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Relatório Agrupamento de Escolas de Vale de Milhaços SEIXAL AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS Área Territorial de Inspeção do Sul 2014 2015

Relatório Agrupamento de Escolas de Vale de Milhaços S · Moinho, da Quinta de São Nicolau e da Quinta do Campo. A equipa regista a atitude de empenhamento e de mobilização do

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Relatório

Agrupamento de Escolas

de Vale de Milhaços

SEIXAL

AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS

Área Territorial de Inspeção

do Sul

2014 2015

Agrupamento de Escolas de Vale de Milhaços – SEIXAL

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CONSTITUIÇÃO DO AGRUPAMENTO

Jardins de Infância e Escolas EPE 1.º CEB 2.º CEB 3.º CEB ES

Escola Básica de Vale de Milhaços, Seixal • •

Escola Básica da Quinta de Santa Marta de Corroios, Seixal • •

Escola Básica da Quinta da Cabouca, Vale de Milhaços, Seixal • •

Escola Básica da Quinta de São Nicolau, Corroios, Seixal • •

Escola Básica da Quinta do Campo, Corroios, Seixal • •

Escola Básica do Alto do Moinho, Seixal • •

Escola Básica n.º 1 de Corroios, Seixal •

Escola Básica n.º 1 de Vale de Milhaços, Seixal •

Agrupamento de Escolas de Vale de Milhaços – SEIXAL

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1 – INTRODUÇÃO

A Lei n.º 31/2002, de 20 de dezembro, aprovou o sistema de avaliação dos estabelecimentos de educação

pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, definindo orientações gerais para a autoavaliação e para a

avaliação externa. Neste âmbito, foi desenvolvido, desde 2006, um programa nacional de avaliação dos

jardins de infância e das escolas básicas e secundárias públicas, tendo-se cumprido o primeiro ciclo de

avaliação em junho de 2011.

A então Inspeção-Geral da Educação foi

incumbida de dar continuidade ao programa de

avaliação externa das escolas, na sequência da

proposta de modelo para um novo ciclo de

avaliação externa, apresentada pelo Grupo de

Trabalho (Despacho n.º 4150/2011, de 4 de

março). Assim, apoiando-se no modelo construído

e na experimentação realizada em doze escolas e

agrupamentos de escolas, a Inspeção-Geral da

Educação e Ciência (IGEC) está a desenvolver

esta atividade consignada como sua competência

no Decreto Regulamentar n.º 15/2012, de 27 de

janeiro.

O presente relatório expressa os resultados da

avaliação externa do Agrupamento de Escolas de

Vale de Milhaços – Seixal, realizada pela equipa

de avaliação, na sequência da visita efetuada

entre 2 e 5 de fevereiro de 2015. As conclusões

decorrem da análise dos documentos

fundamentais do Agrupamento, em especial da

sua autoavaliação, dos indicadores de sucesso

académico dos alunos, das respostas aos

questionários de satisfação da comunidade e da

realização de entrevistas.

Espera-se que o processo de avaliação externa

fomente e consolide a autoavaliação e resulte

numa oportunidade de melhoria para o

Agrupamento, constituindo este documento um

instrumento de reflexão e de debate. De facto, ao

identificar pontos fortes e áreas de melhoria,

este relatório oferece elementos para a

construção ou o aperfeiçoamento de planos de

ação para a melhoria e de desenvolvimento de

cada escola, em articulação com a administração

educativa e com a comunidade em que se insere.

A equipa de avaliação externa visitou a escola-

-sede do Agrupamento e as escolas básicas, com jardim de infância, da Quinta da Cabouca, do Alto do

Moinho, da Quinta de São Nicolau e da Quinta do Campo.

A equipa regista a atitude de empenhamento e de mobilização do Agrupamento, bem como a colaboração

demonstrada pelas pessoas com quem interagiu na preparação e no decurso da avaliação.

ESCALA DE AVALIAÇÃO

Níveis de classificação dos três domínios

EXCELENTE – A ação da escola tem produzido um impacto

consistente e muito acima dos valores esperados na melhoria

das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos

respetivos percursos escolares. Os pontos fortes predominam

na totalidade dos campos em análise, em resultado de

práticas organizacionais consolidadas, generalizadas e

eficazes. A escola distingue-se pelas práticas exemplares em

campos relevantes.

MUITO BOM – A ação da escola tem produzido um impacto

consistente e acima dos valores esperados na melhoria das

aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos

percursos escolares. Os pontos fortes predominam na

totalidade dos campos em análise, em resultado de práticas

organizacionais generalizadas e eficazes.

BOM – A ação da escola tem produzido um impacto em linha

com os valores esperados na melhoria das aprendizagens e

dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos

escolares. A escola apresenta uma maioria de pontos fortes

nos campos em análise, em resultado de práticas

organizacionais eficazes.

SUFICIENTE – A ação da escola tem produzido um impacto

aquém dos valores esperados na melhoria das aprendizagens

e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos

escolares. As ações de aperfeiçoamento são pouco

consistentes ao longo do tempo e envolvem áreas limitadas

da escola.

INSUFICIENTE – A ação da escola tem produzido um impacto

muito aquém dos valores esperados na melhoria das

aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos

percursos escolares. Os pontos fracos sobrepõem-se aos

pontos fortes na generalidade dos campos em análise. A

escola não revela uma prática coerente, positiva e coesa.

O relatório do Agrupamento apresentado no âmbito da

Avaliação Externa das Escolas 2014-2015 está disponível na página da IGEC.

Agrupamento de Escolas de Vale de Milhaços – SEIXAL

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2 – CARACTERIZAÇÃO DO AGRUPAMENTO

O Agrupamento de Escolas de Vale de Milhaços, criado no ano de 2004, situa-se na freguesia de

Corroios, concelho do Seixal, distrito de Setúbal. É composto por oito escolas básicas, identificadas

anteriormente, cinco das quais com jardim de infância, sendo a de Vale de Milhaços a sua sede. Foi

sujeito à avaliação externa das escolas em novembro de 2009.

No presente ano letivo, a população escolar totaliza 2377 crianças e alunos: 160 na educação pré-escolar

(sete grupos), 1160 no 1.º ciclo do ensino básico (50 turmas), 720 no 2.º (27 turmas), 316 no 3.º (13

turmas) e 21 num curso vocacional de 2.º ciclo (uma turma). De sublinhar o facto de o reduzido número

de turmas no 3.º ciclo, definidas pela rede escolar, não permitir a continuidade no Agrupamento de

muitos dos alunos que concluem o 6.º ano. Esta unidade orgânica é frequentada por 77 estudantes

estrangeiros, correspondendo a 3% do universo. Quanto à ação social escolar, verifica-se que 77% dos

alunos não beneficiam de auxílios económicos. No que respeita às tecnologias de informação e

comunicação, 88% possuem computador e ligação à internet.

Os indicadores relativos à habilitação académica dos pais e das mães dos alunos permitem observar que

21% têm formação superior e 30% de nível secundário. No que respeita às suas profissões, 11% exercem

funções de nível superior e intermédio, embora se desconheça a atividade profissional de 78% destes

elementos. Dos 157 docentes que desempenham funções no Agrupamento, 90% pertencem aos quadros,

o que reflete um bom nível de estabilidade. Quanto ao pessoal não docente, que perfaz um total de 63

trabalhadores, incluindo uma psicóloga, 44% têm 10 ou mais anos de serviço.

De acordo com os dados de referência disponibilizados pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e

Ciência para o ano letivo de 2012-2013, os valores das variáveis de contexto do Agrupamento, quando

comparados com os das restantes escolas públicas, são bastante favoráveis, nomeadamente a

percentagem de alunos sem auxílios económicos no âmbito da ação social escolar e a média do número

de anos de habilitações académicas dos pais e das mães.

3 – AVALIAÇÃO POR DOMÍNIO

Considerando os campos de análise dos três domínios do quadro de referência da avaliação externa e

tendo por base as entrevistas e a análise documental e estatística realizada, a equipa de avaliação

formula as seguintes apreciações:

3.1 – RESULTADOS

RESULTADOS ACADÉMICOS

No triénio 2010-2011 a 2012-2013, quando comparados com os de outros agrupamentos com valores

análogos nas variáveis de contexto, os resultados académicos, no 4.º ano, traduzem uma evolução

positiva na taxa de conclusão, situada acima dos valores esperados nos dois últimos anos letivos. No que

diz respeito às provas finais de ciclo, a português, ainda que os resultados se situem aquém daqueles

valores em 2010-2011 e 2011-2012, aproximam-se progressivamente do esperado, ao longo daquele

período, alcançando-o em 2012-2013. Na disciplina de matemática, por sua vez, os desempenhos dos

alunos posicionam-se aquém dos valores esperados nos dois primeiros anos, mas superam-nos em 2012-

2013.

No 6.º ano de escolaridade, a taxa de conclusão mantém-se acima do esperado em 2010-2011 e 2011-

2012, mas fica aquém do mesmo em 2012-2013, evidenciando uma tendência decrescente no triénio. Nas

provas finais, sobressai, por um lado, a oscilação registada a matemática, com percentagens de sucesso

Agrupamento de Escolas de Vale de Milhaços – SEIXAL

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situadas acima, aquém e em linha com o esperado, e, por outro, o afastamento cada vez maior dos

resultados face aos valores esperados, na disciplina de português.

Finalmente, no 9.º ano, é de sublinhar a consistência verificada na taxa de conclusão, situada sempre

acima dos valores esperados, naquele período. Já em relação à avaliação externa, destaca-se a evolução

positiva registada na disciplina de matemática, ultrapassando aqueles valores em 2012-2013. Em

português, ainda que os resultados se situem acima do esperado em 2010-2011 e 2012-2013, ficam

aquém em 2011-2012, mostrando, assim, alguma falta de solidez no triénio.

Numa perspetiva global, estes resultados situam-se, portanto, em linha com os valores esperados.

Contudo, considerando as variáveis de contexto bastante favoráveis, são expectáveis melhores

resultados, campo no qual o Agrupamento deverá continuar a investir de forma significativa.

Na educação pré-escolar, procede-se à análise global da evolução das aprendizagens de acordo com as

áreas de conteúdo definidas pelas orientações curriculares e em sintonia com as metas estabelecidas

para este nível de educação, constatando-se que as crianças têm revelado progressos menos

significativos nas aprendizagens relacionadas com a área de formação pessoal e social, aspeto que tem

suscitado a reformulação das práticas a fim de se garantir a qualidade da ação educativa.

Também nos três ciclos do ensino básico, os órgãos e as estruturas de coordenação educativa e

supervisão pedagógica monitorizam e analisam trimestralmente os resultados obtidos pelos alunos,

processos que desencadeiam a implementação de medidas de promoção do sucesso escolar, como o apoio

educativo, no 1.º ciclo, o reforço curricular, no 3.º, as tutorias, a Oficina da Matemática, entre outras.

Todavia, a identificação dos fatores explicativos do insucesso, muito centrada em aspetos de natureza

externa, deverá suscitar uma reflexão mais profunda no sentido de serem eventualmente detetadas

outras causas e definidas as respetivas estratégias de melhoria. De salientar, pela positiva, o facto de o

Agrupamento se debruçar também sobre a qualidade do sucesso e das aprendizagens, tendo definido

critérios com o objetivo de acompanhar esta matéria.

Em relação ao abandono escolar, os casos têm sido residuais, desde a última avaliação externa,

atingindo valores que rondam os 0,5%, na generalidade dos anos letivos, alcançando 0,1% em 2013-

2014.

RESULTADOS SOCIAIS

As crianças e os alunos envolvem-se em projetos e atividades constantes do plano anual, merecendo

destaque os programas Eco-Escolas e de Educação para a Saúde, no âmbito dos quais são desenvolvidas

diversas ações, como a reciclagem de materiais, a horta pedagógica, os desfiles do ambiente, no primeiro

caso, e a criação do gabinete de informação e apoio, a realização de rastreios, o desenvolvimento do

projeto de educação sexual e a organização de dias temáticos, no segundo. As iniciativas de natureza

solidária mobilizam igualmente os diferentes elementos da comunidade educativa, sendo de referir, pelo

seu impacto, as recolhas de produtos alimentares, brinquedos, roupas usadas e tampinhas, a entrega de

cabazes de Natal a famílias carenciadas, bem como a participação em campanhas da Assistência Médica

Internacional.

O campo da segurança, num sentido abrangente, representa outro dos vetores explorados, que tem

contado com a colaboração da Escola Segura, em diversas ações. A dinamização destas e de outras

temáticas concretiza-se, em especial, no âmbito da área de formação pessoal e social, na educação pré-

escolar, e na oferta complementar de educação para a cidadania, no ensino básico, que se assumem,

portanto, como espaços privilegiados para o desenvolvimento cívico.

O Desporto Escolar conta com a participação de um elevado número de alunos, particularmente nas

modalidades de atletismo, BTT, andebol, futebol e dança, sendo estas atividades motivadoras para as

aprendizagens e para a sua integração social. A oferta de boccia, neste contexto, demonstra também a

Agrupamento de Escolas de Vale de Milhaços – SEIXAL

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importância concedida ao princípio da inclusão dos que têm necessidades educativas especiais. A

disponibilização de outros clubes, como Rádio ao Desafio, e os múltiplos projetos e núcleos desenvolvidos

contribuem efetivamente para uma formação integral dos alunos.

São promovidas algumas ações que propiciam o envolvimento dos alunos na vida escolar, ao nível dos

processos de decisão, como, por exemplo, o conselho Eco-Escola, as assembleias de turma e de delegados,

ainda que estas possam ser intensificadas, e a participação daqueles nos respetivos conselhos de turma

intercalares. De destacar o facto de os representantes dos estudantes promoverem a auscultação dos

seus colegas em momento anterior e posterior à sua participação naquelas estruturas, fomentando-se,

assim, a liderança destes elementos, trabalho que poderá ser generalizado ao 1.º ciclo, nomeadamente

pela realização de assembleias. Contudo, os alunos continuam a não estar envolvidos na elaboração dos

documentos estruturantes, ponto fraco que já tinha sido identificado na anterior avaliação externa, pese

embora sejam conhecedores dos deveres constantes do regulamento interno.

De um modo geral, os estudantes têm um bom comportamento, cumprindo as regras que estão

instituídas. Existem casos pontuais de indisciplina grave que não põem em causa o bom relacionamento

entre os diferentes elementos da comunidade escolar. Nos primeiros três anos do último quadriénio, o

número de procedimentos disciplinares instaurados diminuiu, nos 2.º e 3.º ciclos, passando de 20, em

2010-2011, para 15, em 2011-2012, e 14, em 2012-2013. Contudo, em 2013-2014, houve um aumento

significativo daqueles (34), o que se deve a uma intervenção mais firme e rigorosa por parte dos

professores e da direção. A atuação célere destes elementos, em articulação com as famílias, o papel dos

assistentes operacionais, bem como a concretização de ações de sensibilização na área da gestão dos

conflitos, entre outras estratégias, têm tido um impacto positivo no ambiente educativo.

O Agrupamento não faz o seguimento formal do percurso académico dos seus ex-alunos, embora

mantenha, pontualmente, o contacto com alguns deles, o que se constitui, portanto, como um desafio no

sentido de se conhecer verdadeiramente a eficácia do trabalho realizado, ainda que haja perceções

favoráveis sobre o mesmo.

RECONHECIMENTO DA COMUNIDADE

A comunidade educativa tem uma imagem positiva do Agrupamento e reconhece os bons resultados

obtidos, a segurança e o bom clima educativo existente. Nas respostas aos questionários de satisfação,

aplicados no âmbito da presente avaliação externa, sobressaem a qualidade do ensino e da liderança, a

abertura ao exterior e a comunicação com as famílias. Os menores índices de satisfação situam-se ao

nível do refeitório/almoço e do conforto das salas de aula.

A abertura ao meio fica expressa na adesão a iniciativas promovidas pelas autarquias (Câmara

Municipal do Seixal e Junta de Freguesia de Corroios), nomeadamente nas áreas estratégicas do

ambiente (Óleo a Reciclar, Biodiesel a Circular; Compostagem na Minha Escola), da cidadania, do

desporto (Xadrez nas Escolas, Projeto de Apoio à Educação Física no 1.º ciclo) e da saúde, que

enriquecem a experiência educativa e cultural das crianças e dos alunos. A participação nas Marchas

Populares e no Desfile de Carnaval representam outros exemplos que corroboram aquela abertura e que

concorrem ainda para a motivação dos alunos e para o reconhecimento do trabalho realizado.

O Agrupamento tem-se assumido também como um polo dinamizador da comunidade, evidente, por

exemplo, na cedência do campo de jogos a diversas entidades e de uma sala para o funcionamento da

Universidade Sénior do Seixal. A parceria com a Associação Sociocultural Adorar Artes, através da

criação das Oficinas da Criatividade, que promovem diversas atividades de índole artística, reforça,

igualmente, a sua intervenção no meio onde está inserido.

As associações de pais e encarregados de educação têm desempenhado um papel relevante na

organização das atividades de enriquecimento curricular do 1.º ciclo, na dinamização de atividades de

Agrupamento de Escolas de Vale de Milhaços – SEIXAL

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tempos livres e na aquisição de material e equipamento, respondendo, por um lado, às necessidades das

famílias e, por outro, à melhoria das condições de aprendizagem. Contudo, a oferta limitada da educação

pré-escolar constitui um constrangimento que não favorece as necessidades e as relações positivas entre

a escola e as famílias. A construção de uma nova escola básica com jardim de infância, programada para

os próximos tempos, constitui uma oportunidade a realçar, neste contexto.

A instituição dos quadros de valor e de excelência e de prémios desportivos, em todas as escolas, com

entrega de diplomas em cerimónia pública, amplamente participada pelos elementos da comunidade

educativa, contribui para o reconhecimento do mérito. De destacar, também, a realização de olimpíadas,

em diferentes áreas do conhecimento, e os concursos a nível de escola, regionais, nacionais e

internacionais, como os campeonatos de SuperTmatik de Astronomia e Físico-Química e de Cálculo

Mental e Green Project Awards Portugal, entre outros, que estimulam e motivam os alunos para a

aprendizagem.

As várias exposições de trabalhos realizadas nos diferentes espaços escolares e os prémios obtidos no

âmbito do Desporto Escolar, bem como nos concursos a que têm aderido, como Faz Portugal Melhor,

Poster Eco-Código e Maquetes de Energias Renováveis, por exemplo, valorizam e reconhecem a ação do

Agrupamento.

Em síntese, a ação do Agrupamento tem produzido um impacto em linha com os valores esperados na

melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Apresenta

uma maioria de pontos fortes nos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais eficazes.

Tais fundamentos justificam a atribuição da classificação de BOM no domínio Resultados.

3.2 – PRESTAÇÃO DO SERVIÇO EDUCATIVO

PLANEAMENTO E ARTICULAÇÃO

A fraca articulação vertical ao nível da gestão curricular entre a educação pré-escolar e o 1.º ciclo

constituía outro dos pontos fracos identificados na anterior avaliação externa. Presentemente, o

Agrupamento desenvolve um trabalho com maior relevância, neste campo. Com efeito, têm sido

realizadas reuniões entre docentes dos vários níveis de educação e ensino donde resultam decisões que

incidem nas práticas, como a identificação das aprendizagens a privilegiar em cada um dos níveis, a

definição de procedimentos e terminologias, a implementação de projetos comuns, entre outras. Todavia,

urge prosseguir com este trabalho de modo a consolidá-lo para que os seus impactos na melhoria das

aprendizagens e dos resultados sejam ainda mais evidentes. Neste contexto, é de salientar também o

envolvimento de docentes do 2.º ciclo na coordenação das atividades de enriquecimento curricular do 1.º

ciclo.

Além das ações referidas anteriormente, são desenvolvidas outras iniciativas de natureza vertical que

facilitam os processos de transição e de integração das crianças e dos alunos no ciclo/nível seguinte. As

educadoras reúnem com os docentes titulares de turma do 1.º ciclo para transmitirem informação

relativa à evolução das aprendizagens, são dinamizadas atividades em conjunto e promovidas visitas

aos estabelecimentos de ensino que aqueles vão frequentar. É de destacar, ainda, a informação

constante do plano de trabalho do grupo/turma e as recomendações feitas pelos docentes do ano

anterior, o que permite um conhecimento atempado das situações para uma implementação mais célere

das medidas adequadas. Na transição para o ensino secundário, a psicóloga tem sido responsável pelo

desenvolvimento de um processo de orientação vocacional junto dos alunos do 9.º ano e respetivas

famílias, complementado com diversas ações no âmbito da divulgação de ofertas formativas.

Na vertente horizontal da gestão do currículo, é de mencionar a atuação concertada dos docentes

titulares de turma com os responsáveis pela dinamização das atividades de enriquecimento curricular,

no 1.º ciclo, nomeadamente na planificação, na supervisão e na respetiva avaliação. Nos 2.º e 3.º ciclos, a

Agrupamento de Escolas de Vale de Milhaços – SEIXAL

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articulação entre os conteúdos das diferentes disciplinas carece de intensificação e generalização, como o

demonstram, no geral, os planos de trabalho das turmas analisados.

O planeamento é concretizado nos departamentos curriculares e respetivas subestruturas, quando

existentes. Os docentes planificam em conjunto, de acordo com os anos/níveis que lecionam, criam e

partilham materiais e refletem sobre a eficácia das práticas. Os documentos analisados, neste âmbito,

bem como as entrevistas realizadas, põem em relevo algumas ações que possibilitam a contextualização

do currículo e revelam abertura ao meio, como as visitas de estudo à Fábrica de Pólvora de Vale de

Milhaços, ao Moinho de Maré de Corroios e à Olaria Romana da Quinta do Rouxinol, núcleos do

Ecomuseu Municipal do Seixal, a recolha do património musical e o aproveitamento de equipamentos da

comunidade como o Complexo Municipal de Atletismo Carla Sacramento.

Os planos de trabalho das turmas, nos 2.º e 3.º ciclos, em resultado de um processo de simplificação, no

presente ano letivo, deixaram de integrar algumas das suas componentes fundamentais, como a

definição de estratégias, em função dos problemas detetados, e a avaliação trimestral da eficácia das

medidas implementadas e respetiva reformulação, se for caso disso, assuntos que passaram a ficar

registados em ata. Trata-se de um aspeto que carece, portanto, de aperfeiçoamento, o que poderá passar

pela utilização da matriz em vigor no ano anterior.

PRÁTICAS DE ENSINO

As práticas de ensino desenvolvidas pelos docentes integram metodologias ativas, onde são de realçar os

trabalhos de grupo e de pesquisa, as apresentações às turmas e a resolução de problemas. A

participação dos alunos em projetos de intercâmbio com escolas de outros países (Paraguai, por

exemplo) e a organização de visitas de estudo são outras das ações a salientar.

A componente experimental, na área das ciências, representa um dos campos onde se investe de forma

significativa, na generalidade dos grupos e turmas. A existência de um laboratório devidamente

equipado, numa das escolas do 1.º ciclo, e a ação levada a cabo por uma docente aposentada, em regime

de voluntariado, tem sido determinante para a concretização de um trabalho de maior qualidade, na

educação pré-escolar e no 1.º ciclo, que é ainda complementado através da dinâmica do clube Era Uma

Vez…com Ciência. Outros projetos implementados, como Ciência em Ação, Ciência com Pais, Ciência na

Escola ou A Ciência Vai à Escola, confirmam efetivamente a aposta do Agrupamento nesta área.

As tecnologias de informação e comunicação integram também as práticas dos docentes, ainda que na

educação pré-escolar e no 1.º ciclo, no geral, os equipamentos disponíveis sejam mais limitados.

Sobressai, neste âmbito, a utilização da Escola Virtual em várias disciplinas e a criação de blogues de

turma. As bibliotecas escolares, por sua vez, dão um contributo relevante no apoio ao desenvolvimento

do currículo, destacando-se, ainda, as iniciativas no quadro da formação de utilizadores e da promoção

da leitura, neste caso evidentes nos encontros com vários escritores, nas horas do conto e nas

Olimpíadas da Leitura, por exemplo. Apesar disso, carecem de generalização as atividades de

exploração dos livros lidos, em sala de aula, na sequência da requisição domiciliária feita pelos alunos.

Merece especial referência, neste contexto, o sistema digital de monitorização de utilizadores

implementado nas várias bibliotecas, com caráter inovador, fruto da candidatura a projetos municipais.

A oferta educativa do Agrupamento contempla o ensino especializado da música, em regime articulado,

em parceria com a Academia de Música de Almada e com o Conservatório Regional de Palmela, e

disciplinas nesta área bem como na do teatro e na da expressão plástica. São também dinamizadas

várias atividades e projetos, como o Val’ Tuna, por exemplo, que demonstram efetivamente a

valorização da dimensão artística do currículo.

As práticas de ensino levadas a cabo com os alunos com necessidades educativas especiais revelam uma

boa articulação entre os diferentes elementos envolvidos, nomeadamente os docentes, as famílias, a

Agrupamento de Escolas de Vale de Milhaços – SEIXAL

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psicóloga e outros técnicos. A colaboração com entidades externas, no sentido de proporcionar a estes

alunos o acesso a vários recursos, com repercussões positivas nas suas aprendizagens, constitui outra

das marcas do trabalho concretizado, sendo de destacar a CERCISA – Cooperativa para a Educação e

Reabilitação de Cidadãos Inadaptados do Seixal e Almada, na disponibilização de diversos técnicos, a

Câmara Municipal do Seixal, na prática de natação, o centro de saúde local e o Hospital Garcia da

Horta.

Assume-se, contudo, como desafio um maior envolvimento de outras entidades nos processos educativos

dos estudantes com currículo específico individual que facilitem a sua transição para a vida pós-escolar,

bem como uma ação ainda mais eficaz no âmbito do acompanhamento e monitorização dos programas

educativos individuais dos alunos, dadas as taxas de sucesso registadas no último ano letivo (81% no 1.º

ciclo e 67% nos 2.º e 3.º).

Registaram-se evidências que demonstram que os docentes adequam as práticas às capacidades e aos

ritmos de aprendizagem através do apoio mais individualizado e da criação de tutorias entre alunos,

tirando-se partido, neste caso, daqueles que possuem mais potencialidades. Há ainda situações em que a

diferenciação pedagógica é o princípio norteador da organização do trabalho a desenvolver com os

alunos. Todavia, este campo carece de uma maior intensificação.

Os coordenadores de departamento curricular têm sido envolvidos em iniciativas de supervisão da

atividade letiva em sala de aula no âmbito da avaliação de desempenho e em situações que exigem um

acompanhamento mais individualizado do docente. Porém, ainda não se encontra instituída enquanto

processo formativo, direcionado para a melhoria das práticas, das aprendizagens e dos resultados,

embora se registe abertura, em várias disciplinas, o que facilitará certamente a sua implementação.

MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DO ENSINO E DAS APRENDIZAGENS

As questões relativas à monitorização do ensino e das aprendizagens representam outro dos campos ao

qual o Agrupamento tem concedido a devida atenção. No seio dos departamentos curriculares, os

docentes procedem à realização de balanços sobre o planeamento efetuado, que poderá sofrer alterações

em função das situações detetadas. Também os planos de trabalho dos grupos e das turmas, na

educação pré-escolar e no 1.º ciclo, preveem a avaliação global das medidas.

A recolha, disponibilização e análise de indicadores acerca da eficácia das medidas de promoção do

sucesso escolar implementadas, como o apoio educativo, as tutorias, o apoio ao estudo e os planos de

acompanhamento pedagógico individual, por exemplo, constituem outras das práticas desenvolvidas

com vista à garantia da qualidade dos processos de ensino e aprendizagem. Porém, os dados existentes

demonstram que as mesmas não têm tido muito sucesso, em algumas situações, matéria que deverá

continuar a suscitar a devida intervenção.

O abandono escolar é outro dos aspetos objeto de acompanhamento e monitorização, cujos dados, já

referidos, evidenciam a eficácia das ações concretizadas na prevenção e resolução dos casos,

nomeadamente pela atuação dos professores em conjunto com as respetivas famílias e em articulação,

também, com a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens. As tutorias e a criação de um curso

vocacional representam igualmente outras das dimensões do trabalho realizado, neste âmbito.

As questões de aula, os trabalhos individuais e de grupo, os relatórios e os testes são alguns dos

instrumentos e tarefas que os docentes utilizam para proceder à avaliação das aprendizagens dos

alunos, existindo, portanto, triangulação da informação. Apesar disso, verifica-se, por vezes, um peso

excessivo dos últimos no processo de classificação, aspeto que deverá originar uma reflexão em torno

deste assunto nas estruturas e órgãos próprios. Na educação pré-escolar, as educadoras utilizam

também instrumentos de observação e registo diversificados, o que lhes permite acompanhar os

progressos das crianças.

Agrupamento de Escolas de Vale de Milhaços – SEIXAL

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São definidos critérios de avaliação, nos três ciclos do ensino básico, divulgados junto dos estudantes e

dos respetivos encarregados de educação, respeitando-se, portanto, o princípio da transparência. Há

práticas de autoavaliação nos diferentes níveis de educação e ensino, por norma no final de cada

período. Registaram-se, todavia, situações em que as crianças e os alunos são envolvidos de forma mais

sistemática neste processo, valorizando-se, assim, o seu envolvimento na autorregulação das

aprendizagens. No geral, os docentes dão informação de retorno aos alunos acerca do trabalho que é

necessário realizar para melhorarem os seus desempenhos.

Nos departamentos curriculares, os professores definem matrizes para a elaboração dos testes e, em

vários casos, aplicam-se os mesmos instrumentos, nas diferentes turmas do mesmo ano. A adesão aos

testes intermédios, disponibilizados pelo Instituto de Avaliação Educativa, I.P., é outro dos exemplos

que demonstra a importância concedida à fiabilidade do processo avaliativo. Apesar disso, a correção

partilhada constitui um dos desafios com vista a uma maior garantia dos princípios da equidade e da

igualdade de oportunidades.

Em conclusão, a ação do Agrupamento tem produzido um impacto em linha com os valores esperados na

melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Apresenta

uma maioria de pontos fortes nos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais eficazes,

o que justifica a atribuição da classificação de BOM no domínio Prestação do Serviço Educativo.

3.3 – LIDERANÇA E GESTÃO

LIDERANÇA

A liderança exercida pela diretora espelha uma visão estratégica para o Agrupamento, focalizada na

melhoria das aprendizagens e dos resultados das crianças e dos alunos. O espírito democrático, a

abertura, o diálogo e a disponibilidade são alguns dos atributos daquela responsável no desempenho das

suas funções. Também as capacidades de gerir conflitos e de partilhar competências e responsabilidades

constituem outras das marcas da sua ação. Este perfil contribui de forma decisiva para a motivação e

mobilização dos trabalhadores docentes e não docentes, ainda que alguns assistentes operacionais não

se sintam plenamente envolvidos. Este objetivo é ainda conseguido com as reuniões periódicas

realizadas com as lideranças intermédias (coordenadores de departamento curricular e de

estabelecimento), o que concorre, também, para a valorização efetiva do seu papel.

O estímulo a um sentido de pertença e de identificação com o Agrupamento tem estado subjacente à

atuação da diretora e da sua equipa. As visitas aos estabelecimentos de educação e ensino, privilegiando

uma relação de proximidade com as pessoas, o lema Unidos no Querer a Caminho do Sucesso, que

pretende orientar os diferentes elementos da comunidade educativa em torno de um objetivo comum, e a

realização de iniciativas mobilizadoras, como o Dia do Agrupamento, a Limpeza da Praia dos Corvos e a

entrega de Livros de Curso, em suporte digital, aos alunos do 9.º ano, corroboram o trabalho realizado

naquele âmbito.

O planeamento estratégico, centrado na melhoria das aprendizagens e dos resultados, em sintonia com

a visão da diretora, encontra-se articulado entre si. O projeto educativo exprime a missão, a visão e

delineia um plano de ação com objetivos e respetivas metas, em geral claras e avaliáveis, em três

campos-chave: resultados, prestação do serviço educativo e liderança, ainda que estes não correspondam

de forma direta às áreas de intervenção prioritária definidas. Além disso, o diagnóstico inerente à

elaboração deste documento, recentemente aprovado, não teve por base, em alguns aspetos, informação

atualizada, elencando, por exemplo, os pontos fortes e fracos identificados na avaliação externa de 2009.

O plano anual de atividades, por sua vez, ainda não atingiu plenamente o caráter globalizante que já

havia sido apontado como ponto fraco na anterior avaliação externa. Embora as ações previstas

abarquem presentemente os diferentes níveis de educação e ensino, o que constitui uma evolução

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positiva, este documento limita-se a elencar as atividades propostas pelas diferentes estruturas,

remetendo para a planificação individual de cada uma das iniciativas, o que dificulta, de facto, uma

visão de conjunto do mesmo. Merece especial referência, neste contexto, o trabalho rigoroso realizado em

torno da avaliação das atividades concretizadas, objeto de um relatório que evidencia análise crítica,

procurando a melhoria contínua do processo.

Devido a constrangimentos relacionados com questões judiciais no âmbito de um processo eleitoral,

anterior ao mandato da atual diretora, o conselho geral atravessou um período bastante exigente, com

prejuízo para o exercício pleno das suas competências. Apesar disso, este órgão teve um papel decisivo

na garantia da estabilidade necessária ao funcionamento do Agrupamento, naquela fase.

As lideranças têm estabelecido parcerias com diversas entidades públicas e privadas no sentido de

proporcionar melhores condições de ensino e de aprendizagem às crianças e aos alunos. Além das que já

foram referidas, destacam-se ainda as firmadas com o Clube Cultural e Recreativo do Alto do Moinho e

a Escola de Futebol Leão Altivo, permitindo melhorar consideravelmente a prática de educação física

dos alunos, nomeadamente dos do 9.º ano de escolaridade.

GESTÃO

Na distribuição do serviço docente, a direção privilegia, sempre que possível, a continuidade das equipas

e do diretor de turma, ao longo do mesmo ciclo, valorizando, assim, a estabilidade da relação pedagógica,

promotora do sucesso escolar. São ainda considerados o perfil, a experiência e a formação na atribuição

dos diversos cargos e funções.

No que diz respeito ao pessoal não docente, a gestão dos recursos humanos tem em conta as

características pessoais e profissionais de cada trabalhador e a sua afetação a áreas ou serviços

consoante as suas competências. De sublinhar, neste âmbito, a gestão dos assistentes operacionais

numa lógica de Agrupamento, de acordo com as necessidades de cada estabelecimento de educação e

ensino. Nos serviços administrativos, o sistema de funcionamento implementado, por gestão de

processos, proporciona aos assistentes técnicos um conhecimento abrangente das várias áreas e

capacidade de resposta às diferentes solicitações dos utentes.

A elaboração dos horários dos alunos orienta-se por critérios focalizados na melhoria das aprendizagens

e dos resultados. Nos 2.º e 3.º ciclos, os anos de escolaridade com avaliação externa ocupam

predominantemente o turno da manhã. A constituição dos grupos e das turmas rege-se do mesmo modo

por critérios constantes do projeto educativo que evidenciam uma intencionalidade pedagógica.

A formação contínua para o pessoal docente e não docente não se consubstancia num plano estruturado.

Embora tenha sido efetuado um levantamento das necessidades, o plano de formação continua a não

estar elaborado tal como consta no relatório da última avaliação externa e que constituiu um dos pontos

fracos identificados. Apesar disso, têm sido concretizadas algumas iniciativas, a nível interno, em áreas

como a dislexia, por exemplo, mas há a perceção, junto dos diferentes trabalhadores, que não tem

havido, no geral da oferta disponível, uma resposta cabal às carências detetadas. No caso dos

assistentes operacionais, é de assinalar ainda a sua fraca diversidade.

A direção faz uma boa gestão dos recursos, espaços e equipamentos, apesar do elevado número de

estabelecimentos que constituem o Agrupamento. Salienta-se, contudo, o constrangimento do facto da

grande maioria das turmas do 1.º ciclo funcionar em horário de regime duplo por insuficiência de

instalações.

Os circuitos de informação interna e externa privilegiam o correio eletrónico quer para a partilha de

documentos, quer para a comunicação e divulgação de instrumentos de trabalho, entre todos os

elementos da comunidade educativa que se consideram bem informados sobre a atividade do

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Agrupamento. O desenvolvimento da página web, enquanto meio de comunicação com o exterior,

representa uma das áreas a incrementar.

AUTOAVALIAÇÃO E MELHORIA

A autoavaliação já havia sido considerada um ponto forte na anterior avaliação externa. A equipa

responsável pela condução do processo, ainda que sujeita a grandes alterações desde aquela altura, tem-

se mantido estável ao nível da sua coordenação, o que tem permitido, mesmo assim, dar continuidade ao

trabalho realizado.

As práticas autoavaliativas levadas a cabo têm incidido fundamentalmente na recolha, tratamento e

disponibilização trimestral de dados sobre a evolução das aprendizagens das crianças e dos resultados

académicos dos alunos. No final de cada ano letivo, a equipa procede à elaboração de um relatório final

bastante completo e detalhado que permite conhecer os desempenhos do Agrupamento em áreas como

as taxas de transição/conclusão, os resultados nas provas finais de ciclo, o sucesso das medidas

implementadas com os alunos com necessidades educativas especiais e com dificuldades de

aprendizagem, a indisciplina, entre outros. Este documento apresenta ainda considerações finais, onde

são sistematizados os aspetos mais importantes, por nível de educação e ensino, o que facilita a análise

da informação e a apropriação da mesma pelas estruturas de coordenação educativa e supervisão

pedagógica e pelos órgãos de direção, administração e gestão.

A aplicação de questionários aos diferentes elementos da comunidade educativa representa outra das

vertentes do trabalho concretizado pela equipa de autoavaliação. O desenvolvimento desta metodologia

origina igualmente a elaboração de um relatório que identifica pontos fortes e fracos em cada um dos

campos analisados. Além disso, a mesma evidencia o envolvimento de docentes, não docentes, pais e

encarregados de educação e alunos em torno do processo, conseguido ainda pela divulgação daquele

documento nos respetivos órgãos e na página web. De salientar, também pela positiva, a participação de

representantes dos estudantes e dos encarregados de educação no âmbito da aplicação de questionários

em 2016.

A reflexão suscitada a partir dos documentos organizados e disponibilizados pela equipa de

autoavaliação tem contribuído para a implementação de diversas estratégias com vista ao

aperfeiçoamento dos aspetos menos positivos detetados. Apesar disso, ainda não foram construídos

verdadeiros planos de melhoria que identifiquem as ações a desenvolver em cada área, os responsáveis,

a calendarização, o sistema de monitorização, entre outros considerados pertinentes, para que possam

ter um impacto ainda mais relevante na promoção do sucesso educativo.

O grande desafio que se coloca à equipa de autoavaliação, nos próximos tempos, consiste, então, numa

maior triangulação da informação entre os diferentes instrumentos criados e outros documentos como as

atas, o relatório de avaliação das atividades do plano anual, por exemplo, que permitam uma

sistematização dos pontos fortes e áreas de melhoria com maior fiabilidade e com um caráter mais

globalizante. A conceção de planos de melhoria com um enfoque crescente nas áreas nucleares relativas

à prestação do serviço educativo constitui outro dos aspetos que deverá suscitar um maior investimento

para que a autoavaliação esteja efetivamente ao serviço da melhoria das aprendizagens e dos

resultados.

Em síntese, a ação do Agrupamento tem produzido um impacto em linha com os valores esperados na

melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Apresenta

uma maioria de pontos fortes nos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais eficazes.

Tais fundamentos justificam a atribuição da classificação de BOM no domínio Liderança e Gestão.

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4 – PONTOS FORTES E ÁREAS DE MELHORIA

A equipa de avaliação realça os seguintes pontos fortes no desempenho do Agrupamento:

A dinamização de projetos, clubes e atividades, que potenciam o desenvolvimento da cidadania

em múltiplas vertentes como a solidariedade, o ambiente e a saúde, entre outras, e contribuem

para a formação integral dos alunos.

A valorização dos resultados alcançados pelos alunos, em diversas dimensões, bem como o papel

interventivo do Agrupamento, na comunidade, o que se reflete positivamente na sua imagem e

no reconhecimento público da sua ação.

O investimento na componente experimental do ensino das ciências, promotor de

aprendizagens que estimulam o conhecimento científico.

O papel central das bibliotecas escolares no apoio ao desenvolvimento do currículo e na

promoção da leitura.

O perfil da diretora, marcado por uma liderança democrática, que reforça o sentido de pertença

e de identificação com o Agrupamento, e a motivação e mobilização, no geral, dos trabalhadores

docentes e não docentes, bem como a valorização do papel das lideranças intermédias.

O trabalho feito em colaboração com as associações de pais e encarregados de educação e a rede

de parcerias estabelecidas com as autarquias e outras entidades da comunidade, com

repercussões positivas nas condições de aprendizagem das crianças e dos alunos, em particular

dos que têm necessidades educativas especiais.

A monitorização realizada pela equipa de autoavaliação em torno dos resultados académicos e

das medidas de promoção do sucesso escolar, o que tem contribuído para a reformulação de

práticas.

A equipa de avaliação entende que as áreas onde o Agrupamento deve incidir prioritariamente os seus

esforços para a melhoria são as seguintes:

Na implementação de medidas de promoção do sucesso escolar que se revelem ainda mais

eficazes, após a identificação clara dos fatores explicativos do insucesso, e que abarquem,

também, uma intensificação das práticas de diferenciação pedagógica.

Na consolidação do trabalho desenvolvido no âmbito da gestão curricular vertical e horizontal

de modo que os seus impactos se façam sentir de forma mais evidente na melhoria das

aprendizagens e dos resultados.

No desenvolvimento da supervisão da atividade letiva, em sala de aula, enquanto processo

formativo orientado para o aperfeiçoamento das práticas e para a promoção do sucesso escolar.

Na elaboração do plano anual de atividades enquanto documento com caráter globalizante,

delineado a partir das áreas definidas no projeto educativo.

Na estruturação e concretização de um plano de formação, em articulação com o projeto

educativo, que responda às necessidades identificadas.

Na consolidação da autoavaliação, nomeadamente na definição de pontos fortes e áreas de

melhoria globalizantes que resultem da triangulação de informação e na concretização de

planos de ação orientados para a melhoria da prestação do serviço educativo, das

aprendizagens e dos resultados.

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30-03-2015

A Equipa de Avaliação Externa: João Leal, Olga Correia e Rui Castanheira

Concordo. À consideração do Senhor

Secretário de Estado do Ensino e da

Administração Escolar, para homologação.

O Inspetor-Geral da Educação e Ciência

Homologo.

O Secretário de Estado do Ensino e da

Administração Escolar