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Execução a 31 de dezembro de 2016 Acompanhamento da execução dos Contratos de Contrapartidas celebrados entre o Estado Português e os fornecedores de material de defesa. 2 3 6 7 Relatório Anual Contrapartidas 2016 1 5 4

Relatório Anual das Contrapartidas - portugal.gov.pt · cadeias de valor e de fornecimento associadas aos equipamentos ou serviços de defesa, ou a construção de capacidades nacionais

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Execução a 31 de dezembro de 2016

Acompanhamento da execução dos Contratos de Contrapartidas

celebrados entre o Estado Português e os fornecedores de material

de defesa.

2

3

6

7

Relatório Anual

Contrapartidas

2016

1 5

4

As fotografias e imagens da capa foram gentilmente cedidas pelas seguintes entidades:

1. German Submarine Consortium – Imagem de Torre Eólica instalada no Parque Eólico de Três Marços do Projeto

Âncora, desenvolvido no âmbito do Programa de Contrapartidas pela Aquisição dos Submarinos;

2. CEIIA – Centro de Excelência e Inovação para a Indústria Automóvel – Esquema de trabalhos de engenharia

aeronáutica desenvolvidos para a AgustaWestland Limited no âmbito do Programa de Contrapartidas pela

Aquisição dos Helicópteros EH-101;

3. GD Steyr, na qualidade de Prestadora de Contrapartidas no âmbito da Operação I-05 “OGME” do Programa de

Contrapartidas pela Aquisição das Viaturas Pandur. Fotografia do interior do Banco de Ensaio de Motores;

4. ETI, S.A., na qualidade de Entidade Beneficiária da Operação VII-01 e empresa que desenvolveu o Simulador

Dinâmico de Condução Pandur. Imagem do interior do simulador;

5. OGMA, S.A. na qualidade de Entidade Beneficiária das Operações 2.1 e 2.2 do Programa de Contrapartidas pela

Aquisição das Aeronaves C-295. Fotografia da montagem da Fuselagem Central do C-295;

6. ETI, S.A., na qualidade de Entidade Beneficiária da Operação 3.1 do Programa de Contrapartidas pela Aquisição das

Aeronaves C-295. Imagem dos sistemas de treino multimédia das aeronaves C-295 desenvolvidos para a Airbus;

7. Caetano Aeronautic, S.A., na qualidade de Entidade Beneficiária da Operação 1 no âmbito do Programa de

Contrapartidas pela Aquisição das Aeronaves C-295. Imagem do Autoclave, equipamento fornecido pela

Prestadora de Contrapartidas com vista à fabricação de componentes em material compósito para a indústria

aeronáutica.

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ÍNDICE GERAL

1. APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................................ 5

2. ENQUADRAMENTO ............................................................................................................................................ 7

3. O ACOMPANHAMENTO DOS PROGRAMAS DE CONTRAPARTIDAS ............................................................................... 9

3.1. Programa de Contrapartidas pela Aquisição de Helicópteros EH-101 ............................................... 10

3.2. Programa de Contrapartidas pela Aquisição de Targeting-Pods para as Aeronaves F-16 .................. 14

3.3. Programa de Contrapartidas pela Modernização das Aeronaves P-3C Orion .................................... 16

3.4. Programa de Contrapartidas pela Aquisição das Aeronaves C-295 .................................................... 18

3.5. Programa de Contrapartidas pela Aquisição dos Torpedos ................................................................ 22

3.6. Programa de Contrapartidas pela Aquisição das Viaturas Blindadas Pandur ..................................... 23

3.7. Programa de Contrapartidas pela Aquisição dos Submarinos ............................................................ 28

3.8. Programa de Contrapartidas pela Modernização das Aeronaves F-16 .............................................. 32

4. PONTO DE SITUAÇÃO GLOBAL A 31 DE DEZEMBRO DE 2016 .................................................................................. 35

ÍNDICE DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Contrapartidas Creditadas e em Dívida 2004 - 2016 : Moeda Euro.. ............................................ 35

Gráfico 2 - Contrapartidas Creditadas entre 2004 e 2016: Moeda Euro. ........................................................ 36

Gráfico 3 - Contrapartidas Creditadas entre 2004 e 2014: Moeda USD. ........................................................ 36

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela I - Resumo dos Programas de Contrapartidas transitados da extinta Comissão Permanente de

Contrapartidas ................................................................................................................................................... 7

Tabela II – Resumo das alterações ou aditamentos contratuais aos Programas de Contrapartidas ................ 8

Tabela III - Resumo da Execução das Operações de Contrapartidas do Contrato dos Helicópteros EH-101. 13

Tabela IV - Resumo da Execução das Operações de Contrapartidas do Contrato dos Targeting-Pods .......... 15

Tabela V - Resumo da Execução das Operações de Contrapartidas do Contrato das Aeronaves P-3C Orion 17

Tabela VI - Resumo da Execução das Operações de Contrapartidas do Contrato das Aeronaves C-295 ....... 21

Tabela VII - Resumo da Execução das Operações de Contrapartidas do Contrato das Viaturas Pandur ....... 27

Tabela VIII - Resumo da Execução da Operação de Contrapartidas do Contrato dos Submarinos ................ 31

Tabela IX - Resumo da Execução das Operações de Contrapartidas do Contrato da MLU F-16 ..................... 33

Tabela X – Quadro Global da execução dos Programas de Contrapartidas em 31 de dezembro de 2016 ..... 37

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

ACECIA – Componentes Integrados da Indústria Automóvel, ACE

ADS – Airbus Defence & Space

AM – Airbus Military

AWL – AgustaWestland Limited

CAer – Caetano Aeronautic, S.A.

CAM – Centro de Apoio à Missão

CEIIA – Centro de Excelência e Inovação para a Indústria Automóvel

CPC – Comissão Permanente de Contrapartidas

DGAE – Direção-Geral das Atividades Económicas

EADS/CASA – European Aeronautic Defence and Space Company – Construcciones Aeronáuticas, SA

ETI – Empordef, Tecnologias de Informação, S.A.

EPC – Engineering, Procurement & Construction

FAP – Força Aérea Portuguesa

GD Steyr – General Dynamics European Land-Systems Steyr

GCS – General Commercial Services

GSC – German Submarine Consortium

ISQ – Instituto da Soldadura e da Qualidade

LM – Lockheed Martin

M€ – Milhões de Euros

ME – Ministério da Economia

MEE – Ministério da Economia e do Emprego

MDN – Ministério da Defesa Nacional

MP – Marinha Portuguesa

MUSD – Milhões de Dólares dos Estados Unidos

NGC – Northrop Grumman Corporation

OGMA – OGMA - Indústria Aeronáutica de Portugal, S.A.

OGME – Oficinas Gerais de Material de Engenharia do Exército

PAIC – Portuguese Aeronautic Industry Consortium

PIEP – Pólo de Inovação em Engenharia de Polímeros

RJC – Regime Jurídico das Contrapartidas (Decreto-lei n.º 154/2006, de 7 de agosto)

ROC – Revisor Oficial de Contas

SSS – System Segment Specification

ToT – Transferência de Tecnologia (Transference of Technology)

UAS – Unmanned Aircraft System

UAGME – Unidade de Apoio Geral de Material do Exército

USD – Dólares dos Estados Unidos

VAN – Valor Acrescentado Nacional

WASS – Whitehead Alenia Sistemi Subacquei

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CONCEITOS E DEFINIÇÕES

Contrato de Contrapartidas

Um Contrato de Contrapartidas é um contrato celebrado entre o Estado Português e um fornecedor de

material ou equipamento de defesa, o qual estabelece os termos e as condições (Obrigação Contratual de

Contrapartidas; Plano de Operações de Contrapartidas; Prazo das Prestações; Garantias; entre outros) da

prestação pelo fornecedor dos benefícios suscetíveis de contribuir para o desenvolvimento da economia

portuguesa e consequente aumento do valor económico associado ao procedimento de aquisição pelo

Estado Português de determinado equipamento ou material de defesa (cfr. n-º 1 do Artigo 1º do Decreto-

Lei n.º 154/2006, de 7 de agosto, o qual aprova o Regime Jurídico das Contrapartidas).

O Contrato de Contrapartidas poderá ser alvo de alterações ou aditamentos, os quais poderão estabelecer

novas Obrigações Contratuais de Contrapartidas ou novos Planos de Operações de Contrapartidas.

Obrigação Contratual de Contrapartidas

Estabelecida em Contrato de Contrapartidas, a Obrigação Contratual de Contrapartidas é o montante total

a que o fornecedor de material ou equipamento de defesa (Prestador de Contrapartidas) se vinculou a

prestar ao Estado Português, não podendo ser inferior ao valor despendido por este na aquisição do

material ou equipamento de defesa.

Decorrente de eventuais alterações ou aditamentos ao Contrato de Contrapartidas, a Obrigação

Contratual de Contrapartidas poderá sofrer modificações no seu valor pela contabilização de

contrapartidas já creditadas, pelo acréscimo de contrapartidas em virtude de uma eventual extensão do

prazo de prestação ou proporcionalmente, pela extinção, mesmo que parcial, do Contrato de

Fornecimento celebrado pelo Estado Português e o fornecedor de material ou equipamento de defesa, a

que está associado o Contrato de Contrapartidas.

Operação de Contrapartidas

Também designada por Projeto de Contrapartidas, é um conjunto de ações contratualmente

determinadas, suscetíveis de contribuir positivamente para o desempenho da economia portuguesa cujos

efeitos - diretos, indiretos e induzidos - sobre a economia nacional, sejam reconhecidamente estruturantes

e inovadores, designadamente através do desenvolvimento de capacidades empresariais competitivas nos

mercados internacionais, visando sobretudo, a participação do tecido económico e industrial nacional nas

cadeias de valor e de fornecimento associadas aos equipamentos ou serviços de defesa, ou a construção

de capacidades nacionais ligadas à sustentação do ciclo de vida de equipamentos ou sistemas de defesa

adquiridos pelas Forças Armadas.

Uma operação de contrapartidas poderá contemplar diversas ações relativas às formas de compensação

de base industrial, isto é, subcontratação, exportação, transferência de tecnologia, produção sob licença,

formação e treino, investimento ou outros fornecimentos de bens e serviços, destinando-se a uma

entidade portuguesa, designada por Entidade Beneficiária da Operação de Contrapartidas.

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As Operações de Contrapartidas poderão ser alvo de modificação ou substituição, nos termos

contratualmente estabelecidos.

Plano de Operações de Contrapartidas

Conjunto das Operações de Contrapartidas estabelecidas no Contrato de Contrapartidas celebrado entre o

Estado Português e o fornecedor de material ou equipamento de defesa. O somatório das diversas

Operações de Contrapartidas poderá assumir um valor superior ao da Obrigação Contratual de

Contrapartidas, estando o Prestador de Contrapartidas contratualmente vinculado apenas ao

cumprimento da Obrigação Contratual estabelecida.

Prestador de Contrapartidas

É o fornecedor do material ou equipamento de defesa que originou a celebração do Contrato de

Contrapartidas, o qual poderá designar, em casos pontuais e com o prévio consentimento do estado

Português, um terceiro Prestador de Contrapartidas responsável pelo cumprimento de parte das

obrigações a que está vinculado.

Processo de Creditação de Contrapartidas

Trata-se do reconhecimento pelo Estado Português do cumprimento de determinado valor de

contrapartidas pelo fornecedor de material ou equipamento de defesa, no âmbito da Obrigação Contratual

de Contrapartidas a que se vinculou através da celebração de um Contrato de Contrapartidas.

Pressupõe a submissão pelo Prestador de Contrapartidas de um Formulário de Pedido de Creditação

(Credit Claim Form) e de um conjunto de documentação comprovativa da respetiva execução,

designadamente: Relatórios de Progresso; Declaração de Revisores Oficiais de Contas (ROC); Declarações

das Entidades Beneficiárias e todos os demais documentos que atestem, consoante os objetivos

declarados na Operação de Contrapartidas, a respetiva execução.

O Processo de Creditação de Contrapartidas conclui-se com a Pronúncia do Estado Português, através de

comunicação formal ao Prestador de Contrapartidas da respetiva validação e aceitação, e consequente

autorização para se proceder à redução da Garantia Bancária nos casos aplicáveis.

Taxa de Execução do Contrato de Contrapartidas

A Taxa de Execução do Contrato de Contrapartidas resulta do rácio entre o somatório das Contrapartidas

Creditadas e a Obrigação Contratual de Contrapartidas a que respeitam, até determinada data, tendo-se

em consideração a última Obrigação Contratual de Contrapartidas a que o Prestador de Contrapartidas se

vinculou perante o Estado Português, a qual poderá resultar de alterações ou aditamentos. Perante uma

alteração ou aditamento a um Contrato de Contrapartidas, a consequente Taxa de Execução inicia

novamente do zero, considerando-se esse novo enquadramento contratual.

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1. APRESENTAÇÃO

Decorreram já quatro anos da atribuição a esta Direção-Geral da competência em acompanhar a execução

dos contratos de contrapartidas celebrados entre o Estado Português e os fornecedores de equipamentos

de defesa.

O grau de complexidade de tal tarefa e a sensibilidade de que se revestem tais matérias determinou,

desde logo, a adoção de métodos de trabalho assentes na competência técnica, na transparência

processual, na devida articulação com os responsáveis governamentais e, sobretudo, na incessante

procura por assegurar as evidências processuais de fundamentação e suporte às decisões tomadas, com o

objetivo de garantir a competente prestação de contas às entidades públicas com competência para o

efeito.

No ano de 2016 foi possível concluir o Projeto Âncora e, desse modo, dar como integralmente cumprida a

Obrigação Contratual de Contrapartidas a que o German Submarine Consortium estava vinculado perante

o Estado Português, estabelecida no contrato celebrado em 2014. Mais um passo significativo na

prossecução do objetivo traçado, o de levar a bom porto e maximizar a execução dos contratos de

contrapartidas anteriormente acompanhados pela extinta Comissão Permanente de Contrapartidas.

No Programa de Contrapartidas pela Aquisição das Viaturas Pandur, para além da conclusão do projeto de

fornecimento de um Simulador Dinâmico de Condução Pandur ao Exército Português, equipamento

tecnologicamente avançado desenvolvido por uma empresa portuguesa de referência na área da

simulação, a ETI, S.A., celebrou-se um novo aditamento contratual com vista a viabilizar a execução, até

agosto de 2017, do Projeto I-05, relacionado com a obtenção pelo Exército Português da capacidade

autónoma em realizar a Manutenção de Nível III das Viaturas Pandur, projeto fundamental para a

manutenção das capacidades operacionais dos equipamentos adquiridos ao longo da sua vida útil.

Concluímos o ano de 2016 com um volume de contrapartidas por cumprir no montante de 384,81 M€.

Independentemente do valor, bastante inferior aos cerca de 1.990 M€ verificados em finais de 2012,

manteremos no futuro a mesma postura e a mesma dedicação que tem norteado esta Direção-Geral,

procurando defender os interesses do Estado Português no estrito cumprimento das normas e regras

aplicáveis.

Lisboa, 25 de janeiro de 2017

Artur Lami

Diretor-Geral das Atividades Económicas

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Página propositadamente deixada em branco.

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2. ENQUADRAMENTO

Decorrente da publicação do Decreto-Lei n.º 33/99 de 5 de Fevereiro, o qual criou o Regime Jurídico das

Aquisições no domínio da defesa abrangidas pelo artigo 223.º, n.º 1 aliena b) do Tratado de Roma, e

através do Despacho Conjunto n.º 341/99 dos Ministérios da Defesa Nacional e da Economia, de 8 de abril,

e publicado no Diário da República, 2ª Série, n.º 194, de 20 de agosto, foi instituída a Comissão

Permanente de Contrapartidas [CPC], órgão colegial com competência na matéria de definição e gestão

dos Programas de Contrapartidas.

No ano de 2006, a CPC sofreu uma revisão profunda no seu estatuto através do Decreto-Lei n.º 153/2006,

de 7 de agosto, dotando-a de um gabinete técnico de apoio e de uma estrutura orgânica própria, tendo

ainda sido publicado o Decreto-Lei n.º 154/2006, de 7 de agosto, o qual aprovou o Regime Jurídico das

Contrapartidas [RJC], instrumento fundamental para a atuação daquele organismo.

No entanto, com a aprovação da Lei Orgânica do Ministério da Economia e do Emprego [MEE] pelo

Decreto-Lei n.º 126-C/2011, de 29 de dezembro, foi extinta a CPC, tendo transitado para a Direção-Geral

das Atividades Económicas [DGAE], com a publicação da respetiva Lei Orgânica, através do Decreto

Regulamentar n.º 42/2012, de 22 de maio, a competência de acompanhar e fiscalizar a execução, incluindo

a eventual renegociação, em articulação com o membro do Governo responsável pela área da defesa

nacional, de oito contratos de contrapartidas celebrados entre o Estado Português e os fornecedores de

material de defesa, no âmbito de programas de aquisição de equipamentos e sistemas de defesa.

TABELA I - RESUMO DOS PROGRAMAS DE CONTRAPARTIDAS TRANSITADOS DA EXTINTA COMISSÃO PERMANENTE DE CONTRAPARTIDAS

IDENTIFICAÇÃO DO PROGRAMA DE CONTRAPARTIDAS PRESTADOR DE CONTRAPARTIDAS ANO DE

CONTRATUALIZAÇÃO

PERÍODO DE

IMPLEMENTAÇÃO

Programa de Aquisição de Helicópteros EH-101 AgustaWestland Limited 2001 2002-2014

Programa de Aquisição de Targeting Pods para os F-16 Northrop Grumman Corporation 2008 2008-2020

Programa de Modernização das Aeronaves P-3C Orion Lockheed Martin 2007 2007-2013

Programa de Aquisição das Aeronaves C-295 Airbus Defence&Space 2006 2006-2018

Programa de Aquisição de Torpedos para os Submarinos Whitehead Alenia Sistemi

Subacquei 2005 2006-2014

Programa de Aquisição de Viaturas Blindadas sobre Rodas (VBR-PANDUR)

General Dynamics Land Systems-Steyr

2005 2005-2014

Programa de Aquisição de Submarinos German Submarine Consortium 2004 2004-2016

Programa de Modernização das Aeronaves F-16 Lockheed Martin 2006 2006-2014

Tais competências foram mantidas pelo n.º 2 do artigo 34.º da Lei Orgânica do Ministério da Economia

aprovada pelo Decreto-Lei n.º 11/2014, de 20 de janeiro, e encontram-se vertidas no artigo 9.º do Decreto

Regulamentar n.º 5/2015, de 20 de julho, que aprova a orgânica da DGAE.

O RJC, apesar de revogado pelo Decreto-Lei n.º 105/2011, de 6 de outubro, por incompatibilidade com a

disciplina jurídica aplicável à Contratação Pública nos domínios da defesa e da segurança, mantém-se em

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vigor até à cessação do último contrato, constituindo-se, a par dos diversos contratos de contrapartidas,

como a base metodológica de suporte à atividade da DGAE no acompanhamento dos Programas.

O presente relatório pretende resumir a atividade desenvolvida pela DGAE no ano de 2016, no âmbito do

acompanhamento e fiscalização dos Programas de Contrapartidas transitados da extinta CPC, procurando

informar sobre o estado de execução de cada Contrato de Contrapartidas à data de 31 de dezembro de

2016, tendo por referência os diversos quadros contratuais celebrados, resultado de eventuais alterações

ou aditamentos aos contratos iniciais, conforme tabela seguinte:

TABELA II – RESUMO DAS ALTERAÇÕES OU ADITAMENTOS CONTRATUAIS VERIFICADOS NOS PROGRAMAS DE CONTRAPARTIDAS

PROGRAMA DE CONTRAPARTIDAS

[PRESTADOR DE CONTRAPARTIDAS]

CONTRATOS E/OU

ALTERAÇÕES DESCRIÇÃO SUCINTA DO CONTRATO CELEBRADO ESTADO

Helicópteros EH-101 [AgustaWestland Limited]

Contrato Inicial [20-12-2001]

Estabelece um Obrigação Contratual de 394,02 M€ a ser executada no período de 2002 a 2008.

Não Vigente 1ª Alteração [01-08-2008]

Altera a Obrigação para 336,71 M€ e estabelece um Novo Plano de Operações a executar no período de 2008 a 2014.

2ª Alteração [30-12-2011]

Mantém a Obrigação em 336,71 M€ e prazo de vigência, adicionando uma nova Operação de Contrapartidas.

3ª Alteração [05-11-2014]

Estabelece uma nova Obrigação de 116,17 M€, novo prazo de execução de 2014 a 2017 e reformula o Plano de Operações.

Em Cumprimento

Targeting Pods para os F-16 [Northrop Grumman Corporation]

Contrato Inicial [29-11-2008]

Estabelece um Obrigação Contratual de 19,89 M€ a ser executada no período de 2008 a 2020. Em

Cumprimento Adenda [29-01-2010]

Substitui um conjunto de Operações de Contrapartidas por uma nova Operação “RADAR SAT 2”.

Aeronaves P-3C Orion [Lockheed Martin]

Contrato Inicial [06-09-2007]

Estabelece um Obrigação Contratual de 99,70 M€ a ser executada no período de 2007 a 2013.

Concluído

Aeronaves C-295

[Airbus Defence&Space]

Contrato Inicial [17-02-2006]

Estabelece um Obrigação Contratual de 460,00 M€ a ser executada no período de 2006 a 2012.

Não Vigente

1ª Alteração [01-08-2012]

Estabelece uma nova Obrigação de 464,00 M€, novo prazo de execução de 2012 a 2018 e novo Plano de Operações.

Em Cumprimento

Torpedos [Whitehead Alenia Sistemi Subacquei]

Contrato Inicial [03-03-2005]

Estabelece um Obrigação Contratual de 46,50 M€ a ser executada no período de 2006 a 2014.

Resolvido

Viaturas Pandur [General Dynamics Land Systems-Steyr]

Contrato Inicial [15-02-2005]

Estabelece um Obrigação Contratual de 516,32 M€ a ser executada no período de 2006 a 2014.

Não Vigente

1º Aditamento [26-09-2014]

Estabelece nova Obrigação de 82,48 M€, um novo Plano de Operações e um novo Prazo de Execução de 2014 a 2017. Em

Cumprimento 2º Aditamento [29-08-2016]

Prorroga o Prazo Geral de Execução do Contrato até 29 de agosto de 2017.

Submarinos [German Submarine Consortium]

Contrato Inicial [21-04-2004]

Estabelece um Obrigação Contratual de 1.210,00 M€ a ser executada no período de 2004 a 2012.

Não Vigente Acordo Alfamar

[01-10-2012] Determina uma nova Operação de Contrapartidas de 600 M€ e a execução do Projeto Koch de Portugal valorizado em 220,6 M€.

Acordo Âncora [24-07-2014]

Determina a execução do Projeto Âncora, valorizado em 600 M€ no período de 2014 a 2017.

Concluído

Aeronaves F-16 [Lockheed Martin]

Contrato Inicial [15-02-2006]

Estabelece um Obrigação Contratual de 173,90 MUSD a ser executada no período de 2006 a 2014.

Concluído

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3. O ACOMPANHAMENTO DOS PROGRAMAS DE CONTRAPARTIDAS

Nos subcapítulos seguintes, para os diversos Programas de Contrapartidas em execução, será apresentada

uma tabela resumo das diversas Operações de Contrapartidas, respetiva descrição e consequentes Taxas

de Execução (das Operações de Contrapartidas e da Obrigação Contratual de Contrapartidas) a 31 de

dezembro de 2016.

Neste sentido, em termos da execução de cada Contrato de Contrapartidas, serão identificadas as

creditações de contrapartidas aprovadas pela DGAE no ano de 2016 para as diversas Operações de

Contrapartidas, as quais resultam de um processo de contabilização que tem por base as diversas provas

de cumprimento que os fornecedores estão obrigados a submeter, e que compreendem, entre outros

requisitos, a declaração pelas Entidades Beneficiárias da execução dos projetos e a certificação por

Revisores Oficiais de Contas [ROC] do cálculo do Valor Acrescentado Nacional [VAN] associado às

diferentes Operações de Contrapartidas.

Para além da verificação da prova documental submetida pelos diversos Prestadores de Contrapartidas, a

qual servirá de base à contabilização das contrapartidas executadas em determinado projeto, o

acompanhamento dos contratos de contrapartidas contempla ainda a realização de visitas técnicas aos

locais de implementação das operações de contrapartidas e a realização de inúmeras reuniões com as

entidades beneficiárias e os fornecedores de material e equipamento de defesa.

Pretende-se ainda dar a conhecer os principais desenvolvimentos ocorridos no ano transato nos diversos

Programas de Contrapartidas, apresentando, em todo o caso, um breve enquadramento da génese de

cada programa e características mais relevantes.

Como novidade introduzida no presente relatório ressalta a identificação do “Estado” de cada uma das

operações de contrapartidas dos diversos programas, as quais poderão enquadrar-se nas situações

“Concluída” ou “Ativa”. Uma operação de contrapartidas dada como “Concluída” respeita aos projetos não

só materialmente executados, como também, contabilizados em termos de contrapartidas executadas de

acordo com as normas e regras contratualmente fixadas para o efeito.

Uma operação de contrapartidas em situação “Ativa” respeita a um projeto que está em curso, seja em

termos materiais ou, mesmo que executado materialmente, estejam ainda pendentes as creditações de

contrapartidas em resultado dessa execução.

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Fig. 1: Projeto de Engenharia Aeronáutica “Cabin Retrofit for Clam-

Shell Door” para a Aeronave AW 609, desenvolvido pelo CEIIA no

âmbito da Operação 5001 “Research Design and Engineering” do

Programa EH-101. (Foto gentilmente cedida pela Entidade

Beneficiária)

3.1. PROGRAMA DE CONTRAPARTIDAS PELA AQUISIÇÃO DE HELICÓPTEROS EH-101

Enquadramento

O Contrato de Contrapartidas foi celebrado em 20 de dezembro de 2001, entre o Estado Português e a EH

Industries Limited, designada atualmente por AgustaWestland Limited1 [AWL], uma subsidiária do grupo

industrial italiano Leonardo Company (designação adotada no ano de 2016 pelo Grupo Finmeccanica)

tendo entrado em vigor em 15 de fevereiro de 2002 e estabelecendo uma Obrigação Contratual de

Contrapartidas inicial no valor de 394 M€.

Durante os anos de 2002 a 2005, decorreram negociações entre a CPC e a AWL que permitiram a

aprovação, em março de 2005, do Plano de Contrapartidas, tendo a AWL estabelecido o compromisso de

realizar contrapartidas no montante de 403 M€. Na construção do programa seguiu-se uma lógica de

cluster, tendo os projetos sido agrupados em torno dos sectores Aeronáutico, Novas Tecnologias,

Automóvel, Energia e Moldes.

Tendo a AWL demonstrado algumas dificuldades na concretização do Plano de Contrapartidas aprovado,

entrou em acordo com a CPC para a celebração da 1ª Alteração Contratual, assinada em 1 de agosto de

2008. Com a entrada em vigor desta primeira alteração contratual, em 30 de setembro de 2008, e tendo

em conta o valor das contrapartidas já executadas até essa data, no valor de 97,13 M€, a obrigação de

prestação de contrapartidas então assumida pelo fornecedor foi de 336,7 M€ (que inclui o acréscimo de

10%, isto é, 30,6 M€, decorrente da extensão do prazo de implementação para 2014), tendo os projetos

apresentados sido valorizados em cerca de 388,4

M€.

Todos os novos projetos criados no âmbito desta

primeira alteração respeitam ao sector

aeronáutico, nas áreas de I&D, engenharia,

fabricação e manutenção. Incluíam o alargamento

das atividades da AWL em Portugal com a criação

de uma subsidiária no nosso país, pelo

estabelecimento de uma parceria entre a AWL e o

Centro de Excelência e Inovação para a Indústria

Automóvel [CEIIA] para a formação e realização de

atividades de engenharia e I&D no setor

aeronáutico, bem como pela parceria com o

terceiro prestador de contrapartidas Assystem

1 No mês de agosto de 2016 foi anunciada a criação de uma única entidade designada por Leonardo MW Limited, a

operar a partir de 1 de janeiro de 2017, a qual irá congregar as empresas do Grupo Leonardo a operar no Reino Unido,

designadamente, a AgustaWestland Limited, a Selex ES Limited, a DRS Technologies UK Limited e a Finmeccanica UK

Limited.

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Fig. 2: Serviço de Assistência e Manutenção dos Helicópteros EH-101

prestado pela OGMA, S.A. no âmbito da Operação 5004 “Full In-

Service Support” do Programa EH-101. (Foto gentilmente cedida

pela Entidade Beneficiária)

Internacional, para desenvolver a Assystem Portugal na realização de atividades de engenharia em

sistemas elétricos aeronáuticos e pela subcontratação da OGMA em atividades de fabricação e

manutenção dos EH-101 (incluindo formação, treino e suporte técnico).

Em 30 de dezembro de 2011 foi assinada uma segunda alteração contratual, que incluiu um novo projeto

(6 - “Software Engineering Services”) com a Critical Software e algumas pequenas alterações aos projetos

já existentes, aumentando a valorização do Plano de Operações de Contrapartidas para 555,3 M€, mas

mantendo a Obrigação Contratual de Contrapartidas em 336,7 M€.

No dia 5 de novembro de 2014 procedeu-se à celebração da Terceira Alteração ao Contrato de

Contrapartidas, decorrente de um pedido de prorrogação do prazo de execução contratual por mais três

anos. Na proposta de prorrogação formulada, o Prestador de Contrapartidas invocou a crise económico-

financeira verificada desde 2008, por considerar ter tido um impacto direto nos orçamentos de defesa nos

principais mercados da AWL (Europa e EUA) e, consequentemente, um impacto no volume de novos

fornecimentos da AWL (que decresceu) e de encomendas às Entidades Beneficiárias no âmbito das

Operações de Contrapartidas contratualizadas, o que inviabilizaria o cumprimento dentro do prazo

estabelecido (29 de setembro de 2014) da

Obrigação Contratual de Contrapartidas a que

estava vinculado.

Neste sentido, estabeleceu-se uma nova Obrigação

Contratual de Contrapartidas no montante total de

116.172.326,60 €, a qual inclui um acréscimo de

10% como penalização pela extensão do prazo de

execução contratual, um novo Plano de Operações

de Contrapartidas, caracterizado pela continuidade

de cinco projetos do plano anterior, valorizados em

175,14 M€, e a prestação de uma Garantia Bancária,

Incondicional e à Primeira Solicitação, no montante

correspondente a 15% da Obrigação Contratual.

O Ano de 2016

A atividade de acompanhamento do Programa de Contrapartidas pela Aquisição dos Helicópteros EH-101

desenvolvida ao longo do ano de 2016 contemplou a creditação de contrapartidas no montante total de

43.806.429,31 €, em resultado da submissão pela AWL dos Pedidos de Creditação associados aos

Relatórios de Progresso n.ºs 25 e 26, relativos à execução das Operações de Contrapartidas nos períodos,

respetivamente, de 1 de abril a 29 de setembro de 2015 e 1 de outubro de 2015 a 31 de março de 2016.

Procedeu-se igualmente à contabilização e creditação de contrapartidas na sequência dos esclarecimentos

complementares prestados pela AWL em finais de 2015, e relativos à execução de alguns projetos no

período respeitante ao Relatório de Progresso n.º 24, de 1 de outubro de 2014 a 31 de março de 2015.

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Fig. 3 Fig. 4

Produção da Rear Fuselage dos Helicópteros AW-101 pela OGMA, S.A. no âmbito da Operação 5005 “OGMA Manufacturing” do

Programa EH-101. (Fotos gentilmente cedidas pela Entidade Beneficiária)

Os pedidos de creditação submetidos pela Prestadora de Contrapartidas contemplam um conjunto de

documentação, ou prova documental, que permite atestar a realização das diversas operações de

contrapartidas num determinado período, sendo de destacar a seguinte documentação:

a. Declarações emitidas por um Revisor Oficial de Contas [ROC] atestando o cálculo do Valor

Acrescentado Nacional [VAN] de determinada operação;

b. Declarações emitidas pelas entidades beneficiárias das operações de contrapartidas, atestando a

realização das ações previstas nos projetos;

c. Cópia de todas as faturas emitidas no âmbito da componente de subcontratação e respetivo

comprovativo de pagamento.

Só após a receção desta documentação, estão reunidas as condições para se proceder à contabilização das

contrapartidas realizadas e, deste modo, proceder-se à consequente creditação das mesmas, processo que

implica a Pronúncia da Direção-Geral num determinado prazo estabelecido para o efeito em sede

contratual, após a devida articulação com S. Exa. o Ministro da Defesa Nacional através do Gabinete de S.

Exa. o Ministro da Economia.

Em termos cronológicos, ao longo do ano de 2016, foram efetuadas as seguintes Pronúncias de Aprovação

de Contrapartidas:

No dia 2 de fevereiro de 2016, tendo-se creditado contrapartidas no montante de 8.546.111,96 €,

pela execução, no período de 1 de outubro de 2014 a 31 de março de 2015, das Operações 5002,

5004 e 5005. Decorrente dos esclarecimentos prestados pela AWL em novembro de 2015, foi

possível regularizar a creditação de parte das contrapartidas não aceites aquando da pronúncia de

aprovação realizada em agosto de 2015.

No dia 29 de abril de 2016, a qual contemplou a creditação de contrapartidas no montante de

16.724.785,71 €, pela execução das operações de contrapartidas (à exceção da Operação 5006) no

período de 1 de abril de 2015 a 29 de setembro de 2015, conforme submissão pela AWL do

Relatório de Progresso n.º 25 em novembro de 2015. O valor creditado inclui o montante de

3.001.004,61 € relativo à regularização das contrapartidas executadas no âmbito da Operação

5001, no período anterior, isto é, de 1 de outubro de 2014 a 31 de março de 2015, valor que

aguardava prova documental necessária à correta contabilização.

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No dia 16 de dezembro de 2016, tendo-se creditado contrapartidas no montante total de

18.535.531,64 €, pela execução das operações de contrapartidas no período de 1 de outubro de

2015 a 31 de março de 2016, conforme submissão pela AWL do Relatório de Progresso n.º 26 no

mês de junho de 2016. O valor creditado inclui ainda o montante de 4.077.325,11 € de

contrapartidas creditadas no âmbito da Operação 5006, respeitantes ao semestre anterior, as

quais não tinham sido contabilizadas por falta de prova documental atualizada.

A tabela seguinte apresenta o resumo da execução do Programa de Contrapartidas pela Aquisição dos

Helicópteros EH-101 à data de 31 de dezembro de 2016:

TABELA III - RESUMO DA EXECUÇÃO DAS OPERAÇÕES DE CONTRAPARTIDAS DO CONTRATO DOS HELICÓPTEROS EH-101.

OPERAÇÕES DE CONTRAPARTIDAS (Conforme 3ª Alteração Contratual de 5 de novembro de 2014)

CONTRAPARTIDAS CREDITADAS (valores em euros)

TAXA DE EXECUÇÃO

DA OPERAÇÃO

ID [Estado]

DESIGNAÇÃO OBJETO BENEFICIÁRIO VALORIZAÇÃO 2016 ACUMULADAS

5001 [Ativa]

Research Design and Engineering

Contratação e desenvolvimento de capacidade de investigação, design e serviços de engenharia no setor aeronáutico.

CEIIA 57.680.000 11.410.967 23.454.118 40,66%

5002 [Ativa]

Aeronautic Electrical Engineering

Contratação e investimento em capacidades de engenharia em sistemas elétricos aeronáuticos.

Assystem Portugal

18.280.000 5.326.512 12.561.347 68,72%

5004 [Ativa]

Full In-Service Support

Operações de assistência e manutenção de Helicópteros.

OGMA

17.820.000 9.246.917 11.925.824 66,92%

5005 [Ativa]

Manufacturing

Contratação e desenvolvimento de capacidades de fabricação de partes e sistemas para Helicópteros.

55.140.000 10.984.443 12.748.320 23,12%

5006 [Ativa]

Software Engineering Services

Contratação de desenvolvimento de software para sistemas aeronáuticos.

Critical Software

26.220.000 6.837.590 14.821.787 56,53%

TOTAIS 175.140.000 43.806.429 75.511.396

De uma Obrigação Contratual de Contrapartidas estabelecida em 5 de novembro de 2014, no valor de 116,17 M€, foram cumpridas contrapartidas no montante de 75,51 M€, correspondendo a uma Taxa de

Execução de 65,0%, restando cumprir até 29 de setembro de 2017 o valor de 40,66 M€.

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Fig. 5: Antena localizada na Estação de Santa Maria, nos

Açores, onde foi operacionalizada pela EDISOFT, S.A. a

atualização dos componentes que permitem adquirir

dados provenientes do Satélite RADARSAT-2 no âmbito

da Operação NG 02 “Santa Maria Ground Station Radar

SAT-2 Capability Development”. (Foto gentilmente

cedida pela Entidade Beneficiária)

3.2. PROGRAMA DE CONTRAPARTIDAS PELA AQUISIÇÃO DE TARGETING-PODS PARA AS AERONAVES F-16

Enquadramento

O Contrato de Contrapartidas foi celebrado em 29 de novembro de 2008, entre o Estado Português e a

Northrop Grumman Overseas Services Corporation (NGOSCO), agora designada por Northrop Grumman

Corporation (NGC) tendo entrado em vigor em 4 de dezembro desse ano, estipulando uma Obrigação

Contratual de Contrapartidas no montante de 19,89 M€.

Incluía seis projetos, um associado ao treino e formação para operação e manutenção dos Targeting-Pods,

outro para a criação de um centro regional de suporte logístico aos Targeting-Pods da Northrop Grumman

na Europa e quatro projetos no domínio do sector aeroespacial. Foi fixado um período de implementação

de 12 anos (2008-2020) dada a complexidade dos projetos e para dar sustentabilidade à relação com a

NGOSCO.

O Projeto NG01 “Computer Based Training”, cuja Entidade Beneficiária é a Empordef - Tecnologias de

Informação, SA. [ETI], traduz-se na construção de um módulo específico de treino baseado em computador

para os Targeting-Pods, contemplando o respetivo financiamento da ETI, as componentes tangíveis e

intangíveis de tecnologia transferida e o valor acrescentado

nacional associado à comercialização que a ETI venha a

fazer ao longo do ciclo de vida útil dos equipamentos da

Força Aérea Portuguesa [FAP] ou de outros utilizadores.

Os restantes projetos não tiveram qualquer concretização,

tendo a NGOSCO, em coordenação com a Entidade

Beneficiária EDISOFT, S.A. proposto a sua substituição por

um novo projeto designado “Santa Maria Ground Station

Radar SAT-2 Capability Development”, o qual foi aprovado

pela CPC em 19 de dezembro de 2011. No essencial, o

projeto caracteriza-se pelo fornecimento à EDISOFT de

equipamento de acesso à informação RADAR SAT 2, o que

permitirá à entidade beneficiária diversificar os contratos de

fornecimento de informação a diversas entidades,

considerando uma componente de transferência de

tecnologia associada ao potencial de negócio.

No final do ano de 2013, o projeto desenvolvido pela

EDISOFT, S.A. foi dada como concluída, consubstanciando-se

numa execução acumulada de contrapartidas no montante

de 13,46 M€, correspondendo a uma Taxa de Execução de

71,9 % face à valorização de 18,72 M€.

No que respeita à Operação NG01 desenvolvida pela ETI,

S.A., também no ano de 2013 foram dadas como concluídas

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Fig. 6: Módulo de treino baseado em computador para os

Targeting-Pods, desenvolvido pela ETI, S.A. no âmbito da

Operação NG-01 “CBT”. (Foto gentilmente cedida pela

Entidade Beneficiária)

Fig. 5: Antena localizada na Estação de Santa Maria, nos

Açores, onde foi operacionalizada pela EDISOFT, S.A. a

atualização dos componentes que permitem adquirir dados

provenientes do Satélite RADARSAT-2 no âmbito da Operação

NG 02 “Santa Maria Ground Station Radar SAT-2 Capability

Development”. (Foto gentilmente cedida pela Entidade

Beneficiária)

as Fase 1 e 2 (Desenvolvimento do Produto) do projeto. No que respeita à Fase 3, de comercialização do

produto, não foi submetido pela NGC qualquer pedido

de creditação que consubstanciasse a realização de

qualquer ação.

O Ano de 2016

Desde o ano de 2013 que a NGC não submete qualquer

pedido de creditação pela execução de contrapartidas.

De facto, a NGC cumpriu nesse ano com a Meta

Intermédia fixada para o ano de 2017, estabelecida no

Contrato de Contrapartidas celebrado em 29 de

novembro de 2008, o qual fixou um período de vigência

de 12 anos, de 2008 a 2020.

No entanto, foi possível realizar uma reunião em outubro de 2016, com a representante da Northrop

Grumman Corporation, tendo sido possível alertar a Prestadora de Contrapartidas para a necessária

apresentação atempada dos Relatórios Trimestrais de Progresso e, sobretudo, identificar as principais

normas que regem a creditação de contrapartidas ou a apresentação de eventuais projetos de

substituição, com vista a assegurar o cumprimento da Obrigação Contratual de Contrapartidas a que está

vinculada perante o Estado Português.

A tabela seguinte apresenta o resumo das operações de contrapartidas e respetivas taxas de execução.

TABELA IV - RESUMO DA EXECUÇÃO DAS OPERAÇÕES DE CONTRAPARTIDAS DO CONTRATO DOS TARGETING-PODS

OPERAÇÕES DE CONTRAPARTIDAS CONTRAPARTIDAS CREDITADAS

(valores em euros) TAXA DE

EXECUÇÃO DA

OPERAÇÃO ID

[Estado] DESIGNAÇÃO OBJETO BENEFICIÁRIO VALORIZAÇÃO 2016 ACUMULADAS

NG01

[Ativa]

CBT

Computer

Based Training

Financiamento e capacitação da ETI

para desenvolver sistemas de treino

assistido por computador para

operação dos Targeting-Pods.

ETI 3.575.000 2.051.248 57,4%

NG02

[Concluída]

Santa Maria

Ground Station

Radar SAT 2

Suporte à EDISOFT na atualização

das componentes e equipamento

de acesso à informação do satélite

RADAR SAT 2.

EDISOFT 18.722.000 13.455.931 71,9%

TOTAIS 22.297.000 0 15.507.179

De uma Obrigação Contratual de Contrapartidas estabelecida em 29 de novembro de 2008, no valor de 19,89 M€, foram cumpridas contrapartidas no montante de 15,51 M€, correspondendo a uma Taxa de

Execução de 78,0%, restando cumprir até 4 de dezembro de 2020 o valor de 4,38 M€.

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Fig. 7: Serviços de modificação pela OGMA, S.A. das Aeronaves P - 3C Orion, envolvendo

formação, apoio técnico e transferência de tecnologia, no âmbito da Operação 3 “AC Mod”.

(Foto gentilmente cedida pela Entidade Beneficiária)

3.3. PROGRAMA DE CONTRAPARTIDAS PELA MODERNIZAÇÃO DAS AERONAVES P-3C ORION

Enquadramento

O Contrato de Contrapartidas pela Modernização das Aeronaves P-3C Orion da FAP foi celebrado em 6 de

setembro de 2007, entre o Estado Português e a Lockheed Martin [LM], tendo entrado em vigor em 21 de

dezembro desse ano, por um período de vigência de 6 anos, estabelecendo uma Obrigação Contratual de

99,7 M€.

A negociação deste Programa com a LM assegurou que o programa incluísse um projeto destinado ao

desenvolvimento da capacidade nacional num segmento estratégico da indústria aeronáutica, os UAV

(Unmanned Aircraft Vehicles), outro ao reforço da competência nacional no desenvolvimento de software

operacional, através da criação de capacidade local para intervir no sistema de missão das aeronaves P-3C,

e um último para contribuir para o reforço da atividade do maior integrador aeronáutico nacional, a

OGMA, S.A.

Neste sentido, o Projeto 1 “IMPERIOTM UAS” estabeleceu uma parceria entre a Lockheed Martin e o

consórcio PAIC (Portuguese Aeronautical Industry Consortium), constituído por doze2 organizações

nacionais a trabalhar em conjunto pela primeira vez, para o desenvolvimento de um Unmanned Aircraft

System [UAS] para o mercado civil e eventualmente militar.

O Projeto 3 “OGMA AC Mod” compreendeu a modificação pela OGMA de três Aeronaves P-3C Orion,

envolvendo as correspondentes

componentes de formação, apoio

técnico e transferência de

tecnologia. Por último, o Projeto

2 “CAM Integration and

Training”, tendo por entidade

beneficiária a ETI, visou o

desenvolvimento das

competências necessárias para

assumir no futuro, a manutenção,

o melhoramento e atualização do

Sistema CAM da FAP, através de

formação e transferência de

tecnologia para o

desenvolvimento e integração de

todas as componentes do Centro

de Apoio à Missão [CAM].

2 Neste grupo incluem-se 8 empresas (Active Space Technologies, Critical Software, Edisoft, Empordef, TI Skysoft,

Spinworks, Tekever e Iberomoldes); três Centros de I&D (PIEP, INEGI e CeNTI); e a Associação para a valorização e

promoção da oferta das empresas nacionais para o sector aeronáutico (PEMAS).

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No entanto, no âmbito do Contrato de Fornecimento, tornou-se necessário renegociar o fornecimento do

“P – 3C CUP + SSS – System Segment Specification”, o que implicou novos requisitos a serem cumpridos

pela LM, incluindo novas atualizações de segurança. Tal situação implicou a não participação da ETI

conforme previsto, levando a LM a fornecer sozinha o sistema à FAP. Como solução alternativa, a LM e a

ETI acordaram numa nova versão do projeto, que passa pela designação da ETI como “Design Authority in

Portugal” para o CAM Ground Station desenvolvido pela LM, o que tornará a ETI no primeiro ponto de

contacto para apoio da FAP.

O Projeto 3 “OGMA AC Mod” foi concluído em 2013, tendo sido creditadas contrapartidas acumuladas no

montante de 25,54 M€, correspondendo a uma taxa de execução de 102%.

No ano de 2014 concluíram-se os projetos 1 “IMPERIOTM UAS” e 2 “CAM Integration and Training”, tendo-

se creditado contrapartidas acumuladas no montante, respetivamente, de 74,34 M€ e 1,23 M€. Deste

modo, concluiu-se o Programa de Contrapartidas pela Modernização das Aeronaves P-3C Orion, tendo a

LM cumprido em 101,4% a Obrigação Contratual de Contrapartidas a que estava vinculada.

A tabela da página seguinte apresenta o resumo das operações de contrapartidas e respetivas taxas de

execução.

TABELA V - RESUMO DA EXECUÇÃO DAS OPERAÇÕES DE CONTRAPARTIDAS DO CONTRATO DAS AERONAVES P-3C ORION

OPERAÇÕES DE CONTRAPARTIDAS CONTRAPARTIDAS CREDITADAS

(valores em euros) TAXA DE

EXECUÇÃO DA

OPERAÇÃO ID

[Estado] DESIGNAÇÃO OBJETO BENEFICIÁRIO VALORIZAÇÃO 2016 ACUMULADAS

1 [Concluída]

IMPERIOTM UAS

Desenvolvimento de um "Unmanned Aircraft System" para uso civil. Inclui financiamento pela LM, fornecimento de equipamento e software especializados, transferência de tecnologia e apoio técnico.

PAIC Portuguese Aeronautic

Industry Consortium

74.341.480 74.341.480 100,0%

2 [Concluída]

CAM Integration and Training

Designação da ETI como “Design Authority in Portugal” para o CAM Ground Station desenvolvido pela LM, o que tornará a ETI no primeiro ponto de contacto para apoio da FAP.

ETI, S.A. 1.226.744 1.226.744 100,0%

3 [Concluída]

OGMA AC Mod

Contrato de modificação pela OGMA de 3 Aeronaves P - 3C Orion, envolvendo formação, apoio técnico e transferência de tecnologia.

OGMA, S.A. 25.027.469 25.536.460 102,0%

TOTAIS 100.595.693 n.a 101.104.684 100,5%

O Programa de Contrapartidas pela Modernização das Aeronaves P-3C Orion foi concluído no Ano de 2014, tendo sido creditadas contrapartidas acumuladas no montante de 101,10 M€, representando uma

Taxa de Execução de 100,5% face à Obrigação Contratual de Contrapartidas fixada em 99,70 M€.

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Fig. 8: A Caetano Aeronautic, S.A. é a empresa de propósito específico criada no

âmbito da Operação 1, a qual tem por objeto a conversão do Grupo Salvador

Caetano para a Indústria Aeronáutica. (Foto gentilmente cedida pela Entidade

Beneficiária)

3.4. PROGRAMA DE CONTRAPARTIDAS PELA AQUISIÇÃO DAS AERONAVES C-295

Enquadramento

O Contrato de Contrapartidas foi celebrado entre o Estado Português e a EADS/CASA3, entretanto

adquirida pela Airbus Military [AM] e atualmente designada por Airbus Defence&Space [ADS], em 17 de

fevereiro de 2006, tendo entrado em vigor a 17 de novembro desse ano, estipulando um período de

vigência de 7 anos.

Com uma Obrigação Contratual de Contrapartidas inicial no montante de 460,00 M€, o contrato foi alvo de

uma profunda restruturação com a celebração de uma Alteração Contratual em 1 de agosto de 2012.

Nessa data, tendo em conta o montante de 127,60 M€ de contrapartidas consideradas cumpridas,

estabeleceu-se uma nova Obrigação Contratual no valor de 398,88 M€, que incluía um acréscimo de 20%

sobre o montante considerado em dívida, por via da extensão do prazo de execução contratual por mais 6

anos.

No entanto, das contrapartidas consideradas cumpridas à data da alteração contratual, no montante de

127,60 M€, estavam ainda por contabilizar contrapartidas no valor de 65,12 M€, as quais aguardavam a

por apresentação da respetiva prova documental, pelo que se considerou o acréscimo deste montante à

nova obrigação de 398,88 M€, estabelecendo-se uma Obrigação Contratual Global, considerada no âmbito

do acompanhamento do presente Contrato, de 464,00 M€.

A alteração preconizada em 2012 contemplou 8 projetos, sendo que 7 são projetos de continuidade do

plano de contrapartidas anterior, com algumas alterações, dois projetos relacionados com a

subcontratação das OGMA, S.A. na

montagem e no fabrico de peças para

as Aeronaves C-295, três projetos

tendo a ETI como Entidade

Beneficiária, relacionados com o

desenvolvimento de treino multimédia

para as Aeronaves C-295, a

subcontratação para atualização de

Manuais de Publicações Técnicas e a

criação em Portugal de um Centro de

Excelência para a produção de

publicações técnicas para o setor

aeronáutico, e dois projetos

contratualizados com a GMV SKYSOFT,

S.A. relacionados com o fornecimento

à ADS de um demonstrador de aviónica

modular a bordo e formação em GPS

3 EADS/CASA ou European Aeronautic Defense and Space Company – Construcciones Aeronáuticas, SA.

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Fig. 9 Fig. 10

Produção e Montagem da Fuselagem Central da Aeronave C-295 operacionalizada pela OGMA, S.A. no âmbito das Operações de Contrapartidas

2.1 e 2.2. (Fotos gentilmente cedidas pela Entidade Beneficiária)

Fig. 5: Antena localizada na Estação de Santa Maria, nos Açores, onde foi operacionalizada pela EDISOFT, S.A. a atualização dos componentes que

permitem adquirir dados provenientes do Satélite RADARSAT-2 no âmbito da Operação NG 02 “Santa Maria Ground Station Radar SAT-2

Capability Development”. (Foto gentilmente cedida pela Entidade Beneficiária)

para a Força Aérea Brasileira.

Foi adicionado, com impacto significativo no plano de operações, o Projeto da Salvador Caetano,

valorizado em 292,00 M€, relacionado com a conversão da Salvador Caetano para a Indústria Aeronáutica,

através da empresa do Grupo entretanto criada para o efeito, a Caetano Aeronautic, S.A.

A 31 de dezembro de 2013, o Contrato de Contrapartidas pela Aquisição das Aeronaves C-295 apresentava

uma taxa de Execução de 12,28%, pela creditação de contrapartidas nesse ano, no montante de

56.987.584,00 €, decorrente da contabilização das Operações de Contrapartidas executadas no ano de

2011.

No ano de 2014 procedeu-se à creditação de contrapartidas no montante total de 49,65 M€, em resultado

da execução das diversas operações nos anos de 2012 e 2013, apresentando o Contrato de Contrapartidas,

a 31 de dezembro de 2014 e no Quadro Contratual fixado na 1ª Alteração celebrada em 1 de agosto de

2012, um total de creditações acumuladas no montante de 106,64 M€, correspondendo a uma Taxa de

Execução de 23,0 %.

No ano de 2015 não se realizaram quaisquer creditações de contrapartidas por motivos relacionados com

não conformidades verificadas na documentação comprovativa submetida pela ADS, seja no que respeita à

forma como deve ser apresentada a documentação de suporte, seja no que respeita ao conteúdo da

mesma.

O Ano de 2016

Como resultado do trabalho desenvolvido no ano anterior, sobretudo o relacionado com a clarificação e

prestação de esclarecimentos complementares e submissão de prova documental adicional, foi possível no

início de 2016 creditar contrapartidas no montante global de 36.805.982,74 €, nos seguintes termos:

Contrapartidas no montante de 9.465.606,78 €, em 22 de janeiro de 2016, como resultado da

execução no ano de 2013 da Operação de Contrapartidas 2.1 “Fuselagem Central – Fase 1”. A

creditação de contrapartidas estava dependente da apresentação pela ADS da Declaração de ROC

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Fig. 11: Sistemas de treino multimédia (enhanced-MITS) desenvolvidos pela ETI, S.A.

para a Airbus no âmbito da Operação 3.1 do Programa C.295. (Foto gentilmente

cedida pela Entidade Beneficiária)

atestando o cálculo do VAN desse período e da prestação de um conjunto de esclarecimentos

complementares relacionados com os trabalhos desenvolvidos nesse projeto.

Contrapartidas no montante de 27.340.375,96 €, em 26 de janeiro de 2016, no âmbito dos pedidos

de creditação associados ao Relatório de Progresso do ano de 2014. Este montante contempla a

regularização de contrapartidas relativas à componente de Transferência de Tecnologia [ToT] das

Operações 3.1, 3.2 e 4.1, nos montantes respetivamente, de -5.252.000,00 €, 5.137.500,00 € e -

33.750,00 €, pela necessidade de se balancear a execução desta componente tendo em

consideração as valorizações distintas das operações antes e após 1 de agosto de 2012, data em

que foi celebrado o 1º Aditamento ao Contrato e se estabeleceu a continuidade destes projetos no

Plano de Operações.

Contudo, importa referir que a execução das diversas operações de contrapartidas no ano de 2014 não

está ainda totalmente creditada, aguardando-se pela submissão ou análise de prova documental de

suporte, designadamente:

a. Análise da Declaração de ROC atestando o cálculo do VAN da Operação 3.2 para o período de

2011 a 2014, submetida no final do ano de 2016, com vista à consequente conclusão do projeto, o

qual foi materialmente executado até 31 de dezembro de 2014;

b. Declaração de Entidade Certificadora ou de Entidade do Sistema Científico e Tecnológico Nacional

para efeitos de atestar o cumprimento dos objetivos traçados para as componentes de

Transferência de Tecnologia e/ou Obtenção de Capacidades, nos casos particulares das Operações

3.2, 4.1 e 4.2, projetos materialmente executados mais ainda ativos para efeitos de contabilização

das contrapartidas executadas.

Para além das creditações de contrapartidas realizadas em janeiro de 2016, verificou-se ainda a

apresentação pela Prestadora de Contrapartidas do Relatórios de Progresso do Ano de 2015 e do 1º

Semestre do Ano de 2016. No entanto, tais relatórios não apresentavam quaisquer pedidos de creditação

pela execução das operações nesses períodos.

De facto, no ano de 2016 continuaram a

verificar-se diversos constrangimentos

e não conformidades na submissão pela

ADS da prova documental estabelecida

em termos contratuais, inviabilizando a

contabilização das contrapartidas

executadas. Tal situação resulta na

apresentação no âmbito do presente

relatório, de uma Taxa de Execução do

Contrato de Contrapartidas bastante

reduzida (30,9%), sobretudo se

tivermos em consideração o Prazo

Global de Cumprimento da Obrigação

Contratual estabelecido para 1 de

agosto de 2018.

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Não obstante o exposto nos parágrafos anteriores, estão a ser desenvolvidos pelas entidades

intervenientes todos os esforços que permitam uma creditação atempada das contrapartidas já

executadas, no cumprimento das normas contratualmente fixadas, com o objetivo de melhorar o

acompanhamento da execução das diversas operações de contrapartidas.

A tabela seguinte apresenta o resumo das Operações de Contrapartidas e respetivas taxas de execução.

TABELA VI - RESUMO DA EXECUÇÃO DAS OPERAÇÕES DE CONTRAPARTIDAS DO CONTRATO DAS AERONAVES C-295

OPERAÇÕES DE CONTRAPARTIDAS (Conforme Alteração ao Contrato de 1 de agosto de 2012)

CONTRAPARTIDAS CREDITADAS (valores em euros)

TAXA DE EXECUÇÃO

DA OPERAÇÃO

ID [Estado]

DESIGNAÇÃO OBJETO BENEFICIÁRIO VALORIZAÇÃO 2016 ACUMULADAS

1 [Ativa]

Salvador Caetano Conversão da Salvador Caetano em Indústria Aeronáutica.

SALVADOR CAETANO

292.000.000 15.079.207 40.860.878 14,0 %

2.1 [Ativa]

Fuselagem Central do C-295 - Fase I

Realização da montagem estrutural das fuselagens centrais do C-295.

OGMA

34.911.000 19.419.574 28.685.964 82,2 %

2.2 [Ativa]

Fuselagem Central do C-295 - Fase II

Gestão Integral da fuselagem central, incluindo fabrico e fornecimento de peças.

90.056.000 32.934.230 36,6 %

3.1 [Ativa]

E-MITS Desenvolvimento do sistema de treino multimédia para C-295.

ETI

11.280.000 -5.252.000 5.612.490 49,8 %

3.2 [Ativa]

Plataforma Samanta - Publicações Técnicas

Subcontratação de Manuais de Publicações Técnicas.

24.264.000 5.137.500 12.384.582 51,0%

3.3 [Ativa]

Centro de Excelência Publicações Técnicas

Criação em Portugal de um Centro de Excelência para produção de publicações técnicas para setor aeronáutico.

22.498.000

4.1 [Ativa]

GPS Curso de GPS para a FA Brasileira.

GMV SKYSOFT

745.000 -33.750,00 670.500 90,0 %

4.2 [Ativa]

IMA Fornecimento de um demonstrador de aviónica modular a bordo.

10.500.000 2.455.452 2.455.452 23,4%

Outros Projetos sem continuidade após Alteração Contratual de 1 de agosto de 2012 n.a. 19.841.222 n.a

Adicional 1

[Ativa] Centro de Serviços C-295

Capacidade autónoma de manutenção das Aeronaves C-295 da FAP

OGMA 24.400.300

TOTAIS 510.654.300 36.805.983 143.445.317

De uma Obrigação Contratual de Contrapartidas estabelecida em 1 de agosto de 2012, no valor de 464,00M€, foram cumpridas contrapartidas no montante de 143,45 M€, correspondendo a uma Taxa de

Execução de 30,9%, restando cumprir até 1 de agosto de 2018 o valor de 320,55 M€.

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3.5. PROGRAMA DE CONTRAPARTIDAS PELA AQUISIÇÃO DOS TORPEDOS

Enquadramento

O Programa de Contrapartidas pela Aquisição de Torpedos para os Submarinos da Marinha Portuguesa

[MP] foi celebrado em 3 de março de 2005 entre o Estado Português e a Whitehead Alenia Sistemi

Subacquei [WASS], tendo entrado em vigor a 13 de fevereiro do ano seguinte, por um período de vigência

de 8 anos.

Com uma Obrigação Contratual de Contrapartidas no montante de 46,5 M€, o programa apresentava

inicialmente nove operações de contrapartidas valorizadas em 49,7 M€.

A não concretização, pela WASS, de qualquer projeto, determinou a não creditação de contrapartidas

neste Programa. Várias tentativas foram diligenciadas no sentido de viabilizar o cumprimento da obrigação

contratual, donde se destaca a aprovação de projetos de substituição, sem que, no entanto, tenha dado

resultados positivos.

Desta forma, em 18 de outubro de 2013, foi formalizado junto da WASS, a comunicação prévia de

incumprimento do Contrato, tendo sido, a 21 de outubro de 2013, formalizada a execução da Garantia

Bancária junto da Sucursal de Milão do Banco Bilbao Vizcaya Argentaria – BBVA. Decorrido o Processo de

Providência Cautelar interposto pela WASS no Tribunal de Milão, a execução da Garantia Bancária viria a

ser cumprida a 21 de novembro de 2013, com a transferência para o Estado Português de 11.625.000,00€.

Em 20 de dezembro de 2013, foi declarada a Resolução do Contrato de Contrapartidas pelo Governo de

Portugal.

O Contrato de Contrapartidas pela Aquisição dos Torpedos foi resolvido em 20 de dezembro de 2013, após Comunicação Prévia de Incumprimento do Contrato e execução de Garantia Bancária no montante de

11.625.000,00 €.

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3.6. PROGRAMA DE CONTRAPARTIDAS PELA AQUISIÇÃO DAS VIATURAS BLINDADAS PANDUR

Enquadramento

O Contrato de Contrapartidas foi celebrado em 15 de fevereiro de 2005 entre o Estado Português e a

Steyer-Daimler-Puch Spezialfahrzeug GmbH, entretanto adquirida pela General Dynamics e atualmente

designada por General Dynamics European Land-Systems Steyr [GD Steyr]. O mesmo entrou em vigor a 23

de dezembro de 2005, por um período de vigência de 9 anos, estabelecendo uma Obrigação Contratual de

516,32 M€, correspondente a 150% do valor do Contrato de Fornecimento das Viaturas PANDUR.

O Plano de Operações de Contrapartidas contemplava doze projetos dos quais cinco eram contrapartidas

diretas (das Entidades Beneficiárias Fabrequipa, S.A. e OGME4) sendo os restantes sete, contrapartidas

indiretas (Critical Software, Edisoft e ACECIA5).

No final de 2012, e após inúmeras dificuldades no fornecimento das viaturas, por divergências entre a GD

Steyr e a Fabrequipa, o Estado Português procedeu à Resolução do Contrato de Fornecimento.

O processo de resolução do Contrato de Fornecimento condicionou fortemente a execução do Contrato de

Contrapartidas, sobretudo no âmbito dos projetos de contrapartidas diretamente relacionados com a

produção e manutenção das viaturas.

No ano de 2014 procedeu-se à renegociação do Contrato de Contrapartidas pela Aquisição das Viaturas

Pandur, culminando na celebração, em 26 de setembro de 2014, do 1º Aditamento ao Contrato de

Contrapartidas no âmbito de um Acordo Transacional Global que pôs termo ao litígio entre a GD Steyr e o

Estado Português, assente na resolução do Contrato de Fornecimento com base no seu incumprimento,

operada pelo Ministério da Defesa Nacional [MDN] em outubro de 2012.

O Acordo alcançado permitiu estabelecer uma Nova Obrigação Contratual de Contrapartidas no montante

de 82,48M€, a qual resultou da contabilização das contrapartidas creditadas no ano anterior (88,05 M€),

da validação preliminar de contrapartidas submetidas no primeiro semestre de 2014 (13,77 M€), da

consequente redução proporcional pela resolução do Contrato de Fornecimento, tendo em conta o

número de viaturas efetivamente fornecidas (166), entre outros fatores acordados com o objetivo de por

fim ao litígio, com especial destaque para o fornecimento gratuito pela GD Steyr de 22 novas Viaturas

Pandur ao Exército Português.

Por outro lado, o Aditamento ao Contrato de Contrapartidas estabeleceu um Novo Plano de Operações de

Contrapartidas, a ser executado no período de extensão estabelecido até 31 de agosto de 2016,

contemplando três Operações de Contrapartidas propostas pela GD Steyr e aceites pelo Estado Português,

duas de continuidade do Plano de Operações anterior e um novo projeto, designadamente, a Operação I-

05 “OGME”, valorizada em 33.185.886 €; a Operação IV-01 “Tomé Fèteira” valorizada em 9.828.524 €, e a

nova Operação VII-01 “Simulador Dinâmico de Condução”, com valorização previsional no montante de 50

M€, tendo por objetivo o desenvolvimento de um simulador de condução dinâmica para as Viaturas

Pandur destinado ao Exército Português.

4 OGME – Oficinas Gerais de Material de Engenharia do Exército Português.

5 ACECIA – Componente Integrados da Indústria Automóvel, ACE.

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Fig. 12: Perspetivas Interior (a), Exterior (b) e Superior (c) do Projeto

de Instalação do Banco de Ensaio de Motores na UAGME em

Benavente, no âmbito da Operação I-05. (Imagens gentilmente

cedidas pela GD Steyr e pela Terceira Prestadora de Contrapartidas, a

General Commercial Services)

Fig. 5: Antena localizada na Estação de Santa Maria, nos Açores, onde

foi operacionalizada pela EDISOFT, S.A. a atualização dos componentes

que permitem adquirir dados provenientes do Satélite RADARSAT-2 no

âmbito da Operação NG 02 “Santa Maria Ground Station Radar SAT-2

Capability Development”. (Foto gentilmente cedida pela Entidade

Beneficiária)

Reveste-se de particular importância a norma

constante no Aditamento ao Contrato de

Contrapartidas que estabelece a cativação de 10%

da Garantia Bancária associada ao Contrato de

Contrapartidas, no valor proporcional de 25% da

Obrigação Contratual de Contrapartidas, até à

efetiva conclusão dos objetivos traçados para a

Operação de Contrapartidas I-05 “OGME”.

No que respeita a Operação de Contrapartidas IV-

01 “Tomé Fèteira”, foi aprovado, em maio de

2015, o Pedido de Creditação pela execução no

ano de 2014, no montante de 1.424.786,11 €,

tendo-se concluído a operação de contrapartidas

com uma taxa de execução de 100%.

Também no ano de 2015, e decorrente da

submissão pela GD Steyr, em 22 de dezembro de

2014, da proposta de valorização da Operação de

Contrapartidas VII-01 “Simulador Dinâmico de

Condução Pandur – SDCP”, procedeu-se à análise

e valorização da proposta, procedimento que

contemplou uma articulação próxima com a

Direção-Geral de Recursos da Defesa Nacional

(DGRDN), no âmbito da valorização da

componente de poupança para o Exército

Português (EP) pela utilização do simulador

dinâmico de condução das viaturas Pandur.

Em junho de 2015 comunicou-se à GD Steyr os

termos de referência da aprovação da operação de contrapartidas em apreço, no montante de

50.773.750,00 €, contemplando a valorização de diversas componentes como a Transferência de

Tecnologia, a subcontratação e a poupança para o Exército Português pela utilização do Simulador

Dinâmico de Condução das Viaturas Pandur. Posteriormente, e tendo a GD Steyr cumprido integralmente

com as regras estabelecidas para efeitos de cumprimento das Metas 1 e 2 da Operação de Contrapartidas

VII-01 SDCP, respetivamente, a conclusão dos processos “Systems Requirements Review” e “Critical Design

Review”, tendo-se aprovado, em agosto de 2015, contrapartidas no montante de 37.014.963,00 €.

Relativamente à Operação de Contrapartidas I-05 “OGME”, durante o ano de 2015 foi possível creditar

contrapartidas no montante de 3.318.589,00 €, relativas à conclusão da Meta 2, relacionada com o

fornecimento do Banco de Ensaio de Travões à Entidade Beneficiária, agora designada por Unidade de

Apoio de Apoio Geral de Material do Exército [UAGME] decorrente da extinção das OGME em novembro

de 2014 (Decreto-Lei n.º 167/2014, de 6 de novembro).

a

b

c

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Fig. 13 Fig. 14

O Equipamento de Teste de Motores instalado na UAGME em Benavente no âmbito da Operação I-05, para além de permitir o teste dos

Power Packs das Viaturas Pandur, permite testar todos os motores das viaturas atualmente ao serviço do Exército Português. (Fotos

gentilmente cedidas pela GD Steyr e pela Terceira Prestadora de Contrapartidas a General Commercial Services)

O ANO DE 2016

Considerando os constrangimentos verificados no desenvolvimento da Operação I-05 “OGME” e

decorrente da realização, durante o ano de 2015, de um conjunto de ações de acompanhamento e

fiscalização da Operação I-05 “OGME” junto das entidades intervenientes no projeto, no ano de 2016 foi

possível acordar com a GD Steyr uma extensão do Prazo Global de Cumprimento da Obrigação Contratual

de Contrapartidas por mais um ano, permitindo a realização de todas as ações previstas no projeto em

apreço.

Deste modo, por Despachos de S. Exas. o Ministro da Defesa Nacional e o Ministro da Economia, ambos de

30 de agosto de 2016, foi aprovada a proposta apresentada por esta Direção-Geral, de celebrar um 2º

Aditamento ao Contrato de Contrapartidas, com vista a alterar o Prazo Geral de Execução das Obrigações

de Contrapartidas previsto na Cláusula 3ª do 1º Aditamento ao Contrato, celebrado em 26 de setembro de

2014, bem como o prazo de realização da Operação de Contrapartidas I-05 “OGME”, cujo beneficiário é,

atualmente, o Estado Português (em concreto, o Exército Português, através da Unidade de Apoio Geral ao

Material do Exército – UAGME) e, ainda, o prazo de validade da Garantia de Boa Execução prevista na

Cláusula 4º do 1º Aditamento ao Contrato.

Revestiu-se de particular relevância para o acordo alcançado, a apresentação pela Prestadora de

Contrapartidas na Nota de Encomenda do Banco de Ensaio de Motores a instalar na UAGME, em

Benavente, nova localização para a antiga infraestrutura industrial das OGME na Ajuda, em Lisboa. Trata-

se de um equipamento tecnologicamente atualizado (state of the art), tendo sido instalado no último

trimestre de 2016, viabilizando a concretização das restantes ações da operação de contrapartidas.

No que respeita à Operação VII-01 “Simulador Dinâmico de Condução das Viaturas Pandur”, a mesma foi

concluída dentro do prazo estabelecido no 1º Aditamento ao Contrato, celebrado em 26 de setembro de

2014, tendo-se creditado contrapartidas no montante de 13.105.827,00 €, em resultado do cumprimento

da terceira e última meta do projeto, designada por “CoC - Certificate of Conformity”, resultando em

termos acumulados, numa execução de contrapartidas no valor de 50.120.790,00 €, correspondente a

uma taxa de execução de 98,7%.

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Fig. 15 Fig. 16

Simulador Dinâmico de Condução das Viaturas Pandur, desenvolvido pela ETI, S.A. no âmbito da Operação VII-01 “SDCP” em

parceria com a Terceira Prestadora de Contrapartidas General Commercial Services e a GD Steyr. (Fotos gentilmente cedidas

pela Entidade Beneficiária)

Fig. 5: Antena localizada na Estação de Santa Maria, nos Açores, onde foi operacionalizada pela EDISOFT, S.A. a atualização

dos componentes que permitem adquirir dados provenientes do Satélite RADARSAT-2 no âmbito da Operação NG 02 “Santa

Maria Ground Station Radar SAT-2 Capability Development”. (Foto gentilmente cedida pela Entidade Beneficiária)

O Simulador Dinâmico de Condução das Viaturas Pandur [SDCP] foi instalado em Vila Real, no Regimento

de Infantaria n.º 13, onde já estava instalado o Simulador Tático das Viaturas Pandur, viabilizando uma

poupança para o Exército Português valorizada na ordem dos 4,5 M€ em termos nominais, em resultado

do potencial de utilização do simulador em detrimento das viaturas reais.

O SDCP foi desenvolvido pela Empresa Portuguesa ETI, S.A. em estreita parceria com a Terceira Prestadora

de Contrapartidas, a General Commercial Services [GCS], a GD Steyr e o Exército Português [EP], tendo-se

alcançado dentro dos prazos contratualmente estabelecidos, os resultados esperados com o fornecimento

ao EP de um equipamento tecnologicamente avançado de simulação e de referência no âmbito do estrito

grupo de utilizadores internacionais das Viaturas Blindadas Pandur 8x8.

Para o sucesso deste projeto, muito terá contribuído a metodologia utilizada por todas as partes

envolvidas ao longo do desenvolvimento do produto, através da realização regular de reuniões de

acompanhamento e o estabelecimento de compromissos entre todos os envolvidos durante as diferentes

fases do processo.

Por último, importa referir a submissão pela GD Steyr em dezembro de 2016, do Pedido de Creditação pelo

cumprimento da Meta 3 da Operação de Contrapartidas I-05, no montante de 3.318.588,60 €, como

resultado da instalação do Banco de Ensaio de Motores.

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Fig. 17: Panorâmica da perspetiva interior do Simulador Dinâmico de Condução das Viaturas Pandur, desenvolvido pela ETI, S.A. no âmbito da Operação VII-01 concluída no ano de 2016. (Foto gentilmente cedida pela Entidade Beneficiária)

Fig. 5: Antena localizada na Estação de Santa Maria, nos Açores, onde foi operacionalizada pela EDISOFT, S.A. a

A tabela seguinte apresenta um resumo das Operações de Contrapartidas e respetivas taxas de execução

associadas.

TABELA VII - RESUMO DA EXECUÇÃO DAS OPERAÇÕES DE CONTRAPARTIDAS DO CONTRATO DAS VIATURAS PANDUR

OPERAÇÕES DE CONTRAPARTIDAS (Conforme Aditamento ao Contrato celebrado em 26 de setembro de 2014)

CONTRAPARTIDAS CREDITADAS (valores em euros)

TAXA DE EXECUÇÃO

DA OPERAÇÃO

ID [Situação]

DESIGNAÇÃO OBJETO BENEFICIÁRIO VALORIZAÇÃO 2016 ACUMULADAS

I-05 [Ativa]

Manutenção de Nível 3

Transferência de Know-How, ferramentas especiais e equipamento de teste para manutenção de Nível 3.

OGME 33.185.886 3.318.589 10,0 %

IV-01 [Concluída]

IDE da BRAUN & SöHNE - Aquisição da Tomé Fèteira

Investimento estrangeiro de recuperação e transferência de atividades para a Tomé Feteira.

Tomé Fèteira 9.828.524 9.828.524 100,0 %

VII-01 [Concluída]

Simulador Dinâmico de Condução

Desenvolvimento de um simulador de condução dinâmico para as Viaturas Pandur.

ETI 50.773.750 13.105.827 50.120.790 98,7 %

TOTAIS 93.788.160 13.105.827 63.267.903 9.0 %

De uma Obrigação Contratual de Contrapartidas estabelecida em 26 de setembro de 2014, no valor de 82,48 M€, foram cumpridas contrapartidas no montante de 63,27 M€, correspondendo a uma Taxa de

Execução de 76,7%, restando cumprir até 31 de agosto de 2017 o valor de 19,21 M€.

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3.7. PROGRAMA DE CONTRAPARTIDAS PELA AQUISIÇÃO DOS SUBMARINOS

Enquadramento

O Contrato de Contrapartidas pela Aquisição de Submarinos para a Marinha Portuguesa foi celebrado em

21 de abril de 2004, com o Prestador de Contrapartidas German Submarine Consortium [GSC], liderado

pela empresa Ferrostaal. Tendo entrado em vigor a 4 de outubro desse ano, apresentava um período de

vigência de 8 anos, e uma Obrigação Contratual de Contrapartidas no montante de 1.210 M€.

De pedidos de creditação submetidos no montante de 748,28 M€, a CPC apenas validou 486,38 M€ devido

a divergências com o GSC sobre a metodologia de contabilização das operações de contrapartidas ao nível

do cálculo do respetivo Valor Acrescentado Nacional [VAN].

Em 1 de outubro de 2012, com o objetivo de ultrapassar o diferendo existente sobre a contabilização das

contrapartidas até então executadas, o Estado Português e o GSC celebraram um Acordo que introduziu o

novo Projeto “Hotel Alfamar”, relacionado com o desenvolvimento de um projeto turístico e hoteleiro na

praia da Falésia, em Albufeira, valorizado em 600 M€.

Com a execução do Projeto “Hotel Alfamar” a par da execução do Projeto “Koch de Portugal”, aceite pela

extinta CPC em junho de 2011, a Obrigação Contratual de Contrapartidas do Programa dos Submarinos

estaria cumprida. No entanto, em finais do terceiro trimestre de 2013, o GSC comunicou da intenção em

não realizar o Projeto “Hotel Alfamar”.

Decorrente da análise e contabilização do Pedido de Creditação submetido pelo GSC no âmbito do Projeto

“Koch de Portugal” foram creditadas, em 9 de janeiro de 2014, contrapartidas no montante de 217,94 M€,

correspondendo à execução da totalidade do projeto no período de 2008 a 2012, e referente à faturação

desse período associada a projetos de exportação iniciados após a aquisição pela empresa Ferrostaal,

membro do consórcio GSC.

Em 24 de julho de 2014 o Estado Português e o GSC celebraram o Acordo Âncora, que estabeleceu os

termos e condições aplicáveis à implementação do Projeto Âncora, enquanto projeto de substituição do

Projeto Alfamar, e que consiste no desenvolvimento, construção e exploração de seis parques eólicos,

envolvendo uma capacidade total de produção de energia elétrica estimada em 171,6 MW, em parceria

com o consórcio Ventinveste, S.A., localizados em Vale do Chão, Sernancelhe, Moimenta e Três Marcos.

Para efeitos de valorização do Projeto Âncora enquanto projeto de substituição do Projeto Alfamar,

considerou-se o valor do investimento e as receitas potenciais arrecadadas para o Estado Português, seja

na Fase de Investimento, seja na Fase de Exploração, relacionada com a vida útil dos equipamentos, tendo-

se valorizado no montante de 630M€.

Como o Projeto Âncora tem por objetivo o cumprimento da Obrigação Contratual de Contrapartidas fixada

no Acordo celebrado em 24 de julho de 2014, considera-se para efeitos de execução e contabilização de

contrapartidas a fase de investimento do projeto, que decorre até 2017, e o montante de 600,00M€.

O Acordo Âncora considerou-se válido e eficaz na sequência da constituição da sociedade de propósito

específico do projeto pelos Acionistas, respetivas entradas de capital, celebração dos Contratos de

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Engineering, Procurement & Construction [EPC] e com a celebração, em 27 de novembro de 2014, dos

Contratos de Financiamento, tendo-se assegurado o financiamento de capitais alheios do projeto no

montante até ao montante de 175M€ junto de um consórcio bancário formado pelo BPI, Santander e ING.

Na sequência do procedimento referido no parágrafo anterior, o Projeto Âncora foi aceite como projeto de

substituição do Projeto Alfamar, considerando-se um projeto firme, acabado e incondicional, o que

viabilizou, no final de dezembro de 2014, a creditação de contrapartidas no montante de 250M€, após a

submissão pelo GSC de um conjunto vasto de documentação comprovativa estabelecida em termos

contratuais.

O Acordo Âncora estabeleceu ainda um conjunto de regras e condições com vista ao reforço das ações de

acompanhamento e fiscalização da Operação de Contrapartidas, contemplando Metas Intermédias sobre

as quais poderão recair a aplicação de penalidades por mora em caso de incumprimento, e uma

metodologia de creditação associada à execução material do projeto, a qual prevê creditações de

contrapartidas no montante parcial de 170M€ aquando da ligação à rede dos diversos Parques Eólicos, na

proporção da respetiva capacidade.

No ano de 2015, o GSC submeteu um total de 9 (nove) Pedidos de Creditação, no montante global de

59.800.000,00€, no âmbito da metodologia de creditação que prevê a creditação de contrapartidas até ao

montante de 180 M€, em sistema pro-rata na medida da entrada efetiva do Valor do Investimento na

sociedade de propósito específico do projeto, a Âncora Wind – Energia Eólica, S.A.

O ANO DE 2016

No ano de 2016 foram creditadas contrapartidas no montante de 292.400.000,00 €, tendo-se cumprido

integralmente o Projeto Âncora, com uma Taxa de Execução de 100%, estabelecendo-se, desse modo, o

cumprimento da Obrigação Contratual de Contrapartidas a que o German Submarine Consortium estava

vinculado no âmbito do Contrato de Contrapartidas pela Aquisição de Submarinos para a Marinha

Portuguesa, celebrado em 21 de abril de 2004.

Do valor total contabilizado em 2016, o montante de 122.400.000,00 € foi creditado no âmbito da

metodologia de creditação de contrapartidas até ao montante de 180 M€, em sistema pro-rata na medida

da entrada efetiva do Valor do Investimento na sociedade de propósito específico do projeto, a Âncora

Wind – Energia Eólica, S.A.

Os restantes 170.000.000,00 € foram contabilizados tendo em consideração a metodologia relacionada

com a contabilização pro-rata aquando da ligação à rede dos diversos Parques Eólicos, na proporção da

respetiva capacidade.

O Projeto Âncora compreendeu Contribuições de Capital e ou Prestações Acessórias de Capital sujeitas ao

Regime das Prestações Suplementares na Sociedade de Propósito Específico constituída para o efeito,

designada por Âncora Wind, S.A., e única acionista das Sociedades Parque Eólico Douro Sul, S.A. e Parque

Eólico Vale do Chão, S.A., num total de 61.500.000,00 €.

No que respeita ao Financiamento Bancário, a Prestadora de Contrapartidas comprovou a realização de

empréstimos no montante total de 164.000.000,00 €, dos quais o montante de 21.800.000,00 € destinado

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Fig. 19 Fig. 20

Torres Eólicas Modelo Senvion MM92, que podem alcançar os 100 metros de altura, instaladas na Serra de Leomil, em Moimenta da Beira, no

Parque Eólico de Moimenta. (Fotos gentilmente cedidas pelo German Submarine Consortium)

Fig. 18: Esboço gráfico da execução material do Projeto Âncora.

Fig. 5: Antena localizada na Estação de Santa Maria, nos Açores,

onde foi operacionalizada pela EDISOFT, S.A. a atualização dos

componentes que permitem adquirir dados provenientes do

Satélite RADARSAT-2 no âmbito da Operação NG 02 “Santa

Maria Ground Station Radar SAT-2 Capability Development”.

(Foto gentilmente cedida pela Entidade Beneficiária)

à sociedade Parque Eólico Vale do Chão, S.A. e o montante de 142.200.000,00 € destinado à sociedade

Parque Eólico Douro Sul, S.A. O Financiamento Bancário ao Projeto Âncora foi concedido pelo consórcio

bancário constituído pelo Banco BPI, S.A., pelo ING Belgium, S.A. – Sucursal em Portugal, pelo Banco

Santander Totta, S.A. e pela Caixabank, S.A.

O Projeto Âncora consistiu no desenvolvimento, construção e exploração de 4 Parques Eólicos com uma

potência instalada de 171,6 MW, parte da capacidade de potência concedida ao consórcio Ventinveste,

S.A., considerado vencedor da Fase B do concurso público para atribuição de uma nova potência eólica de

400 MW, ocorrido no ano de 2005, tendo contemplado um investimento no montante de cerca de 224 M€,

concluído em dezembro de 2016, antes do prazo inicialmente estabelecido para o 1º Trimestre de 2017.

A figura seguinte procura resumir a execução material do Projeto Âncora, identificando os principais

contratos de EPC, seu objeto e empresas portuguesas envolvidas no seu desenvolvimento.

84 TURBINAS EÓLICAS

84 FUNDAÇÕES E PLATAFORMAS

VIAS DE ACESSO

3 SUBESTAÇÕES DE 20/60 KV

1 SUBESTAÇÃO DE 30/60/400 KV

3 LINHAS AÉREAS DE 60 KV ( 55 KM)

1 LINHA AÉREA DE 20 KV ( 2 KM)

1 LINHA AÉREA DE 400 KV ( 15 KM)

EPC

(EN

GIN

EER

ING

, PR

OC

UR

EMEN

T &

CO

NTR

AC

TIN

G)

RIABLADES, S.A; VENTIPOWER, S.A; MARTIFER, S.A; EFACEC, S.A; J. SOARES

CORREIA, S.A; LASO; ETC…

MOIMENTA TRÊS MARCOS SERNANCELHE VALE DO CHÃO

86,10 24,00 22,55

ELETRICIDADE INDUSTRIAL PORTUGUESA, S.A. EURICO FERREIRA, S.A.

EIP

EFACEC, SA.

SENVION, SE.

POTÊNCIA (MW) 38,95

12 11 42 19 N.º TURBINAS

MM100-100m MM92-80m MM92-100m MM92-80m MODELO TURBINA

Abril 2016 Dezembro 2015 Junho 2016 Setembro 2016 ENTRADA EM OPERAÇÃO

Penela Armamar PONTO DE RECEÇÃO

171,6 MW

84 TURBINAS

DEZ 14

MAI 15

JUN 15

AGO 15

DEZ 15 ABR 16

JUN 16

SET 16

Início da Construção

Conclusão LMAT 400kV Moimenta

Conclusão LAT 60kV

Vale do Chão

Conclusão LAT 60kV

Sernancelhe

Entrada em Operação

Vale do Chão

Entrada em Operação

Sernancelhe

Entrada em Operação

Três Marcos

Conclusão LAT 60kV

Três Marcos

Entrada em Operação Moimenta

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Fig. 21: Vista panorâmica do Parque Eólico de Três Marcos, localizado em Vila Nova de Paia, onde foram instaladas 19 Turbinas modelo Senvion MM92. (Foto gentilmente cedida pelo German Submarine Consortium)

A tabela seguinte apresenta um resumo da Operação de Contrapartidas e respetiva taxa de execução

associada.

TABELA VIII - RESUMO DA EXECUÇÃO DA OPERAÇÃO DE CONTRAPARTIDAS DO CONTRATO DOS SUBMARINOS

OPERAÇÃO DE CONTRAPARTIDAS (Estabelecida no Acordo Âncora celebrado em 24 de julho de 2014)

CONTRAPARTIDAS CREDITADAS (valores em euros)

TAXA DE EXECUÇÃO

DA OPERAÇÃO

ID [Situação]

DESIGNAÇÃO OBJETO BENEFICIÁRIO VALORIZAÇÃO 2016 ACUMULADAS

1 [Concluída]

Projeto Âncora Desenvolvimento, construção e exploração de parques eólicos com potência de 171,6 MW.

Não Aplicável 600.000.000 292.400.000 600.000.000 100,0 %

TOTAIS 600.000.000 292.400.000 600.000.000

Com o cumprimento integral do Acordo Âncora em 2016, o German Submarine Consortium executa

integralmente a Obrigação Contratual de Contrapartidas estabelecida no Contrato de Contrapartidas pela

Aquisição dos Submarinos para a Marinha Portuguesa, celebrado em 21 de abril de 2004.

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Fig. 22: Produção pela OGMA, S.A. das Nacelles Doors para

as Aeronaves C-130 J, no âmbito da Operação 012 do

Contrato de Contrapartidas pela Modernização das

Aeronaves F-16. (Foto gentilmente cedida pela Entidade

Beneficiária)

Fig. 5: Antena localizada na Estação de Santa Maria, nos

3.8. PROGRAMA DE CONTRAPARTIDAS PELA MODERNIZAÇÃO DAS AERONAVES F-16

Enquadramento

O Contrato de Contrapartidas pela Modernização das Aeronaves F-16 ou Mid-Life Upgrade [MLU] foi

celebrado em 15 de fevereiro de 2006, com a Lockheed Martin [LM], estabelecendo uma Obrigação

Contratual de Contrapartidas de 173,9 MUSD6.

Este programa foi constituído por 15 Operações de Contrapartidas das quais 9 com a OGMA, 2 com o

Instituto da Soldadura e da Qualidade [ISQ], 1 com a Universidade do Minho [PIEP], 1 com a Força Aérea, 1

com empresas da indústria farmacêutica e 1 com várias empresas. A principal Entidade Beneficiária deste

Programa foi a OGMA, S.A. com participação em 9 Operações, no valor de 84,40 MUSD, empresa que

deteve as três Operações de Contrapartidas ativas até ao ano de 2013, designadamente: 012 - “C-130J

Nacelle Doors Production”; 017 - “C-130J Trailing Edge Panel Production” e 019 - “C-130 Service Center”.

Já no Relatório de Atividades da CPC, do ano de 2007,

refere-se que o alargado prazo de tempo durante o qual

decorreram as negociações dos projetos de contrapartidas,

o facto de essas negociações terem decorrido paralelamente

à execução do Contrato de Contrapartidas relativo ao

Programa Peace Atlantis I, incluindo o arranque de alguns

projetos nesse período, a par da desvalorização do dólar,

explicam a elevada percentagem de contrapartidas já

satisfeita nesse ano (70,4%).

Em 2014, procedeu-se à aprovação dos últimos pedidos de

creditação submetidos pela LM, relativos aos anos de 2012 e

2013, totalizando o montante de 37.082.844 USD,

correspondendo o montante de 18.440.014 USD ao ano de

2012 e o montante de 18.642.830 USD, ao ano de 2013.

O Programa de Contrapartidas pela Modernização das

Aeronaves F-16 está concluído, tendo sido executadas

contrapartidas no montante acumulado de 249,35 MUSD,

correspondente a uma taxa de Execução de 143,4% da

Obrigação Contratual de Contrapartidas.

A tabela da página seguinte apresenta o resumo das operações de contrapartidas e respetivas taxas de

execução.

6 O Contrato de Contrapartidas estipula o Dólar dos Estados Unidos como a moeda de contabilização das

contrapartidas.

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TABELA IX - RESUMO DA EXECUÇÃO DAS OPERAÇÕES DE CONTRAPARTIDAS DO CONTRATO MLU F-16

OPERAÇÕES DE CONTRAPARTIDAS CONTRAPARTIDAS CREDITADAS (valores em dólares dos E. U. A.)

TAXA DE EXECUÇÃO

DA OPERAÇÃO

ID [Estado]

DESIGNAÇÃO OBJETO BENEFICIÁRIO VALORIZAÇÃO 2016 ACUMULADAS

F-16 Peace Atlantis 1 Excess Credits 1.872.121 -

008 Kuwait L-100 Overhaul

Inspeção e reparação de 3 aeronaves C-130/L100.

OGMA 2.600.000 2.347.586 90,3 %

011 F-16 Engineering Design Release

MLU Engineering & Development. Força Aérea Portuguesa

1.500.000 1.500.000 100,0 %

012 C-130J Nacelle Doors Production

Fabrico de componentes para aviões C-130J.

OGMA

4.100.000 26.069.700 635,8 %

017 C-130J Trailing Edge Panel Production

Fabrico de painéis das asas de aviões C-130J, tendo facultado a transferência de know-how.

7.800.000 41.778.347 535,6 %

019 C-130J Service Centre

Certificação como Estação de Serviço para C-130B-H e L100

11.000.000 48.471.043 440,6 %

020 C-130 C-Checks Operations Restructuring

Formação e transferência de tecnologia em Lean e Six Sigma para melhoria de performance.

25.000.000 22.722.400 90,9 %

021 Material Review Board Training

Formação, suporte e certificação, para a constituição um Material Review Board (MRB).

2.800.000 2.791.700 99,7 %

023 ISQ Long Range Parceria com o Edison Welding Institute (EWI).

ISQ 22.500.000 22.500.000 100,0 %

026 Pakistan P-3 Inspeção SDLM (Standard Depot Level Maintenance) a 2 aeronaves P3 do Paquistão.

OGMA

5.200.000 5.600.029 107,7 %

101 Placement of Aerospace Related WP

Apoio da Lockheed à obtenção de trabalho adicional para OGMA.

18.400.000

102 ISQ Expansion Processo de internacionalização. ISQ 14.000.000 2.500.000 17,9 %

103 Pharmaceutical Industry

Formação e transferência de tecnologia em Lean e Six Sigma.

Múltiplos 19.000.000 19.000.000 100,0 %

104 Epicos/Exostar Plataforma de e-business. Múltiplos 9.500.000 8.407.500 88,5 %

105 P-3 Service Center

Certificação das OGMA como Estação de Serviço para os P-3.

OGMA 7.500.000 19.786.562 263,8 %

106 PIEP Research Collaboration

Desenvolvimento de um projeto de investigação sobre o fabrico em material compósito.

PIEP 24.000.000 24.000.000 100,0 %

TOTAIS 174.900.000 n.a. 249.346.988

O Programa de Contrapartidas pela Modernização das Aeronaves F-16 foi concluído no Ano de 2014, tendo sido creditadas contrapartidas acumuladas no montante de 249,35 MUSD, representando uma Taxa

de Execução de 143,4% face à Obrigação Contratual de Contrapartidas fixada em 173,9 M€.

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Página propositadamente deixada em branco.

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4. PONTO DE SITUAÇÃO GLOBAL A 31 DE DEZEMBRO DE 2016

Os oito Programas de Contrapartidas transitados da extinta CPC representavam, de acordo com a versão

inicial dos contratos, um montante de contrapartidas para a economia nacional na ordem dos 2.892 M€,

valor aproximado que inclui a conversão para euros da Obrigação Contratual do Programa de

Contrapartidas pela Modernização das Aeronaves F-16, contabilizado em USD, no montante de 173,90

MUSD.

Após resolução do Contrato de Contrapartidas pela Aquisição dos Torpedos e renegociação dos Contratos

relativos aos Submarinos, Viaturas Pandur, Aeronaves C-295 e Helicópteros EH-101, que consideraram as

contrapartidas já creditadas, eventuais penalizações pela extensão do prazo de execução e/ou redução

proporcional por resolução do Contrato de Fornecimento – os Programas contabilizados na Moeda Euro

totalizam Obrigações de Contrapartidas no montante de 1.382,24 M€, estando os projetos que os

Prestadores de Contrapartidas assumiram promover valorizados no montante de 1.502,48 M€.

No que respeita ao Contrato de Contrapartidas pela Modernização das Aeronaves F-16, contabilizado na

Moeda USD, a Obrigação Contratual de Contrapartidas encontra-se totalmente cumprida, tendo sido

creditadas contrapartidas no montante de 249,35 MUSD.

Deste modo, considerando os Contratos contabilizados em Euros, a 31 de dezembro de 2016 estão por

cumprir contrapartidas no montante de 384,81 M€, tendo sido creditadas, em termos cumulativos desde

2004, contrapartidas no montante de 2.195,70 M€.

O gráfico seguinte reflete a evolução dos Programas de Contrapartidas entre os anos de 2004 e 2016, tendo

em consideração o valor acumulado de contrapartidas creditadas e em dívida à data de 31 de dezembro de

cada ano.

GRÁFICO 1 - Contrapartidas Creditadas e em Dívida 2004 - 2016 no âmbito dos Programas Contabilizados na Moeda Euro. Valores acumulados a 31 de dezembro de cada ano.

0

500

1 000

1 500

2 000

2 500

3 000

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Milh

ões

de

Euro

s

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Contrapartidas em Dívida 1 297 1 853 2 218 2 301 2 267 2 261 2 057 1 891 1 992 1 793 902 771 385

Contrapartidas Creditadas 307 314 409 426 508 525 729 896 958 1 110 1 679 1 810 2 196

Página 36 de 37

No ano de 2016 foram creditadas contrapartidas no montante total de 386,1 M€, no âmbito dos Programas

contabilizados na Moeda Euro (43,81 M€ no Programa EH-101; 38,81 M€ no Programa C-295; 13,11 M€ no

Programa Pandur e 292,40 M€ no Programa Submarinos). Os gráficos seguintes apresentam a evolução das

contrapartidas creditadas no período de 2004 a 2016.

A tabela da página seguinte apresenta um Resumo Global da execução dos diversos Programas de

Contrapartidas reportada a 31 de dezembro de 2016.

307,3

7,0

94,4

17,1

82,0

17,1

203,9

166,8

62,3

152,4

568,2

131,1

386,1

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500

550

600

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Val

ore

s em

Milh

ões

de

Euro

s

Comissão Permanente de Contrapartidas Direção-Geral das Atividades Económicas

GRÁFICO 2 - Contrapartidas Creditadas entre 2004 e 2016 no âmbito dos Programas Contabilizados na Moeda Euro [EH-101; C-295; P-3C; Submarinos; Pandur; Targeting-Pods].

0,0 0,0

35,5

54,3

32,7

14,9

32,6

20,6 21,7

0,0

37,1

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Val

ore

s em

Milh

ões

de

USD

Comissão Permanente de Contrapartidas Direção-Geral das Atividades Económicas

GRÁFICO 3 - Contrapartidas Creditadas entre 2004 e 2014 no âmbito do Programa Contabilizado na Moeda USD, relativo à Modernização das Aeronaves F-16, concluído no ano de 2014.

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TABELA X – QUADRO GLOBAL DA EXECUÇÃO DOS PROGRAMAS DE CONTRAPARTIDAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016

Valores em M€ - Milhões de Euros ou MUSD - Milhões de Dólares dos Estados Unidos

PROGRAMA DE CONTRAPARTIDAS [FORNECEDOR]

CONTRATO [DATA DE CELEBRAÇÃO]

PERÍODO DE VIGÊNCIA

SITUAÇÃO

MO

EDA

OBRIGAÇÃO CONTRATUAL

CONTRAPARTIDAS CREDITADAS TAXA DE EXECUÇÃO

OBRIGAÇÃO POR CUMPRIR

EM 2016 ACUMULADAS

(1) (2) (3) (4) = (3)/(1) x 100 (5) = (1) – (3)

HELICÓPTEROS EH-101 [AgustaWestland Limited]

INIICIAL [20-12-2001]

2002-2008

NÃO VIGENTE

EUR

O

394,02 97,13 24,7%

1º E 2º ADITAMENTOS [01-08-2008; 30-12-2011]

2008-2014

336,71 231,10 68,6%

3º ADITAMENTO [05-11-2014]

2014-2017 EM

CUMPRIMENTO

116,17 43,81 75,51 65,0% 40,66

TARGETING PODS PARA OS F-16 [Northrop Grumman Corporation]

INICIAL [29-11-2008]

2008-2020 EM

CUMPRIMENTO

19,89 15,51 78,0% 4,38

AERONAVES P-3C ORION [Lockheed Martin]

INICIAL [06-09-2007]

2007-2013 CUMPRIDO

99,70 101,10 101,4% 0,00

AERONAVES C-295 [Airbus Defence&Space]

INICIAL [17-02-2006]

2006-2012 NÃO VIGENTE

460,00 62,48 13,6%

1º ADITAMENTO [01-08-2012]

2012-2018 EM

CUMPRIMENTO

464,00 38,81 143,45 30,9% 320,55

TORPEDOS [Whitehead Alenia Sistemi Subacquei]

INICIAL [03-03-2005]

2006-2014 RESOLVIDO

46,50

VIATURAS BLINDADAS PANDUR [General Dynamic European Land Systems-Steyr]

INICIAL [15-02-2005]

2006-2014 NÃO VIGENTE

516,32 101,82 19,7%

1º ADITAMENTO [26-09-2014]

2014-2017 EM

CUMPRIMENTO

82,48 13,11 63,27 76,7% 19,21

SUBMARINOS [German Submarine Consortium]

INICIAL [21-04-2004]

2004-2012

NÃO VIGENTE

1.210,00 486,38 40,2%

ACORDO ALFAMAR [01-10-2012]

2012-2014

820,60 217,94 26,6%

ACORDO ÂNCORA [24-07-2014]

2014-2017 CUMPRIDO

600,00 292,40 600,00 100,0% 0,00

TOTAL DOS PROGRAMAS CONTABILIZADOS EM EUROS TOTAL EM CUMPRIMENTO 1.382,24 386,12 2.195,70 384,81

MODERNIZAÇÃO DOS F-16 [Lockheed Martin]

INICIAL [15-02-2006]

2006-2014 CUMPRIDO

USD

173,90 249,35 143,4% 0,00

TOTAL DOS PROGRAMAS CONTABILIZADOS EM USD TOTAL EM CUMPRIMENTO 173,90 0,00 249,35 0,00

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Relatório Anual das Contrapartidas 2016

Elaborado pela Divisão das Contrapartidas da Direção-Geral das Atividades Económicas

Janeiro de 2017