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Curitiba, terça-feira, 12 de maio de 2009 - Ano XI - Número 483 Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo [email protected] DIÁRIO d o B R A S I L Página 3 Página 3 Página 3 Página 3 Página 3 Começa a funcionar a primeira parte da Linha Verde Verde Começou a funcionar oficialmente, on- tem, o primeiro trecho da Linha Ver- de, que vai do Terminal do Pinheirinho até a Praça Carlos Gomes. A inaugura- ção aconteceu no último sábado, e teve direito até a benção de um padre. A previsão é de que 32 mil pessoas pas- sem com o transporte coletivo pelo acesso que liga a Zona Sul ao Centro de Curitiba. A obra já está entre as maio- res realizadas na capital paranaense, mas alguns problemas já são apontados por quem passa por lá – mesmo antes de concluída. O projeto propõe uma in- tegração mais rápida entre os extremos da cidade, mas, se for analisado as li- nhas de ônibus e toda a adaptação fei- ta em estações-tubo, ainda há casos em que os passageiros são obrigados a pa- gar duas passagens. Alguns ônibus que ligam a o bairro do Xaxim às paradas da Vila São Pedro, por exemplo, só permi- tem conexões para o Centro. Se essa pessoa precisar ir para o Pinheirinho pela Linha Verde, a única alternativa é pagar outra tarifa. Juan Martinez Homens são maioria nas academias Páginas 4 e 5 Páginas 4 e 5 Páginas 4 e 5 Páginas 4 e 5 Páginas 4 e 5 Os homens procuram cada vez mais os exercícios fí- sicos. Especialistas listam as principais causas dessa situ- ação, além de dizer que esse fenômeno está ligado à utili- zação dos exercícios físicos como uma porta de saída das frustrações pessoais. Polícia revista manifestantes durante protesto Página 7 Página 7 Página 7 Página 7 Página 7 Apesar da Marcha da Ma- conha ter sido proibida pelo Ministério Público em Curiti- ba, as reivindicações a favor da legalização da droga ocor- reram. A polícia fez revista nos que estavam no local, mas todos foram liberados em seguida. Waldez Ludwig participa do projeto Grandes Encontros na UP Página 7 Página 7 Página 7 Página 7 Página 7

LONA 483- 12/05/2009

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JORNAL-LABORATÓRIO DIÁRIO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIVERSIDADE POSITIVO.

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Curitiba, terça-feira, 12 de maio de 2009 - Ano XI - Número 483Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo [email protected]

DIÁRIO

do

BRASIL

Página 3Página 3Página 3Página 3Página 3

Começa a funcionara primeira parte da

Linha VerdeVerdeComeçou a funcionar oficialmente, on-tem, o primeiro trecho da Linha Ver-de, que vai do Terminal do Pinheirinhoaté a Praça Carlos Gomes. A inaugura-ção aconteceu no último sábado, e tevedireito até a benção de um padre. Aprevisão é de que 32 mil pessoas pas-sem com o transporte coletivo peloacesso que liga a Zona Sul ao Centro deCuritiba. A obra já está entre as maio-res realizadas na capital paranaense,mas alguns problemas já são apontadospor quem passa por lá – mesmo antesde concluída. O projeto propõe uma in-tegração mais rápida entre os extremosda cidade, mas, se for analisado as li-nhas de ônibus e toda a adaptação fei-ta em estações-tubo, ainda há casos emque os passageiros são obrigados a pa-gar duas passagens. Alguns ônibus queligam a o bairro do Xaxim às paradas daVila São Pedro, por exemplo, só permi-tem conexões para o Centro. Se essapessoa precisar ir para o Pinheirinhopela Linha Verde, a única alternativa épagar outra tarifa.

Juan Martinez

Homens sãomaioria nasacademias

Páginas 4 e 5Páginas 4 e 5Páginas 4 e 5Páginas 4 e 5Páginas 4 e 5

Os homens procuramcada vez mais os exercícios fí-sicos. Especialistas listam asprincipais causas dessa situ-ação, além de dizer que essefenômeno está ligado à utili-zação dos exercícios físicoscomo uma porta de saída dasfrustrações pessoais.

Polícia revistamanifestantes

durante protesto

Página 7Página 7Página 7Página 7Página 7

Apesar da Marcha da Ma-conha ter sido proibida peloMinistério Público em Curiti-ba, as reivindicações a favorda legalização da droga ocor-reram. A polícia fez revistanos que estavam no local,mas todos foram liberadosem seguida.

Waldez Ludwigparticipa doprojeto GrandesEncontros na UP

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Curitiba, terça-feira, 12 de maio de 20092

Expediente

O LONA é o jornal-laboratório diário do Curso de Jornalis-mo da Universidade Positivo – UP,

Rua Pedro V. Parigot de Souza, 5.300 – Conectora 5. CampoComprido. Curitiba-PR - CEP 81280-30. Fone (41) 3317-3000

Reitor: Oriovisto Guimarães. Vice-Reitor: José Pio Martins.Pró-Reitor Administrativo: Arno Antônio Gnoatto; Pró-Reitorde Graduação: Renato Casagrande; Pró-Reitora de Extensão:Fani Schiffer Durães; Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesqui-sa: Luiz Hamilton Berton; Pró-Reitor de Planejamento e Ava-liação Institucional: Renato Casagrande; Coordenador do Cur-so de Jornalismo: Carlos Alexandre Gruber de Castro; Profes-sores-orientadores: Ana Paula Mira, Elza Aparecida e Mar-celo Lima; Editores-chefes: Antonio Carlos Senkovski, Cami-la Scheffer Franklin e Marisa Rodrigues.

“Formar jornalistas comabrangentes conhecimentosgerais e humanísticos, capa-citação técnica, espírito cria-tivo e empreendedor, sólidosprincípios éticos e responsa-bilidade social que contribu-am com seu trabalho para oenriquecimento cultural, so-cial, político e econômico dasociedade”.

Missão do cursode Jornalismo

OpiniãoInternet Homofobia

Luísa Barwinski

Se você já parou para se per-guntar de onde vem toda a mo-vimentação em torno de blogs esites de conteúdo rotativo certa-mente já deve ter observado quepouco se vê de incentivos paraque estes veículos se mante-nham. É muito fácil encontrarprojetos, leis de incentivo, prêmi-os e qualquer outro tipo de ini-ciativa para fomentar a cultura,o esporte, filmes das mais varia-das temáticas e estilos. No en-tanto, se você precisar de umalei que encoraje e dê condiçõesde sustento e manutenção de umblog ou site, vai encontrar menosde cinco editais, com sorte.

A questão que norteia todaesta discussão aqui proposta éo pouco incentivo que estes ve-ículos vêm recebendo ao longodos últimos anos. São raros osprojetos e leis que buscam in-centivar alguma produção nomeio virtual. Por mais que estetipo de mídia dependa (em suamaioria) da vontade e iniciati-va privada, para não dizer pes-soal do autor ou responsável,contar com veículos de longoalcance projetados especial-mente para a internet seria umaexperiência formidável paraqualquer tema a ser difundido.No mês de abril, o número deinternautas brasileiros chegou àcasa dos 25,5 milhões segundopesquisa do IBOPE/NetRatin-gs. É claro que a maioria nãopossui conexão banda larga oucomputadores velozes, mas es-tes indivíduos já conseguem teracesso a algum tipo depublicação digital.

Pouco incentivo,muita vontade

Flávio Sieg Martins

Está estampado nas pági-nas de homicídios dos jornais:Curitiba quer uma paisagemmais “limpa”, talvez mais“decente”. O fato é que nos úl-timos nove dias aconteceramtrês homicídios contra traves-tis. Homofobia é palavra des-cartável, alguns especulam oenvolvimento com drogas. Oestudante de ciências sociaisque foi brutalmente espanca-do por um grupo de supostosskinheads no dia 23 de mar-ço agora precisa de uma re-constituição da face, bemcomo plásticas. Poderia tersido pior, talvez tivesse entra-do para as estatísticas.

O Centro Paranaense deCidadania estima que 30 tra-vestis foram assassinados en-tre 2006 e 2007. Os númerosnão param de crescer. O Cen-tro de Referência João AntônioMascarenhas presta atendi-mento gratuito a homossexu-ais e travestis vítimas de vio-lência. O registro de atendi-mentos prestados entre no-vembro do ano passado atémarço é alarmante: somam 75agressões.

Apologia aoNazismo é crime

Não proponho discutir ori-entação sexual. Cada qual temsua opinião a respeito de outrasescolhas sexuais que não a he-tero. Não cabe a nós discutirqual delas é melhor ou correta,mas aprender a conviver, nomínimo, como pessoas civiliza-das. É dever de cada um exor-cizar seus preconceitos e apren-der a respeitar o próximo. Poisjá ensina a sabedoria popularque “o nosso direito terminaquando começa o do outro”.

A questão é de garantia dosdireitos conquistados após pe-ríodos terríveis na nossa histó-ria, após escravidão e guerras.Nesse ponto temos então umproblema comum a todos.

É necessário que haja umamobilização da população paraque barbáries assim não tornema acontecer. Devemos lembrarque as estatísticas representam

pessoas, famílias, seres huma-nos e não apenas números.Proponho que nossos deputa-dos, senadores, vereadores dei-xem de lado por um momentoos escândalos aos que os jornaisestão habituados nos últimosanos e tornem a atenção paraum assunto de máxima impor-tância ao bem-estar coletivo.

À população cabe a tarefa deexercer sua democracia em bene-fício próprio. Se não cobrarmosuma atitude de nossas autorida-des agora, quais serão as próxi-mas estatísticas? Negros, judeus,protestantes, pobres, trabalhado-res, professores? O direito de ire vir onde fica? Nosso direito deescolha? Liberdade de expres-são? Esse fantasma neonazistaque pareceu sair da cortina nosúltimos dias deve ser combatidoou estaremos mais uma vez fa-dados ao retrocesso.

É dever de cada um exorcizar seuspreconceitos e aprender a respeitar opróximo. Pois já ensina a sabedoriapopular que “o nosso direito terminaquando começa o do outro”

Há quem pense que os res-ponsáveis pela produção deconteúdo para internet sãoapenas pessoas que passamhoras copiando todo o conteú-do de jornais impressos e ro-teiros de apresentação de jor-nais televisivos para alimentaros portais de notícias. Enga-nam-se redondamente. A inter-net é capaz de produzir elamesma seus próprios temas epautas sem perder a ligaçãocom o mundo externo. Tam-bém engana-se quem acreditaque os assuntos disponíveispara um blog são apenas asbobagens e acontecimentosmenores sobre a vida das cele-bridades postos de maneira(tragi)cômica para gerar visitasinfinitas. Existe, sim, muitoconteúdo interessante sendoproduzido por blogueiros dosmais variados estilos e especi-alidades. Ter um blog não sig-nifica ser um humorista cujorosto é um layout.

Até cerca de quatro ou cin-co anos atrás ter um blog sig-nificava escancarar sua vidapessoal para leitores anôni-mos lerem. Veículos deste tipoacabaram por revelar pessoascomo Bruna Surfistinha, quecontava fatos da sua vidacomo prostituta em um blogque por sua vez acabou tor-nando-se um livro. Veículosdeste tipo, também, acabampor denegrir qualquer credibi-lidade de informação que umblog possa ter. “Afinal, se nãoé humor ou sacanagem de quê

interessa?” – perguntaria odesavisado. O interessepor blogs é algo crescente,

mas ainda não possui o re-conhecimento que merece porainda contar com estes tais

“perturbadores da or-dem”. Sem este reco-

nhecimento peranteas outras mídiasfica mais difícil ain-da contar com oapoio de outras for-mas de incentivo.

crime

Fotos: divulgação

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Curitiba, terça-feira , 12 de maio de 2009 3

GeralTrânsitoCultura

Curitiba com

A cidade se prepara para interação cultural Brasil-França

Inaugurada a primeirafase da Linha Verde

Com mais de 30 mil passageiros por dia, novalinha liga terminal do Pinheiro ao Centro

sotaque francêssotaque francêsEli Antonelli

Curitiba entra no circuitode eventos das comemoraçõesdo ano na França no Brasil.No último final de semana oscuritibanos se encantaramcom as primeiras apresenta-ções artísticas promovidaspela Fundação Cultural deCuritiba em conjunto com aAliança Francesa e o Consula-do da França de São Paulo. Oevento denominado “Rua daFrança” foi composto por umFestival Gastronômico, apre-sentação de poesias e artesplásticas. Na Praça SantosAndrade, a Companhia TangoSumo surpreendeu com per-formances de circo acrobaciase dança de rua. No Parque Ba-rigui e na Rua XV a Compa-nhia Les Souffeurs apresentouintervenção urbana de poesiano evento “Comandos Poéti-cos”.

O ano da FrançaO ano da França no Brasil

foi lançado em dezembro de2008 e é o resultado das rela-ções franco-brasileiras desde2005, quando ocorreu o anodo Brasil na França. O objeti-vo geral é promover as áreasde pesquisa, inovação, tecno-logia, criatividade, design ediversidade ao longo de todoo ano. Os eventos em todo opaís iniciaram em março e ter-minam em novembro de 2009.

CulturaA diretora da Aliança Fran-

cesa, Laura Gyselick, destacouo sucesso dos espetáculos doúltimo final de semana. Asatrações visaram mostrar aopúblico uma parte da culturafrancesa não muito conhecidapelos brasileiros que é arte de

rua. Laura destaca uma dasatrações dos artistas convida-dos: o trabalho diferenciadodo artista plástico ThomasHenriot, que retrata imagensdo cotidiano de Curitiba. Asobras estão em exposição naSede da Aliança Francesa deCuritiba até cinco de junho.

Dos 45 dias previstos parao desenvolvimento do trabalhode Henriot no Brasil está pre-vista a realização de desenhosda paisagem urbana em trêscapitais: Curitiba, Recife e Riode Janeiro. O artista define suaarte na questão da relação es-paço e tempo. “Vivemos nummundo em que as coisas sãomuito rápidas, o desenho per-mite um pouco do sonho daspessoas de parar o tempo”.

É possível acompa-nhar a programação

completa dos eventosem todo o país pelo

site a n o d a f r a n ca

nobrasil.cultura.gov.br

Loucura, humor e sensi-bilidade

A Companhia Tango Sumoroubou a cena quando iniciouo espetáculo “Expedition Pa-ddock”. Os cinco atores france-ses surpreenderam o públicocom intervenções circenses comacrobacias de tirar o fôlego.

Parte do evento ocorreu na Praça Santos Andrade, ParqueBarigui e Rua XV

Serviço

Eli Antonelli Juan Martinez

No último sábado, ocorreu ainauguração da Linha Verde,no Terminal Pinheirinho, emCuritiba. Apesar de a nova viaainda não estar inteiramentepronta, ela já pode ser utiliza-da em alguns pontos, especial-mente no eixo Sul, com o Ex-presso Pinheirinho-Carlos Go-mes, que vai contar com umafrota de 14 ônibus articulados.

Antes dos novos ônibus en-trarem em funcionamento e fa-zerem suas primeiras viagens,foi realizada uma cerimônia nopróprio terminal, que contoucom a presença de diversas au-toridades locais.

O presidente da Urbs, Mar-cos Isfer, mencionou a LinhaVerde como um dos grandesmarcos da história do transpor-te de Curitiba e concluiu quehaverá, sim, a construção dometrô na cidade, além de diver-sas melhorias no sistema detrânsito local.

O prefeito Beto Richa falousobre as obras na cidade ao lon-go de sua administração. “Fo-ram realizadas 5570 obras emquatro anos. Muitas pessoas emCuritiba ficam impressionadasao se depararem com tanta qua-lidade de vida, com tantosavanços, mas sobretudo, com ocanteiro de obras que foi trans-

formado essa cidade.”Após a solenidade, Airton

Crespan, pároco do Santuáriode Nossa Senhora do SagradoCoração, benzeu um dos ônibusque estava na plataforma do ter-minal. Após o ato simbólico docorte de fita, todas as autorida-des entraram no veículo para aviagem inaugural.

Ao longo do trajeto, algumaspessoas acompanharam a pas-sagem do ônibus ao longo davia para apoiar o prefeito, masao mesmo tempo um pequenotumulto se formou.

O ex-candidato à prefeiturade Curitiba, Bruno Meirinho, doPSOL, junto com outros mani-festantes, reclamaram do gran-de investimento feito na LinhaVerde, alegando que o dinheiropoderia ser usado em outrasáreas.

“Foram R$ 200 milhões emendividamento, enquanto 200mil pessoas estão sem teto”, dis-se Meirinho. O protesto foi con-tido pela Guarda Municipal.

Josesley de Oliveira, moradordo bairro, que trabalha perto docampus da Federal, declarou quepodia pagar só uma passagem,mas demorava demais chegar noserviço. “No final, eu pagavaduas passagens para chegar, masagora, se eu parar na [praça]Carlos Gomes direto, eu acho quechego bem mais rápido”.

Orlando Kissner/ Divulgação

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EspecialVigorexia

Exercício físicocomo religiãoPesquisa indica que 48% da população de homens no Brasil se exercita regularmente

Raphael Moroz

Ficar fisicamente atraente.Este tem sido o objetivo de JamesMontes de Carvalho desde mar-ço do ano passado, quando de-cidiu que precisava mudarcompletamente a sua aparência

física. Decidido, o auxiliar deescritório de 20 anos resolveuadaptar toda a sua rotina diá-ria a uma nova prática: a dosexercícios físicos. “Antes, nostempos de colégio, eu costuma-va fazer exercícios físicos sópara me enturmar com o pesso-

al. Hoje, voltei a praticar comum único propósito: ter umaboa aparência”, confessa. Noentanto, Carvalho não descartaas outras implicações que a prá-tica de atividades físicas acarre-ta. “É claro que eu também pen-so na melhoria de minha saúde,mas isso é apenas uma consequ-ência”.

Atualmente, a rotina de exer-cícios de Carvalho inclui umacaminhada de vinte minutospela manhã - antes de começara trabalhar - outra caminhadaapós o expediente de oito horas(de preferência, percorrendotrês quilômetros), e aproximada-mente uma hora de musculaçãoem casa, antes de dormir. Estaúltima atividade engloba, prin-cipalmente, a realização de ab-dominais e levantamento depeso. Segundo o auxiliar de es-critório, a frequência dos exercí-cios diários que realiza só vaidiminuir quando ele alcançar opeso e o corpo ideal. “Assim queeu conseguir a aparência físicaque desejo, irei diminuir a quan-tidade de exercícios e mantereium ritmo. Por enquanto, nãoparo de jeito nenhum”.

Durante um ano e um mês,Carvalho tem sido refém de umpadrão de beleza masculinoque ele considera ideal. Para ele,por mais que a sociedade atualesteja mais flexível em relaçãoaos padrões de beleza individu-ais, a cobrança por um corpobem trabalhado é pessoal. “Pormais que eu saiba que muitaspessoas não levam isso em con-ta, eu cobro de mim mesmo umaboa aparência. É uma questão

de estar bem comigo e com ospadrões de beleza que eu con-sidero ideais”. De acordo Car-valho, o homem ideal possuiuma altura entre 1,75 e 1,85 me-tro, está em forma – não sendonem magro, nem gordo – e é do-tado de músculos bem defini-dos, proporcionais à altura e aopeso.

Após um ano e um mês deuma rotina pesada de exercíci-os, ele afirma que não conseguemais parar com a prática de ati-vidades físicas. “Eu estou tão fi-xado no desejo por um corpoideal que não consigo mais vi-ver sem me exercitar”, revela.

EstatísticasDe acordo com uma pesqui-

sa recente, Carvalho faz parte de48% da população masculinabrasileira que possui uma vidaesportiva ativa, contra 31% dapopulação de mulheres. A pes-quisa foi realizada pela Socie-dade Brasileira de Cirurgia Ba-riátrica e Metabólica (SBCBM),na qual 4.223 pessoas foramouvidas, em um total de cincoregiões do país.

Segundo o professor e con-sultor Fabio Saba – que é autordo livro Aderência à Prática doExercício Físico em Academias –muitas pessoas descontam suasfrustrações pessoais na corridaou no isolamento social, outrasacabam mergulhando nas aca-demias, na busca por um corpo

perfeito.Assim como Carvalho, Alis-

son Culpi, de 21 anos, dá enor-me valor à boa forma física. Eleafirma que sempre gostou de es-portes, principalmente futebol.“Todo menino, quando peque-no, quer ser jogador de futebol;comigo não foi diferente”. O de-sejo de ser um atleta famoso ejogar em um grande time de fu-tebol o acompanhou até o finalda infância. Devido a isso, che-gou até a entrar em escolinhasde futsal, praticando o esportetodos os dias. Porém, no final daadolescência, Culpi tomou ou-tro rumo. “Agora, o que eu maisquero é ter uma boa forma, per-manecendo magro e bonito”.

Ele segue uma rotina deexercícios físicos rigorosa. Ma-lha todos os dias e corre no par-que. Apesar de trabalhar duran-te longas jornadas e dedicarparte de seu tempo à namorada,o atendente consegue reservaralgumas horas de seu dia paraa prática de atividades físicas,que costuma realizar em umaacademia. “Eu posso abrir mãode várias coisas em meu dia,mas do exercício físico, não”, re-vela.

Consequências do exageroA prática exagerada de ati-

vidades físicas, como nos casosde Carvalho e Culpi, pode levarao vício. Isso acontece porque aendorfina – um hormônio pro-

A rotina de James inclui a prática deexercícios à noite, em parques

“Eu estou tão fixado no desejo por um cor-po ideal, que não consigo mais viver semme exercitar”JAMES MONTES, AUXILIAR DE ESCRITÓRIO

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Curitiba, terça-feira , 12 de maio de 2009 5

EspecialVigorexia

duzidopelo cére-bro du-rante exer-cícios físicos– proporciona uma sensação debem-estar. Sendo assim, quantomais as pessoas praticam ativi-dades físicas, mais querem fazê-las devido à sensação boa quea liberação de endorfina propor-ciona.

Além disso, o vício em exer-cícios físicos pode levar a umapatologia já não mais tão rarahoje em dia, a vigorexia – ou eminglês – overtraining. O termofoi definido pelo psiquiatraamericano Harrison G. Pope,da faculdade de Medicina deHarvard, que associou a vigore-xia a outro transtorno psicoló-gico, a anorexia. De acordo comele, ambas as doenças englobama perda de controle dos impul-sos narcisistas da vítima.

A vigorexia é um transtornodismórfico corporal, no qual aspessoas realizam práticas es-portivas de forma continuada,beirando o fanatismo. Essaspessoas, no entanto, não se im-portam com as possíveis conse-quências e contraindicaçõesdessa atitude.

Segundo o professor de edu-cação física Aurélio Luiz deOliveira, a vítima da vigorexiadesenvolve o transtorno porpossuir algumas característicaspessoais como baixa autoesti-ma, introversão e a não inclu-são em grupos de convívio so-cial, além de um perfeccionismoexagerado em relação a suaimagem. “Por não conseguirpertencer e equiparar-se a ne-nhum grupo de convívio socialjá constituído, a pessoa desen-volve um padrão de estéticaparticular e passa a segui-lo ri-gorosamente, desenvolvendo avigorexia”, explica o professor.Ele ressalta ainda que as acade-mias são os principais pólos de

desenvolvimentodessa patologia.

O padrão de belezado vigoréxico é forma-

do, em grande parte, pelaforte influência da mídia, as-sim como de grupos sociaiscompostos. Em sua cabeça, avítima do transtorno associa aideia de um corpo perfeito comsucesso e felicidade, espelhan-do-se em padrões culturais,tais como modelos e esportis-tas.

Para Oliveira, a vigorexiapode ser caracterizada comoum transtorno perigoso, pois avítima acaba desenvolvendo,conforme o tempo, uma ansie-dade cada vez maior em buscade um corpo perfeito, segundoos seus próprios padrões debeleza. “Quando o exercício fí-sico não resolve mais, a pessoaviciada passa a buscar meiosilícitos para suprir a sua neces-sidade, como intervenções ci-rúrgicas, próteses de diversasordens e a ingestão de anabo-lizantes”. Além disso, a famí-lia – percebendo os hábitos di-ários da vítima - é de extremaimportância para um diagnós-tico mais acertado e fiel dotranstorno.

O tratamento da Vigorexiadeve ser psiquiátrico, pois otranstorno foge da esfera psico-lógica. “Um profissional deeducação física pode identifi-car a vigorexia, mas não temcondições de tratá-la. O auxíliocompetente para a cura dotranstorno vem, exclusivamen-te, do psiquiatra”, afirma Oli-veira. Para tratar a vigorexia, avítima deve fazer uso de medi-camentos controlados, ingeri-dos com o objetivo de baixar onível de ansiedade e, conse-quentemente, acabar com a de-pendência de exercícios físi-cos. “É uma situação que se as-semelha muito a de um vicia-do em drogas, e pode chegar a

ser tãoperigosa quan-

to”, alerta.Recentemente, o técnico de

rádio Márcio Kano assistiu a umprograma de televisão sobre adoença. Assim que a exibiçãoterminou, percebeu que possuíatodos os sintomas da vigorexia.“Eu vi quais são os sintomas eme dei conta de que possuo adoença; sinto uma espécie detara por exercícios físicos”, con-fessa.

Tudo começou com uma fixa-ção por ter um corpo que consi-derasse bonito. Aos 32 anos,Kano resolveu concretizar o seudesejo. “Com o passar do tempo,fui gostando cada vez mais da

O padrão de beleza do vigoréxico é formadopela forte influência da mídia

coisa, e hoje fico louco se nãome exercitar, chego até a respi-rar mal”. Atualmente, ele fazexercícios físicos três vezes porsemana, além de tomar suple-mentos e proteínas para auxili-ar na eficácia do treinamento.

Em 2008, no entanto, o exa-gero da prática de atividades fí-sicas teve seus efeitos. O técni-

co de rádio fez tantos abdomi-nais que chegou a ter uma dis-tensão muscular. “Eu senti umador enquanto fazia os exercíci-os, mas acabei ignorando”, re-lembra. Apesar do incidente,Kano não pretende diminuir acota de atividades físicas. “Euestou viciado mesmo; não pos-so nem pensar em parar”.

O ambiente das academias pode influ-enciar as pessoas que se exercitam nes-tes locais, com grandes chances de desen-volver a vigorexia. O motivo disso é quemuitas pessoas procuram as academiasde ginástica para obter determinada apa-rência física, e não qualidade de vida.

Nestes “shoppings do corpo”, existeuma grande mistura de homens e mulhe-res que realizam diferentes práticas deexercícios físicos com o mesmo objetivo:entrar em forma. Na maioria das vezes,os frequentadores de academia acabamreservando inúmeras horas de seus diaspara permanecer neste espaço.

Segundo os pesquisadores Roger Han-sen e Fernandez Haz, as academias deginástica podem ser consideradas centrosde culto ao corpo humano na sociedadebrasileira, pois nestes locais se desenvol-ve uma cultura em torno deste objeto, tor-nando-se ele um representante de umasérie de vocábulos, códigos e costumes.

Shoppings do corpo

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Curitiba, terça-feira, 12 de maio de 20096

ColunaTelevisão Meio ambiente

Impressões sobre a

A invasão dos homens de pretoCQC:

Willian Bressan

Danilo Gentili, Felipe An-dreoli, Rafael Cortez, Oscar Fi-lho, Rafinha Bastos, MarcoLuque e Marcelo Tas. Sete ho-mens. Sete humoristas. Setejornalistas.

Missão: levar ao públicobrasileiro um programa dequalidade com muito bom hu-mor e um trabalho jornalísticoapurado, denunciar as maze-las da política e cobrar solu-ções em favor da sociedade.

Desde o dia 17 de março de2008, a televisão brasileira nãoé a mais a mesma. Ela é inva-dida semanalmente, às segun-das-feiras, pelos homens pre-to que comandam o “Custe OQue Custar” (CQC), atraçãobaseada em formato da produ-tora argentina Cuatro Cabe-zas.

Já nas primeiras edições,ficou claro que o programa seadequava muito bem à nossarealidade: afinal, o brasileirogosta mesmo de dar boas risa-das, mais do que isso, apreciaum programa de humor inte-ligente, aliado ao jornalismo,em um formato único e irreve-rente, que veio para balançaras estruturas tradicionais da“senhora” televisão, já cin-quentona.

Mas nosso primeiro encon-tro só ocorreu um mês depois,em abril, quando eu movimen-tava freneticamente os botões

do meu controle remoto embusca de algo que eu não sa-bia bem o que era. E aí tive agrata surpresa de parar justa-mente na Band, e dar de caracom os tais homens de preto.Dizem que a primeira impres-são é a que fica. Não concor-do. Nos primeiros minutos,tive a sensação de estar assis-tindo a uma cópia do “Pânicona TV”, mas depois concluíque o que assistia no momen-to era muito superior à atraçãoexibida na RedeTV aos domin-gos.

E isso porque o “CQC” é otipo de humor inteligente: elenão atinge a qualquer pessoa,não é popularesco como o ou-tro, você precisa ter uma boavisão de mundo e um sensocrítico apurado para entenderas piadas.

Com muita cara-de-pau etiradas ótimas, os quadros demaior sucesso são o “ProtesteJá”, com RafinhaBastos, em queuma denúncia élevada ao ar e umapostura é cobrada,o “Top Five”, umranking com ascinco melhores ga-fes da televisãodurante a semana,e o “CQC Teste”,um teste de QI comas celebridades.

Os sete homens,humoristas e jorna-

listas, logo ganharam o carismada audiência. Não há quem nãogoste de pelo menos um deles,e não há quem não comente naterça-feira o programa da noitede segunda na mesa de bar, notrabalho, na sala de aula. Écomo se fosse o último capítulode uma novela: se você não viu,não sabe o que perdeu. E se vocêviu, tem tantas coisas para lem-brar e comentar que naquelebate papo rápido nem dá tem-po.

Se você já cansou dos filmesexibidos na “Tela Quente” enão assiste às novelas da Re-cord, está aí uma boa pedida.Além de termos um resumo se-manal de notícias, como sem-pre diz o âncora Marcelo Tas,o CQC proporciona uma aná-lise bem humorada dos fatos eé uma aula de jornalismo e hu-mor. Afinal, quem acha que jor-nalismo deve ser sério e formalprecisa rever sua postura.

Fotos: divulgação

Suellen Cristiane Ferreira

Depois de tantas críticas eprotestos, finalmente a LinhaVerde foi inaugurada. O pri-meiro passageiro não pode-ria ter sido tão ilustre: o pre-feito de Curitiba, Beto Richa.

Muitas pessoas estavamna Praça Carlos Gomes e noterminal do Pinheirinho pres-tigiando a nova linha de ôni-bus. Até padre para fazerbenzimento do veículo teveno evento. É para dar certomesmo.

A Linha Verde promete.Tem 14 veículos projetadosespecialmente para Curitibae uma frequência de quatrominutos entre um e outro.Isso vai permitir atendimen-to inicial para 32 mil passa-geiros e aliviar outras linhasque sofrem com a superlota-ção.

Promessas à parte. Quemlê esse artigo deve estar seperguntando: “O que essa talde Linha Verde tem a vercom o meio ambiente?”Tudo. E não só por ser ver-de, a cor que simboliza omeio ambiente, mas por tertransporte coletivo que polui60% menos do que os veícu-los tradicionais.

Isso porque os novos ar-ticulados vão usar biocom-bustíveis à base de óleo desoja. O biodiesel utilizadonos coletivos tem um impac-to significativo para a me-lhoria da qualidade do ar,principalmente nas grandescapitais brasileiras.

Se a qualidade do ar é umadas grandes preocupações domundo atual e um dos princi-pais componentes da qualidadede vida do cidadão, o projeto donovo ônibus está de parabéns,pois está colaborando para di-minuir emissão de poluentes nacamada atmosférica e provocarmenos danos à saúde.

A Linha Verde também tem9,4 quilômetros de ciclovias,que pode ser a alternativa paraquem quiser usar um modalnão-poluente.

Verde, verde, verde... Sim.Verde! A antiga BR 116 agoratem outra cara. Agora é verdemesmo. Quem passa por ali vêo parque de 21 mil metros qua-drados, árvores nativas com es-pécies ornamentais e frutíferas,flores que não irão prejudicar avisibilidade do trânsito e recu-peração da mata ciliar das mar-gens do rio Belém.

O prefeito Beto Richa anun-ciou já ter recebido a liberaçãopara o novo financiamento jun-to ao Banco Interamericano deDesenvolvimento (BID) e àAgência Francesa de Desen-volvimento para a segunda eta-pa da Linha Verde, que esten-derá o novo eixo de transporteaté o Atuba. Que legal. A capi-tal ecológica cada dia maisecológica.

Entretanto, algo intriga osusuários do transporte e os cu-ritibanos em geral: se a linha sechama verde, por que os ônibussão vermelhos? Vai saber né.Numa dessas o ônibus já estámaduro e a população nem sedeu conta disso.

Linha VerdeLinha VerdeMaurilio Cheli/SMSC

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GeralPasseata

Gustavo AlbergePaula Werner

Durante o mês de maio,mais de 300 cidades em todo omundo realizam manifestaçõespara relembrar a proibição docultivo de plantas da espécieCannabis sativa, conhecida po-pularmente como maconha. Noúltimo sábado foi a vez de Cu-ritiba e mais seis cidades doBrasil – Americana (SP), BeloHorizonte (MG), Brasília (DF),Juiz de Fora (MG), Porto Alegre(RS) e Rio de Janeiro (RJ) – pro-moverem a Marcha da Maco-nha.

A manifestação estava pre-vista para acontecer em mais 14cidades brasileiras, nos estadosdo Paraná, Bahia, Ceará, Goiáse Paraíba. As marchas foramproibidas. A decisão de impedira Marcha da Maconha em Cu-ritiba foi divulgada na sexta-fei-ra por meio de uma ação do Mi-nistério Público, que acusa omovimento de fazer apologiaem relação ao tema.

O antropólogo e participan-te do movimento Mauro Lenoafirma que a marcha não fazqualquer incentivo ao uso dadroga. “Qualquer pessoa queentrar no site da Marcha da Ma-conha verá que nós refutamostodas as acusações de apologia.Nós tomamos um cuidado bas-tante grande com relação a isso,pois sabemos como a lei brasi-leira é subjetiva quando diz res-peito a essas questões”.

Segundo Leno, o objetivo damanifestação é que seja feitoum debate público a respeito dalegislação de drogas. “O quenós temos hoje é uma legisla-ção fictícia, que não atende aoapelo da população. Nós quere-mos, no mínimo, o direito de de-bater sobre a possível legaliza-ção da maconha”, diz o antro-pólogo.

Mesmo com a proibição, osmanifestantes se reuniram naPraça João Cândido, no centroda cidade, e fizeram um debatesobre a legalização da planta. Oencontro reuniu jovens e adul-

Ministério Públicoproíbe Marcha da MaconhaPessoas saíram às ruas para reivindicar a legalização da droga; durante o protesto, policiais revistaram os manifestantes

tos. Entre os participantes esta-va o presidente em exercício doConselho Estadual Antidrogas,Sílvio Alves, que se declarou ob-servador do evento. Ele diz quepretende levar os argumentos damanifestação até o Conselho Es-tadual para esclarecer o assun-to. “É necessária uma mobiliza-ção por parte da sociedade paraconhecer melhor esses assuntos.Geralmente, quando se fala emdrogas, existe uma série de dis-torções, equívocos e limitaçõesque precisam ser revistas”.

Após pouco mais de umahora de conversa entre os par-ticipantes, muitos decidiram se-guir com a manifestação cami-nhando pelo centro da cidade.Quando chegaram à AvenidaCândido de Abreu, foram para-dos por policiais militares. To-dos foram revistados e libera-dos em seguida. Como o eventofoi proibido, a organização res-ponsável vai entrar com um re-curso na justiça e remarcou adata da marcha para o dia 31deste mês.

Gus

tavo

Alb

erge

Luiz Fellipe Deon

Acontece hoje, às 9h30 e às 19h30, no Te-atro Positivo - Grande Auditório, a pales-tra “Criatividade e Inovação”, com o con-sultor em gestão empresarial Waldez LuizLudwig, que vai falar sobre a importânciada inovação e da criatividade nas organiza-ções e nos ambientes de trabalho. O even-to faz parte do projeto Grandes Encontros,promovido pelas Pró-Reitorias de Gradua-ção e de Extensão da Universidade Positi-vo, como parte do Programa de AtividadesComplementares (PAC).

Ludwig é formado em Psicologia e Ar-tes Cênicas e utiliza um método descontra-ído de exposição, com piadas e até algu-mas encenações sobre os temas tratados, oque acaba tornando a palestra mais dinâ-mica e divertida, facilitando a compreen-são dos assuntos tratados durante a apre-sentação.

Universidade Positivopromove palestra

com Waldez Ludwig

Divulgação

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EnsaioCultura

Texto: Felipe RochaFotos: Gustavo Alberge

Na última sexta-feira, aconteceu o show das cantoras Dionne Warwick e GalCosta no Teatro Positivo. Dionne Warwick, 68 anos, iniciou o show com “Closeto you”, música famosa pela interpretação da banda The Carpenters.

Com microfone em punho, começa a cantar, e a plateia delira. Em toda a suaturnê mundial, Dionne conta com o apoio de Kathleen Rubbico (piano e dire-ção musical), William Hunter e John Shrock (teclados), Ernest Tibbs (baixo), Je-ffrey Lewis (bateria) e Renato Pereira (percussão), único brasileiro, e carioca.

Após um bloco de MPB, Dionne se despede, para entrada de Gal Costa, que,segundo ela, tem uma voz angelical.

Gal entra no palco e aparenta estar nervosa. Apenas acompanhada do pia-nista Cristovão Bastos, começa o show com “Vitrines”, de Chico Buarque. Umpouco mais relaxada, canta “Quem Te Viu, Quem Te Vê”, também de Chico.

O dueto entre as duas foi uma parceria perfeita, em plena sintonia vocal, einstrumental. A música “Garota de Ipanema” de Tom Jobim foi cantada por Di-onne em inglês e por Gal em português.

A voz não tem

idade