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Curitiba, terça-feira, 2 de junho de 2009 - Ano XI - Número 498 Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo [email protected] DIÁRIO d o B R A S I L Vanessa Dasko/LONA O telefone celular e a internet foram algumas das ferramentas de comunicação citadas durante os debates do Intercom Sul 2009. No evento, que reuniu cerca de 1500 pessoas em Blumenau, discutiu sobre as novas possibilidades que os meios de comunicação da era digital possibilitam. O debate aconteceu no último fim de semana, e durante o congresso uma exposição exibiu trabalhos de estudantes e profissionais da comunicação dos três Estados da Região Sul. O Curso de Jornalis- mo da Universidade Positivo teve 21 trabalhos classificados e foi premiado em oito. Em setembro acontece a etapa nacional do Intercom em Curitiba. A UP será a sede do evento. Os organizadores esperam que cinco mil pessoas de todo o país participem das discussões. Páginas 4 e 5 Páginas 4 e 5 Páginas 4 e 5 Páginas 4 e 5 Páginas 4 e 5 UP conquista oito prêmios na Expocom Sul 2009 Gustavo Krelling/LONA Futebol Página 3 Página 3 Página 3 Página 3 Página 3 Página 7 Página 7 Página 7 Página 7 Página 7 Entrevista Editora da revista Cult diz acreditar no uso da cultura contra a barbárie Curitiba deve receber pelo menos três jogos da Copa do Mundo em 2014 Ensaio mostra figurinos da Ópera de Viena - Página 8

LONA 498- 02/06/2009

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JORNAL-LABORATÓRIO DIÁRIO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIVERSIDADE POSITIVO.

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Curitiba, terça-feira, 2 de junho de 2009 - Ano XI - Número 498Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo [email protected]

DIÁRIO

do

BRASIL

Vanessa Dasko/LO

NA

O telefone celular e a internet foram algumas das ferramentas de comunicaçãocitadas durante os debates do Intercom Sul 2009. No evento, que reuniu cerca de1500 pessoas em Blumenau, discutiu sobre as novas possibilidades que os meios decomunicação da era digital possibilitam. O debate aconteceu no último fim desemana, e durante o congresso uma exposição exibiu trabalhos de estudantes eprofissionais da comunicação dos três Estados da Região Sul. O Curso de Jornalis-mo da Universidade Positivo teve 21 trabalhos classificados e foi premiado emoito. Em setembro acontece a etapa nacional do Intercom em Curitiba. A UP será asede do evento. Os organizadores esperam que cinco mil pessoas de todo o paísparticipem das discussões.

Páginas 4 e 5Páginas 4 e 5Páginas 4 e 5Páginas 4 e 5Páginas 4 e 5

UP conquistaoito prêmios naExpocom Sul 2009

Gustavo Krelling/LONA

Futebol

Página 3Página 3Página 3Página 3Página 3Página 7Página 7Página 7Página 7Página 7

Entrevista

Editora darevista Cult dizacreditar nouso da culturacontra abarbárie

Curitiba devereceber pelomenos trêsjogos da Copado Mundo em2014

Ensaio mostra figurinos da Ópera de Viena - Página 8

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Expediente

O LONA é o jornal-laboratório diário do Curso de Jornalis-mo da Universidade Positivo – UP,

Rua Pedro V. Parigot de Souza, 5.300 – Conectora 5. CampoComprido. Curitiba-PR - CEP 81280-30. Fone (41) 3317-3000

Reitor: Oriovisto Guimarães. Vice-Reitor: José Pio Martins.Pró-Reitor Administrativo: Arno Antônio Gnoatto; Pró-Rei-tor de Graduação: Renato Casagrande; Pró-Reitora de Ex-tensão: Fani Schiffer Durães; Pró-Reitor de Planejamento eAvaliação Institucional: Renato Casagrande; Coordenadordo Curso de Jornalismo: Carlos Alexandre Gruber de Cas-tro; Professores-orientadores: Ana Paula Mira, Elza Apa-recida e Marcelo Lima; Editores-chefes: Antonio CarlosSenkovski, Camila Scheffer Franklin e Marisa Rodrigues.

“Formar jornalistas com abran-gentes conhecimentos gerais e hu-manísticos, capacitação técnica,espírito criativo e empreendedor,sólidos princípios éticos e respon-sabilidade social que contribuamcom seu trabalho para o enrique-cimento cultural, social, político eeconômico da sociedade”.

Missão do cursode Jornalismo

OpiniãoTelevisão

Cantinho da

Fotos: divulgação

Cássio Bida de Araújo

E Sílvio Santos perdeu a ba-talha na justiça. O MinistérioPúblico proibiu a participaçãoda menina Maísa Silva no pro-grama do “homem do baú”. Detanto provocar, foi Sílvio, e nãoa pequenina, que saiu no prejuí-zo.

Para resgatar a memória dosleitores, na quarta-feira, dia 27de maio, publiquei nesta páginaum texto que relatava o caso.Para resumir a história: nos dias10 e 17 de maio durante o qua-dro “Pergunte à Maísa”, SílvioSantos expôs a menina a duassituações constrangedoras. Pri-meiro assustou a pequena ao co-locar um menino maquiado de“monstro” no palco. Na semanaseguinte, deu uma bronca na cri-ança dizendo que ela choravasem motivo e puxou o coro de“medrosa” junto com o auditó-rio. Maísa saiu chorando do pal-co e bateu com a cabeçana câmera.

Estas ações le-varam o MinistérioPúblico a pedir omaterial do pro-grama para análi-se. O resultado fi-nal: a proibição daparticipação daapresen-

tadora de sete anos de idade noPrograma Sílvio Santos. A alega-ção do órgão foi que a menina eraexposta a situações vexatórias, oque fere o Estatuto da Criança edo Adolescente. Além de perder oquadro, o SBT teve de pagar umamulta de um R$ 1 milhão, valorque será revertido ao Fundo deAmparo ao Trabalhador (FAT). Aemissora acatou a decisão judici-al e já avisou que não vai entrarcom recurso.

A decisão de tirar do ar algoexibido pelo SBT não é inédita.Em 2003, após exibir cenas emque supostos traficantes do PCCteriam ameaçado sequestrar cele-bridades, o programa DomingoLegal foi tirado do ar por uma se-mana. Mais recentemente, o pro-grama de luta livre “WWE – Lutalivre na TV” também saiu do arpor ser exibido fora do horáriodestinado à classificação etária,que seria de 14 anos. O fato de oquadro de Maísa ser tirado do ar

é mais uma vitória emnome de uma televisão

mais limpa, justa ecom um mínimo derespeito ao telespec-tador. Para SílvioSantos, só restou ficarno “cantinho da dis-

ciplina” e pensar mui-to na besteira que

fez.

disciplina

Política

Primeiro passoMilena Santos

De acordo com uma maté-ria publicada na Gazeta doPovo de domingo (31), o Pa-raná é o estado líder na cole-ta de assinaturas para o pro-jeto de lei de iniciativa popu-lar que pretende barrar oscandidatos a cargos eletivosacusados de crimes.

Pela proposta, os políticoscondenados na justiça ou querenunciaram ao mandatopara não serem cassados nãovão mais poder sere l e i -

tos. Para o projeto começar atramitar no Congresso, são ne-cessárias outras 600 mil assi-naturas.

Acredito que essa medidaseja um bom começo para aca-bar com a festa dos famosos“fichas-suja”. O povo já andameio desacreditado em medi-das como essas, mas alguémtem que começar a fazer algu-ma coisa, afinal o conformismosó tende a piorar a situação.Um projeto de iniciativa popu-lar como este, mostra que nem

tudo está perdido.O assessor jurídico da Con-

ferência Nacional dos Bisposdo Brasil (CNBB), Marino Gal-vão, falou que, apesar dos es-forços para coletar assinaturaspara o projeto, é pouco prová-vel que ele seja aprovado noCongresso a tempo de começara valer para a eleição de 2010.

Apesar da demora, é impor-tante que o brasileiro cumpra oseu papel de cidadão. Hoje te-mos a liberdade para expressar-

mos a nossa opinião e opoder de escolhermos

quem pode ounão estar àfrente denosso país.

A partirdo momen-to que toma-

mos umaatitude comoesta, impedimosque subam ao

poder os que ape-nas desejam um car-

go. O que queremos é que opovo continue consciente efaça o que está em suas mãose que o senado, desta vez, nãodeixe a desejar.

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Curitiba, terça-feira , 2 de junho de 2009 3

GeralFutebol Manifestação

Vereador lideramovimento paraa reabertura daPedreira PauloLeminski

André Rosas

Nas últimas semanas umassunto tem tomado contadas páginas reservadas à cul-tura nos principais veículosdo Paraná. É o abaixo-assina-do “A Pedreira é Nossa”, quetem como objetivo reabrir aPedreira Paulo Leminski, fe-chada por um juiz no anopassado após receber uma lis-ta de 134 moradores da re-gião, solicitando o fim doseventos no local.

A Pedreira Paulo Leminskifoi oficialmente inauguradaem 1990, e já recebeu grandesshows, como Paul McCartney,Avril Lavigne e, recentemen-te, The Black Eyed Peas, alémde inúmeros eventos de dife-rentes portes.

O vereador Jonny Stica as-sina o projeto juntamente comgrandes produtoras locais, equando questionado sobre oprojeto, não hesita em respon-der. “É muito importante todoesse trabalho que estamos de-senvolvendo, a cidade estáperdendo em todos os senti-dos – turismo, gastronomia,comércio – e sem falar que hojevemos muitos artistas passan-do por Curitiba, mas apenasde avião,” brinca Stica.

Apenas ano passado, ban-das como a Paramore afirma-ram que a cidade não possuiestrutura adequada e por issonão puderam agendar datas.Este ano, o mesmo acontececom os ingleses do McFly,

que apesar de estarem voltan-do ao país com a mesma sériede shows que realizaram em2008, não vão passar nova-mente por Curitiba, pela faltade estrutura.

“Coletamos até agora seismil assinaturas; estamos tra-balhando juntamente com to-dos os órgãos públicos e cons-cientizando as pessoas doquanto é importante colaborar.Queremos atingir a meta de 10mil assinaturas, e mostrarpara os 134 descontentes queé possível realizar um acor-do”, explica o vereador.

O acordo ao qual Stica serefere é o TAC - Termo deAjustamento de Conduta – emque produtores serão cadastra-dos e seus horários irão sersupervisionados, o produtorque acabar extrapolando os li-mites irá ser penalizado e nãopoderá realizar shows na Pe-dreira durante dois anos.AFundação Cultural de Curitibaestá apoiando a ideia e o tra-balho não para. Assim queatingirem a meta, o abaixo-as-sinado seguirá para o juiz querealizou o decreto e a discus-são irá começar novamente.

Daniel Piva

Festa na Arena da Baixada.Apesar da derrota do Atléticopara o Flamengo, no Campeo-nato Brasileiro, os torcedorescomemoraram a confirmaçãode Curitiba e do estádio rubro-negro como subsede da Copado Mundo de 2014.

O anúncio oficial aconteceunas Bahamas, pelo presidenteda FIFA, Joseph Blatter. O ob-jetivo da capital paranaense éde receber a seleção do Brasilou da Itália e a estimativa é deque os investimentos ultrapas-sem os US$ 4 bilhões. As ou-tras 11 subsedes são as seguin-tes cidades: Belo Horizonte,Brasília, Cuiabá, Fortaleza,Manaus, Natal, Porto Alegre,Recife, Rio de Janeiro, Salvadore São Paulo.

Esta será a segunda vez queCuritiba irá sediar jogos deCopa do Mundo. Em 1950, úni-ca vez que o Brasil foi o paíssede, duas partidas acontece-ram na Vila Capanema. Para2014, a expectativa é de queCuritiba receba ao menos trêsjogos. Dois deverão ocorrer naspartidas da fase de grupos euma, possivelmente nas oita-vas ou quartas de finais.

Quais jogos?O prefeito Beto Richa garan-

tiu, em entrevista coletiva, queo objetivo é trazer o próprioBrasil para jogar na cidade. Po-rém, caso não consiga, tem ou-tras opções. “Nós gostaríamos

Curitiba serásede da Copado MundoMelhorias na infraestrutura da cidade, como a construção do metrô e oaumento no número de leitos hospitalares, são alguns dos objetivos para 2014

de ter o Brasil, mas se não con-seguirmos, a cidade se sentiriabem atendida com a Itália”,declarou o prefeito.

Para Beto Richa, o contin-gente de descendentes de ita-lianos no Paraná pode pesarna decisão do país europeu. Eesse ponto pode abrir lequestambém para outras seleçõesse hospedarem na capital pa-ranaense. “Temos aqui povosfranceses, ucranianos, alémdisso, Argentina, Uruguai eParaguai são próximos de Cu-ritiba”.

Na esfera esportiva, a capi-tal paranaense vai oferecerpara as seleções que aqui sehospedarem quatro estádios:Arena, Couto Pereira, Vila Ca-panema e Eco-estádio. Alémde quatro centros de treina-mento - Caju, do Atlético; Gra-ciosa, do Coritiba; Ninho daGralha, do Paraná e o do Tri-este.

Para o estádio atleticano,que tem que estar pronto até ofinal de 2012, a expectativa éde que sejam investidos R$127 milhões. A Arena da Bai-xada terá que se adequar aospadrões exigidos pela FIFA eserá ampliada para 41.293 lu-gares.

A obra será dividida emnove etapas: conclusão das ar-quibancadas; retirada do fos-so; revitalização e ampliaçãoda frente comercial já existen-te na Buenos Aires; adequaçãodas esquinas da Buenos Airese da Coronel Dulcídio; reforma

dos camarotes; revitalizaçãodo edifício em frente ao está-dio e nova cobertura para to-dos os assentos - com a elimi-nação das torres 3 e 4 e fimdos pontos cegos.

ObrasNo setor público, o princi-

pal investimento será o metrô.Com custo estimado em R$2,68 milhões para estudos eprojetos de engenharia e R$ 2bilhões para a linha de 22quilômetros entre os terminaisdo Santa Cândida e CIC Sul.O sistema deve transportar650 mil passageiros por dia eter quatro estações próximas àArena.

Além de um moderno está-dio e de melhorias significati-vas na infraestrutura da cida-de, Curitiba também irá refor-mar sua rede hoteleira e hos-pitalar. De acordo com o pro-jeto enviado à FIFA, a capitalconta hoje com 91 hospitais,com um total de 6.691 leitos.Desses, quatro possuem aten-dimento de larga escala e fi-cam próximos à Arena da Bai-xada, assim como outros oitocentros hospitalares. Para2014, a projeção é de que estenúmero seja ampliado para 95hospitais com 7.340 leitos.

As obras serão parcialmen-te financiadas pela AgênciaFrancesa de Desenvolvimento,Banco Interamericano de De-senvolvimento (BID) e o Fon-plata, o que totaliza mais deR$ 600 milhões.

Músicos deixam de se apresentar na cidadealegando falta de estrutura adequada para shows

Para ajudarOs interessados podem

acessar o site: www.apedreiraenossa.com.br, e assinar alista.

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Era digital é tema dedebate no Intercom Sul

EspecialComunicação

Vanessa Dasko

O despertador do celulartoca. É hora de levantar e sepreparar para as atividadesdo dia. Heitor Ricardo Maitoda Luz, de apenas 11 anos,acorda com o som programa-do no celular. Além dessa fun-ção, Heitor usa o aparelhopara enviar e receber mensa-gens da maioria dos amigos. Ocomputador também faz partedo dia-a-dia de Heitor. O ado-lescente admite que não conse-guiria viver sem ele. “Com ocomputador é tudo mais fácil.Se não fosse ele, teria que fa-zer trabalhos manuscritos epesquisas da escola só em li-vros. Ia demorar muito”. Alémdo celular e do computador

com acesso a internet, Heitorcostuma ver televisão a cabo eouvir rádio. “Gosto de sabernovidades de desenhos, filmese fazer pesquisas para a esco-la”, disse.

O adolescente é apenasuma das pessoas que vivem operíodo de transição e cons-trução de novas mídias, pormeio de tecnologias inovado-ras, denominado “Era Digi-tal”. O assunto foi tema do XIntercom Sul, que aconteceunos dias 28, 29 e 30 de maio,na Universidade Regional deBlumenau (Furb), em SantaCatarina. O evento reuniu cer-ca de 1.500 participantes, en-tre professores, pesquisadorese acadêmicos das áreas de Jor-nalismo, Publicidade e Propa-

ganda e Relações Públicas.Além de apresentar trabalhosno Intercom Júnior e no Expo-com, os participantes pude-ram assistir a painéis sobrecultura, comunicação e educa-ção na era digital, analisandoas novas mídias instauradaspor meio da tecnologia.

O telefone celular e a inter-net facilitam o acesso à comu-nicação e são consideradosgrandes disseminadores dainformação. Além dessas tec-nologias, a televisão e a rádiodigital, que devem chegar embreve ao Brasil, prometem ino-var e revolucionar o processocomunicacional. “A importân-cia desse tema em um congres-so como o Intercom Sul é de-bater como nós, os profissio-

nais da área de comunicação,professores e acadêmicos po-deremos nos adaptar e produ-zir para essas novas mídias eentendê-la com um espaço dedivulgação da informação”,destacou Maria José Baldessar,professora da UniversidadeFederal de Santa Catarina(UFSC).

Segundo Maria, a era digi-tal vem para acrescentar e nãopara revolucionar. “Como jáaconteceu com outras mídias:a televisão em relação ao rá-dio, o rádio em relação ao im-presso, nunca nenhuma mídiadesapareceu em função doaparecimento de outra”, infor-mou.

Maria comentou ainda quea ascensão da internet é posi-tiva, pois o meio permite agre-gar e integrar todas as outrasmídias. “Na mídia sobrepostavocê pode ler o jornal, ver te-levisão ou ouvir rádio ou ain-da ter tudo isso condensadono espaço multimídia. Dife-rente do que temos até agora,a nova mídia nos trará maio-res possibilidades de integra-ção da comunicação”, come-morou.

Segundo o professor JoséMarques de Melo, fundador

da Sociedade Brasileira de Es-tudos Disciplinares de Comu-nicação (Intercom), ainda nãopodemos prever o que vaiacontecer com a comunicação,pois a internet é apenas o ini-cio da era digital. “O que vempor ai é muito mais forte”,complementa. Segundo ele, éprovável que, dentro de 10anos, a maioria das residênci-as já estejam digitalizadas pormeio das novas tecnologias.“Os meios de comunicação es-tarão interligados, interagindoum com o outro. As novas mí-dias, principalmente o celular,irão se transformar em meio decomunicação coletiva. Astransformações me surpreen-dem a cada dia”, disse.

Melo destacou ainda que oBrasil ainda é um país repletode “arquipélagos analógicos”com alguns com bolsões digi-tais. Segundo ele, o setor deeducação é muito conservadore aceita poucas mudanças.“Nós precisamos fazer umarevolução radical na área daeducação. As crianças e os jo-vens estão sendo educadoscom essas novas potencialida-des, Precisaríamos incorporarmais a educação à distância,para facilitar a disseminação

“Os meios de comunicação estarãointerligados, interagindo um com ooutro. As novas mídias, principalmenteo celular, irão se transformar emmeio de comunicação coletiva. Astransformações surpreendem a cada dia”JOSÉ MARQUES DE MELO, FUNDADOR DA SOCIEDADE

BRASILEIRA DE ESTUDOS DISCIPLINARES DE COMUNICAÇÃO

Diego Henrique/LONA

Desde a abertura o Intercom trouxe aos participantes debates sobre a comunicação na era digital

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Curitiba, terça-feira , 2 de junho de 2009 5

Vanessa Dasko

Cerca de 5 mil partici-pantes estão sendo espera-dos para o XXXII IntercomNacional, que será realiza-do na Universidade Positi-vo, entre os dias 4 e 7 de se-tembro. O evento, que pro-mete grandes inovações,está sendo preparado desdeo ano passado. Um dos des-taques da programação é arevisão da obra de impor-tantes autores brasileiros,que em muito colaborarampara os estudos de comuni-cação no país. “Neste ano

Vanessa Dasko

Dos 21 trabalhos inscritos pelos alunos os cursos de Jorna-lismo e Publicidade Propaganda da Universidade Positivo, oitoforam premiados na Exposição de Pesquisa Experimental emComunicação (Expocom). O prêmio faz parte da programaçãodo Intercom e é destinado “aos melhores trabalhos experimen-tais exclusivamente produzidos por alunos de graduação noâmbito dos cursos de Comunicação Social e suas habilitações”.

Os alunos de Jornalismo premiados no Expocom Sul e asrespectivas categorias foram: Felipe Waltrick, categoria Foto-grafia Artística; Robertson Luz, categoria Fotografia Jornalísti-ca; Renan Colombo, categoria Livro-Reportagem; Gustavo Kre-lling, categoria Revista Customizada, e Gabrielle Chamiço, ca-tegoria Jornal-Mural. Os alunos de Publicidade e Propagandapremiados foram: Tatiane Monteiro da Silva, categoria Cam-panha Promocional, e Felipe Pinheiro, categoria Filme e Foto-grafia Promocional.

“Ao apresentarmos trabalhos no Expocom, podemos tro-car experiências e comparar nossas produções com a produ-ção de outros alunos, de outras universidades”, informou Gus-tavo Kreeling, aluno do 3º ano de Jornalismo da UP, premiadono Expocom. Para ele, a junção de jornalismo e arte foram fun-damentais para a elaboração do trabalho “Retrospectiva Ar-tística”, que venceu o Expocom na categoria Revista Customi-zada. O aluno destacou ainda que criatividade e inovação fo-ram duas marcas do evento.

Para o vencedor da categoria Fotografia Jornalística do Ex-pocom e aluno do 4º ano de Jornalismo da UP, Robertson Luz,a premiação é muito importante, pois faz parte do maior even-to de comunicação da América Latina. “Ser premiado em umevento como o Intercom é poder contar com grande reconheci-mento e vitrine profissional”. Para ele, a organização e a inte-ração cultural foram destaques no evento.

Segundo o Presidente do Intercom, professor Antônio CarlosHohlfeldt, o envio de trabalhos é uma excelente oportunidadepara mostrar o que está sendo produzido e ter uma avaliaçãodos colegas e companheiros da área de comunicação.

teremos especialmente um se-minário temático sobre a obrado professor José Marques deMelo”, informou o presidentedo Intercom, Professor Antô-nio Carlos Hohlfeldt.

Outro destaque é a forma-ção de uma mesa redondapara tratar do Relatório daNova Ordem Mundial da Co-municação (MacBride) elabo-rado há 26 anos. O debate seráem torno das possíveis mudan-ças nos fluxos de comunicaçãointernacionais, centralizadosatualmente a partir da Europae dos Estados Unidos.

Para a professora do curso

de jornalismo da UP, ElzaAparecida de Oliveira Filha,que faz parte da comissão or-ganizadora do Intercom, asexpectativas para o evento sãoas melhores possíveis. “Esta-mos esperando um grandenúmero de participantes e detrabalhos inscritos”, infor-mou. Além do curso de Jorna-lismo e Publicidade e Propa-ganda, estarão envolvidos naorganização do evento o cur-so de Turismo e de DesenhoIndustrial para auxilio nasáreas turísticas e sinalizaçãodo campus. O site do congres-so é: intercom2009.up.edu.br

Universidade Positivo será sede do Intercom Nacional

EspecialComunicação

Alunos da UP sãopremiados

na Expocom Sul

Comunicação

do conhecimento junto às po-pulações”, complementou.

Mesmo com a facilidade deacesso as novas mídias, a de-mocratização da comunicaçãoainda está longe de ser concre-tizada. “A democratização in-depende da mídia digital. Elapode ajudar, divulgando infor-mações, disseminando o co-nhecimento. Mas a democrati-zação é um processo de natu-reza política, depende da von-

tade política do cidadão e daslideranças. Não podemos ter ailusão de que só pelo fato determos a mídia digital disse-minada, teremos também a de-mocracia.”, informou Melo.Para a professora Maria, a eradigital pode apenas facilitar oprocesso de democratização.“As novas mídias ajudam atornar a comunicação espaci-almente mais igual. Se umlado tem informação de quali-

dade, o outro também terá.”Maria destacou ainda a neces-sidade de popularização dabanda larga, programas de in-clusão digital e barateamentodas novas tecnologias. “A tec-nologia não se expande demaneira igual em todo o mun-do e depende de recursos deregião para região. Mas é na-tural que e algum momento elaesteja consolidada e expandi-da”, comemorou.

Robertson Luz/LONA

Vanessa Dasko/LONA

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a apoteose

ColunaMeio ambiente

Caminho das Índias:Televisão

William Bressan

A novela das oito é o assun-to preferido do brasileiro. Des-de a década de 70, com “IrmãosCoragem”, quando as novelasde Janete Clair e Dias Gomes co-meçaram a chamar o públicomasculino para frente da TV –um ambiente antes restrito àsmulheres – todos começaram ater seu “pitaco” para dar.

Seja para criticar a vilã, paradizer que “novela é tudo igual,a gente já sabe como começa etermina”, mas mesmo assimnão há como a largá-la enquan-to não se passarem os oito me-ses na trégua do bem contra omal, às vezes, até jurar sentirsaudades deste ou daquele per-sonagem, ou que nunca mais iráacompanhar outra, até que apróxima começa e você já estáenvolvido novamente...

Para substituir as disputasde Flora (Patrícia Pillar) e Dona-tela (Cláudia Raia) de “A Favo-rita”, a qual, apesar de ser umsucesso de crítica, vinha obten-do um Ibope considerado baixo,a Globo escalou Glória Perezcom seu “Caminho das Índias”para guiar o horário de voltaaos tempos de outrora.

A fórmula? Simples. Umahistória com ares de “O Clone”,o maior sucesso da autora, lem-brada até hoje por diversos te-lespectadores. Um amor impos-sível, separado por culturas dis-tintas, tradições milenares, paí-ses diferentes, condenado pelamaioria, permeado por expres-sões típicas e rodas de gafieiras,bem como problemas sociaisatuais.

Passados quatro meses des-de a estreia, não podemos dizerque a estratégia deu certo. OIbope é considerado regular, e atrama tem falhas. Mas é claro

que não entraremos no mérito dea obra ser ambientada no Brasile na Índia ao mesmo tempo, emque as pessoas de lá falam o nos-so idioma, afinal, culpemos adramaturgia, em que o impossí-vel se torna possível.

“Caminho das Índias” tempontos favoráveis. Tirando o me-lodrama principal, as paralelassão muito interessantes. A come-çar pelo merchandising social,em que realidade e ficção se cru-zam no mesmo plano, na histó-ria de Tarso (Bruno Gagliasso).Oprimido pela família, ele come-ça a dar sinais de esquizofrenia,mas a mãe Melissa, vivida porChristiane Torloni, um show deinterpretação, finge que nadaacontece e tenta de todo jeito aba-far a doença de seu filho. O as-sunto é tratado com seriedade eos atores do núcleo (Stenio Gar-cia, Totia Meirelles e AninhaLima) convencem como profissi-onais.

Não poderia deixar de citaras empregadas domésticas hilá-rias que arrancam boas risadasdos telespectadores. A principaldelas é Ondina (Luci Pereira)que vive em pé de guerra com SeuCadore (Elias Gleizer). A outra éSheila (Priscila Marinho), a em-pregada subjugada pela patroa,e que sempre tem uma opinião(nem sempre pertinente) a dar so-bre os problemas familiares dosCadore.

Faltam quatro meses para apalavra “fim” aparecer na tela.Até lá, ainda ouviremos muitoas expressões “shalou”, “harebaba”, e outras. Aí estará nahora de darmos adeus à apoteo-se da fantasia, criada por GlóriaPerez, e boas vindas às cenas deelevador, café da manhã, e os di-álogos atuais de Manoel Carlos,que vem aí com mais uma Hele-na, em “Viver a vida”.

Projeto visaprotegerflorestasSuellen Cristiane Ferreira

A população mundial e arenda per capita cresceram. Comisso, aumentou também o consu-mo de madeira, o que virou umproblema, pois é muito difícilatender a grande demanda semdestruir as florestas em busca dematéria-prima.

O Brasil é o país com umadas maiores florestas nativas domundo, em torno de 5,1 milhõesde metros quadrados, além dosvários climas e os inúmeros bio-mas, entre eles, a Amazônia.Com isso, o país detém cerca de20% das espécies do mundo. Setudo isso fosse explorado de for-ma adequada, poderia gerar tri-lhões de dólares com o agrone-gócio, que diz respeito à borra-cha natural, celulose, papel emóveis, o que representa 5% doPIB brasileiro e 8% das exporta-ções.

Porém, ao agronegócio é atri-buída grande parte da degrada-ção ambiental, devido ao mauuso, principalmente na Amazô-nia, Cerrado e Mata Atlântica.Por causa desse grande proble-ma, surgiu o Programa Nacionalde Florestas para tentar solucio-

nar as questões que envolvem adestruição do meio ambiente porcausa dos produtos madeireiros.

No Brasil, diversas empresasprivadas, instituições de pesqui-sa e Universidades Federais par-ticipam desse projeto. Uma dassoluções encontradas é o plantiode espécies florestais que gerarendimentos ao agronegócio enão degrada tanto o meio ambi-ente.

Porém, o Programa Nacionalde Florestas não é o único planoque busca cuidar do meio ambi-ente. Na Amazônia há um traba-lho que cuida do uso e da conser-vação da floresta amazônica. É oProjeto Dendrogene (nome difícil,mas que significa genética da ár-vore), que busca avaliar os impac-tos da exploração florestal sobrea biodiversidade, tendo em vistaa sustentabilidade a longo prazo.Trata-se dos impactos sobre a ca-pacidade da floresta de se regene-rar, ou seja, de garantir, por meiodos processos de reprodução, acontinuidade das diferentes espé-cies.

Apesar de a Amazônia ser umdos mais ricos biossistemas domundo, o uso e a exploração pre-ocupa governos, ONGs e a socie-

dade em geral. O Projeto Dendro-gene busca novas ferramentasque promovam um manejo deuso junto com conservação flo-restal, garantindo assim qualida-de de vida para a população. Oprojeto possui informações e ca-dastro das diversas espécies flo-restais existentes na Amazônia,com as características específicasde cada uma, que ficam arquiva-das em um banco de dados.

O trabalho existe há oitoanos, com caráter inovador, embusca princípios para acabarcom os danos causados pelodesmatamento e trazer benefícioe melhorar a qualidade de vidadas futuras gerações. Entretanto,não adianta só os planos do go-verno e de ONGs ficarem preo-cupados com a conservação denossas florestas. A população,em geral, precisa tomar consci-ência que destruir o meio ambi-ente causa prejuízo a ela mesma,ou seja, quanto mais desmata-mento e degradação, mais aci-dentes ambientais, como en-chentes ou secas, irão acontecer.Portanto, cuide do que é seu.Proteja as florestas e o meio am-biente. Isso garante qualidade devida às próximas gerações.

Fotos: divulgação

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Curitiba, terça-feira , 2 de junho de 2009 7

EntrevistaImprensa

Suellen Sava

Os cinco dias do I Congres-so Brasileiro de Jornalismo Cul-tural trouxeram 55 palestrantesabordando os mais variados te-mas, do cinema às artes plásti-cas. Durante todos esses dias,uma mulher morena de estatu-ra baixa e fôlego de gigante ca-minhava elétrica em meio à im-prensa e aspirantes de jornalis-mo. Era a organizadora doevento, Dayse Bregantini, edito-ra-chefe da Revista Cult, que co-menta sobre seu otimismo emrelação a essa editoria, que con-sidera ainda pouco discutidapelos profissionais.

O fato de que a culturapode nos salvar da barbárie temsido constante nas palestras.Em que barbárie vivemos hoje?

Nós vivemos em uma barbá-

Jornalismocultural étema de

rie moral, um desrespeito mui-to grande à humanidade. Euacho que não tem mais limite,independentemente de guerras,em termos de séculos. Mas achoque essa barbárie, essa desuma-nização que a gente vive, à me-dida que você se eleva e lê, hu-maniza-se mais. Uma culturano sentido de humanizaçãopode salvar da barbárie, sim.

Quando surgiu a ideia derealizar o I Congresso de Jorna-lismo Cultural?

Há cinco anos a gente faz noEspaço Cult, na sede onde temdois auditórios pequenos, vári-os cursos de jornalismo cultu-ral, e os alunos falavam: “Ah,por que não fazem uma coisaprofunda, uma reflexão maiorcom artes plásticas, teatro e ci-nema?”. E não dá para fazer emum sábado. Para cumprir essagrade, tinha que ser um curso

longo. E para fazer um cursogrande vira congresso. Entãosurgiu dos próprios alunos.Muita gente de Curitiba man-dou e-mail. É a prova de que seviu aqui, veio gente do Acre,Brasília, Curitiba, Porto Alegre,Recife e Fortaleza. É porque pre-cisava de um congresso assim.

Você acha que o congressoabriu os olhos dos jornalistas?

Tem dez coordenadores dejornalismo discutindo isso,acho que abriu os olhos de todomundo. É uma forma de gerartrabalho. O que eu aconselhopara os jovens é ter espírito em-preendedor. Não esperar que,neste momento, o empregoaconteça. Talvez seja uma boaideia criar um site cultural, umjornal eletrônico, porque o jor-nal impresso é muito caro noBrasil. Isso eu não aconselho,porque é uma aventura que exi-ge muito fôlego de lazer. Mastem campo para isso, leitorpara isso.

Como esse congresso estárepercutindo na mídia?

Está tendo uma coberturamuito boa. Não fui ainda paraa editora, estou ansiosa aqui.Mas não me importa, esse con-gresso não depende da mídiapara nada. A construção deleé outra, é direto para as facul-

dades. A nossa educação é jun-tar os alunos. Nosso apoio,nessa educação é trabalhar nabase e com as faculdades. Sevocê for olhar todo mundoaqui, são estudantes de jorna-lismo e jornalistas. Então onosso público é muito dirigido,não foi como a virada culturalque teve um público de todosos tipos. Esse congresso não épara qualquer um, é para quemé do ramo.

A crise é tema recorrentedas palestras. Por que você usaa palavra crise?

Ah, mas está uma crise,né? Eu não quero muito falarsobre isso porque os palestran-tes já falaram. É uma crise mo-ral, uma crise ética. Credo!,está horrível, né? Está escan-carado, senão ia parecer que agente vive no planeta da lua.Claro que tem uma crise.

Na sua concepção, onde épreciso mudar para que o jor-nalismo cultural engrene?

Nas universidades. Essa é abase de tudo. Quem informa éa faculdade. Então é assim:“Ah!, por que a experiência, porque a vida, por que o repertórioque se forma?”, mas a base temque vir da universidade, da es-cola. Vai desde o colégio, entãovamos falar da educação. Então

espera aí, acho que nós deve-mos discutir o ensino como umtodo.

A forma em que é feito ojornalismo nos veículos (imedi-atismo) influencia em algumacoisa no jeito que estamosaprendendo a fazer jornalis-mo?

Não, é outra coisa. Acho queé um problema mesmo das fa-culdades. Tem faculdade muitoruim de jornalismo, que roubadinheiro do pai. Faculdadesque não ensinam nada. Eu re-cebo currículos e nos próprioscurrículos existem erros clássi-cos de português. Eu fico comdó do aluno porque ele foi en-ganado pela faculdade que elepagou, com o maior sacrifício, eescreve exceção com ”s”. Entãoisso é um crime.

Você também é otimistaquanto aos rumos do jornalis-mo cultural. Como alguns pa-lestrantes mostraram ser?

Sou superotimista, porqueé um mercado que vai crescermais, se especializar mais, é oque vai gerar muito emprego.Eu sou muito otimista. E épara logo. Acho que daquitrês, quatro anos, vai ser omaior mercado de empregopara jornalistas, vai ser a cul-tura. Eu tenho certeza.

“Nós vivemos em uma barbárie moral,um desrespeito muito grande àhumanidade. Eu acho que não temmais limite, independentemente deguerras, em termos de séculos”

debateDayse Bregantini defende que a sociedade vive uma barbárie moral e que a “salvação” está na elevação do nível cultural das pessoas

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Curitiba, terça-feira, 2 de junho de 20098

Ensaio

Os figurinosda Óperade Viena

Texto e fotos: Gustavo Krelling

Que lugar! O ano tem 12 meses, a Ópera de Viena tem a maior temporada de óperas da Europa, 9meses ininterruptos e todo dia uma ópera diferente. Logo no início da temporada quase todos osingressos são vendidos, mas é possível chegar duas horas antes do espetáculo e conseguir um lugarem pé por 2 euros, vale a pena! Para os apreciadores de ópera é fundamental uma visita ao Museuda Ópera. Lá, está uma bela coleção de figurinos que foram trajados pelos artistas ao longo da histó-ria da ópera. A beleza da indumentária vermelha e altamente bordada para a ópera Boris Godunov,de Modest Mussorgsky, chama a atenção. Mas o destaque fica para as roupas feitas por Picasso parao espetáculo de dança Der Dreispitz, os traços do pintor são evidentes. Além disso, esboços de figuri-nos estão presentes em todos os lugares, como os croquis para a Ópera Don Giovanni, de Mozart.Vale ressaltar que os funcionários do museu são extremamente gentis, assim como todos os vienen-ses que encontram um turista em busca de cultura e arte. O lema da cidade é arte pela a arte.