Radioquimioterapia neoadjuvante no carcinoma do esófago experiência de um serviço

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  • 7/29/2019 Radioquimioterapia neoadjuvante no carcinoma do esfago experincia de um servio

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    Radioquimioterapia neoadjuvante no carcinoma do esfago: experincia de um servio

    Ins Nobre-Gis (1), Joo Casalta-Lopes (1,2), Tania Teixeira (1), Anabela S (1), Margrida Borrego (1), Paula Soares (1)

    (1) Centro Hospitalar e Universitrio de Coimbra; (2) Unidade de Biofsica, IBILI Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra

    Introduo: O tratamento gold-standard no carcinoma do esfago (CE) cirrgico, apesarelevada morbilidade e mau prognstico. Estudos recentes mostram benefcio da radioquimioterapia neoadjuvante na sobrevivncia. Nos doentes operados aps esta teraputicaest descrita uma resposta patolgica completa (RPC) de 15-40%.

    Objectivos: Avaliar os resultados da radioquimoterapia concomitante a ttulo neoadjuvante em doentes com CE.

    Material e Mtodos: Foram includos os doentes com CE que efectuaram tratamento de radioquimioterapia concomitante (5FU + cisplatina) entre Dezembro 2002 e Agosto 2012. Foram determinadas a resposta teraputica e a toxicidade aguda (escala CTCAE4.0). A sobrevivncia foi analisada pelo mtodo de Kapplan-Meier. Considerou-se alfa=0.05.

    Resultados: Dos 56 doentes com CE tratados com radioquimioterapia na nossa Instituio, 40 (71,4%) realizaram teraputica a ttulo neoadjuvante; foram includos os 35

    ntes submetidos a radioquimioterapia concomitante. 85,7% eram do sexo masculinoe a idade mediana foi 58 anos. A localizao mais frequente foi o tero mdio (37,1%) e68,6% corresponderam a carcinomas epidermides; 11,4% eram cT2, 88,6% cT3 e 82,9%cN+. A dose total prevista foi 45-50,4Gy/25-28Fr/5-5,5S. No completaram a dose programada 8,6% dos doentes por agravamento do estado clnico. A toxicidade aguda foi sobretudo hematolgica (77,2%), grau 3 em 8,6%; foi registada disfagia grau 3-4em 17,6%. 22 doentes (62,9%) foram submetidos a cirurgia, com taxa de complicaes psoperatrias de 54,5%. Houve RPC em 45,5% dos doentes. As sobrevivncias global especfica de doena (SGED) e livre de doena aos 3anos foram 53,3% e 45,0%, respectivamente. A RPC nos doentes operados constituiu um factor de bom prognstico para a SGEDem doentes R0 (p=0,038; 100% vs. 33,3% aos 5anos).

    Concluses: Em doentes R0, a RPC ps-radioquimioterapia neoadjuvante no CE est associ

    ada a um melhor prognstico. A morbilidade associada ao tratamento sobretudo ps-operatria, sendo a RT relativamente bem tolerada.

    Palavras-chave: Carcinoma do esfago, Radioquimioterapia neoadjuvante.