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[email protected] @jornallona lona.up.com.br O único jornal-laboratório DIÁRIO do Brasil Ano XIII - Número 680 Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo Curitiba, 21 de março de 2012 Editorial Copa 2014: bebida alcoólica nos estádios se destaca em relação a outros problemas Pág. 2 Artigo Filho de Eike Batista atro- pela ciclista no Rio de Janeiro Pág. 2 Comportamento Brasileiros não se lembram dos candidatos em que vo- taram nas eleições Pág. 4 BPTran fiscaliza IPVA e recupera três veículos em Curitiba Até as 11h50 de ontem, cerca de 300 carros foram fis- calizados e pelo menos 30 foram recolhidos. Pág. 3 Diego Henrique Silva

LONA 680 - 21.03.2012

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JORNAL-LABORATÓRIO DIÁRIO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIVERSIDADE POSITIVO.

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Curitiba, quarta-feira, 21 de março de 2012

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lona.up.com.br

O único jornal-laboratório

DIÁRIOdo Brasil

Ano XIII - Número 680Jornal-Laboratório do Curso de

Jornalismo da Universidade Positivo

Curitiba, 21 de março de 2012

Editorial

Copa 2014: bebida alcoólica nos estádios se destaca em relação a outros problemas

Pág. 2

Artigo

Filho de Eike Batista atro-pela ciclista no Rio de Janeiro

Pág. 2

Comportamento

Brasileiros não se lembram dos candidatos em que vo-taram nas eleições

Pág. 4

BPTran fiscaliza IPVA e recupera três veículos em Curitiba

Até as 11h50 de

ontem, cerca de

300 carros foram fis-

calizados e pelo menos

30 foramrecolhidos.

Pág. 3

Diego Henrique Silva

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Curitiba, quarta-feira, 21 de março de 2012 2 2 2 2

ExpedienteReitor: José Pio Martins | Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração: Arno Gnoatto | Pró-Reitora Acadêmica: Marcia Sebastiani | Coordenação dos Cursos de Comunicação Social: André Tezza Consentino | Coordenadora do Curso de Jornalismo: Maria Zaclis Veiga Ferreira | Professores-orientadores: Ana Paula Mira, Elza Aparecida de Oliveira Filha e Marcelo Lima | Editoras-chefes: Renata Silva Pinto, Suelen Lorianny e Vitória Peluso | Editorial: Oscar Cidri

O LONA é o jornal-laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo. Rua Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300 - Conectora 5. Campo Comprido. Curitiba - PR. CEP: 81280-30 - Fone: (41) 3317-3044.

Opinião

Dentre os muitos pontos que podem ser alçados à con-dição de polêmicos, dentro da Lei Geral da Copa de 2014, no Brasil, de longe, o item que prevê a liberação de bebida alcoólica nos estádios é o que tem ganhado todos os holo-fotes e manchetes em jornais, revistas, sites noticiosos e telejornais. Tanto que, por mais que desconheçam o teor do debate, todos os brasileiros minimamente informados ao menos “ouviram algo a respeito”.

Mais uma vez este país imerge em profundas discussões que envolvem disputas políticas no Congresso; subterfú-gios jurídicos para asseverar a maior consistência dos argu-mentos usados tanto pelos que são contra, quanto pelos que são a favor da liberação das bebidas. Mas como em muitas outras discussões que precisam ser tratadas pelo poder pú-blico, esta é mais uma que serve como pretexto para todos esses casuísmos, embates político-partidários nos quais o que menos acaba importando é o foco da discussão em si.

Desde a triste lembrança do Maracanazo, em 1950, quan-do uma nação inteira chorou a derrota para o Uruguai na final da Copa, os brasileiros sonham com uma nova opor-tunidade de gritar “é campeão!”, vendo a seleção canari-nho, mesmo que com este futebol burocrático dos últimos tempos, sagrando-se vitoriosa na Copa realizada em seus domínios.

Enquanto se politiza uma questão administrativa e pon-tual que é a venda, ou não, de bebidas alcoólicas para um público que será extremamente selecionado pelo “módi-co” custo dos ingressos, temas de maior relevância e im-plicações como: as obras que consomem o dinheiro públi-co canalizado para investimentos privados, as desumanas desapropriações dos que estão (estavam) no caminho das construções para a infraestrutura da Copa e quanto o erário poderá perder pelos ralos da corrupção que não é pouca nessas ocasiões, ficam secundarizados. Enquanto os esta-distas do Congresso discutem – aos berros - o chope dos gringos, as verbas das empreiteiras vão sendo pagas candi-damente, as desapropriações ferindo os mais básicos direi-tos humanos previstos na Constituição e a Seleção jogando um futebol inadimplente.

Editorial

Vitória Peluso

Copa 2014: o álcool é o que incendeia a discussão

Opinião

A realidade é injusta

O ajudante de caminhoneiro Wanderson Pereira dos San-tos, de 30 anos, andava de bicicleta no acostamento de uma rodovia da Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, quando foi atropelado por uma Mercedes SLRMcLaren prata, que vale em torno de R$ 2,5 milhões. Wanderson, que voltava para casa, morreu na hora do acidente.

Na direção do veículo estava Thor Batista, de 20 anos, filho de um dos homens mais ricos do mundo, Eike Batista, e da ex-modelo Luma de Oliveira. Thor estava acompanha-do de um amigo e, segundo relatos, estava voltando de um almoço.

Sem parar para pensar no que levou a este incidente e de quem foi a culpa, do jovem rico que estava confortável den-tro do seu carro de luxo, ou do homem que tentava voltar para sua casa após mais um dia de trabalho, o fato é que ne-nhum dinheiro ou bem da poderosa família Batista é capaz de reparar o dano causado a família de Wanderson.

Agora, se invertem os papéis e supõe-se outra situação: o jovem Thor acompanhado de um amigo fazia um passeio ciclístico no acostamento da rodovia quando um carro po-pular, no valor de R$ 15 mil e alguns anos de uso, guiado por um homem, de baixo poder aquisitivo, invade inespe-radamente o acostamento e atropela o filho do empresário poderoso.

Com certeza, não talvez, este homem seria acusado e jul-gado por todos, indevidamente, antes mesmo de que os fa-tos fossem apurados e ele ser condenado à prisão ou isento da culpa. Este homem seria caluniado e intimado a explicar, não só perante a justiça, mas também perante a sociedade pelo fato de ter matado o “pobre” rico rapaz, que andava de bicicleta.

No caso verídico, o filho de Eike Batista não foi julgado de forma alguma e está, totalmente, protegido de qualquer tipo de acusação antes que se esclareçam os fatos. O advo-gado dos Batista afirma que Tohr dirigia no limite permitido de velocidade, não estava alcoolizado e que a culpa foi de Wanderson, que foi atravessar a pista sem tomar os devidos cuidados.

Já a família da vítima alega que Wanderson estava no acostamento na hora do acontecimento e que foi a Mercedes que causou o acidente ao desviar de outro automóvel. Não é preciso esperar o fim dessa história para saber de que lado a corda irá arrebentar.

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Curitiba, quarta-feira, 21 de março de 2012 3

Blitz para fiscalizar IPVA também combate crimesComeçou ontem uma série de blitze pela cidade que visam fiscalizar se o IPVA foi pago; trata-se de uma das ações da Operação Alerta Fiscal

Divulgação Jornale

Daiane NogocekeFlávia ProençaJulia Willich

As blitze que serão re-alizadas em Curitiba até a próxima quinta-feira (22) começaram recupe-rando três veículos alvos de roubo na capital. Se-gundo o Tenente Veiga, da assessoria de impren-sa do Batalhão da Polícia

de Trânsito (BPTran), por volta das onze horas em um bloqueio no Água Ver-de , os policiais consegui-ram recuperar um veículo furtado. A suspeita dos policiais surgiu porque o carro estava com o lacre rompido. O Uno Branco e seu condutor foram enca-minhados à Delegacia de Furtos e Roubos de Veí-culos.

Ainda na tarde de on-tem, por volta das quin-ze horas, os policiais da

Companhia Tática Móvel de Trânsito (COTAMO-TRAN) estavam reali-zando uma blitz na Rua Nicola Pelanda, no Um-bará. Quando perceberam uma atitude suspeita de um veículo que ao avistar os policiais tentou fugir, eles o seguiram por mais de dez quilômetros, e no momento da abordagem um deles fugiu. Os poli-ciais apreenderam dois menores que tinham com eles um revólver calibre

38, 5 tiros, com quatro munições intactas. O ve-ículo recuperado, um Re-nault Sandero, havia sido roubado um dia antes da operação. Os dois adoles-centes foram encaminha-dos para a Delegacia do Adolescente.

Já por volta das 22 ho-ras, durante uma blitz na Rua Imaculada Concei-ção no Prado Velho, os policiais abordaram uma motocicleta Honda CG TITAN, e constataram uma queixa de furto. O detido disse à polícia que havia comprado a moto de outra pessoa. A equi-pe do Serviço Reservado do BPTran, a partir da informações fornecidas pela vítima, conseguiu identificar e abordar o verdadeiro culpado, que foi encontrado com oiten-ta cédulas de vinte reais falsas. A ocorrência foi repassada para a Polícia Federal para as demais providências relaciona-das ao caso.

A ação está sendo rea-lizada em vias com gran-de tráfego de veículos e a Secretaria Municipal de Trânsito (Setran) está orientando o trânsito. Uma van com acesso à

internet e aos dados do Departamento de Trân-sito do Paraná (Detran-PR) está sendo utilizada na blitz. As informações são obtidas através de um sistema que identifica os veículos a partir da lei-tura da placa. Quem for parado irá receber uma guia para o recolhimento do IPVA e deverá realizar o pagamento do imposto devido na rede bancária. O veículo ficará retido na blitz durante esse perío-do.

Quem se recusar a fa-zer o pagamento terá o veículo apreendido e en-caminhado para o pátio do Detran-PR.

Serviço

Batalhão da Polícia de Trânsito

Telefone:(41) 3366-3131

Site:www.pr.gov.br/bptran

Atendimento ao públi-co: das 08h00 às 14h00

Blitz realizada no dia 20 de março Água Verde, Curitiba

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Curitiba, quarta-feira, 21 de março de 2012 4 Comportamento

Daiane NogocekeFlávia ProençaJulia Willich

Eleitor brasileiro não lembra em qual candidato vota

Brasileiros estão propensos a esquecer em quem

votaram nas eleições, aponta pesquisa.

Má distribuição política poderia ser

uma das causasAgência Brasil / José Cruz

Sete entre dez brasileiros não se lembram em quem votaram nas eleições, de acordo com informação do jornal Folha de S. Paulo. Esse dado explicaria por que muitos políticos com atuação medíocre ou mes-mo com histórico de corrup-ção chegam à re-eleição.

A equipe do Lona reali-zou uma pesquisa com usuá-rios da rede social Facebook e constatou que 17% das pessoas que responderam à enquete não se recordam em nenhum dos candidatos que votaram para os cargos de governador, prefeito, ve-reador, senador, deputado estadual e deputado federal. Houve também variações entre os que se lembraram de apenas alguns cargos em que votaram.

Deputado estadual foi o cargo com maior índice de esquecimento, enquanto presidente e prefeito são os mais lembrados. Uma pos-sível justificativa para essa memória seletiva seria a quantidade de candidatos disponíveis para cada fun-ção.

Nas eleições de 2008, por exemplo, houve 345.909 candidatos a ve-reador em todo o Brasil. De acordo com a lei n.º 9504/97 (a “Lei das Elei-ções”), cada coligação pode indicar até o dobro de candidatos de cadeiras dis-poníveis. Logo, entre divi-sões partidárias e a quanti-dade de políticos existente, o cidadão fica com uma gama muito grande de op-ções, e acaba se esquecen-do delas assim que o perí-odo eleitoral termina.

A influência direta na vida do eleitor também explicaria porque é tão di-fícil recordar quem foi o

político escolhido. Como as funções de prefeito, governador e presidente são mais expostas na mí-dia, fica mais lembrar-se destas em detrimento de outras, como a dos parla-mentares.

Conforme o cientista político Alberto Carlos Al-

meida declarou à “Folha”, essa amnésia é inversa-mente proporcional à esco-laridade do eleitor. Ou seja, quanto maior o conheci-mento sobre o sistema polí-tico e acesso à informação, menores são as chances de esquecimento.

A tendência à amnésia política seria ainda pior caso os vices também fos-sem elegíveis, como ocor-ria no país até 1966. Nessa situação, o brasileiro passa-

ria a eleger, a cada eleição, pelo menos um vice para a Presidência da Repúbli-ca, um para o Governo do Estado e outro para a Pre-feitura Municipal, além dos suplentes.

Ainda de acordo com Almeida, toda essa buro-cracia no sistema eleitoral leva o eleitor a perder a lembrança de seus candida-tos. Segundo ele, a solução seria uma reforma em toda a política brasileira.