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Reflorestamento (Eucalipto e Pinus)

Reflorestamento (Eucalipto e Pinus) · 1904 por Edmundo Navarro de Andrade, no horto florestal da Cia. Paulista de Estrada de Ferro, Rio Claro, trazidas da Austrália. Espécies Recomendadas

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Reflorestamento

(Eucalipto e Pinus)

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Eucaliptos

As primeiras introduções de espécies do gênero Eucalyptus foram feitas em 1904 por Edmundo Navarro de Andrade, no horto florestal da Cia. Paulista de Estrada de Ferro, Rio Claro, trazidas da Austrália. Espécies Recomendadas Para celulose e papel Eucalyptus saligna, Eucalyptus alba, Eucalyptus grandis (precoce) Corte = 5 a 7 anos. Rendimento = 30-40 m³/ha/ano Números de corte = 3 a 4 espaços com 5 a 7 anos. O eucalipto apresenta flor hermafrodita onde a polinização cruzada se dá através de insetos. Para carvão Eucalyptus botryceides, Eucalyptus grandis, Eucalyptus alba, Eucalyptus saligna, Eucalyptus camaldulensis, Eucalyptus terenticormis, Eucalyptus resinifera. Corte 6 a 8 anos. Para mourões Eucalyptus citriodora, Eucalyptus alba, Eucalyptus terenticonis, Eucalyptus camaldulensis. Corte 8 anos. Para postes Eucalyptus paniculata, Eucalyptus propinqua, Eucalyptus terenticonis, Eucalyptus citriodora, Eucalyptus camaldulensis.

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Corte 30 anos. Para lenha Eucalyptus saligna, Eucalyptus alba, Eucalyptus grandis; Corte 8 anos Para construção de civil e serraria Eucaliptus citriodora, Eucalyptus maculata, Eucalyptus paniculata; Corte 35 anos Produção de óleos essenciais Eucalyptus citriodora, Eucalyptus globulus, Eucalyptus smirthi.

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Pinus

A introdução do pinus em São Paulo, data de 1936, quando o serviço

florestal de São Paulo iniciou o plantio de coníferas exóticas (Pinus pinaster). Em 1947 foram introduzidas, espécies oriundas do sudoeste do USA, o

Pinus elliottii e do Chile: Pinus radiata. De 1955 a 1964 estabeleceram-se grandes programas de reflorestamento

com o Pinus elliottii e o Pinus taeda. Em virtude da grande euforia reinante, vários plantios com essas espécies

foram feitos em regiões com condições climáticas das diferentes regiões de origem, frustrando dessa maneira, com um desenvolvimento irregular, principalmente na região central, norte e leste do Estado de São Paulo, os seus idealizadores.

O Pinus radiata, também foi totalmente dizimado pelo fungo Diploidia dinea por estar plantado fora de suas condições ecológicas. Nas regiões norte e centro do Estado de São Paulo, onde se encontram os cerrados e campos caracterizados por um inverno seco e solos pobres, as espécies que melhor se adaptaram foram as de origem tropical e sub-tropical; Pinus caribaea, ver. hondurensis, Pinus caribaea, var caribaea, Pinus caribaea var. barqamensis, Pinus oocarpa e Pinus Kesya.

Sementes florestais 1º – Introdução A maior parte se propaga por sementes. – importância das sementes – qualidade das sementes (boa qualidade) a) potencial genético b) viabilidade A semente deverá ser sua fiel cópia da planta matriz. A semente depois de colhida deverá ser armazenada sob condições adequadas.

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2º – Fontes de sementes Aquisição em firmas especializadas a) sementes de Eucalyptus IPEF – Escola Eng. Florestal (Piracicaba) b) Sementes de Pinus IPEF O pinus e o eucalipto não produzem sementes de boa qualidade em um curto espaço de tempo; levam cerca de 20 anos. Pinus temperado - Importação direta Pinus elliotti – EUA Pinus Caribaca – Cuba, Honduras, Guatemala Pinus oocarpa – Honduras Pinus strobus – México - Colheita em árvores próprias (boa qualidade) 3º – Árvores matrizes – O que são árvores matrizes? São árvores produtoras de sementes florestais comerciais. – Eleição das árvores matrizes: A – Pelo fenótipo (melhor aspecto externo). – Porte dominante – Formato típico da espécie: Caule ereto – não-bifurcado Não tortuoso – copa bem formada – Resistência a pragas e doenças – ramos:

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Ramos finos e bem inseridos, boa desrama natural, ângulos bem abertos. – boa produção de sementes Pinus: início ± 10 anos Um quilo de sementes => 40.000 sementes.

Obs: As primeiras frutificações devem ser desprezadas, pois geralmente as primeiras sementes serão estéreis, chochas dos 10 aos 20 anos. Depois de 20 anos as sementes serão boas. . B – Pelo genótipo.

Teste de progênie que nos dirá com certeza as qualidades da semente e se ela realmente apresenta boa carga genética.

O teste de progênie é uma verificação das características na planta filha. Uma árvore matriz certificada é aquela escolhida pelo seu fenótipo e seu

teste de progênie. 4º – Problema na produção de sementes de eucaliptos 1 – Pureza varietal: Problema de hibridação provocada, degenerescência, diminuição da produtividade das árvores e crescimento desuniforme. 2 – Isolamento: O produtor de sementes deverá isolar a plantação para que não haja polinização indesejada: a) com espécies florestais de outro gênero; b) através de uma distância geográfica. 3 – Espaçamento entre as árvores Espaçamento de 100m² entre árvores 10x10m

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4 – Colheita das sementes Coleta-se o fruto escalando a árvore, cortando um pedaço do ponteiro tirando os frutos e também gemas florais prejudicando a frutificação nos próximos anos. 5 – Florescimento irregular Dentro de um período encontramos várias floradas. 5° – Classificação das sementes

1- certificadas As originárias de árvores matrizes dotadas de comprovação de superioridade genética. 2- selecionadas Origina árvores eleitas pelo seu fenótipo. 3- Identificadas Origem – sementes provavelmente de árvores de origem conhecida.

6° – Época de colheita dos frutos Fruto do Pinus Época ideal: após a maturação estróbilo ou cone (conífera) Verde – marrom A época de colheita quando o fruto está marrom sem abrir os escamos. Os frutos se abrem durante o mês de abril e maio, um pouco antes deve se fazer o teste do óleo diesel. Coleta-se 10 frutos ao acaso da copa:

Coloca-se dentro do óleo, se as maiores parte do fruto boiar, estão está maduros.

Fruto dos Eucalyptus Coloração marrom ponto de colheita (dependendo da espécie).

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Semente não separada Sementes férteis + estéreis Fértil – cor escura, maiores e arredondados. Estéreis – cor palha, menores e meia-lua.

7° – Colheita Em árvores matrizes Formas – árvore em pé – manuais – mecânicas Árvore abatida Manual: escalada das árvores Instrumento escadas, cinturão, esporas cordas varas leves com gancho. Mecânico: vibradores Helicópteros (através das turbulências feitas pelas élices o fruto cai no chão).

8° – Extração da semente Frutos deiscentes: secos liberam as sementes – formas de secagem. a) Natural (terreiro) b) Artificial (forno) Forno com, circulação forçada de ar quente. – temperatura 45°c – 75°c – com termostato Extração: feita em tambores rotativos.

9° – Limpezas das sementes Sementes + impurezas Sementes aladas

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Finalidade: 1 – facilitar a semeadura 2 – diminuir o volume do armazenamento

10° – Secagem das sementes Finalidade: – Evitar a fermentação das sementes. – Manter o poder germinativo.

Formas: - Sol, sombra (temperatura 42°C) e estufa. Desinfecção das sementes:

Para evitar o aparecimento de fungos e outro micro organismos e aparecimentos de doenças fúngicas.

Armazenamento: a) garantir a disponibilidade de sementes em anos de má frutificação b) pelo fato de existirem espécies cuja época maturação, não coincidem com a das semeaduras.

Tempo de armazenamento: 3 a 10 anos (condições favoráveis)

Condições favoráveis: – teor e umidade = 4-12% das sementes – temperatura do ambiente – camada dessecada (sem umidade) – armazenadas em ambiente 0º a 10°C para Pinus O teor de umidade da semente 12 %

Embalagem: sacos plásticos, tambores de fibras, vidros, latas.

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Cuidados:

1 – manter constante a umidade das sementes. 2 – manter constante a temperatura do ambiente.

Em condições adequadas a respiração das sementes é mantida sob níveis baixos (atividades metabólica baixa) apenas para manter o embrião vivo. Teste de germinação A finalidade é determinar a % de germinação. A operação: 1) Coletar uma amostra simplificada de cada lote. 2) 4 repetições com 100 sementes 3) amostragem por peso (sementes miúdas) 4) coletar em um substrato (pano, papel, areia). 1.4 – dormência das sementes

– Dormência interna Provocada pela digestão incompleta de gorduras, proteínas e outras substanciam insolúveis armazenadas pela semente antes da germinação essas substancias transformada em substâncias orgânica simples que são deslocadas para o embrião, ativando o seu desenvolvimento.

Condições essenciais

– Baixa temperatura – Alto teor de umidade

– Dormência externa Semente com tegumento duro e impermeável impede a chegada de gases e água ao embrião.

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Formas para quebrar a dormência: - Abrasão mecânica (escarificação). - Produtos químicos H2SO4 e HCl. - Tratamento térmico. Água 50°C por 30°, 1h depois 12h em água fria.

VIVEIRO FLORESTAL Introdução : Utilizada para formação de mudas florestais Planejamento-

– Clima : O clima do viveiro não deve diferir do clima do lugar a ser instalada cultura, (temperatura, Latitude, altitude). – Solo: O solo adequado deve ser de natureza leve apresentando boas propriedades físicas (areno-argiloso), pois o argiloso na época das chuvas fica lamacento e na época da seca fica intensamente ressecado. Um solo adequado evita o TOMBAMENTO, presença de nematóides, Deve-se evitar as regiões onde existam fungos (região úmida). – Relevo: O adequado não deverá ser muito acidentado devido o problema de erosão, mas, não pode ser muito plano, deverá ser levemente inclinado para facilitar o escoamento da água. - Exposição de terreno: Devemos escolher um terreno evitando a exposição sul devido aos ventos fortes e secos.

– Água: O local deve ter em abundância água (de boa qualidade)

O consumo médio de H2O num viveiro é de 10 litros/m²/dia. A irrigação dominante sempre na parte superior do terreno (escoamento para baixo), e a de asperção. – Acesso ao viveiro: Feito por estradas a época de uso das mudas é em dia chuvosos para melhor pegamento por esta razão as estradas de acesso devem ser bem conservadas.

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– Área: È conseqüência do n° de mudas a ser formadas e também o processo de semeadura: se direta menor a área. A área deve ser calculada para produzir 20% mais do n° necessário, pois sempre estamos replantando.

Preparo do terreno: Limpeza e remoção da vegetação, controle das formigas cortadeiras o mais

importante, devendo ser feito previamente e na região toda a ser feito o viveiro e na vizinhança. Aplicação de inseticidas em pó ou a base de isca não é recomendada para terrenos úmidos porque ao invés de atrair repele as formigas.

Divisão da área e locação dos canteiros.

Formato do viveiro: quadrado, reto. Os canteiros não devem ter mais que 1 a 1,20 m de largura para não dificultar os tratos das mudas (adubação, retirada do mato) e não deve ser muito comprido para evitar o passeio longo do empregado com o carrinho (máximo 10 m).

O viveiro deverá ser protegido com uma cerca para não entrar animais. Canteiros:

a) canteiro de semeadura ou alfobre – é feito à base do próprio solo utilizado apenas no caso de sementes de eucalipto e sementes de germinação duvidosa deve ser feito um canteiro de alfobre. b) Canteiro de embalagem ou recipiente.

Canteiro de semeadura ou alfobre:

Semeadura de sementes. Características: – boa fertilidade (ajuda a semeadura mais rapidamente) – boa drenagem. – boa retenção de água.

Constituição: 1 parte de areia + 1 parte de argila + 1 parte de esterco

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Este canteiro deve ter uma altura de ± 10 cm e, para se proteger lateralmente para não haver perdas, podendo colocar tábuas em viveiros fixos, construir uma muretinha de alvenaria. Para melhoria das condições de fertilidade do solo são recomendadas: Adubação: 200g de 5-14-3 ou 50g de sulfato de amônia, 140g de supersimples e 10g de cloreto de potássio. Desinfestação de alfobres: Visa o tratamento do canteiro com produtos químicos. É um processo ele esterilização do solo, tendo função fungicida, nematicida e inseticida. Canteiros de embalagens:

Recipientes utilizados: a) Torrão Paulista – (mais econômico) feito com terra, esterco e água foi desenvolvido por um floricultor de origem alemã. Inicialmente seria usado na embalagem de plantas ornamentais e posteriormente foi adaptado. Apresenta um formato prismático com 6 lados (base hexagonal) é feito de barro comprimido no centro da base superior colocamos a muda. É barato, pois feito com elementos da propriedade com o auxilio de uma maquina e 2 pessoas. b) Laminado de pinho – É uma folha retangular que é enrolada e transformada em um tubo para manter o formato de cilindro e colocado ao centro um arco de metal. O enrolamento não pode ser feito com o laminado a seco sendo assim o colocamos durante 24h em água, sendo assim ele se torna mais flexível e não se dobra, quebra, depois de feito o cilindro (que não apresenta fundo) colocamos no seu fundo terra umedecida e socamos com um soquete. Os recipientes são colocados no solo. Antes do plantio das mudas, deve se retirar o laminado.

Semeadura: Tipos: Nos alfobres para posterior repicagem. a) desinfestação de alfobres. b) revolvimento e nivelamento.

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c) acerto da superfície do canteiro. d) rega. e) distribuição de sementes – é feito a lanço, as sementes devem ser colocado 50g por m². Cobertura: - Com areia peneirada numa altura de 1 a 2 vezes a do diâmetro da semente. - Com casca de arroz aproximadamente um centímetro Repicagem: Transplante do canteiro de semeadura para a embalagem (individualmente): mudas com 1 e ½ mês ou 4 a 5 cm de altura. – Tempo de formação de Eucalyptus (3-4) meses.

Seqüência da operação: 1. regas nos alfobres. 2. arrancamento com seleção.

– mudas vigorosas – caule ereto (tortuoso ou bifurcado devem ser descartados) – raízes bem formadas

3. Colocação em vasilha com água. 4. Colocação nos recipientes. e não => Quando o sistema radicular apresenta-se muito grande deve se fazer um corte na extremidade da raiz chamada de TOILET das mudas. – Regas no recipiente. – sombreamento – 5 a 6 dias.

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Semeadura direta – nos recipientes. – utilizados para: A. Pinus B. Eucalyptus citriodora (na repicagem o pegamento é pequeno). C. Sementes do tipo miúdas com aplicador. /__semeadura___/________________/___plantio___/ Março julho outubro março Seqüência da semeadura : A - Rega do canteiro. B - Distribuição da semente (feita na parte central e o n° de sementes está em função da geminação). C - Cobertura – é feita com areia peneirada e posteriormente uma cobertura morta, casca de arroz para manter constante a umidade e temperatura: neste momento, fazemos a inoculação da microrriza se colocarmos as acículas. D - Desbaste de mudas com 5 cm – feitas aos dois meses é a retirada dos mudinhas que estão em excesso. E - Mudas prontas – 15 a 20 cm de altura. Vantagens da semeadura direta: - Dispensa o uso dos canteiros de semeadura. - Evita a repicagem e sombreamento. - Ganho de tempo. Em eucaliptos ganha 15 dias, em pinus ganha 30 dias. Desvantagens: - Semeadura mais trabalhosa. - Desbaste.

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Mudas de pinus com raiz nua. Possibilidade - região com clima temperado (sem a proteção encontrada nas mudas do estado de S. P). Inverno – chuvoso - dias curtos frios chuvosos. Formação de mudas. Semeadura mecânica no solo. Se possível antes da semeadura fazer uma adubação verde com leguminosas proteção com secas e picadas para manter constante a temperatura e umidade da inocula a microrriza Irrigação por aspersão. Mudas prontas alturas - 15 a 20 cm. Para facilitar o arrancamento de mudas passa uma lamina cortantes - 15 cm de profundidade, retirando as mudas coloca-se em uma lata com barro e leva-se para o campo. Vantagem: Economia de embalagem, facilidade de transporte para o campo, plantio mecânico. Pragas e doenças: ocorre durante o período de formação de mudas em viveiro. Pragas: Cupins, passarinhos, grilos, larvas, lagartas, tatuzinhos, piolho de cobra, formigas. Doenças: Damping off ou mela ou tombamento ou estiolamento condições favoráveis: - excesso de umidade. - Sombreamento excessivo. - Temperatura. Formas de damping off - pré-emergência - pós-emergência

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Pré-emergência: Ocorre antes da planta despontar no solo. Ataca a semente, a radícula

(serão necrosados pelo fungo.) A radícula atacada, a semente fica praticamente inutilizada.

Pós-emergência: Uma planta atacada não apresentará caule cilíndrico, mas um estrangulamento do diâmetro com tecidos necrosados. Quando a planta é tenra, ela tomba, quando lenhosa, ela permanece de pé, seca e morre.

FORMAÇÃO E MANEJO DE POVOAMENTOS FLORESTAIS 1. Preparo do terreno: Eliminação da vegetação: Roçada; Aração e gradagem; Herbicida. 2. Controle de formigas cortadeiras: Saúva comum Saúva cabeça-de-vidro Quem-quem 3. O Plantio: Época: outubro a março

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Espaçamento varia de acordo com: - espécie florestal; - variedade; - finalidade; - tratos culturais; - retirada de madeira. Espaçamento: 3,00m x 2,00m 2,50m x 2,00m Outros:

Adotar um espaçamento que possibilite os tratos culturais e retirados da madeira.

Planejamento: Plantio feito em quadras delimitado por estradas de preferência numa forma regular. Possibilita também o controle do incêndio numa largura de 6 m. Possibilita a passagem de dois caminhões dando a função de aceiro (área livre de vegetação, impossibilitando a passagem do fogo) principalmente nos limites. Torre de observação – construída de madeira onde dia e noite permanece uma pessoa em observação dentro da torre com a sede, deverá haver comunicação. Plantio propriamente: Manual: Em terrenos acidentados:

– em nível – covas 20x20x20cm

Em terrenos mecanizáveis: – sulcamento em nível 20cm de profundidade

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Mecânico (semimecânico): De mudas com recipiente Rendimento médio 10.000 mudas/dia Um operário manualmente planta 200 mudas. Adubação: Fazer análise do solo para recomendação ideal de adubos de plantio e em cobertura, bem como a aplicação de calcário, que deverá ser feito a lanço em toda a área a ser plantada, três meses antes do plantio. Práticas culturais Capinas => porque são plantados nas águas, os matos também cresce, devendo ser feito duas capinas de outubro a março. Formas: Mecânica ou herbicida: entre linhas. Manual: entre plantas. Época: Até 18 meses /____duas capinas___/_______________/___duas capinas___/__ Outubro março outubro março

Depois dos 18 meses as plantas estão grandes e abafam o crescimento. Outros: – limpeza dos carreadores, aceiros. – controle de formiga. Desramas: O que são? Eliminação dos ramos lateral inferiores de espécies florestais que não apresentam esta eliminação natural.

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Nas espécies em que isso ocorre naturalmente, não se faz esta prática. A época da derrama esta em função da fotossíntese, clima, solo e variedade florestal. Finalidades: – evitar a formação de nós (depreciando a madeira) – eliminar ramos improdutivos – controle de fogo (caminhamento dos bombeiros e os gravetos ajudam a aumentar o fogo). Pinus de origem tropical e subtropical. A desrama deve ser feita de baixo para cima, bem rente ao caule. 1ª desrama: 4-5 anos 1/3 Fuste limpo – 2/3 Copa Nesta desrama o operador fica no chão. 2ª desrama: 7-8 anos ½ Fuste limpo – ½ Copa Tem que utilizar escadas. 3ª desrama: 12 anos 2/3 Fuste limpo – 1/3 Copa Feito no período de repouso fisiológico (frio e seco). Desbaste A população de pinus apresentaria um espaçamento de 5-6 m2 O que são? Eliminação de árvores de uma população florestal que apresenta a concorrência ou competição. Adotado o espaçamento 2x2, 5 ou 2-3 m2, após alguns anos, essa população tende a ter a curva de crescimento diminuída, tendendo à transformação em uma reta. Acréscimo volumétrico anual => é o quanto à população aumentou em volume. Quando uma população tem o acréscimo de volume anual diminuído é porque está havendo um processo de competição em função de nutrientes, água, luz.

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No eucalipto, não é necessário o desbaste, porque, quando a população entra em competição, já está na época de corte. A finalidade principal é a produção de madeira para a serraria. Aos 21 anos, sendo durante este período feito 4 desbastes, que são utilizados na fabricação de celulose, laminados, fibras, etc. Vantagens: 1. Concentrar a capacidade produtiva em um número limitado de árvores, para favorecer o desenvolvimento dos melhores indivíduos. 2. Aumentar a produção bruta total do povoamento. 3. Encurtar os turnos de exploração. 4. Maior resistência contra pragas e doenças. 5. Eliminação de árvores tortas, bifurcadas, etc. Com o desbaste, há o aumento das árvores em diâmetro, o que favorece a sua utilização na serraria. Épocas: Determinação: pelo desenvolvimento da população. 1. Pelo volume. 2. Pelo DAP. 3. Pela área basal. V = π x DAP2 x h 4 Área basal = π x DAP2

4 A densidade da floresta não influencia em altura, mas sim em diâmetro. A altura é influenciada pela bagagem genética da árvore. Através do diâmetro e da área basal, pode-se observar se a população se apresenta ou não em concorrência. O mais usado na prática é a área basal, que é a área de secção transversal do caule tomado a 1,3m do rolo (área circular).

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Área basal por unidade de área m2/ha. A determinação da área basal é feita por amostragens através de parcelas com no mínimo 21 árvores, o número de parcelas varia com o tamanho da área. 100 ha 100 x 2000 árvores = 200.000 árvores Escolhem-se parcelas ao acaso e calcula-se o DAP médio e a altura média através desses dados, calcula-se a área basal da floresta, determinando-se a época do desbaste. x = 19,77 m2/ha => área basal crítica apresentada pela população concernente está em competição, devendo ocorrer o desbaste. Área basal ideal => ‘sempre’ que houve estagnação de crescimento, o desbaste deve ser feito, até se chegar à área basal ideal. Para determinadas espécies florestais e estações (clima, etc.) existe uma área basal ideal, porque a soma das áreas basais de todas as árvores do povoamento em um hectare é constante, quando a população se aproxima da maturidade. Ex.: Piracicaba – Horto Tupi Pinus patula – área basal ideal = 53,45 m2/ha Pinus elliotti – área basal ideal = 35,77 m2/ha Estére Volume aparente de madeira empilhada sob a forma de um cubo de 1 metro de lado. Combustível (lenha e carvão): 1,00 m largura 0,90 m comprimento 1,10 m altura Celulose e papel (descascada) 1,0 x 2,0 x 0,55 lar. comp. alt.