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Redacao de Correspondencias Oficiais Pablo Jamilk 1o Enc

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Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do Alfa Concursos Públicos Online.

1º Bloco I. Definição; II. As Características da Correspondência Oficial; III. Impessoalidade.

2º Bloco

I. Continuação de Impessoalidade; II. Uso do Padrão Culto da Linguagem; III. Clareza; IV. Concisão; V. Formalidade E Uniformidade.

3º Bloco I. Os Vocativos e Pronomes de Tratamento Mais Utilizados; II. Os Fechos Adequados Para Cada Correspondência.

4º Bloco

I. Normas Gerais de Elaboração para Documentos Oficiais; II. Destaques; III. Siglas e Acrônimos; IV. Enumerações; V. Grafia de Numerais.

5º Bloco I. Exercícios Relativos ao Encontro.

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I. DEFINIÇÃO

A redação oficial é o meio pelo qual se estabelecem as relações de serviço na administração pública. Para que haja eficiência nas comunicações desse caráter, faz-se necessário observar algumas regras padronizadas pela tradição. Muito contrariamente ao que se diz, a redação oficial está longe de ser algo embotado, em descontinuidade com a língua e desvinculada do processo vivo da linguagem. O rigor adotado pela estrutura e pelas formas de tratamento da redação de expediente serve para garantir que não ocorram ambiguidades, ruídos comunicativos e outros problemas que, a longo prazo, poderiam prejudicar as relações de serviço na administração pública.

Em nosso programa de estudo, focalizaremos, na primeira parte, as características da correspondência oficial para que se possa entender como o texto deve ser escrito e estruturado, bem como os vocativos, pronomes de tratamento e fechos correspondentes às autoridades que redigem e recebem as comunicações. O propósito da presente divisão é em razão de, estatisticamente, a maior parte das questões de concurso público relacionadas ao tema de redação de expediente visarem os temas mencionados. A partir do primeiro encontro, tudo já ficará mais fácil para o concursando.

Ao concursando que, pela primeira vez, está estudando o presente conteúdo, desejo fé, força e persistência, para que você não desanime pensando que possa ser difícil ou mesmo moroso o aprendizado. Estudaremos juntos, objetivando a melhor maneira de se aprender a linguagem correta, própria às redações de expediente. Trabalharemos o conteúdo básico, mas com muita responsabilidade. FORÇA GUERREIRO!

II. AS CARACTERÍSTICAS DA CORRESPONDÊNCIA OFICIAL

Em qualquer comunicação, oficial ou não, o propósito básico é um só: a transmissão de algum tipo de mensagem. Para que a transmissão em foco ocorra, deve-se primar pela linguagem adequada ao contexto comunicativo. Em uma circunstância de informalidade, o registro linguístico é identificado como menos rigoroso, ou seja, não há preocupação grande com a correção gramatical, com a precisão da mensagem etc. Já, em uma situação comunicativa de maior tensão, ou seja, que exige maior formalidade, o registro do padrão culto da língua é exigido, a fim de que a mensagem seja clara e objetivamente transmitida.

A comunicação oficial necessita, sobremaneira, de precisão e clareza comunicativa, entendida, portanto, como situação linguística de maior tensão. Logo, adotam-se alguns princípios para a sua constituição, os quais estudaremos a partir de agora.

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III. IMPESSOALIDADE

A finalidade da língua é comunicar, quer pela fala, quer pela escrita. Para que a comunicação ocorra, são necessários os elementos do ato comunicativo:

Ou seja:

a) alguém que comunique (emissor);

b) algo a ser comunicado (mensagem);

c) alguém que receba essa comunicação (receptor).

I. CONTINUAÇÃO DE IMPESSOALIDADE

No caso da redação oficial, quem comunica é o Serviço Público (este ou aquele Ministério, Secretaria, Departamento, Divisão, Serviço, Seção); o que se comunica é sempre algum assunto relativo às atribuições do órgão que comunica; o receptor ou destinatário dessa comunicação ou é o público, o conjunto dos cidadãos, ou outro órgão público, do Executivo ou dos outros Poderes da União.

Para que o tratamento nas comunicações oficiais seja considerado, de fato, como impessoal, necessita-se, dentre outras características:

da ausência de impressões individuais de quem comunica: o que quer dizer que é vetado ao emissor da comunicação introduzir interpelações que pessoalizem o texto, como o pronome de tratamento “você”, bem como também ficam proibidas sentenças cristalizadas como “eu acho”, “na minha opinião” etc. Lembre-se de que ninguém está preocupado com a “sua opinião” ela não faz parte da comunicação direta de um aviso ou ofício, por exemplo;

da impessoalidade de quem recebe a comunicação, com duas possibilidades: ela pode ser dirigida a um cidadão, sempre concebido como público, ou a outro órgão público. Nos dois casos, temos um destinatário concebido de forma homogênea e impessoal. O que significa que deve ser evitado qualquer tipo de intimidade comunicativa;

do caráter impessoal do próprio assunto tratado: se o universo temático das comunicações oficiais se restringe a questões que dizem respeito ao interesse público, é óbvio que não há espaço para qualquer tom particular ou pessoal.

Nota-se que, desse modo, não há lugar na redação oficial para impressões pessoais, como as que, por exemplo, constam de uma carta a um amigo, ou de um artigo assinado de jornal, ou mesmo de um texto literário. A redação oficial deve permanecer sempre isenta da interferência da individualidade quem a elabora.

II. USO DO PADRÃO CULTO DA LINGUAGEM

Devido ao caráter impessoal do expediente comunicativo, deve-se primar (privilegiar) o uso do padrão culto da linguagem, ou seja, quando se redige um texto oficial, a correção gramatical e o registro formal da língua são imprescindíveis. Forjemos um exemplo para entender melhor a situação. Imagine que você é um ministro ou mesmo o reitor de uma universidade e receba a seguinte correspondência:

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Fica evidente que a correspondência anterior, além de ser cômica, é uma afronta a autoridade de quem a recebe.

Deve-se, a todo custo, evitar o uso de gírias, palavras de baixo-calão ou mesmo o registro informal da linguagem. Para que isso ocorra, é preciso que o emissor da comunicação domine parcialmente (Digo “parcialmente”, pois ninguém, nem mesmo o mais graduado estudioso domina toda a língua.) os mecanismos linguísticos a fim de que conheça as mais elementares regras gramaticais. Dentre as mais primordiais para uma boa redação cito as seguintes:

Concordância;

Acentuação;

Regência;

Emprego dos pronomes demonstrativos;

Conjugação verbal;

Ambiguidade (casos).

Recomendo ao concursando que pratique constantemente exercícios relativos à língua e à correção gramatical, para que não haja dúvidas ou entraves para entender os princípios da redação oficial. O melhor é adquirir as aulas de Língua Portuguesa do Alfa Concursos Públicos Online.

III. CLAREZA

Consiste, basicamente, na objetividade da mensagem. Não se concebe um texto oficial obscuro ou de difícil entendimento. Para que haja clareza na mensagem, a observação dos itens anteriores é imprescindível, bem como a formalidade e a padronização, que serão vistos posteriormente.

IV. CONCISÃO

O conceito de concisão é exprimível em poucas palavras: consiste em transmitir o máximo de ideias e conteúdos com o mínimo de palavras. Para que o texto fique conciso, sem comprometer a mensagem que se pretende transmitir, é preciso que o redator possua conhecimento suficiente do tema, também é necessário tempo suficiente para fazer a correção do texto.

Diferentemente do que o senso comum pode compreender, a concisão não consiste em suprimir trechos fundamentais do texto com finalidade de resumi-lo. Com efeito, deve-se, apenas, retirar expressões inúteis, redundâncias e palavras desnecessárias ao propósito da comunicação.

V. FORMALIDADE e UNIFORMIDADE

São dois aspectos irmanados, uma vez que, ao falar de Administração Pública e redação de documentos que lhe são relativos, é preciso entender a necessidade de haver uma padronização na comunicação oficial.

Pensando nisso, o Manual de Redação da Presidência da República estabelece uma formatação especifica para cada tipo de correspondência ou documento. Para que não se redija um memorando ou um requerimento sem qualquer tipo de padronização, estudaremos os elementos estruturantes das mais relevantes comunicações de caráter oficial. Além da disposição do texto, também deve-se entender quais são as formas de tratamento e os fechos adequados para cada autoridade que possa receber a correspondência.

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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO TEXTO OFICIAL

Impessoalidade:

Evite marcas de impressões pessoais do tipo “na minha opinião” ou “e aí, como é que vai?, “eu acho” etc.

Concisão:

Seja conciso. Redija um texto capaz de transmitir um máximo de informações com um mínimo de palavras. Para isso, tenha domínio do assunto e não enrole.

Pronomes de tratamento:

Use corretamente os pronomes de tratamento.

Expressões artificiais:

Não confunda respeito e impessoalidade com o uso de expressões artificiais e cristalizadas que estão em desuso como “Venho por meio desta”, “Rogo-lhe tal missiva”, “Tenho a honra de" ou "Cumpre-me informar que". Tais expressões devem dar lugar à forma direta, à objetividade.

I. OS VOCATIVOS E PRONOMES DE TRATAMENTO MAIS UTILIZADOS

Vamos utilizar o próprio Manual de Redação da Presidência da República para emiuçar esse assunto. Como visto, o emprego dos pronomes de tratamento obedece a secular tradição. São de uso consagrado, vejamos suas aplicações:

Vossa Excelência, para as seguintes autoridades:

a) Do Poder Executivo:

Presidente da República;

Vice-Presidente da República;

Ministros de Estado*;

Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal;

Oficiais-Generais das Forças Armadas;

Embaixadores;

Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos de natureza especial;

Secretários de Estado dos Governos Estaduais;

Prefeitos Municipais.

* Nos termos do Decreto no 4.118, de 7 de fevereiro de 2002, art. 28, parágrafo único, são Ministros de Estado, além dos titulares dos Ministérios: o Chefe da Casa Civil da Presidência da República, o Chefe do Gabinete de Segurança Institucional, o Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, o Advogado-Geral da União e o Chefe da Corregedoria-Geral da União.

b) Do Poder Legislativo:

Deputados Federais e Senadores;

Ministros do Tribunal de Contas da União;

Deputados Estaduais e Distritais;

Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais;

Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais.

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c) Do Poder Judiciário:

Ministros dos Tribunais Superiores;

Membros de Tribunais;

Juízes;

Auditores da Justiça Militar.

O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas aos Chefes de Poder é Excelentíssimo Senhor, seguido do cargo respectivo:

Excelentíssimo Senhor Presidente da República,

Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional,

Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal.

As demais autoridades serão tratadas com o vocativo Senhor, seguido do cargo respectivo:

Senhor Senador,

Senhor Juiz,

Senhor Ministro,

Senhor Governador,

No envelope, o endereçamento das comunicações dirigidas às autoridades tratadas por Vossa Excelência, terá a seguinte forma:

Exemplo 1:

A Sua Excelência o Senhor

Fulano de Tal

Ministro de Estado da Justiça

70064-900 – Brasília. DF

Exemplo 2:

A Sua Excelência o Senhor

Senador Fulano de Tal

Senado Federal

70165-900 – Brasília. DF

Exemplo 3:

A Sua Excelência o Senhor

Fulano de Tal

Juiz de Direito da 10a Vara Cível

Rua ABC, no 123

01010-000 – São Paulo. SP

Em comunicações oficiais, está abolido o uso do tratamento digníssimo (DD), às autoridades arroladas na lista anterior. A dignidade é pressuposto para que se ocupe qualquer cargo público, sendo desnecessária sua repetida evocação.

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Vossa Senhoria é empregado para as demais autoridades e para particulares. O vocativo adequado é:

Senhor Fulano de Tal,

No envelope, deve constar do endereçamento:

Ao Senhor

Fulano de Tal

Rua das Petúnias, no 689

12345-000 – Cascavel. PR

Como se depreende do exemplo acima, fica dispensado o emprego do superlativo ilustríssimo para as autoridades que recebem o tratamento de Vossa Senhoria e para particulares. É suficiente o uso do pronome de tratamento Senhor.

Acrescente-se que doutor não é forma de tratamento, e sim título acadêmico. Ou seja, doutor é quem possui doutorado. Não se pode utilizar de maneira indiscriminada, imaginando que se trata de uma forma polida para com o interlocutor da comunicação.

Mencionemos, ainda, a forma Vossa Magnificência, empregada por força da tradição, em comunicações dirigidas a reitores de universidade. Corresponde-lhe o vocativo “Magnífico Reitor”.

Os pronomes de tratamento para religiosos, de acordo com a hierarquia eclesiástica, são:

Vossa Santidade, em comunicações dirigidas ao Papa. O vocativo correspondente é “Santíssimo Padre”.

Vossa Eminência ou Vossa Eminência Reverendíssima, em comunicações aos Cardeais. Corresponde-lhe o vocativo:

Eminentíssimo Senhor Cardeal;

Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor Cardeal.

Vossa Excelência Reverendíssima é usado em comunicações dirigidas a Arcebispos e Bispos;

Vossa Reverendíssima ou Vossa Senhoria Reverendíssima para Monsenhores, Cônegos e superiores religiosos;

Vossa Reverência é empregado para sacerdotes, clérigos e demais religiosos;

Lembre-se, sempre, de que a concordância verbal na correspondência oficial, independente do vocativo adotado, é realizado como se o pronome fosse o “você”.

Exemplo:

Vossa Senhoria recebeu o comunicado.

Vossa Excelência não cumpriu a determinação.

II. OS FECHOS ADEQUADOS PARA CADA CORRESPONDÊNCIA

O fecho das comunicações oficiais possui, além da finalidade óbvia de arrematar o texto, a de saudar o destinatário. São divididos, para sintetizar, em apenas dois fechos simples:

Para autoridades superiores, inclusive o Presidente da República:

Respeitosamente,

Para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior:

Atenciosamente,

Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações dirigidas a autoridades estrangeiras, que atendem a rito e tradição próprios, devidamente disciplinados no Manual de Redação do Ministério das Relações Exteriores.

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RESUMO

Resumo dos principais pronomes de tratamento:

Resumo para os Fechos:

A dica é a seguinte:

Se o cara é superior, você tem respeito!

Se o cara é igual ou inferior, você nem dá atenção!

I. NORMAS GERAIS DE ELABORAÇÃO PARA DOCUMENTOS OFICIAIS

Ao se elaborar uma correspondência com o Padrão Ofício, fique de olho nas seguintes regras:

1. Utilize as espécies documentais, de acordo com as finalidades expostas nas estruturas dos modelos que serão expostos;

2. Utilize os pronomes de tratamento, os vocativos, os destinatários e os endereçamentos corretamente;

3. Utilize a fonte do tipo Times New Roman de corpo:

12 no texto em geral;

11 nas citações;

10 nas notas de rodapé.

4. Para símbolos que não existem na fonte Times New Roman pode-se utilizar as fontes:

Symbol;

Wingdings.

5. É obrigatório constar, a partir da segunda página, o número da página;

6. Os ofícios, memorandos e seus anexos poderão ser impressos em ambas as faces do papel. Neste caso, as margens esquerda e direita terão as distâncias invertidas nas páginas pares (“margem espelho”);

No caso de Comunicação Interna, o destinatário deverá ser identificado pelo cargo, não necessitando do nome de seu ocupante. Exceto para casos em que existir um mesmo cargo para vários ocupantes, sendo necessário, então, um vocativo composto pelo cargo e pelo nome do destinatário em questão.

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Exemplo:

Ao Senhor Assessor

Mariano Silveira

Quando um documento estiver respondendo à solicitação de outro documento, deve-se fazer referência à espécie, ao número e à data ao qual se refere.

O tema ou assunto que motiva a comunicação deve ser introduzido no primeiro parágrafo, seguido do detalhamento e conclusão. Se houver mais de uma ideia contida no texto, deve-se tratar dos diferentes assuntos em parágrafos distintos.

A referência ao ano do documento deve ser feita após a espécie e número do expediente, seguido de sigla do órgão que o expede.

Exemplo:

Ofício nº 33/2009-DAI/TCE

II. DESTAQUES

São recursos tipográficos do texto que possuem o propósito de propiciar “pontos de atenção” ao que se comunica. Vejamos os principais:

ITÁLICO

Por convenção, usa-se o recurso do itálico em títulos de livros, de periódicos, de peças, de óperas, de música, de pintura e de escultura. Também pode ser usado em nomes de eventos e estrangeirismos citados no corpo do texto. Lembre-se, porém, de que, na grafia de nome de instituição estrangeira, não se pode usar o itálico.

Observação: se o texto já estiver todo escrito em itálico, a marcação que destaca as palavras e locuções de outros idiomas que não foram adaptadas ao português, pode ser feito por meio de um recurso que se chama “redondo”, ou seja, o contrário do itálico, grafar a palavra normalmente sem o recurso em questão.

O itálico é utilizado na grafia de nomes científicos, de animais e vegetais (Exemplos: Oriza Sativa; Apis mellifera). Finalmente, também é possível sua utilização, desde que sem exageros, na escrita de palavras e/ou de expressões às quais se queira enfatizar, recurso tal que pode ser substituído pelas aspas.

ASPAS

As duplas (“ ”) são utilizadas para:

Introduzir citações diretas cujos limites não ultrapassem três linhas;

Evidenciar neologismos – sentido inusitado de uma palavra ou de uma expressão seja por um processo de transformação linguística como derivação ou composição, seja pelo deslocamento do sentido no contexto da sentença. Por exemplo: “bailarinar a cena”; “printar”; “cano”, para indicar arma de fogo;

Ressaltar o sentido de uma palavra quando não habitual, principalmente nos casos de derivação imprópria – Exemplos: Havia um “porém” no olhar do diretor;

Evidenciar o valor – irônico ou afetivo de um termo – Exemplos: Joãozinho é o “aluninho” do professor Mário.

As aspas simples (‘ ’) são utilizadas quando, qualquer uma das circunstâncias mencionadas surge dentro de uma citação que já foi introduzida por aspas.

NEGRITO

Muito comum em transcrição de entrevistas, separando perguntas e respostas, o negrito também pode ser utilizado na indicação de títulos ou subtítulos. Além dessas características, também se pode valer do negrito para enfatizar um termo dentro de um segmento textual, embora esse uso deva ser comedido.

MAIÚSCULAS

A regra mais comum indica que a letra maiúscula é utilizada no início de sentenças, bem como nos títulos de obras de arte ou de natureza técnico-científica. Além desses usos, convencionou-se o emprego nas seguintes circunstâncias:

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substantivos que indicam nomes próprios e de sobrenomes (Pablo Jamilk) de cognomes (Pepino, o Breve); de alcunhas (o Caveira); de pseudônimos (Joãzinho Trinta); de nomes dinásticos (os Médici);

topônimos (Brasília, Paris); regiões (Nordeste, Sul); nomes de instituições culturais, profissionais e de empresa (Fundação Getúlio Vargas, Associação Brasileira

de Jornalistas, Lojas Americanas); nome de divisão e de subdivisão das Forças Armadas (Marinha, Polícia Militar); nome de período e de episódio histórico (Idade Média, Estado Novo); nome de festividade ou de comemoração cívica (Natal, Quinze de Novembro); designação de nação política organizada, de conjunto de poderes ou de unidades da Federação (golpe de

Estado, Estado de São Paulo); nome de pontos cardeais (Sul, Norte, Leste, Oeste); nome de zona geoeconômica e de designações de ordem geográfica ou político-administrativa (Agreste,

Zona da Mata, Triângulo Mineiro); nome de logradouros e de endereço (Av. Rui Barbosa, Rua Cesário Alvim); nome de edifício, de monumento

e de estabelecimento público (edifício Life Center, Estádio do Maracanã, Aeroporto de Cumbica, Igreja do São José);

nome de imposto e de taxa (Imposto de Renda); nome de corpo celeste, quando designativo astronômico (“A Terra gira em torno do Sol”); nome de documento ao qual se integra um nome próprio (Lei Áurea, Lei Afonso Arinos).

MINÚSCULAS

Além de sempre usada na grafia dos termos que designam as estações do ano, os dias da semana e os meses do ano, a letra minúscula (comumente chamada de caixa baixa – Cb), é também usada na grafia de:

cargos e títulos nobiliárquicos (rei, dom); dignitários (comendador, cavaleiro); axiônimos correntes (você, senhor); culturais (reitor, bacharel); profissionais (ministro, médico, general, presidente, diretor); eclesiásticos (papa, pastor, freira);

gentílicos e de nomes étnicos (franceses, paulistas, iorubas); nome de doutrina e de religiões (espiritismo, protestantismo); nome de grupo ou de movimento político e religioso (petistas, umbandistas); na palavra governo (governo Fernando Henrique, governo de São Paulo); nos termos designativos de instituições, quando esses não estão integrados no nome delas – Exemplos: A

Agência Nacional de Águas tem por missão (…), no entanto, a referida agência não exclui de suas metas os compromissos relacionados a…;

nome de acidente geográfico que não seja parte integrante do nome próprio: rio Amazonas, serra do Mar, cabo Norte (mas, Cabo Frio, Rio de Janeiro, Serra do Salitre);

prefixo Exemplos: ex-Ministro do meio Ambiente, ex-Presidente da República; nome de derivado: weberiano, nietzschiano, keynesiano, apolíneo; pontos cardeais, quando indicam direção ou limite: o norte de Minas Gerais, o sul do Pará – observe: “É bom

morar na Região Norte do Brasil, mas muitos preferem o sul de São Paulo”.

III. SIGLAS E ACRÔNIMOS

Sigla é a representação de um nome por meio de suas letras iniciais – Exemplos: CPF, CLT, INSS. Apesar de obedecer às mesmas regras dispostas para as siglas, os acrônimos são distintos em sua formação, ou seja, são palavras constituídas pelas primeiras letras ou sílabas de outras palavras – Exemplo: Petrobrás.

Regras:

Costuma-se não se colocar ponto nas siglas; São grafadas em caixa alta as compostas apenas de consoante: FGTS; São grafadas em caixa alta as siglas que, apesar de compostas de consoante e de vogal, são pronunciadas

mediante a acentuação das letras: IPTU, IPVA, DOU; São grafados em caixa alta e em caixa baixa os compostos de mais de três letras (vogais e consoantes) que

formam palavra: Bacen, Cohab, Ibama, Embrapa. Siglas e acrônimos devem vir precedidos de respectivo significado e de travessão em sua primeira ocorrência

no texto (Exemplos: Diário Oficial do Estado – DOE).

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IV. ENUMERAÇÕES

Nas enumerações, a introdução dos elementos deve ser realizada por meio do sinal de dois pontos, seguida dos elementos enumerados que devem aparecer introduzidos por algum tipo de marcador. O mais comum é o marcador feito com letras minúsculas em ordem alfabética seguidas de parênteses. Ex.: a), b), c). Lembre-se de que outros marcadores também podem ser utilizados.

Os elementos da enumeração são, usualmente, concluída com ponto-e-vírgula até o penúltimo item, pois o último elemento deverá ser finalizado por ponto final. Caso o trecho anunciativo termine com um ponto final, os itens que o sucedem serão grafados com a inicial maiúscula, bem como serão finalizados com ponto final.

V. GRAFIA DE NUMERAIS

Os numerais são geralmente grafados com algarismos arábicos. Todavia, em algumas situações especiais é regra grafá-los, no texto, por extenso. Vejamos algumas dessas situações:

De zero a nove: três livros, quatro milhões;

Dezenas redondas: trinta cadernos, setenta bilhões;

Centenas redondas: trezentos mil, novecentos trilhões, seiscentas pessoas.

Em todos os casos, porém, só se usam palavras quando não há nada nas ordens ou nas classes inferiores (Exemplos: 20 mil, mas 20.300 e não 20 mil e trezentos; 123.450 e não 123 mil e quatrocentos e cinquenta).

Acima do milhar, no entanto, dois recursos são possíveis:

Aproximação de número fracionário, como em 45,8 milhões;

Desdobramento dos dois primeiros termos, como em 45 milhões e 789 mil.

Os ordinais são grafados por extenso de primeiro a décimo, os demais devem ser representados de forma numérica: terceiro, quinto, mas 13º, 47º etc.

BIBLIOGRAFIA

Brasil. Agência Nacional de Águas. Manual de redação e de atos oficiais. Brasília: ANA, SGE, CDOC, 2005.Brasil.

Presidência da República. Manual de redação da Presidência da República. Brasília: Presidência da República, 2002.

KASPARY, Adalberto José. Redação Oficial: normas e modelos. Porto Alegre: PRODIL, 1993.

I. EXERCÍCIOS RELATIVOS AO ENCONTRO

1. A correspondência oficial caracteriza-se por ser impessoal, utilizar o padrão culto da língua e apresentar linguagem clara, concisa e uniforme. Sabendo isso, complete os espaços do modelo apresentado abaixo.

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Assinale a alternativa que completa corretamente os espaços:

a) à rua – situada à rua – requeiro – vos digneis

b) à rua – sita na rua – deseja – vos digneis

c) na rua – sita à rua – requer – se digne

d) na rua – situada na rua – requerer – se digne

(L.1) Estudo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estima que, nos próximos quatro anos, os investimentos na indústria brasileira chegarão (L.4) a R$ 500 bilhões, um valor 60% maior do que os R$ 311 bilhões investidos entre 2005 e 2008 (o banco não incluiu 2009, pois ainda não dispõe de dados consolidados do ano (L.7) passado).

O estudo aponta forte concentração dos investimentos na exploração de petróleo e gás, não tanto no pré-sal, mas, (L.10) especialmente, na cadeia econômica ligada ao óleo, como a indústria naval e a de fabricação de plataformas. Trata-se de um investimento que estimula outros setores da economia.

(L.13) Mas o BNDES prevê também fortes investimentos em setores voltados para atender à demanda interna, entre os quais o automobilístico.

O Estado de S. Paulo, Editorial 30/3/2010 (Com adaptações).

Com base no texto acima, julgue os itens.

2. As escolhas lexicais e sintáticas do autor estariam adequadas a documentos da correspondência oficial, caso o texto compusesse um relatório, um ofício ou um parecer.

3. No que concerne à redação oficial, é incorreto afirmar que:

a) é imperativo recorrer a uma certa formalidade de tratamento nas comunicações oficiais.

b) se deve dar um tratamento impessoal aos assuntos que constam das comunicações oficiais.

c) os textos oficiais, por sua finalidade de informar com clareza e concisão, requerem o uso do padrão culto da língua.

d) se emprega Excelentíssimo Senhor, seguido do respectivo cargo, no vocativo de comunicações dirigidas a toda autoridade do Poder Público.

(L.1) Desde que eu vou ao Fórum Econômico Mundial em Davos, nenhum país atiçou a imaginação da conferência e dominou a discussão como a Índia em 2006.

(L.4) O Estado indiano foi um estrondoso sucesso em uma frente. A democracia indiana é uma maravilha a ser observada. Um dos países mais pobres do mundo, ela manteve (L.7) um governo democrático por mais de 60 anos. E essa é, certamente, uma das maiores virtudes do país quando comparado a muitos outros países em desenvolvimento.

(L.10) A democracia dá lugar ao populismo, politicagem e perda de tempo. Mas também dá lugar à estabilidade no longo prazo. Há elementos da democracia que ferem, principalmente (L.13) em um país com pobreza, feudalismo e analfabetismo galopantes. Democracia na índia frequentemente significou não a vontade da maioria, mas a vontade das minorias (L.16) organizadas. Mas a democracia tem seus próprios meios de se reequilibrar.

Fareed Zakaria. Por que a Índia é um exemplo. In: Época. 6/3/2006 (com adaptações).

4. Pelo tema abordado, o texto pode integrar um documento oficial, como um relatório ou um parecer, por exemplo. Assinale a opção que representa uma alteração necessária para que o texto respeite, também na forma, as normas de redação de documentos oficiais.

a) Reescrever a primeira oração de maneira menos pessoal: Desde que existe o Fórum Econômico Mundial de Davos.

b) Substituir a preposição “por” (L.7) por outra de regência mais formal: durante.

c) Retirar a ideia de avaliação sugerida pela comparação com “outros países em desenvolvimento” (L.9).

d) Substituir as duas ocorrências da expressão coloquial “dá lugar” (L.10) pelo verbo, mais formal, cede.

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(L.1) RESOLUÇÃO N.º 302, DE 20 DE MARÇO DE 2002

Dispõe sobre os parâmetros, definições e imites de Áreas de Preservação (L.4) Permanente de reservatórios oficiais e o regime de uso no entorno.

O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - (L.7) CONAMA, no uso das competências que lhe são conferidas pela lei etc. etc.

(...)

(L.10) Considerando que as áreas de Preservação Permanente e outros Espaços territoriais especialmente protegidos, como instrumentos de relevante interesse ambiental, integram o (L.13) desenvolvimento sustentável, objetivo das presentes e futuras gerações, resolve:

(...)

5. Considerando que a transcrição de trechos da resolução acima não foi fiel a alguns aspectos do texto original e com isso desrespeitou as normas de redação de documentos oficiais, assinale a opção correta.

a) A forma verbal “Dispõe” (L.2), da ementa, deveria ser substituída por uma forma nominal, como Dispondo.

b) O emprego do pronome “lhe” (L.7) desrespeita as regras de regência da norma de padrão culta que deve ser utilizada.

c) O uso de letras maiúsculas para identificar nomes e títulos não foi respeitado em “áreas de Preservação Permanente” (L.10) e foi inadequado em “Espaços territoriais” (L.11).

d) A vírgula depois de “ambiental” (L.12) desrespeita as regras de pontuação e deve ser retirada.

6. Clareza e correção, imprescindíveis na redação de correspondência oficial, estão presentes em:

a) Em atenção à solicitação recebida por este departamento, vimos informar a V. Exa. que serão tomadas as devidas providências, bem como encaminhadas as informações dentro do prazo estipulado, como requerem os objetivos de transparência e agilidade no cumprimento de nossas funções.

b) As Comissões Legislativas que se encarregaram de avaliar os projetos elaborados por deputados dessa bancada sugeriram que sejam submetidos a maiores esclarecimentos, no sentido de se ampliar sua participação na área abrangida por eles, a ser encaminhadas por escrito.

c) A Vossa Excelência, ilustre e nobre Deputado, estamos encaminhando reivindicações dos moradores deste município, que diz respeito a melhoria efetiva de nossas estradas, facilitando o acesso e o transporte de bens produzidos aqui para comercialização nas cidades vizinhas.

d) Como se tratavam de situações calamitosas, causadas por chuvas torrenciais, provocando deslizamentos de morros, soterramento de pessoas, inundação de casas, sem os remédios para controlar eventuais epidemias, viemos solicitar a liberação das verbas do município contra catástrofes.

e) Aproveitamos o ensejo para esclarecer a V. Sa. que nos é obrigado a enfatizar as conclusões apostas a este Parecer, porque, quando se iniciar os trabalhos desta legislatura, irá aparecer, sem dúvida, as origens dessa crise em que se mergulhou recentemente.

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Considere a hipótese de que o documento a seguir tenha sido redigido para ser encaminhado ao diretor de segurança no trânsito do DETRAN/DF.

Memorando nº 3/NUCET

Em 5 de fevereiro de 2009.

Ao D.D. Diretor de Segurança no Trânsito do DETRAN/DF

Assunto: _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

Tem ocorrido, em anos anteriores, excessos de motoristas quanto à perigosa mistura bebida + direção, nos dias de folia carnavalesca, onde a ingestão de bebidas alcoólicas se eleva, em nome da descontração e da alegria próprios dos brasileiros.

2. Nessa época, desaparecem as diferenças entre pobre e rico, Jovem e velho, mulheres e homens, e todos se lançam à folia, como se o mundo fosse acabar amanhã.

3. Por causa disso, solicito à Vossa Senhoria a presença do Grupo de Teatro do DETRAN na Praça do Dl, reduto dos foliões mais intempestivos, onde se verificam muitas ocorrências de trânsito irresponsável, no intuito de intensificar as atividades educativas em Taguatinga, neste ano.

4. Certo de contar com vossa atenção, já demonstrada em preitos anteriores, coloco-me à disposição parao que for de seu desejo.

Atenciosamente,

FSFIlho

Chefe do Núcleo de

Campanhas Educativas da Trânsito

7. Por tratar-se de expediente oficial, não cabem, no memorando, comentários e impressões pessoais, como os que se verificam no segundo parágrafo do texto em apreço.

8. Considerando-se concisão e uniformização — dois dos princípios que regem a comunicação oficial —, o quarto parágrafo é inteiramente suprimível, sem que haja prejuízo para o entendimento, pelo destinatário, do que solicita o emissor no memorando.

9. No que se refere à correção gramatical e adequação da redação oficial, julgue os próximos itens.

Em ofício encaminhado pelo diretor-geral do DETRAN/DF a ministro de Estado, o emprego do vocativo “Senhor Ministro”, é considerado correto, de acordo com as normas estabelecidas para a redação oficial.

Homem, o sexo frágil

(L.1) O Censo trouxe a público uma boa notícia. A esperança de vida ao nascer alcançou, em 2009, os 73 anos e dois meses — um aumento de 3 meses em relação ao ano (L.4) anterior. Mas os dados escondem um retrato brasileiro que pede atenção: os homens continuam vivendo menos do que as mulheres. Em 2009, a expectativa de vida deles era de 69 anos, (L.7) enquanto a delas atingiu os 77. E mais: essa diferença vem aumentando a longo prazo. Em 1910, as mulheres viviam um ano e dois meses a mais que os homens. A diferença subiu (L.10) para seis anos e um mês em 1989 e para sete anos e sete meses em 2009. A esperança de vida dos homens evolui mais timidamente — aumentou nove anos de 1980 a (L.13) 2009 —, enquanto a delas subiu 11 anos.

O fenômeno é mundial, mas é mais acentuado em nações em desenvolvimento, como o Brasil. "Sempre que uma (L.16) cidade ou um país passa por um rápido processo de urbanização, as taxas de homicídio e acidentes de trânsito aumentam significativamente", diz um técnico do Instituto (L.19) Brasileiro de Geografia e Estatística. "E os homens, por suas características biológicas e por seu estilo de vida, são mais suscetíveis a essas intervenções externas".

Cláudia Jordão. IstoÉ. 8/12/2010, p. 76 (com adaptações).

Com relação ao texto acima, julgue os itens subsequentes.

10. Por serem utilizadas para apresentar, objetivamente, dados de pesquisa científica, todas as estruturas e expressões do primeiro parágrafo são adequadas à redação de ofício que vise informar o ministro da previdência social sobre a expectativa de vida do povo brasileiro.

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Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do Alfa Concursos Públicos Online.

11. O trecho abaixo corresponde a fecho adequado para o documento que o funcionário deve escrever.

Subscrevo-me cortês e atenciosamente.

12. Caso o assunto já seja de conhecimento do destinatário, o funcionário pode redigir o ofício sem se preocupar em numerar os parágrafos ou em dar número de identificação ao documento.

GABARITO

1 - D

2 - CORRETO

3 - D

4 - A

5 - C

6 - A

7 - CORRETO

8 - CORRETO

9 - CORRETO

10 - ERRADO

11 - ERRADO

12 - ERRADO