Regua Processual - Recursos Trabalhistas - Aluno Tales Ronca

Embed Size (px)

Citation preview

  • Espao Jurdico Cursos Blog AGU-PFN Jos Faustino Macdo @jfaustinomacedo Direito do Trabalho e Processo do Trabalho Gustavo Cisneiros

    Visite www.espacojuridico.com e confira a nova turma de Preparao para os concursos AGU/PFN com Ricardo

    Alexandre, Leonardo Carneiro da Cunha, Andr Ramos e grande equipe!!! No perca!!!

    Dano por ricochete competncia da Justia do Trabalho

    a) Ao movida pelo esplio e ao movida pelos pais do empregado falecido

    Um determinado empregado sofreu acidente do trabalho e faleceu! Numa primeira ao, o esplio,

    devidamente representado pela viva e pelos filhos do empregado, firmou acordo com a empresa!

    J estudamos que a ao pode ser proposta pelo esplio ou pessoalmente pelos herdeiros, lembram?

    Depois de realizado o acordo, outra ao foi proposta, agora pelos pais do empregado falecido, os quais

    destacaram a dor de se criar um filho e depois perd-lo em razo de atividades praticadas no trabalho!

    O TRT da 9 Regio, apreciando recurso ordinrio, extinguiu o processo, reconhecendo a existncia de

    coisa julgada. Para o Regional, uma vez j utilizada a via judicial por legitimados ativos para a pretenso

    dos danos morais, no caso, a viva e os filhos, a nova ao nada mais era do que a repetio daquela

    demanda j solucionada mediante acordo.

    Os pais do trabalhador, autores da segunda ao, recorreram ao TST.

    O ministro Maurcio Godinho Delgado observou que o caso dizia respeito ao direito ou no do pai e da

    me indenizao por danos morais pela morte de seu filho em acidente do trabalho. Para ele, os danos

    experimentados em tal situao transcendem a esfera individual ou de parcela do ncleo familiar, pois a

    dor moral projeta reflexos sobre todos aqueles que de alguma forma estavam vinculados afetivamente ao

    trabalhador acidentado, e a dor pela morte independe de relao de dependncia econmica.

    O TST, com isso, reconheceu a legitimidade dos pais do empregado falecido, afastando a preliminar de

    coisa julgada, anulando a deciso do TRT e determinando o retorno dos autos para o julgamento do

    mrito!

    b) Competncia para o julgamento de ao de indenizao por dano moral por ricochete

    Podemos dizer que no h mais discusso sobre o tema, pelo menos no TST!

    A competncia da Justia do Trabalho!

  • Espao Jurdico Cursos Blog AGU-PFN Jos Faustino Macdo @jfaustinomacedo Direito do Trabalho e Processo do Trabalho Gustavo Cisneiros

    Visite www.espacojuridico.com e confira a nova turma de Preparao para os concursos AGU/PFN com Ricardo

    Alexandre, Leonardo Carneiro da Cunha, Andr Ramos e grande equipe!!! No perca!!!

    A 3 Turma do TST, no julgamento do RR 46000-42.2008.5.06.0016, ocorrido em 14/03/2012, reafirmou

    a jurisprudncia do TST no sentido de que compete Justia do Trabalho o julgamento do denominado

    dano moral por ricochete oriundo de relaes de trabalho.

    Segundo a deciso, a Justia do Trabalho competente para processar e julgar aes de indenizao por

    danos morais e materiais decorrentes de acidente do trabalho, ainda que ajuizadas por terceiros, em nome

    prprio, e independentemente de ter ou no ocorrido a morte do trabalhador.

    No caso, o empregado teve 55% do seu corpo queimado, em decorrncia de uma exploso. Os pais do

    empregado ajuizaram reclamao trabalhista.

    O TRT da 6 Regio declarou a incompetncia da Justia do Trabalho, sob o fundamento de que o art. 114

    da CF autoriza o pedido de reparao por aquele que est inserido na relao de trabalho, destacando que

    o empregado j tinha proposto a ao, obtendo a condenao da empresa em R$ 1 milho (tese defendida

    pelo professor; j mudei de opinio, viu? J).

    Os pais recorreram de revista, sustentando que o que define a competncia no a qualidade das partes e

    sim a natureza jurdica da lide.

    O TST entendeu que, embora a causa de pedir fosse a mesma, os direitos envolvidos eram distintos. Um

    seria a reparao do dano ao prprio trabalhador, e o outro a reparao ao terceiro eventualmente atingido

    por reflexo (ricochete), no caso, os pais. O relator destacou que a competncia, no caso, diz respeito

    matria, e no pessoa!