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www.drapc.min-agricultura.pt Recenseamento Agrícola de 2009 Derovo, empresa líder na região centro Dia Aberto na Estação Agrária de Viseu A Importância da Qualidade Investigação em Pequenos Frutos Notícias da DRAPCentro Publicação bimestral para o sector agrário e pescas da Região Centro Nº 20 - Julho 2011 I nformação DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS DO CENTRO Neste número No início dos anos 50, com o País em pré-industrialização, a Agricultura era responsável por 55 % do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e o sector primário ocupava 68,1% da população activa, indicadores que se reduziram substancialmente ao longo das últimas cinco décadas e muito em especial após a adesão de Portugal à então CEE. Em termos regionais e nos últimos 20 anos, a Agricultura na área da actual DRAPCentro registou importantes alterações ao nível da estrutura das explorações e dos sistemas produtivos, designadamente: - Desaparecimento de 55% das explorações, principalmente as de menor dimensão (inferiores a 5 hectares) e aumento do número de explorações com mais de 50 hectares; - Redução da área total das explorações agrícolas, que agora representa apenas 30% da área territorial; - Aumento da dimensão média da Superfície Agrícola Utilizável (SAU) das explorações agrícolas, que passou de 3,59 para 5,57 hectares / exploração; - Reorientação para sistemas de produção extensivos, com aumento sensível da área de pastagens (52% da SAU em 2009); - Diminuição da área de terras aráveis e correspondente diminuição das culturas temporárias (cereais para grão, leguminosas secas, batata) e diminuição das culturas permanentes (frutos frescos, frutos secos, olival e vinha); - Redução acentuada do número de explorações agrícolas com animais, em especial com o desaparecimento de muitas unidades de menor dimensão, conduzindo a aumento na dimensão do efectivo médio (no caso dos bovinos quadruplicou-se o valor de 1989, situando-se agora nos 14,83 bovinos/exploração); - Diminuição muito acentuada do número de explorações com aves, originando a existência de unidades avícolas mais especializadas, com um grande aumento no número total de bicos, em especial nos frangos de carne, que representam 61 % do total nacional. Actualmente, de acordo com o Recenseamento de 2009, a população agrícola familiar na região ascende a 212 644 pessoas, o que significa cerca de 30 % do total nacional. As actividades produtivas que assumem maior expressão relativamente ao contexto nacional são a avicultura, a suinicultura e os ovinos e caprinos de aptidão leiteira, sobretudo em termos do número de explorações. Estes dados evolutivos surgem na publicação do Recenseamento Agrícola 2009, o mais recente e completo efectuado em Portugal e que veio proporcionar a um grande universo de utilizadores e também aos decisores, um panorama abrangente de informação actual e pormenorizada da Agricultura do País. Trata-se de um conjunto de dados particularmente úteis para o debate e reflexão sobre o estado da agricultura portuguesa, particularmente no âmbito da negociação da Política Agrícola Comum (PAC) pós 2013 e sobre a problemática do auto- abastecimento, reflexo da dependência das importações, da volatilidade dos preços dos produtos agrícolas e da escalada dos preços dos factores de produção. A este respeito, o relatório “Perspectivas Agrícolas 2011” divulgado pela OCDE em Junho último, aponta precisamente para um previsível aumento do preço dos produtos agrícolas, claramente superior, em termos reais, aos registados na década anterior devido ao aumento da procura mundial, o qual não foi acompanhado na mesma proporção por aumentos da produtividade da terra. Este relatório salienta que “períodos prolongados de preços altos poderão tornar mais difícil a realização dos objectivos de segurança alimentar global, colocando os consumidores pobres em risco de subnutrição”. A questão não pode deixar de ser colocada nesta altura em que Portugal atravessa uma crise económica e social sem paralelo na nossa memória colectiva recente. Face à progressiva e já significativa dependência externa do País em bens agro-alimentares, a recuperação da competitividade é indissociável da modernização do sector, partindo-se do reconhecimento geral da sua importância social e económica para promover de forma efectiva o indispensável rejuvenescimento empresarial, o ordenamento e especialização agro-ecológica dos territórios agrícolas e rurais, e a racionalização dos custos de produção para obtenção de ganhos de produtividade. Recenseamento Agrícola de 2009

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www.drapc.min-agricultura.pt

Recenseamento Agrícola de 2009

Derovo, empresa líder na região centro

Dia Aberto na Estação Agrária de Viseu

A Importância da Qualidade

Investigação em Pequenos Frutos

Notícias da DRAPCentro

Publicação bimestral para o sector agrário e pescas da Região Centro

Nº 20 - Julho 2011Informação

DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS DO CENTRO

Neste número

No início dos anos 50, com o País em pré-industrialização, a Agriculturaera responsável por 55 % do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e osector primário ocupava 68,1% da população activa, indicadores que sereduziram substancialmente ao longo das últimas cinco décadas e muitoem especial após a adesão de Portugal à então CEE.

Em termos regionais e nos últimos 20 anos, a Agricultura na área daactual DRAPCentro registou importantes alterações ao nível da estruturadas explorações e dos sistemas produtivos, designadamente:

- Desaparecimento de 55% das explorações, principalmente as de menordimensão (inferiores a 5 hectares) e aumento do número de exploraçõescom mais de 50 hectares;

- Redução da área total das explorações agrícolas, que agora representaapenas 30% da área territorial;

- Aumento da dimensão média da Superfície Agrícola Utilizável (SAU)das explorações agrícolas, que passou de 3,59 para 5,57 hectares /exploração;

- Reorientação para sistemas de produção extensivos, com aumentosensível da área de pastagens (52% da SAU em 2009);

- Diminuição da área de terras aráveis e correspondente diminuição dasculturas temporárias (cereais para grão, leguminosas secas, batata) ediminuição das culturas permanentes (frutos frescos, frutos secos, olivale vinha);

- Redução acentuada do número de explorações agrícolas com animais,em especial com o desaparecimento de muitas unidades de menordimensão, conduzindo a aumento na dimensão do efectivo médio (nocaso dos bovinos quadruplicou-se o valor de 1989, situando-se agoranos 14,83 bovinos/exploração);

- Diminuição muito acentuada do número de explorações com aves,originando a existência de unidades avícolas mais especializadas, comum grande aumento no número total de bicos, em especial nos frangosde carne, que representam 61 % do total nacional.

Actualmente, de acordo com o Recenseamento de 2009, a populaçãoagrícola familiar na região ascende a 212 644 pessoas, o que significacerca de 30 % do total nacional.

As actividades produtivas que assumem maior expressão relativamenteao contexto nacional são a avicultura, a suinicultura e os ovinos e caprinosde aptidão leiteira, sobretudo em termos do número de explorações.

Estes dados evolutivos surgem na publicação do Recenseamento Agrícola2009, o mais recente e completo efectuado em Portugal e que veioproporcionar a um grande universo de utilizadores e também aos

decisores, um panorama abrangente de informação actual epormenorizada da Agricultura do País.

Trata-se de um conjunto de dados particularmente úteis para odebate e reflexão sobre o estado da agricultura portuguesa,particularmente no âmbito da negociação da Política AgrícolaComum (PAC) pós 2013 e sobre a problemática do auto-abastecimento, reflexo da dependência das importações, davolatilidade dos preços dos produtos agrícolas e da escalada dospreços dos factores de produção.

A este respeito, o relatório “Perspectivas Agrícolas 2011” divulgadopela OCDE em Junho último, aponta precisamente para um previsívelaumento do preço dos produtos agrícolas, claramente superior, emtermos reais, aos registados na década anterior devido ao aumentoda procura mundial, o qual não foi acompanhado na mesmaproporção por aumentos da produtividade da terra.

Este relatório salienta que “períodos prolongados de preços altospoderão tornar mais difícil a realização dos objectivos de segurançaalimentar global, colocando os consumidores pobres em risco desubnutrição”. A questão não pode deixar de ser colocada nestaaltura em que Portugal atravessa uma crise económica e social semparalelo na nossa memória colectiva recente.

Face à progressiva e já significativa dependência externa do Paísem bens agro-alimentares, a recuperação da competitividade éindissociável da modernização do sector, partindo-se doreconhecimento geral da sua importância social e económica parapromover de forma efectiva o indispensável rejuvenescimentoempresarial, o ordenamento e especialização agro-ecológica dosterritórios agrícolas e rurais, e a racionalização dos custos deprodução para obtenção de ganhos de produtividade.

RecenseamentoAgrícolade 2009

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O Grupo Derovo iniciou a sua actividade em 1994, com base numprojecto visionário implementado por um conjunto de 70 avicultores,que iniciaram uma indústria de ovosprodutos inovadora. Dois anosdepois, a fábrica de Pombal iniciava a produção de ovo líquido, ovointeiro, gema e clara, ganhando rapidamente a confiança da indústriaagro-alimentar.

Empresa agro-alimentar em expansão e crescimento sustentado, oGrupo Derovo conquistou um significativo reconhecimento, aoreceber em 2002 o prémio de Melhor Empresa de Ovoprodutos doMundo. Hoje em dia o grupo possui várias fábricas em Portugal:Pombal, Felgueiras, Proença-a-Nova; e em Espanha: Mieres e Madrid.

A DEROVO assume-se como uma das principais empregadoras dosector no concelho de Pombal, contribuindo assim para odesenvolvimento sócio-económico do concelho e da região. Estasinstalações fabris estão situadas na Zona Industrial de Pombal.

Tendo iniciado a sua actividade com uma laboração de 8 toneladasdiárias, a empresa processa hoje uma quantidade dez vezes superior.É dada preferência aos produtores nacionais, estipulando-sequinzenalmente uma quota mínima de entregas aos associados, aquem é fornecido um conjunto de normas técnicas paracumprimento. Podem ocorrer períodos de necessidades acrescidasde laboração que obriguem a aumento de entregas ou até mesmoa recorrer ao mercado espanhol, como geralmente acontece emperíodo da Páscoa e do Natal.

No quadro da certificação atribuída, a DEROVO obriga-se a prosseguiruma política de higiene e segurança alimentar relativamente a todasas suas actividades e produtos, considerando a melhoria contínuacomo parte integrante do negócio.

Rastreabilidade e bio-segurança são palavras de ordem.No laboratório da empresa, toda a matéria-prima entregue para aovo-indústria é submetida a análises microbiológicas, físico-químicase organolépticas que complementam a análise visual inicial.

Os ovos recebidos enquadram-se em categorias de peso/calibre,dureza da casca, grau de sujidade e outros parâmetros, que variamem função de múltiplos factores e que determinam a aceitação ourejeição e o encaminhamento do material entregue. O ovo de menorcalibre, por exemplo, é preferencialmente encaminhado paracozedura, especialmente se tiver a casca branca. Há uma empresado grupo que é responsável pela classificação do material, quer paraa própria DEROVO quer para produtores (associados ou não) eaccionistas.

As palettes entregues indicam o fornecedor e data de postura dosovos, regulando o seu envio para a zona de quebra da casca, faseem que se incorporam os dados relativos ao nº do tanque de pré-processamento, pasteurizador, tanques assépticos e enchedoras. Azona de produção tem uma adequada cabine de controlo e estãobem identificados todos pontos críticos onde ele é efectuado.

Toda a gama de produtos comercializados pela DEROVO tiveram adevida pasteurização e a informação consta dos produtos acabados(lotes de ovo, de gema e de clara ou suas combinações, natas diversas,fullprotein, doce de ovo, fio de ovo e ovo em spray com marcaprópria) e é levada até ao cliente final.

Os produtos são embalados em contentores adequados e de diversostipos, conforme se destinam a agro-indústrias de pequena, médiaou grande dimensão ou a outros agentes económicos.

A comercialização é assegurada por uma empresa específica dogrupo DEROVO, através de equipas dimensionadas para cobrir atotalidade do território de Portugal Continental e que contribui assimpara sustentar o crescimento empresarial. Recentemente foi

estabelecida uma parceria com uma conceituada empresaespanhola, através da qual se pretende explorar este mercado nasáreas da restauração, cantinas e “catering”.

Existe uma preocupação estratégica com a inovação e criação denovas gamas de produtos alimentares diferenciados, visandoconsolidar o mercado consumidor e conquistar novos mercados epúblicos-alvo específicos, com base em novos produtos (proteínadesidratada, por exemplo), com “packaging” e apresentaçãoatractivos, apelando à conveniência e facilidade de utilização.

Neste âmbito, a DEROVO já beneficiou e continua a beneficiar deapoios por via de projectos aprovados no actual Quadro EstratégicoNacional (QREN) vocacionados para investimento e reforço dainternacionalização, através de varias iniciativas como a presençade stands com os seus ovo-produtos em feiras e certames. Atravésdo PRODER, foram apresentados e aprovados dois projectos,desfazados no tempo, que possibilitaram a aquisição deequipamentos e de automatizações, bem como da ampliação emelhoramento das condições de armazenamento.

Muito embora não existam empresas concorrenciais em territórionacional, a direcção do grupo DEROVO revela marcada preocupaçãocom a inovação empresarial, aqui se incluindo a inovação internae externa. Daí surgem apostas em parcerias de Investigação &Desenvolvimento Tecnológico, por via da cooperação com centrosde investigação e de saber, visando a adopção de inovações e oaproveitamento de novas oportunidades de reforço dacompetitividade empresarial.

A aposta numa rede de cooperação científica e tecnológica,designadamente com a Universidade do Minho e com a EscolaSuperior Agrária de Coimbra, possibilita não só a qualificação dosrecursos humanos do grupo, como também encarar futurosinvestimentos em áreas-chave de modernização agro-industrial.

No âmbito da responsabilidade ambiental, a DEROVO preocupa-se em promover e adoptar boas práticas no uso eficiente dosrecursos energéticos, desde os sistemas de aquecimento até aotratamento dos resíduos provenientes da produção.

Todas as áreas de actividade, designadamente por parte doDepartamento de Qualidade e do Departamento Comercialpartilham a preocupação de melhoria contínua. Partindo daexperiência adquirida pelos colaboradores e apostando tambémna sua formação profissional, procura-se obter melhorias naeficiência e a eficácia do trabalho de grupo em todos os processos.C.A

DEROVO - Empresa líderna região centro

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A Estação Agrária de Viseu (EAV), que este ano comemora o seu75º aniversário, é uma estrutura especializada da DRAP Centro,integrada na sua Direcção de Serviços de Agricultura e Pescas e que tem como atribuições fundamentais a experimentação eapoio técnico na área da produção e protecção das principaisculturas agrícolas de interesse regional, com particular destaquepara a Fruticultura.

A zona de actuação da EAV abrange uma vasta região, delimitadapelo rio Mondego a sul, pelas serras de Montemuro e Leomil anorte, tendo a nascente a Serra da Lapa e concelhos do distritoda Guarda e a poente as Serras do Caramulo e do Buçaco. Avocação cultural desta vasta região tem expressão significativana qualidade dos produtos, designadamente da macieira, sendotambém de referir o olival, castanheiro e aveleira e, maisrecentemente algumas culturas abrangidas pela expressão“pequenos frutos”.

Junto da EAV funcionam outros serviços como a Estação de Avisosdo Dão, com um papel igualmente relevante na produção e adifusão do conhecimento técnico, razão pela qual se associa combastante frequência às acções de demonstração e divulgação deresultados, promovidas regularmente num quadro de apoiotécnico aos agentes económicos regionais.

A mais recente acção desta natureza ocorreu no passado dia 30de Junho, tendo merecido particular atenção a difusão de dadosdos ensaios desenvolvidos com as variedades regionais, e emespecial com a Bravo, as “novas” variedades de macieira, autilização de porta enxertos menos vigorosos, a prevenção do“escaldão” em macieiras da variedade Fuji e a monda de frutos.

Uma vez que a diminuição dos impactos ambientais assumecrescente importância, também estiveram em foco os ensaiosrecentes e em curso com base nas tecnologias inerentes ao Modode Produção Biológico nas culturas da macieira, oliveira,castanheiro e aveleira.

O cumprimento das novas normas relativas ao aprovisionamentoe aplicação dos produtos fitofarmacêuticos integrou o “pacotetécnico” dos resultados obtidos e das tecnologias recomendadose agora divulgados neste Dia Aberto, onde a participação geralrondou as duas centenas de interessados.

Apesar de notórios progressos nalgumas produções e áreasgeográficas bem delimitadas, como é o caso da Pêra Rocha, na regiãodo Oeste e da maçã na Beira Alta, o progresso da fruticultura nacionalainda não reúne condições para competir eficazmente com a de outrospaíses produtores.

Um olhar atento do consumidor sobre a proveniência da fruta expostapara venda em qualquer grande superfície, revela uma fraca presençado sector nacional, em particular no caso da maçã. Os fluxos decorrentesda natural sazonalidade das diferentes épocas de produção e colheitano outro lado do Atlântico Sul (Chile, Argentina, Brasil e Chile) sóparcialmente explicam esta opção dos grandes agentes económicos, jáque é possível encontrar muita maçã com origem em países do Centroe Sul da Europa, em especial, da França, Aústria e Itália.

Quais as consequências para a produção nacional ? Veja-se o caso dafábrica do grupo Danone em Castelo Branco, que anunciou recentementeo objectivo a sua quota de exportação dos actuais 13,5 % para 25% dasua produção até 2012.

A fábrica da Danone em Castelo Branco é a única do grupo em Portugale foi considerada a sexta melhor entre as 49 do grupo espalhadas pelomundo. Produz diariamente cerca de 1,5 milhões de iogurtes e, nosúltimos meses, desenvolveu uma nova receita de iogurte incorporando70% de ingredientes nacionais, sendo que o leite é totalmente portuguêse parcialmente recolhido no distrito.

Quanto à fruta utilizada no fabrico destes iogurtes, embora sejaprocessada em Portugal, não é de origem nacional. Segundo fonte daempresa, a importação só acontece porque “até ao momento nãoidentificamos um padrão de qualidade suficiente".

DIA DE CAMPONA ESTAÇÃO AGRÁRIA DE VISEU

A importância da Qualidade

As propriedades antioxidantes e nutricionais dos pequenos frutos eem especial do mirtilo originaram um projecto de investigaçãoapresentado no início do mês pela Escola Superior de Biotecnologiada Universidade Católica- Porto, no âmbito da quarta edição da Feirado Mirtilo, em Sever do Vouga.

O projecto é desenvolvido em parceria com a Mirtilusa – Sociedadede Produtores Horto-Frutícolas, Lda. e tem duração de 36 meses,abrangendo três colheitas consecutivas de mirtilos.

Para além do estudo dos factores genéticos que influenciam namanifestação de tais propriedades, o projecto «Myrtillus – Mirtilocom Inovação» tem também como objectivo a valorização do frutocom o intuito de obter novos produtos processados de maior valoracrescentado (fruto congelado, fruto seco e compotas de fruta).

O projecto visa ainda a conversão dos resíduos deste pequeno frutoa produtos de maior valor acrescentado (exemplo: formulação demisturas de folhas e frutos secos para infusões), numa perspectiva derentabilização dos agentes da fileira. Para as duas áreas de valorização(frutos e folhas), serão desenvolvidos e validados protótipos com basenas formulações e produtos que demonstrem ser mais promissores.A Frulact, empresa do sector agro-industrial, com reconhecidacapacidade de inovação, assegurará a concretização das diferentestarefas, dando o apoio necessário à Mirtilusa no desenvolvimento dainiciativa e integração de alguns dos produtos finais.

Investigação em pequenos frutos

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Contactos para notícias, comentários e sugestõ[email protected]ÚCLEO DE INFORMAÇÃO E RELAÇÕES PÚBLICAS - DRAP CentroAv. Fernão Magalhães, 465 3000-177 COIMBRATelef. 239 800 520 Fax 239 833 679

Ficha técnica

Director: Rui MoreiraCoordenação: Ângela Pinto CorreiaRedacção: Carlos Alarcão e J. A. AlmeidaFotos: Arquivo DRAP Centro

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O Secretário de Estado da Agricultura, Engº Diogo SantiagoAlbuquerque, reuniu com a Direcção da DRAP Centro, nas instalaçõesda Delegação Regional de Coimbra, no passado dia 8 de Julho.

A importância do porta-enxerto na produção de tomate, foi tema demais um dia de campo e de divulgação de resultados experimentais,promovido pelo sector de horticultura protegida da Direcção de Serviçosde Agricultura e Pescas, que teve lugar no dia 6 de Julho, em Arazede.O recursos a tecnologias adequadas promove o equilíbrio do ecosistemae a defesa do consumidor.

A DRAP Centro marcou presença na 48ª Feira Nacional de Agricultura,em Santarém, integrada na área do então MADRP.Estiveram representados na mostra da região centro, alguns dos seusprincipais produtos da agricultura e pesca, com a colaboração de 23entidades privadas e associativas. A mostra foi complementada comprovas.