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INDICE Convocatória da Assembleia Geral Ordinária …………………...….……….……………..…………..………... 1 Relatório de Gestão ………..………………………………………………………………….………………….… 2 Relatório sobre a Estrutura e as Práticas de Governo Societário ………...………………………………… 2 Economia Internacional ……..………………..……………………………….………….……………………… 6 Economia Nacional ………………………………………………………………………………………………… 7 Mercado Bancário Nacional ………….…………………………………………………………………………….. 9 Mercados Financeiros …………..……………………...…………………………………………………………… 11 Crédito Agrícola - Evolução Recente ………………………..………………..……….…………….…...……... 14 Atividade da Caixa Agrícola ……….……………..…………………………...…….……………………….…. 20 Evolução da Estrutura Financeira …………….……….……………………….………………………………… 20 Considerações Finais …………………………………………..…………………………………………………… 23 Proposta do Conselho de Administração para Aplicação do saldo de Resultados Transitados …………… 24 Demonstrações Financeiras e Notas ……………...…………………………………………………………….. 25 Movimento Associativo ……...…..……………………………………………………...………………………….. 63 Relatório e Parecer do Conselho Fiscal ………………….………………………….…………………………... 65 Certificação Legal das Contas …………………………………………………………………………………….. 68

RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2015-2 · Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2015 6 ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO ECONOMIA INTERNACIONAL Segundo

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INDICE

Convocatória da Assembleia Geral Ordinária …………………...….……….……………..…………..………... 1

Relatório de Gestão ………..………………………………………………………………….………………….… 2

Relatório sobre a Estrutura e as Práticas de Governo Societário ………...………………………………… 2

Economia Internacional ……..………………..……………………………….………….……………………… 6

Economia Nacional ………………………………………………………………………………………………… 7

Mercado Bancário Nacional ………….…………………………………………………………………………….. 9

Mercados Financeiros …………..……………………...…………………………………………………………… 11

Crédito Agrícola - Evolução Recente ………………………..………………..……….…………….…...……... 14

Atividade da Caixa Agrícola ……….……………..…………………………...…….……………………….…. 20

Evolução da Estrutura Financeira …………….……….……………………….………………………………… 20

Considerações Finais …………………………………………..…………………………………………………… 23

Proposta do Conselho de Administração para Aplicação do saldo de Resultados Transitados …………… 24

Demonstrações Financeiras e Notas ……………...…………………………………………………………….. 25

Movimento Associativo ……...…..……………………………………………………...………………………….. 63

Relatório e Parecer do Conselho Fiscal ………………….………………………….…………………………... 65

Certificação Legal das Contas …………………………………………………………………………………….. 68

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Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2015 1

CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIACONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIACONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIACONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA Nos termos do nº 2 do artigo 22º e dos artigos 23º e 24º dos Estatutos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Porto de Mós, C.R.L., pessoa colectiva nº 500 989 133, com sede na Avenida de Santo António, nº 20 C em Porto de Mós, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Porto de Mós, sob o mesmo número, com o capital social realizado de € 6.549.405,00 (variável), convoco todos os associados pleno gozo dos seus direitos, a reunirem-se em Assembleia Geral Ordinária no próximo dia 33331111 de Março de 201de Março de 201de Março de 201de Março de 2016666, pelas 20.00 horas, na Sede da Caixa, com a seguinte Ordem de Trabalhos: ORDEM DE TRABALHOSORDEM DE TRABALHOSORDEM DE TRABALHOSORDEM DE TRABALHOS 1111 - Discussão e votação do Relatório de Gestão e das Contas da Caixa Agrícola relativo ao exercício de 2015 e do Relatório Anual do Conselho Fiscal; 2222 – Deliberação sobre a Proposta de Aplicação de Resultados; 3 3 3 3 - Apreciação geral sobre a Administração e Fiscalização da Caixa Agrícola; 4444 – Apresentação e apreciação do Relatório com os resultados da avaliação anual das politicas de remuneração praticadas na Caixa Agrícola; 5555 – Deliberar nos termos do nº 1 do artigo 13º dos Estatutos, sobre os pedidos de exoneração de Associados apresentados até 31 de Outubro de 2015; 6666 – Discussão de outros assuntos com interesse para a Caixa Agrícola. Se à hora marcada para a reunião não estiverem presentes mais de metade dos associados, a Assembleia reunirá, com qualquer número, uma hora depois. Nota: Não será admitido nesta Assembleia geral o voto por correspondência, nem o voto por representação, por força do disposto no nº 1 do artigo 42º e do nº 1 do artigo 43º do Novo Código Cooperativo, aprovado pela Lei nº 119/2015, de 31 de Agosto, que entrou em vigor no passado dia 30 de Setembro. Porto de Mós, 10 de Março de 2016 O PresideO PresideO PresideO Presidente da Mesa da Assembleia Geralnte da Mesa da Assembleia Geralnte da Mesa da Assembleia Geralnte da Mesa da Assembleia Geral ( Lourenço Castela Rosa )( Lourenço Castela Rosa )( Lourenço Castela Rosa )( Lourenço Castela Rosa )

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Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2015 2

RELATÓRIO DE GESTÃO Nos termos da lei em vigor, vem o Conselho de Administração da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Porto de Mós, C.R.L. apresentar o Relatório de Gestão e as Contas, o Parecer do Conselho Fiscal e a Certificação Legal das Contas, referente ao exercício de 2015, cumprindo assim as suas obrigações estatutárias dando a devida informação pública.

RELATÓRIO SOBRE A ESTRUTURA E AS PRÁTICAS DE GOVERNO SOCIETÁRIO

1. Estrutura de Governo Societário A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Porto de Mós, C.R.L. adota o modelo de governação vulgarmente conhecido como “latino reforçado”, constituído pelo Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas.

Os membros dos Orgãos Sociais e da Mesa da Assembleia Geral são eleitos pela Assembleia Geral, para um mandato de três anos.

2. Organograma Geral da Caixa de Crédito Agrícola

3. Assembleia Geral

A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice-Presidente e um Secretário.

3.1. Composição da Mesa da Assembleia Geral Presidente: Lourenço Castela Rosa Vice-Presidente: Simplício da Silva Gomes Secretário: Filipe Santos Pimpão 3.2. Competência da Assembleia Geral A Assembleia Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a Lei e os Estatutos lhe atribuam competências, competindo-lhe, em especial:

� Eleger, suspender e destituir os titulares dos cargos sociais, incluindo os seus Presidentes; � Votar a proposta de plano de atividades e de orçamento da Caixa Agrícola para o exercício seguinte; � Votar o relatório, o balanço e as contas do exercício anterior; � Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa Agrícola; � Aprovar a associação e a exoneração da Caixa Agrícola da CAIXA CENTRAL e de organismos cooperativos

de grau superior; � Fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Caixa Agrícola; � Decidir do exercício do direito de ação cível ou penal contra o revisor oficial de contas, administradores,

gerentes, outros mandatários ou membros do Conselho Fiscal e da Mesa da Assembleia Geral; � Decidir da alteração dos Estatutos.

Assembleia Geral

Conselho de Administração

Conselho Fiscal ROC

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Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2015 3

4. Conselho de Administração O Conselho de Administração é composto por um número ímpar de membros efetivos, no mínimo de três e de um suplente. Atualmente o Conselho de Administração da CCAM é composto por 3 membros efetivos e um suplente, com mandato para o triénio 2013/2015.

4.1. Composição do Conselho de Administração Presidente: Jorge Manuel da Piedade Volante Administrador: João Modesto Rosa Administrador: Luís Manuel Rodriguez de Sousa Suplente: José Manuel Anastácio Neto 4.2. Competências do Conselho de Administração As competências do Conselho de Administração decorrem da Lei, competindo-lhe, em especial e de acordo com os Estatutos:

� Administrar e representar a Caixa Agrícola; � Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, uma proposta de plano de atividades e de orçamento para

o exercício seguinte; � Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, o relatório e as contas relativos ao exercício anterior; � Adotar as medidas necessárias à garantia da solvabilidade e liquidez da Caixa Agrícola; � Decidir das operações de crédito da Caixa Agrícola. � Fiscalizar a aplicação dos capitais mutuados; � Promover a cobrança coerciva dos créditos da Caixa Agrícola, vencidos e não pagos; � Organizar, dirigir e disciplinar os serviços.

4.3. Reuniões do Conselho de Administração

O Conselho de Administração reúne, pelo menos uma vez por semana, tendo realizado um total de 57 reuniões em 2015.

4.4. Distribuição de Pelouros pelos Membros do Conselho de Administração O Conselho de Administração deliberou a não distribuição de pelouros entre os seus membros.

5. Órgãos de Fiscalização A fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola compete a um Conselho Fiscal e a uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas. As competências dos órgãos de fiscalização são as que decorrem da lei, competindo, ainda, ao Conselho Fiscal, de acordo com os Estatutos, emitir parecer sobre a proposta de plano de atividades e de orçamento. 5.1. Conselho Fiscal O Conselho Fiscal é composto por três membros efetivos e, pelo menos, um suplente.

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Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2015 4

5.1.1. Composição do Conselho Fiscal Presidente: Manuel Fontoura Carneiro Vogal: Carlos Alberto de Sousa Pinção Vogal: Saul Manuel Rodrigues Saraiva dos Santos 5.1.2. Reuniões do Conselho Fiscal O Conselho Fiscal reúne, por regra, uma vez por trimestre, tendo no entanto realizado em 2015, um total de 9 reuniões.

5.2. Revisor Oficial de Contas O mandato atual é de 2013 a 2015, encontrando-se designados os mesmos Revisores Oficiais de Contas que estavam em 2012, nomeadamente: Efectivo: PKF & Associados, SROC, Lda, representada por José de Sousa Santos Suplente: Célia Maria Pedro Custódio

6. Politica de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização

Nos termos da Lei n.º 28/2009, de 19 de Junho, o Conselho de Administração apresentou a política de remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização que foi aprovada na Assembleia Geral de 30 de Março de 2015, para o exercício de 2015. 6.1. Conselho Fiscal A remuneração dos Membros do Conselho Fiscal consiste no pagamento de um valor único decorrente da participação em reuniões deste Órgão, valor esse pago a título de senha de presença, conforme deliberação em Assembleia Geral, com a exceção do Presidente que não aufere remuneração devido a incompatibilidade com a sua atividade profissional. 6.2. Conselho de Administração A remuneração dos Membros do Conselho de Administração consiste em montante fixo mensal e prémios de produtividade e desempenho, sempre que aprovados nos mesmos critérios definidos para os restantes funcionários. Dada a qualidade de funcionário com funções suspensas, verifica-se a existência de um Administrador que continua a receber a mesma remuneração que auferia antes dessa suspensão. Atente a natureza específica da Caixa Agrícola e do Crédito Agrícola inexiste qualquer tipo de plano de atribuição de ações ou opções de aquisição de ações aos Membros do Conselho de Administração. Não são igualmente atribuídos direitos em matéria de complementos de reforma e de sobrevivência em função do exercício das funções de Administrador neste Órgão de Gestão, nem são praticadas quaisquer outras situações que possam ser associadas a remuneração, direta ou indiretamente. Para além dos montantes supra mencionados, os membros do Conselho de Administração não recebem quaisquer outras compensações, nomeadamente no que se refere ao exercício de funções nos corpos sociais de outras empresas do Grupo Crédito Agrícola.

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Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2015 5

6.3. Revisor Oficial de Contas A remuneração do Revisor Oficial de Contas é estabelecida com base nas práticas de mercado e definida no âmbito de contrato de prestação de serviços de revisão de contas.

No exercício de 2015, o detalhe das remunerações pagas aos membros dos órgãos sociais apresenta-se de seguida:

Mesa da Assembleia Geral * Fixas Variáveis Totais

Presidente 1.000 0 1.000Vice-Presidente 1.400 0 1.400Secretário 700 0 700

Conselho de Administração

Presidente 59.200 0 59.200Administrador 50.134 0 50.134Administrador 109.615 0 109.615Suplente* 600 0 600

Conselho Fiscal *

Presidente 0 0 0Membro 1.400 0 1.400Membro 1.400 0 1.400

Revisor Oficial de Contas

Serviços de Auditoria 10.578 0 10.578

* - senhas de presença

7. Politica de Remuneração de Colaboradores Dando cumprimento ao disposto no nº 3 do artigo 16º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011 é prestada a seguinte informação, atinente à politica de remuneração de colaboradores: - Os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011 auferem uma remuneração fixa paga 14 vezes por ano, de acordo com as condições dispostas no ACT do Crédito Agrícola, a qual pode ainda integrar um complemento remunerativo mensal fixo, estabelecido contratualmente ou na sequência de reajustamento remunerativo casuístico. - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário de trabalho às funções cujo nível de responsabilidade e exigência de disponibilidade assim o justifique. - A metodologia e critérios de avaliação de desempenho, aprovados pelo órgão de administração, são divulgados internamente, aprovados e aplicados de forma idêntica, para a generalidade dos colaboradores da Instituição. - Atento o disposto no nº3 do artigo 17º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, em 2015 os colaboradores abrangidos pelo nº2 do artigo 1º do mesmo Aviso, auferiram as seguintes remunerações:

Fixas Variáveis Totais

Compliance e Coordenação 90.283 0 90.283

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Relatório e Contas do Exercício de 2015 6

ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO ECONOMIA INTERNACIONAL Segundo as mais recentes previsões do Fundo Monetário Internacional referidas no update do World Economic Outlook de Janeiro de 2016, a economia mundial registou um crescimento de 3,1% em 2015, representando uma desaceleração do crescimento face a 2014 que foi de 3,3%. Relativamente às maiores economias mundiais, avançadas e emergentes, estas registaram evoluções distintas. Entre os fatores que contribuíram para esta diferenciação encontram-se a continuação de políticas monetárias acomodatícias e de uma política orçamental menos restritiva nos países desenvolvidos, assim como os desequilíbrios macroeconómicos e a instabilidade política em algumas economias exportadoras de matérias-primas, sendo de destacar os casos do Brasil e da Rússia com maior decréscimo das respetivas economias. Na China, a reorientação da política económica para um modelo mais baseado no mercado interno conduziu a uma diminuição gradual do respetivo crescimento económico, com impacto na procura mundial de matérias-primas, sendo, deste modo, ultrapassada pela Índia, que registou uma aceleração em 2015. Por outro lado, as flutuações do preço do petróleo contribuíram também para um decréscimo acentuado nos preços das matérias-primas. Na zona Euro, a atividade foi caracterizada pela continuação da recuperação económica, apesar do quadro de incerteza quanto à situação financeira da Grécia. Esta evolução favorável deveu-se à evolução do preço das matérias-primas e à política monetária do Banco Central Europeu, além da implementação do programa de compra de ativos financeiros pelo BCE (Expanded Asset Purchase Programme).

Fonte: World Economic Outlook, Outubro 2015, com update em Janeiro 2016

Fonte: World Economic Outlook, Outubro 2015, com update em Janeiro 2016

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Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2015 7

Na Zona Euro estima-se que o PIB cresça 1,5% em 2015, devido essencialmente ao impacto da depreciação do euro (que ocorre desde meados de 2014), à manutenção de taxas de juro baixas (fomentada pelo programa alargado de compra de ativos), aos efeitos favoráveis do nível do rendimento, resultantes dos preços mais baixos dos produtos energéticos (especialmente do petróleo) e às políticas de quantitative easing aplicadas pelo BCE. A maioria dos membros da U.E. acompanhou esta tendência de crescimento. Em relação ao mercado laboral, verificou-se uma redução generalizada da taxa de desemprego na Zona Euro. O desemprego prosseguiu uma trajectória de recuperação ao longo dos últimos dois anos, sendo que em 2015 registou o valor de 11% (-0,6 p.p. face a 2014). Esta melhoria é explicada por fatores como o impacto favorável da moderação salarial, pelas recentes reformas do mercado de trabalho, pela retoma económica e pelos recentes incentivos orçamentais. Ainda assim, é de salientar que os elevados valores de 2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%).

De forma a combater a pressão deflaccionista, foram anunciadas várias medidas por parte do BCE, em 22 de Janeiro de 2015, de entre as quais: (i) o lançamento de um programa alargado de compra de activos, com compras mensais no valor de 60 mil milhões de euros até ao final de Setembro de 2016, ou até o Conselho do BCE considerar que se verifica um ajustamento sustentado da trajectória de inflação, compatível com o seu objectivo de obter taxas de inflação abaixo mas próximo de 2% no médio prazo; e (ii) a alteração da taxa de juro das restantes seis operações de refinanciamento de prazo alargado direcionadas (ORPA). Desta forma, a taxa de juro aplicável às futuras ORPA direcionadas será igual à taxa de juro das operações principais de refinanciamento (OPR) do Eurosistema prevalecente na data em que cada ORPA direcionada é conduzida, anulando assim o diferencial (spread) de 10 p.b. acima da taxa de juro das OPR aplicado nas duas primeiras ORPA direcionadas. Mais recentemente, a 3 de Setembro de 2015, o Conselho do BCE decidiu que a taxa de juro aplicável às (i) operações principais de refinanciamento, (ii) facilidade permanente de cedência de liquidez e (iii) facilidade permanente de depósito permanecerão inalteradas em 0,05%, 0,30% e -0,20%, respetivamente. ECONOMIA NACIONAL

Fonte: World Economic Outlook, Outubro 2015, com update em

Fonte: Banco de Portugal – Boletim Económico Dezembro 2015

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Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2015 8

Após um crescimento de 0,9% em 2014, a economia portuguesa apresentou maior dinamismo que justifica a perspetiva de crescimento de 1,6% em 2015, o que reflete um crescimento ligeiramente superior ao verificado na média da Zona Euro.

Para a aceleração da atividade em 2015 contribuiu, em maior grau, a evolução das exportações portuguesas, que aumentaram 5,3% e que beneficiaram, em grande medida, da evolução da procura externa dirigida à economia portuguesa. Este dinamismo esteve associado à recuperação económica de alguns dos principais parceiros comerciais da Zona Euro, em particular Espanha, França e Itália. As exportações para países fora da Zona Euro beneficiaram da depreciação do euro e do crescimento da procura externa oriunda de alguns parceiros comerciais relevantes, em particular o Reino Unido e os EUA. O crescimento do consumo privado (2,7% em termos homólogos, o que compara com o crescimento de 2,1% registado em 2014) esteve associado a uma melhoria das perspetivas quanto à evolução do rendimento permanente das famílias, conjugada com um quadro de condições monetárias e financeiras favoráveis. A taxa de desemprego cifrou-se em 11,8% em 2015, ficando 2,1 p.p. abaixo do verificado em 2014, num contexto de diminuição da população ativa. Não obstante esta diminuição, a percentagem de desempregados continua historicamente elevada, agravada pela existência de um elevado nível de desemprego de longa duração.

Indicadores macroeconómicos (2013-2015)2013 2014 2015E

Procura Externa tav 1,3 4,6 3,9

EUR/USD Taxa de Câmbio tav 3,1 0,1 -6,4

Preço do Petróleo (euros) tav -4,1 -9,5 -29,7

Produto Interno Bruto tav -1,4 0,9 1,6

Consumo Privado tav -1,7 2,1 2,7

Consumo Público tav -1,8 -0,7 0,1

Formação Bruta de Capital Fixo tav -6,6 2,3 4,8

Exportações tav 6,1 3,4 5,3

Importações tav 2,8 6,2 7,3

Índice Harmonizado de Preços no Consumidor tav 0,4 0,7 0,6

Taxa de Poupança (%) vma 4,5 6,9 7,0

Empregabilidade (sector privado) tav n.d. 2,3 0,8

Taxa de Desemprego % 16,2 13,9 11,8

Remunerações por Trabalhador (sector privado) tav n.d. -1,3 0,0

Balança Corrente e de Capital (%PIB) tav 2,6 2,1 2,4

Balança de Bens e Serviços (%PIB) tav 1,7 1,1 1,6

Taxa de referência do BCE (média) % 0,37 0,16 0,05

Euribor 3 meses (média) % 0,29 0,21 0,00

Yield das OT Alemãs 10 anos (média) % 1,93 0,54 0,53

Yield das OT Portuguesas 10 anos (média) % 6,13 2,69 2,41

Fonte: Banco de Portugal (Dezembro 2015) e Banco Central Europeu (Dezembro 2015)

tav: Taxa anual de variação; vma: variação média anual

Fonte: Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, Portugal:

The Way Forward (Janeiro 2016)

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Relatório e Contas do Exercício de 2015 9

O défice orçamental deverá atingir os 4,2% do PIB em 2015, devido, em grande medida, à resolução do Banif ocorrida no final do ano findo. Estima-se que o impacto desta medida nas contas públicas venha a ser de 2.255 milhões de euros (1.766 milhões de euros numa injeção de capital no banco e 489 milhões de euros na transferência para o Fundo de Resolução), fazendo aumentar o défice em 1,2 p.p. do PIB, sendo que, excluindo este impacto, o défice orçamental seria de 3% em 2015. O valor de 4,2% encontra-se acima do previsto no Orçamento de Estado de 2015 para o conjunto do ano (2,7%), mas traduz uma melhoria homóloga de 0,3 p.p. decorrente de um aumento da receita superior ao da despesa. MERCADO BANCÁRIO NACIONAL O ano de 2015 revelou-se um ano de alguma turbulência no sistema bancário Português, com a venda do Banif e a permanência de indefinição quanto ao destino do Novo Banco. A aquisição do Banif pelo Banco Santander Totta foi finalizada a 20 de Dezembro de 2015, pelo valor de €150 milhões. É de referir que, ainda em 2013, o Banif foi recapitalizado pelo Estado português no montante de €1.100 milhões, sendo que o plano de recapitalização incluía, adicionalmente, um aumento de capital por investidores privados de €450 milhões, o qual foi concluído em Junho de 2014. O Banif revelou não ter capacidade para reembolsar a totalidade do montante, acabando este por vencer em Dezembro de 2014. Com a venda do banco, a generalidade da atividade do Banif foi transferida para o Banco Santander Totta, tendo-se criado um regime de exceção para os ativos problemáticos (transferência para um veículo de gestão de ativos específico). Os clientes do Banif foram transferidos para o Banco Santander Totta e as respetivas agências foram alvo de renovação de imagem. Relativamente ao Novo Banco, a situação desta instituição continua instável, sobretudo devido à indecisão do processo de privatização e à decisão do Banco de Portugal, tomada a 29 de Dezembro de 2015, de transferir a dívida sénior de institucionais do Novo Banco para o Banco Espírito Santo (BES). Em 15 de Janeiro de 2016, o Banco de Portugal relançou o processo de venda da participação do fundo de resolução do Novo Banco, em linha com o acordado entre as autoridades nacionais e a Comissão Europeia. Evolução do mercado nacional de depósitos (Dezembro 2011 – Dezembro 2015)

Segundo a informação mais recente disponibilizada pelo Banco de Portugal (Dezembro 2015), o volume de depósitos aumentou 3,1% em Dezembro de 2015 face ao mesmo período de 2014. Para esse crescimento contribuíram a evolução positiva de 3,8% dos depósitos de particulares (+2,3 p.p. que em 2014) e um crescimento menos acentuado nos depósitos de empresas de 0,2% (-2,8 p.p. que em 2014).

Depósitos de particulares

Depósitos totais de clientes

Fonte: Banco de Portugal Variações homólogas YoY (12 meses)

162 156 159 163 168

3,9%

-3,8%

2,3% 2,4% 3,1%

0

100

200

300

400

500

600

700

2011 2012 2013 2014 2015

Volume de depósitos Variação homóloga

Depósitos de empresas

129 129 131 133 138

10,1%

0,1% 1,5% 1,5%3,8%

2011 2012 2013 2014 2015

33 27 29 30 30

-14,7% -19,0%

6,3% 3,0% 0,2%

2011 2012 2013 2014 2015

+

Valores em mil milhões euros

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Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2015 10

Evolução do mercado nacional de crédito (Dezembro 2011 – Dezembro 2015) Ao invés, o crédito bruto total registou decréscimo homólogo de 4,2% em Dezembro de 2015. A quebra foi mais significativa no crédito a empresas (-5,0%) do que no crédito a particulares (-3,6%), ambos em termos homólogos.

De acordo com a informação divulgada pelo Banco de Portugal, entre 2014 e 2015, o crédito total reduziu 4,2% com uma quebra percentual mais expressiva (de dois dígitos) no segmento das empresas nas regiões autónomas e nos distritos de Viseu, Vila Real e Faro. Em Lisboa, o crédito a empresas caiu 2,6 mil milhões de euros, o que explica mais de 60% da quebra registada no país.

Crédito a particularesCrédito bruto total

265 249 236 210 201

-2,8%

-5,9% -5,3%

-7,9%

-4,2%

2011 2012 2013 2014 2015

Volume de crédito Variação homóloga

Crédito a empresas

150 142 136 124 119

-2,3%-4,9% -4,5%

-8,8%

-3,6%

2011 2012 2013 2014 2015

115 107 100 86 82

-3,5%-7,2% -6,3%

-13,9%

-5,0%

2011 2012 2013 2014 2015

+

Fonte: Banco de Portugal Variações homólogas YoY (12 meses)

Valores em mil milhões euros

Valores em milhares de euros

Evolução do crédito total por região - Dez.2014/Dez.2015

Particulares Empresas Total Particulares Empresas Total

Aveiro 5.825 2.985 8.810 4,4% -4,3% -3,9% -4,2%

Beja 1.323 445 1.768 0,9% -4,4% -9,9% -5,9%

Braga 6.477 3.805 10.282 5,1% -3,2% 1,1% -1,7%

Bragança 924 238 1.162 0,6% -4,6% -2,1% -4,1%

Castelo Branco 1.492 410 1.902 0,9% -4,7% -4,2% -4,6%

Coimbra 3.975 1.276 5.251 2,6% -3,6% -2,0% -3,2%

Évora 1.748 708 2.456 1,2% -0,8% -4,3% -1,8%

Faro 5.004 1.722 6.726 3,3% 0,0% -10,9% -3,0%

Guarda 905 287 1.192 0,6% -3,8% -2,0% -3,4%

Leiria 4.309 2.528 6.837 3,4% -3,3% -2,8% -3,1%

Lisboa 43.432 45.766 89.198 44,4% -3,3% -5,5% -4,4%

Portalegre 903 329 1.232 0,6% -4,7% 1,9% -3,1%

Porto 17.694 12.765 30.459 15,2% -4,7% -1,6% -3,4%

Santarém 4.179 1.513 5.692 2,8% -1,0% 0,4% -0,7%

Setúbal 9.618 2.104 11.722 5,8% -2,9% 4,7% -1,6%

Viana do Castelo 1.697 644 2.341 1,2% -5,6% -0,5% -4,2%

Vila Real 1.371 332 1.703 0,8% -6,5% -12,9% -7,8%

Viseu 2.576 1.020 3.596 1,8% -3,0% -23,0% -9,6%

Reg. Autónoma Açores 2.728 1.161 3.889 1,9% -5,4% -14,6% -8,4%

Reg. Autónoma Madeira 3.046 1.552 4.598 2,3% -8,9% -25,6% -15,3%

Total 119.226 81.590 200.816 100% -3,6% -5,0% -4,2%

Var. 2014/2015Crédito Peso

total %

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Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2015 11

Analisando detalhadamente o crédito a particulares, verifica-se que o decréscimo deveu-se essencialmente à diminuição do crédito à habitação (-3,9% em 2015 face ao período homólogo) que representa 82% do total do crédito a particulares. Relativamente ao crédito vencido de clientes particulares, esse situou-se nos 4,2%, agravado, principalmente, pelo crédito a outros fins que, ainda assim, tem vindo a perder peso no agregado de crédito.

No caso do crédito a empresas, o decréscimo de 5,0% deveu-se principalmente à redução do crédito a empresas do setor da construção, indústrias extrativas e saúde e apoio social. Apenas nos setores da agricultura e pescas e dos transportes e armazenagem foi possível verificar um aumento do crédito concedido (5,3% e 7,0%, respectivamente). Relativamente ao crédito vencido a empresas, este situou-se nos 15,4%, sendo que os setores com maior incumprimento continuam a ser a construção, as atividades imobiliárias e o comércio, que mantêm elevada representatividade no total do crédito a empresas.

MERCADOS FINANCEIROS No ano de 2015 a atenção dos investidores esteve centrada, fundamentalmente, na atividade dos Bancos Centrais, na situação de incerteza quanto à evolução da Grécia, no progresso das economias emergentes e na cotação das commodities. Em Portugal, o ano ficou marcado pelas eleições legislativas, pela incerteza em relação à formação do novo Governo, pelas perdas geradas com a queda do Banco Espírito Santo, e, por fim, pela resolução do Banif com a alienação da sua atividade e abertura do processo de investigação sobre o auxílio estatal concedido em 2013.

Evolução do mercado de crédito a particulares por tipologia - Dez.2014/Dez.2105

Tipologia Volume de crédito (M€) Var. homóloga % Peso total % Crédito vencido %

Habitação 97.706 -3,9% 82,0% 2,5%

Consumo 12.183 0,7% 10,2% 9,4%

Outros fins 9.337 -5,9% 7,8% 14,7%

Total 119.226 -3,6% 100% 4,2%

Fonte: Banco de Portugal

Actividade económicaVar. Dez.

2014/2015Total Crédito Peso %

% Crédito

Vencido

Agricultura e Pescas 5,3% 2.185 2,7% 4,4%

Indústrias Transformadoras -1,8% 12.881 15,8% 10,3%

Saúde e Apoio Social -7,0% 1.288 1,6% 5,4%

Comércio -0,3% 12.238 15,0% 16,1%

Construção -14,1% 12.870 15,8% 33,4%

Actividades Imobiliárias -4,9% 11.234 13,8% 23,7%

Alojamento e Restauração -5,3% 4.446 5,4% 10,9%

Transporte e Armazenagem 7,0% 7.221 8,9% 6,7%

Energia -0,2% 2.517 3,1% 0,6%

Indústrias Extractivas -13,6% 254 0,3% 13,0%

Água e Saneamento -6,5% 1.548 1,9% 2,6%

Outros -10,1% 12.909 15,8% 8,6%

Total -5,0% 81.591 100% 15,4%

Fonte: PIN Mercado

Evolução do mercado de crédito a empresas por CAE - Dez.2014/Dez.2015

Valores em milhões de euros

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Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2015 12

Na Europa, o 1º semestre de 2015 ficou marcado pelo anúncio do início do programa de Quantitative Easing por parte do BCE, programa criado com o propósito de aumentar os níveis de inflação na Zona Euro, e pelo processo negocial tenso entre a Grécia e a Troika (BCE, CE e FMI) quanto à aplicação de reformas na economia, o que conduziu a um aumento da incerteza entre os investidores e, consequentemente, a um aumento da volatilidade nos mercados acionistas e de dívida pública.

Na China, no final do 1º trimestre, o People Bank of China (PBOC), por forma a dinamizar a economia, cortou as taxas de juro e baixou as taxas de remuneração dos depósitos em 0,25 p.p. O 2º trimestre iniciou-se com a decisão por parte da Reserva Federal Americana em manter a política monetária inalterada, conservando o intervalo objetivo das taxas dos “fed funds” em 0% – 0,25%. Do lado da Zona Euro, o trimestre ficou marcado pela passagem da taxa Euribor a 3 meses para terreno negativo (-0,001%) resultante da política seguida pelo BCE. No mercado acionista começou também a verificar-se a queda do mercado chinês, com o índice Shanghai Composite a desvalorizar 11% só no mês de Junho. Este crash ocorreu após uma corrida às ações, com os chineses a recorrerem a crédito para colocarem na bolsa. Como tal, o Banco Central chinês reduziu por duas vezes (uma em Maio e outra em Junho) a taxa de juro de referência e a taxa de depósitos em 0,25 p.p.. No 3º trimestre assistiu-se a uma grande volatilidade no mercado acionista. Como as desvalorizações registadas pelas ações chinesas indiciavam que as medidas de Pequim não estavam a aliviar os receios dos investidores, o regulador chinês e o PBOC avançaram com medidas expansionistas adicionais, principalmente (i) a proibição de venda de ações por investidores com posições qualificadas, (ii) a desvalorização do “yuan” em 1,9% e (iii) a redução das taxas de juro e de depósito em 0,25 p.p. Estas medidas alertaram os investidores para o abrandamento da segunda maior economia do mundo contagiando os índices europeus e norte-americanos e também as commodities. Em termos de política monetária, tanto o BCE como a Reserva Federal mantiveram as suas políticas inalteradas nas reuniões de Setembro. No 4º trimestre, a atenção dos investidores esteve centrada nas decisões dos Bancos Centrais, na evolução das commodities e nas eleições realizadas na região ibérica. Na Zona Euro, o BCE tomou medidas adicionais na sua reunião de Dezembro, em particular: (i) corte da taxa de juro dos depósitos em 10 p.b. para -0,30%, mantendo a taxa de juro de referência e a taxa de cedência de liquidez inalteradas; (ii) alargamento do programa de compra de ativos até, pelo menos, Março de 2017 (iiI) reinvestimento dos juros obtidos com os ativos comprados e (iv) inclusão da dívida dos governos regionais e das administrações locais no âmbito das aquisições de dívida do BCE. Por sua vez, nos EUA, a Reserva Federal subiu a taxa de juro de referência pela primeira vez desde 2006, passando o intervalo de variação da taxa dos fed funds a estar entre 0,25%-0,50%, justificada com a melhoria significativa das condições do mercado de trabalho (taxa de desemprego foi de 5% em Dezembro) e a estimativa de subida da inflação no médio prazo. Na China, o Banco Central cortou as taxas de juro dos empréstimos à banca e a taxa de juro dos depósitos dos bancos no Banco Central, tendo ainda sido diminuídos os requisitos de reservas de capital dos bancos em 50 p.b. e injectados 150 mil milhões de “yuan” na economia com o objetivo de elevar o nível de liquidez da banca chinesa. O ano em análise fica também marcado por uma certa instabilidade política em função da dispersão de votos pelos vários partidos nas eleições de Portugal e Espanha, criando incerteza no processo de formação de Governo nesses países.

Reunião Fed

Abrandono negociações

Referendoe controlo de capitais

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

jan

eir

o 1

5

feve

reir

o 1

5

ma

rço

15

ab

ril

15

ma

io 1

5

jun

ho

15

julh

o 1

5

ag

ost

o 1

5

sete

mb

ro 1

5

ou

tub

ro 1

5

no

ve

mb

ro 1

5

de

zem

bro

15

Mercados de dívidaMercados de dívidaMercados de dívidaMercados de dívida

Alemanha 10 Y Portugal 10 Y Espanha 10 Y Itália 10 Y EUA 10 Y

80%

90%

100%

110%

120%

130%

140%

150%

160%

jane

iro 1

5

feve

reir

o 1

5

març

o 1

5

ab

ril 15

maio

15

jun

ho

15

julh

o 1

5

ag

ost

o 1

5

sete

mbro

15

outu

bro

15

nov

em

bro

15

de

zem

bro

15

Mercados acionistasMercados acionistasMercados acionistasMercados acionistas

Índice de Xangai PSI 20 SP500 STOXX 50

Black

MondayEscândalo

VW

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Relatório e Contas do Exercício de 2015 13

No mercado das commodities, o destaque vai claramente para o petróleo, cuja cotação desvalorizou cerca de 18% no 4º trimestre e 31% ao longo de 2015, graças ao excesso de oferta existente no mercado e ao aumento dos conflitos entre os países produtores. Em relação aos produtos agrícolas, a queda foi de cerca de 2,4% no último trimestre e de 12% no ano.

A evolução do preço das matérias-primas teve também um impacto direto nos níveis de inflação dos principais países, a saber: (i) nos EUA a taxa YoY foi de 0,5% no mês de Novembro, enquanto que a taxa core1 foi de 1,4%; e (ii) na Zona Euro, segundo o Eurostat, a taxa YoY foi de 0,1% em Dezembro, o mesmo valor registado em Outubro e a taxa de inflação core mensal caiu inesperadamente 0,2 p.b. para 0,9%. Em termos cambiais, no 4º trimestre, assistiu-se a uma apreciação de 2,8% do USD face ao EUR, com o EUR/USD a fechar o ano nos 1,086. No acumulado do ano, o EUR perdeu 10,2% face ao USD.

Principais focos em 2016 A evolução das economias emergentes constitui o grande foco de análise em 2016. Para além da desaceleração da economia chinesa, a situação nestes países encontra-se ainda penalizada pelo início da subida das taxas de juro nos EUA, pela depreciação ocorrida nas respetivas moedas, e pela acentuada queda dos preços das matérias-primas. Um enfraquecimento mais acentuado do que o esperado da procura interna na China poderá afetar a confiança nos mercados financeiros e, dessa forma, comprometer as perspetivas de muitas outras economias, tanto emergentes como avançadas. A evolução dos mercados estará assim dependente da resposta dos Bancos Centrais à situação na China, bem como à forma de conciliar este tema com a tentativa de chegar a níveis de inflação de 2%. Fatores como os conflitos no Médio Oriente, atos terroristas e a consequente variação do preço do petróleo serão também fundamentais para a evolução dos mercados no ano de 2016. Em Portugal, a execução orçamental e a decisão da DBRS, única agência que coloca o rating de Portugal no nível investment grade e como tal possibilitando a aquisição de dívida pública por parte do Banco Central Europeu, assumem caráter decisivo quanto à situação política e económico-financeira do país em 2016. PRINCIPAIS RISCOS E INCERTEZAS PARA 2016

O ano de 2016 será mais um ano marcado pela regulamentação e diversas exigências impostas ao setor financeiro, tanto para a banca europeia, através do Banco Central Europeu (BCE), como para a banca nacional por intermédio do Banco de Portugal (BdP). No início de 2016, o Banco Central Europeu divulgou as cinco prioridades em matéria de supervisão das instituições financeiras europeias, que se centrarão (i) no risco associado ao modelo de negócio e à rendibilidade, (ii) no risco de crédito, (iii) na adequação dos fundos próprios, (iv) na governação do risco e qualidade de dados e (v) nos novos requisitos de liquidez, sendo certo que serão realizadas diversas iniciativas de supervisão para cada uma das prioridades elencadas e, em alguns casos, a implementação de algumas medidas estender-se-á por mais de um ano, exigindo dedicação e orçamento acrescidos.

1 Taxa que exclui bens energéticos e alimentares.

0

10000

20000

30000

40000

50000

60000

70000

jan

eir

o 1

2

mar

ço

12

ma

io 1

2

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o 1

2

sete

mb

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2

no

vem

bro

12

jan

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o 1

3

mar

ço

13

ma

io 1

3

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o 1

3

sete

mb

ro 1

3

no

vem

bro

13

jan

eir

o 1

4

mar

ço

14

ma

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4

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o 1

4

sete

mb

ro 1

4

no

vem

bro

14

jan

eir

o 1

5

mar

ço

15

ma

io 1

5

julh

o 1

5

sete

mb

ro 1

5

no

vem

bro

15

'00

0 b

arr

is/d

ia

Produção total de petróleoProdução total de petróleoProdução total de petróleoProdução total de petróleo

OPEC Não OPEC

0,9

0,95

1

1,05

1,1

1,15

1,2

1,25

1,3

20

30

40

50

60

70

80

jan

eir

o 1

5

feve

reir

o 1

5

ma

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15

ab

ril

15

ma

io 1

5

jun

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15

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o 1

5

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5

sete

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ro 1

5

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tub

ro 1

5

no

vem

bro

15

dez

em

bro

15

USD

Cotação do Brent e WTICotação do Brent e WTICotação do Brent e WTICotação do Brent e WTI

EUR/USD Brent Crude (WTI)

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Relatório e Contas do Exercício de 2015 14

Para além dos dois reguladores acima mencionados, as instituições de crédito e as sociedades financeiras estão também abrangidas pela regulamentação emitida pelas autoridades reguladoras do mercado de capitais e das atividades de investimento (e.g. ESMA2, CMVM), estando neste âmbito abrangidas por novos requisitos e regulamentos, em implementação nacional e em consulta, o que naturalmente inclui o Grupo Crédito Agrícola. CRÉDITO AGRÍCOLA: EVOLUÇÃO RECENTE RESULTADO E BALANÇO Análise Financeira do SICAM (Negócio Bancário do Grupo CA)

Nota: Os dados económico-financeiros apresentados para o SICAM (Caixa Central e Caixas Associadas), referentes ao exercício de 2015, constituem valores provisórios e não auditados.

2 European Securities and Markets Authority

Em milhares de euros

Abs. %

Activo

Aplicações em Inst. de Crédito e disp. 501.641 421.057 -80.584 -16,1%

Crédito a Clientes (líquido) 7.309.837 7.555.871 246.034 3,4%

Crédito a Clientes (bruto) 8.147.238 8.429.644 282.406 3,5%

Imparidades 837.401 873.773 36.372 4,3%

Aplicações em Títulos (líquido) 4.277.583 3.748.388 -529.195 -12,4%

Activos Não Correntes Detidos para Venda 429.010 445.441 16.431 3,8%

Outros Activos 748.529 885.955 137.426 18,4%

Total Activo 13.266.600 13.056.712 -209.888 -1,6%

Passivo + Capital

Recursos de bancos centrais e OIC's 1.116.382 625.817 -490.565 -43,9%

Recursos de Clientes 10.620.337 10.969.821 349.485 3,3%

Outros Passivos Subordinados 142.534 120.409 -22.125 -15,5%

Outros Passivos 219.011 168.118 -50.893 -23,2%

Total Passivo 12.098.264 11.884.166 -214.098 -1,8%

Capitais Próprios 1.168.335 1.172.546 4.211 0,4%

Total do Capital Próprio + Passivo 13.266.600 13.056.712 -209.887 -1,6%

Balanço

2014 2015Variação

Demonstração de Resultados

Em milhares de euros

Abs. %

Juros e rendimentos similares 457.014 400.181 -56.833 -12,4%

Juros e encargos similares 208.789 155.052 -53.737 -25,7%

Margem Financeira 248.225 245.129 -3.096 -1,2%

Comissões líquidas 128.522 130.193 1.671 1,3%

Resultado de operações financeiras 171.767 101.989 -69.778 -40,6%

Outros resultados de exploração 5.864 25.445 19.581 333,9%

Produto Bancário 554.378 502.756 -51.622 -9,3%

Custos de estrutura 300.475 300.838 363 0,1%

Custos de pessoal 164.986 166.516 1.529 0,9%

Gastos gerais administrativos 121.298 121.152 -146 -0,1%

Amortizações 14.190 13.170 -1.021 -7,2%

Provisões e imparidades 200.507 126.675 -73.832 -36,8%

Resultado antes de impostos 53.397 75.244 21.847 40,9%

Impostos, após correc. e diferidos 28.891 18.757 -10.134 -35,1%

Resultado Líquido 24.505 56.487 31.982 131%

2014 2015Variação

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Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2015 15

Após 3 anos de depressão económica em Portugal, entre 2011 e 2013, o ano de 2015 veio confirmar a fase de recuperação e crescimento iniciada em 2014, sendo que em 2015 o crescimento do PIB foi de 1,6%. Para 2016 e 2017, o Banco de Portugal prevê um crescimento de 1,7% e 1,8% respetivamente. Apesar do aumento em 2015 da procura interna, assistiu-se a uma redução do nível de alavancagem das famílias e das empresas não financeiras e consequente redução do crédito em 4,2%, sendo nas famílias de -3,6% e nas empresas de -5,0%. O Crédito Agrícola apresentou no final de Dezembro um aumento do resultado líquido em 2015 do negócio bancário (SICAM) de 32 milhões de euros face a 2014 (56,5 milhões de euros vs. 24,5 milhões de euros), para o qual contribuiu o aumento do crédito bruto em 3,5%.

Apesar do resultado líquido do SICAM ser significativamente superior ao do ano anterior, o produto bancário registou, em sentido inverso, uma quebra de 9,3%. Esta quebra resulta sobretudo de uma redução significativa dos resultados de ativos financeiros disponíveis para venda, justificado pela redução das mais-valias, que em 2014 alcançaram 169,1 milhões de euros e em 2015 somente 99,3 milhões de euros, o que representa um decréscimo de 41%. Este efeito foi parcialmente compensado através do aumento dos outros resultados de exploração em 334%, em resultado da alienação da participação financeira das Caixas Associadas no capital da CA Vida e da CA Seguros, no âmbito da constituição de uma holding seguradora (CA SeP), operação que resultou no registo de uma mais-valia de 19,8 milhões de euros que será anulada em termos consolidados nas contas do Grupo.

41,3

1,5

24,5

56,5

2012 2013 2014 2015

Evolução do Resultado líquido

(em milhões de euros)

Valores em milhões de euros

Evolução do Resultado Líquido Acumulado mar-15 jun-15 set-15 dez-15

Caixas Associadas 9 18 28 50

Caixa Central 13 1 2 5

SICAM (Consolidado) 22 20 31 57

Produto Bancário - SICAM Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %

Margem Financeira 251 248 245 -3 -1,2%

Comissões l íquidas 132 129 130 2 1,3%

Resultado de operações financeiras* 79 171 99 -72 -42,0%

Outros resultados de exploração 12 7 29 21 304,4%

Margem Complementar 222 306 258 -49 -15,9%

Produto Bancário 473 554 503 -52 -9,3%

*excluindo o efeito dos resultados de reavaliação cambial e de instrumentos de capital

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Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2015 16

A margem financeira do SICAM sofreu uma quebra de 1,2%, passando de 248 milhões de euros em 2014 para 245 milhões de euros em 2015. Esta quebra resulta essencialmente:

i. Do efeito preço negativo da redução de spreads na concessão / renovação de crédito a empresas; ii. Do efeito volume resultante do acréscimo de depósitos de clientes, não compensada pela redução das taxas de

remuneração dos novos depósitos e das renovações; iii. Da pressão sobre as margens resultantes das reduzidas taxas indexantes do crédito (Euribor), em particular, no que

se refere ao crédito com maturidades longas; e iv. Da redução dos proveitos com juros da carteira de títulos.

É ainda de realçar que a Caixa Central manteve em 2015 um esforço de remuneração dos recursos das Caixas Associadas acima dos níveis praticados no mercado, sacrificando a sua margem financeira. Contudo, as remunerações têm vindo a reduzir, convergindo para taxas semelhantes às praticadas no mercado. De qualquer forma é inevitável que este processo de convergência com o mercado se mantenha em 2016, o que implicará desafios acrescidos de rentabilidade para as Caixas Associadas.

Globalmente, mesmo com a descida da margem financeira em 1,2% e do produto bancário em 9,3%, o resultado líquido aumentou 131%, passando de 24,5 milhões de euros, para 56,5 milhões de euros, resultante fundamentalmente de dois fatores: (i) da mais-valia criada com a venda das ações da CA vida e CA seguros à nova holding e (ii) da redução de 200,5 milhões de euros para 126,7 milhões de euros (-36,8%) das provisões e imparidades do exercício.

Quanto aos custos de estrutura verificou-se um ligeiro aumento de 0,1% (363 mil euros). Este agravamento justifica-se pelo aumento dos custos com o pessoal em 1,5 milhões de euros (+0,9%). Esta subida contudo foi atenuada com uma quebra ligeira nos gastos gerais administrativos (-0,1%), fruto das negociações centralizadas de contratos e da estratégia de contenção dos custos já iniciada no ano anterior e pela redução das amortizações em 7,2%.

2,51% 2,46% 2,39% 2,32% 2,26%2,13% 2,04%

1,89% 1,78%1,66%

1,53%1,40%

1,25%

0,18% 0,17% 0,13% 0,11% 0,09% 0,06% 0,05% 0,05% 0,05% 0,04% 0,03% 0,01% -0,05%

0,08% 0,08% 0,06% 0,04% 0,02% -0,01% -0,01% -0,01% -0,02% -0,03% -0,04% -0,07% -0,12%

dez-14 jan-15 fev-15 mar-15 abr-15 mai-15 jun-15 jul-15 ago-15 set-15 out-15 nov-15 dez-15

Taxas médias de remuneração dos depósitos das CCAM na Caixa Central

Taxa média das aplicações das CCAM na Caixa Central Euribor 6 meses Euribor 3 meses

Valores em milhões de euros

Margem

Financeira

Comissões

Líquidas

Res. Op.

Financeiras

Margem

Complementar

Produto

Bancário

Caixas Associadas 263 109 1 32 404

Caixa Central -18 22 98 116 100

SICAM (Consol idado) 245 130 99 258 503

Evolução dos Custos de Estrutura - SICAM Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %

Custos de Estrutura 302 300 301 0,4 0,1%

Custos de Pessoal 164 165 167 1,5 0,9%

Gastos Gerais Administativos 124 121 121 -0,1 -0,1%

Amortizações 15 14 13 -1,0 -7,2%

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Nas contas provisórias de 2015, é possível verificar que foram constituídas provisões e imparidades líquidas no valor de 127 milhões de euros, o que representa uma redução de 73 milhões de euros face a 2014. Em relação ao rácio de cobertura do crédito vencido registou-se um aumento, passando de 124,7% em 2014 para 130,8% em 2015, prosseguindo o Crédito Agrícola com uma gestão sã e prudente no que respeita a esta matéria.

Relativamente à estrutura de balanço, registou-se uma redução de 1,6% no ativo total do SICAM que passou de 13.267 milhões de euros em 2014 para 13.057 milhões de euros em 2015. Em 2015 apesar do aumento do crédito a clientes de 3,5% (282 milhões de euros), este não foi suficiente para compensar a redução no valor das aplicações em títulos de 12,4% (-529 milhões de euros face a 2014).

O crédito a clientes consolidado aumentou 3,5% com o crédito a empresas a subir 8,9% e o crédito a particulares a reduzir 2,6% face a 2014. Em termos líquidos, o crédito aumentou 3,4%, o que representa um aumento de 246 milhões de euros, que inclui um reforço de imparidade de 36,4 milhões de euros (4,3%).

O passivo total do SICAM reduziu cerca de 214 milhões de euros, muito por conta do reembolso ao Banco Central Europeu (491 milhões de euros), enquanto o capital próprio registou um aumento de 4 milhões de euros.

Provisões/Imparidades do Exercício Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %

Correcção de valor em crédito de cl ientes 106 160 101 -59 -37%

Imparidade de outros activos 44 40 26 -14 -36%

Total de provisões e imparidades do exercício 150 200 127 -73 -37%

Total de provisões e imparidades acumuladas 707 837 874 36 4%

Rácio de cobertura do crédito vencido 107,5% 124,7% 130,8% 6,1 p.p. -

Evolução da carteira de crédito Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %

Crédito total sobre cl ientes 8.199 8.147 8.430 282 3,5%

Crédito e juros vencidos 658 672 668 -4 -0,5%

13.748

12.969

13.267

13.057

2012 2013 2014 2015

Evolução do Activo Líquido

(em milhões de euros)

Crédito a clientes Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %

Crédito bruto 8.199 8.147 8.430 282 3,5%

Imparidades 707 837 874 36 4,3%

Crédito l íquido 7.492 7.310 7.556 246 3,4%

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É importante mencionar a evolução ligeira do rácio de transformação que, em 2015 face a 2014, alcançou um crescimento de 0,1 p.p. que se traduziu num aumento de 68,8% para 68,9%. Este nível do rácio de transformação é justificado pelo facto do montante dos recursos de clientes ser significativamente superior ao valor do crédito a clientes, mantendo o Crédito Agrícola num nível de transformação dos depósitos bastante abaixo do praticado pela restante banca em Portugal.

Outros Factos Relevantes

Nos últimos 3 anos a marca CA assumiu um papel relevante junto dos consumidores, pois conseguiu demonstrar os valores e as iniciativas que esta instituição desenvolve junto da sociedade. O reconhecimento perante os portugueses tem sido evidente, e ficou patente nos resultados obtidos não só pelo estudo promovido pela Aximage em 2014, que revelou que o Crédito Agrícola é o segundo banco em quem os portugueses mais confiam, mas também pelo prémio de 5 Estrelas recebido em 2015 e que classificou o Crédito Agrícola na categoria do “Atendimento ao Cliente” como a instituição mais bem classificada.

O Crédito Agrícola tem participado e desenvolvido ações de promoção junto de empresas, donde se destacam:

• O ciclo de seminários sobre o tema empreendedorismo, enquadrado na 2ª edição do “Prémio Empreendedorismo e Inovação”, acentuando o posicionamento de grupo financeiro que aposta e reconhece o tecido empresarial português;

• O workshop “Cooperar para Exportar” dirigido a empresários e produtores do setor hortofrutícola;

• A homenagem às 193 empresas clientes CA (mais 105 empresas face ao ano anterior) com o estatuto de PME Líder e PME Excelência em 2014, realizada pelo segundo ano consecutivo, num evento que sublinha o contributo das Empresas, Clientes do Grupo, para a competitividade e crescimento da economia portuguesa;

Valores em milhões de euros

Activo PassivoCapitais

Próprios

Caixas Associadas 12.664 11.444 1.219

Caixa Central 6.020 5.765 255

SICAM (Consolidado) 13.057 11.884 1.173

7.492 7.310 7.55610.234 10.620 10.970

73,2%

68,8% 68,9%

60%65%70%75%80%85%90%

0

10.000

20.000

2013 2014 2015

Evolução do Crédito e Recursos de Clientes

(em milhões de euros)

Crédito a Clientes Recursos de Clientes

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %

Crédito a Clientes 7.492 7.310 7.556 246 3,4%

Recursos de Clientes 10.234 10.620 10.970 349 3,3%

Rácio de Transformação 73,2% 68,8% 68,9% 0,1 p.b. -

Evolução do crédito e recursos de clientes

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• O concurso de Vinhos do Crédito Agrícola, que decorreu pelo segundo ano consecutivo, realizado juntamente com a

Associação dos Escanções de Portugal, destinado a Produtores e Cooperativas de todas as regiões vitivinícolas do país. As cerimónias de entrega de prémios decorreram na FIL, em Lisboa, no “Portugal Agro” e na “Alimentaria & Horexpo Lisboa 2015”;

• A associação à Academia do Centro de Frutologia Compal, pela 4ª vez consecutiva, tendo, em 2015, sido desenvolvida uma ação de formação e apoio à instalação frutícola destinada a empreendedores agrícolas que se pretendem instalar, aumentar ou reconverter a sua exploração agrícola.

Quanto ao reconhecimento público em 2015, o Crédito Agrícola foi galardoado com seis distinções em diversas áreas: banca, seguros e fundos de investimento. O Banco foi considerado, pela revista britânica The Banker, no seu estudo “Top 1000 World Banks”, o terceiro mais sólido a operar em Portugal e o primeiro de capitais exclusivamente nacionais. A CA Seguros, a seguradora não vida do Grupo Crédito Agrícola, foi eleita, pela quinta vez, a Melhor Seguradora Não Vida do seu segmento. Esta distinção resulta de um estudo realizado pela revista EXAME, em parceria com a Deloitte e com a Informa D&B. O Fundo de Investimento Mobiliário Aberto de Obrigações CA Rendimento, gerido pela Crédito Agrícola Gest – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. (CA Gest), foi distinguido com o prémio “Gestão Nacional de Organismos de Investimento Coletivo”, na categoria “Fundos de Obrigações de Taxa Indexada”. Em 2015, o serviço Balcão 24 terminou com 249 balcões em funcionamento, o que representa um crescimento de 6% face a 2014 (236 balcões). É ainda de salientar a evolução semestral do volume de transações realizadas no serviço Balcão 24, que registou um crescimento de 6% face a igual período de 2014. No ano 2015, registou-se um aumento do parque de ATM do Crédito Agrícola de 2,2%, passando de 1.465 máquinas em 2014 para 1.497 em 2015, contrariando a tendência de decréscimo verificada no mercado (-2,1% face a 2014) e permitindo um reforço da quota de mercado em 0,5 p.p. O número de transações em ATM do Crédito Agrícola subiu 3% em 2015. A instalação de terminais de pagamento automático (TPA) continuou a registar uma evolução positiva, verificando-se um aumento do número de equipamentos (+10,5% face a 2014) e do número de transações efetuadas (+24,5% face a 2014). O serviço Rede CA & Companhia continua a consolidar a sua posição, tendo apresentado em 2015 um crescimento de 33,5%, estando instalado em 49% dos terminais de pagamento automático do Crédito Agrícola. Durante o ano de 2015 verificou-se um aumento da carteira global de cartões de pagamento, sendo que a carteira de cartões de pagamento a débito cresceu 10,4% e a carteira de cartões de pagamento a crédito aumentou 2,6%. Esta evolução originou um crescimento da quota de mercado do Crédito Agrícola de 0,7 p.p. nos cartões de débito e 0,4 p.p. nos cartões de crédito. À semelhança do crescimento da carteira de cartões, o ano 2015 evidenciou igualmente um aumento do número de transações com cartões (+8,1%), assim como, um aumento do volume de transações em valor (+6,3%). No âmbito da estratégia de estabelecimento de parcerias com entidades do segmento institucional, o Crédito Agrícola celebrou um protocolo de parceria com a Associação Portuguesa de Imprensa no final de 2015, aproveitando igualmente para assinar um protocolo comercial que permite aos colaboradores dos 400 órgãos de comunicação social associados aceder à oferta do Crédito Agrícola em condições favoráveis. Ainda ao nível da assessoria de imprensa, foram realizadas diversas ações juntos dos meios de comunicação social, de âmbito nacional e regional, bem como a realização de entrevistas individuais concedidas pelo Presidente do CAE da Caixa Central em diversos meios de comunicação. Quanto ao nível de comunicação externa foram realizadas 2 novas macro-campanhas:

• “Planos você já tem, só precisa do Banco certo”, que teve por objetivo promover as soluções de crédito pessoal disponibilizadas pelo CA; e

• “CA Destino”, que desafiou os jovens a poupar de modo a habilitarem-se a ganhar passagens áreas duplas para a Europa.

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Relatório e Contas do Exercício de 2015 20

O Crédito Agrícola começou a sua pegada nas redes sociais da melhor forma, iniciando a sua presença no Facebook, Instagram e Youtube, com o objetivo de aproximar o Grupo ao target mais jovem e ao público dos centros urbanos. De referir que o Banco terminou o ano com mais de 55.000 seguidores na sua página oficial de Facebook. Em 2015 registaram-se 19.192.755 visitas ao site institucional do Grupo Crédito Agrícola (+28% face a 2014), o que representa uma média de 1.599.396 visitas/mês realizadas por 5.499.609 visitantes únicos.

Em 2009, o Crédito Agrícola integrou no seu Plano de Meios de Comunicação, o patrocínio a um programa televisivo inovador, denominado “1 Minuto de Economia”. Tratando-se de um programa sobre a atualidade financeira com um formato diferenciador transmitido diariamente no canal SIC, permitido impatar mais de 1.300.000 telespectadores, alavancando assim a notoriedade da marca CA. Em 2015 o Grupo Crédito Agrícola manteve a sua política de continuidade estratégica de patrocínios a alguns desportistas, modalidades e eventos, como:

• Teresa Almeida, Campeã do Mundo de Bodyboard em 2014; • Mário Patrão, Campeão Nacional de TT e da classe “Maratona” no Rali Dakar 2016, em

motociclismo; • João Ruivo, Vice-Campeão Nacional de Rali na Categoria I; • Alcobaça Club de Ciclismo, com destaque para o Ciclista Pedro Lopes por ter alcançado

o título de Campeão Nacional de Contra-relógio, na categoria de cadetes; • 33ª Volta ao Alentejo em Bicicleta; • Entre outros eventos e atletas.

A longo do ano o Crédito Agrícola marcou presença em diversas feiras e eventos, entre as quais, o Salão Imobiliário de Portugal (SIL), Salão Internacional do Setor Alimentar e Bebidas (SISAB), PORTUGAL AGRO, Fruit Logistica e Fruit Attraction e Festa dos Santos Populares em Paris. ATIVIDADE DA CAIXA AGRÍCOLA Na àrea dos Serviços Técnicos e relativamente ao exercício de 2015, cumpre-nos referir o apoio prestado ao setor Agro-Pecuário e Florestal, através dos nossos serviços já conhecidos por “Balcão Verde”, em colaboração com a confederação “Confagri”, contando com a nossa funcionária acreditada pela entidade competente – IFAP, para o atendimento e formalização das candidaturas às ajudas anuais. Estas ajudas traduzem-se em pagamentos diretos à produção. Em relação ao investimento e no âmbito do enquadramento do Novo Quadro Comunitário designado por PDR 2020, aprovado para 7 anos de 2014 a 2020, mantivemos a preocupação de prestar toda a informação, sempre que solicitado pelos nossos clientes e sócios, recomendando entidades competentes na elaboração dos respetivos projetos de investimento para a exploração agrícola. Estamos convictos que esta colaboração prestada aos empresários, sempre poderá contribuir para a manutenção de algumas explorações, evitando um maior abandono da atividade na nossa região, reforçando um dos aspetos de proximidade que nos distingue na realidade da restante Banca.

EVOLUÇÃO DA ESTRUTURA FINANCEIRA

1 - RECURSOS Os Recursos totais da Caixa Agrícola são constituídos pelos Recursos de Outras Instituições de Crédito, Recursos de Clientes e Capitais Próprios (Capital, Reservas e Resultados). Estas três rubricas no seu conjunto apresentaram um desempenho positivo em cerca de 6,64% relativamente ao ano anterior, crescendo dos 112.792.668 euros de 2014 para 120.284.912 euros em 2015. Apresentamos os motivos desta variação nos pontos que se seguem. 1.1 – Recursos de Outras Instituições de Crédito

No final do exercício de 2015 os Recursos de Outras Instituições de Crédito apresentavam um saldo de 6.945.869 euros. Estes recursos são fundamentalmente compostos pelos seguintes valores:

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Relatório e Contas do Exercício de 2015 21

- 1.913.378 euros ao abrigo da Linha de Crédito para Refinanciamento de Operações de Crédito à Habitação e Multiusos (que teve o seu inicio em 2010); - 5.032.015 euros que derivam de recursos disponibilizados pela Caixa Central, calculados com base na carteira de crédito, com origem na linha do BCE designada TLTRO (Target Long Term Refinancing Operations). O saldo destes Recursos ficou acima do que estava orçamentado, devido aos depósitos TLTRO, composto na sua totalidade por operações efectuadas com a Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo. 1.2 – Recursos de Clientes O montante atingido pelos Recursos de Clientes no final de 2015 foi de 103,4 milhões de euros. Apresentaram um crescimento de 3,4% em relação ao exercício de 2014, o que em termos reais representa um aumento de 3.369.974 euros, ficando ligeiramente abaixo do valor proposto no Orçamento para 2015. Estes recursos são basicamente constituídos por depósitos efetuados pelos nossos associados e clientes. 1.2.1 - Depósitos à Ordem Os Depósitos à Ordem obtiveram um crescimento de 11,8%, ou seja, mais 3.267.629 euros relativamente ao ano de 2014, situando-se nos 30,8 milhões de euros, bem acima dos 27,5 milhões orçamentados para o exercício de 2015. 1.2.2 - Depósitos a Prazo e Poupanças Esta rubrica, constituída pelos Depósitos a Prazo, Depósitos de Poupança e Depósitos de Emigrantes, apresentou um crescimento de 0,4% em relação aos valores de 2014, no montante de 300.998 euros, totalizando no final do ano 72,4 milhões de euros. O saldo final destes depósitos encontra-se distribuído por, Depósitos a Prazo 35.339.771 euros incluído os Depósitos de Emigrantes, e Depósitos de Poupança 37.088.384 euros.O valor de juros a pagar diminui neste ano de 2015 em 199.222 euros. Esta rubrica ficou ligeiramente abaixo do valor orçamentado, que era de 75,9 milhões de euros. Apesar dos sinais de recuperação da economia, as empresas e particulares continuam a assumir reservas face ao investimento e à aquisição de bens e serviços, refletindo-se assim num forte aumento do valor dos depósitos à ordem.

DEPÓSITOS À ORDEM

DEPÓSITOS A PRAZO E POUPANÇAS

1.3 – Capitais Próprios Os Capitais Próprios apresentaram um crescimento de 1,5%, no valor de 150.540 euros, relativamente ao ano de 2014. Duas rubricas justificam esta variação, o reforço do Capital e o aumento do Resultado Líquido de 2015. A primeira com a incorporação do resultado do ano anterior e a segunda com um crescimento em cerca de 42% relativamente ao ano de 2014, isto apesar de um pior desempenho das Reservas. Em Dezembro de 2015 os Capitais Próprios da Caixa Agrícola eram constituídos pelo Capital Social no montante de 6.536.415 euros, pela Reserva de Reavaliação para Imóveis constituída ao abrigo do Dec-Lei nº 31/98 de 11 de Fevereiro no valor de 254.972 euros, pela Reserva de Reavaliação–Fundo Pensões resultante do impacto da IAS 19, num valor negativo de 121.165 euros, pela Reserva de Ativos Financeiros Disponíveis para Venda com o valor de 375.939 euros, pelas Reservas por Impostos Diferidos com um valor negativo de 84.210 euros, as restantes Reservas que totalizam 2.694.807 euros, o Resultado Líquido do Exercício no valor de 308.402 euros e finalmente pelo saldo negativo da conta de Resultados Transitados no valor de 9.650 euros. Os Capitais Próprios apresentavam no final do ano um valor de 9.955.510 euros.

26.237.465

24.924.524

25.685.571

27.594.118

30.861.747

0 10.000.000 20.000.000 30.000.000 40.000.000

2011

2012

2013

2014

2015

euros

59.987.80663.396.960

71.511.980 72.127.15772.428.155

2011 2012 2013 2014 2015

euros

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Relatório e Contas do Exercício de 2015 22

2 – APLICAÇÕES

Nas aplicações (Caixa, Disponibilidades em Instituições de Crédito, Crédito Concedido, Ativos Financeiros Disponíveis para Venda e Ativos Não Correntes Detidos para Venda) verificou-se um acréscimo de 6,4%, ou seja, 7.548.347 euros, em relação às aplicações existentes em finais de 2014. Em 31 Dezembro de 2015, as aplicações totalizaram 124,6 milhões de euros, comparativamente aos 117,1 milhões de euros do ano anterior, encontrando-se assim repartidas:

RUBRICAS 31/12/2015 31/12/2014

- Crédito a Clientes 58.301.438 56.238.068 - Aplicações em Instituições Crédito(Dep.Prazo CCCAM) 46.310.126 40.674.513 - Ativos Financeiros Disponíveis para Venda 11.895.886 11.203.807 - Disponibilidades em Outras Instituições de Crédito 1.676.224 2.368.270 - Ativos não correntes detidos para venda 5.597.060 5.778.259 - Outras Aplicações (Caixa e outras Disponibilidades) 840.106 809.576

TOTAL 124.620.840 117.072.493

O Crédito Concedido, que continua a ser a principal aplicação, apresenta um crescimento em relação ao ano anterior de 2.063.370 euros, passando de 56,2 milhões de euros para 58,3 milhões de euros, ou seja, 3,6%, ficando acima do valor orçamentado para o exercício de 2015. O crédito vencido apresentou um decréscimo relativamente a 2014, passando de 11.622.025 euros para 10.865.565 euros, uma diminuição de 6,5 pontos percentuais, ficando abaixo do valor proposto no Orçamento para 2015 que era de 11,5 milhões de euros. As provisões diminuíram ligeiramente em 70.070 euros, comparativamente com o ano de 2014, passando de 10.302.856 euros para 10.232.786 euros em finais de 2015. Os Depósitos a Prazo na Caixa Central aumentaram significativamente, de 40,7 milhões de euros em 2014 para 46,3 milhões em 2015, ficando ligeiramente acima do valor orçamentado. Os Ativos Financeiros Disponíveis para Venda, apresentaram um crescimento 692.079 euros para 11,9 milhões, essencialmente pelo incremento da aposta em Bilhetes do Tesouro do Estado Português, bem como pela aquisição de obrigações da CA Vida. Este valor ficou ligeiramente acima do inicialmente orçamentado que era de 11,5 milhões de euros. (ver ponto 7 do anexo) Na rubrica Ativos n/ Correntes Detidos para Venda onde se incluem os imóveis e equipamentos recebidos para recuperação de crédito, entre os imóveis vendidos e aqueles que entraram durante o exercício de 2015, traduziu-se num decréscimo no valor de 181.199 euros, ficando acima do que tinha sido orçamentado, ou seja 3,1 milhões de euros. (ver ponto 10 do anexo) As Disponibilidades em Outras Instituições de Crédito diminuiram em relação a 2014 de 2,4 milhões para 1,7 milhões de euros em 2015. Esta oscilação é considerada normal, na medida em que estes valores sofrem alterações diárias. (ver ponto 6 do anexo)

CRÉDITO CONCEDIDO CRÉDITO VENCIDO

3 – RESULTADOS O Resultado Líquido positivo do exercício de 2015 no valor de 308.402 euros, situou-se bem acima do valor que tinha sido orçamentado (142.690 euros). De salientar o crescimento relativamente a 2014, em que se tinha apresentado um resultado de 216.777 euros. Da análise efetuada à Demonstração de Resultados, poderemos destacar alguns fatores que influenciaram o resultado deste exercício de uma forma mais determinante, os quais passamos a analisar.

9.724.535

10.558.414

11.153.041

11.622.026

10.865.565

0

5.000.000

10.000.000

15.000.000

20.000.000

2011 2012 2013 2014 2015

EUROS

67.330.307 66.627.54164.413.177

56.238.068

58.301.438

50.000.000

60.000.000

70.000.000

2011 2012 2013 2014 2015EUROS

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Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2015 23

As margens de intermediação continuam no sentido da estabilização resultando na manutenção da margem financeira que praticamente se manteve inalteravel relativamente a 2014. Esta tendência aconteceu não pelo aumento dos juros recebidos, uma vez que apresentaram um decréscimo, mas pela diminuição mais acentuada nos juros pagos. O produto bancário apresentou um decréscimo de 14,4% relativamente a 2014, não só pelo decréscimo da rúbrica Serviços e Comissões Recebidas, mas essencialmente pela excecional mais-valia obtida na alienação dos títulos de dívida pública portuguesa em 2014, no valor 1.068.301 euros, o que não aconteceu em 2015, onde ficámos pelos 393.803 euros. Relativamente aos Gastos com Pessoal, verificou-se um decréscimo em 2,5% relativamente ao ano anterior, no valor de 42.300 euros, passando dos 1.702.136 euros de 2014 para 1.659.836 em 2015, justificável pela redução de um elemento e duas baixas médicas, por períodos prolongados. Os Gastos Gerais Administrativos que representam os fornecimentos e serviços de terceiros, apresentaram uma diminuição de 1% relativamente aos valores de 2014, num total de 9.772 euros. As rubricas que mais contribuíram para este decréscimo foram os gastos judiciais e de contencioso, água energia e combustíveis, gastos com informática e ainda os gastos com avaliadores externos. (ver ponto 33). Para as diversas Provisões e Imparidades, o valor de dotação (constituição) foi de 2.200.530 euros enquanto que o valor das anulações foi de 1.235.648 euros, sendo o seu diferencial de 964.882 euros favorável às dotações, influenciando assim negativamente o resultado do exercício. De acrescentar o valor de 809.178 euros na utilização de provisões para o abate de créditos ao ativo que ocorreu em 2015. As Provisões para Risco Específico de Crédito, para Riscos Gerais de Crédito e para Imobilizações Financeiras foram constituídas de acordo com o quadro legal constante dos Avisos nº 3/95, nº 4/2002 e nº 8/2003 do Banco de Portugal.(ver ponto 18 do anexo) As amortizações dos Ativos Tangíveis (imobilizado) foram efetuadas com base no método das quotas constantes e às taxas máximas previstas no Decreto-Regulamentar nº 25/2009 de 14 de Setembro. As amortizações dos bens adquiridos em 2015 foram efetuadas por duodécimos, critério utilizado para todas as aquisições a partir do exercício de 1997. O valor desta rúbrica diminuiu relativamente ao exercício anterior, apresentando um valor de 164.200 euros, no final do exercício, comparativamente com os 173.834 euros de 2014. (ver ponto 11 e 12 do anexo) A Provisão para Impostos sobre os Lucros do exercício de 2015 foi de 114.571 euros, enquanto que no ano anterior tinha sido de 184.305 euros, fruto não só da diminuição da taxa de IRC em dois pontos percentuais bem como do impacto fiscal positivo das provisões constituídas para empréstimos com garantia real, exatamente o oposto do que sucedeu em 2014. (ponto 14 do anexo)

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao terminar este relatório, julgamos ter apresentado de forma sucinta, o que foi a atividade desenvolvida pelo Conselho de Administração desta CCAM e o seu esforço no cumprimento da generalidade do que havia sido aprovado no Plano de Atividades e Orçamento elaborado para o exercício de 2015. Não podemos deixar de agradecer o trabalho realizado por todos os funcionários, colaboradores e órgãos sociais, que de forma decisiva contribuíram para que fossem alcançados os objetivos estabelecidos, assim como a crescente confiança demonstrada por todos os clientes e associados da CCAM. É de toda a justiça realçar o trabalho realizado pela gerência que demonstrou capacidade de liderança e de orientação, fazendo todos os esforços no sentido de atingir os objetivos por nós definidos. Resta-nos apresentar os nossos agradecimentos pela colaboração prestada à empresa PKF – Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, na pessoa do Sr. Dr. José de Sousa Santos, à empresa MC Godinho & Associados SROC, Lda, na pessoa da Sra. Drª Maria do Céu Godinho, à Fenacam, Caixa Central, empresas do Grupo CA e a todas as Entidades que de qualquer forma colaboraram com a Caixa Agrícola, o Tribunal Judicial, o Cartório Notarial, a Conservatória do Registo Predial e Comercial, a Repartição de Finanças, a Câmara Municipal, o Banco de Portugal, o Ministério da Agricultura e o IFAP. Porto de Mós, 4 de Março de 2016

O Conselho de Administração

Jorge Manuel da Piedade Volante João Modesto Rosa

Luís Manuel Rodriguez de Sousa

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Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2015 24

PROPOSTA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO PARA A APLICAÇÃO DO SALDO DA CONTA DE RESULTADOS TRANSITADOS DO EXERCÍCIO DE 2015

O Conselho de Administração da C.C.A.M. de Porto de Mós, nos termos do Artigo 33º dos Estatutos, Artigo 3º e Artigo 71º do Código Cooperativo e demais legislação em vigor, vem propor à digníssima Assembleia Geral a constituição e manutenção das seguintes reservas, as quais se juntarão às reservas obrigatórias para a distribuição do saldo da conta de Resultados Transitados: 1- Reserva Especial para Incorporação em Capital Social (conforme artº 33º dos Estatutos). Propõe o Conselho de Administração que o saldo da conta de Resultados Transitados, no montante de 298.752,04 (duzentos e noventa e oito mil setecenos e cinquenta e dois euros e quatro cêntimos), cujo saldo inclui o Resultado Líquido do Exercício de 2015 no valor de 308.402,06 euros, o valor de realização da Reserva de Reavaliação no montante de 7.691,98 euros e a diferença negativa resultante da alteração das políticas contabilísticas no valor de 17.342,00 euros, tenha a seguinte aplicação:

Reserva Legal …………………………………..…..………………………...……………….……… 60.000,00 € Reserva p/ Educação e Formação Cooperativa ………………………...…………..…….…..….. 2.994,12 € Reserva p/ Mutualismo ………………………………………………..……………………………... 1.000,00 € Reserva Especial p/ Incorporação em Capital Social ...……………...………………..…..……... 234.757,92 €

Com estas reversões a Reserva Especial para Incorporação em Capital Social ficará integrada no montante de 234.759,48 euros. O Conselho de Administração propõe, nos termos estatutários, que da Reserva Especial para Incorporação em Capital Social, seja retirado o montante de 234.755,00 euros, ficando a Reserva Especial com o remanescente de 4,48 euros. Com a aprovação das anteriores propostas e após as respectivas movimentações, a estrutura dos Recursos Próprios da Caixa Agrícola apresentará a seguinte composição:

Reserva Legal ..……………….……………….……………..………………………………......... 2.720.000,00 € Reserva p/ Educação e Formação Cooperativa …..…………………………………………... 22.800,00 € Reserva p/ Mutualismo ………………………………..………..……………………………….. 16.000,00 € Reserva de Reavalição de Imóveis ……………………………………………………………….. 254.972,24 € Reservas de Reavaliação ao Justo Valor …….……..………………………………………….. 375.938,93 € Reserva de Reavalição do Fundo de Pensões …...………….………….… -121.165,00 € Reserva Especial p/ Incorporação em capital Social ….…………...………………………….… 4,48 € Reserva por Impostos Diferidos …………………………………………………………………… -84.210,32 € Capital Social …………………………………………………...………………………………….. 6.771.170,00 € Total 9.955.510,33 €

Porto de Mós, 4 de Março de 2016

O Conselho de Administração

Jorge Manuel da Piedade Volante João Modesto Rosa

Luís Manuel Rodriguez de Sousa

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Relatório e Contas do Exercício de 2015 25

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Relatório e Contas do Exercício de 2015 26

2014

Provisões,Ativo imparidade e Ativo Ativo

ATIVO Notas Bruto amortizações líquido líquido

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 5 840.106 840.106 809.576Disponibilidades em outras instituições de crédito 6 1.676.224 1.676.224 2.368.270Ativos financeiros detidos para negociação - -Outros ativos financeiros ao justo valor através de resultados - -Activos financeiros disponíveis para venda 7 11.895.886 (175.684) 11.720.202 11.111.837Aplicações em instituições de crédito 8 46.310.126 46.310.126 40.674.513Crédito a clientes 9 58.301.438 (10.232.786) 48.068.652 45.935.211Investimentos detidos até à maturidade - -Ativos com acordo de recompra - -Derivados de cobertura - -Activos não correntes detidos para venda 10 5.597.060 (466.905) 5.130.155 5.319.023Propriedades de investimento - -Outros ativos tangíveis 11 5.914.051 (3.498.389) 2.415.661 2.570.365Ativos intangíveis 12 237.578 (237.335) 244 371Investimentos filiais,associadas empreendimentos conjuntos 13 3.925.268 (290) 3.924.978 3.778.115Ativos por impostos correntes 14 54.002 54.002Ativos por impostos diferidos 14 947.615 947.615 1.080.994Outros ativos 15 893.868 (86.807) 807.061 905.932

Total do Ativo 136.593.222 (14.698.197) 121.895.025 114.554.205

O Responsável pela Contabilidade

João da Silva MarquesJoão Modesto Rosa

Luis Manuel Rodriguez de Sousa

2015

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE PORTO DE MÓS, C.R.L.

BALANÇO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

O Conse lho de Administração

Jorge Manuel da Piedade Volante

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Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2015 27

Recursos de bancos centraisPassivos financeiros detidos para negociaçãoOutros passivos financeiros ao justo valor através resultadosRecursos de outras instituições de crédito 16 6.945.869 2.974.138Recursos de clientes e outros empréstimos 17 103.383.533 100.013.559Responsabilidades representadas por títulosPassivos financeiros associados a activos transferidosDerivados de coberturaPassivos não correntes detidos para vendaProvisões 18 640.305 495.061Passivos por impostos correntes 183.866Passivos por impostos diferidos 14 107.056 160.365Instrumentos representativos de capitalOutros passivos subordinadosOutros passivos 19 862.752 922.246 Total do Passivo 111.939.515 104.749.235

Capital 21 6.536.415 6.205.945Prémios de emissãoOutros instrumentos de capitalReservas de reavaliação 22 425.536 604.647Outras reservas e resultados transitados 22 2.685.157 2.777.601Lucro do exercício 22 308.402 216.777Dividendos antecipados Total do Capital 9.955.510 9.804.971

Total do Passivo e do Capital 121.895.025 114.554.205

O Responsave l pe la Contabilidade

João da Silva Marques

PASSIVO E CAPITAL Notas

Jorge Manuel da Piedade VolanteJoão Modesto Rosa

Luis Manuel Rodriguez de Sousa

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE PORTO DE MÓS, C.R.L.

BALANÇO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

O Conse lho de Administração

2015 2014

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Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2015 28

Juros e rendimentos similares 23 3.527.074 4.051.492Juros e encargos similares 24 (607.884) (1.105.516)

Margem financeira 2.919.190 2.945.976

Rendimentos de instrumentos de capital 25 1.754 1.753Rendimentos de serviços e comissões 26 1.274.369 1.357.132Encargos com serviços e comissões 27 (194.907) (184.417)Resultados de ativos e passivos avaliados ao justo valor através de resultadosResultados de ativos financeiros disponíveis para venda 28 393.803 1.068.301Resultados de reavaliação cambial 29 1.822 3.489Resultados de alienação de outros ativos 30 (27.851) 63.455Outros resultados de exploração 31 100.284 (37.118)

Produto bancário 4.468.464 5.218.570

Custos com pessoal 32 (1.659.836) (1.702.136)Gastos gerais administrativos 33 (1.042.375) (1.052.147)Amortizações do exercício 11 e 12 (164.200) (173.834)Provisões líquidas de reposições e anulações 18 (145.244) (4.118)Correções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber

de outros devedores (líquidas de reposições e anulações) 18 (801.413) (1.733.305)Imparidade de outros ativos financeiros líquida de reversões e recuperações (21.410) (113.391)Imparidade de outros ativos líquida de reversões e recuperações 18 (80.530) (129.471)

Resultado antes de impostos 553.456 310.169

Impostoscorrentes 14 (114.571) (184.305)diferidos 14 (130.483) 90.913

Resultado líquido do exercício 308.402 216.777

O Responsável pela Contabilidade O Conselho de Administração

João da Silva Marques Jorge Manuel da Piedade VolanteJoão Modesto Rosa

Luis Manuel Rodriguez de Sousa

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE PORTO DE MÓS, C.R.L.

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

RUBRICA Notas 2015 2014

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Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2015 29

P rémio s Res ervas Outras Res ultado s Res ultado

emis s ão reavaliação res e rvas trans itado s exerc ício

S a ld o s 0 1 d e J ane iro d e 2 0 14 6 . 17 2 . 7 3 5 - 17 8 . 8 4 9 2 . 8 7 2 . 15 9 ( 10 . 10 9 ) 2 . 8 6 2 . 0 5 0 4 7 . 2 9 0 9 . 2 6 0 . 9 2 4

Imp acto d a ad o pção d as NCA:

Resp onsab ilid ades co m p ensõ es IAS 19 (865) (865) (865)

Encargo s co m saúd e IAS 19 (16.936) (16.936) (16.936)

Ap licação d o resultad o d o exercício de 20 13 - -

Inco rpo ração d e reservas 55.440 - - 55.440

Trans ferência p ara reservas 69.401 10.109 79.510 (47.290) 32.220

Utilização d e reservas (110.467) (110.467) (110.467)

Dis tribuição de d ividendo s - -

Realização d e Reservas d e Reavaliação (7.692) 7.692 7.692 -

Reservas d e Reavaliação de Act ivos Financ.Disp .Vend a 611.814 (43.383) (43.383) 568.430

Outras Reservas d e reavaliação - Fundo Pensoes (27.182) - (27.182)

Reservas p or Imp o sto s Diferido s (151.141) - (151.141)

Aumento d e cap ital 25.550 - 25.550

Reemb olso de cap ital (47.780) - (47.780)

Resultado líq uido do exercício d e 2 0 14 - 216.777 216.777

S a ld o s e m 3 1 d e D e z e mb ro d e 2 0 14 6 . 2 0 5 . 9 4 5 - 6 0 4 . 6 4 7 2 . 8 3 1. 0 9 4 ( 5 3 . 4 9 2 ) 2 . 7 7 7 . 6 0 1 2 16 . 7 7 7 9 . 8 0 4 . 9 7 1

Imp acto d a ad o pção d as NCA:

Resp onsab ilid ades co m p ensõ es IAS 19 (406) (406) (406)

Encargo s co m saúd e IAS 19 (16.936) (16.936) (16.936)

Ap licação d o resultad o d o exercício de 20 14 - -

Por inco rpo ração d e reservas 291.350 (291.350) (291.350) - -

Trans ferência p ara reservas 163.285 53.492 216.777 (216.777) (0)

Utilização d e reservas (8.222) (8.222) (8.222)

Dis tribuição de d ividendo s - -

Realização d e Reservas d e Reavaliação (7.692) 7.692 7.692 0

Reservas d e Reavaliação de Act ivos Financ.Disp .Vend a (173.545) - (173.545)

Outras Reservas d e Reavalição - Fundo Pensões (48.287) (48.287)

Reservas p or Imp o sto s Diferido s 50.413 50.413

Aumento d e cap ital 51.730 - 51.730

Reemb olso de cap ital (12.610) - (12.610)

Resultado líq uido do exercício d e 2 0 15 - 308.402 308.402

S a ld o s e m 3 1 d e D e z e mb ro d e 2 0 15 6 . 5 3 6 . 4 15 - 4 2 5 . 5 3 6 2 . 6 9 4 . 8 0 7 ( 9 . 6 5 0 ) 2 . 6 8 5 . 15 7 3 0 8 . 4 0 2 9 . 9 5 5 . 5 10

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE PORTO DE MÓS, C.R.L.

DEMONSTRAÇÃO DE ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO

PARA OS EXERCÍCIOS DE 2015 E 2014

" Mo ntantes expres s o s em euro s "

Outras Res e rvas e re s ultado s trans itado s

IAS/IFRS Capital To ta l To ta l

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Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2015 30

(Montantes expressos em Euros)

2015 2014

Resultado individual 308.402 216.777Reservas de reavaliação de ativos financeiros disponíveis para venda:

Reavaliação de ativos financeiros disponíveis para venda (173.545) 611.814Impacto fiscal 50.413 (167.658)Transferência para resultados por alienação - -Impacto fiscal - -

Reservas de reavaliação - Fundo de Pensões (48.288) (27.182)Pensões - regime transitório (17.342) (17.801)Outros movimentos (5.694) (9.394)

Total outro rendimento integral do exercício (194.456) 389.779Rendimento integral individual 113.946 606.556

O Responsável pela Contabilidade

João da Silva Marques

Luis Manuel Rodriguez de Sousa

DEMONSTRAÇÃO DO RENDIMENTO INTEGRAL PARA

OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 2014

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE PORTO DE MÓS, C.R.L.

O Conselho de Administração

Jorge Manuel da Piedade VolanteJoão Modesto Rosa

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Relatório e Contas do Exercício de 2015 31

Fluxos de caixa das atividades operacionais

Recebimento de juros e comissões 4.801.444 5.408.624Pagamento de juros e comissões (802.791) (1.289.933)Pagamentos ao pessoal e fornecedores (2.693.518) (2.741.181)Contribuições para o fundo de pensões (65.458) (33.232)(Pagamento) / recebimento de imposto sobre o rendimento (352.020) 55.748Outros recebimentos / (pagamentos) relativos à atividade operacional (65.818) 81.421Resultados operacionais antes das alterações nos ativos operacionais 821.839 1.481.447

(Aumentos) / diminuições de ativos operacionais:Ativos financeiros detidos para negociação e outros activos ao JV - -Ativos disponíveis para venda 459.696 492.243Aplicações em instituições de crédito 5.635.613 (125.358)Crédito a clientes 2.873.653 (1.137.940)Investimentos detidos até à maturidade - -Derivados de cobertura - -Ativos não correntes detidos para venda (153.832) (300.000)Outros ativos (7.799) (321.961)(…) - -

8.807.332 (1.393.016)

Aumentos / (diminuições) de passivos operacionais:Passivos financeiros detidos para negociação e derivados de cobertura - -Recursos de outras instituições de crédito 3.971.732 (4.217.162)Recursos de clientes e outros empréstimos 3.369.973 2.473.745Outros passivos (52.476) 250.744(…) - -

7.289.229 (1.492.674)

(696.264) 1.381.789

Fluxos de caixa de atividades de investimento

Variação de ativos tangíveis e intangíveis 6.126 48.687Recebimento de dividendos (1.754) (1.753)Variação de partes de capital em empresas filiais e associadas - 844.000(…) - -

4.373 890.934

Fluxos de caixa das atividades de financiamento

Aumento de capital 51.730 33.210Diminuição de capital (12.610) -Pagamento de remuneração de Títulos de Capital - -Variação de passivos subordinados - -Reservas - -

39.120 33.210

Aumento / (diminuição) de caixa e seus equivalentes (a) (661.517) 524.065

Caixa e seus equivalentes no início do exercício 3.177.846 2.653.781

(b) 2.516.329 3.177.846

CAIXA DE CRÉDITO AGRICOLA MÚTUO DE PORTO DE MÓS, C.R.L.

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

Caixa líquida das atividades operacionais

Caixa líquida das atividades de investimento

Caixa líquida das atividades de financiamento

Caixa e seus equivalentes no fim do exercício

31-12-2015 31-12-2014

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Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2015 32

ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

1. NOTA INTRODUTÓRIA

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Porto de Mós, C.R.L. (adiante designada por “CCAM ou Caixa Agrícola”) é uma instituição de crédito constituída em 12 de Setembro de 1927 sob a forma de Cooperativa de responsabilidade limitada. Constitui objeto da Caixa a concessão de crédito e a prática dos demais atos inerentes à atividade bancária, nos termos previstos na legislação aplicável. A CCAM forma parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) o qual é formado pela Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. (Caixa Central) e pelas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas. Compete à Caixa Central assegurar a orientação, fiscalização e representação das entidades que fazem parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo. Em 31 de Dezembro de 2015, a Caixa opera através da sua sede, situada na Avenida Santo António n.º 20 C, em Porto de Mós e através de uma rede de 5 balcões situados nos concelhos de Porto de Mós e Alcanena. As notas cujos números não são indicados neste anexo não têm aplicação por inexistência de valores a reportar.

2. BASES DE APRESENTAÇÃO, COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS 2.1. Bases de apresentação das contas

As demonstrações financeiras da Caixa Agrícola foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações,

com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro e das Instruções nº 23/2004 e nº 9/2005, do Banco de Portugal.

As NCA correspondem genericamente às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), conforme

adotadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, transposto para o ordenamento nacional pelo Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro e pelo Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de Portugal, exceto no que se refere a:

i) Valorimetria do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (Crédito e contas a receber) – os

créditos são registados pelo valor nominal, não podendo ser reclassificados para outras categorias e, como tal, registados pelo justo valor. Os proveitos são reconhecidos segundo a regra pro-rata temporis, quando se tratem de operações que produzam fluxos residuais ao longo de um período superior a um mês, nomeadamente juros e comissões;

ii) Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes

aos ativos classificados como crédito e contas a receber deverão ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, de acordo com o método referido na alínea anterior;

iii) Provisionamento do crédito e contas a receber - mantém-se o anterior regime, sendo definidos níveis mínimos

de provisionamento de acordo com o disposto no Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, com as alterações introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal nº 8/03, de 30 de Junho e pelo Aviso do Banco de Portugal nº 3/2005, de 21 de Fevereiro. Este regime abrange ainda as responsabilidades representadas por aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga;

iv) Os ativos tangíveis são obrigatoriamente mantidos ao custo de aquisição, não sendo deste modo possível o

seu registo pelo justo valor, conforme permitido pelo IAS 16 – Ativos fixos tangíveis. Como excepção, é permitido o registo de reavaliações extraordinárias, legalmente autorizadas, caso em que as mais - valias resultantes são registadas em “Reservas de reavaliação”.

v) Benefícios aos empregados, através do estabelecimento de um período para diferimento do impato

contabilístico decorrente da transição para os critérios do IAS 19.

De acordo com os Avisos do Banco de Portugal nº 4/2005 de 21 de Fevereiro e nº 12/2005 de 30 de Dezembro, o reconhecimento em resultados transitados do impacto apurado com referência a 31 de Dezembro de 2004, decorrente da transição para os IAS/IFRS pode ser atingido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes até 31 de Dezembro de 2011, com exceção da parte referente ao impato da alteração da tábua de mortalidade e às responsabilidades relativas a cuidados médicos pós-emprego, para a qual esse plano de amortização pode ir até 31 de Dezembro de 2013. Posteriormente o Aviso nº 7/2008 de 14 de Outubro, veio permitir que os referidos prazos fossem dilatados por mais três anos.

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2.2. Comparabilidade da informação Conforme permitido pelo Aviso nº 1/2005, a Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo bem como as caixas de crédito

agrícola mútuo do SICAM elaboraram até 31 de Dezembro de 2006 as suas demonstrações financeiras, em base individual, em conformidade com as normas constantes da instrução nº 4/96.

2.3. Resumo das principais políticas contabilísticas As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações financeiras foram as

seguintes: a) Especialização dos exercícios

A Caixa Agrícola adota o princípio contabilístico da especialização de exercícios em relação à generalidade das rubricas das demonstrações financeiras. Assim, os custos e proveitos são registados à medida que são gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento.

b) Transação em moeda estrangeira

Os ativos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euros ao câmbio de "fixing" da

data do balanço, com exceção dos saldos relativos a notas e moedas estrangeiras, os quais são convertidos ao câmbio médio do mês indicado pelo Banco de Portugal.

Os proveitos e custos relativos às transações em moeda estrangeira registam-se no período em que ocorrem,

de acordo com o efeito que as transações em divisas têm na posição cambial. Na data da sua contratação, as compras e vendas de moeda estrangeira à vista e a prazo são registadas na

posição cambial.

c) Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

As participações financeiras podem ser consideradas empresas filiais, sempre que a Caixa Agrícola exerça controlo sobre a gestão das mesmas, ou empresas associadas, aquela em que a Caixa Agrícola exerça influência significativa, mas não detém o controlo. Como influência significativa entende-se uma participação financeira (directa ou indirecta) superior a 20% ou o poder de participar nas decisões sobre as políticas financeiras e operacionais da entidade mas sem existir controlo nem controlo conjunto sobre a mesma. As empresas filiais e associadas são valorizadas ao custo de aquisição, sendo objeto de análises de perdas por imparidade. As participações em empresas filiais e associadas em moeda estrangeira (ativos não monetários valorizados ao custo histórico) são convertidas à taxa de câmbio histórica da data da transação, conforme previsto no IAS 21.

d) Crédito e outros valores a receber

Conforme descrito na Nota 2.1 estes ativos encontram-se registados ao valor nominal, de acordo com o Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal. A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é objeto de relevação contabilística autónoma nas respetivas contas de resultados. Os proveitos são reconhecidos quando obtidos e distribuídos por períodos mensais, segundo o método da taxa efetiva, quando se trate de operações que produzam fluxos residuais ao longo de um período superior a um mês. Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos ativos incluídos nesta categoria devem ser, igualmente, personificados ao longo do período de vigência dos créditos, segundo o método da taxa efetiva. Posteriormente, o crédito e outros valores a receber são submetidos à constituição de provisões, nos termos descritos abaixo. Os juros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, sendo as comissões e custos associados aos créditos periodificados ao longo da vida das operações, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos.

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Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis

As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em rubricas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros proveitos registados em resultados ao longo da vida das operações. Provisões para crédito e juros vencidos, créditos de cobrança duvidosa, e riscos gerais de crédito

De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, de 30 de Junho (com as alterações introduzidas

subsequentemente, nomeadamente pelo Aviso nº 3/2005, de 21 de Fevereiro), e outras disposições emitidas pelo Banco de Portugal, são constituídas as seguintes provisões para riscos de crédito:

i) Provisão para crédito e juros vencidos Destina-se a fazer face aos riscos de realização de créditos concedidos que apresentem prestações

vencidas e não pagas de capital ou juros. As percentagens provisionadas do crédito e juros vencidos dependem do tipo de garantias existentes e são função crescente do período decorrido desde a data de incumprimento.

ii) Provisão para créditos de cobrança duvidosa Destina-se à cobertura dos riscos de realização do capital vincendo relativo a créditos concedidos que

apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros, ou que estejam afetos a clientes que tenham outras responsabilidades vencidas. Nos termos do Aviso nº 3/95, são considerados créditos de cobrança duvidosa, os seguintes:

- As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se verifique, relativamente às

respetivas prestações em mora de capital e juros, pelo menos uma das seguintes condições: . Excederem 25% do capital em dívida, acrescido de juros; . Estarem em incumprimento há mais de: - seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco anos; - doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a cinco anos mas inferior a dez anos; - vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou superior a dez anos. Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas para efeitos da constituição de

provisões, sendo provisionados com base nas taxas aplicáveis ao crédito vencido dessas operações.

- Os créditos vincendos sobre um mesmo cliente se, de acordo com a classificação acima definida, o

crédito e juros vencidos de todas as operações relativas a esse cliente excederem 25% do crédito total, acrescido de juros. Os créditos nestas condições são provisionados com base em metade das taxas aplicáveis aos créditos vencidos.

iii) Provisão para riscos gerais de crédito Encontra-se registada no passivo, na rubrica "Provisões", e destina-se a fazer face a riscos de cobrança

do crédito concedido e garantias e avales prestados. Esta provisão é calculada por aplicação das seguintes percentagens genéricas à totalidade do crédito não vencido, incluindo as garantias e avales:

- 1,5% no que se refere ao crédito ao consumo e às operações de crédito a particulares, cuja

finalidade não possa ser determinada; - 0,5% relativamente ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel, ou operações de locação

financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destine a habitação do mutuário; - 1% no que se refere ao restante crédito concedido. Nos exercícios de 2001 e 2002 foram aceites como custo fiscal 50% dos reforços da provisão para riscos

gerais de crédito. A partir de 1 de Janeiro de 2003 os reforços desta provisão deixaram de ser aceites fiscalmente como custo.

A Caixa Agrícola classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou juros decorridos que

sejam 30 dias após o seu vencimento. Os créditos com prestações vencidas são denunciados nos termos definidos no manual de crédito aprovado, sendo nesse momento considerada vencida toda a dívida.

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Periodicamente, a Caixa Agrícola abate ao ativo os créditos considerados incobráveis por utilização das provisões constituídas. Em caso de eventual recuperação dos referidos créditos, esta é reconhecida em resultados, na rubrica “Outros resultados de exploração”.

e) Outros ativos e passivos financeiros

Os outros ativos e passivos financeiros são reconhecidos e valorizados de acordo com os IAS 32 e IAS 39, sendo registados na data de contratação pelo justo valor.

i) Ativos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados, passivos financeiros

detidos para negociação Os ativos financeiros detidos para negociação incluem títulos de rendimento variável transacionados em

mercados ativos, adquiridos com o objetivo de venda ou recompra no curto prazo, bem como derivados. Os derivados de negociação com valor líquido a receber (justo valor positivo) são incluídos na rubrica “ativos financeiros detidos para negociação”. Os derivados de negociação com valor líquido a pagar (justo valor negativo), são incluídos na rubrica “passivos financeiros detidos para negociação”.

Os ativos financeiros ao justo valor através de resultados incluem os títulos de rendimento fixo

transacionados em mercados ativos que a Caixa Agrícola optou por registar e avaliar ao justo valor através de resultados.

Os ativos e passivos financeiros detidos para negociação e os ativos financeiros ao justo valor através

de resultados são reconhecidos inicialmente ao justo valor. Os ganhos e perdas decorrentes da valorização subsequente ao justo valor são reconhecidos em resultados.

Os juros inerentes aos ativos financeiros e as diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal

(prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efetiva e reconhecidos em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

Os dividendos são reconhecidos quando atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os

dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.

O justo valor dos ativos financeiros detidos para negociação e transacionados em mercados ativos é o

seu “bid-price” ou a cotação de fecho à data do balanço. Se um preço de mercado não estiver disponível, o justo valor do instrumento é estimado com base em técnicas de valorização, que incluem modelos de avaliação de preços ou técnicas de “discounted cash-flows”.

Quando são utilizadas técnicas de “discounted cash-flows”, os fluxos financeiros futuros são estimados

de acordo com as expetativas da gestão e a taxa de desconto utilizada corresponde à taxa de mercado para instrumentos financeiros com características semelhantes. Nos modelos de avaliação de preços, os dados utilizados correspondem a informações sobre preços de mercado.

O justo valor dos derivados que não são transacionados em bolsa é estimado com base no montante que

seria recebido ou pago para liquidar o contrato na data em análise, considerando as condições de mercado vigentes bem como a qualidade creditícia das contrapartes.

ii) Ativos financeiros disponíveis para venda Os ativos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de capital e dívida, que não sejam

classificados como ativos financeiros detidos para negociação, ao justo valor através de resultados ou como investimentos a deter até à maturidade ou como crédito ou como empréstimos e contas a receber.

Os ativos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo valor, com exceção de instrumentos de capital não cotados num mercado ativo e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo. Os ganhos e perdas relativos à variação subsequente do justo valor são refletidos em rubrica específica do capital próprio “reserva de justo valor” até à sua venda (ou até ao reconhecimento de perdas por imparidade), momento em que são transferidos para resultados. Os ganhos ou perdas cambiais de ativos monetários são reconhecidas diretamente em resultados do período.

Os juros inerentes aos ativos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição

e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

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Os rendimentos de títulos de rendimento variável são reconhecidos em resultados na data em que são

atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.

iii) Outros passivos financeiros

Os outros passivos financeiros, essencialmente recursos de instituições de crédito, depósitos de clientes

e dívida emitida, são inicialmente valorizados ao justo valor, que corresponde à contraprestação recebida líquida dos custos de transação e são posteriormente valorizados ao custo amortizado.

Conforme previsto no Decreto-Lei n.º 182/87, de 21 de Abril, foi criado o Fundo de Garantia do Crédito

Agrícola Mútuo, cujo funcionamento foi regulamentado pelo Decreto-Lei 345/98, de 9 de Novembro. Este último visou reconverter o Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo, para que o mesmo tivesse por objecto (i) garantir o reembolso de depósitos constituídos na Caixa Central e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas e (ii) promover e realizar ações que visem assegurar a solvabilidade e liquidez das referidas instituições, com vista à defesa do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM).

Em 31 de Dezembro 2015, a Caixa Agrícola não possuía empréstimos subordinados concedidos pelo

Fundo de Garantia de Crédito Agrícola (Nota 32)

iv) Imparidade em ativos financeiros A Caixa Agrícola efetua análises periódicas de imparidade aos ativos financeiros com exceção de crédito

a clientes e outros valores a receber, conforme referido na alínea d). Quando existe evidência de imparidade num ativo ou grupo de ativos financeiros, as perdas por

imparidade registam-se por contrapartida de resultados. Para títulos cotados, considera-se que existe evidência de imparidade numa situação de desvalorização

continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Para títulos não cotados, é considerado evidência de imparidade a existência de impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do ativo financeiro, desde que possa ser estimado com razoabilidade.

Caso num período subsequente se registe uma diminuição no montante das perdas por imparidade

atribuída a um evento, o valor previamente reconhecido é revertido através de ajustamento à conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido diretamente na demonstração de resultados.

No caso de ativos disponíveis para venda, em caso de evidência objetiva de imparidade, resultante de

diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou de dificuldades financeiras do emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados. As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas através de resultados, caso se verifique uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por imparidade relativas a títulos de rendimento variável não podem ser revertidas, pelo que eventuais mais valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas por imparidade são refletidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos de rendimento variável para os quais tenha sido registada imparidade, posteriores variações negativas no justo valor são sempre reconhecidas em resultados.

No caso de ativos financeiros disponíveis para venda com evidência de imparidade, a perda potencial

acumulada em reservas é transferida para resultados.

f) Outros ativos tangíveis

Os ativos tangíveis utilizados pela Caixa Agrícola para o desenvolvimento da sua actividade são contabilisticamente relevados pelo custo de aquisição (incluindo custos diretamente atribuíveis) deduzido das amortizações acumuladas.

A depreciação dos activos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo do período de vida útil estimado do bem:

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Anos de vida útil Imóveis de serviço próprio 50 Despesas em edifícios arrendados 10 Equipamento informático e de escritório 3 a 8 Mobiliário e instalações interiores 6 a 10 Viaturas 4

As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em edifícios que não sejam propriedade da Caixa Agrícola, são amortizadas em prazo compatível com o da sua utilidade esperada ou do contrato de arrendamento.

Conforme previsto no IFRS 1, os ativos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2006 foram registados pelo valor contabilístico na data de transição para os IAS/IFRS, que corresponde ao custo ajustado por reavaliações efetuadas nos termos da lei, decorrentes da evolução de índices gerais de preços. Uma parcela correspondente a 40% do aumento das amortizações que resultam dessas reavaliações não é aceite como custo para efeitos fiscais, sendo registados os correspondentes impostos diferidos passivos. Periodicamente são efetuadas avaliações aos imóveis de modo a apurar perdas por imparidade. Ativos intangíveis

Esta rubrica compreende essencialmente custos com a aquisição, desenvolvimento ou preparação para uso de software utilizado no desenvolvimento das atividades da Caixa Agrícola. Os ativos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas. As amortizações são registadas como custos do exercício numa base sistemática ao longo da vida útil estimada dos ativos, a qual corresponde a um período de 3 anos.

g) Ativos não correntes disponíveis para venda

Os ativos não correntes, ou grupos de ativos e passivos a alienar são classificados como detidos para venda sempre que seja expectável que o seu valor de balanço venha a ser recuperado através da venda, e não do seu uso continuado. Para que um ativo (ou grupo de ativos e passivos) seja classificado nesta rubrica é assegurado o cumprimento dos seguintes requisitos:

• A probabilidade de ocorrência da venda é elevada; • O ativo está disponível para venda imediata no seu estado actual; • Deverá existir a expetativa de que a venda se venha a concretizar até um ano após a classificação

do ativo nesta rubrica.

Os ativos registados nesta rubrica são valorizados ao menor entre o custo de aquisição e o justo valor, deduzido dos custos a incorrer na venda. O justo valor destes ativos é determinado com base em avaliações de peritos independentes, não sendo sujeitos a amortizações.

h) Provisões

Esta rubrica do passivo inclui as provisões constituídas para Riscos Gerais de Crédito no montante de 537.063 euros, de acordo com o IAS 37 (Nota 18).

i) Benefícios de empregados

A Caixa Agrícola subscreveu o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) para o setor bancário pelo que os seus empregados ou as suas famílias têm direito a pensões de reforma, invalidez e sobrevivência. No entanto, uma vez que os empregados estão inscritos na Segurança Social, as responsabilidades da Caixa Agrícola com pensões relativamente aos seus colaboradores consistem no pagamento de complementos face aos níveis previstos no ACT.

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Relatório e Contas do Exercício de 2015 38

Para cobertura das suas responsabilidades a Caixa Agrícola integra o Fundo de Pensões do Grupo Crédito Agrícola, o qual se destina a financiar os complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez e pensões de viuvez e orfandade efetuadas pela Segurança Social. Estes complementos são calculados, por referência ao ACT, de acordo com (i) a pensão garantida à idade presumível de reforma, (ii) com o coeficiente entre o número de anos de serviço prestados até à data do cálculo e (iii) o número total de anos de serviço à data de reforma. Este Fundo, cujos benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo Coletivo de Trabalho do Crédito Agrícola Mútuo, assume, assim, a natureza de um Fundo solidário, estando a sua gestão a cargo da CA Vida - Companhia de Seguros, S.A.. De acordo com os estatutos da Caixa Agrícola, os membros dos seus órgãos sociais não são abrangidos pelos benefícios descritos. Para o cálculo das pensões do ACT, o tempo de serviço assumido foi calculado a partir das seguintes datas:

• Para as diuturnidades futuras e respectiva evolução automática na carreira, considerou-se a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades;

• Para o cálculo das percentagens do anexo V na atribuição das pensões, assumiu-se a data de

admissão reconhecida para o Fundo de Pensões. Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de Pensões do Crédito Agrícola, admitiu-se o seguinte:

• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é posterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo dos tempos de serviço passado e total;

• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é anterior à data de admissão

reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo do tempo de serviço passado.

Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do nível e diuturnidades, uma vez que esta corresponde à da admissão na Banca. Os métodos de cálculo utilizados foram o do “Projected Unit Credit” para a reforma por velhice e sobrevivência diferida e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a reforma por invalidez e sobrevivência imediata. O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes efetivamente casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo masculino ou feminino. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACT. A Caixa regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de Pensões que é estimada pela C.A. Vida - Companhia de Seguros, S.A. para cada entidade contribuinte em função do número de trabalhadores inscrito. Os Avisos do Banco de Portugal nºs 4/2005 determina a obrigatoriedade de financiamento integral pelos fundos de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades com serviços passados de pessoal no activo. No entanto, estabelece um período transitório entre 5 e 7 anos relativamente à cobertura do aumento de responsabilidades decorrente da adoção do IAS 19. Posteriormente o Aviso nº 7/2008 de 14 de Outubro, veio permitir que esse período transitório fosse dilatado por mais três anos, entre 8 e 10 anos, relativamente à cobertura do aumento de responsabilidades decorrente da adoção do IAS 19.

j) Impostos sobre os lucros

A Caixa Agrícola é tributada individualmente e está sujeita ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (Código do IRC).

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Relatório e Contas do Exercício de 2015 39

O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os impostos diferidos. O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos. Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos ativos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável. Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias tributáveis, enquanto que os impostos diferidos ativos só são registados até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais. No entanto, não são registados impostos diferidos nas seguintes situações:

• Diferenças temporárias resultantes de goodwill; • Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de ativos e passivos em transações

que não afetem o resultado contabilístico ou o lucro tributável; • Diferenças tributárias dedutíveis resultantes de lucros não distribuídos por empresas filiais e

associadas, na medida em que a Caixa tenha a possibilidade de controlar a sua reversão e seja provável que a mesma não venha a ocorrer num futuro previsível.

Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço. Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são refletidos nos resultados do exercício, exceto nos casos em que as transações que os originaram tenham sido refletidas noutras rubricas de capital próprio (por exemplo, no caso da reavaliação de ativos financeiros disponíveis para venda). Nestes casos, o correspondente imposto é igualmente refletido por contrapartida de capital próprio, não afetando o resultado do exercício.

5. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Caixa:

Moedas nacionais 819.133 790.193

Moedas estrangeiras 20.973 19.383

840.106 809.576

6. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica tem a seguinte composição:

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Relatório e Contas do Exercício de 2015 40

31-12-2015 31-12-2014

Disponibilidades em Instituições de Crédito no País:

Depósitos à ordem 1.268.108 1.900.065

Cheques a cobrar 407.851 467.915

1.675.959 2.367.980

Juros a Receber 264 290

1.676.224 2.368.270

7. ATIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

Esta rubrica tem a seguinte composição:

8. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Aplicações em Instituições de Crédito no País:

Em outras instituições de crédito:

Depósitos (Caixa Central) 46.310.126 40.674.513

Dentro desta rubrica existe uma caução sobre dois DP´s no valor total de 895.000 euros, no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato celebrado com a Caixa Central, relacionado com a compra de imóveis pela CA Imóveis no âmbito do processo de regularização da dívida do mutuário Construções Rota do Sol. Além destes, temos ainda um outro DP no valor de 26.660,75€ dado como caução a uma garantia bancária emitida pela Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo. Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, os prazos residuais das aplicações em instituições de crédito apresentavam a seguinte estrutura:

31-12-2015 31-12-2014

Títulos

De divida publica portuguesa 9.600.006 9.180.279

ISIN - PTOTEMOE0027 1.435.136 1.284.041

ISIN - PTOTEYOE0007 264.037 1.128.832

ISIN - PTOTENOE0018 6.751 6.802

ISIN - PTOTE5OE0007 1.920.618 2.484.881

ISIN - PTOTEBOE0020 2.164.420 -

ISIN - PTOTEKOE0011 924.245 -

ISIN - PTPBT5GE0026 2.884.800 -

ISIN - PTOTEQOE0015 - 2.749.742

ISIN - PTPBTOGE0027 - 314.269

ISIN - PTPBTQGE0025 - 1.211.712

De dívida subordinada 272.227 -

Obrigações CA Vida 272.227 -

Instrumentos de Capital 1.847.969 1.931.557

Unidades de Participação - Fundos de Compensação 125 -

Unidades de Participação - CA Imóveis 1.847.844 1.931.557

TOTAL 11.720.202 11.111.837

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Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2015 41

31-12-2015 31-12-2014

Até três meses 16.895.000 16.525.044

Entre três meses e um ano 28.026.661 22.776.178

Entre um ano e três anos -

Entre três e cinco anos - -

Mais de cinco anos 970.600 970.600

45.892.261 40.271.823

Juros a receber 417.865 402.690

46.310.126 40.674.513

9. CRÉDITO A CLIENTES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014Crédito a clientes Crédito a clientes 47.469.269 44.623.073Crédito e juros vencidos Crédito a clientes 10.822.097 11.595.793 Juros vencidos a regularizar e despesas 43.468 26.232Rendimentos a receber Juros e rendimentos similares Juros de crédito a clientes 151.188 155.798Receitas com rendimento diferido Outras receitas com rendimento diferido Associadas a operações de crédito (184.583) (162.829)

Provisões acumuladas58.301.438 56.238.068

Provisões p/crédito cobrança duvidosa e vencido (10.232.786) (10.302.856)

48.068.652 45.935.211

A duração residual dos créditos no exercício de 2015 e no exercício de 2014 encontravam-se enquadrados nos seguintes prazos:

31-12-2015 31-12-2014

Até três meses 3.427.639 3.967.520

Entre três meses e um ano 5.065.825 5.829.569

Entre um ano e cinco anos 7.747.927,96 7.489.567,73

Mais de cinco anos 31.186.634 27.347.612

Indeterminada 10.873.413 11.603.799

58.301.438 56.238.068

Para fazer face aos riscos de realização do crédito concedido, a CCAM dispõe em 31 de Dezembro de 2015 e tinha no final do exercício de 2014 uma provisão para riscos gerais de crédito no montante de 537.063 Euros e 494.601 Euros, respetivamente, registada na rubrica “Provisões” do passivo (Nota 18).

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Relatório e Contas do Exercício de 2015 42

10. ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA

O movimento desta rubrica nos exercícios findos em 2015 e 2014 pode ser apresentado da seguinte forma:

Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade de imparidade bruto Imparidade líquido

Ativos não correntes detidos para vendaImóveis 5.718.403 (399.381) 224.101 (405.300) - (76.208) 68.540 5.537.204 (407.049) 5.130.155Equipamento 59.856 (59.856) - - - - - 59.856 (59.856) -Outros - - - - - - - - - -

5.778.259 (459.237) 224.101 (405.300) - (76.208) 68.540 5.597.060 (466.905) 5.130.155

Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade de imparidade bruto Imparidade líquido

Ativos não correntes detidos para vendaImóveis 5.955.153 (216.546) 235.750 (472.500) - (183.435) 600 5.718.403 (399.381) 5.319.022Equipamento 59.856 (59.856) - - - - - 59.856 (59.856) -Outros - - - - - - - - - -

6.015.009 (276.402) 235.750 (472.500) - (183.435) 600 5.778.259 (459.237) 5.319.022

31-12-2014 31-12-2015

31-12-2013 31-12-2014

11. OUTROS ATIVOS TANGÍVEIS

O movimento ocorrido nas rubricas de “Outros Ativos Tangíveis” durante os exercícios de 2015 e 2014 foi o seguinte:

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Relatório e Contas do Exercício de 2015 43

31-12-2015

Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido

Imóveis: De serviço próprio:

Terrenos 590.858 - - - - - - - - 590.858

Edificios 2.984.436 (1.302.935) - - - (59.689) - - - 1.621.812

Outros 529.908 (496.697) - - - (33.211) - - - 0

Obras em imóveis arrendados - - - - - - - - -

Outros imóveis - - - - - - - - -

4.105.201 (1.799.631) - - - (92.900) - - - 2.212.670

Equipamento: Mobiliário e material 206.961 (193.581) - - - (4.516) - - - 8.864

Máquinas e ferramentas 213.604 (186.538) - 846 - (10.717) - - - 17.195

Equipamento informático 583.340 (551.221) - 3.277 - (7.320) - - - 28.076

Instalações interiores 137.795 (92.802) - - - (6.741) - - - 38.251

Material de transporte 182.591 (146.015) - - - (4.779) - - - 31.797

Equipamento de segurança 296.412 (277.601) - - - (5.858) - - - 12.953

Outro equipamento 76.604 (60.806) - 5.831 - (5.109) - - (585) 15.936

1.697.307 (1.508.564) - 9.955 - (45.042) - - (585) 153.071

Equipamento em locação financeira:Imóveis - - - - - - - - - -

Equipamento 105.900 (29.847) - - - (26.132) - - - 49.921

Outros activos em locação financeira - - - - - - - - - -

105.900 (29.847) - - - (26.132) - - - 49.921

Outros ativos tangíveis:(…) - - - - - - - - - -

Ativos tangíveis em curso - - - - - - - - - -

5.908.408 (3.338.043) - 9.955 - (164.073) - - (585) 2.415.661

31-12-2014

Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido

Imóveis: De serviço próprio:

Terrenos 590.858 - - - - - - - - 590.858

Edificios 2.984.436 (1.243.246) - - - (59.689) - - - 1.681.501

Outros 529.908 (463.486) - - - (33.211) - - - 33.211

Obras em imóveis arrendados - - - - - - - - -

Outros imóveis - - - - - - - - -

4.105.201 (1.706.732) - - - (92.900) - - - 2.305.570

Equipamento: Mobiliário e material 206.961 (187.988) - - - (5.593) - - - 13.380

Máquinas e ferramentas 213.495 (173.334) - 109 - (13.204) - - - 27.066

Equipamento informático 579.174 (540.318) - 4.166 - (10.903) - - - 32.119

Instalações interiores 103.977 (87.751) - 33.818 - (5.050) - - - 44.993

Material de transporte 183.859 (139.258) - - - (7.420) - - (605) 36.576

Equipamento de segurança 296.412 (268.030) - - - (9.571) - - - 18.811

Outro equipamento 65.582 (55.707) - 11.023 - (5.099) - - - 15.799

1.649.459 (1.452.387) - 49.116 - (56.841) - - (605) 188.743

Equipamento em locação financeira:Imóveis - - - - - - - - - -

Equipamento 55.900 (5.765) - 50.000 - (24.083) - - - 76.053

Outros activos em locação financeira - - - - - - - - - -

55.900 (5.765) - 50.000 - (24.083) - - - 76.053

Outros ativos tangíveis:(…) - - - - - - - - - -

Ativos tangíveis em curso - - - - - - - - - -

5.810.560 (3.164.883) - 99.116 - (173.823) - - (605) 2.570.365

31-12-2014

31-12-2013

12. ATIVOS INTANGÍVEIS

O movimento ocorrido nas rubricas de “Ativos intangíveis” durante os exercícios de 2015 e 2014 foi o seguinte:

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Relatório e Contas do Exercício de 2015 44

31-12-2015

Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido

Sistema de tratamento automático de dados (software) 237.578 (237.208) - - - (127) - - - 244

Outros ativos intangíveis - - - - - - - - - -

Ativos intangíveis em curso - - - - - - - - - -

237.578 (237.208) - - - (127) - - - 244

31-12-2014

Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido

Sistema de tratamento automático de dados (software) 237.197 (237.197) - 381 - (11) - - - 371

Outros ativos intangíveis - - - - - - - - - -

Ativos intangíveis em curso - - - - - - - - - -

237.197 (237.197) - 381 - (11) - - - 371

31-12-2014

31-12-2013

13. INVESTIMENTOS EM FILIAIS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, a rubrica “investimentos em filiais” tem a seguinte composição:

Participação Valor de Valor deefetiva (%) balanço balanço

Empresa Setor de atividade Sede 31-12-2015 31-12-2015 31-12-2014

CA Informatica, SA Informática Damaia 0,26 17.784 17.784

CA Vida, SA Seguros de Vida Lisboa 0,00 500 41.216

FENACAM Cooperativo Lisboa 0,00 10 10

Caixa Central Financeiro Lisboa 1,23 3.720.200 3.720.200

CA Seguros Seguros Ramos Reais Lisboa 0,00 64 64

CA Seguros & Pensões Seguros e Pensões Lisboa 0,15 186.710 0

Imparidade Acumulada* 290 1.159

3.924.978 3.778.115

* Referente à empresa C.A. Informática, S.A (285,12€) e à empresa CA Seguros (4,90€)

Em 31 de Dezembro de 2015, os dados financeiros mais significativos retirados das demonstrações financeiras destas empresas podem ser resumidos da seguinte forma:

Ativo Situação Resultado

líquido líquida líquido

Caixa Central 6.019.592.808 254.722.411 4.961.464

CA Seguros & Pensões SGPS 127.688.794 127.688.079 (186)

CA Vida 1.880.125.527 80.826.673 6.717.282

CA Seguros 205.881.675 48.941.187 9.811.298

CA Informática 18.573.279 7.017.874 395.900

Fenacam 7.269.121 4.917.483 (346.093)

Nota: Dados em fase de auditoria, podendo ser ainda alterados.

Empresa

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Relatório e Contas do Exercício de 2015 45

14. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

Os saldos de ativos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2015 e final do exercício de 2014 eram os seguintes:

31-12-2015 31-12-2014

Ativos por impostos diferidos

Por diferenças temporárias 947.615 1.080.994

947.615 1.080.994

Passivos por impostos diferidos

Por diferenças temporárias (107.056) (160.365)

840.559 920.629

Ativos por impostos correntes

Pagamentos por conta 157.284 -

Pagamento especial por conta 11.618 -

Imposto sobre o rendimento a recuperar 54.002 -

222.903 -

Passivos por impostos correntes

Imposto sobre o rendimento a pagar - 183.866

- 183.866

A Caixa de Porto de Mós é membro de um Agrupamento Complementar de Empresas (Crédito Agrícola Serviços – Centro de Serviços Partilhados, ACE). De acordo com o regime aplicável, o ACE não apura coleta, sendo o correspondente resultado fiscal imputado aos seus membros. Deste modo, os investimentos elegíveis realizados pelo ACE podem ser deduzidos à coleta apurada pelos respetivos membros. No cálculo dos impostos diferidos, mantivemos a taxa de 21% para o ano de 2015. Neste cálculo tivemos também em linha de conta a derrama municipal. O detalhe e o movimento ocorrido nos impostos diferidos durante o exercício de 2015 e no exercício de 2014 foi o seguinte:

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Relatório e Contas do Exercício de 2015 46

Saldo Variação Variação Variação Saldo em Adopção da em em Resultados em em

31-12-2014 IAS 39 Resultados Transitados Reservas 31-12-2015

. Ativos tangíveis - - - - - -

. Ativos intangíveis - - - - - -

. Prémio de antiguidade 59.574 - (12.205) - - 47.369

. Encargos com saúde (SAMS) (1.181) - 101 - - (1.080)

. Provisões não aceites fiscalmente: -Imparidades sobre devedores 3.204 - 16.241 - - 19.445Imparidades sobre ativos financeiros 10.629 - (911) - - 9.718Imparidades sobre ativos não correntes 42.583 - (5.727) - - 36.856Provisões para cobrança duvidosa 67.860 - 22.290 - - 90.150Provisões para crédito vencido - - - - - -Provisões para riscos gerais de crédito 28.992 - 7.949 - - 36.941Provisões para garantias e compromissos - - 23.023 - - 23.023Provisão para aplicações financeiras - - - - - -Provisões para creditos com garantia hipotecaria 869.220 - (184.131) - - 685.089Provisões para outras aplicações - - - - - -Provisões para outros riscos e encargos 113 - (10) - - 103

. PensõesReformas antecipadas - - - - - -Desvios atuariais - - - - - -Contribuição efectuada - - - - - -(…)

. Reavaliação de imobilizado não aceite fiscalmente (25.741) - 2.896 - - (22.845)

. Reavaliação de instrumentos financeiros derivados - - - - - -

. Valias fiscais - - - - - -

. Prejuízos fiscais reportáveis - - - - - -

. Comissões - - - - - -

. Correções no justo valor dos elementos cobertos - - - - - -

. Valorização dos ativos disponíveis para venda (134.624) - 50.413 - - (84.211)

. Carteira de títulos detidos até à maturidade - - - - - -

. Campanhas Publicitarias - - - - - -(…) - - - - - -

920.629 - (80.070) - - 840.559

Saldo Variação Variação Variação Saldo em Adopção da em em Resultados em em

31-12-2013 IAS 39 Resultados Transitados Reservas 31-12-2014

. Ativos tangíveis 11.488 - (11.488) - - -

. Ativos intangíveis - - - - -

. Prémio de antiguidade 45.179 - 14.395 - - 59.574

. Encargos com saúde (SAMS) (1.848) - 667 - - (1.181)

. Provisões não aceites fiscalmente:Imparidades sobre devedores (686) - 3.890 - - 3.204Imparidades sobre ativos financeiros - - 10.629 - - 10.629Imparidades sobre ativos não correntes - - 42.583 - - 42.583Provisões para cobrança duvidosa 363.003 - (295.143) - - 67.860Provisões para crédito vencido 353.409 - (353.409) - - -Provisões para riscos gerais de crédito (6.087) - 35.079 - - 28.992Provisões para riscos bancários gerais 51.593 - (51.593) - - -Provisão para aplicações financeiras - - - - - -Provisões para creditos com garantia hipotecaria - - 869.220 - - 869.220Provisões para outras aplicações - - - - - -Provisões para outros riscos e encargos 39 - 74 - - 113

. PensõesReformas antecipadas - - - - - -Desvios atuariais 2.309 - (2.309) - - -Contribuição efetuada - - - - - -(…)

. Reavaliação de imobilizado não aceite fiscalmente (28.658) - 2.916 - - (25.741)

. Reavaliação de instrumentos financeiros derivados - - - - - -

. Valias fiscais - - - - - -

. Prejuízos fiscais reportáveis 117.216 - (117.216) - - -

. Comissões 58.757 - (58.757) - - -

. Correções no justo valor dos elementos cobertos - - - - - -

. Valorização dos ativos disponíveis para venda 16.517 - (151.141) - - (134.624)

. Carteira de títulos detidos até à maturidade - - - - - -

. Campanhas Publicitarias (1.373) - 1.373 - - -(…) - - - - - -

980.857 - (60.228) - - 920.629

Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro do exercício antes de impostos, podem ser apresentados como se segue:

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Relatório e Contas do Exercício de 2015 47

2015 Carga Fiscal 2014 Carga Fiscal

Imposto sobre o Rendimento 114.571 184.305

Impostos diferidos

Registo e reversão de diferenças temporárias 130.483 (90.913)

Prejuízos fiscais reportáveis - -

Total impostos reconhecidos em resultados 245.054 44,28% 93.392 30,11%

Resultado antes de impostos 553.456 310.169

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos. Deste modo, as declarações fiscais da Caixa Agrícola relativas aos anos de 2012 a 2015 poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão e a matéria coletável a eventuais correções.

Contudo, na opinião do Conselho de Administração da Caixa Agrícola, não é previsível que ocorram correções com impacto significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2015. A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efetiva de imposto nos exercícios de 2015 e 2014 pode ser demonstrada como se segue:

Taxa de Taxa deimposto Montante imposto Montante

Resultado antes de impostos 553.456 310.169

Imposto apurado com base na taxa de imposto nominal 21,00% 116.226 23,00% 71.339

Diferenças geradoras de ativos e passivos por impostos diferidos -Provisões temporariamente não dedutíveis ou acima dos limites legais 46,31% 256.330 113,44% 351.869Prejuízos Fiscais a deduzir 0,00% - -34,59% (107.288)Diferimento de comissões 0,00% - 0,00% -Ativos não correntes detidos para venda 0,00% - 0,00% -Ativos tangíveis e intangíveis 0,00% - 0,00% -

Diferenças permanentesRealizações de utilidade social (premios seguros) 0,05% 288 0,10% 315Reintegrações e amortizações não aceites como custo 0,71% 3.944 0,56% 1.745Donativos não previstos ou além dos limites legais 0,27% 1.470 0,72% 2.220Multas, coimas e juros compensatórios 0,01% 70 0,24% 736Indemnizações por eventos seguráveis 0,00% - 0,00% -Encargos não devidamente documentados 0,04% 242 0,06% 198Menos-Valias Contabilisticas 0,02% 123 0,00% -40% do aumento das reintegrações resultantes da reavaliação do imob corporeo 0,24% 1.326 0,47% 1.452Correções relativas exerc anteriores 0,17% 967 0,61% 1.886Variações patrimoniais positivas 0,00% - 0,06% 180Variações patrimoniais negativas (2,15%) (11.921) -5,37% (16.643)Mais Valias Fiscais c/ intenção expressa de reinvestimento 0,00% - 0,00% 12Outras diferenças permanentes 7,20% 39.822 0,54% 1.677Prejuizo fiscal imputado por ACE´S 0,00% - 0,00% -Redução de Provisões Tributadas (49,76%) (275.391) -47,06% (145.969)Mais-Valias Contabilisticas (5,54%) (30.680) -0,02% (47)Menos-Valias Fiscais 0,00% - 0,00% -Benefícios Fiscais (0,17%) (964) -0,30% (943)Outras diferenças permanentes (0,05%) (254) 0,00% -Deduções à coleta (2,10%) (11.618) -4,78% (14.821)Derrama 1,04% 5.742 5,36% 16.619Tributações autónomas 3,41% 18.848 6,32% 19.609Imposto corrente sobre o lucro do exercício 114.571 184.146Correções de impostos relativas a exercícios anteriores - -Custo com imposto do exercício 20,70% 114.571 59,37% 184.146

Registo e reversão de ativos e passivos por impostos diferidos 23,58% 130.483 -29,31% (90.913)

Impostos correntes sobre os lucros 245.054 93.232

2015 2014

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Relatório e Contas do Exercício de 2015 48

15. OUTROS ATIVOS Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014Devedores e outras aplicações Devedores e outras aplicações 391.593 436.414Rendimentos a receber Juros e rendimentos similares Outros juros e rendimentos similare Outros rendimentos a receber 1Despesas com encargo diferido Outras despesas com encargo diferidos 28.126 43.401 Responsabilidades com pensões e out Seguros 12.231 9.802 Outras contas de regularização 461.918 429.392

Imparidade acumulada (NIC)/Prov.impAtivos não financeiros Devedores, outras aplicações e outr (86.807) (13.077)

807.061 905.932

16. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CREDITO Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Recursos outras Instituições CréditoDP-Direitos Adicionais Crédito CCCAM - -Empréstimos CCCAM 1.913.378 2.084.329Juros a pagar (Dp-Direitos Adicionais Credito) 1 1DP-Depósitos TLTRO CCCAM (a) 5.032.015 889.627Juros a pagar (Dp-Depósitos TLTRO) 475 64Juros a pagar descobertos CCCAM 116

6.945.869 2.974.138

(a) Recursos disponibilizados pela Caixa Central, calculados com base na carteira de crédito, com origem na linha BCE designada

TLTRO, que permite à Caixa usufruir de um “funding” de 0,20% e possibilita promover no mercado spreads que podem atingir 1,85%. 17. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Depósitos À ordem 30.861.747 27.594.118A prazo 35.339.771 36.227.624De poupança 37.088.384 35.899.533

Outros recursos de clientesCheques e ordens a pagar - -Outros 6.915 6.347

Sub-total 103.296.817 99.727.623

Juros a pagar 86.715 285.937

Total 103.383.533 100.013.559

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Em 31 de Dezembro de 2015 e o exercício findo em 2014, os prazos residuais dos recursos de clientes e outros

empréstimos, apresentavam a seguinte estrutura:

31-12-2015 31-12-2014

Até três meses 63.283.470 60.208.225Entre três meses e um ano 36.038.941 37.918.665Entre um ano e três anos 3.794.968 1.523.973Entre três e cinco anos 31.639 51.709Mais de cinco anos 147.799 25.051

103.296.817 99.727.623

18. PROVISÕES E IMPARIDADE O movimento ocorrido nas provisões e na imparidade da Caixa Agrícola nos exercícios de 2015 e 2014 foi o seguinte:

Saldos em Reposições e Saldos em

31-12-2014 Reforços anulações Utilizações Transferências 31-12-2015

Provisões para créditos sobre clientes e aplicações

em instituições de crédito:

- Créditos de cobrança duvidosa 342.347 355.703 (181.383) - - 516.667

- Crédito e juros vencidos 9.960.508 1.501.996 (937.208) (809.178) - 9.716.118

- Risco-país - - - - - -

10.302.855 1.857.699 (1.118.591) (809.178) - 10.232.785

Provisões:

- Riscos gerais de crédito 494.601 89.059 (46.597) - - - 537.063

- Outros riscos e encargos 460 102.782 - - - 103.242

- Riscos bancários gerais - - - - - -

495.061 191.841 (46.597) - - 640.305

Imparidade

- Imparidade de outros activos financeiros 1.160 - (869) - - 291

- Imparidade de outros activos:

Ativos não correntes detidos para venda 459.236 76.208 (69.591) - - 465.852

Outros ativos tangíveis - - - - - -

Outros ativos 13.076 74.782 - - - 87.858

473.472 150.990 (70.460) - - 554.002

11.271.388 2.200.530 (1.235.648) (809.178) - 11.427.092

Saldos em Reposições e Saldos em

31-12-2013 Reforços anulações Utilizações Transferências 31-12-2014

Provisões para créditos sobre clientes e aplicações

em instituições de crédito:

- Créditos de cobrança duvidosa 180.170 221.488 (59.311) - - 342.347

- Crédito e juros vencidos 8.325.056 3.131.523 (1.496.071) - - 9.960.508

- Risco-país - - - - - -

8.505.226 3.353.012 (1.555.383) - - 10.302.855

Provisões:

- Riscos gerais de crédito 490.483 70.900 (66.782) - - 494.601

- Outros riscos e encargos 460 - - - - 460

- Riscos bancários gerais - - - - - -

490.943 70.900 (66.782) - - 495.061

Imparidade

- Imparidade de outros activos financeiros 2.944 - (1.784) - - 1.160

- Imparidade de outros activos:

Ativos não correntes detidos para venda 276.401 183.435 (600) - - 459.236

Outros ativos tangíveis - - - - - -

Outros ativos 64.656 2.239 (53.819) - - 13.076

341.057 185.674 (54.419) - - 473.472

9.340.170 3.609.586 (1.678.367) - - 11.271.388

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Relatório e Contas do Exercício de 2015 50

19. OUTROS PASSIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Responsabilidades c/ Pensões e outros Beneficios 32.165 40.642Credores e outros recursos Credores e outros recursos 213.748 238.921Encargos a pagar Outros encargos a pagar 394.500 391.444Receitas com rendimento diferido 8.400 9.503 De garantias prestadas e outros pas Outras contas de regularização 213.939 241.737

862.752 922.246

20. PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS

Os passivos contingentes e compromissos associados à atividade bancária encontram-se registados em rubricas extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe:

31-12-2015 31-12-2014

Garantias prestadas e outros passivos eventuaisGarantias e avales 3.372.049 3.890.271Outras garantias pessoais 698.564 820.150Créditos dados em garantia ao BdP - -Garantias reais dadas à CCCAM - 28.001

Garantias RecebidasGarantias e avales 148.775.571 142.499.449Títulos 570.176 547.727Valores imobiliários 55.537.757 51.272.167Outras garantias recebidas 4.665.108 4.179.352

Compromissos perante terceiros - -Contratos a prazo de depósitos - -Por linhas de crédito

Compromissos irrevogáveis 6.138.028 5.607.212Compromissos revogáveis 3.862.441 1.782.636

Por subscrição de títulos - -Responsabilidade potencial para com o sistema de indemnização aos investidores - -

Responsabilidades por prestação de serviços

Depósito e guarda de valores 1.720.433 1.445.939Valores recebidos para cobrança 1.702.027 1.872.573Valores administrados pela instituição - -Outras - -

227.042.154 213.945.477

21. CAPITAL E PRÉMIOS DE EMISSÃO Em 31 de Dezembro de 2015 e no final do exercício de 2014, a estrutura acionista da Caixa Agrícola é a seguinte:

N º de N º deTítulos % Valor Títulos % Valor

Associados:CCAM de Porto de Mós 1.170.457 89,53% 5.852.285 1.112.187 89,61% 5.560.935Restante associados 136.826 10,47% 684.130 129.002 10,39% 645.010

1.307.283 100,00% 6.536.415 1.241.189 100,00% 6.205.945

31-12-2015 31-12-2014

O valor nominal atual de cada título é de 5,00 € (cinco euros)

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22. RESERVAS, RESULTADOS TRANSITADOS, OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL E LUCRO DO EXERCÍCIO

Em 31 de Dezembro de 2015 e no final do exercício de 2014, as rubricas de reservas e resultados transitados têm a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Reservas de reavaliação: Reservas resultantes da valorização ao justo valor - títulos 375.939 549.484

Reservas de reavaliação do imobilizado 254.972 262.664Outras reservas de reavaliação - Fundo Pensoes -121.165 -72.877

Reservas por impostos diferidos (84.210) (134.624)Reserva legal 2.660.000 2.625.000Outras reservas 34.807 206.093

Resultados transitados (9.650) (53.492) 3.110.693 3.382.248Lucro do exercício 308.402 216.777 3.419.095 3.599.025

Em conformidade com o disposto no Decreto-Lei nº 142/09, de 16 de Junho, a Caixa Agrícola constitui um fundo de

reserva até à concorrência do capital ou do somatório das reservas livres constituídas e dos resultados transitados, se superior. Para tal, é anualmente transferida para esta reserva uma fração não inferior a 20% do resultado líquido do exercício, até perfazer o referido montante. Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados ou para aumentar o capital.

23. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Juros e rendimentos similares Juros e rendimentos similares Juros de disponibilidades em outras instituições 5.715 6.158 Juros de aplicações em instituições 871.551 1.041.426 Juros de crédito a clientes 2.334.914 2.525.296 Juros de crédito vencido 49.627 129.265 Juros e rendimentos similares de outros ativos 265.267 349.347

3.527.074 4.051.492

24. JUROS E ENCARGOS SIMILARES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Juros e encargos similares Juros e encargos similares Juros de recursos de outras instituições Recursos de instituições de crédito Instituições monetárias 26.959 25.724Juros de recursos de clientes Depósitos De residentes 575.747 1.069.795 De não residentes 3.853 8.156Outros juros e encargos similares Juros de credores e outros recursos 1.326 1.835 Outros 7

607.884 1.105.516

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25. RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntosNo país

Investimentos em filiais - -Investimentos em associadas 1.754 1.753Investimentos em empreendimentos conjuntos - -

No estrangeiroInvestimentos em filiais - -Investimentos em associadas - -Investimentos em empreendimentos conjuntos - -

1.754 1.7531.754 1.753

26. RENDIMENTOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES

Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-12-2015 31-12-2014

Outras comissões recebidasPor garantias prestadas 71.818 80.083Por compromissos assumidos perante terceiros 50.760 50.919Por serviços prestados 898.254 931.866Por operações realizadas por conta de terceiros - -Outras comissões recebidas 253.537 294.264

1.274.369 1.357.132

27. ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Por garantias recebidas 140 -Por compromissos assumidos por terceiros - -Por serviços bancários prestados por terceiros

Depósito e guarda de valores 26.951 32.144Operações de crédito - -Cobrança de valores 3.995 2.212Administração de valores - -Outros 105.674 98.579

Por operações realizadas por terceiros - - Títulos 58.147 51.449

Outras comissões pagas 0 32194.907 184.417

28. RESULTADOS DE ATIVOS FINANCEIROS DÍSPONÍVEIS PARA VENDA Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Instrumentos de dívida - Titulos 393.803 1.068.301

393.803 1.068.301

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29. RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Operações cambiais à vista 1.822 3.489

1.822 3.489

30. RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ATIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Resultados em ativos não financeirosOutros ativos tangíveis (27.851) 63.455

(27.851) 63.455

31. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO Estas rubricas têm a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Outros encargos e gastos operacionais Quotizações e donativos (36.631) (28.135) Contribuições para o FGD e FGCAM (20.331) (40.557) Perdas em Ativos não Financeiros - - Outros encargos e gastos operacionais (44.709) (93.041)Outros impostos Impostos indiretos (14.062) (13.719) Impostos diretos (7.979) (5.000)Outros rendimentos e receitas operacionais Ganhos em ações 145.994 - Outros ganhos e rendimentos operacionais 78.003 143.334

100.284 (37.118)

32. GASTOS COM PESSOAL Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Gastos com pessoal Remunerações dos órgãos de gestão 226.906 218.595 Remuneração de empregados 1.083.840 1.121.361Encargos sociais obrigatórios Encargos relativos a remunerações 330.820 337.288 Fundos de pensões 8.693 13.101 Outros encargos sociais obrigatório 7.472 9.842 Outros custos com pessoal 2.103 1.950

1.659.836 1.702.136

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Relatório e Contas do Exercício de 2015 54

O número médio de colaboradores da Caixa em 2015 e 2014 apresenta a seguinte composição:

Categorias profissionais 2015 2014

Funções de Administração 3 3

Funções de Chefia / Gerência 5 5

Funções Técnicas 1 1

Funcões Administrativas 24 23

Funções Auxiliares 2 2

33. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Gastos gerais administrativosCom fornecimentos 75.478 87.015Água energia e combustíveis 54.144 61.289Material de consumo corrente 15.428 19.378Publicações - 456Material de higiene e limpeza 1.931 2.146Outros fornecimentos de terceiros 3.975 3.746

Com serviços 847.213 850.000Rendas e Alugueres 75 86Comunicações 88.220 90.309Deslocações,estadas e representação 16.500 15.236Publicidade e edição de publicações 89.701 83.022Conservação e reparação 46.738 45.681Transportes 2.323 2.746Formação de pessoal - -Seguros 32.355 30.930Serviços especializados 571.300 581.991

Avenças e honorários 119.410 117.274Judiciais, contencioso e notariado 30.406 40.639Informática 304.969 311.668Segurança e vigilância 3.128 -Limpeza 19.449 18.635Informações 2.838 2.016Estudos e consultas 4.305 -Consultores e auditores externos 19.452 16.555Tratamento de valores 32 -Serviços SIBS 46.066 47.220Avaliadores Externos 21.244 27.984

Outros serviços de terceiros 119.684 115.131Compensação 10.343 11.649Suporte ao negócio 31.655 32.007Outros serviços 74.895 70.278Gastos gerais administrativos 2.791 1.196

1.042.375 1.052.147

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Relatório e Contas do Exercício de 2015 55

34. ENTIDADES RELACIONADAS Para além das empresas coligadas e associadas (Nota 13), a Caixa consolida com as Caixas de Crédito Agrícola Mútuo

associadas bem como com as outras empresas do Grupo. Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, as demonstrações financeiras da Caixa Agrícola incluem os seguintes saldos e transações com entidades relacionadas:

Associadas Coligadas

Outras empresas do Grupo Total Associadas Coligadas

Outras empresas do Grupo Total

Ativos:

Disponibilidades em outras instituições de crédito - - 1.268.108 1.268.108 - - 1.900.065 1.900.065

Activos financeiros detidos para negociação - - - - - - - -

Activos financeiros disponíveis para venda - 272.227 1.847.844 2.120.070 - - 1.931.557 1.931.557

Aplicações em instituições de crédito - - 45.892.261 45.892.261 - - 40.271.823 40.271.823

Crédito a clientes - - - - - - - -

Outros activos - - - - - - - -

Passivos:

Passivos financeiros detidos para negociação - - - - - - - -

Recursos de outras instituições de crédito - - 6.945.393 6.945.393 - - 2.973.956 2.973.956

Recursos de clientes e outros empréstimos - - - - - - - -

Responsabilidades representadas por títulos - - - - - - - -

Passivos subordinados - - - - - - - -

Outros passivos - - - - - - - -

Gastos:

Juros e encargos similares - - 26.959 26.959 - - 27.559 27.559

Encargos com serviços e comissões - - 63.847 63.847 - - 60.539 60.539

Resultados de ativos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados - - - - - - - -

Gastos gerais administrativos - 427.313 30.631 457.945 - 502.558 33.521 536.079

Rendimentos:

Juros e rendimentos similares - 227 877.267 877.493 - - 1.047.584 1.047.584

Rendimentos de instrumentos de capital - 1.754 - 1.754 - 1.753 - 1.753

Rendimentos de serviços e comissões - 174.396 71.555 245.951 - 148.277 72.040 220.316

Outros resultados de exploração - 696 696 - 117 117

Extrapatrimoniais:

Garantias prestadas e outros passivos eventuais: - - 698.564 698.564 - - 820.150 820.150

Garantias recebidas - - - - - - - -

Compromissos perante terceiros - - - - - - - -

Operações cambiais e instrumentos derivados - - - - - - - -

Nota:

Empresas coligadas: Fenacam, CA Vida, CA Seguros, CA Informatica, CA Serviços e CA Gest.

Outras empresas do grupo: Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo

31-12-2015 31-12-2014

As transações com entidades relacionadas são efetuadas, por regra, com base nos valores de mercado nas respetivas datas.

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35. PENSÕES DE REFORMA

Para determinação das responsabilidades por serviços passados da CCAM relativas a empregados no ativo e aos já reformados foram efectuados estudos atuariais de acordo com o relatório abaixo mencionado, pela Companhia de Seguros Crédito Agrícola Vida, S.A.

1. INTRODUÇÃO

A Crédito Agrícola Vida, Companhia de Seguros S.A., na qualidade de Entidade Gestora do Fundo de Pensões Crédito Agrícola, elaborou o presente relatório da avaliação atuarial das responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência e respetivos encargos pós-reforma com o serviço de assistência médico-social (SAMS) previstas no Plano de Pensões da CCAM PORTO DE MÓS, Associada do Fundo de Pensões Crédito Agrícola, com data de referência de 31 de Dezembro de 2014. O presente relatório inclui adicionalmente os resultados relativos às responsabilidades com o pagamento de prémios de antiguidade. Esta avaliação atuarial contempla os trabalhadores no ativo, licenças sem vencimento, pré-reformados e reformados e pensionistas quando aplicável, tendo sido utilizada a informação referente a Outubro de 2015 para os reformados e pensionistas e os ficheiros de Setembro de 2015 para a restante população. Os benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo Coletivo de Trabalho das Instituições de Crédito Agrícola Mútuo (ICAM). De acordo com a cláusula 116ª do referido acordo coletivo de trabalho (ACT), constituem contribuições obrigatórias das instituições de crédito para o SAMS a verba correspondente a 6,5% das pensões totais de reforma e sobrevivência, previstas no ACT independentemente das pensões recebidas de regimes de Segurança Social. No final do exercício de 2008, as responsabilidades com cuidados médicos pós-emprego (SAMS) passaram a ser financiados através do fundo de pensões. As Instituições do Crédito Agrícola Mútuo passaram a partir de Janeiro de 2007 a adotar as normas internacionais de contabilidade, nomeadamente o IAS 19 passou a regular todos os aspetos contabilísticos relativos ao reconhecimento das responsabilidades com pensões de reforma e de sobrevivência. Porém, de acordo com o Aviso nº 12/2001 com as alterações introduzidas designadamente pelos avisos nº 4/2005, nº 12/2005 e nº 7/2008 do Banco de Portugal, o reconhecimento do impacto que, a 30 de Junho de 2008, se encontrava por reconhecer ao abrigo do plano de amortização decorrente da transição para as normas internacionais de contabilidade pode ser atingido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes até 31 de Dezembro de 2014. Adicionalmente o reconhecimento do impacto que, a 30 de Junho de 2008, se encontrava por reconhecer decorrente da alteração da tábua de mortalidade bem como das responsabilidades relativas a cuidados médicos pós-emprego, pode ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2016. Em 31 de Dezembro de 2013 foram pubicados o Decreto-Lei nº167-E/2013 e a Portaria nº 378-G/2013, produzindo efeitos a 1 de Janeiro de 2014, que vieram alterar a forma de determinação da idade normal de acesso à pensão de velhice do regime geral da Segurança Social, tendo como referência a evolução da esperança média de vida aos 65 anos. Assim foi fixada para 2014 e 2015 a idade normal de reforma de 66 anos, para 2016 a idade de 66 anos e 2 meses e futuramente a idade normal de reforma varia de acordo com a evolução da esperança média de vida aos 65 anos, verificada entre o 2º e o 3º ano anteriores ao inicio da pensão de velhice, na proporção de dois terços. Adicionalmente, o Decreto-Lei nº 167-E/2013 introduziu outras alterações no cálculo da pensão do regime geral da Segurança Social, designadamente a não aplicação do fator de sustentabilidade às pensões estatutárias dos beneficiários que passem à situação de reforma por velhice na idade nomal de acesso à pensão ou em idade superior. O acima referido Decreto-Lei veio ainda alterar a fórmula de cálculo do fator de sustentabilidade através da alteração do ano de referência inicial da esperança média de vida aos 65 anos, do ano de 2006 para o ano 2000, passando a aplicar-se sobre o valor da pensão estatutária da Segurança Social dos beneficiários que acedam à pensão antes da idade normal de reforma. O estudo atuarial que seguidamente se apresenta assenta em pressupostos considerados adequados para este esquema de reformas, enquadrados nos princípios estabelecidos na International Accounting Standard (IAS) 19.

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2. CARATERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO A partir dos ficheiros de dados anteriormente referidos, trabalhou-se com a seguinte informação sobre a população:

3. MÉTODOS, PRESSUPOSTOS E HIPÓTESES USADOS NA AVALIAÇÃO ACTUARIAL Nesta avaliação actuarial, utilizaram-se os seguintes pressupostos financeiros e demográficos:

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Quanto ao pressuposto da taxa de desconto foi utilizado o seguinte:

a) Para os trabalhadores no ativo e licenças sem vencimento com idade atuarial inferior a 55 anos: 2,70% b) Para os trabalhadores no ativo e licenças sem vencimento com idade atuarial igual ou superior a 55 anos:

2,30% c) Para os pré-reformados, reformados e pensionistas:2,00%

A descida da taxa desconto, face ao ano anterior aplicada aos vários grupos populacionais, teve por referência o nível dos rendimentos das obrigações de sociedades alta qualidade para um prazo consistente com o prazo esperado das responsabilidades do Fundo de Pensões Crédito Agrícola. Na determinação da pensão da Segurança Social, tomou-se, como crescimento salarial para a carreira contributiva passada, o do Índice de Preços no Consumidor Sem Habitação. Para o cálculo daquela pensão, não foram considerados os meses sem contribuições para a Segurança Social. Para efeito da presente avaliação atuarial, nomeadamente para o cálculo da idade nomal da reforma de acordo com o Decreto-Lei nº 167-E/2013 de 31 de Dezembro, considerou-se que a esperança média de vida aos 65 anos (EMV65) aumenta 1 ano em cada período de 10 anos (considerou-se a EMV65 em 2014 de 19,12 anos, de acordo com informação publicada pelo Instituto Nacional de Estatística). Para estimação da pensão a cargo do Fundo, utilizou-se a tabela do ACT das Instituições do Crédito Agrícola, com as promoções obrigatórias por antiguidade, de acordo com a clausula 15ª do ACT, bem como as diuturnidades até à data de reforma definidas na clausula 81ª do mesmo documento. No que se refere às responsabilidades com pensões diferidas de velhice e sobrevivência, o método de cálculo utilizado foi o do “Projected Unit Credit”. O método "Projected Unit Credit" baseia-se no princípio segundo o qual, para cada participante, o valor atual das responsabilidades é dividido em tantas "unidades" quantas o seu número total de anos de serviço no setor, sendo em cada ano, afetada e financiada uma "unidade". No caso do benefício de invalidez e sobrevivência imediata, as responsabilidades por serviços passados resultam da aplicação do rácio1 (antiguidade/tempo de serviço à data) ao valor das responsabilidades totais. Para o apuramento das responsabilidades totais, estimou-se o custo do benefício para cada pessoa, ano a ano desde a data da avaliação até à idade de reforma, considerando a pensão de invalidez/sobrevivência e as respetivas probabilidades de ocorrência em cada ano. A determinação da pensão de sobrevivência efetuou-se somente para os participantes efetivamente casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo masculino ou feminino, respetivamente. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACT. Não se efectuaram cálculos de responsabilidades com pensões de orfandade, para os participantes no ativo, por falta de elementos. 4. RESULTADOS DA AVALIAÇÃO ATUARIAL 4.1. Responsabilidades com Trabalhadores no Ativo e Licenças sem Vencimento Em 31 de Dezembro de 2015, o valor atual das responsabilidades com pensões de reformas e sobrevivência e com o pagamento dos encargos pós-emprego com o SAMS na parte que cabe ao empregador (6,5% das pensões totais), referente aos trabalhadores no ativo e licenças sem vencimento foi o que seguidamente se indica:

1 Este rácio é diferente para cada ano em que se estima o custo com o benefício de invalidez, ou seja, no ano da avaliação o rácio é 1 e no ano t é antiguidade/(antiguidade + t).

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4.2. Responsabilidades com Pré-reformados e com Reformados e Pensionistas Relativamente às responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência de pré-reformados e às responsabilidades com pensões em pagamento aos atuais reformados e pensionistas, o valor das responsabilidades totais, incluindo as responsabilidades com o pagamento dos encargos com SAMS, são os que seguidamente se apresentam:

4.3. Custo Normal do plano de pensões Apresenta-se de seguida o valor do custo normal para a próxima anuidade, para o financiamento das responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência e com o pagamento de encargos pós-emprego com o SAMS:

Ao abrigo da cláusula 114ª do ACT das Instituições do Crédito Agrícola, os trabalhadores admitidos após 1 de Maio de 1995 contribuem obrigatoriamente para o fundo de pensões com 5% da sua retribuição mínima mensal, incluindo o subsídio de férias e o subsídio de natal. 4.4. Responsabilidades com o pagamento de prémios de antiguidade De acordo com a cláusula 127ª do acordo coletivo de trabalho (ACT) do Crédito Agrícola Mútuo, os trabalhadores têm direito, após o cumprimento de algumas condições definidas na referida cláusula, a um prémio de antiguidade. O valor atual das responsabilidades com prémios de antiguidade futuros é apresentado no quadro que se segue (com referência a 31 de Dezembro de 2015):

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5. EVOLUÇÃO DO VALOR DAS RESPONSABILIDADES

O valor das responsabilidades por serviços passados evoluiu da seguinte forma durante o exercício de 2015:

O efeito da alteração da taxa de desconto, em 31 de Dezembro de 2015, foi um aumento de cerca de 48.676€ no valor atual das responsabilidades por serviços passados. 6. EVOLUÇÃO DO VALOR DO FUNDO DE PENSÕES

O valor do fundo de pensões evoluiu da seguinte forma durante o exercício de 2015:

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

As responsabilidades por serviços passados, com o pagamento de pensões de reforma e sobrevivência e com encargos com SAMS ascendiam, em 31 de Dezembro de 2015, a 514.574€. O valor das responsabilidades por amortizar em 31 de Dezembro de 2015, referente ao plano de amortização referido no ponto1., era de 16.831€ (15.762€ referente a serviços passados e 1.069€ referente a reformados e pensionistas). Deste modo, de acordo com o Aviso nº 12/2001 do Banco de Portugal (com os serviços passados de pessoal no ativo financiado a um nível mínimo de 95%, sem prejuízo do cumprimentos dos níveis mínimos de solvência determinados pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões), o valor actual das responsabilidades por serviços passados a reconhecer em 31 de Dezembro de 2015, era de 477.917€.

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O valor do património do Fundo de Pensões, em 31 de Dezembro de 2015, referente à quota-parte da CCAM PORTO DE MÓS era de 482.411€. Assim, naquela data e para os parâmetros em vigor, o nível de financiamento da quota-parte da CCAM PORTO DE MÓS era o seguinte:

De acordo com as Cláusulas 109º, 110ª e 111º do ACT, os participantes ao abrigo deste Plano terão direito a uma pensão de invalidez ou velhice, em função do nível e diuturnidades, calculados e atualizados com base na totalidade do tempo de serviço prestado até à data do evento. Assim, o cálculo das pensões inclui as diuturnidades futuras até à aposentação definidas na Cláusula 81ª do ACT. Foram consideradas as promoções obrigatórias por antiguidade estabelecidas pela Cláusula 15ª do novo ACT, ou seja, o salário pensionável, projetado para a idade de reforma, incorporou a evolução automática na carreira até à idade normal de reforma. Os resultados da avaliação atuarial são baseados em pressupostos com alguma incerteza futura pelo que a experiência pode diferir e provocar alterações materiais relevantes aos valores apresentados. Neste sentido, a experiência e a realização de uma avaliação atuarial em cada ano permitirá tornar o fundo permanentemente atualizado face aos novos contextos macro-económicos. Esta avaliação está de acordo com as disposições constantes do Aviso n.º12/2001 do Banco de Portugal. 36. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE MEDIAÇÃO DE SEGUROS OU DE RESSEGUROS A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) de Porto de Mós está inscrita na Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, com o estatuto de Mediador de Seguros Ligado, de acordo com o artigo 8º, alínea a), subalínea i), do Decreto-Lei nº 144/2006, de 31 de Julho, desenvolvendo a atividade de intermediação em exclusividade com as Seguradoras do Grupo Crédito Agrícola, designadamente, a Crédito Agrícola Seguros – Companhia de Seguros de Ramos Reais, SA (CA Seguros), que se dedica ao exercício da atividade de seguros para todos os Ramos Não Vida e com a Crédito Agrícola Vida – Companhia de Seguros, SA (CA Vida), que se dedica ao exercício da atividade de seguros para o Ramo Vida e Fundos de Pensões. No âmbito dos serviços de mediação de seguros a CCAM efetua a venda de contratos de seguros e de adesões a Fundos de Pensões, presta apoio pós-venda aos segurados e participa no encaminhamento das participações de sinistros que sejam entregues nos Balcões da CCAM. Como contrapartida dos serviços de mediação de seguros prestados às referidas seguradoras, a CCAM recebe remunerações pela mediação de seguros e pela colocação de adesões em Fundos de Pensões as quais estão definidas em Protocolo estabelecido entre a CCAM e as referidas Seguradoras. As remunerações de mediação de seguros são reconhecidas como um rendimento na Demonstração de Resultados, na rubrica de Rendimentos de Serviços e Comissões. Os valores de remunerações a pagar pelas Seguradoras, à data de 31 de Dezembro de cada ano, estão reconhecidas como um ativo no Balanço, na rubrica de Outros Ativos. À data de emissão das presentes demonstrações financeiras, as remunerações de mediação que estavam por pagar em 31 de Dezembro de 2015, encontram-se já integralmente pagas pelas referidas Seguradoras. O quadro seguinte evidencia o valor total das remunerações de mediação de seguros auferidas pela CCAM nos últimos 3 anos (valores em euros):

Origem

Seguradora 2013 2014 2015 % por Origem 2015

Ramos Não Vida CA Seguros 76.761,50 81.569,09 129.517,00 74,3% Ramo Vida CA Vida 24.352,01 66.063,30 44.371,96 25,4% Fundo de Pensões CA Vida 65,67 644,18 507,30 0,3% Total 101.179,18 148.276,57 174.396,26 100,0%

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A CCAM não efetua a cobrança de prémios por conta das seguradoras, nem efetua a movimentação de quaisquer tipos de fundos relativos a contratos de seguros. Desta forma, não há qualquer outro ativo, passivo, rendimento ou gasto a reportar, relativo à atividade de mediação de seguros exercida pela CCAM. 37. FUNDOS PRÓPRIOS

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, o detalhe dos fundos próprios da Caixa Agrícola apresenta-se de seguida:

Em euros 2014 2015 Δ 14/15

Fundos Próprios totais 9.306.903 9.640.376 3,6%

Common equity tier 1* 9.038.569 9.270.876 ---

Tier 1* 9.038.569 9.270.876 2,6%

Tier 2 268.334 369.500 37,7%

Posição em risco de activos e equivalentes 141.063.261 150.251.041 6,5%

Requisitos de fundos próprios 59.145.583 58.767.651 -0,6%

Crédito 49.451.527 49.508.030 0,1%

Operacional 9.694.057 9.259.622 -4,5%

CVA ---

Rácios de solvabilidade (a)

Common equity tier 1* 15,0% 15,8% ---

Tier 1 * 15,0% 15,8% 0,8 P.P

Tier 2 0,5% 0,6% 0,2 P.P

Total* 16,0% 16,4% 0,4 P.P * Incorporando o resultado líquido do exercício.

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MOVIMENTO ASSOCIATIVO DE 2015

SÓCIOS DEMITIDOS / FALECIDOS / EXTINTOS EM 2015:

Nº de Sócio Nome

5673 ALDA MARIA VIEIRA PEREIRA BERNARDO

4102 AMÉRICO FRANCISCO RODRIGUES SANTIAGO LOPES

5166 ANA ISABEL RAMOS PIRES

1527 ARMANDO RODRIGUES PIRES

1955 ARMINDO DE MATOS CARREIRA

5858 CORES FORTES - COMÉRCIO DE VESTUÁRIO, LDA.

4921 CURTUME MODERNO - SOC UNIPESSOAL, LDA.

1948 DOMINGOS ALVES VIRGILIO

5631 EVELINA FILIPE MARQUES

5009 FARINVET - PRODUTOS AGRO PECUÁRIOS, LDA.

5372 FELIX & FELIX, LDA.

4624 FERNANDO BARREIRO PATRICIO

3603 FERNANDO MANUEL DA SILVA GASPAR

3152 JOÃO CORDEIRO VIEIRA

4598 JOÃO MANUEL DA COSTA VICENTE

5105 JOÃO PAULO QUINTELA ARAÚJO

2058 JOAQUIM COELHO DA CONCEIÇÃO

4627 JOAQUIM MANUEL PAULA EUSÉBIO

2515 JOSÉ CARLOS LOPES DE SOUSA

4522 JOSÉ DIAS BATISTA & FILHOS, S.A.

2234 JOSÉ MANUEL LOURENÇO

6150 LUIS CARLOS PINTO DA CONCEIÇÃO

5661 LUIS FILIPE REIS DOS SANTOS

4592 MANUEL CORDEIRO CARREIRA

4993 MANUEL VIEIRA COSTA

4254 MARCO PAULO SOUSA FERREIRA

5979 MARIBEL CRISTINA COSTA REI

4508 NELSON MANUEL FERREIRA SANTOS

3924 PELEBELA - CONFECÇÕES, LDA.

6153 ROSA CATARINO BERNARDO COSTA

6277 SANDRA ISABEL DA SILVA MARTINS

3709 SERGIO MANUEL BARROS DOS SANTOS

5472 VINHOS E VICIOS, LDA.

5544 VITOR MANUEL SILVA - UNIPESSOAL, LDA.

4429 WILSON COUTINHO DA LUZ COELHO

SÓCIOS EM 31-12-2014: 4.189 CAPITAL SOCIAL EM 31-12-2014: 6.205.945,00 € SÓCIOS ADMITIDOS EM 2015: 98 (+)

SÓCIOS FALECIDOS / DEMITIDOS EM 2015: 35(-) SÓCIOS EM 31-12-2015: 4.252 CAPITAL SOCIAL EM 31-12-2015: 6.536.415,00 €

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Relatório e Contas do Exercício de 2015 66

RELATÓRIO DO CONSELHO FISCAL Para cumprimento das obrigações legais e estatutárias, vimos submeter à apreciação dos senhores associados o relatório e parecer do Conselho Fiscal, sobre o Relatório de Gestão e Contas do exercício de 2015, bem como da proposta de aplicação de resultados. O Conselho Fiscal manteve ao longo do ano de 2015 reuniões intercalares com a equipa técnica, em número de nove, onde analisou essencialmente as contas (balanço e demonstração de resultados) e o seu comportamento face ao orçamentado, bem como o relatório de auditoria emitido pela Fenacam em 03-12-2015 – Proc.47/2015, com referência a 30 de Junho de 2015. A emissão do presente relatório tem por base a análise de um conjunto de elementos a seguir enumerados:

• Apreciação das demonstrações financeiras (balanço, demonstração de resultados e desvios ao orçamento) numa periocidade trimestral;

• Análise do relatório de auditoria emitido pela Fenacam que revela as situações de alerta e relativamente às quais o Conselho Fiscal emitiu parecer;

• Os relatórios de auditoria interna, bem como os trabalhos ao longo do ano da Sociedade de Revisores Oficiais de Contas – PKF & Associados, SROC, Lda, que tem a responsabilidade de emitir a Certificação Legal das Contas. A esta entidade independente, para além da análise das operações e da adequação dos procedimentos de controlo interno, compete ainda: � Análise das informações partilhadas com o Conselho de Administração; � Análise do Relatório de Controlo Interno da CCAM.

RELATÓRIO

O relatório do Conselho de Administração, o Balanço e Demonstrações Financeiras anexos, reportados ao exercício de 2015, cumprem com os requisitos necessários a uma adequada avaliação da situação patrimonial, bem como ao desempenho da Caixa Agrícola, sendo apresentados em conformidade com as normas estatutárias, legislação e normas contabilísticas aplicáveis;

Com base na documentação disponibilizada, verificamos que a gestão e o desempenho da Caixa Agrícola, desenvolvida pelo Conselho de Administração, durante o exercício de 2015, respeitam os princípios e procedimentos de acordo com a evolução do mercado, sempre alinhados com a legislação aplicável.

Nas observações de documentos e informações complementares recolhidas, nomeadamente do relatório de Auditoria da FENACAM e do relatório do Revisor Oficial de Contas, o Conselho Fiscal, não tomou conhecimento, nem identificou, durante o período considerado, factos ou anomalias materialmente relevantes que possam colocar em causa a situação patrimonial da Caixa Agrícola.

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Relatório e Contas do Exercício de 2015 67

PARECER No seguimento desta análise e discutidos todos os documentos apresentados, os quais mereceram da nossa parte a melhor atenção, aprovámos por unanimidade o seguinte parecer:

� Que a Digníssima Assembleia aprove o Relatório de Gestão e Contas, relativos ao Exercício de 2015;

� Que a Digníssima Assembleia aprove também a Proposta de Distribuição de Resultados apresentada pelo Conselho de Administração.

� Deixamos expresso um voto de reconhecimento e estimulo aos colaboradores da Caixa Agricola pela sua dedicação no desempenho das suas funções.

� Queremos deixar uma palavra de apreço à gestão efetuada pelo Conselho de Administração não obstante as dificuldades encontradas ao longo do ano de 2015, assim como, pela forma como se tem relacionado com o Conselho Fiscal.

Porto de Mós, 10 de Março de 2016

O Conselho Fiscal

Manuel Fontoura Carneiro Carlos Alberto de Sousa Pinção

Saúl Manuel Rodrigues Saraiva dos Santos

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Relatório e Contas do Exercício de 2015 68

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