciente movimenta-se durante a aquisição. Presença de corpos metálicos dentro do paciente. Objetos metálicos absorvem os raios X. Em um paciente, objetos metálicos, tais como obturações dentárias, próteses cirúrgicas e clipes absorvem os raios X, resultando em perfis projeções incompletas. Esta extrema perda de dados resulta no aparecimento de artefato em forma de estrela.

Qualidade Radiográfica Fatores do filme Fatores geométricos Fatores do objeto

Curva característica Contraste Densidade Contraste Velocidade Latitude

Distorção

Magnificação Borramento

Espessura Densidade

Número atômico

Processamento Tempo

Temperatura

Principais fatores na produção da imagem radiográfica Radiografia tecnicamente boa é aquela que apresenta um máximo de detalhe, um mínimo de distorção e um grau médio de contraste e densidade. Detalhe Distorção Contraste Densidade óptica Ecrans e ou telas Intensificadores Constituem de uma camada de micro cristais de fósforo aglutinados. Toda vez que um cristal de fósforo absorve um fóton de raios-x, ele emite um “jato” de luz. Durante a exposição ocorrem milhares de “jatos” em cada milímetro quadrado. Quanto maior for à intensidade dos raios-x, maior a intensidade de luz emitida. Os ecrans reforçadores são compostos por uma lâmina de cartolina ou plástico coberto por uma camada de cristais. A importância do écran na redução significativa da dose de exposição aos raios x resulta inicialmente da baixa eficiência do processo de formação de imagem por exposição direta aos mesmos. A propriedade do écran de emitir luz quando exposto aos raios x chama-se fluorescência. A propriedade de brilhar por certo tempo na obscuridade sem espalhar calor chama-se fosforescência. Tipos de ecrans Tungstato de cálcio: Serve para filme de luz azul. Elementos de “TERRAS RARAS”: serve para os filmes de luz verde e azul. O termo “Terras Raras” descreve elementos minerais pouco encontrados na natureza: Écran regular Rápidos Médios Lentos Écran comum Tungstato de cálcio Platinocianeto de bário Écran terras raras Oxissulfeto de gadolínio Oxissulfeto de Lantânio (ativado por térbio – luz verde) Écran terras raras Lantânio de Ítrio (ativado por nióbio – luz azul)

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Chassis São caixas com a função de receber o filme dentro da câmara escura. É dentro dele que o filme é exposto aos raios X e dele é retirado para a revelação.

Características dos chassis Parte anterior esta face é de alumínio radiotransparente, por onde penetram os raios X é onde se forma a imagem. Parte posterior esta face é revestida de uma lâmina de chumbo, que é a base antidifusora de raios X, ou seja, onde os raios X são paralisados em torno da proporção de 95%. Tipos de chassis Os modelos de chassi variam entre vários tipos Plástico Polietileno Alumínio A durabilidade de um chassi é superior a 3 anos. Histórico dos Filmes Radiográficos Princípios da Formação da Imagem radiográfica Os filmes radiográficos surgiram com a descoberta dos raios X, mas sempre existiu uma interligação com o desenvolvimento das imagens fotográficas.

Em 1826, o francês Joseph Nicephore Niepce fez a primeira imagem fotográfica permanente. Através da exposição de um material sensível à luz colocado dentro de uma grande câmera escura equipada com lentes e espelho, Niepce traçou a imagem refletida pelo material sensível, fazendo assim, a primeira imagem fotográfica permanente.

Desde então, vários estudos foram realizados para estabelecer qual o melhor material para registrar as imagens fotográficas (emulsão), além do melhor suporte ou base para esse material. O brometo de prata foi largamente utilizado como emulsão e chapas de vidro, gelatinas e papéis foram usados como suporte ou base.

Em 1896, Carl Schleussner fabricou a primeira chapa para registrar imagens de raios X a pedido de Roentgen. A chapa continha uma única camada de emulsão mais espessa do que a chapa fotográfica, pois a emulsão era pouco sensível aos raios X. A partir de 1914, com a Primeira Guerra Mundial, os filmes de raios X tornaram-se cada vez mais populares. O vidro que era utilizado na fabricação das chapas importadas da Bélgica. Porém com o envolvimento deste país com a Guerra, o suprimento de vidro para o mundo acabou sendo cortado. Devido a essa falta de fornecimento de vidro, o estudo dos filmes na radiologia obteve grande avanço. Atualmente, os filmes de raios X diagnóstico são, basicamente, constituídos por uma base de poliéster tingida de azul, coberta em um ou ambos os lados por uma emulsão gelatinosa contendo diversos grãos de haletos de prata sensíveis à luz verde. A Luz É a energia radiante em forma de partícula emitida sob certas circunstâncias pelos átomos e que pode ser detectada pela nossa retina.

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O Quantum A emissão dessa energia pelos átomos não se dá de uma maneira contínua, mas aos saltos, em pequenas quantidades denominadas quanta. É o chamado salto quântico da Física quântica; logo, dizemos que a energia é quantizada ou discreta ao invés de contínua. O Fóton Um "quantum" dessa energia quantizada radiante é chamado de fóton. Foi Einstein quem designou o termo "fóton" para representar o quantum da luz. O primeiro estágio da formação da imagem latente é a absorção de fótons de luz pelos íons de brometo de prata. Não conseguimos distinguir os grãos modificados devido à luz que receberam dos grãos não expostos. No entanto, os grãos expostos são muito mais sensíveis à ação do revelador químico. A distribuição desses grãos invisíveis no filme que foram ativados pela luz é que formam a imagem definitiva. O filme radiográfico é um conversor de imagem, pois converte luz em diversos tons de cinza. A exposição necessária para produzir uma imagem depende da sensibilidade ou da velocidade do filme. Um filme de alta velocidade resulta em menor dose para o paciente, mas por outro lado pode degradar a qualidade da imagem.

Grãos de um Filme Um filme lento, com grãos menores e maior nitidez. Um filme médio, com boa sensibilidade e nitidez relativa. Um filme rápido, pelo tamanho de seus grãos, não proporciona grandes ampliações. Os filmes analógicos são compostos basicamente por base, emulsão e camada protetora que ficam superpostas por várias camadas. A estrutura básica de um filme radiográfico pode ser vista na figura

A base, ou suporte, é geralmente constituído de poliéster e possui espessura muito fina. A base é dotada de espessura uniforme, sendo desprovida de irregularidades para que cada camada fotossensível possa ser distribuída por igual. A camada protetora é a película que cobre a emulsão para protegê-la contra a abrasão e o atrito possui espessura de aproximadamente 1µm. A emulsão é composta de Haletos, Halogenetos Brometos de prata suspensos em gelatina. A gelatina permite a distribuição uniforme dos cristais de haleto de prata para uma resposta puntiforme e a penetração dos produtos químicos de revelação nos cristais para a formação da imagem, sem diminuir sua firmeza e constância. A espessura da emulsão é de aproximadamente 10µm. Na radiografia convencional o receptor radiográfico consiste do filme em contato com duas telas intensificadoras que formam o conjunto tela-filme. O conjunto é disposto dentro de cassete conforme demonstrado na figura

Acessórios utilizados em câmara clara e câmara escura Quais os acessórios básicos para montar uma câmara escura? Processadora automática de filmes e seus tanques de químicos e uma mesa de apoio da processadora. Serviços de pequeno porte podem ter um tanque com três cubas para revelação.

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A sala deve possuir uma lanterna de segurança que esteja posicionada a pelo menos 1,5 metros de distância do balcão de manipulação dos filmes. Deve ter um exaustor, um identificador radiográfico que pode ser eletrônico ou então uma coleção de números de chumbo para identificar o paciente e a incidência da chapa (D e E, AP e PP)*. Deve possuir um tanque para limpeza dos racks de tamanho compatível com os mesmos. * Códigos e siglas em radiologia normalmente obedecem a convenções universais. Podem ocorrer algumas particularidades habituais em cada instituição no setor de radiologia. Elementos integrantes de uma câmara escura

Parte Seca

Manipulação de Filmes, Identificação das películas, Carga de Chassis, etc.

Parte Úmida:

Destinada ao desenvolvimento do processo de revelação Grade antidifusora A grade antidifusora é, em geral, constituída por tiras de chumbo separadas por um material radiotransparente e está concebida para absorver os fótons espalhados. A bandeja do Bucky é constituída pelo suporte do chassi, por uma superfície de apoio e por um mecanismo para movimentar a grade de modo a evitar a formação de linhas da grade na imagem.

O processo de fabricação de grades permite a produção de diversos tipos de grades para diferentes aparelhos, entre eles aparelhos de raios-X, para chassis, para arcos cirúrgicos (intensificadores de imagem), aparelhos de hemodinâmica, mamógrafos, entre outros. Para especificar uma grade, precisamos conhecer quatro parâmetros: Distância focal Relação

Número de linhas Tamanho da grade Distância focal Leva em consideração a distância entre o foco e o filme geralmente varia entre 90 a 1,80cm. Relação Indica o coeficiente de filtragem da grade antidifusora que pode variar de acordo com suas determinadas especificações. Número de linhas Indica a densidade de filtro, expresso em linhas por polegada ou linhas por centímetro pode variar de 60 a 170 linhas por polegada. Tamanho da grade Varia muito de acordo com a utilização, podendo ser do tamanho do chassi, do intensificador de imagem ou dependendo do padrão das fábricas de aparelhos de radiologia. Como os raios X são divergentes, para que as estruturas não sofram uma magnificação excessiva, conforme demonstrado na figura, é necessário manter uma distância mínima. A distância mínima utilizada para realização desse exame é de 1,50 m e máxima 2,00 m, sendo adequada uma distância de 1,80 m. No caso de raio X de tórax especificamente as demais incidências sempre serão a um metro distância fonte objeto a ser radiografado.

A seleção de um ponto focal pequeno em um tubo de raios X de duplo foco resultará em menos borramento ou imprecisão da imagem devido ao efeito de penumbra da imprecisão geométrica. Entretanto, mesmo com o menor ponto focal possível, ainda assim haverá alguma penumbra. A divergência dos feixes de raios X é um conceito básico, porém importante para se compreender o posicionamento radiográfico em um estudo. Isso ocorre porque os fótons de raios X produzidos no tubo se propagam por uma janela.

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A janela é limitada por colimadores ajustáveis à incidência de interesse. Dessa forma, quanto maior for o campo de colimação, menor será distância do foco ao filme utilizado e maior será o ângulo de divergência nas margens externas, o que aumenta o potencial de distorção. O feixe de raios X é emitido a partir de uma região do ânodo conhecida como ponto focal. O tamanho do ponto focal é um parâmetro que deve ser considerado ao se realizar um exame radiográfico. Aspectos Gerais sobre as telas intensificadoras As telas intensificadoras fluorescentes, ou ecrans, são acessórios usados em conjunto com os filmes radiográficos como um artifício para melhorar o nível de sensibilização do filme. Para a realização dos exames, os filmes são protegidos contra a ação da luz por um invólucro denominado chassi, o qual, também, abriga os ecrans. Ecrans e terras raras

O tungstato de cálcio era empregado em écran radiológico com eficiência 3 a 5% de conversão de raios X a luz. Foram desenvolvidos materiais a base de fósforo (terras raras) elementos químicos naturais raros. Vantagem do écran de terras raras sobre o écran convencional O écran de terras raras tem a vantagem sobre o écran de tungstato de cálcio na questão da velocidade e resolução da imagem. Adicionado a isso, dobra-se a vida útil da ampola. ÉCRAN DE TERRAS RARAS = LUMINOSIDADE VERDE-AMARELADA ÉCRAN DE TUNGSTATO DE CÁLCIO = LUMINOSIDADE AZUL Écran fluoroscópico Formado por micro cristais de sal de tungstato de cálcio ou de terras raras = gadolínio (funciona como agente emissor de luz que são aplicados em base de cartão coberto com uma resina de proteção sob uma camada com uma propriedade refletora a fim de emitir luz do écran no filme).

Característica do écran Papelão Plástico Cartolina Durabilidade do écran = 10 anos em média Durabilidade recomendável para uso do écran = 2 anos em média Equipamentos utilizados no setor de radiologia A principal coisa que devemos saber são as diferenças dos equipamentos e acessórios utilizados. Pois cada um tem sua especificidade. Destes equipamentos o intensificador de imagem tem algum diferencial dos outros aparelhos de raios x. Que é a inversão da ampola. Intensificador de imagem e esquema operacional

As imagens captadas passam para um monitor ou monitores que transmitem as imagens digitalizadas em tempo real para visualização.

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Equipamento convencional de Raios X com mesa basculante

Tipo de equipamento de RX que tem a capacidade de fica na vertical para realização de exames geralmente contrastados. Tipos de Equipamentos Alguns tipos de equipamentos que emitem Raios-X são os seguintes: Equipamentos Móveis de Raios – X: São equipamentos de baixa potência que produzem níveis baixos de radiação espalhada. Utilizados em unidades onde o paciente não pode se deslocar até a sala de RX. (chamados de RX no leito)

Equipamentos Fixos de Raios – X (Radiologia): São equipamentos de alta potência que produzem níveis altos de radiação espalhada. São as salas de RX. Equipamentos Fixos de Raios – X (Hemodinâmica): São equipamentos de fluoroscopia de alta potência similares aos utilizados na Radiologia, mas como são utilizados por um tempo maior (tempo de exposição) produzem níveis de radiação espalhada superiores aos verificados nos equipamentos fixos da radiologia.

Outros Equipamentos: Tomografia, Densitometria Óssea (por RX), Litotripsia, Radioterapia. Não emitem Raios-X: Ressonância Magnética, Ecografia, Endoscopia, Ultra Som. Monitor de Radiação Diretamente o monitor de radiação não fornece nenhuma proteção adicional ao usuário, porém seu uso é de suma importância para que o usuário saiba se está recebendo maior ou menor dose de radiação, podendo assim rever seus procedimentos de proteção. Portanto pode-se dizer que o monitor de radiação oferece uma proteção indireta. Planigrafia ou Planigrafia linear Método de radiografia de planos de corte por um movimento paralelo recíproco dos tubos de raios X e do filme.

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Colgaduras São suportes geralmente feitos de aço que servem para prender os filmes, onde os mesmos secam após o contato com os líquidos reveladores. Normalmente ocorrendo esse processo na revelação manual.

Exaustor para câmara escura É um equipamento de extrema importância devido ao acúmulo de gases tóxicos volatilizados durante o processo de revelação. Independente do tipo de revelação, automática ou manual. Existem determinados serviços onde não dispõem dos exaustores elétricos neste caso deve ser utilizado o equipamento chamado veneziana. Que realiza a circulação do ar dentro da câmara escura por meio de convicção (movimentos aleatórios do ar).

Passa chassis Equipamento importante para organização e adequação dos chassis que estão prontos para o uso e os que aguardam revelação dos filmes. Por vezes o acentuado movimento no setor de radiologia acarreta trocas no momento da realização dos exames causando ao técnico fazer uso do chassi duas vezes. Os Passa-chassis colaboram para esse tipo de organização.

Lanternas de segurança São dispositivos como o próprio nome diz para segurança e otimização do trabalho no setor. As lanternas de segurança têm duas principais funções na câmara escura para sinalizar evitando a entrada de pessoas durante o momento da exposição do filme para a revelação. E na sala de raio x sinalizando o uso das radiações ionizantes.

Quanto tempo espera-se antes de entrar em uma sala onde foi feito raio-X? A radiação deixa resíduos no ambiente? Sendo uma onda eletromagnética a radiação dos aparelhos de raios-x se propaga na mesma velocidade que a luz. Seria como perguntar, por exemplo, após apagar a luz de um quarto quanto tempo ainda permanece iluminando. Não há resíduos, os locais não ficam radioativos. A radiação é absorvida no interior da sala pelo paciente, pela maca, pelas paredes e piso instantaneamente após ser gerada. Da mesma forma o paciente não fica com radiação após ser radiografado.

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Negatoscópio Acessório que é utilizado na verificação dos filmes revelados possibilitando observar erros nos exames, diagnósticos preliminares e identificação correta do exame. Existem vários tipos de negatoscópios para especialidades especificas: para traumato ortopedia, mamografia, odontológicos, foco de luz e de utilização para simples visualização. O foco de luz é um acessório geralmente utilização pelo médico radiologista para verificar com melhor detalhe o filme radiológico que ficou mais penetrado ou com maior sombreamento.

Negatoscópio de mamografia Tem algumas diferenciações dos negatoscópios em geral. Negatoscópio mamográfico contém lâmpadas internas com maior incandescência e acessórios como lupa e foco de luz.

Foco de luz Acessório geralmente utilizado pelo radiologista para verificar com melhor os detalhes do filme radiológico com maior penetração ou com maior sombreamento.

Revelação manual Sistema de revelação manual é pouco utilizado atualmente devido ao acesso fácil e a preços melhores para aquisição de processadoras reveladoras automáticas. Mesmo assim devemos saber os materiais, equipamentos e acessórios que são usados na revelação manual.

Aplicando as Dicas de Proteção Radiológica Durante a realização de procedimentos Radiográficos nas unidades fechadas (utilizando equipamentos Móveis de Raios – X) os funcionários que estiverem realizando alguma atividade a uma distância igual ou superior a 2 m, do paciente, não precisam utilizar o EPI’s plumbíferos nem mudar sua rotina de trabalho. Quando existir a necessidade de um posicionamento mais próximo do paciente os funcionários devem utilizar os EPI’s plumbíferos (Avental e Protetor de Tireóide). Obs: Para funcionárias gestantes estas regras não se aplicam devido à radiosensibilidade do feto. Portanto outras medidas deverão ser tomadas com intuito de proteger a trabalhadora, por exemplo, remanejar para outro setor que não ofereça exposição.

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EPI – Equipamento de proteção individual. EPC – Equipamento de proteção coletiva.

Monitor de Radiação Diretamente o monitor de radiação não fornece nenhuma proteção adicional ao usuário, porém seu uso é de suma importância para que o usuário saiba se está recebendo maior ou menor dose de radiação, podendo assim rever seus procedimentos de proteção. Portanto pode-se dizer que o monitor de radiação oferece uma proteção indireta. Canetas dosimetria, monitores individuais de filme e cristais. Tópicos de Utilização do Dosímetro Controle de Saúde: Todo indivíduo ocupacionalmente exposto (aquele que utiliza dosímetro), deve estar submetido a um programa de controle de saúde baseado nos princípios gerais de saúde ocupacional. Exames periódicos de saúde não podem ser utilizados para substituir ou complementar o programa de monitoração ocupacional. Tipos de aventais plumbíferos Avental mais utilizado em centro cirúrgico com faixas largas devido ao tempo de uso e peso distribuído. Avental padrão utilizado no setor de radiologia diariamente para realização da maioria dos exames realizados no setor. Avental tipo casaco com maior proteção mais utilizado no setor de hemodinâmica, mas também podem ser usados para qualquer setor com radiações ionizantes. Tendo como desvantagem de uso em outros setores principalmente por ser mais pesado.

Avental tipo blusa e saia, utilizado em todos os setores com radiações ionizantes com a particularidade de ser preferido para uso feminino devido a melhor distribuição do peso. Pode ser usado pelos técnicos em setor que necessitem utilização por longos períodos. Exemplo: cirurgias com acompanhamento técnico com intensificador de imagem.

Luvas plumbíferas Para proteção das mãos principalmente em exames que ocorra necessidade de expor extremidades as radiações primárias. Exemplo: Seios da face em crianças.

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Óculos plumbíferos Óculos para proteção individual contra radiações ionizantes geralmente mais utilizado quando o técnico encontra-se muito próximo da fonte de radiação. Exemplo: exame de tórax em bebes.

Protetores de tireóide Proteção para glândula tireóide também é muito importante por ser uma região glandular que fica exposta as radiações ionizantes deve-se sempre fazer uso deste EPI. Encontrado em duas versões o protetor convencional com corte pouco anatômico para uso preferencial em curtos períodos e o protetor com viseira com uma costura enfatizando anatomicamente a região do pescoço mais confortável para necessidade de uso prolongado.

Protetor de gônadas: Protetor plumbífero de órgãos genitais geralmente utilizados pelos pacientes para evitar exposição desnecessária às radiações ionizantes.

Porta avental Estes suportes chamados porta-avental têm função importante relacionado à conservação dos aventais plumbíferos. Devido à constituição dos aventais confeccionados em uma malha de chumbo e borracha que os tornam pesados facilmente pode ocorrer o chamado efeito “quebradiço” pelo acondicionamento errado. Ocasionando quebraduras e fazendo com que aconteça passagem de dose de radiações ionizantes nos aventais.

Identificação dos exames de raio X São utilizados métodos de identificação de cada exame realizado no setor de radiologia geralmente existe uma seqüência numérica para ser seguida a cada dia. Dessa

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maneira o técnico em radiologia identifica cada exame efetuado. Podendo fazer uso de número radiopaco posicionados nos chassis e ou identificado constando nome do paciente de acordo com a rotina de cada instituição.

Vidro plumbífero: Faz parte integrante dos EPCs e também com obrigatoriedade legislativa para o funcionamento de setores com radiação ionizante.

Biombos plumbíferos EPC’s confeccionados com vidro ou acrílico enriquecido com chumbo. Também são encontrados no mercado biombos confeccionados com chumbo revestido com lambri ou ferro normalmente comercializado com as seguintes equivalências em chumbo (mmPb): 1 mmPb, 1,2 mmPb; Os biombos de proteção fazem parte dos EPCs e devem ser utilizados conforme as especificações de proteção radiológica. O técnico em radiologia deve avisar a necessária de proteção de outros profissionais que não tenham conhecimento do uso dos equipamentos quando necessário.

Cones e cilindros: São acessórios que colaboram para otimização e estética dos exames de raios x e principalmente diminuem o efeito de radiação secundária.

Goniômetro Define-se “goniômetro” como um instrumento com que se medem ângulos. Entre os goniômetros está o transferidor, um semicírculo de plástico transparente ou um círculo graduado utilizado para medir ou construir ângulos. É por definição um acessório utilizado em radiologia.

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Espessômetro É um instrumento utilizado pelo Técnico em radiologia para medir a espessura da estrutura que será radiografada sendo possível utilizar corretamente o fator de exposição para produção de uma imagem radiográfica de qualidade. Assim como preconizar as exigências da legislação específica. O profissional deve possuir conhecimentos em proteção radiológica, qualidade de imagem, ética profissional e fatores técnicos (fatores de exposição).

Processadoras e reveladoras Em 1965, o processamento automático já era feito em 90 segundos, o que provocou um grande aumento na produtividade dos hospitais e clínicas.

Principais Componentes de uma Processadora Automática Uma processadora é composta por quatro sistemas: Tanque de revelação Tanque de fixação Tanque de lavagem Sistema de secagem Os tanques de revelação e fixação são constituídos por componentes semelhantes, que atendem as necessidades da solução reveladora e fixadora. Esses componentes são: Bomba de reposição Bomba de recirculação Sensor de controle da temperatura Cano de escoamento ou dreno. A figura mostra os principais componentes de uma processadora automática. Para transportar os filmes ao longo dos tanques e do sistema de secagem, a processadora é constituída por um sistema de transporte. Tanque de Revelação e Tanque de Fixação.

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É no tanque de revelação que ocorre o processo de revelação do filme. Quando um filme passa pelo tanque de revelação, alguns ingredientes químicos são consumidos e outros são produzidos (principalmente íons de brometo), diminuindo a atividade da solução reveladora. Para reduzir a perda de atividade da solução reveladora, a bomba de reposição move uma solução nova do tanque de reposição de revelador, ou do auto-misturador (equipamento utilizado para misturar os componentes do revelador e fixador com água), para o tanque de revelação. A essa atividade dá-se o nome de reposição. A taxa de reposição pode ser definida em termos da quantidade e dos tipos de filmes processados em um dia de oito horas de trabalho.

Segurança dos Trabalhadores e do Meio Ambiente Os produtos químicos, apesar de atenderem as considerações relacionadas à saúde dos trabalhadores, são produtos que ao serem manuseados, respirados ou ingeridos podem provocar efeitos nocivos à saúde dos seres humanos. Essas informações devem ser disponibilizadas pelos seus fabricantes ao hospital. Portanto, no ato da mistura dos produtos químicos, o técnico deve usar os equipamentos de proteção individual (EPI´s), como aventais, galochas, luvas e máscaras, para evitar qualquer contato com os produtos químicos. A figura mostra os EPI´s que devem ser utilizados no ato da mistura.

Com relação ao meio ambiente, as soluções químicas utilizadas (revelador, fixador e água de lavagem), quando despejadas diretamente na rede de esgoto urbano, devem ser neutralizadas por um sistema de tratamento interno que neutraliza as soluções químicas utilizadas, conforme licença ambiental de cada Estado ou região; ou, quando não forem despejadas diretamente na rede de esgoto urbano, devem ser acondicionadas em bobonas num local para armazenamento temporário para posterior destinação final. A figura mostra dois tipos de sistema de tratamento interno.

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Meios de contraste O que são meios de contraste? São substâncias capazes de melhorar a definição das imagens obtidas em exames radiológicos Qual objetivo de uso? Fornecer os conceitos relacionados aos fármacos utilizados na prática radiológica cujo objetivo é evidenciar tecidos e processos biológicos Qual a diferença entre osmolaridade e osmolalidade e qual o seu significado? Ambos refletem a concentração de partículas osmoticamente ativas na solução, sendo que: Osmolaridade refere-se diretamente a diluição por litro de solução. Osmolalidade refere-se diretamente a diluição por quilo de solução em água. Quais os principais tipos de meios de contrastes utilizados nos setores de radiologia? Baritados e Iodados Um pouco de história, o primeiro meio de contraste radiológico foi usado na prática clínica quando? Em 1923 por Osborne e Rowentree Meio de contraste ideal NÃO EXISTE, mas teria as seguintes propriedades: Hidrossolúvel Inerte Estabilidade química e térmica Baixa viscosidade Hipo ou isosmolar em relação ao plasma Excreção seletiva renal Seguro e barato Quanto à administração os meios de contraste podem ser administrados? Oral – vísceras ocas Retal – doenças pélvicas Injeção localizada – articulações Venoso – veias Arterial – arteriais

Características gerais das manifestações adversas ao uso dos contrastes Quanto maior a osmolalidade, maior a vasodilatação periférica. Redução aguda da PA Aumento da freqüência cardíaca e maior consumo de O² Quanto maior a viscosidade, maior dificuldade terá a solução para se misturar ao plasma e aos fluídos corpóreos. Decisões antes de injetar o contraste Avaliar risco, situação custo benefício. Avaliar alternativas Ter certeza precisa da indicação do contraste Estabelecer procedimentos de informação ao paciente Determinar previamente a política de complicações Classificação das reações adversas Reações anafilactóides ou idiossincráticas Reações não-idiossincráticas Reações combinadas Idiossincrasia Significado de Idiossincrasia Maneira de ver, sentir, reagir peculiar a cada pessoa. (É uma disposição do temperamento, da sensibilidade que faz com que um indivíduo sinta, de modo especial e muito seu, a influência de diversos agentes). Anafilaxia Significado de Anafilaxia Aumento da sensibilidade do organismo diante de determinada substância, provocado pela aplicação prévia (injeção ou ingestão) de uma dose, embora mínima, dessa substância. Reações vasomotoras (vagais) São reações que ocorrem durante a administração dos meios de contraste, ou pela distensão visceral ou dor, pelo trauma da punção cutânea. E também associada à compressão arterial para hemostasia após um determinado procedimento. Manifestações clínicas Depressão cardíaca com bradicardia e vasodilatação Sudorese Palidez cutânea Confusão mental Diminuição do nível de consciência Náuseas e vômitos Liberação esfincteriana

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Quanto ao grau de severidade Reações adversas leves Reações adversas moderadas Reações adversas graves Quanto ao tempo decorrido após a administração Agudas ou imediatas Ocorrem no período em que o paciente está em observação no serviço de radiologia 5 a 20 minutos após administração do agente Tardias Ocorrem após o paciente deixar o serviço de radiologia sintomas e sinais variados 1 hora ou mais a partir da administração do contraste Medidas profiláticas Muita controvérsia clínica de manuseio Prevenir ou, pelo menos, minimizar as reações adversas aos meios de contraste. Profilaxia de competência do Técnico em radiologia Hidratação NPO Grau de hidratação adequado pode reduzir efeitos do contraste, especialmente os relacionados à nefrotoxicidade. Pequenas refeições até duas horas antes de utilizar agentes não-iônicos por via endovenosa não parecem trazer prejuízos ao paciente e exame. Pacientes que não se alimentam ou ingerem líquidos por um período de tempo prolongado ansiosos e menos cooperativos no momento do exame tem maior suscetibilidade às RA. A informação de NPO deve ser e estar completamente esclarecida para paciente e ou responsável, quando ocorrer o jejum completo. Conclusões Todo paciente deve ser considerado potencialmente de risco. Mesmo que não apresente fator de risco. Mesmo que já tenha utilizado previamente sem efeitos colaterais. Todo paciente deve ser informado dos riscos potencias decorrentes da utilização do meio de contraste iodados e assinar um termo de esclarecimento. A documentação precisa conter anamnese, antecedentes pessoais, motivo do exame, indicação do contraste, agente escolhido, evolução imediata após administração do contraste e, eventualmente, evolução tardia. Meios de contraste iodados são agentes seguros.

Agentes não-iônicos são mais seguros e mais bem tolerados pelos pacientes. Processadoras e Reveladoras Qual a utilização das processadoras e reveladoras? Para processamento químico do filme radiográfico e fundamentalmente na transformação da imagem latente em imagem radiográfica. Historicamente quando foi introduzida a primeira processadora de filmes radiográficos automática? O primeiro modelo comercial foi introduzido no mercado em 1942 pela indústria pako. O tempo total do ciclos de processamento era de aproximadamente 40 minutos por filme. Em 1968 estabeleceu-se uma série de requisitos a serem preenchidos para produzir um filme radiográfico em condições satisfatórias, especialmente no que diz respeito às técnicas de processamento e identificação das causas que podem prejudicar a qualidade final da imagem radiográfica. Esses requisitos eram? O tempo de exposição da emulsão do filme O método utilizado para o seu processamento A sensibilidade do filme A influência significativa nos tipos de grãos da emulsão em relação a sensibilidade Os avanços científicos e tecnológicos foram definidos quando? A partir de 1984, a introdução no mercado do filme Kodak Ektaspeed (grupo E), o qual, por apresentar o dobro de sensibilidade em relação ao filme Kodak Ultra-speed (grupo D), reduz em 50% o tempo de exposição à radiação X. Modernamente quando foram incorporados aos serviços de radiologia os últimos avanços do processamento analógico? A incorporação de novas tecnologias foi em 1993, com o relançamento no mercado do filme de nome Ektaspeed Plus. Declarou-se uma nova época de melhora na qualidade das imagens e principalmente com aumento de sensibilidade. Tornou-se necessário aumentar os cuidados com a qualidade e no ambiente onde os filmes serão processados. Quais as necessidades básicas com relação às dimensões físicas na câmara escura? Não existe necessidade de uma área muito grande para a instalação de uma câmara escura.

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Deve apenas oferecer o espaço suficiente para movimentação fácil e confortável do operador. O ideal é que a câmara escura esteja localizada em uma área central, adjacente para sala de leitura dos filmes radiográficos e a uma distância razoável da área de exposição. Quanto à disposição de equipamentos? A disposição dos equipamentos dentro da câmara escura deve seguir a própria lógica de utilização desses equipamentos. Deve ser tal que o operador possa executar plenamente suas tarefas, sob a luz de segurança com a menor movimentação possível. Qual objetivo da sinalização? É importante que a porta de entrada da câmara escura seja sinalizada graficamente, podendo ainda possuir um sistema luminoso que seja ativado sempre que necessário, e possua tranca interna com o intuito de evitar entrada de pessoas durante a revelação, ocasionando entrada indevida de luz. Qual a necessidade do escurecimento adequado? O escurecimento adequado dentro de uma câmara escura, é de grande importância, a presença de luz pode causar detrimento da qualidade da imagem radiográfica. Não ocorrendo à necessidade de que as paredes da câmara escura precisem pintadas de preto. Devem ser evitados materiais de revestimento que possam refletir qualquer entrada indevida de luz, contribuindo assim para a perda da qualidade da imagem. Por isso o operador deve certificar-se constantemente que não ocorre qualquer entrada de luminosidade. O que são lanternas de segurança? Lanterna de segurança é o nome dado à lâmpada vermelha usada dentro da câmara escura. Trata-se de uma lâmpada especial com uma lente especial com características próprias para evitar o velamento dos filmes radiográficos. Não devem ser adquiridas no comércio lâmpadas comuns na cor vermelha as quais velarão os filmes. Quais tipos de processamentos existem? Processamento analógico: sendo dois os principais. Processamento manual Processamento automático Processamento digital Como se realização o processamento manual? No processamento manual, o operador, antes de iniciar a revelação, deve verificar a temperatura e a homogeneização

das soluções processadoras, para a determinação do tempo de revelação, em função do filme utilizado. Feito isto, o operador deve seguir as seguintes etapas: Banho no revelador Mergulhar integralmente, durante o tempo pré-determinado, o filme no recipiente contendo o revelador homogeneizado, de modo que a reação química se processe em todo o filme. Transformação da imagem latente em imagem real Banho no “STOP” Mergulhar integralmente no “STOP” (pré-lavagem em H2O), o filme de modo a interromper a reação química do revelador. Banho no fixador Mergulhar integralmente o filme no fixador de modo a que todos os cristais de haleto de prata remanescentes sejam retirados, levando a um aumento do contraste. Banho de água corrente Banhar o filme em água corrente por cerca de 10 a 20 minutos de modo que sejam retirados todos os agentes químicos empregados. Secagem Secar o filme em lugar totalmente livre de materiais que possam comprometer a imagem radiográfica. (ex: poeira) O que são colgaduras? Sãos suportes geralmente em aço inoxidável com prendedores e de estrutura retangular, compatíveis com os tamanhos adequados de filmes radiográficos com objetivo de manter o filme estendido nos processos reveladores. Descreva o funcionamento da processadora automática: É um sistema eletro-mecânico que reduz o tempo de revelação de um filme, tornando-o mais seguro e padronizado. Porém antes de iniciar a operação de uma processadora automática, o operador deve seguir as instruções do fabricante para a utilização e manutenção da máquina. Deve também planejar um controle de qualidade, de forma que qualquer falha no sistema seja facilmente detectável. É desejável que uma processadora automática contenha além das descrições básicas, as seguintes especificações. O processamento de filmes deverá ser de 10 x 10cm a 35 x 43cm. Tanques de revelador e fixador devem ser de materiais resistentes a corrosão. Possuir recursos de stand-by Permitir ajuste das temperaturas de reveladores e secadores. Possuir ajustes do controle de tempo de processamento. Permitir a alimentação de filmes através de câmara escura. Requisito básico.

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Definir capacidade mínima no reservatório de material plástico. O sistema de mistura de preferência deverá ser por gravidade. Possuir sistema de alarmes quando de níveis baixos. Faixa mínima de operação de pressão de água. Insumos e materiais de Consumo: Filmes apropriados para o uso e consumo de acordo com a rotina Reveladores e Fixadores adequados (consumo, conforme a rotina). Digam quais e quantos são os processos da revelação? Os quatro processos são necessários para a obtenção do filme com imagem real é respectivamente o seguinte. Revelação Fixação Lavagem Secagem. Onde não deverá ser alterado da seqüência. Quais são os padrões de cores dos efluentes químicas das processadoras? Vermelho – Revelador Azul – Fixador Branco – água para lavagem. Cite os doze itens da manutenção diária? 1. Com a processadora desligada, retirar os “crossovers” e o conjunto de rolos espremedores; 2. Limpar os rolos com pano úmido ou esponja sintética, para a retirada dos resíduos químicos e depois enxugar até secar; 3. Verificar o nível das soluções; 4. Recolocar o conjunto no lugar com o cuidado de encaixar todas as engrenagens; 5. Abrir os registros de água; 6. Ligar à processadora; 7. Ligar o termostato referente à água que mantém a temperatura das soluções processadoras; 8. Checar o fluxo da água; 9. Limpar os rolos mecânicos passando filmes usados (como recomendam os fabricantes) somente uma hora após a processadora atingir a temperatura de uso; 10. Expor alguns filmes no sensitômetro. Processar o primeiro antes de se iniciar a rotina, depois processar os outros filmes com intervalos de três horas; 11. Comparar as densidades ópticas de cada filme processado; 12. Ao final do dia checar toda a limpeza na câmara escura e na processadora. Deixar a tampa da processadora aberta

para evitar a condensação e a possível contaminação dos químicos. Cite os seis itens de manutenção semanal? 1. Limpar os rolos utilizados utilizando água corrente e pano limpo, remover os resíduos químicos das engrenagens com escova macia. OBS: ao remover os rolos dos recipientes com as soluções, não poderá ocorrer os respingos de uma solução em outra; 2. Após completar a limpeza semanal, processe uma película exposta ao sensitômetro e verifique se a processadora está sob controle; 3. Verificar se possui resíduo de fixador no filme; 4. Limpar os filtros de água; 5. Testar o fluxo de água; 6. Testar os ecrans, e verificar sujeiras ou falhas que possam afetar a imagem. Como deve ocorrer a manutenção mensal? Deverá ser feito mensalmente ou de acordo com a utilização da processadora. 1. Abrir a processadora e esvaziar os recipientes das soluções, com o cuidado de esvaziar uma de cada vez. 2. Limpar todas as superfícies exposta (interna e externamente) com pano úmido, para remover todos os resíduos, independentemente da qualidade ou do tipo de resíduo. OBS: não use nenhum tipo de produto de limpeza nos recipientes. 3. Limpar os ecrans com produtos apropriados usar pano úmido e sabão neutro. Quais são as recomendações gerais para utilização correta das processadoras de filmes radiográficos? O trabalhador responsável pela operação de uma câmara escura deve cultivar o hábito de observar sempre: As condições de limpeza; A possibilidade de entrada indevida de luminosidade; A integridade e adequação dos filtros de segurança; Concentrações e temperatura das soluções reveladoras; Deve observar ainda as orientações fornecidas pelos fabricantes dos agentes químicos e filmes utilizados. Deve-se ter um cuidado especial com cada passo no processamento do filme, pois a radiografia a ser produzida deve ter uma imagem adequada para visualização e ainda esta imagem deve se conservar por um longo período, pois as radiografias em geral são arquivadas. As radiografias são arquivadas por vinte anos ou mais como um registro.

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O que são acessórios? São materiais que colaboram na realização dos exames radiológicos, mas que podem ser realizados na falta dos mesmos. O que são equipamentos? São estruturas e ou materiais imprescindíveis na realização de procedimentos e exames realizados no setor de radiologia. O que é e qual a utilização das venezianas no setor de radiologia em relação à câmara escura? Tem como objetivo realizar a ventilação dentro da câmara escura ao qual se faz por convecção durante a circulação de ar. Geralmente fabricada em aço, sendo totalmente a prova de luz. Este método mesmo sendo considerado funcional diminui sua eficiência potencialmente em relação ao uso do exaustor. O que é e qual função do exaustor para câmara escura? É um equipamento de extrema importância devido ao acúmulo de gases tóxicos volatilizados durante o processo de revelação. Independente do tipo de revelação, automática ou manual. Existem determinados serviços onde não dispõem dos exaustores elétricos neste caso deve ser utilizado o equipamento chamado veneziana. Que realiza a circulação do ar dentro da câmara escura por meio de convicção (movimentos aleatórios do ar). O que são os passa chassis? Equipamento importante para organização e adequação dos chassis que estão prontos para o uso e os que aguardam revelação dos filmes. Por vezes o acentuado movimento no setor de radiologia acarreta trocas no momento da realização dos exames causando ao técnico fazer uso do chassi duas vezes. O Passa chassis colabora para esse tipo de organização. Quanto tempo espera-se antes de entrar em uma sala onde foi feito raio-X? A radiação deixa resíduos no ambiente? Sendo uma onda eletromagnética a radiação dos aparelhos de raios-x se propaga na mesma velocidade que a luz. Seria como perguntar, por exemplo, após apagar a luz de um quarto quanto tempo ainda permanece iluminando. Não há resíduos, os locais não ficam radioativos. A radiação é absorvida no interior da sala pelo paciente, pela maca, pelas paredes e piso instantaneamente após ser gerada. Da mesma forma o paciente não fica com radiação após ser radiografado.

O que são e qual função tem os negatoscópios? Acessório que é utilizado na verificação dos filmes revelados possibilitando observar erros nos exames, diagnósticos preliminares e identificação correta do exame. Existem vários tipos de negatoscópios para especialidades especificas: para traumato ortopedia, mamografia, odontológicos, foco de luz e de utilização para simples visualização. O que significa as siglas EPI-EPC? EPI – Equipamento de proteção individual. EPC – Equipamento de proteção coletiva. Segurança dos Trabalhadores Os produtos químicos, apesar de atenderem as considerações relacionadas à saúde dos trabalhadores, são produtos que ao serem manuseados, respirados ou ingeridos podem provocar efeitos nocivos à saúde dos seres humanos. Essas informações devem ser disponibilizadas pelos seus fabricantes ao hospital. Portanto, no ato da mistura dos produtos químicos, o técnico deve usar os equipamentos de proteção individual (EPI´s), como aventais, galochas, luvas e máscaras, para evitar qualquer contato com os produtos químicos. Meio Ambiente Com relação ao meio ambiente, as soluções químicas utilizadas (revelador, fixador e água de lavagem), quando despejadas diretamente na rede de esgoto urbano, devem ser neutralizadas por um sistema de tratamento interno que neutraliza as soluções químicas utilizadas, conforme licença ambiental de cada Estado ou região; ou, quando não forem despejadas diretamente na rede de esgoto urbano, devem ser acondicionadas em bobonas num local para armazenamento temporário para posterior destinação final. Glossário Radiológico ATIVIDADE – É o número de desintegrações nucleares que ocorrem por unidade de tempo em uma quantidade de substância radioativa. Atividade é medida em Curie ou Becquerel. ÁTOMO – Um átomo é a menor partícula de um elemento que ainda guarda as propriedades químicas deste elemento. Um átomo consiste de um núcleo central massivo, constituído de prótons e nêutrons, carregado com uma carga elétrica positiva, em torno do qual, elétrons se movem em órbitas relativamente grandes e distantes.

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BECQUEREL(Bq) – É a unidade de atividade no sistema internacional de medidas (SI). É equivalente a uma desintegração/segundo ou aproximadamente 2,7x10-11 Curie. CONTADOR GEIGER-MÜLLER – É um equipamento que permite detectar radiação através da produção de pulsos elétricos numa taxa relacionada com a intensidade da radiação. Geralmente é chamado somente contador geiger. CONTAMINAÇÃO RADIOATIVA – É a presença de material radioativo em lugares onde ele não deveria estar, por exemplo, roupas, mãos e instrumentos de trabalho. CURIE(Ci) – É a unidade na qual, para uma quantidade de material radioativo, 3,7x1010 núcleos desintegram em cada segundo. Originalmente ela era a atividade de 1 grama de radio-226. Esta unidade foi substituída pelo becquerel (Bq) que é igual a 1 desintegração por segundo. DATAÇÃO – Determinação da idade de um espécime arqueológico ou geológico através da medida do conteúdo de um isótopo radioativo em relação ao seu precursor ou produto filho ou seu isótopo estável. DECAIMENTO RADIOATIVO – É a desintegração de um núcleo através da emissão de energia em forma de partículas ou radiação. DESINTEGRAÇÃO – Qualquer transformação de um núcleo, espontânea ou por interação com radiação, na qual partículas ou radiação são emitidas. Usado em particular para referir decaimento radioativo. DOENÇAS DE RADIAÇÃO – São os efeitos agudos não aleatórios causados por uma grande dose de radiação sobre o corpo inteiro, tal como a que pode ser recebida em um acidente com reator nuclear ou a partir de uma exposição nuclear e seus produtos. Os sintomas e seus efeitos variam com a intensidade da dose, abrangendo desde náuseas temporárias até morte. VEJA efeitos aleatórios. DOSE – Genericamente, é a quantidade de energia da radiação que é absorvida por um corpo. Existem várias definições especiais para especificar diferentes aplicações. Ver RAD, rem, Roentgen, Sievert e Gray. DOSE LIMITE – Em proteção radiológica, é dose máxima de exposição à radiação permitida para uma pessoa num certo

período de tempo. Os limites atuais recomendados pelo ICRP – International Comission on Radiological Protection (Comissão Internacional de Proteção Radiológica) e prescritos pela CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear) são: Para pessoas que trabalham diretamente com radiação, 50 milisieverts (5 rem) por ano. Para pessoas do público, 5 milisieverts (0,5 rem) por ano. Estes limites procuram minimizar a ocorrência de efeitos aleatórios e prevenir a ocorrência de efeitos não aleatórios. A dose limite não deve ser tomada como um "limite seguro". DOSÍMETRO – É um instrumento que serve para medir doses de radiação ou razões entre doses e é usado por pessoas que trabalham com radiação. EFEITOS ALEATÓRIOS (OU EFEITOS ESTOCÁSTICOS) – São aqueles que têm a probabilidade de ocorrência proporcional a dose; eles abrangem indução de câncer e efeitos genéticos. Efeitos não-aleatórios são aqueles que aparecem somente depois que uma dose suficientemente grande é ultrapassada. VEJA dose limite. EFEITOS GENÉTICOS (OU HEREDITÁRIOS) – São os efeitos produzidos nos descendentes da pessoa ou organismo exposto. VEJA efeitos somáticos. EFEITOS SOMÁTICOS – São os efeitos da radiação no corpo da pessoa ou animal exposto. ELÉTRON – Uma das partículas elementares das qual toda matéria é constituída. Ele carrega uma unidade simples de carga negativa igual a 1.6x10-19 Coulomb e tem massa de 9x10-31 quilogramas. ELÉTRON VOLT – É uma unidade utilizada para expressar energia no estudo de partículas nucleares e suas interações. Ela é igual à variação de energia de um elétron que atravessa uma diferença de potencial de 1 volt. Abreviação: eV Múltiplos: keV (mil eV) e MeV (um milhão de eV). ERG – A ser substituído gradualmente pelo sistema internacional, o sistema de unidades CGS ainda é bastante utilizado em astronomia e eletromagnetismo, visto que torna algumas fórmulas mais simples. A unidade de energia que representa o trabalho feito por uma força de uma dina exercida ao longo de um centímetro. A unidade de potência é o erg por segundo, erg/s. 1 erg = 10-7 J.

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FATOR DE QUALIDADE (da radiação) – É um fator usado para expressar o efeito biológico prejudicial (eficácia na produção de danos) dos diferentes tipos de radiações: partículas alfa têm um fator de qualidade 20, nêutrons de 10 e raios X, raios gama e elétrons de 1. FISSÃO NUCLEAR – É a quebra de núcleos pesados usualmente em dois fragmentos que se movem rapidamente e que são aproximadamente iguais, acompanhada por nêutrons rápidos e raios gama. A fissão pode ser espontânea ou induzida pela absorção de uma partícula ou fóton de alta energia. FUSÃO NUCLEAR – É uma reação entre dois núcleos leves resultando na produção de núcleos mais pesados acompanhada de liberação de energia. GLÚONS – Partículas elementares, agentes das interações entre os quarks. GRAY(Gy) – É a unidade de dose absorvida no SI (Sistema Internacional) e equivale a 1 Joule por quilograma. 1Gy = 100 RADS. ÍON – É um átomo que perdeu ou ganhou um ou mais elétrons orbitais ficando, desta forma, eletricamente carregado. IONIZAÇÃO – É o processo de formação de íons por retirada ou acréscimo de elétrons. ISÓTOPOS – São átomos do mesmo elemento que tem pesos atômicos diferentes devido a diferenças no número de nêutrons de cada núcleo. Isótopos têm o mesmo número atômico (Z), mas diferente número de massa (A). JOULE(J) – É a unidade de energia e trabalho no SI, e é definida como 1 kg × m2 × s-2 = 1 N × m = 1 W × s Um joule é também o trabalho feito para produzir energia de um watt por um segundo Um joule é o trabalho necessário para exercer a força de um Newton pela distância de um metro. 1 joule é equivalente Quilowatt-hora 0,000000278

Calorias 0,239 Watt por segundo 1 W/s Newton por metro 1 N/m ergs 10.000.000

MEIA-VIDA – É o tempo característico para que a atividade de uma substância radioativa decaia à metade do seu valor inicial, isto é, para que a metade dos átomos presentes se desintegre. Meias-vidas variam desde décimos a milhões de segundos até centenas ou milhões de anos, dependendo da estabilidade do núcleo em questão. NEUTRINO – É uma partícula elementar com massa de 1 uma (unidade de massa atômica) de aproximadamente 1,67x10-27 kg, que é aproximadamente a mesma massa do próton. Nêutrons e prótons formam os núcleos. NÚCLEO – É a parte central de um átomo na qual a carga positiva e aproximadamente toda a massa estão concentradas e em torno da qual estão os elétrons. NÚCLEONS – São os prótons e/ou nêutrons, isto é, são as partículas que compõem os núcleos. NUCLÍDEO – É cada diferente tipo de átomo caracterizado por seu número de massa, número atômico e estado de energia de seu núcleo. NÚMERO ATÔMICO (Z) – de um elemento, é o número de prótons no núcleo de seus átomos. NÚMERO DE MASSA – É o número de prótons e nêutrons do núcleo de um átomo. PARTÍCULA ALFA - É uma partícula carregada de carga 2 e massa de 4 uma. É emitida no decaimento de vários núcleos pesados e é idêntica ao núcleo do átomo de hélio, isto é, é constituída de dois prótons e dois nêutrons. PARTÍCULA BETA – É um elétron ou pósitron emitido de um núcleo em certos tipos de desintegrações radioativas (decaimentos beta). PESO ATÔMICO – É a massa média dos átomos de um elemento em seu estado isotrópico natural em relação aos outros átomos tomando o carbono 12 como base. PÓSITRON – É um elétron com carga positiva. PRODUTO DO DECAIMENTO – É o nuclídeo imediatamente resultante do decaimento radioativo de um núcleo.

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PRÓTON – É uma partícula elementar estável com uma carga de 1,6x10 -19 Coulomb e uma massa de 1,67x10 -27 kg (1 uma) que se encontra em todos os nuclídeos. O número de prótons presentes em um núcleo de qualquer elemento é o número atômico Z do elemento. QUARK – mais pesada das subpartículas fundamentais da matéria. RAD – É uma unidade de dose absorvida de radiação que equivale a 0,01 Joules por kg. Atualmente usa-se o gray (Gy) para expressar dose absorvida no sistema internacional (SI), que é igual a 100 RADS. VEJA roentgen, rem e gray. RADIAÇÃO – São ondas eletromagnéticas, especialmente (no contexto da energia nuclear) raios X ou raios gama, ou partículas rápidas (elétrons, partículas alfa, nêutrons, prótons), isto é, são todos os modos pelos quais, um átomo libera energia. RADIAÇÃO DE FUNDO – É a soma das intensidades das radiações provenientes das diversas fontes naturais e artificiais. RADIOATIVIDADE – É a propriedade de vários núcleos atômicos que se desintegram espontaneamente com perda de energia através da emissão de uma partícula carregada e/ou radiação gama. RADIOISÓTOPO – É o elemento radioativo natural. RADIOLOGIA – É o ramo da medicina especializado nos usos das radiações ionizantes para diagnósticos médicos e no estudo de seus efeitos. RADIOTERAPIA – Tratamento de doenças pelo uso de radiação ionizante. RADIOTOXIDEZ – É uma medida do dano provocado por uma substância radioativa num corpo ou órgão específico. RADÔNIO – É um gás inerte radioativo de origem natural. RAIOS GAMA – São radiações eletromagnéticas de ondas muito curtas, de origem nuclear, emitidas tanto durante transições como na fissão e na desintegração radioativa. RAIOS X – São radiações eletromagnéticas que possuem comprimento de onda muito menor (isto é, energia muito

maior) que a luz visível. São produzidos por transições de elétrons nas órbitas atômicas, são semelhantes aos raios gama, mas possuem, em geral, menor energia. REAÇÃO EM CADEIA – É um processo que, quando iniciado, proporciona condições para sua continuidade. Na reação em cadeia da fissão nuclear, nêutrons causam a fissão nuclear em átomos de urânio ou plutônio produzindo mais nêutrons, os quais causam futuras fissões, e assim sucessivamente. REATOR NUCLEAR – É uma estrutura ou parte de uma usina na qual um nêutron induz uma reação em cadeia de fissão nuclear que pode ser mantida, controlada e usada. Freqüentemente é chamado somente de reator. REM (Roentgen Equivalent Man) – É a unidade de dose absorvida efetiva de radiação por tecido (tecido biológico), sendo o produto entre a dose em RADS e o fator de qualidade. Em unidades do SI (Sistema Internacional) usa-se o sievert (Sv) que é igual a 100 rem. ROENTGEN – É uma unidade de exposição à radiação baseada na capacidade de causar ionização. Ela é igual a 2,5x10-4 Coulomb por kg no ar. Geralmente uma exposição de 1 roentgen resulta numa dose absorvida no tecido biológico de cerca de 1 RAD. SI (Sistema Internacional de Unidades) – É um sistema prático de unidades de medida desenvolvido para unificar e facilitar o uso internacional destas unidades. SIEVERT(Sv) – É a unidade de dose equivalente de radiação no sistema internacional; é o produto entre a dose absorvida em Gray e o fator de qualidade. 1 Sv = 100 rem. TAXA DE DOSAGEM – É a dose absorvida por unidade de tempo, em geral, rems por ano. Também usada para especificar o nível de intensidade da radiação em um dado ponto, em geral, dada em milirads por hora. TRANSFERÊNCIA LINEAR DE ENERGIA – É a taxa com que uma partícula carregada ou onda eletromagnética perde energia quando passa através da matéria. Ela é alta para partículas alfa e baixa para raios gama. UNIDADE DE MASSA ATÔMICA (UMA) – É ½ da massa do átomo de carbono. Aproximadamente a massa de um próton ou nêutron.