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Curitiba, sexta-feira, 24 de abril de 2009 - Ano X - Número 473 Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo [email protected] DIÁRIO d o B R A S I L Divulgação Campanha para vacinação de idosos começa amanhã Página 3 Página 3 Página 3 Página 3 Página 3 Até o próximo dia 8 de maio, quando termina o prazo para quem tem mais de 60 anos se vacinar, quase um milhão de idosos serão vacinados contra a gripe no Paraná. Os profissionais da saúde garantem que o modicamento quase não tem efeitos colaterais, e que, se eles existirem, são bem menores do que para os não imunizados. É importante que o idoso vá ao posto de saúde e se previna contra os famosos resfriados porque a partir dessa idade os riscos para se desenvolver doenças no sistema respiratório aumentam e, segundo especialistas, a vaci- na contra a gripe diminui em até 95% a chance de se desenvolver a doença. Divulgação Mais de 200 anos depois da condenação do inconfidente Joa- quim José da Silva Xavier, co- nhecido como Tiradentes, o ju- diciário leva em consideração fatores que ajudaram a deter- minar o fim de um dos “már- tires” brasileiros. Crimes co- metidos, em tese, por classes sociais menos favorecidas, como é o caso de crime con- tra o patrimônio, têm penas mais severas do que crimes contra a vida, por exemplo. Justiça brasileira preserva características presentes no julgamento de Tiradentes Páginas 4 e 5 Páginas 4 e 5 Páginas 4 e 5 Páginas 4 e 5 Páginas 4 e 5 Centro para treinamento de basquete será inaugurado em Araucária no próximo dia 27 pela ex-jogadora da sele- ção brasileira de basquete Hortência. Com esta iniciati- va, a cidade de Araucária passa a incluir a lista de cida- des que pretendem, além de promover inclusão social com o esporte, treinar atletas de destaque na modalidade es- portiva. As incrições para o centro já estão abertas. Crianças têm nova opção à prática de esportes Página 7 Página 7 Página 7 Página 7 Página 7

LONA 473- 24/04/2009

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JORNAL-LABORATÓRIO DIÁRIO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIVERSIDADE POSITIVO.

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Curitiba, sexta-feira, 24 de abril de 2009 - Ano X - Número 473Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo [email protected]

DIÁRIO

do

BRASIL

Divulgação

Campanha paravacinação de idosos

começa amanhã

Página 3Página 3Página 3Página 3Página 3

Até o próximo dia 8 de maio, quando termina o prazo para quem tem mais de 60 anos se vacinar,quase um milhão de idosos serão vacinados contra a gripe no Paraná. Os profissionais da saúdegarantem que o modicamento quase não tem efeitos colaterais, e que, se eles existirem, são

bem menores do que para os não imunizados. É importante que o idoso vá ao posto de saúdee se previna contra os famosos resfriados porque a partir dessa idade os riscos para se

desenvolver doenças no sistema respiratório aumentam e, segundo especialistas, a vaci-na contra a gripe diminui em até 95% a chance de se desenvolver a doença.

Divulgação

Mais de 200 anos depois dacondenação do inconfidente Joa-quim José da Silva Xavier, co-nhecido como Tiradentes, o ju-diciário leva em consideraçãofatores que ajudaram a deter-minar o fim de um dos “már-tires” brasileiros. Crimes co-metidos, em tese, por classessociais menos favorecidas,como é o caso de crime con-tra o patrimônio, têm penasmais severas do que crimescontra a vida, por exemplo.

Justiça brasileira preservacaracterísticas presentes nojulgamento de Tiradentes

Páginas 4 e 5Páginas 4 e 5Páginas 4 e 5Páginas 4 e 5Páginas 4 e 5

Centro para treinamentode basquete será inauguradoem Araucária no próximo dia27 pela ex-jogadora da sele-ção brasileira de basqueteHortência. Com esta iniciati-va, a cidade de Araucáriapassa a incluir a lista de cida-des que pretendem, além depromover inclusão social como esporte, treinar atletas dedestaque na modalidade es-portiva. As incrições para ocentro já estão abertas.

Crianças têm novaopção à práticade esportes

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Curitiba, sexta-feira, 24 de abril de 20092

luxo

Opinião

Expediente

O LONA é o jornal-laboratório diário do Curso de Jornalis-mo da Universidade Positivo – UP,

Rua Pedro V. Parigot de Souza, 5.300 – Conectora 5. CampoComprido. Curitiba-PR - CEP 81280-30. Fone (41) 3317-3000

Reitor: Oriovisto Guimarães. Vice-Reitor: José Pio Martins.Pró-Reitor Administrativo: Arno Antônio Gnoatto; Pró-Reitorde Graduação: Renato Casagrande; Pró-Reitora de Extensão:Fani Schiffer Durães; Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesqui-sa: Luiz Hamilton Berton; Pró-Reitor de Planejamento e Ava-liação Institucional: Renato Casagrande; Coordenador do Cur-so de Jornalismo: Carlos Alexandre Gruber de Castro; Profes-sores-orientadores: Ana Paula Mira, Elza Aparecida e Mar-celo Lima; Editores-chefes: Antonio Carlos Senkovski, Cami-la Scheffer Franklin e Marisa Rodrigues.

Comportamento

“Formar jornalistas comabrangentes conhecimentosgerais e humanísticos, capa-citação técnica, espírito cria-tivo e empreendedor, sólidosprincípios éticos e responsa-bilidade social que contribu-am com seu trabalho para oenriquecimento cultural, so-cial, político e econômico dasociedade”.

Missão do cursode Jornalismo

Lixo éPolítica

Rebeka Ribeiro

Você já ouviu falar em Sín-drome de Diógenes? Bom, elaé uma doença batizada com onome do filósofo grego Dióge-nes de Sínope, talvez o maiorrepresentante do cinismo. Elevivia voluntariamente comomendigo dentro de um barril,em condições de extrema mi-séria.

Essa síndrome se manifes-ta pelo abandono da higiene,negligenciamento total e acu-mulação compulsiva de lixo.Então, devido aos sintomas,até parece que há uma epide-mia da síndrome de Diógenesna nossa sociedade. O Brasilproduz e acumula 230 mil to-neladas de lixo por dia; nosaterros, nos rios, nas ruas, nosparques, nas praças. Só o lixodomiciliar equivale a 125 miltoneladas, sendo que 80% deleé reciclável. Pois bem, o Minis-tério Público Paranaense estápropondo leis para tornarobrigatória a separação corre-ta do lixo. Já que os cidadãosnão colaboram, então, multaneles.

H o j e ,até o de-trito sai

caro, pois gasta energia, demo-ra muito tempo para se decom-por e ainda falta espaço paraarmazenar tanto lixo, fora osproblemas ambientais que eleocasiona. Se a maioria do lixodoméstico é reciclável, por queos aterros estão entupidos ecausando danos irreversíveisao planeta? Ainda não há umaconscientização coletiva deque a coleta seletiva destinapara outro lugar e reutiliza oque antes era lixo. Se uma to-nelada de papel for reciclada,serão economizados três mil li-tros de água, cem litros de óleocombustível e cerca de dezes-sete eucaliptos. Agora, tenteimaginar a economia que ha-veria se 100 mil toneladas fos-sem recicladas!

Talvez com a multa pesandono bolso, pelo menos, por en-quanto, para os “bichos do Pa-raná”, essa conscientização pos-sa surgir. Mas, acima de tudo, épreciso reciclar a mente paramudar os hábitos e sucessiva-mente o mundo. São atitudessimples que fazem a diferença,como reduzir a quantidade de

sacolas plásticas, não mis-turar orgânicocom o que pode

ser reaproveitado.Separar o lixo

pode até dar tra-balho, mas e sea salvação doplaneta de-pende disso?Está na horade as pesso-

as se desfaze-rem dessa falsa

síndrome de Dió-genes e buscarem

tratamento com o bomsenso!

Os barões dapolítica brasileira

luxo

No ano passado, funcionáriosdo Senado ganharam mais do que osministros e até mesmo mais do que opresidente Lula

Juliano Zimmer

Desde os tempos da repúbli-ca cafeeira no Brasil, passandopela ditadura militar, até hoje osbarões da política enriquecemcada vez mais em nome de umapolítica mesquinha que visa lu-cros nas costas de quem traba-lha para sobreviver. Nos últi-mos dias, a imprensa tem mos-trado a cara de pau de políticosque utilizam verbas para finspessoais. Tudo isso em meio auma crise global que se arrastahá meses levando indústrias ademitirem funcionários e em-presas à falência.

Na semana passada, a Câ-mara de Deputados decidiumanter os gastos com alimenta-ção em um dos itens que fazemparte da tal verba indenizatóriaa que os deputados estaduais efederais têm direito. A lista égrande e assustadora. Com ali-mentação, cada parlamentarpode gastar R$ 15 mil, dentrodos estados de origem. O gastoindividual é ilimitado - comem

muito e com atendimento vip,enquanto nós nos contentamoscom arroz e feijão.

Com combustível, os deputa-dos podem gastar mais de R$4.500,00 mensais, sem falar quecada parlamentar tem um carrode luxo oficial fornecido pelo go-verno. Com passagens aéreas, osdeputados paranaenses gastammais de R$ 11 mil por mês parair até Brasília e ainda cada de-putado estadual pode gastarcerca de R$ 30 mil com assesso-res. Até em moradia cada depu-tado tem direito a gastar R$ 3 milmensais. José Sarney, que co-manda o Senado, com um sorri-so no rosto demonstra ser a fa-vor da nação, mas se tornou co-nivente com a corrupção. A ver-ba de horas extras que Sarney

prometeu devolver para os cofrespúblicos, desviada por algunssenadores, não deu em nada.

No ano passado, os funcio-nários do Senado ganharammais do que os ministros e atémesmo mais do que o presidenteLula. Em média, os senadorestêm em seus gabinetes pessoais20 funcionários que recebem sa-lários entre R$ 1.656,55 brutos,sem auxílio alimentação, e R$9.9979,24, segundo o Jornal deBrasília, de 27 de março. A Câ-mara, no ano passado, gastoumais de R$ 2 bilhões com fun-cionários, e tudo isso sem pres-tar contas a ninguém. Eles sãoos donos do país. Na verdade,eles são reais. Nós é que somosuma ilusão e só aparecemos naseleições.

Curitiba, sexta-feira , 24 de abril de 2009 3

GeralSaúde

Cerca de 900mil idosos serãovacinados no PR

Dayane Machado

A campanha de vacinaçãocontra a gripe deste ano come-ça amanhã, em todo o país. Avacina é destinada às pessoascom mais de 60 anos de idade.Segundo a Secretaria de Estadode Saúde do Paraná (SESA), ameta é imunizar cerca de 915mil pessoas, o que correspondea 80% da população na faixaetária de 60 anos.

A campanha vai até o dia 8de maio em todo o Estado e pre-tende vacinar 915 mil idosos. Avacina é gratuita para os idosos,porém, pessoas pertencentes aoutras faixas etárias podem ad-quiri-la na rede particular desaúde. De acordo com a SESA,a população que possui mais de60 anos representa 10,6% do to-tal de habitantes do estado. Aotodo, serão mais de um milhãode doses da vacina nos 2.580postos de vacinação do Paraná.

A técnica em imunizaçãoLúcia Barszcz afirma que a efi-cácia da vacina contra a gripenos idosos é de 95%. Pessoasque não a tomam podem tercomplicações na saúde. “Cor-rem o risco de ter pneumonia ouagravamento da gripe”, explicaLúcia. A vacina raramente pro-voca reações. “Geralmente háuma dor local e vermelhidão,que em três dias desaparece”,diz. Entretanto, pessoas comalergia a ovo ou a proteína degalinha devem procurar orienta-ção médica antes de tomar a va-cina.

A campanha foi criada em

Campanha de vacinação contra a gripe para pessoas com mais de 60anos começa amanhã; número de doses passa de um milhão no Estado

1999 e, segundo dados da Secre-taria Estadual de Saúde, o Pa-raná sempre manteve uma co-bertura vacinal acima de75%. Em 2007, foram vacinados775 mil idosos; no ano passa-do, 801 mil tomaram a vacina.

Para a presidente do Conse-lho Municipal de Saúde do Ido-so (CMDI) de Campo Largo, Ra-quel Siqueira, esta campanha éde grande importância, poisuma gripe pode trazer váriascomplicações na saúde dos ido-sos. “Estudos apontam que pes-soas idosas estão mais vulnerá-veis às doenças pulmonaresagudas, como consequência dagripe”, alerta Raquel. Segundo

ela, a Organização Mundial daSaúde (OMS) estima que, emduas décadas, o Brasil será osexto país em número de ido-sos, “o que requer políticas pú-blicas específicas que garantamum envelhecer saudável”, aler-ta Raquel. Tereza KiryloviczRocha, 70 anos, toma a vacinadesde 2008. “Ano passado eume vacinei no início de maio enão tive mais gripe. A vacinanão me causou reações adver-sas”. Durante a campanha, apopulação também poderá sevacinar contra tétano, difteria econtra o pneumococo - bactériaque causa pneumonia -, otite,sinusite, faringite e meningite.

Arquivo CMDI Campo Largo

Estudos apontam que pessoas idosas sãomais vulneráveis às doenças do pulmãoagudas, como consequência da gripe”RAQUEL SIQUEIRA, PRESIDENTE DO CMDI DE CAMPO LARGO

Priscila Fernandes

No dia do aniversário dodramatugo e poeta elisabeta-no Shakespeare, uma palestratrouxe à tona a obra do dra-maturgo no mundo atual.Traduzido em 119 línguas, oinglês William Shakespeare éo escritor com maior númerode peças levadas ao cinema.

São incontáveis as monta-gens amadoras e profissionaisde suas peças, em adaptaçõesmodernizadas ou tentandomanter fidelidade à estruturaelizabetana. Por que um poetamorto há exatos 390 anos, quedeixou uma obra de 154 sone-tos e 37 peças teatrais comple-tas, continua interessando a lei-tores de um século que mal têmtempo para assistir a encena-ções de seus dramas? Eis a per-gunta sobre a qual o professorDr. Roberto Ferreira da Rochafalou em sua palestra, realiza-da ontem pela manhã na Uni-versidade Positivo, para o“Abril de Shakespeare”. Oevento, que termina hoje, reú-ne, em diversos locais da cida-de, especialistas que discutema obra do dramaturgo.

Lona- O senhor falou, emsua palestra, nos “te-enshakespearianos”. Porque acontece esse conceito?

Roberto Ferreira da Rocha - Oque acontece é que o públicoque vai ao cinema tem entre 13e 20 anos e o cinema vive doseu público. Shakespeare sem-pre foi um autor muito popularno teatro e foi muito filmado,acho que esta tendência doShakespeare para jovens é umprojeto dos diretores.

As adaptações das obras

Shakespeare na modernidade

Cultura

para outras linguagens tornamShakespeare mais acessível?

A leitura de Shakespeare édifícil para todo mundo, porquese você for lê-lo em inglês, vaiencontrar dificuldades. Temosmuitos livros contemporâneosque também exigem uma educa-ção literária. Acho que este éum caminho possível, não vocêdizer como deve ser como é, esim permitir que as pessoas te-nham a sua própria leitura.

Por que vemos tantas relei-turas das obras de Shakespea-re no mundo atual?

Shakespeare é o autor maisimportante da literatura de umalíngua hegemônica. Os paísesque têm dominado o planetanos últimos 200 anos são paí-ses de língua inglesa, e paravocê conseguir fazer essa domi-nação tem de mostrar que temalgo diferente, superior. Dizia-se que a Inglaterra entrava nassuas colônias com uma Bíblia euma obra completa de Shakes-peare na outra mão. Isso é umadas razões para ele ser centrode um cânone hegemônico.

Há filmes em que os dire-tores namoram com as obrasshakesperianas. Você acredi-ta que o público em geralconsegue reconhecerShakespeare nestes filmesou apenas os estudiosos o re-conhecem?

Shakespeare é um materialmuito bom para o cinema, poisele pega argumentos de todos oslados. Ele é um ótimo contadorde história. As histórias são óti-mas, os filmes são feitos maispara um público de língua ingle-sa, mas o filme “A Megera Do-mada” no Brasil, por exemplo, émuito conhecido.

Confira a programação de hoje

10h30 – 12h - Palestra: “Macbeth e Hamlet: os deuses malditosde Visconti” - Dr. Roberto Ferreira da Rocha (UFRJ) - Local: Uni-versidade Federal do Paraná (Rua General Carneiro, 460, Ed.Dom Pedro I – Anfiteatro 1º andar)

19h – 20h30 - Palestra: “As faces da Rainha Gertrudes em trêsversões de Hamlet” - Dr. José Roberto O’Shea (UFSC) e FabrícioMateus Coelho (UFSC-IC) - Local: Uniandrade – Ed. José de Bar-ros, Sala 223, Campus Cidade Universitária. (Rua João Scuissia-to, nº 1 – Prolongamento da Av. Iguaçu. Santa Quitéria).

Curitiba, sexta-feira, 24 de abril de 20094

GeralHistória

Diana AxelrudJoana Serra

Há exatos 217 anos, no cen-tro da cidade do Rio de Janeiro,um homem caminhava. Seudestino era a morte. Seu crime,lutar pelos seus ideais. Sua exe-cução foi uma pena exemplar:enforcamento e esquartejamen-to. O nome? Joaquim José daSilva Xavier, o Tiradentes.

Filho de um pequeno fazen-deiro, nasceu em 12 de novem-bro de 1746, na Fazenda Pom-bal, entre São José (hoje Tiraden-tes), e São João del Rei, MinasGerais. Era o quarto de sete fi-lhos. Aos nove anos, tornou-seórfão de mãe e aos onze de pai.Sozinho, ficou sob a tutela deseu padrinho, que era cirurgião.Devido as dívidas adquiridascom a morte dos pais, o peque-no José e seus irmãos perderamas propriedades da família. Por

todas essas dificuldades, nãoconcluiu os estudos regulares.

Fez de tudo um pouco, foimascate, pesquisador de mine-rais, médico prático, entre ou-tros. O apelido tem origem pelafacilidade que tinha de arrancardentes e substituí-los por próte-ses feitas por ele mesmo. Sóciode uma pequena botica, mu-dou-se para Vila Rica, ondemais tarde assumiu seu últimocargo, de Alferes (cargo de bai-xa patente de uma Milícia). Par-ticipou do Regimento Dragõesde Minas Gerais, no qual co-mandou uma patrulha de ron-da do mato, prendendo ladrõese perseguindo assassinos.

O contato com jovens da eli-te mineira que traziam idéias re-volucionárias da Europa, fezcom que Tiradentes começassea questionar a situação em queo Brasil se encontrava. MinasGerais já não produzia tantos

minérios como antes, mas a Co-roa Portuguesa continuava comas cobranças. O sentimento derevolta da elite atingiu o máxi-mo quando foi ameaçada a im-plantação da derrama, uma me-dida que autorizava o confiscode dinheiro e o leilão de bensdos devedores. A partir dessasituação, a separação entre co-lônia e metrópole tornou-se de-sejada para alguns membros daelite e para um único homem declasse média, Tiradentes. Ini-ciou-se então o movimento daInconfidência Mineira.

A professora de História doColégio Medianeira, GeraldaEdna Ladeia Colen, explica quea situação em Minas Gerais eraopressiva. Aos poucos, os quese sentiam incomodados com aameaça da derrama, começa-ram a se organizar, com muitocuidado e despreparo. “As reu-niões eram cautelosas. Eles agi-ram na urgência, não tinhamidéia de como organizar ummovimento e nem possuíam umprojeto militar. Eram apenasidéias e projetos, teóricos e utó-picos. Não tiveram tempo de re-alizar atitudes práticas.”

Sem que os inconfidentespercebessem, o perigo estavapróximo. Joaquim Silvério dosReis era um homem de posses,mas devido às cobranças daCoroa estava falido. Foi convi-dado a entrar para o movimen-to. Em um primeiro momento,aceitou e chegou a participar.Porém, diante da possibilidadedo perdão de suas dívidas e deoutras vantagens, delatou os“companheiros” à Coroa.Como agradecimento foi nome-ado tesoureiro da bula de Mi-

nas Gerais, Goiás e Rio de Ja-neiro, ganhou uma mansãocomo morada, pensão vitalícia,além de ter sido recebido pelopríncipe regente Dom João emLisboa.

Na época da delação, Tira-dentes estava no Rio de Janei-ro. Mesmo percebendo que esta-va sendo seguido, e tentando seesconder, foi preso. O processode acusação dos inconfidentesdurou três anos. Por fim, o úni-co a admitir a culpa integral-mente, sem se arrepender e dis-posto a fazer tudo de novo, foiTiradentes. Seus companheirosmembros da elite e com dinhei-ro para subornar as autorida-des, foram soltos aos poucos e

Tiradentesnão morreuHistória do herói da inconfidência se repete na vida de milhões de brasileiros

condenados a penas maisabrandas, como por exemplo odegredo (exílio). A professoraGeralda explica que como a Co-roa já estava com um relaciona-mento conturbado com a elitemineira, não poderia punir se-veramente os envolvidos quepertenciam a essa classe. A pu-nição exemplar coube entãopara o mais pobre, o com menosposses e sem família, Tiraden-tes. No dia 21 de abril de 1792,no Largo da Lampadosa, Rio deJaneiro, foi enforcado. Seu cor-po foi esquartejado e sua cabe-ça foi erguida em um poste emVila Rica. A casa onde moravafoi salgada para que nada maisruim nascesse naquela terra.Para Zippin a mídia tem um papel fundamental na justiça

No dia 21 de abril de 1792, no Largoda Lampadosa, Rio de Janeiro,Tiradentes foi enforcado. Seu corpo foiesquartejado e sua cabeça foi erguidaem um poste em Vila Rica

Divulgação

Diana Axelrud

Tiradentes

Curitiba, sexta-feira , 24 de abril de 2009 5

GeralHistória

“No Paraná destina-se 8% do orçamentopara o Poder Judiciário, 4% ao MinistérioPúblico e nenhuma verba à DefensoriaPública, porque essa é para pobre.”DÁLIO ZIPPIN , ADVOGADO

Para Geralda, Tiradentes foi um heroi construído

Na opinião da professorade história, a iconização da fi-gura de Tiradentes ocorreumais de cem anos depois,quando o movimento separa-tista foi retomado e ganhoumais força. A necessidade deum heroi para influenciar aspessoas, fez com que o jovem,morto anos antes, voltassepara a história do Brasil.

“Tiradentes era de classemédia e cabe bem como brasi-leiro comum, simples. Quandoele começa a ser tema de pin-turas oficiais, aparece com acara de Jesus Cristo. Ele viraum ícone da história do Bra-sil.” Segundo Geralda, Tira-dentes serviu na hora certa, nasituação certa. “Ele foi maisuma vítima do que um heroi”,conclui.

No século XIX, a popula-ção aumentava, os meios decomunicação eram mais aces-síveis e a exportação de mer-cadorias para a metrópolecrescia cada vez mais. Juntocom isso, os colonos iam de-senvolvendo cada vez maisautonomia e achando que eratempo de independência. Po-rém, havia a necessidade deum símbolo que representasseesses ideais. Nesse momento,Tiradentes deixa de ser bandi-do e passa a ser heroi. A pro-fessora de Sociologia da Uni-versidade Tuiuti do Paraná,Regina Paulista Fernandes,explica que heróis têm a vercom a consciência coletiva.“Para avaliar a importância ea necessidade dos heróis é ne-cessário lembrar que, nos mo-mentos de crise moral da so-ciedade, a população precisase sentir unida e o grande elodessa elaboração é um heroi,alguém que tenha agido deforma incomum, com lideran-ça, determinação e coragem. Oresto a literatura e outros mei-os de comunicação se incum-bem de idealizá-lo.” Ambas as

professoras concordam em umponto: Tiradentes foi um heroiconstruído por uma necessida-de de influenciar e unir a po-pulação em prol de um inte-resse maior.

Há “Tiradentes”na atualidade?

Você acha que a história deTiradentes acabou? Há espaçopara as penas exemplares noséculo XXI? A justiça ainda jul-ga pela classe social? Para o ad-vogado Dálio Zippin Filho, nãoforam muitas as mudanças daépoca de Tiradentes até hoje.“O direito penal sempre foi, econtinua sendo preconceituoso,já que é feito pela elite. No Có-digo Penal, por exemplo, 80%dos crimes são contra o patri-mônio. Pune-se mais severa-mente o crime contra o patrimô-nio do que o crime contra avida”. Dálio define quem são osmais injustiçados com essa po-lítica: “São os três ‘pês’: pobres,pretos e prostitutas. Atualmen-te há um quarto ‘pê’, os polici-ais. Mas o quinto ‘pê’, os políti-cos, nunca serão punidos.”

No caso da elite, ou depolíticos, as condenações ocor-rem geralmente quando hágrande cobertura da mídia.“São raros os casos de gentecom bastante dinheiro queestá preso. Mas se não houvera cobertura do quarto poder,que é a mídia, o caso cai noesquecimento. A mídia aomesmo tempo em que ajuda,prejudica”, opina o advogado.Uma outra conseqüência damídia em relação à justiça é amanifestação popular por umapena exemplar para os acusa-dos. Um exemplo utilizado porZippin é o do casal Nardoni,que é acusado de matar a me-nina Isabella, em 29 de marçode 2008. Devido à coberturajornalística feita no caso, ne-nhum juiz ou os membros doJúri teriam condições de reali-

zar um julgamento imparcial,já que todo o país deseja umapena exemplar para o casal.

A discrepância entre os in-diciados ricos e os indiciadospobres está também relacionadacom a verba destinada aos ad-vogados. Quem tem dinheiro,paga o quanto for necessáriopara ter uma boa defesa. Aospobres, cabe o auxílio de advo-gados recém formados ou ruins,que cobram menos, ou à Defen-soria Pública. Porém, no Para-ná não há verba destinada paraesse segmento da justiça. “NoParaná o governo destina 8 %do orçamento para o Poder Ju-diciário, 4 % para o MinistérioPúblico (acusação) e nenhumaverba para a Defensoria Públi-ca, porque essa é para pobre. Opobre não tem direito a defesaaqui no Paraná, um dos únicosestados do Brasil a não possuiresse setor, que deveria receber amaior verba”, explica Zippin.

Os dados do Departamen-to Penitenciário do Paraná(Depen-Pr) mostram que ospobres realmente são a maio-ria nos presídios. Cerca de55% dos presos possuem oEnsino Fundamental Incom-pleto, 10,22% são analfabetose apenas 0,02% possuem En-sino Superior Completo. Emrelação à procedência dos de-tentos, 42% vêm da área rural,41% da capital e 14,6% da re-gião metropolitana. Dálio Zi-ppin explica que a faixa etáriada maioria dos presos é entre18 e 24 anos e o delito maiscomum entre eles é o furto.

Mesmo pagando pelo seu erro e sua dívida com a so-ciedade, os então ex-prediários ainda sofrem com a dis-criminação social. Segundo a professora de sociologia daUniversidade Tuiti do Paraná Regina Paulista Fernan-des a condição do presidiário nunca foi aceita normal-mente em qualquer sociedade. “A sociedade, fazendo usode seu extremo senso-comum, sentencia novamente,quando na verdade deveria exercer e deixar exercer suacidadania e a de outrem. Alguns fatos históricos demons-tram, porém, que a marca que tanto o estigmatizara, podeser o mesmo fator da sua reabilitação”, explica.

São poucos os ex-presidiários que são reintegrados asociedade, sem serem vistos com maus olhos. Apesar deterem se passado mais de duzentos anos desde a penaexemplar de Tiradentes, o Brasil ainda julga as pessoasda mesma forma que antes, por sua classe social. Tododia 21 de abril deveria ser lembrado como o dia da in-justiça da justiça.

Presos dentro efora dos presídios

Fala Povo: O Lona foi às ruas sabero que algumas pessoas co-nhecem sobre a história dopaís e sobre Tiradentes.

75% dos entrevistadossabem que dia é 21/0425% desconhecem adata do feriado nacio-nal

62,5% sabem quem foiTiradentes37,5% não souberamexplicar quem foi oherói nacional.

Diana Axelrud

Curitiba, sexta-feira, 24 de abril de 20096

GeralCinema

Divulgação

Luiz Felipe Marques

Numa esquina formada pela Mateus Leme com aAlbano Reis, sem chamar muita atenção, numa timi-dez daquelas que pouco se vê hoje, lá está a Mercea-ria Fantinato – mercearia há 55, 56 anos; bar há qua-se dez meses.

Muitos que a visitam pela primeira vez podem pen-sar que este é um daqueles clichês de bar novo traves-tido de boteco velho, com as paredes forradas de anti-guidades, e mesas e cadeiras que lembram a casa davó. Não passa de uma impressão. Mesmo com as ati-vidades de bar iniciadas há pouco tempo, o Fantinatomanteve o ar da antiga mercearia, sendo original, nãofantasiado. A simplicidade no atendimento e no car-dápio apenas confirma isso.

Porções, sanduíches e pratos são apresentadossempre com um toque de requinte, mesmo sendo reco-nhecidos de longe como “artesanais”, se é que podeser classificado assim. As porções de bife azedo e debatata frita com molho de limão são respeitosas. Maso destaque fica mesmo é para a carne-de-onça, prepa-rada, na mesa em que o pedido foi feito, pelo baluarteda casa, o garçom Diogo. Ele traz todos os ingredien-tes do prato (a carne crua, o conhaque, a cebola, oalho, o azeite de oliva...) e lá mesmo coloca, mistura eprepara tudo com maestria, como se esperasse umanota dos clientes/jurados. Quadradinhos de uma boabroa preta vêm com o prato, que praticamente exigetambém a companhia de uma cerveja, podendo ser es-colhida entre diversos rótulos e num preço razoável.

Por falar em companhia, o público do local é vari-ado. Desde os mais velhos, que presenciaram temposde verdadeira boemia, até jovens com inveja de nãoterem vivido nesta época. Todos convivendo bem, to-mando cerveja lado a lado. O clima não chega a serde festa, descontração – calma lá. O que se vê é talvezdescompromisso, a delícia de passar um tempo, sejano começo da tarde de sábado, ou no happy hour, semmais obrigação nenhuma para o dia.

Para completar o quadro, faz falta uma música aovivo, um samba ou chorinho, mesmo que de poucosmúsicos. A dica já foi anotada por Wlamir, dono doestabelecimento – esse bar-mercearia, que com seu am-biente, comida e, principalmente, informalidade (deexemplo, o garçom, mestre-sala Diogo, que termina oexpediente sentado à mesa, junto com os últimos cli-entes, contando suas histórias de bar) é um tipo de lu-gar que muitos achavam que não existia mais.

ServiçoA Mercearia Fantinato funciona de segunda a sábado, das 17h

à 1h, e seu endereço é rua Mateus Leme, 2553 – Bom Retiro.

Elegância de boteco:Mercearia Fantinato

Bares

Raphael Moroz

Três colegas de trabalho comnecessidades amorosas diferen-tes. Um garanhão incorrigível,uma viciada em joguinhos deamor virtuais e uma eterna apai-xonada. “Ele não está a fim devocê” tem tudo isso e mais umpouco. Um prato cheio paraquem gosta de confusões amo-rosas com uma pitada de melo-drama, ou seja, todos nós.

A cada ano, as salas de ci-nema do mundo inteiro sãobrindadas com milhares de fil-

Relacionamentos + conflitos =

sucesso nas telonastelonasmes românticos. Entre as dife-rentes histórias produzidas,permanece a mesma essênciaestrutural: descobertas amoro-sas – conflitos – final feliz. Senão for assim, o público nãogosta e sai do cinema reclaman-do, indagando o porquê de umdesfecho tão “sem graça”.

Dentre esses filmes, imperauma fórmula simples, que uni-da a músicas melosas, lágri-mas e olhares enigmáticos,leva, na maioria das vezes, aoêxito financeiro. Seja na TV ouno cinema, relacionamentos e

conflitos,unidosem umsó pro-

du-

to, são sinônimo de sucesso e,consequentemente, de grandeaudiência.

O brasileiro gosta da pie-guice retratada nos filmes deromance. Ele não só gostacomo paga para assistir a fil-mes desse gênero, e se envolvedo começo ao fim com os per-sonagens e seus dramas amo-rosos. No entanto, há quem jul-gue constantemente a naturezadestes filmes, e dentre os argu-mentos utilizados, predominao da superficialidade que asproduções de comédia român-tica representam.

Estas pessoas esquecem, po-rém, que os personagens retrata-dos nesses filmes são eles mes-mos, com seus desejos, receios econflitos amorosos. Esquecemque, assim como a apaixonadaGigi, de “Ele não está a fim devocê”, eles já esperaram duran-te horas por uma ligação da-quela pessoa especial que aca-baram de conhecer. Esquecemque, como Alex, já tentaramfugir do amor dando festasde arromba e saindo parabeber com os amigos.

Nesse contexto, apesarde ser mais uma comédiaromântica, “Ele não está afim de você” acaba se des-tacando diante de outros fil-mes do mesmo gênero porretratar as várias facetas do

romance. Com uma gama depersonagens de diferentes per-

sonalidades, não há quem nãose identifique com nenhum.

Não se trata – logicamente– de um filme com aspiraçõesintelectuais profundas. Trata-se de uma obra divertida eleve, que aborda a sensibilida-de humana com enorme fide-lidade, e deve, portanto, ser

assistida sem maiores pre-tensões. Sendo assim, por-que não se deliciar no cine-ma com situações que fa-zem parte de nossa própriavida?Divulgação

“Chama o Garçom!”“Chama o Garçom!”

Curitiba, sexta-feira , 24 de abril de 2009 7

EsporteAutomobilismo

A adrenalinadas pistasCopa Turismo Show conquista admiradores em Curitiba

Betina Dias

A Copa Turismo Show jávirou atração para os admira-dores de automobilismo. Des-de 2004, a Copa, que começoucom 11 carros, cresceu muito.Este ano, na sua 6ª temporada,são 40 carros inscritos, alémde uma plateia bem maior quedas últimas edições.

“Percebemos um cresci-mento de público principal-mente de 2006 para cá, queatualmente, tem uma média deseis mil pessoas”, conta a pre-sidente do Instituto Brasileirode Desenvolvimento Automo-bilístico (IBda), Luciana Mi-dlyfky.

Há seis anos o AutódromoInternacional de Curitiba ésede das corridas entre carrosda marca Gol e Peugeot quedisputam posições e entretêma platéia curitibana com mui-tos pegas, ultrapassagens evelocidade.

As duas primeiras etapasda temporada deste ano foramem fevereiro e março, a tercei-ra será no próximo domingo(26). São 75 pilotos disputan-do duas baterias de 30 minu-tos.

O resultado da primeirabateria é que vai decidir emque ordem os carros vão lar-gar na segunda. Os dez pri-meiros largam invertidos, ouseja, o campeão da primeirabateria largará em décimo, osegundo em nono, e assimpor diante. Dessa forma acorrida fica mais equili-brada.

A Copa tem quatrocategorias: CTI (paracarros com alimentaçãoinjetada), CTA (para car-ros carburados), a CTN(para carros fora de li-

nha), e a mais nova categoriaMaster que são para pilotoscom mais de 45 anos. A CTI éa mais concorrida entre os pi-lotos.

Entre as baterias, existe omomento das atrações inova-doras na pista. O Show Car jáse tornou uma mania para osmotoristas que gostam de per-sonalizar os seus carros.“Hoje em dia já temos, em mé-dia, 2.500 carros na pista. Sãopessoas do Brasil inteiro quese inscrevem”, completa a pre-sidente.

Amantes da velocidadePara se tornar um piloto na

Copa Turismo Show é precisoformar uma equipe, com mecâ-nicos, um ou dois pilotos, che-fe de equipe, carro, e ferramen-tas de mecânica. Equipes doParaná, Santa Catarina, SãoPaulo e Brasília participam doevento.

Giovani Volpato acompa-nha a Copa Turismo Show hábastante tempo. “Eu gostodessa Copa por serem carrosde passeio ‘transformados’, émuito legal ver os pegas e atémesmo as batidas – desdeque ninguém se ma-chuque. Eu achomuito emocio-nante”. Giova-ni tem ape-nas

17 anos, mas sua paixão porcarros já cria expectativaspara o futuro. “Eu tenho umsonho de me tornar piloto epoder sentir a adrenalina davelocidade”, complementaVolpato.

“As corridas são um la-zer para mim, há 15 anospratico este esporte e esperopraticar por mais anos, émuito prazeroso”, diz ocampeão paranaense LuizFerreira.

O preço dos ingressospara os expectadores é decinco reais e um quilo de ali-mento não perecível. Toda aarrecadação é revertida parainstituições de caridade.“Além de nos divertirmos,podemos ajudar outras pes-soas. Isto é muito bom”, co-menta o fã Giovani Volpato.

As corridas sempresão realizadas nodomingo. Sexta esábado são dias detreinos.

Luiz FernandesWieczorkowski

A ex-jogadora da seleçãobrasileira de basquete Hortên-cia Marcari estará em Araucá-ria no dia 27 de abril às 15hpara a inauguração do Centrode Excelência do Basquetebol.Além dela, estarão presentes oex-jogador de futebol Raí e o ju-doca Rogério Sampaio.

Com isso, Araucária entrana lista de cidades com proje-tos que prometem não só pro-mover a inclusão social pormeio do esporte, mas revelaratletas para os clubes e até a se-leção brasileira.

As inscrições já estão aber-tas desde o dia 13 de abril, emAraucária. As aulas serão ofe-recidas em cinco pólos, sendoum no Núcleo Esportivo SãoFrancisco de Assis (CSU), umno Caic, no Parque Cachoeira,na Escola Municipal ProfªAzuréia Belnoski (JardimTupi) e na Escola MunicipalIrmã Elizabeth Werka. Paraparticipar basta ter entre 10 a17 anos, ir até um desses lo-cais e fazer a inscrição.

Os faltam apenas os últi-mos preparativos e o GinásioJoval de Paula Souza, palco dainauguração, promete estar lo-tado no dia 27 de abril.

"Estamos trabalhando parafazer um grande evento, e mos-trar que esse projeto de basque-te e inclusão social veio pra fi-car”, diz o secretário de Espor-te e Lazer e vice-presidente daFederação Paranaense de Bas-quete, Wanderley Haddad.

Além de Araucária, o pro-jeto está sendo desenvolvidonos municípios de CampoLargo, Colombo, Fazenda RioGrande e Curitiba e tem comometa atender mais de 6 mil cri-

anças no Paraná.“Precisamos trabalhar com

carinho nas categorias de base,necessitamos de renovaçãopara brigar por alguma coisano futuro. Formar talentos é umdos objetivos do projeto”, dis-se a atleta e madrinha da esco-linha de basquete, HortênciaMarcari, durante a inaugura-ção do projeto em Curitiba.

Para o presidente da Fede-ração Paranaense de Basque-te, Amarildo Rosa, a intençãoé fazer campeonatos para se-lecionar os melhores atletas,pensando em torná-los futu-ros profissionais. ''Serão dis-putados alguns torneios inter-nos, entre os núcleos, onde to-dos ganharão medalhas departicipações. Mesmo assim,após o primeiro ano, algunsjovens terão a oportunidadede seguir adiante no esporte'',diz o dirigente.

O prefeito Albanor Zezé Go-mes e o vice Isac José Efraim Fi-alla também estão confirmadosna cerimônia, além de Hortên-cia, o presidente da Federaçãode Basquete do Paraná, Ama-rildo Rosa e o judoca RogérioSampaio, ouro nos Jogos Olím-picos de Barcelona.

FuncionamentoO Centro de Excelência do

Basquetebol é um projeto de es-colinhas da modalidade ideali-zado pela “rainha” HortênciaMarcari, gerenciado pela Federa-ção Paranaense de Basketball(FPRB), patrocinado pela Uni-med Curitiba. Eles terão o com-promisso de disponibilizar to-dos os materiais, como bolas euniformes. Já as prefeituras, te-rão a missão de ceder os profes-sores e locais para treinamento.Os alunos não terão custo ne-nhum em participar do projeto.

Araucária inauguracentro de excelênciado basqueteAs aulas serão oferecidas para criançasa partir de 10 anos em escolas da cidade

Basquete

Divulgação

Curitiba, sexta-feira, 24 de abril de 20098

EnsaioBichos

Santuárioecológicoem Curitiba

Texto: Camila SchefferFranklinFotos: Rafael Ferrarini

O Parque Regional do Igua-çu abriga o Zoológico de Curi-tiba. Criado em 1982, preservao santuário ecológico local emseus oito milhões de metrosquadrados de área.

O Zoo tem mais de 80 espé-cies animais de muitas partesdo mundo. Por ser cortado pelorio Iguaçu, campos inundadose matas ciliares formam-se emsuas margens, podendo abrigaranimais dos mais diferentes ha-bitats, criando bosques naturaisque completam a belíssima pai-sagem.

ecológico

ServiçoAs visitas podem ser realiza-das de terça a domingo, das8 às 17 horas.

Para mais informações, o te-lefone do Parque Regionaldo Iguaçu é 3378 1515.