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    REDE ESTADUAL - N 483 - NOVEMBRO DE 2015

    Um reajuste salarialpara elevar a autoestimaQ

    uando a APLB-Sindi-cato firmou o acordocom o governo para

    o reajuste salarial dacategoria por dois anos (2015 e2016) muitas crticas negativasforam feitas, sobretudo nas re-des sociais, como se o acordofosse ruim. Agora, os que criti-caram se do conta do quantoforam injustos. s olhar para aluta de outras categorias e per-ceber o ganho que a rede esta-dual auferiu.

    Na rede estadual, conquistamos

    3,5% em maio; 8,75% em junho;e 2,91% em novembro de 2015,mais o aumento linear (que leva

    em considerao a inflao doperodo), totalizando 15,71%.

    Em 2016, no ms de junho, tere-mos mais 7% de reajuste mais olinear. Perguntamos, qual a cate-goria que, mesmo lutando muito,conseguiu reajuste nesses nveis?

    Historiando nosso movimen-to, lembramos categoria quedesde a greve de 2012 (recordenacional de 115 dias), estamosconstruindo uma estratgia de

    garantir reajuste diferenciado.A antiga certificao, na gestode Paulo Souto e no princpio do

    governo Wagner, era feita tendocomo precedentes as provas deredao; conhecimentos gerais;conhecimento especfico; mdia7; vinculao ao IDEB; disponibili-zao, em mdia, de duas mil va-gas; e realizao de 3 em 3 anos.

    Depois de assembleias da cate-goria, a APLB-Sindicato propse aprovou o que vale hoje: semIDEB e permitida para todos.Nesse sentido acabamos com

    a meritocracia, que estimula oindividualismo e a competio.Para quem no tem Licenciatura

    foi garantido o direito de cursaruniversidade, inclusive ganhandobolsa para estudar. Conseguimosgarantir que quem estivesse emestgio probatrio ficaria comesse direito assegurado.

    Por fim, vale ressaltar, que essebenefcio, vem na forma de rea-juste salarial para os professoresda ativa, com Licenciatura Plena,Mestrado e Doutorado. Confiraas tabelas:

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    A APLB-Sindicato aprovou a proposta de calendrio escolar de 2016com um sbado letivo e o recesso de junho garantido. Confira:

    PROPOSTA DE CALENDRIO LETIVO 2016

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    Educadores ocupam Congresso Nacionale fazem passeata at o MEC

    Luta de dcadas do sindicato rende frutos:10 de dezembro, eleies diretas para gestores

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    ia 10 de dezembro para os professores darede estadual de ensino pblico da Bahia o Dia da Democracia. Graas luta da

    APLB-Sindicato, de mais de duas dca-das, haver eleies para diretores de escolas. Aluta continuou mesmo depois da primeira eleio,em 2008. Isto porque o governo no queria admi-tir eleies diretas nas escolas de tempo integral;nas escolas com educao profissional; e nas es-colas com IDEB abaixo de 2,5. A APLB-Sindicatomobilizou os gestores, fez uma plenria no audit-rio do Colgio Central; colocou faixas nas escolas,chamando a ateno para a importncia da eleiodireta e assim a Bahia torna-se referncia para oPas, tambm nesse aspecto. Dia 10 de dezembro,a comunidade escolar estar em todos os 1.369 co-lgios estaduais.

    Frisamos que, em 15 de novembro, os candidatosfizeram a prova, cujo resultado de carter elimi-

    natrio e classificatrio, com questes objetivas ser publicado no Dirio Oficial do dia 30 de

    novembro. Alm de testar habilidades e conhe-cimentos nas reas de gesto pedaggica, acertificao qualifica o candidato para a funo

    de gestor escolar.

    Para estar habilitado a se candidatar aos cargosde diretor e vice-diretor do magistrio pblicodos ensinos Fundamental, Mdio e da Edu-cao Profissional das unidades escolares darede pblica estadual, os docentes aprovadosna certificao tero que ter preenchidos umasrie de requisitos, como ter 94% de frequnciamnima no ano letivo, apresentao de um pla-no de gesto escolar e dois anos de experinciana gesto pblica e, no caso de candidato que

    j gestor, declarao de regularidade na pres-tao de contas anuais dos recursos finan-ceiros recebidos pela unidade, entre outrositens, conforme o decreto n 16.385 de outubrode 2015, do Governo do Estado da Bahia.

    Na quarta-feira (11 de novembro), cerca de 500 educa-dores de todo o Brasil, representando os 49 sindicatosfiliados Confederao Nacional dos Trabalhadoresem Educao (CNTE), ocuparam o Congresso Nacio-nal para exigir dos parlamentares apoio na defesa depautas que garantam mais qualidade para a escolapblica. A Delegao da APLB-Sindicato esteve pre-sente, liderada pelo coordenador-geral da entidade,professor Rui Oliveira.

    Os trabalhadores entregaram suas reivindicaes paradeputados e senadores, exigindo a aprovao da Lei deResponsabilidade Educacional PL 8.039/10; a aprova-o do PL 2.142/2011, que autoriza os IFES a ofertaremcursos do Profuncionrio e similares; e se manifesta-ram contra a Lei da Mordaa PL 867/2015; contra aTerceirizao PL 4.330/04 e PLC 30/15; e contra o PL6.726/13 e o PLS 131/15, que reduzem os recursos dosroyalties do petrleo e do Fundo Social para a educa-o e a sade.

    Tambm foi pauta da manifestao a manuteno docritrio de reajuste do piso do magistrio de acordocom a Lei 11.738, o que segundo Roberto Leo, presi-dente da CNTE, visa a garantir valorizao e equipara-o salarial com outras categorias, como prev o PlanoNacional de Educao:

    Ns somos contra uma alterao, porque o piso umalei que tem por objetivo valorizar os professores. Aindano um piso como ns gostaramos, para todos ostrabalhadores em educao, mas um piso para o ma-gistrio e que precisa continuar com o reajuste da formacomo a lei determina, pelo percentual que reajusta ocusto aluno do Fundeb. Se for reajustado apenas peloINPC isso vai contrariar o princpio, pois passar a sim-

    plesmente repor perdas sem valorizao. importanteque isto seja mantido, inclusive para que a meta 17 doPNE, que estabelece que ns temos um prazo para quea mdia do salrio dos professores seja igual a mdiados salrios dos profissionais de outros setores que te-nham a mesma formao seja cumprida.

    Os educadores lutam ainda pela instituio do piso sa-larial e das diretrizes nacionais de carreira para todos osprofissionais da educao.

    A CNTE destaca que importante manter a partilhados royalties do petrleo e regulamentar em cadaente federado do Pas a implementao desses royal-ties na educao e na sade, como preconiza a leifederal. Alm disso, preciso buscar outras fontes de

    recurso, como, por exemplo, a tributao das grandesfortunas, o que aumentaria significativamente o bolotributrio.

    Durante a tarde, o grupo seguiu em passeata at oMinistrio da Educao para a entrega oficial das pro-postas da CNTE aprovadas em plenria de agosto

    de piso profissional e diretrizes nacionais de carreiraunificados. Agora, o Executivo deve elaborar um pro-

    jeto de lei para ser aprovado no Congresso at junhode 2016, como exige o PNE:

    Assim, teremos um piso profissional e uma carreiranica para professores e funcionrios da educao.Afinal somos todos educadores e todos merecemosser valorizados, concluiu o presidente Roberto Leo.

    Fotos:CNTE

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    Marcha das Mulheres Negras

    Condenar o terrorismo e oimperialismo que fomenta sua ao

    Educadoras participam do movimento e incentivam a luta contra o racismo e a violncia

    Usando roupas e turbantes coloridos,ao ritmo de muita msica e dana,cerca de 25 mil pessoas participaramna quarta-feira (18/11), em Braslia, da1 Marcha Nacional das Mulheres Ne-gras, em um protesto contra o racismoe a violncia. A vice-coordenadora daAPLB-Sindicato e titular da Secretariada Mulher Trabalhadora da CTB-Ba,Marilene Betros, e a diretora Educacio-nal professora Clarice Pereira se junta-ram ao movimento, que saiu do Gin-sio Nilson Nelson em direo Praados Trs Poderes, exigindo do PoderPblico polticas que promovam equi-dade racial e de gnero.

    Educadores de todo o Brasil se uniram luta das mulheres e incluram na pau-ta de empoderamento o esforo emfazer valer a lei 10.639/03, que torna

    obrigatrio o estudo sobre a cultura ehistria afro-brasileira e africana, ga-rantindo educao pblica de qualida-de e antirracista para todos.

    tarefa da Educao e compromisso

    dos trabalhadores em educao pro-mover ferramentas de conscientizaodos estudantes e da sociedade de queno devemos aceitar a discriminaode qualquer pessoa pela cor da suapele. Para que o Brasil avance e setransforme num pas melhor precisorespeitar o povo negro, pondera Ma-rilene.

    Violncia

    O ltimo censo do IBGE aponta que asmulheres negras representam 25,5%da populao brasileira, ou seja, 48,6milhes de pessoas. De acordo com oMapa da Violncia, estudo feito pelaFaculdade Latino-Americana de Cin-cias Sociais (Flacso), a pedido da ONUMulheres e divulgado no incio do msde novembro, os casos de homicdio

    envolvendo mulheres negras cresce-ram 54,2% entre 2003 e 2013, passan-do de 1.864 para 2.875. No mesmoperodo, o nmero de ocorrncias en-volvendo mulheres brancas caiu 9,8%(de 1.747 para 1.576).

    O

    brbaro ataque que ocorreu emParis na sexta-feira (13 de no-vembro) foi um condenvel ato

    de guerra. Seu alvo visvel foi apopulao civil da capital francesa, mas oobjetivo real era atingir as potncias oci-dentais que agem, h dcadas, no OrienteMdio e so responsveis pela forte instabi-lidade que l existe.

    Ao contrrio do que dizem muitos co-mentaristas na imprensa hegemnica, asrazes de um ataque dessa natureza noso religiosas nem esto localizadas na-quilo que alguns chamam de conflito decivilizaes. Os motivos reais so geopo-lticos, ou guerreiros.

    O ataque, promovido pelo chamado Esta-do Islmico, feriu centenas de pessoas eassassinou mais de 120 civis inocentes. A

    ao revelou uma insuspeita capacidadede organizao que envolve planejamen-to, logstica e acesso a recursos. Capacida-des que resultam do treinamento, intensoapoio financeiro e material dado pelos pa-ses imperialistas a grupos de oposio aopresidente srio Bashar al-Assad. Apoio queresultou, ao fim, na unificao de muitosdesses grupos fundamentalistas no chama-do Estado Islmico.

    Formaes guerreiras como o Estado Is-lmico resultaram do apoio dado a mil-cias radicais islamitas desde os temposem que o imperialismo reagiu contra oregime democrtico do Afeganisto nofinal da dcada de 1970, que tinha oapoio da Unio Sovitica. Contra eles, ospases imperialistas sobretudo os EUAapoiaram, treinaram, armaram e finan-ciaram aqueles que se chamavam ento

    de mujahidin (guerreiros de deus), hojecomumente chamados de jihadistas.

    Foram instrumento da ao do imperia-lismo (EUA, Gr-Bretanha e Frana, prin-cipalmente) contra os democratas, nacio-nalistas e os socialistas na regio. Aquelas

    milcias se desdobraram, nas dcadasseguintes, em inmeras outras faces,com destaque para a chamada Al-Qaedae o Estado Islmico.

    O ato de guerra cometido contra o povofrancs, na sexta-feira (13 de novembro),s pode ser compreendido dentro destalgica guerreira, sendo uma reao vis-vel contra ela, com disfarce religioso. uma lgica que se acentuou desde a cha-mada primavera rabe (2011) que tevecomo resultado trgico a destruio daLbia como nao organizada pela aodas tropas capitaneadas pela Otan. Etambm o incio da guerra civil na Sria,cuja capacidade de resistncia foi maior,apesar do enorme custo material e huma-no imposto pela interveno imperialista.

    O ataque brbaro ocorrido em Paris mais

    um episdio sangrento desta guerra. Se-melhante a inmeros outros quase di-rios que ocorrem em cidades do OrienteMdio onde tm acontecido ataques porengano a hospitais, escolas, cidades, alvoscivis que, pela legislao internacional, de-veriam estar a salvo de ataques militares.

    O ato terrorista desta sexta-feira revela afalncia, e o fracasso, da poltica antiter-rorista dos pases imperialistas contra oterrorismo que suas prprias aes guer-reiras fomentam.

    O caminho para a construo da paz pavimentado por aes pacficas, de res-peito autonomia dos povos e sobera-nia de suas naes.

    O sangue que correu foi o de pesso-as comuns, inocentes, causando cons-ternao, solidariedade e revolta pelomundo afora. O alvo da indignaodeve ser os responsveis pela aoterrorista e tambm os pases imperia-listas que criaram as condies objeti-vas para a existncia dessas foras queagem contra a humanidade.

    Orelator do pedido de cassaodo deputado Eduardo Cunha(PMDB-RJ) no Conselho de tica

    da Cmara, deputado Fausto Pi-nato (PRB-SP), apresentou, na segunda-fei-ra (16 de novembro), o parecer pela admis-sibilidade do processo contra o presidenteda Cmara de Deputados.

    O prazo de Pinato para entregar o pa-recer acabava na quinta-feira (19). Com aantecipao do anncio do parecer, o pro-cesso de cassao de Cunha comeou aser discutido na tera-feira (17), em reuniodo colegiado.

    O relator justificou seu parecer afirman-do que estudei profundamente o caso,como juiz, e de forma imparcial. Concluque h indcios tcnicos suficientes paraadmitir a continuidade do processo.

    A expectativa de que aliados do pre-sidente da Cmara apresentem um pedidode vista do processo em uma manobra re-

    gimental para adiar ao mximo o julgamen-to do caso. S aps decorrido o prazo dopedido de vista, de dois dias, o Conselhopode ento votar o parecer do relator pelacontinuidade ou no do processo contraEduardo Cunha.

    A antecipao na entrega do pareceratrapalhou a estratgia de defesa do pre-sidente da Cmara, que ter menos tem-po para tentar convencer pelo menos 11dos 21 membros do Conselho a rejeitar,

    j na prxima semana, a representaocontra ele.

    A representao contra Eduardo Cunhafoi protocolada pelo PSOL e pela Rede nodia 13 de outubro. O pedido de aberturade processo baseado na resposta da Pro-curadoria Geral da Repblica (PGR) con-firmando que Cunha e familiares mantm

    contas bancrias secretas na Sua.Para os dois partidos, Cunha omitiua existncia das contas na declarao debens e mentiu em depoimento CPI daPetrobras, em maro deste ano, quandonegou ter contas no exterior, o que repre-senta quebra de decoro parlamentar.

    Relator anuncia parecerfavorvel ao processo decassao de Cunha

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    EXPEDIENTE- Informativo do Sindicato dos Trabalhadores em Educao do Estado da Bahia - Rua Francisco Ferraro, 45, Nazar - CEP 40040-465 Salvador - Bahia. Telefone(71) 4009-8350 - Fax: 4009-8379 www.aplbsindic ato.org.br - aplbsind@gmail .com Diretores Responsveis: Coordenador-geral : Rui Oliveira - Diretores de Imprensa: Niv aldino Flixde Menezes, Luciano de Souza Cerqueira e Rose Assis Amorim Aleluia. Jornalistas: Jos Bomfim - Reg.1023 DRT-BA - Adriana Roque - Reg.4555 DRT-BA - Lda Albernaz - Reg.907DRT-BA. Projeto Grfico e Editorao: Jachson Jose dos Santos