REGULAMENTO_PDM

Embed Size (px)

Citation preview

  • 13474 Dirio da Repblica, 2. srie N. 57 22 de Maro de 2011

    Dinis Afonso Couto Rodrigues da Silva a)Frederico Miguel Sousa Maia a)Helder Filipe Sousa Ferreira Martinho a)Ins Martins Pereira Mirra b)Joo Paulo Pinto Teixeira c)Liliana Maria Geria de Jesus a)Lus Miguel Perestrelo Botelheiro Lobo de Mesquita a)Marco Paulo Queirs Cruz a)Marlene Maria Guilherme Marques c)Maria Adelaide de Sousa Costa a)Maria Miguel Teixeira Cruz a)Maria Teresa Vieira de Freitas c)Paulo Ricardo da Silva Pereira a)Ricardo da Costa Dinis Martins b)Sara Gabriel Dias Laranjo a)Srgio Pereira Jernimo a)Susana Margarida Vieites Carrelo a)Vtor Miguel Gonalves Mesquita e)

    a) Candidato(a) excludo(a) em virtude de no ter comparecido na Prova de Conhecimentos Terica (PCT).

    b) Candidato(a) excludo(a) em virtude de ter obtido classificao inferior a 9,5 valores na Prova de Conhecimentos Terica (PCT).

    c) Candidato(a) excludo(a) em virtude de no ter comparecido na Entrevista Profissional de Seleco (EPS)

    d) Candidato(a) excludo(a) em virtude de ter obtido classificao inferior a 9,5 valores na Entrevista Profissional de Seleco (EPS).

    e) Candidato(a) excludo(a) na primeira fase (Admitidos e Ex-cludos).

    Da homologao da lista de ordenao final pode ser interposto recurso de acordo com o disposto no n. 3 do Artigo 39. da Portaria 83 -A/2009, de 22 de Janeiro.

    Para os efeitos previstos no n. 5 do artigo 36. da Portaria n. 83 -A/3009, de 22 de Janeiro, a lista unitria de ordenao final dos candidatos aprovados, encontra -se disponvel na pgina electrnica da Cmara.

    22 de Fevereiro de 2011. O Presidente da Cmara Municipal, Mrio de Almeida, engenheiro.

    304383837

    Aviso n. 7316/2011Para efeitos do disposto nos n.os 4 e 6 do artigo 36. da Portaria

    83 -A/2009, de 22 de Janeiro, torna -se pblica a lista unitria de ordena-o final, relativa ao Procedimento Concursal Comum para Constituio de Relao Jurdica de Emprego Pblico por Tempo Indeterminado para ocupao de um Posto de Trabalho na Carreira/Categoria de Tcnico Superior (rea de Planeamento Regional e Urbano/ Geografia), publi-cado no Dirio da Repblica, 2. srie, n. 56, de 22 de Maro de 2010, e homologada por meu despacho de 3/2/2011:

    Procedimento concursal comum para constituio de relao jur-dica de emprego pblico por tempo indeterminado para ocupao de um posto de trabalho na carreira/categoria de tcnico superior (rea de planeamento regional e urbano/geografia).

    Lista unitria de ordenao final

    Nome Valores

    Diana Isabel Vale Costa Reis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16,92Susana Daniela Freitas Vaz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14,58Mnica Filipa Dias Campos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12,11Antnio Rui Gonalves Fernandes . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11,28Srgio Pedro Ribeiro Neves. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11,17Carolina Loureiro Neiva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10,82Ana Silva Moreira Festa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9,77

    Candidatos excludos:Alda da Cruz Martins Mesquita a)Ana Rita Ferreira b)Andr Filipe Eusbio dos Santos b)Antnio Jorge Fogageira Leito b)Antnio Miguel Gomes Martins a)Antnio Ricardo Rocha Ferreira b)Bruno Cristvo Oliveira Maia b)

    Carlos Eduardo Lopes Pinto b)Carlos Filipe dos Santos Delgado a)Carlos Miguel da Costa Lima Rajo a)Carlos Ruben Cernadas Cambotas a)Cleber Vasconcelos Oliveira a)Cristina Andreia de Castro Rocha b)Cristina Maria da Silva Ribeiro Barbosa b)Daniel Filipe Ferreira da Costa a)Daniel Ricardo Silva Teixeira c)Diana Andreia Teixeira da Silva a)Diana Iris Pacheco Veloso b)Diana Patrcia de Braga Pereira b)Diana Silva Barroso a)Elisabete Dantas Moreira a)Fernando Ricardo Ferreira Flix a)Filipe Andr Rocha Monteiro c)Frederico dos Santos Pinto da Cunha e Costa a)Isabel Maria Pires Gonalves Paquete a)Joana Isabel da Silva Pereira a)Joo Filipe Oliveira Moreira b)Joo Manuel Carvalho de Castro a)Joo Pedro Braga Santos a)Joo Pedro Monteiro Campos Moreira a)Joo Tiago Carvalho Abreu a)Manuel Fernando Lopes Fernandes b)Marta Alexandra Oliveira Martins c)Mnica Sofia Moreira Santos c)Nuno Alexandre Valente Simo a)Paula Alexandra Coimbra Miranda c)Paula Cristina Sousa Meireles a)Paulo Manuel Martins Barbosa a)Ricardo Jorge Campos Cavaleiro a)Roberto Paulo Teixeira Borges a)Rui Alberto Viana Rocha c)Srgio Filipe Ribeiro Alves b)Slvia Isabel Pires Mouro a)Snia Cristina Santos Almeida a)Susana Raquel Silva Barbosa c)Telmo Alexandre Lopes Torres Cunha b)Tiago Manuel Nbrega Cunha b)Valria Magalhes Moura a)Vera Lcia Gis Freitas a)

    a) Candidato(a) excludo(a) em virtude de no ter comparecido na Prova de Conhecimentos Terica (PCT).

    b) Candidato(a) excludo(a) em virtude de ter obtido classificao inferior a 9,5 valores na Prova de Conhecimentos Terica (PCT).

    c) Candidato(a) excludo(a) em virtude de no ter comparecido na Entrevista Profissional de Seleco (EPS)

    d) Candidato(a) excludo(a) em virtude de ter obtido classificao inferior a 9,5 valores na Entrevista Profissional de Seleco (EPS).

    e) Candidato(a) excludo(a) na primeira fase (Admitidos e Excludos).

    Da homologao da lista de ordenao final pode ser interposto recurso de acordo com o disposto no n. 3 do Artigo 39. da Portaria 83 -A/2009, de 22 de Janeiro.

    Para os efeitos previstos no n. 5 do artigo 36. da Portaria n. 83 -A/3009, de 22 de Janeiro, a lista unitria de ordenao final dos candidatos apro-vados, encontra -se disponvel na pgina electrnica da Cmara.

    11 de Maro de 2011. O Presidente da Cmara Municipal, Mrio de Almeida, engenheiro.

    304443388

    MUNICPIO DE VILA REAL

    Aviso n. 7317/2011Manuel do Nascimento Martins, Presidente da Cmara Municipal

    de Vila Real, torna pblico, em conformidade com o disposto n. 1 do artigo 79., do Decreto -Lei n. 380/99, de 22 de Setembro, na redac-o conferida pelo Decreto -Lei n. 46/2009, de 20 de Fevereiro, que a Assembleia Municipal de Vila Real, na sua sesso ordinria de 28 de Fevereiro de 2011, aprovou a proposta de reviso do Plano Director Municipal de Vila Real.

    Nos termos da alnea d) do n. 4 do artigo 148. do Decreto -Lei n. 380/99, na sua actual redaco, publica -se a certido da deliberao da Assembleia Municipal na parte da aprovao da proposta de reviso do Plano Director Municipal de Vila Real, bem como o regulamento, planta de ordenamento e planta de condicionantes.

  • Dirio da Repblica, 2. srie N. 57 22 de Maro de 2011 13475

    CertidoPedro Chagas Ramos Primeiro Secretrio da Mesa da Assembleia

    Municipal de Vila Real, no uso da competncia referida no artigo 55. da Lei n. 169/99, de 18 de Setembro, na redaco que lhe foi dada pela Lei n. 5 -A/2002 de 11 de Janeiro.

    Certifico, que na Sesso Ordinria da Assembleia Municipal rea-lizada no dia 28 de Fevereiro de 2011, consta entre outros, o assunto seguinte:

    Apreciar e deliberar sobre a Proposta de Reviso do Plano Director Municipal de Vila Real, nos termos do n. 1 do artigo 79. do Decreto--Lei n. 380/99, de 22 de Setembro e da alnea a) do n. 2 do artigo 64. da Lei n. 169/99, de 18 de Setembro, na redaco que lhe foi dada pela Lei n. 5 -A/2002 de 11 de Janeiro, (deliberaes do Executivo de 4 de Agosto de 2010 e de 02 de Fevereiro de 2011).

    Certifica -se que nos termos do artigo 42. da Lei n. 169/99, de 18 de Setembro, na redaco dada pela Lei n. 5 -A/2002 de 11 de Janeiro que o nmero de elementos presentes, na apreciao deste ponto, foi 61 dos 61 que compem a Assembleia Municipal.

    Deliberao: Aprovada por maioria.Mais se certifica que nos termos do n. 3 do artigo 92. da Lei

    n. 169/99, de 18 de Setembro, na redaco dada pela Lei n. 5 -A/2002 de 11 de Janeiro, este assunto consta da acta que, por unanimidade, foi aprovada em minuta no final da sesso.

    Por ser verdade mandei passar a presente que vou assinar e fao autenticar com o selo branco em uso neste Municpio.

    Vila Real e Assembleia Municipal, 01 de Maro de 2011. O Pri-meiro Secretrio da Assembleia Municipal, Dr. Pedro Chagas Ramos.

    2 de Maro de 2011. O Presidente da Cmara Municipal, Dr. Ma-nuel do Nascimento Martins.

    Plano Director Municipal de Vila Real

    Regulamento

    CAPTULO I

    Disposies gerais

    Artigo 1.mbito territorial

    O presente Plano estabelece as regras a que deve obedecer a ocupao, o uso e a transformao do solo no mbito do Plano Director Munici-pal de Vila Real, adiante designado por PDM ou Plano, que abrange a totalidade do territrio do concelho de Vila Real.

    Artigo 2.Objectivos e estratgia

    1 O presente Plano resulta da reviso do Plano Director Municipal rati-ficado pela Resoluo de Conselho de Ministros n. 63/93, de 8 de Novembro de 1993, e decorre da necessidade da sua adequao s disposies do Regime Jurdico dos Instrumentos de Gesto Territorial (RJIGT), aos diversos planos sectoriais e regionais publicados e em curso e evoluo das condies econmicas, sociais, culturais e ambientais entretanto ocorridas.

    2 O Plano tem como objectivo principal a consolidao do papel da cidade e do concelho de Vila Real no contexto regional, a que cor-respondem os seguintes objectivos estratgicos:

    a) O fortalecimento da coeso territorial, pela afirmao da cidade como principal centro regional de prestao de servios, a adopo de um modelo de desenvolvimento multipolar devidamente hierarquizado, o acrscimo da mobilidade interna e externa;

    b) A preservao da qualidade ambiental e do patrimnio natural e edificado;

    c) A reestruturao e fortalecimento dos sectores econmicos, atravs da reestruturao e potenciao dos recursos endgenos existentes e da implementao de uma poltica de promoo do acolhimento em-presarial.

    Artigo 3.Composio do plano

    1 O PDM de Vila Real constitudo pelos seguintes elementos:a) Regulamento;b) Planta de ordenamento:i) Qualificao do solo (1:10 000);ii) Zonamento acstico (1:25 000).

    c) Planta de condicionantes (1:10 000);d) Planta de condicionantes Anexo A: reas florestais percorridas

    por incndios (1:25 000).e) Planta de condicionantes Anexo B: Carta de perigosidade de

    incndio classes alta e muito alta (1:25 000).

    2 Acompanham o PDM de Vila Real os seguintes elementos:a) Estudos de caracterizao do territrio municipal;b) Relatrio (em anexo: ficha de dados estatsticos);c) Relatrio ambiental;d) Programa de execuo e financiamento;e) Patrimnio arqueolgico;f) Patrimnio arquitectnico;g) Planta de enquadramento regional (1:100 000);h) Planta da situao existente (1:25 000);i) Planta da rede viria do concelho (1:25 000);j) Planta da rede viria da cidade de Vila Real (1:5 000);k) Planta do patrimnio cultural (1:25 000);l) Carta da estrutura ecolgica municipal (1:25 000);m) Mapa de rudo;n) Listagem das operaes urbansticas licenciadas ou autorizadas e

    informaes prvias favorveis em vigor;o) Discusso pblica relatrio de ponderao.

    Artigo 4.Instrumentos de gesto territorial a observar

    Enquanto no forem alterados, revistos ou suspensos so observadas as disposies dos instrumentos de gesto territorial em vigor, nomea-damente:

    a) Plano de Pormenor da Vila Velha; Declarao n. 60/2003, de 14 de Fevereiro;

    b) Plano de Pormenor do Centro Histrico da Cidade; Declarao n. 307/2003, de 7 de Outubro;

    c) Plano de Pormenor do Bairro dos Ferreiros; Declarao n. 61/2003, de 14 de Fevereiro;

    d) Plano de Pormenor da Antiga Zona Industrial; Declarao n. 203/2003, de 12 de Junho;

    e) Plano de Pormenor do Parque de Tourinhas; Declarao n. 203/2003, de 11 de Junho;

    f) Plano de Pormenor do Parque do Corgo; Declarao n. 199/2003, e 7 de Junho;

    g) Plano Intermunicipal do Alto Douro Vinhateiro; R.C.M. n. 150/2003, de 22 de Setembro;

    h) Plano da Bacia Hidrogrfica do Douro; Dec. Reg. n. 19/2001, de 10 de Dezembro;

    i) Plano Regional de Ordenamento Florestal do Douro (PROF Douro); Dec. Reg. n. 4/2007, de 22 de Janeiro;

    j) Plano de Ordenamento do Parque Natural do Alvo (POPNA); R.C.M. n. 62/2008, de 7 de Abril;

    k) Plano Sectorial da Rede Natura 2000 (PSRN2000); R.C.M. n. 115 -A/2008, de 21 de Julho.

    Artigo 5.Definies

    1 Para efeitos deste Regulamento, entende -se por:a) rea bruta de construo: A soma das superfcies de todos os

    pisos, situados acima e abaixo do solo, incluindo escadas, caixas de elevadores e alpendres e excluindo os espaos livres de uso pblico cobertos pelas edificaes, zonas de stos sem p direito regulamentar, terraos descobertos e estacionamentos, servios tcnicos instalados nas caves dos edifcios e arrecadaes de apoio s diversas unidades de utilizao do edifcio;

    b) rea de impermeabilizao: A soma da rea total de implantao mais a rea resultante dos solos pavimentados com materiais imperme-veis, expressa em metros quadrados;

    c) rea de implantao: A rea delimitada pelo extradorso das pare-des exteriores dos edifcios, na sua interseco com o solo, medida em metros quadrados;

    d) rea de reserva urbanstica: Corresponde rea mnima a prever para a implantao do equipamento;

    e) Assento de lavoura: Conjunto de infra -estruturas com funes de armazenagem, aprovisionamento, proteco e gesto da explo-rao;

    f) Cave: O piso cuja cota inferior da laje de tecto esteja, no mximo, 0,80 m acima da cota da via pblica que d acesso ao prdio, medida no n. mdio da fachada respectiva;

  • 13476 Dirio da Repblica, 2. srie N. 57 22 de Maro de 2011

    g) Cedncia mdia: A rea a ceder ao municpio e integrando as parcelas propostas no Plano e destinadas a zonas verdes pblicas, equi-pamentos e eixos estruturantes, e resultante do quociente entre estas reas e a rea bruta de construo admitida, excluindo a correspondente a equipamentos pblicos;

    h) Crcea: Quando expressa em metros, a maior das distncias ver-ticais medida no n. mdio da fachada confinante com o arruamento pblico, compreendida entre a cota da soleira e a cota correspondente interseco do plano inferior da cobertura com a fachada, incluindo andares recuados do plano da fachada; quando expressa em nmero de pisos, a crcea o nmero total de pavimentos sobrepostos dum edifcio, correspondente quela distncia vertical;

    i) Cidade de Vila Real: Territrio identificado na Planta de Ordena-mento como integrante da UOPG 22;

    j) Colmatao: Preenchimento com edificao de um ou mais prdios contguos, situados entre edificaes existentes, na mesma frente urbana, no distanciados entre si mais de 50 metros;

    k) Explorao: Unidade tcnico -econmica na qual se desenvolve a actividade agrcola, silvcola e ou pecuria, caracterizada pela utiliza-o em comum dos meios de produo, submetida a uma gesto nica, independentemente do ttulo de posse, do regime jurdico e da rea ou localizao, e que inclui o assento de lavoura;

    l) Frente urbana: A superfcie em projeco vertical definida pelo conjunto das fachadas dos edifcios confinantes com uma dada via pblica ou compreendida entre duas vias pblicas sucessivas que nela concorrem;

    m) ndice mdio de utilizao: O quociente entre a rea bruta de construo existente e admitida pelo Plano para um determinado espao territorial contnuo e contendo diferentes categorias de uso urbano e a superfcie global desse mesmo territrio;

    n) ndice de utilizao: O quociente entre a rea bruta de construo e a rea do(s) prdio(s) que serve(m) de base operao;

    o) ndice de utilizao bruto: O quociente entre a rea bruta de cons-truo excluda dos equipamentos de utilizao colectiva a ceder ao domnio municipal, e a rea do(s) prdio(s) ou a rea do plano a que se reporta;

    p) ndice de utilizao lquido: O quociente entre a rea bruta de construo e a rea de terreno a que se reporta, excluindo deste as reas a ceder ao domnio municipal e destinadas a infra -estruturas virias, espaos verdes e de utilizao colectiva e equipamentos de utilizao colectiva;

    q) Lote: rea de terreno correspondente a uma unidade cadastral resultante de uma operao de loteamento;

    r) Moda da crcea: Crcea que apresenta maior extenso ao longo de uma frente urbana edificada;

    s) Parcela: rea de terreno correspondente a uma unidade cadastral no resultante de operao de loteamento;

    t) Prdio: Unidade de propriedade fundiria, na titularidade de uma pessoa singular ou colectiva, ou em regime de compropriedade;

    u) Usos de interesse pblico: So todos os usos de iniciativa da C-mara Municipal, do Estado ou privada, inerentes aos equipamentos de utilizao colectiva que, nomeadamente, sejam promotores das activi-dades culturais, recreativas, de solidariedade social, do ensino, da sade, segurana e proteco civil e administrativos;

    v) Via pblica: rea de solo do domnio pblico destinada circula-o de pessoas e ou veculos motorizados, compreendendo as faixas de rodagem destinadas circulao de veculos, as reas de estacionamento marginal s faixas de rodagem, os passeios, praas, os separadores centrais e laterais e outros espaos que, directa ou indirectamente, be-neficiem a circulao e o espao pblico.

    2 O restante vocabulrio urbanstico constante deste Regulamento tem o significado que lhe atribudo no Regulamento Municipal da Urbanizao e da Edificao de Vila Real.

    CAPTULO II

    Servides administrativas e restries de utilidade pblica

    Artigo 6.Identificao e Regime

    1 No territrio do municpio de Vila Real incidem as seguintes servides administrativas e restries de utilidade pblica, assinaladas, quando a escala o permite, na Planta de Condicionantes:

    a) Reserva Agrcola Nacional (RAN);b) Reserva Ecolgica Nacional (REN);c) Recursos hdricos Leito e margens de correntes de gua;

    d) Zonas inundveis;e) Albufeiras e zonas de proteco;f) Parque natural do Alvo;g) Rede natura 2000 PTCON0003 -Alvo -Maro;h) Permetros florestais;i) rvores de interesse pblico;j) Pedreiras;k) rea de reserva de recursos geolgicos;l) Patrimnio cultural classificado e em vias de classificao;m) Rede rodoviria;n) Rede ferroviria;o) Linhas de alta tenso;p) Servides radioelctricas;q) Infra -estruturas bsicas emissrios e adutoras;r) Aerdromo;s) Equipamentos escolares;t) Instalaes militares (quartel do RIVR);u) Instalao e armazenagem de produtos explosivos;v) Carreira de tiro;w) Postos de vigia da rede nacional de postos de vigia;x) reas florestais percorridas por incndios;y) reas de perigosidade de incndio alta e muito alta;z) Vrtices geodsicos;

    2 A ocupao, o uso e a transformao do solo, nas reas abrangi-das pelas servides e restries referidas no artigo anterior, obedece ao disposto na legislao aplicvel cumulativamente com as disposies do Plano que com elas sejam compatveis.

    Artigo 7.Reserva Ecolgica Nacional

    1 Nas reas de REN includas na rea de interveno do PIOT -ADV aplica -se o regime de excepo estabelecido pelo Despacho Conjunto n. 473/2004, de 30 de Julho.

    2 s reas de REN includas na Regio Demarcada do Douro no abrangidas pelo PIOT -ADV, sem prejuzo do estabelecido na lei geral que estabelece o regime da REN, aplicam -se as seguintes disposies:

    i) As movimentaes de terras e destruio do coberto vegetal no podem implicar a obstruo ou destruio das linhas de drenagem natural nem a alterao da morfologia das margens dos cursos de gua, bem como da sua vegetao;

    ii) As plantaes em encostas com declive superior a 50 % so inter-ditas, salvo quando a parcela de destino estiver ocupada por vinha ou outra cultura permanente, ou ainda por mortrios, caso em que pode ser efectuada em micropatamares;

    iii) As plantaes em encostas com declive compreendido entre 40 % e 50 % podem ser efectuadas em patamares estreitos de uma linha ou micropatamares;

    iv) A plantao da vinha ao alto s pode ser efectuada em encostas ou parcelas com declive inicial da encosta inferior a 40 %, excepto quando os solos sejam antrosolos, com maior susceptibilidade eroso, nomeadamente os correspondentes unidade cartogrfica Tasdx 1.1 da carta de solos de Trs -os -Montes, onde o limite mximo de 30 %;

    v) As plantaes em parcelas j ocupadas por vinha, olival ou amen-doal armados com muros, ou ainda por mortrios, tem de ser feita com recurso a patamares estreitos ou micropatamares, mantendo muros de suporte, salvo nos casos em que a DRATM d parecer favorvel sua remoo;

    vi) interdita a destruio de valores patrimoniais vernculos (muros de pedra, edifcios vernculos, caladas de pedra, mortrios), bem como de ncleos de vegetao arbrea, salvo nos casos devidamente funda-mentados que meream parecer favorvel da DRATM, nos termos do n. 4 do Despacho Conjunto n. 473/2004, de 30 de Julho.

    3 As novas edificaes habitacionais para fixao em regime de residncia prpria e permanente dos agricultores apenas so autoriza-das em solos de REN desde que integradas em espaos agrcolas ou agro -florestais, de acordo com a delimitao constante na Planta de Ordenamento Qualificao do Solo, e nas condies estabelecidas na lei geral que estabelece o regime da REN.

    4 As novas exploraes de recursos geolgicos bem como a am-pliao de exploraes existentes apenas so autorizadas em solos de REN desde que integradas nas reas de recursos geolgicos delimitadas na Planta de Ordenamento Qualificao do Solo, e nas condies estabelecidas na lei geral que estabelece o regime da REN.

    5 As ampliaes de edificaes existentes, nomeadamente habi-tacionais, empreendimentos tursticos, hotis rurais e equipamentos de utilizao colectiva obedecem aos requisitos estabelecidos na lei geral que estabelece o regime da REN.

  • Dirio da Repblica, 2. srie N. 57 22 de Maro de 2011 13477

    Artigo 8.reas florestais percorridas por incndios

    1 As reas florestais percorridas por incndios so as constantes da carta anexa planta de condicionantes.

    2 A Cmara Municipal mantm um arquivo permanentemente actualizado com as sucessivas edies anuais produzidas pela AFN, em colaborao com a Cmara Municipal, sendo a edificabilidade nestas reas condicionada ao estabelecido na lei e no presente regu-lamento.

    Artigo 9.Zonas inundveis

    1 As zonas inundveis, conforme demarcao constante na Planta de Condicionantes e na Planta de Ordenamento Qualificao do Solo, nesta, no caso do solo urbanizado, correspondem s reas atingidas pela maior cheia conhecida para o local.

    2 Nas zonas inundveis no so admitidas quaisquer aces que provoquem alterao do sistema natural de escoamento por obstruo circulao das guas.

    3 Excepcionalmente e sem prejuzo do regime das reas includas em REN e do parecer da entidade de tutela, admitem -se:

    a) Obras de construo, reconstruo, alterao e ampliao quando situadas em solos urbanizados e desde que as cotas dos pisos das edifi-caes sejam superiores cota local da mxima cheia conhecida;

    b) Construes inseridas em reas verdes de fruio pblica desde que destinadas a apoiar actividades de recreio e lazer, devendo ser estruturas ligeiras preferencialmente amovveis, e, sempre que possvel, a cota de soleira dever localizar -se acima do alcance da cheia.

    Artigo 10.Rede Natura 2000

    1 O Stio da Lista Nacional de Stios (PSRN2000), identificada na Planta de Condicionantes, abrange a rea do Stio denominado, Alvo--Maro PTCON0003, de acordo com a lista aprovada pela Resoluo do Conselho de Ministros n. 142/97, de 28 de Agosto.

    2 No territrio do Stio de Importncia Comunitria do Alvo--Maro, pertencente ao concelho de Vila Real, identificado na R.C.M. n. 142/97, de 28 de Agosto, aplica -se o regime de con-servao da natureza constante do Decreto -Lei n. 140/99, de 24 de Abril, com a redaco dada pelo Decreto -Lei n. 49/2005, de 24 de Fevereiro.

    3 A adaptao do PDM face ao Plano Sectorial da Rede Natura 2000 (PSRN2000), publicado em 21 de Julho de 2008, atravs da R.C.M. n. 115 -A/2008, ser efectuada no prazo de um ano a contar da data da sua entrada em vigor, de acordo com as formas de adaptao nele definidas, nos termos do n. 7 do artigo 8. do Decreto -Lei n. 140/99, de 24 de Fevereiro, com a redaco dada pelo Decreto -Lei n. 49/2005, de 24 de Fevereiro.

    CAPTULO III

    Uso do solo

    SECO I

    Classificao do solo rural e urbano

    Artigo 11.Identificao

    Para efeitos do disposto no presente Regulamento, o territrio do Plano inclui solo rural e solo urbano, a que correspondem as seguintes categorias de espao, tal como delimitado na Planta de Ordenamento Qualificao do Solo:

    1 Solo rural:a) Espaos agrcolas e florestais;b) Espaos naturais;c) Espaos culturais;d) Espaos de equipamentos e infra -estruturas especiais

    2 Solo urbano:a) Solos urbanizados;b) Solos de urbanizao programada;c) Estrutura ecolgica urbana;d) Espaos canal em solo urbano.

    SECO II

    Disposies comuns

    SUBSECO I

    Relativas aos usos e actividades

    Artigo 12.Compatibilidade de usos e actividades

    1 Em qualquer prdio, localizado em solo rural ou solo urbano, s podem ser autorizadas actividades compatveis com o uso dominante e estatuto de utilizao estabelecidos no presente Regulamento para a categoria de espao em que se localizem, sem prejuzo do disposto no PROF do Douro.

    2 So razes suficientes de incompatibilidade com o uso em solo urbano, fundamentando a recusa de licenciamento, autorizao ou apro-vao as utilizaes, ocupaes ou actividades a instalar que:

    a) Dem lugar produo de rudos, fumos, cheiros ou resduos que afectem as condies de salubridade ou dificultem a sua me-lhoria;

    b) Perturbem gravemente as condies de trnsito e estacionamento ou provoquem movimentos de cargas e descargas que prejudiquem as condies de utilizao da via pblica e o ambiente local;

    c) Acarretem agravados riscos de incndio ou exploso;d) Correspondam a outras situaes de incompatibilidade que a lei

    especfica considere como tal, como, por exemplo, as constantes no Regulamento do Exerccio da Actividade Industrial e no Regulamento Geral do Rudo.

    Artigo 13.Pr -existncias

    1 Para efeitos do presente Regulamento consideram -se pr--existncias as actividades, exploraes, instalaes, edificaes, equi-pamentos ou quaisquer actos que cumpram, data da entrada em vigor do PDM, qualquer das seguintes condies:

    a) No carecerem de qualquer licena ou autorizao, nos termos da lei;

    b) Estarem licenciados, autorizados pela entidade competente, nos casos em que a lei a tal obriga, e desde que as respectivas licenas ou autorizaes no tenham caducado ou sido revogadas ou apreendidas, ou corresponderem a informaes prvias favo-rveis em vigor.

    2 So tambm consideradas pr -existncias, nos termos e para efeitos do disposto no nmero anterior, aquelas que a lei reconhea como tal e ainda os espaos pblicos e vias pblicas existentes data de entrada em vigor do PDM, independentemente da sua localizao.

    3 Os actos ou actividades concedidos a ttulo precrio no so considerados pr -existncias, nomeadamente para efeitos de renovao da validade do respectivo ttulo ou da sua transformao em licena ou autorizao definitivas.

    4 As pr -existncias definidas nos termos dos nmeros anteriores que, pela sua natureza, no se incluam no mbito do estatuto de utilizao das categorias de espaos onde se localizam, s podem ser objecto de mudana de utilizao, desde que seja dado cumprimento ao disposto no artigo 12. do presente Regulamento.

    SUBSECO II

    Relativas edificabilidade

    Artigo 14.Condies de edificabilidade

    1 condio necessria para que um terreno seja considerado apto edificao, seja qual for o tipo ou utilizao do edifcio, que satisfaa, cumulativamente, as seguintes exigncias mnimas:

    a) A sua dimenso, configurao e circunstncias topogrficas, sejam adaptadas ao aproveitamento previsto, em boas condies de funcio-nalidade e economia;

    b) Seja servido por via pblica com faixa de rodagem com o mnimo de 4 metros e desde que esteja disponvel um espao canal com o mnimo de 6.0 metros de largura livre de construes, excepto nas situaes urbanas

  • 13478 Dirio da Repblica, 2. srie N. 57 22 de Maro de 2011

    consolidadas e consideradas pela Cmara Municipal a manter, e infra--estruturas de abastecimento de gua, de saneamento e de electricidade, individuais ou colectivas, quer de iniciativa pblica, quer privada.

    2 No licenciamento ou autorizao de edificaes em parcelas cons-titudas, destaques ou loteamentos que no impliquem a criao de novas vias pblicas, so asseguradas as adequadas condies de acessibilidade de veculos e de pees, prevendo -se, quando necessrio, a beneficiao da via existente, nomeadamente no que se refere ao respectivo traado e largura do perfil transversal, melhoria da faixa de rodagem e criao de passeios, baias de estacionamento e espaos verdes.

    3 A Cmara Municipal definir as reas a integrar no espao p-blico necessrias rectificao de vias, tanto para a melhoria da faixa de rodagem como de passeios, jardins ou outros espaos que, directa ou indirectamente, tambm beneficiem a construo e o espao pblico.

    4 A qualquer edificao sempre exigida a realizao de infra--estruturas prprias e, no caso de loteamentos, exigida a execuo da totalidade das infra -estruturas colectivas.

    5 Todas as infra -estruturas a executar pelos requerentes ficam preparadas para ligao s redes pblicas instaladas ou que vierem a ser instaladas na zona.

    Artigo 15.Forma dos lotes ou parcelas

    1 No licenciamento de construes no so aceitveis situaes de interioridade, alinhamentos e afastamentos de fachadas dissonantes dos existentes ou dos previsveis, por fora da configurao do terreno, sem prejuzo do definido na alnea c) do artigo 26.

    2 Quando os terrenos marginantes de uma via pblica, pelas suas dimenses, configurao ou circunstncias topogrficas, no formem ou no possam formar talhes adequados edificao pode a Cmara Municipal condicionar a edificabilidade realizao dos ajustes neces-srios correcta ocupao.

    Artigo 16.Condicionamentos estticos ou ambientais

    1 O municpio pode impor condicionamentos de ordem arquitec-tnica, construtiva, esttica e ambiental ao alinhamento e implantao das edificaes, sua volumetria ou ao seu aspecto exterior e ainda percentagem de impermeabilizao do solo, bem como alterao do coberto vegetal, desde que tal se destine a garantir uma correcta integra-o na envolvncia e a promover o reforo dos valores arquitectnicos, paisagsticos e ambientais dessa rea.

    2 A Cmara Municipal pode impedir, por razes estticas, a de-molio total ou parcial de qualquer edificao.

    Artigo 17.Indstria e armazns em prdios com habitao

    1 Admite -se a coexistncia de unidades industriais e de armazns com habitao, no mesmo prdio, desde que:

    a) Sejam compatveis com o uso residencial, de acordo com o disposto no artigo 12. deste Regulamento;

    b) Se instalados ao nvel do piso trreo, a sua profundidade no exceda 30 metros.

    2 Admite -se ainda a instalao de indstrias e armazns no logra-douro de prdios com habitao, quando:

    a) Correspondam a parcelas de habitao j constitudas e no resul-tantes de operao de loteamento;

    b) A construo tenha um s piso no superior a 4 metros;c) O seu afastamento em relao aos limites laterais do lote ou parcela

    no seja inferior a 5 metros, nem inferior a 8 metros da fachada mais prxima da construo destinada a habitao;

    d) A sua rea no seja superior a 20 % da rea total do lote ou parcela, com um mximo de 300 m2;

    e) Disponham da rea de parqueamento no interior do lote ou parcela considerada suficiente para o tipo de indstria a implantar;

    f) O utente da indstria seja o utente da habitao;g) Respeitem a indstrias compatveis com a habitao, nos termos

    do artigo 12. do presente Regulamento.

    Artigo 18.Indstria e armazns em prdios autnomos nos solos

    urbanizados ou de urbanizao programadaAdmitem -se edifcios para fins de armazenagem e indstrias em

    prdios autnomos do solo urbano, desde que:a) Pertenam aos tipos previstos na lei, no caso de indstrias, e sejam

    compatveis com o uso dominante nos termos do artigo 12.;b) A crcea mxima no ultrapasse os 7 metros;

    c) A rea de implantao das construes no ultrapasse 60 % da rea total do lote ou parcela;

    d) Seja assegurado o afastamento mnimo da construo de 5 metros ao limite da frente e 10 metros ao limite posterior e ainda, apenas para as indstrias do tipo 3, de 5 metros aos limites laterais.

    Artigo 19.Anexos

    Os anexos apenas so autorizados enquanto complemento da habi-tao, no podendo a rea ocupada por eles ser superior a 8 % da rea total do lote, no mximo de 50 m2 e 25 m2 por fogo, consoante se trate, respectivamente, de habitao unifamiliar ou multifamiliar.

    SUBSECO III

    Relativas s infra -estruturas

    Artigo 20.reas de proteco funcional

    1 As reas de proteco funcional correspondem a faixas de salva-guarda viabilizao de todas as vias propostas no Plano, cujo traado definitivo ainda carece de projecto de execuo.

    2 As reas referidas no nmero anterior so constitudas por uma faixa de proteco non -aedificandi de 25 metros para cada lado do eixo indicado na Planta de Ordenamento -Qualificao do Solo enquanto no estiver aprovado o projecto de execuo respectivo, sem prejuzo do disposto no artigo 13. do presente Regulamento, referente a pree-xistncias.

    Artigo 21.Estacionamento

    1 Nos edifcios para habitao unifamiliar e bifamiliar, deve ser criada uma rea de parqueamento equivalente a dois lugares de estacio-namento por fogo no interior do edifcio ou parcela de terreno.

    2 Nos edifcios para habitao colectiva, devem ser previstos no interior do edifcio ou parcela, um lugar de estacionamento por fogo para fogos de tipologia at T1, dois lugares por fogo para fogos de tipologia T2 e T3, trs lugares por fogo para fogos com tipologia T4 e T5 e quatro lugares de estacionamento sempre que os fogos tenham uma tipologia superior a T5.

    3 Em edifcios ou reas destinadas a comrcio ou servios, deve, sem prejuzo do disposto em legislao especifica, ser criado um par-queamento no interior do prdio ou parcela, equivalente a:

    a) Um lugar de estacionamento por cada 50 m2 de rea til;b) Um lugar de estacionamento por cada dois quartos de estabeleci-

    mentos hoteleiros;

    4 Em loteamentos, ou operaes urbansticas com impacte seme-lhante a loteamento, devero ser previstos, cumulativamente, lugares de estacionamento pblico na proporo de 50 % dos lugares privativos exigveis para as fraces habitacionais, em nmero igual ou superior aos lugares privativos das fraces no habitacionais e em dobro dos lugares exigveis para as fraces destinadas a estabelecimentos de restaurao e bebidas.

    5 Nos edifcios ou reas destinadas a indstria e ou armazenagem, obrigatria a existncia de uma rea de parqueamento no interior do edifcio ou parcela, equivalente a 1 lugar de estacionamento para veculos ligeiros por cada 100 m2 de rea bruta de construo e 0.5 lugares de estacionamento para veculos pesados por cada 500 m2 de rea bruta de construo.

    6 Em edifcios destinados a servios, deve ser criada uma rea de parqueamento equivalente a um lugar de estacionamento por cada 100 m2 de rea bruta de construo.

    7 Para os edifcios destinados a equipamentos colectivos ou outros edifcios similares que originam concentrao de pblico, a rea de estacionamento determinada caso a caso, em funo da dimenso e localizao, devendo no entanto o nmero mnimo de lugares de esta-cionamento ser de acordo com o seguinte ratio por lotao: 1 lugar por cada 10 unidades de lotao.

    8 admitido, a titulo excepcional, o no cumprimento da dota-o de estacionamento estabelecida nos nmeros anteriores, desde que tecnicamente justificvel e desde que sejam verificadas as seguintes condies:

    a) As obras de edificao se localizem em imveis classificados ou em vias de classificao e a criao de acesso de viaturas ao seu interior prejudique ou seja incompatvel com as caractersticas arquitectnicas e arqueolgicas passveis de salvaguarda e valorizao;

  • Dirio da Repblica, 2. srie N. 57 22 de Maro de 2011 13479

    b) As obras de edificao estejam condicionadas s caractersticas fsicas das parcelas de terreno (geolgicas, topogrficas, configurao geomtrica da parcela, nveis freticos, segurana de edificaes en-volventes e interferncia na funcionalidade das infra -estruturas) ou do espao envolvente;

    c) As edificaes que sejam objecto de obras de reconstruo, alte-rao, ampliao ou alterao de uso, quando localizadas em reas a preservar e que no impliquem uma modificao profunda da edificao original.

    9 Para qualquer caso em que a Cmara Municipal entenda que o projecto possa revelar impacte no espao urbano, quer ao nvel de infra -estruturas, quer na circulao e estacionamento automvel, pode ser exigida a apresentao de um estudo de trfego.

    SECO III

    Sistema urbano

    Artigo 22.Hierarquia da rede urbana

    No concelho de Vila Real distinguem -se trs nveis de aglomerados, em funo da dotao de equipamentos para prestao de servios comunidade:

    a) Nvel 1 cidade de Vila Real;b) Nvel 2 Abaas, Arrabes, Borbela, Guies, Justes, Sanguinhedo,

    Vendas, Vila Seca/Gravelos e Vila Marim;c) Nvel 3 restantes aglomerados.

    SECO IV

    Plano Intermunicipal do Alto Douro Vinhateiro (PIOT -ADV)

    Artigo 23.Regime

    1 Nas reas geogrficas qualificadas como solo rural no interior do permetro do ADV, so interditos os seguintes actos:

    a) Destruio e obstruo das linhas de drenagem natural;b) Instalao de povoamentos florestais de folhosas de crescimento

    rpido e a introduo de espcies faunsticas ou florsticas exticas, nos termos da legislao em vigor;

    c) Alterao da morfologia das margens ao longo de todos os cursos de gua e destruio parcial ou total da vegetao lenhosa ribeirinha;

    d) Actividade industrial extractiva, e a instalao de indstrias po-luentes ou de novas exploraes de inertes;

    e) Qualquer actividade que comprometa a qualidade do ar, da gua ou do solo, nomeadamente o depsito de resduos slidos, sucatas, de inertes e de materiais de qualquer natureza, ou o lanamento de efluentes sem tratamento prvio adequado, de acordo com as normas legais em vigor;

    2 Na rea geogrfica e administrativa do PIOT -ADV, a autorizao ou o licenciamento para a prtica dos actos abaixo enumerados deve ser precedida do parecer vinculativo da entidade com tutela sobre o Patri-mnio Classificado ou em vias de classificao implicando a suspenso dos prazos legalmente estabelecidos:

    a) Construo, reconstruo ou alterao de edificaes;b) Instalao de novas unidades industriais ou ampliao de unidades

    existentes;c) Construo e ampliao de vias de comunicao;d) Atravessamento de linhas areas de conduo de energia ou tele-

    comunicaes e instalao de centros produtores de energia;e) Instalao de estaleiros;f) Instalao de sinaltica publicitria, que deve reduzir -se ao m-

    nimo indispensvel para promoo de produtos, locais ou actividades da regio;

    g) Plantao de matas, bem como derrube e corte de rvores e des-truio do coberto vegetal e do solo arvel quando no integrado em prticas agrcolas devidamente licenciadas;

    h) Limpeza das linhas de gua, incluindo as galerias ripcolas;i) Concesso de zonas de caa;j) Arranque da vinha, bem como a plantao/replantao de vinhas,

    olivais e amendoais;l) Destruio de muros pr e ps -filoxera;m) Intervenes no patrimnio cultural.

    3 A utilizao do solo rural da rea abrangida pelo PIOT para plantao ou replantao de vinha deve ser apreciada tendo em conta as dimenses da parcela e da explorao vitcola, o declive, os sistemas de armao do terreno existentes, os solos e a existncia, ou proximidade, de valores patrimoniais.

    4 A utilizao do solo referida no nmero anterior deve respeitar os seguintes parmetros e condicionamentos:

    a) A plantao de vinha em parcelas com rea superior a 5 hectares ou com declive superior a 20 %, obriga apresentao de um estudo de sistema de drenagem de acordo com a armao do terreno;

    b) A plantao de uma parcela que resulte numa mancha contnua de vinha superior a 10 hectares, no mesmo sistema de armao do terreno, obriga instalao de bordaduras nas estradas de acesso e ou de trabalho;

    c) Para a plantao de uma parcela numa explorao com rea contnua de vinha, no mesmo sistema de armao do terreno, superior a 15 hec-tares, quando estiverem em causa sistemas de drenagem tradicionais ou outros valores patrimoniais, deve ser requerida a elaborao de um plano de gesto para o conjunto da explorao;

    d) A plantao de vinha em encostas com declive superior a 50 % interdita, salvo quando a parcela de destino, includa nos espaos naturais ou nos espaos agrcolas, estiver ocupada por vinha ou olival armado com muros, ou, ainda, por mortrios, que ter de ser efectuada em micro-patamares, mantendo os muros de suporte, ou ainda quando a utilizao anterior da parcela seja olival, amendoal ou outras culturas, caso em que poder ser efectuada em patamares estreitos ou micropatamares;

    e) A plantao de vinha em encostas com declive compreendido entre 40 % e 50 % poder ser efectuada em patamares estreitos ou micropata-mares, salvo quando a parcela de destino, includa nos espaos naturais ou nos espaos agrcolas, estiver ocupada por vinha ou olival armado com muros ou, ainda, por mortrios, que ter de ser efectuada em patamares estreitos ou micropatamares, mantendo os muros de suporte;

    f) A plantao de vinha em encostas com declive inferior a 40 % no tem restries, salvo quando a parcela de destino, includa nos espaos naturais ou nos espaos agrcolas, estiver ocupada por vinha ou olival armado com muros ou, ainda, por mortrios, que ter de ser plantada em patamares estreitos ou micropatamares, mantendo os muros de suporte;

    g) A plantao de vinha ao alto s poder ser efectuada em encostas ou parcelas com declive inferior a 40 %, salvo na Unidade de Paisagem Extremadouro, onde o limite mximo de 30 %.

    SECO V

    Plano de Ordenamento do Parque Natural do Alvo (POPNAL)

    Artigo 24.Regime

    1 Na rea de interveno do POPNAL, identificada na Planta de Ordenamento Qualificao do Solo, aplicam -se supletivamente s disposies estabelecidas no presente regulamento, as disposies constantes no regulamento do POPNAL, publicado pela resoluo do Conselho de ministros n. 62/2008, de 7 de Abril, para a ocupao, o uso e a transformao do solo e ainda o regime de proteco para as respectivas reas de proteco identificadas na sua Planta de Sntese.

    2 O disposto no ponto anterior ser observado para qualquer pos-terior alterao ou reviso do POPNAL

    CAPTULO IV

    Qualificao do solo ruralArtigo 25.

    IdentificaoEm funo do uso dominante, consideram -se as seguintes categorias

    e subcategorias de espaos:a) Espaos agrcolas e florestais:i) Espaos agrcolas;ii) Espaos florestais;iii) Espaos agro -florestais.

    b) Espaos naturais;c) Espaos culturais:i) Santurio de Panias;ii) reas de vocao religiosa.

    d) Espaos de equipamentos e infra -estruturas especiais.

  • 13480 Dirio da Repblica, 2. srie N. 57 22 de Maro de 2011

    SECO IDisposies comuns

    Artigo 26.Medidas de defesa contra incndios

    Todas as construes, infra -estruturas, equipamentos e estruturas de apoio enquadrveis no regime de construo previsto para as categorias de espaos inseridas no Solo Rural, tero de cumprir as Medidas de Defesa contra Incndios Florestais definidas no quadro legal em vigor e previstas no Plano Municipal de Defesa da Floresta contra Incndios, bem como as definidas neste regulamento, designadamente:

    a) A construo de edificaes para habitao, comrcio, servios e indstria interdita nos terrenos classificados no Plano Municipal de Defesa da Floresta contra Incndios com risco de incndio elevado ou muito elevado, sem prejuzo das infra -estruturas definidas nas redes regionais de defesa da floresta contra incndios;

    b) Os proprietrios das reas florestais tm de assegurar e manter uma faixa de proteco e defesa no seu prdio, com largura no inferior a 50 m, s edificaes existentes;

    c) As novas edificaes no solo rural tm de incluir, na prpria dimen-so do prdio, a rea necessria ao estabelecimento da faixa obrigatria de proteco e defesa contra Incndios Florestais, de acordo com o es-tabelecido no PMDFCI, ao longo de toda a envolvente das edificaes, equipamentos ou estruturas a construir;

    d) A faixa de Proteco contra Incndios Florestais constar de uma faixa de interrupo de combustvel florestal com a largura mnima de 10 m, na envolvente mais prxima das edificaes, constituda por material inerte no impermevel ou por revestimento vegetal de herb-ceas, e de uma faixa de reduo de combustvel, de largura conforme estabelecido no PMDFCI, onde a propagao do fogo retardada atra-vs da manuteno da descontinuidade vertical e horizontal do estrato arbustivo e arbreo pelo distanciamento obrigatrio de 3 a 5 m entre os exemplares e a manuteno da limpeza da cobertura do solo.

    SECO IIEspaos agrcolas e florestais

    Artigo 27.Definio e usos dominantes

    1 Em funo da sua aptido os espaos agrcolas e florestais esto divididos nas seguintes subcategorias:

    a) Espaos agrcolas: reas de vocao dominante para as actividades agrcolas integrando os solos de RAN e terrenos agrcolas comple-mentares;

    b) Espaos florestais: reas de aptido florestal onde, para alm de outras, se incluem as reas integradas em permetros florestais;

    c) Espaos agro -florestais: reas onde os usos agrcolas e florestais se equilibram em termos de ocupao do espao.

    2 Os solos integrados nestes espaos no podem ser objecto de quaisquer aces que diminuam ou destruam as suas potencialidades, salvo as enquadradas nas excepes estabelecidas na lei geral e as pre-vistas no presente Regulamento, consideradas compatveis com o uso dominante, bem como as definidas no Plano Regional de Ordenamento Florestal do Douro.

    Artigo 28.Excepes ao uso dominante

    1 Consideram -se compatveis com o uso dominante as instalaes, as obras, os usos e as actividades seguintes:

    a) Instalaes de apoio s actividades agrcola, pecuria e florestal, com ou sem componente habitacional;

    b) Alterao, conservao, ampliao e construo de edificaes habitacionais;

    c) Equipamentos que visem usos de interesse pblico e infra--estruturas;

    d) Empreendimentos tursticos, de recreio e lazer;e) Instalaes especiais, nomeadamente as afectas explorao de

    recursos geolgicos, parques elicos, aproveitamentos hidroelctricos ou hidroagrcolas, aterros de resduos inertes e estaes de servio e de abastecimento de combustvel localizadas em zona adjacente aos canais rodovirios.

    2 As construes, usos ou actividades compatveis s so auto-rizadas nas condies definidas nos artigos seguintes desta seco e

    desde que sem prejuzo do estabelecido na seco I do captulo VII do presente Regulamento, referentes estrutura ecolgica municipal em solo rural, e ainda:

    a) No afectem negativamente a rea envolvente sob o ponto de vista paisagstico, de salubridade e funcional;

    b) Seja assegurada pelos interessados a execuo e manuteno de todas as infra -estruturas necessrias, podendo constituir motivo de in-viabilizao da construo a impossibilidade ou a inconvenincia da execuo de solues individuais para as infra -estruturas.

    Artigo 29.Instalaes de apoio actividade agrcola, pecuria e florestal1 A construo de instalaes de apoio actividade agrcola apenas

    permitida nos espaos agrcolas e agro -florestais e desde que a rea bruta de construo total do assento de lavoura no exceda um ndice de utilizao de 0,05, relativamente rea da explorao.

    2 A construo de instalaes agro -industriais apenas permitida nos espaos agrcolas e agro -florestais e desde que:

    a) A rea coberta no exceda 15 % da rea da parcela;b) Seja garantido, um afastamento mnimo de 200 metros aos limites

    dos aglomerados urbanos, bem como a edificaes com funes resi-denciais, existentes ou licenciadas.

    3 A construo de instalaes cobertas destinadas criao e abrigo de animais apenas permitida nos espaos agrcolas e agro -florestais no podendo a rea bruta ser superior a 1200 m2 e desde que seja garantido, a contar dos limites do local de permanncia dos animais, um afastamento mnimo de 200 metros aos limites dos aglomerados urbanos, bem como a edificaes com funes residenciais, existentes ou licenciadas, salvo para o caso de pocilgas ou avirios em que essa distncia ser de 400 metros.

    4 Nos espaos agro -florestais e florestais permite -se a construo de instalaes para armazenagem de produtos florestais, desde que no ocupem uma rea coberta superior a 1,5 % da rea total da explorao e no ultrapassem os 6 metros de crcea, salvo se por razes de ordem tcnica devidamente justificada.

    Artigo 30.Edificaes habitacionais

    1 Admite -se a ampliao de edificaes habitacionais pr -existentes at 50 % da rea da construo existente, no podendo a crcea ultra-passar os dois pisos e a rea de solo impermeabilizada pelas novas construes ou equipamentos de lazer complementares no exceder 10 % da rea total da parcela.

    2 So permitidas novas construes para fins habitacionais, excepto nos espaos florestais, desde que se trate de uma moradia unifamiliar com crcea no superior a dois pisos e seja servida por via pblica, com uma frente mnima de 20 metros de terreno.

    Artigo 31.Empreendimentos tursticos, de recreio e lazer

    1 Permitem -se construes para empreendimentos tursticos e empreendimentos de recreio e lazer que obtenham a declarao de interesse para o turismo, de acordo com o legalmente estabelecido e desde que a crcea no seja superior a trs pisos, excepto para o caso de estabelecimentos hoteleiros, que sero analisados caso a caso;

    2 No caso de turismo em espao rural e turismo de habitao permite -se a reabilitao das construes existentes e a sua ampliao em mais 50 % da rea da construo existente, devendo a crcea no ultrapassar os dois pisos e a rea de solo impermeabilizada pelas novas construes ou equipamentos de lazer complementares no exceder 10 % da rea total da parcela.

    3 Permitem -se empreendimentos tursticos, de recreio e lazer associados ao aproveitamento das condies naturais dos solos rurais e no enquadrados no n. 1 do presente artigo, desde que sujeitos a Plano de Pormenor e no sejam postos em causa os valores naturais e paisagsticos do local.

    4 Em edifcios existentes ou a construir para o efeito admite -se a instalao de usos comerciais e de servios, nomeadamente de restau-rao e bebidas, nos termos do n. 2 do artigo 28., quando se tratar de novas construes.

    Artigo 32.Equipamentos e infra -estruturas de interesse pblico

    Admite -se a construo de equipamentos que visem usos de interesse pblico, conforme definido no artigo 5. e nas condies estabelecidas no n. 2 do artigo 28., bem como infra -estruturas pblicas, nomeadamente, redes de gua, saneamento, electricidade, telefones, gs e rodovias.

  • Dirio da Repblica, 2. srie N. 57 22 de Maro de 2011 13481

    Artigo 33.Instalaes especiais

    1 As instalaes especiais permitidas a ttulo excepcional s so autorizadas desde que no ponham em causa valores arqueolgicos ou sistemas ecolgicos fundamentais, para alm do cumprimento escrupuloso do estabelecido na lei geral e especfica, aplicvel a cada situao.

    2 As novas exploraes de massas minerais apenas so licencia-das nas reas de recursos geolgicos, conforme delimitao constante da Planta de Ordenamento Qualificao do Solo, e nas condies estabelecidas na seco III do captulo VII do presente Regulamento admitindo -se, fora destes permetros, apenas a ampliao de exploraes j licenciadas e desde que no excedendo 30 % da rea licenciada.

    SECO III

    Espaos naturais

    Artigo 34.Caracterizao

    Nos espaos naturais, identificados na Planta de Ordenamento Qua-lificao do Solo e no anexo II a este Regulamento, do qual parte integrante, pretende -se fundamentalmente acautelar as intervenes susceptveis de impactes na paisagem e nos ecossistemas, promovendo o estado de conservao favorvel dos valores naturais existentes, in-tegrando as reas de ambiente natural identificadas na rea do Parque Natural do Alvo, o Bitopo do Maro, os habitats naturais e semi--naturais identificados no stio Alvo -Maro PTCON0003, e as al-bufeiras existentes.

    Artigo 35.Regime

    Sem prejuzo do disposto no artigo 23. para as reas integradas no PIOT -ADV, do disposto no Plano de Ordenamento do PNA, no Plano Sectorial da Rede Natura 2000 e no Plano Regional de Ordenamento da Florestal do Douro, aos espaos naturais aplica -se o seguinte regime:

    1 So interditos os seguintes actos:a) Destruio e obstruo das linhas de drenagem natural;b) Instalao de povoamentos florestais de folhosas de crescimento

    rpido e introduo de espcies faunsticas ou florsticas exticas;c) Alterao da morfologia das margens ao longo dos cursos de gua

    e destruio parcial ou total da vegetao lenhosa ribeirinha;d) Qualquer actividade que comprometa a qualidade do ar, da gua ou

    do solo, nomeadamente depsitos de resduos slidos, sucatas, de inertes e de materiais de qualquer natureza ou o lanamento de efluentes sem tratamento prvio adequado de acordo com as normas em vigor;

    e) Ampliao de edifcios excepto os que se integrem nas condies definidas no n. 1 do artigo 30. do presente Regulamento;

    f) Construo de novas edificaes, com excepo de instalaes de apoio actividade agrcola nas condies do n. 1 do artigo 29., e s destinadas criao e abrigo de animais nos termos do estabelecido no n. 3 do artigo 29.;

    g) Construo de unidades industriais.

    2 So condicionados ao parecer da entidade de tutela as autoriza-es ou licenciamentos para a prtica dos seguintes actos:

    a) Implantao das construes previstas na excepo referida na alnea f) e g) do nmero anterior;

    b) Construo e ampliao de vias de comunicao;c) Execuo de infra -estruturas pblicas;d) Instalao de parques elicos;e) Instalao de empreendimentos de turismo em espao rural, turismo

    de habitao e de turismo da natureza;f) Plantao de matas, bem como derrube e corte de rvores e des-

    truio do coberto vegetal e do solo arvel quando no integrado em prticas agrcolas devidamente licenciadas;

    g) Actividade industrial extractiva e instalao de indstrias poluentes ou de novas exploraes de recursos geolgicos.

    SECO IV

    Espaos culturais

    Artigo 36.Caracterizao e regime

    1 Os espaos culturais englobam as seguintes categorias de espaos:a) Santurio de Panias;b) reas de vocao religiosa.

    2 A rea afecta ao Santurio de Panias corresponde zona classificada, sendo aplicvel o estabelecido na lei, nomeadamente no que respeita gesto do stio e s aces de prospeco e pesquisa arqueolgica, e o disposto na seco V do captulo VII do presente Regulamento.

    3 As reas de vocao religiosa, identificados na Planta de Orde-namento Qualificao do Solo e no anexo III do presente Regula-mento, correspondem a stios ou locais, no includos em permetros urbanos, normalmente de uso pblico, abrangendo, por vezes, elementos edificados de valor patrimonial, onde ocorrem actividades religiosas e culturais.

    4 Nas reas de vocao religiosa admitem -se as obras inerentes sua manuteno, construes necessrias de apoio ao seu uso e utilizao colectiva das reas livres, como instalaes sanitrias, pequenos quiosques, bares, esplanadas e coretos, podendo ainda ser complementadas com instalaes aligeiradas de apoio des-portivas, de recreio e lazer e onde condicionada a circulao automvel.

    SECO V

    Espaos de equipamentos e infra -estruturas especiais

    Artigo 37.Definio

    Os espaos de infra -estruturas e equipamentos especiais correspondem s reas e aos corredores activados ou a activar para:

    a) Rede rodoviria;b) Rede ferroviria;c) Outros equipamentos e infra -estruturas;

    SUBSECO I

    Rede rodoviria

    Artigo 38.Hierarquia viria

    1 A rede rodoviria constituda pela rede nacional e a rede mu-nicipal fundamental.

    2 A rede rodoviria nacional integra as vias includas no Plano Rodovirio Nacional, sendo constituda pelos troos existentes e pre-vistos do IP4, IP3/A24, EN322 e ER304 e A4/IP4 Amarante -Vila Real e ainda as restantes estradas nacionais enquanto estas no forem desclassificadas.

    3 A rede rodoviria municipal fundamental integra as antigas estra-das nacionais, as estradas e caminhos municipais e ainda as restantes vias municipais no classificadas que desempenham um papel estruturante na organizao da circulao viria e dos transportes.

    Artigo 39.Regime

    1 s vias da rede rodoviria nacional e municipal classificadas, existentes e previstas, aplica -se o estipulado na legislao geral e espec-fica em vigor em relao ao seu uso e ocupao e demais caractersticas, nomeadamente no que respeita s zonas de proteco non -aedificandi e acessos marginais.

    2 Nas vias existentes ou propostas e no includas nos tipos a que se refere o n. 1 do presente artigo, aplica -se o estipulado na legis-lao geral e especfica em vigor para as estradas municipais, com as necessrias adaptaes, passando a zona de proteco non -aedificandi a ser constituda por uma faixa de 6 metros contados a partir do eixo da via.

    SUBSECO II

    Rede ferroviria

    Artigo 40.Caracterizao e regime

    A rede ferroviria constituda pelos troos da linha do Corgo que cruzam o territrio municipal, integrando o troo em funcionamento e o troo desactivado aos quais se aplica o estipulado na legisla-o geral e especfica em vigor em matria de zona de proteco non aedificandi.

  • 13482 Dirio da Repblica, 2. srie N. 57 22 de Maro de 2011

    SUBSECO III

    Outros equipamentos e infra -estruturas

    Artigo 41.Caracterizao e regime

    1 Os espaos destinados a infra -estruturas e equipamentos de usos especiais integram as reas afectas ou a afectar a infra -estruturas de transportes, de comunicaes, de energia elctrica, de gs, de abasteci-mento de gua e drenagem de esgotos, bem como os espaos destinados a aerdromo, heliporto, ajudas -rdio navegao area, subestaes elc-tricas, estaes de tratamento de gua, estaes de tratamento de guas residuais e de resduos slidos, aplicando -se a cada uma o estipulado na legislao geral e especfica em vigor, designadamente em matria de zonas non -aedificandi e de proteco, quando for o caso.

    2 Estes espaos so vedados e geridos pelas entidades competentes no se admitindo neles edificaes que no sejam adstritas aos usos e utilizaes actuais.

    CAPTULO V

    Qualificao do solo urbano

    SECO I

    Solos urbanizados

    Artigo 42.Categorias de espaos

    Para efeitos do disposto no presente Regulamento, distinguem -se as seguintes categorias de espaos:

    a) reas predominantemente habitacionais;b) reas de comrcio e servios;c) reas de equipamentos estruturantes;d) reas industriais e empresariais.e) Espaos canal em solo urbano

    SUBSECO I

    reas predominantemente habitacionais

    Artigo 43.Subcategorias

    As reas predominantemente habitacionais correspondem a zonas mistas existentes ou previstas com predominncia da funo residencial, onde so permitidas actividades complementares e ainda os usos comer-ciais e de servios, desde que compatveis com a funo dominante, de acordo com o disposto no artigo 12. deste Regulamento e esto divididas nas seguintes subcategorias:

    a) reas de interesse patrimonial;b) reas consolidadas com dominncia de habitao unifamiliar;c) reas consolidadas com dominncia de habitao colectiva.

    DIVISO I

    reas de interesse patrimonial

    Artigo 44.Caracterizao e regime

    1 Consideram -se reas de interesse patrimonial os ncleos pri-mitivos dos aglomerados identificados na Planta de Ordenamento--Qualificao do Solo e na listagem do anexo I deste Regulamento, do qual parte integrante, que so representativos da arquitectura tradicional e que pelo facto de se encontrarem ainda razoavelmente preservados justificam o estabelecimento de medidas especiais que promovam a sua requalificao e promoo.

    2 Para estes ncleos, sem prejuzo da legislao geral aplicvel, do estabelecido em Planos de Pormenor em vigor ou dos pareceres das entidades competentes, nomeadamente para os ncleos includos no Parque Natural do Alvo, adoptam -se os seguintes princpios:

    a) So expressamente proibidas todas as actividades incompatveis com a habitao, nomeadamente indstrias poluentes ou actividades

    que necessitem de infra -estruturas incompatveis com a rede urbana em presena;

    b) A alterao de usos para fins que no habitacionais s permitida desde que contribua para viabilizar a preservao do objecto de salva-guarda e garantam a afectao de 50 % do total da sua rea de pavimentos para habitao, ou, caso contrrio, se destinem a usos de interesse pblico ou tursticos, ou sejam essenciais para a revitalizao da vida local;

    c) No so permitidas demolies de edifcios, salvo nos casos que ofeream manifesto perigo para a segurana de pessoas e bens ou nas situaes previstas na alnea f) do presente nmero deste artigo;

    d) Quando autorizada, a demolio deve ser precedida de levanta-mento arquitectnico e fotogrfico exaustivo, devendo, no caso de nova edificao ou reconstruo, respeitar -se a traa do edifcio pr -existente;

    e) No permitido ocupar com edifcios ou corpos edificados jardins, quintais ou logradouros;

    f) Poder a Cmara Municipal obrigar demolio ou remoo de qualquer elemento ou parte de edifcio que venha a ser considerado lesivo da sua integridade e valor patrimonial;

    g) s novas construes, bem como s obras de ampliao e re-construo de edifcios, ainda aplicvel o disposto no artigo 46. do presente Regulamento.

    DIVISO II

    reas consolidadas com dominncia de habitao unifamiliar

    Artigo 45.Caracterizao

    1 As reas consolidadas com dominncia de habitao unifamiliar subdividem -se em:

    a) Tipo HU 1;b) Tipo HU 2.

    2 As reas predominantemente habitacionais com dominncia de tipologia de edifcios de habitao unifamiliar do tipo HU 1 correspon-dem aos ncleos primitivos da formao de determinados lugares, com predominncia de habitao unifamiliar em banda, com as fachadas confrontando com o espao pblico, configurando, generalizadamente, reas urbanas com deficincias ao nvel da circulao e estacionamento.

    3 As reas predominantemente habitacionais com dominncia de habitao unifamiliar do tipo HU 2 correspondem a reas com pre-dominncia de habitao unifamiliar isolada, geminada ou em banda, integradas em operaes de loteamentos ou obedecendo a orientaes de integrao urbana, nomeadamente pelo cumprimento de alinha-mentos, tipologias e crceas dominantes e, dominantemente, dispondo de logradouro fronteiro, com muro de vedao confrontando com o espao pblico.

    Artigo 46.Edificabilidade para o tipo HU 1

    1 Nas reas de habitao unifamiliar do tipo HU 1, as intervenes a levar a efeito devem ter como regra a conservao e reabilitao dos elementos com valor patrimonial ou que sejam caracterizadores de uma identidade e histria do stio, privilegiando ainda as aces de requalifi-cao do espao pblico e remoo dos elementos dissonantes.

    2 As regras de edificabilidade respeitantes construo de novos edifcios so as estabelecidas para cada caso concreto pela Cmara Municipal, tendo presente a correcta relao com os edifcios vizinhos preexistentes a manter, nomeadamente no respeito pela moda da cr-cea dos edifcios da frente urbana respectiva e da confrontante e no estabelecimento de alinhamentos que contribuam para a valorizao do espao pblico.

    3 A impermeabilizao resultante de ampliaes de edifcios exis-tentes ou novos edifcios na rea afecta ao logradouro de um prdio onde j exista edificao no pode ser superior a 10 % da rea total do logradouro, privilegiando -se sempre a preservao da vegetao arbrea e arbustiva existente.

    Artigo 47.Edificabilidade para o tipo HU 2

    1 As obras de construo ou as intervenes nos edifcios existentes a levar a efeito, subordinam -se s seguintes disposies:

    a) Cumprimento dos alinhamentos dominantes da frente urbana res-pectiva, quer para os edifcios, quer para as frentes do lote confinantes com o espao pblico;

  • Dirio da Repblica, 2. srie N. 57 22 de Maro de 2011 13483

    b) A crcea ser a da moda na frente urbana respectiva, e, no caso de novas frentes, no pode ultrapassar os 3 pisos acima do solo, com excepo dos aglomerados inseridos no interior do POPNAL, nos quais no pode ultrapassar os 2 pisos;

    c) Os tipos de moradia admitidos (isoladas, geminadas ou em banda) so os dominantes nos prdios contguos da frente urbana onde se localizam ou os definidos em PMOT ou operaes de loteamento apro-vadas.

    2 Exceptuam -se da alnea b) do nmero anterior os casos em que a moda da crcea de 1 piso acima do solo, admitindo -se uma crcea mxima de dois pisos, excluindo os aglomerados inseridos no interior do POPNAL, nos quais ser sempre respeitada a moda da crcea.

    3 No caso da construo de novos edifcios no resultantes de operao de loteamento ou ampliao dos edifcios existentes, a rea de impermeabilizao, sem prejuzo do cumprimento dos alinhamentos dominantes, no pode ser superior a 60 % da rea total do prdio.

    4 No caso de operao de loteamento, o ndice de utilizao bruto ser de 0,45 e a rea mxima de impermeabilizao de 50 % da rea total do terreno objecto de loteamento.

    DIVISO III

    reas consolidadas com dominncia de habitao colectiva

    Artigo 48.Caracterizao e objectivos

    Estas reas correspondem s zonas da cidade de maior densidade construtiva, dominantemente caracterizadas por edifcios de habitao colectiva ou de uso misto, resultantes de intervenes que tiveram por base, sobretudo, critrios quantitativos e que, nalguns casos, evidenciam a ausncia de relao com a envolvente, quer ao nvel da estrutura e da continuidade dos sistemas de espaos colectivos e da morfologia, quer quanto imagem urbana, pretendendo -se a realizao de intervenes que possibilitem uma melhor integrao destas reas na Cidade.

    Artigo 49.Usos

    1 Estas reas destinam -se, essencialmente, ao uso habitacional, compreendendo ainda as actividades tursticas, de comrcio e servios, as quais, nos casos de edifcios com habitao, s podem instalar -se no piso trreo e no imediatamente superior e desde que o acesso aos pisos de habitao, a partir do exterior do edifcio, seja independente.

    2 Nestas reas apenas se admitem indstrias do tipo 3 e actividades de armazenagem, desde que compatveis com o uso habitacional.

    Artigo 50.Edificabilidade

    1 Na ampliao ou na construo de novos edifcios, deve dar -se cumprimento aos alinhamentos que a Cmara Municipal considere como os necessrios ao reperfilamento ou correco de traado do espao e vias pblicas existentes e ao reordenamento urbanstico da zona da cidade abrangida pela interveno, podendo, a Cmara Municipal, para cada situao especfica, impor limites de crcea justificados por razes de integrao urbanstica com os edifcios e zonas envolventes.

    2 As novas construes, bem como obras de ampliao de edif-cios, devero ser sempre orientadas de forma a harmonizarem -se com as caractersticas dominantes do conjunto onde se inserem, respeitando, na ausncia de alinhamentos e crcea definidos pela Cmara Municipal, as caractersticas morfolgicas e tipolgicas desse conjunto, designadamente:

    a) O alinhamento dominante da frente urbana ou do conjunto onde se integra o prdio objecto da interveno;

    b) A moda da crcea da frente urbana ou do conjunto onde se integra o prdio objecto da interveno;

    c) A tipologia construtiva dominante da frente urbana ou do conjunto onde se integra o prdio objecto da interveno.

    3 Nos casos previstos nos nmeros anteriores, os parmetros de edificabilidade no podem exceder os seguintes valores:

    a) Tipo RC1: crcea de 5 pisos ou 16 metros; ndice de utilizao de 0,9; rea de impermeabilizao de 0,70 da rea do prdio;

    b) Tipo RC2: crcea de 6 pisos ou 19 metros; ndice de utilizao de 1,1; rea de impermeabilizao de 0,70 da rea do prdio.

    4 Exceptuam -se do nmero anterior as situaes de colmatao, nas quais as novas construes ou ampliaes de edifcios existentes

    respeitam os alinhamentos dos edifcios contguos e estabelecem a articulao volumtrica desses mesmos edifcios.

    5 As operaes urbansticas devem privilegiar solues de conti-nuidade dos espaos de utilizao colectiva, promovendo a integrao destas reas na Cidade, podendo a Cmara Municipal, para cumprimento deste objectivo, condicionar o seu licenciamento obrigatoriedade do acordo ou da associao entre proprietrios contguos para a promoo dessas mesmas operaes.

    SUBSECO II

    reas de comrcio e servios

    Artigo 51.Caracterizao e regime

    As reas de comrcio e servios correspondem a unidades exclusi-vamente de comrcio e servios, onde no so admitidos os usos habi-tacional e industrial com excepo das situaes de reconverso total da ocupao actual, caso em que os novos usos e ocupaes do solo respeitaro aos estabelecidos no artigo 50. do presente Regulamento e respeitando os seguintes parmetros urbansticos:

    a) ndice de utilizao: inferior ou igual a 0,6;b) Nmero mximo de pisos: 4

    SUBSECO III

    reas de equipamentos estruturantes existentes

    Artigo 52.Caracterizao e regime

    1 As reas de equipamentos estruturantes existentes destinam -se exclusivamente instalao de equipamento de interesse e utilizao colectiva.

    2 Nestas reas permitem -se obras de ampliao e reconstruo, sem prejuzo da legislao aplicvel a imveis classificados e edifcios pblicos ou ao disposto em Plano de Pormenor ou Plano de Urbanizao em vigor, desde que seja garantida a correcta integrao urbana, nome-adamente quanto volumetria, alinhamentos e compatibilidade de usos com a ocupao envolvente, seja garantida a satisfao do estaciona-mento necessrio actividade gerada e o ndice de utilizao resultante do eventual acrscimo de edificabilidade no seja superior a 0,8.

    3 A alterao integral dos usos actuais s pode concretizar -se me-diante a elaborao de Plano de Pormenor e desde que os usos a instalar sejam habitacionais ou compatveis com esta, nos termos do artigo 12., e seja garantida a correcta integrao urbana, nomeadamente quanto volumetria e alinhamentos, e a satisfao do estacionamento necessrio actividade gerada.

    SUBSECO IV

    reas industriais e empresariais existentes

    Artigo 53.Caracterizao e regime

    1 As reas industriais e empresariais existentes compreendem:a) reas industriais e empresariais a manter;b) reas industriais e empresariais a extinguir, subdivididas em

    tipo IE 1 e tipo IE 2;

    2 Nas reas industriais e empresariais a manter permite -se a col-matao dos espaos livres por novas unidades de acordo com o Plano de Pormenor ou projecto de loteamento j aprovado ou, caso no se verifique qualquer destas situaes, na observncia do estabelecido nas alneas a) e b) do artigo 57.

    3 Admite -se ainda nas reas industriais e empresariais a manter a instalao de servios, actividades comerciais, equipamentos e, eventu-almente, estabelecimentos hoteleiros, desde que seja garantida a correcta integrao urbana, nomeadamente quanto volumetria, alinhamentos e compatibilidade de usos com a ocupao envolvente e a satisfao do estacionamento necessrio actividade gerada.

    4 Nas reas industriais e empresariais a extinguir, aquando da reconverso da ocupao actual, admitem -se os usos e ocupaes es-tabelecidas no artigo 49. e respeitando os seguintes parmetros urba-nsticos:

    a) Tipo IE 1: ndice de utilizao inferior ou igual a 0,6 e crcea mxima de 3 pisos;

    b) Tipo IE 2: ndice de utilizao inferior ou igual a 0,6 e crcea mxima de 4 pisos.

  • 13484 Dirio da Repblica, 2. srie N. 57 22 de Maro de 2011

    SECO II

    Solos de urbanizao programada

    Artigo 54.Subcategorias de espaos

    Os solos de urbanizao programada correspondem a zonas de futuras urbanizaes e integram:

    a) reas de expanso predominantemente habitacional;b) reas de equipamentos estruturantes propostos;c) reas industriais e empresariais propostas.

    SUBSECO I

    reas de expanso predominantemente habitacional

    Artigo 55.Caracterizao e regime

    1 Nas reas de expanso predominantemente habitacional admitem--se funes residenciais, de comrcio e servios, tursticas, de equipa-mentos e lazer e actividades complementares.

    2 As reas de expanso predominantemente habitacional esto includas em unidades operativas de planeamento e gesto e sero exe-cutadas atendendo ao estabelecido nos artigos 84. e 85. do presente Regulamento.

    SUBSECO II

    reas de equipamentos estruturantes propostos

    Artigo 56.Regime

    1 As reas de equipamentos estruturantes propostos devem ser alvo de projecto especfico e garantiro o enquadramento urbano e paisagstico do conjunto, reas de aparcamento automvel de acordo com as necessidades inerentes ao uso definido e um ndice de utilizao no superior a 0,8.

    2 Enquanto no forem elaborados os projectos referidos no nmero anterior, nestas reas e sem prejuzo do uso actual, no so permitidas aces que comprometam a sua futura afectao, nomeadamente a execuo de quaisquer construes, alteraes topografia do terreno, destruio do solo vivo e do coberto vegetal, derrube de rvores e des-carga de lixo e entulho.

    3 A afectao a usos distintos dos previstos no Plano s pode concretizar -se mediante a elaborao de Plano de Pormenor e desde que os usos a instalar sejam habitacionais ou compatveis com esta, nos termos do artigo 12. e seja garantida a correcta integrao urbana, nomeadamente quanto volumetria e alinhamentos e seja garantida a satisfao do estacionamento necessrio actividade gerada.

    SUBSECO III

    reas industriais e empresariais propostas

    Artigo 57.Regime

    As reas industriais e empresariais propostas destinam -se instalao de actividades industriais, de armazenagem, tercirias e empresariais, admitindo -se ainda a instalao de equipamentos de apoio, de parques de sucata e de, eventualmente, estabelecimentos hoteleiros, desde que salvaguardadas as condies de segurana, salubridade e tranquilidade, tal como dispe a legislao especfica sobre esta matria e devem ser objecto de projecto de loteamento ou Plano de Pormenor, os quais devem ter como referncia as seguintes regras, sem prejuzo da demais legislao aplicvel:

    a) No interior de cada lote existe o espao necessrio ao movimento de cargas e descargas, bem como ao estacionamento prprio, sem prejuzo da normal fluncia de trfego nas vias pblicas;

    b) O ndice de utilizao no pode exceder 0,75 da rea do lote ou parcela;

    c) Todos os espaos que no sejam ocupados pelas instalaes ou arruamentos devem obrigatoriamente ser objecto de ajardinamento e arborizao, a qual ser formada por espcies de alto porte quando

    as instalaes se situarem em locais dominantes e de fcil visuali-zao;

    d) Enquanto no estiver elaborado o Plano de Pormenor ou projecto de loteamento podem ser licenciadas indstrias e armazns desde que os lotes tenham frente para a via pblica e seja dado cumprimento ao disposto nas alneas a) e b);

    e) Nestas reas admite -se que as instalaes a implantar possam englobar alojamento colectivo de pessoal ao servio ou de pessoal de vigilncia e segurana, no podendo a rea de construo para esse fim ultrapassar 100 m2 de rea de pavimentos.

    SECO III

    Estrutura ecolgica urbana

    Artigo 58.Identificao

    A estrutura ecolgica urbana corresponde s reas da estrutura ecol-gica municipal integradas nos permetros urbanos e engloba as reas e sistemas fundamentais para a proteco e valorizao ambiental do solo urbano encontrando -se subdivididas, de acordo com a funo especfica desses solos, em:

    a) reas de ambiente natural;b) reas verdes e de utilizao colectiva;c) reas verdes de proteco e salvaguarda;d) reas verdes de enquadramento;e) reas verdes mistas.

    SUBSECO I

    reas de ambiente natural

    Artigo 59.Caracterizao e regime

    s reas da estrutura ecolgica classificadas como reas de ambiente natural aplica -se o regime estabelecido no artigo 35. do presente Re-gulamento, relativo aos espaos naturais.

    SUBSECO II

    reas verdes e de utilizao colectiva

    Artigo 60.

    Caracterizao e regimes reas de estrutura ecolgica classificadas como reas verdes e de

    utilizao colectiva aplicam -se as seguintes disposies:a) Tm carcter de uso pblico e compreendem reas integradas no

    contnuo edificado, incluindo reas de ajardinamento formal e espaos dotados de equipamento de apoio ao recreio e lazer dos diferentes nveis etrios e reas exteriores malha urbana edificada, tendo como funo, para alm de apoio s actividades de recreio e lazer, garantir a continuidade dos ecossistemas naturais;

    b) Nas zonas referidas na alnea anterior admitem -se as obras ine-rentes sua manuteno, construes necessrias como apoio ao seu uso e vivificao, como instalaes sanitrias, pequenos quiosques, bar, esplanadas e coretos, podendo ainda ser complementadas com instalaes aligeiradas de apoio desportivas, de recreio e lazer e onde condicionada a circulao automvel.

    SUBSECO III

    reas verdes de proteco e salvaguarda

    Artigo 61.Caracterizao e regime

    1 s reas da estrutura ecolgica classificadas como reas verdes de proteco e salvaguarda, correspondem s reas mais sensveis do ponto de vista ecolgico onde se incluem os cursos de gua, margens, zonas adjacentes e as zonas escarpadas, com excepo das includas nas reas de ambiente natural.

    2 s reas verdes de proteco e salvaguarda aplica -se o regime estabelecido na seco I do captulo VII do presente Regulamento.

  • Dirio da Repblica, 2. srie N. 57 22 de Maro de 2011 13485

    3 Admitem -se ainda nestas reas as obras necessrias sua adap-tao a reas verdes e de utilizao colectiva, nos termos da alnea b) do artigo 60. do presente Regulamento e desde que no sejam postos em causa os sistemas ecolgicos em presena.

    SUBSECO IV

    reas verdes de enquadramento

    Artigo 62.Caracterizao e regime

    1 As reas da estrutura ecolgica qualificadas como reas Verdes de Enquadramento correspondem a reas de enquadramento dos prin-cipais elementos estruturantes dos aglomerados urbanos, como infra--estruturas virias e linhas de gua, ou respeitando a pequenas parcelas sem aptido para a edificao por razes essencialmente topogrficas ou paisagsticas.

    2 Nas reas Verdes de Enquadramento e sem prejuzo do uso actual e da legislao geral aplicvel, so interditas as seguintes actividades:

    a) O loteamento urbano;b) A descarga de entulho e a instalao de lixeiras, parques de sucata

    e depsitos de materiais de construo ou de combustveis;c) A destruio do solo vivo e do coberto vegetal e o derrube de

    rvores alm do estritamente indispensvel concretizao das obras referidas no nmero seguinte.

    3 Nas reas Verdes de Enquadramento admitem -se as obras ine-rentes a:

    a) Ampliao das edificaes pr -existentes at 0,5 vezes a rea bruta de construo existente e at ao mximo de 200 m2;

    b) Infra -estruturas pblicas, nomeadamente redes de gua, sanea-mento, electricidade, telefones, gs e rodovias;

    c) Projectos de valorizao ambiental ou paisagstica, a submeter a prvia aprovao da Cmara Municipal;

    d) Adaptao a reas Verdes e de Utilizao Colectiva, nos termos da alnea b) do artigo 60. do presente Regulamento.

    SUBSECO V

    reas verdes mistas

    Artigo 63.Caracterizao e regime

    1 As reas Verdes Mistas correspondem a espaos intermdios dos diversos ncleos urbanos, no integrados em RAN ou REN, onde ocorrem essencialmente actividades agro -florestais.

    2 Sem prejuzo da legislao geral aplicvel nem dos usos actuais, nas reas Verdes Mistas interditam -se as seguintes actividades:

    a) O loteamento urbano;b) A descarga de entulho e a instalao de lixeiras, parques de sucata

    e depsitos de materiais de construo ou de combustveis;c) A destruio do solo vivo e do coberto vegetal e o derrube de

    rvores, fora da normal actividade agrcola e florestal ou alm do estritamente indispensvel concretizao das obras referidas no n-mero seguinte.

    3 Nas reas verdes mistas admitem -se as obras inerentes a:a) Ampliao das edificaes pr -existentes at 0,5 vezes a rea bruta

    de construo existente e at ao mximo de 200 m2;b) Construes com fins de usos de interesse pblico, conforme

    definido no presente regulamento, ou para empreendimentos tursticos, desde que o ndice de utilizao no seja superior a 0,2, a rea de solo

    impermeabilizada seja igual ou inferior a 0,1 e a crcea no ultrapasse os 2 pisos ou 7 metros;

    c) Uma habitao unifamiliar em parcela que possua uma rea m-nima igual ou superior a 5000 m2, excepto nos casos de colmatao entre construes de habitao existentes, devidamente licenciadas e distanciadas entre si menos de 70 metros, e acesso a partir de caminho pblico existente;

    d) Infra -estruturas pblicas, nomeadamente redes de gua, sanea-mento, electricidade, telefone, gs e rodovias;

    e) Projecto de valorizao ambiental ou paisagstica a submeter a prvia aprovao da Cmara Municipal.

    SECO IV

    Rudo

    Artigo 64.Caracterizao e regime

    1 O zonamento acstico, decorrente do Mapa de Rudo elabo-rado para o concelho, encontra -se definido na Planta de Ordenamento--Zonamento Acstico.

    2 O zonamento acstico do solo urbano compreende as seguintes zonas:

    a) Zonas Sensveis;b) Zonas Mistas.

    3 s zonas definidas aplica -se o estabelecido na legislao espe-cfica em vigor.

    4 Nas zonas mistas integradas na envolvente de 50 metros das zo-nas sensveis no se admite o licenciamento de actividades susceptveis de produzirem um rudo nocturno superior a 50 dB tendo, as existentes nestas condies, que adoptar as medidas minimizadoras tendentes ao cumprimento deste requisito.

    CAPTULO VI

    Espaos canal em solo urbano

    Artigo 65.Definio e regime

    1 Os espaos canal em solo urbano correspondem aos corredores activados ou a activar da:

    a) Rede rodoviria nacional no atravessamento dos aglomerados urbanos;

    b) Rede ferroviria no atravessamento dos aglomerados urbanos;c) A rede viria urbana da cidade Vila Real.

    2 s vias da rede rodoviria nacional classificadas, existentes e previstas, nos troos que atravessam os permetros urbanos aplica -se o estipulado na legislao geral e especfica em vigor em relao s zonas de proteco non -aedificandi e acessos marginais.

    3 rede ferroviria nos troos que atravessam os permetros ur-banos, aplica -se o estipulado na legislao geral e especfica em vigor em matria de zona de proteco non -aedificandi.

    4 A rede viria urbana da cidade de Vila Real est dividida em sistema primrio, sistema secundrio e vias de acesso local.

    5 s vias da rede viria da cidade de Vila Real, na ausncia de alinhamentos j definidos ou previstos em Planos de Pormenor, aplica -se o estabelecido no quadro seguinte:

    Nvel 1. nvel 2. nvel 3. nvel

    Designao da rede viria . . . . . . . . . . . . . Sistema primrio. Sistema secundrio. Vias de acesso local.Recomendaes particulares . . . . . . . . . . . Implementao de medidas de

    minimizao de rudo.Implementao de medidas de

    acalmia de trfego.Implementao de medidas de

    acalmia de trfego.Zona non -aedificandi (em relao ao eixo) Varivel com o mnimo de

    15 metros.15 metros 10 metros

    Nmero mnimo de vias:1 sentido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 1 12 sentidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 1 2 1 2 1

  • 13486 Dirio da Repblica, 2. srie N. 57 22 de Maro de 2011

    Nvel 1. nvel 2. nvel 3. nvel

    Separao fsica dos sentidos de circulao Facultativa. Facultativa. A evitar.Largura mnima das vias [m] . . . . . . . . . . . 3,25 3,25 2,80Largura mnima dos passeios [m] . . . . . . . 3,00 3,00 2,25Acessos a prdios marginantes . . . . . . . . . Excepcional. Livre. Livre.Estacionamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Excepcional. Autorizado, sujeito a restries

    operacionais da via.Autorizado, sujeito a restries

    operacionais da via.Cargas e descargas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Excepcional. Reguladas. Reguladas.Circulao pedonal e de velocpedes . . . . . Segregada. Preferencialmente segregada. Livre.

    6 As vias da rede urbana da cidade de Vila Real sujeitas a rec-tificao devem respeitar, sempre que possvel, as caractersticas es-tabelecidas no nmero anterior do presente artigo para a respectiva classificao.

    SUBSECO II

    Rede ferroviria

    Artigo 66.Caracterizao e regime

    A rede ferroviria constituda pelos troos da linha do Corgo que cruzam o territrio municipal, integrando o troo em funcionamento e o troo desactivado aos quais se aplica o estipulado na legislao geral e especfica em vigor em matria de zona de proteco non -aedificandi.

    CAPTULO VII

    Condicionamentos ao uso do solo impostos pelo Plano

    Artigo 67.Identificao

    Sobrepostas s categorias de espaos especficas identificadas na Planta de Ordenamento -Qualificao do Solo identificam -se os polgonos de salvaguarda ou proteco a determinadas instalaes ou ocorrncias, designadamente de:

    a) Estrutura ecolgica municipal em solo rural;b) Corredor ecolgico;c) Recursos geolgicos;d) Instalaes especiais;e) Bens patrimoniais imveis.

    SECO I

    Estrutura ecolgica municipal em solo rural

    Artigo 68.Identificao

    A estrutura ecolgica municipal em solo rural, identificada na Planta de Ordenamento Qualificao do Solo, engloba as reas que desem-penham um papel determinante na proteco e valorizao ambiental e na garantia da salvaguarda dos ecossistemas e da intensificao dos processos biofsicos em solo rural.

    Artigo 69.Regime

    1 Nas reas abrangidas pela estrutura ecolgica em solo rural, independentemente da categoria de espao a que se sobrepe, interdito:

    a) Edificao de novas construes, excepto nos casos a que se referem os nmeros seguintes deste artigo;

    b) Licenciamento de actividades industriais extractivas;c) Instalao de qualquer actividade que comprometa a qualidade do

    ar, da gua, do solo e da paisagem, nomeadamente depsitos de res-duos slidos, sucatas, de inertes e de materiais de qualquer natureza ou o lanamento de efluentes sem tratamento prvio adequado de acordo com as normas em vigor.

    2 Nas reas abrangidas pela estrutura ecolgica em solo rural admite -se:

    a) Instalao de infra -estruturas bsicas e a abertura de novos arrua-mentos desde que no haja alternativa vivel fora destas reas, bem como ampliao dos edifcios existentes at 0,5 vezes a rea bruta de construo existente e at ao mximo de 200 m2, quando destinados a habitao;

    b) Instalaes destinadas criao e abrigo de animais, nas condies estabelecidas no n. 3 do artigo 29. do presente Regulamento;

    c) Empreendimentos de turismo em espao rural, turismo de habitao, turismo da natureza e actividades tursticas e de lazer associadas ao apro-veitamento das potencialidades naturais e paisagsticas, como parques de campismo e caravanismo ou praias fluviais, bem como instalaes adstritas a aproveitamentos hidroagrcolas, hidroelctricos ou elicos, condicionadas elaborao de estudo de incidncias ambientais que garanta a salvaguarda dos sistemas ecolgicos em presena.

    SECO II

    Corredor ecolgico

    Artigo 70.Caracterizao e regime

    1 O corredor ecolgico delimitado na Planta de Ordenamento--Qualificao do Solo o definido no PROF Douro e designado por Mon-temuro/Alvo -Maro/Olo/ Alturas do Barroso/Gers e respeita ao troo que cruza o territrio de Vila Real, ajustado escala do Plano (1/10 000).

    2 No solo rural integrado no corredor ecolgico definido aplicam--se as disposies estabelecidas no artigo 69. do presente regulamento.

    3 As aces admitidas na estrutura ecolgica municipal em solo rural e indicadas no n. 2 do artigo 69. apenas so licenciadas no corredor ecolgico desde que no provoquem a sua interrupo ou reduo signifi-cativa que prejudique os objectivos subjacentes sua delimitao, nome-adamente o de conectar populaes de comunidades da fauna e da flora.

    4 No mbito do planeamento florestal as normas a aplicar no interior do corredor so as consideradas para as funes de proteco e de conservao, de acordo com o estabelecido no PROF Douro.

    SECO III

    Recursos geolgicos

    Artigo 71.Caracterizao e regime

    1 As actividades de prospeco e pesquisa e as de explorao de recursos geolgicos podem ocorrer no interior das poligonais delimitadas na Planta de Ordenamento -Qualificao do Solo, designadas por:

    a) rea de reserva;b) reas potenciais;c) reas de explorao consolidada e complementar.

    2 As reas estabelecidas no nmero anterior so:a) rea de Reserva rea para o aproveitamento de recursos geo-

    lgicos de especial interesse para a economia nacional ou regional com vista a impedir ou minorar efeitos prejudiciais para a sua explorao;

    b) rea Potencial rea de reconhecido potencial geolgico, em que o aprofundar do seu conhecimento a torna passvel de dar origem a eventuais reas de Explorao;

    c) rea de Explorao Consolidada rea onde ocorre uma activi-dade produtiva significativa, e cujo desenvolvimento dever ser objecto de uma abordagem global, tendo em vista o aproveitamento do recurso geolgico dentro dos valores de qualidade ambiental, podendo incluir

  • Dirio da Repblica, 2. srie N. 57 22 de Maro de 2011 13487

    reas concessionadas, licenciadas e outras adjacentes para a progresso da acti